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LEGISLAÇÃO TURÍSTICA ANOTADA ADENDA

Legislação Turística

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Page 1: Legislação Turística

LEGISLAÇÃO TURÍSTICA

ANOTADA

ADENDA

Page 2: Legislação Turística

TÍTULO: LEGISLAÇÃO TURÍSTICA – Anotada 3ª EdiçãoAdenda

AUTORA: Paula Quintas

EDITOR: EDIÇÕES ALMEDINA, SARUA DA ESTRELA, N.º 63000-161 COIMBRATel.: 239 851 904Fax: 239 851 901

[email protected]

ISBN ORIGINAL: 9789724030968

JULHO, 2007

PÁGINAINTERNET DO LIVRO:

http://www.almedina.net/livro.php?isbn=9789724030968

Page 3: Legislação Turística

REGIME JURÍDICO DA INSTALAÇÃOE DO FUNCIONAMENTO DOS ESTABELECIMENTOS

DE RESTAURAÇÃO OU DE BEBIDAS

MINISTÉRIO DA ECONOMIA E DA INOVAÇÃO

DECRETO-LEI N.° 234/2007 DE 19 DE JUNHO

O Decreto-Lei n.° 168/97, de 4 de Julho, alterado pelos Decretos--Leis n.os 139/99, de 24 de Abril, 222/2000, de 9 de Setembro, e 57/2002,de 11 de Março, diploma que contém o regime jurídico da instalação e do funcionamento dos estabelecimentos de restauração ou de bebidas, esta-belece que a abertura dos mesmos só pode ocorrer após a emissão de umalvará de licença ou autorização de utilização para restauração ou bebidas.

Tal acto administrativo é precedido de vistoria obrigatória para oefeito, a qual só pode ser requerida após a conclusão da obra e de o esta-belecimento estar em condições de iniciar o seu funcionamento.

Esta circunstância, associada ao facto de nem sempre serem cum-pridos os prazos legais para a realização da vistoria e emissão do alvará,tem conduzido à abertura ao público de estabelecimentos de restauraçãoou de bebidas em situações irregulares, com evidentes prejuízos para con-sumidores, Estado e promotores.

Estes últimos, tendo o estabelecimento em condições de laboração,ficam impossibilitados de iniciar a exploração dos mesmos por causas quenão lhes são imputáveis ou assumem o risco de iniciar actividade em situa-ção irregular, sujeitando-se às consequências legais.

Com a presente iniciativa legislativa, em cumprimento das orien-tações fixadas no Programa do Governo no sentido de serem agilizados osprocedimentos de licenciamento dos estabelecimentos do sector doturismo, pretende-se ultrapassar situações como as acima descritas, possi-bilitando a abertura regular dos estabelecimentos de restauração ou debebidas uma vez concluída a obra ou, na ausência desta, sempre que oestabelecimento se encontre equipado e apto a entrar em funcionamento.

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Para tanto, há que prever a possibilidade de, em certas circunstâncias, aabertura do estabelecimento poder ser efectuada independentemente de rea-lização da vistoria e da emissão de título que legitime a utilização do imóvel.

Com efeito, a vistoria para utilização limita-se a verificar a confor-midade da execução da obra com o projecto aprovado, bem como a ido-neidade da edificação para o fim a que se destina e a conformidade do usoprevisto com as normas legais e regulamentares que lhe são aplicáveis.

De resto, nos termos do n.° 1 do artigo 64.° do Decreto-Lei n.° 555/99,na redacção que lhe foi dada pelo Decreto-Lei n.° 177/2001, de 4 de Junho(regime jurídico da urbanização e da edificação), a concessão de licençaou autorização de utilização de edifícios e suas fracções não depende, emregra, de prévia vistoria municipal.

Assim, nos casos em que os prazos previstos para a realização da vis-toria ou para a emissão do alvará de licença ou autorização de utilizaçãopara estabelecimento de restauração ou de bebidas não sejam cumpridospelas entidades competentes, admite-se a possibilidade de abertura aopúblico do estabelecimento mediante a responsabilização do promotor, dodirector técnico da obra, dos autores dos projectos de especialidades e doautor do projecto de segurança contra incêndios, atestando que a edifi-cação respeita o projecto aprovado, bem como as normas legais e regula-mentares aplicáveis, tendo em conta o uso a que se destina, assegurando--se, deste modo, a salvaguarda do interesse público.

Ao mesmo tempo, acompanha-se a tendência para a responsa-bilização das empresas no que se refere à qualidade e segurança de insta-lações e funcionamento dos estabelecimentos, bem como dos produtos ali-mentares comercializados, conforme estabelecido em legislaçãocomunitária, nomeadamente pelo Regulamento (CE) n.° 178/2002, do Par-lamento Europeu e do Conselho, de 28 de Janeiro, e dos Regulamentos(CE) n.os 852/2004 e 853/2004, do Parlamento Europeu e do Conselho, de29 de Abril, relativos à segurança e higiene dos géneros alimentícios.

Aproveita-se a presente iniciativa para, através da declaração préviaintroduzida no processo, operacionalizar também o registo obrigatório dosestabelecimentos de restauração ou de bebidas, o qual será promovido pelaDirecção-Geral das Actividades Económicas.

Foram ouvidos os órgãos próprios da Regiões Autónomas, a Asso-ciação Nacional de Municípios Portugueses e as associações empresariaisdo sector com interesse e representatividade na matéria.

Assim:Nos termos da alínea a) do n.° 1 do artigo 198.° da Constituição, o

Governo decreta o seguinte:

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CAPÍTULO I

Âmbito e requisitos

ARTIGO 1.°

Âmbito

1 – O presente decreto-lei estabelece o regime jurídico a que ficasujeita a instalação e a modificação de estabelecimentos de restauração oude bebidas, bem como o regime aplicável à respectiva exploração e funcio-namento.

2 – Para efeitos do presente decreto-lei, entende-se por:

a) «Instalação» a acção desenvolvida tendo em vista a abertura deum estabelecimento com o objectivo de nele ser exercida umaactividade de restauração ou de bebidas;

b) «Modificação» qualquer alteração do estabelecimento, incluindoa sua ampliação ou redução, bem como a alteração da entidadetitular da exploração.

ARTIGO 2.°

Estabelecimentos de restauração ou de bebidas

1 – São estabelecimentos de restauração, qualquer que seja a suadenominação, os estabelecimentos destinados a prestar, mediante remune-ração, serviços de alimentação e de bebidas no próprio estabelecimento oufora dele.

2 – São estabelecimentos de bebidas, qualquer que seja a sua deno-minação, os estabelecimentos destinados a prestar, mediante remuneração,serviços de bebidas e cafetaria no próprio estabelecimento ou fora dele.

3 – Os estabelecimentos referidos nos números anteriores podem dis-por de salas ou espaços destinados a dança.

4 – Os estabelecimentos referidos nos n.os 1 e 2 que disponham deinstalações destinadas ao fabrico próprio de pastelaria, panificação e gela-dos, ou que vendam produtos alimentares, ficam sujeitos, exclusivamente,ao regime da instalação previsto no presente diploma, quando a potênciacontratada não exceda os 50 kVA.

Adenda 5

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ARTIGO 3.°

Outros locais onde se realizamserviços de restauração ou de bebidas

1 – Ficam sujeitos ao regime de licenciamento do presente decreto--lei os locais onde se realizam, mediante remuneração, serviços de restau-ração ou de bebidas através da actividade de catering, oferta de serviçosde banquetes ou outras, desde que regularmente efectuados, entendendo--se como tal a execução nesses espaços de, pelo menos, 10 eventos anuais.

2 – Para efeitos do disposto no presente decreto-lei, não se consi-deram estabelecimentos de restauração ou de bebidas as cantinas, os refe-itórios e os bares de entidades públicas, de empresas e de estabelecimentosde ensino destinados a fornecer serviços de alimentação e de bebidasexclusivamente ao respectivo pessoal e alunos, devendo este condicio-namento ser devidamente publicitado.

3 – As secções acessórias de restauração ou de bebidas instaladas emestabelecimentos comerciais com outra actividade principal observam oregime legal previsto para estas actividades, sem prejuízo da aplicaçãoobrigatória dos requisitos de instalação e funcionamento previstos nestedecreto-lei e em legislação complementar.

ARTIGO 4.°

Proibição de instalação

1 – É proibida a instalação de estabelecimentos de bebidas onde sevendam bebidas alcoólicas para consumo no próprio estabelecimento oufora dele junto de escolas do ensino básico e secundário.

2 – As áreas relativas à proibição referida no número anterior sãodelimitadas por cada município.

ARTIGO 5.°

Requisitos dos estabelecimentos

Os requisitos específicos relativos a instalações, funcionamento eregime de classificação de estabelecimentos de restauração ou de bebidassão definidos por decreto regulamentar.

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CAPÍTULO II

Instalação e modificação

ARTIGO 6.°

Regime aplicável

1 – A instalação e a modificação dos estabelecimentos de restaura-ção ou de bebidas estão sujeitas ao regime previsto no presente diploma,bem como ao cumprimento dos requisitos específicos previstos no decretoregulamentar de desenvolvimento.

2 – A sujeição ao regime de declaração prévia não dispensa os pro-cedimentos previstos no regime jurídico da urbanização e da edificação,aprovado pelo Decreto-Lei n.° 555/99, de 16 de Dezembro, com as altera-ções que lhe foram introduzidas pelos Decretos-Leis n.os 177/2001, de 4de Junho, e 157/2006, de 8 de Agosto, e pela Lei n.° 15/2002, de 22 deFevereiro, adiante designado por RJUE, sempre que se realizem interven-ções abrangidas por aquele regime.

ARTIGO 7.°

Consultas a entidades externas

1 – Nos termos e para os efeitos previstos no artigo 19.° do RJUE,devem ser objecto de consulta externa as seguintes entidades:

a) Autoridade Nacional de Protecção Civil, no que respeita a medidasde segurança contra riscos de incêndio, nos termos do Decreto--Lei n.° 368/99, de 18 de Setembro, e da Portaria n.° 1063/97, de21 de Outubro;

b) Direcções regionais de economia ou associação inspectora de ins-talações eléctricas, para verificação das regras relativas à instala-ção eléctrica, nos termos do Decreto-Lei n.° 272/92, de 3 deDezembro, no caso dos estabelecimentos previstos no n.° 4 doartigo 2.°, excepto se o projecto de instalação eléctrica previr umapotência inferior a 50 kVA;

c) Autoridades de saúde, para verificação do cumprimento de nor-mas de higiene e saúde públicas nos termos do Decreto-Lei n.°336/93, de 29 de Setembro;

Adenda 7

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d) Governos civis, para verificação de aspectos de segurança eordem pública, quando esteja em causa a instalação de estabe-lecimentos de bebidas ou de restauração que disponham de salasou espaços destinados a dança, nos termos do Decreto-Lei n.°252/92, de 19 de Novembro, com as alterações introduzidas pelosDecretos-Leis n.os 316/95, de 28 de Fevereiro, e 213/2001, de 2de Agosto.

2 – Quando desfavoráveis, os pareceres das entidades referidas nasalíneas a), c) e d) do número anterior são vinculativos.

ARTIGO 8.°

Dispensa de requisitos

1 – Os requisitos exigidos para cada tipo de estabelecimento podemser dispensados quando, por questões arquitectónicas ou técnicas, a suaestrita observância seja impossível ou possa comprometer a rendibilidadedo mesmo e desde que não ponha em causa condições de segurança e salu-bridade do estabelecimento, incluindo ventilação adequada.

2 – Para efeito do número anterior, reconhecem-se susceptíveis decriar condicionantes arquitectónicas ou estruturais, nomeadamente, a ins-talação de estabelecimentos em zonas classificadas, em edifícios clas-sificados a nível nacional, regional ou local, bem como de edifícios dereconhecido valor histórico, arquitectónico, artístico ou cultural.

3 – Compete à Câmara Municipal, mediante requerimento funda-mentado do interessado, decidir sobre a dispensa do cumprimento derequisitos, após consulta à Direcção-Geral das Actividades Económicas(DGAE) ou em quem esta expressamente delegar e, sempre que se afigu-rar adequado, das entidades competentes em razão da matéria.

4 – As entidades consultadas devem pronunciar-se sobre a dispensano prazo 15 dias a contar da recepção dos elementos, decidindo a CâmaraMunicipal, a final, no prazo de 30 dias a contar da apresentação do reque-rimento, independentemente de as entidades consultadas terem ou nãoemitido parecer.

5 – A ausência de resposta ao requerente no prazo referido nonúmero anterior considera-se como deferimento tácito do pedido formu-lado.

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ARTIGO 9.°

Comissão arbitral

1 – Para resolução de conflitos relacionados com a aplicação dodisposto no artigo 8.°, desde que os mesmos não resultem de parecerdesfavorável das entidades a que se refere o n.° 2 do artigo 7.°, os inte-ressados podem recorrer à intervenção de uma comissão arbitral, consti-tuída por:

a) Um representante da câmara municipal;b) Um representante da DGAE ou em quem esta expressamente

delegar;c) Um representante do interessado;d) Um representante de associação de empregadores representativa

do sector; ee) Um técnico designado por cooptação, especialista na matéria

sobre a qual incide o litígio e que preside.

2 – Na falta de acordo, o técnico é nomeado pelo presidente do tri-bunal central administrativo competente na circunscrição administrativado município.

3 – À constituição e funcionamento da comissão arbitral aplica-se odisposto na lei da arbitragem voluntária.

ARTIGO 10.°

Licença ou autorização de utilização

1 – Concluída a obra e equipado o estabelecimento em condições deiniciar o seu funcionamento, o interessado requer a concessão da licençaou da autorização para estabelecimento de restauração ou de bebidas, nostermos do RJUE.

2 – O alvará de licença ou de autorização de utilização para estabe-lecimento de restauração ou de bebidas deve conter os elementos referidosno n.° 5 do artigo 77.° do RJUE.

3 – Decorridos os prazos de 30 dias para concessão da licença ou de20 dias para autorização de utilização, previstos respectivamente na alínead) do n.° 1 do artigo 23.° ou na alínea b) do n.° 1 do artigo 30.° do RJUE,sem que tenha sido concedida, o interessado pode comunicar à câmaramunicipal a sua decisão de abrir ao público.

Adenda 9

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4 – Para o efeito, deve remeter à câmara municipal competente, comcópia à DGAE ou em quem esta expressamente delegar, a declaração pré-via prevista no n.° 1 do artigo 11.° do presente decreto-lei, acompanhadados seguintes elementos adicionais:

a) Termo de responsabilidade do director técnico de obra previsto noartigo 63.° do RJUE, caso ainda não tenha sido entregue com opedido a que se refere o n.° 1 do artigo 10.° deste diploma;

b) Termo de responsabilidade subscrito pelo autor do projecto desegurança contra incêndios declarando que a obra foi executadade acordo com o projecto aprovado e, se for caso disso, que asalterações efectuadas estão em conformidade com as normaslegais e regulamentares aplicáveis em matéria de segurança con-tra riscos de incêndio, caso não tenha sido entregue com o pedidoa que se refere o n.° 1 do artigo 10.° deste diploma;

c) Termo de responsabilidade subscrito pelos autores dos projectosde especialidades, nomeadamente, relativos a instalações eléc-tricas, acústicas, acessibilidades do edifício, quando obrigatóriose ainda não entregues;

d) Auto de vistoria de teor favorável à abertura do estabeleci-mento elaborado pelas entidades que tenham realizado a vistoriaprevista nos artigos 62.° e 64.° do RJUE, quando tenha ocorrido;

e) No caso de a vistoria ter imposto condicionantes, termo de res-ponsabilidade assinado pelo responsável da direcção técnica daobra assegurando que as mesmas foram respeitadas.

5 – Caso se venha a verificar grave ou significativa desconformidadedo estabelecimento em funcionamento com o projecto aprovado, os subs-critores dos termos de responsabilidade mencionados no n.° 2 do presenteartigo respondem solidariamente com a entidade exploradora do estabe-lecimento, nos termos estabelecidos nos artigos 98.° a 101.° do RJUE.

ARTIGO 11.°

Declaração prévia

1 – Existindo licença de utilização ou autorização para estabele-cimento de restauração ou de bebidas, o titular da exploração dos estabele-cimentos abrangidos pelo presente decreto-lei deve, antes do início daactividade, apresentar uma declaração na Câmara Municipal competente,

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com cópia à DGAE ou em quem esta expressamente delegar, na qual seresponsabiliza que o estabelecimento cumpre todos os requisitos adequa-dos ao exercício da respectiva actividade.

2 – A declaração a que se refere o número anterior é efectuada atra-vés de modelo próprio, a aprovar por portaria dos membros do Governocom a tutela do turismo e das autarquias locais e disponibilizado, electro-nicamente ou em papel, pelas câmaras municipais e pela DGAE ou emquem esta expressamente delegar.

ARTIGO 12.°

Título de abertura

1 – Constitui título válido de abertura do estabelecimento a posse,pelo respectivo explorador, de comprovativo de ter efectuado a declaraçãoprévia prevista no artigo 10.° ou no artigo 11.° do presente decreto-lei.

2 – Os documentos referidos no número anterior constituem títulobastante e suficiente para efeitos de identificação do estabelecimento, legi-timidade de funcionamento, respectiva transmissão e registo, não podendoo funcionamento do mesmo bem como as transacções comerciais e imobi-liárias a ele respeitantes ser prejudicados pela inexistência de um títuloformal emitido pela Câmara Municipal.

3 – Aos contratos de arrendamento relativos a imóveis ou suas frac-ções, onde se pretenda instalar estabelecimento de restauração ou de bebi-das, aplica-se, com as necessárias adaptações, o disposto no Decreto-Lein.° 160/2006, de 8 de Agosto.

CAPÍTULO III

Exploração e funcionamento

ARTIGO 13.°

Nome dos estabelecimentos

1 – Em toda a publicidade, correspondência, merchandising e docu-mentação do estabelecimento não podem ser sugeridas designações, carac-terísticas, tipologia ou classificação que este não possua, sendo obrigató-ria a referência ao nome e tipo de estabelecimento.

Adenda 11

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2 – Salvo quando pertençam a uma mesma organização, os esta-bele-cimentos de restauração ou de bebidas não podem adoptar nomes e mar-cas nominativas ou figurativas iguais ou de tal forma semelhantes a outrosexistentes ou requeridos que possam induzir em erro ou ser susceptíveis deconfusão.

ARTIGO 14.°

Acesso aos estabelecimentos

1 – É livre o acesso aos estabelecimentos de restauração ou de bebi-das, salvo o disposto nos números seguintes.

2 – Pode ser recusado o acesso ou permanência nos estabelecimen-tos a quem perturbe o seu funcionamento normal, designadamente por:

a) Não manifestar a intenção de utilizar os serviços neles prestados;b) Se recusar a cumprir as normas de funcionamento impostas por

disposições legais ou privativas do estabelecimento, desde queessas restrições sejam devidamente publicitadas;

c) Entrar nas áreas de acesso reservado.

3 – Nos estabelecimentos de restauração ou de bebidas pode ser recu-sado o acesso a pessoas que se façam acompanhar por animais, salvoquando se tratar de cães de guia e desde que essa restrição esteja devida-mente publicitada.

4 – O disposto no n.° 1 não prejudica, desde que devidamente publi-citadas:

a) A possibilidade de afectação total ou parcial dos estabelecimen-tos de restauração ou de bebidas à utilização exclusiva por asso-ciados ou beneficiários das entidades proprietárias ou da entidadeexploradora;

b) A reserva temporária de parte ou da totalidade dos estabele-cimentos.

5 – As entidades exploradoras dos estabelecimentos de restauraçãoou de bebidas não podem permitir o acesso a um número de utentes supe-rior ao da respectiva capacidade.

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ARTIGO 15.°

Período e horário de funcionamento

O período de funcionamento e horário adoptado bem como eventuaisperíodos anuais de encerramento do estabelecimento devem estar devida-mente publicitados, através de afixação em local visível destinado ao efeito.

ARTIGO 16.°

Livro de reclamações

1 – Em todos os estabelecimentos de restauração ou de bebidas deveexistir um livro de reclamações, nos termos e condições estabelecidos noDecreto-Lei n.° 156/2005, de 15 de Setembro, que regula esta matéria.

2 – Sem prejuízo do disposto no n.° 3 do artigo 15.° do diploma refe-rido no número anterior, um duplicado das observações e reclamações for-muladas deve ser enviado à Autoridade de Segurança Alimentar e Econó-mica (ASAE), entidade competente para fiscalizar e instruir eventuaisprocessos de contra-ordenação, nos termos dos artigos 6.° e 11.° daquelediploma.

ARTIGO 17.°

Registo de estabelecimentos

1 – A declaração prévia serve de base para o registo dos esta-belecimentos de restauração ou de bebidas organizado pela DGAE.

2 – A DGAE disponibiliza no seu sítio Internet uma relação dos esta-belecimentos objecto das declarações de instalação, modificação ou encer-ramento, actualizada semanalmente, na qual conste a firma ou a denomi-nação social e o nome ou insígnia do estabelecimento, endereço,classificação das actividades económicas (CAE) e data prevista para aber-tura ou modificação ou data de encerramento.

ARTIGO 18.°

Comunicação de encerramento

O encerramento de estabelecimentos abrangidos pelo presente decreto-lei deve ser comunicado pelo titular da exploração à câmara municipal res-

Adenda 13

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pectiva e à DGAE ou em quem esta expressamente delegar, até 30 dias apósa sua ocorrência, através do modelo previsto no n.° 2 do artigo 11.°

ARTIGO 19.°

Regime especial para serviços de restauração ou de bebidas ocasionais e ou esporádicos

1 – A prestação de serviços de restauração ou de bebidas com carác-ter esporádico e ou ocasional, devidamente remunerada e anunciada juntoao público, independentemente de ser prestada em instalações fixas ou eminstalações amovíveis ou pré-fabricadas, fica sujeita a um regime extraor-dinário de autorização nos termos dos números seguintes.

2 – Relativamente às instalações fixas, nas quais se realizem até 10 eventos anuais, ou às instalações móveis ou amovíveis, localizadas em recintos de espectáculos, feiras, exposições ou outros espaços, serádirigido requerimento à câmara municipal competente relativo ao serviçoa prestar com cópia à DGAE, ou em quem esta expressamente delegar,sendo promovido um processo especial de autorização para a respectivarealização, observando-se o procedimento estabelecido no artigo 19.° doDecreto-Lei n.° 309/2002, de 16 de Dezembro, com as especificações pre-vistas no presente articulado.

3 – A câmara municipal organizará o processo e convoca para visto-riar o local a DGAE, ou em quem esta expressamente delegar, uma asso-ciação de empregadores representativa do sector, bem como as autoridadesreferidas no artigo 7.°, que devam pronunciar-se, a fim de emitir autoriza-ção para o evento pretendido.

4 – A falta de comparência de qualquer convocado não desonera aCâmara Municipal de proceder à emissão de autorização do evento.

CAPÍTULO IV

Fiscalização e sanções

ARTIGO 20.°

Competência para a fiscalização

Compete à ASAE a fiscalização do cumprimento das obrigações pre-vistas no presente decreto-lei e no regulamento a que se refere o artigo 5.°,

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Page 15: Legislação Turística

sem prejuízo das competências próprias dos municípios no âmbito doRJUE, bem como das competências das entidades que intervêm no domí-nio dos requisitos específicos aplicáveis.

ARTIGO 21.°

Regime sancionatório

1 – Constituem contra-ordenações:

a) As infracções ao disposto no artigo 4.° e no n.° 1 do artigo 12.°,puníveis com coima de € 1250 a € 3740,98, no caso de se tratarde pessoa singular, e de € 2500 a € 30 000, no caso de se tratarde pessoa colectiva;

b) As infracções ao disposto no artigo 11.°, no n.° 5 do artigo 14.°,no artigo 18.°, nos n.os 1 e 2 do artigo 19.° e no n.° 1 do artigo24.°, puníveis com coima de € 300 a € 3000, no caso de se tra-tar de pessoa singular, e de € 1250 a € 5000, no caso de se tratarde pessoa colectiva;

c) As infracções ao disposto no artigo 13.°, no n.° 1 do artigo 14.°,bem como a falta de publicitação das restrições de acesso previs-tas nos n.os 2 e 3 desse mesmo artigo e ao disposto no artigo 15.°,puníveis com coima de € 125 a € 1000, no caso de se tratar depessoa singular, e de € 500 a € 5000, no caso de se tratar de pes-soa colectiva;

d) As infracções decorrentes do incumprimento dos requisitos espe-cíficos de instalação, funcionamento e classificação previstos noregulamento a que se refere o artigo 5.°, puníveis com coima de€ 125 a € 3740, no caso de se tratar de pessoa singular, e de € 500 a € 30 000, no caso de se tratar de pessoa colectiva.

2 – A negligência é sempre punível nos termos gerais.3 – A instrução dos processos compete à ASAE e a competência para

aplicar as respectivas coimas cabe à Comissão de Aplicação de Coimas emMatéria Económica e de Publicidade (CACMEP).

4 – Os produtos das coimas são distribuídos da seguinte forma:

a) 60% para os cofres do Estado;b) 30% para a ASAE;c) 10% para a CACMEP.

Adenda 15

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5 – O presente regime sancionatório não prejudica eventual respon-sabilidade civil ou criminal a que haja lugar, nos termos da lei geral.

ARTIGO 22.°

Sanções acessórias

1 – Em função da gravidade das infracções, da culpa e da rein-cidência do agente, nas contra-ordenações previstas no artigo anterior,pode ser aplicada a sanção acessória de encerramento por um períodomáximo de dois anos, nas situações previstas no número seguinte.

2 – O encerramento do estabelecimento pode ser determinado nostermos do n.° 1 do artigo 7.° do Decreto-Lei n.° 113/2006, de 12 de Junho,e ainda quando ocorra violação do n.° 1 do artigo 11.°, do artigo 12.° e dosn.os 1 e 2 do artigo 19.° do presente decreto-lei.

3 – Pode ser determinada a publicidade da aplicação da sanção porcontra-ordenação mediante a afixação de cópia da decisão no próprio esta-belecimento e em lugar bem visível pelo período de 30 dias.

CAPÍTULO V

Disposições finais e transitórias

ARTIGO 23.°

Processos pendentes

Aos processos de licenciamento de estabelecimentos de restauraçãoou de bebidas que à data de entrada em vigor do presente decreto-lei este-jam pendentes aplica-se o regime previsto no presente decreto-lei,devendo o titular da exploração proceder ao envio da declaração prévia,nos termos dos artigos 10.° ou 11.°, consoante o caso.

ARTIGO 24.°

Estabelecimentos com licença ou autorização de utilização

1 – Para efeitos de registo, os estabelecimentos em funcionamentocom autorização de abertura ou alvará de licença ou autorização de utili-

16 Legislação Turística – Anotada

Page 17: Legislação Turística

zação têm o prazo de 120 dias a contar da data da entrada em vigor da por-taria de regulamentação prevista no n.° 2 do artigo 11.° para enviar acomunicação a que respeita o n.° 2 do artigo 17.° do presente decreto-lei.

2 – Sem prejuízo do disposto no número anterior, as autorizações deabertura, alvarás sanitários ou alvarás de licença ou autorização de utiliza-ção de estabelecimento de restauração ou de bebidas emitidas ao abrigo delegislação anterior, mantêm-se válidas até à realização de obras de modi-ficação do estabelecimento.

ARTIGO 25.°

Regiões Autónomas

O regime previsto no presente decreto-lei é aplicável nas RegiõesAutónomas dos Açores e da Madeira, sem prejuízo das adaptações decor-rentes da estrutura da administração regional, a introduzir por diplomalegislativo próprio.

ARTIGO 26.°

Norma revogatória

São revogados:

a) O Decreto-Lei n.° 168/97, de 4 de Julho;b) O Decreto Regulamentar n.° 38/97, de 25 de Setembro.

ARTIGO 27.°

Disposições transitórias

Até à data de entrada em vigor do decreto regulamentar previsto noartigo 5.° do presente decreto-lei continuam a observar-se os requisitos deinstalação e funcionamento dos estabelecimentos de restauração ou debebidas previstos no Decreto Regulamentar n.° 38/97, de 25 de Setembro,com as alterações introduzidas pelo Decreto Regulamentar n.° 4/99, de 21de Abril, bem como o regime de classificação dos estabelecimentos de res-tauração ou de bebidas a que alude os artigos 20.° e seguintes do Decreto--Lei n.° 168/97, de 4 de Julho, alterado pelos Decretos-Leis n.os 139/99,de 24 de Abril, 222/2000, de 9 de Setembro, e 57/2002, de 11 de Março.

Adenda 17

Page 18: Legislação Turística

ARTIGO 28.°

Entrada em vigor

O presente decreto-lei entra em vigor 30 dias após a sua publicação.

Visto e aprovado em Conselho de Ministros de 22 de Março de 2007. – José Sócrates Carvalho Pinto de Sousa – António Luís SantosCosta – Alberto Bernardes Costa – Francisco Carlos da Graça NunesCorreia – Manuel António Gomes de Almeida de Pinho – Luís MedeirosVieira – António Fernando Correia de Campos – Maria de Lurdes ReisRodrigues.

Promulgado em 5 de Junho de 2007.

Publique-se.

O Presidente da República, ANÍBAL CAVACO SILVA.

Referendado em 6 de Junho de 2007.

O Primeiro-Ministro, José Sócrates Carvalho Pinto de Sousa.

18 Legislação Turística – Anotada

Page 19: Legislação Turística

REGIME JURÍDICO DAS AGÊNCIASDE VIAGEM E TURISMO

DECRETO-LEI N.° 263/2007 DE 20 DE JULHO DE 2007

Tendo em conta as exigências de modernização e de desburocrati-zação que se colocam hoje em dia, revela-se essencial eliminar custos decontexto e simplificar procedimentos por forma que a maior parte dotempo dos agentes económicos e da Administração Pública não seja con-sumida com aspectos que não beneficiam a real prossecução dos interessesque a regulação de determinadas actividades visa.

É neste contexto que surge a presente revisão do regime jurídico dasagências de viagens e turismo que vem, em síntese, simplificar procedi-mentos, reforçar a protecção do consumidor e clarificar situações.

De entre as alterações efectuadas destaca-se a eliminação da necessi-dade de vistorias e de autorizações que a prática demonstrou não trazeremmais-valia ao serviço prestado, a clarificação de obrigações das agênciasde viagens, bem como o alargamento dos meios de accionamento dasgarantias prestadas, reconhecendo-se que a qualidade do serviço prestadoe as garantias exigidas para o desenvolvimento da actividade constituemfactores da sua afirmação na cadeia turística.

Na mesma linha, estabelece-se a possibilidade de revogação dalicença se a agência de viagens e turismo não entregar o comprovativo deque as garantias se encontram em vigor e, no tocante às agências que pre-tendam exercer actividades de animação turística, exige-se que obtenhama necessária autorização por parte do Turismo de Portugal, I. P., medianteprova de que se encontram prestadas as garantias exigidas por lei para aprática daquelas actividades.

Por último, adapta-se o regime em vigor a novas realidades entre-tanto surgidas, nomeadamente as empresas de animação turística, a novaregulamentação da profissão de transportador público rodoviário, interna-cional e interno de passageiros, o novo regime do livro de reclamações, aConvenção de Montreal de 28 de Maio de 1999, sobre Transporte AéreoInternacional, o novo Código de Processo nos Tribunais Administrativos,

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aproveitando-se ainda a oportunidade para converter os valores constantesdo diploma para euros e substituir as referências à Direcção-Geral doTurismo, em geral, pelo Turismo de Portugal, I. P., e pela Autoridade deSegurança Alimentar e Económica, em matéria de fiscalização, em virtudeda transferência de competências entretanto ocorrida.

Assim:Nos termos da alínea a) do n.° 1 do artigo 198.° da Constituição, o

Governo decreta o seguinte:

ARTIGO 1.°

Alteração ao Decreto-Lei n.° 209/97, de 13 de Agosto

Os artigos 2.° a 6.°, 8.° a 12.°, 14.° a 25.°, 27.°, 30.°, 40.°, 41.°, 45.°a 47.°, 49.°, 50.°, 52.°, 55.° a 57.°, 59.° a 62.° e 65.° do Decreto-Lei n.°209/97, de 13 de Agosto, alterado pelos Decretos-Leis n.°s 12/99, de 11 deJaneiro, e 76-A/2006, de 29 de Março, passam a ter a seguinte redacção:

ARTIGO 2.°

[...]

1 – ...

a) ...b) A reserva de serviços em empreendimentos turísticos, em em-

preendimentos de turismo no espaço rural e nas casas de natureza;c) ...d) ...e) ...

2 – ...

a) A obtenção de certificados colectivos de identidade, vistos ououtros documentos necessários à realização de uma viagem;

b) ...c) ...d) ...e) ...f) ...g) ...

20 Legislação Turística – Anotada

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h) ...i) ...j) O exercício de actividades de animação turística, nos termos pre-

vistos no artigo 53.°-A.

ARTIGO 3.°

[...]

1 – ...2 – ...

a) A comercialização directa dos seus serviços pelos empreendi-mentos turísticos, pelos empreendimentos de turismo no espaçorural, pelas casas de natureza, pelas empresas de animação tu-rística e pelas empresas transportadoras;

b) O transporte de clientes pelos empreendimentos turísticos, em-preendimentos de turismo no espaço rural, casas de natureza,empresas de animação turística e operadores marítimo-turísticos,com meios de transporte próprios;

c) ...

3 – Não está abrangida pelo n.° 1 do artigo 2.° a comercialização deserviços por empreendimentos turísticos, empreendimentos de turismo noespaço rural, casas de natureza ou empresas transportadoras, estabeleci-mentos, iniciativas ou projectos declarados de interesse para o turismo quenão constituam viagens organizadas, quando feita através de meios tele-máticos.

4 – Entende-se por meios de transporte próprios aqueles que são pro-priedade da empresa, bem como aqueles que são objecto de contrato delocação financeira, ou de aluguer de longa duração, desde que a empresautilizadora seja a locatária.

5 – (Revogado.)

ARTIGO 4.°

[...]

1 – ...2 – As agências de viagens e turismo não podem utilizar nomes de

estabelecimentos iguais ou semelhantes às de outros já existentes, salvo se

Adenda 21

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comprovarem estarem devidamente autorizadas para o efeito pelas respec-tivas detentoras originais e sem prejuízo dos direitos resultantes da pro-priedade industrial.

3 – O Turismo de Portugal, I. P., não deverá autorizar o licencia-mento de agências cuja denominação infrinja o disposto no número ante-rior, sem prejuízo dos direitos resultantes da propriedade industrial.

4 – Todos os estabelecimentos das agências de viagens e turismo de-vem exibir, de forma visível, a denominação da agência titular do alvará.

5 – Em todos os contratos, correspondência, publicações, publici-dade e, de um modo geral, em toda a sua actividade comercial as agênciasde viagens e turismo devem indicar a denominação e número do seualvará, bem como a localização da sua sede, sem prejuízo das referênciasobrigatórias nos termos do Código das Sociedades Comerciais.

6 – A utilização de marcas pelas agências de viagens e turismocarece de prévia comunicação ao Turismo de Portugal, I. P.

ARTIGO 5.°

[...]

1 – O exercício da actividade de agências de viagens e turismodepende de licença, constante de alvará, a conceder pelo Turismo de Por-tugal, I. P.

2 – ...

a) Ser uma cooperativa, estabelecimento individual de responsabili-dade limitada ou sociedade comercial que tenha por objecto oexercício daquela actividade e um capital social mínimo realizadode € 100 000;

b) ...c) ...

3 – ...4 – ...

ARTIGO 6.°

[...]

1 – ...

22 Legislação Turística – Anotada

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2 – O pedido deve ser instruído com os seguintes elementos:

a) Certidão do acto constitutivo da empresa ou a respectiva cópiasimples;

b) Código de acesso à certidão permanente ou, em alternativa, certi-dão do registo comercial actualizada e em vigor ou a respectivacópia simples;

c) Indicação do nome adoptado para o estabelecimento e de marcasque a agência pretenda utilizar, acompanhados de cópia simplesdo registo no Instituto Nacional da Propriedade Industrial, I. P.,caso exista;

d) Cópia simples ou depósito no Turismo de Portugal, I. P., con-soante os casos, dos contratos de prestação de garantias e com-provativo do pagamento do prémio ou fracção inicial;

e) Declaração em como o titular do estabelecimento em nome indi-vidual de responsabilidade limitada, os directores ou gerentes dacooperativa e os administradores ou gerentes da sociedade reque-rente, consoante o caso, não se encontrem em alguma das cir-cunstâncias previstas no n.° 3 do artigo anterior.

3 – Na falta de decisão do Turismo de Portugal, I. P., no prazo de 10dias úteis a contar da entrega do pedido devidamente instruído, desde quese mostrem pagas as taxas devidas nos termos do disposto no artigo 62.°,entende-se que a licença é concedida, pelo que o requerente pode iniciar aactividade, devendo ser emitido o respectivo alvará.

4 – (Revogado.)5 – Quando os elementos a que se referem as alíneas a) e c) do n.° 2

se encontrem disponíveis na Internet, a respectiva apresentação pode sersubstituída por uma declaração do interessado a indicar o endereço do sítioonde aqueles documentos podem ser consultados e a autorizar, se for casodisso, essa consulta.

ARTIGO 8.°

[...]

1 – ...2 – ...3 – Para os efeitos do disposto no número anterior, o pedido deve ser

instruído com um certificado emitido pela entidade competente do paísonde se encontra situada a sede da sociedade, comprovando que esta se

Adenda 23

Page 24: Legislação Turística

encontra habilitada ao exercício da actividade de agência de viagens eturismo, bem como os elementos referidos nas alíneas c) a e) do n.° 2 doartigo 6.°, e código de acesso à certidão permanente ou, em alternativa, cer-tidão do registo comercial actualizada e em vigor, ou respectiva cópia sim-ples, comprovando a constituição da representação permanente em Portugal.

ARTIGO 9.°

[...]

1 – ...

a) ...b) ...c) ...d) ...e) Se a agência não entregar no Turismo de Portugal, I. P., o com-

provativo de que as garantias exigidas se encontram em vigor.

2 – A revogação da licença será determinada por despacho do presi-dente do Turismo de Portugal, I. P., e acarreta a cassação do alvará daagência.

ARTIGO 10.°

[...]

1 – O Turismo de Portugal, I. P., deve organizar e manter actualizadoum registo das agências licenciadas, o qual será disponibilizado e acessí-vel ao público no sítio da Internet deste instituto público.

2 – ...3 – Devem ainda ser inscritos no registo, por averbamento, os

seguintes factos:

a) ...b) A verificação de qualquer facto sujeito a comunicação ao Tu-

rismo de Portugal, I. P.;c) (Revogada.)d) ...e) ...f) ...

24 Legislação Turística – Anotada

Page 25: Legislação Turística

4 – (Revogado.)

ARTIGO 11.°

[...]

1 – As agências de viagens e turismo devem dispor, no mínimo, deum estabelecimento para atendimento dos clientes.

2 – (Revogado.)3 – (Revogado.)

ARTIGO 12.°

[...]

1 – A abertura ou mudança de localização dos estabelecimentos oude quaisquer formas de representação só pode ser efectuada após comuni-cação ao Turismo de Portugal, I. P.

2 – As comunicações referidas no número anterior devem ser acom-panhadas dos elementos constantes das alíneas a) e c) do n.° 1 do artigo6.° e, no caso de representações temporárias, do período em que estarãoem funcionamento no local.

3 – (Revogado.)4 – (Revogado.)

ARTIGO 14.°

[...]

1 – ....2 – Para efeitos de comprovação da capacidade financeira exigida

para o acesso à profissão de transportador público rodoviário, internacio-nal e interno de passageiros, regulado pelo Decreto-Lei n.° 3/2001, de 10de Janeiro, o valor do capital social é, no caso das agências de viagens eturismo, reduzido para € 100 000.

3 – Para efeitos de comprovação da capacidade profissional exigidapara o acesso à profissão de transportador público rodoviário, internacio-nal e interno de passageiros, aplica-se às agências de viagens e turismo que

Adenda 25

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exerçam a actividade prevista na alínea h) do n.° 2 do artigo 2.°, com asnecessárias adaptações, o disposto na alínea b) do n.° 1 do artigo 7.° doDecreto-Lei n.° 3/2001, de 10 de Janeiro.

4 – ...5 – ...6 – ...

ARTIGO 15.°

[...]

Aos representantes das agências, quando devidamente identificadose em serviço, é permitido o acesso às delegações das alfândegas, aos caisde embarque e aos recintos destinados aos passageiros nos aeroportos ougares desde que tal acesso seja possível em função dos regulamentos desegurança adoptados pelas respectivas entidades gestoras.

ARTIGO 16.°

[...]

1 – Em todos os estabelecimentos das agências de viagens e turismodeve existir um livro de reclamações, aplicando-se à sua utilização, ediçãoe venda o regime previsto no Decreto-Lei n.° 156/2005, de 15 de Setembro.

2 – O original da reclamação deve ser enviado pelo responsável daagência de viagens e turismo ao Turismo de Portugal, I. P.

3 – (Revogado.)4 – (Revogado.)5 – (Revogado.)

ARTIGO 17.°

[...]

1 – ...

a) ...b) ...c) Serviços turísticos não subsidiários do transporte e do alojamento.

26 Legislação Turística – Anotada

Page 27: Legislação Turística

2 – ...3 – ...4 – ...5 – ...

ARTIGO 18.°

[...]

1 – Antes da venda de uma viagem turística, a agência deve informar,por escrito ou por qualquer outra forma adequada, os clientes que se des-loquem ao estrangeiro sobre a necessidade de documento de identificaçãocivil, passaportes e vistos, prazos legais para a respectiva obtenção e for-malidades sanitárias e, caso a viagem se realize no território de Estadosmembros da União Europeia, a documentação exigida para a obtenção deassistência médica ou hospitalar em caso de acidente ou doença.

2 – ...3 – ...4 – Qualquer descrição de uma viagem bem como o respectivo preço

e as restantes condições do contrato não devem conter elementos engana-dores nem induzir o consumidor em erro.

ARTIGO 19.°

[...]

1 – ...2 – Aquando da venda de qualquer serviço, as agências devem entre-

gar aos clientes documentação que mencione o objecto e características doserviço, data da prestação, preço e pagamentos já efectuados, exceptoquando tais elementos figurem nos documentos referidos no número ante-rior e não tenham sofrido alteração.

ARTIGO 20.°

[...]

1 – ...2 – Os programas de viagem deverão informar, de forma clara, pre-

Adenda 27

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cisa e com caracteres legíveis, sobre os elementos referidos nas alíneas a)a l) do n.° 1 do artigo 22.° e ainda sobre:

a) A exigência de documento de identificação civil, passaportes,vistos e formalidades sanitárias para a viagem e estada;

b) ...

ARTIGO 21.°

[...]

A agência fica vinculada ao cumprimento pontual do programa,salvo se:

a) Estando prevista no próprio programa a possibilidade de altera-ção das condições, tal alteração tenha sido expressamente comu-nicada ao cliente antes da celebração do contrato, cabendo o ónusda prova à agência de viagens;

b) Existir acordo das partes em contrário, cabendo o ónus da provaà agência de viagens.

ARTIGO 22.°

[...]

1 – Os contratos de venda de viagens organizadas deverão conter, deforma clara, precisa e com caracteres legíveis, as seguintes menções:

a) ...b) Identificação das entidades que garantem a responsabilidade da

agência, bem como indicação do número da apólice de seguro deresponsabilidade civil obrigatório, nos termos do disposto noartigo 50.°;

c) ...d) ...e) ...f) ...g) ...h) ...i) ...j) Termos a observar pelo cliente em caso de reclamação pelo não

28 Legislação Turística – Anotada

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cumprimento pontual dos serviços acordados, incluindo prazos etrâmites para accionamento da caução;

l) ...m) ...n) ...

2 – Sem prejuízo do disposto no número seguinte, considera-se cele-brado o contrato com a entrega ao cliente do documento de reserva e doprograma desde que se tenha verificado o pagamento, ainda que parcial,da viagem, devendo a viagem ser identificada através da designação queconstar do programa.

3 – ...4 – ...5 – ...

ARTIGO 23.°

[...]

a) ...b) ...c) ...d) ...e) ...f) ...g) ...h) A ocorrência de catástrofes naturais, epidemias, revoluções e

situações análogas que se verifiquem no local de destino da via-gem e de que a agência tenha conhecimento ou que lhe tenhamsido comunicadas.

ARTIGO 24.°

[...]

1 – O cliente pode ceder a sua posição, fazendo-se substituir poroutra pessoa que preencha todas as condições requeridas para a viagemorganizada, desde que informe a agência, por forma escrita, até sete diasantes da data prevista para a partida, e que tal cessão seja possível nos ter-mos dos regulamentos de transportes aplicáveis à situação.

Adenda 29

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2 – ...3 – ...4 – ...5 – Caso não seja possível a cessão da posição contratual prevista no

n.° 1 por força dos regulamentos de transportes aplicáveis, deve tal infor-mação ser prestada, por escrito, ao cliente, no momento da reserva.

ARTIGO 25.°

[...]

Nas visitas a centros históricos, museus, monumentos nacionais ousítios classificados, incluídas em viagens turísticas, à excepção das via-gens previstas no n.° 3 do artigo 17.°, os turistas devem ser acompanhadospor guias-intérpretes.

ARTIGO 27.°

[...]

1 – ...2 – ...3 – O cliente deve comunicar à agência a sua decisão no prazo de

quatro dias úteis após a recepção da notificação prevista no n.° 1.

ARTIGO 30.°

[...]

1 – ...2 – ...3 – ...4 – Qualquer deficiência na execução do contrato relativamente às

prestações fornecidas por terceiros prestadores de serviços deve ser comu-nicada à agência por escrito ou de outra forma adequada, no prazo máximode 20 dias úteis após o termo da viagem ou no prazo previsto no contrato,se superior.

5 – ...6 – ...

30 Legislação Turística – Anotada

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ARTIGO 40.°

[...]

1 – A responsabilidade da agência terá como limite o montante má-ximo exigível às entidades prestadoras dos serviços, nos termos da Conven-ção de Montreal, de 28 de Maio de 1999, sobre Transporte Aéreo Interna-cional, e da Convenção de Berna, de 1961, sobre Transporte Ferroviário.

2 – ...

a) € 441 436, em caso de morte ou danos corporais;b) € 7881, em caso de perda total ou parcial de bagagem ou da sua

danificação;c) € 31 424, em caso de perda de veículo automóvel, incluindo a

bagagem nele contida;d) € 10 375, em caso de perda de bagagem, acompanhada ou não,

contida em veículo automóvel;e) € 1097, por danos na bagagem, em resultado da danificação do

veículo automóvel.

3 – ...

a) € 1397, globalmente;b) € 449 por artigo;c) ...

4 – ...5 – ...

ARTIGO 41.°

[...]

1 – ...2 – ...

a) ...b) ...c) ...d) ...e) A assistência médica e medicamentos necessários em caso de aci-

dente ou doença, ocorridos durante a viagem, incluindo aquelesque se revelem necessários após a conclusão da viagem.

Adenda 31

Page 32: Legislação Turística

ARTIGO 45.°

[...]

1 – O montante garantido através da caução é de 5% do valor dasvendas de viagens organizadas efectuadas pela agência no ano anterior,devendo o respectivo quantitativo ser comunicado ao Turismo de Portugal,I. P., pelo representante legal da empresa, com base em declaração emitidapor técnico oficial de contas.

2 – Caso a declaração referida no número anterior não seja entregue,o montante garantido através da caução deve corresponder a 5% do valorda prestação de serviços declarado pela agência no ano anterior, devida-mente comprovado mediante a apresentação de cópia da declaração anualde rendimentos, apresentada pelo representante legal da empresa para efei-tos fiscais.

3 – Quando a agência invoque a circunstância de não ter praticado noano anterior viagens organizadas, tal deve igualmente ser comunicado aoTurismo de Portugal, I. P., pelo representante legal da empresa, com baseem declaração emitida por técnico oficial de contas.

4 – Sem prejuízo do disposto nos números anteriores, o montante ga-rantido por cada agência não pode, em caso algum, ser inferior a € 25 000nem superior a € 250 000.

5 – As agências devem enviar ao Turismo de Portugal, I. P., até 15 deJulho de cada ano, os documentos exigidos nos números anteriores.

6 – Quando os elementos a que se referem os números anteriores seencontrem disponíveis na Internet, a respectiva apresentação pode sersubstituída por uma declaração do interessado a indicar o endereço do sítioonde aqueles documentos podem ser consultados e a autorizar, se for casodisso, essa consulta.

ARTIGO 46.°

[...]

1 – As agências de viagens estão obrigadas a promover anualmentea actualização da caução prestada, nos termos e condições referidas noartigo anterior, e a comunicar ao Turismo de Portugal, I. P., o montanteactualizado de cobertura.

2 – ...

32 Legislação Turística – Anotada

Page 33: Legislação Turística

ARTIGO 47.°

[...]

1 – Os clientes interessados em accionar a caução devem requerer aoTurismo de Portugal, I. P., que demande a entidade garante, apresentando:

a) Sentença judicial transitada em julgado, da qual conste o mon-tante da dívida exigível, certa e líquida;

b) Decisão arbitral;c) Requerimento solicitando intervenção da comissão arbitral, nos

termos do artigo seguinte, instruído com os elementos comprova-tivos dos factos alegados.

2 – Podem ser objecto de accionamento as cauções prestadas pelaagência com quem o cliente contratou directamente ou pela agência queorganizou a viagem, sem prejuízo do direito de regresso.

3 – O requerimento referido na alínea c) do n.° 1 é apresentado noprazo de 20 dias úteis após o termo da viagem ou no prazo previsto no con-trato, se superior.

ARTIGO 49.°

[...]

Caso haja lugar a pagamento por parte da agência de viagens eturismo, o Turismo de Portugal, I. P., notifica a agência de viagens e a enti-dade garante para pagarem, no prazo de 20 dias úteis, a quantia fixada.

ARTIGO 50.°

[...]

1 – ...2 – O montante mínimo coberto pelo seguro é de € 74 819,68.3 – ...4 – ...

Adenda 33

Page 34: Legislação Turística

ARTIGO 52.°

[...]

1 – Podem organizar viagens as associações, misericórdias, institui-ções privadas de solidariedade social, institutos públicos, cooperativas eentidades análogas, estando dispensados do licenciamento como agênciasde viagens e turismo desde que se verifiquem cumulativamente os seguin-tes requisitos:

a) Que a organização da viagem não tenha fim lucrativo;b) Que se dirijam única e exclusivamente aos seus membros e não

ao público em geral;c) Que se realizem de forma ocasional ou esporádica;d) Que não utilizem meios publicitários para a sua promoção dirigi-

dos ao público em geral.

2 – As entidades referidas no número anterior devem celebrar umseguro de responsabilidade civil que cubra os riscos decorrentes da viagema realizar.

3 – O INATEL pode realizar viagens organizadas para os seus asso-ciados, estando dispensado do licenciamento como agência de viagens eturismo, aplicando-se com as necessárias adaptações o disposto nos arti-gos 17.° a 51.°.

4 – A entidade referida no número anterior deve prestar uma caução,nos termos do artigo 41.° e seguintes, cujo montante mínimo é reduzido a€ 5000, e deve celebrar um seguro de responsabilidade civil, nos termosprevistos para as agências de viagens e turismo.

ARTIGO 55.°

Competências de fiscalizaçãoe instrução de processos

1 – Compete à Autoridade de Segurança Alimentar e Económica:

a) Fiscalizar a observância do disposto no presente diploma;b) ...c) Instruir os processos por infracções ao estabelecido neste diploma.

2 – As autoridades administrativas e policiais prestarão auxílio aos

34 Legislação Turística – Anotada

Page 35: Legislação Turística

funcionários da Autoridade de Segurança Alimentar e Económica no exer-cício das funções de fiscalização.

3 – ...

ARTIGO 56.°

[...]

1 – Todas as autoridades e seus agentes devem participar à Autori-dade de Segurança Alimentar e Económica quaisquer infracções ao pre-sente diploma e respectivas disposições regulamentares.

2 – Quando se tratar de infracção ao disposto no n.° 6 do artigo 14.°,a participação será feita à Direcção-Geral de Transportes Terrestres.

ARTIGO 57.°

[...]

1 – Constituem contra-ordenações os seguintes comportamentos:

a) ...b) ....c) A infracção ao disposto nos n.°s 4, 5 e 6 do artigo 4.° e no

artigo 7.°;d) ...e) ...f) A infracção ao disposto no artigo 16.°;g) ...h) ...i) ...j) ...l) ...m) A não prestação das garantias exigidas pelo artigo 41.°, pelo n.° 1

do artigo 43.° e pelos artigos 45.°, 50.° e 52.°;n) O incumprimento do disposto no artigo 42.°, no n.° 5 do artigo

45.° e no artigo 46.°;o) A oferta e reserva de serviços em empreendimentos turísticos, em

empreendimentos de turismo no espaço rural e em casas de natu-reza não licenciados ou sem título válido de abertura, bem comoa intermediação na venda dos produtos das empresas de anima-ção turística, não licenciadas;

Adenda 35

Page 36: Legislação Turística

p) ...q) ...r) ...s) O incumprimento do estipulado nos n.°s 1 e 5 do artigo 53.°-A.

2 – São punidos com coimas de € 15 000 a € 30 000 os comporta-mentos previstos nas alíneas a) e m) do número anterior.

3 – São punidos com coima de € 5000 a € 20 000 os comportamen-tos referidos nas alíneas n) e o) do n.° 1.

4 – São punidos com coima de € 1000 a € 10 000 os comportamen-tos descritos nas alíneas b), d) a h), j), l), p), q) e s) do n.° 1.

5 – São punidos com coima de € 500 a € 5000 os comportamentosprevistos na alínea i) do n.° 1.

6 – São punidos com coima de € 250 a € 2500 os comportamentosreferenciados na alínea c) do n.° 1.

7 – É punido com coima de € 500 a € 2500 o não cumprimento daobrigação prevista na alínea r) do n.° 1.

8 – A infracção prevista na alínea f) do n.° 1 é punida nos termos pre-vistos na lei geral relativa ao livro de reclamações.

ARTIGO 59.°

[...]

1 – ...2 – A decisão de aplicação de qualquer sanção poderá ser publicada,

a expensas do infractor, pela Comissão de Aplicação de Coimas em Maté-ria Económica e de Publicidade, em jornal de difusão nacional, regional oulocal, de acordo com o local, a importância e os efeitos da infracção.

3 – ...

ARTIGO 60.°

[...]

1 – É da competência da Comissão de Aplicação de Coimas emMatéria Económica e de Publicidade a aplicação das coimas previstas nopresente diploma, à excepção das resultantes da violação do n.° 6 do artigo14.°, cuja competência é do director-geral de Transportes Terrestres.

36 Legislação Turística – Anotada

Page 37: Legislação Turística

2 – É da competência do membro do Governo responsável pela áreado turismo a cassação do alvará da agência de viagens e turismo.

3 – ...4 – A aplicação das coimas é comunicada ao Turismo de Portugal,

I.P., para efeitos de averbamento ao registo.

ARTIGO 61.°

[...]

O produto das coimas recebidas por infracção ao disposto no pre-sente diploma reverte em 60% para os cofres do Estado, em 30% para aAutoridade de Segurança Alimentar e Económica e em 10% para a Comis-são de Aplicação de Coimas em Matéria Económica e de Publicidade,excepto o que resultar das coimas previstas por infracção ao disposto non.° 6 do artigo 14.°, que reverterá em 60% para os cofres do Estado, em20% para a Direcção-Geral de Transportes Terrestres e em 20% para aentidade fiscalizadora.

ARTIGO 62.°

[...]

1 – Os montantes das taxas devidas pela concessão de licenças e deautorizações constituem receitas do Turismo de Portugal, I. P., e são fixa-das por portaria dos membros do Governo responsáveis pelas áreas dasfinanças e do turismo, a aprovar no prazo de 90 dias.

2 – A forma de pagamento é fixada na portaria referida no númeroanterior.

3 – O requerente deverá juntar ao processo documento comprovativodo pagamento no prazo máximo de 15 dias, sob pena de ser devolvida todaa documentação entregue.

4 – As empresas de animação turística que pretendam constituir-secomo agências de viagens e turismo e reúnam os requisitos previstos nestediploma para o efeito pagam o diferencial da taxa de licenciamento entrea respectiva licença e o valor da taxa prevista para as agências de viagense turismo.

Adenda 37

Page 38: Legislação Turística

ARTIGO 65.°

[...]

1 – Nos casos de deferimento, expresso ou tácito, de pedidos delicenciamento previstos no artigo 6.°, perante recusa injustificada ou faltade emissão do alvará respectivo no prazo devido, pode o interessadorequerer ao tribunal administrativo competente a intimação da autoridadecompetente para proceder à referida emissão.

2 – ...3 – ...4 – Ao pedido de intimação referido no n.° 1 aplica-se o disposto no

Código de Processo nos Tribunais Administrativos.5 – ...6 – ...7 – ...8 – ...9 – ...

ARTIGO 2.°

Aditamento ao Decreto-Lei n.° 209/97, de 13 de Agosto

São aditados os artigos 53.°-A e 64.°-A ao Decreto-Lei n.° 209/97, de 13 deAgosto, alterado pelos Decretos-Leis n.°s 12/99, de 11 de Janeiro, e 76-A/2006,de 29 de Março, com a seguinte redacção:

«ARTIGO 53.°-A

Exercício de actividades de animação turística

1 – O exercício de actividades de animação turística por parte das agênciasde viagens e turismo carece de prévia autorização pelo Turismo de Portugal, I. P.,constante de um documento complementar ao alvará da agência.

2 – A concessão da autorização depende da prestação das garantias exigidaspela legislação que regula a actividade de animação turística, sem prejuízo documprimento dos requisitos exigidos para cada tipo de actividade.

3 – O pedido de autorização deve ser instruído com os seguintes docu-mentos:

a) Programa detalhado das actividades a desenvolver, com indicação dosequipamentos a utilizar e locais onde as actividades vão decorrer;

38 Legislação Turística – Anotada

Page 39: Legislação Turística

b) Declaração em como os equipamentos e instalações, se for o caso, satis-fazem os requisitos legais, acompanhada das licenças e autorizaçõesemitidas pelas entidades competentes, quando previstas na legislaçãoaplicável;

c) Cópia simples dos contratos de prestação de garantias e comprovativo dopagamento do prémio ou fracção inicial.

4 – Ao pedido previsto nos números anteriores é aplicável o disposto no n.°3 do artigo 6.°, com as necessárias adaptações.

5 – A alteração do documento complementar emitido pelo Turismo de Por-tugal, I. P., com vista à autorização do exercício de novas actividades de anima-ção turística é efectuada por averbamento, aplicando-se o disposto nos númerosanteriores.

ARTIGO 64.°-A

Meios de comunicação

As comunicações e requerimentos previstos no presente diploma sãoefectuados por via informática, nos termos a definir por portaria do mem-bro do Governo com tutela na área do turismo.»

ARTIGO 3.°

Referências à Direcção-Geral do Turismo

Todas as referências feitas à Direcção-Geral do Turismo consideram-se fei-tas ao Turismo de Portugal, I. P., e as referências ao director-geral, ao presidentedo Turismo de Portugal, I. P.

ARTIGO 4.°

Norma revogatória

São revogados os n.°s 5 do artigo 3.°, e 4 do artigo 6.°, a alínea c) do n.° 3e o n.° 4 do artigo 10.°, os n.°s 2 e 3 do artigo 11.°, 3 e 4 do artigo 12.°, e 3 a 5do artigo 16.° e os artigos 53.°, 54.°, 63.° e 64.° do Decreto-Lei n.° 209/97, de 13de Agosto, alterado pelo Decreto-Lei n.° 12/99, de 11 de Janeiro.

Adenda 39

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ARTIGO 5.°

Disposições transitórias

1 – As agências de viagens e turismo que utilizam marcas não comunicadasdevem proceder a essa comunicação ao Turismo de Portugal, I. P., no prazo de 30dias após a entrada em vigor do presente decreto-lei.

2 – As agências de viagens e turismo que exercem actividades de animaçãoturística à data da entrada em vigor do presente decreto-lei devem requerer aoTurismo de Portugal, I. P., no prazo de seis meses, a autorização prevista no n.° 1do artigo 53.°-A, ficando, neste caso, isentas do pagamento da respectiva taxa.

3 – As agências existentes com capital social de € 99 759,58 ficam dispen-sadas de actualizar o capital social para o valor previsto no presente diploma.

ARTIGO 6.°

Republicação

É republicado, em anexo, que faz parte integrante do presente decreto-lei, oDecreto-Lei n.° 209/97, de 13 de Agosto, com a redacção actual.

ARTIGO 7.°

Entrada em vigor

O presente decreto-lei entra em vigor no dia seguinte ao da sua publicação.

Visto e aprovado em Conselho de Ministros de 12 de Abril de 2007.– José Sócrates Carvalho Pinto de Sousa – Manuel Lobo Antunes – Fer-nando Teixeira dos Santos – Alberto Bernardes Costa – Francisco Carlosda Graça Nunes Correia – Manuel António Gomes de Almeida de Pinho– Mário Lino Soares Correia – José António Fonseca Vieira da Silva –António Fernando Correia de Campos – Maria Isabel da Silva Pires deLima.

Promulgado em 5 de Julho de 2007.

Publique-se.

O Presidente da República, ANÍBAL CAVACO SILVA.

Referendado em 10 de Julho de 2007.

O Primeiro-Ministro, José Sócrates Carvalho Pinto de Sousa.

40 Legislação Turística – Anotada

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ANEXORepublicação do Decreto-Lei n.° 209/97, de 13 de Agosto

CAPÍTULO IDisposições gerais

ARTIGO 1.°Noção

1 – São agências de viagens e turismo as empresas cujo objecto compreenda o exer-cício das actividades previstas no n.° 1 do artigo 2.° do presente diploma e se encontremlicenciadas como tal.

2 – Para os efeitos do presente diploma, a noção de empresa compreende o estabe-lecimento individual de responsabilidade limitada, a cooperativa e a sociedade comercialque tenham por objecto o exercício das actividades referidas no número anterior.

ARTIGO 2.°

Actividades próprias e acessórias

1 – São actividades próprias das agências de viagens e turismo:

a) A organização e venda de viagens turísticas;b) A reserva de serviços em empreendimentos turísticos, em empreendimentos de

turismo no espaço rural e nas casas de natureza;c) A bilheteria e reserva de lugares em qualquer meio de transporte;d) A representação de outras agências de viagens e turismo, nacionais ou estrangei-

ras, ou de operadores turísticos estrangeiros, bem como a intermediação na vendados respectivos produtos;

e) A recepção, transferência e assistência a turistas.

2 – São actividades acessórias das agências de viagens e turismo:

a) A obtenção de certificados colectivos de identidade, vistos ou outros documen-tos necessários à realização de uma viagem;

b) A organização de congressos e eventos semelhantes;c) A reserva e venda de bilhetes para espectáculos e outras manifestações públicas;d) A realização de operações cambiais para uso exclusivo dos clientes, de acordo

com as normas reguladoras da actividade cambial;e) A intermediação na celebração de contratos de aluguer de veículos de passagei-

ros sem condutor;f) A comercialização de seguros de viagem e de bagagem em conjugação e no

âmbito de outros serviços por si prestados;g) A venda de guias turísticos e publicações semelhantes;h) O transporte turístico efectuado no âmbito de uma viagem turística, nos termos

do definido no artigo 14.°;

Adenda 41

Page 42: Legislação Turística

i) A prestação de serviços ligados ao acolhimento turístico, nomeadamente a orga-nização de visitas a museus, monumentos históricos e outros locais de relevanteinteresse turístico;

j) O exercício de actividades de animação turística, nos termos previstos no artigo53.°-A.

ARTIGO 3.°

Exclusividade e limites

1 – Apenas as empresas licenciadas como agências de viagens e turismo podemexercer as actividades previstas no n.° 1 do artigo 2.°, sem prejuízo do disposto nos núme-ros seguintes.

2 – Não estão abrangidos pelo exclusivo reservado às agências de viagens e turismo:

a) A comercialização directa dos seus serviços pelos empreendimentos turísticos,pelos empreendimentos de turismo no espaço rural, pelas casas de natureza, pelasempresas de animação turística e pelas empresas transportadoras;

b) O transporte de clientes pelos empreendimentos turísticos, empreendimentos deturismo no espaço rural, casas de natureza, empresas de animação turística e ope-radores marítimo-turísticos, com meios de transporte próprios;

c) A venda de serviços de empresas transportadoras feita pelos seus agentes ou poroutras empresas transportadoras com as quais tenham serviços combinados.

3 – Não está abrangida pelo n.° 1 do artigo 2.° a comercialização de serviços porempreendimentos turísticos, empreendimentos de turismo no espaço rural, casas de natu-reza ou empresas transportadoras, estabelecimentos, iniciativas ou projectos declarados deinteresse para o turismo que não constituam viagens organizadas, quando feita através demeios telemáticos.

4 – Entende-se por meios de transporte próprios aqueles que são propriedade daempresa, bem como aqueles que são objecto de contrato de locação financeira, ou de alu-guer de longa duração, desde que a empresa utilizadora seja a locatária.

5 – (Revogado.)

ARTIGO 4.°

Denominação, nome dos estabelecimentose menções em actos externos

1 – Somente as empresas licenciadas como agências de viagens e turismo podemusar tal denominação ou outras semelhantes, nomeadamente «agente de viagens» ou«agência de viagens».

2 – As agências de viagens e turismo não podem utilizar nomes de estabelecimen-tos iguais ou semelhantes às de outros já existentes, salvo se comprovarem estarem devi-damente autorizadas para o efeito pelas respectivas detentoras originais e sem prejuízo dosdireitos resultantes da propriedade industrial.

3 – O Turismo de Portugal, I. P., não deverá autorizar o licenciamento de agências

42 Legislação Turística – Anotada

Page 43: Legislação Turística

cuja denominação infrinja o disposto no número anterior, sem prejuízo dos direitos resul-tantes da propriedade industrial.

4 – Todos os estabelecimentos das agências de viagens e turismo devem exibir, deforma visível, a denominação da agência titular do alvará.

5 – Em todos os contratos, correspondência, publicações, publicidade e, de um modogeral, em toda a sua actividade comercial as agências de viagens e turismo devem indicara denominação e número do seu alvará, bem como a localização da sua sede, sem prejuízodas referências obrigatórias nos termos do Código das Sociedades Comerciais.

6 – A utilização de marcas pelas agências de viagens e turismo carece de préviacomunicação ao Turismo de Portugal, I. P.

CAPÍTULO II

Do licenciamento

ARTIGO 5.°

Licença

1 – O exercício da actividade de agências de viagens e turismo depende de licença,constante de alvará, a conceder pelo Turismo de Portugal, I. P.

2 – A concessão da licença depende da observância, pela requerente, dos seguintesrequisitos:

a) Ser uma cooperativa, estabelecimento individual de responsabilidade limitada ousociedade comercial que tenha por objecto o exercício daquela actividade e umcapital social mínimo realizado de € 100 000;

b) Prestação das garantias exigidas por este diploma;c) Comprovação da idoneidade comercial do titular do estabelecimento em nome

individual de responsabilidade limitada, dos directores ou gerentes da coopera-tiva e dos administradores ou gerentes da sociedade requerente.

3 – Para efeitos do disposto na alínea c) do número anterior, não serão consideradascomercialmente idóneas as pessoas relativamente às quais se verifique:

a) A proibição legal do exercício do comércio;b) A inibição do exercício do comércio por ter sido declarada a sua falência ou

insolvência enquanto não for levantada a inibição e decretada a sua reabilitação;c) Terem sido titulares, gerentes ou administradores de uma agência de viagens e

turismo falida, a menos que se comprove terem os mesmos actuado diligente-mente no exercício dos seus cargos nos termos estabelecidos por lei;

d) Terem sido titulares, gerentes ou administradores de uma agência de viagens eturismo punida com três ou mais coimas, desde que lhe tenha sido também apli-cada a sanção de interdição do exercício da profissão ou a sanção de suspensãodo exercício da actividade.

4 – A licença não pode ser objecto de negócios jurídicos.

Adenda 43

Page 44: Legislação Turística

ARTIGO 6.°

Pedido

1 – Do pedido de licença deverão constar:

a) A identificação do requerente;b) A identificação dos titulares, administradores ou gerentes;c) A localização dos estabelecimentos.

2 – O pedido deve ser instruído com os seguintes elementos:

a) Certidão do acto constitutivo da empresa ou a respectiva cópia simples;b) Código de acesso à certidão permanente ou, em alternativa, certidão do registo

comercial actualizada e em vigor ou a respectiva cópia simples;c) Indicação do nome adoptado para o estabelecimento e de marcas que a agência

pretenda utilizar, acompanhados de cópia simples do registo no Instituto Nacio-nal da Propriedade Industrial, I. P., caso exista;

d) Cópia simples ou depósito no Turismo de Portugal, I. P., consoante os casos, doscontratos de prestação de garantias e comprovativo do pagamento do prémio oufracção inicial;

e) Declaração em como o titular do estabelecimento em nome individual de res-ponsabilidade limitada, os directores ou gerentes da cooperativa e os administra-dores ou gerentes da sociedade requerente, consoante o caso, não se encontremem alguma das circunstâncias previstas no n.° 3 do artigo anterior.

3 – Na falta de decisão do Turismo de Portugal, I. P., no prazo de 10 dias úteis a con-tar da entrega do pedido devidamente instruído, desde que se mostrem pagas as taxas devi-das nos termos do disposto no artigo 62.°, entende-se que a licença é concedida, pelo queo requerente pode iniciar a actividade, devendo ser emitido o respectivo alvará.

4 – (Revogado.)5 – Quando os elementos a que se referem as alíneas a) e c) do n.° 2 se encontrem

disponíveis na Internet, a respectiva apresentação pode ser substituída por uma declaraçãodo interessado a indicar o endereço do sítio onde aqueles documentos podem ser consulta-dos e a autorizar, se for caso disso, essa consulta.

ARTIGO 7.°

Obrigação de comunicação

1 – A transmissão da propriedade e a cessão de exploração de estabelecimentos, bemcomo a alteração de qualquer elemento integrante do pedido de licença, devem ser comu-nicadas ao Turismo de Portugal, I. P., no prazo de 30 dias após a respectiva verificação.

2 – A comunicação prevista no número anterior deverá ser acompanhada dos docu-mentos comprovativos dos factos invocados.

44 Legislação Turística – Anotada

Page 45: Legislação Turística

ARTIGO 8.°

Sucursais de agências estabelecidas na União Europeia

1 – As agências de viagens e turismo estabelecidas noutro Estado membro da UniãoEuropeia podem abrir sucursais em Portugal, sendo dispensadas as formalidades exigidaspelo direito nacional para a constituição de empresas previstas no artigo 1.°.

2 – Sem prejuízo das obrigações internacionais do Estado Português, são aplicáveisà abertura das sucursais referidas no número anterior as normas sobre licenciamento deagências de viagens e turismo.

3 – Para os efeitos do disposto no número anterior, o pedido deve ser instruído comum certificado emitido pela entidade competente do país onde se encontra situada a sededa sociedade comprovando que esta se encontra habilitada ao exercício da actividade deagência de viagens e turismo, bem como os elementos referidos nas alíneas c) a e) do n.°2 do artigo 6.°, e código de acesso à certidão permanente ou, em alternativa, certidão doregisto comercial actualizada e em vigor, ou respectiva cópia simples, comprovando aconstituição da representação permanente em Portugal.

ARTIGO 9.°

Revogação da licença

1 – A licença para o exercício da actividade de agência de viagens e turismo podeser revogada nos seguintes casos:

a) Se a agência não iniciar a actividade no prazo de 90 dias após a emissão doalvará;

b) Havendo falência;c) Se a agência cessar a actividade por um período superior a 90 dias sem justifica-

ção atendível;d) Se deixar de se verificar algum dos requisitos legais para a concessão da licença;e) Se a agência não entregar no Turismo de Portugal, I. P., o comprovativo de que

as garantias exigidas se encontram em vigor.

2 – A revogação da licença será determinada por despacho do presidente do Turismode Portugal, I. P., e acarreta a cassação do alvará da agência.

ARTIGO 10.°

Registo

1 – O Turismo de Portugal, I. P., deve organizar e manter actualizado um registo dasagências licenciadas, o qual será disponibilizado e acessível ao público no sítio da Internetdeste instituto público.

2 – O registo das agências deve conter:

a) A identificação do requerente;b) A firma ou denominação social, a sede, o objecto social, o número de matrícula e

a conservatória do registo comercial em que a sociedade se encontra matriculada;

Adenda 45

Page 46: Legislação Turística

c) A identificação dos administradores, gerentes e directores;d) A localização dos estabelecimentos;e) O nome comercial;f) As marcas próprias da agência;g) A forma de prestação das garantias exigidas e o montante garantido.

3 – Devem ainda ser inscritos no registo, por averbamento, os seguintes factos:

a) A alteração de qualquer dos elementos integrantes do pedido de licenciamento;b) A verificação de qualquer facto sujeito a comunicação ao Turismo de Portu-

gal, I. P.;c) (Revogada.)d) Reclamações apresentadas;e) Sanções aplicadas;f) Louvores concedidos.

4 – (Revogado.)

CAPÍTULO III

Do exercício da actividade das agências de viagens e turismo

ARTIGO 11.°

Estabelecimentos

1 – As agências de viagens e turismo devem dispor, no mínimo, de um estabeleci-mento para atendimento dos clientes.

2 – (Revogado.)3 – (Revogado.)

ARTIGO 12.°

Abertura e mudança de localização

1 – A abertura ou mudança de localização dos estabelecimentos ou de quaisquer for-mas de representação só pode ser efectuada após comunicação ao Turismo de Portugal, I. P.

2 – As comunicações referidas no número anterior devem ser acompanhadas doselementos constantes das alíneas a) e c) do n.° 1 do artigo 6.° e, no caso de representaçõestemporárias, do período em que estarão em funcionamento no local.

3 – (Revogado.)4 – (Revogado.)

46 Legislação Turística – Anotada

Page 47: Legislação Turística

ARTIGO 13.°

Negócios sobre os estabelecimentos

A transmissão da propriedade e a cessão de exploração dos estabelecimentos depen-dem da titularidade de licença de agência de viagens pela empresa adquirente.

ARTIGO 14.°Utilização de meios próprios

1 – Na realização de viagens turísticas e na recepção, transferência e assistência deturistas, as agências de viagens podem utilizar os meios de transporte que lhes pertençam,devendo, quando se tratar de veículos automóveis com lotação superior a nove lugares,cumprir os requisitos de acesso à profissão de transportador público rodoviário interno ouinternacional de passageiros que nos termos da legislação respectiva lhes sejam aplicáveis,sem prejuízo do disposto nos números seguintes.

2 – Para efeitos de comprovação da capacidade financeira exigida para o acesso àprofissão de transportador público rodoviário, internacional e interno de passageiros, regu-lado pelo Decreto-Lei n.° 3/2001, de 10 de Janeiro, o valor do capital social é, no caso dasagências de viagens e turismo, reduzido para € 100 000.

3 – Para efeitos de comprovação da capacidade profissional exigida para o acesso àprofissão de transportador público rodoviário, internacional e interno de passageiros,aplica-se às agências de viagens e turismo que exerçam a actividade prevista na alínea h)do n.° 2 do artigo 2.°, com as necessárias adaptações, o disposto na alínea b) do n.° 1 doartigo 7.° do Decreto-Lei n.° 3/2001, de 10 de Janeiro.

4 – As agências de viagens e turismo previstas no n.° 1 podem alugar os meios detransporte a outras agências.

5 – As agências de viagens e turismo que acedam à profissão de transportadorpúblico rodoviário, interno ou internacional de passageiros, podem efectuar todo o tipo detransporte ocasional com veículos automóveis pesados de passageiros.

6 – Os veículos automóveis utilizados no exercício das actividades previstas no n.°1 com lotação superior a nove lugares devem ser sujeitos a prévio licenciamento pelaDirecção-Geral de Transportes Terrestres, nos termos a definir em portaria conjunta dosmembros do Governo responsáveis pelas áreas do turismo e dos transportes, a qual fixaráigualmente os requisitos mínimos a que devem obedecer tais veículos.

ARTIGO 15.°

Representantes das agências

Aos representantes das agências, quando devidamente identificados e em ser-viço, é permitido o acesso às delegações das alfândegas, aos cais de embarque e aosrecintos destinados aos passageiros nos aeroportos ou gares, desde que tal acesso sejapossível em função dos regulamentos de segurança adoptados pelas respectivas enti-dades gestoras.

Adenda 47

Page 48: Legislação Turística

ARTIGO 16.°

Livro de reclamações

1 – Em todos os estabelecimentos das agências de viagens e turismo deve existir umlivro de reclamações, aplicando-se à sua utilização, edição e venda, o regime previsto noDecreto-Lei n.° 156/2005, de 15 de Setembro.

2 – O original da reclamação deve ser enviado pelo responsável da agência de via-gens e turismo ao Turismo de Portugal, I. P.

3 – (Revogado.)4 – (Revogado.)5 – (Revogado.)

CAPÍTULO IV

Das viagens turísticas

SECÇÃO I

Noção e espécies

ARTIGO 17.°

Noção e espécies

1 – São viagens turísticas as que combinem dois dos serviços seguintes:

a) Transporte;b) Alojamento;c) Serviços turísticos não subsidiários do transporte e do alojamento.

2 – São viagens organizadas as viagens turísticas que, combinando previamente doisdos serviços seguintes, sejam vendidas ou propostas para venda a um preço com tudoincluído, quando excedam vinte e quatro horas ou incluam uma dormida:

a) Transporte;b) Alojamento;c) Serviços turísticos não subsidiários do transporte e do alojamento, nomeada-

mente os relacionados com eventos desportivos, religiosos e culturais, desde querepresentem uma parte significativa da viagem.

3 – São viagens por medida as viagens turísticas preparadas a pedido do cliente parasatisfação das solicitações por este definidas.

4 – Não são havidas como viagens turísticas aquelas em que a agência se limita aintervir como mera intermediária em vendas ou reservas de serviços avulsos solicitadospelo cliente.

5 – A eventual facturação separada dos diversos elementos de uma viagem organi-zada não prejudica a sua qualificação legal nem a aplicação do respectivo regime.

48 Legislação Turística – Anotada

Page 49: Legislação Turística

SECÇÃO II

Disposições comuns

ARTIGO 18.°

Obrigação de informação prévia

1 – Antes da venda de uma viagem turística, a agência deve informar, por escrito oupor qualquer outra forma adequada, os clientes que se desloquem ao estrangeiro sobre anecessidade de documento de identificação civil, passaportes e vistos, prazos legais para arespectiva obtenção e formalidades sanitárias e, caso a viagem se realize no território deEstados membros da União Europeia, a documentação exigida para a obtenção de assis-tência médica ou hospitalar em caso de acidente ou doença.

2 – Quando seja obrigatório contrato escrito, a agência deve, ainda, informar ocliente de todas as cláusulas a incluir no mesmo.

3 – Considera-se forma adequada de informação ao cliente a entrega do programade viagem que inclua os elementos referidos nos números anteriores.

4 – Qualquer descrição de uma viagem bem como o respectivo preço e as restantescondições do contrato não devem conter elementos enganadores nem induzir o consumi-dor em erro.

ARTIGO 19.°Obrigações acessórias

1 – As agências devem entregar aos clientes todos os documentos necessários paraa obtenção do serviço vendido.

2 – Aquando da venda de qualquer serviço, as agências devem entregar aos clientesdocumentação que mencione o objecto e características do serviço, data da prestação, preçoe pagamentos já efectuados, excepto quando tais elementos figurem nos documentos refe-ridos no número anterior e não tenham sofrido alteração.

SECÇÃO III

Viagens organizadas

ARTIGO 20.°

Programas de viagem

1 – As agências que anunciarem a realização de viagens organizadas deverão disporde programas para entregar a quem os solicite.

2 – Os programas de viagem deverão informar, de forma clara, precisa e comcaracteres legíveis, sobre os elementos referidos nas alíneas a) a l) do n.° 1 do artigo 22.°e ainda sobre:

Adenda 49

Page 50: Legislação Turística

a) A exigência de documento de identificação civil, passaportes, vistos e formali-dades sanitárias para a viagem e estada;

b) Quaisquer outras características especiais da viagem.

ARTIGO 21.°

Carácter vinculativo do programa

A agência fica vinculada ao cumprimento pontual do programa, salvo se:

a) Estando prevista no próprio programa a possibilidade de alteração das condições,tal alteração tenha sido expressamente comunicada ao cliente antes da celebra-ção do contrato, cabendo o ónus da prova à agência de viagens;

b) Existir acordo das partes em contrário, cabendo o ónus da prova à agência de via-gens.

ARTIGO 22.°Contrato

1 – Os contratos de venda de viagens organizadas deverão conter, de forma clara,precisa e com caracteres legíveis, as seguintes menções:

a) Nome, endereço e número do alvará da agência vendedora e da agência orga-nizadora da viagem;

b) Identificação das entidades que garantem a responsabilidade da agência, bemcomo indicação do número da apólice de seguro de responsabilidade civil obri-gatório, nos termos do disposto no artigo 50.°;

c) Preço da viagem organizada, termos e prazos em que é legalmente admitida asua alteração e impostos ou taxas devidos em função da viagem, que não este-jam incluídos no preço;

d) Montante ou percentagem do preço a pagar, a título de princípio de pagamento,data de liquidação do remanescente e consequências da falta de pagamento;

e) Origem, itinerário e destino da viagem, períodos e datas de estada;f) Número mínimo de participantes de que dependa a realização da viagem e data

limite para a notificação do cancelamento ao cliente, caso não se tenha atingidoaquele número;

g) Meios, categorias e características de transporte utilizados, datas, locais de par-tida e regresso e, quando possível, as horas;

h) Grupo e classificação do alojamento utilizado, de acordo com a regulamenta-ção do Estado de acolhimento, sua localização, bem como o nível de confortoe demais características principais, número e regime ou plano de refeições for-necidas;

i) Montantes máximos exigíveis à agência, nos termos do artigo 40.°;j) Termos a observar pelo cliente em caso de reclamação pelo não cumprimento

pontual dos serviços acordados, incluindo prazos e trâmites para accionamentoda caução;

l) Visitas, excursões ou outros serviços incluídos no preço;

50 Legislação Turística – Anotada

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m) Serviços facultativamente pagos pelo cliente;n) Todas as exigências específicas que o cliente comunique à agência e esta aceite.

2 – Sem prejuízo do disposto no número seguinte, considera-se celebrado o contratocom a entrega ao cliente do documento de reserva e do programa, desde que se tenha veri-ficado o pagamento, ainda que parcial, da viagem, devendo a viagem ser identificada atra-vés da designação que constar do programa.

3 – Sempre que o cliente o solicite ou a agência o determine, o contrato constará dedocumento autónomo, devendo a agência entregar ao cliente cópia integral do mesmo,assinado por ambas as partes.

4 – O contrato deve conter a indicação de que o grupo e a classificação do aloja-mento utilizado são determinados pela legislação do Estado de acolhimento.

5 – O contrato deve ser acompanhado de cópia da ou das apólices de seguro vendi-das pela agência de viagens no quadro desse contrato, nos termos da alínea f) do n.° 2 doartigo 2.°.

ARTIGO 23.°

Informação sobre a viagem

Antes do início de qualquer viagem organizada, a agência deve prestar ao cliente,em tempo útil, por escrito ou por outra forma adequada, as seguintes informações:

a) Os horários e os locais de escalas e correspondências, bem como a indicação dolugar atribuído ao cliente, quando possível;

b) O nome, endereço e número de telefone da representação local da agência ou,não existindo uma tal representação local, o nome, endereço e número de tele-fone das entidades locais que possam assistir o cliente em caso de dificuldade;

c) Quando as representações e organismos previstos na alínea anterior não existi-rem, o cliente deve em todos os casos dispor de um número telefónico de urgên-cia ou de qualquer outra informação que lhe permita estabelecer contacto com aagência;

d) No caso de viagens e estadas de menores no País ou no estrangeiro, o modo decontactar directamente com esses menores ou com o responsável local pela suaestada;

e) A possibilidade de celebração de um contrato de seguro que cubra as despesasresultantes da rescisão pelo cliente e de um contrato de assistência que cubra asdespesas de repatriamento em caso de acidente ou de doença;

f) Sem prejuízo do disposto na alínea anterior, no caso de a viagem se realizar noterritório de Estados membros da União Europeia, a documentação de que ocliente se deve munir para beneficiar de assistência médica e hospitalar em casode acidente ou doença;

g) O modo de proceder no caso específico de doença ou acidente;h) A ocorrência de catástrofes naturais, epidemias, revoluções e situações análogas

que se verifiquem no local de destino da viagem e de que a agência tenha conhe-cimento ou que lhe tenham sido comunicadas.

Adenda 51

Page 52: Legislação Turística

ARTIGO 24.°

Cessão da posição contratual

1 – O cliente pode ceder a sua posição, fazendo-se substituir por outra pessoa quepreencha todas as condições requeridas para a viagem organizada, desde que informe aagência, por forma escrita, até sete dias antes da data prevista para a partida e que tal ces-são seja possível nos termos dos regulamentos de transportes aplicáveis à situação.

2 – Quando se trate de cruzeiros e de viagens aéreas de longo curso, o prazo previstono número anterior é alargado para 15 dias.

3 – O cedente e o cessionário são solidariamente responsáveis pelo pagamento dopreço e pelos encargos adicionais originados pela cessão.

4 – A cessão vincula também os terceiros prestadores de serviços, devendo a agên-cia comunicar-lhes tal facto no prazo de quarenta e oito horas.

5 – Caso não seja possível a cessão da posição contratual prevista no n.° 1 por forçados regulamentos de transportes aplicáveis, deve tal informação ser prestada, por escrito,ao cliente, no momento da reserva.

ARTIGO 25.°

Acompanhamento dos turistaspor profissionais de informação turística

Nas visitas a centros históricos, museus, monumentos nacionais ou sítios classifica-dos, incluídas em viagens turísticas, à excepção das viagens previstas no n.° 3 do artigo17.°, os turistas devem ser acompanhados por guias-intérpretes.

ARTIGO 26.°

Alteração do preço nas viagens organizadas

1 – Nas viagens organizadas o preço não é susceptível de revisão, excepto o dispostono número seguinte.

2 – A agência só pode alterar o preço até 20 dias antes da data prevista para a par-tida e se, cumulativamente:

a) O contrato o previr expressamente e determinar as regras precisas de cálculo daalteração;

b) A alteração resultar unicamente de variações no custo dos transportes ou do com-bustível, dos direitos, impostos ou taxas cobráveis ou de flutuações cambiais.

3 – A alteração do preço não permitida pelo n.° 1 confere ao cliente o direito de res-cindir o contrato nos termos dos n.°s 2 e 3 do artigo 27.°.

4 – O cliente não é obrigado ao pagamento de acréscimos de preço determinados nos20 dias que precedem a data prevista para a partida.

52 Legislação Turística – Anotada

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ARTIGO 27.°

Impossibilidade de cumprimento

1 – A agência deve notificar imediatamente o cliente quando, por factos que não lhesejam imputáveis, não puder cumprir obrigações resultantes do contrato.

2 – Se a impossibilidade respeitar a alguma obrigação essencial, o cliente pode res-cindir o contrato sem qualquer penalização ou aceitar por escrito uma alteração ao contratoe eventual variação de preço.

3 – O cliente deve comunicar à agência a sua decisão no prazo de quatro dias úteisapós a recepção da notificação prevista no n.° 1.

ARTIGO 28.°

Rescisão ou cancelamento não imputável ao cliente

Se o cliente rescindir o contrato ao abrigo do disposto nos artigos 26.° ou 27.° ou se,por facto não imputável ao cliente, a agência cancelar a viagem organizada antes da datada partida, tem aquele direito, sem prejuízo da responsabilidade civil da agência, a:

a) Ser imediatamente reembolsado de todas as quantias pagas;b) Em alternativa, optar por participar numa outra viagem organizada, devendo ser

reembolsada ao cliente a eventual diferença de preço.

ARTIGO 29.°

Direito de rescisão pelo cliente

O cliente pode sempre rescindir o contrato a todo o tempo, devendo a agência reem-bolsá-lo do montante antecipadamente pago, deduzindo os encargos a que, justificada-mente, o início do cumprimento do contrato e a rescisão tenham dado lugar e uma percen-tagem do preço do serviço não superior a 15.

ARTIGO 30.°

Incumprimento

1 – Quando, após a partida, não seja fornecida uma parte significativa dos serviçosprevistos no contrato, a agência deve assegurar, sem aumento de preço para o cliente, aprestação de serviços equivalentes aos contratados.

2 – Quando se mostre impossível a continuação da viagem ou as condições para acontinuação não sejam justificadamente aceites pelo cliente, a agência deve fornecer, semaumento de preço, um meio de transporte equivalente que possibilite o regresso ao local departida ou a outro local acordado.

3 – Nas situações previstas nos números anteriores, o cliente tem direito à restitui-ção da diferença entre o preço das prestações previstas e o das efectivamente fornecidas,bem como a ser indemnizado nos termos gerais.

Adenda 53

Page 54: Legislação Turística

4 – Qualquer deficiência na execução do contrato relativamente às prestações for-necidas por terceiros prestadores de serviços deve ser comunicada à agência por escrito oude outra forma adequada, no prazo máximo de 20 dias úteis após o termo da viagem ou noprazo previsto no contrato, se superior.

5 – Caso se verifique alguma deficiência na execução do contrato relativamente aserviços de alojamento e transporte, o cliente deve, sempre que possível, contactar a agên-cia de viagens, através dos meios previstos nas alíneas b) e c) do artigo 23.°, por forma queesta possa assegurar, em tempo útil, a prestação de serviços equivalentes aos contratados.

6 – Quando não seja possível contactar a agência de viagens nos termos previstos nonúmero anterior ou quando esta não assegure, em tempo útil, a prestação de serviços equi-valentes aos contratados, o cliente pode contratar com terceiros serviços de alojamento etransporte não incluídos no contrato, a expensas da agência de viagens.

ARTIGO 31.°

Assistência a clientes

1 – Quando, por razões que não lhe forem imputáveis, o cliente não possa terminara viagem organizada, a agência é obrigada a dar-lhe assistência até ao ponto de partida oude chegada, devendo efectuar todas as diligências necessárias.

2 – Em caso de reclamação dos clientes, cabe à agência ou ao seu representante localprovar ter actuado diligentemente no sentido de encontrar a solução adequada.

CAPÍTULO V

Das relações das agências entre si e com empreendimentos turísticos

ARTIGO 32.°

Identidade de prestações

1 – Sendo proibidos os acordos ou as práticas concertadas entre empreendimentosturísticos ou entre estes e as agências de viagens que tenham por efeito restringir, impedirou falsear a concorrência no mercado, não podem os empreendimentos turísticos vender osseus serviços directamente a preços inferiores aos preços que recebam das agências quecomercializam os seus serviços, sem prévio aviso à agência ou agências contratantes.

2 – Independentemente da diversidade de preços praticados directamente e dos acor-dos com as agências, os serviços prestados pelos empreendimentos turísticos devem seriguais, designadamente em qualidade e características, quer sejam vendidos directamentea clientes quer por meio de agências de viagens.

ARTIGO 33.°

Reservas

1 – A reserva de serviços em empreendimentos turísticos deve ser pedida por escrito,mencionando os serviços pretendidos e as respectivas datas.

54 Legislação Turística – Anotada

Page 55: Legislação Turística

2 – A aceitação do pedido de reserva deve ser feita por escrito, especificando os ser-viços, datas, respectivos preços e condições de pagamento.

3 – Na falta de estipulação em contrário, o pagamento deve ser feito até 30 dias apósa prestação dos serviços.

ARTIGO 34.°

Cancelamento de reservas

1 – O cancelamento de reservas deve ser requerido por escrito, salvo acordo em con-trário, não sendo devida qualquer indemnização quando forem respeitados os prazosseguintes:

a) 15 dias de antecedência, se forem canceladas mais de 50 % das reservas;b) 10 dias de antecedência, se forem canceladas mais de 25 % das reservas;c) 5 dias de antecedência, nos demais casos e para o cancelamento de reservas indi-

viduais.

2 – Sendo cancelada a reserva com respeito pelos prazos estabelecidos no númeroanterior, o empreendimento turístico é obrigado a reembolsar o montante pago antecipada-mente pela agência.

ARTIGO 35.°

Inobservância do prazo

Se as agências cancelarem reservas em desrespeito dos prazos estabelecidos noartigo anterior, o empreendimento turístico tem direito a uma indemnização correspon-dente ao montante pago antecipadamente por cada reserva cancelada, sem prejuízo de esti-pulação em contrário.

ARTIGO 36.°

Incumprimento das reservas aceites

1 – Se os empreendimentos turísticos não cumprirem as reservas aceites, as agênciastêm direito ao reembolso dos montantes pagos antecipadamente e a uma indemnização domesmo valor.

2 – Os empreendimentos turísticos são ainda responsáveis por todas as indemniza-ções que sejam exigidas às agências pelos clientes em virtude do incumprimento a que serefere o presente artigo.

ARTIGO 37.°

Indemnização

Na falta de pagamento antecipado e de acordo em contrário, o montante de indem-

Adenda 55

Page 56: Legislação Turística

nização devido por inobservância do previsto nos artigos 35.° e 36.° é de 20% do preçoacordado por cada unidade de alojamento reservada.

ARTIGO 38.°

Relações entre agências de viagens

Às relações entre agências são aplicáveis, com as necessárias adaptações, as normasconstantes deste capítulo.

CAPÍTULO VI

Da responsabilidade e garantias

SECÇÃO I

Da responsabilidade

ARTIGO 39.°

Princípios gerais

1 – As agências são responsáveis perante os seus clientes pelo pontual cumprimentodas obrigações resultantes da venda de viagens turísticas, sem prejuízo do disposto nosnúmeros seguintes.

2 – Quando se tratar de viagens organizadas, as agências são responsáveis peranteos seus clientes, ainda que os serviços devam ser executados por terceiros e sem prejuízodo direito de regresso.

3 – No caso de viagens organizadas, as agências organizadoras respondem solida-riamente com as agências vendedoras.

4 – Quando se trate de viagens organizadas, a agência não pode ser responsabili-zada se:

a) O cancelamento se baseie no facto de o número de participantes na viagem orga-nizada ser inferior ao mínimo exigido e o cliente for informado por escrito docancelamento no prazo previsto no programa;

b) O incumprimento não resulte de excesso de reservas e seja devido a situações deforça maior ou caso fortuito, motivado por circunstâncias anormais e imprevisí-veis, alheias àquele que as invoca, cujas consequências não possam ter sido evi-tadas apesar de todas as diligências feitas;

c) For demonstrado que o incumprimento se deve à conduta do próprio cliente ou àactuação imprevisível de um terceiro alheio ao fornecimento das prestações devi-das pelo contrato;

d) Legalmente não puder accionar o direito de regresso relativamente a terceiros pres-tadores dos serviços previstos no contrato, nos termos da legislação aplicável;

e) O prestador de serviços de alojamento não puder ser responsabilizado pela dete-rioração, destruição ou subtracção de bagagens ou outros artigos.

56 Legislação Turística – Anotada

Page 57: Legislação Turística

5 – No domínio das restantes viagens turísticas, as agências respondem pela correctaemissão dos títulos de alojamento e de transporte e ainda pela escolha culposa dos presta-dores de serviços, caso estes não tenham sido sugeridos pelo cliente.

6 – Quando as agências intervierem como meras intermediárias em vendas ou reser-vas de serviços avulsos solicitados pelo cliente, apenas serão responsáveis pela correctaemissão dos títulos de alojamento e de transporte.

7 – Consideram-se clientes, para os efeitos previstos para o presente artigo, todos osbeneficiários da prestação de serviços, ainda que não tenham sido partes no contrato.

ARTIGO 40.°

Limites

1 – A responsabilidade da agência terá como limite o montante máximo exigível àsentidades prestadoras dos serviços, nos termos da Convenção de Montreal, de 28 de Maiode 1999, sobre Transporte Aéreo Internacional, e da Convenção de Berna, de 1961, sobreTransporte Ferroviário.

2 – No que concerne aos transportes marítimos, a responsabilidade das agênciasde viagens, relativamente aos seus clientes, pela prestação de serviços de transporte, oualojamento, quando for caso disso, por empresas de transportes marítimos, no caso dedanos resultantes de dolo ou negligência destas, terá como limites os seguintes mon-tantes:

a) € 441 436, em caso de morte ou danos corporais;b) € 7881, em caso de perda total ou parcial de bagagem ou da sua danificação;c) € 31 424, em caso de perda de veículo automóvel, incluindo a bagagem nele con-

tida;d) € 10 375, em caso de perda de bagagem, acompanhada ou não, contida em veí-

culo automóvel;e) € 1097, por danos na bagagem, em resultado da danificação do veículo auto-

móvel.

3 – Quando exista, a responsabilidade das agências de viagens e turismo pela dete-rioração, destruição e subtracção de bagagens ou outros artigos, em estabelecimentos dealojamento turístico, enquanto o cliente aí se encontrar alojado, tem como limites:

a) € 1397, globalmente;b) € 449 por artigo;c) O valor declarado pelo cliente, quanto aos artigos depositados à guarda do esta-

belecimento de alojamento turístico.

4 – As agências terão direito de regresso sobre os fornecedores de bens e serviçosrelativamente às quantias pagas no cumprimento da obrigação de indemnizar prevista nosnúmeros anteriores.

5 – A responsabilidade da agência por danos não corporais poderá ser contratual-mente limitada ao valor correspondente a cinco vezes o preço do serviço vendido.

Adenda 57

Page 58: Legislação Turística

SECÇÃO II

Das garantias

ARTIGO 41.°

Garantias exigidas

1 – Para garantia da responsabilidade perante os clientes emergente das actividadesprevistas no artigo 2.°, as agências de viagens e turismo devem prestar uma caução e efec-tuar um seguro de responsabilidade civil.

2 – São obrigatoriamente garantidos:

a) O reembolso dos montantes entregues pelos clientes;b) O reembolso das despesas suplementares suportadas pelos clientes em conse-

quência da não prestação dos serviços ou da sua prestação defeituosa;c) O ressarcimento dos danos patrimoniais e não patrimoniais causados a clientes

ou a terceiros por acções ou omissões da agência ou seus representantes;d) O repatriamento dos clientes e a sua assistência nos termos do artigo 31.°;e) A assistência médica e medicamentos necessários em caso de acidente ou doença

ocorridos durante a viagem, incluindo aqueles que se revelem necessários após aconclusão da viagem.

ARTIGO 42.°

Formalidades

Nenhuma agência pode iniciar ou exercer a sua actividade sem fazer prova junto doTurismo de Portugal, I. P., de que as garantias exigidas foram regularmente contratadas ese encontram em vigor.

ARTIGO 43.°

Caução

1 – Para garantia do cumprimento das obrigações emergentes do exercício da suaactividade, as agências devem prestar uma caução que garanta, pelo menos, a observânciados deveres previstos nas alíneas a) e b) do n.° 2 do artigo 41.°.

2 – A garantia referida no número anterior pode ser prestada mediante cauções degrupo cujos termos serão aprovados por portaria conjunta dos Ministros das Finanças e daEconomia.

3 – O título da prestação de caução deve ser depositado no Turismo de Portugal, I. P.

ARTIGO 44.°

Forma de prestação da caução

1 – Sem prejuízo do disposto no número seguinte, a caução pode ser prestada por

58 Legislação Turística – Anotada

Page 59: Legislação Turística

seguro-caução, garantia bancária, depósito bancário ou títulos da dívida pública portu-guesa, depositados à ordem do Turismo de Portugal, I. P.

2 – O título da caução não pode condicionar o accionamento desta a prazos ou aocumprimento de obrigações por parte da agência ou de terceiros.

ARTIGO 45.°Montante

1 – O montante garantido através da caução é de 5 % do valor das vendas de via-gens organizadas efectuadas pela agência no ano anterior, devendo o respectivo quantita-tivo ser comunicado ao Turismo de Portugal, I. P., pelo representante legal da empresa,com base em declaração emitida por técnico oficial de contas.

2 – Caso a declaração referida no número anterior não seja entregue, o montantegarantido através da caução deve corresponder a 5 % do valor da prestação de serviçosdeclarado pela agência no ano anterior, devidamente comprovado mediante a apresentaçãode cópia da declaração anual de rendimentos, apresentada pelo representante legal daempresa para efeitos fiscais.

3 – Quando a agência invoque a circunstância de não ter praticado no ano anterior via-gens organizadas, tal deve igualmente ser comunicado ao Turismo de Portugal, I. P., pelo re-presentante legal da empresa, com base em declaração emitida por técnico oficial de contas.

4 – Sem prejuízo do disposto nos números anteriores, o montante garantido por cadaagência não pode, em caso algum, ser inferior a € 25 000 nem superior a € 250 000.

5 – As agências devem enviar ao Turismo de Portugal, I. P., até 15 de Julho de cadaano, os documentos exigidos nos números anteriores.

6 – Quando os elementos a que se referem os números anteriores se encontrem dis-poníveis na Internet, a respectiva apresentação pode ser substituída por uma declaração dointeressado a indicar o endereço do sítio onde aqueles documentos podem ser consultadose a autorizar, se for caso disso, essa consulta.

ARTIGO 46.°

Actualização

1 – As agências de viagens estão obrigadas a promover anualmente a actualizaçãoda caução prestada, nos termos e condições referidos no artigo anterior, e a comunicar aoTurismo de Portugal, I. P., o montante actualizado de cobertura.

2 – Se a caução for accionada, deve ser reposto o montante de cobertura exigido.

ARTIGO 47.°

Funcionamento da caução

1 – Os clientes interessados em accionar a caução devem requerer ao Turismo dePortugal, I. P., que demande a entidade garante, apresentando:

a) Sentença judicial transitada em julgado, da qual conste o montante da dívida exi-gível, certa e líquida;

Adenda 59

Page 60: Legislação Turística

b) Decisão arbitral;c) Requerimento solicitando intervenção da comissão arbitral, nos termos do artigo

seguinte, instruído com os elementos comprovativos dos factos alegados.

2 – Podem ser objecto de accionamento as cauções prestadas pela agência com quemo cliente contratou directamente ou pela agência que organizou a viagem, sem prejuízo dodireito de regresso.

3 – O requerimento referido na alínea c) do n.° 1 é apresentado no prazo de 20 diasúteis após o termo da viagem ou no prazo previsto no contrato, se superior.

ARTIGO 48.°

Comissão arbitral

1 – O requerimento previsto no artigo anterior será apreciado por uma comissãoarbitral, convocada pelo presidente do Turismo de Portugal, I. P., no prazo de 10 dias apósa entrega do pedido, e constituída por um representante desta, que preside, um represen-tante do Instituto do Consumidor, um representante da Associação Portuguesa das Agên-cias de Viagens e Turismo, um representante das associações de defesa do consumidor, adesignar pelo cliente, e um representante da agência, designado por esta, sem prejuízo derecurso para os tribunais, nos termos da lei da arbitragem voluntária.

2 – A comissão arbitral delibera no prazo máximo de 20 dias úteis após a sua con-vocação, sendo a deliberação tomada por maioria dos membros presentes, tendo o presi-dente voto de qualidade.

3 – Da decisão da comissão arbitral cabe recurso para o presidente do Turismo dePortugal, I. P., a interpor no prazo de cinco dias úteis.

4 – O presidente do Turismo de Portugal, I. P., deve apreciar o recurso no prazomáximo de 20 dias úteis, findo o qual, e na ausência de decisão, se presumirá o indeferi-mento do mesmo.

5 – Na falta de deliberação no prazo previsto no n.° 2, o requerimento será apreciadopelos serviços competentes do Turismo de Portugal, I. P., e submetido a decisão do presi-dente.

ARTIGO 49.°

Obrigação das entidades garantes

Caso haja lugar a pagamento por parte da agência de viagens e turismo, o Turismode Portugal, I. P., notifica a agência de viagens e a entidade garante para pagarem, no prazode 20 dias úteis, a quantia fixada.

ARTIGO 50.°

Seguro de responsabilidade civil

1 – As agências devem celebrar um seguro de responsabilidade civil que cubra osriscos decorrentes da sua actividade, garantindo o cumprimento da obrigação prevista na

60 Legislação Turística – Anotada

Page 61: Legislação Turística

alínea c) do n.° 2 do artigo 41.° e sempre, como risco acessório, as obrigações previstas nasalíneas d) e e) do mesmo número desse artigo.

2 – O montante mínimo coberto pelo seguro é de € 74 819,68.3 – A apólice uniforme do seguro é aprovada pelo Instituto de Seguros de Portugal.4 – O seguro de responsabilidade civil pode ser substituído por caução de igual mon-

tante, prestada nos termos do artigo 43.° e do n.° 1 do artigo 44.°.

ARTIGO 51.°

Âmbito de cobertura

1 – São excluídos do seguro referido no artigo anterior:

a) Os danos causados aos agentes ou representantes legais das agências;b) Os danos provocados pelo cliente ou por terceiro alheio ao fornecimento das

prestações.

2 – Podem ser excluídos do seguro:

a) Os danos causados por acidentes ocorridos com meios de transporte que não per-tençam à agência, desde que o transportador tenha o seguro exigido para aquelemeio de transporte;

b) As perdas, deteriorações, furtos ou roubos de bagagens ou valores entregues pelocliente à guarda da agência.

CAPÍTULO VII

Regimes especiais

ARTIGO 52.°

Instituições de economia social

1 – Podem organizar viagens as associações, misericórdias, instituições privadas desolidariedade social, institutos públicos, cooperativas e entidades análogas, estando dis-pensados do licenciamento como agências de viagens e turismo, desde que se verifiquemcumulativamente os seguintes requisitos:

a) Que a organização da viagem não tenha fim lucrativo;b) Que se dirijam única e exclusivamente aos seus membros e não ao público em

geral;c) Que se realizem de forma ocasional ou esporádica;d) Que não utilizem meios publicitários para a sua promoção dirigidos ao público

em geral.

2 – As entidades referidas no número anterior devem celebrar um seguro de res-ponsabilidade civil que cubra os riscos decorrentes da viagem a realizar.

3 – O INATEL pode realizar viagens organizadas para os seus associados, estando

Adenda 61

Page 62: Legislação Turística

dispensado do licenciamento como agência de viagens e turismo, aplicando-se com asnecessárias adaptações o disposto nos artigos 17.° a 51.°.

4 – A entidade referida no número anterior deve prestar uma caução, nos termos doartigo 41.° e seguintes, cujo montante mínimo é reduzido a € 5000 e deve celebrar umseguro de responsabilidade civil, nos termos previstos para as agências de viagens eturismo.

ARTIGO 53.°

Revogado.

ARTIGO 53.°-A

Exercício de actividades de animação turística

1 – O exercício de actividades de animação turística por parte das agências de via-gens e turismo carece de prévia autorização pelo Turismo de Portugal, I. P., constante deum documento complementar ao alvará da agência.

2 – A concessão da autorização depende da prestação das garantias exigidas pelalegislação que regula a actividade de animação turística, sem prejuízo do cumprimento dosrequisitos exigidos para cada tipo de actividade.

3 – O pedido de autorização deve ser instruído com os seguintes documentos:

a) Programa detalhado das actividades a desenvolver, com indicação dos equipa-mentos a utilizar e locais onde as actividades vão decorrer;

b) Declaração em como os equipamentos e instalações, se for o caso, satisfazem osrequisitos legais, acompanhada das licenças e autorizações emitidas pelas enti-dades competentes, quando previstas na legislação aplicável;

c) Cópia simples dos contratos de prestação de garantias e comprovativo do paga-mento do prémio ou fracção inicial.

4 – Ao pedido previsto nos números anteriores é aplicável o disposto no n.° 3 doartigo 6.°, com as necessárias adaptações.

5 – A alteração do documento complementar emitido pelo Turismo de Portugal, I.P., com vista à autorização do exercício de novas actividades de animação turística é efec-tuada por averbamento, aplicando-se o disposto nos números anteriores.

ARTIGO 54.°

Revogado.

62 Legislação Turística – Anotada

Page 63: Legislação Turística

CAPÍTULO VIII

Da fiscalização e sanções

ARTIGO 55.°

Competências de fiscalização e instrução de processos

1 – Compete à Autoridade de Segurança Alimentar e Económica:

a) Fiscalizar a observância do disposto no presente diploma;b) Conhecer das reclamações apresentadas;c) Instruir os processos por infracções ao estabelecido neste diploma.

2 – As autoridades administrativas e policiais prestarão auxílio aos funcionários daAutoridade de Segurança Alimentar e Económica no exercício das funções de fiscalização.

3 – Aos funcionários em serviço de inspecção devem ser facultados os elementosjustificadamente solicitados.

ARTIGO 56.°

Obrigação de participação

1 – Todas as autoridades e seus agentes devem participar à Autoridade de SegurançaAlimentar e Económica quaisquer infracções ao presente diploma e respectivas disposiçõesregulamentares.

2 – Quando se tratar de infracção ao disposto no n.° 6 do artigo 14.°, a participaçãoserá feita à Direcção-Geral de Transportes Terrestres.

ARTIGO 57.°

Contra-ordenações

1 – Constituem contra-ordenações os seguintes comportamentos:

a) A infracção ao disposto no n.° 1 do artigo 3.°;b) A infracção ao disposto nos n.°s 1 e 2 do artigo 4.°;c) A infracção ao disposto nos n.°s 4, 5 e 6 do artigo 4.° e no artigo 7.°;d) A violação do disposto no n.° 1 do artigo 11.°;e) Incumprimento do estipulado no n.° 1 do artigo 12.°;f) A infracção ao disposto no artigo 16.°;g) Incumprimento das obrigações previstas nos artigos 18.°, 19.°, 20.°, 22.° e 23.°;h) A infracção ao disposto no artigo 25.°;i) A alteração do preço de uma viagem organizada em violação do disposto no

artigo 26.°;j) O incumprimento das obrigações previstas nos n.°s 1 e 2 do artigo 30.° e 1 do

artigo 31.°;l) A infracção ao disposto no artigo 32.°;

Adenda 63

Page 64: Legislação Turística

m) A não prestação das garantias exigidas pelo artigo 41.°, pelo n.° 1 do artigo 43.°e pelos artigos 45.°, 50.° e 52.°;

n) O incumprimento do disposto no artigo 42.°, no n.° 5 do artigo 45.° e no artigo 46.°;o) A oferta e reserva de serviços em empreendimentos turísticos, em empreendi-

mentos de turismo no espaço rural e em casas de natureza não licenciados ou semtítulo válido de abertura, bem como a intermediação na venda dos produtos dasempresas de animação turística, não licenciadas;

p) A oposição à realização de inspecções e vistorias pelas entidades competentes ea recusa de prestação, a estas entidades, dos elementos solicitados;

q) A realização de transportes em veículos automóveis não licenciados, nos termosdo n.° 6 do artigo 14.°;

r) A violação do disposto no n.° 3 do artigo 59.°;s) O incumprimento do estipulado nos n.°s 1 e 5 do artigo 53.°-A.

2 – São punidos com coimas de € 15 000 a € 30 000 os comportamentos previstosnas alíneas a) e m) do número anterior.

3 – São punidos com coima de € 5000 a € 20 000 os comportamentos referidos nasalíneas n) e o) do n.° 1.

4 – São punidos com coima de € 1000 a € 10 000 os comportamentos descritos nasalíneas b), d) a h), j), l), p), q) e s) do n.° 1.

5 – São punidos com coima de € 500 a € 5000 os comportamentos previstos na alí-nea i) do n.° 1.

6 – São punidos com coima de € 250 a € 2500 os comportamentos referenciadosna alínea c) do n.° 1.

7 – É punido com coima de € 500 a € 2500 o não cumprimento da obrigação pre-vista na alínea r) do n.° 1.

8 – A infracção prevista na alínea f) do n.° 1 é punida nos termos previstos na leigeral relativa ao livro de reclamações.

ARTIGO 58.°

Tentativa e negligência

A tentativa e a negligência são puníveis, sendo os limites máximo e mínimo dacoima, nesses casos, reduzidos a metade.

ARTIGO 59.°

Sanções acessórias

1 – Quando a gravidade da infracção o justifique, podem ser aplicadas as seguintessanções acessórias, nos termos do regime geral das contra-ordenações:

a) Interdição do exercício de profissão ou actividades directamente relacionadascom a infracção praticada;

b) Suspensão da autorização para o exercício da actividade e encerramento dosestabelecimentos;

64 Legislação Turística – Anotada

Page 65: Legislação Turística

c) Suspensão do alvará da agência, quando se trate de comportamentos referidosnas alíneas m), n) e o) do n.° 1 do artigo 57.°.

2 – A decisão de aplicação de qualquer sanção poderá ser publicada, a expensas doinfractor, pela Comissão de Aplicação de Coimas em Matéria Económica e de Publicidade,em jornal de difusão nacional, regional ou local, de acordo com o local, a importância e osefeitos da infracção.

3 – A agência deve afixar cópia da decisão sancionatória, pelo período de 30 dias,no próprio estabelecimento, em lugar e por forma bem visível.

ARTIGO 60.°

Competência para aplicação das sanções

1 – É da competência da Comissão de Aplicação de Coimas em Matéria Económicae de Publicidade a aplicação das coimas previstas no presente diploma, à excepção dasresultantes da violação do n.° 6 do artigo 14.°, cuja competência é do director-geral deTransportes Terrestres.

2 – É da competência do membro do Governo responsável pela área do turismo acassação do alvará da agência de viagens e turismo.

3 – É competente para a aplicação das restantes sanções acessórias a entidade comcompetência para aplicação das coimas, nos termos dos números anteriores.

4 – A aplicação das coimas é comunicada ao Turismo de Portugal, I. P., para efei-tos de averbamento ao registo.

ARTIGO 61.°

Produto das coimas

O produto das coimas recebidas por infracção ao disposto no presente diplomareverte em 60% para os cofres do Estado, em 30% para a Autoridade de Segurança Ali-mentar e Económica e em 10% para a Comissão de Aplicação de Coimas em Matéria Eco-nómica e de Publicidade, excepto o que resultar das coimas previstas por infracção ao dis-posto no n.° 6 do artigo 14.°, que reverterá em 60% para os cofres do Estado, em 20% paraa Direcção-Geral de Transportes Terrestres e em 20% para a entidade fiscalizadora.

CAPÍTULO IX

Disposições finais e transitórias

ARTIGO 62.°

Taxas

1 – Os montantes das taxas devidas pela concessão de licenças e de autorizaçõesconstituem receitas do Turismo de Portugal, I. P., e são fixadas por portaria dos membrosdo Governo responsáveis pelas áreas das finanças e do turismo, a aprovar no prazo de 90 dias.

Adenda 65

Page 66: Legislação Turística

2 – A forma de pagamento é fixada na portaria referida no número anterior.3 – O requerente deverá juntar ao processo documento comprovativo do pagamento

no prazo máximo de 15 dias, sob pena de ser devolvida toda a documentação entregue.4 – As empresas de animação turística que pretendam constituir-se como agências

de viagens e turismo e reúnam os requisitos previstos neste diploma para o efeito pagam odiferencial da taxa de licenciamento entre a respectiva licença e o valor da taxa previstapara as agências de viagens e turismo.

ARTIGO 63.°

Revogado.

ARTIGO 64.°

Revogado.

ARTIGO 64.°-A

Meios de comunicação

As comunicações e requerimentos previstos no presente diploma são efectuados porvia informática, nos termos a definir por portaria do membro do Governo com tutela naárea do turismo.

ARTIGO 65.°

Intimação judicial para um comportamento

1 – Nos casos de deferimento, expresso ou tácito, de pedidos de licenciamento pre-vistos no artigo 6.°, perante recusa injustificada ou falta de emissão do alvará respectivo noprazo devido, pode o interessado requerer ao tribunal administrativo competente a intima-ção da autoridade competente para proceder à referida emissão.

2 – É condição do conhecimento do pedido de intimação referido no número ante-rior o pagamento ou o depósito das taxas devidas nos termos do disposto no artigo 62.°.

3 – O requerimento de intimação deve ser instruído com os seguintes documentos:

a) Cópia do requerimento para a prática do acto devido;b) Cópia da notificação do deferimento expresso quando ele tenha tido lugar;c) Cópia do pedido de licenciamento e dos elementos referidos nos n.°s 2 e 3 do

artigo 5.° e 1 e 2 do artigo 6.°, no caso de deferimento tácito.

4 – Ao pedido de intimação referido no n.° 1 aplica-se o disposto no Código de Pro-cesso nos Tribunais Administrativos.

5 – O recurso da decisão que haja intimado à emissão de alvará tem efeito suspen-sivo.

66 Legislação Turística – Anotada

Page 67: Legislação Turística

6 – O efeito meramente devolutivo do recurso pode, porém, ser requerido pelo recor-rido ou concedido oficiosamente pelo tribunal, caso do recurso resultem indícios da ilega-lidade da sua interposição ou da improcedência do mesmo, devendo o juiz relator decidiresta questão, quando a ela houver lugar, no prazo de 10 dias.

7 – A certidão da sentença transitada em julgado que haja intimado à emissão doalvará substitui, para todos os efeitos previstos no presente diploma, o alvará não emitido.

8 – A Associação Portuguesa de Agências de Viagens e Turismo tem legitimidadeprocessual para intentar, em nome dos seus associados, os pedidos de intimação previstosno presente artigo.

9 – Os pedidos de intimação previstos no presente artigo devem ser propostos noprazo de três meses a contar do conhecimento do facto que lhes serve de fundamento, sobpena de caducidade.

ARTIGO 66.°

Regiões Autónomas

O regime previsto no presente diploma é aplicável às Regiões Autónomas dos Aço-res e da Madeira, sem prejuízo das adaptações decorrentes da estrutura própria da admi-nistração regional autónoma, a introduzir por diploma regional adequado.

ARTIGO 67.°

Revogação

1 – São revogados o Decreto-Lei n.° 198/93, de 27 de Maio, e o Decreto Regula-mentar n.° 24/93, de 19 de Julho.

2 – A Portaria n.° 784/93, de 6 de Setembro, manter-se-á em vigor até à publicaçãoda portaria prevista no n.° 1 do artigo 62.°.

3 – (Revogado.)

ARTIGO 68.°

Entrada em vigor

O presente diploma entra em vigor no dia seguinte ao da sua publicação.

Adenda 67

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RESUMO BDJUR DO DOCUMENTO:

Entrada em vigor em 21-07-2007

Partes específicas deste documento alteram outros diplomas ou foram alvo de alteração por outros diplomas

ARTIGO 1.°Alteração ao Decreto-Lei n.° 209/97, de 13 de Agosto:

– Altera Decreto-Lei n.° 12/99 de 11-01-1999, Artigo 2.° – Actividades próprias eacessórias

Regime Jurídico de Acesso e Exercício da Actividade das Agências de Viagens e Turismo– Republicação– Altera Decreto-Lei n.° 12/99 de 11-01-1999, Artigo 3.° – Exclusividade e limites

Regime Jurídico de Acesso e Exercício da Actividade das Agências de Viagens eTurismo – Republicação

– Altera Decreto-Lei n.° 12/99 de 11-01-1999, Artigo 4.° – Denominação, nome dosestabelecimentos e menções em actos externos

Regime Jurídico de Acesso e Exercício da Actividade das Agências de Viagens e Turismo– Republicação– Altera Decreto-Lei n.° 12/99 de 11-01-1999, Artigo 5.° – Licença

Regime Jurídico de Acesso e Exercício da Actividade das Agências de Viagens e Turismo– Republicação– Altera Decreto-Lei n.° 12/99 de 11-01-1999, Artigo 6.° – Pedido

Regime Jurídico de Acesso e Exercício da Actividade das Agências de Viagens e Turismo– Republicação– Altera Decreto-Lei n.° 12/99 de 11-01-1999, Artigo 8.° – Sucursais de agências

estabelecidas na União EuropeiaRegime Jurídico de Acesso e Exercício da Actividade das Agências de Viagens e Turismo

– Republicação– Altera Decreto-Lei n.° 12/99 de 11-01-1999, Artigo 9.° – Revogação da licença

Regime Jurídico de Acesso e Exercício da Actividade das Agências de Viagens e Turismo– Republicação– Altera Decreto-Lei n.° 12/99 de 11-01-1999, Artigo 12.° – Abertura e mudança de

localizaçãoRegime Jurídico de Acesso e Exercício da Actividade das Agências de Viagens e Turismo

– Republicação

Page 70: Legislação Turística

– Altera Decreto-Lei n.° 12/99 de 11-01-1999, Artigo 14.° – Utilização de meiospróprios

Regime Jurídico de Acesso e Exercício da Actividade das Agências de Viagens e Turismo– Republicação– Altera Decreto-Lei n.° 12/99 de 11-01-1999, Artigo 15.° – Representantes das

agênciasRegime Jurídico de Acesso e Exercício da Actividade das Agências de Viagens e Turismo

– Republicação– Altera Decreto-Lei n.° 12/99 de 11-01-1999, Artigo 16.° – Livro de reclamações

Regime Jurídico de Acesso e Exercício da Actividade das Agências de Viagens e Turismo– Republicação

– Altera Decreto-Lei n.° 12/99 de 11-01-1999, Artigo 17.° – Noção e espéciesRegime Jurídico de Acesso e Exercício da Actividade das Agências de Viagens e Turismo

– Republicação– Altera Decreto-Lei n.° 12/99 de 11-01-1999, Artigo 18.° – Obrigação de infor-

mação préviaRegime Jurídico de Acesso e Exercício da Actividade das Agências de Viagens e Turismo

– Republicação– Altera Decreto-Lei n.° 12/99 de 11-01-1999, Artigo 19.° – Obrigações acessórias

Regime Jurídico de Acesso e Exercício da Actividade das Agências de Viagens e Turismo– Republicação– Altera Decreto-Lei n.° 12/99 de 11-01-1999, Artigo 20.° – Programas de viagem

Regime Jurídico de Acesso e Exercício da Actividade das Agências de Viagens e Turismo– Republicação– Altera Decreto-Lei n.° 12/99 de 11-01-1999, Artigo 21.° – Carácter vinculativo do

programaRegime Jurídico de Acesso e Exercício da Actividade das Agências de Viagens e Turismo

– Republicação– Altera Decreto-Lei n.° 12/99 de 11-01-1999, Artigo 22.° – Contrato

Regime Jurídico de Acesso e Exercício da Actividade das Agências de Viagens e Turismo– Republicação– Altera Decreto-Lei n.° 12/99 de 11-01-1999, Artigo 23.° – Informação sobre a

viagemRegime Jurídico de Acesso e Exercício da Actividade das Agências de Viagens e Turismo

– Republicação– Altera Decreto-Lei n.° 12/99 de 11-01-1999, Artigo 24.° – Cessão da posição con-

tratualRegime Jurídico de Acesso e Exercício da Actividade das Agências de Viagens e Turismo

– Republicação– Altera Decreto-Lei n.° 12/99 de 11-01-1999, Artigo 25.° – Acompanhamento dos

turistas por profissionais de informação turísticaRegime Jurídico de Acesso e Exercício da Actividade das Agências de Viagens e Turismo

– Republicação– Altera Decreto-Lei n.° 12/99 de 11-01-1999, Artigo 27.° – Impossibilidade de

cumprimentoRegime Jurídico de Acesso e Exercício da Actividade das Agências de Viagens e Turismo

– Republicação

70 Legislação Turística – Anotada

Page 71: Legislação Turística

– Altera Decreto-Lei n.° 12/99 de 11-01-1999, Artigo 30.° – IncumprimentoRegime Jurídico de Acesso e Exercício da Actividade das Agências de Viagens e Turismo

– Republicação– Altera Decreto-Lei n.° 12/99 de 11-01-1999, Artigo 40.° – Limites

Regime Jurídico de Acesso e Exercício da Actividade das Agências de Viagens e Turismo– Republicação– Altera Decreto-Lei n.° 12/99 de 11-01-1999, Artigo 41.° – Garantias exigidas

Regime Jurídico de Acesso e Exercício da Actividade das Agências de Viagens e Turismo– Republicação– Altera Decreto-Lei n.° 12/99 de 11-01-1999, Artigo 45.° – Montante

Regime Jurídico de Acesso e Exercício da Actividade das Agências de Viagens e Turismo– Republicação– Altera Decreto-Lei n.° 12/99 de 11-01-1999, Artigo 46.° – Actualização

Regime Jurídico de Acesso e Exercício da Actividade das Agências de Viagens e Turismo– Republicação– Altera Decreto-Lei n.° 12/99 de 11-01-1999, Artigo 47.° – Funcionamento da

cauçãoRegime Jurídico de Acesso e Exercício da Actividade das Agências de Viagens e Turismo

-Republicação– Altera Decreto-Lei n.° 12/99 de 11-01-1999, Artigo 49.° – Obrigação das entida-

des garantesRegime Jurídico de Acesso e Exercício da Actividade das Agências de Viagens e Turismo

– Republicação– Altera Decreto-Lei n.° 12/99 de 11-01-1999, Artigo 50.° – Seguro de responsabi-

lidade civilRegime Jurídico de Acesso e Exercício da Actividade das Agências de Viagens e Turismo

– Republicação– Altera Decreto-Lei n.° 12/99 de 11-01-1999, Artigo 52.° – Instituições de econo-

mia socialRegime Jurídico de Acesso e Exercício da Actividade das Agências de Viagens e Turismo

– Republicação– Altera Decreto-Lei n.° 12/99 de 11-01-1999, Artigo 55.° – Competência da Direc-

ção-Geral do TurismoRegime Jurídico de Acesso e Exercício da Actividade das Agências de Viagens e Turismo

– Republicação– Altera Decreto-Lei n.° 12/99 de 11-01-1999, Artigo 56.° – Obrigação de partici-

paçãoRegime Jurídico de Acesso e Exercício da Actividade das Agências de Viagens e Turismo

– Republicação– Altera Decreto-Lei n.° 12/99 de 11-01-1999, Artigo 57.° – Contra-ordenações

Regime Jurídico de Acesso e Exercício da Actividade das Agências de Viagens e Turismo– Republicação– Altera Decreto-Lei n.° 12/99 de 11-01-1999, Artigo 59.° – Sanções acessórias

Regime Jurídico de Acesso e Exercício da Actividade das Agências de Viagens e Turismo– Republicação– Altera Decreto-Lei n.° 12/99 de 11-01-1999, Artigo 60.° – Competência para

aplicação das sanções

Adenda 71

Page 72: Legislação Turística

Regime Jurídico de Acesso e Exercício da Actividade das Agências de Viagens e Turismo– Republicação– Altera Decreto-Lei n.° 12/99 de 11-01-1999, Artigo 61.° – Produto das coimas

Regime Jurídico de Acesso e Exercício da Actividade das Agências de Viagens e Turismo– Republicação– Altera Decreto-Lei n.° 12/99 de 11-01-1999, Artigo 62.° – Taxas

Regime Jurídico de Acesso e Exercício da Actividade das Agências de Viagens e Turismo– Republicação– Altera Decreto-Lei n.° 12/99 de 11-01-1999, Artigo 65.° – Intimação judicial para

um comportamentoRegime Jurídico de Acesso e Exercício da Actividade das Agências de Viagens e Turismo

– Republicação– Altera Decreto-Lei n.° 12/99 de 11-01-1999, Artigo 11.° – Estabelecimentos

Regime Jurídico de Acesso e Exercício da Actividade das Agências de Viagens e Turismo– Republicação

ARTIGO 2.°

[...]:

– Altera Decreto-Lei n.° 12/99 de 11-01-1999, Artigo 2.° – Actividades próprias eacessórias

Regime Jurídico de Acesso e Exercício da Actividade das Agências de Viagens e Turismo-Republicação

ARTIGO 3.°

[...]:

– Altera Decreto-Lei n.° 12/99 de 11-01-1999, Artigo 3.° – Exclusividade e limitesRegime Jurídico de Acesso e Exercício da Actividade das Agências de Viagens e Turismo

– Republicação

ARTIGO 4.°

[...]:

– Altera Decreto-Lei n.° 12/99 de 11-01-1999, Artigo 4.° – Denominação, nome dosestabelecimentos e menções em actos externos

Regime Jurídico de Acesso e Exercício da Actividade das Agências de Viagens e TurismoRepublicação

72 Legislação Turística – Anotada

Page 73: Legislação Turística

ARTIGO 5.°

[...]:

– Altera Decreto-Lei n.° 12/99 de 11-01-1999, Artigo 5.° – LicençaRegime Jurídico de Acesso e Exercício da Actividade das Agências de Viagens e Turismo

– Republicação

ARTIGO 6.°

[...]:

– Altera Decreto-Lei n.° 12/99 de 11-01-1999, Artigo 6.° – PedidoRegime Jurídico de Acesso e Exercício da Actividade das Agências de Viagens e Turismo

– Republicação

ARTIGO 8.°

[...]:

– Altera Decreto-Lei n.° 12/99 de 11-01-1999, Artigo 8.° – Sucursais de agênciasestabelecidas na União Europeia

Regime Jurídico de Acesso e Exercício da Actividade das Agências de Viagens e Turismo– Republicação

ARTIGO 9.°

[...]:

– Altera Decreto-Lei n.° 12/99 de 11-01-1999, Artigo 9.° – Revogação da licençaRegime Jurídico de Acesso e Exercício da Actividade das Agências de Viagens e Turismo

– Republicação

ARTIGO 10.°

[...]:

– Altera Decreto-Lei n.° 12/99 de 11-01-1999, Artigo 10.° – RegistoRegime Jurídico de Acesso e Exercício da Actividade das Agências de Viagens e Turismo

– Republicação

ARTIGO 11.°

[...]:

– Altera Decreto-Lei n.° 12/99 de 11-01-1999, Artigo 11.° – Estabelecimentos

Adenda 73

Page 74: Legislação Turística

Regime Jurídico de Acesso e Exercício da Actividade das Agências de Viagens e Turismo– Republicação

ARTIGO 12.°

[...]:

– Altera Decreto-Lei n.° 12/99 de 11-01-1999, Artigo 12.° – Abertura e mudança delocalização

Regime Jurídico de Acesso e Exercício da Actividade das Agências de Viagens e Turismo– Republicação

ARTIGO 14.°

[...]:

– Altera Decreto-Lei n.° 12/99 de 11-01-1999, Artigo 14.° – Utilização de meiospróprios

Regime Jurídico de Acesso e Exercício da Actividade das Agências de Viagens e Turismo– Republicação

ARTIGO 15.°

[...]:

– Altera Decreto-Lei n.° 12/99 de 11-01-1999, Artigo 15.° – Representantes dasagências

Regime Jurídico de Acesso e Exercício da Actividade das Agências de Viagens e Turismo– Republicação

ARTIGO 16.°

[...]:

– Altera Decreto-Lei n.° 12/99 de 11-01-1999, Artigo 16.° – Livro de reclamaçõesRegime Jurídico de Acesso e Exercício da Actividade das Agências de Viagens e Turismo

– Republicação

ARTIGO 17.°

[...]:

– Altera Decreto-Lei n.° 12/99 de 11-01-1999, Artigo 17.° – Noção e espéciesRegime Jurídico de Acesso e Exercício da Actividade das Agências de Viagens e Turismo

– Republicação

74 Legislação Turística – Anotada

Page 75: Legislação Turística

ARTIGO 18.°

[...]:

– Altera Decreto-Lei n.° 12/99 de 11-01-1999, Artigo 18.° – Obrigação de infor-mação prévia

Regime Jurídico de Acesso e Exercício da Actividade das Agências de Viagens e Turismo– Republicação

ARTIGO 19.°

[...]:

– Altera Decreto-Lei n.° 12/99 de 11-01-1999, Artigo 19.° – Obrigações acessóriasRegime Jurídico de Acesso e Exercício da Actividade das Agências de Viagens e Turismo

– Republicação

ARTIGO 20.°

[...]:

– Altera Decreto-Lei n.° 12/99 de 11-01-1999, Artigo 20.° – Programas de viagemRegime Jurídico de Acesso e Exercício da Actividade das Agências de Viagens e Turismo

– Republicação

ARTIGO 21.°

[...]:

– Altera Decreto-Lei n.° 12/99 de 11-01-1999, Artigo 21.° – Carácter vinculativo doprograma

Regime Jurídico de Acesso e Exercício da Actividade das Agências de Viagens e Turismo-Republicação

ARTIGO 22.°

[...]:

– Altera Decreto-Lei n.° 12/99 de 11-01-1999, Artigo 22.° – ContratoRegime Jurídico de Acesso e Exercício da Actividade das Agências de Viagens e Turismo

– Republicação

ARTIGO 23.°

[...]:

– Altera Decreto-Lei n.° 12/99 de 11-01-1999, Artigo 23.° – Informação sobre aviagem

Adenda 75

Page 76: Legislação Turística

Regime Jurídico de Acesso e Exercício da Actividade das Agências de Viagens e Turismo– Republicação

ARTIGO 24.°

[...]:

– Altera Decreto-Lei n.° 12/99 de 11-01-1999, Artigo 24.° – Cessão da posição con-tratual

Regime Jurídico de Acesso e Exercício da Actividade das Agências de Viagens e Turismo– Republicação

ARTIGO 25.°

[...]:

– Altera Decreto-Lei n.° 12/99 de 11-01-1999, Artigo 25.° – Acompanhamento dosturistas por profissionais de informação turística

Regime Jurídico de Acesso e Exercício da Actividade das Agências de Viagens e Turismo– Republicação

ARTIGO 27.°

[...]:

– Altera Decreto-Lei n.° 12/99 de 11-01-1999, Artigo 27.° – Impossibilidade decumprimento

Regime Jurídico de Acesso e Exercício da Actividade das Agências de Viagens e Turismo– Republicação

ARTIGO 30.°

[...]:

– Altera Decreto-Lei n.° 12/99 de 11-01-1999, Artigo 30.° – IncumprimentoRegime Jurídico de Acesso e Exercício da Actividade das Agências de Viagens e Turismo

-Republicação

ARTIGO 40.°

[...]:

– Altera Decreto-Lei n.° 12/99 de 11-01-1999, Artigo 40.° – LimitesRegime Jurídico de Acesso e Exercício da Actividade das Agências de Viagens e Turismo

– Republicação

76 Legislação Turística – Anotada

Page 77: Legislação Turística

ARTIGO 41.°

[...]:

– Altera Decreto-Lei n.° 12/99 de 11-01-1999, Artigo 41.° – Garantias exigidasRegime Jurídico de Acesso e Exercício da Actividade das Agências de Viagens e Turismo

– Republicação

ARTIGO 45.°

[...]:

– Altera Decreto-Lei n.° 12/99 de 11-01-1999, Artigo 45.° – MontanteRegime Jurídico de Acesso e Exercício da Actividade das Agências de Viagens e Turismo

– Republicação

ARTIGO 46.°

[...]:

– Altera Decreto-Lei n.° 12/99 de 11-01-1999, Artigo 46.° – ActualizaçãoRegime Jurídico de Acesso e Exercício da Actividade das Agências de Viagens e Turismo

– Republicação

ARTIGO 47.°

[...]:

– Altera Decreto-Lei n.° 12/99 de 11-01-1999, Artigo 47.° – Funcionamento da cauçãoRegime Jurídico de Acesso e Exercício da Actividade das Agências de Viagens e Turismo

– Republicação

ARTIGO 49.°

[...]:

– Altera Decreto-Lei n.° 12/99 de 11-01-1999, Artigo 49.° – Obrigação das entida-des garantes

Regime Jurídico de Acesso e Exercício da Actividade das Agências de Viagens e Turismo– Republicação

ARTIGO 50.°

[...]:

– Altera Decreto-Lei n.° 12/99 de 11-01-1999, Artigo 50.° – Seguro de responsabi-lidade civil

Adenda 77

Page 78: Legislação Turística

Regime Jurídico de Acesso e Exercício da Actividade das Agências de Viagens e Turismo– Republicação

ARTIGO 52.°

[...]:

– Altera Decreto-Lei n.° 12/99 de 11-01-1999, Artigo 52.° – Instituições de econo-mia social

Regime Jurídico de Acesso e Exercício da Actividade das Agências de Viagens e Turismo– Republicação

ARTIGO 55.°

Competências de fiscalização e instrução de processos:

– Altera Decreto-Lei n.° 12/99 de 11-01-1999, Artigo 55.° – Competência da Direc-ção-Geral do Turismo

Regime Jurídico de Acesso e Exercício da Actividade das Agências de Viagens e Turismo– Republicação

ARTIGO 56.°

[...]:

– Altera Decreto-Lei n.° 12/99 de 11-01-1999, Artigo 56.° – Obrigação de partici-pação

Regime Jurídico de Acesso e Exercício da Actividade das Agências de Viagens e Turismo– Republicação

ARTIGO 57.°

[...]:

– Altera Decreto-Lei n.° 12/99 de 11-01-1999, Artigo 57.° – Contra-ordenaçõesRegime Jurídico de Acesso e Exercício da Actividade das Agências de Viagens e Turismo

– Republicação

ARTIGO 59.°

[...]:

– Altera Decreto-Lei n.° 12/99 de 11-01-1999, Artigo 59.° – Sanções acessóriasRegime Jurídico de Acesso e Exercício da Actividade das Agências de Viagens e Turismo

– Republicação

78 Legislação Turística – Anotada

Page 79: Legislação Turística

ARTIGO 60.°

[...]:

– Altera Decreto-Lei n.° 12/99 de 11-01-1999, Artigo 60.° – Competência para apli-cação das sanções

Regime Jurídico de Acesso e Exercício da Actividade das Agências de Viagens e Turismo– Republicação

ARTIGO 61.°

[...]:

– Altera Decreto-Lei n.° 12/99 de 11-01-1999, Artigo 61.° – Produto das coimasRegime Jurídico de Acesso e Exercício da Actividade das Agências de Viagens e Turismo

– Republicação

ARTIGO 62.°

[...]:

– Altera Decreto-Lei n.° 12/99 de 11-01-1999, Artigo 62.° – TaxasRegime Jurídico de Acesso e Exercício da Actividade das Agências de Viagens e Turismo

– Republicação

ARTIGO 65.°

[...]:

– Altera Decreto-Lei n.° 12/99 de 11-01-1999, Artigo 65.° – Intimação judicial paraum comportamento

Regime Jurídico de Acesso e Exercício da Actividade das Agências de Viagens e Turismo– Republicação

ARTIGO 2.°

Aditamento ao Decreto-Lei n.° 209/97, de 13 de Agosto:

– Adita Decreto-Lei n.° 12/99 de 11-01-1999, CAPÍTULO VII – Regimes especiaisRegime Jurídico de Acesso e Exercício da Actividade das Agências de Viagens e Turismo

– Republicação– Adita Decreto-Lei n.° 12/99 de 11-01-1999, CAPÍTULO IX – Disposições finais e

transitóriasRegime Jurídico de Acesso e Exercício da Actividade das Agências de Viagens e Turismo

– Republicação

Adenda 79

Page 80: Legislação Turística

ARTIGO 4.°Norma revogatória:

– Revoga Decreto-Lei n.° 12/99 de 11-01-1999, Artigo 3.° – Exclusividade e limitesRegime Jurídico de Acesso e Exercício da Actividade das Agências de Viagens e Turismo

– Republicação– Revoga Decreto-Lei n.° 12/99 de 11-01-1999, Artigo 6.° – Pedido

Regime Jurídico de Acesso e Exercício da Actividade das Agências de Viagens e Turismo– Republicação– Revoga Decreto-Lei n.° 12/99 de 11-01-1999, Artigo 10.° – Registo

Regime Jurídico de Acesso e Exercício da Actividade das Agências de Viagens e Turismo– Republicação– Revoga Decreto-Lei n.° 12/99 de 11-01-1999, Artigo 11.° – Estabelecimentos

Regime Jurídico de Acesso e Exercício da Actividade das Agências de Viagens e Turismo– Republicação– Revoga Decreto-Lei n.° 12/99 de 11-01-1999, Artigo 12.° – Abertura e mudança

de localizaçãoRegime Jurídico de Acesso e Exercício da Actividade das Agências de Viagens e Turismo

– Republicação– Revoga Decreto-Lei n.° 12/99 de 11-01-1999, Artigo 16.° – Livro de reclamações

Regime Jurídico de Acesso e Exercício da Actividade das Agências de Viagens e Turismo– Republicação– Revoga Decreto-Lei n.° 12/99 de 11-01-1999, Artigo 53.° – Remissão

Regime Jurídico de Acesso e Exercício da Actividade das Agências de Viagens e Turismo– Republicação– Revoga Decreto-Lei n.° 12/99 de 11-01-1999, Artigo 54.° – Garantias

Regime Jurídico de Acesso e Exercício da Actividade das Agências de Viagens e Turismo– Republicação– Revoga Decreto-Lei n.° 12/99 de 11-01-1999, Artigo 63.° – Aumento de capital

socialRegime Jurídico de Acesso e Exercício da Actividade das Agências de Viagens e Turismo

– Republicação– Revoga Decreto-Lei n.° 12/99 de 11-01-1999, Artigo 64.° – Utilização de meios

própriosRegime Jurídico de Acesso e Exercício da Actividade das Agências de Viagens e Turismo

– Republicação

ARTIGO 6.°

Republicação:

– Republica Decreto-Lei n.° 12/99 de 11-01-1999, ANEXORegime Jurídico de Acesso e Exercício da Actividade das Agências de Viagens e Turismo-

Republicação.

80 Legislação Turística – Anotada

Page 81: Legislação Turística

ANEXORepublicação do Decreto-Lei n.° 209/97, de 13 de Agosto:

– Republica Decreto-Lei n.° 12/99 de 11-01-1999, ANEXORegime Jurídico de Acesso e Exercício da Actividade das Agências de Viagens e Turismo

– Republicação.

Adenda 81

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