34
Aula 00 Legislação Aplicada ao SUS p/ EBSERH (todos os cargos) Professor: Ali Mohamad Jaha 00000000000 - DEMO

Legislaçâo Sus

Embed Size (px)

DESCRIPTION

SUS

Citation preview

  • Aula 00

    Legislao Aplicada ao SUS p/ EBSERH (todos os cargos)Professor: Ali Mohamad Jaha

    00000000000 - DEMO

  • Legislao aplicada ao SUS (EBSERH)

    Teoria e Questes Comentadas

    Prof. Ali Mohamad Jaha Aula 00

    Prof. Ali Mohamad Jaha

    www.estrategiaconcursos.com.br Pgina 1 de 32

    AULA 00 Tema: Aula Demonstrativa. Assuntos Abordados: 1. Evoluo Histrica da Organizao do Sistema de Sade no Brasil e a Construo do Sistema nico de Sade (SUS) Princpios, Diretrizes e Arcabouo Legal. 2. Controle social no SUS. 4. Constituio Federal (Art. 194 ao Art. 200). 5. Lei Orgnica da Sade (Lei n. 8.080/1990, Lei n. 8.142/1990 e Decreto n. 7.508/2011). 6. Determinantes Sociais da Sade. 7. Sistemas de Informao em Sade. Sumrio Pgina Saudaes Iniciais. --- 01. Evoluo das Polticas de Sade no Brasil. --- 02. A Sade na Constituio Federal (Art. 196 ao Art. 200). --- 03. Lei n. 8.080/1990 (Lei Orgnica da Sade). --- 04. Lei n. 8.142/1990 (Participao da Comunidade na Gesto do SUS).

    ---

    05. Decreto n. 7.508/2011 (Regulamente a Lei n. 8.080/1990).

    ---

    06. Lei Complementar n. 141/2012 (Percentual Mnimo de Recursos dos Entes Federativos Aplicados em Aes e em Servios Pblicos de Sade).

    ---

    07. Determinantes Sociais da Sade. --- 08. Participao Popular e Controle Social. --- 09. Sistema de Informao em Sade. --- 10. Resumex da Aula. --- 11. Questes Comentadas. --- 12. Questes Sem Comentrios. --- 13. Gabarito das Questes. --- Observao importante: Este curso protegido por direitos autorais (copyright), nos termos da Lei n. 9.610/1998, que altera, atualiza e consolida a legislao sobre direitos autorais e d outras providncias. Grupos de rateio e pirataria so clandestinos, violam a lei e prejudicam os professores que elaboram os cursos. Valorize o trabalho de nossa equipe adquirindo os cursos honestamente atravs do site Estratgia Concursos. =)

    00000000000

    00000000000 - DEMO

  • Legislao aplicada ao SUS (EBSERH)

    Teoria e Questes Comentadas

    Prof. Ali Mohamad Jaha Aula 00

    Prof. Ali Mohamad Jaha

    www.estrategiaconcursos.com.br Pgina 2 de 32

    Apresentao.

    Ol Concurseiro!

    Meu nome Ali Mohamad Jaha, Engenheiro Civil de formao, Especialista em Administrao Tributria e em Gesto de Polticas Pblicas. Sou Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil (AFRFB) aprovado no concurso de 2010. Venho ministrando cursos de Direito Previdencirio, Legislao Previdenciria, Legislao da Sade, Legislao Especfica e/ou Discursivas desde 2011 neste respeitado e conceituado site de preparao para carreiras pblicas, no qual se encontrou ou ainda se encontram disponveis os seguintes cursos: 01. Direito Previdencirio p/ RFB;

    02. Direito Previdencirio p/ Analista Judicirio (STJ);

    03. Questes Comentadas de Direito Previdencirio p/ ATA/MF;

    04. Direito Previdencirio p/ AFRFB, ATRFB e ATA - 2. Turma - 2012/2012;

    05. Legislao Previdenciria p/ AFT - 1. Turma - 2012/2012;

    06. Direito Previdencirio p/ AJAJ/TRF-5;

    07. Tcnicas e Temas para as Provas Discursivas - RFB/2012;

    08. Legislao Previdenciria p/ ATPS-MPOG;

    09. Legislao da Sade p/ ATPS-MPOG;

    10. Legislao da Assistncia Social p/ ATPS-MPOG;

    11. Direito Previdencirio p/ AFRFB e ATRFB - 3. Turma - 2013/2013;

    12. Legislao Previdenciria p/ AFT - 2. Turma - 2013/2013;

    13. Vigilncia Sanitria p/ ANVISA (Noes);

    14. Legislao Previdenciria p/ SERPRO;

    15. Vigilncia Sanitria p/ ANVISA (Curso Complementar p/ Especialistas);

    16. Polticas de Sade e Sade Pblica p/ ANVISA;

    17. Legislao Previdenciria p/ APOFP/SEFAZ-SP;

    18. Legislao do SUS p/ Ministrio da Sade;

    19. Direito Previdencirio p/ Delegado de Polcia Federal;

    20. Direito Previdencirio e Legislao Previdenciria p/ TCE-MS; 21. Seguridade Social e Legislao Previdenciria p/ AFT - 3. Turma - 2013/2013; 22. Seguridade Social e Legislao Previdenciria p/ AFT Questes Comentadas - 2013/2013; 23. Direito Previdencirio p/ AJAA/TRT-8;

    24. Direito Previdencirio p/ Analista do INSS;

    25. Histrico, Fundamentos e Legislao Especfica do Audiovisual p/ ANCINE; 26. Financiamento e Regulao do Setor Audiovisual no Brasil p/ Especialista em Regulao da ANCINE (rea 1); 27. Direito Previdencirio p/ AJAJ e OJAF/TRT-5;

    00000000000

    00000000000 - DEMO

  • Legislao aplicada ao SUS (EBSERH)

    Teoria e Questes Comentadas

    Prof. Ali Mohamad Jaha Aula 00

    Prof. Ali Mohamad Jaha

    www.estrategiaconcursos.com.br Pgina 3 de 32

    28. Legislao sobre Seguridade Social p/ Procurador Federal (AGU);

    29. Direito Previdencirio p/ AJAJ e OJAF/TRT-17;

    30. Legislao da FUNASA (Especialidade 3);

    31. Direito Previdencirio p/ AJAJ e OJAF/TRT-15;

    32. Direito Previdencirio p/ TRF-3 (AJAJ, OJAF e TJAA);

    33. Direito Previdencirio p/ TRT-2 (AJAJ e OJAF);

    34. Direito Previdencirio p/ TCDF (ACE e AAP - Cargo 7);

    35. Legislao do MTE; 36. Direito Previdencirio p/ Receita Federal do Brasil - 4. Turma - 2014/2014; 37. Legislao da CAIXA;

    38. Direito Previdencirio e Previdncia Social p/ RioPREV;

    39. Direito Previdencirio p/ TRT-16 (AJAJ e OJAF);

    40. Curso Regular de Direito Previdencirio 1. Turma 2014/2014; 41. Direito Previdencirio Questes Comentadas p/ AFRFB 2014; 42. Curso de Tcnicas e de Temas para a Receita Federal 2014;

    43. Direito Previdencirio p/ INSS 2. Turma 2014/2014; 44. Legislao da AGU;

    45. Legislao da SEP;

    46. Legislao da CONAB;

    47. Direito Previdencirio p/ TRF-4 (AJAA e TJAA); 48. Seguridade Social e Legislao Previdenciria p/ AFT - 3. Turma - 2013/2013; 49. Direito Previdencirio p/ TRF-4 Tcnicas e Temas para o Estudo de Caso; 50. Legislao do Setor de Telecomunicaes ANATEL/2014; 51. Direito da Seguridade Social p/ PFN;

    52. Legislao Previdenciria p/ TRT-14 (AJAA);

    53. Direito Previdencirio p/ TCE-GO;

    54. Direito Previdencirio p/ Defensor Pblico (DPE-CE);

    55. Propriedade Industrial p/ Pesquisador (INPI);

    56. Direito Empresarial p/ Tecnologista rea 22 (INPI);

    57. Direito Previdencirio p/ CGE-PI;

    58. Legislao Social p/ Bacharel e Tcnico (Exame CFC 2015);

    59. Poltica do SUS p/ INCA-MS (Grupo 5); 60. Direito Previdencirio e da Assistncia Social p/ Defensor Pblico da Unio (DPU); 61. Direito Previdencirio p/Auditor de Controle Externo (TCM-GO), e;

    62. Legislao aplicada ao SUS (EBSERH)

    Ainda sobre minha carreira no servio pblico, meu primeiro contato

    com o mundo dos concursos foi de forma muito amadora e sem grandes pretenses. Em 2003, quando ainda cursava Engenharia na Universidade Estadual de Maring/PR (UEM), prestei o concurso para Escriturrio do

    00000000000

    00000000000 - DEMO

  • Legislao aplicada ao SUS (EBSERH)

    Teoria e Questes Comentadas

    Prof. Ali Mohamad Jaha Aula 00

    Prof. Ali Mohamad Jaha

    www.estrategiaconcursos.com.br Pgina 4 de 32

    Banco do Brasil, sem estudar absolutamente nada, sendo aprovado e convocado algum tempo depois.

    Em 2005, ano em que conclu minha graduao, fui aprovado no

    concurso para Tcnico Judicirio do Tribunal de Justia do Paran, sendo convocado logo em seguida. Neste ano, ainda, fui aprovado para Tcnico Administrativo da Secretaria de Administrao e Previdncia do Estado do PR (SEAP/PR) e para Engenheiro Civil do municpio de Paranava/PR (minha cidade natal).

    Em 2006, fui aprovado e convocado para Analista e Tcnico de

    Infraestruturas do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT). Embora tenha galgado tantas aprovaes, decidi no tomar posse em nenhum desses cargos e prossegui no ramo da Engenharia (meu erro...). No final de 2007 esbocei um planejamento de estudos para o prximo concurso de AFRFB, iniciando-os para valer somente em meados de 2008.

    O final do ano de 2008 e o ano de 2009 foram os mais pesados da

    minha vida. Foi a fase de Concurseiro Profissional, em que trabalhava entre 8 e 9 horas por dia em canteiro de obras (com sol, chuva, vento, frio, areia, terra, cimento, etc.) e era antipatizado na instituio em que trabalhava (pois a gerncia descobriu que eu estudava para RFB e, desde ento, minha vida profissional ficou prejudicada). Muitos amigos ou conhecidos meus tambm se queixam da mesma perseguio sofrida ao longo de sua vida laboral por parte de chefes e patres assim que esses tomam conhecimento da inteno do empregado em sair da empresa. Isso comum!

    Quando chegava em casa era preciso abdicar de tudo que gostava

    (famlia, amigos e diverso) para estudar as disciplinas do ltimo edital de AFRFB (2005), at altas madrugadas. Mas enfim, graas a Deus, no concurso de AFRFB/2010, fui um dos grandes vitoriosos, nomeado e lotado inicialmente na Inspetoria de Ponta Por/MS, (fronteira com Pedro Juan Caballero Paraguai), posteriormente na Inspetoria de Corumb/MS (fronteira com Puerto Quijarro Bolvia), e, atualmente, na Delegacia de Cascavel/PR, 5. maior cidade do meu querido e estimado Estado, com aproximadamente 305.000 habitantes.

    Em 2010 ainda, prestei concurso do MPU por consider-lo bastante

    interessante, conquistando o 3. lugar do cargo de Analista de Oramento no estado do Mato Grosso do Sul. No obstante, nesse mesmo ano, realizei o concurso para Analista Judicirio do Tribunal Regional do Trabalho (8. Regio Judiciria), e embora tenha sido meu primeiro

    00000000000

    00000000000 - DEMO

  • Legislao aplicada ao SUS (EBSERH)

    Teoria e Questes Comentadas

    Prof. Ali Mohamad Jaha Aula 00

    Prof. Ali Mohamad Jaha

    www.estrategiaconcursos.com.br Pgina 5 de 32

    contato com Direito do Trabalho, fui um dos aprovados e convocados pelo egrgio Tribunal.

    Agora que j me apresentei e falei brevemente da minha jornada de

    concurseiro, apresentarei o trabalho que irei realizar no site Estratgia Concursos para o seu concurso. =) O Curso.

    Ol Concurseiro da rea da sade (ou que tem interesse em continuar no seu ramo de atividade, mas trabalhando na rea da sade), venho com muita honra e satisfao informar que novamente irei ministrar um curso sobre Legislao da Sade, dessa vez voltado para o concurso da Empresa Brasileiras de Servios Hospitalares (EBSERH). =)

    Como j de conhecimentos de muitos, recentemente, a banca

    AOCP publicou 3 editais reguladores para 3 concursos de reas de atuaes distintas (mdica, assistencial e administrativa), com cargos nas mais diversas formaes de nvel superior (mdico, enfermeiro, fisioterapeuta, fsico, profissional de educao fsica, engenheiro, estatstico e alguns cargos sem exigncia de formao especifica) e de nvel mdio, perfazendo nada menos do que 964 vagas! Sendo que podemos ter o dobro (ou mais) de nomeaes durante a o prazo de validade do certame.

    Com esse grande quantitativo, fica clara a inteno do governo

    federal de aparelhar os Hospitais Universitrios, que esto com quadros muito defasados de servidores. =/

    Dando continuidade, a remunerao varia de cargo para cargo,

    sendo que o inicial pode chegar em at R$ 8.800,00. Valor muito bom, com reajuste para 2015. =)

    Por sua vez, nos certames da rea da sade, conhecer os aspectos relacionados aos Sistema nico de Sade (SUS) primordial para a sua aprovao, por isso, a nossa disciplina torna-se essencial para a sua aprovao. =)

    Quanto a nossa metodologia, devo informar de prontido que

    trabalharemos com questes das bancas mais consagradas (CESPE, FCC, etc.), de outra no to consagradas e algumas de minha autoria.

    00000000000

    00000000000 - DEMO

  • Legislao aplicada ao SUS (EBSERH)

    Teoria e Questes Comentadas

    Prof. Ali Mohamad Jaha Aula 00

    Prof. Ali Mohamad Jaha

    www.estrategiaconcursos.com.br Pgina 6 de 32

    Por seu turno, como muitos professores fazem, sempre abro as questes para serem analisadas de forma individual (item por item), no estilo CESPE (Certo ou Errada), pois considero essa a melhor metodologia para fixao dos assuntos repassados. =)

    Devo ressaltar que o objetivo deste curso fazer com que voc,

    caro concurseiro, realize uma excelente prova de Legislao da Sade no concurso da EBSERH.

    Para constar, esse material est sendo elaborado para ser o seu

    NICO MATERIAL DE ESTUDOS! Pois eu sei o quo estressante e pouco eficiente ter que estudar mais de um material por disciplina, afinal j fui um concurseiro. =)

    Por fim, trago um trecho da entrevista da nossa aluna aprovada no

    Ministrio da Sade, Daniela Vallado! ;) EC: Que materiais voc usou em sua preparao para o concurso? Aulas presenciais, telepresenciais, livros, cursos em PDF, vdeoaulas? Quais foram as principais vantagens e desvantagens de cada um? DV: Eu sempre optei pela praticidade, escolhendo bons livros e matrias em PDF de confiana. Com o passar do tempo voc acaba HOHJHQGR XP OLYUR RX PDWHULDO FRPR R VHX TXHULGLQKR SDUD Restudo. Para o concurso que prestei, eu adquiri o curso do Estratgia do Professor Ali Mohamad Jaha que tratava de toda a legislao do SUS, assunto que eu nunca tinha visto e que julgava super complexo. O que me surpreendeu foi na redao dessa prova (que o tema era sobre legislao do SUS) e eu tirei uma excelente nota! Foi at fcil elaborar o texto, estava tudo na cabea.

    Edital x Cronograma das Aulas.

    Esse foi o edital apresentado pela AOCP:

    1. Evoluo Histrica da Organizao do Sistema de Sade no Brasil e a Construo do Sistema nico de Sade (SUS) Princpios, Diretrizes e Arcabouo Legal. 2. Controle social no SUS. 3. Resoluo n. 453/2012 do Conselho Nacional da Sade.

    00000000000

    00000000000 - DEMO

  • Legislao aplicada ao SUS (EBSERH)

    Teoria e Questes Comentadas

    Prof. Ali Mohamad Jaha Aula 00

    Prof. Ali Mohamad Jaha

    www.estrategiaconcursos.com.br Pgina 7 de 32

    4. Constituio Federal (Art. 194 ao Art. 200). 5. Lei Orgnica da Sade (Lei n. 8.080/1990, Lei n. 8.142/1990 e Decreto n. 7.508/2011). 6. Determinantes Sociais da Sade. 7. Sistemas de Informao em Sade.

    Por sua vez, esse ser o cronograma do nosso curso:

    Aula 00 Aula Demonstrativa. 30/01/2015

    Aula 01

    Tema: Sade Pblica no Brasil. Assuntos Abordados: 1. Evoluo Histrica da Organizao do Sistema de Sade no Brasil e a Construo do Sistema nico de Sade (SUS) Princpios, Diretrizes e Arcabouo Legal. 2. Controle social no SUS. 4. Constituio Federal (Art. 194 ao Art. 200). 5. Lei Orgnica da Sade (Lei n. 8.080/1990, Lei n. 8.142/1990 e Decreto n. 7.508/2011). 6. Determinantes Sociais da Sade. 7. Sistemas de Informao em Sade.

    30/01/2015

    Aula 02

    Tema: Diretrizes dos Conselhos de Sade. Assuntos Abordados: 3. Resoluo n. 453/2012 do Conselho Nacional da Sade.

    14/02/2015

    AULA DEMONSTRATIVA.

    Prezado aluno, essa Aula Demonstrativa apresentar apenas

    algumas pginas da Aula 01, e tratar do tema Sade Pblica no Brasil.

    Por sua vez, a Aula 01 contar com aproximadamente 150

    pginas e 90 de questes comentadas ao final. Por fim, tudo que for apresentado nessa aula ser repetido

    na Aula 01. =) 01. Evoluo das Polticas de Sade no Brasil.

    A literatura da Sade afirma que no Brasil, bem como em todo o mundo, as origens do setor da sade sempre tiveram relao intensa com a religio. As primeiras instituies hospitalares no Brasil foram as Santas Casas. Cronologicamente a evoluo do setor de sade foi a seguinte:

    00000000000

    00000000000 - DEMO

  • Legislao aplicada ao SUS (EBSERH)

    Teoria e Questes Comentadas

    Prof. Ali Mohamad Jaha Aula 00

    Prof. Ali Mohamad Jaha

    www.estrategiaconcursos.com.br Pgina 8 de 32

    1514 - Regimento de capelas e hospitais de D. Manuel o Venturoso;

    1532 - Fundao da Santa Casa de So Vicente (So Paulo);

    1549 - Fundao da segunda Santa Casa, em Salvador;

    1565 - Fundao da terceira Santa Casa, no Rio de Janeiro;

    1753 - Aparecimento dos primeiros hospitais militares.

    Na realidade, at o sculo XIX (entre 1.800 e 1.900), os hospitais

    podiam ser encarados como instituies de espera da morte e de segregao. S a partir do sculo XIX com a descoberta da assepsia e da anestesia, os hospitais passaram a ser encarados como locais destinados reabilitao de doentes.

    As polticas de sade no Brasil praticamente iniciaram-se com a estruturao dos servios de sade em 1923. Foi nesse ano que o direito sade passou a ser relevante para as polticas sociais, desenvolvidas numa sociedade extremamente liberal, de mbito rural e natureza excludente. Havia nesta poca uma industrializao incipiente (iniciante) e em termos de servios, prevalecia a assistncia prestada pelas Santas Casas de Misericrdia, ligadas Igreja.

    O processo supracitado de modificao da situao teve a sua origem principalmente na greve operria de 1917, conhecida como Greve Geral, na qual operrios anarquistas reivindicavam benefcios tais como: Aposentadoria, Frias, Jornada laboral de 8 horas, Afastamento por Invalidez, Penses, aumento de salrios, dentre outras reivindicaes. Tais reclamaes foram precursoras das chamadas caixas de assistncia.

    Em 1923, no governo de Artur Bernardes, por meio da Lei Eloy

    Chaves, iniciou o que a literatura chama de Fase Prdiga da estruturao do setor da sade no Brasil. Foi essa a Lei que criou os Fundos de Aposentadorias e Penses aos Ferrovirios (Caixa de Assistncia), e previa entre outros benefcios a Assistncia Mdica e a Compra de Medicamentos$SDUWLUGHFRPRILPGDSROtWLFD&DIpFRP/HLWH1, no governo de Washington Lus, houve ampliao da Fase Prdiga com o aparecimento de outras Caixas de Assistncia destinados aos empregados de outros ramos operrios. Durante a dcada de 30 foi criado seis

    1 Alternncia poltica ocorrida durante a Repblica Velha (1889 e 1930), de presidentes do setor agrrio, especificamente do

    setor cafeeiro do Estado de So Paulo, e do setor leiteiro, do Estado de Minas Gerais, maior produtor de leite da poca no

    Pas. Essa alternncia s veio a ser quebrada no governo de Washington Luiz, quando esse apoiou como sucessor outro

    candidato paulista, Jlio Prestes.

    00000000000

    00000000000 - DEMO

  • Legislao aplicada ao SUS (EBSERH)

    Teoria e Questes Comentadas

    Prof. Ali Mohamad Jaha Aula 00

    Prof. Ali Mohamad Jaha

    www.estrategiaconcursos.com.br Pgina 9 de 32

    institutos de previdncia, estendendo os benefcios a trabalhadores do setor pblico e privado. A Fase Prdiga era caracterizada pela ampliao de benefcios das Caixas de Assistncia, incluindo nesses a Assistncia Mdica. Era, como j citado, um sistema de atendimento particularista e excludente.

    O modelo prdigo no seguia a estrutura dos seguros que utilizavam o clculo atuarial para a concesso de benefcios. Esses, de um modo geral, eram concedidos tendo como base aspectos polticos. A fase prdiga se estendeu aproximadamente at 1935 (Governo Getlio Vargas), quando se verificou que os gastos com benefcios tinham atingido cerca de 65% da receita total para pagamento dos mesmos.

    Nessa poca a Assistncia Mdica chegou a utilizar em mdia cerca de 15% dos recursos das Caixas de Assistncia, dispendendo no final do perodo, 30% do total disponvel. Entre 1937 e 1945 (Estado Novo, Ditadura de Vargas), iniciou-se um novo modelo assistencial denominado de Contencionista, para fazer face s despesas crescentes originadas pelos gastos com benefcios.

    Neste perodo Contencionista o estado imprimiu aes com o

    objetivo de eliminar os dficits existentes, que obedeceram as seguintes lgicas:

    Aumento da interveno do Estado. Diminuio de benefcios.

    Aumento de arrecadao.

    Havia neste perodo uma dvida: a Previdncia deveria se comportar

    como um seguro ou como uma instituio de assistncia? Para organizar as Caixas de Assistncia o governo Vargas estimulou ao longo dos anos a criao dos Institutos de Aposentadorias e Penses (IAPs), como possvel verificar abaixo:

    1933 - IAPM - Instituto de Aposentadoria e Penses dos Martimos;

    1934 - IAPC - Instituto de Aposentadoria e Penses dos

    Comercirios; 1934 - IAPB - Instituto de Aposentadoria e Penses dos

    Bancrios;

    00000000000

    00000000000 - DEMO

  • Legislao aplicada ao SUS (EBSERH)

    Teoria e Questes Comentadas

    Prof. Ali Mohamad Jaha Aula 00

    Prof. Ali Mohamad Jaha

    www.estrategiaconcursos.com.br Pgina 10 de 32

    1936 - IAPI - Instituto de Aposentadoria e Penses dos Industririos;

    1938 - IPASE - Instituto de Penses e Assistncia dos Servidores

    do Estado; 1938 - IAPETEC - Instituto de Aposentadoria e Penses dos

    Empregados em Transportes e Cargas; 1939 - Instituto de Aposentadoria e Penses dos Operrios

    Estivadores; 1945 - ISS - O Decreto n. 7.526 disps sobre a criao do

    Instituto de Servios Sociais do Brasil; 1945 IAPTEC - O Decreto-Lei n. 7.720 incorporou ao Instituto

    dos Empregados em Transportes e Cargas o da Estiva e passou a se chamar Instituto de Aposentadorias e Penses dos Estivadores e Transportes de Cargas;

    1953 - CAPFESP - Caixa de Aposentadoria e Penses dos

    Ferrovirios e de Empresa do Servio Pblico; 1960 - IAPFESP - Instituto de Aposentadoria e Penses dos

    Ferrovirios e Empregados em Servios Pblicos.

    (...)

    00000000000

    00000000000 - DEMO

  • Legislao aplicada ao SUS (EBSERH)

    Teoria e Questes Comentadas

    Prof. Ali Mohamad Jaha Aula 00

    Prof. Ali Mohamad Jaha

    www.estrategiaconcursos.com.br Pgina 11 de 32

    Com a criao do Ministrio da Previdncia e Assistncia Social

    (MPAS) em 1977, foi definido teto oramentrio para o desenvolvimento da Assistncia Mdica por meio do INAMPS. Ficou a cargo do IAPAS a arrecadao, fiscalizao e cobrana das contribuies e demais recursos Previdncia e Assistncia Social, alm da distribuio destes s demais entidades do SINPAS. Ou seja, o IAPAS funcionava como uma espcie de caixa do sistema previdencirio.

    Em 1981, surgiu o Conselho Consultivo da Administrao de Sade

    Previdenciria (CONASP), ao qual competia o reconhecimento da existncia das redes hospitalares Estadual e Municipal que se encontravam completamente sucateadas.

    (...)

    IAPM IAPC IAPB IAPI IPASE IAP Oper. Estiv. ISS IAPTEC CAPFESP

    1966

    INPS

    IAPAS

    INAMPS

    DATAPREV

    LBA

    FUNABEM

    CEME

    SINPAS Sistema Nacional de

    Previdncia e Assistncia Social

    1977

    00000000000

    00000000000 - DEMO

  • Legislao aplicada ao SUS (EBSERH)

    Teoria e Questes Comentadas

    Prof. Ali Mohamad Jaha Aula 00

    Prof. Ali Mohamad Jaha

    www.estrategiaconcursos.com.br Pgina 12 de 32

    02. A Sade na Constituio Federal (Art. 196 ao Art. 200).

    A Sade, que uma das trs reas da Seguridade Social, ao lado da Previdncia e da Assistncia, e prevista expressamente entre o Art. 196 e o Art. 200 da CF/1988.

    Na CF/1988, o Art. 196 traz as linhas gerais sobre a Sade:

    A sade direito de todos e dever do Estado, garantido mediante polticas sociais e econmicas que visem reduo do risco de doena e de outros agravos e ao acesso universal e igualitrio s aes e servios para sua promoo, proteo e recuperao.

    Do artigo acima conseguimos vislumbrar que a sade um direito

    de todos, no se exigindo nenhuma contribuio por parte da pessoa usuria. Qualquer pessoa, pobre ou rica, tem direito de ser atendido nos postos pblicos de sade, sem distino. Podemos perceber claramente isso nas campanhas de vacinao para a populao. Nada cobrado ou previamente exigido daqueles que se dirigem aos postos de vacinao.

    Art. 197. So de relevncia pblica as aes e servios de sade, cabendo ao Poder Pblico dispor, nos termos da lei, sobre sua regulamentao, fiscalizao e controle, devendo sua execuo ser feita diretamente ou atravs de terceiros e, tambm, por pessoa fsica ou jurdica de direito privado.

    A Sade de extrema relevncia ao Estado, e provavelmente seja o

    setor mais sensvel do governo. A regulamentao, fiscalizao e controle da Sade cabem ao Estado. Por sua vez, a execuo de aes e servios de sade cabe tanto ao Estado quanto Iniciativa Privada (Pessoas Jurdicas Hospitais e Pessoas Fsicas Mdicos).

    O artigo seguinte trata do Sistema nico de Sade (SUS):

    Art. 198. As aes e servios pblicos de sade integram uma rede regionalizada e hierarquizada e constituem um Sistema nico (SUS), organizado de acordo com as seguintes diretrizes:

    I - Descentralizao, com direo nica em cada esfera de governo; II - Atendimento integral, com prioridade para as atividades preventivas, sem prejuzo dos servios assistenciais, e;

    00000000000

    00000000000 - DEMO

  • Legislao aplicada ao SUS (EBSERH)

    Teoria e Questes Comentadas

    Prof. Ali Mohamad Jaha Aula 00

    Prof. Ali Mohamad Jaha

    www.estrategiaconcursos.com.br Pgina 13 de 32

    III - Participao da comunidade.

    O artigo 198 informa que a sade ser tratada de forma regionalizada e hierarquizada, constituindo dessa forma o SUS, sendo que os incisos I, II e III trazem as diretrizes desse Sistema.

    O SUS ser financiado com recursos do Oramento da Seguridade Social de cada um dos entes polticos, alm de outras fontes. Essas disposies encontram-se no 1. do Art. 198 e fazem correlao ao Art. 195 que define que a Seguridade Social ser financiada por todos os entes polticos. Correlao lgica! Se os entes polticos iro financiar a Seguridade Social, tambm iro automaticamente financiar a Sade, pois a Sade apenas uma rea da Seguridade Social, ou seja, a Sade est inserida dentro da Seguridade Social. Vejamos o dispositivo:

    (...) 03. Lei n. 8.080/1990 (Lei Orgnica da Sade). Introduo.

    Conforme disposies constitucionais, a Sade um dos trs ramos da Seguridade Social, que composto de: Previdncia Social, Assistncia Social e Sade. A Sade, sem dvida, o ramo mais universalizado da Seguridade, pois, conforme dispe a CF/1988, a Sade direito de todos e dever do Estado, ou seja, qualquer pessoa pode usufruir das aes e servios de sade, independentemente de prvia contribuio ou grau de necessidade do cidado, como acontece com a previdncia e assistncia Social, respectivamente.

    Por sua vez, a Lei n. 8.080/1990 (atualizada at a Lei n.

    12.895/2013) tem o dever de regular em todo o territrio nacional as aes e servios de sade, executados isolada ou conjuntamente, em carter permanente ou eventual, por pessoas naturais (fsicas) ou jurdicas de direito pblico ou privado. Tal lei tambm chamada de Lei Orgnica da Sade (LOS), sendo muito conhecida entre os profissionais da rea da sade como Lei do SUS (Sistema nico de Sade), uma vez que mais de 75% de seus dispositivos regulamentam esse sistema pblico de sade.

    01. Disposies Gerais sobre a Sade.

    Inicialmente, a LOS necessariamente transcreve os dizeres

    constitucionais, ratificando que, a sade um direito fundamental do ser humano, devendo o Estado prover as condies indispensveis ao seu

    00000000000

    00000000000 - DEMO

  • Legislao aplicada ao SUS (EBSERH)

    Teoria e Questes Comentadas

    Prof. Ali Mohamad Jaha Aula 00

    Prof. Ali Mohamad Jaha

    www.estrategiaconcursos.com.br Pgina 14 de 32

    pleno exerccio. Trata-se de um corolrio do direito vida e dignidade humana, amparado tambm pela Declarao Universal dos Direitos Humanos. Esse dever do Estado de garantir sade a todos consiste na formulao e execuo de polticas econmicas e sociais que visem reduo de riscos de doenas e de outros agravos e no estabelecimento de condies que assegurem acesso universal e igualitrio s aes e aos servios para a sua promoo, proteo e recuperao. Em outras palavras, o governo, em todas as esferas, tem o dever de atender todas as demandas da populao quanto ao quesito sade, com propsito de reduzir o risco de doenas e outras molstias e garantir o acesso mais amplo possvel das aes e servios de sade.

    Nossa Constituio refere-se sade como um direito fundamental,

    sendo uma norma programtica sua efetiva garantia e acesso universal e igualitrio. Embora as normas programticas no produzam os seus integrais efeitos direta e imediatamente, certo que, dentre outros, servem de parmetro para a interpretao do texto constitucional, estabelecendo princpios e diretrizes a serem cumpridos futuramente pelos rgos estatais.

    Nesse sentido, a doutrina nos apresenta a Clusula de Reserva do

    Financeiramente possvel (ou materialmente possvel), o qual assegura de antemo ao Estado a justificativa de esquivar-se da total cobertura de suas obrigaes, em decorrncia de carncia financeira. Entretanto, entende o Supremo Tribunal Federal que, ante os direitos sociais fundamentais, como a sade, por exemplo, no h que se alegar tal clusula, devendo o Poder Judicirio analisar caso a caso, imputando ao Poder Pblico, se necessrio, a obrigatoriedade do cumprimento da norma para consecuo da funo social a que se refere, sem com isso representar atentado ao princpio da separao de poderes.

    O fato de o Estado ter o dever de garantir a sade de toda a

    populao, no exclui o dever das pessoas, famlias, empresas e da sociedade. Imagine uma empresa, uma lanchonete ou um bar, por exemplo, que no mantenha o estabelecimento comercial em condies necessrias de limpeza e, consequentemente de sade. Essa empresa no est cumprindo seu dever de zelar pela sade de seus funcionrios e clientes, o que exclui a culpa exclusiva do Estado.

    (...) 03. Servios Privados de Assistncia Sade.

    Conforme dispe o Art. 199 da CF/1988, a assistncia sade livre iniciativa privada. Com base nessa disposio constitucional,

    00000000000

    00000000000 - DEMO

  • Legislao aplicada ao SUS (EBSERH)

    Teoria e Questes Comentadas

    Prof. Ali Mohamad Jaha Aula 00

    Prof. Ali Mohamad Jaha

    www.estrategiaconcursos.com.br Pgina 15 de 32

    temos que as instituies privadas podero participar de forma complementar do SUS, segundo diretrizes deste, mediante contrato de direito pblico ou convnio, tendo preferncia as entidades filantrpicas e as sem fins lucrativos, ou de forma suplementar do SUS, que a atuao da iniciativa privada fora do SUS, constituindo o setor de sade suplementar.

    Seguindo os dizeres de nossa Carta Magna, a LOS definiu que os

    servios privados de assistncia sade caracterizam-se pela atuao, por iniciativa prpria, de profissionais liberais, legalmente habilitados, e de pessoas jurdicas de direito privado na promoo, proteo e recuperao da sade. A prestao desses servios privados ser pautada pelos princpios ticos e as normas expedidas pelo rgo de direo do SUS quanto s condies para seu funcionamento.

    (...) 04. Lei n. 8.142/1990 (Participao da Comunidade na Gesto do SUS).

    Vamos agora iniciar a Lei n. 8.142/1990 (atualizada at a Lei n. 8.689/1993). Trata-se da lei ordinria que dispe sobre a participao da comunidade na gesto do Sistema nico de Sade (SUS) e sobre as transferncias intergovernamentais de recursos financeiros na rea da sade e d outras providncias.

    Art. 1 O Sistema nico de Sade (SUS), de que trata a Lei n. 8.080/1990 (LOS), contar, em cada esfera de governo, sem prejuzo das funes do Poder Legislativo, com as seguintes instncias colegiadas:

    I - A Conferncia de Sade, e; II - O Conselho de Sade.

    Via contrato ou convnio com o Poder Pblico, com preferncia s entidades filantrpicas sem fins lucrativos.

    Constitui atuao da iniciativa privada no ramo da sade.

    FORMA SUPLEMENTAR

    FORMA COMPLEMENTAR

    Par

    tici

    pa

    o d

    as

    inst

    itui

    es

    priva

    das

    na

    Sa

    de

    00000000000

    00000000000 - DEMO

  • Legislao aplicada ao SUS (EBSERH)

    Teoria e Questes Comentadas

    Prof. Ali Mohamad Jaha Aula 00

    Prof. Ali Mohamad Jaha

    www.estrategiaconcursos.com.br Pgina 16 de 32

    Para cada ente poltico de nossa Repblica (Unio, Estados, Distrito Federal e Municpios) o SUS contar com duas instncias colegiadas: a Conferncia de Sade e o Conselho de Sade.

    Assim, temos que:

    1. A Conferncia de Sade reunir-se- a cada 4 anos com a representao dos vrios segmentos sociais, para avaliar a situao de sade e propor as diretrizes para a formulao da poltica de sade nos nveis correspondentes, convocada pelo Poder Executivo ou, extraordinariamente, por esta ou pelo Conselho de Sade.

    A Conferncia de Sade temporria, ou seja, se rene apenas de 4

    em 4 anos para verificar a situao da sade no pas e propor melhorias na poltica de sade adotada pelo ente poltico. Devo ressaltar que a reunio da conferncia convocada em regra pelo Poder Executivo, mas tambm poder ser convocada pela prpria Conferncia ou pelo Conselho de Sade, de forma extraordinria.

    2. O Conselho de Sade, em carter permanente e deliberativo, rgo colegiado composto por representantes do governo, prestadores de servio, profissionais de sade e usurios, atua na formulao de estratgias e no controle da execuo da poltica de sade na instncia correspondente, inclusive nos aspectos econmicos e financeiros, cujas decises sero homologadas pelo chefe do poder legalmente constitudo em cada esfera do governo.

    Por sua vez, o Conselho de Sade permanente, colegiado e com

    poder deliberativo (de deciso). Cabe a ele formular estratgias a serem adotadas pela sade pblica, bem como controlar a execuo da poltica na rea de sade.

    (...) 05. Decreto n. 7.508/2011 (Regulamente a Lei n. 8.080/1990).

    (...)

    As normas de elaborao e fluxos do Contrato Organizativo de Ao Pblica de Sade sero pactuados pelo CIT, cabendo Secretaria de Sade Estadual coordenar a sua implementao.

    00000000000

    00000000000 - DEMO

  • Legislao aplicada ao SUS (EBSERH)

    Teoria e Questes Comentadas

    Prof. Ali Mohamad Jaha Aula 00

    Prof. Ali Mohamad Jaha

    www.estrategiaconcursos.com.br Pgina 17 de 32

    Cabe ressaltar que o Sistema Nacional de Auditoria e Avaliao do SUS (SNA), por meio de servio especializado, far o controle e a fiscalizao do Contrato Organizativo de Ao Pblica da Sade.

    E finalizando o tpico, o Relatrio de Gesto a que se refere a Lei n. 8.142/1990, conter seo especfica relativa aos compromissos assumidos no mbito do Contrato Organizativo de Ao Pblica de Sade. 06. Lei Complementar n. 141/2012 (Percentual Mnimo de Recursos dos Entes Federativos Aplicados em Aes e em Servios Pblicos de Sade).

    A Lei Complementar n. 141/2012 veio regulamentar a previso constante no Art. 198 da CF/1988, que obriga os entes polticos a aplicarem um percentual mnimo de recursos em aes e servios pblicos de sade.

    Essa Lei Complementar dividida em cinco captulos, sendo que

    para as provas considero de grande importncia o estudo dos Captulos I e II de forma integral, e apenas as duas primeiras sees do captulo III. Essa parte inicial da lei trata de assuntos relacionados sade, enquanto que o restante do texto normativo tem um cunho muito oramentrio, contbil e de controle, o que provavelmente no ser cobrado, pelo menos em nossa disciplina. =)

    Sendo assim, vamos iniciar o nosso estudo sobre a Lei

    Complementar n. 141/2012:

    Art. 1. Esta Lei Complementar institui, nos termos da Constituio Federal:

    I - O valor mnimo e normas de clculo do montante mnimo a ser aplicado, anualmente, pela Unio em aes e servios pblicos de sade; II - Percentuais mnimos do produto da arrecadao de impostos a serem aplicados anualmente pelos Estados, pelo Distrito Federal e pelos Municpios em aes e servios pblicos de sade; III - Critrios de rateio dos recursos da Unio vinculados sade destinados aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municpios, e dos Estados destinados aos seus respectivos Municpios, visando progressiva reduo das disparidades regionais, e;

    00000000000

    00000000000 - DEMO

  • Legislao aplicada ao SUS (EBSERH)

    Teoria e Questes Comentadas

    Prof. Ali Mohamad Jaha Aula 00

    Prof. Ali Mohamad Jaha

    www.estrategiaconcursos.com.br Pgina 18 de 32

    IV - Normas de fiscalizao, avaliao e controle das despesas com sade nas esferas federal, estadual, distrital e municipal.

    O primeiro artigo introduz os assuntos a serem tratados pela Lei

    Complementar. Observe que so DVVXQWRV, um para cada inciso. Guarde esses incisos com carinho! =)

    Art. 2. Para fins de apurao da aplicao dos recursos mnimos estabelecidos nesta Lei Complementar, considerar-se-o como DESPESAS com aes e servios pblicos de sade aquelas voltadas para a promoo, proteo e recuperao da sade que atendam, simultaneamente, aos Princpios do SUS estatudos pela Lei n. 8.080/1990, e s seguintes diretrizes:

    I - Sejam destinadas s aes e servios pblicos de sade de acesso universal, igualitrio e gratuito; II - Estejam em conformidade com objetivos e metas explicitados nos Planos de Sade de cada ente da Federao, e; III - Sejam de responsabilidade especfica do setor da sade, no se aplicando a despesas relacionadas a outras polticas pblicas que atuam sobre determinantes sociais e econmicos, ainda que incidentes sobre as condies de sade da populao.

    Para voc relembrar, so esses os Princpios do SUS:

    Princpios (LOS):

    1. Universalidade; 2. Integralidade; 3. Preservao; 4. Igualdade; 5. Direito Informao; 6. Divulgao de Informaes; 7. Utilizao da Epidemiologia; 8. Participao da Comunidade; 9. Descentralizao; 10. Integrao; 11. Conjugao dos recursos; 12. Capacidade de Resoluo 13. Organizao.

    00000000000

    00000000000 - DEMO

  • Legislao aplicada ao SUS (EBSERH)

    Teoria e Questes Comentadas

    Prof. Ali Mohamad Jaha Aula 00

    Prof. Ali Mohamad Jaha

    www.estrategiaconcursos.com.br Pgina 19 de 32

    O Artigo 2. traz a definio de despesas com aes e servios de sade, e as obriga seguir as 3 diretrizes supracitadas, bem como os 7 princpios do SUS, elencados pela Lei Orgnica da Sade (LOS).

    Alm de atender aos critrios supracitados, as despesas com aes e servios pblicos de sade realizadas pela Unio, pelos Estados, pelo Distrito Federal e pelos Municpios devero ser financiadas com recursos movimentados por meio dos respectivos fundos de sade.

    Art. 3. Observadas s disposies do Art. 200 da CF/1988 (competncias do SUS), do Art. 6. da Lei n. 8.080/1990 (campo de atuao do SUS), e do Art. 2. desta Lei Complementar (definio de despesa com aes e servios de sade), para efeito da apurao da aplicao dos recursos mnimos aqui estabelecidos, sero consideradas despesas com aes e servios pblicos de sade as referentes :

    I - vigilncia em sade, incluindo a epidemiolgica e a sanitria; II - Ateno integral e universal sade em todos os nveis de complexidade, incluindo assistncia teraputica e recuperao de deficincias nutricionais; III - Capacitao do pessoal de sade do Sistema nico de Sade (SUS); IV - Desenvolvimento cientfico e tecnolgico e controle de qualidade promovidos por instituies do SUS; V - Produo, aquisio e distribuio de insumos especficos dos servios de sade do SUS, tais como: imunobiolgicos, sangue e hemoderivados, medicamentos e equipamentos mdico-odontolgicos; VI - Saneamento bsico de domiclios ou de pequenas comunidades, desde que seja aprovado pelo Conselho de Sade do ente da Federao financiador da ao e esteja de acordo com as diretrizes das demais determinaes previstas nesta Lei Complementar; VII - Saneamento bsico dos distritos sanitrios especiais indgenas e de comunidades remanescentes de quilombos; VIII - Manejo ambiental vinculado diretamente ao controle de vetores de doenas;

    00000000000

    00000000000 - DEMO

  • Legislao aplicada ao SUS (EBSERH)

    Teoria e Questes Comentadas

    Prof. Ali Mohamad Jaha Aula 00

    Prof. Ali Mohamad Jaha

    www.estrategiaconcursos.com.br Pgina 20 de 32

    IX - Investimento na rede fsica do SUS, incluindo a execuo de obras de recuperao, reforma, ampliao e construo de estabelecimentos pblicos de sade; X - Remunerao do pessoal ativo da rea de sade em atividade nas aes de que trata este artigo, incluindo os encargos sociais; XI - Aes de apoio administrativo realizadas pelas instituies pblicas do SUS e imprescindveis execuo das aes e servios pblicos de sade, e; XII - Gesto do sistema pblico de sade e operao de unidades prestadoras de servios pblicos de sade.

    Dando continuidade ao Art. 2., que define despesas com aes e

    servios de sade, o Art. 3. enumera os 12 tipos de despesas dessa espcie.

    Art. 4. No constituiro despesas com aes e servios pblicos de sade, para fins de apurao dos percentuais mnimos de que trata esta Lei Complementar, aquelas decorrentes de:

    I - Pagamento de aposentadorias e penses, inclusive dos servidores da sade; II - Pessoal ativo da rea de sade quando em atividade alheia referida rea; III - Assistncia sade que no atenda ao princpio de acesso universal; IV - Merenda escolar e outros programas de alimentao, ainda que executados em unidades do SUS, ressalvando-se o disposto no inciso II do Art. 3. (ateno integral e universal sade em todos os nveis de complexidade, incluindo a recuperao de deficincias nutricionais); V - Saneamento bsico, inclusive quanto s aes financiadas e mantidas com recursos provenientes de taxas, tarifas ou preos pblicos institudos para essa finalidade; VI - Limpeza urbana e remoo de resduos; VII - Preservao e correo do meio ambiente, realizadas pelos rgos de meio ambiente dos entes da Federao ou por entidades no governamentais;

    00000000000

    00000000000 - DEMO

  • Legislao aplicada ao SUS (EBSERH)

    Teoria e Questes Comentadas

    Prof. Ali Mohamad Jaha Aula 00

    Prof. Ali Mohamad Jaha

    www.estrategiaconcursos.com.br Pgina 21 de 32

    VIII - Aes de assistncia social; IX - Obras de infraestrutura, ainda que realizadas para beneficiar direta ou indiretamente a rede de sade, e; X - Aes e servios pblicos de sade custeados com recursos distintos dos especificados na base de clculo definida nesta Lei Complementar ou vinculados a fundos especficos distintos daqueles da sade.

    O Art. 4. traz 10 despesas que no so classificadas como

    despesas de sade. O nico ponto que merece destaque o inciso IV, que informa que a merenda escolar no uma despesa de sade. Entretanto, a recuperao de deficincias nutricionais uma despesa com sade. Muita ateno!

    Para a prova, importante voc no confundir as despesas com

    sade (Art. 3.) com as no despesas com sade (Art. 4.). =)

    Art. 5. A Unio aplicar, anualmente, em aes e servios pblicos de sade, o montante correspondente ao valor empenhado no exerccio financeiro anterior, apurado nos termos desta Lei Complementar, acrescido de, no mnimo, o percentual correspondente variao nominal do Produto Interno Bruto (PIB) ocorrida no ano anterior ao da lei oramentria anual (LOA).

    O Art. 5. determina o valor mnimo de recursos que a Unio dever

    aplicar anualmente em aes e servios de sade. Nesse ponto, acredito que uma equao vai facilitar o seu entendimento. Observe:

    Valor do Ano Anterior (+) Variao Nominal do PIB no ano anterior (=) Valor Atual MNIMO

    Os quais:

    Valor do Ano Anterior: Valor que a Unio aplicou no ano anterior em aes e servios de sade; Variao Nominal do PIB no ano anterior: Variao nominal do produto interno bruto do ano anterior, e;

    00000000000

    00000000000 - DEMO

  • Legislao aplicada ao SUS (EBSERH)

    Teoria e Questes Comentadas

    Prof. Ali Mohamad Jaha Aula 00

    Prof. Ali Mohamad Jaha

    www.estrategiaconcursos.com.br Pgina 22 de 32

    Valor Atual Mnimo: Valor que a Unio aplicar em aes e servios de sade.

    (...)

    07. Determinantes Sociais da Sade.

    (...)

    No obstante, considero importante conhecer algumas definies de DSS, a saber:

    '66 VmR RV IDWRUHV VRFLDLV HFRQ{PLFRV FXOWXUDLVtnicos/raciais, psicolgicos e comportamentais que influenciam a ocorrncia de problemas de sade e seus fatores de risco na SRSXODomR3HOHJULQL)LOKR '66 VmR DV FRQGLo}HV VRFLDLV HP TXH DV SHVVRDs vivem e WUDEDOKDP2UJDQL]DomR0XQGLDOGD6D~GH OMS). '66 VmR FRPR RV IDWRUHV H PHFDQLVPRV DWUDYpV GRV TXDLV DVcondies sociais afetam a sade e que potencialmente podem VHUDOWHUDGRVDWUDYpVGHDo}HVEDVHDGDVHPLQIRUPDomR1DQF\Krieger). 'SS so caractersticas sociais dentro das quais a vida WUDQVFRUUH7DUORY

    Por fim, segue um esquema bem interessante sobre o tema. =)

    00000000000

    00000000000 - DEMO

  • Legislao aplicada ao SUS (EBSERH)

    Teoria e Questes Comentadas

    Prof. Ali Mohamad Jaha Aula 00

    Prof. Ali Mohamad Jaha

    www.estrategiaconcursos.com.br Pgina 23 de 32

    08. Participao Popular e Controle Social.

    Com a promulgao da Constituio Federal de 1988 e da Lei n. 8.080/1990 (Lei orgnica da Sade), criou-se o Sistema nico de Sade do Brasil (SUS). A partir da toda a populao brasileira passou a ter direito de acesso ao atendimento pblico de sade.

    Com o intuito de regulamentar o controle social do SUS, foi

    criada a Lei n. 8.142/1990, que conferiu ao sistema em questo uma de suas principais caractersticas: a participao social na rea de sade. Essa lei define o papel da sociedade na gesto do servio de sade onde os sujeitos ou atores sociais participam ativamente, por meios democrticos, da formulao das polticas pblicas de sade.

    (...) 11. Questes Comentadas. 01. (Auditor-Fiscal/RFB/ESAF/2010): luz da Organizao da Seguridade Social, a Sade possui abrangncia universal, sendo qualquer pessoa por ela amparada.

    00000000000

    00000000000 - DEMO

  • Legislao aplicada ao SUS (EBSERH)

    Teoria e Questes Comentadas

    Prof. Ali Mohamad Jaha Aula 00

    Prof. Ali Mohamad Jaha

    www.estrategiaconcursos.com.br Pgina 24 de 32

    Lembra-VH GR $UW GD &)" (OH VH LQLFLD DVVLP $VD~GH p GLUHLWR GH WRGRV $ Sade a nica rea da Seguridade Social que qualquer pessoa pode usufruir, independentemente de ser pobre ou rico e independentemente de contribuio por parte do segurado. Lembrando que a Previdncia Social devida apenas aos segurados que com ela contribui, e a Assistncia Social devida apenas a quem dela necessitar, independentemente de contribuio. Certo.

    02. (Mdico Plantonista/Prefeitura Municipal de Camocim de So Flix-PE/CONUPE/2011): Sobre o desenvolvimento das Polticas de Sade no Brasil, correto afirmar que na Repblica Velha (1989-1930), foram organizadas as Caixas de Aposentadorias e Penses.

    Em 1923, no governo de Artur Bernardes, por meio da Lei Eloy Chaves, iniciou o que a literatura chama de Fase Prdiga da estruturao do setor da sade no Brasil. Foi essa a Lei que criou os Fundos de Aposentadorias e Penses aos Ferrovirios (Caixa de Assistncia), alm de prever outros benefcios como a Assistncia Mdica e a Compra de Medicamentos. Certo.

    03. (Especialista em Regulao/ANVISA/CESPE/2004): A utilizao da epidemiologia para estabelecer prioridades, alocar recursos e orientar aes e servios pblicos de sade e servios privados contratados ou conveniados que integram o Sistema nico de Sade (SUS) uma regra que poder ser colocada de lado com o objetivo de preservar a autonomia das pessoas na defesa de sua integridade fsica e moral.

    Estamos diante de dois princpios legais aplicveis ao SUS presentes na LOS (Lei n. 8.080/1990):

    x Preservao da autonomia das pessoas na defesa de sua integridade fsica e moral;

    x Utilizao da epidemiologia para o estabelecimento de

    prioridades, a alocao de recursos e a orientao programtica: a Epidemiologia, que a cincia que estuda o ELQ{PLR VD~GH [ GRHQoD p R SRQWR GH SDUWLGD SDUD Rplanejamento gerencial do SUS. Atravs dessa cincia, pode-

    00000000000

    00000000000 - DEMO

  • Legislao aplicada ao SUS (EBSERH)

    Teoria e Questes Comentadas

    Prof. Ali Mohamad Jaha Aula 00

    Prof. Ali Mohamad Jaha

    www.estrategiaconcursos.com.br Pgina 25 de 32

    se, por exemplo, observar quais doenas so mais presentes em determinadas regies e definir, a partir dessa constatao, quais sero as prioridades do SUS naquela regio, dimensionando de forma eficiente a alocao de recursos (financeiros e humanos) e a orientao a ser tomada nos programas de sade;

    Por sua vez, um princpio no se sobressai ao outro, ou seja, o

    paciente tem o direito preservao do seu corpo e de sua integridade em qualquer situao. Errado.

    04. (Nutricionista/SEJUS-RO/FUNCAB/2010): Durante 1981 e 1982, o governo federal buscou formular alternativas para superar a crise financeira vivenciada no sistema da previdncia. Dentre o conjunto de medidas propostas, podemos citar a criao do Conselho Consultivo da Administrao de Sade Previdenciria (CONASP).

    Em 1981, surgiu o Conselho Consultivo da Administrao de Sade Previdenciria (CONASP), ao qual competia o reconhecimento da existncia das redes hospitalares Estadual e Municipal que se encontravam completamente sucateadas.

    O CONASP passou a reconhecer a importncia dos Hospitais Universitrios e mudou a forma de pagamento das internaes hospitalares para o setor privado. Esse pagamento, at ento, tinha como base o atendimento mdico realizado em um dado paciente, ou seja, os convnios estabeleciam a remunerao por procedimento, consolidando a lgica de cuidar da doena e no da sade. Certo.

    05. (Analista Judicirio rea Judiciria/TRT-6/FCC/2012): As aes e servios pblicos de sade integram uma rede regionalizada e hierarquizada e constituem um sistema nico.

    A questo se limita a reproduzir a literalidade do caput do Art. 198 da CF/1988, a saber:

    Art. 198. As aes e servios pblicos de sade integram uma rede regionalizada e hierarquizada e constituem um sistema nico (SUS), organizado de acordo com as seguintes diretrizes:

    00000000000

    00000000000 - DEMO

  • Legislao aplicada ao SUS (EBSERH)

    Teoria e Questes Comentadas

    Prof. Ali Mohamad Jaha Aula 00

    Prof. Ali Mohamad Jaha

    www.estrategiaconcursos.com.br Pgina 26 de 32

    I - Descentralizao, com direo nica em cada esfera de governo; II - Atendimento integral, com prioridade para as atividades preventivas, sem prejuzo dos servios assistenciais, e; III - Participao da comunidade.

    Certo.

    06. (Auditor-Fiscal/RFB/ESAF/2010): luz da Organizao da Seguridade Social, a Assistncia Social, por meio de sistema nico e centralizado no poder central federal, pode ser dada a todos os contribuintes individuais da Previdncia Social.

    Na verdade, a Sade que organizada na forma de sistema nico, o SUS (Sistema nico de Sade), e no a Assistncia Social. Alm disso, a Sade direito de todos e no somente dos segurados contribuintes individuais. Errado.

    07. (Analista Judicirio Servio Social/TRT-1/FCC/2011): O SUS assegura a todos os usurios, sem discriminao de qualquer tipo e sem exigir carncia, o direito ao atendimento integral, independentemente de sua situao econmica. Segundo a legislao, direito do usurio ter transporte e atendimento adequado em caso de risco de vida ou leso grave, somente com recursos prprios.

    A questo comeou bem, mas no final derrapou! Como de seu conhecimento, a Sade direito de todos e dever do Estado. Diante desse dispositivo constitucional, no h que se falar em atendimento somente mediante pagamento com recursos do prprio paciente! Errado.

    08. (Mdico Plantonista/Prefeitura Municipal de Camocim de So Flix-PE/CONUPE/2011): Sobre o desenvolvimento das Polticas de Sade no Brasil, correto afirmar que no perodo do Autoritarismo (1964-1984), foi criado o SUDS (Sistemas Unificados e Descentralizados de Sade) como estratgia para a implantao do SUS (Sistema nico de Sade).

    Em 17 de maro de 1986 foi aberta a 8. Conferncia Nacional de Sade (CNS) por Jos Sarney, primeiro presidente civil aps o

    00000000000

    00000000000 - DEMO

  • Legislao aplicada ao SUS (EBSERH)

    Teoria e Questes Comentadas

    Prof. Ali Mohamad Jaha Aula 00

    Prof. Ali Mohamad Jaha

    www.estrategiaconcursos.com.br Pgina 27 de 32

    perodo da ditadura militar. Foi um marco na histria do sistema de sade do pas pois foi a primeira CNS a ser aberta sociedade, no obstante sua importncia na propagao do movimento da Reforma Sanitarista.

    A criao e implantao do Sistema Unificado e

    Descentralizado de Sade (SUDS) em 1987 foi resultante da 8 CNS, portanto, posterior ao perodo da ditadura militar, contrariando o enunciado da questo.

    Esse sistema foi precursor do atual Sistema nico de Sade

    (SUS) e surgiu sob forma de convnio do INAMPS com as Secretarias de Sade dos Estados. Tambm assumiram universalizao da equidade no acesso aos servios de sade, integralidade dos cuidados assistenciais, regionalizao e integrao dos servios de sade, descentralizao das aes de sade, implementao de distritos sanitrios, desenvolvimento de instituies colegiadas gestoras e desenvolvimento de uma poltica de recursos humanos. Errado.

    09. (Especialista em Regulao/ANVISA/CESPE/2004): O dever do Estado de garantir a sade consiste na formulao e na execuo de polticas econmicas e sociais que objetivem a reduo de riscos de doenas e de outros agravos. Consiste tambm no estabelecimento de condies que assegurem acesso universal e igualitrio s aes e aos servios para a sua promoo, proteo e recuperao, no excluindo desse campo os deveres das pessoas, das famlias, das empresas e da sociedade.

    Nossa Constituio refere-se sade como um direito fundamental, sendo uma norma programtica sua efetiva garantia e acesso universal e igualitrio. Embora as normas programticas no produzam os seus integrais efeitos direta e imediatamente, certo que, dentre outros, servem de parmetro para a interpretao do texto constitucional, estabelecendo princpios e diretrizes a serem cumpridos futuramente pelos rgos estatais.

    Nesse sentido, a doutrina nos apresenta a Clusula de Reserva

    do Financeiramente possvel (ou materialmente possvel), o qual assegura de antemo ao Estado a justificativa de esquivar-se da total cobertura de suas obrigaes, em decorrncia de carncia financeira. Entretanto, entende o Supremo Tribunal Federal que, ante os direitos sociais fundamentais, como a sade, por exemplo,

    00000000000

    00000000000 - DEMO

  • Legislao aplicada ao SUS (EBSERH)

    Teoria e Questes Comentadas

    Prof. Ali Mohamad Jaha Aula 00

    Prof. Ali Mohamad Jaha

    www.estrategiaconcursos.com.br Pgina 28 de 32

    no h que se alegar tal clusula, devendo o Poder Judicirio analisar caso a caso, imputando ao Poder Pblico, se necessrio, a obrigatoriedade do cumprimento da norma para consecuo da funo social a que se refere, sem com isso representar atentado ao princpio da separao de poderes.

    O fato de o Estado ter o dever de garantir a sade de toda a

    populao, no exclui o dever das pessoas, famlias, empresas e da sociedade. Imagine uma empresa, uma lanchonete ou um bar, por exemplo, que no mantenha o estabelecimento comercial em condies necessrias de limpeza e, consequentemente de sade. Essa empresa no est cumprindo seu dever de zelar pela sade de seus funcionrios e clientes, o que exclui a culpa exclusiva do Estado. Certo

    10. (Sanitarista/FESF-BA/AOCP/2010): Diversos fatores conjunturais contriburam para a reformulao das polticas de Sade no Brasil e criao do SUS, na constituio de 1988, dentre estes podemos citar, entre eles, a gesto descentralizada mais ainda pouco participativa.

    A estratgia do SUDS, criado em 1987, buscou, dentro de suas limitaes institucionais, focalizar a ateno no processo de descentralizao e fortalecimento dos nveis perifricos do sistema, envolvendo num primeiro momento os Estados, mas apontando, em mdio prazo, os municpios. A nova Constituio Brasileira incorporou a essncia do SUDS no plano poltico, transformando Estados e Municpios em atores fundamentais para a aprovao do captulo da seguridade social/sade, constituindo o marco do direito sade no Brasil. Certo.

    11. (Analista-Tributrio/RFB/ESAF/2010): Sade e Assistncia Social so direitos sociais organizados da mesma maneira e com a mesma finalidade.

    A Sade tem como finalidade atender a todos, pobres ou ricos,

    independentemente de contribuio. J a Assistncia atende apenas as pessoas que dela necessitam, sem a necessidade de contribuio prvia. Quanto organizao, a Sade possui uma Lei Orgnica exclusiva (Lei n. 8.080/1990) e a Assistncia Social tem outra Lei Orgnica exclusiva (Lei n. 8.742/1993). Diante do exposto,

    00000000000

    00000000000 - DEMO

  • Legislao aplicada ao SUS (EBSERH)

    Teoria e Questes Comentadas

    Prof. Ali Mohamad Jaha Aula 00

    Prof. Ali Mohamad Jaha

    www.estrategiaconcursos.com.br Pgina 29 de 32

    podemos observar que a Sade e a Assistncia Social so organizadas de maneiras distintas, e com finalidades diversas. Errado.

    12. (Auditor-Fiscal/SRF/ESAF/2005): Segundo dispe o art. 196, da CF/88, a sade direito de todos e dever do Estado. Diante dessa premissa, correto afirmar que as aes e servios pblicos de sade integram uma rede regionalizada e hierarquizada e constituem um sistema nico, sem a participao da comunidade.

    A questo est errada! O SUS (Sistema nico de Sade) conta com a participao da comunidade para realizar as suas aes, conforme dispe o texto constitucional:

    Art. 198. As aes e servios pblicos de sade integram uma rede regionalizada e hierarquizada e constituem um sistema nico, organizado de acordo com as seguintes diretrizes:

    I - Descentralizao, com direo nica em cada esfera de governo; II - Atendimento integral, com prioridade para as atividades preventivas, sem prejuzo dos servios assistenciais, e; III - Participao da comunidade.

    Errado.

    13. (Mdico Plantonista/Prefeitura Municipal de Camocim de So Flix-PE/CONUPE/2011): Sobre o desenvolvimento das Polticas de Sade no Brasil, correto afirmar que na era Vargas (1930-1945), so criados os Institutos de Aposentadorias e Penses (IAP).

    Durante a dcada de 30 foi criado seis institutos de previdncia, estendendo os benefcios a trabalhadores do setor pblico e privado. A Fase Prdiga era caracterizada pela ampliao de benefcios das Caixas de Assistncia, incluindo nesses a Assistncia Mdica. Tratava-se de um sistema de atendimento particularista e excludente. Certo.

    00000000000

    00000000000 - DEMO

  • Legislao aplicada ao SUS (EBSERH)

    Teoria e Questes Comentadas

    Prof. Ali Mohamad Jaha Aula 00

    Prof. Ali Mohamad Jaha

    www.estrategiaconcursos.com.br Pgina 30 de 32

    14. (Mdico Plantonista/Prefeitura Municipal de Camocim de So Flix-PE/CONUPE/2011): Sobre o desenvolvimento das Polticas de Sade no Brasil, correto afirmar que no perodo do Autoritarismo (1964-1984), ocorreu a unificao dos Institutos de Aposentadorias e Penses (IAP) com a criao do Instituto Nacional de Previdncia Social (INPS) em 1966 e o Instituto Nacional de Assistncia Mdica da Previdncia Social (INAMPS).

    Em 1964, cerca de 22% da populao Brasileira possua benefcios em funo do sistema de previdncia social vigente, ano esse em que foi criada uma comisso para reformular o sistema previdencirio, que culminou com a fuso de todos os IAPs no Instituto Nacional da Previdncia Social (INPS), em 1966.

    Por sua vez, a crise financeira da previdncia social decorrente de um perodo caracterizado pela recesso, desemprego e consequente diminuio da arrecadao contribuiu para que o governo militar novamente repensasse a Previdncia Social criando, o Instituto Nacional de Assistncia Mdica e Previdncia Social (INAMPS), autarquia desmembrada do INPS, somente em 1974, e no em 1966, como prope o enunciado. Errado.

    15. (Delegado/PC-AP/FGV/2010) Relativamente ordem social, a assistncia sade pode ser exercida pela iniciativa privada, desde que previamente autorizado seu funcionamento pelo Ministrio da Sade e submetidas s regras de concesso pblica contidas na Constituio.

    O texto constitucional claro ao afirmar que a assistncia sade livre iniciativa privada! No existe essa previso de autorizao de funcionamento pelo Ministrio da Sade. Observe o texto da CF:

    Art. 199. A assistncia sade livre iniciativa privada.

    Errado.

    16. (Mdico Plantonista/Prefeitura Municipal de Camocim de So Flix-PE/CONUPE/2011): Sobre o desenvolvimento das Polticas de Sade no Brasil, correto afirmar no perodo ps-constituinte, foi aprovada a Lei Orgnica da Sade, a Lei n. 8.080/1990.

    00000000000

    00000000000 - DEMO

  • Legislao aplicada ao SUS (EBSERH)

    Teoria e Questes Comentadas

    Prof. Ali Mohamad Jaha Aula 00

    Prof. Ali Mohamad Jaha

    www.estrategiaconcursos.com.br Pgina 31 de 32

    Historicamente, a reforma sanitria representada no incio pelas Aes Integradas de Sade (AIS), evoluiu posteriormente para o SUDS e finalmente para o SUS, consolidando-se na referida Lei Maior. Apesar dos obstculos, o SUDS sobreviveu at a aprovao da Lei Orgnica da Sade (LOS) em 1990.

    Certo.

    17. (Analista Tcnico de Polticas Sociais/MPOG/ESAF/2012): 6HJXQGRRDUWLJRGD&RQVWLWXLomR)HGHUDO DVD~GHpXPGLUHLWRGHWRGRVHXPGHYHUGR(VWDGReHQWmRFRUUHWRDILUPDUTXHDVD~GHpXPdireito constitucional que deve ser garantido por meio de polticas sociais e econmicas que visem reduo do risco de doena e outros agravos.

    A questo praticamente traz o previsto na CF/1988, no Art. 196, a saber:

    A sade direito de todos e dever do Estado, garantido mediante polticas sociais e econmicas que visem reduo do risco de doena e de outros agravos e ao acesso universal e igualitrio s aes e servios para sua promoo, proteo e recuperao.

    Do artigo acima conseguimos vislumbrar que a sade um

    direito de todos, no se exigindo nenhuma contribuio por parte da pessoa usuria. Qualquer pessoa, pobre ou rica, tem direito de ser atendido nos postos pblicos de sade, sem distino. Podemos perceber claramente isso nas campanhas de vacinao para a populao. Nada cobrado ou previamente exigido daqueles que se dirigem aos postos de vacinao. Certo.

    18. (Analista Judicirio Assistncia Social/TJ-PE/FCC/2012): O Sistema nico da Sade (SUS) aponta como caracterstica do modelo de gesto a hierarquizao dos servios, conforme a complexidade da ateno sade, sob comando nico.

    A questo traz as disposies constitucionais que declaram que a direo do SUS, ser descentralizada, com direo nica em cada esfera de governo. A direo (ou comando), por sua vez, ser exercida pelos seguintes rgos, em cada esfera do governo:

    1. No mbito da Unio, esfera federal, pelo Ministrio da Sade (MS);

    00000000000

    00000000000 - DEMO

  • Legislao aplicada ao SUS (EBSERH)

    Teoria e Questes Comentadas

    Prof. Ali Mohamad Jaha Aula 00

    Prof. Ali Mohamad Jaha

    www.estrategiaconcursos.com.br Pgina 32 de 32

    2. No mbito dos Estados e do Distrito Federal, esfera estadual e distrital, pela respectiva Secretaria de Sade ou rgo equivalente, e; 3. No mbito dos Municpios, esfera municipal, pela respectiva Secretaria de Sade ou rgo equivalente.

    Certo.

    (...)

    Acabamos aqui a Aula Demonstrativa. Espero que voc tenha

    gostado e que possamos finalizar juntos esse curso, rumo a sua aprovao no INCA-MS. =)

    Fique com Deus. Forte Abrao.

    ALI MOHAMAD JAHA

    [email protected] [email protected] www.fb.com/amjaha www.fb.com/amjahafp

    00000000000

    00000000000 - DEMO