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7/25/2019 Legislacao e Etica - SEMIPRESENCIAL
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DISCIPLINA:
LEGISLAÇÃO E ÉTICA Autoria: Ricardo Ricardo Brüzzi Emery
Multivix-Vitória
Rua José Alves, 301, Goiabeiras, Vitória-ES
Cep 29075-080 – Telefone: (27) 3335-5666
Credenciada pela Portaria MEC nº 259 de 11 de fevereiro de 1999.
Multivix-Nova Venécia
Rua Jacobina, 165, Bairro São Francisco, Nova Venécia-ES
Cep 29830-000 - Telefone: 27 3752-4500
Credenciada pela portaria MEC nº 1.299 de 26 de agosto de 1999
Multivix-São Mateus
Rod. Othovarino Duarte Santos, 844, Resid. Parque Washington, São Mateus-ES
Cep 29938-015 – Telefone (27) 3313.9700
Credenciada pela Portaria MEC nº 1.236 de 09 de outubro de 2008.
Multivix-Serra
R. Barão do Rio Branco, 120, Colina de Laranjeiras, Serra-ES
Cep 29167-172 – Telefone: (27) 3041.7070
Credenciada pela Portaria MEC nº 248 de 07 de julho de 2011.
Multivix- Cachoeiro de Itapemirim
R. Moreira, 23 - Bairro Independência - Cachoeiro de Itapemirim/ES
Cep 29306-320 – Telefone: (28) 3522-5253
Credenciada pela Portaria MEC nº 84 de 16 de Janeiro de 2002.
Multivix-Castelo
Av. Nicanor Marques, 245, Centro - Castelo –
ESCep 29360-000 – Telefone: (28) 3542-2253
Credenciada pela Portaria MEC nº 236 de 11 de Fevereiro de 1999.
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1
Legislação e Ética
Vitória, 2015
Diretor Executivo: Tadeu Antonio de Oliveira Penina
Diretora Acadêmica: Eliene Maria Gava Ferrão
Diretor Administrativo Financeiro: Fernando Bom Costalonga
AD – Núcleo de Educação à Distância
ESTÃO ACADÊMICA - Coord. Didático Pedagógico
GESTÃO ACADÊMICA - Coord. Didático Semipresencial
GESTÃO DE MATERIAIS PEDAGÓGICOS E METODOLOGIA
Coord. Geral de EAD
(Dados de publicação na fonte)
B886 Emeri, Ricardo Bruzzi.Legislação e ética / Géssica Germana Fonseca. – Vitória :Multivix, 2015.
92 f. ;30 cm
Inclui referências.
1. Legislação. 2. ÉticaII. Faculdade Multivix. III. Título.
CDD: 342.263
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Legislação e Ética
Disciplina: Legislação e Ética
Autoria: Ricardo BruzziEmeri
Primeira edição: 2015
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Legislação e Ética
SUMÁRIO
1º BIMESTRE..................................................................................................... 5
1 ÉTICA........................................................................................................ 6
1.1 ETICA E MORAL......................................................................................... 6
1.2 ÉTICA CORPORATIVA............................................................................... 8
1.3 ÉTICA PESSOAL......................................................................................... 9
2 RESOLUÇÃO CONFEA N° 1.002 DE 26 DE NOVEMBRO DE
2002 - CÓDIGO DE ÉTICA PROFISSIONAL.................................. 11
3 LEGISLAÇÃO.......................................................................................... 13
3.1 INTRODUÇÃO............................................................................................. 13
4 O ENGENHEIRO, ARQUITETO E ENGENHEIRO
AGRÔNOMO........................................................................................... 14
4.1 LEI Nº 5.194 DE 24 DE DEZEMBRO DE 1966 - EXERCÍCIO DA
PROFISSÃO DE ENGENHEIRO................................................................. 14
5 SISTEMA CONFEA/CREA.................................................................. 40
6 LEI N° 4.950-A DE 04 DE ABRIL DE 1966 –
REMUNERAÇÃO PROFISSIONAL................................................... 41
7 RESOLUÇÃO CONFEA N° 218 DE 29 DE JUNHO DE 1973 –
ATIVIDADES............................................................................................ 43
2º BIMESTRE..................................................................................................... 51
8 ART – ANOTAÇÃO DE RESPONSABILIDADE TÉCNICA.... 52
8.1 LEI N° 6.496 DE 07 DE JULHO DE 1977 – INSTITUI A ART..................... 53
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4
Legislação e Ética
9 EMPRESA................................................................................................ 59
9.1 LEI N° 6.839 DE 30 DE OUTUBRO DE 1980 – REGISTRO DE
EMPRESAS................................................................................................. 59
10 CRIMES AMBIENTAIS......................................................................... 60
10.1 LEI N° 9.605 DE 12 DE FEVEREIRO DE 1998 – SANÇÕES..................... 60
11 NORMAS REGULAMENTADORAS................................................. 84
11.1 NORMA REGULAMENTADORA N° 01 – DISPOSIÇ ES GERAIS........... 84
11.2 NORMA REGULAMENTADORA N° 02 – INSPEÇÃO PRÉVIA.................. 88
11.3 NORMA REGULAMENTADORA N° 03 – EMBARGO OU INTERDIÇÃO... 89
12 BIBLIOGRAFIA....................................................................................... 91
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Legislação e Ética
1º Bimestre
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Legislação e Ética
1ÉTICA
1.1ETICA E MORAL
A palavra "ética" tem origem do grego ethikos, e significa aquilo que pertence
ao ethos, correspondendo aobom costume, a forma de ser, morada habitual ou covil
habitual.
Pode-se definir ética como sendo o estudo dos juízos de apreciação referentes à
conduta humana suscetível de qualificação do ponto de vista do bem e do mal, seja
relativamente a determinada sociedade ou seja de modo absoluto.
Diferencia-se da moral, pois, enquanto esta se fundamenta na obediência a
costumes e hábitos recebidos, a ética, ao contrário, busca fundamentar as ações
morais exclusivamente pela razão.
A palavra “moral”deriva do latim mores, relativo aos costumes. Seria importante
referir, ainda, quanto à etimologia da palavra moral, que esta se originou com a
intenção dos romanos traduzirem a palavra grega êthica.
E assim, o termo não traduz por completo, a palavra grega originária. É
que êthica possuía, para os gregos, dois sentidos complementares: o primeiro
derivava de êthos e significava, numa palavra, a interioridade do ato humano, ou
seja, aquilo que gera uma ação genuinamente humana e que brota a partir de dentro
do sujeito moral, ou seja, êthos remete-nos para o âmago do agir, para a intenção.Por outro lado, êthica significava também éthos, remetendo-nos para a questão dos
hábitos, costumes, usos e regras, o que se materializa na assimilação social dos
valores.
A tradução latina do termo êthica para mores "esqueceu" o sentido de êthos (a
dimensão pessoal do ato humano), privilegiando o sentido comunitário da atitude
valorativa. Dessa tradução incompleta resulta a confusão que muitos, hoje, fazementre os termos ética e moral.
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Legislação e Ética
A ética pode encontrar-se com a moral, pois a suporta na medida em que não
existem costumes ou hábitos sociais completamente separados de uma ética
individual. Da ética individual se passa a um valor social, e deste, quando
devidamente enraizado numa sociedade, se passa à lei. Assim, pode-se afirmar,
seguindo este raciocínio, que não existe lei sem uma ética que lhe sirva de alicerce.
Segundo José Ferrater Mora, os termos 'ética' e 'moral' são usados, por vezes,
indistintamente. Contudo, o termo moral tem usualmente uma significação mais
ampla que o vocábulo 'ética'. A moral é aquilo que se submete a um valor.
Já Hegel distingue a moralidade subjetiva (cumprimento do dever, pelo ato de
vontade) da moralidade objetiva (obediência à lei moral enquanto fixada pelas
normas, leis e costumes da sociedade, a qual representa ao mesmo tempo o espírito
objetivo). Hegel considera que seja insuficiente a mera boa vontade subjetiva. É
preciso que a boa vontade subjetiva não se perca em si mesma ou se mantenha
simplesmente como aspiração ao bem, dentro de um subjetivismo meramente
abstrato. Para que se torne concreto, é preciso que se integre com o objetivo, que se
manifesta moralmente como moralidade objetiva. É a racionalidade da moraluniversal concreta que pode dar um conteúdo à moralidade subjetiva da mera
consciência moral.
Aurélio Buarque de Holanda define moral como "conjunto de regras de conduta
consideradas como válidas, éticas, quer de modo absoluto para qualquer tempo ou
lugar, quer para grupos ou pessoa determinada", ou seja, regras estabelecidas e
aceitas pelas comunidades humanas durante determinados períodos de tempo.
Na filosofia clássica, a ética não se resumia à moral, mas buscava a fundamentação
teórica para encontrar o melhor modo de viver e conviver, isto é, a busca do
melhor estilo de vida, tanto na vida privada quanto em público. A ética incluía a
maioria dos campos de conhecimento que não eram abrangidos
na física, metafísica,estética, na lógica, na dialética e nem na retórica. Assim,a ética
abrangia os campos que atualmente são
denominadosantropologia, psicologia,sociologia,economia,pedagogia,às
vezes política, e até mesmo educação física e dietética, em suma, campos direta ou
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Legislação e Ética
indiretamente ligados ao que influi na maneira de viver ou estilo de vida. Um
exemplo desta visão clássica da ética pode ser encontrado na obra Ética,
de Spinoza.
Porém, com a crescente profissionalização e especialização do conhecimento que
se seguiu à revolução industrial, a maioria dos campos que eram objeto de estudo
da filosofia, particularmente da ética, foram estabelecidos como disciplinas
científicas independentes. Assim, é comum que atualmente a ética seja definida
como "a área da filosofia que se ocupa do estudo das normas morais nas
sociedades humanas" e busca explicar e justificar os costumes de um determinado
agrupamento humano, bem como fornecer subsídios para a solução de
seus dilemas mais comuns. Neste sentido, ética pode ser definida como a ciência
que estuda a conduta humana e a moral é a qualidade desta conduta, quando julga-
se do ponto de vista do Bem e do Mal.
A ética também não deve ser confundida com a lei, embora com certa frequência a
lei tenha como base princípios éticos. Ao contrário do que ocorre com a lei, nenhum
indivíduo pode ser compelido, pelo Estado ou por outros indivíduos, a cumprir asnormas éticas, nem sofrer qualquer sanção pela desobediência a estas; por outro
lado, a lei pode ser omissa quanto a questões abrangidas no escopo da ética.
Assim como em muitas profissões, o Engenheiro está sempre envolvido com a ética
profissional. Muitas vezes ele se vê em situações onde, falar ou não falar sobre algo,
é questão de sobrevivência até para a empresa. Em outras oportunidades a ética
aparece entre os próprios profissionais.
Sugestão de aprendizado:
Vídeo do professor Mario Sergio Cortella em entrevista no Jô Soares.
Link: https://www.youtube.com/watch?v=vjKaWlEvyvU
1.2 ÉTICA CORPORATIVA
Aqui aparece a questão em que o profissional se envolve em assuntos relacionados
à empresa. Vejamos um exemplo:
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Legislação e Ética
É atribuição do Engenheiro dentro de uma empresa a elaboração de projetos,
gerenciamento, prestar assistência técnica, contratar serviços, admitir e demitir
trabalhadores, etc.
Certo dia você recebe um memorando da diretoria para ser encaminhado para o
setor de RH onde consta a demissão de um colaborador. Acontece que você vê o
nome e descobre que é um amigo seu. Você contaria para ele ou não? É óbvio que
a ética lhe diz para não comentar nada com ninguém, mesmo sendo ele seu melhor
amigo. Isso é ética para com a empresa.
Em contrapartida, ser ético para com a empresa não significa concordar com o que
ela faz de errado. Até porque, caso o memorando não seja encaminhado ou
assinado, você também poderá ser penalizado futuramente. Não se esqueça que
você está lá para aplicar a legislação. Se você deixar de aplicar as normas porque a
empresa está te pressionando, isso não é ética para com a empresa, isso é
negligência.
1.3ÉTICA PESSOAL
É comum vermos colegas criticando colegas no ambiente de trabalho.
É claro que ninguém é perfeito e pode cometer erros.Porém isso deve ser discutido
com o grupo para buscar a excelência nos procedimentos.
Em alguns casos especiais, onde o colega parece estar desinteressado, é bom que
se converse em particular para tentar descobrir o que está acontecendo e juntos
arranjar uma solução.
É bom lembrar que, ser ético com o colega não é carregá-lo nas costas. Cada um
tem que fazer a sua parte para que ninguém fique sobrecarregado. Para isso o chefe
do departamento tem que avaliar seus subordinados e ver se alguém está deixando
a desejar antes que a situação fuja do controle.
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Legislação e Ética
Pode ser que alguém esteja desmotivado e até pensando em sair da empresa.
Neste caso é melhor, eticamente falando, que você chegue até o chefe exponha seu
descontentamento, mas nunca prejudique seus colegas de trabalho.
A ética profissional está presente no dia a diado Engenheiro e também
regulamentada através da Resolução CONFEA 1.002/2002.
Tomar as decisões certas pode fazer muita diferença, tanto para você como para a
empresa. Ser ético é saber falar e calar na hora certa. É saber o que falar e para
quem falar. Ser ético para com a empresa é fazer o que ela pede, sem negligenciar
a utilização de corretas técnicas.
Ser ético para com o colega é respeitar as limitações profissionais e culturais de
cada um e sempre tentar ajudar. É fazer críticas construtivas. É ser empático. É ser
amigo mesmo que as diferenças existam, pois apesar de sermos diferentes também
podemos ser muito parecidos em diversos aspectos.
Portanto, ser ético é reconhecer que somos seres humanos e como tal, sujeito aerros.
"Na antiguidade, todos os filósofos entendiam a ética como o estudo dos meios de
se alcançar a felicidade (eudaimonia) e investigar o que significa felicidade."
Então, se você é ético, possivelmente é uma pessoa feliz!
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Legislação e Ética
2 RESOLUÇÃO CONFEA N° 1.002 DE 26 DE NOVEMBRO DE 2002 -
CÓDIGO DE ÉTICA PROFISSIONAL
Adota o Código de Ética Profissional da Engenharia, da Arquitetura, da Agronomia,
da Geologia, da Geografia e da Meteorologia e dá outras providências.
O CONSELHO FEDERAL DE ENGENHARIA, ARQUITETURA E AGRONOMIA -
Confea, no uso das atribuições que lhe confere a alínea “f” do art. 27 da Lei nº 5.194,
de 24 de dezembro de 1966, e Considerando que o disposto nos arts. 27, alínea “n”,
34, alínea “d”, 45, 46, alínea “b”, 71 e 72, obriga a todos os profissionais do Sistema
Confea/Crea a observância e cumprimento do Código de Ética Profissional da
Engenharia, da Arquitetura, da Agronomia, da Geologia, da Geografia e da
Meteorologia; Considerando as mudanças ocorridas nas condições históricas,
econômicas, sociais, políticas e culturais da Sociedade Brasileira, que resultaram no
amplo reordenamento da economia, das organizações empresariais nos diversos
setores, do aparelho do Estado e da Sociedade Civil, condições essas que têm
contribuído para pautar a “ética” como um dos temas centrais da vida brasileira nas
últimas décadas;
Considerando que um “código de ética profissional” deve ser resultante de um pacto
profissional, de um acordo crítico coletivo em torno das condições de convivência e
relacionamento que se desenvolve entre as categorias integrantes de um mesmo
sistema profissional, visando uma conduta profissional cidadã;
Considerando a reiterada demanda dos cidadãos-profissionais que integram o
Sistema Confea/Crea, especialmente explicitada através dos Congressos Estaduais
e Nacionais de Profissionais, relacionada à revisão do “Código de Ética Profissional
do Engenheiro, do Arquiteto e do Engenheiro Agrônomo” adotado pela Resolução nº
205, de 30 de setembro de 1971;
Considerando a deliberação do IV Congresso Nacional de Profissionais – IV CNP
sobre o tema “Ética Profissional”, aprovada por unanimidade, propondo a revisão do
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Legislação e Ética
Código de Ética Profissional vigente e indicando o Colégio de Entidades Nacionais -
CDEN para elaboração do novo texto,
RESOLVE:
Art. 1º Adotar o Código de Ética Profissional da Engenharia, da Arquitetura, da
Agronomia, da Geologia, da Geografia e da Meteorologia, anexo à presente
Resolução, elaborado pelas Entidades de Classe Nacionais, através do CDEN -
Colégio de Entidades Nacionais, na formaprevista na alínea "n" do art. 27 da Lei nº
5.194, de 1966.
Art. 2º O Código de Ética Profissional, adotado através desta Resolução, para
osefeitos dos arts. 27, alínea "n", 34, alínea "d", 45, 46, alínea "b", 71 e 72, da Lei nº
5.194, de 1966,obriga a todos os profissionais da Engenharia, da Arquitetura, da
Agronomia, da Geologia, daGeografia e da Meteorologia, em todas as suas
modalidades e níveis de formação.
Art. 3° O Confea, no prazo de cento e oitenta dias a contar da publicação desta,deve
editar Resolução adotando novo “Manual de Procedimentos para a condução deprocesso deinfração ao código de Ética Profissional”.
Art. 4° Os Conselhos Federal e Regionais de Engenharia, Arquitetura e Agronomia,
em conjunto, após a publicação desta Resolução, devem desenvolver campanha
nacional visando a ampla divulgação deste Código de Ética Profissional,
especialmente junto às entidades de classe, instituições de ensino e profissionais
em geral.
Art. 5° O Código de Ética Profissional, adotado por esta Resolução, entra em vigor à
partir de 1° de agosto de 2003.
Art. 6º Fica revogada a Resolução 205, de 30 de setembro de 1971 e demais
disposições em contrário, a partir de 1º de agosto de 2003.
Brasília, 26 de novembro de 2002.
Eng. Wilson Lang - Presidente
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Legislação e Ética
3 LEGISLAÇÃO
3.1INTRODUÇÃO
É comum a alegação do cidadão ou profissional o desconhecimento da lei ou alegar
que não sabia de nada.
No entanto, está no Art. 3º do Decreto-Lei 4.657/42 - a Lei de Introdução às normas
do Direito Brasileiro: "Ninguém se escusa de cumprir a lei, alegando que não a
conhece."
A referida lei é uma base introdutória às demais normas brasileiras onde é possível
encontrar regras sobre a vigência das leis, aplicação e seu desconhecimento,
aplicação da lei estrangeira, regras de direito processual, limites da legislação
estrangeira, dentre outras regras.
Em tese, ninguém pode alegar o desconhecimento das leis para eximir-se de
qualquer responsabilidade. É em função dessa regra que todas as leis brasileiras
devem ser publicadas em Diário Oficial (Federal, Estadual, Distrital ou Municipal),
público e gratuito, para que, então, todo brasileiro possa ter acesso à legislação que
entra em vigência diariamente.
Claro que num país que cria mais de 18 leis por dia, é complicado (pra não dizer
impossível) ficar atualizado sobre todas as normas em vigência e há teses que
relativizam a aplicação do Art. 3º da Lei de Introdução às normas do DireitoBrasileiro.
Por esta razão que houve a elaboração dessa apostila, onde tem por objetivos,
apontar o reconhecimento legal, entender a criação do sistema CONFEA/CREA e
destacar a legislação pertinente ao Engenheiro utilizada diariamente.
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Legislação e Ética
4 O ENGENHEIRO, ARQUITETO E ENGENHEIRO AGRÔNOMO
A profissão foi reconhecida através de Lei Federal em 1966 e regulamentada pelo
sistema CONFEA/CREA.
Em função das necessidades do mercado de trabalho e qualificações específicas,
posteriormente, o Confea regulamentou outras engenharias através de resoluções
isoladas (Engenharia de Produção – Resolução n° 235/75, Engenharia de Controle e
Automação – Resolução n° 427/99, Engenharia Ambiental – Resolução n° 447/00,
etc)
4.1 LEI Nº 5.194 DE 24 DE DEZEMBRO DE 1966 - EXERCÍCIO DA PROFISSÃO
DE ENGENHEIRO
Regula o exercício das profissões de Engenheiro, Arquiteto e Engenheiro-
Agrônomo, e dá outras providências.
O Presidente da República
Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:
O Congresso Nacional decreta:
TÍTULO I
DO EXERCÍCIO PROFISSIONAL DA ENGENHARIA, DA ARQUITETURA E DA
AGRONOMIA
CAPÍTULO I
Das Atividades Profissionais
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Legislação e Ética
Seção I
Caracterização e Exercício das Profissões
Art. 1º- As profissões de engenheiro, arquiteto e engenheiro-agrônomo são
caracterizadas pelas realizações de interesse social e humano que importem na
realização dos seguintes empreendimentos:
a) aproveitamento e utilização de recursos naturais;
b) meios de locomoção e comunicações;
c) edificações, serviços e equipamentos urbanos, rurais e regionais, nos seus
aspectos técnicos e artísticos;
d) instalações e meios de acesso a costas, cursos, e massas de água e extensões
terrestres;
e) desenvolvimento industrial e agropecuário.
Art. 2º- O exercício, no País, da profissão de engenheiro, arquiteto ou engenheiro-
agrônomo, observadas as condições de capacidade e demais exigências legais, é
assegurado:
a) aos que possuam, devidamente registrado, diploma de faculdade ou escola
superior de Engenharia, Arquitetura ou Agronomia, oficiais ou reconhecidas,
existentes no País;
b) aos que possuam, devidamente revalidado e registrado no País, diploma de
faculdade ou escola estrangeira de ensino superior de Engenharia, Arquitetura ou
Agronomia, bem como os que tenham esse exercício amparado por convêniosinternacionais de intercâmbio;
c) aos estrangeiros contratados que, a critério dos Conselhos Federal e Regionais
de Engenharia, Arquitetura e Agronomia, considerados a escassez de profissionais
de determinada especialidade e o interesse nacional, tenham seus títulos
registrados temporariamente.
Parágrafo único - O exercício das atividades de engenheiro, arquiteto e engenheiro-
agrônomo é garantido, obedecidos os limites das respectivas licenças e excluídas as
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16
Legislação e Ética
expedidas, a título precário, até a publicação desta Lei, aos que, nesta data, estejam
registrados nos Conselhos Regionais.
Seção II
Do uso do Título Profissional
Art. 3º- São reservadas exclusivamente aos profissionais referidos nesta Lei as
denominações de engenheiro, arquiteto ou engenheiro-agrônomo, acrescidas,
obrigatoriamente, das características de sua formação básica.
Parágrafo único - As qualificações de que trata este Artigo poderão ser
acompanhadas de designações outras referentes a cursos de especialização,
aperfeiçoamento e pós-graduação.
Art. 4º- As qualificações de engenheiro, arquiteto ou engenheiro-agrônomo só
podem ser acrescidas à denominação de pessoa jurídica composta exclusivamente
de profissionaisque possuam tais títulos.
Art. 5º- Só poderá ter em sua denominação as palavras engenharia, arquitetura ou
agronomia a firma comercial ou industrial cuja diretoria for composta, em sua
maioria, deprofissionais registrados nos Conselhos Regionais.
Seção III
Do exercício ilegal da Profissão
Art. 6º- Exerce ilegalmente a profissão de engenheiro, arquiteto ou engenheiro-
agrônomo:
a) a pessoa física ou jurídica que realizar atos ou prestar serviços, públicos ou
privados, reservados aos profissionais de que trata esta Lei e que não possua
registro nos Conselhos Regionais:
b) o profissional que se incumbir de atividades estranhas às atribuiçõesdiscriminadas em seu registro;
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Legislação e Ética
c) o profissional que emprestar seu nome a pessoas, firmas, organizações ou
empresas executoras de obras e serviços sem sua real participação nos trabalhos
delas;
d) o profissional que, suspenso de seu exercício, continue em atividade;
e) a firma, organização ou sociedade que, na qualidade de pessoa jurídica, exercer
atribuições reservadas aos profissionais da Engenharia, da Arquitetura e da
Agronomia, com infringência do disposto no parágrafo único do Art. 8ºdesta Lei.
Seção IV
Atribuições profissionais e coordenação de suas atividades
Art. 7º- As atividades e atribuições profissionais do engenheiro, do arquiteto e do
engenheiro-agrônomo consistem em:
a) desempenho de cargos, funções e comissões em entidades estatais,
paraestatais, autárquicas e de economia mista e privada;
b) planejamento ou projeto, em geral, de regiões, zonas, cidades, obras, estruturas,
transportes, explorações de recursos naturais e desenvolvimento da produçãoindustrial e agropecuária;
c) estudos, projetos, análises, avaliações, vistorias, perícias, pareceres e divulgação
técnica;
d) ensino, pesquisa, experimentação e ensaios;
e) fiscalização de obras e serviços técnicos;
f) direção de obras e serviços técnicos;
g) execução de obras e serviços técnicos;h) produção técnica especializada, industrial ou agropecuária.
Parágrafo único - Os engenheiros, arquitetos e engenheiros-agrônomos poderão
exercer qualquer outra atividade que, por sua natureza, se inclua no âmbito de suas
profissões.
Art. 8º- As atividades e atribuições enunciadas nas alíneas "a", "b", "c", "d", "e" e "f"
do artigo anterior são da competência de pessoas físicas, para tanto legalmente
habilitadas.
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Legislação e Ética
Parágrafo único - As pessoas jurídicas e organizações estatais só poderão exercer
as atividades discriminadas no Art. 7º, com exceção das contidas na alínea "a", com
aparticipaçãoefetiva e autoria declarada de profissional legalmente habilitado e
registrado pelo ConselhoRegional, assegurados os direitos que esta Lei lhe confere.
Art. 9º- As atividades enunciadas nas alíneas "g" e "h" do Art. 7º, observados
ospreceitos desta Lei, poderão ser exercidas, indistintamente, por profissionais ou
por pessoasjurídicas.
Art. 10 - Cabe às Congregações das escolas e faculdades de
Engenharia,Arquitetura e Agronomia indicar ao Conselho Federal, em função dos
títulos apreciados através daformação profissional, em termos genéricos, as
características dos profissionais por elasdiplomados.
Art. 11 - O Conselho Federal organizará e manterá atualizada a relação dos
títulosconcedidos pelas escolas e faculdades, bem como seus cursos e currículos,
com a indicação dassuas características.
Art. 12 - Na União, nos Estados e nos Municípios, nas entidades
autárquicas,paraestatais e de economia mista, os cargos e funções que exijam
conhecimentos de Engenharia,Arquitetura e Agronomia, relacionados conforme o
disposto na alínea "g" do Art. 27, somentepoderão ser exercidos por profissionais
habilitados de acordo com esta Lei.
Art. 13 - Os estudos, plantas, projetos, laudos e qualquer outro trabalhodeEngenharia, de Arquitetura e de Agronomia, quer público, quer particular, somente
poderão sersubmetidos ao julgamento das autoridades competentes e só terão valor
jurídico quando seusautores forem profissionais habilitados de acordo com esta Lei.
Art. 14 - Nos trabalhos gráficos, especificações, orçamentos, pareceres, laudos
eatos judiciais ou administrativos, é obrigatória, além da assinatura, precedida do
nome da empresa,sociedade, instituição ou firma a que interessarem, a menção
explícita do título do profissional queos subscrever e do número da carteira referida
no Art. 56.
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Legislação e Ética
Art. 15 - São nulos de pleno direito os contratos referentes a qualquer ramo
daEngenharia, Arquitetura ou da Agronomia, inclusive a elaboração de projeto,
direção ou execuçãode obras, quando firmados por entidade pública ou particular
com pessoa física ou jurídica nãolegalmente habilitada a praticar a atividade nos
termos desta Lei.
Art. 16 - Enquanto durar a execução de obras, instalações e serviços de
qualquernatureza, é obrigatória a colocação e manutenção de placas visíveis e
legíveis ao público, contendoo nome do autor e co-autores do projeto, em todos os
seus aspectos técnicos e artísticos,assimcomo os dos responsáveis pela execução
dos trabalhos.
CAPÍTULO II
Da responsabilidade e autoria
Art. 17 - Os direitos de autoria de um plano ou projeto de Engenharia, Arquitetura ou
Agronomia, respeitadas as relações contratuais expressas entre o autor e outros
interessados, são do profissional que os elaborar.
Parágrafo único - Cabem ao profissional que os tenha elaborado os prêmios ou
distinções honoríficas concedidas a projetos, planos, obras ou serviços técnicos.
Art. 18 - As alterações do projeto ou plano original só poderão ser feitas pelo
profissional que o tenha elaborado.
Parágrafo único - Estando impedido ou recusando-se o autor do projeto ou plano
original a prestar sua colaboração profissional, comprovada a solicitação, as
alterações ou modificações deles poderão ser feitas por outro profissional habilitado,
a quem caberá a responsabilidade pelo projeto ou plano modificado.
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Legislação e Ética
Art. 19 - Quando a concepção geral que caracteriza um plano ou projeto for
elaborada em conjunto por profissionais legalmente habilitados, todos serão
considerados co-autores do projeto, com os direitos e deveres correspondentes.
Art. 20 - Os profissionais ou organizações de técnicos especializados que
colaborarem numa parte do projeto deverão ser mencionados explicitamente como
autores da parte que lhes tiver sido confiada, tornando-se mister que todos os
documentos, como plantas, desenhos, cálculos, pareceres, relatórios, análises,
normas, especificações e outros documentos relativos ao projeto sejam por eles
assinados.
Parágrafo único - A responsabilidade técnica pela ampliação, prosseguimento ou
conclusão de qualquer empreendimento de engenharia, arquitetura ou agronomia
caberá ao profissional ou entidade registrada que aceitar esse encargo, sendo-lhe,
também, atribuída a responsabilidade das obras, devendo o Conselho Federal
adotar resolução quanto às responsabilidades das partes já executadas ou
concluídas por outros profissionais.
Art. 21 - Sempre que o autor do projeto convocar, para o desempenho do seu
encargo, o concurso de profissionais da organização de profissionais especializados
e legalmente habilitados, serão estes havidos como co-responsáveis na parte que
lhes diga respeito.
Art. 22 - Ao autor do projeto ou aos seus prepostos é assegurado o direito de
acompanhar a execução da obra, de modo a garantir a sua realização, de acordocom as condições, especificações e demais pormenores técnicos nele
estabelecidos.
Parágrafo único - Terão o direito assegurado neste Artigo, o autor do projeto, na
parte que lhe diga respeito, os profissionais especializados que participarem, como
co-responsáveis, na sua elaboração.
Art. 23 - Os Conselhos Regionais criarão registros de autoria de planos e projetos,
para salvaguarda dos direitos autorais dos profissionais que o desejarem.
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Legislação e Ética
TÍTULO II
DA FISCALIZAÇÃO DO EXERCÍCIO DAS PROFISSÕES
CAPÍTULO I
Dos Órgãos Fiscalizadores
Art. 24 - A aplicação do que dispõe esta Lei, a verificação e a fiscalização do
exercício e atividades das profissões nela reguladas serão exercidas por um
Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia (CONFEA), e Conselhos
Regionais de Engenharia, Arquitetura e Agronomia (CREA), organizados de forma a
assegurarem unidade de ação.
Art. 25 - Mantidos os já existentes, o Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e
Agronomia promoverá a instalação, nos Estados, Distrito Federal e Territórios
Federais, dos Conselhos Regionais necessários à execução desta Lei, podendo a
ação de qualquer deles estender-se a mais de um Estado.
§ 1º- A proposta de criação de novos Conselhos Regionais será feita pela maioriadas entidades de classe e escolas ou faculdades com sede na nova Região,
cabendo aos Conselhos atingidos pela iniciativa opinar e encaminhar a proposta à
aprovação do Conselho Federal.
§ 2º- Cada unidade da Federação só poderá ficar na jurisdição de um Conselho
Regional.
§ 3º- A sede dos Conselhos Regionais será no Distrito Federal, em capital de Estadoou de Território Federal.
CAPÍTULO II
Do conselho federal de engenharia, arquitetura e agronomia
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Legislação e Ética
Seção I
Da Instituição do Conselho e suas Atribuições
Art. 26 - O Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia, (CONFEA), é
a instância superior da fiscalização do exercício profissional da Engenharia, da
Arquitetura e da Agronomia.
Art. 27 - São atribuições do Conselho Federal:
a) organizar o seu regimento interno e estabelecer normas gerais para os
regimentos dos Conselhos Regionais;
b) homologar os regimentos internos organizados pelos Conselhos Regionais;
c) examinar e decidir em última instância os assuntos relativos ao exercício das
profissões de Engenharia, Arquitetura e Agronomia, podendo anular qualquer ato
que não estiver de acordo com a presente Lei;
d) tomar conhecimento e dirimir quaisquer dúvidas suscitadas nos Conselhos
Regionais;
e) julgar em última instância os recursos sobre registros, decisões e penalidadesimpostas pelos Conselhos Regionais;
f) baixar e fazer publicar as resoluções previstas para regulamentação e execução
da presente Lei, e, ouvidos os Conselhos Regionais, resolver os casos omissos;
g) relacionar os cargos e funções dos serviços estatais, paraestatais, autárquicos e
de economia mista, para cujo exercício seja necessário o título de engenheiro,
arquiteto ou engenheiro-agrônomo;
h) incorporar ao seu balancete de receita e despesa os dos Conselhos Regionais;i) enviar aos Conselhos Regionais cópia do expediente encaminhado ao Tribunal de
Contas, até 30 (trinta) dias após a remessa;
j) publicar anualmente a relação de títulos, cursos e escolas de ensino superior,
assim como, periodicamente, relação de profissionais habilitados;
k) fixar, ouvido o respectivo Conselho Regional, as condições para que as entidades
de classe da região tenham nele direito à representação;
l) promover, pelo menos uma vez por ano, as reuniões de representantes dos
Conselhos Federal e Regionais previstas no Art. 53 desta Lei;
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Legislação e Ética
m) examinar e aprovar a proporção das representações dos grupos profissionais nos
Conselhos Regionais;
n) julgar, em grau de recurso, as infrações do Código de Ética Profissional do
engenheiro, arquiteto e engenheiro-agrônomo, elaborados pelas entidades de
classe;
o) aprovar ou não as propostas de criação de novos Conselhos Regionais;
p) fixar e alterar as anuidades, emolumentos e taxas a pagar pelos profissionais e
pessoas jurídicas referidos no Art. 63.
q) autorizar o presidente a adquirir, onerar ou, mediante licitação, alienar bens
imóveis.
Parágrafo único - Nas questões relativas a atribuições profissionais, a decisão do
Conselho Federal só será tomada com o mínimo de 12 (doze) votos favoráveis.
Art. 28 - Constituem renda do Conselho Federal:
I - quinze por cento do produto da arrecadação prevista nos itens I a V do Art.35;
II - doações, legados, juros e receitas patrimoniais;III - subvenções;
IV - outros rendimentos eventuais.
Seção II
Da Composição e Organização
Art. 29 - O Conselho Federal será constituído por 18 (dezoito) membros,brasileiros,diplomados em Engenharia, Arquitetura ou Agronomia, habilitados de acordo com
estaLei, obedecida a seguinte composição:
a) 15 (quinze) representantes de grupos profissionais, sendo 9 (nove)engenheiros
representantes de modalidades de engenharia estabelecidas emtermos genéricos
pelo Conselho Federal, no mínimo de 3(três) modalidades, demaneira a
corresponderem às formações técnicas constantes dos registros neleexistentes; 3
(três) arquitetos e 3 (três) engenheiros-agrônomos;
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Legislação e Ética
b) 1 (um) representante das escolas de engenharia, 1 (um) representante
dasescolas de arquitetura e 1 (um) representante das escolas de agronomia.
§ 1º- Cada membro do Conselho Federal terá 1 (um) suplente.
§ 2º- O presidente do Conselho Federal será eleito, por maioria absoluta, dentre os
seus membros.
§ 3º- A vaga do representante nomeado presidente do Conselho será preenchidapor
seu suplente.
Art. 30 - Os representantes dos grupos profissionais referidos na alínea "a" do Art.
29 e seus suplentes serão eleitos pelas respectivas entidades de classe registradas
nas regiões, em assembléias especialmente convocadas para este fim pelos
Conselhos Regionais, cabendo a cada região indicar, em forma de rodízio, um
membro do Conselho Federal.
Parágrafo único - Os representantes das entidades de classe nas assembléias
referidas neste artigo serão por elas eleitos, na forma dos respectivos estatutos.
Art. 31 - Os representantes das escolas ou faculdades e seus suplentes serão
eleitos por maioria absoluta de votos em assembléia dos delegados de cada grupo
profissional,designados pelas respectivas Congregações.
Art. 32 - Os mandatos dos membros do Conselho Federal e do Presidente serão de
3 (três) anos.
Parágrafo único - O Conselho Federal se renovará anualmente pelo terço de seus
membros.
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Legislação e Ética
CAPÍTULO III
Dos conselhos regionais de engenharia, arquitetura e agronomia
Seção I
Da Instituição dos Conselhos Regionais e suas Atribuições
Art. 33 - Os Conselhos Regionais de Engenharia, Arquitetura e Agronomia (CREA)
são órgãos de fiscalização do exercício de profissões de engenharia, arquitetura e
agronomia, em suas regiões.
Art. 34 - São atribuições dos Conselhos Regionais:
a) elaborar e alterar seu regimento interno, submetendo-o à homologação do
Conselho Federal;
b) criar as Câmaras especializadas atendendo às condições de maior eficiência da
fiscalização estabelecida na presente Lei;
c) examinar reclamações e representações acerca de registros;
d) julgar e decidir, em grau de recurso, os processos de infração da presente Lei edo Código de Ética, enviados pelas Câmaras Especializadas;
e) julgar, em grau de recurso, os processos de imposição de penalidades e multas;
f) organizar o sistema de fiscalização do exercício das profissões reguladas pela
presente Lei;
g) publicar relatórios de seus trabalhos e relações dos profissionais e firmas
registrados;
h) examinar os requerimentos e processos de registro em geral, expedindo ascarteiras profissionais ou documentos de registro;
i) sugerir ao Conselho Federal medidas necessárias à regularidade dos serviços e à
fiscalização do exercício das profissões reguladas nesta Lei;
j) agir, com a colaboração das sociedades de classe e das escolas ou faculdades de
engenharia, arquitetura e agronomia, nos assuntos relacionados com a presente Lei;
k) cumprir e fazer cumprir a presente Lei, as resoluções baixadas pelo Conselho
Federal, bem como expedir atos que para isso julguem necessários;
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Legislação e Ética
l) criar inspetorias e nomear inspetores especiais para maior eficiência
dafiscalização;
m) deliberar sobre assuntos de interesse geral e administrativos e sobre os
casoscomuns a duas ou mais especializações profissionais;
n) julgar, decidir ou dirimir as questões da atribuição ou competência dasCâmaras
Especializadas referidas no artigo 45, quando não possuir o ConselhoRegional
número suficiente de profissionais do mesmo grupo para constituir arespectiva
Câmara, como estabelece o artigo 48;
o) organizar, disciplinar e manter atualizado o registro dos profissionais epessoas
jurídicas que, nos termos desta Lei, se inscrevam para exercer atividadesde
engenharia, arquitetura ou agronomia, na Região;
p) organizar e manter atualizado o registro das entidades de classe referidas
noartigo 62 e das escolas e faculdades que, de acordo com esta Lei,
devamparticipar da eleição de representantes destinada a compor o Conselho
Regional eo Conselho Federal;
q) organizar, regulamentar e manter o registro de projetos e planos a que serefere o
artigo23;
r) registrar as tabelas básicas de honorários profissionais elaboradas pelosórgãos declasse;
s) autorizar o presidente a adquirir, onerar ou, mediante licitação, alienar
bensimóveis.
Art. 35 -Constituem rendas dos Conselhos Regionais:
I - anuidades cobradas de profissionais e pessoas jurídicas;II - taxas de expedição de carteiras profissionais e documentos diversos;
III - emolumentos sobre registros, vistos e outros procedimentos;
IV - quatro quintos da arrecadação da taxa instituída pela Lei nº6.496, de7 DEZ
1977;
V - multas aplicadas de conformidade com esta Lei e com a Lei nº6.496, de7 DEZ
1977;
VI - doações, legados, juros e receitas patrimoniais;
VII - subvenções;
VIII - outros rendimentos eventuais
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Legislação e Ética
.Art. 36 - Os Conselhos Regionais recolherão ao Conselho Federal, até o dia trintado
mês subseqüente ao da arrecadação, a quota de participação estabelecida no item I
do Art. 28.
Parágrafo único - Os Conselhos Regionais poderão destinar parte de sua
rendalíquida, proveniente da arrecadação das multas, a medidas que objetivem o
aperfeiçoamentotécnico e cultural do Engenheiro, do Arquiteto e do Engenheiro-
Agrônomo.
Seção II
Da Composição e Organização
Art. 37 - Os Conselhos Regionais serão constituídos de brasileiros diplomados em
curso superior, legalmente habilitados de acordo com a presente Lei, obedecida a
seguinte composição:
a) um presidente, eleito por maioria absoluta pelos membros do Conselho, com
mandato de 3 (três) anos;
b) um representante de cada escola ou faculdade de Engenharia, Arquitetura e
Agronomia com sede na Região;
c) representantes diretos das entidades de classe de engenheiro, arquiteto e
engenheiro-agrônomo, registradas na Região, de conformidade com o artigo 62.
Parágrafo único - Cada membro do Conselho terá um suplente.
Art. 38 - Os representantes das escolas e faculdades e seus respectivos suplentes
serão indicados por suas congregações.
Art. 39 - Os representantes das entidades de classe e respectivos suplentes serão
eleitos por aquelas entidades na forma de seus Estatutos.
Art. 40 - O número de conselheiros representativos das entidades de classe seráfixado nos respectivos Conselhos Regionais, assegurados o mínimo de 1 (um)
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Legislação e Ética
representante por entidade de classe e a proporcionalidade entre os representantes
das diferentes categorias profissionais.
Art. 41 - A proporcionalidade dos representantes de cada categoria profissional será
estabelecida em face dos números totais dos registros no Conselho Regional, de
engenheiros das modalidades genéricas previstas na alínea "a" do Art. 29, de
arquitetos e de engenheiros-agrônomos que houver em cada região, cabendo a
cada entidade de classe registrada no Conselho Regional o número de
representantes proporcional à quantidade de seus associados, assegurando o
mínimo de 1 (um) representante por entidade.
Parágrafo único - A proporcionalidade de que trata este Artigo será submetida à
prévia aprovação do Conselho Federal.
Art. 42 - Os Conselhos Regionais funcionarão em pleno e para os assuntos
específicos, organizados em Câmaras Especializadas correspondentes às seguintes
categorias profissionais: engenharia nas modalidades correspondentes às
formações técnicas referidas na alínea "a" do Art. 29, arquitetura e agronomia.
Art. 43 - O mandato dos Conselheiros Regionais será de 3 (três) anos e se renovará
anualmente pelo terço de seus membros.
Art. 44 - Cada Conselho Regional terá inspetorias, para fins de fiscalização nas
cidades ou zonas onde se fizerem necessárias.
CAPÍTULO IV
Das câmaras especializadas
Seção I
Da instituição das câmaras e suas atribuições
Art. 45 - As Câmaras Especializadas são os órgãos dos Conselhos Regionais
encarregados de julgar e decidir sobre os assuntos de fiscalização pertinentes às
respectivas especializações profissionais e infrações do Código de Ética.
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Legislação e Ética
Art. 46 - São atribuições das Câmaras Especializadas:
a) julgar os casos de infração da presente Lei, no âmbito de sua competência
profissional específica;
b) julgar as infrações do Código de Ética;
c) aplicar as penalidades e multas previstas;
d) apreciar e julgar os pedidos de registro de profissionais, das firmas, das entidades
de direito público, das entidades de classe e das escolas ou faculdades na Região;
e) elaborar as normas para a fiscalização das respectivas especializações
profissionais;
f) opinar sobre os assuntos de interesse comum de duas ou mais especializações
profissionais, encaminhando-os ao Conselho Regional.
Seção II
Da composição e organização
Art. 47 - As Câmaras Especializadas serão constituídas pelos conselheiros
regionais.
Parágrafo único - Em cada Câmara Especializada haverá um membro, eleito pelo
Conselho Regional, representando as demais categorias profissionais.
Art. 48 - Será constituída Câmara Especializada desde que entre os conselheiros
regionais haja um mínimo de 3 (três) do mesmo grupo profissional.
CAPÍTULO V
Generalidades
Art. 49 - Aos Presidentes dos Conselhos Federal e Regionais compete, além da
direção do respectivo Conselho, sua representação em juízo.
Art. 50 - O conselheiro federal ou regional que durante 1 (um) ano faltar, sem licença
prévia, a 6 (seis) sessões, consecutivas ou não, perderá automaticamente o
mandato, passando este a ser exercido, em caráter efetivo, pelo respectivo suplente.
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Legislação e Ética
Art. 51 - O mandato dos presidentes e dos conselheiros será honorífico.
Art. 52 - O exercício da função de membro dos Conselhos por espaço de tempo não
inferior a dois terços do respectivo mandato será considerado serviço relevante
prestado à Nação.
§ 1 º- O Conselho Federal concederá aos que se acharem nas condições deste
Artigo o certificado de serviço relevante, independentemente de requerimento do
interessado, dentro de 12 (doze) meses contados a partir da comunicação dos
Conselhos.
§ 2º- Será considerado como serviço público efetivo, para efeito de aposentadoria e
disponibilidade, o tempo de serviço como Presidente ou Conselheiro, vedada,
porém, a contagem cumulativa com o tempo exercido em cargo público.
Art. 53 - Os representantes dos Conselhos Federal e Regionais reunir-se-ão pelo
menos uma vez por ano para, conjuntamente, estudar e estabelecer providências
que assegurem ou aperfeiçoem a aplicação da presente Lei, devendo o ConselhoFederal remeter aos Conselhos Regionais, com a devida antecedência, o temário
respectivo.
Art. 54 - Aos Conselhos Regionais é cometido o encargo de dirimir qualquer dúvida
ou omissão sobre a aplicação desta Lei, com recurso "ex-offício", de efeito
suspensivo, parao Conselho Federal, ao qual compete decidir, em última instância,
em caráter geral.
TÍTULO III
DO REGISTRO E FISCALIZAÇÃO PROFISSIONAL
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Legislação e Ética
CAPÍTULO I
Do registro dos profissionais
Art. 55 - Os profissionais habilitados na forma estabelecida nesta Lei só poderão
exercer a profissão após o registro no Conselho Regional sob cuja jurisdição se
achar o local de sua atividade.
Art. 56 - Aos profissionais registrados de acordo com esta Lei será fornecida carteira
profissional, conforme modelo adotado pelo Conselho Federal, contendo o número
do registro, a natureza do título, especializações e todos os elementos necessários à
sua identificação.
§ 1 º- A expedição da carteira a que se refere o presente artigo fica sujeita a taxa
que for arbitrada pelo Conselho Federal.
§ 2 º- A carteira profissional, para os efeitos desta Lei, substituirá o diploma, valerá
como documento de identidade e terá fé pública.
§ 3 º- Para emissão da carteira profissional, os Conselhos Regionais deverão exigir
do interessado a prova de habilitação profissional e de identidade, bem como outros
elementos julgados convenientes, de acordo com instruções baixadas pelo Conselho
Federal.
Art. 57 - Os diplomados por escolas ou faculdades de Engenharia, Arquitetura ou
Agronomia, oficiais ou reconhecidas, cujos diplomas não tenham sido registrados,mas estejam em processamento na repartição federal competente, poderão exercer
as respectivas profissões mediante registro provisório no Conselho Regional.
Art. 58 - Se o profissional, firma ou organização, registrado em qualquer Conselho
Regional, exercer atividade em outra Região, ficará obrigado a visar, nela, o seu
registro.
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Legislação e Ética
CAPÍTULO II
Do registro de firmas e entidades
Art. 59 - As firmas, sociedades, associações, companhias, cooperativas e empresas
em geral, que se organizem para executar obras ou serviços relacionados na forma
estabelecida nesta Lei, só poderão iniciar suas atividades depois de promoverem o
competente registro nos Conselhos Regionais, bem como o dos profissionais do seu
quadro técnico.
§ 1º- O registro de firmas, sociedades, associações, companhias, cooperativas e
empresas em geral só será concedido se sua denominação for realmente condizente
com sua finalidade e qualificação de seus componentes.
§ 2º- As entidades estatais, paraestatais, autárquicas e de economia mista que
tenham atividade na engenharia, na arquitetura ou na agronomia, ou se utilizem dos
trabalhos de profissionais dessas categorias, são obrigadas, sem qualquer ônus, a
fornecer aos Conselhos Regionais todos os elementos necessários à verificação e
fiscalização da presente Lei.
§ 3º- O Conselho Federal estabelecerá, em resoluções, os requisitos que as firmas
ou demais organizações previstas neste Artigo deverão preencher para o seu
registro.
Art. 60 - Toda e qualquer firma ou organização que, embora não enquadrada no
artigo anterior, tenha alguma seção ligada ao exercício profissional da Engenharia, Arquitetura eAgronomia, na forma estabelecida nesta Lei, é obrigada a requerer o
seu registro e a anotação dos profissionais, legalmente habilitados, delas
encarregados.
Art. 61 - Quando os serviços forem executados em lugares distantes da sede, da
entidade, deverá esta manter junto a cada um dos serviços um profissional
devidamente habilitado naquela jurisdição.
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Legislação e Ética
Art. 62 - Os membros dos Conselhos Regionais só poderão ser eleitos pelas
entidades de classe que estiverem previamente registradas no Conselho em cuja
jurisdição tenham sede.
§ 1º- Para obterem registro, as entidades referidas neste artigo deverão estar
legalizadas, ter objetivo definido permanente, contar no mínimo trinta associados
engenheiros, arquitetos ou engenheiros-agrônomos e satisfazer as exigências que
forem estabelecidas pelo Conselho Regional.
§ 2º- Quando a entidade reunir associados engenheiros, arquitetos e engenheiros-
agrônomos, em conjunto, o limite mínimo referido no parágrafo anterior deverá ser
de sessenta.
CAPÍTULO III
Das anuidades, emolumentos e taxas
Art. 63 - Os profissionais e pessoas jurídicas registrados de conformidade com o que
preceitua a presente Lei são obrigados ao pagamento de uma anuidade aoConselho Regional a cuja jurisdição pertencerem.
§ 1º- A anuidade a que se refere este artigo será devida a partir de 1ºde janeiro de
cada ano.
§ 2º- O pagamento da anuidade após 31 de março terá o acréscimo de vinte por
cento, a título de mora, quando efetuado no mesmo exercício.
§ 3º- A anuidade paga após o exercício respectivo terá o seu valor atualizado para o
vigente à época do pagamento, acrescido de vinte por cento, a título de mora.
Art. 64 - Será automaticamente cancelado o registro do profissional ou da pessoa
jurídica que deixar de efetuar o pagamento da anuidade, a que estiver sujeito,
durante 2 (dois) anosconsecutivos sem prejuízo da obrigatoriedade do pagamento
da dívida.
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Legislação e Ética
Parágrafo único - O profissional ou pessoa jurídica que tiver seu registro cancelado
nos termos deste Artigo, se desenvolver qualquer atividade regulada nesta Lei,
estará exercendo ilegalmente a profissão, podendo reabilitar-se mediante novo
registro, satisfeitas, além das anuidades em débito, as multas que lhe tenham sido
impostas e os demais emolumentos e taxas regulamentares.
Art. 65 - Toda vez que o profissional diplomado apresentar a um Conselho Regional
sua carteira para o competente "visto" e registro, deverá fazer prova de ter pago a
sua anuidade na Região de origem ou naquela onde passar a residir.
Art. 66 - O pagamento da anuidade devida por profissional ou pessoa jurídica
somente será aceito após verificada a ausência de quaisquer débitos concernentes
a multas, emolumentos, taxas ou anuidades de exercícios anteriores.
Art. 67 - Embora legalmente registrado, só será considerado no legítimo exercício da
profissão e atividades de que trata a presente Lei o profissional ou pessoa jurídica
que esteja em dia com o pagamento da respectiva anuidade.
Art. 68 - As autoridades administrativas e judiciárias, as repartições estatais,
paraestatais, autárquicas ou de economia mista não receberão estudos, projetos,
laudos, perícias, arbitramentos e quaisquer outros trabalhos, sem que os autores,
profissionais ou pessoas jurídicas façam prova de estar em dia com o pagamento da
respectiva anuidade.
Art. 69 - Só poderão ser admitidos nas concorrências públicas para obras ouserviços técnicos e para concursos de projetos, profissionais e pessoas jurídicas que
apresentaremprova de quitação de débito ou visto do Conselho Regional da
jurisdição onde a obra, o serviço técnico ou projeto deva ser executado.
Art. 70 - O Conselho Federal baixará resoluções estabelecendo o Regimento de
Custas e, periodicamente, quando julgar oportuno, promoverá sua revisão.
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Legislação e Ética
TÍTULO IV
Das penalidades
Art. 71 - As penalidades aplicáveis por infração da presente Lei são as seguintes, de
acordo com a gravidade da falta:
a) advertência reservada;
b) censura pública;
c) multa;
d) suspensão temporária do exercício profissional;
e) cancelamento definitivo do registro.
Parágrafo único - As penalidades para cada grupo profissional serão impostas pelas
respectivas Câmaras Especializadas ou, na falta destas, pelos Conselhos Regionais.
Art. 72 - As penas de advertência reservada e de censura pública são aplicáveis aos
profissionais que deixarem de cumprir disposições do Código de Ética, tendo em
vista agravidade da falta e os casos de reincidência, a critério das respectivasCâmaras Especializadas.
Art. 73 - As multas são estipuladas em função do maior valor de referência fixada
pelo Poder Executivo e terão os seguintes valores, desprezadas as frações de um
cruzeiro
a) de um a três décimos do valor de referência, aos infratores dos Arts. 17 e 58 edas disposições para as quais não haja indicação expressa de penalidade;
b) de três a seis décimos do valor de referência, às pessoas físicas, por infração da
alínea "b" do Art. 6º, dos arts. 13, 14 e 55 ou do parágrafo único do Art. 64;
c) de meio a um valor de referência, às pessoas jurídicas, por infração dos Arts. 13,
14, 59 e 60 e parágrafo único do Art. 64;
d) de meio a um valor de referência, às pessoas físicas, por infração dasalíneas "a",
"c" e "d" do Art. 6º;
e) de meio a três valores de referência, às pessoas jurídicas, por infração do Art.6º.
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Legislação e Ética
Parágrafo único - As multas referidas neste artigo serão aplicadas em dobro
noscasos de reincidência.
Art. 74 - Nos casos de nova reincidência das infrações previstas no artigoanterior,
alíneas "c", "d" e "e", será imposta, a critério das Câmaras Especializadas,
suspensãotemporária do exercício profissional, por prazos variáveis de 6 (seis)
meses a 2 (dois) anos e, pelosConselhos Regionais em pleno, de 2 (dois) a 5 (cinco)
anos.
Art. 75 - O cancelamento do registro será efetuado por má conduta pública
eescândalos praticados pelo profissional ou sua condenação definitiva por crime
consideradoinfamante.
Art. 76 - As pessoas não habilitadas que exercerem as profissões reguladas
nestaLei, independentemente da multa estabelecida, estão sujeitas às penalidades
previstas na Lei deContravenções Penais.
Art. 77 - São competentes para lavrar autos de infração das disposições a queserefere a presente Lei os funcionários designados para esse fim pelos Conselhos
Regionais deEngenharia, Arquitetura e Agronomia nas respectivas Regiões.
Art. 78 - Das penalidades impostas pelas Câmaras Especializadas, poderá
ointeressado, dentro do prazo de 60 (sessenta) dias, contados da data da
notificação, interpor recursoque terá efeito suspensivo, para o Conselho Regional e,
no mesmo prazo, deste para o ConselhoFederal.
§ 1º- Não se efetuando o pagamento das multas, amigavelmente, estas
serãocobradas por via executiva.
§ 2º- Os autos de infração, depois de julgados definitivamente contra o
infrator,constituem títulos de dívida líquida e certa.
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Legislação e Ética
Art. 79 - O profissional punido por falta de registro não poderá obter a
carteiraprofissional, sem antes efetuar o pagamento das multas em que houver
incorrido.
TÍTULO V
Das disposições gerais
Art. 80 - Os Conselhos Federal e Regionais de Engenharia, Arquitetura eAgronomia,
autarquias dotadas de personalidade jurídica de direito público, constituem
serviçopúblico federal, gozando os seus bens, rendas e serviços de imunidade
tributária total (Art. 31,inciso V, alínea "a" da Constituição Federal) e franquia postal
e telegráfica.
Art. 81 - Nenhum profissional poderá exercer funções eletivas em Conselhos
pormais de dois períodos sucessivos.
Art. 82 - As remunerações iniciais dos engenheiros, arquitetos e engenheiros-
agrônomos,qualquer que seja a fonte pagadora, não poderão ser inferiores a 6 (seis)
vezes o saláriomínimo da respectiva região.
Art. 83 - Os trabalhos profissionais relativos a projetos não poderão ser sujeitos
aconcorrência de preço, devendo, quando for o caso, ser objeto de concurso.
Art. 84 - O graduado por estabelecimento de ensino agrícola ou industrial de
graumédio, oficial ou reconhecido, cujo diploma ou certificado esteja registrado nas
repartiçõescompetentes, só poderá exercer suas funções ou atividades após registronos Conselhos Regionais.
Parágrafo único - As atribuições do graduado referido neste Artigo
serãoregulamentadas pelo Conselho Federal, tendo em vista seus currículos e graus
de escolaridade.
Art. 85 - As entidades que contratarem profissionais nos termos da alínea "c" do
Artigo 2ºsão obrigadas a manter, junto a eles, um assistente brasileiro do ramo
profissionalrespectivo.
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TÍTULO VI
Das disposições transitórias
Art. 86 - São assegurados aos atuais profissionais de Engenharia, Arquitetura
eAgronomia e aos que se encontrem matriculados nas escolas respectivas, na data
da publicaçãodesta Lei, os direitos até então usufruídos e que venham de qualquer
forma a ser atingidos por suasdisposições.
Parágrafo único - Fica estabelecido o prazo de 12 (doze) meses, a contar
dapublicação desta Lei, para os interessados promoverem a devida anotação nos
registros dosConselhos Regionais.
Art. 87 - Os membros atuais dos Conselhos Federal e Regionais completarão
osmandatos para os quais foram eleitos.
Parágrafo único - Os atuais presidentes dos Conselhos Federal e
Regionaiscompletarão seus mandatos, ficando o presidente do primeiro desses
Conselhos com o caráter demembro do mesmo.
Art. 88 - O Conselho Federal baixará resoluções, dentro de 60 (sessenta) dias
apartir da data da presente Lei, destinadas a completar a composição dos
Conselhos Federal eRegionais.
Art. 89 - Na constituição do primeiro Conselho Federal após a publicação destaLei
serão escolhidos por meio de sorteio as Regiões e os grupos profissionais que as
representarão.
Art. 90 - Os Conselhos Federal e Regionais, completados na forma desta Lei,terão o
prazo de 180 (cento e oitenta) dias, após a posse, para elaborar seus regimentos
internos,vigorando, até a expiração deste prazo, os regulamentos e resoluções
vigentes no que não colidamcom os dispositivos da presente Lei.
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Legislação e Ética
Art. 91 - Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
Art. 92 - Revogam-se as disposições em contrário.
Brasília, 24 DEZ l966; 145ºda Independência e 78ºda República.
H. CASTELO BRANCO
L. G. do Nascimento e Silva
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5 SISTEMA CONFEA/CREA
O Confea surgiu oficialmente com esse nome em 11 de dezembro de 1933, por meio
do Decreto nº 23.569, promulgado pelo então presidente da República, Getúlio
Vargas e considerado marco na história da regulamentação profissional e técnica no
Brasil.
Em sua concepção, o Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia é
regido pela Lei 5.194 de 1966, e representa também os geógrafos, geólogos,
meteorologistas, tecnólogos dessas modalidades, técnicos industriais e agrícolas e
suas especializações, num total de centenas de títulos profissionais.
O Confea zela pelos interesses sociais e humanos de toda a sociedade e, com base
nisso, regulamenta, estabelece remuneração profissional e fiscaliza o exercício
profissional dos que atuam nas áreas que representa, tendo ainda como referência o
respeito ao cidadão e à natureza.
Para tanto, a fiscalização das atividades das profissões regulamentadas pelo
Conselho Federal fica à cargo dos Conselhos Regionais – CREA conforme o
estabelecido nas Resoluções do sistema CONFEA/CREA.
Cabe lembrar que, conforme a Lei nº 5.194/66, o profissional qualificado é aquele
que possui o título de graduação em engenharia, sendo permitido somente o saber
da engenharia.
Já o profissional habilitado é aquele que possui o título de graduação em engenharia
bem como também está inscrito no sistema CONFEA/CREA, sendo permitido o
saber e exercer a engenharia.
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Legislação e Ética
6LEI N° 4.950-A DE 04 DE ABRIL DE 1966 – REMUNERAÇÃO
PROFISSIONAL
Dispõe sobre a remuneração de profissionais diplomados em Engenharia, Química,
Arquitetura, Agronomia e Veterinária.
Art. 1º- O salário mínimo dos diplomados pelos cursos regulares superiores
mantidos pelas Escolas de Engenharia, de Química, de Arquitetura, de Agronomia e
de Veterinária é o fixado pela presente Lei.
Art. 2º- O salário mínimo fixado pela presente Lei é a remuneração mínima
obrigatória por serviços prestados pelos profissionais definidos no Art. 1º, com
relação de emprego ou função, qualquer que seja a fonte pagadora.
Art. 3º- Para os efeitos desta Lei, as atividades ou tarefas desempenhadas pelos
profissionais enumerados no Art. 1º são classificadas em:
a) atividades ou tarefas com exigência de 6 (seis) horas diárias de serviço;
b) atividades ou tarefas com exigência de mais de 6 (seis) horas diárias de serviço.
Parágrafo único - A jornada de trabalho é fixada no contrato de trabalho ou
determinação legal vigente.
Art. 4º- Para os efeitos desta Lei, os profissionais citados no Art. 1º são classificados
em:
a) diplomados pelos cursos regulares superiores mantidos pelas Escolas de
Engenharia, de Química, de Arquitetura, de Agronomia e de Veterinária com curso
universitário de 4 (quatro) anos ou mais;
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Legislação e Ética
b) diplomados pelos cursos regulares superiores mantidos pelas Escolas de
Engenharia, de Química, de Arquitetura, de Agronomia e de Veterinária com curso
universitário de menos 4 (quatro) anos.
Art. 5º- Para a execução das atividades e tarefas classificadas na alínea "a" do artigo
3º, fica fixado o salário-base mínimo de 6 (seis) vezes o maior salário mínimo
comum vigente no País, para os profissionais relacionados na alínea "a" do artigo 4º,
e de 5 (cinco) vezes o maior salário mínimo comum vigente no País, para os
profissionais da alínea "b" do artigo 4º.
Art. 6º- Para a execução de atividades e tarefas classificadas na alínea "b" do artigo
3º, a fixação do salário-base mínimo será feita tomando-se por base o custo da hora
fixado no artigo 5º desta Lei, acrescidas de 25% (vinte e cinco por cento) as horas
excedentes às 6 (seis) diárias de serviço.
Art. 7º- A remuneração do trabalho noturno será feita na base da remuneração do
trabalho diurno, acrescida de 25% (vinte e cinco por cento).
Art. 8º- Esta Lei entrará em vigor na data de sua publicação, revogadas as
disposições em contrário.
AURO MOURA ANDRADE
Presidente do Senado Federal
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Legislação e Ética
7 RESOLUÇÃO CONFEA N° 218 DE 29 DE JUNHO DE 1973 -
ATIVIDADES
Discrimina atividades das diferentes modalidades profissionais da Engenharia,
Arquitetura e Agronomia.
O CONSELHO FEDERAL DE ENGENHARIA, ARQUITETURA E AGRONOMIA,
usando das atribuições que lhe conferem as letras "d" e "f", parágrafo único do artigo
27 da Lei nº 5.194, de 24 DEZ 1966,
CONSIDERANDO que o Art. 7º da Lei nº 5.194/66 refere-se às atividades
profissionais do engenheiro, do arquiteto e do engenheiro agrônomo, em termos
genéricos;
CONSIDERANDO a necessidade de discriminar atividades das diferentes
modalidades profissionais da Engenharia, Arquitetura e Agronomia em nível superior
e em nível médio, para fins da fiscalização de seu exercício profissional, e
atendendo ao disposto na alínea "b" do artigo 6º e parágrafo único do artigo 84 da
Lei nº 5.194, de 24 DEZ 1966,
RESOLVE:
Art. 1º - Para efeito de fiscalização do exercício profissional correspondente
àsdiferentes modalidades da Engenharia, Arquitetura e Agronomia em nível superior
e em nível médio, ficam designadas as seguintes atividades:
Atividade 01 - Supervisão, coordenação e orientação técnica;
Atividade 02 - Estudo, planejamento, projeto e especificação;
Atividade 03 - Estudo de viabilidade técnico-econômica;
Atividade 04 - Assistência, assessoria e consultoria; Atividade 05 - Direção de obra e serviço técnico;
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Legislação e Ética
Atividade 06 - Vistoria, perícia, avaliação, arbitramento, laudo e parecer técnico;
Atividade 07 - Desempenho de cargo e função técnica;
Atividade 08 - Ensino, pesquisa, análise, experimentação, ensaio e
divulgaçãotécnica; extensão;
Atividade 09 - Elaboração de orçamento;
Atividade 10 - Padronização, mensuração e controle de qualidade;
Atividade 11 - Execução de obra e serviço técnico;
Atividade 12 - Fiscalização de obra e serviço técnico;
Atividade 13 - Produção técnica e especializada;
Atividade 14 - Condução de trabalho técnico;
Atividade 15 - Condução de equipe de instalação, montagem, operação, reparoou
manutenção;
Atividade 16 - Execução de instalação, montagem e reparo;
Atividade 17 - Operação e manutenção de equipamento e instalação;
Atividade 18 - Execução de desenho técnico.
Art. 2º - Compete ao ARQUITETO OU ENGENHEIRO ARQUITETO:
I - o desempenho das atividades 01 a 18 do artigo 1º desta Resolução, referentes
aedificações, conjuntos arquitetônicos e monumentos, arquitetura paisagística e de
interiores;planejamento físico, local, urbano e regional; seus serviços afins e
correlatos.
Art. 3º - Compete ao ENGENHEIRO AERONÁUTICO:
I - o desempenho das atividades 01 a 18 do artigo 1º desta Resolução, referentes a
aeronaves, seus sistemas e seus componentes; máquinas, motores e
equipamentos; instalações industriais e mecânicas relacionadas à modalidade; infra-
estrutura aeronáutica; operação, tráfego e serviços de comunicação de transporte
aéreo; seus serviços afins e correlatos;
Art. 4º - Compete ao ENGENHEIRO AGRIMENSOR:
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Legislação e Ética
I - o desempenho das atividades 01 a 12 e 14 a 18 do artigo 1º desta Resolução,
referente a levantamentos topográficos, batimétricos, geodésicos e
aerofotogramétricos; locação de:
a) loteamentos;
b) sistemas de saneamento, irrigação e drenagem;
c) traçados de cidades;
d) estradas; seus serviços afins e correlatos.
II - o desempenho das atividades 06 a 12 e 14 a 18 do artigo 1º desta Resolução,
referente a arruamentos, estradas e obras hidráulicas; seus serviços afins e
correlatos.
Art. 5º - Compete ao ENGENHEIRO AGRÔNOMO:
I - o desempenho das atividades 01 a 18 do artigo 1º desta Resolução, referentes a
engenharia rural; construções para fins rurais e suas instalações complementares;
irrigação e drenagem para fins agrícolas; fitotecnia e zootecnia; melhoramento
animal e vegetal; recursos naturais renováveis; ecologia, agrometeorologia; defesasanitária; química agrícola; alimentos; tecnologia de transformação (açúcar, amidos,
óleos, laticínios, vinhos e destilados); beneficiamento e conservação dos produtos
animais e vegetais; zimotecnia; agropecuária; edafologia; fertilizantes e corretivos;
processo de cultura e de utilização de solo; microbiologia agrícola; biometria;
parques e jardins; mecanização na agricultura; implementos agrícolas; nutrição
animal; agrostologia; bromatologia e rações; economia rural e crédito rural; seus
serviços afins e correlatos.
Art. 6º - Compete ao ENGENHEIRO CARTÓGRAFO ou ao ENGENHEIRO DE
GEODÉSIA E TOPOGRAFIA ou ao ENGENHEIRO GEÓGRAFO:
I - o desempenho das atividades 01 a 12 e 14 a 18 do artigo 1º desta Resolução,
referentes a levantamentos topográficos, batimétricos, geodésicos e
aerofotogramétricos; elaboração de cartas geográficas; seus serviços afins e
correlatos.
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Legislação e Ética
Art. 7º - Compete ao ENGENHEIRO CIVIL ou ao ENGENHEIRO DE
FORTIFICAÇÃO e CONSTRUÇÃO:
I - o desempenho das atividades 01 a 18 do artigo 1º desta Resolução, referentes a
edificações, estradas, pistas de rolamentos e aeroportos; sistema de transportes, de
abastecimento de água e de saneamento; portos, rios, canais, barragens e diques;
drenagem e irrigação; pontes e grandes estruturas; seus serviços afins e correlatos.
Art. 8º - Compete ao ENGENHEIRO ELETRICISTA ou ao ENGENHEIRO
ELETRICISTA, MODALIDADE ELETROTÉCNICA:
I - o desempenho das atividades 01 a 18 do artigo 1º desta Resolução, referentes à
geração, transmissão, distribuição e utilização da energia elétrica; equipamentos,
materiais e máquinas elétricas; sistemas de medição e controle elétricos; seus
serviços afins e correlatos.
Art. 9º - Compete ao ENGENHEIRO ELETRÔNICO ou ao ENGENHEIRO
ELETRICISTA, MODALIDADE ELETRÔNICA ou ao ENGENHEIRO DECOMUNICAÇÃO:
I - o desempenho das atividades 01 a 18 do artigo 1º desta Resolução, referentes a
materiais elétricos e eletrônicos; equipamentos eletrônicos em geral; sistemas de
comunicação e telecomunicações; sistemas de medição e controle elétrico e
eletrônico; seus serviços afins e correlatos.
Art. 10 - Compete ao ENGENHEIRO FLORESTAL:
I - o desempenho das atividades 01 a 18 do artigo 1º desta Resolução, referentes a
engenharia rural; construções para fins florestais e suas instalações
complementares, silvimetria e inventário florestal; melhoramento florestal; recursos
naturais renováveis; ecologia, climatologia, defesa sanitária florestal; produtos
florestais, sua tecnologia e sua industrialização; edafologia; processos de utilização
de solo e de floresta; ordenamento e manejo florestal; mecanização na floresta;
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Legislação e Ética
implementos florestais; economia e crédito rural para fins florestais; seus serviços
afins e correlatos.
Art. 11 - Compete ao ENGENHEIRO GEÓLOGO ou GEÓLOGO:
I - o desempenho das atividades de que trata a Lei nº 4.076, de 23 JUN 1962.
Art. 12 - Compete ao ENGENHEIRO MECÂNICO ou ao ENGENHEIROMECÂNICO
E DEAUTOMÓVEIS ou ao ENGENHEIRO MECÂNICO E DE ARMAMENTO ouao
ENGENHEIRO DE AUTOMÓVEIS ou ao ENGENHEIRO INDUSTRIAL
MODALIDADEMECÂNICA:
I - o desempenho das atividades 01 a 18 do artigo 1º desta Resolução, referentesa
processos mecânicos, máquinas em geral; instalações industriais e mecânicas;
equipamentosmecânicos e eletro-mecânicos; veículos automotores; sistemas de
produção de transmissão e deutilização do calor;sistemas de refrigeração e de ar
condicionado; seus serviços afins e correlatos.
Art. 13 - Compete ao ENGENHEIRO METALURGISTA ou aoENGENHEIROINDUSTRIAL E DE METALURGIA ou ENGENHEIRO INDUSTRIAL
MODALIDADEMETALURGIA:
I - o desempenho das atividades 01 a 18 do artigo 1º desta Resolução, referentesa
processos metalúrgicos, instalações e equipamentos destinados à indústria
metalúrgica,beneficiamento de minérios; produtos metalúrgicos; seus serviços afins
e correlatos.
Art. 14 - Compete ao ENGENHEIRO DE MINAS:
I - o desempenho das atividades 01 a 18 do artigo 1º desta Resolução, referentesà
prospecção e à pesquisa mineral; lavra de minas; captação de água subterrânea;
beneficiamento deminérios e abertura de vias subterrâneas; seus serviços afins e
correlatos.
Art. 15 - Compete ao ENGENHEIRO NAVAL:
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Legislação e Ética
I - o desempenho das atividades 01 a 18 do artigo 1º desta Resolução, referentesa
embarcações e seus componentes; máquinas, motores e equipamentos; instalações
industriais emecânicas relacionadas à modalidade; diques e porta-batéis; operação,
tráfego e serviços decomunicação de transportehidroviário; seus serviços afins e
correlatos.
Art. 16 - Compete ao ENGENHEIRO DE PETRÓLEO:
I - o desempenho das atividades 01 a 18 do artigo 1º desta Resolução referentes a
dimensionamento, avaliação e exploração de jazidas pretrolíferas, transporte e
industrialização do petróleo; seus serviços afins e correlatos.
Art. 17 - Compete ao ENGENHEIRO QUÍMICO ou ao ENGENHEIRO INDUSTRIAL
MODALIDADE QUÍMICA:
I - desempenho das atividades 01 a 18 do artigo 1º desta Resolução, referentes à
indústria química e petroquímica e de alimentos; produtos químicos; tratamento de
água e instalações de tratamento de água industrial e de rejeitos industriais; seusserviços afins e correlatos.
Art. 18 - Compete ao ENGENHEIRO SANITARISTA:
I - o desempenho das atividades 01 a 18 do artigo 1º desta Resolução, referentes a
controle sanitário do ambiente; captação e distribuição de água; tratamento de água,
esgoto e resíduos; controle de poluição; drenagem; higiene e conforto de ambiente;seus serviços afins e correlatos.
Art. 19 - Compete ao ENGENHEIRO TECNÓLOGO DE ALIMENTOS:
I - o desempenho das atividades 01 a 18 do artigo 1º desta Resolução, referentes à
indústria de alimentos; acondicionamento, preservação, distribuição, transporte e
abastecimento de produtos alimentares; seus serviços afins e correlatos.
Art. 20 - Compete ao ENGENHEIRO TÊXTIL:
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Legislação e Ética
I - o desempenho das atividades 01 a 18 do artigo 1º desta Resolução, referentes à
indústria têxtil; produtos têxteis, seus serviços afins e correlatos.
Art. 21 - Compete ao URBANISTA:
I - o desempenho das atividades 01 a 12 e 14 a 18 do artigo 1º desta Resolução,
referentes a desenvolvimento urbano e regional, paisagismo e trânsito; seus
serviços afins e correlatos.
Art. 22 - Compete ao ENGENHEIRO DE OPERAÇÃO:
I - o desempenho das atividades 09 a 18 do artigo 1º desta Resolução, circunscritas
ao âmbito das respectivas modalidades profissionais; II - as relacionadas nos
números 06 a 08 do artigo 1º desta Resolução, desde que enquadradas no
desempenho das atividades referidas no item I deste artigo.
Art. 23 - Compete ao TÉCNICO DE NÍVEL SUPERIOR ou TECNÓLOGO:
I - o desempenho das atividades 09 a 18 do artigo 1º desta Resolução, circunscritasao âmbito das respectivas modalidades profissionais;
II - as relacionadas nos números 06 a 08 do artigo 1º desta Resolução, desde que
enquadradas no desempenho das atividades referidas no item I deste artigo.
Art. 24 - Compete ao TÉCNICO DE GRAU MÉDIO:
I - o desempenho das atividades 14 a 18 do artigo 1º desta Resolução,circunscritas ao âmbito das respectivas modalidades profissionais;
II - as relacionadas nos números 07 a 12 do artigo 1º desta Resolução, desde que
enquadradas no desempenho das atividades referidas no item I deste artigo.
Art. 25 - Nenhum profissional poderá desempenhar atividades além daquelas que
lhe competem, pelas características de seu currículo escolar, consideradas em cada
caso, apenas, as disciplinas que contribuem para a graduação profissional, salvo
outras que lhe sejam acrescidas em curso de pós-graduação, na mesma
modalidade.
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Legislação e Ética
Parágrafo único - Serão discriminadas no registro profissional as atividades
constantes desta Resolução.
Art. 26 - Ao já diplomado aplicar-se-á um dos seguintes critérios:
I - àquele que estiver registrado, é reconhecida a competência concedida em seu
registro, salvo se as resultantes desta Resolução forem mais amplas, obedecido
neste caso, o disposto no artigo 25 desta Resolução.
II - àquele que ainda não estiver registrado, é reconhecida a competência resultante
dos critérios em vigor antes da vigência desta Resolução, com a ressalva do inciso I
deste artigo.
Parágrafo único - Ao aluno matriculado até à data da presente Resolução, aplicar-
se-á, quando diplomado, o critério do item II deste artigo.
Art. 27 - A presente Resolução entra em vigor na data de sua publicação.
Art. 28 - Revogam-se as Resoluções de nº 4, 26, 30, 43, 49, 51, 53, 55, 56, 57, 58,
59, 67, 68, 71, 72, 74, 76, 78, 79, 80, 81, 82, 89, 95, 96, 108, 111, 113, 120, 121,
124, 130, 132, 135, 139, 145, 147, 157, 178, 184, 185, 186, 197, 199, 208 e 212 e as
demais disposições em contrário.
Rio de Janeiro, 29 JUN 1973.
Prof. FAUSTO AITA GAIPresidente
Engº.CLÓVIS GONÇALVES DOS SANTOS
1º Secretário
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Legislação e Ética
2 º Bimestre
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Legislação e Ética
8 ART –
ANOTAÇÃO DE RESPONSABILIDADE TÉCNICA
A ART é um instrumento indispensável para identificar a responsabilidade técnica
pelas obras ou serviços prestados por profissionais ou empresas. A ART assegura à
sociedade que essas atividades técnicas são realizadas por um profissional
habilitado. Neste sentido, a ART tem uma nítida função de defesa da sociedade,
proporcionando também segurança técnica e jurídica para quem contrata e para
quem é contratado.
A ART valoriza o exercício das profissões, confere legitimidade ao profissional ou
empresa contratado e assegura a autoria, a responsabilidade e a participação
técnica em cada obra ou serviço a ser realizado. Ao registrar a ART os direitos de
autoria de um plano ou projeto de Engenharia, Agronomia, Geologia, Geografia ou
Meteorologia, respeitadas as relações contratuais expressas entre o autor e outros
interessados, são do profissional que os elaborar.
O registro da ART possibilita ao profissional constituir acervo técnico, que tem
grande valor no mercado de trabalho, bem como o resguarda em eventuais litígios
judiciais. A partir do registro da ART é possível ao profissional obter a Certidão de
Acervo Técnico-CAT, que certifica, para os efeitos legais, que consta dos
assentamentos do Crea a anotação das atividades técnicas executadas ao longo de
sua vida profissional.
Ainda assegura a capacidade técnica de uma empresa varia em função da alteração
dos acervos técnicos dos profissionais integrantes de seu quadro técnico.
Deste modo, em atendimento à Lei nº 8.666, de 1993, o atestado registrado no Crea
constituirá prova da capacidade técnico-profissional da empresa somente se o
responsável técnico indicado na Certidão de Acervo Técnico estiver a ela vinculado
como integrante de seu quadro técnico.
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Legislação e Ética
8.1 LEI N° 6.496 DE 07 DE JULHO DE 1977 – INSTITUI A ART
Institui a "Anotação de Responsabilidade Técnica" na prestação de serviços de
Engenharia, de Arquitetura e Agronomia; autoriza a criação, pelo Conselho Federal
de Engenharia, Arquitetura e Agronomia - CONFEA, de uma Mútua de Assistência
Profissional, e dá outras providências.
O Presidente da República,
Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:
Art. 1º- Todo contrato, escrito ou verbal, para a execução de obras ou prestação de
quaisquer serviços profissionais referentes à Engenharia, à Arquitetura e à
Agronomia fica sujeito à "Anotação de Responsabilidade Técnica" (ART).
Art. 2º- A ART define, para os efeitos legais, os responsáveis técnicos pelo
empreendimento de engenharia, arquitetura e agronomia.
§ 1º- A ART será efetuada pelo profissional ou pela empresa no Conselho Regional
de Engenharia, Arquitetura e Agronomia (CREA), de acordo com Resolução própria
do Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia (CONFEA).
§ 2º- O CONFEA fixará os critérios e os valores das taxas da ART "ad referendum"
do Ministro do Trabalho.
Art. 3º- A falta da ART sujeitará o profissional ou a empresa à multa prevista na
alínea "a" do Art. 73 da Lei nº5.194, de 24 DEZ 1966, e demais cominações legais.
Art. 4º- O CONFEA fica autorizado a criar, nas condições estabelecidas nesta Lei,
uma Mútua de Assistência dos Profissionais da Engenharia, Arquitetura e
Agronomia, sob suafiscalização, registrados nos CREAs.
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Legislação e Ética
§ 1º- A Mútua, vinculada diretamente ao CONFEA, terá personalidade jurídica e
patrimônio próprios, sede em Brasília e representações junto aos CREAs.
§ 2º- O Regimento da Mútua será submetido à aprovação do Ministro doTrabalho,
pelo CONFEA.
Art. 5º- A Mútua será administrada por uma Diretoria Executiva, composta de
5(cinco) membros, sendo 3 (três) indicados pelo CONFEA e 2 (dois) pelos CREAs,
na forma a serfixada no Regimento.
Art. 6º- O Regimento determinará as modalidades da indicação e as funções decada
membro da Diretoria Executiva, bem como o modo de substituição, em seus
impedimentos efaltas, cabendo ao CONFEA a indicação do Diretor-Presidente e aos
outros Diretores a escolha,entre si, dos ocupantes das demais funções.
Art. 7º- Os mandatos da Diretoria Executiva terão duração de 3 (três) anos,
sendogratuito o exercício das funções correspondentes.
Art. 8º- Os membros da Diretoria Executiva somente poderão ser destituídospordecisão do CONFEA, tomada em reunião secreta, especialmente convocada
para esse fim, e pormaioria de 2/3 (dois terços) dos membros do Plenário.
Art. 9º- Os membros da Diretoria tomarão posse perante o CONFEA.
Art. 10 - O patrimônio da Mútua será aplicado em títulos dos Governos Federal
eEstaduaisou por eles garantidos, Carteiras de Poupança, garantidas pelo BancoNacional daHabilitação (BNH), Obrigações do Tesouro Nacional, imóveis e outras
aplicações facultadas por Lei para órgãos da mesma natureza.
Parágrafo único - Para aquisição e alienação de imóveis, haverá prévia autorização
do Ministro do trabalho.
Art. 11 - Constituirão rendas da Mútua:
I - 1/5 (um quinto) da taxa de ART;
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Legislação e Ética
II - uma contribuição dos associados, cobrada anual ou parceladamente e recolhida,
simultaneamente, com a devida aos CREAs;
III - doações, legados e quaisquer valores adventícios, bem como outras fontes de
renda eventualmente instituídas em Lei;
IV - outros rendimentos patrimoniais.
§ 1º- A inscrição do profissional na Mútua dar-se-á com o pagamento da primeira
contribuição, quando será preenchida pelo profissional sua ficha de Cadastro Geral,
e atualizada nos pagamentos subseqüentes, nos moldes a serem estabelecidos por
Resolução do CONFEA.
§ 2º- A inscrição na Mútua é pessoal e independente de inscrição profissional e os
benefícios só poderão ser pagos após decorrido 1 (um) ano do pagamento da
primeira contribuição.
Art. 12 - A Mútua, na forma do Regimento, e de acordo com suas disponibilidades,
assegurará os seguintes benefícios e prestações:
I - auxílios pecuniários, temporários e reembolsáveis, aos associados
comprovadamente necessitados, por falta eventual de trabalho ou invalidez
ocasional;
II - pecúlio aos cônjuges supérstites e filhos menores associados;
III - bolsas de estudo aos filhos de associados carentes de recursos ou a candidatos
a escolas de Engenharia, de Arquitetura ou de Agronomia, nas mesmas condições
de carência;IV - assistência médica, hospitalar e dentária, aos associados e seus dependentes,
sem caráter obrigatório, desde que reembolsável, ainda que parcialmente;
V - facilidade na aquisição, por parte dos inscritos, de equipamentos e livros úteis ou
necessários ao desempenho de suas atividades profissionais;
VI - auxílio funeral.
§ 1º- A Mútua poderá financiar, exclusivamente para seus associados, planos de
férias no País e/ou de seguros de vida, acidentes ou outros, mediante contratação.
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Legislação e Ética
§ 2º- Visando à satisfação do mercado de trabalho e à racionalização dos benefícios
contidos no item I deste artigo, a Mútua poderá manter serviços de colocação de
mão-de-obra de profissionais, seus associados.
§ 3º- O valor pecuniário das prestações assistenciais variará até o limite máximo
constante da tabela a ser aprovada pelo CONFEA, nunca superior à do Instituto
Nacional de Previdência Social (INPS).
§ 4º- O auxílio mensal será concedido, em dinheiro, por períodos não superiores a
12 (doze) meses, desde que comprovada a evidente necessidade para a
sobrevivência do associado ou de sua família.
§ 5º- As bolsas serão sempre reembolsáveis ao fim do curso, com juros e correção
monetária, fixados pelo CONFEA.
§ 6º- A ajuda farmacêutica, sempre reembolsável, ainda que parcialmente, poderá
ser concedida, em caráter excepcional, desde que comprovada a impossibilidade
momentânea de o associado arcar com o ônus decorrente.
§ 7º- Os benefícios serão concedidos proporcionalmente às necessidades do
assistido, e os pecúlios em razão das contribuições do associado.
§ 8º- A Mútua poderá estabelecer convênios com entidades previdenciárias,
assistenciais, e seguro e outros facultados por Lei, para o atendimento do disposto
neste Artigo.
Art. 13 - Ao CONFEA incumbirá, na forma do Regimento:
I - a supervisão do funcionamento da Mútua;
II - a fiscalização e aprovação do Balanço, Balancete, Orçamento e da Prestação de
Contas da Diretoria Executiva da Mútua;
III - a elaboração e aprovação do Regimento da Mútua;
IV - a indicação de 3 (três) membros da Diretoria Executiva;
V - a fixação da remuneração do pessoal empregado pela Mútua;
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Legislação e Ética
VI - a indicação do Diretor-Presidente da Mútua;
VII - a fixação, no Regimento, da contribuição prevista no item II do Art. 11;
VIII - a solução dos casos omissos ou das divergências na aplicação desta Lei.
Art. 14 - Aos CREAs, e na forma do que for estabelecido no Regimento, incumbirá:
I - recolher à Tesouraria da Mútua, mensalmente, a arrecadação da taxa e
contribuição prevista nos itens I e II do Art. 11 da presente Lei;
II - indicar os dois membros da Diretoria Executiva, na forma a ser fixada pelo
Regimento.
Art. 15 - Qualquer irregularidade na arrecadação, na concessão de benefícios ou no
funcionamento da Mútua, ensejará a intervenção do CONFEA, para restabelecer a
normalidade, ou do Ministro do Trabalho, quando se fizer necessária.
Art. 16 - No caso de dissolução da Mútua, seus bens, valores e obrigações serão
assimilados pelo CONFEA, ressalvados os direitos dos associados.
Parágrafo único - O CONFEA e os CREAs responderão, solidariamente, pelo déficit
ou dívida da Mútua, na hipótese de sua insolvência.
Art. 17 - De qualquer ato da Diretoria Executiva da Mútua caberá recurso, com efeito
suspensivo, ao CONFEA.
Art. 18 - De toda e qualquer decisão do CONFEA referente à organização,administração e fiscalização da Mútua caberá recurso, com efeito suspensivo, ao
Ministro do Trabalho.
Art. 19 - Os empregados do CONFEA, dos CREAs e da própria Mútua poderão nela
se inscrever, mediante condições estabelecidas no Regimento, para obtenção dos
benefícios previstos nesta Lei.
Art. 20 - Esta Lei entrará em vigor na data de sua publicação, revogadas as
disposições em contrário.
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Brasília, 7 DEZ 1977; 156ºda Independência e 89ºda República.
ERNESTO GEISEL
Arnaldo Prieto
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Legislação e Ética
9EMPRESA
Por lei federal, toda empresa com atividades na área de engenharia está obrigada
ao registro no conselho regional de classe com a supervisão de profissional
legalmente habilitado.
9.1 LEI N° 6.839 DE 30 DE OUTUBRO DE 1980 – REGISTRO DE EMPRESAS
Dispõe sobre o registro de empresas nas entidades fiscalizadoras do exercício de
profissões.
O Presidente da República.
Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:
Art. 1º- O registro de empresas e a anotação dos profissionais legalmente
habilitados, delas encarregados, serão obrigatórios nas entidades competentes para
a fiscalização do exercício das diversas profissões, em razão da atividade básica ou
em relação àquela pela qual prestem serviços a terceiros.
Art. 2º- Esta Lei entrará em vigor na data de sua publicação.
Art. 3º- Revogam-se as disposições em contrário.
JOÃO FIGUEIREDOPresidente da República
Murillo Macêdo
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Legislação e Ética
10CRIMES AMBIENTAIS
Toda empresa, diretor, gerente, preposto, profissional, autor, co-autor ou participes
do mesmo crime ambiental está sujeito às penas previstas em lei com sanções entre
notificação, prisão e multas conforme enquadramento.
10.1 LEI N° 9.605 DE 12 DE FEVEREIRO DE 1998 – SANÇÕES
Dispõe sobre as sanções penais e administrativas derivadas de condutas e
atividades lesivas ao meio ambiente, e dá outras providências.
O Presidente da República
Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:
CAPÍTULO I
Disposições Gerais
Art. 1º - (VETADO)
Art. 2º - Quem, de qualquer forma, concorre para a prática dos crimes previstos
nesta Lei, incide nas penas a estes cominadas, na medida da sua culpabilidade,
bem como o diretor, o administrador, o membro de conselho e de órgão técnico, o
auditor, o gerente, o preposto ou mandatário de pessoa jurídica, que, sabendo da
conduta criminosa de outrem, deixar de impedir a sua prática, quando podia agirpara evitá-la.
Art. 3º - As pessoas jurídicas serão responsabilizadas administrativa, civil e
penalmente conforme disposto nesta Lei, nos casos em que a infração seja
cometida por decisão de seu representante legal ou contratual, ou de seu órgão
colegiado, no interesse ou benefício da sua entidade.
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Legislação e Ética
Parágrafo único - A responsabilidade das pessoas jurídicas não exclui a das
pessoas físicas, autoras, co-autoras ou partícipes do mesmo fato.
Art. 4º - Poderá ser desconsiderada a pessoa jurídica sempre que sua personalidade
for obstáculo ao ressarcimento de prejuízos causados à qualidade do meio
ambiente.
Art. 5º - (VETADO)
CAPÍTULO II
Da Aplicação da Pena
Art. 6º - Para imposição e graduação da penalidade, a autoridade competente
observará:
I – a gravidade do fato, tendo em vista os motivos da infração e suas conseqüências
para a saúde pública e para o meio ambiente;
II – os antecedentes do infrator quanto ao cumprimento da legislação de interesseambiental;
III – a situação econômica do infrator, no caso de multa.
Art. 7º - As penas restritivas de direitos são autônomas e substituem as privativas de
liberdade quando:
I - tratar-se de crime culposo ou for aplicada a pena privativa de liberdade inferior aquatro anos;
II - a culpabilidade, os antecedentes, a conduta social e a personalidade do
condenado, bem como os motivos e as circunstâncias do crime indicarem que a
substituição seja suficiente para efeitos de reprovação e prevenção do crime.
Parágrafo único - As penas restritivas de direitos a que se refere este artigo terão a
mesma duração da pena privativa de liberdade substituída.
Art. 8º - As penas restritivas de direito são:
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Legislação e Ética
I - prestação de serviços à comunidade;
II - interdição temporária de direitos;
III - suspensão parcial ou total de atividades;
IV - prestação pecuniária;
V - recolhimento domiciliar.
Art. 9º - A prestação de serviços à comunidade consiste na atribuição ao condenado
de tarefas gratuitas junto a parques e jardins públicos e unidades de conservação, e,
no caso de dano da coisa particular, pública ou tombada, na restauração desta, se
possível.
Art. 10 - As penas de interdição temporária de direito são a proibição de o
condenado contratar com o Poder Público, de receber incentivos fiscais ou
quaisquer outros benefícios, bem como de participar de licitações, pelo prazo de
cinco anos, no caso de crimes dolosos, e de três anos, no de crimes culposos.
Art. 11 - A suspensão de atividades será aplicada quando estas não estiverem
obedecendo às prescrições legais.
Art. 12 - A prestação pecuniária consiste no pagamento em dinheiro à vítima ou à
entidade pública ou privada com fim social, de importância, fixada pelo juiz, não
inferior a um salário mínimo nem superior a trezentos e sessenta salários mínimos.
O valor pago será deduzido do montante de eventual reparação civil a que for
condenado o infrator.
Art. 13 - O recolhimento domiciliar baseia-se na auto disciplina e senso de
responsabilidade do condenado, que deverá, sem vigilância, trabalhar, freqüentar
curso ou exercer atividade autorizada, permanecendo recolhido nos dias e horários
de folga em residência ou em qualquer local destinado a sua moradia habitual,
conforme estabelecido na sentença condenatória.
Art. 14 - São circunstâncias que atenuam a pena:
I - baixo grau de instrução ou escolaridade do agente;
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Legislação e Ética
II - arrependimento do infrator, manifestado pela espontânea reparação do dano, ou
limitação significativa da degradação ambiental causada;
III - comunicação prévia pelo agente do perigo iminente de degradação ambiental;
IV - colaboração com os agentes encarregados da vigilância e do controle ambiental.
Art. 15 - São circunstâncias que agravam a pena, quando não constituem ou
qualificam o crime:
I - reincidência nos crimes de natureza ambiental;
II - ter o agente cometido a infração:
a) para obter vantagem pecuniária;
b) coagindo outrem para execução material da infração;
c) afetando ou expondo a perigo, de maneira grave, a saúde pública ou o meio
ambiente;
d) concorrendo para danos à propriedade alheia;
e) atingindo áreas de unidades de conservação ou áreas sujeitas, por ato do Poder
Público, a regime especial de uso;
f) atingindo áreas urbanas ou quaisquer assentamentos humanos;g) em período de defeso à fauna;
h) em domingos ou feriados;
i) à noite;
j) em época de seca ou inundações;
l) no interior do espaço territorial especialmente protegido;
m) com o emprego de métodos cruéis para abate ou captura de animais;
n) mediante fraude ou abuso de confiança;o) mediante abuso do direito de licença, permissão ou autorização ambiental;
p) no interesse de pessoa jurídica mantida, total ou parcialmente, por verbas
públicas ou beneficiada por incentivos fiscais;
q) atingindo espécies ameaçadas, listadas em relatórios oficiais das autoridades
competentes;
r) facilitada por funcionário público no exercício de suas funções.
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Legislação e Ética
Art. 16 – Nos crimes previstos nesta Lei, a suspensão condicional da pena pode ser
aplicada nos casos de condenação à pena privativa de liberdade não superior a três
anos.
Art. 17 – A verificação da reparação a que se refere o § 2º do art. 78 do Código
Penal será feita mediante laudo de reparação do dano ambiental, e as condições a
serem impostas pelo juiz deverão relacionar-se com a proteção ao meio ambiente.
Art. 18 - A multa será calculada segundo os critérios do Código Penal; se revelar-se
ineficaz, ainda que aplicada no valor máximo, poderá ser aumentada até três vezes,
tendo em vista o valor da vantagem econômica auferida.
Art. 19 - A perícia de constatação do dano ambiental, sempre que possível, fixará o
montante do prejuízo causado para efeitos de prestação de fiança e cálculo de
multa.
Parágrafo único - A perícia produzida no inquérito civil ou no juízo cível poderá ser
aproveitada no processo penal, instaurando-se o contraditório.
Art. 20 - A sentença penal condenatória, sempre que possível, fixará o valor mínimo
para reparação dos danos causados pela infração, considerando os prejuízos
sofridos pelo ofendido ou pelo meio ambiente.
Parágrafo único - Transitada em julgado a sentença condenatória, a execução
poderá efetuar-se pelo valor fixado nos termos do caput, sem prejuízo da liquidaçãopara apuração do dano efetivamente sofrido.
Art. 21 - As penas aplicáveis isolada, cumulativa ou alternativamente às pessoas
jurídicas, de acordo com o disposto no art. 3º, são:
I - multa;
II - restritivas de direitos;
III - prestação de serviços à comunidade.
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Legislação e Ética
Art. 22 - As penas restritivas de direitos da pessoa jurídica são:
I - suspensão parcial ou total de atividades;
II - interdição temporária de estabelecimento, obra ou atividade;
III - proibição de contratar com o Poder Público, bem como dele obter subsídios,
subvenções ou doações.
§ 1º - A suspensão de atividades será aplicada quando estas não estiverem
obedecendo às disposições legais ou regulamentares, relativas à proteção do meio
ambiente.
§ 2º - A interdição será aplicada quando o estabelecimento, obra ou atividade estiver
funcionando sem a devida autorização, ou em desacordo com a concedida, ou com
violação de disposição legal ou regulamentar.
§ 3º - A proibição de contratar com o Poder Público e dele obter subsídios,
subvenções ou doações não poderá exceder o prazo de dez anos.
Art. 23 - A prestação de serviços à comunidade pela pessoa jurídica consistirá em:
I - custeio de programas e de projetos ambientais;
II - execução de obras de recuperação de áreas degradadas;
III - manutenção de espaços públicos;
IV - contribuições a entidades ambientais ou culturais públicas.
Art. 24 - A pessoa jurídica constituída ou utilizada, preponderadamente, com o fim
de permitir, facilitar ou ocultar a prática de crime definido nesta Lei terá decretada
sua liquidação forçada, seu patrimônio será considerado instrumento do crime e
como tal perdido em favor do Fundo Penitenciário Nacional.
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Legislação e Ética
CAPÍTULO III
Da Apreensão do Produto e do Instrumento
de Infração Administrativa ou de Crime
Art. 25 - Verificada a infração, serão apreendidos seus produtos e instrumentos,
lavrando-se os respectivos autos.
§ 1º - Os animais serão libertados em seu habitat ou entregues a jardins zoológicos,
fundações ou entidades assemelhadas, desde que fiquem sob a responsabilidade
de técnicos habilitados.
§ 2º - Tratando-se de produtos perecíveis ou madeiras, serão estes avaliados e
doados a instituições científicas, hospitalares, penais e outras com fins beneficentes.
§ 3º - Os produtos e subprodutos da fauna não perecíveis serão destruídos ou
doados a instituições científicas, culturais ou educacionais.
§ 4º - Os instrumentos utilizados na prática da infração serão vendidos, garantida a
sua descaracterização por meio da reciclagem.
CAPÍTULO IV
Da Ação e do Processo Penal
Art. 26 - Nas infrações penais previstas nesta Lei, a ação penal é publica
incondicionada.
Parágrafo único - (VETADO)
Art. 27 - Nos crimes ambientais de menor potencial ofensivo, a proposta de
aplicação imediata de pena restritiva de direitos ou multa, prevista no art. 76 da Lei
nº 9.099, de 26 de setembro de 1995, somente poderá ser formulada desde que
tenha havido a prévia composição do dano ambiental, de que trata o art. 74 da
mesma lei, salvo em caso de comprovada impossibilidade.
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Legislação e Ética
Art. 28 - As disposições do art. 89 da Lei nº 9.099, de 26 de setembro de 1995,
aplicam-se aos crimes de menor potencial ofensivo definidos nesta Lei, com as
seguintes modificações:
I - a declaração de extinção de punibilidade, de que trata o § 5º do artigo referido no
caput, dependerá de laudo de constatação de reparação do dano ambiental,
ressalvada a impossibilidade prevista no inciso I do § 1º do mesmo artigo;
II - na hipótese de o laudo de constatação comprovar não ter sido completa a
reparação, o prazo de suspensão do processo será prorrogado, até o período
máximo previsto no artigo referido no caput, acrescido de mais um ano, com
suspensão do prazo da prescrição;
III - no período de prorrogação, não se aplicarão as condições dos incisos II, III e IV
do § 1º do artigo mencionado no caput;
IV - findo o prazo de prorrogação, proceder-se-á à lavratura de novo laudo de
constatação de reparação do dano ambiental, podendo, conforme seu resultado, ser
novamente prorrogado o período de suspensão, até o máximo previsto no inciso II
deste artigo, observado o disposto no inciso III;
V - esgotado o prazo máximo de prorrogação, a declaração de extinção depunibilidade dependerá de laudo de constatação que comprove ter o acusado
tomado as providências necessárias à reparação integral do dano.
CAPÍTULO V
Dos Crimes Contra o Meio Ambiente
Seção IDos Crimes contra a Fauna
Art. 29 - Matar, perseguir, caçar, apanhar, utilizar espécimes da fauna silvestre,
nativos ou em rota migratória, sem a devida permissão, licença ou autorização da
autoridade competente, ou em desacordo com a obtida:
Pena - detenção de seis meses a um ano, e multa.
§ 1º - Incorre nas mesmas penas:
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Legislação e Ética
I – quem impede a procriação da fauna, sem licença, autorização ou em desacordo
com a obtida;
II – quem vende, expõe à venda, exporta ou adquire, guarda, tem em cativeiro ou
depósito, utiliza ou transporta ovos, larvas ou espécimes da fauna silvestre, nativa
ou em rota migratória, bem como produtos e objetos dela oriundos, provenientes de
criadouros não autorizados ou sem a devida permissão, licença ou autorização da
autoridade competente.
§ 2º - No caso de guarda doméstica de espécie silvestre não considerando
ameaçada de extinção, pode o juiz, considerando as circunstância, deixar de aplicar
à pena.
§ 3º - São espécimes da fauna silvestre todos aqueles pertencentes às espécies
nativas, migratórias e quaisquer outras, aquáticas ou terrestres, que tenham todo ou
parte de seu ciclo de vida ocorrendo dentro dos limites do território brasileiro, ou
águas jurisdicionais brasileiras.
§ 4º - A pena é aumentada de metade, se o crime é praticado:I – contra espécie rara ou considerada ameaçada de extinção, ainda que somente
no local da infração;
II – em período proibido à caça;
III – durante a noite;
IV – com abuso de licença;
V – em unidade de conservação
VI – com emprego de métodos ou instrumentos capazes de provocar destruição emmassa.
§ 5º - A pena é aumentada até o triplo, se o crime decorre do exercício de caça
profissional.
§ 6º - As disposições deste artigo não se aplicam aos atos de pesca.
Art. 30. Exportar para o exterior peles e couros de anfíbios e répteis em bruto, sem a
autorização da autoridade ambiental competente:
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Legislação e Ética
Pena – reclusão, de um a três anos, e multa.
Art. 31. – Introduzir espécime animal no País, sem parecer técnico oficial favorável e
licença expedida por autoridade competente:
Pena – detenção, de três meses a um ano, e multa.
Art. 32. – Praticar ato de abuso, maus-tratos, ferir ou mutilar animais silvestres,
domésticos ou domesticados, nativos ou exóticos:
Pena – detenção, de três meses a um ano, e multa.
§ 1º - Incorre nas mesmas penas quem realiza experiência dolorosa ou cruel em
animal vivo, ainda que para fins didáticos ou científicos, quando existirem recursos
alternativos.
§ 2º. – A pena é aumentada de um sexto a um terço, se ocorre morte do animal.
Art. 33. – Provocar, pela emissão de efluentes ou carreamento de materiais, operecimento de espécimes da fauna aquática existentes em rios, lagos açudes,
lagoas, baías ou águas jurisdicionais brasileiras:
Pena – detenção, de um a três anos, ou multa, ou ambas cumulativamente.
Parágrafo único – Incorre nas mesmas penas:
I – quem causa degradação em viveiros, açudes ou estações de aqüicultura de
domínio público;
II – quem explora campos naturais de invertebrados aquáticos e algas, sem licença,
permissão ou autorização da autoridade competente;
III – quem fundeia embarcações ou lança detritos de qualquer natureza sobre
bancos de moluscos ou corais, devidamente demarcados em carta náutica.
Art. 34. – Pescar em período no qual a pesca seja proibida ou em lugares
interditados por órgão competente:
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Legislação e Ética
Pena – detenção de um a três anos ou multa, ou ambas as penas cumulativamente.
Parágrafo único – Incorre nas mesmas penas quem:
I – pesca espécies que devam ser preservadas ou espécimes com tamanhos
inferiores aos permitidos;
II – pesca quantidades superiores às permitidas, ou mediante a utilização de
aparelhos, petrechos, técnicas e métodos não permitidos;
III – transporta, comercializa, beneficia ou industrializa espécimes provenientes da
coleta, apanha e pesca proibidas.
Art. 35. – Pescar mediante a utilização de:
I – explosivos ou substâncias que, em contato com a água, produzem efeito
semelhante;
II – substâncias tóxicas, ou outro meio proibido pela autoridade competente:
Pena – reclusão de um ano a cinco anos.
Art. 36. – Para os efeitos desta Lei, considera-se pesca todo ato tendente a retirar,
extrair, coletar, apanhar, apreender ou capturar espécimes dos grupos dos peixes,
crustáceos, moluscos e vegetais hidróbios, suscetíveis ou não de aproveitamento
econômico, ressalvadas as espécies ameaçadas de extinção, constantes nas listas
oficiais da fauna e da flora.
Art. 37. – Não é crime o abate de animal, quando realizado:
I – em estado de necessidade, para saciar a fome do agente ou de sua família;
II – para proteger lavouras, pomares e rebanhos da ação predatória ou destruidora
de animais, desde que legal e expressamente autorizado pela autoridade
competente,
III – (VETADO);
IV – por ser nocivo o animal, desde que assim caracterizado pelo órgão competente.
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Legislação e Ética
Seção II
Dos Crimes contra a Flora
Art. 38. – Destruir ou danificar floresta considerada de preservação
permanente,mesmo que em formação, ou utilizá-la com infringência das normas de
proteção:
Pena – detenção, de um a três anos, ou multa, ou ambas as penascumulativamente.
Parágrafo único – Se o crime for culposo, a pena será reduzida à metade.
Art. 39. – Cortar árvores em floresta considerada de preservação permanente,
sempermissão da autoridade competente:
Pena – detenção, de um a três anos, ou multa, ou ambas as penascumulativamente.
Art. 40. – Causar dano direto ou indireto às Unidades de Conservação e às áreasde
que trata o artigo 27 do Decreto nº 88.274, de 6 de junho de 1990,independentemente de sualocalização:
Pena – reclusão, de um a cinco anos.
§ 1º - Entende-se por Unidades de Conservação as Reservas, Biológicas,
ReservasEcológicas, Estações Ecológicas, Parques Nacionais, Estaduais e
Municipais, Florestas Nacionais,Estaduais e Municipais, Áreas de Proteção Ambiental, Áreas de Relevante Interesse Ecológico eReservas Extrativistas ou
outras a serem criadas pelo Poder Público.
§ 2º - A ocorrência de dano afetando espécies ameaçadas de extinção no interiordas
Unidades de Conservação será considerada circunstância agravante para a fixação
da pena.
§ 3º - Se o crime for culposo, a pena será reduzida à metade.
Art. 41. – Provocar incêndio em mata ou floresta:
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Legislação e Ética
Pena – reclusão, de dois a quatro anos, e multa.
Parágrafo único – Se o crime é culposo, a pena é de detenção de seis meses a
umano, e multa.
Art. 42. – Fabricar, vender transportar ou soltar balões que possam
provocarincêndios nas florestas e demais formas de vegetação, em áreas urbanas
ou qualquer tipo deassentamento humano:
Pena – detenção de um a três anos ou multa, ou ambas as penas cumulativamente.
Art. 43. – (VETADO).
Art. 44. – Extrair de florestas de domínio público ou consideradas de
preservaçãopermanente, sem prévia autorização, pedra, cal ou qualquer espécie de
minerais:
Pena – detenção, de seis meses a um ano, e multa.
Art. 45. – Cortar ou transformar em carvão madeira de lei, assim classificada porato
de Poder Público, para fins industriais, energéticos ou para qualquer outra
exploração,econômica ou não, em desacordo com as determinações legais:
Pena – reclusão, de um a dois anos, e multa.
Art. 46. – Receber ou adquirir, para fins comerciais ou industriais, madeira,
lenha,carvão e outros produtos de origem vegetal, sem exigir a exibição de licença
do vendedor,outorgada pela autoridade competente, e sem munir-se da via que
deverá acompanhar o produto atéfinal beneficiamento:
Pena – detenção, de seis meses a um ano, e multa.
Parágrafo único. Incorre nas mesmas penas quem vende, expõe à venda, tem
emdepósito, transporta ou guarda madeira, lenha, carvão e outros produtos de
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Legislação e Ética
origem vegetal, semlicença válida para todo o tempo da viagem ou do
armazenamento, outorgada pela autoridadecompetente.
Art. 47. – (VETADO).
Art. 48. – Impedir ou dificultar a regeneração natural de florestas e demais formasde
vegetação:
Pena – detenção, de seis meses a um ano, e multa.
Art. 49. – Destruir, danificar, lesar ou maltratar, por qualquer modo ou meio, plantas
de ornamentação de logradouros públicos ou em propriedade privada alheia:
Pena – detenção, de três meses a um ano, ou multa, ou ambas as
penascumulativamente.
Parágrafo único – No crime culposo, a pena é de um a seis meses, ou multa.
Art. 50. – Destruir ou danificar florestas nativas ou plantadas ou vegetaçãofixadora
de dunas, protetora de mangues, objeto de especial preservação:
Pena – detenção, de três meses a um ano, e multa.
Art. 51. – Comercializar motosserra ou utilizá-la em florestas e nas demais formasde
vegetação, sem licença ou registro da autoridade competente:
Pena – detenção, de três meses a um ano, e multa.
Art. 52. – Penetrar em Unidades de Conservação conduzindo substâncias
ouinstrumentos próprios para caça ou para exploração de produtos ou subprodutos
florestais, semlicença da autoridade competente:
Pena – detenção, de seis meses a um ano, e multa.
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Legislação e Ética
Art. 53. – Nos crimes previstos nesta Seção, a pena é aumentada de um sexto a
umterço se:
I – do fato resultada a diminuição de águas naturais, a erosão do solo ou
amodificação do regime climático;
II – o crime é cometido:
no período de queda das sementes;
no período de formação de vegetações;
contra espécies raras ou ameaçadas de extinção, ainda que a ameaça ocorra
somente no local da infração;
em época de seca ou inundação;
durante a noite, em domingo ou feriado.
Seção III
Da Poluição e outros Crimes Ambientais
Art. 54. – Causar poluição de qualquer natureza em níveis tais que resultem
oupossam resultar em danos à saúde humana, ou que provoquem a mortandade deanimais ou adestruição significativa da flora:
Pena – reclusão, de um a quatro anos, e multa.
§ 1º - Se o crime é culposo:
Pena – detenção, de seis meses a um ano, e multa.
§ 2º - Se o crime:
– tornar uma área, urbana ou rural, imprópria para a ocupação humana;
II – causar poluição atmosférica que provoque a retirada, ainda que
momentânea,dos habitantes das áreas afetadas, ou que cause danos diretos à
saúde da população;
III – causar poluição hídrica que torne necessária a interrupção do
abastecimentopúblico de água de uma comunidade;
IV – dificultar ou impedir o uso público das praias;
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Legislação e Ética
V – ocorrer por lançamento de resíduos sólidos, líquidos ou gasosos, ou
detritos,óleos ou substâncias oleosas, em desacordo com as exigências
estabelecidas em leis ouregulamentos:
Pena – reclusão, de um a cinco anos.
§ 3º - Incorre nas mesmas penas previstas no parágrafo anterior quem deixar
deadotar, quando assim o exigir autoridade competente, medidas de precaução em
caso de risco dedano ambiental grave ou irreversível.
Art. 55. – Executar pesquisa, lavra ou extração de recursos minerais sem
acompetente autorização, permissão, concessão ou licença, ou desacordo com a
obtida:
Pena – detenção, de seis meses a um ano, e multa.
Parágrafo único – Nas mesmas penas incorre quem deixa de recuperar a
áreapesquisada ou explorada, nos termos da autorização, permissão, licença,concessão ou determinaçãodo órgão competente.
Art. 56. – Produzir, processar, embalar, importar, exportar comercializar,fornecer,
transportar, armazenar, guardar, ter em depósito ou usar produto ou substância
tóxica,perigosa ou nociva à saúde humana ou ao meio ambiente, em desacordo com
as exigênciasestabelecidas em leis ou nos seus regulamentos:
Pena – reclusão, de um a quatro anos, e multa.
§ 1º - Nas mesmas penas incorre quem abandona os produtos ou
substânciasreferidos no "caput", ou os utiliza em desacordo com as normas de
segurança.
§ 2º - Se o produto ou a substância for nuclear ou radioativa, a pena é aumentadade
um sexto a um terço.
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Legislação e Ética
§ 3º - Se o crime é culposo:
Pena – detenção, de seis meses a um ano, e multa.
Art. 57. – (VETADO).
Art. 58. – Nos crimes dolosos previstos nesta Seção, as penas serão aumentadas:
I – de um sexto a um terço, se resulta dono irreversível à flora ou ao meioambiente
em geral;
II – de um terço até a metade, se resulta lesão corporal de natureza grave
emoutrem;
III – até o dobro, se resultar a morte de outrem.
Parágrafo único – As penalidades previstas neste artigo somente serão aplicadasse
do fato não resultar crime mais grave.
Art. 59. – (VETADO).
Art. 60. – Construir, reformar, ampliar, instalar ou fazer funcionar, em qualquerparte
do território nacional, estabelecimentos, obras ou serviços potencialmente
poluidores, semlicença ou autorização dos órgãos ambientais competentes, ou
contrariando as normas legais eregulamentares pertinentes:
Pena – detenção, de um a seis meses, ou multa, ou ambas as
penascumulativamente.
Art. 61. – Disseminar doença ou praga ou espécies que possam causar dano
àagricultura, à pecuária, à fauna, à flora ou aos ecossistemas:
Pena – reclusão, de um a quatro anos, e multa.
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Legislação e Ética
Seção IV
Dos Crimes contra o Ordenamento Urbano
e o Patrimônio Cultural
Art. 62. – Destruir, inutilizar ou deteriorar:
I – bem especialmente protegido por lei, ato administrativo ou decisão judicial;
II – arquivo, registro, museu, biblioteca, pinacoteca, instalação científica ousimilar
protegido por lei, ato administrativo ou decisão judicial:
Parágrafo único – Se e o crime for culposo, a pena é de seis meses a um ano de
detenção, sem prejuízo da multa.
Art. 63. – Alterar o aspecto ou estrutura de edificação ou local
especialmenteprotegido por lei, ato administrativo ou decisão judicial, em razão de
seu valor paisagístico,ecológico, turístico, artístico, histórico, cultural, religioso,
arqueológico, etnográfico oumonumental, sem autorização da autoridadecompetente ou em desacordo com a concedida:
Pena – reclusão, de um a três anos, e multa.
Art. 64. – Promover construção em solo não edificavel, ou no seu entorno,
assimconsiderado em razão de seu valor paisagístico, ecológico, artístico, turístico,
histórico, cultural,religioso, arqueológico, etnográfico ou monumental, semautorização da autoridade competente ouem desacordo com a concedida:
Pena – detenção, de seis meses a um ano, e multa.
Art. Pichar, grafitar, ou por outro meio conspurcar edificação ou monumentourbano:
Pena – detenção, de três meses a um ano, e multa.
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Legislação e Ética
Parágrafo único – Se o fato for realizado em monumento ou coisa tombada
emvirtude do seu valor artístico, arqueológico ou histórico, a pena é de seis meses a
um ano dedetenção,e multa.
Seção V
Dos Crimes contra a Administração Ambiental
Art. 66. – Fazer o funcionário público afirmação falsa ou enganosa, omitir averdade,
sonegar informações ou dados técnico-científicos em procedimentos de autorização
ou delicenciamento ambiental:
Pena – reclusão, de um a três anos, e multa.
Art. 67. – Conceder ao funcionário público licença, autorização ou permissão
emdesacordo com as normas ambientais, para as atividades, obras ou serviços cuja
realização dependede ato autorizativo do Poder Público:
Pena – detenção, de um a três anos, e multa.
Parágrafo único – Se o crime é culposo, a pena é de três meses a um ano
dedetenção, sem prejuízo da multa.
Art. 68. – Deixar, aquele que tiver o dever legal ou contratual de fazê-lo, decumprir
obrigação de relevante interesse ambiental:
Pena – detenção, de um a três anos, e multa.
CAPÍTULO VI
Da Infração Administrativa
Art. 70 – Considera-se infração administrativa ambiental toda ação ou omissãoque
viole as regras jurídicas de uso, gozo, promoção, proteção e recuperação do meio
ambiente.
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Legislação e Ética
§ 1º São autoridades competentes para lavrar auto de infração ambiental einstaurar
processoa administrativo os funcionários de órgãos ambientais integrantes do
SistemaNacional de Meio Ambiente – SISNAMA, designados para as atividades de
fiscalização, bem comoos agentes das Capitanias dos Portos, do Ministério da
Marinha.
§ 2º Qualquer pessoa, constatando infração ambiental, poderá dirigirrepresentação
àsautoridades relacionadas no parágrafo anterior, para efeito do exercício do
seupoder depolícia.
§ 3º A autoridade ambiental que tiver conhecimento de infração ambiental éobrigada
apromover a sua apuração imediata, mediante processo administrativo próprio, sob
penade co-responsabilidade.
§ 4º As infrações ambientais são apuradas em processo administrativo
próprio,assegurado o direito de ampla defesa e o contraditório, observadas as
disposições desta Lei.
Art. 71 – O processo administrativo para apuração de infração ambiental
deveobservar os seguintes prazos máximos:
I – vinte dias para o infrator oferecer defesa ou impugnação contra o auto
deinfração, contados da data da ciência da autuação;
II – trinta dias para a autoridade competente julgar o auto de infração, contados
dadata da sua lavratura, apresentada ou não a defesa ou impugnação;
III – vinte dias para o infrator recorrer da decisão condenatória à instânciasuperior doSistema Nacional do Meio Ambiente – SISNAMA, ou à Diretoria de Portos e
Costas,do Ministério da Marinha, de acordo com o tipo de autuação;
IV – cinco dias para o pagamento de multa, contados da data do recebimento
danotificação.
Art. 72 – As infrações administrativas são punidas com as seguintes
sanções,observado o disposto no artigo 6º:
I – advertência;
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Legislação e Ética
II – multa simples;
III – multa diária;
IV – apreensão dos animais, produtos e subprodutos da fauna e flora,instrumentos,
petrechos, equipamentos ou veículos de qualquer natureza utilizados na infração;
V – destruição ou inutilização do produto;
VI – suspensão de venda e fabricação do produto;
VII – embargo de obra ou atividade;
VIII – demolição de obra;
IX – suspensão parcial ou total de atividades;
X – (VETADO);
XI – restritiva de direitos.
§ 1º Se o infrator cometer, simultaneamente, duas ou mais infrações, ser-lhe-
ãoaplicadas, cumulativamente, as sanções a elas cominadas.
§ 2º A advertência será aplicada pela inobservância das disposições desta Lei e
dalegislação em vigor, ou de preceitos regulamentares, sem prejuízo das demais
sanções previstasneste artigo.
§ 3º A multa simples será aplicada sempre que o agente, por negligência ou dolo:
I – advertido por irregularidades que tenham sido praticadas, deixar de saná-las,no
prazo assinalado por órgão competente do SISNAMA ou pela Capitania dos Portos,
doMinistério da Marinha;
II – opuser embaraço à fiscalização dos órgãos do SISNAMA ou da CapitaniadosPortos, do Ministério da Marinha.
§ 4º A multa simples pode ser convertida em serviços de preservação, melhoria
erecuperação da qualidade do meio ambiente.
§ 5º A multa diária será aplicada sempre que o cometimento da infração seprolongar
no tempo.
§ 6º A apreensão e destruição referidas nos incisos IV e V do ‘caput’ obedecerãoao
disposto no artigo 25 desta Lei.
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Legislação e Ética
§ 7º As sanções indicadas nos incisos VI a IX do "caput" serão aplicadas quando
oproduto, a obra, a atividade ou o estabelecimento não estiverem obedecendo às
prescrições legaisou regulamentares.
§ 8º As sanções de direito são:
I – suspensão de registro, licença ou autorização;
II – cancelamento de registro, licença ou autorização;
III – perda ou restrição de incentivos e benefícios fiscais;
IV – perda ou suspensão da participação em linhas de financiamento
emestabelecimentos oficiais de crédito;
V – proibição de contratar com a Administração Pública, pelo período de até
trêsanos.
Art. 73. – Os valores arrecadados em pagamento de multas por infraçãoambiental
serão revertidos ao Fundo Nacional do Meio Ambiente, criado pela Lei nº 7,797(3),
de 10de julho de 1932, Fundo Naval, criado pelo Decreto nº 20.923, de 8 de janeiro
de 1932, fundosestaduais ou municipais de meio ambiente, ou correlatos, conformedispuser o órgão arrecadador.
Art. 74. – A multa terá por base a unidade, hectare, metro cúbico, quilograma
ououtra medida pertinente, de acordo com o objetivo jurídico lesado.
Art. 75. – O valor da multa de que trata este Capítulo será fixado no
regulamentodesta Lei e corrigido periodicamente, com base nos índicesestabelecidos na legislação pertinente,sendo o mínimo de R$ 50,00 (cinquenta
reais) e o máximo de R$ 50.000.000,00 (cinquenta milhõesde reais).
Art. 76. – O pagamento de multa imposta pelos Estados, Municípios, DistritoFederal
ou Territórios substitui a multa federal na mesma hipótese de incidência.
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Legislação e Ética
CAPÍTULO VII
Da Cooperação Internacional para
a Preservação do Meio Ambiente
Art. 77. – Resguardados a soberania nacional, a ordem pública e os bonscostumes,
o Governo brasileiro prestará, no que concerne ao meio ambiente, a
necessáriacooperação a outro país, sem qualquer ônus, quando solicitado para:
I – produção de prova;
II – exame de objetos e lugares;
III – informações sobre pessoas e coisas;
IV – presença temporária da pessoa presa, cujas declarações tenham
relevânciapara a decisão de uma causa;
V – outras formas de assistência permitidas pela legislação em vigor ou
pelostratados de que o Brasil seja parte.
§ 1º - A solicitação de que trata este artigo será dirigida ao Ministério da Justiça,que
a remeterá, quando necessário, ao órgão judiciário competente para decidir a seurespeito, ou aencaminhará à autoridade capaz de atendê-la.
§ 2º - A solicitação deverá conter:
I – o nome e a qualificação da autoridade solicitante;
II – o objeto e o motivo de sua formulação;
III – a descrição sumária do procedimento em curso no país solicitante;IV – a especificação da assistência solicitada;
V – a documentação indispensável ao seu esclarecimento, quando for o caso;
Art. 78. – Para a consecução dos fins visados nesta Lei e especialmente para
areciprocidade da cooperação internacional, deve ser mantido sistema de
comunicações apto afacilitar rápido e seguro de informações com órgãos de outros
países.
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CAPÍTULO VIII
Disposições finais
Art. 79. – Aplicam-se subsidiariamente a esta Lei as disposições do Código Penale
do Código de Processo Penal.
Art. 80. – O Poder Executivo regulamentará esta Lei no prazo de noventa dias
acontar de sua publicação.
Art. 81. – (VETADO).
Art. 82. – Revogam-se as disposições em contrário.
FERNANDO HENRIQUE CARDOSO
Gustavo Krause
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Legislação e Ética
11NORMAS REGULAMENTADORAS
As Normas Regulamentadoras foram instituídas pela Portaria 3.214 de 08 de junho
de 1978 sendo o seu cumprimento obrigatório por qualquer empresa privada,
pública, profissionais liberais, órgãos públicos de administração direta ou indireta
bem como os poderes legislativo ou judiciário que possuam trabalhadores
contratados pelo regime da CLT – Consolidação das Leis do Trabalho.
11.1 NORMA REGULAMENTADORA N° 01 – DISPOSIÇÕES GERAIS
1.1 As Normas Regulamentadoras - NR, relativas à segurança e medicina do
trabalho, são de observância obrigatória pelas empresas privadas e públicas e
pelos órgãos públicos da administração direta e indireta, bem como pelos
órgãos dos Poderes Legislativo e Judiciário, que possuam empregados regidos
pela Consolidação das Leis do Trabalho - CLT.
1.1.1 As disposições contidas nas Normas Regulamentadoras – NR aplicam-se, no
que couber, aos trabalhadores avulsos, às entidades ou empresas que lhes
tomem o serviço e aos sindicatos representativos das respectivas categorias
profissionais.
1.1.2 A observância das Normas Regulamentadoras - NR não desobriga as
empresas do cumprimento de outrasdisposições que, com relação à matéria,
sejam incluídas em códigos de obras ou regulamentos sanitários dos Estados
ou Municípios, e outras, oriundas de convenções e acordos coletivos detrabalho.
1.2 A Secretaria de Segurança e Saúde no Trabalho - SSST é o órgão de âmbito
nacional competente para coordenar, orientar, controlar e supervisionar as
atividades relacionadas com a segurança e medicina do trabalho, inclusive a
Campanha Nacional de Prevenção de Acidentes do Trabalho - CANPAT, o
Programa de Alimentação do Trabalhador - PAT e ainda a fiscalização do
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Legislação e Ética
cumprimento dos preceitos legais e regulamentares sobre segurança e
medicina do trabalho em todo o território nacional.
1.3.1 Compete, ainda, à Secretaria de Segurança e Saúde no Trabalho - SSST
conhecer, em última instância, dos recursos voluntários ou de ofício, das
decisões proferidas pelos Delegados Regionais do Trabalho, em matéria
desegurança e saúde no trabalho.
1.4 A Delegacia Regional do Trabalho - DRT, nos limites de sua jurisdição, é o órgão
regional competente paraexecutar as atividades relacionadas com a segurança
e medicina do trabalho, inclusive a Campanha Nacional dePrevenção dos
Acidentes do Trabalho - CANPAT, o Programa de Alimentação do Trabalhador
- PAT eainda afiscalização do cumprimento dos preceitos legais e
regulamentares sobre segurança e medicina dotrabalho.
1.4.1 Compete, ainda, à Delegacia Regional do Trabalho - DRT ou à Delegacia do
Trabalho Marítimo - DTM, noslimites de sua jurisdição:
a) adotar medidas necessárias à fiel observância dos preceitos legais e
regulamentares sobre segurança e medicinado trabalho;
b) impor as penalidades cabíveis por descumprimento dos preceitos legais e
regulamentares sobre segurança emedicina do trabalho;
c) embargar obra, interditar estabelecimento, setor de serviço, canteiro de obra,
frente de trabalho, locais detrabalho, máquinas e equipamentos;
d) notificar as empresas, estipulando prazos, para eliminação e/ou neutralização deinsalubridade;
e) atender requisições judiciais para realização de perícias sobre segurança e
medicina do trabalho naslocalidadesonde não houver Médico do Trabalho ou
Engenheiro de Segurança do Trabalho registrado no MTb.
1.5 Podem ser delegadas a outros órgãos federais, estaduais e municipais,
mediante convênio autorizado peloMinistro do Trabalho, atribuições de
fiscalização e/ou orientação às empresas, quanto ao cumprimento
dospreceitoslegais e regulamentares sobre segurança e medicina do trabalho.
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Legislação e Ética
1.6 Para fins de aplicação das Normas Regulamentadoras – NR, considera-se:
a) empregador, a empresa individual ou coletiva, que, assumindo os riscos da
atividade econômica, admite,assalaria e dirige a prestação pessoal de serviços.
Equiparam-se ao empregador os profissionais liberais, as instituições de
beneficência, as associações recreativas ou outras instituições sem fins lucrativos,
que admitem trabalhadores como empregados;
b) empregado, a pessoa física que presta serviços de natureza não eventual a
empregador, sob a dependência deste e mediante salário;
c) empresa, o estabelecimento ou o conjunto de estabelecimentos, canteiros de
obra, frente de trabalho, locais de trabalho e outras, constituindo a organização de
que se utiliza o empregador para atingir seus objetivos;
d) estabelecimento, cada uma das unidades da empresa, funcionando em lugares
diferentes, tais como: fábrica, refinaria, usina, escritório, loja, oficina, depósito,
laboratório;
e) setor de serviço, a menor unidade administrativa ou operacional compreendida no
mesmo estabelecimento;
f) canteiro de obra, a área do trabalho fixa e temporária, onde se desenvolvemoperações de apoio e execução à construção, demolição ou reparo de uma obra;
g) frente de trabalho, a área de trabalho móvel e temporária, onde se desenvolvem
operações de apoio e execução à construção, demolição ou reparo de uma obra;
h) local de trabalho, a área onde são executados os trabalhos.
1.6.1 Sempre que uma ou mais empresas, tendo, embora, cada uma delas,
personalidade jurídica própria, estiverem sob direção, controle ouadministração de outra, constituindo grupo industrial, comercial ou de qualquer
outra atividade econômica, serão, para efeito de aplicação das Normas
Regulamentadoras - NR, solidariamente responsáveis a empresa principal e
cada uma das subordinadas.
1.6.2 Para efeito de aplicação das Normas Regulamentadoras - NR, a obra de
engenharia, compreendendo ou não canteiro de obra ou frentes de trabalho,
será considerada como um estabelecimento, a menos que se disponha, de
forma diferente, em NR específica.
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1.7 Cabe ao empregador:
a) cumprir e fazer cumprir as disposições legais e regulamentares sobre segurança e
medicina do trabalho;
b) elaborar ordens de serviço sobre segurança e saúde no trabalho, dando ciência
aos empregados por comunicados, cartazes ou meios eletrônicos;
c) informar aos trabalhadores:
I. os riscos profissionais que possam originar-se nos locais de trabalho;
II. os meios para prevenir e limitar tais riscos e as medidas adotadas pela empresa;
III. os resultados dos exames médicos e de exames complementares de diagnóstico
aos quais os própriostrabalhadores forem submetidos;
IV. os resultados das avaliações ambientais realizadas nos locais de trabalho.
d) permitir que representantes dos trabalhadores acompanhem a fiscalização dos
preceitos legais e regulamentares sobre segurança e medicina do trabalho;
e) determinar procedimentos que devem ser adotados em caso de acidente ou
doença relacionada ao trabalho.
1.8 Cabe ao empregado:
a) cumprir as disposições legais e regulamentares sobre segurança e saúde do
trabalho, inclusive as ordens deserviço expedidas pelo empregador;
b) usar o EPI fornecido pelo empregador;
c) submeter-se aos exames médicos previstos nas Normas Regulamentadoras - NR;
d) colaborar com a empresa na aplicação das Normas Regulamentadoras - NR;
1.8.1 Constitui ato faltoso a recusa injustificada do empregado ao cumprimento do
disposto no item anterior.
1.9 O não-cumprimento das disposições legais e regulamentares sobre segurança e
medicina do trabalho acarretará ao empregador a aplicação das penalidades
previstas na legislação pertinente.
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1.10 As dúvidas suscitadas e os casos omissos verificados na execução das
Normas Regulamentadoras – NR, serão decididos pela Secretaria de Segurança e
Medicina do Trabalho - SSMT.
11.2 NORMA REGULAMENTADORA N° 02 – INSPEÇÃO PRÉVIA
2.1. Todo estabelecimento novo, antes de iniciar suas atividades, deverá solicitar
aprovação de suas instalações ao órgão regional do MTb.
2.2. O órgão regional do MTb, após realizar a inspeção prévia, emitirá o Certificado
de Aprovação de Instalações - CAI, conforme modelo anexo.
2.3. A empresa poderá encaminhar ao órgão regional do MTb uma declaração das
instalações do estabelecimento novo, conforme modelo anexo, que poderá ser
aceita pelo referido órgão, para fins de fiscalização, quando não for possível realizar
a inspeção prévia antes de o estabelecimento iniciar suas atividades.
2.4. A empresa deverá comunicar e solicitar a aprovação do órgão regional do MTb,quando ocorrer modificações substanciais nas instalações e/ou nos equipamentos
de seu(s) estabelecimento(s).
2.5. É facultado às empresas submeter à apreciação prévia do órgão regional do
MTb os projetos de construção e respectivas instalações.
2.6. A inspeção prévia e a declaração de instalações, referidas nos itens 2.1 e 2.3,constituem os elementos capazes de assegurar que o novo estabelecimento inicie
suas atividades livre de riscos de acidentes e/ou de doenças do trabalho, razão pela
qual o estabelecimento que não atender ao disposto naqueles itens fica sujeito ao
impedimento de seu funcionamento, conforme estabelece o art. 160 da CLT, até que
seja cumprida a exigência deste artigo.
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11.3 NORMA REGULAMENTADORA N° 03 – EMBARGO OU INTERDIÇÃO
3.1. O Delegado Regional do Trabalho ou Delegado do Trabalho Marítimo, conforme
o caso, à vista de laudo técnico do serviço competente que demonstre grave e
iminente risco para o trabalhador, poderá interditar estabelecimento, setor de
serviço, máquina ou equipamento, ou embargar obra, indicando na decisão tomada,
com a brevidade que a ocorrência exigir, as providências que deverão ser adotadas
para prevenção de acidentes do trabalho e doenças profissionais.
3.1.1. Considera-se grave e iminente risco toda condição ambiental de trabalho que
possa causar acidente do trabalho ou doença profissional com lesão grave à
integridade física do trabalhador.
3.2. A interdição importará na paralisação total ou parcial do estabelecimento, setor
de serviço, máquina ou equipamento.
3.3. O embargo importará na paralisação total ou parcial da obra.
3.3.1. Considera-se obra todo e qualquer serviço de engenharia de construção,
montagem, instalação, manutenção e reforma.
3.4. A interdição ou o embargo poderá ser requerido pelo Setor de Segurança e
Medicina do Trabalho da Delegacia Regional do Trabalho - DRT ou da Delegacia do
Trabalho Marítimo - DTM, pelo agente da inspeção do trabalho ou por entidade
sindical.
3.5. O Delegado Regional do Trabalho ou o Delegado do Trabalho Marítimo dará
ciência imediata da interdição ou do embargo à empresa, para o seu cumprimento.
3.6. As autoridades federais, estaduais ou municipais darão imediato apoio às
medidas determinadas pelo Delegado Regional do Trabalho ou Delegado do
Trabalho Marítimo.
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3.7. Da decisão do Delegado Regional do Trabalho ou Delegado do Trabalho
Marítimo, poderão os interessadosrecorrer, no prazo de 10 (dez) dias, à Secretaria
de Segurança e Medicina do Trabalho - SSMT, à qual é facultado dar efeito
suspensivo.
3.8. Responderá por desobediência, além das medidas penais cabíveis, quem, após
determinada a interdição ou oembargo, ordenar ou permitir o funcionamento do
estabelecimento ou de um dos seus setores, a utilização demáquinas
ouequipamento, ou o prosseguimento da obra, se em conseqüência resultarem
danos a terceiros.
3.9. O Delegado Regional do Trabalho ou Delegado do Trabalho Marítimo,
independentemente de recurso, e após laudotécnico do setor competente em
segurança e medicina do trabalho, poderá levantar a interdição ou o embargo.
3.10. Durante a paralisação do serviço, em decorrência da interdição ou do
embargo, os empregados receberão ossalários como se estivessem em efetivo
exercício.
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12BIBLIOGRAFIA
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72. ed. São Paulo: Atlas, 2014.
2. FERRATER MORA, José. Dicionário de filosofia. Trad. António JoséMassano e Manuel Palmeirin: Dom Quixote .Lisboa, 1978.
3. LEI N° 4.950-A.Remuneração profissional. Presidência da República:Brasília, 1966.
4. LEI N° 5.194.Exercício da profissão de engenheiro. Presidência daRepública: Brasília, 1966.
5. LEI N° 6.496. ART – Anotação de Responsabilidade Técnica. Presidênciada República: Brasília. 1977.
6. LEI N° 6.839.Registro de empresas. Presidência da República: Brasília,1980.
7. LEI N° 9.605. Sanções ambientais. Presidência da República: Brasília. 1998
8. RESOLUÇÃO N° 218.Atividades de engenharia. CONFEA: Brasília, 1973.
9. SPINELLI, Miguel. Sobre as diferenças entre éthos com epsílon e êthoscom eta. In: Revista Transformação, Marília, vol.32, nº2, 2009: pp.9-44 - http://www.scielo.br