Legislacao Policial Militar

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    outorgam direitos e prerrogativas e lhesimpem deveres e obrigaes.Art. 8 - O disposto neste Estatuto aplica-se,no que couber:I aos policiais militares da reservaremunerada e reformados;II aos capeles policiais militares.

    CAPTULO IDo Ingresso na Polcia Militar

    Art. 9 - O ingresso na Polcia Militar facultado a todos os brasileiros, semdistino de raa ou crena religiosa,mediante incorporao, matrcula ou

    nomeao e observados as condiesprescritas em lei e regulamentos daCorporao.Art. 10 - Para a matrcula nosestabelecimentos de ensino policial militardestinados formao de oficiais egraduados, alm das condies relativas nacionalidade, idade, aptido intelectual,capacidade fsica e idoneidade moral necessrio que o candidato no exera nemtenha exercido atividades prejudiciais ouperigosas Segurana Nacional.Pargrafo nico - O disposto neste artigo eno anterior aplica-se, tambm, aoscandidatos ao ingresso nos Quadros deOficiais em que exigido o diploma deestabelecimento de ensino superiorreconhecido pelo Governo Federal.

    CAPTULO IIDa Hierarquia e da Disciplina

    Art. 11 - A hierarquia e a disciplina so abase institucional da Polcia Militar. Aautoridade e a responsabilidade crescemcom o grau hierrquico. 1 - A hierarquia policial militar aordenao da autoridade em nveisdiferentes dentro da estrutura da PolciaMilitar. A ordenao se faz por postos ougraduaes; dentro de um mesmo posto ougraduao, se faz pela Antigidade noposto ou na graduao. O respeito

    hierarquia consubstanciado no esprito deacatamento seqncia de autoridade. 2 - Disciplina a rigorosa observncia eo acatamento integral das leis,regulamentos, normas e disposies que

    fundamentam o organismo policial militare coordenam seu funcionamento regular eharmnico, traduzindo-se pelo perfeitocumprimento do dever por parte de todos ede cada um dos componentes desseorganismo. 3 - A disciplina e o respeito hierarquiadevem ser mantidos em todas ascircunstncias da vida, entre policiaismilitares da ativa, da reserva remunerada ereformados.Art. 12 - Crculos hierrquicos so mbitosde convivncia entre os policiais militaresda mesma categoria e tm a finalidade dedesenvolver o esprito da camaradagem,em ambiente de estima e confiana, semprejuzo do respeito mtuo.Art. 13 - Os crculos hierrquicos e a escalahierrquica na Polcia Militar so fixados noQuadro e pargrafos seguintes.

    CRCULO DE OFICIAIS POSTOS

    Crculo de OficiaisSuperiores

    Coronel PM

    Tenente Coronel PMMajor PM

    Crculo de OficiaisIntermedirias

    Capito PM

    Crculo de OficiaisSubalternos

    Primeiro Tenente PM

    Segundo TenentePM

    CRCULO DE PRAAS GRADUAES

    Crculo de Subtenentes eSargentos

    Subtenente PM

    Primeiro SargentoPMSegundo SargentoPM

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    Terceiro SargentoPM

    Crculo de Cabos e Soldados Cabo PMSoldado PM

    PRAAS ESPECIAIS

    Frequentam o Crculo deOficiais Subalternos

    Aspirante a OficialPM

    Excepcionalmente ou emreunies sociais tem acessoao Crculo de Oficiais

    Aluno Oficial PM

    Excepcionalmente ou em

    reunies sociais tem acessoao Crculo de Subtenentes eSargentos

    Aluno do Curso de

    Formao deSargentos PM

    Frequentam o Crculo deCabos e Soldados

    Aluno do Curso deFormao deSoldados PM

    1 - Posto o grau hierrquico do Oficial,conferido por ato do Governador doEstado.

    2 - Graduao o grau hierrquico daPraa, conferida pelo Comandante Geral daPolcia Militar. 3 - Os Aspirantes a Oficial PM e osAlunos Oficiais so denominados praasespeciais. 4 - Os graus hierrquicos inicial e finaldos diversos Quadros so fixadosseparadamente, para cada caso, em Lei deOrganizao Bsica. 5 - Sempre que o policial militar dareserva remunerada ou reformado fizer usodo posto ou graduao, dever faz-lomencionando essa situao.Art. 14 - A precedncia entre policiaismilitares da ativa do mesmo grauhierrquico assegurada pela Antigidadeno posto ou graduao, salvo nos casos deprecedncia funcional estabelecida em leiou regulamento. 1 - A Antigidade em cada posto ou

    graduao contada a partir da data daassinatura do ato da respectiva promoo,nomeao, declarao ou incluso, salvoquando estiver taxativamente fixada outradata.

    2 - No caso de ser igual a antigidadereferida no pargrafo anterior, aantigidade estabelecida:a) entre policiais militares do mesmoQuadro, pela posio nas respectivasescalas numricas ou registros a que serefere o art. 16;b) nos demais casos, pela antiguidade noposto ou graduao anterior; se ainda assim

    subsistir a igualdade de antiguidade,recorrer-se-, sucessivamente, aos graushierrquicos anteriores, data de praa e data de nascimento para definir aprecedncia e neste ltimo caso o maisvelho ser considerado o mais antigo;c) entre os alunos de um mesmo rgo deformao de policiais militares, de acordocom o regulamento do respectivo rgo, seno estiverem especificamenteenquadrados nas alneas a e b. 3 - Em igualdade de posto ou degraduao, os policiais militares da ativatm precedncia sobre os da inatividade. 4 - Em igualdade de posto ou degraduao, a precedncia entre os policiaismilitares de carreira na ativa e os da reservaremunerada, que estiverem convocados, definida pelo tempo de servio no posto ou

    graduao.Art. 15 - A precedncia entre as praasespeciais e as demais praas assimregulada:I os Aspirantes a Oficial PM sohierarquicamente superiores s demaispraas;II os Alunos Oficiais PM sohierarquicamente superiores aosSubtenentes PM.

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    Art. 16 - A Polcia Militar manter umregistro de todos os dados referentes ao seupessoal da ativa e da reserva remunerada,dentro das respectivas escalas numricassegundo instrues baixadas peloComandante Geral da Corporao.Art. 17- Os alunos dos rgos de formaode oficiais so declarados Aspirantes aOficial PM pelo Comandante Geral daPolcia Militar do Esprito Santo.

    CAPTULO IIIDo Cargo e da Funo Policiais Militares

    Art. 18 - Cargo policial militar aqueleexercido por policial militar em servio. 1 - O cargo policial militar a que se refereeste artigo o que se encontra especificadonos Quadros de Organizao da PolciaMilitar do Esprito Santo ou previsto,caracterizado ou definido como tal emoutras disposies legais. 2 - A cada cargo policial militarcorresponde um conjunto de atribuies,deveres e responsabilidades que se

    constituem em obrigaes do respectivotitular. 3 - As obrigaes inerentes ao cargopolicial militar devem ser compatveis como correspondente grau hierrquico edefinidas em legislao ou regulamentaoespecficas.Art. 19 - Os cargos policiais militares soprovidos com pessoal que satisfizer aos

    requisitos de grau hierrquico e dequalificao exigidos para o seudesempenho.Pargrafo nico - O provimento de cargopolicial militar se faz por ato de nomeao,de designao ou determinao expressa deautoridade competente.Art. 20 - O cargo policial militar considerado vago a partir de sua criao eat que um policial militar tome posse, oudesde o momento em que o policial militarexonerado, dispensado ou que tenha

    recebido determinao expressa deautoridade competente, o deixe e at queoutro policial militar tome posse, de acordocom as normas de provimento previstas nopargrafo nico do art. 19.

    Pargrafo nico - Consideram-se tambmvagos os cargos policiais militares cujosocupantes:a) tenham falecido;b) tenham sido considerados extraviados;c) tenham sido considerados desertores.Art. 21 - Funo policial militar o exercciodas obrigaes inerentes ao cargo policialmilitar.Art. 22 - Dentro de uma mesmaorganizao policial militar, a seqncia desubstituies para assumir cargo ouresponder por funes, bem como asnormas, atribuies e responsabilidadesrelativas so estabelecidas na legislaoespecfica, respeitadas a precedncia e aqualificao exigida para o cargo ou para oexerccio da funo.

    Art. 23 - O policial militar ocupante decargo provido em carter efetivo ouinterino, de acordo com o pargrafo nicodo art. 19, faz jus s gratificaes e a outrosdireitos correspondentes ao cargo,conforme previsto em lei.Art. 24 - As obrigaes que, pelageneralidade, peculiaridade, durao, vultoou natureza, no so catalogadas como

    posies tituladas em Quadro de Efetivo,Quadro de Organizao, Tabela deLotao, ou dispositivo legal, socumpridas como Encargo, Incumbncia,Comisso, Servio ou Atividade policialmilitar ou de natureza policial militar.Pargrafo nico - Aplica-se, no que couber,ao Encargo, Incumbncia, Comisso,Servio ou Atividade policial militar ou denatureza policial militar, o disposto nesteCaptulo para cargo Policial Militar.

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    TTULO IIDAS OBRIGAES E DOS DEVERES

    POLICIAIS MILITARESCAPTULO I

    Das Obrigaes Policiais MilitaresSEO I

    Do Valor Policial MilitarArt. 25 - So manifestaes essenciais dovalor policial militar:I o patriotismo, traduzido pela vontadeinabalvel de cumprir o dever policialmilitar e pelo integral devotamento manuteno da ordem pblica, at com osacrifcio da prpria vida;II o civismo e o culto das tradieshistricas;III a f na misso elevada da PolciaMilitar;IV o esprito de corpo, orgulho do policialmilitar pela organizao onde serve;V o amor profisso policial militar e o

    entusiasmo com que exercida;VI o aprimoramento tcnico-profissional.SEO II

    Da tica Policial MilitarArt. 26 - O sentimento do dever, opundonor policial militar e o decoro daclasse impem a cada um dos integrantesda Polcia Militar, conduta moral eprofissional irrepreensveis com aobservncia dos seguintes preceitos de ticapolicial militar:I amar a verdade e a responsabilidadecomo fundamento da dignidade pessoal;II exercer, com autoridade, eficincia eprobidade, as funes que lhe couberem emdecorrncia do cargo;III respeitar a dignidade da pessoahumana;IV cumprir e fazer cumprir as Leis, osregulamentos, as instrues e as ordens das

    autoridades competentes;V ser justo e imparcial no julgamento dosatos e na apreciao do mrito dossubordinados;VI zelar pelo preparo prprio, moral,intelectual e fsico e, tambm, pelos dossubordinados, tendo em vista ocumprimento da misso comum;VII empregar todas as suas energias embenefcio do servio;VIII praticar a camaradagem edesenvolver, permanentemente, o espritode cooperao;IX ser discreto em suas atitudes, maneirase em sua linguagem escrita e falada;X abster-se de tratar, fora do mbitoapropriado, de matria sigilosa relativa Segurana Nacional;XI acatar as autoridades civis;XII cumprir seus deveres de cidado;XIII proceder de maneira ilibada na vidapblica e na particular;XIV observar as normas da boa educao;XV garantir assistncia moral e materialao seu lar e conduzir-se como chefe defamlia modelar;XVI conduzir-se, mesmo fora do servioou na inatividade, de modo que no sejamprejudicados os princpios da disciplina, dorespeito e do decoro policial militar;

    XVII abster-se de fazer uso do posto ou dagraduao para obter facilidades pessoaisde qualquer natureza ou para encaminharnegcios particulares ou de terceiros;XVIII abster-se em inatividade do uso dasdesignaes hierrquicas quando:a) em atividades poltico-partidrias;b) em atividades comerciais;c) em atividades industriais;d) discutir ou provocar discusses pelaimprensa a respeito de assuntos polticos

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    ou policiais militares, excetuando-se os denatureza exclusivamente tcnica, sedevidamente autorizados; ee) no exerccio de funes de natureza nopolicial militar, mesmo oficiais;

    XIX zelar pelo bom nome da PolciaMilitar e de cada um dos seus integrantes,obedecendo e fazendo obedecer aospreceitos da tica policial militar.Art. 27 - Ao policial militar da ativa,ressalvado o disposto no 2, vedadocomerciar ou tomar parte na administraoou gerncia de sociedade ou dela ser scioou participar, exceto como acionista ou

    quotista em sociedade, annima ou porquotas de responsabilidade limitada. 1 - Os integrantes de reservaremunerada, quando convocados, ficamproibidos de tratar nas organizaespoliciais militares e nas reparties pblicascivis, de interesse de organizaes ouempresas privadas de qualquer natureza. 2 - Os policiais militares da ativa podemexercer diretamente a gesto de seus bens,desde que no infrinjam o disposto nopresente artigo. 3 - No intuito de desenvolver a prticaprofissional dos oficiais integrantes doQuadro de Sade, lhes permitido oexerccio da atividade tcnico-profissional,no meio civil, desde que tal prtica noprejudique o servio.Art. 28 - O Comandante Geral poderdeterminar aos policiais militares da ativada Polcia Militar que, no interesse dasalvaguarda da dignidade dos mesmos,informem sobre a origem e natureza dosseus bens, sempre que houver razes querecomendem tal medida. Vetado.

    CAPTULO IIDos Deveres Policiais Militares

    Art. 29 - Os deveres policiais militaresemanam de vnculos racionais e morais queligam o policial militar comunidade

    estadual e sua segurana e compreendemessencialmente:I a dedicao integral ao servio policialmilitar e a fidelidade instituio a quepertence, mesmo com o sacrifcio da

    prpria vida;II o culto aos smbolos nacionais;III a probidade e a lealdade em todas ascircunstncias;IV a disciplina e o respeito hierarquia;V o rigoroso cumprimento das obrigaese ordens;VI a obrigao de tratar o subordinado

    dignamente e com urbanidade.SEO I

    Do Compromisso Policial MilitarArt. 30 - Todo cidado, aps ingressar naPolcia Militar mediante incorporao,matrcula ou nomeao, prestarcompromisso de honra, no qual afirmar asua aceitao consciente das obrigaes edos deveres policiais militares emanifestar a sua firme disposio de bemcumpri-los.Art. 31 - O compromisso do includo, domatriculado e do nomeado, a que se refereo artigo anterior, ter carter solene e serprestado na presena de tropa, to logo opolicial militar tenha adquirido um grau deinstruo compatvel com o perfeitoentendimento de seus deveres comointegrante da Polcia Militar, conforme osseguintes dizeres: Ao ingressar na PolciaMilitar do Estado do Esprito Santo,prometo regular a minha conduta pelospreceitos da moral, cumprir rigorosamenteas ordens das autoridades a que estiversubordinado e dedicar-me inteiramente aoservio policial militar, manuteno daordem pblica e segurana dacomunidade, mesmo com o risco da prpriavida. 1 - O compromisso do Aspirante aOficial PM formado em escolas de outras

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    Corporaes ser prestado, em solenidadepolicial militar especialmente programada,logo aps sua apresentao Polcia Militardo Estado do Esprito Santo. Essecompromisso obedecer aos seguintesdizeres: Ao ser declarado AspiranteOficial da Polcia Militar assumo ocompromisso de cumprir rigorosamente asordens das autoridades a que estiversubordinado e de me dedicar inteiramenteao servio policial militar, manuteno daordem pblica e segurana dacomunidade, mesmo com o risco da prpriavida. 2 - Ao ser promovido ao primeiro posto,

    o Oficial PM prestar o compromisso deOficial, em solenidade especialmenteprogramada de acordo com os seguintesdizeres: Perante a Bandeira do Brasil epela minha honra prometo cumprir osdeveres de Oficial da Polcia Militar doEstado do Esprito Santo e dedicar-meinteiramente ao seu servio.

    SEO II

    Do Comando e da SubordinaoArt. 32- Comando a soma de autoridade,deveres e responsabilidades de que opolicial militar investido legalmentequando conduz homens ou dirige umaorganizao policial militar. O Comando vinculado ao grau hierrquico e constituiuma prerrogativa impessoal, em cujoexerccio o policial militar se define e secaracteriza como chefe.Pargrafo nico - Aplica-se Direo e Chefia de Organizao Policial Militar, noque couber o estabelecido para Comando.Art. 33- A subordinao no afeta de modoalgum a dignidade pessoal do policialmilitar e decorre, exclusivamente, daestrutura hierarquizada da Polcia Militar.Art. 34- O oficial preparado ao longo dacarreira para o exerccio do Comando, daChefia e da Direo das OrganizaesPoliciais Militares.

    Art. 35 - Os subtenentes e os sargentosauxiliam e complementam as atividadesdos oficiais, quer no adestramento e noemprego de meios, quer na instruo e naadministrao, podendo ser empregados naexecuo de atividades de policiamentoostensivo peculiar Polcia Militar.Pargrafo nico - No exerccio dasatividades mencionadas neste artigo e nocomando de elementos subordinados, ossubtenentes e sargentos devero impor-sepela lealdade, pelo exemplo e pelacapacidade profissional e tcnica,incumbindo-lhes assegurar a observnciaminuciosa e ininterrupta das ordens, das

    regras do servio e das normas operativaspelas praas que lhes estiveremdiretamente subordinadas e a manutenoda coeso e da moral das mesmas praasem todas as circunstncias.Art. 36 - Os cabos e soldados so,essencialmente, os elementos de execuo.Art. 37- s praas especiais cabe a rigorosaobservncia das prescries do

    regulamento que lhe so pertinentes,exigindo-se lhes inteira dedicao ao estudoe ao aprendizado tcnico-profissional.Art. 38 - Cabe ao policial militar aresponsabilidade integral pelas decisesque tomar pelas ordens que emitir e pelosatos que praticar.

    CAPTULO IIIDa Violao das Obrigaes e dos Deveres

    Policiais MilitaresArt. 39- A violao das obrigaes ou dosdeveres policiais militares constituir crimeou transgresso disciplinar, conformedispuserem a legislao ou regulamentaoespecficas. 1 - A violao dos preceitos da ticapolicial militar to mais grave quantomais elevado for o grau hierrquico de

    quem a cometer.

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    2 - No concurso de crime militar e detransgresso disciplinar ser aplicadasomente a pena relativa ao crime.Art. 40 - A inobservncia dos deveresespecificados nas leis e regulamentos ou a

    falta de exao no cumprimento dosmesmos acarreta para o policial militar,responsabilidade funcional, pecuniria,disciplinar ou penal consoante a legislaoespecfica.Pargrafo nico - A apurao daresponsabilidade funcional, pecuniria,disciplinar ou penal poder concluir pelaincompatibilidade do policial militar com ocargo ou pela incapacidade do exerccio dasfunes policiais militares a ele inerentes.Art. 41 - O policial militar que, por suaatuao, se tornar incompatvel com o cargoou demonstrar incapacidade no exercciode funes policiais militares a eleinerentes, ser afastado do cargo. 1 - So competentes para determinar oimediato afastamento do cargo ouimpedimento do exerccio da funo:a) o Governador do Estado;b) o Comandante Geral da Polcia Militar,os Comandantes das Unidades isoladas e osDiretores, na conformidade da Legislaoou regulamentao da Corporao.2 - O policial militar afastado do cargo,nas condies mencionadas neste artigo,ficar privado do exerccio de qualquerfuno policial militar at a soluo doprocesso ou das providncias legais quecouberem no caso.Art. 42 - So proibidas quaisquermanifestaes coletivas, tanto sobre atos desuperiores quanto as de carterreivindicatrio.

    SEO IDos Crimes Militares

    Art. 43- O Tribunal de Justia do Estado doEsprito Santo competente para processar

    e julgar os policiais militares nos crimesdefinidos em lei como militares.Art. 44- Aplicam-se aos policiais militares,no que couberem, as disposiesestabelecidas no Cdigo Penal Militar.

    SEO IIDas Transgresses Disciplinares

    Art. 45 - O Regulamento Disciplinar daPolcia Militar especificar e classificar astransgresses disciplinares e. estabeleceras normas relativas amplitude e aplicaodas penas disciplinares, classificao docomportamento policial militar e interposio de recursos contra as penas

    disciplinares. 1 - As penas disciplinares de deteno oupriso no podem ultrapassar de trintadias. 2 - praa especial, aplicam se, tambmas disposies disciplinares previstas noregulamento do estabelecimento de ensinoonde estiver matriculado.

    SEO IIIDos Conselhos de Justificao e

    DisciplinaArt. 46- O Oficial presumivelmente incapazde permanecer como policial militar daativa ser, na forma da legislao especfica,submetido a Conselho de Justificao. 1 - O Oficial ao ser submetido aConselho de Justificao, poder serafastado do exerccio de suas funesautomaticamente ou a critrio doComandante Geral da Polcia Militar,conforme estabelecido em Lei especfica. 2 - Compete ao Tribunal de Justia doEstado julgar os processos oriundos doConselho de Justificao, na formaestabelecida em leis especficas. 3 - O Conselho de Justificao tambmpoder ser aplicado aos oficiais reformadose da reserva remunerada.

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    Art. 47 - O Aspirante a Oficial PM, bemcomo as praas com estabilidadeassegurada, presumivelmente incapazes depermanecerem como policiais militares daativa, sero submetidos a Conselho deDisciplina na forma da legislao especfica. 1 - O Aspirante a Oficial PM e as praascom estabilidade assegurada, ao seremsubmetidas a Conselho de Disciplina, seroafastados das atividades que estiveremexercendo. 2 - Compete ao Comandante Geral daPolcia Militar julgar, em ltima instncia,os processos oriundos do Conselho deDisciplina convocado ao mbito da PolciaMilitar. 3 - O Conselho de Disciplina tambmpoder ser aplicado s praas reformadas eda reserva remunerada.

    TTULO IIIDOS DIREITOS E DAS

    PRERROGATIVAS DOS POLICIAISMILITARES

    CAPTULO IDos DireitosArt. 48- So direitos dos policiais militares:I garantia do posto em toda sua plenitude,com as vantagens, prerrogativas e deveres aele inerentes quando Oficial, nos termos daConstituio Estadual;II a percepo de remuneraocorrespondente ao grau hierrquicosuperior ou melhoria da mesma quando, aoser transferido para a inatividade, contarmais de 35 (trinta e cinco) anos de servio,ou ter atingindo a inatividadecompulsoriamente na forma prevista nasletras a, b e c, item II, do art. 89 dopresente Estatuto, se oficial, e mais de 30(trinta) anos de servio, se praa; eIII nas condies ou nas limitaes

    impostas na legislao e regulamentaoespecficas:

    a) a estabilidade, quando praa com 10(dez) ou mais de efetivo servio;b) o uso das designaes hierrquicas;c) a ocupao de cargo correspondente aoposto ou graduao;d) a percepo de remunerao;e) outros direitos previstos na lei especficaque trata da remunerao dos policiaismilitares;f) a constituio de penso do policialmilitar;g) a promoo;h) a transferncia para a reservaremunerada a pedido, ou a reforma;i) as frias, os afastamentos temporrios deservio e as licenas; j) a demisso e o licenciamento voluntrios;k) o porte de arma, quando oficial emservio ativo ou em inatividade, salvoaqueles em inatividade por alienaomental ou condenao por crime contra asegurana do Estado ou por atividade quedesaconselhe aquele porte; el) o porte de arma, pelas praas, com asrestries impostas pela Polcia Militar.Pargrafo nico - A percepo daremunerao ou melhoria da mesma, deque trata o item II, obedecer ao seguinte:a) o oficial que contar mais de 35 (trinta ecinco) anos de servio, aps o ingresso na

    inatividade, ter seus proventos calculadossobre o soldo correspondente ao postoimediato. Se ocupante do ltimo posto dahierarquia policial militar ao atingir ainatividade compulsoriamente emdecorrncia do previsto nas alneas a, be c, item II, do art. 89, ter seus proventoscalculados tomando-se por base, o soldo deseu prprio posto, acrescido de 20% (vintepor cento);

    b) os subtenentes PM, quando transferidospara a inatividade, tero seus proventoscalculados sobre o soldo correspondente ao

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    posto de 2 Tenente PM, desde que contemmais de 30 (trinta) anos de servio;c) os demais praas que contem mais de 30(trinta) anos de servio, ao seremtransferidos para a inatividade, tero seus

    proventos calculados sobre o soldocorrespondente graduao imediatamentesuperior.Art. 49 - O policial militar que se julgarprejudicado ou ofendido por qualquer atoadministrativo ou disciplinar de superiorhierrquico, poder recorrer ou interporpedido de reconsiderao, queixa ourepresentao, segundo legislao vigentena Polcia Militar. 1 - O direito de recorrer na esferaadministrativa prescrever:a) em 15 (quinze) dias corridos a contar dorecebimento da comunicao oficial, quantoa ato que decorra de composio de quadrode acesso; eb) em 120 (cento e vinte) dias nos demaiscasos.

    2 O pedido de reconsiderao, a queixa ea representao no podem ser feitoscoletivamente. 3 O policial militar da ativa que, noscasos cabveis, se dirigir ao Poder Judicirio, dever participar,antecipadamente, esta iniciativa autoridade a que estiver subordinado.Art. 50Os policiais militares so alistveis

    como eleitores desde que Oficiais,Aspirantes a Oficial PM, Subtenentes PM,Sargentos PM ou alunos de curso de nvelsuperior para a formao de oficiais.Pargrafo nico - Os policiais militaresalistveis so elegveis, atendidas asseguintes condies:a) o policial militar que tiver menos de 5(cinco) em efetivo servio ser, ao secandidatar a cargo eletivo, excludo doservio ativo mediante demisso oulicenciamento ex-offcio; e

    b) o policial militar em atividade com 5(cinco) ou mais anos de efetivo servio, aose candidatar a cargo eletivo, ser afastadotemporariamente do servio ativo eagregado, considerado em licena paratratar de interesse particular. Se eleito, serno ato da diplomao, transferido para areserva remunerada, percebendo aremunerao a que fizer jus em funo deseu tempo de servio.

    SEO IDa Remunerao

    Art. 51 - A remunerao dos policiaismilitares compreende vencimentos ou

    proventos, indenizao e outros direitos, e devida em bases estabelecidas em Leiespecial. 1 - Os policiais militares na ativapercebem remunerao constituda pelasseguintes parcelas:a) mensalmente:I vencimentos compreendendo soldo egratificaes; e

    II indenizaes;b) eventualmente, outras indenizaes. 2 - Os policiais militares em inatividadepercebem remunerao constituda pelasseguintes parcelas:a) mensalmente:I proventos, compreendendo soldo ouquotas de soldo, gratificaes, e

    indenizaes incorporveis; eII adicional de inatividade; eb) eventualmente, auxlio-invalidez. 3 - Os policiais militares receberosalrio-famlia de conformidade com a Leique o rege.Art. 52 - O auxlio-invalidez, atendidas ascondies estipuladas na Lei especial quetrata da remunerao dos policiaismilitares, ser concedido ao policial militarquando em servio ativo, tenha sido ou

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    venha a ser reformado por incapacidadedefinitiva e considerado invlido, isto ,impossibilitado total e permanentementepara qualquer trabalho, no podendoprover os meios de subsistncia.

    Art. 53 - O soldo irredutvel e no estsujeito a penhora, seqestro ou arresto,exceto nos casos previstos em Lei.Art. 54 - O valor do soldo igual para opolicial militar da ativa, da reservaremunerada ou reformado de um mesmograu hierrquico, ressalvado o disposto noinciso II do art. 48 deste Estatuto.Art. 55 - proibido acumular remunerao

    de inatividade.Pargrafo nico - O disposto neste artigono se aplica aos policiais militares dareserva remunerada e aos reformados,quanto ao exerccio de mandato eletivo,quanto funo de magistrio ou de cargoem comisso ou quanto ao contrato paraprestao de servios tcnicos ouespecializados.Art. 56 - Os proventos da inatividade serorevistos sempre que, por motivo dealterao do poder aquisitivo da moeda semodificarem os vencimentos das policiaismilitares em servio ativo.Pargrafo nico - Ressalvados os casosprevistos em Lei, os proventos dainatividade no podero exceder aremunerao percebida pelo policial militarda ativa, no posto ou graduao

    correspondente ao de seus proventos.SEO II

    Da PromooArt. 57- O acesso na hierarquia da PolciaMilitar seletivo, gradual e sucessivo e serfeito mediante promoes, deconformidade com o disposto na legislaoe regulamentao de promoes de oficiaise de praas, de modo a obter um fluxoregular e equilibrado de carreira para ospoliciais militares a que este dispositivo serefere.

    1 - O planejamento da carreira dosoficiais e das praas, obedecidas asdisposies da legislao e regulamentaoa que se refere este artigo, atribuio doComando Geral da Polcia Militar.

    2 - A promoo um ato administrativo etem como finalidade bsica a seleo dospoliciais militares para o exerccio defunes pertinentes ao grau hierrquicosuperior.Art. 58 - As promoes sero efetuadaspelos critrios de antiguidade oumerecimento, ou ainda, por bravura e postmortem.

    1 - Em caso extraordinrio, poder haverpromoo em ressarcimento de preterio. 2 - A promoo do policial militar emressarcimento de preterio ser efetuadasegundo os princpios de Antigidade oumerecimento, recebendo ele o nmero quelhe competia na escala hierrquica como sehouvesse sido promovido na poca devida,pelo princpio em que ora feita suapromoo.Art. 59- No haver promoo de policialmilitar por ocasio de sua transfernciapara a reserva remunerada.Art. 60- No haver promoo do policialmilitar por ocasio de sua reforma.

    SEO IIIDas Frias e de outros Afastamentos

    Temporrios de Servios

    Art. 61 - As frias so afastamentos totaisde servio, anual e obrigatoriamente,concedidas aos policiais militares paradescanso, a partir do ltimo ms do ano aque se refere, e durante todo o anoseguinte. 1 - As frias tero a durao de 30 (trinta)dias para todo o pessoal da Polcia Militar esua concesso ser regulamentada peloComando Geral. 2 - A concesso de frias no prejudicada pelo gozo anterior de licenas

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    para tratamento de sade, por punioanterior decorrentes de transgressodisciplinar, pelo estado de guerra ou paraque sejam cumpridos atos de servio, bemcomo no anula o direito quelas licenas.

    3 - Somente em casos de interesse dasegurana nacional, de manuteno daordem, de extrema necessidade do servio,de transferncia para a inatividade, ou paracumprimento de punio decorrente detransgresso disciplinar de natureza grave eem caso de baixa hospitalar, os policiaismilitares tero interrompido ou deixaro degozar, na poca prevista, o perodo defrias a que tiverem direito.

    4 - Na impossibilidade do gozo de friasno ano seguinte pelos motivos previstos nopargrafo anterior, ressalvados os casos detransgresso disciplinar de natureza grave,o perodo de frias no gozado sercomputado, dia a dia, em dobro, nomomento da passagem do policial militarpara a inatividade e, nessa situao, paratodos os efeitos legais.

    Art. 62- Os policiais militares tm direito,ainda, aos seguintes perodos deafastamento total de servio, obedecidas asdisposies legais e regulamentares, pormotivo de:I npcias: 8 (oito) dias;II luto: at 8 (oito) dias;III instalao: at 10 (dez) dias; eIV trnsito: at 30 (trinta) dias.Pargrafo nico - O afastamento do serviopor motivo de npcias ou de luto serconcedido, no primeiro caso, se solicitadopor antecipao data do evento e, nosegundo caso, to logo a autoridade a queestiver subordinado o policial militar tenhaconhecimento do bito.Art. 63- As frias e os outros afastamentosmencionados nesta Seo so concedidoscom a remunerao prevista na legislaoespecfica e computadas como tempo deefetivo servio para todos os efeitos legais.

    SEO IVDas Licenas

    Art. 64 - Licena a autorizao paraafastamento total do servio, em cartertemporrio, concedida ao policial militar,obedecidas s disposies legais eregulamentares. 1 A licena pode ser:a) especial;b) para tratar de interesse particular;c) para tratamento de sade de pessoa dafamlia; ed) para tratamento de sade prpria. 2 - A remunerao do policial militar,quando em qualquer das situaes delicena constantes do pargrafo anterior,ser regulada em legislao especfica.Art. 65- A licena especial a autorizaopara afastamento total do servio, relativa acada decnio do tempo de efetivo servioprestado, concedida ao policial militar quea requerer, sem que implique em qualquerrestrio para a sua carreira. 1 - A licena especial tem a durao de06 (seis) meses a ser gozada de uma s vez,podendo ser parcelada em 2 (dois) ou 3(trs) meses por ano civil, quando solicitadapelo interessado e julgada conveniente peloComandante Geral da Corporao. 2 - O perodo de licena especial nointerrompe a contagem de tempo de efetivo

    servio. 3 - Os perodos de licena especial nogozados pelo policial militar socomputados, em dobro, para fins exclusivosde contagem de tempo para a passagempara a inatividade e, nesta situao, paratodos os efeitos legais. 4 - A licena especial no prejudicadapelo gozo anterior de qualquer licena para

    tratamento de sade e para que sejamcumpridos atos de servio, bem como noanula o direito quelas licenas.

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    autoridade judiciria visando guarda dospretrios ou tribunais por fora policialmilitar.Art. 70- Os policiais militares da ativa, noexerccio de funes policiais militares so

    dispensados do servio de jri na JustiaCivil e do servio na Justia Eleitoral.SEO NICA

    Do Uso dos Uniformes da Polcia MilitarArt. 71 - Os uniformes da Polcia Militarcom seus distintivos, insgnias e emblemas,so privativos dos policiais militares erepresentam o smbolo da autoridadepolicial militar com as prerrogativas que

    lhe so inerentes.Pargrafo nico - Constituem crimesprevistos na legislao especfica odesrespeito aos uniformes, distintivos,insgnias e emblemas policiais militares,bem como o seu uso por quem a eles notiver direito.Art. 72 - O uso dos uniformes com seusdistintivos, insgnias e emblemas, bem

    como os. modelos, descrio, composio,peas acessrias e outras disposies soestabelecidas na regulamentao especficada Polcia Militar. 1 - proibido ao policial militar o usodos uniformes:a) em manifestao de carter poltico-partidria;b) no estrangeiro, quando em atividadesno relacionadas com a misso do policialmilitar, salvo quando expressamentedeterminado ou autorizado;c) na inatividade, salvo para comparecer asolenidades militares e policiais militares e,quando autorizado a cerimnias cvicascomemorativas de datas nacionais ou a atossociais solenes de carter particular. 2 - Os policiais militares na inatividade,

    cuja conduta possa ser considerada comoofensiva dignidade da classe, podero serdefinitivamente proibidos de usar

    uniformes por deciso do ComandanteGeral da Polcia Militar.Art. 73 - O policial militar fardado tem asobrigaes correspondentes ao uniformeque use e aos distintivos, emblemas ou s

    insgnias que ostente.Art. 74- vedado a qualquer elemento civilou organizaes civis usar uniformes ouostentar distintivos, insgnias ou emblemasque possam ser confundidos com osadotados na Polcia Militar.Pargrafo nico - So responsveis pelainfrao das disposies deste artigo osdiretores ou chefes de reparties,

    organizaes de qualquer natureza, firmaou empregadores, empresas, institutos oudepartamentos que tenham adotado ouconsentido que sejam usados uniformes ouostentados distintivos, insgnias ouemblemas que ofeream semelhana com osadotados na Polcia Militar ou que possamcom eles ser confundidos.

    TTULO IVDAS DISPOSIES DIVERSAS

    CAPTULO IDas Situaes Especiais

    SEO IDa Agregao

    Art. 75- A agregao a situao na qual opolicial militar da ativa deixa de ocuparvaga na escala hierrquica de seu Quadro,nela permanecendo sem nmero. 1 - O policial militar deve ser agregadoquando:a) for nomeado para cargo policial militar,policial ou, ainda, considerado de naturezapolicial militar ou policial, em lei oudecreto, mesmo que no previsto nosQuadros de Organizao da Polcia Militar;b) aguardar transferncia ex -offcio par a

    a reserva remunerada, por ter sidoenquadrado em quaisquer dos requisitosque a motivam;

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    policial militar sem comunicar qualquermotivo de impedimento;II ausentar-se sem licena da Unidadeonde serve ou local onde deve permanecer.Pargrafo nico - Decorrido o prazomencionado neste artigo, sero observadasas formalidades previstas em legislaoespecfica.Art. 81 - O policial militar consideradodesertor nos casos previstos na legislaopenal militar.

    SEO VDo Desaparecimento e do Extravio

    Art. 82 - considerado desaparecido opolicial militar da ativa que, nodesempenho de qualquer servio, emviagem, em operaes policiais militares ouem caso de calamidade pblica, tiverparadeiro ignorado por mais de 8 (oito)dias.Pargrafo nico - A situao dedesaparecimento s ser consideradaquando no houver indcio de desero.Art. 83- O policial militar que, na forma doartigo anterior, permanecer desaparecidopor mais de 30 (trinta) dias, seroficialmente considerado extraviado.

    CAPTULO IIDo Desligamento ou Excluso do Servio

    AtivoArt. 84 - O desligamento ou excluso do

    servio ativo da Polcia Militar feito emconseqncia de:I transferncia para a reserva remunerada;II reforma;III demisso;IV perda de posto e patente;V licenciamento;VI excluso a bem da disciplina;VII desero;VIII falecimento;

    IX extravio.Pargrafo nico - O desligamento doservio ativo ser processado aps aexpedio de ato do Governador do Estado,ou de autoridades as quais tenham sido

    delegados poderes para isso.Art. 85 - A transferncia para a reservaremunerada ou a reforma no isentam opolicial militar da indenizao dosprejuzos causados Fazenda Estadual ou aterceiros, nem de pagamento das pensesdecorrentes de sentena judicial.Art. 86 - O policial militar da ativa,enquadrado em um dos incisos I, II e V do

    art. 84, ou demissionrio a pedido,continuar no exerccio de suas funes atser desligado da Organizao PolicialMilitar em que serve.Pargrafo nico - O desligamento daOrganizao Policial Militar em que servedever ser feito aps a publicao no DirioOficial ou em Boletim, do ato oficialcorrespondente, e no poder exceder de 45(quarenta e cinco) dias da data da primeirapublicao oficial.

    SEO IDa Transferncia para a Reserva

    RemuneradaArt. 87 - A passagem do policial militar situao de inatividade, mediantetransferncia para a reserva remunerada, seefetua:

    I a pedido; eII ex-offcio.Art. 88 - A transferncia para a reservaremunerada a pedido ser[a concedida,mediante requerimento, ao policial militarque contar, no mnimo, 30 (trinta) anos deservio. 1 - No caso de o policial militar haverrealizado qualquer curso ou estgio

    superior a 6 (seis) meses, por conta doEstado, no estrangeiro, sem haverdecorrido 3 (trs) anos de seu trmino, a

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    transferncia para a reserva s serconcedida mediante indenizao de todasas despesas correspondentes realizaodo referido curso ou estgio, inclusive dasdiferenas de vencimento.

    2 - No ser concedida transferncia paraa reserva remunerada, a pedido, ao policialmilitar:a) que estiver respondendo a inqurito ouprocesso em qualquer jurisdio; e b) que estiver cumprindo pena dequalquer natureza. 3 - Os policiais militares da reservaremunerada podero ser convocados para oservio ativo, em carter transitrio emediante aceitao voluntria, por ato doGovernador do Estado, desde que hajaconvenincia para o servio. 4 - Vetado.Art. 89 - A transferncia para a reservaremunerada, ex-offcio, verificar-se-sempre que o policial militar incidir nosseguintes casos:

    I atingir as seguintes idades limites:a) no Quadro de Oficiais PM (QOPM),no Quadro Tcnico (QT) (em extino), noQuadro de Sade (QS) e Praas:

    Postos Idade

    Coronel PM 59 anosTenente Coronel PM 56 anosMajor PM 52 anosCapito e oficiais subalternosPM

    48 anos

    Graduaes Idade

    Subtenente PM 56 anosPrimeiro Sargento PM 54 anosSegundo Sargento PM 52 anosTerceiro Sargento PM 51 anosCabo e Soldado PM 51 anos

    b) nos Quadros de Oficiais deAdministrao e de Oficiais Especialistas:

    Postos Idade

    Capito PM 56 anosPrimeiro Tenente PM 54 anosSegundo Tenente PM 52 anos

    II ter ultrapassado ou vier a ultrapassar:a) o oficial PM 35 (trinta e cinco) anos deservio;b) o oficial PM 30 (trinta) anos de servio e8 (oito) anos no posto;c) o oficial intermedirio 6 (seis) anos noltimo posto da hierarquia do seu Quadro,desde que conte 30 (trinta) anos de servio;

    III oficial considerado no habilitado parao acesso, em carter definitivo, no momentoem que vier a ser objeto de apreciao paraingresso em Quadro de acesso;IV ultrapassar 2 (dois) anos contnuos ouno em licena para tratar de interesseparticular;V ultrapassar 2 (dois) anos contnuos. Emlicena para tratamento de sade de pessoade sua famlia;VI ser empossado em cargo pblicopermanente estranho sua carreira, cujasfunes sejam de magistrio;VII ultrapassar 2 (dois) anos deafastamento, contnuos ou no, agregadoem virtude de ter sido empossado em cargopblico civil temporrio, no eletivo,inclusive de administrao indireta; e

    VIII ser diplomado em cargo eletivo naforma da alnea b do pargrafo nico doart. 50. 1 - A transferncia para a reservaprocessar-se- medida que o policialmilitar for enquadrado em um dos incisosdeste artigo. 2 - O policial militar transferidocompulsoriamente para a reservaremunerada, nos termos das letras b e cdo item II deste artigo, ser consideradocomo se contasse 35 (trinta e cinco) anos de

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    efetivo exerccio para todos os fins e efeitoslegais. 3 - A transferncia para a reservaremunerada do policial militar, enquadradono inciso VI, ser efetivada no posto ou

    graduao que tinha na ativa, podendoacumular os proventos a que fizer jus nainatividade com remunerao do cargopara que foi nomeado. 4 - A nomeao do policial militar paraos cargos pblicos de que tratam os incisosVI e VII somente poder ser feita:a) pela autoridade federal competente,mediante requisio do Governador do

    Estado, quando o cargo for da aladafederal;b) pelo Governador do Estado ou mediantesua autorizao, nos demais casos. 5 - Enquanto permanecer no cargo deque trata o item VII:a) -lhe assegurada a opo entre ovencimento do cargo e a remunerao doposto ou da graduao;

    b) somente poder ser promovido porAntigidade;c) o tempo de servio contado apenaspara aquela promoo e para atransferncia para a inatividade.Art. 90- Aos Oficiais do QOCPM (Quadrode Oficiais Capeles Policiais Militares) queatingirem a idade de 60 (sessenta) anos ouincidirem no caso previsto no inciso 11 doart. 89 deste Estatuto, fica assegurada atransferncia ex-offcio para a reservaremunerada, com direitos e vantagensprevistos na legislao policial militar.Art. 91 - Fica assegurado aos oficiaisadvogados do Quadro Tcnico (emextino) lotados na Consultoria Jurdica daPolcia Militar, o direito de promoo at oltimo posto previsto na hierarquia policialmilitar:Pargrafo nico - Vetado.

    Art. 92 - O oficial da reserva remuneradapoder ser convocado para o servio ativopor ato do Governador do Estado paracompor Conselho de Justificao, para serencarregado de Inqurito Policial Militar ouincumbido de outros procedimentosadministrativos, na falta de oficial da ativaem situao hierrquica compatvel com ado oficial envolvido. 1 - O oficial convocado nos termos desteartigo ter os direitos e deveres dos da ativade igual situao hierrquica, exceto quanto promoo, a que no concorrer, e contarcomo acrscimo esse tempo de servio. 2 - A convocao de que trata este artigo,ter a durao necessria ao cumprimentoda atividade que a ela deu origem, nodevendo ser superior ao prazo de 12 (doze)meses, depender da anuncia doconvocado e ser precedida de inspeo desade.Art. 93- A transferncia do policial militarpara a reserva remunerada pode serdispensa na vigncia do estado de guerra,

    estado de stio ou em caso de mobilizao.SEO IIDa Reforma

    Art. 94 - A passagem do policial militar situao de inatividade, mediante reforma,somente se dar ex-offcio.Art. 95- A reforma ex-offcio ser aplicadaao policial militar que:

    I atingir as seguintes idades limites depermanncia na reserva remunerada:a) para oficial superior, 64 anos;b) para capito e oficial subalterno, 60 anos;ec) para praas, 56 anos;II for julgado incapaz, definitivamente;para o servio ativo da Polcia Militar;

    III estiver agregado por mais de 2 (dois)anos por ter sido julgado incapaztemporariamente, mediante homologao

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    de Junta Superior de Sade, ainda mesmoque se trate de molstia curvel;IV for condenado pena de reformaprevista no Cdigo Penal Militar, porsentena passada em julgado;

    V sendo oficial, a tiver determinada peloTribunal de Justia do Estado, em julgamento por ele efetuado, emconseqncia do Conselho de Justificao aque foi submetido; eVI sendo Aspirante a Oficial PM ou praacom estabilidade assegurada, for para talindicado, ao Comandante Geral da PolciaMilitar, em julgamento de Conselho de

    Disciplina.Pargrafo nico - O policial militarreformado na forma dos itens V ou VI spoder readquirir a situao militaranterior, respectivamente, por outrasentena do Tribunal de Justia do Estado enas condies nela estabelecidas ou pordeciso do Comandante Geral da PolciaMilitar.Art. 96- Anualmente, no ms de fevereiro,o rgo de pessoal de Polcia Militarorganizar a relao dos policiais militaresque houverem atingido a idade limite depermanncia na reserva, a fim de seremreformados.Pargrafo nico - A situao de inatividadedo policial militar da reserva remunerada,quando reformado por limite de idade, nosofre soluo de continuidade, exceto

    quanto s condies de mobilizao.Art. 97 - A incapacidade definitiva podesobrevir em conseqncia de:I ferimento recebido em operaespoliciais militares ou na manuteno daordem pblica ou enfermidade contradanessa situao, ou que nela tenha sua causaeficiente;II acidente em servio;III doena, molstia ou enfermidadeadquirida com relao de causa a condies

    inerente ao servio;IV tuberculose ativa, alienao mental,neoplasia maligna, cegueira, lepra, paralisiairreversvel e incapacitante, cardiopatiagrave, mal de Parkinson, pnfigo,

    espondiloartrose anquilosante, nefropatiagrave e outras molstias que a Lei indicarcom base nas concluses da medicinaespecializada;V acidente ou doena, molstia ouenfermidade sem relao de causa e feitocom o servio. 1 - Os casos de que tratam os, itens I, II eIII deste artigo sero provados por atestado

    de origem ou inqurito sanitrio de origem,sendo os termos de acidente, baixa aohospital, papeleta de tratamento nasenfermarias e hospitais, e os registros debaixa utilizados como meios subsidiriospara esclarecer a situao. 2 - Nos casos de tuberculose, as Juntas deSade devero basear seus julgamentos,obrigatoriamente, em observaes clnicasacompanhadas de repetidos examessubsidirios, de modo a comprovar, comsegurana, a atividade de doena, apsacompanhar sua evoluo at 3 (trs)perodos de 6 (seis) meses de tratamentoclnico-cirrgico metdico, atualizado e,sempre que necessrio, nosocomial, salvoquando se tratar de formas grandementeavanadas no conceito clnico e semqualquer possibilidade de regressocompleta, as quais tero parecer imediatode incapacidade definitiva. 3 - O parecer definitivo a adotar, noscasos de tuberculose, para os portadores deleses aparentemente inativas, ficarcondicionado a um perodo deconsolidao extra-nosocomial, nuncainferior a 6 (seis) meses, contados a partirda poca da cura. 4 - Considera-se alienao mental todo

    caso de distrbio mental ou neuro-mentalgrave persistente, no qual, esgotados osmeios habituais de tratamento, permanea

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    alterao completa ou considervel napersonalidade, destruindo aautodeterminao do pragmatismo etornando o indivduo total epermanentemente impossibilitado paraqualquer trabalho. 5 - Ficam excludas do conceito dealienao mental as epilepsias psquicas eneurolgicas, assim julgadas pelas Juntasde Sade. 6 - Considera-se paralisia todo caso deneuropatia grave e definitiva que afeta amotilidade, sensibilidade, troficidade edemais funes nervosas, no qual,esgotados os meios habituais detratamento, permaneam distrbios graves,extensos e definitivos que tornem oindivduo total e permanentementeimpossibilitado para qualquer trabalho. 7 - So tambm equiparados s paralisiasos casos de afeco steo-msculo-articulares graves e crnicos (reumatismosgraves e crnicos ou progressivos e doenassimilares), nos quais esgotados, os meios

    habituais de tratamento, permaneamdistrbios extensos e definitivos, quersteo-msculo-articulares residuais, quersecundrios das funes nervosas,motilidade, troficidade ou demais funesque tornem o indivduo total epermanentemente impossibilitado paraqualquer trabalho. 8 - So equiparados cegueira, no s oscasos de afeces crnicas progressivas eincurveis que conduziro cegueira total,como tambm os de viso rudimentar queapenas permitam a percepo de vultos,no suscetveis de correo por lentes, nemremovveis por tratamento mdico-cirrgico.Art. 98- O policial militar da ativa julgadoincapaz definitivamente por um dosmotivos constantes dos itens I, II, III e IV doart. 97, ser reformado com qualquer tempode servio.

    Art. 99- O policial militar da ativa julgadoincapaz definitivamente por um dosmotivos constantes do item I do art. 97, serreformado com remunerao calculada combase no soldo correspondente ao grauhierrquico imediato ao que possuir naativa. 1 - Aplica-se o disposto neste artigo aoscasos previstos nos itens II, III e IV do art.97 quando, verificada a incapacidadedefinitiva, for o policial militar consideradoinvlido, isto , impossibilitado total epermanentemente para qualquer trabalho. 2 - Considera-se, para efeito deste artigo,grau hierrquico imediato:a) o de 1 Tenente PM para Aspirante aOficial PM;b) o de 2 Tenente PM, para Subtenente PM,1 Sargento PM, 2 Sargento PM e 3Sargento PM;c) o de 3 Sargento PM para Cabo PM eSoldado PM. 3 - Aos benefcios previstos neste artigo e

    seus pargrafos, podero ser acrescidosoutros relativos remunerao,estabelecidos em Leis especficas, desde queo policial militar, ao ser reformado, jsatisfaa s condies por elas exigidas. 4 - Vetado.Art. 100- O policial militar da ativa julgadoincapaz definitivamente por um dosmotivos constantes do item V do art. 97,

    ser reformado:a) com remunerao proporcional ao tempode servio, se oficial ou praa comestabilidade assegurada;b) com remunerao calculada com base nosoldo integral do posto ou graduao desdeque, com qualquer tempo de servio, sejaconsiderado invlido, isto ,impossibilitado total e permanentementepara qualquer trabalho.Art. 101- O policial militar reformado porincapacidade definitiva que for julgado

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    apto em inspeo de sade por JuntaSuperior, em grau de recurso ou reviso,poder retornar ao servio ativo ou sertransferido para a reserva remunerada,conforme dispuser regulamentaoespecfica. 1 - O retorno ao servio ativo ocorrer seo tempo decorrido na situao dereformado no ultrapassar 2 (dois) anos ena forma do disposto no pargrafo 1 doart. 79. 2 - A transferncia para a reservaremunerada, observado o limite de idadepara a permanncia nessa reserva, ocorrerse o tempo transcorrido na situao dereformado ultrapassar 2 (dois) anos.Art. 102- O policial militar reformado poralienao mental, enquanto no ocorrer designao judicial do curador, ter suaremunerao paga aos seus beneficirios,desde que estes o tenham sob sua guarda eresponsabilidade e lhe dispensemtratamento humano e condigno. 1 - A interdio judicial do policialmilitar reformado por alienao mentaldever ser providenciada junto aoMinistrio Pblico, por iniciativa dosbeneficirios, parentes ou responsveis, at60 (sessenta) dias a contar da data do ato dareforma. 2 - A interdio judicial do policialmilitar e seu internamento em instituioapropriada, policial militar ou no, deveroser providenciados pelo Comandante Geralda Corporao, quando:a) no houver beneficirios, parentes ouresponsveis;b) no forem satisfeitas as condies detratamento exigidas neste artigo. 3 - Os processos e os atos de registros deinterdio do policial militar teroandamento sumrio, sero instrudos com

    laudo proferido por Junta de Sade eisentos de custas.

    Art. 103- Para fins de previsto na presenteSeo, as praas especiais, constantes doquadro a que refere o art. 13, soconsideradas:I 2 Tenente PM, os Aspirantes a Oficiais

    PM;II Aspirante a Oficial PM, os AlunosOficiais PM;III 3 Sargento PM; os Alunos de Cursosde Formao de Sargentos PM;IV Cabo PM, os Alunos do Curso deFormao de Soldados PM.

    SEO II

    Da demisso, da Perda do Posto e daPatente e da Declarao de Indignidade ouIncompatibilidade com o Oficialato

    Art. 104 - A demisso da Polcia Militaraplicada exclusivamente aos Oficiais, seefetua;I a pedido;II ex-offcio.Art. 105 - A demisso a pedido serconcedida mediante requerimento dointeressado:I sem indenizao aos cofres pblicos,quando contar mais de 5 (cinco) anos deoficialato na PM;II com indenizao das despesas feitaspelo Estado com a sua preparao eformao quando conter menos de 5 (cinco)anos de oficialato. 1 - No caso de o oficial ter feito qualquercurso ou estgio de durao igual ousuperior a 6 (seis) meses e inferior ou iguala 18 (dezoito) meses, por conta do Estado eno tendo decorrido mais de 3 (trs) anosde seu trmino, a demisso s serconcedida mediante indenizao de todasas despesas correspondentes ao referidocurso ou estgio acrescidas, se for o caso,

    das previstas no item II deste artigo e dasdiferenas de vencimentos. 2 - No caso de o oficial ter feito qualquer

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    curso ou estgio de durao superior a 18(dezoito) meses, por conta do Estado,aplicar-se- o disposto no pargrafoanterior se ainda no houver decorridomais de 5 (cinco) anos de seu trmino.

    3 - O oficial demissionrio a pedido noter direito a qualquer remunerao, sendoa sua situao militar definida pela Lei doServio Militar. 4 - O direito demisso a pedido podeser suspenso na vigncia de estado deguerra, calamidade pblica, perturbao daordem interna, estado de stio ou em casode mobilizao.

    Art. 106- O oficial da ativa empossado emcargo pblico permanente, estranho a suacarreira e cuja funo no seja demagistrio, ser, imediatamente, mediantedemisso ex-offcio por esse motivo,transferido para a reserva, onde ingressarcom o posto que possua na ativa, nopodendo acumular qualquer provento deinatividade ao vencimento do cargo pblicopermanente.

    Art. 107- O oficial que houver perdido oposto e a patente ser demitido ex-offciosem direito a qualquer remunerao ouindenizao e ter a sua situao militardefinida pela Lei do Servio Militar.Art. 108 - O oficial perder o posto e apatente se for declarado indigno dooficialato, ou com ele incompatvel pordeciso do Tribunal de Justia do Estado,em decorrncia do julgamento a que forsubmetido.Pargrafo nico - O Oficial declaradoindigno do oficialato, ou com eleincompatvel, e condenado perda deposto e patente, s poder readquirir asituao militar anterior por outra sentenado Tribunal de Justia do Estado e nascondies nela estabelecidas.Art. 109 - Fica sujeito declarao deindignidade para o oficialato, ouincompatibilidade com o mesmo por

    julgamento do Tribunal de Justia doEstado, o oficial que:I for condenado, por Tribunal Civil ouMilitar, a pena restritiva de liberdadeindividual superior a 2 (dois) anos, em

    decorrncia de sentena condenatriapassada em julgado:II for condenado, por sentena passadaem julgado por crimes para os quais oCdigo Penal Militar comina essas penasacessrias e por crimes previstos naLegislao especial concernentes Segurana Nacional;III incidir nos casos previstos em Lei

    especfica, que motivem o julgamento porConselho de Justificao e neste forconsiderado culpado;IV houver perdido a nacionalidadebrasileira.

    SEO IVDo Licenciamento

    Art. 110- O licenciamento do servio ativose efetua:I a pedido; eII ex-offcio. 1 - O licenciamento a pedido poder serconcedido, uma vez que no haja prejuzopara o servio praa engajada oureengajada, desde que conte, no mnimo ametade do tempo de servio a que seabrigou.

    2 - O licenciamento ex-offcio ser feitona forma do Regulamento Disciplinar daPolcia Militar, da Lei do Servio Militar edo seu Regulamento:a) por concluso de tempo de servio;b) por convenincia do servio; ec) a bem da disciplina. 3 - O policial militar licenciado no terdireito a qualquer remunerao e suasituao militar ser definida pela Lei doServio Militar.

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    4 - O licenciado ex-offcio a bem dadisciplina receber o certificado de isenodo servio militar previsto na Lei doServio Militar.Art. 111 - O Aspirante a Oficial PM e as

    demais praas empossados em cargopblico permanente estranho a sua carreirae cuja funo no seja de magistrio sero,imediatamente licenciados ex-offcio, semremunerao e tero sua situao militardefinida pela Lei do Servio Militar.Art. 112 - O direito ao licenciamento apedido poder ser suspenso na vigncia doestado de guerra, calamidade pblica,perturbao da ordem interna, estado destio ou em caso de mobilizao.

    SEO VDa Excluso da Praa a Bem da DisciplinaArt. 113- A excluso a bem da disciplinaser aplicada ex-offcio ao Aspirante aOficial PM e s praas com estabilidadeassegurada:I sobre os quais houver pronunciado tal

    sentena o Conselho Permanente de Justia,por haverem sido condenados em sentenapassada em julgado, por aquele Conselhoou Tribunal Civil, a pena restrita deliberdade individual superior a 2 (dois)anos ou nos crimes previstos na legislaoespecial concernentes SeguranaNacional, pena de qualquer durao;II sobre os quais houver pronunciado talsentena o Conselho Permanente de Justia,por haverem perdido a nacionalidadebrasileira;III que incidirem nos casos quemotivarem o julgamento pelo Conselho deDisciplina previsto no art. 47 e neste foremconsiderados culpados.Pargrafo nico - O Aspirante a Oficial PMou praa com estabilidade assegurada quehouver sido excludo a bem da disciplina,s poder readquirir a situao militaranterior:

    a) por outra sentena do ConselhoPermanente de Justia e nas condies nelaestabelecidas, se a excluso for emconseqncia de sentena daqueleConselho.

    b) por deciso do Comandante Geral dePM, se a excluso for em conseqncia deter sido julgado culpado em Conselho deDisciplina.Art. 114 - da competncia doComandante Geral da PM o ato de exclusoa bem da disciplina do Aspirante e OficialPM bem como das praas com estabilidadeassegurada.

    Art. 115 - A excluso da praa a bem dadisciplina acarreta a perda do seu grauhierrquico e no a isenta das indenizaesdos prejuzos causados Fazenda doEstado ou a terceiros, nem das pensesdecorrentes de sentena judicial.Pargrafo nico - A praa excluda a bemda disciplina no ter direito a qualquerremunerao ou indenizao e sua situaomilitar ser definida pela Lei do ServioMilitar.

    SEO VIDa Desero

    Art. 116 - A desero do policial militaracarreta uma interrupo do serviopolicial militar com a conseqentedemisso ex-offcio, para o oficial, ouexcluso do servio ativo, para a praa.

    1 - A demisso do oficial ou a exclusode praa com estabilidade asseguradaprocessar-se- aps um ano de agregao seno houver captura ou apresentaovoluntria antes deste prazo. 2 - A praa sem estabilidade asseguradaser automaticamente excluda apsoficialmente declarada desertora. 3 - O policial militar desertor que forcapturado ou se apresentarvoluntariamente, depois de haver sidodemitido ou excludo, ser reincludo no

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    servio ativo e a seguir agregado pare sever processar. 4 - A reincluso em definitivo do policialmilitar de que trata o pargrafo anteriordepender de sentena do Conselho de

    Justificao.SEO VII

    Do Falecimento e do ExtravioArt. 117- O falecimento do policial militarda ativa acarreta interrupo do serviopolicial militar, com o conseqentedesligamento ou excluso do servio ativo,a partir da data da ocorrncia do bito.Art. 118- O extravio de policial militar deativa acarreta interrupo do serviopolicial militar com o conseqenteafastamento temporrio do servio ativo, apartir da data em que o mesmo foroficialmente considerado extraviado. 1 - O desligamento do servio ativo serfeito 6 (seis) meses aps a agregao pormotivo de extravio. 2 - Em caso de naufrgio, sinistro areo,catstrofe, calamidade pblica ou outrosacidentes oficialmente reconhecidos, oextravio ou desaparecimento do policialmilitar da ativa ser considerado comofalecimento, para fins deste Estatuto, tologo sejam esgotados os prazos mximos depossvel sobrevivncia ou quando se dempor encerradas as providncias desalvamento.

    Art. 119 - O reaparecimento do policialmilitar extraviado ou desaparecido, jdesligado do servio ativo, resulta em suareincluso e nova agregao, enquanto seapuram as causas que deram origem ao seuafastamento.Pargrafo nico - O policial militarreaparecido ser submetido a Conselho de Justificao ou a Conselho de Disciplina,por deciso do Comandante Geral da PM,se e assim for julgado necessrio.

    CAPTULO IIIDo Tempo de Servio

    Art. 120- Os policiais militares comeam acontar tempo de servio na Polcia Militar apartir da data de sua incluso na PolciaMilitar, matrcula em rgo de formao depoliciais militares ou nomeao para oposto ou graduao na Polcia Militar. 1 - Considera-se como data deincorporao, para fins deste artigo;a) a data do ato em que o voluntrio considerado includo na Polcia Militar ou aela incorporado;b) a data de matrcula em rgo deformao de policiais militares;c) a data de apresentao pronto para oservio no caso de nomeao. 2 - O policial militar reincludo recomeaa contar tempo de servio da data de suareincluso. 3 - Quando, por motivo de fora maior,oficialmente reconhecido (incndio,

    inundao, naufrgio, sinistro areo eoutras calamidades), faltarem dados para acontagem de tempo de servio, caber aoComandante Geral da PM arbitrar o tempoe ser computado, para cada caso particular,de acordo com os elementos disponveis.Art. 121- Na apurao do tempo de serviomilitar, ser feita distino entre:I tempo de efetivo servio; e

    II anos de servio.Art. 122 - Tempo de efetivo servio oespao de tempo computado dia a dia entrea data de incorporao e a data limiteestabelecida para a contagem ou a data dodesligamento do servio ativo, mesmo quetal espao de tempo seja parcelado. 1 - Ser tambm computado como tempode efetivo servio o tempo passado dia a

    dia pelo policial militar na reservaremunerada que for convocado para oexerccio de funes policiais militares na

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    de guerra ser regulado em legislaoespecfica.Art. 126- O tempo de servio dos policiaismilitares beneficiados por anistia sercontado como estabelecer o ato legal que a

    conceder.Art. 127- A data limite estabelecida parafinal da contagem dos anos de servio parafins de passagem para a inatividade ser ado desligamento do servio ativo.Pargrafo nico - A data limite no poderexceder de 45 (quarenta e cinco) dias, dosquais o mximo de 15 (quinze) no rgoencarregado de efetivar a transferncia, da

    data da publicao do ato de transfernciapara a reserva ou reforma em Dirio Oficialou Boletim da Corporao, consideradasempre a primeira publicao oficial.Art. 128- Na contagem dos anos de serviono poder ser computada qualquersuperposio dos tempos de serviopblico (federal, estadual e municipal oupassado em rgo de administraoindireta) entre si, nem com os acrscimosde tempo, para os possuidores de cursouniversitrio, nem com o tempo de serviocomputvel aps a incorporao emOrganizao Policial Militar, matrcula emrgo de formao de policiais militares ounomeao para posto ou graduao naPolcia Militar.Pargrafo nico - Vetado.

    CAPTULO IV

    Do CasamentoArt. 129- O policial militar da ativa podecontrair matrimnio, desde que observadaa legislao civil especfica. 1 - vedado o casamento ao AlunoOficial PM e demais praas, enquantoestiverem sujeitos aos regulamentos dosrgos de formao de oficiais, degraduados ou de praas cujos requisitospara admisso exijam a condio desolteiro, salvo em casos excepcionais acritrio do Comandante Geral da PM.

    2 - O casamento com mulher estrangeirasomente poder ser realizado aps aautorizao do Comandante Geral de PM.Art. 130 - O Aluno Oficial PM e demaispraas que contrarem matrimnio em

    desacordo com o 1 do artigo anteriorsero excludos sem direito a qualquerremunerao ou indenizao.

    CAPTULO VDas Recompensas e das Dispensas do

    ServioArt. 131 - As recompensas constituemreconhecimento dos bons serviosprestados pelos policiais militares.

    1 - So recompensas policiais militares:a) prmio de Honra ao Mrito;b) condecoraes por servios prestados;c) elogios, louvores e referncias elogiosas;d) dispensas de servio. 2 - As recompensas sero concedidas deacordo com as normas estabelecidas nas leise regulamentos da Polcia Militar.Art. 132 - As dispensas de servio soautorizaes concedidas aos policiaismilitares para afastamento total do servioem carter temporrio.Art. 133- As dispensas de servio podemser concedidas aos policiais militares:I como recompensa;II para desconto em frias; eIII em decorrncia de prescrio mdica.Pargrafo nico - As dispensas de serviossero concedidas com a remuneraointegral e computadas como tempo deefetivo servio.

    TTULO VDisposies Finais e Transitrias

    Art. 134- A assistncia religiosa PolciaMilitar regulada por lei especfica.

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    Art. 135 - vedado o uso, por parte deorganizao civil, de designaes quepossam sugerir sua vinculao PolciaMilitar.Pargrafo nico - Excetuam-se das

    prescries deste artigo as associaes,clubes, crculos e outros que congregammembros da Polcia Militar e que sedestinam, exclusivamente, a promoverintercmbio social e assistencial entre ospoliciais militares e suas famlias e entreesses e a sociedade civil local.Art. 136 - Lei especial, de iniciativaexclusiva do Governador do Estado,estabelecer os direitos relativos PensoPolicial Militar, destinada a amparar osbeneficiados do policial militar falecido ouextraviado.Art. 137 - Ao policial militar beneficiadopela Lei Estadual n 611, de 31de dezembrode 1951 e Lei n 2.056, de 16 de outubro de1964, e que em virtude do disposto nos arts.58 e 59, desta Lei no mais usufruir apromoo prevista naquelas leis, fica

    assegurado, por ocasio da transfernciapara a reserva ou reforma, a remuneraode inatividade relativa ao posto ougraduao a que seria promovido emdecorrncia da aplicao das referidas leis.Pargrafo nico - O policial militarbeneficiado por este artigo, se ocupante doltimo grau hierrquico de seu quadro, porocasio do processamento de suatransferncia para a reserva ou reforma,far jus ao percentual de 20% (vinte porcento), calculado sobre o soldo.Art. 138- Fica assegurado ao policial militarque na data de 15 de maio de 1967 contava20 (vinte) ou mais anos de efetivo servio, odireito transferncia, a pedido, para areserva remunerada a partir da data em quecompletou ou venha a completar 25 (vinte ecinco) anos de tempo de efetivo servio.

    Art. 139- A licena especial de que trata oart. 65 e seus pargrafos e o pargrafo 4 do

    art. 122 do presente Estatuto, retroagemseus efeitos data de 15 de maio de 1967.Art. 140 - Aps a vigncia do presenteEstatuto, sero a ele ajustados todos osdispositivos legais e regulamentares que

    com ele tenham pertinncia.Art. 141- So adotados na Polcia Militar,em matria no regulada na legislaoestadual, as leis e regulamentos em vigorno Exrcito Brasileiro no que lhe forpertinente.Art. 142 - Enquanto no for aprovado oRegulamento Disciplinar da Polcia Militar,a que se refere o pargrafo 2 do art. 110

    desta lei, ser aplicada na Corporao alegislao federal que trata da matria.Art. 143 - O presente Estatuto entra emvigor na data da publicao, salvo odisposto no seu art. 139, ficando revogadasas disposies em contrrio.Ordeno, portanto, a todas as autoridadesque a cumpram e faam cumprir como nelase contm.

    O Secretrio de Estado da Justia faapublic-la, imprimir e correr.Palcio Anchieta, em Vitria, 09 de janeirode 1978.

    LCIO LVARESGovernador do Estado

    DERCLIO GOMES DE ALBUQUERQUESecretrio de Estado da Justia

    HUGO DE CASTRO EISENLOHRSecretrio de Estado da Segurana Pblica

    (D.O. 24/02/78)

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    LEI COMPLEMENTAR N 420

    Dispe sob re a mo dal idade derem u ne rao po r su b sdi o pa ra os

    m ilitares d o Es tado do Esp rito Santo ed o ut ras pr ov id n ci as .

    CAPTULO IDISPOSIES INICIAIS

    Art. 1 Fica instituda, nos termos desta LeiComplementar, a modalidade deremunerao por subsdio para os militaresdo Estado do Esprito Santo, emobservncia ao disposto no 9 do artigo144 da Constituio da RepblicaFederativa do Brasil. 1 O subsdio dos militares ser fixadopor lei, em parcela nica, vedado oacrscimo de qualquer gratificao,adicional, abono, prmio e verba derepresentao ou outra espcieremuneratria, nos termos do 4 do artigo39 da Constituio da Repblica Federativado Brasil.

    2 Excetuam-se do 1 deste artigo asparcelas de carter eventual, relativas aservio extraordinrio e a funogratificada de chefia.Art. 2 O servio extraordinrio, a que serefere o 2 do artigo 1 desta LeiComplementar, depender da efetivaprestao de servio, em atividade fim depolcia e de bombeiro militar, condicionado

    escala prvia de servio extra, nopodendo exceder a 24 (vinte e quatro) horasmensais. 1 A escala de servio extra, a que serefere o caput deste artigo, serorganizada e fixada pelos comandantes daPolcia Militar e do Corpo de BombeirosMilitar, em jornadas mnimas de 6 (seis)horas, observando a necessidade efetiva deservio extra, na forma do regulamento. 2 O clculo do valor do servioextraordinrio ser o resultado da diviso

    do valor do subsdio individual por 176(cento e setenta e seis), multiplicado pelashoras da escala efetivamente prestada,acrescido de 50% (cinqenta por cento), nostermos do inciso XVI do artigo 7 daConstituio da Repblica Federativa doBrasil. 3 A escala de servio extra, de que trataeste artigo, no se incorpora aos proventosde inatividade e no incide previdncia.Art. 3 Suspende-se temporariamente odireito do militar estadual ao subsdioquando:I - em licena para tratar de interesse

    particular;II - em estado de desero.CAPTULO II

    DA ESTRUTURA DA MODALIDADEREMUNERATRIA POR SUBSDIO

    DOS MILITARESArt. 4 A carreira militar organizada emnveis hierrquicos, remunerada porsubsdio, ser estruturada em 17 (dezessete)referncias.Art. 5 A promoo dos militares de umposto ou graduao para outroimediatamente superior, observar asnormas contidas na legislao dos militaresdo Estado do Esprito Santo.Art. 6 A progresso horizontal apassagem de uma referncia para outraimediatamente superior, dentro do mesmoposto ou graduao, e dar-se- nosinterstcios constantes do Anexo IV.Pargrafo nico. O tempo de interstcioequivale ao tempo de efetivo servioprestado corporao militar, computadonos termos do artigo 122 da Lei n 3.196, de09.01.1978. Art. 7 No ser computado no tempo deinterstcio, a que se refere o pargrafo nico

    do artigo 6 desta Lei Complementar, otempo passado:

    I - como desertor;

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    III - doena, molstia ou enfermidadeadquirida, com relao de causa acondies inerente ao servio;IV - tuberculose ativa, alienao mental,neoplasia maligna, cegueira, lepra,

    sndrome da imunodeficincia adquirida,paralisia irreversvel e incapacitante,cardiopatia grave, mal de Parkinson,pnfigo, espondiloartrose anquilosante,nefropatia grave e outras molstias que a leiindicar com base nas concluses damedicina especializada;V - acidente ou doena, molstia ouenfermidade sem relao de causa e efeitocom o servio.Pargrafo nico. As causas deincapacidade previstas neste artigo serocomprovadas nos termos da legislaovigente.Art. 13.O militar da ativa, julgado incapazdefinitivamente por um dos motivosconstantes do inciso I do artigo 12 desta LeiComplementar, ser reformado comqualquer tempo de contribuio ao regimede previdncia, tendo o seu proventofixado com base no valor do subsdio doposto ou da graduao imediatamentesuperior, correspondente data dedeclarao de incapaz, e na referncia 17(dezessete) da tabela de subsdio. 1 Aplica-se o disposto neste artigo aoscasos constantes nos incisos II, III e IV doartigo 12, quando a incapacidade definitivae permanente do militar o tornar invlidopara qualquer trabalho. 2 O provento do Soldado, para efeitodeste artigo, ser fixado com base nosubsdio de 3 Sargento. 3 Quando o militar for integrante doltimo nvel da hierarquia de seu quadro, abase de clculo do seu provento ser ovalor do subsdio do seu posto ougraduao, correspondente data dedeclarao da incapacidade, e na referncia17 (dezessete) da tabela de subsdio.

    4 O provento do Subtenente, para efeitodeste artigo, ser fixado com base naremunerao do 2 Tenente. Art. 14. O militar da ativa, julgado incapazdefinitivamente para a atividade militar por

    um dos motivos constantes dos incisos II,III e IV do artigo 12 desta LeiComplementar, ser reformado comqualquer tempo de contribuio ao regimede previdncia, tendo o seu proventofixado com base no valor do subsdio doseu posto ou da sua graduao,correspondente data de declarao deincapaz, e na referncia 17 (dezessete) databela de subsdio.

    Art. 15.O militar da ativa, julgado incapazdefinitivamente por um dos motivosconstantes do inciso V do artigo 12, serreformado:I - com provento proporcional ao tempo decontribuio ao regime de previdncia,tendo como base de clculo o valor dosubsdio do posto ou da graduao e dareferncia, correspondente data de

    declarao da incapacidade;II - com provento fixado como base novalor do subsdio do posto ou dagraduao, correspondente data dedeclarao da incapacidade, e da referncia17 (dezessete) da tabela de subsdio,quando a incapacidade definitiva epermanente do militar o tornar invlidopara qualquer trabalho.Pargrafo nico. No clculo daproporcionalidade, de que trata o inciso Ideste artigo, ser aplicado o disposto nopargrafo nico do artigo 10.

    CAPTULO IVDISPOSIES TRANSITRIAS

    Art. 16.Fica assegurado ao militar da ativa,incorporado at a dada de publicao destaLei Complementar, o direito de optar, a

    qualquer momento e de forma irretratvel,pela modalidade de remunerao porsubsdio.

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    Art. 17. O militar da ativa, que exercer aopo na forma do artigo 16 desta LeiComplementar, ser enquadrado nareferncia da tabela de subsdio,observando o tempo de servio prestado,na condio de militar do Estado doEsprito Santo, mantendo-se o posto ougraduao em que se encontra na data deopo, na forma do Anexo IV. 1 O militar da ativa, de que trata ocaput deste artigo, ter o tempo deservio para a transferncia reservaremunerada, ampliado proporcionalmente,aplicando-se regra de transio, com aseguinte frmula:

    SA = Tempo de Servio Adicional para transio

    S = Tempo de Servio prestado em anos

    2 O resultado da frmula, de que trata o 1 deste artigo, ser convertido em dias,multiplicando-se por 360 (trezentos esessenta), correspondendo ao tempoadicional necessrio transferncia para ainatividade.

    3 O militar da ativa, de que trata ocaput deste artigo, que cumprir o tempode servio adicional, a que se referem os 1 e 2,ser transferido ex-officio para areserva remunerada, tendo como base declculo do seu provento o valor do subsdio

    do posto ou graduao e na referncia 17(dezessete) da tabela de subsdio. 4 O militar da ativa, de que trata ocaput deste artigo, transferido inatividade nas situaes previstas nalegislao vigente, referentes transfernciapara a inatividade, com remuneraoproporcional ao tempo de servio, oprovento ser calculado da seguinte forma:I - o valor do subsdio do seu posto ougraduao e da referncia, correspondente

    data de passagem inatividade, serdividido em cotas de 1/30 (um trinta avos);II - o valor do provento na inatividadecorresponder a tantas cotas quantos foremos anos de servio, computveis para a

    inatividade, sendo considerado como 1(um) ano a frao de tempo igual ousuperior a 180 (cento e oitenta) dias. 5 Os efeitos financeiros da opo de quetrata o caput deste artigo ocorrero apartir do 1 (primeiro) dia do ms seguinteao de opo. 6 Sea opo de que trata o caput desteartigo ocorrer em at 6 (seis) meses da data

    de vigncia das tabelas de subsdios,previstas no artigo 9 desta LeiComplementar, os efeitos financeirosretroagiro data de vigncia da tabela desubsdio, desde que represente vantagemeconmica para o optante. 7 A opo de qu e trata o caput desteartigo implica na renncia ao modelo deremunerao por soldos, inclusive svantagens pessoais, adicionais,

    gratificaes, abonos, prmios, verbas derepresentao, acrscimos, indenizaes,estabilidade financeira, guarda de preso,auxlios alimentao, transporte, invalideze moradia ou outra espcie remuneratria, ficando absorvidas pelo subsdio.

    8 A 1 (primeira) progresso do militarda ativa, de que trata o caput desteartigo, ocorrer ao completar tempo deservio que faltava, na data de opo, paraenquadramento na refernciaimediatamente superior.Art. 18. Aplicam-se as normas desta LeiComplementar, no que couber, aosmilitares, transferidos inatividade, assimcomo aos pensionistas dependentes de ex-militares em idntica condio, ocorrendo oenquadramento na tabela de subsdio, nasreferncias, conforme o Anexo IV, e no

    posto ou graduao, cujo soldo serviu debase para clculo do provento.

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    1 O tempo de servio dos militaresinativos ou de ex-militares, instituidores de penses, de que trata o caput desteartigo, ser o apurado at a data dainatividade ou do fato gerador do benefciode penso.

    2 O militar inativo, de que trata ocaput deste artigo, transferido inatividade, cujo provento foi fixado,incluindo o direito previsto no inciso II doartigo 95 da Lei n 2.701, de 16.6.1972, serenquadrado na referncia 17 (dezessete) databela de subsdio.

    3 O militar inativo, de que trata ocaput deste artigo, transferido

    inatividade, cujo provento foi fixado,incluindo o direito previsto no inciso I doartigo 95 da Lei n 2.701/72, serenquadrado na referncia, observando otempo de servio prestado na condio demilitar do Estado do Esprito Santo,conforme o Anexo IV. 4 O militar inativo, de que trata ocaput deste artigo, que passou para ainatividade com provento proporcional aotempo de servio, nas situaes previstas nalegislao vigente, ser enquadrado nareferncia equivalente ao tempo de efetivoservio computado, conforme no Anexo IV,e ter o seu provento calculado da seguinteforma:I - o valor do subsdio do seu posto ougraduao ser dividido em cotas de 1/30(um trinta avos);

    II - o valor do provento na inatividadecorresponder a tantas cotas quantos forem os anos de servio, computveis paraa inatividade, sendo considerado como 1(um) ano a frao de tempo igual ousuperior a 180 (cento e oitenta) dias.

    5 Aplicam-se as disposies do Captulo III desta Lei Complementar no que couber,aos militares, de que trata o caput desteartigo, reformado por incapacidadedefinitiva para o servio ativo militar.

    CAPTULO III

    DISPOSIES FINAIS Art. 19. O militar da ativa ao sertransferido para a reserva remunerada, nostermos do artigo 14, 8 da Constituioda Repblica Federativa do Brasil, ter

    como base de clculo do seu provento ovalor do subsdio do posto ou graduao eda referncia correspondente data deinatividade.

    Pargrafo nico. A regra prevista no caput deste artigo se aplica aos militarestransferidos para a inatividade antes da publicao desta Lei Complementar,observando o tempo de servio prestado nacondio de militar do Estado do Esprito

    Santo, para enquadramento nas referncias,conforme o Anexo IV.

    Art. 20. Os militares que no exercerem odireito de opo, que lhes assegurado noartigo 16, permanecem remunerados pelamodalidade de soldos, com os direitos e asvantagens vigentes na data da publicaodesta Lei Complementar.

    Art. 21. Inclui-se dentre as atribuies domilitar a responsabilidade pelacoordenao e chefia das subdiviseshierrquicas da estrutura da Polcia Militare do Corpo de Bombeiros Militar, alm dasatividades de assessoria, capacitao,treinamento e os servios que do suportes atividades das corporaes, observandoa hierarquia. 1 Excluem-se do disposto no caputdeste artigo, as atribuies inerentes s

    funes de Comandante e SubcomandanteGeral, no mbito da Polcia Militar e doCorpo de Bombeiros Militar, e de Secretrioe Subsecretrio de Estado, que seroremuneradas por meio de FunesGratificadas de Chefia, nos seguintesvalores:I - de Comandante Geral e de Secretrio deEstado R$ 3.000,00 (trs mil) reais;

    II - de Subcomandante Geral e deSubsecretrio de Estado R$ 2.000,00 (doismil) reais.

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    2 As Funes Gratificadas de Chefia, deque trata este artigo, no se incorporam aosproventos de inatividade e sobre elas noincidem descontos previdencirios. 3 Os valores das Funes Gratificadas de

    Chefia, de que trata o 1 deste artigo,sero alterados por lei ordinria. Art. 22. Fica transformada a graduao deSoldado A, B e C em Soldado.

    Pargrafo nico. O disposto no caput nose aplica ao Soldado que, incorporado at adata de publicao desta LeiComplementar, no optar, nos termos doartigo 16.

    Art. 23. Os subsdios do Aluno Oficial e do Aluno Soldado so os constantes do AnexoV desta Lei Complementar.

    Pargrafo nico. O Aluno Oficial e o AlunoSoldado que estejam em curso na data de publicao desta Lei Complementar podero optar pelos subsdios de que tratao caput . Art. 24. Aplicam-se as disposies da Lei n8.279, de 31.01.2006, aos militares regidos por esta Lei Complementar, mantidos osseus valores, para cada posto ou graduao.

    Art. 25. O tempo de servio averbado, nostermos da legislao vigente, sercomputado para a passagem para ainatividade, sendo vedada sua utilizao para progresso horizontal.

    Pargrafo nico. O tempo de servio

    computado em decorrncia de averbao de frias no gozadas, de perodos anteriores Lei Complementar n 282, de 22.4.2004, serconsiderado como tempo de efetivo servio para todos os fins, somente no momento da passagem para a inatividade, inclusive para a progresso horizontal.

    Art. 26. Os demais direitos, vantagens ou prerrogativas, previstas na legislaovigente so aplicveis aos militares, desdeque no conflitantes com esta LeiComplementar.

    Art. 27. Os militares e os policiais civis,ativos, os militares da reserva remuneradaou reformados, os policiais civisaposentados e os pensionistas dependentesde ex-militares e de ex-policiais civis terodireito ao pagamento de 1 (um) abono em 2(duas) parcelas, no valor de R$ 800,00(oitocentos reais) cada, no ms depublicao desta Lei Complementar e noms subseqente, no incorporvel remunerao a qualquer ttulo.Pargrafo nico. O abono de que trata ocaput deste artigo no integrar osvencimentos ou soldos para efeito deconcesso de vantagens pessoais e fixao

    de proventos. Art. 28. As despesas decorrentes daaplicao desta Lei Complementar correro por conta das dotaes oramentriascontidas na Lei n 8.458, de 18.01.2007,destinadas a esse fim.

    Art. 29. Fica o Chefe do Poder Executivoautorizado a regulamentar a aplicaodesta Lei Complementar.

    Art. 30. Esta Lei Complementar entra emvigor a partir de 1.01.2008, com exceo doartigo 27 que ter vigncia a partir da datade sua publicao.

    Palcio da Fonte Grande, em Vitria, 29 denovembro de 2007.

    PAULO CESAR HARTUNG GOMES

    Governador do Estado (D.O. 30/11/2007)

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    LEI COMPLEMENTAR N. 467

    Dis pe so br e no rm as d e pro m oo d ospraas e do s o ficiais dos quadr os

    adm inis trativo s d a Polcia Milit ar doEstad o do Esprito Santo -PMES e do

    Corp o de Bo m beiro s Militar do Esp ritoSanto - CBMES.

    O GOVERNADOR DO ESTADO DOESPRITO SANTOFao saber que a Assemblia Legislativadecretou e eu sanciono a seguinte Lei:

    TTULO IDO INGRESSO E DAS PROMOES

    CAPTULO IDOS PRINCPIOS FUNDAMENTAISArt. 1 Esta Lei Complementar estabeleceos princpios, os requisitos e as condiesbsicas que regulam o ingresso e aspromoes dos praas e dos oficiais dosquadros administrativos da Polcia Militardo Estado do Esprito Santo - PMES e doCorpo de Bombeiros Militar do EspritoSanto - CBMES, tendo em vista:I - a seleo de valores morais,profissionais, intelectuais e fsicos para odesempenho de suas funes;II - o acesso gradual e sucessivo sgraduaes e postos das corporaesprevistas nesta Lei Complementar.Pargrafo nico. Para os fins desta LeiComplementar, considera-se:

    I - Alteraes: so as informaes do militarestadual constante nos seus assentamentosfuncionais;II - Encerramento das Alteraes: a data-limite para anlise e processamento dasalteraes;III - Claro: a vacncia de efetivo previstoem um posto ou graduao;IV - Interstcio: o tempo mnimo depermanncia do militar estadual em umposto ou graduao para concorrer promoo ao posto ou graduao superior;

    V - Quadro de Acesso por Antiguidade: arelao dos praas ou oficiaisadministrativos em ordem decrescente deantiguidade;VI - Quadro de Acesso por Merecimento:

    a relao dos praas ou oficiaisadministrativos em ordem decrescente depontos decorrente da classificaoresultante do processamento e apuraoprevistos nesta Lei Complementar;VII - Avaliao de Ttulos e DesempenhoProfissional - ATDP: consiste na valoraodos aspectos pessoais, morais, acadmicos eprofissionais dos militares estaduais;

    VIII - Teste de Avaliao Fsica - TAF:consiste na verificao da capacidade fsicado militar estadual para o exerccio de suasfunes;IX - Inspeo de Sade: a avaliao dacapacidade fisiolgica do militar estadualpara o exerccio das funes exigidas,verificada atravs de exames especficosdefinidos pela Junta Militar de Sade - JMS;X - Prova de Conhecimento Intelecto-Profissional - PCIP: consiste namensurao do grau de conhecimentointelecto-profissional dos militaresestaduais;XI - Tempo de Efetivo Servio: o tempode servio prestado, computado na formada Lei n 3.196, de 09.01.1978, observando oprevisto no artigo 8 desta LeiComplementar.

    Art. 2 O ingresso nos quadros dos praasda PMES e do CBMES dar-se- somente porconcurso pblico para o cargo de Soldado. 1 O Curso de Formao de Soldado -CFSd uma etapa do concurso pblico,tendo carter eliminatrio e classificatrio,conforme normas internas de ensino dasrespectivas corporaes. 2 No edital do concurso pblico paraingresso nos quadros dos praas da PMESe CBMES constar, alm de outras regrasprevistas na legislao vigente, a exigncia

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    de que os candidatos devero possuir, nomnimo, o ensino mdio ou equivalente. 3 Para os especialistas, devero constar,no edital, as condies especficas para oexerccio da funo.

    4 Para se inscrever no concurso pblico,a idade mnima exigida de 18 (dezoito)anos e a mxima de 28 (vinte e oito) anos,na data da matrcula.

    CAPTULO IIDAS PROMOES

    Seo IDos Critrios para as Promoes

    Art. 3 As promoes tratadas nesta LeiComplementar ocorrero a partir decritrios distintos de merecimentointelectual, de merecimento e deantigidade, assim definidos:I - merecimento intelectual consiste naestrita ordem de classificao obtida apartir da mdia final dos graus auferidosaps a concluso dos cursos de formao ede habilitao, oferecidos pela PMES oupelo CBMES;II - merecimento consiste no conjunto devalores meritrios, pessoais, morais,acadmicos e profissionais do militarestadual, expressamente definidos nesta LeiComplementar, evidenciados na ATDP,que sero utilizados para a fixao decritrios de diferenciao em sua ascensofuncional;III - antigidade consiste na posioocupada pelo militar estadual no seu postoou graduao, definida aps a sua ltimapromoo e considerado o tempo de efetivoservio no posto ou na graduao,observando em todos os casos o dispostonos artigos 7 e 8 desta Lei Complementar.Art. 4 Para a valorao e apurao daATDP ou do critrio de merecimento, sero

    levados em considerao os seguintesaspectos:I - Ttulos:

    a) se aprovado em curso de formao ouhabilitao oferecidos pela PMES ouCBMES: nmero de pontoscorrespondentes mdia final obtida norespectivo curso;

    b) se aprovado em curso deaperfeioamento de sargentos oferecidopela PMES ou CBMES: nmero de pontoscorrespondentes ao dobro da mdia finalobtida no respectivo curso;c) se diplomado em curso superior, emnvel seqencial, realizado emestabelecimento de educao superior,devidamente reconhecido pelo rgofederal competente: 1,5 (um vrgula cinco)pontos;d) se diplomado em curso superior, emnvel de graduao (tecnologia,bacharelado ou licenciatura), realizado emestabelecimento de educao superior,devidamente reconhecido pelo rgofederal competente: 2,5 (dois vrgula cinco)pontos;e) se diplomado em curso de ps-graduao, devidamente reconhecido pelorgo federal competente: 3,5 (trs vrgulacinco)