lei 7799- códigotributáriodomaranhão

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  • LEI N 7.799 DE 19 DE DEZEMBRO DE 2002 DOE 26.12.02

    Dispe sobre o Sistema

    Tributrio do Estado do

    Maranho.

    ALTERAES:

    Lei n 7.907/03 , Lei n 7.918/03, Lei n 8.088/04, Lei n 8.107/04, Lei n 8.147/04

    Lei n 8.276/05, Lei n 8.290/05, Lei n 8.314/05, Lei n 8.413/06, Lei n 8.438/06

    Lei n 8.439/06, Lei n 8.511/06, Lei n 8.512/06, Lei n 8.513/06, Lei n 8.760/08

    Lei n 8.871/08, Lei n 8.878/08, Lei n 8.908/08, Medida Provisria n 069/09

    Lei n 9.127/10, Medida Provisria n 091/11, Lei n 9.379/11

    Medida Provisria n 115/11, Lei n 9.562/12

    O GOVERNADOR DO ESTADO DO MARANHO,

    Fao saber a todos os seus habitantes que a Assemblia Legislativa do

    Estado decretou e eu sanciono a seguinte Lei:

    Art. 1 Esta Lei dispe sobre o Sistema Tributrio do Estado do Maranho,

    com amparo no Captulo I do Ttulo VI da Constituio Estadual.

    Pargrafo nico. As disposies desta Lei obrigam a todo cidado que

    promover fato gerador de obrigao tributria tratado neste Cdigo na condio de

    contribuinte ou de responsvel, no mbito do territrio maranhense e fora dele por

    substituio tributria decorrente de convnio firmado na forma da Lei Complementar

    especfica.

    LIVRO I

    DO SISTEMA TRIBUTRIO ESTADUAL

    Art. 2 O Sistema Tributrio do Estado compe-se dos seguintes tributos:

    I - impostos;

    II - taxas;

    III - contribuio de melhoria.

    Art. 3 Os impostos de competncia do Estado so os seguintes:

    I - imposto sobre operaes relativas circulao de mercadorias e sobre

    prestaes de servios de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicao

    (ICMS);

    II - imposto sobre a propriedade de veculos automotores (IPVA);

  • III - imposto sobre a transmisso causa mortis e doao de quaisquer bens ou direitos (ITCD).

    Art. 4 As taxas de competncia do Estado so as seguintes:

    I - taxa de fiscalizao e servios diversos;

    II - taxa judiciria. TTULO I

    DOS IMPOSTOS

    CAPTULO I

    DO IMPOSTO SOBRE OPERAES RELATIVAS CIRCULAO DE

    MERCADORIAS E SOBRE PRESTAES DE SERVIOS DE TRANSPORTE

    INTERESTADUAL E INTERMUNICIPAL E DE COMUNICAO

    SEO I

    DA INCIDNCIA

    Art. 5 O imposto incide sobre:

    I - operaes relativas circulao de mercadorias, inclusive o fornecimento

    de alimentao e bebidas em bares, restaurantes e estabelecimentos similares;

    II - prestaes de servios de transporte interestadual e intermunicipal, por

    qualquer via, de pessoas, bens, mercadorias ou valores;

    III - prestaes onerosas de servios de comunicao, por qualquer meio,

    inclusive a gerao, a emisso, a recepo, a transmisso, a retransmisso, a repetio e a

    ampliao de comunicao de qualquer natureza;

    IV - fornecimento de mercadorias com prestao de servios no

    compreendidos na competncia tributria dos Municpios;

    V - fornecimento de mercadorias com prestao de servios sujeitos ao

    imposto sobre servios, de competncia dos Municpios, quando a lei complementar

    aplicvel expressamente o sujeitar incidncia do imposto estadual.

    1 O imposto incide tambm:

    I - sobre a entrada, no territrio deste Estado, de mercadoria ou bem

    importados do exterior, por pessoa fsica ou jurdica, ainda que no seja contribuinte

    habitual do imposto, qualquer que seja sua finalidade; (Redao dada pela LC n 114, de

    16/12/2002)

    NR Lei n 8.107/04

  • II - sobre o servio prestado no exterior ou cuja prestao se tenha iniciado

    no exterior;

    III - sobre a entrada, no territrio deste Estado, de petrleo, inclusive

    lubrificantes e combustveis lquidos e gasosos dele derivados, e de energia eltrica, quando

    no destinados comercializao ou industrializao, destinados a adquirente localizado

    neste Estado, decorrentes de operaes interestaduais, cabendo o imposto a este Estado;

    NR Lei n 8.107/04

    IV - a sada em hasta pblica, exceto aquela decorrente de leiles judiciais,

    observado, ainda, o disposto no inciso XIII do art. 8 desta Lei.

    NR Lei n 8.107/04

    V - a entrada no estabelecimento de contribuinte, de mercadoria ou bem

    oriundo de outra unidade da Federao, destinados a uso, consumo ou ativo fixo, bem como

    na utilizao, por contribuinte, de servios cuja prestao se tenha iniciado em outro Estado

    e no esteja vinculada operao ou prestao subseqente alcanada pela incidncia do

    imposto.

    2 A caracterizao do fato gerador independe da natureza jurdica da

    operao que o constitua.

    Art. 6 Para os efeitos desta Lei considera-se:

    I - sada do estabelecimento do autor da encomenda, a mercadoria que, pelo

    estabelecimento do executor da industrializao, for remetida, diretamente, a terceiros

    adquirentes ou a estabelecimentos diferentes daqueles que a tiver mandado industrializar;

    II - sada do estabelecimento, a mercadoria constante do estoque final, data

    do encerramento de suas atividades;

    III - sada do estabelecimento de quem promover o abate, a carne e todo o

    produto de matana do gado em matadouros pblicos ou particulares no pertencentes ao

    abatedor;

    IV - sada do estabelecimento do depositante em territrio maranhense, a

    mercadoria depositada em armazm geral deste Estado e entregue real ou simbolicamente a

    estabelecimento diverso daquele que tiver remetido para depsito;

    V - sada do estabelecimento do depositante em territrio maranhense, a

    mercadoria depositada em depsito fechado deste Estado entregue real ou simbolicamente a

    estabelecimento diverso;

    VI - sada do estabelecimento do depositante em territrio maranhense, a

    mercadoria depositada em armazm geral deste Estado no momento em que for transmitida

    a sua propriedade quando a mesma no transite pelo estabelecimento;

    VII - sada do estabelecimento do depositante em territrio maranhense, a

    mercadoria depositada em depsito fechado deste Estado no momento em que for

  • transmitida a sua propriedade;

    VIII - sada do estabelecimento do importador ou do arrematante, neste

    Estado, a mercadoria estrangeira sada de repartio aduaneira com destino a

    estabelecimento com titularidade diversa daquele que a tiver importado ou arrematado,

    situado neste Estado.

    Art. 7 Para efeito de incidncia do imposto, mercadoria qualquer bem,

    novo ou usado, no considerado imvel por natureza ou acesso fsica, nos termos da lei

    civil, suscetvel de avaliao econmica.

    Pargrafo nico. Compreende-se no conceito de mercadoria a energia

    eltrica, os combustveis lquidos e gasosos, os lubrificantes e minerais do Pas

    SEO II

    DA NO INCIDNCIA

    Art. 8 O imposto no incide sobre:

    I - operaes com livros, jornais, peridicos e o papel destinado a sua

    impresso;

    II - operaes e prestaes que destinem ao exterior mercadorias, inclusive

    produtos primrios e produtos industrializados semi-elaborados, ou servios;

    III - operaes interestaduais relativas a energia eltrica e petrleo, inclusive

    lubrificantes e combustveis lquidos e gasosos dele derivados, quando destinados

    industrializao ou comercializao;

    IV - operaes com ouro, quando definido em lei como ativo financeiro ou

    instrumento cambial;

    V - operaes relativas a mercadorias que tenham sido ou que se destinem a

    ser utilizadas na prestao, pelo prprio autor da sada, de servio de qualquer natureza

    definido em lei complementar como sujeito ao imposto sobre servios, de competncia dos

    Municpios, ressalvadas as hipteses previstas na mesma lei complementar;

    VI - operaes de qualquer natureza de que decorra a transferncia de

    propriedade de estabelecimento industrial, comercial ou de outra espcie;

    VII - operaes decorrentes de alienao fiduciria em garantia, inclusive a

    operao efetuada pelo credor em decorrncia do inadimplemento do devedor;

    VIII - operaes de arrendamento mercantil, no compreendida a venda do

    bem arrendado ao arrendatrio;

    IX - operaes de qualquer natureza de que decorra a transferncia de bens

    mveis salvados de sinistro para companhias seguradoras;

  • X - prestao do servio de transporte intermunicipal de caracterstica

    urbana, nas regies metropolitanas criadas neste Estado;

    XI - a prestao interna dos servios nas modalidades de transmisso,

    retransmisso, gerao de som e imagem atravs de servios de rdio e televiso;

    XII - as operaes com polipropileno e seus derivados.

    XIII - as sadas em hasta pblica de veculos usados, apreendidos pelo Departamento Estadual de Trnsito - DETRAN.

    Pargrafo nico. Equipara-se s operaes de que trata o inciso II a sada de

    mercadoria realizada com o fim especfico de exportao para o exterior, destinada a:

    I - empresa comercial exportadora, inclusive tradings ou outro

    estabelecimento da mesma empresa;

    II - armazm alfandegado ou entreposto aduaneiro.

    SEO III

    DAS ISENES, INCENTIVOS E BENEFCIOS FISCAIS

    Art. 9 As isenes, incentivos e benefcios fiscais do imposto sero

    concedidos ou revogados mediante convnio celebrado nos termos de lei complementar.

    1 So incentivos e benefcios fiscais:

    I - a reduo da base de clculo;

    II - a concesso de crdito presumido;

    III - quaisquer outros incentivos ou benefcios dos quais resulte reduo ou

    eliminao, direta ou indireta, do nus do imposto;

    IV - a anistia, a remisso, a transao, a moratria e o parcelamento;

    V - a fixao de prazo de recolhimento do imposto superior ao estabelecido

    em convnio.

    2 O Regulamento indicar as isenes, incentivos e benefcios vigentes,

    fazendo referncia ao convnio que os instituiu.

    3 Fica o Poder Executivo autorizado a conceder os incentivos e

    benefcios fiscais de que trata o 1, aos empreendimentos localizados neste Estado, desde

    que autorizados em Convnios, celebrados nos termos da Lei Complementar n 24/75, na

    forma e condies estabelecidas em regulamento.

    4 Constitui crdito presumido do imposto, o percentual equivalente, de

    forma que a carga tributria resulte nula, vedada a utilizao de quaisquer outros crditos:

  • I - nas sadas internas de amndoa de babau para fins industriais;

    II - nas sadas de leo bruto e refinado derivados da amndoa de

    babau para fins industriais.

    AC. 4 - Lei n 8.147/04

    5 O Regulamento desta Lei especificar os casos de isenes bem

    como poder dispor que o lanamento e o pagamento do imposto incidente sobre a sada de

    determinadas mercadorias sejam diferidos para etapas posteriores do ciclo econmico.

    6 A fruio de qualquer benefcio fiscal, incentivo ou iseno fica

    condicionada regularidade fiscal.

    7 Os benefcios enumerados no 1 podero tambm ser adotados

    mediante regime especial pelo Secretrio de Estado da Fazenda em proteo ao

    desenvolvimento socioeconmico do Estado.

    AC Lei n 9.379/11

    Art. 9-A Fica concedido, at 31 de agosto de 2009, crdito presumido do

    imposto nas operaes de sada interna e interestadual de biodiesel fabricado por

    estabelecimentos industriais localizados no Estado do Maranho, de forma que a carga

    tributria resultante seja nula.

    Pargrafo nico. A fruio do benefcio de que trata este artigo veda a

    utilizao de quaisquer outros crditos e no se aplica na operao de importao do

    exterior de insumos ou matrias-primas destinadas fabricao de biodiesel.

    AC Lei n 8.871/08, NR Lei 8.878/08

    Art. 9 - B. Nas prestaes de servios de transporte rodovirio

    intermunicipal de passageiros, fica o Poder Executivo autorizado a conceder crdito

    presumido do imposto de forma que a carga tributria resultante seja de 4% (quatro por

    centro), vedado a utilizao de quaisquer outros crditos, se o contribuinte optar pelo

    benefcio.

    AC MP n 069/09, Lei n 9.127/10

    Art. 10. Quando o reconhecimento do benefcio fiscal depender de condio,

    no sendo esta satisfeita, o imposto ser considerado devido no momento em que ocorrer a

    operao ou prestao.

    Art. 11. A concesso de qualquer benefcio fiscal no dispensa o

    contribuinte do cumprimento de obrigaes acessrias.

    SEO IV

    DO FATO GERADOR

    Art.12. Considera-se ocorrido o fato gerador do imposto no momento:

  • I - da sada de mercadoria de estabelecimento de contribuinte, ainda que para

    outro estabelecimento do mesmo titular;

    II - do fornecimento de alimentao, bebidas e outras mercadorias por

    qualquer estabelecimento;

    III - da transmisso a terceiro de mercadoria depositada em armazm geral

    ou em depsito fechado, neste Estado;

    IV - da transmisso de propriedade de mercadoria, ou de ttulo que a

    represente, quando a mercadoria no tiver transitado pelo estabelecimento transmitente;

    V - do incio da prestao de servios de transporte interestadual e

    intermunicipal, de qualquer natureza;

    VI - do ato final do transporte iniciado no exterior;

    VII - das prestaes onerosas de servios de comunicao, feita por qualquer

    meio, inclusive a gerao, a emisso, a recepo, a transmisso, a retransmisso, a repetio

    e a ampliao de comunicao de qualquer natureza ainda que iniciada ou prestada no

    exterior;

    VIII - do fornecimento de mercadoria com prestao de servios:

    a) no compreendidos na competncia tributria dos Municpios;

    b) compreendidos na competncia tributria dos Municpios e com indicao

    expressa de incidncia do imposto de competncia estadual, como definido na lei

    complementar aplicvel;

    IX - do desembarao aduaneiro de mercadorias ou bens importados do

    exterior; (Redao dada pela LC n 114, de 16.12.2002)

    NR Lei n 8.107/04

    X - do recebimento, pelo destinatrio, de servio prestado no exterior;

    XI - da aquisio em licitao pblica de mercadorias ou bens importados do

    exterior e apreendidos ou abandonados; (Redao dada pela LC n 114, de 16.12.2002)

    NR Lei n 8.107/04

    XII - da entrada, no territrio deste Estado, de lubrificantes e combustveis

    lquidos e gasosos derivados de petrleo e energia eltrica oriundos de outro Estado,

    quando no destinados comercializao ou industrializao;

    XIII - da utilizao, por contribuinte, de servio cuja prestao se tenha

    iniciado em outro Estado e no esteja vinculada a operao ou prestao subseqente;

    XIV - da sada de mercadoria ou bem adquirido em hasta pblica;

  • XV - da entrada de mercadoria ou bem no estabelecimento do adquirente ou

    em outro por ele indicado, na hiptese de exigncia do imposto por substituio tributria;

    XVI - da entrada no estabelecimento de contribuinte, de mercadoria ou bem

    oriundos de outra unidade da Federao, destinados ao uso, consumo ou ativo fixo;

    1 Na hiptese do inciso VII, quando o servio for prestado mediante

    pagamento em ficha, carto ou assemelhados, considera-se ocorrido o fato gerador do

    imposto quando do fornecimento desses instrumentos ao usurio.

    2 Na hiptese do inciso IX, aps o desembarao aduaneiro, a entrega,

    pelo depositrio, de mercadoria ou bem importados do exterior dever ser autorizada pelo

    rgo responsvel pelo seu desembarao, que somente se far mediante a exibio do

    comprovante de pagamento do imposto incidente no ato do despacho aduaneiro, salvo

    disposio em contrrio.

    3 Poder ser exigido o pagamento antecipado do imposto, na entrada em

    territrio maranhense, observado o disposto no inciso XV do art. 13, nos casos de venda

    ambulante quando da entrada de mercadoria no Estado para revenda sem destinatrio certo.

    4 O Poder Executivo poder exigir o pagamento antecipado do imposto,

    na entrada em territrio maranhense, com fixao, se for o caso, do valor da operao ou da

    prestao subseqente, a ser efetuada pelo prprio contribuinte.

    5 Quando a mercadoria for remetida para o armazm geral ou para o

    depsito fechado do prprio contribuinte, neste Estado, considera-se ocorrido o fato

    gerador:

    I - no momento da sada da mercadoria do armazm geral ou do depsito

    fechado, salvo se para retornar ao estabelecimento de origem;

    II - no momento de transmisso da propriedade da mercadoria depositada

    em armazm geral ou em depsito fechado.

    6- Na hiptese de entrega de mercadoria ou bem importados do exterior

    antes do desembarao aduaneiro, considera-se ocorrido o fato gerador neste momento,

    devendo a autoridade responsvel, salvo disposio em contrrio, exigir a comprovao do

    pagamento do imposto. (includo pela LC n 114, de 16.12.2002).

    AC Lei n 8.107/04

    7 Poder ser exigido o pagamento antecipado do imposto nas operaes e

    prestaes realizadas por estabelecimentos no inscritos no cadastro de contribuintes do

    ICMS - CAD/ICMS, bem como pelos inscritos de existncia transitria ou daqueles cuja

    inscrio esteja suspensa, baixada ou cancelada.

    AC Lei n 8.107/04, NR MP n 115/11, Lei n 9.562/12

    Redao Anterior

    7- Poder ser exigido o pagamento antecipado do imposto nas

    operaes e prestaes realizadas por estabelecimentos no

  • inscritos no CAD/ICMS ou de existncia transitria, bem como por

    contribuintes inscritos, cuja inscrio esteja suspensa do

    CAD/ICMS.

    SEO V

    DA BASE DE CLCULO

    Art. 13. A base de clculo do imposto :

    I - na sada de mercadoria prevista nos incisos I, III e IV do art. 12, o valor

    da operao;

    II - na hiptese do inciso II do art. 12, o valor da operao, compreendendo

    mercadoria e servio;

    III - na prestao de servio de transporte interestadual e intermunicipal e de

    comunicao, o preo do servio;

    IV - no fornecimento de que trata o inciso VIII do art. 12;

    a) o valor da operao, na hiptese da alnea a;

    b) o preo corrente da mercadoria fornecida ou empregada, na hiptese da

    alnea b;

    V - na hiptese do inciso IX do art. 12, a soma das seguintes parcelas:

    a) o valor da mercadoria ou bem constante dos documentos de importao,

    observado o disposto no art. 14;

    b) imposto de importao;

    c) imposto sobre produtos industrializados;

    d) imposto sobre operaes de cmbio;

    e) quaisquer outros impostos, taxas, contribuies e despesas aduaneiras;

    VI - na hiptese do inciso X do art. 12, o valor da prestao do servio,

    acrescido, se for o caso, de todos os encargos relacionados com a sua utilizao;

    VII - no caso do inciso XI do art. 12, o valor da operao acrescido do valor

    dos impostos de importao e sobre produtos industrializados e de todas as despesas

    cobradas ou debitadas ao adquirente;

    VIII - na hiptese do inciso XII do art. 12, o valor da operao de que

    decorrer a entrada;

  • IX - na hiptese do inciso XIII do art. 12, o valor da prestao no Estado de

    origem;

    X - na hiptese do inciso XIV do art. 12, o valor da arrematao;

    XI - na hiptese do inciso XVI do art. 12, o valor da operao sobre o qual

    foi cobrado no Estado de origem;

    XII - o valor do custo das mercadorias que compem o estoque final,

    acrescido de 20% (vinte por cento), na hiptese a que se refere o inciso II do art. 6;

    XIII - na entrada em territrio maranhense, de mercadorias trazidas sem

    destinatrio certo, para comrcio ambulante, por contribuinte de outro Estado, o valor

    indicado na nota fiscal acrescido de 50% (cinqenta por cento), ou valor estimado das

    operaes a serem realizadas, se as mercadorias estiverem desacompanhadas de documento

    fiscal;

    XIV - na hiptese do inciso VII do art. 27, a base de clculo ser o valor

    total da operao, includo o preo de despesas acessrias debitadas ao detentor das

    mercadorias;

    XV - na hiptese do pagamento antecipado a que se refere o 3 do art. 12, a

    base de clculo o valor da mercadoria ou da prestao, acrescido de percentual de

    margem de lucro fixado para os casos de substituio tributria ou, na falta deste, o de 50%

    (cinqenta por cento).

    1- Integra a base de clculo do imposto, inclusive na hiptese do inciso

    V do caput deste artigo: (Redao dada pela LC n 114, de 16.12.2002)

    NR Lei n 8.107/04

    I - o montante do prprio imposto, constituindo o respectivo destaque mera

    indicao para fins de controle;

    II - o valor correspondente a:

    a) seguros, juros e demais importncias pagas, recebidas ou debitadas, bem

    como descontos concedidos sob condio;

    b) frete, caso o transporte seja efetuado pelo prprio remetente ou por sua

    conta e ordem e seja cobrado em separado.

    2 No integra a base de clculo do imposto o montante do Imposto sobre

    Produtos Industrializados, quando a operao, realizada entre contribuintes e relativa a

    produto destinado industrializao ou comercializao, configurar fato gerador de

    ambos os impostos.

  • 3 Quando a mercadoria entrar no estabelecimento para fins de

    industrializao ou comercializao, sendo, aps, destinada para consumo ou ativo fixo do

    estabelecimento, acrescentar-se-, na base de clculo, o valor do IPI cobrado na operao

    de que decorreu a entrada.

    4 No caso dos incisos IX e XI deste artigo, o imposto a pagar ser o valor

    resultante da aplicao do percentual equivalente diferena entre a alquota interna e a

    interestadual, sobre o valor ali previsto.

    5 Na sada de mercadoria para estabelecimento localizado em outro

    Estado, pertencente ao mesmo titular, a base de clculo do imposto :

    I - o valor correspondente entrada mais recente da mercadoria;

    II - o custo da mercadoria produzida, assim entendida a soma do custo da

    matria-prima, material secundrio, mo-de-obra e acondicionamento;

    III - tratando-se de mercadorias no industrializadas, o seu preo corrente no

    mercado atacadista do estabelecimento remetente.

    6 Nas operaes e prestaes interestaduais entre estabelecimentos de

    contribuintes diferentes, caso haja reajuste do valor depois da remessa ou da prestao, a

    diferena fica sujeita ao imposto no estabelecimento do remetente ou do prestador.

    7 Consideram-se despesas aduaneiras aquelas necessrias e compulsrias

    ao controle e desembarao da mercadoria ou bem.

    8- O valor mnimo das operaes tributveis, fixado em Portaria expedida

    pelo titular da Receita Estadual, ser obtido atravs de procedimento administrativo,

    garantindo-se a ampla defesa e o contraditrio, no qual far-se- levantamento, ainda que

    por amostragem ou atravs de informaes e outros elementos fornecidos por entidades

    representativas, dos respectivos setores, adotando-se a mdia ponderada dos valores

    coletados.

    AC Lei n 8.107/04

    Art. 14. O preo de importao expresso em moeda estrangeira ser

    convertido em moeda nacional pela mesma taxa de cmbio utilizada no clculo do imposto

    de importao, sem qualquer acrscimo ou devoluo posterior se houver variao da taxa

    de cmbio at o pagamento efetivo do preo.

    Pargrafo nico. O valor fixado pela autoridade aduaneira para base de

    clculo do imposto de importao, nos termos da lei aplicvel, substituir o preo

    declarado.

    Art. 15. Na falta do valor a que se referem os incisos I e VIII do art. 13, a

    base de clculo do imposto :

  • I - o preo corrente da mercadoria, ou de sua similar, no mercado atacadista

    do local da operao ou, na sua falta, no mercado atacadista regional, caso o remetente seja

    produtor, extrator ou gerador, inclusive de energia;

    II - o preo FOB estabelecimento industrial vista, caso o remetente seja

    industrial;

    III - o preo FOB estabelecimento comercial vista, na venda a outros

    comerciantes ou industriais, caso o remetente seja comerciante.

    1 Para aplicao dos incisos II e III do caput, adotar-se- sucessivamente:

    I - o preo efetivamente cobrado pelo estabelecimento remetente na

    operao mais recente;

    II - caso o remetente no tenha efetuado venda de mercadoria, o preo

    corrente da mercadoria ou de sua similar no mercado atacadista do local da operao ou, na

    falta deste, no mercado atacadista regional.

    2 Na hiptese do inciso III do caput, se o estabelecimento remetente no

    efetuar vendas a outros comerciantes ou industriais ou, em qualquer caso, se no houver

    mercadoria similar, a base de clculo ser equivalente a setenta e cinco por cento do preo

    de venda corrente no varejo.

    3 Nas sadas para estabelecimento situado neste Estado, pertencente ao

    mesmo titular, em substituio aos preos referidos nos incisos II e III deste artigo poder o

    estabelecimento remetente atribuir operao outro valor, desde que no seja inferior ao do

    custo das mercadorias.

    Art. 16. Nas prestaes sem preo determinado, a base de clculo do

    imposto o valor corrente do servio, no local da prestao.

    Art. 17. Quando o valor do frete, cobrado por estabelecimento pertencente

    ao mesmo titular da mercadoria ou por outro estabelecimento de empresa que com aquele

    mantenha relao de interdependncia, exceder os nveis normais de preos em vigor, no

    mercado local, para servio semelhante, constantes de tabelas elaboradas pelos rgos

    competentes, o valor excedente ser havido como parte do preo da mercadoria.

    Pargrafo nico. Considerar-se-o interdependentes duas empresas quando:

    I - uma delas, por si, seus scios ou acionistas, e respectivos cnjuges ou

    filhos menores, for titular de mais de cinqenta por cento do capital da outra;

    II - uma mesma pessoa fizer parte de ambas, na qualidade de diretor, ou

    scio com funes de gerncia, ainda que exercidas sob outra denominao;

    III - uma delas locar ou transferir a outra, a qualquer ttulo, veculo destinado

    ao transporte de mercadorias.

  • Art. 18. Quando o clculo do tributo tenha por base, ou tome em

    considerao, o valor ou o preo de mercadorias, bens, servios ou direitos, a autoridade

    lanadora, mediante processo regular, arbitrar aquele valor ou preo, sempre que sejam

    omissos ou no meream f as declaraes ou os esclarecimentos prestados, ou os

    documentos expedidos pelo sujeito passivo ou pelo terceiro legalmente obrigado,

    ressalvada, em caso de contestao, avaliao contraditria, administrativa ou judicial.

    Pargrafo nico. Nos seguintes casos o valor das operaes poder ser

    arbitrado pela autoridade fiscal, observado o preo das mercadorias vigentes na praa, sem

    prejuzo da aplicao das penalidades cabveis:

    I - no exibio ao Fisco dos elementos necessrios comprovao do valor

    da operao, inclusive nos casos de perda ou extravio de livro ou documento fiscal;

    II - comprovada suspeita de que os documentos fiscais no refletem o valor

    real da operao;

    III - declarao, nos documentos fiscais, de valores notoriamente inferiores

    ao preo corrente das mercadorias;

    IV - transporte, entrega, recebimento e depsito de mercadorias

    desacompanhadas de documentos fiscais.

    Art.19. Quando no for possvel determinar o valor da base de clculo, o

    imposto a recolher ser calculado sobre o preo corrente da mercadoria, na praa e na poca

    em que ocorrer o fato gerador;

    Art. 20. Uma vez apurado que, existindo valor da operao, o contribuinte

    se utilizou de base de clculo diversa e sendo aquele superior, sobre a diferena ser

    exigido o imposto, sem prejuzo da aplicao das penalidades cabveis.

    Art. 21. O Poder Executivo, conforme normas fixadas em Convnio

    celebrado pelos Estados, poder estabelecer reduo na base de clculo ou valores

    especficos para cada produto.

    Art. 22. Para os efeitos desta Lei, considera-se:

    I - operao interna:

    a) aquela em que o remetente e o destinatrio da mercadoria estejam situados

    neste Estado;

    b) a operao de entrada de mercadoria importada do exterior em

    estabelecimento do prprio importador neste Estado;

    II - operao interestadual, aquela em que o remetente e o destinatrio da

    mercadoria estejam situados em Estados diferentes;

  • III - operao de exportao, aquela em que a mercadoria seja remetida para

    destinatrio situado no exterior, ou para armazns alfandegados e entrepostos aduaneiros,

    assim como para as empresas que operem exclusivamente no ramo de exportao.

    SEO VI

    DAS ALQUOTAS

    Art. 23. As alquotas do ICMS so:

    I - de 4% (quatro por cento), nas prestaes de servios de transporte areo

    interestadual de passageiro, carga e mala postal, destinados a contribuintes do imposto

    (Resoluo n 95/96, do Senado Federal);

    II - de 12% (doze por cento):

    a) nas operaes interestaduais que destinem mercadorias a contribuintes do

    imposto;

    b) nas prestaes de servios de comunicao e de transporte interestadual

    destinados a contribuintes do imposto, exceto os casos previstos no inciso I deste artigo;

    c) nas operaes internas e de importao do exterior, quando realizadas

    com os seguintes produtos:

    1 - adubos, fertilizantes, corretivos de solo, sementes certificadas ou

    fiscalizadas, raes balanceadas e seus componentes, e sal mineral;

    2 - gado bovino, bufalino, suno, ovino e caprino, bem como os produtos de

    sua matana, em estado natural, resfriado ou congelado;

    3 - tijolos, telhas, lajotas, manilhas e outros, resultantes de cermica

    vermelha;

    d) nas operaes internas, no fornecimento de energia eltrica:

    1 - utilizada, comprovadamente, no processo de irrigao rural;

    2 - para os consumidores residenciais, at 500 quilowatts/hora;

    e) nas operaes internas com mquinas, aparelhos e equipamentos

    industriais e implementos e tratores agrcolas definidos em ato do Poder Executivo;

    f) nas operaes internas com produtos de informtica:

    1. disco rgido (winchester);

    2. dispositivos de armazenamento de dados para microcomputadores ;

    3. dispositivo de leitura tica;

  • 4. disquetes;

    5. impressoras para microcomputadores;

    6. interfaces de comunicao de dados para microcomputadores e redes locais;

    7. joystick;

    8. microcomputadores;

    9. monitores de vdeo;

    10. mouse;

    11. scaners;

    12. teclado;

    13. terminais de vdeo;

    14. trackballs;

    15. unidades para leitura e gravao de compact disc laser (CD-laser);

    g) nas operaes internas de sadas promovidas pelas indstrias de

    manufaturas diversas de metais comuns;

    h) nas prestaes internas de servios de transporte areo (Convnio ICMS

    120/96);

    i) nas prestaes interestaduais de servio de transporte areo de pessoa

    carga e mala postal, quando tomada por no contribuintes de ICMS ou a este destinadas;

    j) nas operaes internas de sada de pedra grantica britada;

    k) nas operaes internas de aquisies de bens e mercadorias destinadas a rgos da Administrao Pblica Estadual Direta, inclusive suas fundaes e autarquias.

    AC Lei n 8.107/04

    l) nas operaes internas com leo combustvel OCB1 de baixo teor de enxofre, a partir de 1 de novembro de 2009;

    AC MP n 069/09, Lei n 9.127/10

    III - de 17% (dezessete por cento):

    a) nas operaes internas com mercadorias;

    b) nas prestaes internas de servios de transporte;

  • c) nas operaes internas, no fornecimento de energia eltrica, exceto os

    casos previstos no inciso II, alnea "d", item 2 e inciso IV, alnea "f" deste artigo;

    d) nas operaes e prestaes de servios de transporte interestadual, que

    destinem mercadorias ou servios a consumidor final no contribuinte do imposto;

    e) nas operaes de importaes de mercadorias ou bens do exterior e sobre

    o transporte iniciado no exterior;

    NR Lei n 8.107/04

    IV - de 25% (vinte e cinco por cento):

    a) nas operaes internas e de importao do exterior, bem como nas

    interestaduais destinadas a consumidor final no contribuinte do imposto, realizadas com os

    seguintes produtos:

    1- armas e munies;

    2 - bebidas alcolicas;

    3 -embarcaes de esporte e de recreao;

    4 - fumo e seus derivados;

    b) nas prestaes internas de servios de comunicao;

    c) nas prestaes interestaduais que destinem servios de comunicao a

    consumidor final no contribuinte do imposto;

    d) nas importaes de prestao de servios de comunicao iniciadas no

    exterior;

    e) nas operaes internas e de importao do exterior de gasolina, lcool

    anidro e hidratado, leo combustvel e querosene de aviao; (NR Lei n 7.918/03, Lei n

    8.413/06))

    f) nas operaes internas, no fornecimento de energia eltrica, para

    consumidores residenciais, acima de 500 quilowatts/hora.

    Art. 24. Na hiptese do inciso V do 1 do art. 5, a alquota do imposto ser

    o percentual que resultar da diferena entre a alquota interna deste Estado, aplicvel

    operao ou prestao, e aquela aplicada na unidade federada de origem da mercadoria ou

    servio para operao ou prestao interestadual.

    SEO VII

    DO LOCAL DA OPERAO E DA PRESTAO

  • Art. 25. O local da operao ou da prestao, para os efeitos da cobrana do

    imposto e definio do estabelecimento responsvel, :

    I - tratando-se de mercadoria ou bem:

    a) o do estabelecimento onde se encontre, no momento da ocorrncia do fato

    gerador;

    b) onde se encontre, quando em situao irregular pela falta de

    documentao fiscal ou quando acompanhado de documentao inidnea;

    c) o do estabelecimento que transfira a propriedade, ou o ttulo que a

    represente, de mercadoria por ele adquirida no Pas e que por ele no tenha transitado, salvo

    se os estabelecimentos do depositante e do depositrio no estejam neste Estado;

    d) importado do exterior, onde estiver situado o domiclio ou o

    estabelecimento do destinatrio da mercadoria, bem ou servio;

    e) aquele onde seja realizada a licitao, no caso de arrematao de

    mercadoria ou bem importados do exterior e apreendidos ou abandonados; (Redao dada

    pela LC n 114, de 16.12.2002).

    NR Lei n 8.107/04

    f) o do estabelecimento do adquirente, inclusive consumidor final, nas

    operaes interestaduais com energia eltrica e petrleo, lubrificantes e combustveis dele

    derivados, quando no destinados industrializao ou comercializao;

    g) o do Municpio onde o ouro tenha sido extrado, quando no considerado

    como ativo financeiro ou instrumento cambial;

    h) o de desembarque do produto, na hiptese de captura de peixes,

    crustceos e moluscos;

    II - tratando-se de prestao de servio de transporte:

    a) onde tenha incio a prestao;

    b) onde se encontre o transportador, quando em situao irregular pela falta

    de documentao fiscal ou quando acompanhada de documentao inidnea;

    c) o do estabelecimento destinatrio do servio, na hiptese do inciso XIII do

    art. 12 e para os efeitos do 4 do art. 13;

    III - tratando-se de prestao onerosa de servio de comunicao:

    a) o da prestao do servio de radiodifuso sonora e de som e imagem,

    assim entendido o da gerao, emisso, transmisso e retransmisso, repetio, ampliao e

    recepo;

  • b) o do estabelecimento da concessionria ou da permissionria que fornea

    ficha, carto, ou assemelhados com que o servio pago;

    c) o do estabelecimento destinatrio do servio, na hiptese e para os efeitos

    do inciso XIII do art. 12;

    d) o do estabelecimento ou domiclio do tomador do servio, quando

    prestado por meio de satlite;

    e) onde seja cobrado o servio, nos demais casos;

    IV - o do estabelecimento ou do domiclio do destinatrio tratando-se de

    servios prestados ou iniciados no exterior.

    1 Para os efeitos da alnea g do inciso I, o ouro, quando definido como ativo financeiro ou instrumento cambial, deve ter sua origem identificada.

    2 Quando a mercadoria for remetida para armazm geral ou para depsito

    fechado do prprio contribuinte, neste Estado, a posterior sada considerar-se- ocorrida no

    estabelecimento do depositante, salvo se para retornar ao estabelecimento remetente.

    3 Na hiptese do inciso III do caput deste artigo, tratando-se de servios

    no medidos, que envolvam este Estado e localidades situadas em diferentes unidades da

    Federao e cujo preo seja cobrado por perodos definidos, o imposto devido ao Maranho

    ser recolhido em parte igual s unidades da Federao onde estiverem localizados o

    prestador ou o tomador.

    SEO VIII

    DOS CONTRIBUINTES

    Art. 26. Contribuinte qualquer pessoa, fsica ou jurdica, que realize, com

    habitualidade ou em volume que caracterize intuito comercial, operaes de circulao de

    mercadoria ou prestaes de servios de transporte interestadual e intermunicipal e de

    comunicao, ainda que as operaes e as prestaes se iniciem no exterior.

    1- tambm contribuinte a pessoa fsica ou jurdica que, mesmo sem

    habitualidade ou intuito comercial: (Redao dada pela LC n 114, de 16.12.2002)

    I - importe mercadorias ou bens do exterior, qualquer que seja a sua

    finalidade; (Redao dada pela LC n 114, de 16.12.2002)

    NR Lei n 8.107/04

    II - seja destinatria de servio prestado no exterior ou cuja prestao se

    tenha iniciado no exterior;

    III - adquira em licitao mercadorias ou bens apreendidos ou

    abandonados;" (Redao dada pela LC n 114, de 16.12.2002)

    NR Lei n 8.107/04

  • IV - adquira em hasta pblica mercadorias ou bens;

    V - adquira energia eltrica, petrleo, lubrificantes e combustveis lquidos e

    gasosos derivados de petrleo oriundos de outra unidade da Federao, quando no

    destinados comercializao ou industrializao;

    VI - fornea alimentao, bebidas e outras mercadorias.

    2 Considera-se contribuinte autnomo cada estabelecimento produtor,

    extrator, gerador de energia, industrial, comercial, e importador ou prestador de servios de

    transporte e de comunicao do mesmo contribuinte.

    SEO IX

    DOS RESPONSVEIS

    Art. 27. Fica atribuda a responsabilidade pelo pagamento do imposto e

    acrscimos legais devidos pelo sujeito passivo, quanto aos atos e omisses que praticarem e

    que concorrerem para o no-cumprimento da obrigao tributria:

    I - ao leiloeiro, em relao ao imposto devido sobre as sadas de mercadorias

    ou bens decorrentes de arrematao em leiles, excetuado o referente a mercadoria ou bem

    importado e apreendido;

    II - ao sndico, comissrio, inventariante ou liquidante, em relao ao

    imposto devido sobre as sadas de mercadorias decorrentes de sua alienao em falncias,

    concordatas, inventrio ou dissoluo de sociedades, respectivamente;

    III - ao industrial, comerciante ou outra categoria de contribuinte, quanto ao

    imposto devido na operao ou operaes anteriores promovidas com a mercadoria ou seus

    insumos;

    IV - ao produtor, industrial ou comerciante atacadista, quanto ao imposto

    devido pelo comerciante varejista;

    V - ao produtor ou industrial, quanto ao imposto devido pelo comerciante

    atacadista;

    VI - aos transportadores, depositrios e demais encarregados da guarda ou

    comercializao de mercadorias:

    a) nas sadas de mercadorias depositadas por contribuintes de qualquer

    Estado;

    b) nas transmisses de propriedade de mercadorias depositadas por

    contribuintes de qualquer Estado;

    c) nos recebimentos para depsito ou nas sadas de mercadorias sem

    documentao fiscal ou com documentao inidnea;

  • d) provenientes de qualquer unidade da Federao para entrega a destinatrio

    no designado no territrio deste Estado;

    e) que forem negociadas no territrio deste Estado durante o transporte;

    f) que aceitarem para despacho ou transporte sem documentao fiscal ou

    acompanhadas de documento fiscal inidneo ou falsa;

    g) que entregarem a destinatrio ou em local diverso do indicado na

    documentao fiscal;

    VII - qualquer pessoa, em relao a mercadoria que detiver para

    comercializao, industrializao ou simples entrega, desacompanhada de documentao

    fiscal idnea ou conforme o caso da prova de pagamento do imposto;

    VIII- solidariamente, o entreposto aduaneiro e qualquer outra pessoa que

    tenha promovido:

    a) sada de mercadorias para o exterior sem documentao fiscal

    correspondente;

    b) sada de mercadoria estrangeira, com destino ao mercado interno, sem a

    documentao fiscal correspondente, ou com destino a estabelecimento de titular diverso

    daquele que a tiver importado ou arrematado;

    c) reintroduo, no mercado interno, de mercadoria depositada para o fim

    especfico de exportao.

    1 Salvo disposio especial em contrrio, considerado inidneo, para

    todos os efeitos fiscais, o documento que:

    I - omita as indicaes determinadas na legislao;

    II - no seja o legalmente exigido para a respectiva operao ou prestao;

    III - no guarde as exigncias ou requisitos previstos na legislao;

    IV - contenha declaraes inexatas, esteja preenchido de forma ilegvel ou

    apresente emendas ou rasuras que lhe prejudiquem a clareza;

    V - apresente divergncias entre os dados constantes de suas diversas vias;

    VI - no esteja autenticado, na forma estabelecida na legislao tributria

    estadual;

    VII - seja emitido por contribuinte cuja inscrio tenha sido baixada,

    suspensa ou cancelada;

    VIII - tenha sido objeto de furto, roubo, desaparecimento ou extravio.

  • 2 Considera-se documento falso:

    I - aquele que tenha sido confeccionado sem a devida autorizao fiscal;

    II - embora revestido das formalidades legais, tenha sido utilizado com

    intuito comprovado de fraude;

    III - seja emitido por contribuinte fictcio ou que no mais exercite suas

    atividades.

    3 -A substituio tributria no exclui a responsabilidade do contribuinte

    substitudo, no caso de descumprimento total ou parcial da obrigao pelo contribuinte

    substituto.

    AC Lei n 8.107/04

    Art. 28. O responsvel sub-roga-se nos direitos e obrigaes do contribuinte,

    estendendo-se a sua responsabilidade punibilidade por infrao tributria, ressalvada,

    quanto ao sndico e o comissrio, o disposto no pargrafo nico do art. 134 do Cdigo

    Tributrio Nacional.

    Art. 29. Nos servios de transporte e de comunicao, quando a prestao

    for efetuada por mais de uma empresa, a responsabilidade pelo pagamento do imposto

    poder ser atribuda, por convnio celebrado entre as unidades federadas, quela que

    promover a cobrana integral do respectivo valor diretamente do usurio do servio.

    Pargrafo nico. O convnio a que se refere este artigo estabelecer a forma

    de participao na respectiva arrecadao.

    SEO X

    DO LANAMENTO

    Art. 30. O lanamento do imposto ser feito nos documentos e livros fiscais

    com a descrio das operaes e prestaes realizadas, na forma disciplinada pelo Poder

    Executivo.

    Art. 31. O lanamento, de exclusiva responsabilidade do contribuinte, est

    sujeito a posterior homologao pela autoridade administrativa.

    Art. 32. O Poder Executivo poder dispor que o lanamento e o pagamento

    do imposto incidente sobre a sada de determinada mercadoria sejam diferidos para etapas

    posteriores de sua comercializao.

    Art. 33. Todos os dados relativos ao lanamento sero fornecidos ao Fisco,

    mediante declarao de informaes econmico-fiscais conforme modelo aprovado em ato

    expedido pela autoridade competente.

  • SEO XI

    DA COMPENSAO

    Art. 34. O imposto no-cumulativo, compensando-se o que for devido em

    cada operao relativa circulao de mercadorias ou prestao de servios de transporte

    interestadual e intermunicipal e de comunicao com o montante cobrado nas anteriores por

    este ou outro Estado.

    Art. 35. Para a compensao a que se refere o artigo anterior, assegurado

    ao sujeito passivo o direito de creditar-se do imposto anteriormente cobrado em operaes

    de que tenha resultado a entrada de mercadoria, real ou simblica, no estabelecimento,

    inclusive a destinada ao seu uso ou consumo ou ao ativo permanente, ou o recebimento de

    servios de transporte interestadual e intermunicipal ou de comunicao.

    1 Na aplicao deste artigo observar-se- o seguinte:

    I - somente daro direito a crdito as mercadorias destinadas ao uso ou

    consumo do estabelecimento, nele entradas a partir de 1 de janeiro de 2020; NR Lei n

    7.918/03, Lei n 8.513/06, NR Lei n 9.379/11

    II - somente dar direito a crdito a entrada de energia eltrica no

    estabelecimento:

    a) quando for objeto de operao de sada de energia eltrica;

    b) quando consumida no processo de industrializao;

    c) quando seu consumo resultar em operao de sada ou prestao para o

    exterior, na proporo destas sobre as sadas ou prestaes totais; e

    d) a partir de 1o de janeiro de 2020, nas demais hipteses; NR Lei n

    7.918/03, Lei n 8.513/06, Lei n 9.379/11

    III - somente daro direito a crdito as mercadorias destinadas ao ativo

    permanente do estabelecimento, nele entradas a partir de 1 de novembro de 1996;

    IV - somente dar direito a crdito o recebimento de servios de

    comunicao utilizados pelo estabelecimento:

    a) ao qual tenham sido prestados na execuo de servios da mesma

    natureza;

    b) quando sua utilizao resultar em operao de sada ou prestao para o

    exterior, na proporo desta sobre as sadas ou prestaes totais; e

    c) a partir de 1o de janeiro de 2020, nas demais hipteses. NR Lei n

    7.918/03, Lei n 8.513/06, Lei n 9.379/11

  • 2 Daro direito a crdito, que no ser objeto de estorno, as mercadorias

    entradas no estabelecimento para integrao ou consumo em processo de produo de

    mercadorias industrializadas, inclusive semi-elaboradas, destinadas ao exterior;

    3 permitida, tambm, a deduo do valor do imposto pago relativo s

    mercadorias devolvidas, em virtude de garantia, por particular, produtor ou qualquer pessoa

    fsica ou jurdica, no considerada contribuinte ou no obrigada a emisso de documentos

    fiscais, desde que:

    a) haja prova cabal da devoluo;

    b) o retorno se verifique dentro de 45 dias contados da data da sada da

    mercadoria, ou dentro do prazo determinado no documento de garantia.

    Art. 36. O imposto devido resulta da diferena a maior entre os dbitos e os

    crditos escriturais referentes ao perodo de apurao fixado pelo Poder Executivo.

    1 Os dbitos so constitudos pelos valores resultantes da aplicao das

    alquotas cabveis sobre as bases de clculo das operaes ou prestaes tributadas.

    2 Do valor do imposto devido, apurado na forma do caput, so dedutveis

    os recolhimentos antecipados e outros valores expressamente previstos na legislao

    tributria, transferindo-se para o perodo subseqente o eventual saldo credor.

    3 O Poder Executivo pode estabelecer que o montante devido resulte da

    diferena a maior entre o imposto devido na operao com mercadoria ou na prestao de

    servio e cobrado relativamente s operaes e prestaes anteriores, ou seja apurado por

    mercadoria ou servio, dentro de determinado perodo, ou em relao a cada operao ou

    prestao.

    Art. 37. No do direito a crdito as entradas de mercadorias ou utilizao

    de servios resultantes de operaes ou prestaes isentas ou no tributadas, ou que se

    refiram a mercadorias ou servios alheios atividade do estabelecimento.

    Pargrafo nico. Salvo prova em contrrio, presumem-se alheios atividade

    do estabelecimento os veculos de transporte pessoal.

    Art. 38. vedado o crdito relativo a mercadoria entrada no estabelecimento

    ou a prestao de servios a ele feita:

    I - para integrao ou consumo em processo de industrializao ou produo

    rural, quando a sada do produto resultante no for tributada ou estiver isenta do imposto,

    exceto se tratar-se de sada para o exterior;

    II - para comercializao ou prestao de servio, quando a sada ou a

    prestao subseqente no forem tributadas ou estiverem isentas do imposto, exceto as

    destinadas ao exterior;

  • III - acobertadas por documento fiscal falso, ou que no contenha em

    destaque o valor do ICMS, ou que este esteja calculado em desacordo com a legislao

    tributria;

    IV - acobertadas por documento fiscal em que seja indicado estabelecimento

    destinatrio diferente do recebedor da mercadoria.

    1 Na hiptese do inciso III a proibio de deduzir o imposto calculado

    em desacordo com as normas da legislao aplica-se somente parcela excedente do

    imposto calculado corretamente.

    2 Operaes tributadas, posteriores a sadas de que tratam os incisos I e II

    deste artigo, do ao estabelecimento que as praticar direito a creditar-se do imposto cobrado

    nas operaes anteriores s isentas ou no tributadas sempre que a sada isenta ou no

    tributada seja relativa a:

    I - produtos agropecurios;

    II - quando autorizado em lei estadual, outras mercadorias.

    3 O no creditamento ou o estorno a que se referem os incisos I e II deste

    artigo, no impedem a utilizao dos mesmos crditos em operaes posteriores, sujeitas ao

    imposto, com a mesma mercadoria.

    V - quando o imposto devido ao Estado de origem tenha sido reduzido, no

    todo ou em parte, por concesso de benefcio sem amparo em convnio, celebrado no

    mbito do Conselho Nacional de Poltica Fazendria - CONFAZ, em relao s entradas

    ocorridas aps a publicao de ato do Chefe do Poder Executivo, identificando o Estado de

    origem, a mercadoria ou servio, o benefcio considerado irregular e o percentual de crdito

    a que no se reconhece o direito.

    AC MP n 069/09, Lei n 9.127/10

    Art. 39. Para efeito de compensao, relativamente aos crditos decorrentes

    de entrada de mercadorias no estabelecimento destinadas ao ativo permanente, dever ser

    observado:

    I - a apropriao ser feita razo de um quarenta e oito avos por ms,

    devendo a primeira frao ser apropriada no ms em que ocorrer a entrada no

    estabelecimento;

    II - em cada perodo de apurao do imposto, no ser admitido o

    creditamento de que trata o inciso I, em relao proporo das operaes de sadas ou

    prestaes isentas ou no tributadas sobre o total das operaes de sadas ou prestaes

    efetuadas no mesmo perodo;

  • III - para aplicao do disposto nos incisos I e II, o montante do crdito a ser

    apropriado ser o obtido multiplicando-se o valor total do respectivo crdito pelo fator igual

    a um quarenta e oito avos da relao entre o valor das operaes de sadas e prestaes

    tributadas e o total das operaes de sadas e prestaes do perodo, equiparando-se s

    tributadas, para fins deste inciso, as sadas e prestaes com destino ao exterior;

    IV - o quociente de um quarenta e oito avos ser proporcionalmente

    aumentado ou diminudo, pro rata die, caso o perodo de apurao seja superior ou inferior

    a um ms;

    V - na hiptese de alienao dos bens do ativo permanente, antes de

    decorrido o prazo de quatro anos contado da data de sua aquisio, no ser admitido, a

    partir da data da alienao, o creditamento de que trata este pargrafo em relao frao

    que corresponderia ao restante do quadrinio;

    VI - sero objeto de outro lanamento, alm do lanamento em conjunto com

    os demais crditos, para efeito da compensao prevista neste artigo e no art. 34, em livro

    prprio ou de outra forma que a legislao regulamentar, para aplicao do disposto nos

    incisos I a V deste artigo; e

    VII - ao final do quadragsimo oitavo ms contado da data da entrada do

    bem no estabelecimento, o saldo remanescente do crdito ser cancelado.

    Art. 40. O sujeito passivo dever efetuar o estorno do imposto de que se

    tiver creditado sempre que o servio tomado ou a mercadoria entrada no estabelecimento:

    I - for objeto de sada ou prestao de servio no tributada ou isenta, sendo

    esta circunstncia imprevisvel na data da entrada da mercadoria ou da utilizao do

    servio;

    II - for integrada ou consumida em processo de industrializao, quando a

    sada do produto resultante no for tributada ou estiver isenta do imposto;

    III - vier a ser utilizada em fim alheio atividade do estabelecimento;

    IV - ocorrer perecimento, deteriorizao, extravio, furto ou roubo;

    V - a operao ou prestao subseqente gozar de reduo da base de clculo

    hiptese em que o estorno ser proporcional reduo;

    VI - tenham propiciado, na sada do estabelecimento remetente devoluo do

    imposto, no todo ou em parte, ao prprio ou a outro contribuinte, por qualquer entidade

    tributante, mesmo sob a forma de prmio ou estmulo, ressalvadas as hipteses previstas na

    legislao federal aplicvel;

    VII - ocorrer, por qualquer motivo, alienao da mercadoria por importncia

    inferior ao valor que serviu de base de clculo na operao de que decorreu sua entrada,

  • ser obrigatria a anulao do crdito correspondente diferena entre o valor citado e o

    que serviu de base de clculo na sada respectiva.

    1 No se estornam crditos referentes a mercadorias e servios que

    venham a ser objeto de operaes ou prestaes destinadas ao exterior.

    2 Havendo mais de uma aquisio e sendo impossvel determinar a qual

    delas corresponde a mercadoria, o imposto a estornar ser calculado sobre o preo da

    aquisio mais recente, mediante a aplicao da alquota vigente poca dessa aquisio.

    3 O contribuinte dever estornar o excesso de crdito utilizado

    indevidamente.

    Art. 41. O direito de crdito, para efeito de compensao com dbito do

    imposto, reconhecido ao estabelecimento que tenha recebido as mercadorias ou para o qual

    tenham sido prestados os servios, est condicionado idoneidade da documentao e, se

    for o caso, escriturao nos prazos e condies estabelecidos na legislao.

    Pargrafo nico. O direito de utilizar o crdito extingue-se depois de

    decorridos cinco anos contados da data de emisso do documento.

    Art. 42. O regulamento desta Lei dispor sobre o perodo de apurao do

    imposto.

    Art. 43. As obrigaes consideram-se vencidas na data em que termina o

    perodo de apurao e so liquidadas por compensao ou mediante pagamento em dinheiro

    como disposto neste artigo:

    I - as obrigaes consideram-se liquidadas por compensao at o montante

    dos crditos escriturados no mesmo perodo mais o saldo credor de perodo ou perodos

    anteriores, se for o caso;

    II - se o montante dos dbitos do perodo superar o dos crditos, a diferena

    ser liquidada dentro do prazo fixado pelo regulamento;

    III - se o montante dos crditos superar os dos dbitos, a diferena ser

    transportada para o perodo seguinte.

    Art. 44. Para efeito de aplicao do disposto no artigo anterior, os dbitos e

    crditos devem ser apurados em cada estabelecimento, compensando-se os saldos credores

    e devedores entre os estabelecimentos do mesmo sujeito passivo localizados neste Estado.

    Art.45. Os crditos acumulados em decorrncia da realizao de operaes

    de exportao podero ser transferidos na proporo que estas sadas representem do total

    das sadas realizadas pelo estabelecimento, e conforme dispuser a legislao tributria

    especifica:

    I - para qualquer estabelecimento da mesma empresa situado neste Estado;

  • II - se ainda no compensados ou transferidos at 1 de agosto de 2000, para

    outros contribuintes estabelecidos neste Estado, a requerimento do sujeito passivo, caso

    haja saldo remanescente aps a deduo prevista no inciso anterior, para compensao

    parcelada dos saldos credores existentes em 31 de dezembro de 1999, mediante a emisso

    de documento, pela autoridade competente que reconhea o crdito.

    Pargrafo nico. O Poder Executivo determinar hipteses de transferncia

    de saldo credor decorrente da realizao de demais operaes.

    Art. 46. vedada a restituio ou transferncia, para outro estabelecimento,

    do saldo de crdito existente na data do encerramento das atividades de qualquer

    estabelecimento.

    Art. 47. O Poder Executivo poder conceder e vedar direito a crdito do

    imposto, dispensar e exigir o seu estorno, bem como conceder crdito presumido a

    determinada categoria de contribuinte, segundo o que for estabelecido em convnios

    celebrados na forma prevista em lei federal vigente.

    SEO XII

    DO PAGAMENTO

    Art. 48. O imposto ser pago na forma e no prazo fixado pelo Poder

    Executivo.

    Pargrafo nico. facultado ao Poder Executivo determinar que o imposto

    seja pago em local diferente daquele onde ocorrer o fato gerador, ressalvado o direito do

    Municpio participao do imposto.

    SEO XIII

    DO REGIME DE ESTIMATIVA

    Art. 49. Em substituio ao regime de apurao previsto no art. 36, o Poder

    Executivo poder estabelecer que em funo do porte ou da atividade do estabelecimento, o

    imposto seja pago em parcelas peridicas e calculado por estimativa, para um determinado

    perodo, assegurado ao sujeito passivo o direito de impugn-la e instaurar processo

    contraditrio.

    1 Para enquadramento no regime e fixao do valor a ser pago em

    determinado perodo observar-se- os critrios:

    I - estabelecimento de funcionamento provisrio;

    II - contribuinte de rudimentar organizao;

    III - operaes realizadas por estabelecimento cuja natureza ou condies em

    que se realizar o negcio torne impraticvel a emisso de documentos fiscais;

  • IV - contribuinte cuja espcie, modalidade ou volume de negcios ou

    atividades aconselham tratamento fiscal especifico.

    2 Para determinao do imposto a recolher ser estimado o valor das

    sadas de mercadorias, com base em dados declarados pelo contribuinte e em outros de que

    dispuser o Fisco, na forma disciplinada pelo Poder Executivo.

    3 Ao fim do perodo, ser feito o ajuste com base na escriturao regular

    do contribuinte, que pagar a diferena apurada, se positiva; caso contrrio, a diferena ser

    compensada com o pagamento referente ao perodo ou perodos imediatamente seguintes.

    4 A incluso de estabelecimento neste regime no dispensa o sujeito

    passivo do cumprimento de obrigaes acessrias.

    5 Quando se tratar de incio de atividade, a estimativa poder ser fixada

    em funo de valores presumidos.

    6 O estabelecimento de funcionamento provisrio recolher o imposto

    antecipadamente.

    7 Os contribuintes sujeitos ao pagamento do imposto por estimativa

    podero ser dispensados de emitir documentos fiscais e de possuir e escriturar livros desta

    natureza.

    8 A reviso dos valores que serviram de base para o recolhimento do

    imposto, bem como a suspenso do regime de estimativa, podero ser processadas a

    qualquer tempo pelo Fisco.

    Art. 50. O Poder Executivo estabelecer as normas relativas ao regime de

    estimativa.

    SEO XIV

    DA RESTITUIO

    Art. 51. As quantias relativas ao tributo indevidamente pago sero

    restitudas, desde que o contribuinte ou responsvel produza prova de que o respectivo

    valor no tenha sido recebido de terceiros.

    1 O terceiro que faa prova de haver recebido o encargo financeiro do

    ICMS subroga-se ao direito devoluo do imposto indevidamente pago em relao ao

    contribuinte ou responsvel.

    2 O contribuinte ou responsvel expressamente autorizado pelo terceiro, a

    quem o encargo relativo ao ICMS tenha sido transferido, poder pleitear a restituio do

    tributo indevidamente pago.

    3 A restituio total ou parcial do tributo d lugar devoluo de

    penalidade tributvel, acrscimo, juros e correo monetria pagos e correspondentes, salvo

  • as penas de carter formal que se no devem considerar prejudicadas pela causa

    asseguratria da restituio.

    SEO XV

    DA SUBSTITUIO TRIBUTRIA

    Art. 52. Na sada das mercadorias relacionadas no Anexo I desta lei, fica

    atribuda ao contribuinte substituto a responsabilidade pela reteno e recolhimento do

    imposto incidente nas operaes ou prestaes antecedentes, concomitantes ou

    subseqentes, inclusive o referente ao diferencial de alquota, conforme dispuser a

    legislao tributria especfica.

    Art. 53. Fica atribuda a qualidade de contribuinte substituto, nas seguintes

    hipteses:

    I - ao industrial, comerciante ou outra categoria de contribuinte, pelo

    pagamento do imposto devido na operao ou operaes anteriores;

    II - ao produtor, extrator, gerador, inclusive de energia, importador,

    industrial, distribuidor, comerciante ou transportador, pelo pagamento do imposto devido

    nas operaes subseqentes;

    III - ao depositrio, a qualquer ttulo, em relao a mercadoria depositada

    por contribuinte;

    IV - ao contratante de servio ou terceiro que participe da prestao de

    servios de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicao;

    V - ao contribuinte que realizar operao interestadual com petrleo,

    inclusive lubrificantes, combustveis lquidos e gasosos dele derivados, em relao s

    operaes subseqentes;

    VI - s empresas geradoras ou distribuidoras de energia eltrica, nas

    operaes internas e interestaduais, na condio de contribuinte ou de substituto tributrio,

    pelo pagamento do imposto, desde a produo ou importao at a ltima operao, sendo

    seu clculo efetuado sobre o preo praticado na operao final, assegurado seu

    recolhimento a este Estado;

    VII - as operaes interestaduais com as mercadorias de que tratam os

    incisos V e VI deste artigo, que tenham como destinatrio consumidor final, o imposto

    incidente na operao ser devido a este Estado e ser pago pelo remetente.

    Pargrafo nico. A responsabilidade pelo recolhimento do imposto pode ser

    atribuda tambm ao adquirente da mercadoria, em substituio ao alienante.

    Art. 54. A base de clculo, para fins de substituio tributria, ser:

  • I - em relao s operaes ou prestaes antecedentes ou concomitantes, o

    valor da operao ou prestao praticado pelo contribuinte substitudo;

    II - em relao s operaes ou prestaes subseqentes, no caso do art. 53,

    inciso II, a obtida pelo somatrio das parcelas seguintes:

    a) o valor da operao ou prestao prpria realizada pelo substituto

    tributrio ou pelo substitudo intermedirio;

    b) o montante dos valores de seguro, de frete e de outros encargos cobrados

    ou transferveis aos adquirentes ou tomadores de servio;

    c) a margem de valor agregado, inclusive lucro, relativa s operaes ou

    prestaes subseqentes.

    1 Na hiptese de responsabilidade tributria em relao s operaes ou

    prestaes antecedentes, o imposto devido pelas referidas operaes ou prestaes ser

    pago pelo responsvel, quando:

    I - da entrada ou recebimento da mercadoria, do bem ou do servio;

    (Redao dada pela LC n 114, de 16.12.2002)

    NR Lei n 8.107/04

    II - da sada subseqente por ele promovida, ainda que isenta ou no

    tributada;

    III - ocorrer qualquer sada ou evento que impossibilite a ocorrncia do fato

    determinante do pagamento do imposto.

    2 Tratando-se de mercadoria ou servio cujo preo final a consumidor,

    nico ou mximo, seja fixado por rgo pblico competente, a base de clculo do imposto,

    para fins de substituio tributria, o referido preo por ele estabelecido.

    3 Existindo preo final a consumidor sugerido pelo fabricante ou

    importador, o Poder Executivo poder estabelecer como base de clculo este preo, na

    ausncia de preo final a consumidor, nico ou mximo fixado por rgo pblico

    competente.

    4 A margem a que se refere a alnea c do inciso II do caput ser estabelecida com base em preos usualmente praticados no mercado considerado, obtidos

    por levantamento, ainda que por amostragem ou atravs de informaes e outros elementos

    fornecidos por entidades representativas dos respectivos setores, adotando-se a mdia

    ponderada dos preos coletados.

    5 O imposto a ser pago por substituio tributria, na hiptese do inciso II

    do caput, corresponder diferena entre o valor resultante da aplicao da alquota

    prevista para as operaes ou prestaes internas deste Estado sobre a respectiva base de

    clculo e o valor do imposto devido pela operao ou prestao prpria do substituto.

  • 6 O valor inicial para o clculo mencionado no inciso II do caput o

    preo praticado pelo distribuidor ou atacadista nas hipteses:

    I - quando o industrial no realizar operaes diretamente com o comrcio

    varejista;

    II - nos casos de cerveja, chope, refrigerante, gua mineral e produtos

    correlatos.

    Art. 55. No caso do inciso II do art. 53, considera-se ocorrido o fato gerador

    relativo operao ou operaes subseqentes, to logo a mercadoria seja posta em

    circulao pelo contribuinte substituto.

    Art. 56. O contribuinte que receber, de dentro ou de fora do Estado,

    mercadoria sujeita substituio tributria, sem que tenha sido feita a reteno total na

    operao anterior, fica solidariamente responsvel pelo recolhimento do imposto que

    deveria ter sido retido.

    Pargrafo nico. O disposto neste artigo tambm se aplica em relao

    mercadoria sujeita substituio tributria apenas nas operaes internas.

    Art. 57. A base de clculo do imposto devido por empresa distribuidora de

    energia eltrica, responsvel pelo pagamento do imposto relativamente s operaes

    anteriores e posteriores, na qualidade de contribuinte substituto, o valor da operao da

    qual decorra o fornecimento do produto a consumidor.

    Art. 58. No interesse da arrecadao e da administrao fazendria, o Poder

    Executivo pode determinar que, em relao a qualquer das mercadorias listadas no anexo I:

    I - seja suspensa temporariamente a aplicao do regime de substituio

    tributria;

    II - no seja feita a reteno do imposto na operao entre estabelecimentos

    industriais.

    Pargrafo nico. Na aplicao do disposto no inciso I devem ser levadas em

    considerao as peculiaridades do setor econmico encarregado da reteno, bem como as

    condies de comercializao da mercadoria produzida no Estado.

    Art. 59. assegurado ao contribuinte substitudo o direito restituio do

    valor do imposto pago por fora da substituio tributria, correspondente ao fato gerador

    presumido que no se realizar.

    1 Formulado o pedido de restituio e no havendo deliberao no prazo

    de noventa dias, o contribuinte substitudo poder se creditar, em sua escrita fiscal, do valor

    objeto do pedido, devidamente atualizado segundo os mesmos critrios aplicveis ao

    tributo.

  • 2 Na hiptese do pargrafo anterior, sobrevindo deciso contrria

    irrecorrvel, o contribuinte substitudo, no prazo de quinze dias da respectiva notificao,

    proceder ao estorno dos crditos lanados, tambm devidamente atualizados, com o

    pagamento dos acrscimos legais cabveis.

    SEO XVI

    DO ESTABELECIMENTO

    Art. 60. Para efeito desta Lei estabelecimento o local, privado ou pblico,

    edificado ou no, prprio ou de terceiro, onde pessoas fsicas ou jurdicas exeram suas

    atividades em carter temporrio ou permanente, bem como onde se encontrem

    armazenadas mercadorias, observado, ainda, o seguinte:

    I - na impossibilidade de determinao do estabelecimento, considera-se

    como tal o local em que tenha sido efetuada a operao ou prestao, encontrada a

    mercadoria ou constatada a prestao;

    II - autnomo cada estabelecimento do mesmo titular;

    III - equipara-se a estabelecimento autnomo o veculo ou qualquer outro

    meio de transporte utilizado no comrcio ambulante e na captura de pescado ou na

    prestao de servios;

    IV - respondem pelo crdito tributrio todos os estabelecimentos do mesmo

    titular.

    1 Para os efeitos desta Lei, depsito fechado do contribuinte o local

    destinado exclusivamente ao armazenamento de suas mercadorias e ou bens.

    2 As obrigaes tributrias que a legislao atribuir ao estabelecimento

    so de responsabilidade do respectivo titular.

    3 Cada estabelecimento do mesmo titular, ainda que simples depsito

    considerado autnomo para efeito de manuteno e escriturao de livros e documentos

    fiscais e de recolhimento do imposto relativo s operaes nele realizadas.

    Art. 61. Quando o imvel estiver situado em territrio de mais de um

    Municpio deste Estado, considera-se o contribuinte circunscricionado no Municpio em

    que se encontra localizada a sede de propriedade ou, na ausncia desta, naquele onde se

    situa a maior rea da propriedade.

    SEO XVII

    DO CADASTRO DE CONTRIBUINTES

  • SUBSEO I

    Da inscrio

    Art. 62. Os contribuintes definidos nesta Lei, os armazns gerais e

    estabelecimentos congneres so obrigados a inscrever seus estabelecimentos, antes de

    iniciarem suas atividades, no cadastro de contribuintes do ICMS (CAD/ICMS).

    1 A solicitao de inscrio, sua concesso e sua manuteno dar-se-o na

    forma estabelecida por ato do Secretrio de Estado da Fazenda.

    NR MP n 115/11, Lei n 9.562/12

    Redao Anterior

    1 A solicitao de inscrio e sua concesso dar-se-o na forma

    estabelecida pelo Secretrio de Estado da Fazenda.

    2 O contribuinte dever manter os seguintes documentos para

    apresentao ao fisco, quando solicitados:

    I - em se tratando de pessoa jurdica:

    a) contrato social, estatuto ou ato constitutivo registrado na

    Junta Comercial;

    b) CNPJ, RG, CIC e comprovante de domiclio dos scios e do contador;

    c) procurao por instrumento pblico ou particular, no caso de procurador;

    II - em se tratando de produtor rural pessoa jurdica, alm dos documentos

    exigidos no inciso anterior ser exigido tambm o Certificado de Cadastro de Imvel Rural

    no INCRA;

    III - em se tratando de produtor rural pessoa fsica:

    a) Certificado de Cadastro de Imvel Rural no INCRA;

    b) CIC e RG;

    c) escritura do imvel ou comprovante de compra e venda registrados em

    Cartrio de Registro de Imveis ou comprovante de arrendamento ou contrato de locao

    registrados em Cartrio de Registro de Ttulos e Documentos;

    3 A Secretaria de Estado da Fazenda, para conceder ou manter a inscrio,

    poder exigir:

    NR MP n 115/11, Lei n 9.562/12

    Redao Anterior

    3 A Secretaria de Estado da Fazenda, para conceder a

    inscrio,poder exigir:

    I - o preenchimento de requisitos especficos, segundo a categoria,grupo ou

    setor de atividade em que se enquadrar o contribuinte;

    II - a apresentao de qualquer outro documento, na forma estabelecida em

    ato expedido pelo Secretrio de Estado da Fazenda;

  • III - a prestao, por qualquer meio, de informaes julgadas necessrias

    apreciao do pedido.

    IV - a comprovao da capacidade econmica e financeira do titular ou

    scios em relao ao capital declarado ou atividade pretendida.

    AC MP n 069/09, Lei n 9.127/10

    V outras informaes e solicitaes que considerar pertinentes. AC MP n 115/11, Lei n 9.562/12

    4 O contribuinte que mantiver mais de um estabelecimento, seja filial,

    sucursal, depsito ou outro, far a inscrio em relao a cada um deles.

    5 O estabelecimento que exera atividades de natureza correlata, e

    situadas no mesmo local, poder ter inscrio nica abrangendo todas as atividades,

    considerando como principal a atividade preponderante.

    6 Se o estabelecimento for imvel rural situado no territrio de mais de

    um Municpio, a inscrio ser concedida em funo da localidade da sede ou, na falta

    desta, do Municpio onde se localize a maior parte de sua rea.

    7 Ao contribuinte substituto definido em protocolos e convnios

    especficos poder ser concedida inscrio no CAD/ICMS, quando o destinatrio das suas

    operaes comerciais for localizado nesteEstado.

    8 vedada a inscrio no CAD/ICMS nos seguintes casos:

    I - de pessoa fsica ou jurdica que no seja contribuinte do imposto nos

    termos do art. 26 desta Lei;

    II - quando o titular ou scio estiver com CPF cancelado pela Secretaria da

    Receita Federal;

    III - quando no endereo informado existir registro de outro contribuinte em

    situao cadastral ativa.

    NR MP n 115/11, Lei n 9.562/12

    Redao Anterior

    8 vedada a inscrio no CAD/ICMS nos seguintes casos:

    I - quando o titular ou scio estiver com CPF cancelado pela

    Secretaria da Receita Federal;

    II - quando, no endereo pleiteado j se encontrar um outro

    contribuinte em situao cadastral ativa.

    9 O Secretrio da Fazenda, no interesse da administrao tributria, poder

    autorizar a inscrio de pessoa fsica ou jurdica que no esteja obrigada a se inscrever no

    CAD/ICMS, para fins de tratamento tributrio especfico previsto em lei, ou quando se

    tratar de rgo ou entidade estadual.

    NR MP n 115/11, Lei n 9.562/12 Redao Anterior

    9 O Poder Executivo poder dispensar inscrio, autorizar

    inscrio que no seja obrigatria, bem como determinar a

  • inscrio de estabelecimentos ou pessoas com prticas comerciais

    sujeitas ao ICMS.

    10. A autorizao referida no 9 est condicionada situao de

    regularidade fiscal da pessoa fsica ou jurdica, relativamente aos tributos administrados

    pela Secretaria de Estado da Fazenda.

    11. No ato da concesso ou na anlise da manuteno do cadastro dever

    ser verificado se o capital social compatvel ao porte e volume de operaes da pessoa

    jurdica.

    12. As instalaes fsicas do estabelecimento devero ser compatveis com

    o ramo de atividade e com o porte da pessoa jurdica, sendo que a aferio de

    compatibilidade ser regulamentada em Ato do Secretrio de Estado da Fazenda.

    13. Ato do Secretrio da Fazenda poder condicionar a concesso ou a

    manuteno do cadastro de contribuinte em face das informaes cadastrais, inclusive por

    georreferenciamento, ou nmero de controle das concessionrias de servios pblicos.

    AC 10, 11, 12 e 13 pela MP n 115/1, Lei n 9.562/12

    Art. 63. Autorizada a inscrio, ser atribudo o nmero correspondente o

    qual dever constar em todos os documentos fiscais que o contribuinte utilizar.

    Art. 64. A falta de inscrio no dispensa a responsabilidade pelo

    pagamento do ICMS.

    SUBSEO II

    Da alterao e atualizao cadastral

    Art. 65. O contribuinte obrigado a comunicar as alteraes dos seus dados

    cadastrais, bem como a cessao da atividade, dentro do prazo de trinta dias, contado da

    ocorrncia.

    1 Uma vez constatada junto JUCEMA qualquer alterao ou divergncia

    de dados cadastrais sem que o contribuinte tenha informado repartio fiscal, no prazo

    estabelecido no caput deste artigo,fica esta autorizada a efetuar a atualizao de ofcio, sem prejuzo das penalidades previstas em Lei pela desatualizao dos dados cadastrais por

    parte do contribuinte.

    2 Sempre que notificado, o contribuinte, obrigatoriamente,dever

    proceder atualizao de seus dados junto ao CAD/ICMS.

    SUBSEO III

    Da situao cadastral

  • Art. 66. Para efeito de inscrio estadual no CAD/ICMS sero consideradas,

    conforme o caso, as seguintes situaes:

    1 Cadastral:

    I - ativa;

    II - cancelada;

    III - suspensa de ofcio;

    IV - suspensa a pedido;

    V - processo de suspenso a pedido;

    VI - processo de baixa;

    VII - baixada de ofcio e,

    VIII - baixada a pedido.

    2 Fiscal:

    I - regular, nos casos de obrigaes principal e acessria em dia.

    II - irregular, nos casos de dbitos vencidos e omisso de declarao.

    3 A inscrio ser cancelada de ofcio quando:

    I - constatada a cessao da atividade;

    II - comprovada a inexistncia do estabelecimento no local para o qual foi

    obtida a inscrio;

    III - constatada que as instalaes fsicas do estabelecimento do contribuinte

    forem incompatveis com a atividade econmica pretendida,salvo se, pela tipicidade da

    natureza da operao, no devam as mercadorias por ali transitar, conforme previsto em

    contrato social ou requerimento do empresrio;

    IV - no comprovada a capacidade econmica e financeira do titular ou

    scios em relao ao capital declarado ou atividade pretendida;

    V - no comprovada a integralizao do capital social declarado.

    4 A inscrio ser suspensa de ofcio quando:

    I - no apresentar declarao de informao por quarenta dias consecutivos;

  • II - atrasar o pagamento do ICMS por perodo superior a quarenta dias;

    III - for declarado remisso;

    IV - ficar comprovada simulao de realizao de operaes ou prestaes;

    V - fizer a reteno e no recolher o imposto de sua

    responsabilidade,quando configurar como substituto tributrio na forma determinada na

    legislao tributria;

    VI - devidamente notificado, recusar-se, por duas vezes consecutivas,a

    fornecer os documentos solicitados para fins de ao fiscal.

    VII - a no utilizao do Emissor de Cupom Fiscal nos casos obrigatrios.

    5 10 dias antes do cancelamento ou suspenso previstos nos 3 e 4

    ser disponibilizada na pgina da SEFAZ na Internet,listagem com a identificao dos

    contribuintes nas situaes indicadas.

    6 O Secretrio de Estado da Fazenda poder estabelecer outras hipteses

    de suspenso de ofcio da inscrio estadual.

    7 A inscrio ser baixada de ofcio quando:

    I - constatada a simulao da existncia legal do estabelecimento;

    II - comprovada a falsidade dos dados cadastrais declarados ao fisco;

    III - o quadro societrio for composto por interpostas pessoas;

    IV - permanecer por cento e oitenta dias consecutivos nas situaes previstas

    nos 3 e 4 deste artigo.

    8 Os contribuintes nas situaes cadastrais previstas nos 3, 4 e 6

    ficam sujeitos ao recolhimento do ICMS por ocasio das operaes e prestaes, quando da

    passagem pela primeira repartio fiscal do Estado;

    9 O cancelamento, baixa de inscrio de ofcio ou por solicitao do

    contribuinte no implica quitao de quaisquer dbitos de sua responsabilidade, porventura

    existentes.

    10. O prazo previsto no 5 deste artigo no se aplica s operaes com

    mercadorias em trnsito, nos casos comprovados de fraudes, simulaes e outras situaes

    que incorram em crime contra a ordem tributria.

    AC. Lei n 8.439/06

  • SUBSEO III

    Do pedido de suspenso ou baixa de inscrio pelo contribuinte

    Art. 67. O contribuinte poder solicitar a suspenso ou baixa de sua

    inscrio desde que sejam atendidas exigncias estabelecidas na legislao tributria.

    1 A suspenso da inscrio a pedido ser concedida pelo prazo mximo de

    cento e oitenta dias, podendo ser prorrogada por igual perodo, desde que a nova solicitao

    ocorra dentro do prazo anterior.

    2 Por solicitao do contribuinte e anuncia do fisco, a inscrio estadual

    que estiver cancelada ou suspensa a pedido, poder ser reativada.

    3 Expirado o prazo estabelecido no 1 deste artigo, sem que haja

    manifestao do contribuinte, a inscrio ser baixada de ofcio.

    4 Quando do pedido de baixa, a inscrio estadual ficar na situao

    cadastral de processo de baixa, hiptese em que ficar sujeita ao recolhimento do ICMS na

    primeira repartio fiscal, caso haja operaes com mercadorias ou servios.

    5 A homologao do pedido de baixa, somente ocorrer aps diligncia

    fiscal.

    6 Na hiptese do contribuinte, no momento da baixa de sua inscrio,

    estiver em situao fiscal irregular, essa ser efetivada com a observao da pendncia.

    NR Art. 62 a 67 pela Lei n 8.290/05

    SEO XVIII

    DOS DOCUMENTOS E LIVROS FISCAIS

    Art. 68. Os contribuintes e as demais pessoas obrigadas inscrio devero,

    de acordo com a respectiva atividade e em relao a cada um de seus estabelecimentos:

    I - emitir documentos fiscais, conforme as operaes e prestaes que

    realizarem;

    II - manter escrita fiscal destinada ao registro das operaes e prestaes

    efetuadas.

    Pargrafo nico. O Poder Executivo estabelecer os modelos dos

    documentos e livros fiscais que devero ser utilizados, a forma e os prazos de sua emisso e

    escriturao, bem como a sua dispensa nos casos que especificar, observando os convnios

    especficos celebrados.

  • SEO XIX

    DA FISCALIZAO

    Art. 69. A fiscalizao do imposto sobre circulao de mercadorias compete

    Receita Estadual.

    Art. 70. O Poder Executivo poder submeter o contribuinte do imposto a

    sistema especial de controle e fiscalizao conforme estabelecer, sempre que julgar

    insatisfatrios os elementos constantes dos documentos, livros fiscais e comerciais.

    Art. 71. O movimento tributrio realizado pelo contribuinte poder ser

    apurado mediante levantamento fiscal, em que sero considerados o valor das mercadorias

    entradas, o das mercadorias sadas, o dos estoques inicial e final, as despesas, outros

    encargos e lucros dos estabelecimentos, como ainda, outros elementos informativos.

    1 No levantamento fiscal podero tambm ser usados quaisquer meios

    indicirios, bem como de controle quantitativo dos estoques do estabelecimento e poder

    ser renovado sempre que forem apurados os dados no considerados quando de sua

    elaborao anterior.

    2 No levantamento fiscal de contribuinte que no possua escrita comercial

    registrada os agentes do Fisco devero obedecer s seguintes normas:

    I - a remunerao de cada scio ou empregado no poder ser inferior ao

    salrio mnimo vigente no Estado;

    II - o valor do estoque final no poder ser igual ou superior soma dos

    valores que representem as compras com o estoque inicial;

    III - o lucro lquido arbitrado no poder ser inferior a 15% (quinze por

    cento) do total das vendas registradas;

    IV - o valor dos fretes pagos dever ser comprovado pelo contribuinte. No

    sendo possvel essa comprovao, os agentes do Fisco podero arbitr-lo tendo em vista as

    tarifas normais das empresas transportadoras.

    SEO XX

    DAS MERCADORIAS E BENS EM SITUAO IRREGULAR

    Art. 72. Far-se- a reteno para verificao de mercadorias quando:

    I - transportadas ou encontradas sem documentos fiscais;

    II - acobertadas por documentao fiscal falsa.

  • Pargrafo nico. Podero ser retidos os documentos, objetos, papis e livros

    fiscais que constituam provas de infrao legislao tributria.

    Art. 73. No caso de irregularidade de situao das mercadorias que devam

    ser expedidas por empresas de transporte ferrovirio, rodovirio, areo ou fluvial, sero

    tomadas as medidas necessrias reteno dos volumes, at que se proceda verificao.

    Art. 74. Havendo prova ou fundada suspeita de que as mercadorias, objetos

    e livros fiscais se encontram em residncia particular ou dependncia de estabelecimento

    comercial, industrial, produtor, profissional, ou qualquer outro tambm utilizado como

    moradia, ser promovida judicialmente a respectiva busca e apreenso, se o morador ou

    detentor, pessoalmente intimado, recusar-se a fazer sua entrega.

    Art. 75. Os bens retidos sero depositados com o detentor, em repartio

    pblica ou com terceiros.

    Art. 76. A devoluo dos documentos, objetos papis e livros fiscais ser

    feita quando no houver inconveniente para a comprovao da infrao, obedecido, quanto

    s mercadorias, o disposto no artigo seguinte.

    Art. 77. A liberao das mercadorias retidas ser autorizada:

    I - em qualquer poca, se o interessado, regularizar a situao;

    II - antes do julgamento definitivo do processo:

    a) mediante depsito administrativo da importncia equivalente ao valor

    exigido no auto de infrao;

    b) a requerimento do proprietrio das mercadorias, seu transportador,

    remetente ou destinatrio, que comprove possuir estabelecimento fixo neste Estado,

    hipteses em que ficar automaticamente responsvel pelo pagamento do imposto, multas e

    demais acrscimos a que for condenado o infrator.

    Art. 78. As mercadorias ou outros objetos que depois de definitivamente

    julgado o processo, no forem retirados dentro de trinta dias, contados da data da intimao

    do ltimo despacho, considerar-se-o abandonadas e sero vendidas em hasta pblica,

    recolhendo-se o valor apurado aos cofres pblicos, em pagamento da dvida, se for o caso,

    ou disposio do interessado, aps deduzidas as despesas de leilo.

    1 As mercadorias retidas para verificao e abandonadas por mais de

    cinco anos, destinar-se-o a hasta pblica, na forma desta seo, com respaldo no artigo

    1.261 do Cdigo Civil (Lei no 10.406, de 10 de janeiro de 2002), independentemente de

    instaurao de processo administrativo fiscal.

    NR MP n 069/09, Lei n 9.127/10

    2 Tratando-se de mercadorias de fcil deteriorao, ser dispensada a

    reteno dos espcimes, consignando-se, minuciosamente, no Termo de Entrega que se

  • completar com a assinatura do interessado, o estado da mercadoria e as faltas

    determinantes da reteno.

    Art. 79. As mercadorias e objetos retidos que estiverem depositados em

    poder de negociante que vier a falir, no sero arrecadados na massa, mas removidos para o

    local que for indicado pelo chefe da repartio fiscal competente.

    SEO XXI

    DAS MULTAS

    Art. 80. O descumprimento das obrigaes principal e acessria previstas na

    legislao tributria, apurado mediante procedimento fiscal cabvel, sem prejuzo do

    pagamento do valor do imposto, quando devido, sujeitar o infrator s seguintes multas:

    I - de 30% (trinta por cento) do valor do imposto, quando:

    a) deixar de recolher no prazo legal, no todo ou em parte, o imposto

    correspondente, tendo emitido documentos fiscais e efetuado os lanamentos no livro

    prprio;

    b) deixar de proceder reteno do imposto no caso de antecipao parcial;

    II - de 50% (cinqenta por cento) do valor do imposto, quando:

    a) deixar de recolher o imposto resultante de operaes e/ou prestaes no

    escrituradas em livros fiscais;

    b) deixar de recolher o imposto em decorrncia do uso antecipado de crdito

    fiscal;

    c) transferir, sem prvia autorizao do fisco, crdito do imposto no

    previsto na legislao tributria;

    d) omitir ou sonegar documento necessrio fixao de estimativa do

    imposto;

    e) deixar de recolher o imposto, no todo ou em parte, nas demais hipteses

    no contidas nas alneas anteriores, inclusive quando apurado em levantamento fiscal;

    III - de 60% (sessenta por cento) do valor do imposto, quando:

    a) deixar de recolher o imposto, em virtude de haver registrado de form