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Conselho Nacional de Assistência Social (CNAS) - 1/24 LEI Nº 8.742, DE 7 DE DEZEMBRO DE 1993. Dispõe sobre a organização da Assistência Social e dá outras providências. Consolidada até a lei nº 12.470/2011 O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte lei: LEI ORGÂNICA DA ASSISTÊNCIA SOCIAL CAPÍTULO I Das Definições e dos Objetivos Art. 1º A assistência social, direito do cidadão e dever do Estado, é Política de Seguridade Social não contributiva, que provê os mínimos sociais, realizada através de um conjunto integrado de ações de iniciativa pública e da sociedade, para garantir o atendimento às necessidades básicas. Art. 2º A assistência social tem por objetivos: I - a proteção à família, à maternidade, à infância, à adolescência e à velhice; II - o amparo às crianças e adolescentes carentes; III - a promoção da integração ao mercado de trabalho; IV - a habilitação e reabilitação das pessoas portadoras de deficiência e a promoção de sua integração à vida comunitária; V - a garantia de 1 (um) salário mínimo de benefício mensal à pessoa portadora de deficiência e ao idoso que comprovem não possuir meios de prover a própria manutenção ou de tê-la provida por sua família. Parágrafo único. A assistência social realiza-se de forma integrada às políticas setoriais, visando ao enfrentamento da pobreza, à garantia dos mínimos sociais, ao provimento de condições para atender contingências sociais e à universalização dos direitos sociais. Art. 2 o A assistência social tem por objetivos: (Redação dada pela Lei nº 12.435, de 2011) I - a proteção social, que visa à garantia da vida, à redução de danos e à prevenção da incidência de riscos, especialmente: (Redação dada pela Lei nº 12.435, de 2011) a) a proteção à família, à maternidade, à infância, à adolescência e à velhice; (Incluído pela Lei nº 12.435, de 2011) b) o amparo às crianças e aos adolescentes carentes; (Incluído pela Lei nº 12.435, de 2011) c) a promoção da integração ao mercado de trabalho; (Incluído pela Lei nº 12.435, de 2011)

Lei 08.742 - 07.12.1993 - LOAS consolidada (Lei 12.470_2011)

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    LEI N 8.742, DE 7 DE DEZEMBRO DE 1993.

    Dispe sobre a organizao da Assistncia Social e d outras providncias.

    Consolidada at a lei n 12.470/2011

    O PRESIDENTE DA REPBLICA, fao saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte lei:

    LEI ORGNICA DA ASSISTNCIA SOCIAL CAPTULO I

    Das Definies e dos Objetivos

    Art. 1 A assistncia social, direito do cidado e dever do Estado, Poltica de Seguridade Social no contributiva, que prov os mnimos sociais, realizada atravs de um conjunto integrado de aes de iniciativa pblica e da sociedade, para garantir o atendimento s necessidades bsicas.

    Art. 2 A assistncia social tem por objetivos: I - a proteo famlia, maternidade, infncia, adolescncia e velhice; II - o amparo s crianas e adolescentes carentes; III - a promoo da integrao ao mercado de trabalho; IV - a habilitao e reabilitao das pessoas portadoras de deficincia e a promoo de sua integrao vida comunitria; V - a garantia de 1 (um) salrio mnimo de benefcio mensal pessoa portadora de deficincia e ao idoso que comprovem no possuir meios de prover a prpria manuteno ou de t-la provida por sua famlia. Pargrafo nico. A assistncia social realiza-se de forma integrada s polticas setoriais, visando ao enfrentamento da pobreza, garantia dos mnimos sociais, ao provimento de condies para atender contingncias sociais e universalizao dos direitos sociais.

    Art. 2o A assistncia social tem por objetivos: (Redao dada pela Lei n 12.435, de 2011)

    I - a proteo social, que visa garantia da vida, reduo de danos e preveno da incidncia de riscos, especialmente: (Redao dada pela Lei n 12.435, de 2011)

    a) a proteo famlia, maternidade, infncia, adolescncia e velhice; (Includo pela Lei n 12.435, de 2011)

    b) o amparo s crianas e aos adolescentes carentes; (Includo pela Lei n 12.435, de 2011)

    c) a promoo da integrao ao mercado de trabalho; (Includo pela Lei n 12.435, de 2011)

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    d) a habilitao e reabilitao das pessoas com deficincia e a promoo de sua integrao vida comunitria; e (Includo pela Lei n 12.435, de 2011)

    e) a garantia de 1 (um) salrio-mnimo de benefcio mensal pessoa com deficincia e ao idoso que comprovem no possuir meios de prover a prpria manuteno ou de t-la provida por sua famlia; (Includo pela Lei n 12.435, de 2011)

    II - a vigilncia socioassistencial, que visa a analisar territorialmente a capacidade protetiva das famlias e nela a ocorrncia de vulnerabilidades, de ameaas, de vitimizaes e danos; (Redao dada pela Lei n 12.435, de 2011)

    III - a defesa de direitos, que visa a garantir o pleno acesso aos direitos no conjunto das provises socioassistenciais. (Redao dada pela Lei n 12.435, de 2011)

    Pargrafo nico. Para o enfrentamento da pobreza, a assistncia social realiza-se de forma integrada s polticas setoriais, garantindo mnimos sociais e provimento de condies para atender contingncias sociais e promovendo a universalizao dos direitos sociais. (Redao dada pela Lei n 12.435, de 2011)

    Art. 3 Consideram-se entidades e organizaes de assistncia social aquelas que prestam, sem fins lucrativos, atendimento e assessoramento aos beneficirios abrangidos por esta lei, bem como as que atuam na defesa e garantia de seus direitos.

    Art. 3o Consideram-se entidades e organizaes de assistncia social aquelas sem fins lucrativos que, isolada ou cumulativamente, prestam atendimento e assessoramento aos beneficirios abrangidos por esta Lei, bem como as que atuam na defesa e garantia de direitos. (Redao dada pela Lei n 12.435, de 2011)

    1o So de atendimento aquelas entidades que, de forma continuada, permanente e planejada, prestam servios, executam programas ou projetos e concedem benefcios de prestao social bsica ou especial, dirigidos s famlias e indivduos em situaes de vulnerabilidade ou risco social e pessoal, nos termos desta Lei, e respeitadas as deliberaes do Conselho Nacional de Assistncia Social (CNAS), de que tratam os incisos I e II do art. 18. (Includo pela Lei n 12.435, de 2011)

    2o So de assessoramento aquelas que, de forma continuada, permanente e planejada, prestam servios e executam programas ou projetos voltados prioritariamente para o fortalecimento dos movimentos sociais e das organizaes de usurios, formao e capacitao de lideranas, dirigidos ao pblico da poltica de assistncia social, nos termos desta Lei, e respeitadas as deliberaes do CNAS, de que tratam os incisos I e II do art. 18. (Includo pela Lei n 12.435, de 2011)

    3o So de defesa e garantia de direitos aquelas que, de forma continuada, permanente e planejada, prestam servios e executam programas e projetos voltados prioritariamente para a defesa e efetivao dos direitos socioassistenciais, construo de novos direitos, promoo da cidadania, enfrentamento das desigualdades sociais, articulao com rgos pblicos de defesa de direitos, dirigidos ao pblico da poltica de assistncia social, nos termos desta Lei, e respeitadas as deliberaes do CNAS, de que tratam os incisos I e II do art. 18. (Includo pela Lei n 12.435, de 2011)

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    CAPTULO II Dos Princpios e das Diretrizes

    SEO I

    Dos Princpios

    Art. 4 A assistncia social rege-se pelos seguintes princpios:

    I - supremacia do atendimento s necessidades sociais sobre as exigncias de rentabilidade econmica;

    II - universalizao dos direitos sociais, a fim de tornar o destinatrio da ao assistencial alcanvel pelas demais polticas pblicas;

    III - respeito dignidade do cidado, sua autonomia e ao seu direito a benefcios e servios de qualidade, bem como convivncia familiar e comunitria, vedando-se qualquer comprovao vexatria de necessidade;

    IV - igualdade de direitos no acesso ao atendimento, sem discriminao de qualquer natureza, garantindo-se equivalncia s populaes urbanas e rurais;

    V - divulgao ampla dos benefcios, servios, programas e projetos assistenciais, bem como dos recursos oferecidos pelo Poder Pblico e dos critrios para sua concesso.

    SEO II Das Diretrizes

    Art. 5 A organizao da assistncia social tem como base as seguintes diretrizes:

    I - descentralizao poltico-administrativa para os Estados, o Distrito Federal e os Municpios, e comando nico das aes em cada esfera de governo;

    II - participao da populao, por meio de organizaes representativas, na formulao das polticas e no controle das aes em todos os nveis;

    III - primazia da responsabilidade do Estado na conduo da poltica de assistncia social em cada esfera de governo.

    CAPTULO III Da Organizao e da Gesto

    Art. 6 As aes na rea de assistncia social so organizadas em sistema descentralizado e participativo, constitudo pelas entidades e organizaes de assistncia social abrangidas por esta lei, que articule meios, esforos e recursos, e por um conjunto de instncias deliberativas compostas pelos diversos setores envolvidos na rea.

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    Pargrafo nico. A instncia coordenadora da Poltica Nacional de Assistncia Social o Ministrio do Bem-Estar Social.

    Art. 6o A gesto das aes na rea de assistncia social fica organizada sob a forma de sistema descentralizado e participativo, denominado Sistema nico de Assistncia Social (Suas), com os seguintes objetivos: (Redao dada pela Lei n 12.435, de 2011)

    I - consolidar a gesto compartilhada, o cofinanciamento e a cooperao tcnica entre os entes federativos que, de modo articulado, operam a proteo social no contributiva; (Includo pela Lei n 12.435, de 2011)

    II - integrar a rede pblica e privada de servios, programas, projetos e benefcios de assistncia social, na forma do art. 6o-C; (Includo pela Lei n 12.435, de 2011)

    III - estabelecer as responsabilidades dos entes federativos na organizao, regulao, manuteno e expanso das aes de assistncia social;

    IV - definir os nveis de gesto, respeitadas as diversidades regionais e municipais; (Includo pela Lei n 12.435, de 2011)

    V - implementar a gesto do trabalho e a educao permanente na assistncia social; (Includo pela Lei n 12.435, de 2011)

    VI - estabelecer a gesto integrada de servios e benefcios; e (Includo pela Lei n 12.435, de 2011)

    VII - afianar a vigilncia socioassistencial e a garantia de direitos. (Includo pela Lei n 12.435, de 2011)

    1o As aes ofertadas no mbito do Suas tm por objetivo a proteo famlia, maternidade, infncia, adolescncia e velhice e, como base de organizao, o territrio.(Includo pela Lei n 12.435, de 2011)

    2o O Suas integrado pelos entes federativos, pelos respectivos conselhos de assistncia social e pelas entidades e organizaes de assistncia social abrangidas por esta Lei. (Includo pela Lei n 12.435, de 2011)

    3o A instncia coordenadora da Poltica Nacional de Assistncia Social o Ministrio do Desenvolvimento Social e Combate Fome. (Includo pela Lei n 12.435, de 2011)

    Art. 6o-A. A assistncia social organiza-se pelos seguintes tipos de proteo: (Includo pela Lei n 12.435, de 2011)

    I - proteo social bsica: conjunto de servios, programas, projetos e benefcios da assistncia social que visa a prevenir situaes de vulnerabilidade e risco social por meio do desenvolvimento de

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    potencialidades e aquisies e do fortalecimento de vnculos familiares e comunitrios; (Includo pela Lei n 12.435, de 2011)

    II - proteo social especial: conjunto de servios, programas e projetos que tem por objetivo contribuir para a reconstruo de vnculos familiares e comunitrios, a defesa de direito, o fortalecimento das potencialidades e aquisies e a proteo de famlias e indivduos para o enfrentamento das situaes de violao de direitos. (Includo pela Lei n 12.435, de 2011)

    Pargrafo nico. A vigilncia socioassistencial um dos instrumentos das protees da assistncia social que identifica e previne as situaes de risco e vulnerabilidade social e seus agravos no territrio. (Includo pela Lei n 12.435, de 2011)

    Art. 6o-B. As protees sociais bsica e especial sero ofertadas pela rede socioassistencial, de forma integrada, diretamente pelos entes pblicos e/ou pelas entidades e organizaes de assistncia social vinculadas ao Suas, respeitadas as especificidades de cada ao. (Includo pela Lei n 12.435, de 2011)

    1o A vinculao ao Suas o reconhecimento pelo Ministrio do Desenvolvimento Social e Combate Fome de que a entidade de assistncia social integra a rede socioassistencial. (Includo pela Lei n 12.435, de 2011)

    2o Para o reconhecimento referido no 1o, a entidade dever cumprir os seguintes requisitos: (Includo pela Lei n 12.435, de 2011)

    I - constituir-se em conformidade com o disposto no art. 3o; (Includo pela Lei n 12.435, de 2011)

    II - inscrever-se em Conselho Municipal ou do Distrito Federal, na forma do art. 9o; (Includo pela Lei n 12.435, de 2011)

    III - integrar o sistema de cadastro de entidades de que trata o inciso XI do art. 19. (Includo pela Lei n 12.435, de 2011)

    3o As entidades e organizaes de assistncia social vinculadas ao Suas celebraro convnios, contratos, acordos ou ajustes com o poder pblico para a execuo, garantido financiamento integral, pelo Estado, de servios, programas, projetos e aes de assistncia social, nos limites da capacidade instalada, aos beneficirios abrangidos por esta Lei, observando-se as disponibilidades oramentrias. (Includo pela Lei n 12.435, de 2011)

    4o O cumprimento do disposto no 3o ser informado ao Ministrio do Desenvolvimento Social e Combate Fome pelo rgo gestor local da assistncia social. (Includo pela Lei n 12.435, de 2011)

    Art. 6o-C. As protees sociais, bsica e especial, sero ofertadas precipuamente no Centro de Referncia de Assistncia Social (Cras) e no Centro de Referncia Especializado de Assistncia Social (Creas), respectivamente, e pelas entidades sem fins lucrativos de assistncia social de que trata o art. 3o desta Lei. (Includo pela Lei n 12.435, de 2011)

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    1o O Cras a unidade pblica municipal, de base territorial, localizada em reas com maiores ndices de vulnerabilidade e risco social, destinada articulao dos servios socioassistenciais no seu territrio de abrangncia e prestao de servios, programas e projetos socioassistenciais de proteo social bsica s famlias. (Includo pela Lei n 12.435, de 2011)

    2o O Creas a unidade pblica de abrangncia e gesto municipal, estadual ou regional, destinada prestao de servios a indivduos e famlias que se encontram em situao de risco pessoal ou social, por violao de direitos ou contingncia, que demandam intervenes especializadas da proteo social especial. (Includo pela Lei n 12.435, de 2011)

    3o Os Cras e os Creas so unidades pblicas estatais institudas no mbito do Suas, que possuem interface com as demais polticas pblicas e articulam, coordenam e ofertam os servios, programas, projetos e benefcios da assistncia social. (Includo pela Lei n 12.435, de 2011)

    Art. 6o-D. As instalaes dos Cras e dos Creas devem ser compatveis com os servios neles ofertados, com espaos para trabalhos em grupo e ambientes especficos para recepo e atendimento reservado das famlias e indivduos, assegurada a acessibilidade s pessoas idosas e com deficincia. (Includo pela Lei n 12.435, de 2011)

    Art. 6o-E. Os recursos do cofinanciamento do Suas, destinados execuo das aes continuadas de assistncia social, podero ser aplicados no pagamento dos profissionais que integrarem as equipes de referncia, responsveis pela organizao e oferta daquelas aes, conforme percentual apresentado pelo Ministrio do Desenvolvimento Social e Combate Fome e aprovado pelo CNAS. (Includo pela Lei n 12.435, de 2011)

    Pargrafo nico. A formao das equipes de referncia dever considerar o nmero de famlias e indivduos referenciados, os tipos e modalidades de atendimento e as aquisies que devem ser garantidas aos usurios, conforme deliberaes do CNAS. (Includo pela Lei n 12.435, de 2011)

    Art. 7 As aes de assistncia social, no mbito das entidades e organizaes de assistncia social, observaro as normas expedidas pelo Conselho Nacional de Assistncia Social (CNAS), de que trata o art. 17 desta lei.

    Art. 8 A Unio, os Estados, o Distrito Federal e os Municpios, observados os princpios e diretrizes estabelecidos nesta lei, fixaro suas respectivas Polticas de Assistncia Social.

    Art. 9 O funcionamento das entidades e organizaes de assistncia social depende de prvia inscrio no respectivo Conselho Municipal de Assistncia Social, ou no Conselho de Assistncia Social do Distrito Federal, conforme o caso.

    1 A regulamentao desta lei definir os critrios de inscrio e funcionamento das entidades com atuao em mais de um municpio no mesmo Estado, ou em mais de um Estado ou Distrito Federal.

    2 Cabe ao Conselho Municipal de Assistncia Social e ao Conselho de Assistncia Social do Distrito Federal a fiscalizao das entidades referidas no caput na forma prevista em lei ou regulamento.

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    3 A inscrio da entidade no Conselho Municipal de Assistncia Social, ou no Conselho de Assistncia Social do Distrito Federal, condio essencial para o encaminhamento de pedido de registro e de certificado de entidade de fins filantrpicos junto ao Conselho Nacional de Assistncia Social (CNAS). 3

    o A inscrio da entidade no Conselho Municipal de Assistncia Social, ou no Conselho de

    Assistncia Social do Distrito Federal, condio essencial para o encaminhamento de pedido de registro e de certificado de entidade beneficente de assistncia social junto ao Conselho Nacional de Assistncia Social - CNAS. (Redao dada pela Medida Provisria n 2.187-13, de 2001) (Revogado pela Medida Provisria n 446, de 2008) Rejeitada 3

    o A inscrio da entidade no Conselho Municipal de Assistncia Social, ou no Conselho de

    Assistncia Social do Distrito Federal, condio essencial para o encaminhamento de pedido de registro e de certificado de entidade beneficente de assistncia social junto ao Conselho Nacional de Assistncia Social - CNAS. (Redao dada pela Medida Provisria n 2.187-13, de 2001) (Revogado pela Lei n 12.101, de 2009)

    4 As entidades e organizaes de assistncia social podem, para defesa de seus direitos referentes inscrio e ao funcionamento, recorrer aos Conselhos Nacional, Estaduais, Municipais e do Distrito Federal.

    Art. 10. A Unio, os Estados, os Municpios e o Distrito Federal podem celebrar convnios com entidades e organizaes de assistncia social, em conformidade com os Planos aprovados pelos respectivos Conselhos.

    Art. 11. As aes das trs esferas de governo na rea de assistncia social realizam-se de forma articulada, cabendo a coordenao e as normas gerais esfera federal e a coordenao e execuo dos programas, em suas respectivas esferas, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municpios.

    Art. 12. Compete Unio:

    I - responder pela concesso e manuteno dos benefcios de prestao continuada definidos no art. 203 da Constituio Federal;

    II - apoiar tcnica e financeiramente os servios, os programas e os projetos de enfrentamento da pobreza em mbito nacional;

    II - cofinanciar, por meio de transferncia automtica, o aprimoramento da gesto, os servios, os programas e os projetos de assistncia social em mbito nacional; (Redao dada pela Lei n 12.435, de 2011)

    III - atender, em conjunto com os Estados, o Distrito Federal e os Municpios, s aes assistenciais de carter de emergncia.

    IV - realizar o monitoramento e a avaliao da poltica de assistncia social e assessorar Estados, Distrito Federal e Municpios para seu desenvolvimento. (Includo pela Lei n 12.435, de 2011)

    Art. 12-A. A Unio apoiar financeiramente o aprimoramento gesto descentralizada dos servios, programas, projetos e benefcios de assistncia social, por meio do ndice de Gesto Descentralizada (IGD)

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    do Sistema nico de Assistncia Social (Suas), para a utilizao no mbito dos Estados, dos Municpios e do Distrito Federal, destinado, sem prejuzo de outras aes a serem definidas em regulamento, a: (Includo pela Lei n 12.435, de 2011)

    I - medir os resultados da gesto descentralizada do Suas, com base na atuao do gestor estadual, municipal e do Distrito Federal na implementao, execuo e monitoramento dos servios, programas, projetos e benefcios de assistncia social, bem como na articulao intersetorial; (Includo pela Lei n 12.435, de 2011)

    II - incentivar a obteno de resultados qualitativos na gesto estadual, municipal e do Distrito Federal do Suas; e (Includo pela Lei n 12.435, de 2011)

    III - calcular o montante de recursos a serem repassados aos entes federados a ttulo de apoio financeiro gesto do Suas. (Includo pela Lei n 12.435, de 2011)

    1o Os resultados alcanados pelo ente federado na gesto do Suas, aferidos na forma de regulamento, sero considerados como prestao de contas dos recursos a serem transferidos a ttulo de apoio financeiro. (Includo pela Lei n 12.435, de 2011)

    2o As transferncias para apoio gesto descentralizada do Suas adotaro a sistemtica do ndice de Gesto Descentralizada do Programa Bolsa Famlia, previsto no art. 8o da Lei no 10.836, de 9 de janeiro de 2004, e sero efetivadas por meio de procedimento integrado quele ndice. (Includo pela Lei n 12.435, de 2011)

    3o (VETADO). (Includo pela Lei n 12.435, de 2011)

    4o Para fins de fortalecimento dos Conselhos de Assistncia Social dos Estados, Municpios e Distrito Federal, percentual dos recursos transferidos dever ser gasto com atividades de apoio tcnico e operacional queles colegiados, na forma fixada pelo Ministrio do Desenvolvimento Social e Combate Fome, sendo vedada a utilizao dos recursos para pagamento de pessoal efetivo e de gratificaes de qualquer natureza a servidor pblico estadual, municipal ou do Distrito Federal. (Includo pela Lei n 12.435, de 2011)

    Art. 13. Compete aos Estados:

    I - destinar recursos financeiros aos Municpios, a ttulo de participao no custeio do pagamento dos auxlios natalidade e funeral, mediante critrios estabelecidos pelos Conselhos Estaduais de Assistncia Social; II - apoiar tcnica e financeiramente os servios, os programas e os projetos de enfrentamento da pobreza em mbito regional ou local;

    I - destinar recursos financeiros aos Municpios, a ttulo de participao no custeio do pagamento dos benefcios eventuais de que trata o art. 22, mediante critrios estabelecidos pelos Conselhos Estaduais de Assistncia Social; (Redao dada pela Lei n 12.435, de 2011)

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    II - cofinanciar, por meio de transferncia automtica, o aprimoramento da gesto, os servios, os programas e os projetos de assistncia social em mbito regional ou local; (Redao dada pela Lei n 12.435, de 2011)

    III - atender, em conjunto com os Municpios, s aes assistenciais de carter de emergncia;

    IV - estimular e apoiar tcnica e financeiramente as associaes e consrcios municipais na prestao de servios de assistncia social;

    V - prestar os servios assistenciais cujos custos ou ausncia de demanda municipal justifiquem uma rede regional de servios, desconcentrada, no mbito do respectivo Estado.

    VI - realizar o monitoramento e a avaliao da poltica de assistncia social e assessorar os Municpios para seu desenvolvimento. (Includo pela Lei n 12.435, de 2011)

    Art. 14. Compete ao Distrito Federal:

    I - destinar recursos financeiros para o custeio do pagamento dos auxlios natalidade e funeral, mediante critrios estabelecidos pelo Conselho de Assistncia Social do Distrito Federal;

    I - destinar recursos financeiros para custeio do pagamento dos benefcios eventuais de que trata o art. 22, mediante critrios estabelecidos pelos Conselhos de Assistncia Social do Distrito Federal; (Redao dada pela Lei n 12.435, de 2011)

    II - efetuar o pagamento dos auxlios natalidade e funeral;

    III - executar os projetos de enfrentamento da pobreza, incluindo a parceria com organizaes da sociedade civil;

    IV - atender s aes assistenciais de carter de emergncia;

    V - prestar os servios assistenciais de que trata o art. 23 desta lei.

    VI - cofinanciar o aprimoramento da gesto, os servios, os programas e os projetos de assistncia social em mbito local; (Includo pela Lei n 12.435, de 2011)

    VII - realizar o monitoramento e a avaliao da poltica de assistncia social em seu mbito. (Includo pela Lei n 12.435, de 2011)

    Art. 15. Compete aos Municpios:

    I - destinar recursos financeiros para custeio do pagamento dos auxlios natalidade e funeral, mediante critrios estabelecidas pelos Conselhos Municipais de Assistncia Social;

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    I - destinar recursos financeiros para custeio do pagamento dos benefcios eventuais de que trata o art. 22, mediante critrios estabelecidos pelos Conselhos Municipais de Assistncia Social; (Redao dada pela Lei n 12.435, de 2011)

    II - efetuar o pagamento dos auxlios natalidade e funeral;

    III - executar os projetos de enfrentamento da pobreza, incluindo a parceria com organizaes da sociedade civil;

    IV - atender s aes assistenciais de carter de emergncia;

    V - prestar os servios assistenciais de que trata o art. 23 desta lei.

    VI - cofinanciar o aprimoramento da gesto, os servios, os programas e os projetos de assistncia social em mbito local; (Includo pela Lei n 12.435, de 2011)

    VII - realizar o monitoramento e a avaliao da poltica de assistncia social em seu mbito. (Includo pela Lei n 12.435, de 2011)

    Art. 16. As instncias deliberativas do sistema descentralizado e participativo de assistncia social, de carter permanente e composio paritria entre governo e sociedade civil, so:

    Art. 16. As instncias deliberativas do Suas, de carter permanente e composio paritria entre governo e sociedade civil, so: (Redao dada pela Lei n 12.435, de 2011)

    I - o Conselho Nacional de Assistncia Social;

    II - os Conselhos Estaduais de Assistncia Social;

    III - o Conselho de Assistncia Social do Distrito Federal;

    IV - os Conselhos Municipais de Assistncia Social.

    Pargrafo nico. Os Conselhos de Assistncia Social esto vinculados ao rgo gestor de assistncia social, que deve prover a infraestrutura necessria ao seu funcionamento, garantindo recursos materiais, humanos e financeiros, inclusive com despesas referentes a passagens e dirias de conselheiros representantes do governo ou da sociedade civil, quando estiverem no exerccio de suas atribuies. (Includo pela Lei n 12.435, de 2011)

    Art. 17. Fica institudo o Conselho Nacional de Assistncia Social (CNAS), rgo superior de deliberao colegiada, vinculado estrutura do rgo da Administrao Pblica Federal responsvel pela coordenao da Poltica Nacional de Assistncia Social, cujos membros, nomeados pelo Presidente da Repblica, tm mandato de 2 (dois) anos, permitida uma nica reconduo por igual perodo.

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    1 O Conselho Nacional de Assistncia Social (CNAS) composto por 18 (dezoito) membros e respectivos suplentes, cujos nomes so indicados ao rgo da Administrao Pblica Federal responsvel pela coordenao da Poltica Nacional de Assistncia Social, de acordo com os critrios seguintes:

    I - 9 (nove) representantes governamentais, incluindo 1 (um) representante dos Estados e 1 (um) dos Municpios;

    II - 9 (nove) representantes da sociedade civil, dentre representantes dos usurios ou de organizaes de usurios, das entidades e organizaes de assistncia social e dos trabalhadores do setor, escolhidos em foro prprio sob fiscalizao do Ministrio Pblico Federal.

    2 O Conselho Nacional de Assistncia Social (CNAS) presidido por um de seus integrantes, eleito dentre seus membros, para mandato de 1 (um) ano, permitida uma nica reconduo por igual perodo.

    3 O Conselho Nacional de Assistncia Social (CNAS) contar com uma Secretaria Executiva, a qual ter sua estrutura disciplinada em ato do Poder Executivo.

    4 Os Conselhos de que tratam os incisos II, III e IV do art. 16 devero ser institudos, respectivamente, pelos Estados, pelo Distrito Federal e pelos Municpios, mediante lei especfica.

    4o Os Conselhos de que tratam os incisos II, III e IV do art. 16, com competncia para acompanhar a execuo da poltica de assistncia social, apreciar e aprovar a proposta oramentria, em consonncia com as diretrizes das conferncias nacionais, estaduais, distrital e municipais, de acordo com seu mbito de atuao, devero ser institudos, respectivamente, pelos Estados, pelo Distrito Federal e pelos Municpios, mediante lei especfica. (Redao dada pela Lei n 12.435, de 2011)

    Art. 18. Compete ao Conselho Nacional de Assistncia Social:

    I - aprovar a Poltica Nacional de Assistncia Social;

    II - normatizar as aes e regular a prestao de servios de natureza pblica e privada no campo da assistncia social;

    III - fixar normas para a concesso de registro e certificado de fins filantrpicos s entidades privadas prestadoras de servios e assessoramento de assistncia social; IV - conceder atestado de registro e certificado de entidades de fins filantrpicos, na forma do regulamento a ser fixado, observado o disposto no art. 9 desta lei; III - observado o disposto em regulamento, estabelecer procedimentos para concesso de registro e certificado de entidade beneficente de assistncia social s instituies privadas prestadoras de servios e assessoramento de assistncia social que prestem servios relacionados com seus objetivos institucionais; (Redao dada pela Medida Provisria n 2.187-13, de 2001) IV - conceder registro e certificado de entidade beneficente de assistncia social; (Redao dada pela Medida Provisria n 2.187-13, de 2001) III - acompanhar e fiscalizar o processo de certificao das entidades e organizaes de assistncia social junto ao Ministrio do Desenvolvimento Social e Combate Fome; (Redao dada pela Medida Provisria n 446, de 2008) Rejeitada IV - apreciar relatrio anual que conter a relao de entidades e organizaes de assistncia social certificadas como beneficentes e encaminh-lo para conhecimento dos Conselhos de Assistncia

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    Social dos Estados, Municpios e do Distrito Federal; (Redao dada pela Medida Provisria n 446, de 2008) Rejeitada

    III - observado o disposto em regulamento, estabelecer procedimentos para concesso de registro e certificado de entidade beneficente de assistncia social s instituies privadas prestadoras de servios e assessoramento de assistncia social que prestem servios relacionados com seus objetivos institucionais; (Redao dada pela Medida Provisria n 2.187-13, de 2001)

    IV - conceder registro e certificado de entidade beneficente de assistncia social; (Redao dada pela Medida Provisria n 2.187-13, de 2001)

    III - acompanhar e fiscalizar o processo de certificao das entidades e organizaes de assistncia social no Ministrio do Desenvolvimento Social e Combate Fome; (Redao dada pela Lei n 12.101, de 2009)

    IV - apreciar relatrio anual que conter a relao de entidades e organizaes de assistncia social certificadas como beneficentes e encaminh-lo para conhecimento dos Conselhos de Assistncia Social dos Estados, Municpios e do Distrito Federal; (Redao dada pela Lei n 12.101, de 2009)

    V - zelar pela efetivao do sistema descentralizado e participativo de assistncia social;

    VI - convocar ordinariamente a cada 2 (dois) anos, ou extraordinariamente, por maioria absoluta de seus membros, a Conferncia Nacional de Assistncia Social, que ter a atribuio de avaliar a situao da assistncia social e propor diretrizes para o aperfeioamento do sistema;

    VI - a partir da realizao da II Conferncia Nacional de Assistncia Social em 1997, convocar ordinariamente a cada quatro anos a Conferncia Nacional de Assistncia Social, que ter a atribuio de avaliar a situao da assistncia social e propor diretrizes para o aperfeioamento do sistema; (Redao dada pela Lei n 9.720, de 26.4.1991)

    VII - (Vetado.)

    VIII - apreciar e aprovar a proposta oramentria da Assistncia Social a ser encaminhada pelo rgo da Administrao Pblica Federal responsvel pela coordenao da Poltica Nacional de Assistncia Social;

    IX - aprovar critrios de transferncia de recursos para os Estados, Municpios e Distrito Federal, considerando, para tanto, indicadores que informem sua regionalizao mais eqitativa, tais como: populao, renda per capita, mortalidade infantil e concentrao de renda, alm de disciplinar os procedimentos de repasse de recursos para as entidades e organizaes de assistncia social, sem prejuzo das disposies da Lei de Diretrizes Oramentrias;

    X - acompanhar e avaliar a gesto dos recursos, bem como os ganhos sociais e o desempenho dos programas e projetos aprovados;

    XI - estabelecer diretrizes, apreciar e aprovar os programas anuais e plurianuais do Fundo Nacional de Assistncia Social (FNAS);

    XII - indicar o representante do Conselho Nacional de Assistncia Social (CNAS) junto ao Conselho Nacional da Seguridade Social;

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    XIII - elaborar e aprovar seu regimento interno;

    XIV - divulgar, no Dirio Oficial da Unio, todas as suas decises, bem como as contas do Fundo Nacional de Assistncia Social (FNAS) e os respectivos pareceres emitidos.

    Pargrafo nico. Das decises finais do Conselho Nacional de Assistncia Social, vinculado ao Ministrio da Assistncia e Promoo Social, relativas concesso ou renovao do Certificado de Entidade Beneficente de Assistncia Social, caber recurso ao Ministro de Estado da Previdncia Social, no prazo de trinta dias, contados da data da publicao do ato no Dirio Oficial da Unio, por parte da entidade interessada, do Instituto Nacional do Seguro Social - INSS ou da Secretaria da Receita Federal do Ministrio da Fazenda. (Includo pela Lei n 10.684, de 30.5.2003) (Revogado pela Medida Provisria n 446, de 2008) Pargrafo nico. Das decises finais do Conselho Nacional de Assistncia Social, vinculado ao Ministrio da Assistncia e Promoo Social, relativas concesso ou renovao do Certificado de Entidade Beneficente de Assistncia Social, caber recurso ao Ministro de Estado da Previdncia Social, no prazo de trinta dias, contados da data da publicao do ato no Dirio Oficial da Unio, por parte da entidade interessada, do Instituto Nacional do Seguro Social - INSS ou da Secretaria da Receita Federal do Ministrio da Fazenda. (Includo pela Lei n 10.684, de 30.5.2003) (Revogado pela Lei n 12.101, de 2009)

    Art. 19. Compete ao rgo da Administrao Pblica Federal responsvel pela coordenao da Poltica Nacional de Assistncia Social:

    I - coordenar e articular as aes no campo da assistncia social;

    II - propor ao Conselho Nacional de Assistncia Social (CNAS) a Poltica Nacional de Assistncia Social, suas normas gerais, bem como os critrios de prioridade e de elegibilidade, alm de padres de qualidade na prestao de benefcios, servios, programas e projetos;

    III - prover recursos para o pagamento dos benefcios de prestao continuada definidos nesta lei;

    IV - elaborar e encaminhar a proposta oramentria da assistncia social, em conjunto com as demais da Seguridade Social;

    V - propor os critrios de transferncia dos recursos de que trata esta lei;

    VI - proceder transferncia dos recursos destinados assistncia social, na forma prevista nesta lei;

    VII - encaminhar apreciao do Conselho Nacional de Assistncia Social (CNAS) relatrios trimestrais e anuais de atividades e de realizao financeira dos recursos;

    VIII - prestar assessoramento tcnico aos Estados, ao Distrito Federal, aos Municpios e s entidades e organizaes de assistncia social;

    IX - formular poltica para a qualificao sistemtica e continuada de recursos humanos no campo da assistncia social;

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    X - desenvolver estudos e pesquisas para fundamentar as anlises de necessidades e formulao de proposies para a rea;

    XI - coordenar e manter atualizado o sistema de cadastro de entidades e organizaes de assistncia social, em articulao com os Estados, os Municpios e o Distrito Federal;

    XII - articular-se com os rgos responsveis pelas polticas de sade e previdncia social, bem como com os demais responsveis pelas polticas scio-econmicas setoriais, visando elevao do patamar mnimo de atendimento s necessidades bsicas;

    XIII - expedir os atos normativos necessrios gesto do Fundo Nacional de Assistncia Social (FNAS), de acordo com as diretrizes estabelecidas pelo Conselho Nacional de Assistncia Social (CNAS);

    XIV - elaborar e submeter ao Conselho Nacional de Assistncia Social (CNAS) os programas anuais e plurianuais de aplicao dos recursos do Fundo Nacional de Assistncia Social (FNAS).

    CAPTULO IV Dos Benefcios, dos Servios, dos Programas e dos Projetos de Assistncia Social

    SEO I

    Do Benefcio de Prestao Continuada

    Art. 20. O benefcio de prestao continuada a garantia de 1 (um) salrio mnimo mensal pessoa portadora de deficincia e ao idoso com 70 (setenta) anos ou mais e que comprovem no possuir meios de prover a prpria manuteno e nem de t-la provida por sua famlia. 1 Para os efeitos do disposto no caput, entende-se por famlia a unidade mononuclear, vivendo sob o mesmo teto, cuja economia mantida pela contribuio de seus integrantes. 1

    o Para os efeitos do disposto no caput, entende-se como famlia o conjunto de pessoas

    elencadas no art. 16 da Lei no 8.213, de 24 de julho de 1991, desde que vivam sob o mesmo teto.

    (Redao dada pela Lei n 9.720, de 30.11.1998) 2 Para efeito de concesso deste benefcio, a pessoa portadora de deficincia aquela incapacitada para a vida independente e para o trabalho. 3 Considera-se incapaz de prover a manuteno da pessoa portadora de deficincia ou idosa a famlia cuja renda mensal per capita seja inferior a 1/4 (um quarto) do salrio mnimo. 4 O benefcio de que trata este artigo no pode ser acumulado pelo beneficirio com qualquer outro no mbito da seguridade social ou de outro regime, salvo o da assistncia mdica. 5 A situao de internado no prejudica o direito do idoso ou do portador de deficincia ao benefcio. 6 A deficincia ser comprovada atravs de avaliao e laudo expedido por servio que conte com equipe multiprofissional do Sistema nico de Sade (SUS) ou do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), credenciados para esse fim pelo Conselho Municipal de Assistncia Social. 7 Na hiptese de no existirem servios credenciados no Municpio de residncia do beneficirio, fica assegurado o seu encaminhamento ao Municpio mais prximo que contar com tal estrutura.

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    6o A concesso do benefcio ficar sujeita a exame mdico pericial e laudo realizados pelos

    servios de percia mdica do Instituto Nacional do Seguro Social - INSS. (Redao dada pela Lei n 9.720, de 30.11.1998) (Vide Lei n 9.720, de 30.11.1998)

    Art. 20. O benefcio de prestao continuada a garantia de um salrio-mnimo mensal pessoa com deficincia e ao idoso com 65 (sessenta e cinco) anos ou mais que comprovem no possuir meios de prover a prpria manuteno nem de t-la provida por sua famlia. (Redao dada pela Lei n 12.435, de 2011)

    1o Para os efeitos do disposto no caput, a famlia composta pelo requerente, o cnjuge ou companheiro, os pais e, na ausncia de um deles, a madrasta ou o padrasto, os irmos solteiros, os filhos e enteados solteiros e os menores tutelados, desde que vivam sob o mesmo teto. (Redao dada pela Lei n 12.435, de 2011)

    2o Para efeito de concesso deste benefcio, considera-se: (Redao dada pela Lei n 12.435, de 2011)

    I - pessoa com deficincia: aquela que tem impedimentos de longo prazo de natureza fsica, intelectual ou sensorial, os quais, em interao com diversas barreiras, podem obstruir sua participao plena e efetiva na sociedade com as demais pessoas; (Redao dada pela Lei n 12.435, de 2011) II - impedimentos de longo prazo: aqueles que incapacitam a pessoa com deficincia para a vida

    independente e para o trabalho pelo prazo mnimo de 2 (dois) anos. (Redao dada pela Lei n 12.435, de 2011)

    2o Para efeito de concesso deste benefcio, considera-se pessoa com deficincia aquela que tem impedimentos de longo prazo de natureza fsica, mental, intelectual ou sensorial, os quais, em interao com diversas barreiras, podem obstruir sua participao plena e efetiva na sociedade em igualdade de condies com as demais pessoas. (Redao dada pela Lei n 12.470, de 2011)

    3o Considera-se incapaz de prover a manuteno da pessoa com deficincia ou idosa a famlia cuja renda mensal per capita seja inferior a 1/4 (um quarto) do salrio-mnimo. (Redao dada pela Lei n 12.435, de 2011)

    4o O benefcio de que trata este artigo no pode ser acumulado pelo beneficirio com qualquer outro no mbito da seguridade social ou de outro regime, salvo os da assistncia mdica e da penso especial de natureza indenizatria. (Redao dada pela Lei n 12.435, de 2011)

    5o A condio de acolhimento em instituies de longa permanncia no prejudica o direito do idoso ou da pessoa com deficincia ao benefcio de prestao continuada. (Redao dada pela Lei n 12.435, de 2011)

    6o A concesso do benefcio ficar sujeita avaliao da deficincia e do grau de

    incapacidade, composta por avaliao mdica e avaliao social realizadas por mdicos peritos e por assistentes sociais do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). (Redao dada pela Lei n 12.435, de 2011)

    6 A concesso do benefcio ficar sujeita avaliao da deficincia e do grau de impedimento de que trata o 2o, composta por avaliao mdica e avaliao social realizadas por mdicos peritos e por

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    assistentes sociais do Instituto Nacional de Seguro Social - INSS. (Redao dada pela Lei n 12.470, de 2011)

    7o Na hiptese de no existirem servios no municpio de residncia do beneficirio, fica assegurado, na forma prevista em regulamento, o seu encaminhamento ao municpio mais prximo que contar com tal estrutura. (Includo pela Lei n 9.720, de 30.11.1998)

    8o A renda familiar mensal a que se refere o 3o dever ser declarada pelo requerente ou seu representante legal, sujeitando-se aos demais procedimentos previstos no regulamento para o deferimento do pedido.(Includo pela Lei n 9.720, de 30.11.1998)

    9 A remunerao da pessoa com deficincia na condio de aprendiz no ser considerada para fins do clculo a que se refere o 3o deste artigo. (Incldo pela Lei n 12.470, de 2011)

    10. Considera-se impedimento de longo prazo, para os fins do 2o deste artigo, aquele que produza efeitos pelo prazo mnimo de 2 (dois) anos. (Incldo pela Lei n 12.470, de 2011)

    Art. 21. O benefcio de prestao continuada deve ser revisto a cada 2 (dois) anos para avaliao da continuidade das condies que lhe deram origem. (Vide Lei n 9.720, de 30.11.1998)

    1 O pagamento do benefcio cessa no momento em que forem superadas as condies referidas no caput, ou em caso de morte do beneficirio.

    2 O benefcio ser cancelado quando se constatar irregularidade na sua concesso ou utilizao.

    3o O desenvolvimento das capacidades cognitivas, motoras ou educacionais e a realizao de atividades no remuneradas de habilitao e reabilitao, entre outras, no constituem motivo de suspenso ou cessao do benefcio da pessoa com deficincia. (Includo pela Lei n 12.435, de 2011)

    4o A cessao do benefcio de prestao continuada concedido pessoa com deficincia,

    inclusive em razo do seu ingresso no mercado de trabalho, no impede nova concesso do benefcio, desde que atendidos os requisitos definidos em regulamento. (Includo pela Lei n 12.435, de 2011)

    4 A cessao do benefcio de prestao continuada concedido pessoa com deficincia no impede nova concesso do benefcio, desde que atendidos os requisitos definidos em regulamento. (Redao dada pela Lei n 12.470, de 2011)

    Art. 21-A. O benefcio de prestao continuada ser suspenso pelo rgo concedente quando a pessoa com deficincia exercer atividade remunerada, inclusive na condio de microempreendedor individual. (Includo pela Lei n 12.470, de 2011)

    1o Extinta a relao trabalhista ou a atividade empreendedora de que trata o caput deste artigo e, quando for o caso, encerrado o prazo de pagamento do seguro-desemprego e no tendo o beneficirio adquirido direito a qualquer benefcio previdencirio, poder ser requerida a continuidade do pagamento do benefcio suspenso, sem necessidade de realizao de percia mdica ou reavaliao da deficincia e do

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    grau de incapacidade para esse fim, respeitado o perodo de reviso previsto no caput do art. 21. (Includo pela Lei n 12.470, de 2011)

    2o A contratao de pessoa com deficincia como aprendiz no acarreta a suspenso do benefcio de prestao continuada, limitado a 2 (dois) anos o recebimento concomitante da remunerao e do benefcio. (Includo pela Lei n 12.470, de 2011)

    SEO II Dos Benefcios Eventuais

    Art. 22. Entendem-se por benefcios eventuais aqueles que visam ao pagamento de auxlio por natalidade ou morte s famlias cuja renda mensal per capita seja inferior a 1/4 (um quarto) do salrio mnimo. 1 A concesso e o valor dos benefcios de que trata este artigo sero regulamentados pelos Conselhos de Assistncia Social dos Estados, do Distrito Federal e dos Municpios, mediante critrios e prazos definidos pelo Conselho Nacional de Assistncia Social (CNAS). 2 Podero ser estabelecidos outros benefcios eventuais para atender necessidades advindas de situaes de vulnerabilidade temporria, com prioridade para a criana, a famlia, o idoso, a pessoa portadora de deficincia, a gestante, a nutriz e nos casos de calamidade pblica. 3 O Conselho Nacional de Assistncia Social (CNAS), ouvidas as respectivas representaes de Estados e Municpios dele participantes, poder propor, na medida das disponibilidades oramentrias das trs esferas de governo, a instituio de benefcios subsidirios no valor de at 25% (vinte e cinco por cento) do salrio mnimo para cada criana de at 6 (seis) anos de idade, nos termos da renda mensal familiar estabelecida no caput.

    Art. 22. Entendem-se por benefcios eventuais as provises suplementares e provisrias que integram organicamente as garantias do Suas e so prestadas aos cidados e s famlias em virtude de nascimento, morte, situaes de vulnerabilidade temporria e de calamidade pblica. (Redao dada pela Lei n 12.435, de 2011)

    1o A concesso e o valor dos benefcios de que trata este artigo sero definidos pelos Estados, Distrito Federal e Municpios e previstos nas respectivas leis oramentrias anuais, com base em critrios e prazos definidos pelos respectivos Conselhos de Assistncia Social. (Redao dada pela Lei n 12.435, de 2011)

    2o O CNAS, ouvidas as respectivas representaes de Estados e Municpios dele participantes, poder propor, na medida das disponibilidades oramentrias das 3 (trs) esferas de governo, a instituio de benefcios subsidirios no valor de at 25% (vinte e cinco por cento) do salrio-mnimo para cada criana de at 6 (seis) anos de idade. (Redao dada pela Lei n 12.435, de 2011)

    3o Os benefcios eventuais subsidirios no podero ser cumulados com aqueles institudos pelas Leis no 10.954, de 29 de setembro de 2004, e no 10.458, de 14 de maio de 2002. (Redao dada pela Lei n 12.435, de 2011)

    SEO III

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    Dos Servios

    Art. 23. Entendem-se por servios assistenciais as atividades continuadas que visem melhoria de vida da populao e cujas aes, voltadas para as necessidades bsicas, observem os objetivos, princpios e diretrizes estabelecidas nesta lei. Pargrafo nico. Na organizao dos servios ser dada prioridade infncia e adolescncia em situao de risco pessoal e social, objetivando cumprir o disposto no art. 227 da Constituio Federal e na Lei n 8.069, de 13 de julho de 1990. Pargrafo nico. Na organizao dos servios da Assistncia Social sero criados programas de amparo: (Redao dada pela Lei n 11.258, de 2005) I s crianas e adolescentes em situao de risco pessoal e social, em cumprimento ao disposto no art. 227 da Constituio Federal e na Lei n

    o 8.069, de 13 de julho de 1990; (Includo pela Lei n

    11.258, de 2005) II s pessoas que vivem em situao de rua. (Includo pela Lei n 11.258, de 2005)

    Art. 23. Entendem-se por servios socioassistenciais as atividades continuadas que visem melhoria de vida da populao e cujas aes, voltadas para as necessidades bsicas, observem os objetivos, princpios e diretrizes estabelecidos nesta Lei. (Redao dada pela Lei n 12.435, de 2011)

    1o O regulamento instituir os servios socioassistenciais. (Includo pela Lei n 12.435, de 2011)

    2o Na organizao dos servios da assistncia social sero criados programas de amparo, entre outros: (Includo pela Lei n 12.435, de 2011)

    I - s crianas e adolescentes em situao de risco pessoal e social, em cumprimento ao disposto no art. 227 da Constituio Federal e na Lei no 8.069, de 13 de julho de 1990 (Estatuto da Criana e do Adolescente); (Includo pela Lei n 12.435, de 2011)

    II - s pessoas que vivem em situao de rua. (Includo pela Lei n 12.435, de 2011)

    SEO IV Dos Programas de Assistncia Social

    Art. 24. Os programas de assistncia social compreendem aes integradas e complementares com objetivos, tempo e rea de abrangncia definidos para qualificar, incentivar e melhorar os benefcios e os servios assistenciais.

    1 Os programas de que trata este artigo sero definidos pelos respectivos Conselhos de Assistncia Social, obedecidos os objetivos e princpios que regem esta lei, com prioridade para a insero profissional e social.

    2 Os programas voltados ao idoso e integrao da pessoa portadora de deficincia sero devidamente articulados com o benefcio de prestao continuada estabelecido no art. 20 desta lei.

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    2o Os programas voltados para o idoso e a integrao da pessoa com deficincia sero devidamente articulados com o benefcio de prestao continuada estabelecido no art. 20 desta Lei. (Redao dada pela Lei n 12.435, de 2011)

    Art. 24-A. Fica institudo o Servio de Proteo e Atendimento Integral Famlia (Paif), que integra a proteo social bsica e consiste na oferta de aes e servios socioassistenciais de prestao continuada, nos Cras, por meio do trabalho social com famlias em situao de vulnerabilidade social, com o objetivo de prevenir o rompimento dos vnculos familiares e a violncia no mbito de suas relaes, garantindo o direito convivncia familiar e comunitria. (Includo pela Lei n 12.435, de 2011)

    Pargrafo nico. Regulamento definir as diretrizes e os procedimentos do Paif. (Includo pela Lei n 12.435, de 2011)

    Art. 24-B. Fica institudo o Servio de Proteo e Atendimento Especializado a Famlias e Indivduos (Paefi), que integra a proteo social especial e consiste no apoio, orientao e acompanhamento a famlias e indivduos em situao de ameaa ou violao de direitos, articulando os servios socioassistenciais com as diversas polticas pblicas e com rgos do sistema de garantia de direitos. (Includo pela Lei n 12.435, de 2011)

    Pargrafo nico. Regulamento definir as diretrizes e os procedimentos do Paefi. (Includo pela Lei n 12.435, de 2011)

    Art. 24-C. Fica institudo o Programa de Erradicao do Trabalho Infantil (Peti), de carter intersetorial, integrante da Poltica Nacional de Assistncia Social, que, no mbito do Suas, compreende transferncias de renda, trabalho social com famlias e oferta de servios socioeducativos para crianas e adolescentes que se encontrem em situao de trabalho. (Includo pela Lei n 12.435, de 2011)

    1o O Peti tem abrangncia nacional e ser desenvolvido de forma articulada pelos entes federados, com a participao da sociedade civil, e tem como objetivo contribuir para a retirada de crianas e adolescentes com idade inferior a 16 (dezesseis) anos em situao de trabalho, ressalvada a condio de aprendiz, a partir de 14 (quatorze) anos. (Includo pela Lei n 12.435, de 2011)

    2o As crianas e os adolescentes em situao de trabalho devero ser identificados e ter os seus dados inseridos no Cadastro nico para Programas Sociais do Governo Federal (Cadnico), com a devida identificao das situaes de trabalho infantil. (Includo pela Lei n 12.435, de 2011)

    SEO V Dos Projetos de Enfrentamento da Pobreza

    Art. 25. Os projetos de enfrentamento da pobreza compreendem a instituio de investimento econmico-social nos grupos populares, buscando subsidiar, financeira e tecnicamente, iniciativas que lhes garantam meios, capacidade produtiva e de gesto para melhoria das condies gerais de subsistncia, elevao do padro da qualidade de vida, a preservao do meio-ambiente e sua organizao social.

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    Art. 26. O incentivo a projetos de enfrentamento da pobreza assentar-se- em mecanismos de articulao e de participao de diferentes reas governamentais e em sistema de cooperao entre organismos governamentais, no governamentais e da sociedade civil.

    CAPTULO V Do Financiamento da Assistncia Social

    Art. 27. Fica o Fundo Nacional de Ao Comunitria (Funac), institudo pelo Decreto n 91.970, de 22 de novembro de 1985, ratificado pelo Decreto Legislativo n 66, de 18 de dezembro de 1990, transformado no Fundo Nacional de Assistncia Social (FNAS).

    Art. 28. O financiamento dos benefcios, servios, programas e projetos estabelecidos nesta lei far-se- com os recursos da Unio, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municpios, das demais contribuies sociais previstas no art. 195 da Constituio Federal, alm daqueles que compem o Fundo Nacional de Assistncia Social (FNAS).

    1 Cabe ao rgo da Administrao Pblica Federal responsvel pela coordenao da Poltica Nacional de Assistncia Social gerir o Fundo Nacional de Assistncia Social (FNAS) sob a orientao e controle do Conselho Nacional de Assistncia Social (CNAS).

    1o Cabe ao rgo da Administrao Pblica responsvel pela coordenao da Poltica de Assistncia Social nas 3 (trs) esferas de governo gerir o Fundo de Assistncia Social, sob orientao e controle dos respectivos Conselhos de Assistncia Social. (Redao dada pela Lei n 12.435, de 2011)

    2 O Poder Executivo dispor, no prazo de 180 (cento e oitenta) dias a contar da data de publicao desta lei, sobre o regulamento e funcionamento do Fundo Nacional de Assistncia Social (FNAS).

    3o O financiamento da assistncia social no Suas deve ser efetuado mediante cofinanciamento dos 3 (trs) entes federados, devendo os recursos alocados nos fundos de assistncia social ser voltados operacionalizao, prestao, aprimoramento e viabilizao dos servios, programas, projetos e benefcios desta poltica. (Includo pela Lei n 12.435, de 2011)

    Art. 28-A. Constitui receita do Fundo Nacional de Assistncia Social, o produto da alienao dos bens imveis da extinta Fundao Legio Brasileira de Assistncia. (Includo pela Medida Provisria n 2.187-13, de 2001)

    Art. 29. Os recursos de responsabilidade da Unio destinados assistncia social sero automaticamente repassados ao Fundo Nacional de Assistncia Social (FNAS), medida que se forem realizando as receitas.

    Pargrafo nico. Os recursos de responsabilidade da Unio destinados ao financiamento dos benefcios de prestao continuada, previstos no art. 20, podero ser repassados pelo Ministrio da Previdncia e Assistncia Social diretamente ao INSS, rgo responsvel pela sua execuo e manuteno.(Includo pela Lei n 9.720, de 30.11.1998)

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    Art. 30. condio para os repasses, aos Municpios, aos Estados e ao Distrito Federal, dos recursos de que trata esta lei, a efetiva instituio e funcionamento de:

    I - Conselho de Assistncia Social, de composio paritria entre governo e sociedade civil;

    II - Fundo de Assistncia Social, com orientao e controle dos respectivos Conselhos de Assistncia Social;

    III - Plano de Assistncia Social.

    Pargrafo nico. , ainda, condio para transferncia de recursos do FNAS aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municpios a comprovao oramentria dos recursos prprios destinados Assistncia Social, alocados em seus respectivos Fundos de Assistncia Social, a partir do exerccio de 1999. (Includo pela Lei n 9.720, de 30.11.1998)

    Art. 30-A. O cofinanciamento dos servios, programas, projetos e benefcios eventuais, no que couber, e o aprimoramento da gesto da poltica de assistncia social no Suas se efetuam por meio de transferncias automticas entre os fundos de assistncia social e mediante alocao de recursos prprios nesses fundos nas 3 (trs) esferas de governo. (Includo pela Lei n 12.435, de 2011)

    Pargrafo nico. As transferncias automticas de recursos entre os fundos de assistncia social efetuadas conta do oramento da seguridade social, conforme o art. 204 da Constituio Federal, caracterizam-se como despesa pblica com a seguridade social, na forma do art. 24 da Lei Complementar no 101, de 4 de maio de 2000. (Includo pela Lei n 12.435, de 2011)

    Art. 30-B. Caber ao ente federado responsvel pela utilizao dos recursos do respectivo Fundo de Assistncia Social o controle e o acompanhamento dos servios, programas, projetos e benefcios, por meio dos respectivos rgos de controle, independentemente de aes do rgo repassador dos recursos. (Includo pela Lei n 12.435, de 2011)

    Art. 30-C. A utilizao dos recursos federais descentralizados para os fundos de assistncia social dos Estados, dos Municpios e do Distrito Federal ser declarada pelos entes recebedores ao ente transferidor, anualmente, mediante relatrio de gesto submetido apreciao do respectivo Conselho de Assistncia Social, que comprove a execuo das aes na forma de regulamento. (Includo pela Lei n 12.435, de 2011)

    Pargrafo nico. Os entes transferidores podero requisitar informaes referentes aplicao dos recursos oriundos do seu fundo de assistncia social, para fins de anlise e acompanhamento de sua boa e regular utilizao. (Includo pela Lei n 12.435, de 2011)

    CAPTULO VI Das Disposies Gerais e Transitrias

    Art. 31. Cabe ao Ministrio Pblico zelar pelo efetivo respeito aos direitos estabelecidos nesta lei.

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    Art. 32. O Poder Executivo ter o prazo de 60 (sessenta) dias, a partir da publicao desta lei, obedecidas as normas por ela institudas, para elaborar e encaminhar projeto de lei dispondo sobre a extino e reordenamento dos rgos de assistncia social do Ministrio do Bem-Estar Social.

    1 O projeto de que trata este artigo definir formas de transferncias de benefcios, servios, programas, projetos, pessoal, bens mveis e imveis para a esfera municipal.

    2 O Ministro de Estado do Bem-Estar Social indicar Comisso encarregada de elaborar o projeto de lei de que trata este artigo, que contar com a participao das organizaes dos usurios, de trabalhadores do setor e de entidades e organizaes de assistncia social.

    Art. 33. Decorrido o prazo de 120 (cento e vinte) dias da promulgao desta lei, fica extinto o Conselho Nacional de Servio Social (CNSS), revogando-se, em conseqncia, os Decretos-Lei ns 525, de 1 de julho de 1938, e 657, de 22 de julho de 1943.

    1 O Poder Executivo tomar as providncias necessrias para a instalao do Conselho Nacional de Assistncia Social (CNAS) e a transferncia das atividades que passaro sua competncia dentro do prazo estabelecido no caput, de forma a assegurar no haja soluo de continuidade.

    2 O acervo do rgo de que trata o caput ser transferido, no prazo de 60 (sessenta) dias, para o Conselho Nacional de Assistncia Social (CNAS), que promover, mediante critrios e prazos a serem fixados, a reviso dos processos de registro e certificado de entidade de fins filantrpicos das entidades e organizao de assistncia social, observado o disposto no art. 3 desta lei.

    Art. 34. A Unio continuar exercendo papel supletivo nas aes de assistncia social, por ela atualmente executadas diretamente no mbito dos Estados, dos Municpios e do Distrito Federal, visando implementao do disposto nesta lei, por prazo mximo de 12 (doze) meses, contados a partir da data da publicao desta lei.

    Art. 35. Cabe ao rgo da Administrao Pblica Federal responsvel pela coordenao da Poltica Nacional de Assistncia Social operar os benefcios de prestao continuada de que trata esta lei, podendo, para tanto, contar com o concurso de outros rgos do Governo Federal, na forma a ser estabelecida em regulamento.

    Pargrafo nico. O regulamento de que trata o caput definir as formas de comprovao do direito ao benefcio, as condies de sua suspenso, os procedimentos em casos de curatela e tutela e o rgo de credenciamento, de pagamento e de fiscalizao, dentre outros aspectos.

    Art. 36. As entidades e organizaes de assistncia social que incorrerem em irregularidades na aplicao dos recursos que lhes forem repassados pelos poderes pblicos tero cancelado seu registro no Conselho Nacional de Assistncia Social (CNAS), sem prejuzo de aes cveis e penais.

    Art. 36. As entidades e organizaes de assistncia social que incorrerem em irregularidades na aplicao dos recursos que lhes foram repassados pelos poderes pblicos tero a sua vinculao ao Suas cancelada, sem prejuzo de responsabilidade civil e penal. (Redao dada pela Lei n 12.435, de 2011)

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    Art. 37. Os benefcios de prestao continuada sero concedidos, a partir da publicao desta lei, gradualmente e no mximo em at: I - 12 (doze) meses, para os portadores de deficincia; II - 18 (dezoito) meses, para os idosos.

    Art. 37. O benefcio de prestao continuada ser devido aps o cumprimento, pelo requerente, de todos os requisitos legais e regulamentares exigidos para a sua concesso, inclusive apresentao da documentao necessria, devendo o seu pagamento ser efetuado em at quarenta e cinco dias aps cumpridas as exigncias de que trata este artigo. (Redao dada pela Lei n 9.720, de 30.11.1998) (Vide Lei n 9.720, de 30.11.1998)

    Pargrafo nico. No caso de o primeiro pagamento ser feito aps o prazo previsto no caput, aplicar-se- na sua atualizao o mesmo critrio adotado pelo INSS na atualizao do primeiro pagamento de benefcio previdencirio em atraso. (Includo pela Lei n 9.720, de 30.11.1998)

    Art. 38. A idade prevista no art. 20 desta lei reduzir-se-, respectivamente, para 67 (sessenta e sete) e 65 (sessenta e cinco) anos aps 24 (vinte e quatro) e 48 (quarenta e oito) meses do incio da concesso.

    Art. 38. A idade prevista no art. 20 desta Lei reduzir-se- para sessenta e sete anos a partir de 1o

    de janeiro de 1998. (Redao dada pela Lei n 9.720, de 30.11.1998) (Revogado pela Lei n 12.435, de 2011)

    Art. 39. O Conselho Nacional de Assistncia Social (CNAS), por deciso da maioria absoluta de seus membros, respeitados o oramento da seguridade social e a disponibilidade do Fundo Nacional de Assistncia Social (FNAS), poder propor ao Poder Executivo a alterao dos limites de renda mensal per capita definidos no 3 do art. 20 e caput do art. 22.

    Art. 40. Com a implantao dos benefcios previstos nos arts. 20 e 22 desta lei, extinguem-se a renda mensal vitalcia, o auxlio-natalidade e o auxlio-funeral existentes no mbito da Previdncia Social, conforme o disposto na Lei n 8.213, de 24 de julho de 1991.

    Pargrafo nico. A transferncia dos beneficirios do sistema previdencirio para a assistncia social deve ser estabelecida de forma que o atendimento populao no sofra soluo de continuidade.

    1 A transferncia dos benefcirios do sistema previdencirio para a assistncia social deve ser estabelecida de forma que o atendimento populao no sofra soluo de continuidade. (Redao dada pela Lei n 9.711, de 20.11.1998

    2 assegurado ao maior de setenta anos e ao invlido o direito de requerer a renda mensal vitalcia junto ao INSS at 31 de dezembro de 1995, desde que atenda, alternativamente, aos requisitos estabelecidos nos incisos I, II ou III do 1 do art. 139 da Lei n 8.213, de 24 de julho de 1991. (Redao dada pela Lei n 9.711, de 20.11.1998

    Art. 41. Esta lei entra em vigor na data da sua publicao.

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    Art. 42. Revogam-se as disposies em contrrio.

    Braslia, 7 de dezembro de 1993, 172 da Independncia e 105 da Repblica.

    ITAMAR FRANCO Jutahy Magalhes Jnior

    Este texto no substitui o publicado no D.O.U de 8.12.1998