LEGISLAÇÃO e SANEAMENTO BÁSICO - ifrc. · PDF filehabitação, saneamento básico e transportes urbanos; V – elaborar e executar planos nacionais e regionais de ordenação do

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  • CAPA

    MINISTRIO DAS CIDADES

    SECRETARIA EXECUTIVA Assessoria de Relaes Internacionais

    SECRETARIA NACIONAL DE SANEAMENTO AMBIENTAL

    Diretoria de Articulao

    SECRETARIA NACIONAL DE PROGRAMAS URBANOS

    LEGISLAO

    e SANEAMENTO BSICO

    ESTATUTO DA CIDADE Lei N. 10.257 de Julho de 2.001

    SANEAMENTO BASICO Lei N. 11.445 de 05 de Janeiro de 2.007

    CONSRCIOS PBLICOS Lei N. 11.107 de 06 de Abril de 2.005

    Decreto N. 6.017 de 17 de Janeiro de 2.007

    Braslia, abril de 2.007

  • CONTRACAPA Ministro das Cidades: Secretrio Executivo: Secretrio Nacional de Saneamento Ambiental: Secretrio Nacional de Programas Urbanos:

  • APRESENTAO

    De todas as coisas a melhor a gua Pndaro poeta da Grcia antiga

    Entre os objetivos, dentre as mltiplas finalidades que se prope a Poltica Nacional de

    Saneamento Bsico, podem -se destacar dois (02) deles: o primeiro contribuir para a transparncia das aes, baseada em sistemas de informaes; o segundo a possibilidade dos entes da Federao poderem se organizar administrativamente sob forma de consrcios pblicos De outro lado, a gesto associada entre os entes federativos indica a introduo de novas posturas no setor saneamento, facilitando a implementao desta poltica no interior do pas, principalmente naqueles municpios de pequeno porte e de poucos recursos financeiros.

    Agregado a estes objetivos, destaca-se tambm a necessidade de aperfeioar o

    funcionamento das cidades. Considera-se que em nosso pas, podem ser encontradas regies e municpios com dificuldades de acesso aos bens e servios pblicos. Assim, o fortalecimento da poltica urbana, principalmente no que diz respeito implantao e/ou implementao dos Planos Diretores, da poltica de habitao e de saneamento, constituem ferramentas que se articulam aos esforos governamentais para a universalizao das aes de saneamento

    O Estatuto da Cidade, Lei N.10.257, de 10 de julho de 2001e ao arcabouo legal do setor saneamento trazem a possibilidade de introduzir mudanas no cenrio urbano definindo sua funo social e da propriedade.

    Nesse sentido, a divulgao em escala cada vez mais ampla dos direitos e deveres dos

    cidados e do Estado constitui, por certo, um dos alicerces mais slidos para a democratizao cada vez maior do pas, e, consequentemente, a reafirmao da cidadania.

    Da, a preocupao do Ministrio das Cidades em uma publicao estruturada e

    atualizada da legislao brasileira sobre a poltica urbana e de saneamento bsico, para orientar e fundamentar os profissionais ligados rea e de informao para os demais cidados, afim de que possam obter os equacionamentos jurdicos para as dvidas que podem chegar a todos.

    Espera-se que os objetivos da Poltica Nacional de Saneamento sejam alcanados e

    estimule os Entes Federados Estaduais e Municipais, Organizaes No Governamentais e ao cidado em geral, conhecer mais sobre a legislao urbana.

  • LEI N 10.257, DE 10 DE JULHO DE 2001.o

    ESTATUTO DA CIDADE

    http://legislacao.planalto.gov.br/legislacao.nsf/Viw_Identificacao/lei%2010.257-2001?OpenDocumenthttp://legislacao.planalto.gov.br/legislacao.nsf/Viw_Identificacao/lei%2010.257-2001?OpenDocumenthttp://legislacao.planalto.gov.br/legislacao.nsf/Viw_Identificacao/lei%2010.257-2001?OpenDocument

  • Presidncia da Repblica Casa Civil

    Subchefia para Assuntos Jurdicos

    LEI No 10.257, DE 10 DE JULHO DE 2001.

    Mensagem de Veto n 730Regulamenta os arts. 182 e 183 da Constituio Federal, estabelece diretrizes gerais da poltica urbana e d outras providncias.

    O PRESIDENTE DA REPBLICA Fao saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

    CAPTULO I

    DIRETRIZES GERAIS

    Art. 1o Na execuo da poltica urbana, de que tratam os arts. 182 e 183 da Constituio Federal, ser aplicado o previsto nesta Lei.

    Pargrafo nico. Para todos os efeitos, esta Lei, denominada Estatuto da Cidade, estabelece normas de ordem pblica e interesse social que regulam o uso da propriedade urbana em prol do bem coletivo, da segurana e do bem-estar dos cidados, bem como do equilbrio ambiental.

    Art. 2o A poltica urbana tem por objetivo ordenar o pleno desenvolvimento das funes sociais da cidade e da propriedade urbana, mediante as seguintes diretrizes gerais:

    I garantia do direito a cidades sustentveis, entendido como o direito terra urbana, moradia, ao saneamento ambiental, infra-estrutura urbana, ao transporte e aos servios pblicos, ao trabalho e ao lazer, para as presentes e futuras geraes;

    II gesto democrtica por meio da participao da populao e de associaes representativas dos vrios segmentos da comunidade na formulao, execuo e acompanhamento de planos, programas e projetos de desenvolvimento urbano;

    III cooperao entre os governos, a iniciativa privada e os demais setores da sociedade no processo de urbanizao, em atendimento ao interesse social;

    IV planejamento do desenvolvimento das cidades, da distribuio espacial da populao e das atividades econmicas do Municpio e do territrio sob sua rea de influncia, de modo a evitar e corrigir as distores do crescimento urbano e seus efeitos negativos sobre o meio ambiente;

    V oferta de equipamentos urbanos e comunitrios, transporte e servios pblicos adequados aos interesses e necessidades da populao e s caractersticas locais;

    http://legislacao.planalto.gov.br/legislacao.nsf/Viw_Identificacao/lei%2010.257-2001?OpenDocumenthttp://legislacao.planalto.gov.br/legislacao.nsf/Viw_Identificacao/lei%2010.257-2001?OpenDocumenthttp://legislacao.planalto.gov.br/legislacao.nsf/Viw_Identificacao/lei%2010.257-2001?OpenDocumenthttps://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/Mensagem_Veto/2001/Mv730-01.htm

  • VI ordenao e controle do uso do solo, de forma a evitar:

    a) a utilizao inadequada dos imveis urbanos;

    b) a proximidade de usos incompatveis ou inconvenientes;

    c) o parcelamento do solo, a edificao ou o uso excessivos ou inadequados em relao infra-estrutura urbana;

    d) a instalao de empreendimentos ou atividades que possam funcionar como plos geradores de trfego, sem a previso da infra-estrutura correspondente;

    e) a reteno especulativa de imvel urbano, que resulte na sua subutilizao ou no utilizao;

    f) a deteriorao das reas urbanizadas;

    g) a poluio e a degradao ambiental;

    VII integrao e complementaridade entre as atividades urbanas e rurais, tendo em vista o desenvolvimento socioeconmico do Municpio e do territrio sob sua rea de influncia;

    VIII adoo de padres de produo e consumo de bens e servios e de expanso urbana compatveis com os limites da sustentabilidade ambiental, social e econmica do Municpio e do territrio sob sua rea de influncia;

    IX justa distribuio dos benefcios e nus decorrentes do processo de urbanizao;

    X adequao dos instrumentos de poltica econmica, tributria e financeira e dos gastos pblicos aos objetivos do desenvolvimento urbano, de modo a privilegiar os investimentos geradores de bem-estar geral e a fruio dos bens pelos diferentes segmentos sociais;

    XI recuperao dos investimentos do Poder Pblico de que tenha resultado a valorizao de imveis urbanos;

    XII proteo, preservao e recuperao do meio ambiente natural e construdo, do patrimnio cultural, histrico, artstico, paisagstico e arqueolgico;

    XIII audincia do Poder Pblico municipal e da populao interessada nos processos de implantao de empreendimentos ou atividades com efeitos potencialmente negativos sobre o meio ambiente natural ou construdo, o conforto ou a segurana da populao;

    XIV regularizao fundiria e urbanizao de reas ocupadas por populao de baixa renda mediante o estabelecimento de normas especiais de urbanizao, uso e ocupao do solo e edificao, consideradas a situao socioeconmica da populao e as normas ambientais;

    XV simplificao da legislao de parcelamento, uso e ocupao do solo e das normas edilcias, com vistas a permitir a reduo dos custos e o aumento da oferta dos lotes e unidades habitacionais;

  • XVI isonomia de condies para os agentes pblicos e privados na promoo de empreendimentos e atividades relativos ao processo de urbanizao, atendido o interesse social.

    Art. 3o Compete Unio, entre outras atribuies de interesse da poltica urbana:

    I legislar sobre normas gerais de direito urbanstico;

    II legislar sobre normas para a cooperao entre a Unio, os Estados, o Distrito Federal e os Municpios em relao poltica urbana, tendo em vista o equilbrio do desenvolvimento e do bem-estar em mbito nacional;

    III promover, por iniciativa prpria e em conjunto com os Estados, o Distrito Federal e os Municpios, programas de construo de moradias e a melhoria das condies habitacionais e de saneamento bsico;

    IV instituir diretrizes para o desenvolvimento urbano, inclusive habitao, saneamento bsico e transportes urbanos;

    V elaborar e executar planos nacionais e regionais de ordenao do territrio e de desenvolvimento econmico e social.

    CAPTULO II

    DOS INSTRUMENTOS DA POLTICA URBANA

    Seo I

    Dos instrumentos em geral

    Art. 4o Para os fins desta Lei, sero utilizados, entre outros instrumentos:

    I planos nacionais, regionais e estaduais de ordenao do territrio e de desenvolvimento econmico e social;

    II planejamento das regies metropolitanas, aglomeraes urbanas e microrregies;

    III