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Legislacao meio ambiente_2ed

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  • 1. LEGISLAO BRASILEIRA SOBRE MEIO AMBIENTE 2 edio2010

2. 2010LegislaoCmara dosDeputados LEGISLAO BRASILEIRA A srie Legislao rene normas jurdicas, textos ou conjunto SOBRE MEIO AMBIENTELegislao Brasileira sobre Meio Ambiente de textos legais sobre matrias especficas, com o objetivo de facilitar o acesso da sociedade legislao vigente no pas, pois2 edio o conhecimento das normas que regem a vida dos brasileiros importante passo para o fortalecimento da prtica da cida- dania. Assim, o Centro de Documentao e Informao, por meio da Coordenao Edies Cmara, cumpre uma das suas mais importantes atribuies: colaborar para que a Cmara dos Deputados promova a consolidao da democracia. Braslia | 2010Capa_Legislao_Brasileira_Sobre_Meio_Ambiente_2ed.indd 111/5/2010 15:38:42 3. LEGISLAO BRASILEIRASOBRE MEIO AMBIENTE 2 edio 4. Cmara dos Deputados Legislao Brasileirasobre Meio Ambiente 2 edioCentro de Documentao e Informao Edies CmaraBraslia | 2010 5. CMARA DOS DEPUTADOSDIRETORIA LEGISLATIVADiretor Afrsio Vieira Lima FilhoCENTRO DE DOCUMENTAO E INFORMAODiretor Adolfo C. A. R. FurtadoCOORDENAO EDIES CMARADiretora Maria Clara Bicudo CesarCOORDENAO DE ESTUDOS LEGISLATIVOSDiretor Sylvio Otvio Baptista de Carvalho2009, 1 edio (brochura).Cmara dos DeputadosCentro de Documentao e Informao CediCoordenao Edies Cmara CoediAnexo II Praa dos Trs PoderesBraslia (DF) CEP 70160-900Telefone: (61) 3216-5809; Fax: (61) [email protected] Edies CmaraProjeto grfico Paula Scherre e Tereza PiresCapa e diagramao Valter Lus, Luzimar Paiva e Giselle SousaReviso Seo de Reviso e Indexao SRIELegislaon. 45 Dados Internacionais de Catalogao-na-publicao (CIP)Coordenao de Biblioteca. Seo de Catalogao. Legislao brasileira sobre meio ambiente. 2. ed. Braslia : Cmara dos Deputados, EdiesCmara, 2010.967 p. (Srie legislao ; n. 45)ISBN 978-85-736-5729-61. Meio ambiente, legislao, Brasil. I. Srie.CDU 504(81)(094) 6. - NOTA DO EDITOR -Esta coletnea rene as principais normas federais relacionadas ao meioambiente direito de todos e bem de uso comum do povo, conformeassevera a Constituio Federal em seu art. 25. Considerando-se que aexpresso meio ambiente bastante abrangente e possui vrias e distintasdefinies no meio acadmico, a seleo de normas que compem estacoletnea orientou-se pelo conceito expresso na Lei n 6.938, de 31 deagosto de 1981 (art. 3, I), que define meio ambiente como o conjuntode condies, leis, influncias e interaes de ordem fsica, qumica e bio-lgica, que permite, abriga e rege a vida em todas as suas formas.A amplitude de conceito e a relevncia do tema, entretanto, ensejaramum conjunto muito extenso de normas que esto relacionadas ao meioambiente, o que inviabiliza sua reproduo integral em volume nico.Assim, deu-se preferncia quelas de alcance mais geral, como as quedefinem direitos e obrigaes genricos, estabelecem polticas ambien-tais ou tratam da proteo de espcies e reas ameaadas.O volume dividido em quatro partes. Nas trs primeiras so reproduzi-dos na ntegra, respectivamente, os dispositivos constitucionais relativos aomeio ambiente; leis e decretos-leis, alm de medidas provisrias anteriores a2001 (que tm fora de lei por tempo indeterminado, conforme o art. 2 daEmenda Consticional n 32/2001); e os decretos do Executivo que regula-mentam a legislao selecionada. A quarta parte compe-se de uma lista deoutras normas relacionadas ao tema, porm de aplicao mais restrita ouque no tratam especificamente de meio ambiente. As normas que acres-cem, revogam ou alteram dispositivos de norma preexistente so apenas refe-ridas em notas de rodap na lei alterada, cujo texto j se encontra atualizado.Devido grande quantidade de leis e consequente dificuldade de pes-quisa, possvel que algumas normas ambientais ainda em vigor notenham sido citadas. No obstante, acredita-se que este volume ser umprecioso instrumento de consulta a todos quantos quiserem se informarsobre a legislao ambiental vigente em nosso pas. 7. - Sumrio -NORMAS CONSTITUCIONAISConstituio da Repblica Federativa do Brasil[Dispositivos referentes ao meio ambiente] ................................................................ 17LEIS, DECRETOS-LEIS E MEDIDAS PROVISRIASLei n 4.771, de 15 de setembro de 1965Institui o novo Cdigo Florestal ................................................................................. 27Lei n 5.197, de 3 de janeiro de 1967Dispe sobre a proteo fauna e d outras providncias ........................................... 55Lei n 6.225, de 14 de julho de 1975Dispe sobre discriminao, pelo Ministrio da Agricultura, de regiespara execuo obrigatria de planos de proteo ao solo e de combate eroso e d outras providncias ................................................................................ 66Decreto-Lei n 1.413, de 14 de agosto de 1975Dispe sobre o controle da poluio do meio ambiente provocadapor atividades industriais ........................................................................................... 69.Lei n 6.803, de 2 de julho de 1980Dispe sobre as diretrizes bsicas para o zoneamento industrialnas reas crticas de poluio, e d outras providncias ............................................... 71Lei n 6.902, de 27 de abril de 1981Dispe sobre a criao de Estaes Ecolgicas, reas deProteo Ambiental e d outras providncias . ............................................................ 78Lei n 6.938, de 31 de agosto de 1981Dispe sobre a Poltica Nacional do Meio Ambiente, seus fins emecanismos de formulao e aplicao, e d outras providncias . .............................. 83Lei n 7.365, de 13 de setembro de 1985Dispe sobre a fabricao de detergentes no biodegradveis . .................................. 111Lei n 7.643, de 18 de dezembro de 1987Probe a pesca de cetceo nas guas jurisdicionais brasileirase d outras providncias ........................................................................................... 112Lei n 7.661, de 16 de maio de 1988Institui o Plano Nacional de Gerenciamento Costeiroe d outras providncias ........................................................................................... 113 8. Lei n 7.735, de 22 de fevereiro de 1989Dispe sobre a extino de rgo e de entidade autrquica,cria o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos RecursosNaturais Renovveis e d outras providncias ........................................................... 118Lei n 7.754, de 14 de abril de 1989Estabelece medidas para proteo das florestas existentes nasnascentes dos rios e d outras providncias . ............................................................. 121Lei n 7.797, de 10 de julho de 1989Cria o Fundo Nacional de Meio Ambiente e d outras providncias ......................... 123Lei n 7.802, de 11 de julho de 1989Dispe sobre a pesquisa, a experimentao, a produo, a embalageme rotulagem, o transporte, o armazenamento, a comercializao,a propaganda comercial, a utilizao, a importao, a exportao,o destino final dos resduos e embalagens, o registro, a classificao,o controle, a inspeo e a fiscalizao de agrotxicos, seus componentese afins, e d outras providncias ............................................................................... 126Lei n 8.723, de 28 de outubro de 1993Dispe sobre a reduo de emisso de poluentes por veculosautomotores e d outras providncias ....................................................................... 141Lei n 9.433, de 8 de janeiro de 1997Institui a Poltica Nacional de Recursos Hdricos, cria o SistemaNacional de Gerenciamento de Recursos Hdricos, regulamentao inciso XIX do art. 21 da Constituio Federal, e altera oart. 1 da Lei n 8.001, de 13 de maro de 1990, que modificou aLei n 7.990, de 28 de dezembro de 1989 ................................................................ 149Lei n 9.605, de 12 de fevereiro de 1998Dispe sobre as sanes penais e administrativas derivadas decondutas e atividades lesivas ao meio ambiente, e d outras providncias ................. 175Lei n 9.795, de 27 de abril de 1999Dispe sobre a educao ambiental, institui a Poltica Nacionalde Educao Ambiental e d outras providncias ...................................................... 206Lei n 9.966, de 28 de abril de 2000Dispe sobre a preveno, o controle e a fiscalizao da poluiocausada por lanamento de leo e outras substncias nocivas ouperigosas em guas sob jurisdio nacional e d outras providncias . ....................... 216Lei n 9.984, de 17 de julho de 2000Dispe sobre a criao da Agncia Nacional de guas (ANA),entidade federal de implementao da Poltica Nacional deRecursos Hdricos e de coordenao do Sistema Nacional deGerenciamento de Recursos Hdricos, e d outras providncias ................................ 238 9. Lei n 9.985, de 18 de julho de 2000Regulamenta o art. 225, 1, incisos I, II, III e VII da ConstituioFederal, institui o Sistema Nacional de Unidades de Conservaoda Natureza e d outras providncias . ...................................................................... 257Medida Provisria n 2.186-16, de 23 de agosto de 2001Regulamenta o inciso II do 1 e o 4 do art. 225 da Constituio,os arts. 1, 8, alnea j, 10, alnea c, 15 e 16, alneas 3 e 4 da Convenosobre Diversidade Biolgica, dispe sobre o acesso ao patrimnio gentico,a proteo e o acesso ao conhecimento tradicional associado, a repartio debenefcios e o acesso tecnologia e transferncia de tecnologiapara sua conservao e utilizao, e d outras providncias ....................................... 291Lei n 10.650, de 16 de abril de 2003Dispe sobre o acesso pblico aos dados e informaes existentesnos rgos e entidades integrantes do Sisnama ......................................................... 318Lei n 10.881, de 9 de junho de 2004Dispe sobre os contratos de gesto entre a Agncia Nacional deguas e entidades delegatrias das funes de Agncias de guasrelativas gesto de recursos hdricos de domnio da Unioe d outras providncias ........................................................................................... 322Lei n 11.105, de 24 de maro de 2005Regulamenta os incisos II, IV e V do 1 do art. 225 da ConstituioFederal, estabelece normas de segurana e mecanismos de fiscalizaode atividades que envolvam organismos geneticamente modificados (OGM)e seus derivados, cria o Conselho Nacional de Biossegurana (CNBS),reestrutura a Comisso Tcnica Nacional de Biossegurana (CTNBio),dispe sobre a Poltica Nacional de Biossegurana (PNB), revoga aLei n 8.974, de 5 de janeiro de 1995, e a Medida Provisrian 2.191-9, de 23 de agosto de 2001, e os arts. 5, 6, 7, 8, 9, 10e 16 da Lei n 10.814, de 15 de dezembro de 2003, e doutras providncias .................................................................................................. 328Lei n 11.284, de 2 de maro de 2006Dispe sobre a gesto de florestas pblicas para a produo sustentvel;institui, na estrutura do Ministrio do Meio Ambiente, o ServioFlorestal Brasileiro (SFB); cria o Fundo Nacional de DesenvolvimentoFlorestal (FNDF); altera as Leis nos 10.683, de 28 de maio de 2003,5.868, de 12 de dezembro de 1972, 9.605, de 12 de fevereiro de 1998,4.771, de 15 de setembro de 1965, 6.938, de 31 de agosto de 1981,e 6.015, de 31 de dezembro de 1973; e d outras providncias ................................. 357Lei n 11.428, de 22 de dezembro de 2006Dispe sobre a utilizao e proteo da vegetao nativa do BiomaMata Atlntica, e d outras providncias .................................................................. 418 10. Lei n 11.460, de 21 de maro de 2007Dispe sobre o plantio de organismos geneticamente modificadosem unidades de conservao; acrescenta dispositivos Lei n 9.985,de 18 de julho de 2000, e Lei n 11.105, de 24 de maro de 2005;revoga dispositivo da Lei n 10.814, de 15 de dezembro de 2003;e d outras providncias ........................................................................................... 440Lei n 11.516, de 28 de agosto de 2007Dispe sobre a criao do Instituto Chico Mendes de Conservao daBiodiversidade Instituto Chico Mendes; altera as Leis nos 7.735,de 22 de fevereiro de 1989, 11.284, de 2 de maro de 2006, 9.985,de 18 de julho de 2000, 10.410, de 11 de janeiro de 2002, 11.156,de 29 de julho de 2005, 11.357, de 19 de outubro de 2006, e 7.957,de 20 de dezembro de 1989; revoga dispositivos da Lei n 8.028,de 12 de abril de 1990, e da Medida Provisria n 2.216-37, de 31de agosto de 2001; e d outras providncias ............................................................. 441Lei n 11.794, de 8 de outubro de 2008Regulamenta o inciso VII do 1 do art. 225 da ConstituioFederal, estabelecendo procedimentos para o uso cientficode animais; revoga a Lei n 6.638, de 8 de maio de 1979;e d outras providncias ........................................................................................... 451Lei n 11.828, de 20 de novembro de 2008Dispe sobre medidas tributrias aplicveis s doaes em espcierecebidas por instituies financeiras pblicas controladas pelaUnio e destinadas a aes de preveno, monitoramento ecombate ao desmatamento e de promoo da conservaoe do uso sustentvel das florestas brasileiras . ............................................................ 464LEI N 11.959, DE 29 DE JUNHO DE 2009Dispe sobre a Poltica Nacional de Desenvolvimento Sustentvel da Aquicultura eda Pesca, regula as atividades pesqueiras, revoga a Lei n 7.679, de 23 de novembrode 1988, e dispositivos do Decreto-lei n 221, de 28 de fevereiro de 1967, e d outrasprovidncias ............................................................................................................. 466DECRETOSDecreto n 76.389, de 3 de outubro de 1975Dispe sobre as medidas de preveno e controle da poluioindustrial, de que trata o Decreto-lei n 1.413, de 14 de agostode 1975, e d outras providncias . ........................................................................... 491Decreto n 77.775, de 8 de junho de 1976Regulamenta a Lei n 6.225, de 14 de julho de 1975, que dispesobre discriminao, pelo Ministrio da Agricultura, de regiespara execuo obrigatria de planos de proteo ao solo e de combate eroso, e d outras providncias ............................................................................. 496 11. Decreto n 84.017, de 21 de setembro de 1979Aprova o Regulamento dos Parques Nacionais Brasileiros ........................................ 500Decreto n 97.632, de 10 de abril de 1989Dispe sobre a regulamentao do artigo 2, inciso VIII,da Lei n 6.938, de 31 de agosto de 1981, e d outras providncias . ........................ 516Decreto n 99.274, de 6 de junho de 1990Regulamenta a Lei n 6.902, de 27 de abril de 1981, e a Lei n 6.938,de 31 de agosto de 1981, que dispem, respectivamente sobre a criaode Estaes Ecolgicas e reas de Proteo Ambiental e sobre a PolticaNacional do Meio Ambiente, e d outras providncias ............................................. 518Decreto n 99.556, de 1 de outubro de 1990Dispe sobre a proteo das cavidades naturais subterrneasexistentes no territrio nacional, e d outras providncias ........................................ 545Decreto n 2.661, de 8 de julho de 1998Regulamenta o pargrafo nico do art. 27 da Lei n 4.771,de 15 de setembro de 1965 (Cdigo Florestal), mediante o estabelecimentode normas de precauo relativas ao emprego do fogo em prticasagropastoris e florestais, e d outras providncias ..................................................... 552Decreto n 3.420, de 20 de abril de 2000Dispe sobre a criao do Programa Nacional de Florestas(PNF), e d outras providncias ............................................................................... 563Decreto n 3.524, de 26 de junho de 2000Regulamenta a Lei n 7.797, de 10 de julho de 1989, que criao Fundo Nacional do Meio Ambiente, e d outras providncias ............................... 571Decreto n 4.136, de 20 de fevereiro de 2002Dispe sobre a especificao das sanes aplicveis s infraes sregras de preveno, controle e fiscalizao da poluio causada porlanamento de leo e outras substncias nocivas ou perigosas em guassob jurisdio nacional, prevista na Lei n 9.966, de 28 de abril de 2000,e d outras providncias. .......................................................................................... 575Decreto n 4.281, de 25 de junho de 2002Regulamenta a Lei n 9.795, de 27 de abril de 1999,que institui a Poltica Nacional de Educao Ambiental,e d outras providncias ........................................................................................... 608Decreto n 4.297, de 10 de julho de 2002Regulamenta o art. 9, inciso II, da Lei n 6.938, de 31de agosto de 1981, estabelecendo critrios para o ZoneamentoEcolgico-Econmico do Brasil (ZEE), e d outras providncias .............................. 614 12. Decreto n 4.340, de 22 de agosto de 2002Regulamenta artigos da Lei n 9.985, de 18 de julho de 2000,que dispe sobre o Sistema Nacional de Unidades de Conservaoda Natureza (SNUC), e d outras providncias . ....................................................... 627Decreto n 4.613, de 11 de maro de 2003Regulamenta o Conselho Nacional de Recursos Hdricos,e d outras providncias ........................................................................................... 646Decreto n 5.300, de 7 de dezembro de 2004Regulamenta a Lei n 7.661, de 16 de maio de 1988, que institui oPlano Nacional de Gerenciamento Costeiro (PNGC), dispe sobreregras de uso e ocupao da zona costeira e estabelece critrios degesto da orla martima, e d outras providncias ..................................................... 655Decreto n 5.459, de 7 de junho de 2005Regulamenta o art. 30 da Medida Provisria n 2.186-16, de 23de agosto de 2001, disciplinando as sanes aplicveis s condutas eatividades lesivas ao patrimnio gentico ou ao conhecimentotradicional associado e d outras providncias .......................................................... 689Decreto n 5.583, de 16 de novembro de 2005Regulamenta o 6 do art. 27 da Lei n 10.683, de 28 de maiode 2003, e d outras providncias . ........................................................................... 704Decreto n 5.591, de 22 de novembro de 2005Regulamenta dispositivos da Lei n 11.105, de 24 de maro de 2005,que regulamenta os incisos II, IV e V do 1 do art. 225 da Constituio,e d outras providncias ........................................................................................... 706Decreto n 5.746, de 5 de abril de 2006Regulamenta o art. 21 da Lei n 9.985, de 18 de julho de 2000,que dispe sobre o Sistema Nacional de Unidades deConservao da Natureza ......................................................................................... 750Decreto n 5.795, de 5 de junho de 2006Dispe sobre a composio e o funcionamento da Comisso deGesto de Florestas Pblicas, e d outras providncias . ............................................ 761Decreto n 5.975, de 30 de novembro de 2006Regulamenta os arts. 12, parte final, 15, 16, 19, 20 e 21 daLei n 4.771, de 15 de setembro de 1965, o art. 4, inciso III, daLei n 6.938, de 31 de agosto de 1981, o art. 2 da Lei n 10.650,de 16 de abril de 2003, altera e acrescenta dispositivos aos Decretosnos 3.179, de 21 de setembro de 1999, e 3.420, de 20 de abril de 2000,e d outras providncias ........................................................................................... 765 13. Decreto n 6.063, de 20 de maro de 2007Regulamenta, no mbito federal, dispositivos da Lei n 11.284,de 2 de maro de 2006, que dispe sobre a gesto de florestaspblicas para a produo sustentvel, e d outras providncias ................................. 778Decreto n 6.514, de 22 de julho de 2008Dispe sobre as infraes e sanes administrativas ao meio ambiente,estabelece o processo administrativo federal para apurao destasinfraes, e d outras providncias ........................................................................... 807Decreto n 6.565, de 15 de setembro de 2008Dispe sobre medidas tributrias aplicveis s doaes em espcierecebidas por instituies financeiras pblicas controladas pela Unioe destinadas a aes de preveno, monitoramento e combate aodesmatamento e de promoo da conservao e do uso sustentveldas florestas brasileiras ............................................................................................. 871Decreto n 6.660, de 21 de novembro de 2008Regulamenta dispositivos da Lei n 11.428, de 22 de dezembrode 2006, que dispe sobre a utilizao e proteo da vegetaonativa do Bioma Mata Atlntica ............................................................................... 877DECRETO N 6.848, DE 14 DE MAIO DE 2009Altera e acrescenta dispositivos ao Decreto n 4.340, de 22 de agosto de 2002, pararegulamentar a compensao ambiental ................................................................... 913DECRETO N 7.029, DE 10 DE DEZEMBRO DE 2009Institui o Programa Federal de Apoio Regularizao Ambiental de Imveis Rurais,denominado Programa Mais Ambiente, e d outras providncias . ........................ 921LISTA DE outras NORMAS CORRELATASLeis e Decretos-Leis ..............................................................................931Decretos Legislativos .......................................................................939Decretos ...................................................................................................947 14. NORMAS CONSTITUCIONAIS 15. Legislao Brasileira sobre Meio Ambiente 2 edio- CONSTITUIO DA REPBLICA FEDERATIVA DO BRASIL1 - [Dispositivos referentes ao meio ambiente.]............................................................................................................ TTULO II DOS DIREITOS E GARANTIASFUNDAMENTAIS CAPTULO IDos Direitos e Deveres Individuais e ColetivosArt. 5 Todos so iguais perante a lei, sem distino dequalquer natureza, garantindo-se aos brasileiros eaos estrangeiros residentes no Pas a inviolabilida-de do direito vida, liberdade, igualdade, se-gurana e propriedade, nos termos seguintes:.................................................................................LXXIII qualquer cidado parte legtima para propor aopopular que vise a anular ato lesivo ao patrimniopblico ou de entidade de que o Estado participe, moralidade administrativa, ao meio ambiente eao patrimnio histrico e cultural, ficando o autor,salvo comprovada m-f, isento de custas judiciaise do nus da sucumbncia;.............................................................................1Publicada no Dirio Oficial da Unio de 5 de outubro de 1988. 17 16. Srie Legislao TTULO III DA ORGANIZAO DO ESTADO CAPTULO II Da Unio Art. 20. So bens da Unio: ............................................................................. II as terras devolutas indispensveis defesa das fron-teiras, das fortificaes e construes militares, dasvias federais de comunicao e preservao am-biental, definidas em lei; ................................................................................................. Art. 23. competncia comum da Unio, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municpios: ............................................................................. VI proteger o meio ambiente e combater a poluio em qualquer de suas formas; VII preservar as florestas, a fauna e a flora; ............................................................................. Art. 24. Compete Unio, aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre: ............................................................................. VI florestas, caa, pesca, fauna, conservao da nature- za, defesa do solo e dos recursos naturais, proteo do meio ambiente e controle da poluio;18 17. Legislao Brasileira sobre Meio Ambiente 2 edio............................................................................. VIII responsabilidade por dano ao meio ambiente, ao consumidor, a bens e direitos de valor artstico, es- ttico, histrico, turstico e paisagstico; .............................................................................TTULO IV DA ORGANIZAO DOS PODERES............................................................................................................ CAPTULO IV Das Funes Essenciais Justia Seo I Do Ministrio Pblico ....................................................................................................Art. 129. So funes institucionais do Ministrio Pblico: .............................................................................III promover o inqurito civil e a ao civil pblica, para a proteo do patrimnio pblico e social, do meio ambiente e de outros interesses difusos e coletivos; ............................................................................. 19 18. Srie Legislao TTULO VIIDA ORDEM ECONMICA E FINANCEIRACAPTULO I Dos Princpios Gerais da Atividade Econmica Art. 170. A ordem econmica, fundada na valorizao do traba- lho humano e na livre iniciativa, tem por fim assegurar a todos existncia digna, conforme os ditames da justi- a social, observados os seguintes princpios: ............................................................................. 2 VI defesa do meio ambiente, inclusive mediante trata-mento diferenciado conforme o impacto ambientaldos produtos e servios e de seus processos de ela-borao e prestao; .................................................................................................... Art. 174. Como agente normativo e regulador da atividade eco- nmica, o Estado exercer, na forma da lei, as funes de fiscalizao, incentivo e planejamento, sendo este determinante para o setor pblico e indicativo para o setor privado. ................................................................................... 3 O Estado favorecer a organizao da atividade ga- rimpeira em cooperativas, levando em conta a pro- teo do meio ambiente e a promoo econmico- social dos garimpeiros. .................................................................................. 2 Inciso com redao dada pela Emenda Constitucional n 42, de 19-12-2003.20 19. Legislao Brasileira sobre Meio Ambiente 2 edioTTULO VIII DA ORDEM SOCIAL............................................................................................................CAPTULO IIIDa Educao, da Cultura e do Desporto............................................................................................................ Seo IIDa CulturaArt. 216. Constituem patrimnio cultural brasileiro os bens denatureza material e imaterial, tomados individualmenteou em conjunto, portadores de referncia identidade, ao, memria dos diferentes grupos formadores dasociedade brasileira, nos quais se incluem: ............................................................................. V os conjuntos urbanos e stios de valor histrico,paisagstico, artstico, arqueolgico, paleontolgi-co, ecolgico e cientfico. ............................................................................. CAPTULO VIDo Meio AmbienteArt. 225. Todos tm direito ao meio ambiente ecologicamenteequilibrado, bem de uso comum do povo e essencial sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Pblico 21 20. Srie Legislao e coletividade o dever de defend-lo e preserv-lo para as presentes e futuras geraes. 1 Para assegurar a efetividade desse direito, incumbe ao Poder Pblico: 3I preservar e restaurar os processos ecolgicos es-senciais e prover o manejo ecolgico das espciese ecossistemas; 4 II preservar a diversidade e a integridade do patrimniogentico do Pas e fiscalizar as entidades dedicadas pesquisa e manipulao de material gentico; 5III definir, em todas as unidades da Federao, espaosterritoriais e seus componentes a serem especial-mente protegidos, sendo a alterao e a supressopermitidas somente atravs de lei, vedada qualquerutilizao que comprometa a integridade dos atri-butos que justifiquem sua proteo; 6IV exigir, na forma da lei, para instalao de obra ou atividade potencialmente causadora de significati- va degradao do meio ambiente, estudo prvio de impacto ambiental, a que se dar publicidade; 7 V controlar a produo, a comercializao e o em- prego de tcnicas, mtodos e substncias que com- portem risco para a vida, a qualidade de vida e o meio ambiente; 3 Inciso regulamentado pela Lei n 9.985, de 18-7-2000. 4 Inciso regulamentado pelas Leis nos 9.985, de 18-7-2000, e 11.105, de 24-3-2005. 5 Inciso regulamentado pela Lei n 9.985, de 18-7-2000. 6 Inciso regulamentado pela Lei n 11.105, de 24-3-2005. 7 Idem.22 21. Legislao Brasileira sobre Meio Ambiente 2 edio VI promover a educao ambiental em todos os nveis de ensino e a conscientizao pblica para a preser- vao do meio ambiente; 8 VII proteger a fauna e a flora, vedadas, na forma da lei, as prticas que coloquem em risco sua funo ecolgica, provoquem a extino de espcies ou submetam os animais a crueldade. 2 Aquele que explorar recursos minerais fica obrigado a recuperar o meio ambiente degradado, de acordo com soluo tcnica exigida pelo rgo pblico competen- te, na forma da lei. 3 As condutas e atividades consideradas lesivas ao meio am- biente sujeitaro os infratores, pessoas fsicas ou jurdicas, a sanes penais e administrativas, independentemente da obrigao de reparar os danos causados. 4 A Floresta Amaznica brasileira, a Mata Atlntica, a Serra do Mar, o Pantanal Mato-Grossense e a Zona Costeira so patrimnio nacional, e sua utilizao far- se-, na forma da lei, dentro de condies que assegu- rem a preservao do meio ambiente, inclusive quanto ao uso dos recursos naturais. 5 So indisponveis as terras devolutas ou arrecadadas pelos Estados, por aes discriminatrias, necessrias proteo dos ecossistemas naturais. 6 As usinas que operem com reator nuclear devero ter sua localizao definida em lei federal, sem o que no podero ser instaladas. ....................................................................................................8Inciso regulamentado pelas Leis nos 9.985, de 18-7-2000, e 11.794, de 8-10-2008.23 22. LEIS, DECRETOS-LEIS EMEDIDAS PROVISRIAS 23. Legislao Brasileira sobre Meio Ambiente 2 edio- LEI N 4.771,DE 15 DE SETEMBRO DE 19659 -Institui o novo Cdigo Florestal.O Presidente da RepblicaFao saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte lei: Art. 1 As florestas existentes no territrio nacional e as de- mais formas de vegetao, reconhecidas de utilidade s terras que revestem, so bens de interesse comum a todos os habitantes do Pas, exercendo-se os direitos de propriedade, com as limitaes que a legislao em geral e especialmente esta lei estabelecem.10 1 As aes ou omisses contrrias s disposies destecdigo na utilizao e explorao das florestas e demaisformas de vegetao so consideradas uso nocivo dapropriedade, aplicando-se, para o caso, o procedimen-to sumrio previsto no art. 275, inciso II, do Cdigode Processo Civil.11 2 Para os efeitos deste cdigo, entende-se por: I pequena propriedade rural ou posse rural familiar:aquela explorada mediante o trabalho pessoal doproprietrio ou posseiro e de sua famlia, admitidaa ajuda eventual de terceiro e cuja renda bruta sejaproveniente, no mnimo, em oitenta por cento, de9 Publicada no Dirio Oficial da Unio de 16 de setembro de 1965.10 Pargrafo nico original com redao dada pela Medida Provisria n 2.166-67, de 24-8-2001.11 Pargrafo acrescido pela Medida Provisria n 2.166-67, de 24-8-2001. 27 24. Srie Legislao atividade agroflorestal ou do extrativismo, cuja rea no supere: a)cento e cinquenta hectares se localizada nos Esta-dos do Acre, Par, Amazonas, Roraima, Rond-nia, Amap e Mato Grosso e nas regies situadasao norte do paralelo 13 S, dos Estados de Tocan-tins e Gois, e ao oeste do meridiano de 44 W, doEstado do Maranho ou no Pantanal Mato-Gros-sense ou Sul-Mato-Grossense; b)cinquenta hectares, se localizada no polgono das secas ou a leste do Meridiano de 44 W, do Estado do Maranho; e c)trinta hectares, se localizada em qualquer outra re-gio do Pas; II rea de preservao permanente: rea protegida nos termos dos arts. 2 e 3 desta lei, coberta ou no por vegetao nativa, com a funo ambiental de preservar os recursos hdricos, a paisagem, a esta- bilidade geolgica, a biodiversidade, o fluxo gnico de fauna e flora, proteger o solo e assegurar o bem- estar das populaes humanas; III Reserva Legal: rea localizada no interior de umapropriedade ou posse rural, excetuada a de preser-vao permanente, necessria ao uso sustentvel dosrecursos naturais, conservao e reabilitao dosprocessos ecolgicos, conservao da biodiversida-de e ao abrigo e proteo de fauna e flora nativas; IV utilidade pblica: a)as atividades de segurana nacional e proteo sanitria;28 25. Legislao Brasileira sobre Meio Ambiente 2 edio 12b)as obras essenciais de infraestrutura destinadas aos servios pblicos de transporte, saneamento e energia e aos servios de telecomunicaes e de radiodifuso; ec)demais obras, planos, atividades ou projetos pre-vistos em resoluo do Conselho Nacional deMeio Ambiente (Conama);V interesse social:a)as atividades imprescindveis proteo da integrida-de da vegetao nativa, tais como: preveno, com-bate e controle do fogo, controle da eroso, erradica-o de invasoras e proteo de plantios com espciesnativas, conforme resoluo do Conama;b)as atividades de manejo agroflorestal sustentvel pra-ticadas na pequena propriedade ou posse rural fami-liar, que no descaracterizem a cobertura vegetal eno prejudiquem a funo ambiental da rea; ec)demais obras, planos, atividades ou projetos defi-nidos em resoluo do Conama; VI Amaznia Legal: os Estados do Acre, Par, Amazo- nas, Roraima, Rondnia, Amap e Mato Grosso e as regies situadas ao norte do paralelo 13 S, dos Estados de Tocantins e Gois, e ao oeste do meri- diano de 44 W, do Estado do Maranho.Art. 2 Consideram-se de preservao permanente, pelo sefeito desta lei, as florestas e demais formas de vegeta-o natural situadas:12 Alnea com redao dada pela Lei n 11.934, de 5-5-2009.29 26. Srie Legislao 13a)ao longo dos rios ou de qualquer curso dgua des- de o seu nvel mais alto em faixa marginal cuja largura mnima ser: 1 de 30(trinta) metros para os cursos dgua de menos de 10 (dez) metros de largura; 2 de 50(cinquenta) metros para os cursos dgua que tenham de 10 (dez) a 50 (cinquenta) me- tros de largura; 3 de 100 (cem) metros para os cursos dgua que tenham de 50 (cinquenta) a 200 (duzen- tos) metros de largura; 4 de 200 (duzentos) metros para os cursos dgua que tenham de 200 (duzentos) a 600 (seiscentos) metros de largura; 5 de 500 (quinhentos) metros para os cursos dgua que tenham largura superior a 600 (seiscentos) metros; b)ao redor das lagoas, lagos ou reservatrios dguanaturais ou artificiais; 14c)nas nascentes, ainda que intermitentes e nos chama- dos olhos dgua, qualquer que seja a sua situao topogrfica, num raio mnimo de 50 (cinquenta) metros de largura; d)no topo de morros, montes, montanhas e serras; e)nas encostas ou partes destas, com declividade superior a 45, equivalente a 100% na linha de maior declive; 13Alnea com redao dada pela Lei n 7.803, de 18-7-1989. 14Idem.30 27. Legislao Brasileira sobre Meio Ambiente 2 edio f )nas restingas, como fixadoras de dunas ou estabili-zadoras de mangues;15g)nas bordas dos tabuleiros ou chapadas, a partir da linha de ruptura do relevo, em faixa nunca inferior a 100 (cem) metros em projees horizontais;16h)em altitude superior a 1.800 (mil e oitocentos) metros, qualquer que seja a vegetao. 17 Pargrafo nico. No caso de reas urbanas, assim entendi- das as compreendidas nos permetros urbanos definidos por lei municipal, e nas regies metropolitanas e aglomeraes ur- banas, em todo o territrio abrangido, obervar-se- o disposto nos respectivos planos diretores e leis de uso do solo, respeita- dos os princpios e limites a que se refere este artigo. Art. 3 Consideram-se, ainda, de preservao permanentes, quando assim declaradas por ato do Poder Pblico, as flo- restas e demais formas de vegetao natural destinadas: a)a atenuar a eroso das terras; b)a fixar as dunas; c)a formar faixas de proteo ao longo de rodovias e ferrovias; d)a auxiliar a defesa do territrio nacional a critrio das autoridades militares; e)a proteger stios de excepcional beleza ou de valor cientfico ou histrico;15 Alnea com redao dada pela Lei n 7.803, de 18-7-1989.16 Idem.17 Pargrafo acrescido pela Lei n 7.803, de 18-7-1989. 31 28. Srie Legislao f )a asilar exemplares da fauna ou flora ameaadosde extino; g)a manter o ambiente necessrio vida das popula- es silvcolas; h)a assegurar condies de bem-estar pblico. 1 A supresso total ou parcial de florestas de preservaopermanente s ser admitida com prvia autorizaodo Poder Executivo Federal, quando for necessria execuo de obras, planos, atividades ou projetos deutilidade pblica ou interesse social. 2 As florestas que integram o Patrimnio Indgena ficamsujeitas ao regime de preservao permanente (letra g)pelo s efeito desta lei. 18Art. 3-A. A explorao dos recursos florestais em terras indge-nas somente poder ser realizada pelas comunidadesindgenas em regime de manejo florestal sustentvel,para atender a sua subsistncia, respeitados os arts. 2e 3 deste cdigo. 19 Art. 4 A supresso de vegetao em rea de preservao per-manente somente poder ser autorizada em caso deutilidade pblica ou de interesse social, devidamentecaracterizados e motivados em procedimento adminis-trativo prprio, quando inexistir alternativa tcnica elocacional ao empreendimento proposto. 1 A supresso de que trata o caput deste artigo depende-r de autorizao do rgo ambiental estadual compe-tente, com anuncia prvia, quando couber, do rgo 18 Artigo acrescido pela Medida Provisria n 2.166-67, de 24-8-2001. 19 Artigo com redao dada pela Medida Provisria n 2.166-67, de 24-8-2001.32 29. Legislao Brasileira sobre Meio Ambiente 2 ediofederal ou municipal de meio ambiente, ressalvado odisposto no 2 deste artigo. 2 A supresso de vegetao em rea de preservao per-manente situada em rea urbana, depender de auto-rizao do rgo ambiental competente, desde que oMunicpio possua conselho de meio ambiente com ca-rter deliberativo e plano diretor, mediante anunciaprvia do rgo ambiental estadual competente fun-damentada em parecer tcnico. 3 O rgo ambiental competente poder autorizar a su-presso eventual e de baixo impacto ambiental, assimdefinido em regulamento, da vegetao em rea depreservao permanente. 4 O rgo ambiental competente indicar, previamente emisso da autorizao para a supresso de vegetaoem rea de preservao permanente, as medidas mi-tigadoras e compensatrias que devero ser adotadaspelo empreendedor. 5 A supresso de vegetao nativa protetora de nascen-tes, ou de dunas e mangues, de que tratam, respectiva-mente, as alneas c e f do art. 2 deste cdigo, somentepoder ser autorizada em caso de utilidade pblica. 6 Na implantao de reservatrio artificial obrigatriaa desapropriao ou aquisio, pelo empreendedor, dasreas de preservao permanente criadas no seu entor-no, cujos parmetros e regime de uso sero definidospor resoluo do Conama. 7 permitido o acesso de pessoas e animais s reas depreservao permanente, para obteno de gua, desdeque no exija a supresso e no comprometa a regenera-o e a manuteno a longo prazo da vegetao nativa. 33 30. Srie Legislao 20Art. 5 (Revogado.) 21Art. 6 (Revogado.) Art. 7 Qualquer rvore poder ser declarada imune de corte, mediante ato do Poder Pblico, por motivo de sua loca- lizao, raridade, beleza ou condio de porta-sementes. Art. 8 Na distribuio de lotes destinados agricultura, em planos de colonizao e de reforma agrria, no devem ser includas as reas florestadas de preservao perma- nente de que trata esta lei, nem as florestas necessrias ao abastecimento local ou nacional de madeiras e ou- tros produtos florestais. Art. 9 As florestas de propriedade particular, enquanto in- divisas com outras, sujeitas a regime especial, ficam subordinadas s disposies que vigorarem para estas. Art. 10. No permitida a derrubada de florestas, situadas emreas de inclinao entre 25 a 45 graus, s sendo nelastolerada a extrao de toros, quando em regime de uti-lizao racional, que vise a rendimentos permanentes. Art. 11. O emprego de produtos florestais ou hulha comocombustvel obriga o uso de dispositivo, que impeadifuso de fagulhas suscetveis de provocar incndios,nas florestas e demais formas de vegetao marginal. 22Art. 12. Nas florestas plantadas, no consideradas de preserva-o permanente, livre a extrao de lenha e demaisprodutos florestais ou a fabricao de carvo. Nas de-mais florestas depender de norma estabelecida em ato 20Artigo revogado pela Lei n 9.985, de 18-7-2000. 21Idem. 22Parte final do artigo regulamentada pelo Decreto n 5.975, de 30-11-2006.34 31. Legislao Brasileira sobre Meio Ambiente 2 edio do Poder Federal ou Estadual, em obedincia a pres- cries ditadas pela tcnica e s peculiaridades locais. Art. 13. O comrcio de plantas vivas, oriundas de florestas, de-pender de licena da autoridade competente.Art. 14. Alm dos preceitos gerais a que est sujeita a utilizao das florestas, o Poder Pblico Federal ou Estadual poder:a)prescrever outras normas que atendam s peculia-ridades locais; 23b)proibir ou limitar o corte das espcies vegetais raras, endmicas, em perigo ou ameaadas de extino, bem como as espcies necessrias subsistncia das populaes extrativistas, delimitando as reas com- preendidas no ato, fazendo depender de licena prvia, nessas reas, o corte de outras espcies;c)ampliar o registro de pessoas fsicas ou jurdicasque se dediquem extrao, indstria e comrciode produtos ou subprodutos florestais. 24 Art. 15. Fica proibida a explorao sob forma emprica das flo- restas primitivas da bacia amaznica que s podero ser utilizadas em observncia a planos tcnicos de condu- o e manejo a serem estabelecidos por ato do Poder Pblico, a ser baixado dentro do prazo de um ano. 25Art. 16. As florestas e outras formas de vegetao nativa, ressal-vadas as situadas em rea de preservao permanente,assim como aquelas no sujeitas ao regime de utili-zao limitada ou objeto de legislao especfica, so23 Alnea com redao dada pela Medida Provisria n 2.166-67, de 24-8-2001.24 Artigo regulamentado pelo Decreto n 5.975, de 30-11-2006.25 Artigo com redao dada pela Medida Provisria n 2.166-67, de 24-8-2001, e regulamentado pelo Decreto n 5.975, de 30-11-2006.35 32. Srie Legislaosuscetveis de supresso, desde que sejam mantidas, attulo de reserva legal, no mnimo: I oitenta por cento, na propriedade rural situada em rea de floresta localizada na Amaznia Legal; II trinta e cinco por cento, na propriedade rural si- tuada em rea de cerrado localizada na Amaznia Legal, sendo no mnimo vinte por cento na pro- priedade e quinze por cento na forma de compen- sao em outra rea, desde que esteja localizada na mesma microbacia, e seja averbada nos termos do 7 deste artigo; III vinte por cento, na propriedade rural situada emrea de floresta ou outras formas de vegetao nati-va localizada nas demais regies do Pas; e IV vinte por cento, na propriedade rural em rea de cam- pos gerais localizada em qualquer regio do Pas. 1 O percentual de reserva legal na propriedade situadaem rea de floresta e cerrado ser definido consideran-do separadamente os ndices contidos nos incisos I e IIdeste artigo. 2 A vegetao da reserva legal no pode ser suprimida,podendo apenas ser utilizada sob regime de manejoflorestal sustentvel, de acordo com princpios e cri-trios tcnicos e cientficos estabelecidos no regula-mento, ressalvadas as hipteses previstas no 3 desteartigo, sem prejuzo das demais legislaes especficas. 3 Para cumprimento da manuteno ou compensaoda rea de reserva legal em pequena propriedade ouposse rural familiar, podem ser computados os plan-tios de rvores frutferas ornamentais ou industriais,36 33. Legislao Brasileira sobre Meio Ambiente 2 ediocompostos por espcies exticas, cultivadas em sistemaintercalar ou em consrcio com espcies nativas. 4 A localizao da reserva legal deve ser aprovada pelo rgo ambiental estadual competente ou, mediante convnio, pelo rgo ambiental municipal ou outra instituio devidamente habilitada, devendo ser consi- derados, no processo de aprovao, a funo social da propriedade, e os seguintes critrios e instrumentos, quando houver:I o plano de bacia hidrogrfica; II o plano diretor municipal;III o zoneamento ecolgico-econmico;IV outras categorias de zoneamento ambiental; e V a proximidade com outra Reserva Legal, rea dePreservao Permanente, unidade de conservaoou outra rea legalmente protegida. 5 O Poder Executivo, se for indicado pelo Zoneamen- to Ecolgico Econmico (ZEE)26 e pelo Zoneamento Agrcola, ouvidos o Conama, o Ministrio do Meio Ambiente e o Ministrio da Agricultura e do Abasteci- mento, poder:I reduzir, para fins de recomposio, a reserva legal, na Amaznia Legal, para at cinquenta por cen- to da propriedade, excludas, em qualquer caso, as reas de Preservao Permanente, os ectonos, os stios e ecossistemas especialmente protegidos, os locais de expressiva biodiversidade e os corredores ecolgicos; e26 Os critrios para o Zoneamento Ecolgico-Econmico do Brasil foram estabelecidos pelo Decreto n 4.297, de 10-7-2002. 37 34. Srie Legislao II ampliar as reas de reserva legal, em at cinquenta por cento dos ndices previstos neste cdigo, em todo o territrio nacional. 6 Ser admitido, pelo rgo ambiental competente, ocmputo das reas relativas vegetao nativa existen-te em rea de preservao permanente no clculo dopercentual de reserva legal, desde que no impliqueem converso de novas reas para o uso alternativo dosolo, e quando a soma da vegetao nativa em rea depreservao permanente e reserva legal exceder a: I oitenta por cento da propriedade rural localizada na Amaznia Legal; II cinquenta por cento da propriedade rural localiza- da nas demais regies do Pas; e III vinte e cinco por cento da pequena propriedade defi-nida pelas alneas b e c do inciso I do 2 do art. 1. 7 O regime de uso da rea de preservao permanenteno se altera na hiptese prevista no 6. 8 A rea de reserva legal deve ser averbada margem dainscrio de matrcula do imvel, no registro de im-veis competente, sendo vedada a alterao de sua des-tinao, nos casos de transmisso, a qualquer ttulo,de desmembramento ou de retificao da rea, com asexcees previstas neste cdigo. 9 A averbao da reserva legal da pequena propriedade ouposse rural familiar gratuita, devendo o Poder Pblicoprestar apoio tcnico e jurdico, quando necessrio. 10. Na posse, a reserva legal assegurada por Termo deAjustamento de Conduta, firmado pelo possuidor como rgo ambiental estadual ou federal competente, com38 35. Legislao Brasileira sobre Meio Ambiente 2 edio fora de ttulo executivo e contendo, no mnimo, a lo- calizao da reserva legal, as suas caractersticas ecolgi- cas bsicas e a proibio de supresso de sua vegetao, aplicando-se, no que couber, as mesmas disposies previstas neste cdigo para a propriedade rural. 11. Poder ser instituda reserva legal em regime de con-domnio entre mais de uma propriedade, respeitadoo percentual legal em relao a cada imvel, median-te a aprovao do rgo ambiental estadual compe-tente e as devidas averbaes referentes a todos osimveis envolvidos. Art. 17. Nos loteamentos de propriedades rurais, a rea desti-nada a completar o limite percentual fixado na letra ado artigo antecedente, poder ser agrupada numa sporo em condomnio entre os adquirentes. Art. 18. Nas terras de propriedade privada, onde seja necessrioo florestamento ou o reflorestamento de preservaopermanente, o Poder Pblico Federal poder faz-losem desapropri-las, se no o fizer o proprietrio. 1 Se tais reas estiverem sendo utilizadas com culturas, de seu valor dever ser indenizado o proprietrio. 2 As reas assim utilizadas pelo Poder Pblico Federal ficam isentas de tributao.27Art. 19. A explorao de florestas e formaes sucessoras, tan-to de domnio pblico como de domnio privado,depender de prvia aprovao pelo rgo estadualcompetente do Sistema Nacional do Meio Ambien-te (Sisnama), bem como da adoo de tcnicas deconduo, explorao, reposio florestal e manejo27 Artigo com redao dada pela Lei n 11.284, de 2-3-2006, e regulamentado pelo Decreto n 5.975, de 30-11-2006.39 36. Srie Legislao compatveis com os variados ecossistemas que a co- bertura arbrea forme. 1 Compete ao Ibama a aprovao de que trata o caput deste artigo: I nas florestas pblicas de domnio da Unio; II nas unidades de conservao criadas pela Unio; III nos empreendimentos potencialmente causadores de impacto ambiental nacional ou regional, defini- dos em resoluo do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama). 2 Compete ao rgo ambiental municipal a aprovao de que trata o caput deste artigo: I nas florestas pblicas de domnio do Municpio; II nas unidades de conservao criadas pelo Municpio; III nos casos que lhe forem delegados por convnio ou outro instrumento admissvel, ouvidos, quando couber, os rgos competentes da Unio, dos Esta- dos e do Distrito Federal. 3 No caso de reposio florestal, devero ser priorizadosprojetos que contemplem a utilizao de espcies nativas. 28Art. 20. As empresas industriais que, por sua natureza, consu-mirem grande quantidades de matria-prima florestalsero obrigadas a manter, dentro de um raio em quea explorao e o transporte sejam julgados econmi-cos, um servio organizado, que assegure o plantiode novas reas, em terras prprias ou pertencentes a 28Artigo regulamentado pelo Decreto n 5.975, de 30-11-2006.40 37. Legislao Brasileira sobre Meio Ambiente 2 edioterceiros, cuja produo sob explorao racional, sejaequivalente ao consumido para o seu abastecimento.Pargrafo nico. O no cumprimento do disposto neste ar-tigo, alm das penalidades previstas neste cdigo, obriga osinfratores ao pagamento de uma multa equivalente a 10%(dez por cento) do valor comercial da matria-prima florestalnativa consumida alm da produo da qual participe.29 Art. 21. As empresas siderrgicas, de transporte e outras, base de carvo vegetal, lenha ou outra matria-prima flo- restal, so obrigadas a manter florestas prprias para explorao racional ou a formar, diretamente ou por intermdio de empreendimentos dos quais partici- pem, florestas destinadas ao seu suprimento.Pargrafo nico. A autoridade competente fixar para cadaempresa o prazo que lhe facultado para atender ao dispostoneste artigo, dentro dos limites de 5 a 10 anos.30 Art. 22. A Unio, diretamente, atravs do rgo executivo es- pecfico, ou em convnio com os Estados e Munic- pios, fiscalizar a aplicao das normas deste cdigo, podendo, para tanto, criar os servios indispensveis.Pargrafo nico. Nas reas urbanas, a que se refere o pargra-fo nico do art. 2 desta lei, a fiscalizao da competnciados Municpios, atuando a Unio supletivamente.Art. 23. A fiscalizao e a guarda das florestas pelos servios es- pecializados no excluem a ao da autoridade policial por iniciativa prpria.29 Artigo regulamentado pelo Decreto n 5.975, de 30-11-2006.30 Artigo com redao dada pela Lei n 7.803, de 18-7-1989. 41 38. Srie Legislao Art. 24. Os funcionrios florestais, no exerccio de suas fun- es, so equiparados aos agentes de segurana pbli- ca, sendo-lhes assegurado o porte de armas. Art. 25. Em caso de incndio rural, que no se possa extinguir com os recursos ordinrios, compete no s ao fun- cionrio florestal, como a qualquer outra autoridade pblica, requisitar os meios materiais e convocar os homens em condies de prestar auxlio. Art. 26. Constituem contravenes penais, punveis com trs meses a um ano de priso simples ou multa de uma a cem vezes o salrio mnimo mensal, do lugar e da data da infrao ou ambas as penas cumulativamente: a)destruir ou danificar a floresta considerada de pre-servao permanente, mesmo que em formaoou utiliz-la com infringncia das normas estabe-lecidas ou previstas nesta lei; b)cortar rvores em florestas de preservao perma-nente, sem permisso da autoridade competente; c)penetrar em floresta de preservao permanenteconduzindo armas, substncias ou instrumentosprprios para caa proibida ou para explorao deprodutos ou subprodutos florestais, sem estar mu-nido de licena da autoridade competente; d)causar danos aos Parques Nacionais, Estaduais ouMunicipais, bem como s Reservas Biolgicas; e)fazer fogo, por qualquer modo, em florestas e de-mais formas de vegetao, sem tomar as precau-es adequadas;42 39. Legislao Brasileira sobre Meio Ambiente 2 edio f )fabricar, vender, transportar ou soltar bales quepossam provocar incndios nas florestas e demaisformas de vegetao; g)impedir ou dificultar a regenerao natural de flo- restas e demais formas de vegetao; h)receber madeira, lenha, carvo e outros produtos procedentes de florestas, sem exigir a exibio de licena do vendedor, outorgada pela autorida- de competente e sem munir-se da via que dever acompanhar o produto, at final beneficiamento;i)transportar ou guardar madeiras, lenha, carvo e ou-tros produtos procedentes de florestas, sem licenavlida para todo o tempo da viagem ou do armaze-namento, outorgada pela autoridade competente;j)deixar de restituir autoridade, licenas extintaspelo decurso do prazo ou pela entrega ao consu-midor dos produtos procedentes de florestas;l)empregar, como combustvel, produtos florestaisou hulha, sem uso de dispositivo que impea a di-fuso de fagulhas, suscetveis de provocar incn-dios nas florestas; m)soltar animais ou no tomar precaues necessrias para que o animal de sua propriedade no penetre em florestas sujeitas a regime especial; n)matar, lesar ou maltratar, por qualquer modo ou meio, plantas de ornamentao de logradouros pblicos ou em propriedade privada alheia ou r- vore imune de corte; o)extrair de florestas de domnio pblico ou con- sideradas de preservao permanente, sem prvia 43 40. Srie Legislao autorizao, pedra, areia, cal ou qualquer outra espcie de minerais; p)(vetada); 31q)transformar madeiras de lei em carvo, inclusive para qualquer efeito industrial, sem licena da au- toridade competente. Art. 27. proibido o uso de fogo nas florestas e demais formasde vegetao. 32 Pargrafo nico. Se peculiaridades locais ou regionais justifi- carem o emprego do fogo em prticas agropastoris ou florestais, a permisso ser estabelecida em ato do Poder Pblico, circuns- crevendo as reas e estabelecendo normas de precauo. Art. 28. Alm das contravenes estabelecidas no artigo prece-dente, subsistem os dispositivos sobre contravenese crimes previstos no Cdigo Penal e nas demais leis,com as penalidades neles cominadas. Art. 29. As penalidades incidiro sobre os autores, sejam eles: a)diretos; b)arrendatrios, parceiros, posseiros, gerentes, admi- nistradores, diretores, promitentes compradores ou proprietrios das reas florestais, desde que pratica- das por prepostos ou subordinados e no interesse dos preponentes ou dos superiores hierrquicos; c)autoridades que se omitirem ou facilitarem, por consentimento legal, na prtica do ato. 31Alnea includa pela Lei n 5.870, de 26-3-1973. 32Pargrafo regulamentado pelo Decreto n 2.661, de 8-7-1998.44 41. Legislao Brasileira sobre Meio Ambiente 2 edio Art. 30. Aplicam-se s contravenes previstas neste cdigo asregras gerais do Cdigo Penal e da Lei de Contraven-es Penais, sempre que a presente lei no disponha demodo diverso. Art. 31. So circunstncias que agravam a pena, alm das previs-tas no Cdigo Penal e na Lei de Contravenes Penais: a)cometer a infrao no perodo de queda das se- mentes ou de formao das vegetaes prejudica- das, durante a noite, em domingos ou dias feria- dos, em pocas de seca ou inundaes; b)cometer a infrao contra a floresta de preservao permanente ou material dela provindo. Art. 32. A ao penal independe de queixa, mesmo em se tra-tando de leso em propriedade privada, quando os bensatingidos so florestas e demais formas de vegetao,instrumentos de trabalho, documentos e atos relacio-nados com a proteo florestal disciplinada nesta lei. Art. 33. So autoridades competentes para instaurar, presidir eproceder a inquritos policiais, lavrar autos de prisoem flagrante e intentar a ao penal, nos casos de cri-mes ou contravenes, previstos nesta lei, ou em outrasleis e que tenham por objeto florestas e demais formasde vegetao, instrumentos de trabalho, documentos eprodutos procedentes das mesmas: a)as indicadas no Cdigo de Processo Penal; b)os funcionrios da repartio florestal e de autar- quias, com atribuies correlatas, designados para a atividade de fiscalizao. 45 42. Srie LegislaoPargrafo nico. Em caso de aes penais simultneas, pelomesmo fato, iniciadas por vrias autoridades, o Juiz reunir osprocessos na jurisdio em que se firmou a competncia. Art. 34. As autoridades referidas no item b do artigo anterior, ra-tificada a denncia pelo Ministrio Pblico, tero aindacompetncia igual deste, na qualidade de assistente, pe-rante a Justia comum, nos feitos de que trata esta lei. Art. 35. A autoridade apreender os produtos e os instrumen- tos utilizados na infrao e, se no puderem acom- panhar o inqurito, por seu volume e natureza, sero entregues ao depositrio pblico local, se houver e, na sua falta, ao que for nomeado pelo Juiz, para ulterior devoluo ao prejudicado. Se pertencerem ao agente ativo da infrao, sero vendidos em hasta pblica. Art. 36. O processo das contravenes obedecer ao rito sum- rio da Lei n 1.508 de l9 de dezembro de 1951, no que couber. Art. 37. No sero transcritos ou averbados no Registro Geral de Imveis os atos de transmisso inter vivos ou causa mortis, bem como a constituio de nus reais, sobre imveis da zona rural, sem a apresentao de certido negativa de dvidas referentes a multas previstas nesta lei ou nas leis estaduais supletivas, por deciso transi- tada em julgado. 33Art. 37-A. No permitida a converso de florestas ou outra for-ma de vegetao nativa para uso alternativo do solo napropriedade rural que possui rea desmatada, quandofor verificado que a referida rea encontra-se abando-nada, subutilizada ou utilizada de forma inadequada,segundo a vocao e capacidade de suporte do solo. 33 Artigo acrescido pela Medida Provisria n 2.166-67, de 24-8-2001.46 43. Legislao Brasileira sobre Meio Ambiente 2 edio 1 Entende-se por rea abandonada, subutilizada ou uti-lizada de forma inadequada, aquela no efetivamen-te utilizada, nos termos do 3, do art. 6 da Lei n8.629, de 25 de fevereiro de 1993, ou que no atendaaos ndices previstos no art. 6 da referida lei, ressalva-das as reas de pousio na pequena propriedade ou posserural familiar ou de populao tradicional. 2 As normas e mecanismos para a comprovao da ne-cessidade de converso sero estabelecidos em regula-mento, considerando, dentre outros dados relevantes,o desempenho da propriedade nos ltimos trs anos,apurado nas declaraes anuais do Imposto sobre aPropriedade Territorial Rural (ITR). 3 A regulamentao de que trata o 2 estabelecer pro-cedimentos simplificados: I para a pequena propriedade rural; eII para as demais propriedades que venham atingindoos parmetros de produtividade da regio e que notenham restries perante os rgos ambientais. 4 Nas reas passveis de uso alternativo do solo, a supres-so da vegetao que abrigue espcie ameaada de extin-o, depender da adoo de medidas compensatrias emitigadoras que assegurem a conservao da espcie. 5 Se as medidas necessrias para a conservao da espcie im-possibilitarem a adequada explorao econmica da pro-priedade, observar-se- o disposto na alnea b do art. 14. 6 proibida, em rea com cobertura florestal primriaou secundria em estgio avanado de regenerao, aimplantao de projetos de assentamento humano oude colonizao para fim de reforma agrria, ressalvados47 44. Srie Legislao os projetos de assentamento agroextrativista, respeita- das as legislaes especficas. 34 Art. 38. (Revogado.) 35 Art. 39. (Revogado.) Art. 40. (Vetado.) Art. 41. Os estabelecimentos oficiais de crdito concedero prioridades aos projetos de florestamento, refloresta- mento ou aquisio de equipamentos mecnicos ne- cessrios aos servios, obedecidas as escalas anterior- mente fixadas em lei. Pargrafo nico. Ao Conselho Monetrio Nacional, dentro de suas atribuies legais, como rgo disciplinador do cr- dito e das operaes creditcias em todas suas modalidades e formas, cabe estabelecer as normas para os financiamentos florestais, com juros e prazos compatveis, relacionados com os planos de florestamento e reflorestamento aprovados pelo Conselho Florestal Federal. Art. 42. Dois anos depois da promulgao desta lei, nenhuma au-toridade poder permitir a adoo de livros escolares deleitura que no contenham textos de educao florestal,previamente aprovados pelo Conselho Federal de Educa-o, ouvido o rgo florestal competente. 1 As estaes de rdio e televiso incluiro, obrigatoria- mente, em suas programaes, textos e dispositivos de interesse florestal, aprovados pelo rgo competente no limite mnimo de cinco (5) minutos semanais, dis- tribudos ou no em diferentes dias. 34 Artigo revogado pela Lei n 5.106, de 2-9-1966. 35 Artigo revogado pela Lei n 5.868, de 12-12-1972.48 45. Legislao Brasileira sobre Meio Ambiente 2 edio 2 Nos mapas e cartas oficiais sero obrigatoriamente as- sinalados os Parques e Florestas Pblicas. 3 A Unio e os Estados promovero a criao e o desen- volvimento de escolas para o ensino florestal, em seus diferentes nveis. Art. 43. Fica instituda a Semana Florestal, em datas fixadaspara as diversas regies do Pas, do decreto federal. Sera mesma comemorada, obrigatoriamente, nas escolas eestabelecimentos pblicos ou subvencionados, atravsde programas objetivos em que se ressalte o valor dasflorestas, face aos seus produtos e utilidades, bem comosobre a forma correta de conduzi-las e perpetu-las. Pargrafo nico. Para a Semana Florestal sero programadas reunies, conferncias, jornadas de reflorestamento e outras solenidades e festividades com o objetivo de identificar as flo- restas como recurso natural renovvel, de elevado valor social e econmico.36 Art. 44. O proprietrio ou possuidor de imvel rural com rea de floresta nativa, natural, primitiva ou regenerada ou outra forma de vegetao nativa em extenso inferior ao estabelecido nos incisos I, II, III e IV do art. 16, ressalvado o disposto nos seus 5 e 6, deve adotar as seguintes alternativas, isoladas ou conjuntamente: I recompor a reserva legal de sua propriedade me-diante o plantio, a cada trs anos, de no mnimo1/10 da rea total necessria sua complementa-o, com espcies nativas, de acordo com critriosestabelecidos pelo rgo ambiental estadual com-petente;36 Artigo com redao dada pela Medida Provisria n 2.166-67, de 24-8-2001. 49 46. Srie Legislao II conduzir a regenerao natural da reserva legal; e III compensar a reserva legal por outra rea equivalen-te em importncia ecolgica e extenso, desde quepertena ao mesmo ecossistema e esteja localizadana mesma microbacia, conforme critrios estabele-cidos em regulamento. 1 Na recomposio de que trata o inciso I, o rgo am-biental estadual competente deve apoiar tecnicamentea pequena propriedade ou posse rural familiar. 2 A recomposio de que trata o inciso I pode ser realiza-da mediante o plantio temporrio de espcies exticascomo pioneiras, visando a restaurao do ecossistemaoriginal, de acordo com critrios tcnicos gerais esta-belecidos pelo Conama. 3 A regenerao de que trata o inciso II ser autorizada,pelo rgo ambiental estadual competente, quandosua viabilidade for comprovada por laudo tcnico, po-dendo ser exigido o isolamento da rea. 4 Na impossibilidade de compensao da reserva legaldentro da mesma microbacia hidrogrfica, deve o r-go ambiental estadual competente aplicar o critriode maior proximidade possvel entre a propriedadedesprovida de reserva legal e a rea escolhida para com-pensao, desde que na mesma bacia hidrogrfica e nomesmo Estado, atendido, quando houver, o respectivoPlano de Bacia Hidrogrfica, e respeitadas as demaiscondicionantes estabelecidas no inciso III. 5 A compensao de que trata o inciso III deste artigo,dever ser submetida aprovao pelo rgo ambien-tal estadual competente, e pode ser implementada me-diante o arrendamento de rea sob regime de servido50 47. Legislao Brasileira sobre Meio Ambiente 2 edioflorestal ou reserva legal, ou aquisio de cotas de quetrata o art. 44-B. 37 6 O proprietrio rural poder ser desonerado das obriga-es previstas neste artigo, mediante a doao ao rgoambiental competente de rea localizada no interiorde unidade de conservao de domnio pblico, pen-dente de regularizao fundiria, respeitados os crit-rios previstos no inciso III do caput deste artigo. 38Art. 44-A. O proprietrio rural poder instituir servido florestal,mediante a qual voluntariamente renuncia, em carterpermanente ou temporrio, a direitos de supresso ou ex-plorao da vegetao nativa, localizada fora da reserva le-gal e da rea com vegetao de preservao permanente. 1 A limitao ao uso da vegetao da rea sob regime de servido florestal deve ser, no mnimo, a mesma esta- belecida para a Reserva Legal. 2 A servido florestal deve ser averbada margem da inscrio de matrcula do imvel, no registro de im- veis competente, aps anuncia do rgo ambiental estadual competente, sendo vedada, durante o prazo de sua vigncia, a alterao da destinao da rea, nos casos de transmisso a qualquer ttulo, de desmembra- mento ou de retificao dos limites da propriedade.39 Art. 44-B. Fica instituda a Cota de Reserva Florestal (CRF), t- tulo representativo de vegetao nativa sob regime de servido florestal, de Reserva Particular do Patrimnio Natural ou reserva legal instituda voluntariamente so- bre a vegetao que exceder os percentuais estabeleci- dos no art. 16 deste cdigo.37 Pargrafo com redao dada pela Lei n 11.428, de 22-12-2006.38 Artigo acrescido pela Medida Provisria n 2.166-67, de 24-8-2001.39 Idem.51 48. Srie LegislaoPargrafo nico. A regulamentao deste cdigo dispor so-bre as caractersticas, natureza e prazo de validade do ttulo deque trata este artigo, assim como os mecanismos que assegu-rem ao seu adquirente a existncia e a conservao da vegeta-o objeto do ttulo. 40Art. 44-C. O proprietrio ou possuidor que, a partir da vignciada Medida Provisria n 1.736-31, de 14 de dezem-bro de 1998, suprimiu, total ou parcialmente flores-tas ou demais formas de vegetao nativa, situadas nointerior de sua propriedade ou posse, sem as devidasautorizaes exigidas por lei, no pode fazer uso dosbenefcios previstos no inciso III do art. 44. 41 Art. 45. Ficam obrigados ao registro no Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renovveis (Ibama) os estabelecimentos comerciais responsveis pela comercializao de motosserras, bem como aque- les que adquirirem este equipamento. 1 A licena para o porte e uso de motosserras ser re- novada a cada 2 (dois) anos perante o Instituto Bra- sileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renovveis (Ibama). 2 Os fabricantes de motosserras ficam obrigados, a par- tir de 180 (cento e oitenta) dias da publicao desta lei, a imprimir, em local visvel deste equipamento, numerao cuja sequncia ser encaminhada ao Ins- tituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renovveis (Ibama) e constar das corres- pondentes notas fiscais. 40 Artigo acrescido pela Medida Provisria n 2.166-67, de 24-8-2001. 41 Artigo acrescido pela Lei n 7.803, de 18-7-1989.52 49. Legislao Brasileira sobre Meio Ambiente 2 edio 3 A comercializao ou utilizao de motosserras sem alicena a que se refere este artigo constitui crime con-tra o meio ambiente, sujeito pena de deteno de1 (um) a 3 (trs) meses e multa de 1 (um) a 10 (dez)salrios mnimos de referncia e a apreenso da motos-serra, sem prejuzo da responsabilidade pela reparaodos danos causados. 42Art. 46. No caso de florestas plantadas, o Instituto Brasileirodo Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renov-veis (Ibama) zelar para que seja preservada, em cadaMunicpio, rea destinada produo de alimentosbsicos e pastagens, visando ao abastecimento local.43 Art. 47. O Poder Executivo promover, no prazo de 180 dias, a reviso de todos os contratos, convnios, acordos e con- cesses relacionados com a explorao florestal em geral, a fim de ajust-las s normas adotadas por esta lei. 44Art. 48. Fica mantido o Conselho Florestal Federal, com sedeem Braslia, como rgo consultivo e normativo dapoltica florestal brasileira.Pargrafo nico. A composio e atribuies do ConselhoFlorestal Federal, integrado, no mximo, por 12 (doze) mem-bros, sero estabelecidas por decreto do Poder Executivo. 45Art. 49. Poder Executivo regulamentar a presente lei, no quefor julgado necessrio sua execuo.46 Art. 50. Esta lei entrar em vigor 120 (cento e vinte) dias aps a data de sua publicao, revogados o Decreto n 23.793,42 Artigo acrescido pela Lei n 7.803, de 18-7-1989.43 Art. 45 renumerado para 47 pela Lei n 7.803, de 18-7-1989.44 Art. 46 renumerado para 48 pela Lei n 7.803, de 18-7-1989.45 Art. 47 renumerado para 49 pela Lei n 7.803, de 18-7-1989.46 Art. 48 renumerado para 50 pela Lei n 7.803, de 18-7-1989. 53 50. Srie Legislaode 23 de janeiro de 1934 (Cdigo Florestal) e demaisdisposies em contrrio. Braslia, 15 de setembro de 1965; 144 da Independncia e 77 da Repblica.H. CASTELLO BRANCOHugo Leme Octavio Gouveia de Bulhes Flvio Lacerda54 51. Legislao Brasileira sobre Meio Ambiente 2 edio - LEI N 5.197,DE 3 DE JANEIRO DE 196747 -Dispe sobre a proteo fauna e d outras providncias.O Presidente da RepblicaFao saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte lei:Art. 1 Os animais de quaisquer espcies, em qualquer fase doseu desenvolvimento e que vivem naturalmente forado cativeiro, constituindo a fauna silvestre, bem comoseus ninhos, abrigos e criadouros naturais so proprie-dades do Estado, sendo proibida a sua utilizao, per-seguio, destruio, caa ou apanha. 1 Se peculiaridades regionais comportarem o exerccio da caa, a permisso ser estabelecida em ato regula- mentador do Poder Pblico Federal. 2 A utilizao, perseguio, caa ou apanha de espcies da fauna silvestre em terras de domnio privado, mes- mo quando permitidas na forma do pargrafo ante- rior, podero ser igualmente proibidas pelos respecti- vos proprietrios, assumindo estes a responsabilidade da fiscalizao de seus domnios. Nestas reas, para a prtica do ato de caa necessrio o consentimento expresso ou tcito dos proprietrios, nos termos dos arts. 594, 595, 596, 597 e 598 do Cdigo Civil.Art. 2 proibido o exerccio da caa profissional.47 Publicada no Dirio Oficial da Unio de 5 de janeiro de 1967. 55 52. Srie Legislao Art. 3 proibido o comrcio de espcimes da fauna silvestree de produtos e objetos que impliquem na sua caa,perseguio, destruio ou apanha. 1 Excetuam-se os espcimes provenientes de criadouros devidamente legalizados. 2 Ser permitida, mediante licena da autoridade com- petente, a apanha de ovos, larvas e filhotes que se desti- nem aos estabelecimentos acima referidos, bem como a destruio de animais silvestres considerados nocivos agricultura ou sade pblica. 3 O simples desacompanhamento de comprovao de48 procedncia de peles ou outros produtos de animais silvestres, nos carregamentos de via terrestre, fluvial, martima ou area, que se iniciem ou transitem pelo Pas, caracterizar, de imediato, o descumprimento do disposto no caput deste artigo. Art. 4 Nenhuma espcie poder ser introduzida no Pas, semparecer tcnico oficial favorvel e licena expedida naforma da lei. 49 Art. 5 (Revogado.) Art. 6 O Poder Pblico estimular: a)a formao e o funcionamento de clubes e socie- dades amadoristas de caa e de tiro ao voo, ob- jetivando alcanar o esprito associativista para a prtica desse esporte. b)a construo de criadouros destinados criao de animais silvestres para fins econmicos e industriais. 48 Pargrafo acrescido pela Lei n 9.111, de 10-10-1995. 49 Artigo revogado pela Lei n 9.985, de 18-7-2000.56 53. Legislao Brasileira sobre Meio Ambiente 2 edio Art. 7 A utilizao, perseguio, destruio, caa ou apanha de espcimes da fauna silvestre, quando consentidas na forma desta lei, sero considerados atos de caa. Art. 8 O rgo pblico federal competente, no prazo de 120 dias, publicar e atualizar anualmente: a)a relao das espcies cuja utilizao, perseguio, caa ou apanha ser permitida indicando e delimi- tando as respectivas reas; b)a poca e o nmero de dias em que o ato acima ser permitido; c)a quota diria de exemplares cuja utilizao, perse- guio, caa ou apanha ser permitida. Pargrafo nico. Podero ser, igualmente, objeto de utiliza- o, caa, perseguio ou apanha os animais domsticos que, por abandono, se tornem selvagens ou ferais. Art. 9 Observado o disposto no artigo 8 e satisfeitas as exi- gncias legais, podero ser capturados e mantidos em cativeiro, espcimes da fauna silvestre. Art. 10. A utilizao, perseguio, destruio, caa ou apanhade espcimes da fauna silvestre so proibidas: a)com visgos, atiradeiras, fundas, bodoques, veneno, incndio ou armadilhas que maltratem a caa; b)com armas a bala, a menos de trs quilmetros de qualquer via trrea ou rodovia pblica; c)com armas de calibre 22 para animais de porte su- perior ao tapiti (sylvilagus brasiliensis); d)com armadilhas constitudas de armas de fogo;57 54. Srie Legislao e)nas zonas urbanas, suburbanas, povoados e nas es- tncias hidrominerais e climticas; f )nos estabelecimentos oficiais e audes do domniopblico, bem como nos terrenos adjacentes, at adistncia de cinco quilmetros; g)na faixa de quinhentos metros de cada lado do eixo das vias frreas e rodovias pblicas; h)nas reas destinadas proteo da fauna, da flora edas belezas naturais; i)nos jardins zoolgicos, nos parques e jardins pblicos; j)fora do perodo de permisso de caa, mesmo em propriedades privadas; l) noite, exceto em casos especiais e no caso de ani- mais nocivos; m)do interior de veculos de qualquer espcie. Art. 11. Os Clubes ou Sociedades Amadoristas de Caa e de tiro ao voo, podero ser organizados distintamente ou em conjunto com os de pesca, e s funcionaro vali- damente aps a obteno da personalidade jurdica, na forma da Lei Civil e o registro no rgo pblico federal competente. Art. 12. As entidades a que se refere o artigo anterior devero requerer licena especial para seus associados transi- tarem com arma de caa e de esporte, para uso em suas sedes durante o perodo defeso e dentro do per- metro determinado. Art. 13. Para exerccio da caa, obrigatria a licena anual, de carter especfico e de mbito regional, expedida pela autoridade competente.58 55. Legislao Brasileira sobre Meio Ambiente 2 edio Pargrafo nico. A licena para caar com armas de fogo dever ser acompanhada do porte de arma emitido pela Polcia Civil. Art. 14. Poder ser concedida a cientistas, pertencentes a insti-tuies cientficas, oficiais ou oficializadas, ou por es-tas indicadas, licena especial para a coleta de materialdestinado a fins cientficos, em qualquer poca. 1 Quando se tratar de cientistas estrangeiros, devida- mente credenciados pelo Pas de origem, dever o pe- dido de licena ser aprovado e encaminhado ao rgo pblico federal competente, por intermdio de insti- tuio cientfica oficial do Pas. 2 As instituies a que se refere este artigo, para efeito da renovao anual da licena, daro cincia ao rgo p- blico federal competente das atividades dos cientistas licenciados no ano anterior. 3 As licenas referidas neste artigo no podero ser utili- zadas para fins comerciais ou esportivos. 4 Aos cientistas das instituies nacionais que tenhampor lei, a atribuio de coletar material zoolgico, parafins cientficos, sero concedidas licenas permanentes. Art. 15. O Conselho de Fiscalizao das Expedies Artsticase Cientficas do Brasil ouvir o rgo pblico federalcompetente toda vez que, nos processos em julgamen-to, houver matria referente fauna. Art. 16. Fica institudo o registro das pessoas fsicas ou jurdicasque negociem com animais silvestres e seus produtos. Art. 17. As pessoas fsicas ou jurdicas, de que trata o artigoanterior, so obrigadas apresentao de declarao59 56. Srie Legislao de estoques e valores, sempre que exigida pela auto- ridade competente. Pargrafo nico. O no cumprimento do disposto neste ar- tigo, alm das penalidades previstas nesta lei obriga o cancela- mento do registro. Art. 18. proibida a exportao para o Exterior, de peles e couros de anfbios e rpteis, em bruto. Art. 19. O transporte interestadual e para o Exterior, de ani- mas silvestres, lepidpteros, e outros insetos e seus produtos depende de guia de trnsito, fornecida pela autoridade competente. Pargrafo nico. Fica isento dessa exigncia o material con- signado a Instituies Cientficas Oficiais. Art. 20. As licenas de caadores sero concedidas mediante pagamento de uma taxa anual equivalente a um dci- mo do salrio mnimo mensal. Pargrafo nico. Os turistas pagaro uma taxa equivalente a um salrio mnimo mensal, e a licena ser vlida por 30 dias. Art. 21. O registro de pessoas fsicas ou jurdicas, a que se refe- re o art. 16, ser feito mediante o pagamento de uma taxa equivalente a meio salrio mnimo mensal. Pargrafo nico. As pessoas fsicas ou jurdicas de que trata este artigo pagaro a ttulo de licena uma taxa anual para as diferentes formas de comrcio at o limite de um salrio m- nimo mensal. Art. 22. O registro de clubes ou sociedades amadoristas, de que trata o art. 11, ser concedido mediante pagamento de uma taxa equivalente a meio salrio mnimo mensal.60 57. Legislao Brasileira sobre Meio Ambiente 2 edio Pargrafo nico. As licenas de trnsito com arma de caa e de esporte, referidas no art. 12, estaro sujeitas ao pagamento de uma taxa anual equivalente a um vigsimo do salrio m- nimo mensal.Art. 23. Far-se-, com a cobrana da taxa equivalente a dois dci- mos do salrio mnimo mensal, o registro dos criadouros. Art. 24. O pagamento das licenas, registros e taxas previstosnesta lei, ser recolhido ao Banco do Brasil S.A. emconta especial, a crdito do Fundo Federal Agropecu-rio, sob o ttulo Recursos da Fauna. Art. 25. A Unio fiscalizar diretamente pelo rgo executivoespecfico, do Ministrio da Agricultura, ou em con-vnio com os Estados e Municpios, a aplicao dasnormas desta lei, podendo, para tanto, criar os servi-os indispensveis. Pargrafo nico. A fiscalizao da caa pelos rgos especia- lizados no exclui a ao da autoridade policial ou das Foras Armadas por iniciativa prpria. Art. 26. Todos os funcionrios, no exerccio da fiscalizao dacaa, so equiparados aos agentes de segurana pbli-ca, sendo-lhes assegurado o porte de armas.50 Art. 27. Constitui crime punvel com pena de recluso de 2 (dois) a 5 (cinco) anos a violao do disposto nos arts. 2, 3, 17 e 18 desta lei. 1 considerado crime punvel com a pena de recluso de 1 (um) a 3 (trs) anos a violao do disposto no artigo 1 e seus pargrafos 4, 8 e suas alneas a, b, e c, 10 e suas al- neas a, b, c, d, e, f, g, h, i, j, l, e m, e 14 e seu 3 desta lei.50 Artigo com redao dada pela Lei n 7.653, de 3-2-1988.61 58. Srie Legislao 2 Incorre na pena prevista no caput deste artigo quemprovocar, pelo uso direto ou indireto de agrotxicos oude qualquer outra substncia qumica, o perecimentode espcimes da fauna ictiolgica existente em rios, la-gos, audes, lagoas, baas ou mar territorial brasileiro. 3 Incide na pena prevista no 1 deste artigo quem prati-car pesca predatria, usando instrumento proibido, ex-plosivo, erva ou sustncia qumica de qualquer natureza. 51 4 (Revogado.) 5 Quem, de qualquer maneira, concorrer para os crimes previstos no caput e no 1 deste artigo incidir nas penas a eles cominadas. 6 Se o autor da infrao considerada crime nesta lei for estrangeiro, ser expulso do Pas, aps o cumprimen- to da pena que lhe for imposta, (vetado)52, devendo a autoridade judiciria ou administrativa remeter, ao Ministrio da Justia, cpia da deciso cominativa da pena aplicada, no prazo de 30 (trinta) dias do trnsito em julgado de sua deciso. Art. 28. Alm das contravenes estabelecidas no artigo prece-dente, subsistem os dispositivos sobre contravenese crimes previstos no Cdigo Penal e nas demais leis,com as penalidades neles contidas. Art. 29. So circunstncias que agravam a pena afora aquelasconstantes do Cdigo Penal e da Lei das Contraven-es Penais, as seguintes: 51 Pargrafo revogado pela Lei n 7.679, de 23-11-1988. 52 O veto incide sobre a expresso na forma do pargrafo nico do art. 81 do Decreto-lei n 941, de 18 de outubro de 1969.62 59. Legislao Brasileira sobre Meio Ambiente 2 edioa)cometer a infrao em perodo defeso caa oudurante a noite; b)empregar fraude ou abuso de confiana;c)aproveitar indevidamente licena de autoridade; d)incidir a infrao sobre animais silvestres e seus pro- dutos oriundos de reas onde a caa proibida. Art. 30. As penalidades incidiro sobre os autores, sejam eles:a)direto; b)arrendatrios, parceiros, posseiros, gerentes, admi- nistradores, diretores, promitentes, compradores ou proprietrios das reas, desde que praticada por prepostos ou subordinados e no interesse dos pro- ponentes ou dos superiores hierrquicos;c)autoridades que por ao ou omisso consentiremna prtica do ato ilegal, ou que cometerem abusosdo poder. Pargrafo nico. Em caso de aes penais simultneas pelo mesmo fato, iniciadas por vrias autoridades, o Juiz reunir os processos na jurisdio em que se firmar a competncia. Art. 31. A ao penal independe de queixa, mesmo em se tra-tando de leso em propriedade privada, quando osbens atingidos so animais silvestres e seus produtos,instrumentos de trabalho, documentos e atos relacio-nados com a proteo da fauna disciplinada nesta lei. Art. 32. So autoridades competentes para instaurar, presidir eproceder a inquritos policiais, lavrar autos de priso emflagrante e intentar a ao penal, nos casos de crimes oude contravenes previstas nesta lei ou em outras leis63 60. Srie Legislao que tenham por objeto os animais silvestres, seus pro- dutos, instrumentos e documentos relacionados com os mesmos as indicadas no Cdigo de Processo Penal. 53 Art. 33. A autoridade apreender os produtos da caa e/ou da pesca bem como os instrumentos utilizados na infra- o, e se estes, por sua natureza ou volume, no pude- rem acompanhar o inqurito, sero entregues ao depo- sitrio pblico local, se houver, e, na sua falta, ao que for nomeado pelo Juiz.Pargrafo nico. Em se tratando de produtos perecveis, po-dero ser os mesmos doados a instituies cientficas, penais,hospitais e/ou casas de caridade mais prximas. 54 Art. 34. Os crimes previstos nesta lei so inafianveis e sero apurados mediante processo sumrio, aplicando-se, no que couber, as normas do ttulo II, captulo V, do Cdigo de Processo Penal. Art. 35. Dentro de dois anos a partir da promulgao desta lei, nenhuma autoridade poder permitir a adoo de livros escolares de leitura que no contenham textos sobre a proteo da fauna, aprovados pelo Conselho Federal de Educao. 1 Os programas de ensino de nvel primrio e mdio de- vero contar pelo menos com duas aulas anuais sobre a matria a que se refere o presente artigo. 2 Igualmente os programas de rdio e televiso devero in- cluir textos e dispositivos aprovados pelo rgo pblico federal competente, no limite mnimo de cinco minutos semanais, distribudos ou no, em diferentes dias. 53 Artigo com redao dada pela Lei n 7.653, de 3-2-1988. 54 Idem.64 61. Legislao Brasileira sobre Meio Ambiente 2 edioArt. 36. Fica institudo o Conselho Nacional de Proteo Fauna, com sede em Braslia, como rgo consultivo e normativo da poltica de proteo fauna do Pas. Pargrafo nico. O Conselho, diretamente subordinado ao Ministrio da Agricultura, ter sua composio e atribuies estabelecidas por decreto do Poder Executivo.Art. 37. O Poder Executivo regulamentar a presente lei no que for julgado necessrio sua execuo.Art. 38. Esta lei entra em vigor na data de sua publicao, re- vogados o Decreto-lei n 5.894, de 20 de outubro de 1943, e demais disposies em contrrio.Braslia, 3 de janeiro de 1967, 146 da Independncia e 70 da Repblica.H. CASTELLO BRANCO Severo Fagundes Gomes 65 62. Srie Legislao - LEI N 6.225,DE 14 DE JULHO DE 197555 -Dispe sobre discriminao, pelo Ministrio da Agricultu-ra, de regies para execuo obrigatria de planos de prote-o ao solo e de combate eroso e d outras providncias. O Presidente da Repblica Fao saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte lei: Art 1 O Ministrio da Agricultura, dentro do prazo de 180 (cento e oitenta) dias, discriminar regies cujas terras somente podero ser cultivadas, ou por qualquer forma exploradas economicamente, mediante prvia execuo de planos de proteo ao solo e de combate eroso. Pargrafo nico. A discriminao de terras de que trata este artigo poder ser renovada anualmente. Art 2 Os proprietrios de terras localizadas nas regies abran- gidas pelas disposies desta lei, que as explorem direta- mente, tero prazo de 6 (seis) meses para efetivamente dar incio aos trabalhos de proteo ao solo e de comba- te eroso e de 2 (dois) anos para conclu-los, contados ambos da data em que a medida for obrigatria. Pargrafo nico. Quando se tratar de arrendatrio de terras, o prazo de concluso dos trabalhos de que trata este artigo ser de 1 (um) ano, mantidas as demais condies. 55Publicada no Dirio Oficial da Unio, Seo 1, de 15 de julho de 1975 e regulamentada pelo Decreton 77.775, de 8-6-1976.66 63. Legislao Brasileira sobre Meio Ambiente 2 edio Art 3 Qualquer pedido de financiamento de lavoura ou pe-curia, destinado aplicao em terras onde for exigidaa execuo de planos de proteo ao solo e de combate eroso, somente poder ser concedido, por estabele-cimentos de crdito, oficiais ou no, se acompanhadode certificado comprobatrio dessa execuo. 1 Dentro do prazo de 90 (noventa) dias, a partir da en- trada em vigor desta lei, o Ministrio da Agricultu- ra enviar ao Banco Central, para distribuio rede bancria nacional instrues sobre as medidas exigidas nas reas indicadas no artigo 1 para serem distribu- das, atravs das carteiras de crdito rural, aos agricul- tores que delas se utilizem. O cumprimento dessas ins- trues passar a ser exigido pelos Agentes Financeiros no ano agrcola seguinte. 2 Tratando-se de financiamento especfico para custeio de planos de proteo ao solo e de combate eroso, a sua tramitao nos estabelecimentos de crdito prefe- rir a quaisquer outros. 3 As instrues mencionadas (vetado)56 podero ser re- formuladas pelo Ministrio da Agricultura sempre que necessrio, objetivando o aperfeioamento de prticas conservacionistas.Art 4 O certificado comprobatrio de execuo dos trabalhos ser passado por Engenheiro-Agrnomo, do Ministrio da Agricultura, ou de outro rgo federal, estadual ou municipal, ou de iniciativa privada, atravs (vetado)57 de competncia outorgada pelo referido Ministrio.56 O veto incide sobre a expresso no pargrafo anterior.57 O veto incide sobre a expresso de delegao.67 64. Srie Legislao Pargrafo nico. O certificado dever conter especificaes do sistema de proteo ao solo e de combate a eroso, empre- gado pelo interessado. Art 5 O Poder Executivo regulamentar o disposto nesta lei no prazo de 180 (cento e oitenta) dias, a contar de sua publicao. Art 6 Ao Departamento Nacional de Engenharia Rural (DNGE), do Ministrio da Agricultura, atravs de sua Diviso de Conservao do Solo e da gua (Dicosa), compete promover, supervisionar e orientar a poltica nacional de conservao do solo. Art 7 Esta lei entrar em vigor na data de sua publicao, revogadas as disposies em contrrio. Braslia, 14 de julho de 1975; 154 da Independncia e 87 da Repblica.ERNESTO GEISEL Mrio Henrique SimonsenAlysson Paulinelli68 65. Legislao Brasileira sobre Meio Ambiente 2 edio- DECRETO-lei N 1.413,DE 14 DE AGOSTO DE 197558 -Dispe sobre o controle da poluio do meio ambienteprovocada por atividades industriais.O Presidente da Repblica, no uso da atribuio que lhe confere o ar-tigo 55, item I, e tendo em vista o disposto no artigo 8, item XVII,alnea c, da Constituio, decreta:Art. 1 As indstrias instaladas ou a se instalarem em territrionacional so obrigadas a promover as medidas necess-rias a prevenir ou corrigir os inconvenientes e prejuzosda poluio e da contaminao do meio ambiente.Pargrafo nico. As medidas a que se refere este artigo serodefinidas pelos rgos federais competentes 59, no interesse dobem-estar, da sade e da segurana das populaes.Art. 2 Compete exclusivamente ao Poder Executivo Federal,nos casos de inobservncia do disposto no artigo 1deste decreto-lei, determinar ou cancelar a suspensodo funcionamento de estabelecimento industrial cujaatividade seja considerada de alto interesse do desen-volvimento e da segurana nacional.Art. 3 Dentro de uma poltica preventiva, os rgos gestoresde incentivos governamentais consideraro sempre anecessidade de no agravar a situao de reas j crti-cas, nas decises sobre localizao industrial. Art. 4 Nas reas crticas, ser adotado esquema de zoneamen- to urbano, objetivando, inclusive, para as situaes58 Publicado no Dirio Oficial da Unio de 14 de agosto de 1975. Texto aprovado pelo Decreto Legislativo n 80, de 23-9-1975.59 As medidas de preveno e controle da poluio industrial de que trata este decreto-lei esto definidas no Decreto n 76.389, de 3-10-1975.69 66. Srie Legislao existentes, viabilizar alternativa adequada de nova localizao, nos casos mais graves, assim como, em geral, estabelecer prazos razoveis para a instalao dos equipamentos de controle da poluio. Pargrafo nico. Para efeito dos ajustamentos necessrios, dar- se- apoio de governo, nos diferentes nveis, inclusive por finan- ciamento especial para aquisio de dispositivos de controle. Art. 5 Respeitado o disposto nos artigos anteriores, os Esta- dos e Municpios podero estabelecer, no limite das respectivas competncias, condies para o funciona- mento de empresas de acordo com as medidas previs- tas no pargrafo nico do artigo 1. Art. 6 Este decreto-lei entrar em vigor na data de sua publi- cao, revogadas as disposies em contrrio. Braslia, 14 de agosto de 1975; 154 da Independncia e 87 da Repblica. ERNESTO GEISELArmando Falco Geraldo Azevedo Henning Sylvio Frota Antonio Francisco de Azeredo da Silveira Mrio Henrique Simonsen Dyrceu Arajo Nogueira Alysson PaulinelliNey BragaArnaldo PrietoJ. Araripe MacedoPaulo de Almeida MachadoSevero Fagundes Gomes Shigeaki UekiJoo Paulo dos Reis Velloso Maurcio Rangel Reis Euclides Quandt de Oliveira Hugo de Andrade AbreuGolbery do Couto e SilvaJoo Baptista de Oliveira Figueiredo Antonio Jorge Correa L. G. do Nascimento e Silva70 67. Legislao Brasileira sobre Meio Ambiente 2 edio - LEI N 6.803, DE 2 DE JULHO DE 198060 -Dispe sobre as diretrizes bsicas para o zoneamento indus-trial nas reas crticas de poluio, e d outras p