Laudo Técnico Pericial - Porto Ilha - 2010 - Erinaldo de Lima Costa

Laudo de Vistoria - Porto Ilha - Página 01/22

LAUDO DE VISTORIA TÉCNICA

PARTE IIII – CONSIDERAÇÕES PRELIMINARES

1. IDENTIFICAÇÃO DO IMÓVEL

1.1.1.1.1.1.1.1. Características:Características:Características:Características:

Uma ilha artificial projetada como terminal salineiro, destinado a embarque para exportação de sal a granel em navios de maior calado; a ilha recebe o sal trazido por barcaças, acumulando-o até poder embarcá-lo em grandes navios de carga que atracam em apêndice do porto que fica localizado em setor de maior profundidade no leito marítimo. A ilha possui edificações com estrutura em concreto armado, onde desenvolvem basicamente as atividades administrativas, acomodações e refeitórios e ainda a manutenção mecânica dos equipamentos e demais serviços, bem como a geração de energia por geradores a combustão.

1.2.1.2.1.2.1.2. LocalizaçãoLocalizaçãoLocalizaçãoLocalização::::

Estrutura artificial fincada em mar aberto que está localizado a 26 km a nordeste da cidade de Areia Branca (RN), e cerca de 14 km distante da costa. Com as seguintes Coordenadas Geográficas:

Latitude: 04o 49' 06'' S Longitude: 37o 02' 43'' W

1.3.1.3.1.3.1.3. ContratanteContratanteContratanteContratante::::

TECMARES - Manutenção Industrial Ltda.


2. OBJETIVO DO LAUDO Relatar uma investigação técnica expedita1 realizado nos

prédios existentes no terminal, visando elucidar vários pontos de deterioração ocorridos nas estruturas de concreto armado das edificações, principalmente no setor das oficinas e geradores, buscando esclarecer os fatores que as ocasionaram, apontando também as possíveis conseqüências advindas das mesmas e ainda sugerindo possibilidades de recuperações necessárias.

3. METODOLOGIA Desenvolvemos um levantamento nas dependências do

Porto Ilha, tomando como referência as indicações de alguns funcionários e dos sinais existentes; anotando os pontos críticos passíveis de aprofundamento, inclusive realizando uma documentação fotográfica.

Identificados estes pontos, passamos a examiná-los minuciosamente, inclusive com a escarificação2 e/ou remoção de pedaços de materiais em alguns pontos, investigando as causas da ocorrência destas patologias3, tendo como referências normas brasileiras referentes ao tema.

Com estes dados, exporemos então a situação geral das patologias, detalhando as suas causas e seus efeitos diretos ou indiretos sobre a edificação, e ainda apontaremos possíveis reparações para os problemas.

4. CONCEITUAÇÃO E GENERALIDADES

4.1.4.1.4.1.4.1. Concreto ArmadoConcreto ArmadoConcreto ArmadoConcreto Armado

Concreto é uma mistura homogênea de um aglomerante (cimento) com agregados (graúdos e miúdos) e água, e em alguns casos aditivos. Empregados em estado plástico, ele sofre reações

1 Levantamento realizado sem a utilização de aparelhagens especiais, apenas por meio de observações visuais e medições realizadas no local. 2 Rasgos superficiais sobre o revestimento ou nas suas juntas para verificar o material usado. 3 Falhas ou defeitos em construções oriundos de erros na construção ou mesmo da deterioração dos materiais, tais como: rachaduras, fissuras, deformações, desprendimentos, etc.


químicas endurecendo e passando a formar com o Aço uma combinação harmônica do ponto de vista mecânico, químico e econômico; combinando a boa resistência à compressão e o custo reduzido do material concreto com a excelente resistência à tração do material aço carbono cujo preço é elevado.

4.2.4.2.4.2.4.2. Carbonatação Carbonatação Carbonatação Carbonatação –––– concreto deixa de pconcreto deixa de pconcreto deixa de pconcreto deixa de proteroteroteroteger a armadurager a armadurager a armadurager a armadura

Nos primeiros dias da confecção o concreto tem alcalinidade, pela presença de hidróxidos e, principalmente, de cálcio. Neste nível de alcalinidade a armadura está em situação passiva e não há perigo de oxidação. Com o passar do tempo vai diminuindo a alcalinidade, pela presença da umidade e com o agravante da ação catalisadora dos cloretos que ocorrem em excesso no terminal salineiro. Com a diminuição do PH o concreto não protege mais a ferragem.

4.3.4.3.4.3.4.3. FerrugemFerrugemFerrugemFerrugem

A ferrugem é o nome adotado para o óxido de ferro, que tem como fórmula Fe2O3 o qual é muito comum, pois o ferro tem grande facilidade de se combinar com o oxigênio, num processo eletroquímico que envolve um ânodo4, um eletrólito5 e um cátodo6. Quando um pedaço de metal corrói, é o eletrólito que ajuda a fornecer oxigênio ao ânodo.

Para ocorrer o processo, são necessários três elementos: ferro, água e oxigênio. Quando eles ficam juntos ocorrem duas coisas quase que imediatamente: 1ª) a água (um bom eletrólito) se combina com o dióxido de carbono do ar para formar um ácido carbônico fraco, que é um eletrólito ainda melhor. 2ª) Conforme o ácido se forma e o ferro se dissolve, uma parte da água irá começar a se quebrar em seus dois componentes: hidrogênio e oxigênio.

O oxigênio livre e o ferro dissolvido se ligam para formar óxido de ferro, liberando elétrons no processo, que seguem para o

4 É o pólo positivo de uma fonte eletrolítica, material que doa elétrons 5 Material que transporta os elétrons 6 Material de caráter metálico que possuem alta condutividade, material que acolhe elétrons livres


cátodo, que pode ser um pedaço de metal menos reativo do que o ferro, ou outro ponto do mesmo ferro.

4.4.4.4.4.4.4.4. Deterioração do Concreto Deterioração do Concreto Deterioração do Concreto Deterioração do Concreto Armado Armado Armado Armado pela Ferrugempela Ferrugempela Ferrugempela Ferrugem

No processo de oxidação das ferragens, a formação da ferrugem dá-se acompanhada de um grande aumento de volume com o surgimento do óxido de ferro, que atingirá várias vezes a espessura original do aço, fazendo com que, a interface do concreto aderida ao ferro, se desprenda da armadura enferrujada e em expansão, acelerando a destruição do concreto armado.

As armaduras perdem gradativamente parte de sua massa e simultaneamente a sua capacidade de suportar aos esforços a que são submetidas. No concreto armado com a grande deterioração sofrida pela perca de massa, este também reduz significativamente sua seção consequentemente à capacidade de suportar as cargas de trabalho. Assim as peças agredidas podem perder suas funções até o estado limite de utilização7 ou mesmo o estado limite último8, a partir do qual podem ocorrer sinistros como deslocamentos e até desabamentos.

4.5.4.5.4.5.4.5. Tipo de Meio Ambiente Tipo de Meio Ambiente Tipo de Meio Ambiente Tipo de Meio Ambiente do Terminaldo Terminaldo Terminaldo Terminal

Por estar localizado em mar aberto, temos a ocorrência de alta umidade com grande concentração de sais extremamente prejudiciais ao concreto armado visto que aceleram consideravelmente a formação de óxido de ferro. Além dos sais do ambiente natural, temos o agravo do terminal estocar grandes quantidades do sal (cloreto de sódio) a espera de embarque. Além disto, temos grande incidência de ventos. Tudo isto faz do ambiente existente no terminal salineiro extremamente agressivo e prejudicial à vida útil do concreto armado.

7 Limite a partir do qual a peça não se presta mais ao fim a que se destina por fissura por flexão excessiva, ou por fissuras ou deformações que inabilitem sua utilização. 8 Limite a partir do qual a peça de concreto armado está sujeita a ruína por ruptura, por deformação excessiva ou por instabilidade.


PARTE I II II II I – A VISTORIA

5. SETOR PRÉDIO ADMINISTRATIVO

5.1.5.1.5.1.5.1. DescriçãoDescriçãoDescriçãoDescrição

Prédio em três pavimentos, construído com estrutura de concreto armado, lajes pré-moldadas, paredes em alvenaria de blocos de cimento com revestimento em reboco ou azulejo; Nele estão localizados escritórios, almoxarifados, alojamentos, banheiros e refeitório.

5.2.5.2.5.2.5.2. HistóricoHistóricoHistóricoHistórico

Analisando todas as ocorrências de patologias encontradas no prédio, bem como por meio de interpelações a funcionários antigos, vimos que este setor passou há poucos anos por serviços de recuperação e reforço estrutural, bem como melhorias nos acabamentos.

5.3.5.3.5.3.5.3. PPPProblemas Eroblemas Eroblemas Eroblemas Encontradosncontradosncontradosncontrados

De uma forma geral, as peças estruturais em concreto armado deste setor estão em bom estado e com boa estabilidade mecânica, visto que como podemos perceber, recuperações bem sucedidas foram executadas em todas as peças externas e em algumas peças internas.

Com tudo, conforme se vê nas fotos 21, 22, 23 e 24, algumas peças ainda estão apresentando a ocorrência de patologias tais como rachaduras, desprendimento de revestimento9 e deterioração do concreto.

Também podemos notar que algumas poucas peças que já receberam a recuperação supracitada já estão apresentando algumas rachaduras, conforme se verifica na foto 28.

9 Decorrentes da ação de sais que decompõem os componentes da argamassa o reboco começa um processo de deterioração gradativa e exponencial.


5.4.5.4.5.4.5.4. Causas Causas Causas Causas

As análises realizadas apontam que o flagelo sofrido pelas peças em concreto armado deste setor, mesmo sendo a maioria em ambientes internos, são oriundos da ação inquestionável ação do meio extremamente agressivo. Daí o surgimento de ferrugem nas armaduras do concreto armado, fato que provoca as citadas rachaduras, bem como o desprendimento de revestimentos.

5.5.5.5.5.5.5.5. ConsequênciasConsequênciasConsequênciasConsequências

Evidentemente com a ocorrência da ferrugem, as peças agredidas podem perder suas funções até o estado limite de utilização, fato bastante evidente nas ocorrências no prédio administrativo, mesmo nos casos aparentemente simples como na cozinha.

Além das questões estruturais, temos ainda o desconforto estético que com o aspecto de degradação temos um grande desconforto psicológico para os que o trabalham ali. Podemos também citar a questão da sanidade que fica bastante comprometida, principalmente em se tratando de ambientes como o da cozinha.

5.6.5.6.5.6.5.6. CCCCorreçõesorreçõesorreçõesorreções

Mediante os fatos já relatados, nestas patologias apresentadas nos ambientes do prédio administrativo, cabe-se a recuperação das estruturas e recomposição dos revestimentos, com o emprego de técnicas de recuperação que compreendem a retirada de todo o material desgastado, solto ou parcialmente solto; posteriormente elimina-se a ferrugem com escovação, jateamento ou lavagem; em seguida recompõem-se, caso necessário, a armadura para então se realiza o grauteamento10 e a respectiva reconstrução do revestimento específico. Destacamos aqui a necessidade de se utilizar aditivos impermeabilizantes11 e pintura

10 Espécie de concreto com maior fluidez, grande resistência inicial a endurecimento rápido, utilizado geralmente de forma jateada e principalmente em reforço estrutural. 11 Substâncias adicionadas ao concreto durante sua confecção ara conferir maior adensamento ou simplesmente torná-lo mais impermeável.


protetora prévia das novas armaduras de aço, bem como se realizar uma pintura final sobre os revestimentos com eficaz impermeabilização e acima de tudo com manutenção periódica programada.

6. SETOR DE OFICINAS


Prédio com pavimento único, porém com uma laje pré-moldada sobre uma parte, construído com estrutura de concreto armado, paredes em alvenaria de blocos de cimento com revestimento em reboco; Nele estão localizadas a garagem dos tratores, ferramentaria e oficinas.


Desenvolvendo os estudos em todas as ocorrências de patologias encontradas neste setor, e ainda realizando conversas e entrevistas com funcionários antigos, vimos que este setor sofreu poucas reparos e recuperações, bem como melhorias nos acabamentos nos últimos anos, porém houve algumas recuperações, principalmente em alguns pilares do pórtico principal de sustentação da coberta.

6.3.6.3.6.3.6.3. Problemas EncontradosProblemas EncontradosProblemas EncontradosProblemas Encontrados

É bastante patente o elevado estado de deterioração deste setor, conforme se verifica nas fotos 01 a 16. Dado os muitos problemas detalhamos a seguir os trechos separadamente, tipificando-os e indicando suas respectivas fotos:

6.3.1. Pequeno Abrigo (fotos 01 e 02): este elemento está bastante comprometido, com elevado estado de degradação do concreto e corrosão da armadura, inclusive já estando sendo escorado para evitar o seu desabamento.

6.3.2. Oficinas e Salas de Trabalho (fotos 03, 04, 05, 06, 07 e 08): como ver-se claramente nas fotos estes elementos estão gravemente danificados, com o destacamento de revestimento, rachaduras em pilares e vigas decorrentes de


ferrugem e desgaste do concreto e ainda patologias sérias na laje, a qual inclusive encontra-se escorada para evitar o seu desabamento.

6.3.3. Paredão dos Fundos (fotos 09 e 10): este elemento possui uma série de rachaduras na alvenaria, decomposição do reboco e algumas rachaduras na estrutura (pilares e vigas) decorrentes da ferrugem e deterioração do concreto.

6.3.4. Pórtico da Cobertura (fotos 11, 12, 13, 14, 15 e 16): elementos estruturais que serviam de sustentação da cobertura em calhetões de fibrocimento12, a qual já desabou. Estes elementos já sofreram uma série de recuperações, algumas delas improvisadas e emergenciais para evitar a ruína da cobertura, mas que não foram eficientes, outras bastante relevantes como o reforço estrutural dos pilares e algumas vigas. Com tudo, mesmo os elementos que já receberam recuperações estão substancialmente danificados e sofrendo sérias patologias como rachaduras em pilares que apontam o desprendimento completo do reforço executado anteriormente (fotos 15 e 16) ou com o desgaste acentuado de vigas que já não têm estabilidade alguma (fotos 13 e 14).


A vistoria minuciosa realizada nestes elementos aponta claramente que todas estas patologias citadas são decorrentes da ação impiedosa do meio ambiente acelerando os processos de desgaste do concreto por ferrugem, conforme já descrito neste laudo. Destacamos as fotos 15 e 16, cujo elemento já recebeu algumas intervenções de reforço estrutural, porém a agressividade do meio está provocando o seu desprendimento do elemento original, visto que a aderência entre as partes (concreto novo / concreto antigo) não foi satisfatório, assim não estão mais sendo suficientes para a manutenção da estabilidade do pórtico.

12 Tipo de telhas com composição em Cimento Portland e fibras de Amianto, cujo formato tipo calhas de almas grandes possibilita ser capaz de vencer grandes vãos sem apoios no meio.



6.5.1. Prédios de Abrigo, Oficinas e Salas (itens 6.3.1 e 6.3.2): a principal implicação destas ocorrências que é o desmoronamento do setor já poderia ter ocorrido caso não tivesse sido providenciado os escoramento emergenciais, visto que a estabilidade estrutural, principalmente das lajes, esta totalmente comprometida, tendo ultrapassado o seu estado limite de utilização e até de ruína. O desgaste dos pilares, vigas e lajes, bem como das alvenarias, são bastante acentuados e generalizados, estando com aspecto totalmente insalubre com grande comprometimento da qualidade e produtividade dos trabalhos ali realizados.

6.5.2. Paredão: em virtude das patologias apresentadas mesmo de forma preliminar, a progressão destas ocorrências as peças agredidas podem perder suas funções até o estado limite de utilização, fato bastante evidente em virtude de tudo já descrito neste laudo. Com implicação, igual sobre a questão estética e de salubridade.

6.5.3. Pórtico da Cobertura: a estrutura já sofre consequências decorrentes da ação das patologias, tais como a perca de estabilidade, tanto que foi preciso escora-lá com urgência; estas agressões são tão acentuadas que mesmo com a perca da cobertura que aliviou a carga de trabalho sobre as peças, estas ainda estão com um sério risco de desabamento, visto que em algumas delas há perca substancial de armadura de tração e em outras perca acentuada de massa de concreto, e isto ocorre de maneira tal que já desabonam as funções estáticas destas peças.

6.6.6.6.6.6.6.6. CorreçõesCorreçõesCorreçõesCorreções

6.6.1. Prédios de Abrigo, Oficinas e Salas: considerando todas as patologias relatadas, os efeitos já causados (visto a necessidade dos escoramentos) e a forma generalizada como as patologias ocorrem neste setor, fato que eleva bastante o custo de recuperação, sugerimos que estas edificações sejam demolidas para possibilitar sua reconstrução.


Sugerimos neste caso que durante a execução das novas edificações seja seguida a NBR 6118/2004, principalmente no tocante a recobrimento da armadura e perfeito adensamento; recomendamos ainda a execução de pintura de proteção prévia das armaduras, utilização de catodo de sacrifício, o emprego de aditivos impermeabilizantes para o concreto e ainda uma pintura final sobre o revestimento eficiente proporcionando uma boa impermeabilização e acima de tudo com manutenção periódica programada.

6.6.2. Paredão: como visto nas patologias detalhadas este elemento não possui grandes comprometimentos e poderia ser recuperada com reforço estrutural e estético, executado de forma eficaz tendo os parâmetros já citados no item acima como referência.

6.6.3. Pórtico da Cobertura: com base nas exposições aqui detalhadas, fica evidente e isto é patente, que o pórtico não tem condições de se manter, e tendo em vistas as várias recuperações já realizadas (algumas já comprometidas e agora agravam a patologia), fica inviável uma nova reforma com este intuito, sendo indicada a sua demolição para posterior reconstrução, neste caso com novo projeto estrutural, sendo inclusive necessário rever o processo construtivo, verificando se não seria melhor utilizar estruturas metálicas para suporte da cobertura.

Importante: Importante: Importante: Importante: Não obstante estas soluções propostas, como estes

elementos estão estruturalmente interligados fica forçoso a necessidade de examiná-los em conjunto. Logo, como foi proposto recuperação para o paredão e demolição para o pórtico e os prédios, este laudo por si só é insuficiente, dado seu caráter eminentemente vistoriador, para dispor sobre a possibilidade de se recuperação apenas o paredão e demolição do resto.

Assim, caso deseje optar por esta situação, propomos a realização de uma análise com elaboração de cálculo estrutural específico, com ênfase no método e sequência executiva, para se verificar a possibilidade da recuperação do paredão e demolição dos prédios e do pórtico para posterior execução.


7. SALÃO DOS GERADORES


Prédio em pavimento único, estilo galpão, construído com estrutura de concreto armado e cobertura em calhetão de fibrocimento, paredes em alvenaria de blocos de cimento com revestimento em reboco. É destinado a abrigar os geradores de energia elétrica pela combustão a diesel e está interligado ao prédio administrativo e ao setor de oficinas.


Realizando algumas entrevistas com funcionários antigos e principalmente através das análises realizadas, vimos que este setor passou ha poucos anos por alguns serviços de recuperação com relação a reforço estrutural, porém não possível verificar melhorias nos acabamentos e sim algumas adaptações e improvisações que foram realizadas de forma grosseira.

7.3.7.3.7.3.7.3. Problemas EncontradosProblemas EncontradosProblemas EncontradosProblemas Encontrados

As peças em concreto armado da estrutura deste setor estão relativamente em bom estado, com boa estabilidade mecânica, pois como podemos perceber já recebeu recuperações e reforços em todas as peças. Porém, mesmo assim, existem alguns poucos pontos nos quais já ocorrem patologias como desprendimento e rachaduras.

Problemas sérios mesmo verificamos nas paredes e revestimentos deste setor, cujo estado é extremamente precário com desgastes ultrapassando a camada de reboco e atingindo os blocos de cimento das alvenarias, conforme se vê nas fotos 19 e 20, temos casos das paredes já estão vazadas.

Também verificamos problemas sérios nas esquadrias e no pavimento deste setor.


Basicamente as patologias apresentadas neste setor, segue a lógica dos demais: ambiente agressivo, ferrugem, deterioração. Porém, aqui não podemos de destacar a forma


grosseira como algumas adaptações foram realizadas e a absoluta inexistência de um planejamento no tocante a manutenções periódicas tão necessárias para se prolongar a vida útil em tais situações.


Evidentemente com a ocorrência da ferrugem, as peças agredidas podem perder suas funções até o estado limite de utilização, mesmo sendo poucos os casos estruturais. Mas no tocante a paredes e esquadrias o risco de desmoronamento é eminente e o aspecto insalubre e devastador, beirando o absurdo.

7.6.7.6.7.6.7.6. CCCCorreçõesorreçõesorreçõesorreções

Com base no descrito acima, fica claro a necessidade de se realizar uma recuperação em algumas peças da estrutura de concreto armado deste setor. Sugerimos, pois que estas recuperações sejam realizadas seguindo o que expomos no item 5.6 deste laudo.

Destacamos a inevitável necessidade de se demolir para reconstruir (neste caso com os mesmos moldes) as paredes que aparecem nas fotos 19 e 20, pois o seu grau de deterioração inviabiliza técnica e economicamente qualquer possível recuperação.

PARTE III – CONSIDERAÇÕES F INAIS

8. CONCLUSÕES

• É patente a ocorrência de um grande número de sérias patologias apresentadas já há algum tempo; • A grande maioria destas patologias segue o processo de: em ambiente agressivo, com manutenção ineficiente, ocorre ferrugem nas armaduras e consequentemente deterioração do concreto armado e até dos revestimentos;


• Há uma situação altamente imprópria para utilização com risco eminente de desabamento; • Como exposto, faz-se necessário um aprofundamento técnico, estrutural e econômico da melhor solução para o setor da oficina, sendo inadiávelinadiávelinadiávelinadiável a demolição mesmo que parcial deste setor. • Não obstante a isto, as outras ocorrências nos demais setores também necessitam de providências imediatas. • Ressaltamos sobre tudo a necessidade de que os processos a serem utilizados na recuperação ou reconstrução, sigam as melhores práticas construtivas com esmero e acuidade no tocante a escolha dos materiais e procedimentos mais eficazes e resistentes a este tipo de ambiente “extremamente” agressivo.


PARTE IV – DOCUMENTAÇÃO FOTOGRÁFICA


PARTE V – REFERÊNCIAS

TACLA, Zake. O O O O livro da arte de construirlivro da arte de construirlivro da arte de construirlivro da arte de construir. São Paulo: Unipress Ed., 1984. 448p. NBR 06118 - Projeto de Estrutura de ConcretoProjeto de Estrutura de ConcretoProjeto de Estrutura de ConcretoProjeto de Estrutura de Concreto - Procedimento, ABNT, 2004, 224p. NBR 08522 - ConcretoConcretoConcretoConcreto - Curva Tensão Deformação, ABNT, 2003, 9p. NBR 07222 - Argamassa e concretoArgamassa e concretoArgamassa e concretoArgamassa e concreto – Determinação da resistência à tração por compressão diametral de corpos-de-prova cilíndricos, ABNT, 1994 SÜSSEKIND, José Carlos. CCCCurso de Concretourso de Concretourso de Concretourso de Concreto: : : : concreto armado. Volume II, 4ª Edição, São Paulo: Ed. Globo, 1991, 280p.... SÜSSEKIND, José Carlos. CCCCurso de Concretourso de Concretourso de Concretourso de Concreto: : : : concreto armado. Volume I, 7ª Edição, São Paulo: Ed. Globo, 1993, 280p.... Corrosão do concreto e das armaduras. http://www.texsa.com.br/Livro%2007.htm#_Toc469297406 Wikipedia: Ferrugem http://pt.wikipedia.org/wiki/Ferrugem não está disponível PISANO, Daniel J., Jr. "Replanning the Product Development Process". Minuta Minuta Minuta Minuta da Quarta Conferência Anual sobre Melhoramento da Qualidade (IMPIH) 86), pp. 260-64. Juran Institute, Inc., Willon, Conn., 1987.

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