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BibliotecaDigitaldaCmarados DeputadosCentrodeDocumentaoeInformaoCoordenaodeBibliotecahttp://bd.camara.gov.br"Disseminaosdocumentosdigitaisdeinteressedaatividadelegislativaedasociedade.LDBLEI DE DIRETRIZES E BASESDA EDUCAO NACIONAL5 Edio2010LDBLei de Diretrizes e Bases da Educao NacionalA srie Legislao rene normas jurdicas, textos ou conjunto detextoslegaissobrematriasespecfcas,comoobjetivode facilitar o acesso da sociedade legislao vigente no pas, pois o conhecimento das normas que regem a vida dos brasileiros importantepassoparaofortalecimentodaprticadacida-dania. Assim, o Centro de Documentao e Informao, por meio da Coordenao Edies Cmara, cumpre uma das suas mais importantes atribuies: colaborar para que a Cmara dos Deputados promova a consolidao da democracia.LegislaoBraslia | 2010Cmara dosDeputados97 8 8 5 7 3 6 5 6 7 0 1I SBN857365670- 0 ISBN978-85-736-5670-15a edioLegislaoCentro de Documentao e Informao CediCoordenao Edies Cmara CoediAnexo II Praa dos Trs PoderesBraslia (DF) CEP 70160-900Telefone: (61) 3216-5809; fax: (61) [email protected] Lei de Diretrizes e Bases da Educao Nacional 5a edioApresentaoDesdesuapromulgao,em20dedezembrode 1996,aLeideDiretrizeseBasesdaEducaoNa-cionalvemredesenhandoosistemaeducacional brasileiroemtodososnveis:dacreche,desde ento incorporada aos sistemas de ensino, s uni-versidades,almdetodasasoutrasmodalidades deensino,incluindoaeducaoespecial,profs-sional,indgena,nocampoeensinoadistncia.ALDBdispesobretodososaspectosdosiste-ma educacional, dos princpios gerais da educa-oescolarsfnalidades,recursosfnanceiros, formaoediretrizesparaacarreiradosprofs-sionais do setor. Todalegislaopodeseraprimorada.EaLDB temsidoconstantementeatualizada.Exemplo recenteaampliaodoensinofundamental paranoveanoscommatrculaobrigatriaaos seis anos de idade.ACmaradosDeputadosvemcontribuindopara a construo de uma educao de qualidade no somente por meio da aprovao de leis, mas tambm pela divulgao desses di- reitosquesoassegura- dosatodososbrasileiros. Porisso,aimportncia desta publicao.Michel TemerPresidente da Cmara dos DeputadosMesa da Cmara dos Deputados53 Legislatura 4 Sesso Legislativa2010Presidente1o Vice-Presidente2o Vice-Presidente1o Secretrio2o Secretrio3o Secretrio4o SecretrioMichel TemerMarco MaiaAntonio Carlos Magalhes NetoRafael GuerraInocncio OliveiraOdair CunhaNelson Marquezelli1o Suplente 2o Suplente 3o Suplente 4o Suplente Marcelo OrtizGiovanni QueirozLeandro SampaioManoel JuniorSuplentes de Secretrio Diretor-Geral Srgio Sampaio Contreiras de AlmeidaSecretrio-Geral da Mesa Mozart Vianna de PaivaLDB Lei de Diretrizes e Bases da Educao NacionalCentro de Documentao e Informao Edies Cmara Braslia | 2010Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996,que estabelece as diretrizes e bases da edu-cao nacional.Cmara dos Deputados5a EdioCMARA DOS DEPUTADOSDIRETORIA LEGISLATIVADiretorAfrsio Vieira Lima Filho CENTRO DE DOCUMENTAO E INFORMAODiretorAdolfo C. A. R. Furtado COORDENAO EDIES CMARADiretoraMaria Clara Bicudo Cesar COORDENAO DE ESTUDOS LEGISLATIVOSDiretorChristiano Vitor de Campos Lacorte1997, 1a edio; 2001, 2a edio; 2006, 3aedio; 2007, 4 edio. Cmara dos DeputadosCentro de Documentao e Informao CediCoordenao Edies Cmara CoediAnexo II Praa dos Trs PoderesBraslia (DF) CEP 70160-900Telefone: (61) 3216-5809; Fax: (61) [email protected] Edies CmaraProjeto grfcoPaula Scherre e Tereza PiresCapa e diagramaoRenata HomemRevisoSeo de Reviso e IndexaoSRIELegislao n. 39Dados Internacionais de Catalogao-na-publicao (CIP)Coordenao de Biblioteca. Seo de Catalogao.Brasil. [Lei Darcy Ribeiro (1996)].LDB : Lei de Diretrizes e Bases da Educao Nacional : lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da educao nacional. 5. ed. Braslia : Cmara dos Deputados, Coorde-nao Edies Cmara, 2010. 60 p. (Srie Legislao ; n. 39)ISBN 978-85-736-5670-1 (brochura)1. Brasil. [Lei Darcy Ribeiro (1996)]. 2. Educao, legislao, Brasil. 3. Educao e Estado, legisla-o, Brasil. 4. Poltica educacional, Brasil. I. Ttulo. II. Srie.CDU 343.143(81)(094)ISBN 978-85-736-5670-1 (brochura) ISBN 978-85-736-5671-8 (e-book) - SUMRIO -LEI NO 9.394, DE 20 DE DEZEMBRO DE 1996Estabelece as diretrizes e bases da educao nacional .....................................................7TTULO IDa Educao ........................................................................................................ 7TTULO IIDos Princpios e fns da Educao Nacional ......................................................... 8TTULO IIIDo Direito Educao e do Dever de Educar ...................................................... 9TTULO IVDa Organizao da Educao Nacional .............................................................. 12TTULO VDos Nveis e das Modalidades de Educao e Ensino ......................................... 19CAPTULO IDa Composio dos Nveis Escolares ................................................................ 19CAPTULO IIDa Educao Bsica .......................................................................................... 20SEO IDas Disposies Gerais .................................................................................... 20SEO IIDa Educao Infantil ....................................................................................... 25SEO IIIDo Ensino Fundamental .................................................................................. 26SEO IVDo Ensino Mdio ............................................................................................ 28SEO IV-ADa Educao Profssional Tcnica de Nvel Mdio ........................................... 30SEO VDa Educao de Jovens e Adultos .................................................................... 32CAPTULO IIIDa Educao Profssional e Tecnolgica ............................................................ 33CAPTULO IVDa Educao Superior ...................................................................................... 35CAPTULO VDa Educao Especial ....................................................................................... 43TTULO VIDos Profssionais Da Educao .......................................................................... 45TTULO VIIDos Recursos Financeiros ................................................................................... 49TTULO VIIIDas Disposies Gerais ...................................................................................... 55TTULO IXDas Disposies Transitrias .............................................................................. 58LDB Lei de Diretrizes e Bases da Educao Nacional 5a edio7- LEI NO 9.394,DE 20 DE DEZEMBRO DE 19961 -Estabelece as diretrizes e bases da educao nacional.O Presidente da RepblicaFao saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte lei:TTULO IDA EDUCAOArt. 1oA educao abrange os processos formativos que se de-senvolvemnavidafamiliar,naconvivnciahumana, no trabalho, nas instituies de ensino e pesquisa, nos movimentos sociais e organizaes da sociedade civil e nas manifestaes culturais. 1oEstaleidisciplinaaeducaoescolar,quesedesen-volve,predominantemente,pormeiodoensino,em instituies prprias. 2oAeducaoescolardevervincular-seaomundodo trabalho e prtica social.1 Publicada no Dirio Ocial da Unio, Seo 1, de 23 de dezembro de 1996, p. 27833.Srie Legislao8TTULO IIDOS PRINCPIOS E FINS DA EDUCAO NACIONALArt. 2oAeducao,deverdafamliaedoEstado,inspirada nosprincpiosdeliberdadeenosideaisdesolidarie-dade humana, tem por nalidade o pleno desenvolvi-mentodoeducando,seupreparoparaoexerccioda cidadania e sua qualicao para o trabalho.Art. 3oO ensino ser ministrado com base nos seguintes prin-cpios:I igualdade de condies para o acesso e permanncia na escola;II liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar a cultura, o pensamento, a arte e o saber;III pluralismo de ideias e de concepes pedaggicas;IV respeito liberdade e apreo tolerncia;V coexistnciadeinstituiespblicaseprivadasde ensino;VI gratuidadedoensinopblicoemestabelecimen- tos ociais;VII valorizao do prossional da educao escolar;VIII gestodemocrticadoensinopblico,naforma desta lei e da legislao dos sistemas de ensino;IX garantia de padro de qualidade;X valorizao da experincia extraescolar;LDB Lei de Diretrizes e Bases da Educao Nacional 5a edio9XI vinculao entre a educao escolar, o trabalho e as prticas sociais.TTULO IIIDO DIREITO EDUCAO E DO DEVER DE EDUCARArt. 4oO dever do Estado com educao escolar pblica ser efetivado mediante a garantia de:I ensino fundamental, obrigatrio e gratuito, inclu-sivepara os que aele no tiveram acesso na ida- de prpria; 2II universalizao do ensino mdio gratuito;III atendimentoeducacionalespecializadogratuito aoseducandoscomnecessidadesespeciais,prefe-rencialmente na rede regular de ensino;IV atendimentogratuitoemcrechesepr-escolass crianas de zero a seis anos de idade;V acesso aos nveis mais elevados do ensino, da pes-quisaedacriaoartstica,segundoacapacidade de cada um; VI oferta de ensino noturno regular, adequado s con-dies do educando;VII oferta de educao escolar regular para jovens e adul-tos, com caractersticas e modalidades adequadas s suasnecessidadesedisponibilidades,garantindo-se 2 Inciso com redao dada pela Lei n 12.061, de 27-10-2009.Srie Legislao10aos que forem trabalhadores as condies de acesso e permanncia na escola;VIII atendimento ao educando, no ensino fundamental pblico, por meio de programas suplementares de material didtico-escolar, transporte, alimentao e assistncia sade;IX padres mnimos de qualidade de ensino, denidos como a variedade e quantidade mnimas, por alu-no, de insumos indispensveis ao desenvolvimento do processo de ensino-aprendizagem; 3X vaga na escola pblica de educao infantil ou de ensino fundamental mais prxima de sua residn-cia a toda criana a partir do dia em que completar quatro anos de idade.Art. 5oOacessoaoensinofundamentaldireitopblico subjetivo, podendo qualquer cidado, grupo de cida-dos,associaocomunitria,organizaosindical, entidade de classe ou outra legalmente constituda, e, ainda, o Ministrio Pblico, acionar o poder pblico para exigi-lo. 1oCompete aos estados e aos municpios, em regime de colaborao, e com a assistncia da Unio:I recensear a populao em idade escolar para o ensi-no fundamental, e os jovens e adultos que a ele no tiveram acesso;II fazer-lhes a chamada pblica;III zelar, junto aos pais ou responsveis, pela frequn- cia escola.3 Inciso acrescido pela Lei no 11.700, de 13-06-2008. LDB Lei de Diretrizes e Bases da Educao Nacional 5a edio11 2oEmtodasasesferasadministrativas,opoderpblico assegurar em primeiro lugar o acesso ao ensino obri-gatrio, nos termos deste artigo, contemplando em se-guida os demais nveis e modalidades de ensino, con-forme as prioridades constitucionais e legais. 3oQualquer das partes mencionadas no caput deste arti-go tem legitimidade para peticionar no Poder Judici-rio, na hiptese do 2o do art. 208 da Constituio Federal, sendo gratuita e de rito sumrio a ao judi-cial correspondente. 4oComprovadaaneglignciadaautoridadecompetente para garantir o oferecimento do ensino obrigatrio, po-der ela ser imputada por crime de responsabilidade. 5oParagarantirocumprimentodaobrigatoriedadede ensino,opoderpblicocriarformasalternativasde acessoaosdiferentesnveisdeensino,independente-mente da escolarizao anterior.4Art. 6odeverdospaisouresponsveisefetuaramatrcula dos menores, a partir dos seis anos de idade, no ensi- no fundamental.Art. 7oO ensinolivre iniciativa privada, atendidas as se-guintes condies:I cumprimentodasnormasgeraisdaeducaona-cional e do respectivo sistema de ensino;II autorizao de funcionamento e avaliao de quali-dade pelo poder pblico;III capacidade de autonanciamento, ressalvado o pre-visto no art. 213 da Constituio Federal.4 Artigo com redao dada pela Lei no 11.114, de 16-5-2005.Srie Legislao12TTULO IVDA ORGANIZAODA EDUCAO NACIONALArt. 8o A Unio, os estados, o Distrito Federal e os municpios organizaro, em regime de colaborao, os respectivos sistemas de ensino.5 1oCaber Unio a coordenao da poltica nacional de educao, articulando os diferentes nveis e sistemas e exercendo funo normativa, redistributiva e supletiva em relao s demais instncias educacionais. 2oOs sistemas de ensino tero liberdade de organizao nos termos desta lei.Art. 9oA Unio incumbir-se- de:I elaborar o Plano Nacional de Educao, em cola-boraocomosestados,oDistritoFederaleos municpios;II organizar,manteredesenvolverosrgoseinsti-tuies ociais do sistema federal de ensino e o dos territrios;III prestar assistncia tcnica e nanceira aos estados, ao Distrito Federal e aos municpios para o desen-volvimento de seus sistemas de ensino e o atendi-mento prioritrio escolaridade obrigatria, exer-cendo sua funo redistributiva e supletiva;IV estabelecer, em colaborao com os estados, o Dis-trito Federal e os municpios, competncias e dire-trizes para a educao infantil, o ensino fundamen-taleoensinomdio,quenortearooscurrculos 5 Pargrafo regulamentado pelo Decreto no 5.622, de 19-12-2005. LDB Lei de Diretrizes e Bases da Educao Nacional 5a edio13eseuscontedosmnimos,demodoaassegurar formao bsica comum;V coletar,analisaredisseminarinformaessobrea educao;6VI assegurar processo nacional de avaliao do rendi-mento escolar no ensino fundamental, mdio e su-perior, em colaborao com os sistemas de ensino, objetivando a denio de prioridades e a melhoria da qualidade do ensino;VII baixarnormasgeraissobrecursosdegraduaoe ps-graduao;7VIII assegurarprocessonacionaldeavaliaodasins-tituiesdeeducaosuperior,comacooperao dossistemasquetiveremresponsabilidadesobre este nvel de ensino;8 e 9IX autorizar,reconhecer,credenciar,supervisionare avaliar, respectivamente, os cursos das instituies de educao superior e os estabelecimentos do seu sistema de ensino. 1oNa estrutura educacional, haver um Conselho Nacio-nal de Educao, com funes normativas e de super-viso e atividade permanente, criado por lei. 2oPara o cumprimento do disposto nos incisos V a IX, a Unio ter acesso a todos os dados e informaes necess-rios de todos os estabelecimentos e rgos educacionais.6 Inciso regulamentado pelo Decreto n 5.773, de 9-5-2006.7 Idem.8 Idem.9 A Lei no 10.870, de 19-5-2004 instituiu Taxa de Avaliao in loco, em favor do Instituto Nacional de Estu-dos e Pesquisas Educacionais Ansio Teixeira (Inep), pelas avaliaes peridicas que realizar, quando formu-lada solicitao de credenciamento ou renovao de credenciamento de instituio de educao superior e solicitao de autorizao, reconhecimento ou renovao de reconhecimento de cursos de graduao.Srie Legislao14 3oAs atribuies constantes do inciso IX podero ser de-legadasaosestadoseaoDistritoFederal,desdeque mantenham instituies de educao superior.Art. 10.Os estados incumbir-se-o de:I organizar,manteredesenvolverosrgoseinsti-tuies ociais dos seus sistemas de ensino;II denir, com os municpios, formas de colaborao naofertadoensinofundamental,asquaisdevem asseguraradistribuioproporcionaldasrespon-sabilidades, de acordo com a populao a ser aten-dida e os recursos nanceiros disponveis em cada uma dessas esferas do poder pblico;III elaborar e executar polticas e planos educacionais, emconsonnciacomasdiretrizeseplanosnacio-naisdeeducao,integrandoecoordenandoas suas aes e as dos seus municpios;IV autorizar,reconhecer,credenciar,supervisionare avaliar, respectivamente, os cursos das instituies de educao superior e os estabelecimentos do seu sistema de ensino;V baixar normas complementares para o seu sistema de ensino; 10VI asseguraroensinofundamentaleoferecer,com prioridade, o ensino mdio a todos que o deman-darem, respeitado o disposto no art. 38 desta lei;11VII assumir o transporte escolar dos alunos da rede es-tadual. 10 Inciso com redao dada pela Lei n 12.061, de 27-10-2009.11 Inciso acrescido pela Lei no 10.709, de 31-7-2003.LDB Lei de Diretrizes e Bases da Educao Nacional 5a edio15Pargrafo nico. Ao Distrito Federal aplicar-se-o as compe-tncias referentes aos estados e aos municpios.Art. 11.Os municpios incumbir-se-o de:I organizar,manteredesenvolverosrgoseins-tituiesociaisdosseussistemasdeensino,in-tegrando-osspolticaseplanoseducacionaisda Unio e dos estados;II exercer ao redistributiva em relao s suas escolas;III baixar normas complementares para o seu sistema de ensino;IV autorizar, credenciar e supervisionar os estabeleci-mentos do seu sistema de ensino;V oferecer a educao infantil em creches e pr-escolas, e, com prioridade, o ensino fundamental, permitida a atuao em outros nveis de ensino somente quan-doestiverematendidasplenamenteasnecessida- des de sua rea de competncia e com recursos aci-ma dos percentuais mnimos vinculados pela Cons-tituioFederalmanutenoedesenvolvimento do ensino;12VI assumir o transporte escolar dos alunos da rede mu-nicipal.Pargrafo nico. Os municpios podero optar, ainda, por se integrar ao sistema estadual de ensino ou compor com ele um sistema nico de educao bsica.12 Inciso acrescido pela Lei no 10.709, de 31-7-2003.Srie Legislao16Art. 12.Os estabelecimentos de ensino, respeitadas as normas comuns e as do seu sistema de ensino, tero a incum-bncia de: I elaborar e executar sua proposta pedaggica;II administrar seu pessoal e seus recursos materiais e nanceiros;III assegurar o cumprimento dos dias letivos e horas-aula estabelecidas;IV velarpelocumprimentodoplanodetrabalhode cada docente;V prover meios para a recuperao dos alunos de me-nor rendimento;VI articular-se com as famlias e a comunidade, criando processos de integrao da sociedade com a escola; 13VII informar pai e me, conviventes ou no com seus flhos, e, se for o caso, os responsveis legais, sobre a frequncia e rendimento dos alunos, bem como sobre a execuo da proposta pedaggica da escola;14VIII noticar ao Conselho Tutelar do municpio, ao juiz competente da Comarca e ao respectivo represen-tantedoMinistrioPblicoarelaodosalunos que apresentem quantidade de faltas acima de cin-quenta por cento do percentual permitido em lei.Art. 13.Os docentes incumbir-se-o de:I participar da elaborao da proposta pedaggica do estabelecimento de ensino;13 Inciso com redao dada pela Lei no 12.013, de 6-8-2009.14 Inciso acrescido pela Lei no 10.287, de 10-9-2001.LDB Lei de Diretrizes e Bases da Educao Nacional 5a edio17II elaborarecumprirplanodetrabalho,segundoa proposta pedaggica do estabelecimento de ensino;III zelar pela aprendizagem dos alunos;IV estabelecerestratgiasderecuperaoparaosalu-nos de menor rendimento;V ministrar os dias letivos e horas-aula estabelecidos, alm de participar integralmente dos perodos de-dicadosaoplanejamento,avaliaoeaodesen-volvimento prossional;VI colaborar com as atividades de articulao da esco-la com as famlias e a comunidade.Art. 14.Ossistemasdeensinodeniroasnormasdagesto democrtica do ensino pblico na educao bsica, de acordocomassuaspeculiaridadeseconformeosse-guintes princpios:I participaodosprossionaisdaeducaonaela-borao do projeto pedaggico da escola;II participaodascomunidadesescolarelocalem conselhos escolares ou equivalentes.Art. 15.Ossistemasdeensinoassegurarosunidadesesco-larespblicasdeeducaobsicaqueosintegram progressivosgrausdeautonomiapedaggicaeadmi-nistrativa e de gesto nanceira, observadas as normas gerais de direito nanceiro pblico.Art. 16.O sistema federal de ensino compreende:I as instituies de ensino mantidas pela Unio;II as instituies de educao superior criadas e man-tidas pela iniciativa privada;Srie Legislao18III os rgos federais de educao.Art. 17.Os sistemas de ensino dos estados e do Distrito Fede-ral compreendem:I as instituies de ensino mantidas, respectivamente, pelo poder pblico estadual e pelo Distrito Federal;II as instituies de educao superior mantidas pelo poder pblico municipal;III as instituies de ensino fundamental e mdio cria-das e mantidas pela iniciativa privada;IV os rgos de educao estaduais e do Distrito Fede-ral, respectivamente.Pargrafo nico. No Distrito Federal, as instituies de edu-cao infantil, criadas e mantidas pela iniciativa privada, inte-gram seu sistema de ensino.Art. 18.Os sistemas municipais de ensino compreendem:I asinstituiesdoensinofundamental,mdioe de educao infantil mantidas pelo poder pblico municipal;II as instituies de educao infantil criadas e manti-das pela iniciativa privada;III os rgos municipais de educao.Art. 19.Asinstituiesdeensinodosdiferentesnveisclassi-cam-se nas seguintes categorias administrativas:I pblicas, assim entendidas as criadas ou incorpora-das, mantidas e administradas pelo poder pblico;II privadas, assim entendidas as mantidas e administra-das por pessoas fsicas ou jurdicas de direito privado.LDB Lei de Diretrizes e Bases da Educao Nacional 5a edio19Art. 20.As instituies privadas de ensino se enquadraro nas seguintes categorias:I particulares em sentido estrito, assim entendidas as que so institudas e mantidas por uma ou mais pes-soasfsicasoujurdicasdedireitoprivadoqueno apresentem as caractersticas dos incisos abaixo;15II comunitrias,assimentendidasasquesoinstitu-dasporgruposdepessoasfsicasouporumaou mais pessoas jurdicas, inclusive cooperativas educa-cionais, sem fns lucrativos, que incluam na sua en-tidade mantenedora representantes da comunidade;III confessionais, assim entendidas as que so institu-dasporgruposdepessoasfsicasouporumaou maispessoasjurdicasqueatendemaorientao confessionaleideologiaespeccaseaodisposto no inciso anterior;IV lantrpicas, na forma da lei.TTULO VDOS NVEIS E DAS MODALIDADES DE EDUCAO E ENSINOCAPTULO IDa Composio dos Nveis EscolaresArt. 21.A educao escolar compe-se de:15 Inciso com redao dada pela Lei no 12.020, de 27-8-2009.Srie Legislao20I educaobsica,formadapelaeducaoinfantil, ensino fundamental e ensino mdio;II educao superior.CAPTULO IIDa Educao BsicaSeo IDas Disposies GeraisArt. 22.Aeducaobsicatempornalidadesdesenvolvero educando, assegurar-lhe a formao comum indispen-svel para o exerccio da cidadania e fornecer-lhe meios para progredir no trabalho e em estudos posteriores.Art. 23.A educao bsica poder organizar-se em sries anu-ais, perodos semestrais, ciclos, alternncia regular de perodos de estudos, grupos no seriados, com base na idade,nacompetnciaeemoutroscritrios,oupor forma diversa de organizao, sempre que o interesse do processo de apren-dizagem assim o recomendar. 1oA escola poder reclassicar os alunos, inclusive quan-do se tratar de transferncias entre estabelecimentos situadosnoPasenoexterior,tendocomobaseas normas curriculares gerais. 2oO calendrio escolar dever adequar-se s peculiarida-des locais, inclusive climticas e econmicas, a critrio do respectivo sistema de ensino, sem com isso reduzir o nmero de horas letivas previsto nesta lei.Art. 24.A educao bsica, nos nveis fundamental e mdio, ser organizada de acordo com as seguintes regras comuns:LDB Lei de Diretrizes e Bases da Educao Nacional 5a edio21I a carga horria mnima anual ser de oitocentas ho-ras, distribudas por um mnimo de duzentos dias de efetivo trabalho escolar, excludo o tempo reser-vado aos exames nais, quando houver;II a classicao em qualquer srie ou etapa, exceto a primeira do ensino fundamental, pode ser feita:a)por promoo, para alunos que cursaram, com apro- veitamento, a srie ou fase anterior, na prpria escola;b)por transferncia, para candidatos procedentes de outras escolas;c)independentementedeescolarizaoanterior, medianteavaliaofeitapelaescola,quedena o grau de desenvolvimento e experincia do can-didatoepermitasuainscrionasrieouetapa adequada, conforme regulamentao do respecti-vo sistema de ensino;III nos estabelecimentos que adotam a progresso re-gularporsrie,oregimentoescolarpodeadmitir formas de progresso parcial, desde que preservada a sequncia do currculo, observadas as normas do respectivo sistema de ensino;IV podero organizar-se classes, ou turmas, com alunos de sries distintas, com nveis equivalentes de adian-tamento na matria, para o ensino de lnguas estran-geiras, artes, ou outros componentes curriculares;V avericaodorendimentoescolarobservaros seguintes critrios:a)avaliaocontnuaecumulativadodesempenho do aluno, com prevalncia dos aspectos qualitativos Srie Legislao22sobre os quantitativos e dos resultados ao longo do perodo sobre os de eventuais provas nais;b)possibilidade de acelerao de estudos para alunos com atraso escolar;c)possibilidade de avano nos cursos e nas sries me-diante vericao do aprendizado;d)aproveitamento de estudos concludos com xito;e)obrigatoriedade de estudos de recuperao, de pre-ferncia paralelos ao perodo letivo, para os casos de baixo rendimento escolar, a serem disciplinados pelas instituies de ensino em seus regimentos;VI o controle de frequncia ca a cargo da escola, con-formeodispostonoseuregimentoenasnormas do respectivo sistema de ensino, exigida a frequn-cia mnima de setenta e cinco por cento do total de horas letivas para aprovao;VII cabe a cada instituio de ensino expedir histricos escolares, declaraes de concluso de srie e diplo-mas ou certicados de concluso de cursos, com as especicaes cabveis.Art. 25.Ser objetivo permanente das autoridades responsveis alcanar relao adequada entre o nmero de alunos e o professor, a carga horria e as condies materiais do estabelecimento.Pargrafo nico. Cabe ao respectivo sistema de ensino, vis-tadascondiesdisponveisedascaractersticasregionaise locais,estabelecerparmetroparaatendimentododisposto neste artigo.LDB Lei de Diretrizes e Bases da Educao Nacional 5a edio23Art. 26.Os currculos do ensino fundamental e mdio devem ter uma base nacional comum, a ser complementada, em cada sistema de ensino e estabelecimento escolar, por uma parte diversicada, exigida pelas caractersti-cas regionais e locais da sociedade, da cultura, da eco-nomia e da clientela. 1oOscurrculosaqueserefereocaputdevemabranger, obrigatoriamente,oestudodalnguaportuguesaeda matemtica, o conhecimento do mundo fsico e natural e da realidade social e poltica, especialmente do Brasil. 2oO ensino da arte constituir componente curricular obri-gatrio, nos diversos nveis da educao bsica, de for-ma a promover o desenvolvimento cultural dos alunos.16 3oA educao fsica, integrada proposta pedaggica da escola, componente curricular obrigatrio da educa-o bsica, sendo sua prtica facultativa ao aluno:I que cumpra jornada de trabalho igual ou superior a seis horas;II maior de trinta anos de idade;III que estiver prestando servio militar inicial ou que, emsituaosimilar,estiverobrigadoprticada educao fsica;IV amparado pelo Decreto-Lei no 1.044, de 21 de ou-tubro de 1969;V (vetado);VI que tenha prole.16 Pargrafo com redao dada pela Lei no 10.793, de 1-12-2003.Srie Legislao24 4oO ensino da Histria do Brasil levar em conta as con-tribuiesdasdiferentesculturaseetniasparaafor-mao do povo brasileiro, especialmente das matrizes indgena, africana e europeia. 5oNa parte diversicada do currculo ser includo, obri-gatoriamente,apartirdaquintasrie,oensinode pelomenosumalnguaestrangeiramoderna,cuja escolha car a cargo da comunidade escolar, dentro das possibilidades da instituio. 17 6o A msica dever ser contedo obrigatrio18, mas no exclusivo,docomponentecurriculardequetratao 2o deste artigo. 19Art. 26-A.Nos estabelecimentos de ensino fundamental e de en-sino mdio, pblicos e privados, torna-se obrigatrio o estudo da histria e cultura afro-brasileira e indgena. 1oO contedo programtico a que se refere este artigo incluir diversos aspectos da histria e da cultura que caracterizamaformaodapopulaobrasileira,a partir desses dois grupos tnicos, tais como o estudo da histria da frica e dos africanos, a luta dos negros e dos povos indgenas no Brasil, a cultura negra e in-dgena brasileira e o negro e o ndio na formao da sociedade nacional, resgatando as suas contribuies nasreassocial,econmicaepoltica,pertinentes histria do Brasil. 2oOs contedos referentes histria e cultura afro-bra-sileira e dos povos indgenas brasileiros sero minis-trados no mbito de todo o currculo escolar, em es-17Pargrafo acrescido pela Lei no 11.769 de 18-8-2008. 18 O art. 3o da Lei no 11.769, de 18-8-2008, determina que os sistemas de ensino tero trs anos letivos para se adaptarem a essa exigncia.19 Artigo acrescido pela Lei no 10.639, de 9-1-2003, e com redao dada pela Lei n 11.645, de 10-3-2008.LDB Lei de Diretrizes e Bases da Educao Nacional 5a edio25pecial nas reas de educao artstica e de literatura e histria brasileiras.Art. 27.Os contedos curriculares da educao bsica observa-ro, ainda, as seguintes diretrizes:I a difuso de valores fundamentais ao interesse so-cial, aos direitos e deveres dos cidados, de respeito ao bem comum e ordem democrtica;II consideraodascondiesdeescolaridadedos alunos em cada estabelecimento;III orientao para o trabalho;IV promoo do desporto educacional e apoio s pr-ticas desportivas no formais.Art. 28.Na oferta de educao bsica para a populao rural, os sistemas de ensino promovero as adaptaes neces-srias sua adequao s peculiaridades da vida rural e de cada regio, especialmente:I contedoscurricularesemetodologiasapropria-das s reais necessidades e interesses dos alunos da zona rural;II organizaoescolarprpria,incluindoadequao do calendrio escolar s fases do ciclo agrcola e s condies climticas;III adequao natureza do trabalho na zona rural.Seo IIDa Educao InfantilArt. 29.Aeducaoinfantil,primeiraetapadaeducaob-sica, tem como nalidade o desenvolvimento integral Srie Legislao26da criana at seis anos de idade, em seus aspectos fsi-co, psicolgico, intelectual e social, complementando a ao da famlia e da comunidade.Art. 30.A educao infantil ser oferecida em:I creches, ou entidades equivalentes, para crianas de at trs anos de idade;II pr-escolas,paraascrianasdequatroaseisanosde idade.Art. 31.Naeducaoinfantilaavaliaofar-se-mediante acompanhamento e registro do seu desenvolvimento, sem o objetivo de promoo, mesmo para o acesso ao ensino fundamental.Seo IIIDo Ensino Fundamental 20Art. 32.O ensino fundamental obrigatrio, com durao de noveanos,gratuitonaescolapblica,iniciando-se aos seis anos de idade, ter por objetivo a formao bsica do cidado, mediante:I o desenvolvimento da capacidade de aprender, ten-do como meios bsicos o pleno domnio da leitura, da escrita e do clculo;II a compreenso do ambiente natural e social, do sis-tema poltico, da tecnologia, das artes e dos valores em que se fundamenta a sociedade;20 Caput com redao dada pela Lei no 11.274, de 7-2-2006.LDB Lei de Diretrizes e Bases da Educao Nacional 5a edio27III odesenvolvimentodacapacidadedeaprendiza-gem, tendo em vista a aquisio de conhecimentos e habilidades e a formao de atitudes e valores;IV o fortalecimento dos vnculos de famlia, dos laos de solidariedade humana e de tolerncia recproca em que se assenta a vida social. 1o facultado aos sistemas de ensino desdobrar o ensino fundamental em ciclos. 2oOsestabelecimentosqueutilizamprogressoregular por srie podem adotar no ensino fundamental o regi-me de progresso continuada, sem prejuzo da avalia-odoprocessodeensino-aprendizagem,observadas as normas do respectivo sistema de ensino. 3oO ensino fundamental regular ser ministrado em ln-gua portuguesa, assegurada s comunidades indgenas a utilizao de suas lnguas maternas e processos prprios de aprendizagem. 4oO ensino fundamental ser presencial, sendo o ensino a distncia utilizado como complementao da apren-dizagem ou em situaes emergenciais.21 5oO currculo do ensino fundamental incluir, obrigato-riamente, contedo que trate dos direitos das crianas e dos adolescentes, tendo como diretriz a Lei no 8.069, de13dejulhode1990,queinstituioEstatutoda Criana e do Adolescente, observada a produo e dis-tribuio de material didtico adequado.22Art. 33.Oensinoreligioso,dematrculafacultativa,parte integrante da formao bsica do cidado e constitui 21 Pargrafo acrescido pela Lei n 11.525, de 25-9-2007.22 Artigo com redao dada pela Lei no 9.475, de 27-7-1997.Srie Legislao28disciplinadoshorriosnormaisdasescolaspblicas de ensino fundamental, assegurado o respeito diver-sidadeculturalreligiosadoBrasil,vedadasquaisquer formas de proselitismo. 1oOs sistemas de ensino regulamentaro os procedimen-tos para a denio dos contedos do ensino religioso e estabelecero as normas para a habilitao e admisso dos professores. 2oOssistemasdeensinoouviroentidadecivil,consti-tuda pelas diferentes denominaes religiosas, para a denio dos contedos do ensino religioso.Art. 34.A jornada escolar no ensino fundamental incluir pelo menosquatrohorasdetrabalhoefetivoemsalade aula, sendo progressivamente ampliado o perodo de permanncia na escola. 1oSo ressalvados os casos do ensino noturno e das for-mas alternativas de organizao autorizadas nesta lei. 2oO ensino fundamental ser ministrado progressivamen-te em tempo integral, a critrio dos sistemas de ensino.Seo IVDo Ensino MdioArt. 35.O ensino mdio, etapa nal da educao bsica, com durao mnima de trs anos, ter como nalidades:I aconsolidaoeoaprofundamentodosconheci-mentos adquiridos no ensino fundamental, possi-bilitando o prosseguimento de estudos;II apreparaobsicaparaotrabalhoeacidada-niadoeducando,paracontinuaraprendendo,de LDB Lei de Diretrizes e Bases da Educao Nacional 5a edio29modoasercapazdeseadaptarcomexibilidade a novas condies de ocupao ou aperfeioamen- to posteriores;III o aprimoramento do educando como pessoa huma-na, incluindo a formao tica e o desenvolvimento da autonomia intelectual e do pensamento crtico;IV acompreensodosfundamentoscientco-tecno-lgicos dos processos produtivos, relacionando a te-oria com a prtica, no ensino de cada disciplina.Art. 36.O currculo do ensino mdio observar o disposto na Seo I deste Captulo e as seguintes diretrizes:I destacar a educao tecnolgica bsica, a compre-enso do signicado da cincia, das letras e das artes; o processo histrico de transformao da sociedade e da cultura; a lngua portuguesa como instrumento de comunicao, acesso ao conhecimento e exerccio da cidadania;II adotar metodologias de ensino e de avaliao que estimulem a iniciativa dos estudantes;III ser includa uma lngua estrangeira moderna, como disciplinaobrigatria,escolhidapelacomunidade escolar, e uma segunda, em carter optativo, dentro das disponibilidades da instituio; 23IV sero includas a Filosofa e a Sociologia como dis-ciplinasobrigatriasemtodasassriesdoensi- no mdio.23 Inciso acrescido pela Lei no 11.684, de 2-6-2008.Srie Legislao30 1oOs contedos, as metodologias e as formas de avalia-o sero organizados de tal forma que ao nal do en-sino mdio o educando demonstre:I domniodosprincpioscientcosetecnolgicos que presidem a produo moderna;II conhecimento das formas contemporneas de lin-guagem; 24III (revogado).25 2o(Revogado.) 3oOs cursos do ensino mdio tero equivalncia legal e habilitaro ao prosseguimento de estudos. 26 4o(Revogado.)27Seo IV-ADa Educao Profssional Tcnica de Nvel MdioArt. 36-A.Sem prejuzo do disposto na Seo IV deste Captulo, oensinomdio,atendidaaformaogeraldoedu-cando, poder prepar-lo para o exerccio de profs-ses tcnicas.Pargrafo nico. A preparao geral para o trabalho e, faculta-tivamente, a habilitao profssional podero ser desenvolvidas nos prprios estabelecimentos de ensino mdio ou em coope-rao com instituies especializadas em educao profssional.24 Inciso revogado pela Lei no 11.684, de 2-6-2008.25 Pargrafo revogado pela Lei no 11.741, de 16-7-2008.26 Idem.27 Seo acrescida pela Lei no 11.741, de 16-7-2008.LDB Lei de Diretrizes e Bases da Educao Nacional 5a edio31Art. 36-B.Aeducaoprofssionaltcnicadenvelmdioser desenvolvida nas seguintes formas:I articulada com o ensino mdio;II subsequente, em cursos destinados a quem j tenha concludo o ensino mdio.Pargrafo nico. A educao profssional tcnica de nvel m-dio dever observar:I osobjetivosedefniescontidosnasdiretrizes curriculares nacionais estabelecidas pelo Conselho Nacional de Educao;II as normas complementares dos respectivos sistemas de ensino;III as exigncias de cada instituio de ensino, nos ter-mos de seu projeto pedaggico.Art. 36-C.A educao profssional tcnica de nvel mdio articu-lada, prevista no inciso I do caput do art. 36-B desta lei, ser desenvolvida de forma:I integrada, oferecida somente a quem j tenha con-cludooensinofundamental,sendoocursopla-nejadodemodoaconduziroalunohabilitao profssional tcnica de nvel mdio, na mesma ins-tituiodeensino,efetuando-sematrculanica para cada aluno;II concomitante, oferecida a quem ingresse no ensino mdio ou j o esteja cursando, efetuando-se matr-culas distintas para cada curso, e podendo ocorrer:a)namesmainstituiodeensino,aproveitando-se as oportunidades educacionais disponveis;Srie Legislao32b)em instituies de ensino distintas, aproveitando-se as oportunidades educacionais disponveis;c)em instituies de ensino distintas, mediante con-vniosdeintercomplementaridade,visandoao planejamentoeaodesenvolvimentodeprojeto pedaggico unifcado.Art. 36-D.Os diplomas de cursos de educao profssional tc-nicadenvelmdio,quandoregistrados,terova-lidade nacional e habilitaro ao prosseguimento de estudos na educao superior.Pargrafonico.Oscursosdeeducaoprofssionaltcnica denvelmdio,nasformasarticuladaconcomitanteesub-sequente, quando estruturados e organizados em etapas com terminalidade,possibilitaroaobtenodecertifcadosde qualifcaoparaotrabalhoapsaconcluso,comaprovei-tamento, de cada etapa que caracterize uma qualifcao para o trabalho.Seo VDa Educao de Jovens e AdultosArt. 37.A educao de jovens e adultos ser destinada queles que no tiveram acesso ou continuidade de estudos no ensino fundamental e mdio na idade prpria. 1oOssistemasdeensinoassegurarogratuitamenteaos jovens e aos adultos, que no puderam efetuar os estu-dos na idade regular, oportunidades educacionais apro-priadas, consideradas as caractersticas do alunado, seus interesses,condiesdevidaedetrabalho,mediante cursos e exames.LDB Lei de Diretrizes e Bases da Educao Nacional 5a edio33 2oO poder pblico viabilizar e estimular o acesso e a permanncia do trabalhador na escola, mediante aes integradas e complementares entre si. 28 3o A educao de jovens e adultos dever articular-se, pre-ferencialmente, com a educao profssional, na forma do regulamento.Art. 38.Os sistemas de ensino mantero cursos e exames su-pletivos, que compreendero a base nacional comum do currculo, habilitando ao prosseguimento de estu-dos em carter regular. 1oOs exames a que se refere este artigo realizar-se-o:I no nvel de concluso do ensino fundamental, para os maiores de quinze anos;II nonveldeconclusodoensinomdio,paraos maiores de dezoito anos. 2oOs conhecimentos e habilidades adquiridos pelos edu-candos por meios informais sero aferidos e reconheci-dos mediante exames.CAPTULO IIIDa Educao Profssional e Tecnolgica29 30Art. 39.A educao profssional e tecnolgica, no cumprimen-todos objetivos da educao nacional, integra-se aos diferentesnveisemodalidadesdeeducaoesdi-menses do trabalho, da cincia e da tecnologia.28 Pargrafo acrescido pela Lei no 11.741, de 16-7-2008. 29 Ttulo do captulo com redao dada pela Lei no 11.741, de 16-7-2008. 30 Artigo regulamentado pelo Decreto no 5.154, de 23-7-2004, e com redao dada pela Lei no 11.741, de 16-7-2008. Srie Legislao34 1oOscursosdeeducaoprofssionaletecnolgicapo-dero ser organizados por eixos tecnolgicos, possibi-litando a construo de diferentes itinerrios formati-vos, observadas as normas do respectivo sistema e nvel de ensino. 2oA educao profssional e tecnolgica abranger os se-guintes cursos:I deformaoinicialecontinuadaouqualifcao profssional;II de educao profssional tcnica de nvel mdio;III de educao profssional tecnolgica de graduao e ps-graduao. 3oOs cursos de educao profssional tecnolgica de gra-duao e ps-graduao organizar-se-o, no que con-cerne a objetivos, caractersticas e durao, de acordo comasdiretrizescurricularesnacionaisestabelecidas pelo Conselho Nacional de Educao. 31Art. 40.A educao prossional ser desenvolvida em articula-o com o ensino regular ou por diferentes estratgias deeducaocontinuada,eminstituiesespecializa-das ou no ambiente de trabalho.32Art. 41.Oconhecimentoadquiridonaeducaoprofssional e tecnolgica, inclusive no trabalho, poder ser objeto de avaliao, reconhecimento e certifcao para pros-seguimento ou concluso de estudos.Pargrafo nico. (Revogado).31 Artigo regulamentado pelo Decreto no 5.154, de 23-7-2004.32 ArtigoregulamentadopeloDecretono5.154,de23-7-2004,ecomredaodadapelaLeino11.741,de 16-7-2008. LDB Lei de Diretrizes e Bases da Educao Nacional 5a edio35 33Art. 42.As instituies de educao profssional e tecnolgica, alm dos seus cursos regulares, oferecero cursos espe-ciais, abertos comunidade, condicionada a matrcula capacidade de aproveitamento e no necessariamen-te ao nvel de escolaridade.CAPTULO IVDa Educao SuperiorArt. 43.A educao superior tem por nalidade:I estimular a criao cultural e o desenvolvimento do esprito cientco e do pensamento reexivo;II formar diplomados nas diferentes reas de conhe-cimento,aptosparaainseroemsetorespro-ssionais e para a participao no desenvolvimento dasociedadebrasileira,ecolaborarnasuaforma-o contnua;III incentivarotrabalhodepesquisaeinvestigao cientca,visandoaodesenvolvimentodacincia e da tecnologia e da criao e difuso da cultura, e, dessemodo,desenvolveroentendimentodoho-mem e do meio em que vive;IV promoveradivulgaodeconhecimentoscultu-rais,cientcosetcnicosqueconstituempatri-mnio da humanidade e comunicar o saber atra-vs do ensino, de publicaes ou de outras formas de comunicao;V suscitarodesejopermanentedeaperfeioamento cultural e prossional e possibilitar a correspondente 33 Artigo com redao dada pela Lei no 11.741, de 16-7-2008. Srie Legislao36concretizao, integrando os conhecimentos que vo sendo adquiridos numa estrutura intelectual sistema-tizadora do conhecimento de cada gerao;VI estimular o conhecimento dos problemas do mun-do presente, em particular os nacionais e regionais, prestar servios especializados comunidade e es-tabelecer com esta uma relao de reciprocidade;VII promover a extenso, aberta participao da po-pulao, visando difuso das conquistas e bene-fcios resultantes da criao cultural e da pesquisa cientca e tecnolgica geradas na instituio.Art. 44.Aeducaosuperiorabrangerosseguintescursose programas:34I cursossequenciaisporcampodesaber,dedife-rentesnveisdeabrangncia,abertosacandi-datosqueatendamaosrequisitosestabelecidos pelasinstituiesdeensino,desdequetenham concludo o ensino mdio ou equivalente;II degraduao,abertosacandidatosquetenham concludooensinomdioouequivalenteete-nham sido classicados em processo seletivo;III deps-graduao,compreendendoprogramasde mestradoedoutorado,cursosdeespecializao, aperfeioamento e outros, abertos a candidatos di-plomados em cursos de graduao e que atendam s exigncias das instituies de ensino;IV de extenso, abertos a candidatos que atendam aos requisitos estabelecidos em cada caso pelas institui-es de ensino.34 Inciso com redao dada pela Lei no 11.632, de 27-12-2007.LDB Lei de Diretrizes e Bases da Educao Nacional 5a edio3735Pargrafo nico. Os resultados do processo seletivo referido no inciso II do caput deste artigo sero tornados pblicos pelas instituies de ensino superior, sendo obrigatria a divulgao darelaonominaldosclassicados,arespectivaordemde classicao,bemcomodocronogramadaschamadaspara matrcula, de acordo com os critrios para preenchimento das vagas constantes do respectivo edital.Art. 45.Aeducaosuperiorserministradaeminstituies de ensino superior, pblicas ou privadas, com variados graus de abrangncia ou especializao. 36Art. 46.Aautorizaoeoreconhecimentodecursos,bem comoocredenciamentodeinstituiesdeeducao superior, tero prazos limitados, sendo renovados, pe-riodicamente, aps processo regular de avaliao.37 1oAps um prazo para saneamento de decincias even-tualmenteidenticadaspelaavaliaoaqueserefere esteartigo,haverreavaliao,quepoderresultar, conformeocaso,emdesativaodecursosehabili-taes,emintervenonainstituio,emsuspenso temporriadeprerroga-tivasdaautonomia,ouem descredenciamento. 2oNo caso de instituio pblica, o Poder Executivo res-ponsvel por sua manuteno acompanhar o proces-sodesaneamentoefornecerrecursosadicionais,se necessrios, para a superao das decincias.35 Pargrafo acrescido pela Lei no 11.331, de 25-7-2006.36 Artigo regulamentado pelo Decreto n 5.773, de 9-5-2006. A Lei no 10.870, de 19-5-2004, instituiu a Taxa de Avaliao in loco, em favor do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Ansio Teixeira (Inep), pelas avaliaes peridicas que realizar, quando formulada solicitao de credenciamento ou renovao de credenciamento de instituio de educao superior e solicitao de autorizao, reco-nhecimento ou renovao de reconhecimento de cursos de graduao.37 A Taxa de Avaliao in loco, de que trata a Lei no 10.870, de 19-5-2004, ser tambm devida no caso da reavaliao de que trata esse pargrafo.Srie Legislao38Art. 47.Naeducaosuperior,oanoletivoregular,indepen-dente do ano civil, tem, no mnimo, duzentos dias de trabalho acadmico efetivo, excludo o tempo reserva-do aos exames nais, quando houver. 1oAsinstituiesinformaroaosinteressados,antesde cada perodo letivo, os programas dos cursos e demais componentescurriculares,suadurao,requisitos, qualicao dos professores, recursos disponveis e cri-trios de avaliao, obrigando-se a cumprir as respecti-vas condies. 2oOsalunosquetenhamextraordinrioaproveitamento nos estudos, demonstrado por meio de provas e outros instrumentosdeavaliaoespeccos,aplicadospor bancaexaminadoraespecial,poderoterabreviadaa durao dos seus cursos, de acordo com as normas dos sistemas de ensino. 3o obrigatria a frequncia de alunos e professores, sal-vo nos programas de educao a distncia. 4oAsinstituiesdeeducaosuperioroferecero,no perodonoturno,cursosdegraduaonosmesmos padresdequalidademantidosnoperododiurno, sendo obrigatria a oferta noturna nas instituies p-blicas, garantida a necessria previso oramentria.Art. 48.Os diplomas de cursos superiores reconhecidos, quan-do registrados, tero validade nacional como prova da formao recebida por seu titular. 1oOsdiplomasexpedidospelasuniversidadesseropor elas prprias registrados, e aqueles conferidos por insti-tuies no universitrias sero registrados em universi-dades indicadas pelo Conselho Nacional de Educao.LDB Lei de Diretrizes e Bases da Educao Nacional 5a edio39 2oOs diplomas de graduao expedidos por universida-desestrangeirasserorevalidadosporuniversidades pblicas que tenham curso do mesmo nvel e rea ou equivalente,respeitando-seosacordosinternacionais de reciprocidade ou equiparao. 3oOsdiplomasdemestradoededoutoradoexpedidos por universidades estrangeiras s podero ser reconhe-cidosporuniversidadesquepossuamcursosdeps-graduao reconhecidos e avaliados, na mesma rea de conhecimento e em nvel equivalente ou superior.Art. 49.As instituies de educao superior aceitaro a transfe-rncia de alunos regulares, para cursos ans, na hiptese de existncia de vagas, e mediante processo seletivo.38Pargrafo nico. As transferncias ex ofcio dar-se-o na for-ma da lei.Art. 50.As instituies de educao superior, quando da ocor-rnciadevagas,abriromatrculanasdisciplinasde seus cursos a alunos no regulares que demonstrarem capacidadedecurs-lascomproveito,mediantepro-cesso seletivo prvio.Art. 51.Asinstituiesdeeducaosuperiorcredenciadas como universidades, ao deliberar sobre critrios e nor-masdeseleoeadmissodeestudantes,levaroem conta os efeitos desses critrios sobre a orientao do ensino mdio, articulando-se com os rgos normati-vos dos sistemas de ensino.Art. 52.As universidades so instituies pluridisciplinares de formao dos quadros prossionais de nvel superior, 38 Pargrafo regulamentado pela Lei no 9.536, de 11-12-1997.Srie Legislao40depesquisa,deextensoededomnioecultivodo saber humano, que se caracterizam por:I produointelectualinstitucionalizadamediante oestudosistemticodostemaseproblemasmais relevantes, tanto do ponto de vista cientco e cul-tural, quanto regional e nacional;II um tero do corpo docente, pelo menos, com titu-lao acadmica de mestrado ou doutorado;III umterodocorpodocenteemregimedetempo integral.Pargrafo nico. facultada a criao de universidades espe-cializadas por campo do saber.Art. 53.Noexercciodesuaautonomia,soasseguradass universidades,semprejuzodeoutras,asseguintes atribuies:I criar,organizareextinguir,emsuasede,cursose programas de educao superior previstos nesta lei, obedecendo s normas gerais da Unio e, quando for o caso, do respectivo sistema de ensino;II xar os currculos dos seus cursos e programas, ob-servadas as diretrizes gerais pertinentes;III estabelecerplanos,programaseprojetosdepes-quisacientca,produoartsticaeatividadesde extenso;IV xar o nmero de vagas de acordo com a capacida-de institucional e as exigncias do seu meio;V elaborar e reformar os seus estatutos e regimentos em consonncia com as normas gerais atinentes;LDB Lei de Diretrizes e Bases da Educao Nacional 5a edio41VI conferir graus, diplomas e outros ttulos;VII rmar contratos, acordos e convnios;VIII aprovar e executar planos, programas e projetos de investimentos referentes a obras, servios e aquisi-es em geral, bem como administrar rendimentos conforme dispositivos institucionais;IX administrar os rendimentos e deles dispor na forma prevista no ato de constituio, nas leis e nos res-pectivos estatutos;X recebersubvenes,doaes,heranas,legadose cooperao nanceira resultante de convnios com entidades pblicas e privadas.Pargrafonico.Paragarantiraautonomiadidtico-cien-tca das universidades, caber aos seus colegiados de ensino e pesquisa decidir, dentro dos recursos oramentrios dispo-nveis, sobre:I criao, expanso, modicao e extino de cursos;II ampliao e diminuio de vagas;III elaborao da programao dos cursos;IV programao das pesquisas e das atividades de ex-tenso; V contratao e dispensa de professores;VI planos de carreira docente.Art. 54.As universidades mantidas pelo poder pblico gozaro, na forma da lei, de estatuto jurdico especial para aten-derspeculiaridadesdesuaestrutura,organizaoe Srie Legislao42nanciamento pelo poder pblico, assim como dos seus planos de carreira e do regime jurdico do seu pessoal. 1oNo exerccio da sua autonomia, alm das atribuies asseguradaspeloartigoanterior,asuniversidades pblicas podero:I propor o seu quadro de pessoal docente, tcnico e administrativo, assim como um plano de cargos e salrios, atendidas as normas gerais pertinentes e os recursos disponveis;II elaborar o regulamento de seu pessoal em confor-midade com as normas gerais concernentes;III aprovar e executar planos, programas e projetos de investimentos referentes a obras, servios e aquisi-es em geral, de acordo com os recursos alocados pelo respectivo Poder mantenedor;IV elaborar seus oramentos anuais e plurianuais;V adotarregimenanceiroecontbilqueatendas suas peculiaridades de organizao e funcionamento;VI realizar operaes de crdito ou de nanciamento, com aprovao do Poder competente, para aquisi-o de bens imveis, instalaes e equipamentos;VII efetuartransferncias,quitaesetomaroutras providnciasdeordemoramentria,nanceirae patrimonial necessrias ao seu bom desempenho. 2oAtribuies de autonomia universitria podero ser es-tendidas a instituies que comprovem alta qualicao para o ensino ou para a pesquisa, com base em avalia-o realizada pelo poder pblico.LDB Lei de Diretrizes e Bases da Educao Nacional 5a edio43Art. 55.Caber Unio assegurar, anualmente, em seu Ora-mentoGeral, recursos sucientes para manuteno e desenvolvimento das instituies de educao superior por ela mantidas.Art. 56.Asinstituiespblicasdeeducaosuperiorobede-ceroaoprincpiodagestodemocrtica,assegurada a existncia de rgos colegiados deliberativos, de que participaro os segmentos da comunidade institucio-nal, local e regional.Pargrafo nico. Em qualquer caso, os docentes ocuparo se-tenta por cento dos assentos em cada rgo colegiado e comis-so,inclusivenosquetrataremdaelaboraoemodicaes estatutrias e regimentais, bem como da escolha de dirigentes. 39Art. 57.Nas instituies pblicas de educao superior, o pro-fessor car obrigado ao mnimo de oito horas sema-nais de aulas.CAPTULO VDa Educao EspecialArt. 58.Entende-se por educao especial, para os efeitos desta lei, a modalidade de educao escolar, oferecida prefe-rencialmente na rede regular de ensino, para educan-dos portadores de necessidades especiais. 1oHaver, quando necessrio, servios de apoio especia-lizado, na escola regular, para atender s peculiaridades da clientela de educao especial.39 Conforme o art. 3o do Decreto no 2.668, de 13-7-1998, aos docentes servidores ocupantes de cargo em comisso e funo de conana no se aplica o disposto nesse artigo.Srie Legislao44 2oO atendimento educacional ser feito em classes, esco-las ou servios especializados, sempre que, em funo das condies especcas dos alunos, no for possvel a sua integrao nas classes comuns de ensino regular. 3oA oferta de educao especial, dever constitucional do Estado, tem incio na faixa etria de zero a seis anos, durante a educao infantil.Art. 59.Os sistemas de ensino asseguraro aos educandos com necessidades especiais:I currculos, mtodos, tcnicas, recursos educativos e organizao especcos, para atender s suas neces-sidades;II terminalidade especca para aqueles que no pude-rem atingir o nvel exigido para a concluso do en-sino fundamental, em virtude de suas decincias, e acelerao para concluir em menor tempo o pro-grama escolar para os superdotados;III professorescomespecializaoadequadaemnvel mdioousuperior,paraatendimentoespecializa-do,bemcomoprofessoresdoensinoregularca-pacitadosparaaintegraodesseseducandosnas classes comuns;IV educao especial para o trabalho, visando a sua efe-tiva integrao na vida em sociedade, inclusive con-dies adequadas para os que no revelarem capaci-dade de insero no trabalho competitivo, mediante articulao com os rgos ociais ans, bem como para aqueles que apresentam uma habilidade supe-rior nas reas artstica, intelectual ou psicomotora;LDB Lei de Diretrizes e Bases da Educao Nacional 5a edio45V acesso igualitrio aos benefcios dos programas sociais suplementaresdisponveisparaorespectivonveldo ensino regular.Art. 60.Os rgos normativos dos sistemas de ensino estabe-lecero critrios de caracterizao das instituies pri-vadas sem ns lucrativos, especializadas e com atuao exclusiva em educao especial, para ns de apoio tc-nico e nanceiro pelo poder pblico.40Pargrafo nico. O poder pblico adotar, como alternati-va preferencial, a ampliao do atendimento aos educandos comnecessidadesespeciaisnaprpriaredepblicaregular de ensino, independentemente do apoio s instituies pre-vistas neste artigo.TTULO VIDOS PROFISSIONAIS DA EDUCAO 41Art. 61.Consideram-seprofssionaisdaeducaoescolarb-sica os que, nela estando em efetivo exerccio e tendo sido formados em cursos reconhecidos, so:I professores habilitados em nvel mdio ou superior para a docncia na educao infantil e nos ensinos fundamental e mdio;II trabalhadores em educao portadores de diploma depedagogia,comhabilitaoemadministrao, planejamento,superviso,inspeoeorientao educacional,bemcomocomttulosdemestrado ou doutorado nas mesmas reas;40 Pargrafo regulamentado pelo Decreto no 6.571, de 17-9-2008.41 Artigo regulamentado pelo Decreto n 3.276, de 6-12-1999, e com redao dada pela Lei n 12.014, de 6-8-2009.Srie Legislao46III trabalhadores em educao, portadores de diploma decursotcnicoousuperioremreapedaggica ou afm.Pargrafonico.Aformaodosprofssionaisdaeducao, de modo a atender s especifcidades do exerccio de suas ati-vidades, bem como aos objetivos das diferentes etapas e moda-lidades da educao bsica, ter como fundamentos:I a presena de slida formao bsica, que propicie o conhecimento dos fundamentos cientfcos e so-ciais de suas competncias de trabalho;II a associao entre teorias e prticas, mediante est-gios supervisionados e capacitao em servio;III oaproveitamentodaformaoeexperinciasan-teriores, em instituies de ensino e em outras ati-vidades. 42Art. 62.A formao de docentes para atuar na educao bsica far-se- em nvel superior, em curso de licenciatura, de graduaoplena,emuniversidadeseinstitutossupe-riores de educao, admitida, como formao mnima para o exerccio do magistrio na educao infantil e nas quatro primeiras sries do ensino fundamental, a oferecida em nvel mdio, na modalidade Normal.43 1AUnio,oDistritoFederal,osestadoseosmunic-pios, em regime de colaborao, devero promover a formao inicial, a continuada e a capacitao dos pro-fssionais de magistrio.42 Artigo regulamentado pelo Decreto no 3.276, de 6-12-1999.43 Paragrfo acrescido pela Lei n 12.056, de 13-10-2009.LDB Lei de Diretrizes e Bases da Educao Nacional 5a edio4744 2A formao continuada e a capacitao dos profssio-nais de magistrio podero utilizar recursos e tecnolo-gias de educao a distncia.45 3A formao inicial de profssionais de magistrio da-rprefernciaaoensinopresencial,subsidiariamen- te fazendo uso de recursos e tecnologias de educao a distncia.46Art. 63.Os institutos superiores de educao mantero:I cursos formadores de prossionais para a educao bsica, inclusive o curso normal superior, destina-do formao de docentes para a educao infantil e para as primeiras sries do ensino fundamental;II programasdeformaopedaggicaparaportado-res de diplomas de educao superior que queiram se dedicar educao bsica;III programas de educao continuada para os pros-sionais de educao dos diversos nveis.Art. 64.Aformaodeprossionaisdeeducaoparaadmi-nistrao, planejamento, inspeo, superviso e orien-taoeducacionalparaaeducaobsica,serfeita em cursos de graduao em pedagogia ou em nvel de ps-graduao, a critrio da instituio de ensino, ga-rantida, nesta formao, a base comum nacional.Art. 65.Aformaodocente,excetoparaaeducaosupe-rior, incluir prtica de ensino de, no mnimo, trezen-tas horas.44 Paragrfo acrescido pela Lei n 12.056, de 13-10-2009.45 Idem.46 Artigo regulamentado pelo Decreto no 3.276, de 6-12-1999.Srie Legislao48Art. 66.A preparao para o exerccio do magistrio superior far-se-emnveldeps-graduao,prioritariamente em programas de mestrado e doutorado.Pargrafo nico. O notrio saber, reconhecido por universi-dade com curso de doutorado em rea am, poder suprir a exigncia de ttulo acadmico.Art. 67.Os sistemas de ensino promovero a valorizao dos prossionais da educao, assegurando-lhes, inclusi-ve nos termos dos estatutos e dos planos de carreira do magistrio pblico:I ingressoexclusivamenteporconcursopblicode provas e ttulos;II aperfeioamentoprossionalcontinuado,inclusi-ve com licenciamento peridico remunerado para esse m;III piso salarial prossional;IV progresso funcional baseada na titulao ou habi-litao, e na avaliao do desempenho;V perodo reservado a estudos, planejamento e avalia-o, includo na carga de trabalho;VI condies adequadas de trabalho.47 1oA experincia docente pr-requisito para o exerccio prossionaldequaisqueroutrasfunesdemagist-rio, nos termos das normas de cada sistema de ensino.48 2oPara os efeitos do disposto no 5o do art. 40 e no 8o do art. 201 da Constituio Federal, so consideradas 47 Pargrafo nico original transformado em 1o pela Lei no 11.301, de 10-5-2006.48 Pargrafo acrescido pela Lei no 11.301, de 10-5-2006.LDB Lei de Diretrizes e Bases da Educao Nacional 5a edio49funes de magistrio as exercidas por professores e es-pecialistas em educao no desempenho de atividades educativas,quandoexercidasemestabelecimentode educao bsica em seus diversos nveis e modalidades, includas, alm do exerccio da docncia, as de direo deunidadeescolareasdecoordenaoeassessora-mento pedaggico.TTULO VIIDOS RECURSOS FINANCEIROSArt. 68.Sero recursos pblicos destinados educao os ori-ginrios de:I receita de impostos prprios da Unio, dos esta-dos, do Distrito Federal e dos municpios;II receita de transferncias constitucionais e outras transferncias;III receita do salrio-educao e de outras contribui-es sociais;IV receita de incentivos scais;V outros recursos previstos em lei.Art. 69.AUnioaplicar,anualmente,nuncamenosdede-zoito, e os estados, o Distrito Federal e os municpios, vinteecincoporcento,ouoqueconstanasrespec-tivasConstituiesouLeisOrgnicas,dareceitare-sultante de impostos, compreendidas as transferncias constitucionais, na manuteno e desenvolvimento do ensino pblico.Srie Legislao50 1oA parcela da arrecadao de impostos transferida pela Unioaosestados,aoDistritoFederaleaosmunic-pios, ou pelos estados aos respectivos municpios, no ser considerada, para efeito do clculo previsto neste artigo, receita do governo que a transferir. 2oSero consideradas excludas das receitas de impostos mencionadas neste artigo as operaes de crdito por antecipao de receita oramentria de impostos. 3oParaxaoinicialdosvalorescorrespondentesaos mnimosestatudosnesteartigo,serconsideradaa receita estimada na lei do oramento anual, ajustada, quandoforocaso,porleiqueautorizaraabertura decrditosadicionais,combasenoeventualexcesso de arrecadao. 4oAs diferenas entre a receita e a despesa previstas e as efetivamenterealizadas,queresultemnonoatendi-mentodospercentuaismnimosobrigatrios,sero apuradasecorrigidasacadatrimestredoexerccio nanceiro. 5oO repasse dos valores referidos neste artigo do caixa da Unio, dos estados, do Distrito Federal e dos munic-pios ocorrer imediatamente ao rgo responsvel pela educao, observados os seguintes prazos:I recursos arrecadados do primeiro ao dcimo dia de cada ms, at o vigsimo dia;II recursos arrecadados do dcimo primeiro ao vigsi-mo dia de cada ms, at o trigsimo dia;III recursosarrecadadosdovigsimoprimeirodiaao naldecadams,atodcimodiadomssub-sequente.LDB Lei de Diretrizes e Bases da Educao Nacional 5a edio51 6oO atraso da liberao sujeitar os recursos a correo monetria e responsabilizao civil e criminal das au-toridades competentes.Art. 70.Considerar-se-ocomodemanutenoedesenvolvi-mentodoensinoasdespesasrealizadascomvistas consecuo dos objetivos bsicos das instituies edu-cacionais de todos os nveis, compreendendo as que se destinam a:I remunerao e aperfeioamento do pessoal docen-te e demais prossionais da educao;II aquisio, manuteno, construo e conservao de instalaes e equipamentos necessrios ao ensino;III uso e manuteno de bens e servios vinculados ao ensino;IV levantamentosestatsticos,estudosepesquisasvi-sando precipuamente ao aprimoramento da quali-dade e expanso do ensino;V realizao de atividades-meio necessrias ao funcio-namento dos sistemas de ensino;VI concessodebolsasdeestudoaalunosdeescolas pblicas e privadas;VII amortizao e custeio de operaes de crdito desti-nadas a atender ao disposto nos incisos deste artigo;VIII aquisio de material didtico-escolar e manuten-o de programas de transporte escolar.Art. 71.No constituiro despesas de manuteno e desenvol-vimento do ensino aquelas realizadas com:Srie Legislao52I pesquisa, quando no vinculada s instituies de ensino, ou, quando efetivada fora dos sistemas de ensino, que no vise, precipuamente, ao aprimora-mento de sua qualidade ou sua expanso;II subvenoainstituiespblicasouprivadasde carter assistencial, desportivo ou cultural;III formaodequadrosespeciaisparaaadministra-o pblica, sejam militares ou civis, inclusive di-plomticos;IV programas suplementares de alimentao, assistn-cia mdico-odontolgica, farmacutica e psicolgi-ca, e outras formas de assistncia social;V obrasdeinfraestrutura,aindaquerealizadaspara beneciar direta ou indiretamente a rede escolar;VI pessoaldocenteedemaistrabalhadoresdaeduca-o, quando em desvio de funo ou em atividade alheia manuteno e desenvolvimento do ensino.Art. 72.Asreceitasedespesascommanutenoedesenvolvi-mento do ensino sero apuradas e publicadas nos balan-os do poder pblico, assim como nos relatrios a que se refere o 3o do art. 165 da Constituio Federal.Art. 73.Os rgos scalizadores examinaro, prioritariamente, na prestao de contas de recursos pblicos, o cumpri-mento do disposto no art. 212 da Constituio Fede-ral, no art. 60 do Ato das Disposies Constitucionais Transitrias e na legislao concernente.Art. 74.AUnio,emcolaboraocomosestados,oDistrito Federal e os municpios, estabelecer padro mnimo deoportunidadeseducacionaisparaoensinofunda-LDB Lei de Diretrizes e Bases da Educao Nacional 5a edio53mental, baseado no clculo do custo mnimo por alu-no, capaz de assegurar ensino de qualidade.Pargrafo nico. O custo mnimo de que trata este artigo ser calculado pela Unio ao nal de cada ano, com validade para o ano subsequente, considerando variaes regionais no custo dos insumos e as diversas modalidades de ensino.Art. 75.A ao supletiva e redistributiva da Unio e dos estados ser exercida de modo a corrigir, progressivamente, as disparidades de acesso e garantir o padro mnimo de qualidade de ensino. 1oA ao a que se refere este artigo obedecer a frmula de domnio pblico que inclua a capacidade de aten-dimento e a medida do esforo scal do respectivo es-tado, do Distrito Federal ou do municpio em favor da manuteno e do desenvolvimento do ensino. 2oAcapacidadedeatendimentodecadagovernoser denida pela razo entre os recursos de uso constitu-cionalmente obrigatrio na manuteno e desenvol-vimento do ensino e o custo anual do aluno, relativo ao padro mnimo de qualidade. 3oCom base nos critrios estabelecidos nos 1o e 2o, a Unio poder fazer a transferncia direta de recursos a cada estabelecimento de ensino, considerado o nme-ro de alunos que efetivamente frequentam a escola. 4oA ao supletiva e redistributiva no poder ser exerci-da em favor do Distrito Federal, dos estados e dos mu-nicpios se estes oferecerem vagas, na rea de ensino de sua responsabilidade, conforme o inciso VI do art. 10 e o inciso V do art. 11 desta lei, em nmero inferior sua capacidade de atendimento.Srie Legislao54Art. 76.A ao supletiva e redistributiva prevista no artigo ante-rior car condicionada ao efetivo cumprimento pelos estados, Distrito Federal e municpios do disposto nesta lei, sem prejuzo de outras prescries legais.Art. 77.Osrecursospblicosserodestinadossescolasp-blicas,podendoserdirigidosaescolascomunitrias, confessionais ou lantrpicas que:I comprovemnalidadenolucrativaenodistri-buam resultados, dividendos, bonicaes, partici-paes ou parcela de seu patrimnio sob nenhuma forma ou pretexto;II apliquem seus excedentes nanceiros em educao;III assegurem a destinao de seu patrimnio a outra escolacomunitria,lantrpicaouconfessional, ou ao poder pblico, no caso de encerramento de suas atividades;IV prestem contas ao poder pblico dos recursos rece-bidos. 1oOs recursos de que trata este artigo podero ser desti-nados a bolsas de estudo para a educao bsica, na forma da lei, para os que demonstrarem insucincia derecursos,quandohouverfaltadevagasecursos regulares da rede pblica de domiclio do educando, cando o poder pblico obrigado a investir priorita-riamente na expanso da sua rede local. 2oAs atividades universitrias de pesquisa e extenso po-deroreceberapoionanceirodopoderpblico,in-clusive mediante bolsas de estudo.LDB Lei de Diretrizes e Bases da Educao Nacional 5a edio55TTULO VIIIDAS DISPOSIES GERAISArt. 78.O Sistema de Ensino da Unio, com a colaborao das agncias federais de fomento cultura e de assistncia aos ndios, desenvolver programas integrados de ensi-no e pesquisa, para oferta de educao escolar bilngue einterculturalaospovosindgenas,comosseguin- tes objetivos:I proporcionaraosndios,suascomunidadesepo-vos,arecuperaodesuasmemriashistricas;a rearmao de suas identidades tnicas; a valoriza-o de suas lnguas e cincias;II garantiraosndios,suascomunidadesepovos,o acessosinformaes,conhecimentostcnicose cientcos da sociedade nacional e demais socieda-des indgenas e no ndias.Art. 79.A Unio apoiar tcnica e nanceiramente os sistemas de ensino no provimento da educao intercultural s comunidades indgenas, desenvolvendo programas in-tegrados de ensino e pesquisa. 1oOs programas sero planejados com audincia das co-munidades indgenas. 2oOsprogramasaqueserefereesteartigo,includos nos Planos Nacionais de Educao, tero os seguintes objetivos:I fortalecer as prticas socioculturais e a lngua ma-terna de cada comunidade indgena;Srie Legislao56II manter programas de formao de pessoal especia-lizado, destinado educao escolar nas comunida-des indgenas;III desenvolver currculos e programas especcos, ne-les incluindo os contedos culturais corresponden-tes s respectivas comunidades;IV elaborar e publicar sistematicamente material di-dtico especco e diferenciado. 49Art. 79-A.(Vetado.) 50Art. 79-B.Ocalendrioescolarincluirodia20denovembro como Dia Nacional da Conscincia Negra. 51Art. 80.Opoderpblicoincentivarodesenvolvimentoea veiculaodeprogramasdeensinoadistncia,em todos os nveis e modalidades de ensino, e de educa- o continuada. 1oA educao a distncia, organizada com abertura e re-gimeespeciais,seroferecidaporinstituiesespeci- camente credenciadas pela Unio. 2oA Unio regulamentar os requisitos para a realizao de exames e registro de diploma relativos a cursos de educao a distncia. 3oAs normas para produo, controle e avaliao de pro-gramas de educao a distncia e a autorizao para sua implementao, cabero aos respectivos sistemas deensino,podendohavercooperaoeintegrao entre os diferentes sistemas.49 Artigo acrescido pela Lei no 10.639, de 9-1-2003.50 Idem.51 Artigo regulamentado pelo Decreto no 5.622, de 19-12-2005.LDB Lei de Diretrizes e Bases da Educao Nacional 5a edio57 4oA educao a distncia gozar de tratamento diferen-ciado, que incluir:I custos de transmisso reduzidos em canais comer-ciais de radiodifuso sonora e de sons e imagens;II concesso de canais com nalidades exclusivamen-te educativas;III reservadetempomnimo,semnusparaopoder pblico, pelos concessionrios de canais comerciais.Art. 81. permitida a organizao de cursos ou instituies de ensino experimentais, desde que obedecidas as dispo-sies desta lei. 52Art. 82.Os sistemas de ensino estabelecero as normas de re-alizaodeestgioemsuajurisdio,observadaalei federal sobre a matria.Art. 83.O ensino militar regulado em lei especca, admitida aequivalnciadeestudos,deacordocomasnormas xadas pelos sistemas de ensino.Art. 84.Osdiscentesdaeducaosuperiorpoderoserapro-veitados em tarefas de ensino e pesquisa pelas respec-tivas instituies, exercendo funes de monitoria, de acordo com seu rendimento e seu plano de estudos.Art. 85.Qualquercidadohabilitadocomatitulaoprpria poder exigir a abertura de concurso pblico de provas ettulosparacargodedocentedeinstituiopblica de ensino que estiver sendo ocupado por professor no concursado, por mais de seis anos, ressalvados os direi-tos assegurados pelos arts. 41 da Constituio Federal e 19 do Ato das Disposies Constitucionais Transitrias.52 Artigo com redao dada pela Lei no 11.788, de 25-9-2008.Srie Legislao58Art. 86.Asinstituiesdeeducaosuperiorconstitudasco-mo universidades integrar-se-o, tambm, na sua con- diodeinstituiesdepesquisa,aoSistemaNacio-naldeCinciae Tecnologia,nostermosdalegisla- o especca.TTULO IXDAS DISPOSIES TRANSITRIASArt. 87.institudaaDcadadaEducao,ainiciar-seum ano a partir da publicao desta lei. 1oA Unio, no prazo de um ano a partir da publicao desta lei, encaminhar, ao Congresso Nacional, o Pla-no Nacional de Educao, com diretrizes e metas para os dez anos seguintes, em sintonia com a Declarao Mundial sobre Educao para Todos.53 2oO poder pblico dever recensear os educandos no en-sino fundamental, com especial ateno para o grupo de seis a quatorze anos de idade e de quinze a dezesseis anos de idade.54 3oO Distrito Federal, cada estado e municpio e, supleti-vamente, a Unio, devem:55I matriculartodososeducandosapartirdosseis anos de idade no ensino fundamental;56a)(revogada);57b)(revogada); e53 Pargrafo com redao dada pela Lei no 11.274, de 7-2-2006.54 Pargrafo com redao dada pela Lei no 11.330, de 25-7-2006.55 Inciso com redao dada pela Lei no 11.274, de 7-2-2006.56 Alnea revogada pela Lei no 11.274, de 7-2-2006.57 Idem.LDB Lei de Diretrizes e Bases da Educao Nacional 5a edio5958c)(revogada);II prover cursos presenciais ou a distncia aos jovens e adultos insucientemente escolarizados;III realizarprogramasdecapacitaoparatodosos professores em exerccio, utilizando tambm, para isto, os recursos da educao a distncia;IV integrartodososestabelecimentosdeensinofun-damentaldoseu territrio ao sistema nacional de avaliao do rendimento escolar. 4oAt o m da Dcada da Educao somente sero ad-mitidosprofessoreshabilitadosemnvelsuperiorou formados por treinamento em servio. 5oSeroconjugadostodososesforosobjetivandoapro-gressodasredesescolarespblicasurbanasdeensino fundamental para o regime de escolas de tempo integral. 6oA assistncia nanceira da Unio aos estados, ao Dis-trito Federal e aos municpios, bem como a dos estados aos seus municpios, cam condicionadas ao cumpri-mento do art. 212 da Constituio Federal e dispositi-vos legais pertinentes pelos governos beneciados.Art. 88.AUnio,osestados,oDistritoFederaleosmunic-pios adaptaro sua legislao educacional e de ensino s disposies desta lei no prazo mximo de um ano, a partir da data de sua publicao. 1oAs instituies educacionais adaptaro seus estatutos e regimentosaosdispositivosdestaleiesnormasdos respectivossistemasdeensino,nosprazosporestes estabelecidos.58 Alnea revogada pela Lei no 11.274, de 7-2-2006.Srie Legislao60 2oO prazo para que as universidades cumpram o dispos-to nos incisos II e III do art. 52 de oito anos.Art. 89.Ascrechesepr-escolasexistentesouquevenhama ser criadas devero, no prazo de trs anos, a contar da publicao desta lei, integrar-se ao respectivo sistema de ensino.Art. 90.As questes suscitadas na transio entre o regime an-terior e o que se institui nesta lei sero resolvidas pelo ConselhoNacionaldeEducaoou,mediantedele-gaodeste,pelosrgosnormativosdossistemasde ensino, preservada a autonomia universitria.Art. 91.Esta lei entra em vigor na data de sua publicao.Art. 92.Revogam-seasdisposiesdasLeisnos4.024,de20 dedezembrode1961,e5.540,de28denovembro de 1968, no alteradas pelas Leis nos 9.131, de 24 de novembrode1995,e9.192,de21dedezembrode 1995, e, ainda, as Leis nos 5.692, de 11 de agosto de 1971, e 7.044, de 18 de outubro de 1982, e as demais leis e decretos-lei que as modicaram e quaisquer ou-tras disposies em contrrio.Braslia, 20 de dezembro de 1996; 175o da Independncia e 108o da Repblica.FERNANDO HENRIQUE CARDOSOPaulo Renato SouzaLDBLei de Diretrizes e Bases da Educao NacionalA srie Legislao rene normas jurdicas, textos ou conjunto detextoslegaissobrematriasespecfcas,comoobjetivode facilitar o acesso da sociedade legislao vigente no pas, pois o conhecimento das normas que regem a vida dos brasileiros importantepassoparaofortalecimentodaprticadacida-dania. Assim, o Centro de Documentao e Informao, por meio da Coordenao Edies Cmara, cumpre uma das suas mais importantes atribuies: colaborar para que a Cmara dos Deputados promova a consolidao da democracia.LegislaoBraslia | 2010Cmara dosDeputados97 8 8 5 7 3 6 5 6 7 0 1I SBN857365670- 0 ISBN978-85-736-5670-15a edio