LEGISLAÇÃO MINEIRA

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LEGISLAO MINEIRA NORMA: LEI 5406 1969

LEI 5406 1969 de 16/12/1969 - Texto Atualizado

Contm a Lei Orgnica da Polcia Civil do Estado de Minas Gerais. O Povo do Estado de Minas Gerais, por seus representantes, decretou e eu, em seu nome, sanciono a seguinte lei: LIVRO I Disposies Preliminares Art. 1 - Esta Lei dispe sobre a organizao da Polcia Civil do Estado de Minas Gerais e sobre o regime jurdico de seu pessoal. Art. 2 - A Polcia Civil do Estado de Minas Gerais compe-se dos rgos policiais civis da Secretaria de Estado da Segurana Pblica. Art. 3 - A Polcia Civil do Estado de Minas Gerais subordinada autoridade do Governador do Estado e organizada de acordo com os princpios da hierarquia e da disciplina. LIVRO II Objetivo, Estrutura Bsica e Competncias TTULO I Objetivo Art. 4 - Observadas as normas especficas e a competncia da Unio, a Polcia Civil tem por objetivo, no territrio do Estado, o exerccio das funes de: I - proteo vida e aos bens; II - preservao da ordem e da moralidade pblica; III - preservao das instituies poltico-jurdicas; IV - apurao das infraes penais, exerccio da polcia judiciria e cooperao com as autoridades judicirias, civis e militares, em assuntos de Segurana Interna. TTULO II Estrutura Bsica Art. 5 - A Secretaria de Estado da Segurana Pblica tem a seguinte estrutura bsica: I - rgos de Assessoramento; II - rgos Superiores da Polcia; III - rgos de Apoio. Art. 6 - Os rgos de Assessoramento so: I - Gabinete do Secretrio; II - Conselho Superior de Polcia Civil; III - Conselho Estadual de Trnsito;

IV- Assessoria de Planejamento e Controle. Pargrafo nico - O Conselho Superior da Polcia Civil poder se subdividir, conforme regulamento, em rgos especficos, entre eles os referentes ao regime disciplinar, tcnica policial e s impugnaes de nomes de cidados indicados para cargos policiais. Art. 7 So rgos Superiores da Polcia Civil: I - Gabinete da Chefia da Polcia Civil; II - Superintendncia de Investigaes e Polcia Judiciria; III - Corregedoria-Geral de Polcia Civil; IV - Academia de Polcia Civil; V - Departamento de Trnsito de Minas Gerais; VI - Superintendncia de Polcia Tcnico-Cientfica; VII - Superintendncia de Informaes e Inteligncia Policial; VIII - Superintendncia de Planejamento, Gesto e Finanas. (Artigo com redao dada pelo art. 15 da Lei Complementar n 113, de 29/6/2010) Art. 8 - Observado o disposto nesta Lei, o Poder Executivo, por decreto, fixar a estrutura e as atribuies dos rgos a que se referem os artigos 6 e 7, bem como definir aqueles compreendidos no item III, do art. 5, para isso podendo: I - extinguir rgos ou modificar-lhes a denominao, atribuio e subordinao; II - alterar a localizao geogrfica de rgos; III - instituir novos rgos, na medida da convenincia e interesse dos servios policiais civis e visando sua maior eficcia; IV - extinguir cargos e alterar-lhes a denominao e atribuies. Pargrafo nico - Quando no houver cargos de direo e chefia em nmero e nvel correspondentes aos rgos da Secretaria de Estado da Segurana Pblica, o Poder Executivo, mediante mensagem Assemblia Legislativa, solicitar sua criao. TTULO III Competncias CAPTULO I rgos de Assessoramento SEO I Gabinete do Secretrio Art. 9 - O Gabinete o rgo de assistncia direta ao Secretrio em matria de representao social e poltica, de coordenao poltico-administrativa, de relaes pblicas e de orientao juridico-legal. SEO II Conselho Superior da Polcia Civil Art. 10 - No exerccio da superviso dos rgos da Secretaria de Estado da Segurana Pblica, o Secretrio ser assessorado pelo Conselho Superior da Polcia Civil, a que competir, alm do mais que lhe for designado em decreto: I - opinar sobre a organizao ou reorganizao dos servios policiais civis; II - examinar ou elaborar atos normativos pertinentes ao servio policial civil do Estado; III - planejar o desenvolvimento dos servios de Segurana e Ordem Pblica no mbito da Secretaria;

IV - examinar ou elaborar estudos sobre a alterao das normas relativas ao regime jurdico do pessoal da Polcia Civil; V - opinar sobre localizao de unidades da Polcia Civil e propor planos de lotao ou remanejamento de delegados de polcia; VI - compatibilizar os critrios legais ou regimentais e elaborar a classificao dos servidores da Polcia Civil, para efeito de promoo; VII - julgar, por delegao do Secretrio ou solicitao do rgo de correio administrativa da Polcia Civil, as faltas cometidas por servidor policial civil, podendo, ainda, por delegao, impor penalidades, exceto demisso, e conhecer de recursos contra deciso sua; VIII - estudar e propor inovaes nos recursos tcnicos e materiais aplicveis preveno, verificao e apurao de delitos; IX - julgar, por delegao do Secretrio, a impugnao apresentada contra nomeao de delegados e subdelegados de polcia municipais e respectivos suplentes; X - examinar e opinar sobre assuntos relacionados com o provimento e vacncia dos cargos indicados no item anterior. Art. 11 - O Conselho Superior da Polcia Civil presidido pelo Secretrio de Estado da Segurana Pblica e so seus membros: I - os dirigentes dos rgos Superiores da Polcia Civil; II - o dirigente da Assessoria do Planejamento e Controle; III - um Delegado, designado Delegado-Assistente do Secretrio, com a funo de Coordenador do Conselho. Pargrafo nico. Poder ter assento no Conselho Superior da Polcia Civil, at a data de sua aposentadoria, a critrio do Governador do Estado, o Delegado-Geral de Polcia que tiver exercido o cargo de Chefe da Polcia Civil e que, quando exonerado, no houver preenchido os requisitos legais para a aposentadoria. (Pargrafo acrescentado pelo art. 42 da Lei Complementar n 84, de 25/7/2005.) SEO III Conselho Estadual do Trnsito Art. 12 - O Conselho Estadual do Trnsito o rgo normativo, na Administrao Estadual, para os assuntos designados ao Estado pela legislao federal sobre trnsito. SEO IV Assessoria de Planejamento e Controle Art. 13 - A Assessoria de Planejamento e Controle o rgo de planejamento administrativo da Secretaria, competindo-lhe a execuo de servios de organizao racional de trabalho, oramento e orientao, coordenao e controle financeiro. CAPTULO II rgos Superiores da Polcia Civil SEO I Superintendncia de Polcia Judiciria e Correies Art. 14 - A Superintendncia de Polcia Judiciria e Correies exerce, em todo o territrio do Estado, a fiscalizao dos trabalhos da Polcia Civil e demais reparties subordinadas Secretaria de Estado da Segurana Pblica, fixa normas gerais e especiais para a polcia judiciria a administrativa e realiza levantamento das estatsticas policiais, criminais e conexas, de interesse da Secretaria.

Pargrafo nico - A Superintendncia de Polcia Judiciria e Correies dirigida pelo Corregedor Geral de Polcia. SEO II Superintendncia do Policiamento Civil Art. 15 - A Superintendncia do Policiamento Civil representada pelo conjunto de rgos da Secretaria com atividades especficas de policiamento, inclusive as Delegacias Regionais de Polcia, a que incumbe, predominantemente, apurar as infraes penais e sua autoria, bem como presidir os atos processuais nos termos da legislao especfica. SEO III Superintendncia de Tcnica Policial Art. 16 - A Superintendncia de Tcnica Policial exerce a superviso, no Estado, das atividades de Polcia Civil relacionadas com as percias tcnicas, identificao e medicina legal, bem como realiza pesquisas cientficas destinadas ao seu aprimoramento. SEO IV Academia de Polcia Civil de Minas Gerais Art. 17 - A Academia de Polcia Civil de Minas Gerais tem por finalidade ministrar cursos tcnico-profissionais e de grau mdio e superior aos servidores policiais, obedecida a legislao especfica, bem como promover cursos, concursos, e exames de seleo para o provimento de cargos de natureza estritamente policial civil. CAPTULO III rgos de Apoio Art. 18 - Os rgos de Apoio se incumbem de atividades de administrao de material, pessoal, patrimnio, contabilidade, finanas e servios gerais e so estruturados, por Decreto, em base departamental. TTULO IV Atribuies Art. 19 - O regulamento dispor sobre as atribuies do Secretrio de Estado de Segurana Pblica, dos titulares de cargos de direo e chefia da Secretaria de Estado da Segurana Pblica e dos agentes policiais civis, incluindo as atribuies especiais enumeradas nos Captulos deste Ttulo. (Vide art. 3 da Lei Delegada n 101, de 29/1/2003.) CAPTULO I Corregedor Geral de Polcia Art. 20 - So atribuies do Corregedor Geral de Polcia: I - dirigir a Superintendncia de Polcia Judiciria e Correies de modo que assegure a realizao de seus objetivos; II - expedir ordens e instrues de servios s autoridades policiais e reparties da Secretaria da Segurana Pblica; III - avocar atribuies dos rgos da Superintendncia e a jurisdio de qualquer delegado, bem como quaisquer inquritos para fins de correio;

IV - determinar as correies gerais e parciais e a inspeo das reparties da Secretaria; V - avocar, quando necessrio, em servio de correio e sempre que constatar irregularidades de natureza grave, e atendendo peculiaridade de cada caso, a competncia de qualquer chefe de rgo da Secretaria de Estado da Segurana Pblica, podendo assumir o exerccio da respectiva chefia, a ttulo precrio, mediante aprovao do Secretrio; VI - impor, nos termos regulamentares, sem prejuzo da competncia estatutria dos demais chefes, penas disciplinares a qualquer ocupante de cargo ou funo de natureza estritamente policial e demais servidores da Secretaria, inclusive de chefias, exceto quanto aos componentes do Conselho Superior de Polcia e dirigentes superiores dos demais rgos de assessoramento e de apoio, caso em que lhe cabe representar ao Secretrio; VII - ordenar a suspenso preventiva dos servidores da Secretaria de Estado da Segurana Pblica, na forma de leis e regulamentos; (Vide art. 51 da Lei n 15301, de 10/8/2004.) VIII - determinar a instaurao de processos administrativos atravs das Comisses Permanentes Processantes ou designar os componentes das comisses especiais; IX - decidir conflitos de jurisdio e competncia entre autoridades que lhe sejam direta ou indiretamente subordinadas; X - determinar o cancelamento das notas, inclusive as de ordem administrativa, as retificaes de nome e a feitura de qualquer documento nos rgos da Secretaria, cuja expedio no esteja claramente disciplinada em leis e regulamentos; XI - praticar atos de Polcia Judiciria e Administrativa e deferi essa incumbncia a qualquer delegado, por ordem do Secretrio; XII - atribuir a qualquer delegado a instaurao de inquritos e processos, sobre crimes e contravenes da competncia de outra delegacia; XIII - ampliar a competncia e jurisdio de qualquer delegado de polcia de carreira ou delegado especial para os casos de Polcia Judiciria, e, em carter excepcional, do delegado municipal, para abranger municpios vizinhos, de forma a assegurar a continuidade de ao policial; XIV - resolver, em grau de recurso, sobre despacho de autoridade policial que indeferir o pedido de abertura de inqurito, em nome do Secretrio da Segurana Pblica; XV - opinar, necessariamente, sobre os atos normativos a serem submetidos ao Secretrio, visando a ajustlos a critrios unificados de orientao e ao policial civil; XVI - propor ao Secretrio a movimentao dos escrives e escreventes e, em razo de sua funo corregedora, a remoo de qualquer autoridade e demais servidores da Secretaria; XVII - convocar, independente de requisio, qualquer autoridade policial ou servidor da Secretaria, para casos de correio, bem como deles exigir, imediata e diretamente, quaisquer informaes julgadas necessrias. Art. 21 - Dentre os chefes dos rgos integrantes da Superintendncia de Polcia Judiciria e Correies, o Corregedor Geral de Polcia indicar seus substitutos automticos, em ordem de precedncia, sendo-lhes reconhecida a condio de Subcorregedores, conforme se dispuser em regulamento. CAPTULO II Superintendente de Policiamento Civil Art. 22 - So atribuies do Superintendente de Policiamento Civil: I - avocar, quando necessrio e atendendo s circunstncias peculiares a cada caso, a competncia de qualquer chefe de rgo que lhe for subordinado, podendo assumir o exerccio da respectiva chefia a ttulo precrio e submetendo imediatamente seu ato considerao e aprovao do Secretrio; II - avocar inqurito a cargo de qualquer autoridade policial que lhe for subordinada;

III - incumbir qualquer autoridade policial do Estado das diligncias necessrias apurao de infraes, ampliando inclusive a sua competncia e jurisdio mediante aprovao do Secretrio; IV - decidir, sem prejuzo da competncia do Corregedor Geral de Polcia, sobre o encaminhamento, a quem de direito, de inquritos e processos cuja instaurao determinar; V - inspecionar, periodicamente, os rgos policiais subordinados, mandando lavrar termo em que se consignem anotaes sobre irregularidades porventura encontradas ou elogios cabveis, comunicando as primeiras ao Corregedor Geral de Polcia; VI - propor ao Secretrio as medidas que julgar convenientes ao aperfeioamento dos servios policiais; VII - praticar atos de polcia judiciria e administrativa e exercer, em qualquer parte do Estado, por ordem do Secretrio, as funes que lhe forem determinadas; VIII - impor, nos termos regulamentares, sem prejuzo da competncia estatutria dos demais chefes, pena disciplinar de suspenso a qualquer ocupante de cargo subordinado Superintendncia, inclusive a chefia; IX - promover a distribuio do pessoal do Corpo de Detetives e propor ao Secretrio a movimentao dos Delegados de Polcia, tendo em vista a necessidade do servio. CAPTULO III Superintendncia de Tcnica Policial Art. 23 - So atribuies do Superintendente de Tcnica Policial: I - superintender os servios de tcnica policial a cargo dos rgos subordinados; II - avocar, quando necessrio e atendendo s circunstncias peculiares a cada caso, a competncia de qualquer chefe de rgo que lhe for subordinado, podendo assumir o exerccio da respectiva chefia, a ttulo precrio, submetendo imediatamente seu ato considerao e aprovao do Secretrio; III - propor ao Secretrio as medidas que julgar convenientes ao aperfeioamento dos servios tcnicopoliciais; IV - impor, nos termos regulamentares, sem prejuzo da competncia estatutria dos demais chefes, pena disciplinar de suspenso a qualquer ocupante de cargo subordinado Superintendncia, inclusive chefias; V - promover a movimentao dos ocupantes das carreiras tcnico-policiais entre os rgos subordinados e as delegacias regionais de polcia, de acordo com a necessidade do servio. CAPTULO IV Delegado de Polcia Art. 24 - O Delegado de Polcia a autoridade responsvel pela direo e o regular funcionamento da unidade policial em que tenha exerccio. Art. 25 - Para o desempenho de suas funes, o Delegado de Polcia dispe dos servios tcnico-cientficos da Polcia Civil e dos servidores policiais a ele subordinados, podendo requisitar, quando necessrio, o auxlio de elementos dos diversos rgos policiais. Art. 26 - Ao Delegado de Polcia, alm das funes de direo, orientao, coordenao e controle das atividades atinentes aos servios policiais afetos unidade policial de sua jurisdio, compete: I - supervisionar e fiscalizar o policiamento executado pelos rgos da Polcia Civil, requisitando, quando for o caso, a quem de direito, as medidas necessrias sua efetivao; II - praticar atos tendentes realizao do bem-estar geral e garantia das liberdades pblicas, exercer vigilncia constante sobre os que possam atentar contra o bem-comum e zelar pelo aprimoramento dos mtodos e processos policiais; III - avocar, quando conveniente, inquritos presididos por autoridades que lhes forem subordinadas;

IV - autorizar e fiscalizar o funcionamento de casas de jogos e de diverses pblicas; V - determinar a captura de infratores, nos termos da legislao em vigor; VI - zelar pelo entrosamento indispensvel atuao integrada de todos os rgos da segurana interna, no mbito de sua jurisdio. (Vide Emenda Constituio n 82, de 14/4/2010.) CAPTULO V Delegado Regional de Polcia Art. 27 - Compete ao Delegado Regional de Polcia, alm das atribuies comuns ao delegado de Polcia: I - dirigir, orientar, coordenar e controlar atividades pertinentes aos servios executados por servidores policiais civis em sua regio; II - avocar, quando conveniente, inquritos presididos por quaisquer autoridades policiais que lhe forem subordinadas; III - assumir, a seu critrio, a direo de qualquer Delegacia da Regio, submetendo imediatamente o seu ato considerao e aprovao do Secretrio da Segurana Pblica; IV - cumprir e fazer cumprir ordens emanadas de seus superiores hierrquicos e das autoridades judicirias; V - proceder, periodicamente ou sempre que necessrio, a correies gerais e parciais nas delegacias subordinadas, de acordo com as instrues da autoridade corregedora. Art. 28 - So subordinados ao Delegado Regional de Polcia, direta, funcional e hierarquicamente os delegados municipais e subdelegados e delegados de polcia de carreira que tenham exerccio no territrio de jurisdio da respectiva Delegacia Regional. Pargrafo nico - A subordinao do oficial da Polcia Militar, no exerccio da funo de delegado especial, ser apenas funcional, observado o disposto no artigo 655 e seus pargrafos, do Regulamento aprovado pelo Decreto nmero 11.636, de 29 de janeiro de 1969. LIVRO III Normas para a organizao interna da Polcia Civil TTULO I Servios Policiais Civis em geral Art. 29 - A estrutura dos servios dos rgos Superiores de Polcia Civil ser estabelecida segundo as normas estatudas nesta lei, para o atendimento dos objetivos correspondentes s atividades de administrao especfica, relacionadas com a Polcia Judiciria, o Policiamento Civil, de Ordem e Vigilncia, a Polcia de Informaes e Segurana e o Policiamento e Fiscalizao de Trnsito. Pargrafo nico - Os servios incumbidos do exerccio de atividade de administrao especfica colocam-se sob orientao normativa e superviso tcnica do competente rgo Superior de Polcia Civil, sem prejuzo de sua eventual subordinao a outro organismo, em funo de estrutura administrativa. Art. 30 - Os rgos Superiores de Polcia Civil e os rgos de Assessoramento devem permanecer liberados de rotinas de execuo e das tarefas de mera formalizao de atos administrativos para que possam concentrar-se nas atividades de planejamento, superviso, coordenao e controle e no estabelecimento de normas, critrios e princpios que os servios responsveis pela execuo sejam obrigados a respeitar. Art. 31 - Os rgos de Apoio, comum a todos os rgos, tero organizao prpria e direo administrativa centralizada.

Art. 32 - A execuo das atividades de administrao especfica de Polcia Civil ser preponderantemente descentralizada, local ou regionalmente, e da exclusiva responsabilidade do respectivo rgo. Art. 33 - Em situao de emergncia, o responsvel por servio ou ao policial poder solicitar e dever receber ajuda de policiais de qualquer rgo, independentemente de requisio, para execuo de atos indispensveis ao servio, respondendo pelos abusos de autoridade que cometer. Art. 34 - Os policiais de todos os rgos se apoiaro, mutuamente, no cumprimento de suas misses especficas, quer quanto ao concurso de aes, quer quanto tronca de informaes de interesse para os respectivos servios. Art. 35 - So princpios gerais para a coordenao dos servios policiais, alm de outros que decorram de anlises objetivas, a natureza das funes e a procedncia das aes. Art. 36 - Os integrantes de qualquer rgo policial civil, postos disposio das Delegacias de Polcia, ficaro subordinados, funcional e disciplinarmente, ao Delegado de Polcia respectivo, enquanto durar a relao. Art. 37 - Na unidade policial, os rgos que a servem devero atuar integrada e harmonicamente em regime de colaborao permanente e recproca, informando uns aos outros as diligncias ou operaes a se realizarem e evitando aes isoladas que prejudiquem a eficincia do servio. Pargrafo nico - Considera-se unidade policial a rea de jurisdio do Delegado de Polcia com os respectivos prdios, equipamentos e servios da Polcia Civil nela integrados ou postos sua disposio. CAPTULO I POLCIA JUDICIRIA Art. 38 - A Polcia Judiciria tem a seu cargo, precipuamente, a apurao das infraes penais, as investigaes criminais e o auxlio Justia, no campo da aplicao da lei penal e processual, alm dos registros e fiscalizao de natureza regulamentar. Art. 39 - Compete Polcia Judiciria praticar todos os atos administrativos e policiais necessrios ao desempenho de suas atribuies. Art. 40 - A execuo da Polcia Judiciria cabe, em todo o Estado, aos Delegados de Polcia, nos limites de suas jurisdies, sob orientao e coordenao das autoridades superiores. Pargrafo nico - Os atos da Polcia Judiciria sero fiscalizados direta ou indiretamente pelo Corregedor Geral de Polcia. Art. 41 - A Polcia Judiciria compreende: I - as diligncias policiais e os atos de investigao de infraes penais (crimes e contravenes) e de identificao de seus autores e co-autores; II - a triagem e a custdia de suspeitos de infraes penais; III - a instaurao e realizao de inquritos e processos de sua competncia; IV - lavratura de auto de priso em flagrante; V - cumprimento de mandados judiciais de priso, busca, apreenso e demais ordens de Justia; VI - ao de presena nos recintos ou locais de possveis ocorrncias policiais, para as providncias necessrias;

VII - os registros e atestados policiais e demais atos previstos no Cdigo de Processo Penal ou em leis especiais. 1 - No desempenho de suas atribuies, os delegados de polcia e seus auxiliares far-se-o presentes nos recintos ou locais de possveis ocorrncias policiais, para o seu pronto atendimento, comparecero ao local de crime e praticaro as diligncias necessrias apurao das infraes penais e identificao de seus autores, realizando os inquritos e processos de sua alada, valendo-se, para tanto, dos servios tcnico-cientficos e das percias mdicolegais previstas em lei e regulamento. 2 - Ao Delegado de Polcia, como autoridade responsvel pela direo e regular funcionamento da unidade policial, incumbe atender as partes, receber reclamaes, solucionar ocorrncias policiais de sua alada, administrar a Delegacia, bem como requisitar, ao Comandante do Destacamento Policial da localidade, pessoal necessrio s diligncias policiais na esfera de suas atribuies. CAPTULO II POLICIAMENTO E FISCALIZAO DE TRNSITO Art. 42 - O policiamento e fiscalizao de trnsito tm como fins dirigir e disciplinar atividades regulares pelo Cdigo Nacional de Trnsito, no Estado. Art. 43 - So misses do policiamento e fiscalizao de trnsito, alm de outras previstas em leis e regulamentos: I - a manuteno dos pontos de controle e patrulha do trnsito; II - desenvolvimento de programa de educao junto ao pblico em geral, especialmente condutores de veculos e escolares; III - a implantao da sinalizao luminosa e estatigrfica; IV - a vistoria nos veculos, para a verificao das condies mnimas de segurana a serem satisfeitas; V - verificao e autuao de infraes e apresentao do infrator autoridade policial competente, quando for o caso; VI - tomada de providncias imediatas nos casos de acidentes e outras ocorrncias; VII - a coleta de dados para a organizao do servio e o mapeamento de informaes relativas s principais causas dos acidentes. 1 - As atividades do policiamento e fiscalizao do trnsito sero exercidas por integrantes de todos os rgos policiais, nos termos da legislao especfica. 2 - As misses referidas no artigo sero realizadas segundo a competncia fixada na legislao pertinente e, quando for o caso, mediante convnio com autoridades federais e municipais. CAPTULO III POLICIAMENTO CIVIL DE ORDEM E VIGILNCIA Art. 44 - O policiamento civil de ordem e vigilncia tem por finalidade preservar a ordem pblica e prevenir a prtica de atos delituosos, bem como cooperar com as autoridades competentes nas atividades de represso criminal no Estado. Art. 45 - So misses de policiamento civil de ordem e vigilncia: a) a vigilncia nas vias e logradouros pblicos, urbanos e rurais; b) a atuao em locais ou reas especficas, onde se presume ser possvel a perturbao da ordem; c) a atuao repressiva, nos limites de sua competncia, em caso de perturbao da ordem pblica; d) a prestao de socorros de urgncia e emergncia, at posterior atendimento pelos rgos adequados.

Art. 46 - O policiamento civil de ordem e vigilncia, modalidade que de prestao de servio policial, deve ser planejado em estreita ligao com o delegado de polcia responsvel pela rea correspondente, observado o planejamento relativo s misses gerais atribudas aos rgos policiais. Art. 47 - A partir do momento em que executantes de qualquer policiamento de ordem e vigilncia tomarem conhecimento de uma ocorrncia que exija providncia de carter repressivo, os atos, diligncias e demais medidas que o caso reclamar sero por eles praticados na qualidade de agentes da autoridade de polcia judiciria competente e segundo normas por ela estabelecidas. Pargrafo nico - Sob pena de responsabilidade, pessoas detidas e o que for apreendido em razo de ocorrncia policial devero ser de pronto, apresentados diretamente autoridade referida neste artigo. CAPTULO IV POLCIA DE INFORMAES E SEGURANA Art. 48 - A polcia de informaes e segurana tem por finalidade exercer as atividades de informaes e contra-informaes que interessem segurana e administrao do Estado, bem como as da polcia preventiva e judiciria, referentes ordem poltica e social, nos limites da competncia do Estado. Art. 49 - Compete polcia de informaes e segurana praticar todos os atos administrativos e policiais necessrios ao cumprimento de sua misso. Art. 50 - So misses da polcia de informaes e segurana, alm de outras previstas em lei ou regulamento: I - manter entrosamento e estreita colaborao com as autoridades federais, do Servio Nacional de Informaes, das Foras Armadas e demais rgos policiais deste e de outros Estados, no sentido da preservao da ordem pblica e segurana interna; II - cooperar na execuo das medidas tendentes a assegurar a incolumidade fsica dos membros do governo e altas personalidades em visita ao Estado; III - organizar e manter servios de fichrios e arquivos sobre antecedentes polticos e sociais de nacionais e estrangeiros; IV - manter xadrezes destinados ao recolhimento de pessoas presas ou detidas por crimes da competncia da polcia de informaes e segurana. Art. 51 - As atividades da polcia de informaes e segurana sero exercidas por integrantes de todos os rgos policiais, que forem postos sua disposio, de acordo com as diretrizes traadas pelo Secretrio de Estado da Segurana Pblica, e se constituem, basicamente, no Departamento de Ordem Poltica e Social. TTULO II DIVISO TERRITORIAL, JURISDIO E COMPETNCIA Art. 52 - Para a administrao dos servios policiais civis, o Estado dividir-se- em Regies, Comarcas, Municpios e Distritos. Pargrafo nico - Quando os servios policiais o exigirem, a rea da sede do municpio poder, tambm, ser subdividida em Distritos Policiais, atravs de ato do Secretrio da Segurana Pblica. Art. 53 - As Regies Policiais sero fixadas em portaria do Secretrio de Estado da Segurana Pblica.

Art. 54. As Delegacias de Polcia Civil de mbito territorial e de atuao especializada so dirigidas por Delegados de Polcia de carreira, e as Delegacias Regionais de Polcia Civil e as Divises de Polcia Especializada, por Delegado de Polcia de, no mnimo, nvel Especial. 1 A direo das Superintendncias, dos Departamentos de Polcia Civil de mbito territorial e atuao especializada, da Academia de Polcia Civil, do Departamento de Trnsito de Minas Gerais, da Corregedoria-Geral de Polcia Civil, do Instituto de Identificao, a Chefia de Gabinete da Polcia Civil e o cargo de Delegado Assistente do Chefe da Polcia Civil sero exercidos exclusivamente por Delegados-Gerais de Polcia, ressalvada a Superintendncia de Polcia TcnicoCientfica, cuja direo compete a ocupante de cargo de Mdico-Legista ou de Perito Criminal que esteja em efetivo exerccio e no ltimo nvel da carreira. 2 A direo do Instituto de Medicina Legal e do Instituto de Criminalstica sero exercidos, respectivamente, por Mdico-Legista e por Perito Criminal que estejam em efetivo exerccio e no ltimo nvel da carreira. (Artigo com redao dada pelo art. 13 da Lei Complementar n 113, de 29/6/2010)

Art. 55 - As Delegacias de Municpio e Subdelegacias de Distrito sero providas de acordo com o que dispe o Decreto-Lei n 2.105, de 25 de abril de 1947, ficando dispensada a exigncia constante da letra e, artigo 1 do referido Decreto-Lei. 1 - Na medida das possibilidades oramentrias do Estado o Governo adotar providncias no sentido de substituir as autoridades de que trata este artigo por delegados de carreira. 2 - Os delegados e subdelegados mencionados neste artigo ficam subordinados aos Delegados de Polcia das respectivas comarcas sendo os primeiros substitutos destes, em suas faltas e impedimentos, no mbito do municpio da sede. 3 - Os elementos policiais civis em servio nas sedes municipais e nos distritos so subordinados aos respectivos delegados e subdelegados, no exerccio de suas atribuies. Art. 56 - Podero ser designados Delegados Especiais os Delegados de Carreira aposentados e os Oficiais da Polcia Militar, da ativa, da reserva ou reformados. Pargrafo nico - A designao de Oficiais da Polcia Militar atender ao disposto no artigo 655 e seus pargrafos, do Regulamento aprovado pelo Decreto n 11.636, de 29 de janeiro de 1969. TTULO III SERVIOS EM CONVNIO E AUXILIARES

Art. 57 - O Estado poder exercer os servios policiais de competncia da Unio, que lhe foram conferidos por esta, mediante convnio. LIVRO IV ESTRUTURA DAS SRIES DE CLASSES POLICIAIS CIVIS Art. 58 - Os cargos da Polcia Civil do Estado, de natureza estritamente policial, constantes dos anexos da presente Lei Orgnica, passam a integrar, com as respectivas composies por sries de classes, onde couberem, os Anexos da Lei 3.214, de 16 de outubro de 1964, com as respectivas modificaes. Art. 59 - Para os efeitos desta lei, consideram-se cargos de natureza estritamente policial os de: a) Delegado de Polcia; b) Mdico-Legista; c) Perito Criminal Especialista;

d) Perito Criminal; e) Perito de Trnsito; f) Pesquisador-Datiloscopista; g) Escrivo de Polcia; h) Escrevente de Polcia; i) Detetive; j) Guarda Civil; l) Fiscal de Trnsito; m) Identificador; n) Auxiliar de Necropsia; o) Vigilante Policial de Presdio; p) Carcereiro. Pargrafo nico - Enquanto lotados na Secretaria de Estado da Segurana Pblica e com seus ocupantes no efetivo exerccio de servios de natureza estritamente policial, cargos das sries de classes de Fotgrafo, Motorista e Rdio-Operadores sero equiparados aos relacionados no artigo, para todos os efeitos, desde que habilitados em cursos especficos ministrados pela Academia de Polcia. Art. 60 - O ocupante de cargo de natureza estritamente policial, que exera cargo de chefia ou direo de igual natureza, na Secretaria de Estado da Segurana Pblica, perceber as vantagens do cargo efetivo que ocupa, incidentes, segundo opo a qualquer tempo, sobre o valor do vencimento do cargo em comisso ou sobre o vencimento do cargo efetivo. Pargrafo nico - Enquanto no se fixar a estrutura e as atribuies dos cargos de Polcia Civil do Estado e, consequentemente, a natureza dos cargos de direo ou chefia, consideram-se de natureza policial, para os efeitos do artigo e demais desta lei, os cargos de chefia ou direo em unidades subordinadas aos rgos Superiores da Polcia Civil, bem como aos rgos de Apoio e Assessoramento. TTULO NICO CAPTULO I DELEGADO DE POLCIA Art. 61 - Ao Delegado de Polcia incumbe, alm do exerccio de funes na administrao policial, a direo e a execuo de servios de polcia judiciria, de vigilncia e administrativa na unidade respectiva, nos termos desta lei e regulamentos. CAPTULO II MDICO-LEGISTA Art. 62 - O Mdico-Legista o servidor policial que tem a seu cargo os exames macroscpicos, microscpicos e de laboratrio, em cadveres e em vivos, para determinao da causa-mortis ou da natureza de leses e a conseqente elaborao de laudos periciais. CAPTULO III PERITO CRIMINAL ESPECIALISTA Art. 63 - O Perito Criminal Especialista o servidor policial que tem a seu cargo a realizao de exames e anlises relacionados com a fsica, qumica e biologia legais, e de percias grafotcnicas, inclusive em documentos vazados em idiomas estrangeiros, aplicados criminalstica. CAPTULO IV

PERITO CRIMINAL Art. 64 - O Perito Criminal o servidor policial que tem a seu cargo o trabalho especializado de investigao e pesquisa policial, que consiste em examinar peas, apurar evidncias ou colher indcios em locais de crimes ou acidentes, ou em laboratrios, visando a fornecer os elementos esclarecedores para a instruo de inquritos policiais e processos criminais. CAPTULO V PERITO DE TRNSITO Art. 65 - O Perito de Trnsito o servidor policial que tem a seu cargo trabalhos tcnicos, que consistem em realizar exames periciais destinados a apurar causas e responsabilidades em acidentes de trnsito. CAPTULO VI PESQUISADOR-DATILOSCOPISTA Art. 66 - O Pesquisador-Datiloscopista o servidor policial que tem a seu cargo a classificao, pesquisa e arquivamento de fichas datiloscpicas, bem como prestar auxlio de sua especialidade s percias criminais. Art. 67 - Os atuais ocupantes dos cargos de Perito Criminal que, anteriormente Lei 3.214, de 16 de outubro de 1964, exerciam os cargos de Datiloscopista, sero enquadrados, por ato do Executivo, nas classes e nveis correspondentes da srie de classes de Pesquisador-Datiloscopista. Pargrafo nico - aplica-se a regra do artigo ao Perito Criminal nomeado posteriormente Lei 3.214, e que, data da publicao desta lei, se encontrar prestando servios de pesquisa datiloscpicas no Departamento de Identificao, h mais de seis meses. CAPTULO VII ESCRIVO DE POLCIA Art. 68 - O Escrivo de Polcia o servidor policial que tem a seu cargo o trabalho de elaborao dos inquritos policiais e processos sumrios e, quando necessrio, execuo de tarefas administrativas, guarda e conservao das instalaes e pertences das Delegacias. CAPTULO VIII ESCREVENTE DE POLCIA Art. 69 - O Escrevente de Polcia o servidor policial que tem a seu cargo trabalhos que consistem em executar tarefas auxiliares, administrativas, de elaborao e preparao de inquritos, sob a orientao do Escrivo de Polcia. CAPTULO IX DETETIVE Art. 70 - Detetive o servidor policial que tem a seu cargo a investigao e coleta de elementos para elaborao de inquritos e processos sumrios, policiamento preventivo especializado, cumprimento de mandados, escolta de presos e investigao sobre paradeiros de pessoas desaparecidas. CAPTULO X GUARDA-CIVIL

Art. 71 - Ao Guarda civil incumbe o exerccio de atividade de policiamento civil de ordem e vigilncia, definidos nesta lei. Pargrafo nico - Mediante especificao em regulamento, a srie de classes de Guarda-civil compreender cargos reservados, em nmero proporcional s necessidades do servio, a homens e a mulheres, para atender s peculiaridades do policiamento geral e do policiamento feminino. Art. 72 - Alm da srie de classes referida no artigo anterior, haver na guarda-civil mais a seguinte, com as respectivas classes ascendentes: Guarda-Civil Msico I; Guarda-Civil Msico II; Guarda-Civil Msico III; Guarda-Civil Msico de Classe Especial. CAPTULO XI FISCAL DE TRNSITO Art. 73 - Ao Fiscal de Trnsito incumbe, nos termos da legislao especfica, fiscalizar a movimentao de veculos, a fim de manter a normalizao do trfego e verificar o cumprimento das leis e dos regulamentos de trnsito. CAPTULO XII IDENTIFICADOR Art. 74 - O Identificador o servidor policial que tem a seu cargo trabalho que consiste em tomar as impresses digitais para fins de identificao civil e criminal, inclusive de cadveres, reclusos e dementes. CAPTULO XIII AUXILIAR DE NECRPSIA

Art. 75 - (Revogado pelo inciso II do art. 16 da Lei Complementar n 113, de 29/6/2010) Dispositivo revogado: Art. 75 - O Auxiliar de Necropsia o servidor policial que, no servio mdico-legal, tem a seu cargo trabalho que consiste em auxiliar nas exumaes, operao e dissecao, recomposio, suturas e pesagens de cadveres, sob orientao imediata do mdico, e em cuidar de limpeza e desinfeo dos locais e instrumentos de trabalho. CAPTULO XIV VIGILANTE DE PRESDIO Art. 76 - O Vigilante de Presdio o servidor policial que, prestando servios em estabelecimentos penais subordinados Secretaria de Estado da Segurana Pblica, tem a seu cargo trabalho de vigilncia, disciplina e movimentao de detentos. Art. 77 - Os atuais Vigias que integram a srie de classes previstas no Anexo II, da Lei 3.214, de 16 de outubro de 1964, lotados na Secretaria de Estado da Segurana Pblica, em Servio de Vigilncia policial, sero classificados, por ato do Executivo, nas classes e nveis correspondentes da srie de classes de Vigilante de Presdio. Pargrafo nico - Sero automaticamente suprimidos, no anexo II, da Lei 3.214, onde couber, os cargos vagos em decorrncia da classificao de que trata este artigo.

CAPTULO XV CARCEREIRO Art. 78 - O Carcereiro o servidor policial de classe singular que tem a seu cargo o recolhimento, movimentao, disciplina e vigilncia de presos nas cadeias pblicas, guarda de valores e pertences de detentos, escriturao dos livros de registros das carceragens e cuidados com a limpeza das celas e adjacncias. (Vide art. 1 da Emenda Constituio n 52, de 28/12/2001.) LIVRO V Estatuto do Servidor Policial TTULO I Ingresso na Polcia Civil CAPTULO I Aspirante

Art. 79 - Todo candidato a cargo de natureza estritamente policial ter de ser previamente aprovado em curso ministrado pela Academia de Polcia Civil de Minas Gerais. Art. 80 - So requisitos para matrcula em curso da Academia de Polcia Civil de Minas Gerais: I - ser brasileiro; II - ter no mnimo dezoito anos; (Inciso com redao dada pelo art. 13 da Lei Complementar n 113, de 29/6/2010) III - estar no gozo dos direitos polticos; IV - estar quite com as obrigaes militares e eleitorais; V - ter procedimento irrepreensvel; VI - gozar de boa sade fsica e mental, comprovada por: a) avaliao psicolgica, feita por meio de testes psicolgicos; b) exames biomdicos, visando comprovar a sanidade fsica; c) exames biofsicos, feitos por meio de testes fsicos especficos; (Inciso com redao dada pelo art. 13 da Lei Complementar n 113, de 29/6/2010) VII - possuir inteligncia, aptides especficas e personalidade adequada ao exerccio profissional, apuradas em exame psicolgico realizado pela Academia de Polcia; VIII - ter sido habilitado, previamente, em concurso pblico de provas ou de provas e ttulos realizado pela Academia de Polcia Civil de Minas Gerais, ressalvadas as modalidades previstas nos artigos 112 e 114 desta lei; (Inciso com redao dada pelo art. 1 da Lei n 5980, de 11/9/1972.) IX - ter, no caso de candidato carreira de Investigador de Polcia, habilitao ou permisso para dirigir veculo automotor, no mnimo, na categoria "B"; (Inciso com redao dada pelo art. 13 da Lei Complementar n 113, de 29/6/2010) X - ter atendido a outras prescries legais para determinados cargos; e XI - satisfazer aos demais requisitos previstos em regulamentos ou em edital de concurso. Pargrafo nico - A inspeo mdica de que trata o item VI deste artigo ser realizada pelo rgo designado pela Academia de Polcia Civil. Art. 81 - O candidato aprovado no concurso, at o limite das vagas existentes na inicial de srie de classes, ser matriculado, mediante prvia autorizao do Governador do Estado, no curso prprio da Academia e, designado Aspirante, far jus a uma bolsa de estudo, durante toda a realizao do curso, equivalente a 50% (cinquenta por cento) do valor correspondente remunerao atribuda inicial da srie de classes para a qual se tenha candidatado.

Pargrafo nico. O aspirante a carreiras policiais civis que aceitar bolsa de estudo firmar termo de compromisso, obrigando-se a devolver ao Estado, em dois anos, pelo valor reajustado monetariamente na forma de regulamento, sem juros, o total recebido a esse ttulo, bem como o montante correspondente ao valor dos servios escolares recebidos, no caso de: I - abandono do curso sem ser por motivo de sade; II - no tomar posse no cargo para o qual foi aprovado; ou III - no permanecer na carreira pelo perodo mnimo de cinco anos aps o trmino do curso, salvo se em decorrncia de aprovao e posse em cargo de carreira da Polcia Civil do Estado de Minas Gerais. (Pargrafo acrescentado pelo art. 14 da Lei Complementar n 113, de 29/6/2010) (Artigo com redao dada pelo art. 1 da Lei n 11180, de 10/8/1993.) Art. 82 - O curso de Aspirante ter a durao de 6(seis) meses, sendo dividido em duas fases: (Caput com redao dada pelo art. 1 da Lei n 5980, de 11/9/1972.) a) fase de formao, em que o aspirante freqentar, em regime de tempo integral, as aulas do curso; b) fase de treinamento em que o Aspirante, sem prejuzo da freqncia s aulas do curso, prestar servios s Delegacias e Departamentos, a fim de adquirir os ensinamentos prticos relacionados com as funes do cargo para o qual se tenha candidatado. 1 - A critrio do Secretrio de Estado da Segurana Pblica, a durao dos cursos poder ser reduzida at 3(trs) meses, de forma intensiva, observando-se a carga-horria mnima de 720(setecentos e vinte) horas-aula. (Pargrafo acrescentado pelo art. 1 da Lei n 6640, de 14/10/1975.) 2 - O curso reduzido, na forma do 1, comportar atividades de classe e estgio profissionalizante, atribuindo-se nas atividades de classe um mnimo de 480(quatrocentos e oitenta) horas-aula. (Pargrafo acrescentado pelo art. 1 da Lei n 6640, de 14/10/1975.) Art. 83 - Ao trmino das fases enumeradas no artigo anterior, o Aspirante ser automaticamente inscrito ao concurso, para o provimento do cargo inicial da carreira para a qual se tenha candidatado e que se realizar no prazo de trinta dias. Pargrafo nico - O Aspirante que for considerado infreqente a mais de vinte e cinco por cento das aulas dadas, por motivo de acidente em servio, poder fazer o concurso, desde que possa recuperar a instruo perdida, caso contrrio, aguardar o incio de outro curso. Art. 84 - Em qualquer poca, o Aspirante poder ser sumariamente dispensado, por convenincia da Polcia Civil, independentemente de ter sofrido punio disciplinar. Art. 85 - Constitui motivo para dispensa obrigatria e imediata do Aspirante a verificao das seguintes ocorrncias: a) tenha praticado duas transgresses disciplinares classificadas como faltas graves; b) haja sido constatada incapacidade moral ou fsica ou profissional; c) tenha sido considerado infreqente ao servio e s aulas ou tenha sido reprovado no curso ou concurso; d) haja se envolvido, antes do ingresso na Academia ou durante o curso, em fato que o comprometa moral ou profissionalmente; e) o que j houver cumprido sentena por crime aviltante ou tiver sido expulso de outro organismo policial e tenha omitido tais ocorrncias no Boletim de Informaes. Art. 86 - O ensino, o treinamento, o recrutamento e a seleo de pessoal no mbito da Secretaria de Estado da Segurana Pblica, privativo da Academia de Polcia Civil de Minas Gerais, ficando vedada a criao ou manuteno de quaisquer cursos por rgos da mesma Secretaria, sob pena de responsabilidade dos seus chefes.

Pargrafo nico - Os programas de recrutamento, seleo e treinamento de pessoal sero executados aps audincia do Instituto de Administrao Pblica, da Secretaria de Estado da Administrao. CAPTULO II CONCURSO Art. 87 - A primeira investidura em cargo da Polcia Civil, para pessoas estranhas aos quadros de funcionalismo pblico, ressalvadas as disposies contidas nos artigos 112 e 114 desta lei, far-se- mediante concurso de provas realizado pela Academia de Polcia, dentre os Aspirantes habilitados nos respectivos cursos. 1 - Para atender ao disposto no artigo, reservar-se-o 50%(cinqenta por cento) das vagas existentes na classe inicial de qualquer das sries de classes mencionadas no artigo 59 desta lei. 2 - A modalidade de provimento de que trata o artigo tem preferncia sobre as outras mencionadas nesta lei. (Artigo com redao dada pelo art. 1 da Lei n 5980, de 11/9/1972.) Art. 88 - Realizado o concurso, ser expedido pela Academia de Polcia Civil de Minas Gerais o certificado de habilitao, passando o aprovado a aguardar a competente nomeao. CAPTULO III NOMEAO Art. 89 - A nomeao obedecer ordem de classificao dos candidatos habilitados em concurso. Art. 90 - S o funcionrio portador do certificado de concluso do respectivo curso, mantido com esse fim pela Academia de Polcia, poder ser nomeado para direo ou chefia de unidade subordinada aos rgos Superiores da Polcia Civil. Art. 91 - A nomeao para cargos de chefia, a serem ocupados por delegados de polcia de carreira, obedecer ao disposto no Ttulo II, do Livro III, desta Lei Orgnica. Art. 92 - S podero ser nomeados para o cargo de Inspetor Geral do Corpo de Detetives os Inspetores-Detetives; para o de Inspetor-Detetive, os Subinspectores de Detetives; e para o de Subinspetor de Detetives, os ocupantes da final da srie de classes de Detetives; para o cargo de Inspetor Geral do Servio do Corpo de Escrives e Escreventes, os Chefes de Cartrios; e para o de Chefe de Cartrio, os ocupantes da final da srie de classe de Escrives; para o cargo de Inspetor Geral da Guarda Civil, os Inspetores de Diviso de Policiamento; para o de Inspetor de Diviso de Policiamento, os Inspetores de Policiamento; para o cargo de Inspetor de Policiamento, os Subinspetores de Policiamento; e para o de Subinspetor de Policiamento, os ocupantes da final da srie de classes de Guarda Civil; para os cargos de Inspetor Geral de Trnsito e Inspetor Auxiliar de Trnsito, os Chefes de Distrito de Trnsito; para o de Chefe de Distrito de Trnsito, os Fiscais de Turma de Trnsito; e para o de Fiscal de Turma de Trnsito, os de ocupantes da final da srie de classes de Fiscais de Trnsito. Pargrafo nico - Quando os cargos de Chefia de que trata este artigo forem em nmero superior aos da classe final da respectiva carreira, os excedentes podero ser providos por ocupantes da classe imediatamente inferior, obedecido o requisito do artigo 90. CAPTULO IV POSSE Art. 93 S poder ser empossado em cargo com atribuies e responsabilidades de natureza estritamente policial, quem, alm do cumprimento das exigncias previstas no artigo 80 desta lei e seu pargrafo nico, houver atendido s condies especiais prescritas em outras leis e regulamentos para determinados cargos.

Art. 94 O Aspirante a cargo de natureza estritamente policial, ao ser nomeado, dever tomar posse imediatamente, podendo, no entanto, em casos justificados, a administrao policial conceder-lhe prazo no superior a trinta dias para o ato. CAPTULO V EXERCCIO Art. 95 O exerccio de nomeado para cargo de natureza estritamente policial ter incio imediatamente posse. 1 - No caso de remoo ou promoo, o exerccio ter incio dentro do prazo de quinze dias, contados da data da publicao oficial do respectivo ato. 2 - Quando a remoo ou promoo no importar em mudana de municpio, o policial dever entrar em exerccio no prazo de dois dias. 3 - No interesse do servio, o Secretrio de Estado da Segurana Pblica poder determinar que o servidor assuma de imediato o exerccio do cargo. Art. 96 Os servidores da Polcia Civil no podero exercer funes diferentes daquelas para as quais foram nomeados. Pargrafo nico No se compreende na proibio deste artigo o exerccio: I em cargo de direo da Polcia Federal, quando nomeado pelo Governo da Unio; II no Gabinete do Governador do Estado e do Secretrio de Estado da Segurana Pblica; III as funes de direo ou chefia em qualquer rgo policial da Secretaria de Estado da Segurana Pblica; IV na Chefia da Polcia Rodoviria Estadual; V no Servio Nacional de Informaes; VI na Presidncia da Comisso de Controle de Veculos Oficiais; VII em funes correlatas nas Corregedorias da Secretaria de Estado de Administrao. Art. 97 Perder as vantagens inerentes ao cargo o servidor policial que se afastar, por qualquer motivo, do servio de natureza estritamente policial. 1 - A determinao deste artigo no atinge os servidores mencionados nos itens II a VII do artigo 96 e os que servirem em qualquer setor tcnico ou cientfico da administrao policial. 2 - A supresso das vantagens, nos casos de que trata este artigo, ser automtica e o funcionrio que autorizar pagamento com a inobservncia da respectiva determinao ficar obrigado a repor ao Estado a importncia indevidamente paga. Art. 98 A freqncia aos cursos da Academia de Polcia Civil de Minas Gerais considerada como de efetivo exerccio, para fins de aposentadoria e gratificao por tempo de servio. CAPTULO VI ESTGIO PROBATRIO Art. 99 O Policial aprovado e diplomado no concurso ser submetido a estgio probatrio de um ano, durante o qual sero apurados os seguintes requisitos: (Caput com redao dada pelo art. 1 da Lei n 5980, de 11/9/1972.) 1. 2. 3. 4. 5. idoneidade moral; pontualidade; assiduidade; disciplina; e eficincia.

Pargrafo nico - A apurao dos requisitos compete ao rgo a que se subordina o policial e dever processar-se de modo a que a exonerao do servidor que no os satisfizer, possa ser feita antes de findo o perodo de estgio, por proposta do Conselho Superior da Polcia Civil. (Pargrafo com redao dada pelo art. 1 da Lei n 5980, de 11/9/1972.) Art. 100 O servidor sujeito a estgio probatrio no poder ser nomeado para cargo de provimento em comisso ou designao para exerccio de funo gratificada. Art. 101 A estabilidade do servidor que houver satisfeito os requisitos do estgio, no depender de qualquer novo ato. TTULO II PROMOO Art. 102 A promoo dos servidores ocupantes dos cargos de natureza estritamente policial obedecer s normas especiais, a serem baixadas em regulamento pelo Secretrio de Estado da Segurana Pblica, com aprovao do Governador do Estado. Pargrafo nico As normas especiais de que trata este artigo prevalecero, em qualquer caso, sobre as normas gerais baixadas para os demais cargos do funcionalismo pblico civil do Estado e estas somente sero aplicadas, subsidiariamente, quando no se conflitarem com aquelas. Art. 103 - (Revogado pelo art. 7 da Lei Complementar n 23, de 26/12/1991.) Dispositivo revogado: Art. 103 As promoes de que trata o artigo anterior sero realizadas, anualmente, nos meses de junho e dezembro. Art. 104 As promoes obedecero a critrios de antigidade, merecimento, ato de bravura e tempo de servio, devendo ocorrer anualmente, nos meses de junho e dezembro. (Artigo com redao dada pelo art. 4 da Lei Complementar n 74, de 8/1/2004.) Art. 105 No poder ser promovido por merecimento o candidato que: I estiver em exerccio fora da Secretaria da Segurana Pblica, salvo em servio de carter estritamente policial, ou os referidos no pargrafo nico do artigo 96; II estiver afastado para tratar de interesses particulares; III tiver sofrido pena disciplinar de suspenso por mais de dez dias, nos doze meses anteriores publicao da lista de promoo. Art. 106 As vagas para promoo por antigidade sero deduzidas ao nmero necessrio promoo, que fica assegurada, do servidor policial civil que pratique ato de bravura. 1 - Compreende-se por ato de bravura a prtica de ao meritria excepcional, em que um ou mais policiais civis, em circunstncias adversas, assumiram o risco de expor sua prpria vida ou sade no estrito cumprimento do dever funcional ou cvico. 2 - A promoo por ato de bravura implicar a freqncia de curso prprio, uma vez que o funcionrio promovido permanea na funo. Art. 107 O interstcio mnimo para a promoo de dois anos, podendo ser reduzido metade e at dispensado, desde que no haja, na classe, candidato com interstcio completo, ou quando o nmero de vagas a serem preenchidas for superior ao nmero de candidatos com interstcio completo.

Art. 108 Para a promoo por merecimento, requisito necessrio a apresentao de certificado de concluso do curso para esse fim mantido pela Academia de Polcia Civil de Minas Gerais. Art. 109 Sero promovidos por merecimento os Delegados de Polcia escolhidos pelo Chefe do Poder Executivo, entre os que figurarem em lista organizada pelo Conselho Superior da Polcia Civil. Pargrafo nico A lista referida neste artigo, disposta em ordem alfabtica, conter tantos nomes quantas forem as vagas, mais dois. Art. 110 A classificao para promoo nas demais carreiras policiais civis ser processada pelo Conselho Superior de Polcia Civil, que contar com tantas Comisses de Promoes quantas necessrias, com as atribuies que lhes forem determinadas em regulamento. Art. 111 Os policiais invalidados ou mortos, em conseqncia de leses recebidas no exerccio da funo, sero promovidos classe imediatamente superior, independentemente de vaga. CAPTULO III ACESSO Art. 112 Acesso a elevao do servidor, cujo cargo integre classe singular ou srie de classes de natureza policial, para o cargo inicial de qualquer das sries de classes mencionadas no artigo 59, mediante prova de seleo ou aprovao em curso de treinamento para esse fim institudo, na Academia de Polcia Civil, respeitada a habilitao profissional. Pargrafo nico - Alm das condies fixadas neste artigo, so exigncias para o acesso novos exames mdico, psicolgico e de capacidade fsica, a serem realizados em rgo oficial do Estado, por indicao da Academia de Polcia Civil de Minas Gerais. (Pargrafo com redao dada pelo art. 1 da Lei n 5980, de 11/9/1972.) Art. 113 - Para o acesso ser observado como reserva de cargos, o limite mnimo de 30% (trinta por cento), das vagas existentes na classe inicial de qualquer das sries de classes mencionadas no artigo 59 desta Lei. (Artigo com redao dada pelo art. 9 da Lei n 8181, de 30/4/1982.) TTULO IV TRANSFERNCIA Art. 114 - Transferncia a movimentao de funcionrios, mediante curso de treinamento e prova de seleo, realizados pela Academia de Polcia Civil de Minas Gerais, respeitada a habilitao profissional. 1 - A transferncia somente poder dar-se para o cargo inicial de qualquer das sries de classes referidas no artigo 59 desta lei. 2 - Para atender ao disposto no artigo, reservar-se-o 25%(vinte e cinco por cento) das vagas existentes na classe inicial de qualquer das sries de classes mencionadas no artigo 59 desta lei. 3 - Ao curso de transferncia podero candidatar-se funcionrios pblicos da administrao estadual direta. 4 - Alm das condies fixadas no artigo, so exigncias para a transferncia novos exames mdico, psicolgico e de capacidade fsica, a serem realizados por rgo oficial do Estado, indicado pela Academia de Polcia Civil de Minas Gerais. 5 - No caso de no se candidatarem funcionrios em nmero suficiente para o provimento das vagas destinadas transferncia, podero, as restantes delas, ser providas por candidatos estranhos ao servio pblico estadual, mediante concurso de provas realizado pela Academia de Polcia Civil de Minas Gerais. (Artigo com redao dada pelo art. 1 da Lei n 5980, de 11/9/1972.)

TTULO V REMOO Art. 115 Os integrantes dos rgos policiais s podero ser removidos, de um municpio para outro: I a pedido; II por permuta; III com o seu consentimento, por escrito, aps consulta prvia; IV no interesse do servio policial e por V convenincia da disciplina. Art. 116 Nas hipteses dos itens IV e V do artigo anterior os Delegados de Polcia s podero ser removidos mediante prvia sindicncia regular e justificativa das providncias, assegurando-se-lhes plena defesa no caso de lhe serem argidas irregularidades, e depois de ouvido o Conselho Superior da Polcia Civil. Art. 117 O servidor policial, em regime de estgio probatrio, poder ser removido por interesse do servio. CAPTULO VI APOSENTADORIA Art. 118 O ocupante de cargo de natureza estritamente policial ser aposentado: I por invalidez; II compulsoriamente, aos setenta anos de idade; e III voluntariamente, aps trinta e cinco anos de servio. (Vide art. 1 da Lei Complementar n 98, de 6/8/2007.) Art. 119 Os proventos da aposentadoria sero: I iguais ao vencimento e demais vantagens pecunirias incorporadas quele para esse efeito: 1. 2. quando ocorrer a invalidez; e quando, contando tempo de servio pblico em geral para aposentadoria, aps trinta e cinco anos de servio, tiver pelo menos dez anos de servio dedicados exclusivamente s atividades policiais; II qualquer alterao de vencimento e vantagens dos servidores policiais em atividade, em virtude de medida geral, ser extensiva aos proventos dos inativos na mesma proporo. (Vide art. 1 da Lei Complementar n 98, de 6/8/2007.) Art. 120 A aposentadoria do servidor policial, por invalidez, dar-se- mediante prvia inspeo mdica, procedida com observncia das normas prprias. TTULO VII FRIAS E LICENAS Art. 121 As frias e licenas para os servidores policiais civis processar-se-o na forma de legislao comum ao funcionalismo pblico civil do Estado. Art. 122 Quando razes de interesse pblico o exigirem, a autoridade competente poder suspender a concesso ou determinar a interrupo do gozo de frias, que podero ser iniciadas, cessados os motivos que determinaram a suspenso ou interrupo.

Art. 123 A licena para tratamento de sade ao servidor policial civil ser concedida pelas chefias dos rgos policiais a que pertena o servidor, mediante prvia inspeo mdica procedida na conformidade de instrues a serem baixadas pelo Secretrio da Segurana Pblica. TTULO VIII REGIME DO TRABALHO POLICIAL Art. 124 Os ocupantes de cargos de natureza estritamente policial, mencionados no artigo 59 e os de cargos de chefia ou direo assim considerados nos termos do artigo 60, sujeitam-se ao expediente normal das reparties pblicas estaduais e ao regime do trabalho policial civil, que se caracteriza: I pela prestao de servio em condies adversas de segurana, com risco de vida, cumprimento de horrios normais e irregulares, sujeito a plantes noturnos e a chamados a qualquer hora e dia, inclusive nos dias de dispensa do trabalho; II pela realizao de diligncias policiais em qualquer regio do Estado ou fora dele. TTULO IX REMUNERAO Art. 125 A contraprestao pecuniria pelo exerccio de cargo de natureza estritamente policial civil a remunerao, que se compe do vencimento e das vantagens previstas nesta lei. Art. 126 Vencimento a retribuio pecuniria correspondente ao valor fixado em lei para o nvel ou smbolo do cargo exercido. Art. 127 O ocupante de cargo de natureza estritamente policial somente poder auferir as seguintes vantagens: I adicional pelo regime de trabalho policial civil; (Vide art. 1 da Lei Delegada n 45, de 26/7/2000.) II adicionais por tempo de servio; III gratificao a ttulo de: a) magistrio em curso de treinamento ou outro curso regularmente institudo na Academia de Polcia Civil de Minas Gerais; b) trabalho tcnico-cientfico, no decorrente das atribuies normais do cargo; c) participao em banca examinadora de concurso; d) ajuda de custo; e) dirias; f) participao em rgo de deliberao coletiva; g) exerccio de cargo de chefia ou direo; h) gratificao por risco de contgio, nos termos da legislao prpria; i) gratificao de gabinete; j) gratificao de tempo integral. (Vide art. 8 da Lei n 7922, de 23/4/1981.) (Vide art. 5 da Lei n 9769, de 31/5/1989.) Pargrafo nico Com exceo dos adicionais por tempo de servio das gratificaes a ttulo de ajuda de custo e a ttulo de exerccio de cargo de chefia, esta quando fixada em lei, as demais vantagens pecunirias sero concedidas nos termos do regulamento. Art. 128 O adicional pelo regime de trabalho policial civil ser fixado por decreto, em base de percentagem, igualitria ou diferencialmente incidente sobre o vencimento atribudo ao cargo de natureza estritamente policial, permitindo-se a incorporao das gratificaes atualmente existentes.

Pargrafo nico Salvo no caso da incorporao prevista no artigo, so mantidas as gratificaes de tempo integral para os servidores que atualmente as percebem em cargos, inclusive de chefia, de natureza estritamente policial. Art. 129 Estende-se como gratificao a ttulo de exerccio de cargo de chefia ou direo, alm de outras institudas em lei, aquela decorrente da opo prevista no artigo 36, 3, da Lei n. 3.214, de 16 de outubro de 1964. Art. 130 Os proventos dos servidores aposentados em cargos de natureza estritamente policial no podero exceder remunerao percebida por servidor em atividade, ocupante de igual cargo e com o mesmo tempo de servio com que se aposentou o inativo. TTULO X SUBSTITUIO Art. 131 A substituio de chefia dos rgos policiais civis ser feita com observncia das normas baixadas para o funcionalismo pblico estadual, em geral, obedecido estritamente o princpio da hierarquia estabelecido nesta lei. TTULO XI ASSISTNCIA MDICO-HOSPITALAR Art. 132 Ao policial civil ser assegurada assistncia mdico-hospitalar, na forma regulamentar. TTULO XII PRISO ESPECIAL Art. 133 A priso do policial civil obedecer s prescries da legislao sobre priso especial. TTULO XIII PENSO ESPECIAL Art. 134 famlia do servidor policial que falecer em conseqncia de acidente no desempenho de suas funes ou de ato por ele praticado no estrito cumprimento do dever, assegurada uma penso especial que no poder ser inferior ao vencimento e demais vantagens que percebia poca do evento. Pargrafo nico A penso especial de que trata o artigo caber, em partes iguais, viva, enquanto perdurar a viuvez, e aos filhos solteiros ou sem rendimentos prprios, vlidos, at vinte e um anos de idade e ser sempre reajustada nas mesmas bases do reajustamento que for concedido remunerao do cargo equivalente. TTULO XIV INCOMPATIBILIDADES, IMPEDIMENTOS E SUSPENSES Art. 135 O exerccio do cargo policial, no regime especial de trabalho, incompatvel com o de qualquer outro cargo, emprego ou atividade profissional remunerada. Pargrafo nico S admissvel a acumulao com um cargo de magistrio ou atividade da mesma natureza, verificada, em qualquer caso, a inexistncia de prejuzo para o servio. Art. 136 A incompatibilidade dos integrantes dos rgos policiais, por impedimento de parentesco e motivos de suspeio, ser disciplinada em regulamento.

Pargrafo nico Enquanto no for baixado o regulamento de que trata este artigo, a incompatibilidade obedecer aplicao analgica da lei processual penal, normas regulamentares vigentes, bem como ao suplemento dos princpios gerais do direito. Art. 137 O exerccio de qualquer cargo policial incompatvel com o de vereador ou funcionrio municipal. 1 - No poder ser nomeado delegado de polcia, salvo prvia renncia, o vereador Cmara Municipal e seu respectivo suplente. 2 - Salvo afastamento legal, no poder candidatar-se a cargo eletivo de vereador qualquer ocupante de cargo de natureza estritamente policial. TTULO XV DECLARAO DE BENS Art. 138 A quem for nomeado para qualquer cargo de natureza policial ser exigida, obrigatoriamente, declarao de bens e valores que possua, assim como os do seu cnjuge, se casado for. Pargrafo nico A declarao ser registrada na Superintendncia de Polcia Judiciria e Correies. Art. 139 Desde que tenham ocorrido modificaes que importem no aumento ou diminuio do patrimnio do declarante, ou, em qualquer caso, alienao, aquisio ou permuta de bens, ser a declarao renovada pelo menos de dois em dois anos. Pargrafo nico No caso de aposentadoria ou exonerao a pedido, ser exigido, previamente, nova declarao de bens. Art. 140 A declarao compreende imveis, mveis, semoventes, dinheiro, jias, ttulos, aes e qualquer outra espcie de bens e valores patrimoniais. TTULO XVI DIREITO DE PETIO Art. 141 permitido ao servidor policial requerer ou representar, pedir reconsiderao e recorrer de decises, desde que o faa dentro das normas de urbanidade e em termos, observadas as seguintes regras: I nenhuma solicitao, qualquer que seja sua forma, poder ser: a) dirigida autoridade incompetente para decidi-la; e b) encaminhada, seno por intermdio da autoridade a que estiver imediatamente subordinado o servidor; II o pedido de reconsiderao s ser cabvel quando contiver novos argumentos e ser sempre dirigido autoridade que tiver expedido o ato ou proferido a deciso; III nenhum pedido de reconsiderao poder ser renovado; IV o direito de pedir reconsiderao decai no prazo de vinte dias, contados da publicao do ato ou do conhecimento do fato, e dever ser decidido no prazo mximo de trinta dias; V s caber recurso quando houver pedido de reconsiderao desatendido ou no decidido no prazo legal; VI o recurso ser dirigido autoridade a que estiver imediatamente subordinada a que tenha expedido o ato ou proferido deciso e, sucessivamente, na escala ascendente, s demais autoridades; e VII nenhum recurso poder ser dirigido mais de uma vez mesma autoridade. Pargrafo nico Os prazos de recursos e demais normas disciplinares do direito de pleitear obedecero regulamentao prpria, aplicando-se, subsidiariamente, os dispositivos atinentes ao funcionalismo pblico em geral. TTULO XVII REGIME DISCIPLINAR

Art. 142 As disposies constantes deste ttulo aplicam-se a todos os servidores no exerccio de funes de natureza policial. Art. 143 A disciplina policial fundamenta-se na subordinao hierrquica e funcional, no cumprimento das leis, regulamentos e normas de servios. Art. 144 Alm de outros a serem enumerados em regulamentao, so princpios bsicos da disciplina policial: I subordinao hierrquica; II obedincia aos superiores; III respeito s leis vigentes e s normas ticas; IV cooperao e respeito s autoridades de corporaes policiais diversas e de outros poderes ou Secretarias de Estado; V apurao ou comunicao autoridade competente, pela via hierrquica respectiva, da prtica de transgresso disciplinar; VI observncia das condies e normas necessrias para a boa execuo das atividades policiais; VII esprito de camaradagem e de cooperao, mesmo quando de folga o servidor policial; VIII atendimento ao pblico em geral dentro das normas de urbanidade e sem preferncia. Art. 145 A hierarquia no servio policial fixada do seguinte modo: I Secretrio de Estado da Segurana Pblica; II Dirigentes dos rgos Superiores da Polcia Civil; III Chefe de Departamentos Policiais e unidades equiparadas; IV Delegados de Polcia, observado em ordem descendente, o escalonamento da srie de classes correspondentes; V Mdicos-Legistas, Peritos Criminais Especialistas, Inspetores Gerais e Chefes de Servios Policiais; VI Ocupantes das demais chefias policiais, na escala descendente de nveis de vencimentos; VII cargos das demais classes policiais, segundo o mesmo critrio consignado no item anterior. Pargrafo nico Para desempate no grau de hierarquia, observar-se- o seguinte: I em igualdade de cargo de chefia ou de classe, considerado superior aquele que contar com mais antigidade num ou noutro; II quando a antigidade de cargo ou classe for a mesma, prevalecer a do cargo ou classe anterior e assim, sucessivamente, at o maior tempo de servio na classe e, por fim, de idade. Art. 146 As ordens superiores devem ser prontamente executadas, quando no sejam manifestamente ilegais, cabendo a responsabilidade a quem as determinar, respondendo o agente pelos excessos que cometer. Pargrafo nico Quando a ordem parecer obscura ou de difcil entendimento, compete ao agente solicitar os esclarecimentos necessrios, no ato de receb-la. Art. 147 So deveres do servidor policial, observadas as suas atribuies, alm dos que lhe cabem pelo cargo, os constantes dos regulamentos vigentes especiais, os das normas comuns a todos os funcionrios e os que vierem a ser consignados em nova regulamentao. Art. 148 Alm de outras proibies vigentes ou que constaro de regulamento, vedado ao servidor policial: I participar de atividades poltico-partidrias, salvo se licenciado para tratar de interesses particulares; II exercer outras ocupaes, em detrimento do exerccio normal e imparcial de suas funes especficas; III recusar-se a aceitar encargos ao cargo ou funo para os quais for designado;

IV fomentar discusses ou antagonismo entre os integrantes das diferentes carreiras ou corporaes policiais, a qualquer pretexto; V aceitar presentes ou donativos por motivo de cumprimento de misso policial; VI censurar, atravs de veculos de divulgao, as autoridades constitudas ou criticar os atos da administrao, ressalvado o trabalho de cunho doutrinrio e que tenha sentido de colaborao e cooperao com esta; VII quebrar sigilo de assuntos policiais, de modo a prejudicar o andamento das investigaes ou outros trabalhos policiais. CAPTULO I TRANSGRESSES DISCIPLINARES Art. 149 Toda ao ou omisso contrria s disposies e aos deveres do servidor policial, ainda que constitua infrao penal, ser considerada transgresso disciplinar. Art. 150 So transgresses disciplinares, alm de outras enumeradas nos regulamentos dos rgos policiais e das aplicveis aos servidores pblicos em geral: I concorrer para a divulgao, atravs da imprensa falada, escrita, televisionada, de fatos ocorridos na repartio, suscetveis de provocar escndalo e desprestgio organizao policial; II indispor subordinados contra os seus superiores; III deixar de pagar dvidas legtimas ou assumir compromissos superiores s suas possibilidades financeiras, de modo a comprometer o bom nome da instituio; IV manter relaes de amizade com pessoas de notrios e desabonadores antecedentes criminais ou apresentar-se publicamente com elas, salvo se por motivo de servio; V transferir encargos que lhe competirem ou a seus subordinados, a pessoa estranha aos quadros da repartio, ressalvadas as excees legais; VI faltar com a verdade, por m-f ou malcia, no exerccio de suas funes; VII utilizar-se do anonimato; VIII deixar de comunicar autoridade competente, informaes de que tenha conhecimento, sobre fatos que interessem atuao policial, especialmente em casos de iminente perturbao da ordem pblica; IX apresentar, maliciosa ou tendenciosamente, partes, queixas ou reclamaes; X dificultar, retardar ou, de qualquer forma, frustrar o cumprimento de ordens legais da autoridade competente; XI permutar servio sem expressa permisso da autoridade competente; XII abandonar o servio para qual tenha sido designado; XIII atribuir-se qualidade ou posio de hierarquia policial diversas das que efetivamente lhe correspondem; XIV freqentar, exceto em razo de servio, lugares incompatveis com o decoro da funo policial; XV fazer uso indevido de arma ou equipamento que lhe haja sido confiado para o servio; XVI submeter a maus-tratos, vexames ou a constrangimentos no autorizados em lei, preso sob sua guarda ou custdia, bem como usar de violncia desnecessria no exerccio das funes policiais; XVII permitir que presos conservem em seu poder instrumentos com que possam causar danos nas dependncias em que estejam recolhidos, ferir-se ou produzir leses em terceiros; XVIII omitir-se no zelo da integridade fsica ou moral de preso sob sua guarda; XIX desrespeitar ou procrastinar o cumprimento de deciso ou ordem judicial ou da autoridade policial corregedora, bem como critic-las; XX dirigir-se ou referir-se a superior hierrquico e autoridades pblicas de modo desrespeitoso; XXI publicar, sem ordem expressa da autoridade competente, ou dar oportunidade que se divulguem, documentos oficiais, ainda que no classificados como reservados;

XXII negligenciar no cumprimento de prazos para concluso de inquritos policiais e processos disciplinares, bem como no que toca s demais obrigaes deles decorrentes; XXIII prevalecer-se, abusivamente, da condio de policial; XXIV negligenciar a guarda de objetos e valores que, em decorrncia da funo ou para o seu exerccio, lhe tenham sido confiados, possibilitando, assim, que se danifiquem ou extraviem; XXV lanar em livros e registros oficiais dados intencionalmente errneos, incompletos ou que possam induzir a erro, bem como inserir neles anotaes indevidas; XXVI indicar ou insinuar nomes de advogados para assistir pessoa que figura em inqurito policial ou qualquer outro procedimento; XXVII em razo do servio ou fora dele, desrespeitar ou maltratar superior hierrquico, mesmo que este no esteja, na ocasio, no exerccio de suas funes; XXVIII ordenar ou executar medida privativa da liberdade individual, sem as formalidades legais ou com abuso de poder; XXIX provocar a paralisao, total ou parcial, do servio policial ou dela participar; XXX no desempenhar a contento, intencionalmente, ou por negligncia, as misses de que for incumbido; XXXI faltar ou chegar atrasado ao servio ou deixar de participar, com antecedncia, autoridade a que estiver subordinado, a impossibilidade do comparecimento, salvo por motivo justo; XXXII apresentar-se embriagado ou sob ao de entorpecente, em servio ou fora dele; XXXIII entregar-se prtica de vcios ou atos atentatrios moral e aos bons costumes; XXXIV cobrar carceragem, custas, emolumentos ou qualquer outra despesa que no tenham apoio em lei; e XXXV deixar de atender imediatamente convocao de autoridade policial corregedora, bem assim de prestar-lhe diretamente as informaes solicitadas e julgadas necessrias. SEO I CLASSIFICAO Art. 151 As transgresses disciplinares classificam-se, segundo a intensidade de dolo ou do grau da culpa, em: I leves; II mdias; e III graves. Art. 152 A classificao a que se refere o artigo anterior ser feita pela autoridade competente para impor a penalidade, tendo em vista o fato, suas condies e os antecedentes pessoais do transgressor. 1 - S se torna necessria e eficaz a aplicao da pena quando dela advm benefcio ao punido, pela sua reeducao, ou classe a que pertence, pelo fortalecimento da disciplina e da justia. 2 - Ser sempre classificada como grave a transgresso que for: I de natureza infamante e desonrosa; II ofensiva dignidade policial ou profissional; III atentatria s instituies ou ordem legal; IV decorrente da prtica de ao ou omisso deliberada, prejudicial ao servio policial; e V contrria aos preceitos da hierarquia e de respeito autoridade. SEO II CAUSAS E CIRCUNSTNCIAS QUE INFLUEM NO JULGAMENTO

Art. 153 Influem no julgamento das transgresses as causas justificativas e as circunstncias atenuantes e agravantes. 1 - So causas justificativas: I ignorncia, plenamente comprovada, quando no atente contra os sentimentos normais de patriotismo, humanidade e probidade; II motivo de fora maior plenamente comprovado e justificado; III ter sido cometida a transgresso na prtica de ao meritria, no interesse do servio, da ordem ou do sossego pblico; IV ter sido cometida a transgresso em obedincia a ordem superior; V ter sido cometida a transgresso em legtima defesa prpria ou de outrem; e VI uso imperativo de meios violentos a fim de compelir o subordinado a cumprir rigorosamente o seu dever; em caso de perigo, necessidade urgente, calamidade pblica, manuteno da ordem e da disciplina. 2 - So circunstncias atenuantes: I bom comportamento anterior; II relevncia de servios prestados; III falta de prtica de servio; IV ter sido cometida a transgresso em defesa prpria, de outrem ou de seus respectivos direitos; V ter sido cometida a transgresso para evitar mal maior; VI ter sido de somenos importncia a participao do indiciado na transgresso disciplinar; VII aceitvel ignorncia ou errnea compreenso das disposies legais e administrativas; VIII ter o transgressor procurado diminuir as conseqncias das faltas, antes da pena, reparando o dano; e IX ter o transgressor confessado espontaneamente a falta perante a autoridade sindicante, de modo a facilitar a sua apurao. 3 - So circunstncias agravantes, quando no constiturem ou qualificarem outra transgresso disciplinar: I reincidncia especfica ou genrica; II mau comportamento anterior; III a prtica simultnea ou a conexo de duas ou mais transgresses; IV concurso de dois ou mais agentes na prtica de transgresso; V prtica da transgresso durante a execuo do servio policial ou em prejuzo deste; VI abuso de autoridade ou poder; VII uso indevido de meios de coero e intimidao; VIII coao, instigao ou determinao para que outro policial, subordinado ou no, pratique a transgresso ou dela participe; IX impedir ou dificultar, de qualquer maneira, a apurao de falta; X ter sido cometida a falta em presena de subordinados; XI ter sido praticada a transgresso com premeditao e; XII ter sido praticada a transgresso em lugar pblico; 4 - No haver punio quando, no julgamento da transgresso, for reconhecida qualquer causa justificativa. CAPTULO II PENALIDADES Art. 154 So penas disciplinares: I repreenso; II suspenso; III multa; IV demisso; V demisso a bem do servio pblico; e

VI cassao de aposentadoria ou disponibilidade. Pargrafo nico A aplicao das penas administrativas no se sujeita seqncia estabelecida neste artigo, mas autnoma, segundo cada caso, e consideradas a natureza e a gravidade de infrao e os danos que dela provierem para o servio pblico. Art. 155 A pena de repreenso ser aplicada por escrito e, em princpio, corresponder s faltas de cumprimento de deveres e s transgresses consideradas de natureza leve. Pargrafo nico Havendo dolo ou m-f, as faltas de cumprimento de deveres so punidas com a pena de suspenso. Art. 156 A pena de suspenso, que no exceder de noventa dias, ser aplicada no caso da falta grave ou de reincidncia. 1 - O servidor policial suspenso perder todas as vantagens e direitos decorrentes do exerccio do cargo. 2 - A autoridade que aplicar a pena de suspenso poder converter essa penalidade em multa, na base de cinqenta por cento por dia de vencimento ou remunerao, sendo o servidor, nesse caso, obrigado a permanecer em servio. Art. 157 A pena de multa ser aplicada na forma e nos casos expressamente previstos em lei ou regulamentos. Art. 158 Ser aplicada a pena de demisso, nos casos de: I abandono de cargo; II procedimento irregular de natureza grave; III ineficincia no servio; IV aplicao indevida de dinheiros pblicos; V ausncia do servio, sem causa justificvel, por mais de quarenta e cinco dias, interpoladamente, durante um ano; e VI exerccio de qualquer atividade remunerada, estando o servidor licenciado para tratamento de sade. 1 - Considerar-se- abandono de cargo o no-comparecimento do servidor ao servio, por mais de trinta dias consecutivos. 2 - A pena de demisso por ineficincia no servio s ser aplicada quando verificada a impossibilidade de readaptao. Art. 159 Ser aplicada a pena de demisso a bem do servio pblico ao servidor policial que: I for dado incontinncia pblica e escandalosa, ao vcio de jogos proibidos, embriaguez habitual, bem como ao uso de substncias entorpecentes que determine dependncia fsica ou psquica; II praticar crime contra a boa ordem, a administrao pblica e a Fazenda Estadual, ou previstos nas leis relativas segurana e defesa nacional; III revelar segredos de que tenha conhecimento em razo do cargo, desde que o faa dolosamente e com prejuzo para o Estado ou particulares; IV praticar insubordinao grave; V praticar, em servio ou em decorrncia deste, ofensas fsicas contra funcionrios ou particulares, salvo em legtima defesa; VI lesar os cofres pblicos ou dilapidar o patrimnio do Estado; VII receber ou solicitar propinas, comisses, presentes ou vantagens de qualquer espcie, direta ou indiretamente, em razo de cumprimento de misso policial; VIII pedir, por emprstimo, dinheiro ou quaisquer valores a pessoas que tratem de interesse ou os tenham na repartio do servidor, ou estejam sujeitos sua fiscalizao;

IX praticar qualquer crime que, pela sua natureza e configurao, seja considerado infamante, de modo a incompatibilizar o servidor para o exerccio da funo policial; X exercer advocacia administrativa; XI for contumaz na prtica de transgresses disciplinares; XII praticar a usura em qualquer de suas formas; XIII incitar greves ou a elas aderir, ou praticar atos de sabotagem contra o regime ou o servio pblico; e XIV apresentar, com dolo, declarao falsa em matria de abono familiar ou de outro qualquer benefcio, sem prejuzo da responsabilidade civil e do procedimento criminal, que no caso couber. Art. 160 Ser aplicada a pena de cassao de aposentadoria ou disponibilidade se ficar provado que o servidor policial inativo: I praticou, quando em atividade, falta grave e que cominada nesta lei a pena de demisso ou de demisso a bem do servio pblico; II aceitou ilegalmente cargo ou funo pblica; III aceitou representao de Estado estrangeiro, sem prvia autorizao do Presidente da Repblica; e IV praticou, quando convocado para o exerccio efetivo de funes policiais, nos termos legais e regulamentares, quaisquer transgresses punveis com demisso a bem do servio pblico. CAPTULO III COMPETNCIA PARA IMPOSIO DE PENALIDADES Art. 161 Para a aplicao das penalidades previstas no artigo 154, so competentes: I o Governador do Estado, em qualquer caso; II o Secretrio da Segurana Pblica, at a de suspenso por noventa dias; III o rgo disciplinar de Polcia Civil, at a de suspenso por sessenta dias; IV o Corregedor Geral de Polcia, at a de suspenso por trinta dias; V os Superintendentes, Diretor da Academia de Polcia, Diretor da Casa de Deteno Antnio Dutra Ladeira e Chefes de Departamentos, at a de suspenso por trinta dias; VI os Delegados Gerais de Polcia, Delegados de Polcia de Classe Especial e Delegados Regionais de Polcia, at a de suspenso por dez dias; e VII os demais Delegados de Polcia de Carreira, at a de suspenso por cinco dias. Pargrafo nico - A competncia das autoridades referidas nos itens V, VI e VII deste artigo limitada ao pessoal que lhes diretamente subordinado. CAPTULO IV PRISO ADMINISTRATIVA E SUSPENSO PREVENTIVA Art. 162 No curso do processo administrativo disciplinar podero ser aplicadas, como medidas acessrias, a priso administrativa e a suspenso preventiva, nos termos de lei e regulamentos. 1 - A priso administrativa e a suspenso preventiva no podero exceder de noventa dias. 2- So competentes para a aplicao das medidas de que trata o pargrafo anterior: I o Secretrio de Estado da Segurana Pblica, quanto priso administrativa e suspenso preventiva; e II o rgo Disciplinar da Polcia Civil e o Corregedor Geral de Polcia, quanto suspenso preventiva. CAPTULO V PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO SEO I INSTAURAO DO PROCESSO

Art. 163 A aplicao do disposto neste captulo se far sem prejuzo da validade dos atos realizados sob a vigncia da lei anterior. Art. 164 O procedimento administrativo para apurao das transgresses disciplinares dos servidores da Polcia Civil compreende os seguintes feitos: I sindicncia administrativa; e II processo administrativo. Art. 165 Instaura-se processo administrativo ou sindicncia, a fim de apurar ao ou omisso de servidor policial civil punveis disciplinarmente. Art. 166 Ser obrigatrio o processo administrativo quando a falta disciplinar, por sua natureza, possa determinar a pena de demisso. Pargrafo nico O processo ser precedido de sindicncia, quando no houver elementos suficientes para se concluir pela existncia da falta ou de sua autoria. Art. 167 Nos casos do art. 150, poder-se- aplicar a pena pela verdade sabida, salvo se, pelas circunstncias da falta, for conveniente instaurar-se sindicncia ou processo. Pargrafo nico Entende-se por verdade sabida o conhecimento pessoal e direto da falta por parte da autoridade competente para aplicar a pena. Art. 168 So competentes para determinar a instaurao do processo administrativo as autoridade enumeradas no art. 161, at o item IV, inclusive, e, para determinar a instaurao de sindicncias, as autoridades enumeradas no mesmo artigo, at o nmero VII. SEO II SINDICNCIA Art. 169 A sindicncia meio sumrio e, o quanto possvel sigiloso, de verificao, ser cometida a funcionrio ou a comisso de funcionrios, de condio hierrquica nunca inferior do indiciado, ou Comisso Processante Permanente a que se refere o art. 173 e seguintes. Art. 170 A Comisso ou o funcionrio incumbido da sindicncia, dando-lhe incio imediato, proceder s seguintes diligncias: I ouvir testemunhas para esclarecimento dos fatos referidos na portaria ou despacho de designao, e, sempre que possvel, o acusado; e II colher as demais provas que houver, concluindo pela procedncia ou no, da argio feita contra o servidor. Art. 171 Podero, a critrio da autoridade superior, ser consideradas como meio sumrio de verificao de falta disciplinar, e tero valor de sindicncia administrativa, as provas colhidas contra o servidor policial civil em inqurito policial instaurado contra o mesmo e das quais resultem, tambm, responsabilidade administrativa a que caiba pena de suspenso. Art. 172 A critrio da autoridade que o designar, o funcionrio incumbido de proceder sindicncia poder dedicar todo o seu tempo quele encargo, ficando, em conseqncia e automaticamente, dispensado do servio da repartio, durante a realizao dos trabalho.

SEO III COMISSES PROCESSANTES PERMANENTES Art. 173 Na Superintendncia de Polcia Judiciria e Correies haver Comisses Processantes Permanentes, destinadas a realizar os processos administrativos. 1 - Os membros das Comisses Processantes Permanentes, sero designados pelo Secretrio de Estado da Segurana Pblica. 2 - O disposto neste artigo no impede a designao de Comisses Especiais pelo Secretrio, Corregedor Geral ou rgo disciplinar da Polcia Civil. Art. 174 As Comisses Processantes Permanentes sero constitudas de trs servidores estveis da Polcia Civil, devendo a sua presidncia recair em Delegado de Polcia de Carreira. Pargrafo nico Haver tantas Comisses Processantes Permanentes quantas forem julgadas necessrias. Art. 175 No poder ser encarregado de proceder a sindicncia, nem fazer parte da Comisso Processante Permanente, mesmo como secretrio desta, parente, consangneo ou afim, em linha reta ou colateral, at o terceiro grau inclusive, do denunciante ou indiciado, bem como o subordinado deste. Pargrafo nico Ao funcionrio designado incumbir, desde logo, comunicar, autoridade competente, o impedimento que houver, de acordo com este artigo. Art. 176 - Os membros das Comisses Processantes Permanentes, bem como os respectivos secretrios, dedicaro todo o seu tempo aos trabalhos pertinentes aos processos administrativos e s sindicncias de que forem encarregados, ficando dispensados de outros servios da repartio durante todo o prazo da designao. Pargrafo nico Nas comisses no permanentes, tambm compostas de trs membros, somente por expressa determinao da autoridade que as designar, podero seus integrantes ser afastados do exerccio dos cargos, durante a realizao do processo. Art. 177 As Comisses Processantes Permanentes e Especiais tero jurisdio em todo o Estado, para o bom desempenho de seus trabalhos. CAPTULO VI ATOS E TERMOS PROCESSUAIS Art. 178 O processo administrativo ter a forma prevista neste captulo, iniciando-se no prazo de oito dias, contados da data do ato que determinou sua instaurao. Art. 179 assegurado ao funcionrio o direito de ampla defesa, podendo, pessoalmente ou por procurador, acompanhar todos os atos processuais, indicar e inquirir testemunhas, requerer juntada de documentos, vista dos autos em mos da Comisso, e o mais que julgar necessrio, observadas as normas processuais estabelecidas nesta lei. 1 - Entende-se por direito de ampla defesa a oportunidade que se confere ao acusado de praticar todos os atos previstos no artigo anterior, na fase instrutria do processo. 2 - A autoridade processante no ser obrigada a suprir ex-officio a omisso do acusado na fase de que trata o pargrafo anterior. Art. 180 Na portaria que der incio ao processo, o Presidente da Comisso ordenar a citao do acusado para se ver processar, at julgamento final, e nomear um dos membros da Comisso para secretariar os trabalhos. 1 - A citao do acusado ser feita em mandado prprio e ser instruda com a cpia da portaria inicial.

2 - Se for desconhecido o paradeiro do acusado ou este se ocultar para evitar a citao, esta ser feita com o prazo de dez dias, mediante edital publicado por cinco vezes seguidas no rgo oficial, findo o qual prosseguir-se- no processo sua revelia. 3 - Ser considerado revel o funcionrio que, citado ou intimado para os atos processuais, deixar de comparecer ou de se fazer representar. Art. 181 Feita a citao, ter prosseguimento o processo, em sua fase de instruo, designando o Presidente dia e hora para o interrogatrio do acusado e a inquirio de testemunhas, devendo este ser notificado a apresentar, caso queira, rol de testemunhas at o mximo de dez, no prazo de cinco dias. Pargrafo nico Poder o acusado, respeitado o limite previsto neste artigo, durante a fase instrutria, substituir as testemunhas ou indicar outras no lugar das que no comparecerem. Art. 182 Proceder-se- tomada de depoimentos das testemunhas arroladas pela Comisso e, a seguir, os das testemunhas indicadas pelo acusado. 1 - Na audincia das testemunhas ser dada a palavra ao defensor do acusado ou a este, para reperguntar s testemunhas. 2 - Se o acusado ou seu defensor no comparecer, ser designado o fato no respectivo termo. 3 - O Presidente poder indeferir as perguntas que no tiverem conexo com a falta, consignando-se no termo as que forem indeferidas. 4 - Ocorrendo a necessidade do testemunho de servidores pblicos ou militares, as respectivas solicitaes devero ser feitas a seus chefes ou comandantes imediatos. Art. 183 Durante a fase instrutria de processo, poder o Presidente da Comisso ordenar toda e qualquer diligncia que se lhe afigure conveniente, facultando-se ao acusado, nos termos do artigo 182, requerer o que for necessrio sua defesa, desde que no constitua recurso protelatrio, prejudicial ao andamento normal dos trabalhos ou de nenhum interesse para o esclarecimento dos fatos em apurao. Pargrafo nico O Presidente, entendendo descabida a pretenso do acusado, recusar a diligncia em despacho fundamentado. Art. 184 permitido Comisso tomar conhecimento, na fase instrutria, de argies novas que surgirem contra o acusado, caso em que este ter o direito de produzir contra elas as provas que tiver. Art. 185 Encerrada a fase instrutria, em que sero praticados os atos concernentes prova, o acusado no mais poder requerer diligncias no processo e, dentro de quarenta e oito horas, dever ser citado para apresentar, por escrito, as razes finais de sua defesa. Pargrafo nico Ter o acusado o prazo de dez dias para apresentao da defesa a que se refere este artigo. Neste prazo lhe ser dada vista dos autos em presena do secretrio ou de qualq