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 1º TRIMESTRE • 2015 • Nº 310 Reexões sobre o signi cado do Reino de Deus  COMENTÁRIOS ADICIONAIS

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Lições Bíblica

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  • 1 TRIMESTRE 2015 N 310

    Reexes sobre o signicado do Reino de Deus

    REINOTEU O

    COMENTRIOS ADICIONAIS

  • 2 Comentrios Adicionais 3 Trimestre de 2014

    1. Reino de Deus em nmerosTerminologia. O reino de Deus ocorre quatro vezes em Mateus

    (12.28; 19.24; 21.31; 21.43), quatorze vezes em Marcos, trinta e duas vezes em Lucas, duas vezes em Joo (3.3, 5), seis vezes em Atos, oito vezes em Paulo, uma vez em Apocalipse (12.10). o reino dos cus ocorre trinta e trs vezes em Mateus, uma vez numa variante de Jo 3.5, uma vez na obra apcrifa o Evangelho dos Hebreus. (ELWEll, Walter A. Enciclopdia Histrico-Teolgica da Igreja Crist. Traduo: Gordon Chown. So Paulo: Vida Nova, 2009, p.262).

    2. Reino de Deus em nmeros 2Reino ocorre nove vezes (e.g., Mt 25.34; Lc 12.32; 22.29; 1 Co 15.24;

    Ap 1.9); tambm Teu reino (Mt 6.10; Lc 11.10); Seu reino (Mt 6.33; Lc 12.31; 1 Ts 2.12); o reino do Pai (Mt 13.43; 26.29); o evangelho do reino (Mt Mt 4.23; 9.35; 24.14); a palavra do reino (Mt 13.19); os filhos do reino (Mt 8.12; 13.38); o reino de nosso pai Davi (Mc 11.10). Duas vezes reino usado em relao aos redimidos (Ap 1.6; 5.9). (Ibden.).

    3. O Reino de Deus em duas fases:A Palavra do Senhor diz que o Reino de Deus uma realidade espi-

    ritual presente. Pois o Reino de Deus no comida nem bebida, mas justia, paz e alegria no Esprito Santo (Rm 14.17). O Reino , ao mesmo tempo, a herana que Deus conceder a seu povo quando Cristo vier em glria. (LADD, George Eldon. O evangelho do reino: estudos bblicos sobre o reino de Deus. Traduo de Hope Gordon Silva. So Paulo: Shedd Publicaes, 2008, p.17).

    13 DE JANEIRO DE 2015

    O j e o ainda no

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    4. Afirmando o Reino de Deus:C remos que Deus o Criador de tudo e de todos, e sobre tudo e

    todos exerce a sua Soberania, o seu Senhorio, a sua Providncia, o seu Reino. H vrias dimenses desse Reino:

    H uma Dimenso Csmica: Deus sustenta e rege o universo por Ele criado, com suas inumerveis galxias, planetas e satlites, inclusive essa terra, que o nosso lar. Esse cosmos no surgiu do acaso, nem se mantm pelo acaso, mas sobre ele o seu Criador reina;

    H uma Dimenso Histrica. Entre o reinado perfeito no den e o reinado perfeito na Nova Jerusalm, Deus dirige os destinos dos povos, mesmo tendo que lidar com as realidades provisrias de satans e do pecado. A Histria parece no ter lgica, parece estar deriva, mas ela vai se tornando um cemitrio de imprios e um museu de tiranos, com Deus abatendo os exaltados exaltando os abatidos. No meio da Histria no est apenas a Graa Comum e a Providncia, mas a presena das Alianas com Israel e com a Igreja, por meio das quais vai operando a restaurao de todas as coisas;

    H uma Dimenso Eclesistica: Aps o Pentecostes, Deus reina, de modo particular, sobre a sua Igreja, Povo da Nova Aliana, presena, ensaio e vanguarda do seu Reino, sobre ela recaindo bnos e discipli-nas, em razo da sua obedincia ou desobedincia, mas o Esprito Santo derramado potencializa mais do Reino;

    H uma Dimenso Individual: os salvos saem do reino das trevas para o reino da luz, do prncipe desse mundo para o Rei dos reis, Jesus. O processo necessrio, inevitvel e contnuo de santificao nada mais do que a Soberania do Rei sobre as vidas, que passam a se pautar pelas Leis do Reino, e a fazer uma diferena como sal e luz;

    H uma Dimenso tica. O reino de Deus no somente uma afirma-o e prtica de valores, no lugar de antivalores, ao nvel do indivduo e sua microrrelaes (famlia, vizinhana, trabalho, lazer), mas nas macror-relaes e macroinstituies. Os cidados da Cidade de Deus impactam a Cidade dos Homens, confrontando os antivalores, chamando a um arrependimento e mudana, e afirmando valores, mesmo que pague um preo por isso. O Reino de Deus Justia e Paz, nos ensina o profeta.

    Quanto da falta de paz e da falta de justia, nesse mundo e em nosso pas, no devem ser debitados falta de viso e obedincia dos cristos, na falta de exerccio de uma cidadania responsvel, como parte essen-

  • 4 Comentrios Adicionais 3 Trimestre de 2014

    cial da sua misso histrica? O Reino de Deus no equivale a nenhum regime poltico, pas, ideologia ou modo de produo, mas se deve combater os sinais do antireino em todos eles, confrontando-os com os valores do Reino a serem promovidos.

    Vivemos a consolao da realidade de que o Reino j veio e est no meio de ns. Vivemos a esperana escatolgica da plenitude do Reino, e vivemos o presente da orao: venha o Teu Reino, sobre nossas vidas e por meio das nossas vidas, para que a vontade dEle seja feita, assim na terra como no cu..

    (CAVALCANTI, Robinson. Afirmando o Reino de Deus. Disponvel em: http://www.dar.org.br/episcopal/3854-afirmando-o-reino-de-deus-bis-po-robinson-cavalcanti.html > acessado: 02/12/2014.)

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    210 DE JANEIRO DE 2015

    Deus semprefoi Rei

    1. Teocracia primitiva:DEUS GOVERNA, DE MODO ABSOLUTO, O UNIVERSO. Antes da queda,

    a terra era, de modo particular, uma teocracia: era Deus quem governava. A sua vontade se fazia na terra como no cu. Ao homem, representado por Ado, Ele havia delegado atribuies especficas para representa-lo, como mordomo, administrador. O governo do homem sobre a terra (Gn 1.28) no se contradizia com o governo de Deus, porque a mente do homem estava em sintonia com a do seu criador. (CAVALCANTI, Robinson. Cristianismo e poltica: teoria bblica e prtica histrica. Viosa: Ultimato, 2002, p. 21).

    2. Golpe de Estado:A queda do homem transtorna toda a terra, abandonando-se a ordem

    da criao. Conhecemos o crime (Gn 6). A um povo no arrependido, Deus envia o dilvio purificador (Gn7). aliana com Ado, sucede-se uma alian-a com No, reiterando-se a promessa de Deus no abandonar o gnero humano, nem destru-lo (Gn 9). Comea tudo outra vez. Mas no sendo a natureza humana modificada, cedo a corrupo volta a manifestar-se. (Ibden, pp.21-22).

    3. Reino eterno:(...) o Antigo Testamento no menciona o reino dos cus. Igualmen-

    te, reino de Deus nem de longe uma expresso padro no Antigo Tes-tamento, como no Novo. Existem apenas poucas passagens que contm o equivalente de basileia no sentido de realeza ou do domnio real de Deus. De fato, com frequncia, Yahweh indicado pessoalmente como rei, especialmente nos salmos e nos profetas, e o Senhor chamado de rei. Essa aplicao do conceito de rei para Yahweh encontrada tambm nas partes mais antigas do Antigo Testamento (...). (RIDDERBOS, Her-man. A vinda do reino. Traduo: Augustus Nicodemus Lopes. So Paulo: Cultura Crist, 2010, p. 26).

  • 6 Comentrios Adicionais 3 Trimestre de 2014

    4. Reino eterno:O reino de Deus no Antigo Testamento: O conceito do reinado ou

    senhorio de Deus era familiar aos ouvintes de Jesus, estando presente no Antigo Testamento. Desde o incio, Deus deixou claro que ele era o verdadeiro rei de Israel. Quando o povo pediu um rei humano, o Se-nhor manifestou o seu desagrado (1 Sm 8.5-7). A idia de Deus como rei est presente em todas as Escrituras Hebraicas (Dt 33.5; Jz 8.23; Is 43.15; 52.7), em especial nos Salmos (10.16; 22.28; 24.7-10; 47.2,7-8; 93.1; 97.1; 99.1,4; 103.19; 145.11-13). Algumas passagens identificam o reino de Deus com o reino de Davi (1 Cr 17.14; 28.5; 29.11; Jr 23.5; 33.17). Esse reino ser eterno e s alcanar a sua consumao em um tempo futuro, assumindo feies escatolgicas (Dn 2.44). (...)

    (Alderi Souza de, MATOS. A igreja como agente do reino de Deus. Disponvel em: http://www.mackenzie.com.br/7135.html > Acessado em: 03/12/14.)

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    17 DE JANEIRO DE 2015

    3 O reinoj chegou1. O Reino de Jesus:O reino pertence ao Rei Jesus e governado por ele. o reino do

    Filho amado de Deus (Cl 1.13). Jesus se referiu a ele como meu reino (Lc 22.30; Jo 18.36; cf. Mt 20.21; Lc 23.42). O reino de Deus um reino me-diado, governado por aquele nico Mediador entre Deus e os homens, Cristo Jesus, homem (1 Tm 2.5). (DEYOUNG, Kevin. Qual a misso da Igreja?. Traduo: Francisco Wellington Ferreira. So Jos dos Campos: Fiel, 2012, p.160).

    2. O Reino venceu satans 1:Jesus ensinava que o reino, que vir em glria no fim dos tempos, j

    entrou na histria por meio de Sua prpria Pessoa e misso. O domnio redentor de Deus agora invadiu o imprio de Satans para libertar os ho-mens do poder do mal. Pelo exorcismo dos demnios, Jesus assegurava a presena e o poder do reino (Mt 12.28). (ELWEll, Walter A. Enciclopdia Histrico-Teolgica da Igreja Crist. Traduo: Gordon Chown. So Paulo: Vida Nova, 2009, p.264).

    3. O Reino venceu satans 2:Embora a destruio de Satans ainda aguarde a vinda do Filho do

    homem em glria (Mt 25.41; Ap 20.10), Jesus j derrotou Satans. O homem valente (Satans) amarrado pelo homem mais forte (Cristo) e as pessoas agora podero experimentar uma nova libertao do mal (Mt 12.29). A misso dos discpulos, expulsando demnios no nome e no po-der de Cristo, significava o fim do poder de Satans. Dessa maneira, Jesus podia dizer que o reino de Deus estava presente no meio dos homens (Lc 17.21). (Ibidem).

  • 8 Comentrios Adicionais 3 Trimestre de 2014

    4. Significado para hoje do Reino de DeusNo seu sentido amplo, o reino um smbolo da vontade de Deus

    que pode ser realizada em situaes particulares atravs da obedin-cia humilde, mas que nunca plenamente concretizada dentro das fronteiras da histria por causa das limitaes humanas. O reino fala de uma tenso: como Cristo j veio ao mundo, morreu e ressuscitou, h uma dimenso presente do reino. Como Cristo ainda no voltou para pr fim realidade presente e instaurar os novos cus e terra, o reino tambm futuro.

    Assim sendo, o reino est presente em parte, mas a sua manifestao final permanece uma esperana para o futuro. O cristo sabe que o reino veio num novo sentido em Cristo, que ele pode vir na sua prpria vida, mas que ainda no veio plenamente. Desse modo, ele vive no mundo presente como um cidado obediente desse reino, ao mesmo tempo em que ora com esperana confiante: Venha o teu reino.

    Porque o reino de Deus, ele no vir como resultado do esforo hu-mano. No sustentvel a viso otimista de que o desenrolar da histria est trazendo os estgios finais do reino. Este no pode ser entendido como um conceito evolutivo ou primariamente como um conceito mo-ral e tico. Por outro lado, os cristos sabem que devem orar e trabalhar para que o reino se faa cada vez mais presente; eles sabem que, pelo menos em algumas reas ou situaes, a realidade do reino pode ser tornar mais palpvel neste mundo cado.

    (Alderi Souza de, MATOS. A igreja como agente do reino de Deus. Disponvel em: http://www.mackenzie.com.br/7135.html > Acessado em: 03/12/14.)

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    24 DE JANEIRO DE 2015

    41. O assunto da pregao crist:Voc j notou que a Grande Comisso de nosso Senhor exige que pre-

    guemos o arrependimento? De todos os evangelhos, apenas Lucas registra o contedo da mensagem que Jesus mandou que seus discpulos pregassem que em seu nome se pregasse arrependimento para remisso de pecados a todas as naes (Lc 24.47). (MACARTHUR JR., John. O evangelho segundo os apstolos. Traduo de

    Ana Paula Eusbio Pereira. So Jos dos Campos: Editora Fiel, 2011, pp.92-93).

    2. O livro do arrependimento:A Bblia clara: o arrependimento est no mago do evangelho. A menos

    que preguemos o arrependimento, no estamos pregando o evangelho que nosso Senhor nos incumbiu de pregar. Se falhamos em convidar as pessoas a se converterem de seus pecados, no estamos anunciando o mesmo evange-lho que os apstolos proclamaram. (Ibidem, p.93)

    3. Arrependimento frutfero:Arrependimento genuno produz frutos. Eles [os judeus] no deveriam

    pressupor que sua descendncia de Abrao era suficiente; parentesco com piedosos no torna os homens piedosos. Deus no se limitava aos descen-dentes fsicos de Abrao para realizar seus propsitos; ele poderia tomar as pedras do rio Jordo e suscitar filhos a Abrao. Provavelmente as pedras aqui so uma figura dos gentios que Deus transformaria por um milagre de divina graa em crentes com f como a de Abrao. (MACDONALD, William. Comentrio bblico popular: Novo Testamento. Traduo de Alfred Poland et al. So Paulo: Mundo Cristo, 2008, p.160).

    Uma propostaradical

  • 10 Comentrios Adicionais 3 Trimestre de 2014

    4. Arrependimento: o melhor caminho: [Arrependei-vos, e crede no evangelho]Estas foram as palavras do Filho encarnado de Deus. Elas nunca fo-

    ram canceladas; e no sero, enquanto este mundo durar. O arrepen-dimento absoluto e necessrio se para o pecador fazer paz com Deus (Isaas 27:5), porque arrependimento o lanar fora as armas da rebelio contra Ele. O arrependimento no salva, todavia nenhum pe-cador jamais foi ou ser salvo sem ele. Nada seno Cristo salva, mas um corao impenitente no pode receb-LO.

    Um pecador no pode cr verdadeiramente at que ele se arrepen-da. Isto claro a partir palavras de Cristo concernente o Seu precursor, Pois Joo veio a vs no caminho da justia, e no lhe deste crdi-to, mas os publicanos e as meretrizes lho deram; vs, porm, vendo isto, nem depois vos arrependestes para crerdes nele (Mateus 21:32). Isso tambm evidente a partir de Sua chamada como trombeta em Marcos 1:15, Arrependei-vos, e crede no evangelho. Isto o porque o apstolo Paulo testificava o arrependimento para com Deus e a f em nosso Senhor Jesus (Atos 20:21). No faa confuso neste ponto querido leitor, Deus ordena agora que todos os homens em todo lugar se arrependam (Atos 17:30).

    Em requerer arrependimento de ns, Deus est pressionando Suas justas reivindicaes sobre ns. Ele infinitamente digno de supremo amor e honra, e de universal obedincia. Isto ns temos impiamente Lhe negado. Tanto um reconhecimento como uma correo disto requeri-do de ns. Nossa desafeio por Ele e nossa rebelio contra Ele devem ser reconhecidas e exterminadas. Dessa forma, o arrependimento uma compreenso profunda de quo terrivelmente tenho falhado, durante toda minha vida, em dar a Deus Seu justo lugar em meu corao e em meu andar dirio.

    A justia da demanda de Deus por meu arrependimento evidente se considerarmos a natureza hedionda do pecado. Pecado uma renn-cia dAquele que me fez. Lhe recusar Seu direito de me governar. a determinao de agradar a mim mesmo; assim, uma rebelio contra o Altssimo. O pecado uma ilegalidade espiritual, e uma indiferena absoluta autoridade de Deus. Ele est dizendo em meu corao: Eu no me importo com o que Deus requeira, eu vou seguir o meu prprio caminho; eu no me importo com o que Deus reivindique de mim, eu

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    serei o senhor de mim mesmo. Leitor, voc no percebe que assim que voc tem vivido?

    O arrependimento verdadeiro origina-se a partir de uma compreen-so no corao, operado neste pelo Esprito Santo, da excessiva malig-nidade do pecado, do terror de ignorar as reivindicaes dAquele que me fez, de desafiar Sua autoridade. Ele conseqentemente um santo dio e horror do pecado, uma profunda tristeza por ele, e o reconheci-mento dele diante de Deus, e um completo abandono dele de corao. At que isto tinha sido feito, Deus no nos perdoar. O que encobre as suas transgresses nunca prosperar; mas o que as confessa e deixa, alcanar misericrdia (Provrbios 28:13).

    No verdadeiro arrependimento o corao se volta para Deus e re-conhece: Meu corao tem sido posto sobre um mundo vo, que no pode satisfazer as necessidades de minha alma; eu Te abandonei, a fonte de guas vivas, e me voltei para cisternas rotas que nada retm: eu agora reconheo e lamento minha tolice. Ele ainda diz mais: eu te-nho sido uma criatura desleal e rebelde, mas eu no mais serei assim. Eu agora desejo e determino com todo meu poder servir e obedecer a Ti como meu nico Senhor. Eu me entrego a Ti como minha presente e eterna Poro.

    (PINK, A. W. Arrepender ou Perecer. Disponvel em: http://voltemosao-evangelho.com/blog/2010/07/a-w-pink-e-tullian-tchividjian-verdadeiro--arrependimento/ > Acessado em: 04/12/2014.

  • 12 Comentrios Adicionais 3 Trimestre de 2014

    31 DE JANEIRO DE 2015

    5 Parbolas do reino1. O contedo das parbolas:Os contedos das parbolas, mais do que sua forma, esclarecem o senti-

    do e o carter especial do reino que teve o seu incio com a vinda de Cristo. Pois, como parbolas, de sua natureza servir de explicao e como argu-mento para aqueles que tm ouvidos para ouvir. (RIDDERBOS, Herman. A vinda do reino. Traduo: Augustus Nicodemus Lopes. So Paulo: Cultura Crist, 2010, p.109).

    2. O contedo das parbolas 2:Especialmente nos captulos bem conhecidos que as contm (p. ex., Mt

    13, Mc 4) e nas passagens correspondentes em Lucas, as parbolas foram contadas para elucidar o relacionamento da proclamao de Jesus a res-peito da presena do reino, por um lado, e com a demora do julgamento, por outro. (Idem).

    3. As Parbolas Alusivas ao Reino em Mateus 13: Em Mateus 13, entre os versos 24 e 50, esto reunidas 6 parbolas

    alusivas ao Reino. Estas esto assim divididas: uma coleo de 3 intro-duzidas por outra parbola (cf. v.24; 31; 33) e outra coleo de 3, a partir do verso 44, introduzida por O reino dos cus semelhante (Cf. v.44; 45; 47).

    A primeira coleo de 3 trata-se das parbolas do joio, do gro de mostarda e do fermento. A segunda coleo, por sua vez, compreende as parbolas do tesouro escondido, da prola e da rede. Todas as seis parbolas explicitamente so comparaes do Reino de Deus (cf. a ex-presso O Reino dos cus semelhante a presente em todas).

    As parbolas que compem a primeira coleo em Mateus 13 pa-recem trazer a presena viva e ativa do Reino. O Reino est crescendo,

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    como o gro de mostarda que se torna em grande e frondosa rvore, como o fermento que, misturado farinha, leveda em crescimento, e at mesmo como o trigo que tambm cresce, embora tenha sofrido com a semeadura do joio ao seu lado. O Reino de Deus semelhante a todo processo de crescimento. Como afirma Dodd, a energia divina imanente ao mundo pela qual se alcana gradualmente o desgnio de Deus. O crescimento do reino parece ser um processo misterioso inde-pendente da vontade e da ao do homem.

    As duas primeiras parbolas da segunda coleo parecem enaltecer o valor do Reino e a alegria de quem o encontra e valoriza. Em ambas se descreve a conduta de um homem que encontra um tesouro de valor inestimvel e o adquire imediatamente a custa de tudo que possua. Assim se entende que o achado vale mais que o seu preo, visto que quem o achou vende tudo o que possui para possuir somente o que se descobriu. O sacrifcio com que se adquire est envolvido na parbola se vende tudo o que tem mostrando o grande valor da coisa acha-da. Aparentemente, no parecem ser bons negociantes os que vendem tudo para comprar uma coisa s. Ser que no foi insensatez do ho-mem empobrecer-se para comprar o campo? No cometeu um erro imperdovel aquele que vendeu tudo o que tem para comprar apenas uma prola? Como diz Dodd, a primeira vista sim. So situaes do dia--a-dia que levaria por certo os ouvintes a pensar. Todavia, o importante estar seguro do valor do que se compra, mais do que se verificar do quanto est se dispondo. Os ouvintes olhariam ento para o Reino de Deus como objeto de profunda esperana. Grandes sacrifcios s valem a pena se o fim valioso. E exatamente a essa compreenso que essas parbolas apelam. Essas parbolas, em certo sentido, vm reforar o chamado que Jesus j havia feito para abandonarem aquilo que julga-vam ter valor e buscarem o que eternamente valioso.

    A ltima, porm, a parbola da rede, parece estar sabiamente co-locada para encerrar essas seis parbolas da forma como comeou. A primeira das seis fala do joio e do trigo (o bem e o mal), que no deveria ser arrancado o joio, pois conforme o verso 41, na consumao do s-culo o Filho do Homem mandar seus anjos e estes faro a separao entre o que bom e o que ruim. Explcita semelhana est no verso 49, explicando a parbola da rede: Assim ser na consumao do s-culo: sairo os anjos, e separaro os maus dentre os justos,...

  • 14 Comentrios Adicionais 3 Trimestre de 2014

    Estas duas parbolas (do joio e da rede) lanam a viso do leitor para o fim dos tempos, pois ambas tratam do juzo, que introduz o Reino de Deus em sua plenitude. O reino comparado com a separao: num caso, separao entre o trigo e o joio; no outro entre peixes bons, isto , comestveis, e ruins, ou seja, no comestveis. Estavam antes mis-turados o bom e o mau. A separao prematura destes rejeitada na parbola do joio. O que se espera dos ouvintes e posteriores leitores a pacincia, ningum deve se antecipar e fazer aquilo que s os anjos de Deus podem fazer. pergunta por que preciso esta pacincia, J. Jeremias responde: primeiro, porque os homens no esto absoluta-mente em condio de fazer esta separao (Mt 13.29). Assim como o joio e o trigo no comeo so to parecidos, a ponto de se ter um pelo outro, assim o povo de Deus do Messias oculto jaz escondido entre os que parecem crer. Os homens no conseguem olhar dentro dos coraes. Se quisessem fazer a separao cairiam em crassos erros de julgamento e arrancariam junto com a erva m o bom trigo. Antes a segunda razo Deus determinou a hora da separao. Ento vir o fim e com ele a separao do joio e do trigo, a seleo dos peixes bons dentre os maus. S ento surgir a comunidade santa de Deus, livre de todos os maus, dos crentes s de aparncia e dos que s confessam com os lbios.

    O Reino de Deus luz das parbolas de Jesus: Um Estudo de Ma-teus 13.24-50. Disponvel em: http://www.teologiabrasileira.com.br/teologiadet.asp?codigo=193 > Acessado em: 10/12/2014.

    4. Objetivo das parbolas:O objetivo das parbolas era explicar o ponto de vista de um rabino,

    ilustrando-o. Entretanto, se a questo no fosse bem formulada, a parbola

    no passaria de uma simples histria. Os rabinos dispunham de mais alguns

    ensinamentos secretos que achavam que, no entender deles, somente os

    discpulos mais prximos poderiam acessar, e eles os reservavam para fins de

    instruo privada. O significado das parbolas de Jesus, ento, s poderia ser

    entendido por aqueles que optassem pela condio de membros do grupo.

    (KEENER, Craig S. Comentrio Bblico Atos: Novo Testamento. Traduo: Jos Gabriel Said. Belo Horizonte: Editora Atos, 2004, p.84).

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    7 DE FEVEREIRO DE 2015

    6 O impriodas trevas1. O reino de Satans:Como o reino de Satans? Trata-se fundamentalmente de um estado

    ilegtimo e inferior que mantm uma rea espiritual restrita e disposio de seu verdadeiro regente Deus. Satans e suas hostes demonacas tm cons-cincia perfeita disso, mas sua capacidade de ludibriar tamanha que seus refns humanos se encontram alheios a ela. (BRAY, Gerald. Teu o Reino: uma teologia sistemtica da orao do Senhor. Traduo: Rogrio Portella e Lilian Palhares. So Paulo: Shedd Publicaes, 2009, p.62).

    2. A derrota do reino de Satans:O reino de Satans pode ser vencido apenas pelo lado de fora, mediante

    a atuao do prprio Deus. Nos livros que designamos Antigo Testamento, Deus alcanou alguns cativos de Satans e fez deles agentes atuando por trs das linhas inimigas. Esses indivduos constituam o povo de Israel, eleitos para serem uma luz para as naes e tambm uma testemunha do poder do Deus verdadeiro. [Porm, no conseguiram cumprir sua misso, precisavam de ajuda]. Essa ajuda, por fim, veio mediante Jesus Cristo, o Filho de Deus enviado ao mundo pelo Pai para lutar contra o reino de Satans, venc-lo e libertar os cativos. (Ibidem, p.63).

    3. A certeza da chegada do reino:Em geral se acreditava que, com o desaparecimento dos profetas do

    Antigo Testamento, o Esprito se extinguira, ou havia mudado de algum modo, mas que este afastamento do Esprito seria revertido no tempo do Reino, quando o Messias voltasse. No contexto de 12.18, Mateus deseja que seus leitores conheam esse texto, como reivindicao de Jesus de que Ele o Messias (12.23). (KEENER, Craig S. Comentrio Bblico Atos: Novo Testamento. Traduo: Jos Gabriel Said. Belo Horizonte: Editora Atos, 2004, p. 82).

  • 16 Comentrios Adicionais 3 Trimestre de 2014

    4. Libertao por meio de Jesus:Muitos judeus procuravam explicar que todo pecado resultado direto

    de atividade demonaca (...). Paulo no v o pecado como sendo sempre diretamente inspirado por demnios, mas ele pensa que o mundo est impregnado com uma influncia demonaca mais sutil (...). Ningum li-berto dessa influncia por um ancestral israelita, mas (...) atravs da f em Jesus. (Ibidem, p.563).

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    14 DE FEVEREIRO DE 2015

    7 A comunidadedo reino1. O que a igreja?:A igreja o conjunto de todos os verdadeiros cristos de todos os tem-

    pos, isto , os que se arrependeram, foram perdoados e justificados, me-diante a f em Jesus Cristo. A palavra igreja aparece, pela primeira vez, em Mateus 16:18, em que Jesus diz: ... edificarei a minha igreja. Aqui, a palavra igreja uma traduo do termo ekklesia, que indica, em sua lngua de origem, uma assembleia ou ajuntamento de pessoas para tratar de algum assunto de interesse comum. Essa palavra se repete mais de cem vezes, no Novo Testamento. (O Doutrinal: nossa crena ponto a ponto. 10 ed. Grfica e Editora A Voz do Cenculo. So Paulo, 2012, p.253).

    2. O Reino no a igreja: (...) a igreja no o Reino de Deus; o reino de Deus cria a igreja e

    opera no mundo por intermdio dela. Por conseguinte, os homens no po-dem edificar o Reino de Deus, mas podem preg-lo e proclam-lo; podem recebe-lo e rejeit-lo. O Reino de Deus, que na dispensao do Antigo Tes-tamento se manifestou em Israel, agora, opera no mundo por intermdio da igreja. (LADD, George Eldon. O evangelho do reino: estudos bblicos sobre o reino de Deus. Traduo de Hope Gordon Silva. So Paulo: Shedd Publicaes, 2008, pp. 125-126).

    3. Igreja e reino:O Novo Testamento no identifica a igreja com o reino de Deus. Ob-

    viamente h uma relao entre ambos, mas no uma coincidncia ple-na. A igreja tem limites claros, assume formas institucionais, tem lderes humanos. Nada disso se aplica ao reino de Deus, que mais intangvel, impalpvel. Este uma realidade que transcende os limites da igreja e que pode no estar presente em todos os aspectos da vida da igreja. como dois crculos que se sobrepem em parte e que se afastam em

  • 18 Comentrios Adicionais 3 Trimestre de 2014

    parte. Historicamente, a igreja por vezes tem se harmonizado com o reino, outras vezes tem estado em contradio com ele.

    Todavia, dada a importncia da igreja no propsito de Deus, ela chamada para expressar a realidade do reino, para ser o principal agen-te do reino de Deus no mundo. Para que isso acontea, a igreja e seus membros precisam manifestar os sinais do reino, ser instrumentos do reino na vida das pessoas, da sociedade, do mundo. Sempre que a igreja busca em primeiro lugar a glria de Deus, fazer a vontade de Deus, vi-ver uma vida se humildade, amor, abnegao, altrusmo, solidariedade, etc., ela se torna agente e instrumento do reino.

    O reino pode se manifestar, e com freqncia se manifesta, fora dos li-mites institucionais da igreja. Quando isso ocorre, a igreja deve se regozijar com essas manifestaes, apoi-las e incentiv-las. Todavia, existem aspec-tos do reino que s a igreja pode evidenciar, principalmente a proclama-o do evangelho, das boas novas do amor de Deus revelado em Cristo.

    (MATOS, Alderi Souza de,. A igreja como agente do reino de Deus. Dispon-vel em: http://www.mackenzie.com.br/7135.html > Acessado em: 10/12/14.)

    4. Igreja: instrumento do Reino de Deus:Embora o Reino de Deus no se realize em seu estado de bem-aventu-

    rana perfeita antes do retorno de Cristo, ele opera no mundo e est envol-vido em uma luta contra o mal. A igreja o instrumento dessa luta. Por isso, enquanto durar esta era, o conflito um elemento constante e essencial vida da igreja. A igreja a comunidade do Reino de Deus e deve estimular a luta contra o mal satnico no mundo. (LADD, George Eldon. O evangelho do reino: estudos bblicos sobre o reino de Deus. Traduo de Hope Gordon Silva. So Paulo: Shedd Publicaes, 2008, p.130).

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    21 DE FEVEREIRO DE 2015

    8 Receita para a felicidade1. Esboo das bem-aventuranas:Cada bem aventurana consiste de trs partes: a. uma atribuio de bem-

    -aventurana (bem-aventurados); b. uma descrio da pessoa a quem se aplica a atribuio, ou seja, de seu carter ou condio (os pobres de espri-to, os que choram, etc.); c. uma razo dessa bem-aventurana (porque de-les o reino do cu, porque sero consolados...). (HENDRIKSEN, William. Comentrio do Novo Testamento: Mateus: vol. 1. Traduo de Valter Gracia-no Martins. So Paulo: Cultura Crist, 2001, p.369).

    2. Esboo das bem-aventuranas 2:Mateus 5 a 7 o primeiro bloco, contendo material de ensino encontra-

    do na narrativa desse autor. Trata da tica do Reino. Em 4.17, Jesus resume assim sua mensagem: Arrependam-se, pois o Reino dos cus est prximo. Mateus 5-7 mostra, com maior riqueza de detalhes, o estilo de vida do ar-rependido que caracteriza o povo do Reino. Esse bloco introduzido por uma forma literria comum do Antigo Testamento a que se d o nome de Beatitudes: Bem-aventurados os que (...) pois sero (...) (ver, p. ex., Sl 1.1). (KEENER, Craig S. Comentrio Bblico Atos: Novo Testamento. Traduo: Jos Gabriel Said. Belo Horizonte: Editora Atos, 2004, p.55).

    3. O que so as bem-aventuranas?:(...) as bem-aventuranas so as promessas do Reino para os que vivem

    vida de arrependimento. Os ouvintes de Jesus as teriam compreendido espe-cialmente como promessas para o futuro do Reino de Deus. Tambm devemos interpret-las luz da situao presente do Reino (...). (Ibidem, pp.55-56).

    4. Resumo das bem-aventuranas:As bem-aventuranas so a introduo ao Sermo da Montanha, que

    cristos e pagos reconhecem igualmente como uma das declaraes mais importantes, em todos os tempos, de carter moral. O alvo do sermo a

  • 20 Comentrios Adicionais 3 Trimestre de 2014

    perfeio que refleti a santidade de Deus (Mt 5.48). As bem-aventuranas resumem e destilam as qualidades que Deus conclama seus filhos a porem em prtica na vida na comunidade e no mundo. (SHEDD, Russel P. A felici-dade segundo Jesus: reflexes sobre as bem-aventuranas. Traduo: Gor-don Chown. So Paulo: Vida Nova, 1998, p.9).

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    28 DE FEVEREIRO DE 2015

    9 Sinalizandoo reino1. Afirmando os sinais do reino: O Senhor Jesus nos chama, nos perdoa, nos transforma e nos envia

    para uma vida missionria.A verdadeira religio amparar os rfos, as vivas, os estrangeiros,

    os pobres, os excludos, os discriminados, os oprimidos, os marginaliza-dos, os carentes do corpo, da mente e da alma. O profeta nos diz que Deus troca o nosso corao de pedra, insensvel, por um corao de carne, sensvel. O Esprito Santo gera em ns o dom da misericrdia. A santificao vai vencendo o egosmo e o egocentrismo pelo altrusmo, pela doao, pelo esprito de sacrifcio, pelo sentir a dor do prximo e expressar concretamente para ele a solidariedade.

    As privaes das pessoas tm quatro causas;1. Deficincias fsicas ou psicolgicas inatas: cegos, surdos-mudos,

    deficientes fsicos ou mentais de nascena;2. Deficincias resultantes de causas fortuitas posteriores: vtimas de

    guerras, atentados, acidentes, famlias disfuncionais;3. Deficincias resultantes de opes morais pessoais: alcoolismo,

    drogas, glutonaria, tentativa de automutilao ou suicdio;4. Deficincias resultantes do sistema scio-econmico e das polti-

    cas de Estado: subnutrio, analfabetismo, falta de assistncia sade, desemprego, falta de segurana pblica, concentrao de poder, propriedade, renda e saber.

    preciso discernir essas causas e responder a cada uma delas adequadamente. A responsabilidade social dos cristos pode ser expressar em trs modalidades:

    1. Obras de Misericrdia so respostas s necessidades imediatas, urgentes, conjunturais, como um copo de gua, um prato de co-mida, uma roupa, um abrigo, um remdio, uma palavra de cari-nho e de estmulo, que permita ao que sofre sobreviver;

  • 22 Comentrios Adicionais 3 Trimestre de 2014

    2. Projetos de Promoo alm do peixe, o ensinar a pescar: escolas e cursos profissionalizantes, organizao de associaes e coope-rativas, providenciar documentos, conseguir trabalho;

    3. Ao Poltica alm de dar o peixe e ensinar a pescar, construir audes e assegurar o acesso aos mesmos, ir s causas estruturais, no naturais, das desigualdades e privaes, pela educao, pela organizao, pela mobilizao, em associaes, sindicatos, parti-dos, pela mdia, pelas iniciativas populares, pelas sugestes, pres-ses e cobranas junto aos detentores de cargos pblicos federais, estaduais e municipais, nas esferas do executivo, do legislativo e do judicirio. o testemunho pelo exerccio responsvel da cida-dania, na promoo dos valores do Reino de Deus.

    No podemos ser seguidores de Caim (sou eu, porventura, guarda-dor do meu irmo?), ou de Pedro, no Monte da Transfigurao (va-mos ficar acampados aqui em cima adorando).

    H pouca Obra de Misericrdia, escassos Projetos de Promoo, e fuga e medo da Ao Poltica (pecado da desobedincia), por temor ou por se estar buscando uma boca, ou por se j ter conseguido uma, cooptados.

    ... tomemos conscincia de que a f sem obras morta, que possa-mos nos arrepender do pecado da insensibilidade e do pecado da aco-modao, renovando a qualidade do nosso testemunho e da presena de Cristo na Histria.

    Deus, Senhor da retido: conduz-nos pelos caminhos da justia e da paz; anima-nos a combater toda a opresso e toda a injustia e bem assim criar as condies que levem o trabalhador ao cumprimento do seu dever e justa retribuio do seu esforo; de tal modo que cada um de ns viva para todos, e todos cuidem por cada um. Mediante Jesus Cristo, nosso Senhor. Amm.

    (CAVALCANTI, Robinson. Afirmando a Responsabilidade Social. Dispo-nvel em: http://www.dar.org.br/episcopal/3871-afirmando-a-responsa-bilidade-social-bispo-robinson-cavalcanti.html > Acessado em: 09 de dezembro de 2014.

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    2. Impactando com os sinais do reino:Certamente no pode haver dvidas de que nosso Senhor Jesus Cristo

    deseja que seus valores e padres prevaleam, pois ele ama a justia e odeia o mal (Sl 45.7), onde quer que sejam encontrados. Assim, ele envia seu povo para o mundo tanto para pregar o evangelho e fazer discpulos, como para abrandar toda a comunidade e torna-la mais agradvel a Deus, mais justa, mais participativa, mais livre. (STOTT, John R. W. A igreja autntica. Traduo de Lucy Hiromi Kono Yamakami. Viosa: Ultimato, e So Paulo: ABU, 2013, p.128).

    3. Metforas dos sinais do reino:As duas imagens (sal e luz) colocam as duas comunidades em contraste

    uma com a outra. De um lado, est o mundo que, com todo seu mal e tra-gdia, como uma noite escura enquanto do outro lado esto vocs, que devem ser como a luz no mundo em trevas. De novo, de um lado est o mundo, que como carne deteriorada e peixe estragado, enquanto do ou-tro lado esto vocs, que devem ser seu sal, impedindo a deteriorao social. Poderamos dizer em nossas palavras que eles so to diferentes quanto o leo e a gua. Mas Jesus disse que devemos ser diferentes como a luz o das trevas e o sal o da deteriorao. (Ibidem, pp.129-131).

    4. Lmpada e boas obras:Ora, semelhana do papel que uma lmpada exerce numa casa, o se-

    guidor de Cristo deve igualmente exercer no mundo. Uma lmpada acesa deve ter a oportunidade de iluminar com seus raios. Os seguidores de Jesus, igualmente, devem deixar sua luz brilhar a fim de que os homens possam ver sua conduta e boas obras. precisamente sobre essas obras, consideradas como produto da f (...), que o Senhor pe nfase, porquanto as aes fa-lam mais alto que as palavras. (HENDRIKSEN, William. Comentrio do Novo Testamento: Mateus: vol. 1. Traduo de Valter Graciano Martins. So Paulo: Cultura Crist, 2001, p.400).

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    7 DE MARO DE 2015

    101. A validade da lei:A maioria dos lderes revolucionrios se desfaz de todas as ligaes com

    o passado e repudiam a ordem tradicional em questo. Mas o Senhor Jesus Cristo no. Ele sustentou a lei de Moiss e insistiu em que ela fosse cumpri-da. Jesus no veio para revogar a lei ou os Profetas, mas para cumprir. (MACDONALD, W. Comentrio Bblico Popular, Versculo por Versculo, Novo testamento. So Paulo: Mundo Cristo, 2008, p.23.)

    2. A justia da lei:A justia exigida pela lei cumprida naqueles que no andam segun-

    do a carne, mas segundo o Esprito (Rm 8:4). De fato, os ensinamentos do Senhor no Sermo do Monte estabeleceram um padro mais elevado que o estabelecido pela lei. Por exemplo: No matars. Jesus, porm, disse: Nem mesmo irai-vos. Portanto, o Sermo no Monte no apenas sustenta a Lei e os Profetas, mas os intensifica e os conduz a implicaes mais in-tensas. (Ibidem, p.24).

    3. Sobre os deveres para com Deus:Este versculo [Mt 6.1] a tese introdutria dos trs exemplos de

    piedade sigilosa de que trata 6.2-16. Orao, jejum e oferta de dona-tivos aos pobres eram parte essencial da piedade judaica (...), e muitos rabinos listavam qualidades (p. ex., virtudes sobre as quais o mundo fora erguido) em conjunto de trs. (KEENER, Craig S. Comentrio Bblico Atos: Novo Testamento. Traduo: Jos Gabriel Said. Belo Horizonte: Editora Atos, 2004, p.62).

    4. Olhar puro:Outros mestres judeus tambm viam com desprezo a luxria. Alguns,

    assim como Jesus, chegavam mesmo a considera-la adultrio. A ques-to no , pois, a doutrina dos ouvintes de Jesus, mas o corao deles.

    A vontadedo Rei

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    Aqui a palavra grega a mesma da linha inicial do dcimo mandamento da Septuaginta (a verso grega do Novo Testamento): No cobiars a mulher do teu prximo (x 20.17). O dcimo mandamento, contra a cobia, obriga a plateia de Jesus a interiorizar outros mandamentos do Mestre. (Ibidem, p.59.)

  • 26 Comentrios Adicionais 3 Trimestre de 2014

    14 DE MARO DE 2015

    111. Antes de Cristo retornar:Esta era perversa deve durar at o retorno dele. Esta era sempre ser

    hostil ao evangelho e ao povo Deus. O mal prevalecer. Influencias ardilosas e enganosas tentaro afastar os homens de Cristo. Falsas religies, messias en-ganadores, desencaminharo a muitos. As guerras continuaro, haver fome e terremotos. Perseguio e martrio flagelaro a igreja. Enquanto durar esta era, os cristos sofrero dio. Surgiro falsos profetas, existir iniquidade em abundncia, o amor de muitos esfriar. O quadro sombrio, porm, o que deve se esperar de uma era sob o governo de lderes deste mundo em tre-vas (Ef 6.12). (LADD, George Eldon. O evangelho do reino: estudos bblicos sobre o reino de Deus. Traduo de Hope Gordon Silva. So Paulo: Shedd Publicaes, 2008, pp.132-133).

    2. Esperana em meio ao caos:A Palavra de Deus, na verdade, ensina que haver intensificao do mal

    no fim desta era, pois Satans permanece o deus desta era perversa. Contu-do, devemos enfatizar de forma firme que Deus no abandonou esta era a Satans. O fato que o Reino de Deus entrou nesta era perversa; Satans foi derrotado. O Reino de Deus, em Cristo, criou a igreja, e ele opera no mundo, por intermdio da igreja, para realizar os propsitos divinos de estender seu reino no mundo. (Idem).

    3. Preparando as naes para Deus:Precisamos carregar o final da histria nos nossos coraes. A realidade

    que um dia h de acontecer aquilo que descrito em 1 Co 15.24: E, ento vir o fim, quando ele entregar o reino ao Deus e Pai, quando houver des-trudo todo principado, bem como toda potestade e poder. Jesus est pre-parando as naes para apresenta-las ao Deus Pai. Ele est redimindo todas as coisas e destruindo todo mal. H de chegar o dia em que ele entregar o reino ao Pai, perfeito e preparado. Precisamos levar esta verdade em nosso

    Sinais dostempos

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    corao para no sermos abalados pela realidade em que vivemos. A expec-tativa deste dia glorioso nos trar nimo e fora para perseverar at o fim. (CUNHA, Maurcio J. S.; WOOD, Beth A. O reino entre ns: transformaes de comunidades pelo evangelho integral. Viosa: Ultimato, 2003.p.132).

    4. O povo da esperana:Um povo de esperana v e ouve. Eles experimentam a bno de Ma-

    teus 13.16: bem-aventurados, porm, os vossos olhos, porque veem; e os vossos ouvidos, porque ouvem. Eles enxergam aquilo que Deus est fazen-do, trazendo o seu reino aos poucos. Eles escutam a voz do Senhor e tem entendimento sobre a sua ao. O povo de esperana v alm da situao. o povo que consegue enxergar o que Deus h de fazer. (Idem).

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    1221 DE MARO DE 2015

    Quando oRei voltar

    1. Quando o rei voltar a morte morrer:Os cristos esto confiantes quanto ao futuro, e nossa esperana cris-

    t (uma expectativa indubitvel) tanto individual quanto csmica. Indivi-dualmente, parte de Cristo [ou seja, separado dele], o medo da morte e da dissoluo pessoal quase universal [...] Jesus Cristo, entretanto, resgata seus discpulos desse horror. Ns no apenas sobrevivemos morte, mas ressuscitaremos, receberemos um novo corpo como o corpo ressurreto de Jesus, com poderes novos e jamais sonhados. Pois ele chamado tanto de as primcias da colheita quanto de primognito dentre os mortos. Estas duas metforas nos do a mesma garantia. Ele foi o primeiro a ressuscitar; e todo o seu povo o seguir [...] (DUDLEY, Timothy. Cristianismo autntico: 968 tex-tos selecionados das obras de John Stott. Traduo: Lena Aranha. So Paulo: Vida, 2006, p.539-540)

    2. Quando o Rei voltar, encontrar f?:Os cristos de fato deseja ardentemente o retorno de Cristo? Quanto

    mais os cristos estiverem presos s coisas boas desta vida e negligenciarem a comunho crist genuna e o relacionamento pessoal com Jesus Cristo, menos desejaro seu retorno [...] At certo ponto, ento, a intensidade com que ansiamos pelo retorno de Cristo uma medida da condio espiritual de nossa vida no momento. Ela tambm nos d uma noo de at que ponto vemos o mundo como ele realmente , ou seja, como Deus o v, em escravi-do ao pecado, em rebelio contra Deus e debaixo do poder do Maligno (1 Jo 5:19) (GRUDEM, Wayne A. Manual de teologia sistemtica: uma introduo aos ensinos fundamentais da f crist. Traduo Heber Carlos de Campos. So Paulo: Editora Vida, 2001, p.472).

    3. Quando o Rei voltar redimir o mundo:Entretanto, nossa esperana para o futuro tambm csmica. Acredita-

    mos que Jesus Cristo voltar em magnificncia, a fim de trazer a Histria ao

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    seu cumprimento na eternidade. Ele no apenas ressuscitar os mortos, mas regenerar o Universo; ele far novas todas s coisas. Estamos certos de que toda a criao ser libertada de sua escravido presente, da deteriorao e da morte; que os gemidos da natureza so dores de parto que prenunciam o nascimento de um novo mundo; e de que haver um novo cu e uma nova terra, que ser a casa dos justos. (DUDLEY, Timothy. Cristianismo autntico: 968 textos selecionados das obras de John Stott. Traduo: Lena Aranha. So Paulo: Vida, 2006, p.540).

    4. Quando o Rei voltar haver uma nova ordem csmica:O Reino de Deus de que falaram os profetas do Antigo Testamento,

    anunciado por Joo, Jesus e os apstolos, inclui o cu, claro, mas no fim das contas tambm ser, de maneira formal e permanente, estabelecido na terra. Os profetas do Antigo Testamento predisseram seu estabelecimento, descrevendo um mundo do qual os efeitos corruptores da Queda foram re-movidos, sendo substitudos por uma nova ordem csmica [...] (CULVER, Robert Duncan. Teologia sistemtica: bblica e histrica. Traduo Valdemar Kroker. So Paulo: Shedd Publicaes, 2012, p.1509).

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    1328 DE MARO DE 2015

    Semeando o reino

    1. Ensino para todos:A maioria dos habitantes do Imprio Romano era formada por campo-

    neses, isto , agricultores ou pastores. A elite alfabetizada em geral ignorava essa grande massa, mas as ilustraes de Jesus mostram que Ele pregava com frequncia para essa classe. Embora a Galileia fosse bastante populosa, dis-pondo de inmeras vilas e ostentando duas cidades maiores (Sforis e Tibera-des), muitos de seus moradores habitavam a zona rural eram camponeses. (KEENER, Craig S. Comentrio Bblico Atos: Novo Testamento. Traduo: Jos Gabriel Said. Belo Horizonte: Editora Atos, 2004, p.84).

    2. O mistrio do Reino:(...) o Reino de Deus est aqui, mas no com poder irresistvel. O Reino

    de Deus chegou, mas no como uma pedra moendo uma imagem at virar p. Agora, ele no est destruindo a maldade. Ao contrrio, est como o homem que semeia. Alguns, como no caso da semente boa, recebem-no; mas muitos no o recebem. Alguns ouvem a palavra do Reino, mas ela nunca entra no seu corao. Ouvem o Evangelho do Reino, mas no enten-deram a verdade. Satans chega e leva embora a semente. No h raiz, no h nenhuma vida. (LADD, George Eldon. O evangelho do reino: estudos bblicos sobre o reino de Deus. Traduo de Hope Gordon Silva. So Paulo: Shedd Publicaes, 2008, p.56).

    3. Reino resistvel:Quando o Reino de Deus vier, ele vir com poder. Quem pode resistir a

    ele? Quem pode se opor a Deus? Mas esse exatamente o mistrio do reino. O Reino est aqui, mas pode ser rejeitado. Deus, um dia, manifestar de fato seu imenso poder para purgar a terra da maldade, do pecado e da perver-sidade; mas agora no. O Reino de Deus est ativo entre os homens, mas Deus no os fora a se curvar diante disso. Eles precisam recebe-lo; a resposta precisa vir de um corao disposto e uma vontade submissa. (Ibidem, p.58).

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    4. Mistrio revelado:Um mistrio algo que permaneceu desconhecido at ser revelado. Um

    desses mistrios que agora est sendo revelado o fato de que, com a entrada de Jesus no cenrio da Histria, o reinado do reino do cu na terra se manifes-tou. Aos discpulos fora concedido o privilgio de, at certo ponto, discernir esses mistrios. Note-se: conhecido. Foi uma questo de pura graa. (HEN-DRIKSEN, William. Comentrio do Novo Testamento: Mateus: vol. 2. Traduo de Valter Graciano Martins. So Paulo: Cultura Crist, 2001, p.71).

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