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Presidência da República Casa Civil Subchefia para Assuntos Jurídicos LEI Nº 8.069, DE 13 DE JULHO DE 1990. (Vide Lei nº 13.105, de 2015) (Vigência) Dispõe sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente e dá outras providências. O PRESIDENTE DA REPÚBLICA: Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei: Título I Das Disposições Preliminares Art. 1º Esta Lei dispõe sobre a proteção integral à criança e ao adolescente. Art. 2º Considerase criança, para os efeitos desta Lei, a pessoa até doze anos de idade incompletos, e adolescente aquela entre doze e dezoito anos de idade. Parágrafo único. Nos casos expressos em lei, aplicase excepcionalmente este Estatuto às pessoas entre dezoito e vinte e um anos de idade. Art. 3º A criança e o adolescente gozam de todos os direitos fundamentais inerentes à pessoa humana, sem prejuízo da proteção integral de que trata esta Lei, assegurandoselhes, por lei ou por outros meios, todas as oportunidades e facilidades, a fim de lhes facultar o desenvolvimento físico, mental, moral, espiritual e social, em condições de liberdade e de dignidade. Art. 4º É dever da família, da comunidade, da sociedade em geral e do poder público assegurar, com absoluta prioridade, a efetivação dos direitos referentes à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao esporte, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária. Parágrafo único. A garantia de prioridade compreende: a) primazia de receber proteção e socorro em quaisquer circunstâncias; b) precedência de atendimento nos serviços públicos ou de relevância pública; c) preferência na formulação e na execução das políticas sociais públicas; d) destinação privilegiada de recursos públicos nas áreas relacionadas com a proteção à infância e à juventude. Art. 5º Nenhuma criança ou adolescente será objeto de qualquer forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão, punido na forma da lei qualquer atentado, por ação ou omissão, aos seus direitos fundamentais. Art. 6º Na interpretação desta Lei levarseão em conta os fins sociais a que ela se dirige, as exigências do bem comum, os direitos e deveres individuais e coletivos, e a condição peculiar da criança e do adolescente como pessoas em desenvolvimento. Título II Dos Direitos Fundamentais Capítulo I Do Direito à Vida e à Saúde

Lei 8.069 - ECA Compilado

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Lei 8.069 - ECA Compilado

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  • PresidnciadaRepblicaCasaCivil

    SubchefiaparaAssuntosJurdicos

    LEIN8.069,DE13DEJULHODE1990.

    (VideLein13.105,de2015)(Vigncia) DispesobreoEstatutodaCrianaedoAdolescenteedoutrasprovidncias.

    OPRESIDENTEDAREPBLICA:FaosaberqueoCongressoNacionaldecretaeeusancionoaseguinteLei:

    TtuloI

    DasDisposiesPreliminares

    Art.1EstaLeidispesobreaproteointegralcrianaeaoadolescente.

    Art.2Considerasecriana,paraosefeitosdestaLei,apessoaatdozeanosdeidadeincompletos,eadolescenteaquelaentredozeedezoitoanosdeidade.

    Pargrafonico.Noscasosexpressosemlei,aplicaseexcepcionalmenteesteEstatutospessoasentredezoitoevinteeumanosdeidade.

    Art.3Acrianaeoadolescentegozamdetodososdireitosfundamentais inerentespessoahumana,semprejuzodaproteointegraldequetrataestaLei,assegurandoselhes,porleiouporoutrosmeios,todasasoportunidadesefacilidades,afimdelhesfacultarodesenvolvimentofsico,mental,moral,espiritualesocial,emcondiesdeliberdadeededignidade.

    Art. 4dever da famlia, da comunidade, da sociedadeemgeral e dopoder pblicoassegurar, comabsolutaprioridade,aefetivaodosdireitosreferentesvida,sade,alimentao,educao,aoesporte,ao lazer, profissionalizao, cultura, dignidade, ao respeito, liberdade e convivncia familiar ecomunitria.

    Pargrafonico.Agarantiadeprioridadecompreende:

    a)primaziadereceberproteoesocorroemquaisquercircunstncias

    b)precednciadeatendimentonosserviospblicosouderelevnciapblica

    c)preferncianaformulaoenaexecuodaspolticassociaispblicas

    d) destinao privilegiada de recursos pblicos nas reas relacionadas coma proteo infncia e juventude.

    Art. 5Nenhuma criana ou adolescente ser objeto de qualquer formade negligncia, discriminao,explorao,violncia,crueldadeeopresso,punidonaformadaleiqualqueratentado,poraoouomisso,aosseusdireitosfundamentais.

    Art.6NainterpretaodestaLeilevarseoemcontaosfinssociaisaqueelasedirige,asexignciasdobemcomum,osdireitosedeveres individuaise coletivos, ea condiopeculiar da crianaedoadolescentecomopessoasemdesenvolvimento.

    TtuloII

    DosDireitosFundamentais

    CaptuloI

    DoDireitoVidaeSade

  • Art. 7 A criana e o adolescente tm direito a proteo vida e sade,mediante a efetivao depolticassociaispblicasquepermitamonascimentoeodesenvolvimentosadioeharmonioso,emcondiesdignasdeexistncia.

    Art.8asseguradogestante,atravsdoSistemanicodeSade,oatendimentopreperinatal.

    1 A gestante ser encaminhada aos diferentes nveis de atendimento, segundo critrios mdicosespecficos,obedecendoseaosprincpiosderegionalizaoehierarquizaodoSistema.

    2Aparturienteseratendidapreferencialmentepelomesmomdicoqueaacompanhouna faseprnatal.

    3Incumbeaopoderpblicopropiciarapoioalimentargestanteenutrizquedelenecessitem.

    4oIncumbeaopoderpblicoproporcionarassistnciapsicolgicagestanteeme,noperodoprepsnatal,inclusivecomoformadeprevenirouminorarasconsequnciasdoestadopuerperal.(IncludopelaLein12.010,de2009)Vigncia

    5o Aassistncia referidano4odesteartigodeverser tambmprestadaagestantesoumesquemanifesteminteresseementregarseusfilhosparaadoo.(IncludopelaLein12.010,de2009)Vigncia

    Art.9Opoderpblico,asinstituieseosempregadorespropiciarocondiesadequadasaoaleitamentomaterno,inclusiveaosfilhosdemessubmetidasamedidaprivativadeliberdade.

    Art.10.Oshospitaisedemaisestabelecimentosdeatenosadedegestantes,pblicoseparticulares,soobrigadosa:

    Imanterregistrodasatividadesdesenvolvidas,atravsdepronturiosindividuais,peloprazodedezoitoanos

    IIidentificarorecmnascidomedianteoregistrodesuaimpressoplantaredigitaledaimpressodigitaldame,semprejuzodeoutrasformasnormatizadaspelaautoridadeadministrativacompetente

    IIIprocederaexamesvisandoaodiagnsticoeteraputicadeanormalidadesnometabolismodorecmnascido,bemcomoprestarorientaoaospais

    IV fornecerdeclaraodenascimentoondeconstemnecessariamenteas intercorrnciasdopartoedodesenvolvimentodoneonato

    Vmanteralojamentoconjunto,possibilitandoaoneonatoapermannciajuntome.

    Art.11.asseguradoatendimentointegralsadedacrianaedoadolescente,porintermdiodoSistemanico de Sade, garantido o acesso universal e igualitrio s aes e servios para promoo, proteo erecuperaodasade.(RedaodadapelaLein11.185,de2005)

    1Acrianaeoadolescenteportadoresdedeficinciareceberoatendimentoespecializado.

    2 Incumbe ao poder pblico fornecer gratuitamente queles que necessitarem os medicamentos,prteseseoutrosrecursosrelativosaotratamento,habilitaooureabilitao.

    Art.12.Osestabelecimentosdeatendimentosadedeveroproporcionarcondiesparaapermannciaemtempointegraldeumdospaisouresponsvel,noscasosdeinternaodecrianaouadolescente.

    Art.13.Oscasosdesuspeitaouconfirmaodecastigo fsico,de tratamentocrueloudegradanteedemaustratos contra criana ou adolescente sero obrigatoriamente comunicados ao Conselho Tutelar darespectivalocalidade,semprejuzodeoutrasprovidnciaslegais.(RedaodadapelaLein13.010,de2014)

    Pargrafonico. Asgestantesoumesquemanifestem interesseementregarseus filhosparaadoosero obrigatoriamente encaminhadas Justia da Infncia e da Juventude. (Includo pela Lei n 12.010, de2009)Vigncia

    Art.14.OSistemanicodeSadepromoverprogramasdeassistnciamdicaeodontolgicaparaapreveno das enfermidades que ordinariamente afetam a populao infantil, e campanhas de educao

  • sanitriaparapais,educadoresealunos.

    Pargrafo nico. obrigatria a vacinao das crianas nos casos recomendados pelas autoridadessanitrias.

    CaptuloII

    DoDireitoLiberdade,aoRespeitoeDignidade

    Art. 15. A criana e o adolescente tm direito liberdade, ao respeito e dignidade como pessoashumanasemprocessodedesenvolvimentoecomosujeitosdedireitoscivis,humanosesociaisgarantidosnaConstituioenasleis.

    Art.16.Odireitoliberdadecompreendeosseguintesaspectos:

    Iir,vireestarnoslogradourospblicoseespaoscomunitrios,ressalvadasasrestrieslegais

    IIopinioeexpresso

    IIIcrenaecultoreligioso

    IVbrincar,praticaresportesedivertirse

    Vparticipardavidafamiliarecomunitria,semdiscriminao

    VIparticipardavidapoltica,naformadalei

    VIIbuscarrefgio,auxlioeorientao.

    Art.17.Odireitoaorespeitoconsistenainviolabilidadedaintegridadefsica,psquicaemoraldacrianaedo adolescente, abrangendo a preservao da imagem, da identidade, da autonomia, dos valores, idias ecrenas,dosespaoseobjetospessoais.

    Art.18.deverdetodosvelarpeladignidadedacrianaedoadolescente,pondoosasalvodequalquertratamentodesumano,violento,aterrorizante,vexatrioouconstrangedor.

    Art.18A.Acrianaeoadolescentetmodireitodesereducadosecuidadossemousodecastigofsicooudetratamentocrueloudegradante,comoformasdecorreo,disciplina,educaoouqualqueroutropretexto,pelos pais, pelos integrantes da famlia ampliada, pelos responsveis, pelos agentes pblicos executores demedidassocioeducativasouporqualquerpessoaencarregadadecuidardeles, tratlos,educlosouproteglos.(IncludopelaLein13.010,de2014)

    Pargrafonico.ParaosfinsdestaLei,considerase:(IncludopelaLein13.010,de2014)

    I castigo fsico: ao de natureza disciplinar ou punitiva aplicada com o uso da fora fsica sobre acrianaouoadolescentequeresulteem:(IncludopelaLein13.010,de2014)

    a)sofrimentofsicoou(IncludopelaLein13.010,de2014)

    b)leso(IncludopelaLein13.010,de2014)

    II tratamento cruel ou degradante: conduta ou forma cruel de tratamento em relao criana ou aoadolescenteque:(IncludopelaLein13.010,de2014)

    a)humilheou(IncludopelaLein13.010,de2014)

    b)ameacegravementeou(IncludopelaLein13.010,de2014)

    c)ridicularize.(IncludopelaLein13.010,de2014)

    Art.18B.Ospais,os integrantesda famliaampliada,os responsveis,osagentespblicosexecutoresdemedidassocioeducativasouqualquerpessoaencarregadadecuidardecrianasedeadolescentes,tratlos,educlos ou proteglos que utilizarem castigo fsico ou tratamento cruel ou degradante como formas decorreo, disciplina, educao ou qualquer outro pretexto estaro sujeitos, sem prejuzo de outras sanescabveis,sseguintesmedidas,queseroaplicadasdeacordocomagravidadedocaso:(IncludopelaLein

  • 13.010,de2014)

    Iencaminhamentoaprogramaoficialoucomunitriodeproteo famlia (IncludopelaLein13.010,de2014)

    IIencaminhamentoatratamentopsicolgicooupsiquitrico(IncludopelaLein13.010,de2014)

    IIIencaminhamentoacursosouprogramasdeorientao(IncludopelaLein13.010,de2014)

    IVobrigaodeencaminharacrianaatratamentoespecializado(IncludopelaLein13.010,de2014)

    Vadvertncia.(IncludopelaLein13.010,de2014)

    Pargrafonico. AsmedidasprevistasnesteartigoseroaplicadaspeloConselhoTutelar,semprejuzodeoutrasprovidnciaslegais.(IncludopelaLein13.010,de2014)

    CaptuloIII

    DoDireitoConvivnciaFamiliareComunitria

    SeoI

    DisposiesGerais

    Art. 19. Toda criana ou adolescente tem direito a ser criado e educado no seio da sua famlia e,excepcionalmente,emfamliasubstituta,asseguradaaconvivnciafamiliarecomunitria,emambientelivredapresenadepessoasdependentesdesubstnciasentorpecentes.

    1oTodacrianaouadolescentequeestiverinseridoemprogramadeacolhimentofamiliarouinstitucionalter sua situao reavaliada, nomximo, a cada6 (seis)meses, devendo a autoridade judiciria competente,combaseemrelatrioelaboradoporequipe interprofissionaloumultidisciplinar,decidirde forma fundamentadapela possibilidade de reintegrao familiar ou colocao em famlia substituta, emquaisquer dasmodalidadesprevistasnoart.28destaLei.(IncludopelaLein12.010,de2009)Vigncia

    2o A permanncia da criana e do adolescente em programa de acolhimento institucional no seprolongar por mais de 2 (dois) anos, salvo comprovada necessidade que atenda ao seu superior interesse,devidamentefundamentadapelaautoridadejudiciria.(IncludopelaLein12.010,de2009)Vigncia

    3oAmanutenooureintegraodecrianaouadolescentesuafamliaterprefernciaemrelaoaqualqueroutraprovidncia,casoemqueserestaincludaemprogramasdeorientaoeauxlio,nostermosdopargrafonicodoart.23,dosincisosIeIVdocaputdoart.101edosincisosIaIVdocaputdoart.129destaLei.(IncludopelaLein12.010,de2009)Vigncia

    4oSergarantidaaconvivnciadacrianaedoadolescentecomameouopaiprivadodeliberdade,pormeiode visitas peridicas promovidas pelo responsvel ou, nas hipteses de acolhimento institucional, pela entidaderesponsvel,independentementedeautorizaojudicial.(IncludopelaLein12.962,de2014)

    Art.20.Osfilhos,havidosounodarelaodocasamento,ouporadoo,teroosmesmosdireitosequalificaes,proibidasquaisquerdesignaesdiscriminatriasrelativasfiliao.

    Art.21.Opoderfamiliarserexercido,emigualdadedecondies,pelopaiepelame,naformadoquedispuser a legislao civil, assegurado a qualquer deles o direito de, em caso de discordncia, recorrer autoridadejudiciriacompetenteparaasoluodadivergncia.(ExpressosubstitudapelaLein12.010,de2009)Vigncia

    Art. 22.Aos pais incumbeo dever de sustento, guarda e educao dos filhosmenores, cabendolhesainda,nointeressedestes,aobrigaodecumprirefazercumprirasdeterminaesjudiciais.

    Art. 23. A falta ou a carncia de recursosmateriais no constituimotivo suficiente para a perda ou asuspensodopoderfamiliar.(ExpressosubstitudapelaLein12.010,de2009)Vigncia

    1oNoexistindooutromotivoqueporsisautorizeadecretaodamedida,acrianaouoadolescentesermantido em sua famlia de origem, a qual deverobrigatoriamente ser includaemprogramasoficiais deauxlio.(IncludopelaLein12.962,de2014)

  • 2oAcondenaocriminaldopaioudamenoimplicaradestituiodopoderfamiliar,excetonahiptesedecondenaoporcrimedoloso,sujeitopenaderecluso,contraoprpriofilhooufilha.(IncludopelaLein12.962,de2014)

    Art. 24. A perda e a suspenso do poder familiar sero decretadas judicialmente, em procedimentocontraditrio, nos casos previstos na legislao civil, bem como na hiptese de descumprimento injustificadodos deveres e obrigaes a que alude o art. 22. (Expresso substituda pela Lei n 12.010, de 2009) Vigncia

    SeoII

    DaFamliaNatural

    Art. 25. Entendese por famlia natural a comunidade formada pelos pais ou qualquer deles e seusdescendentes.(VideLein12.010,de2009)Vigncia

    Pargrafonico.Entendeseporfamliaextensaouampliadaaquelaqueseestendeparaalmdaunidadepais e filhos ou da unidade do casal, formada por parentes prximos com os quais a criana ou adolescenteconviveemantmvnculosdeafinidadeeafetividade.(IncludopelaLein12.010,de2009)Vigncia

    Art. 26. Os filhos havidos fora do casamento podero ser reconhecidos pelos pais, conjunta ouseparadamente, no prprio termo de nascimento, por testamento, mediante escritura ou outro documentopblico,qualquerquesejaaorigemdafiliao.

    Pargrafonico.Oreconhecimentopodeprecederonascimentodofilhoousucederlheaofalecimento,sedeixardescendentes.

    Art. 27.O reconhecimentodoestadode filiaodireitopersonalssimo, indisponvel e imprescritvel,podendo ser exercitado contra os pais ou seus herdeiros, sem qualquer restrio, observado o segredo deJustia.

    SeoIII

    DaFamliaSubstituta

    SubseoI

    DisposiesGerais

    Art.28.Acolocaoemfamliasubstitutafarsemedianteguarda,tutelaouadoo,independentementedasituaojurdicadacrianaouadolescente,nostermosdestaLei.

    1o Sempre que possvel, a criana ou o adolescente ser previamente ouvido por equipeinterprofissional, respeitado seu estgio de desenvolvimento e grau de compreenso sobre as implicaes damedida,etersuaopiniodevidamenteconsiderada.(RedaodadapelaLein12.010,de2009)Vigncia

    2o Tratandosedemaiorde12(doze)anosde idade,sernecessrioseuconsentimento,colhidoemaudincia.(RedaodadapelaLein12.010,de2009)Vigncia

    3o Naapreciaodopedido levarseemcontaograudeparentescoea relaodeafinidadeoudeafetividade,afimdeevitarouminorarasconsequnciasdecorrentesdamedida.(IncludopelaLein12.010,de2009)Vigncia

    4o Osgruposde irmosserocolocadossobadoo, tutelaouguardadamesma famliasubstituta,ressalvada a comprovada existncia de risco de abuso ou outra situao que justifique plenamente aexcepcionalidade de soluo diversa, procurandose, em qualquer caso, evitar o rompimento definitivo dosvnculosfraternais.(IncludopelaLein12.010,de2009)Vigncia

    5o A colocao da criana ou adolescente em famlia substituta ser precedida de sua preparaogradativaeacompanhamentoposterior,realizadospelaequipeinterprofissionalaserviodaJustiadaInfnciaedaJuventude,preferencialmentecomoapoiodostcnicosresponsveispelaexecuodapolticamunicipaldegarantiadodireitoconvivnciafamiliar.(IncludopelaLein12.010,de2009)Vigncia

  • 6oEmsetratandodecrianaouadolescenteindgenaouprovenientedecomunidaderemanescentedequilombo,aindaobrigatrio:(IncludopelaLein12.010,de2009)Vigncia

    Iquesejamconsideradaserespeitadassuaidentidadesocialecultural,osseuscostumesetradies,bemcomo suas instituies, desde que no sejam incompatveis comos direitos fundamentais reconhecidosporestaLeiepelaConstituioFederal(IncludopelaLein12.010,de2009)Vigncia

    II queacolocao familiarocorraprioritariamentenoseiodesuacomunidadeou juntoamembrosdamesmaetnia(IncludopelaLein12.010,de2009)Vigncia

    IIIaintervenoeoitivaderepresentantesdorgofederalresponsvelpelapolticaindigenista,nocasode crianase adolescentes indgenas, e deantroplogos, perante a equipe interprofissional oumultidisciplinarqueiracompanharocaso.(IncludopelaLein12.010,de2009)Vigncia

    Art. 29. No se deferir colocao em famlia substituta a pessoa que revele, por qualquer modo,incompatibilidadecomanaturezadamedidaounoofereaambientefamiliaradequado.

    Art.30.Acolocaoemfamliasubstitutanoadmitirtransfernciadacrianaouadolescenteaterceirosouaentidadesgovernamentaisounogovernamentais,semautorizaojudicial.

    Art.31.Acolocaoemfamliasubstitutaestrangeiraconstituimedidaexcepcional,somenteadmissvelnamodalidadedeadoo.

    Art. 32. Ao assumir a guarda ou a tutela, o responsvel prestar compromisso de bem e fielmentedesempenharoencargo,mediantetermonosautos.

    SubseoII

    DaGuarda

    Art.33.Aguardaobrigaaprestaodeassistnciamaterial,moraleeducacionalcrianaouadolescente,conferindo a seu detentor o direito de oporse a terceiros, inclusive aos pais. (Vide Lei n 12.010, de 2009) Vigncia

    1Aguardadestinasearegularizarapossedefato,podendoserdeferida, liminarouincidentalmente,nosprocedimentosdetutelaeadoo,excetonodeadooporestrangeiros.

    2Excepcionalmente,deferirseaguarda,foradoscasosdetutelaeadoo,paraatenderasituaespeculiaresousuprir a faltaeventualdospaisou responsvel, podendoserdeferidoodireitode representaoparaaprticadeatosdeterminados.

    3Aguardaconferecrianaouadolescenteacondiodedependente,paratodososfinseefeitosdedireito,inclusiveprevidencirios.

    4oSalvoexpressaefundamentadadeterminaoemcontrrio,daautoridadejudiciriacompetente,ouquandoamedidaforaplicadaempreparaoparaadoo,odeferimentodaguardadecrianaouadolescenteaterceirosnoimpedeoexercciododireitodevisitaspelospais,assimcomoodeverdeprestaralimentos,queseroobjetoderegulamentaoespecfica,apedidodointeressadooudoMinistrioPblico.(IncludopelaLein12.010,de2009)Vigncia

    Art. 34. Opoderpblicoestimular, pormeiodeassistncia jurdica, incentivos fiscaise subsdios, oacolhimento, soba formadeguarda, de crianaouadolescente afastadodo convvio familiar. (Redao dadapelaLein12.010,de2009)Vigncia

    1o A inclusodacrianaouadolescenteemprogramasdeacolhimentofamiliar terprefernciaaseuacolhimento institucional, observado, em qualquer caso, o carter temporrio e excepcional da medida, nostermosdestaLei.(IncludopelaLein12.010,de2009)Vigncia

    2oNahiptesedo1odesteartigoapessoaoucasalcadastradonoprogramadeacolhimentofamiliarpoder receber a criana ou adolescentemediante guarda, observado o disposto nos arts. 28 a 33 desta Lei.(IncludopelaLein12.010,de2009)

    Art.35.Aguardapoderser revogadaaqualquer tempo,medianteato judicial fundamentado,ouvidooMinistrioPblico.

  • SubseoIII

    DaTutela

    Art.36. A tutelaserdeferida,nos termosda lei civil, apessoadeat18 (dezoito)anos incompletos.(RedaodadapelaLein12.010,de2009)Vigncia

    Pargrafonico.Odeferimentodatutelapressupeaprviadecretaodaperdaoususpensodopoderfamiliar e implica necessariamente o dever de guarda. (Expresso substituda pela Lei n 12.010, de 2009) Vigncia

    Art.37.Otutornomeadoportestamentoouqualquerdocumentoautntico,conformeprevistonopargrafonicodoart.1.729daLeino10.406,de10dejaneirode2002CdigoCivil,dever,noprazode30(trinta)diasaps a abertura da sucesso, ingressar com pedido destinado ao controle judicial do ato, observando oprocedimentoprevistonosarts.165a170destaLei.(RedaodadapelaLein12.010,de2009)Vigncia

    Pargrafonico. Naapreciaodopedido, seroobservadosos requisitosprevistosnosarts. 28e29desta Lei, somente sendo deferida a tutela pessoa indicada na disposio de ltima vontade, se restarcomprovadoqueamedidavantajosaao tutelandoequenoexisteoutrapessoaemmelhorescondiesdeassumila.(RedaodadapelaLein12.010,de2009)Vigncia

    Art.38.Aplicasedestituiodatutelaodispostonoart.24.

    SubseoIV

    DaAdoo

    Art.39.AadoodecrianaedeadolescenteregersesegundoodispostonestaLei.

    1oAadoomedidaexcepcionaleirrevogvel,qualsedeverecorrerapenasquandoesgotadososrecursosdemanutenodacrianaouadolescentena famlianaturalouextensa,na formadopargrafonicodoart.25destaLei.(IncludopelaLein12.010,de2009)Vigncia

    2ovedadaaadooporprocurao.(IncludopelaLein12.010,de2009)Vigncia

    Art.40.Oadotandodevecontarcom,nomximo,dezoitoanosdatadopedido,salvosejestiversobaguardaoututeladosadotantes.

    Art.41.Aadooatribuiacondiode filhoaoadotado,comosmesmosdireitosedeveres, inclusivesucessrios,desligandoodequalquervnculocompaiseparentes,salvoosimpedimentosmatrimoniais.

    1Seumdoscnjugesouconcubinosadotaofilhodooutro,mantmseosvnculosdefiliaoentreoadotadoeocnjugeouconcubinodoadotanteeosrespectivosparentes.

    2recprocoodireitosucessrioentreoadotado,seusdescendentes,oadotante,seusascendentes,descendentesecolateraisato4grau,observadaaordemdevocaohereditria.

    Art. 42. Podemadotarosmaioresde18 (dezoito) anos, independentemente do estado civil. (RedaodadapelaLein12.010,de2009)Vigncia

    1Nopodemadotarosascendenteseosirmosdoadotando.

    2o Paraadooconjunta, indispensvelqueosadotantessejamcasadoscivilmenteoumantenhamunioestvel,comprovadaaestabilidadedafamlia.(RedaodadapelaLein12.010,de2009)Vigncia

    3Oadotantehdeser,pelomenos,dezesseisanosmaisvelhodoqueoadotando.

    4o Osdivorciados, os judicialmente separados e os excompanheiros podem adotar conjuntamente,contantoqueacordemsobreaguardaeo regimedevisitasedesdequeoestgio de convivncia tenha sidoiniciadonaconstnciadoperododeconvivnciaequesejacomprovadaaexistnciadevnculosdeafinidadeeafetividade comaquele no detentor da guarda, que justifiquema excepcionalidade da concesso. (RedaodadapelaLein12.010,de2009)Vigncia

  • 5o Nos casos do 4o deste artigo, desde que demonstrado efetivo benefcio ao adotando, serasseguradaaguardacompartilhada,conformeprevistonoart.1.584daLeino10.406,de10dejaneirode2002CdigoCivil.(RedaodadapelaLein12.010,de2009)Vigncia

    6o Aadoopoder ser deferidaaoadotanteque, aps inequvocamanifestao de vontade, vier afalecernocursodoprocedimento,antesdeprolatadaasentena.(IncludopelaLein12.010,de2009)Vigncia

    Art. 43. A adoo ser deferida quando apresentar reais vantagens para o adotando e fundarse emmotivoslegtimos.

    Art. 44. Enquanto no der conta de sua administrao e saldar o seu alcance, no pode o tutor ou ocuradoradotaropupiloouocuratelado.

    Art.45.Aadoodependedoconsentimentodospaisoudorepresentantelegaldoadotando.

    1. O consentimento ser dispensado em relao criana ou adolescente cujos pais sejamdesconhecidos ou tenham sido destitudos do poder familiar. (Expresso substituda pela Lei n 12.010, de2009)Vigncia

    2. Em se tratando de adotando maior de doze anos de idade, ser tambm necessrio o seuconsentimento.

    Art.46.Aadooserprecedidadeestgiodeconvivnciacomacrianaouadolescente,peloprazoqueaautoridadejudiciriafixar,observadasaspeculiaridadesdocaso.

    1oOestgiodeconvivnciapoderserdispensadoseoadotandojestiversobatutelaouguardalegaldo adotante durante tempo suficiente para que seja possvel avaliar a convenincia da constituio dovnculo.(RedaodadapelaLein12.010,de2009)Vigncia

    2oAsimplesguardadefatonoautoriza,porsis,adispensadarealizaodoestgiodeconvivncia.(RedaodadapelaLein12.010,de2009)Vigncia

    3o Em caso de adoo por pessoa ou casal residente ou domiciliado fora do Pas, o estgio deconvivncia,cumpridonoterritrionacional,serde,nomnimo,30(trinta)dias.(IncludopelaLein12.010,de2009)Vigncia

    4o Oestgiodeconvivnciaseracompanhadopelaequipe interprofissionalaserviodaJustia daInfnciaedaJuventude,preferencialmentecomapoiodos tcnicosresponsveispelaexecuodapolticadegarantia do direito convivncia familiar, que apresentaro relatrio minucioso acerca da convenincia dodeferimentodamedida.(IncludopelaLein12.010,de2009)Vigncia

    Art.47.Ovnculodaadooconstituiseporsentenajudicial,queserinscritanoregistrocivilmediantemandadodoqualnosefornecercertido.

    1Ainscrioconsignaronomedosadotantescomopais,bemcomoonomedeseusascendentes.

    2Omandadojudicial,queserarquivado,cancelaroregistrooriginaldoadotado.

    3oApedidodoadotante,onovoregistropoderserlavradonoCartriodoRegistroCivildoMunicpiodesuaresidncia.(RedaodadapelaLein12.010,de2009)Vigncia

    4oNenhumaobservaosobreaorigemdoatopoderconstarnascertidesdoregistro.(RedaodadapelaLein12.010,de2009)Vigncia

    5oAsentenaconferiraoadotadoonomedoadotantee,apedidodequalquerdeles,poderdeterminaramodificaodoprenome.(RedaodadapelaLein12.010,de2009)Vigncia

    6o Casoamodificaodeprenome seja requerida pelo adotante, obrigatria a oitiva do adotando,observadoodispostonos1oe2odoart.28destaLei.(RedaodadapelaLein12.010,de2009)Vigncia

    7o Aadooproduzseusefeitosapartir do trnsitoem julgadodasentenaconstitutiva, excetonahipteseprevistano6odoart.42destaLei,casoemque ter foraretroativadatadobito. (Includopela

  • Lein12.010,de2009)Vigncia

    8o Oprocesso relativoadooassimcomooutrosaele relacionados seromantidos emarquivo,admitindose seu armazenamento em microfilme ou por outros meios, garantida a sua conservao paraconsultaaqualquertempo.(IncludopelaLein12.010,de2009)Vigncia

    9 Tero prioridade de tramitao os processos de adoo em que o adotando for criana ouadolescentecomdeficinciaoucomdoenacrnica.(IncludopelaLein12.955,de2014)

    Art.48.Oadotadotemdireitodeconhecersuaorigembiolgica,bemcomodeobteracessoirrestritoaoprocessonoqualamedidafoiaplicadaeseuseventuaisincidentes,apscompletar18(dezoito)anos.(RedaodadapelaLein12.010,de2009)Vigncia

    Pargrafonico.Oacessoaoprocessodeadoopodersertambmdeferidoaoadotadomenorde18(dezoito) anos, a seu pedido, assegurada orientao e assistncia jurdica e psicolgica. (Includo pela Lei n12.010,de2009)Vigncia

    Art.49.Amortedosadotantesnorestabeleceopoderfamiliardospaisnaturais.(ExpressosubstitudapelaLein12.010,de2009)Vigncia

    Art. 50.A autoridade judiciriamanter, em cada comarca ou foro regional, um registro de crianas eadolescentesemcondiesdeseremadotadoseoutrodepessoasinteressadasnaadoo.(VideLein12.010,de2009)Vigncia

    1Odeferimentoda inscriodarseapsprviaconsultaaosrgos tcnicosdo juizado,ouvidooMinistrioPblico.

    2No ser deferida a inscrio se o interessado no satisfazer os requisitos legais, ou verificadaqualquerdashiptesesprevistasnoart.29.

    3o A inscriodepostulantesadoo serprecedidadeumperododepreparaopsicossocial ejurdica,orientadopelaequipetcnicadaJustiadaInfnciaedaJuventude,preferencialmentecomapoiodostcnicosresponsveispelaexecuodapolticamunicipaldegarantiadodireitoconvivnciafamiliar.(IncludopelaLein12.010,de2009)Vigncia

    4o Semprequepossvelerecomendvel,apreparaoreferidano3odesteartigo incluirocontatocomcrianaseadolescentesemacolhimento familiarou institucionalemcondiesdeseremadotados,aserrealizadosobaorientao,supervisoeavaliaodaequipetcnicadaJustiadaInfnciaedaJuventude,comapoio dos tcnicos responsveis pelo programa de acolhimento e pela execuo da poltica municipal degarantiadodireitoconvivnciafamiliar.(IncludopelaLein12.010,de2009)Vigncia

    5o Sero criados e implementados cadastros estaduais e nacional de crianas e adolescentes emcondies de serem adotados e de pessoas ou casais habilitados adoo. (Includo pela Lei n 12.010, de2009)Vigncia

    6o Haver cadastros distintos para pessoas ou casais residentes fora doPas, que somente seroconsultados na inexistncia de postulantes nacionais habilitados nos cadastros mencionados no 5o desteartigo.(IncludopelaLein12.010,de2009)Vigncia

    7o As autoridades estaduais e federais emmatria de adoo tero acesso integral aos cadastros,incumbindolhesa trocade informaeseacooperaomtua,paramelhoriadosistema. (IncludopelaLein12.010,de2009)Vigncia

    8oAautoridadejudiciriaprovidenciar,noprazode48(quarentaeoito)horas,ainscriodascrianaseadolescentesemcondiesdeseremadotadosqueno tiveramcolocao familiarnacomarcadeorigem,edas pessoas ou casais que tiveram deferida sua habilitao adoo nos cadastros estadual e nacionalreferidosno5odesteartigo,sobpenaderesponsabilidade.(IncludopelaLein12.010,de2009)Vigncia

    9oCompeteAutoridadeCentralEstadualzelarpelamanutenoecorretaalimentaodoscadastros,com posterior comunicao Autoridade Central Federal Brasileira. (Includo pela Lei n 12.010, de 2009)Vigncia

    10.Aadoointernacionalsomenteserdeferidase,apsconsultaaocadastrodepessoasoucasais

  • habilitadosadoo,mantidopela Justiada InfnciaedaJuventudenacomarca,bem como aos cadastrosestadualenacionalreferidosno5odesteartigo,noforencontradointeressadocomresidnciapermanentenoBrasil.(IncludopelaLein12.010,de2009)Vigncia

    11.Enquantonolocalizadapessoaoucasalinteressadoemsuaadoo,acrianaouoadolescente,sempre que possvel e recomendvel, ser colocado sob guarda de famlia cadastrada em programa deacolhimentofamiliar.(IncludopelaLein12.010,de2009)Vigncia

    12.AalimentaodocadastroeaconvocaocriteriosadospostulantesadooserofiscalizadaspeloMinistrioPblico.(IncludopelaLein12.010,de2009)Vigncia

    13. SomentepoderserdeferidaadooemfavordecandidatodomiciliadonoBrasilnocadastradopreviamentenostermosdestaLeiquando:(IncludopelaLein12.010,de2009)Vigncia

    Isetratardepedidodeadoounilateral(IncludopelaLein12.010,de2009)Vigncia

    II for formulada por parente com o qual a criana ou adolescentemantenha vnculos de afinidade eafetividade(IncludopelaLein12.010,de2009)Vigncia

    III oriundo o pedido de quem detm a tutela ou guarda legal de criana maior de 3 (trs) anos ouadolescente, desde que o lapso de tempo de convivncia comprove a fixao de laos de afinidade eafetividade,enosejaconstatadaaocorrnciademfouqualquerdassituaesprevistasnosarts.237ou238destaLei.(IncludopelaLein12.010,de2009)Vigncia

    14. Nas hipteses previstas no 13 deste artigo, o candidato dever comprovar, no curso doprocedimento,quepreencheosrequisitosnecessriosadoo,conformeprevistonestaLei.(IncludopelaLein12.010,de2009)Vigncia

    Art.51. Consideraseadoo internacionalaquelanaqualapessoaoucasalpostulante residenteoudomiciliadoforadoBrasil,conformeprevistonoArtigo2daConvenodeHaia,de29demaiode1993,RelativaProteodasCrianaseCooperaoemMatriadeAdooInternacional,aprovadapeloDecretoLegislativono1,de14dejaneirode1999,epromulgadapeloDecretono3.087,de21dejunhode1999.(RedaodadapelaLein12.010,de2009)Vigncia

    1o Aadoo internacionaldecrianaouadolescentebrasileirooudomiciliadonoBrasil somente terlugarquandorestarcomprovado:(RedaodadapelaLein12.010,de2009)Vigncia

    I queacolocaoem famliasubstitutaasoluoadequadaaocasoconcreto (Includopela Lei n12.010,de2009)Vigncia

    II que foram esgotadas todas as possibilidades de colocao da criana ou adolescente em famliasubstitutabrasileira,apsconsultaaoscadastrosmencionadosnoart.50destaLei(IncludopelaLein12.010,de2009)Vigncia

    III que, emse tratandodeadoodeadolescente, este foi consultado, pormeios adequados ao seuestgiodedesenvolvimento,equeseencontrapreparadoparaamedida,medianteparecerelaboradoporequipeinterprofissional,observadoodispostonos1oe2odoart.28destaLei.(IncludopelaLein12.010,de2009)Vigncia

    2o Os brasileiros residentes no exterior tero preferncia aos estrangeiros, nos casos de adoointernacionaldecrianaouadolescentebrasileiro.(RedaodadapelaLein12.010,de2009)Vigncia

    3o Aadoo internacionalpressupea intervenodasAutoridadesCentraisEstaduaiseFederalemmatriadeadoointernacional.(RedaodadapelaLein12.010,de2009)Vigncia

    Art.52.Aadoointernacionalobservaroprocedimentoprevistonosarts.165a170destaLei,comasseguintesadaptaes:(RedaodadapelaLein12.010,de2009)Vigncia

    Iapessoaoucasalestrangeiro,interessadoemadotarcrianaouadolescentebrasileiro,deverformularpedido de habilitao adoo perante a Autoridade Central emmatria de adoo internacional no pas deacolhida, assim entendido aquele onde est situada sua residncia habitual (Includo pela Lei n 12.010, de2009)Vigncia

    II seaAutoridadeCentraldopasdeacolhidaconsiderarqueossolicitantesestohabilitadoseaptospara adotar, emitir um relatrio que contenha informaes sobre a identidade, a capacidade jurdica e

  • adequaodossolicitantesparaadotar, sua situaopessoal, familiar emdica, seumeio social, osmotivosqueos animame sua aptido para assumir umaadoo internacional (Includopela Lei n 12.010, de 2009)Vigncia

    IIIaAutoridadeCentraldopasdeacolhidaenviarorelatrioAutoridadeCentralEstadual,comcpiaparaaAutoridadeCentralFederalBrasileira(IncludopelaLein12.010,de2009)Vigncia

    IV o relatrio ser instrudo com toda a documentao necessria, incluindo estudo psicossocialelaborado por equipe interprofissional habilitada e cpia autenticada da legislao pertinente, acompanhadadarespectivaprovadevigncia(IncludopelaLein12.010,de2009)Vigncia

    V os documentos em lngua estrangeira sero devidamente autenticados pela autoridade consular,observados os tratados e convenes internacionais, e acompanhados da respectiva traduo, por tradutorpblicojuramentado(IncludopelaLein12.010,de2009)Vigncia

    VI aAutoridadeCentralEstadual poder fazer exigncias e solicitar complementao sobre o estudopsicossocialdopostulanteestrangeiroadoo, j realizadonopasdeacolhida (IncludopelaLei n12.010,de2009)Vigncia

    VII verificada,apsestudorealizadopelaAutoridadeCentralEstadual,acompatibilidadeda legislaoestrangeiracomanacional,almdopreenchimentoporpartedospostulantesmedidadosrequisitosobjetivosesubjetivosnecessriosaoseudeferimento,tantoluzdoquedispeestaLeicomodalegislaodopasdeacolhida, serexpedido laudodehabilitaoadoo internacional, que ter validadepor, nomximo,1 (um)ano(IncludopelaLein12.010,de2009)Vigncia

    VIII de posse do laudo de habilitao, o interessado ser autorizado a formalizar pedido de adooperante o Juzo da Infncia e da Juventude do local emque se encontra a criana ou adolescente, conformeindicaoefetuadapelaAutoridadeCentralEstadual.(IncludopelaLein12.010,de2009)Vigncia

    1o Sea legislaodopasdeacolhidaassimoautorizar,admitesequeospedidosdehabilitao adoointernacionalsejamintermediadospororganismoscredenciados. (IncludopelaLein12.010,de2009)Vigncia

    2o Incumbe Autoridade Central Federal Brasileira o credenciamento de organismos nacionais eestrangeiros encarregados de intermediar pedidos de habilitao adoo internacional, com posteriorcomunicaosAutoridadesCentraisEstaduaisepublicaonosrgosoficiaisdeimprensaeemstioprpriodainternet.(IncludopelaLein12.010,de2009)Vigncia

    3o Somente ser admissvel o credenciamento de organismosque: (Includopela Lei n 12.010, de2009)Vigncia

    I sejamoriundosdepasesqueratificaramaConvenodeHaiaeestejamdevidamentecredenciadospela Autoridade Central do pas onde estiverem sediados e no pas de acolhida do adotando para atuar emadoointernacionalnoBrasil(IncludopelaLein12.010,de2009)Vigncia

    II satisfizerem as condies de integridade moral, competncia profissional, experincia eresponsabilidade exigidas pelos pases respectivose pelaAutoridadeCentral FederalBrasileira (Includo pelaLein12.010,de2009)Vigncia

    IIIforemqualificadosporseuspadresticosesuaformaoeexperinciaparaatuarnareadeadoointernacional(IncludopelaLein12.010,de2009)Vigncia

    IV cumpriremos requisitosexigidospeloordenamento jurdicobrasileiroepelasnormasestabelecidaspelaAutoridadeCentralFederalBrasileira.(IncludopelaLein12.010,de2009)Vigncia

    4oOsorganismoscredenciadosdeveroainda:(IncludopelaLein12.010,de2009)Vigncia

    Iperseguirunicamentefinsnolucrativos,nascondiesedentrodoslimitesfixadospelasautoridadescompetentes do pas onde estiverem sediados, do pas de acolhida e pela Autoridade Central FederalBrasileira(IncludopelaLein12.010,de2009)Vigncia

    II ser dirigidos e administrados por pessoas qualificadas e de reconhecida idoneidade moral, comcomprovada formao ou experincia para atuar na rea de adoo internacional, cadastradas peloDepartamentodePolciaFederaleaprovadaspelaAutoridadeCentralFederalBrasileira,mediantepublicaodeportariadorgofederalcompetente(IncludapelaLein12.010,de2009)Vigncia

  • III estarsubmetidossupervisodasautoridadescompetentesdopasondeestiveremsediadosenopasdeacolhida,inclusivequantosuacomposio,funcionamentoesituaofinanceira(IncludopelaLein12.010,de2009)Vigncia

    IV apresentar Autoridade Central Federal Brasileira, a cada ano, relatrio geral das atividadesdesenvolvidas,bemcomorelatriodeacompanhamentodasadoes internacionaisefetuadasnoperodo,cujacpiaserencaminhadaaoDepartamentodePolciaFederal(IncludopelaLein12.010,de2009)Vigncia

    VenviarrelatriopsadotivosemestralparaaAutoridadeCentralEstadual,comcpiaparaaAutoridadeCentralFederalBrasileira,peloperodomnimode2(dois)anos.Oenviodorelatriosermantidoatajuntadadecpiaautenticadadoregistrocivil,estabelecendoacidadaniadopasdeacolhidaparaoadotado (IncludopelaLein12.010,de2009)Vigncia

    VI tomar asmedidas necessrias para garantir que os adotantes encaminhem Autoridade CentralFederalBrasileiracpiadacertidoderegistrodenascimentoestrangeiraedocertificadodenacionalidade tologolhessejamconcedidos.(IncludopelaLein12.010,de2009)Vigncia

    5oAnoapresentaodosrelatriosreferidosno4odesteartigopeloorganismocredenciadopoderacarretarasuspensodeseucredenciamento.(IncludopelaLein12.010,de2009)Vigncia

    6o O credenciamento de organismo nacional ou estrangeiro encarregado de intermediar pedidos deadoointernacionaltervalidadede2(dois)anos.(IncludopelaLein12.010,de2009)Vigncia

    7o A renovao do credenciamento poder ser concedida mediante requerimento protocolado naAutoridade Central Federal Brasileira nos 60 (sessenta) dias anteriores ao trmino do respectivo prazo devalidade.(IncludopelaLein12.010,de2009)Vigncia

    8oAntesdetransitadaemjulgadoadecisoqueconcedeuaadoointernacional,noserpermitidaasadadoadotandodoterritrionacional.(IncludopelaLein12.010,de2009)Vigncia

    9o Transitada em julgado a deciso, a autoridade judiciria determinar a expedio de alvar comautorizaodeviagem,bemcomoparaobtenodepassaporte,constando,obrigatoriamente,ascaractersticasdacrianaouadolescenteadotado,como idade,cor,sexo,eventuaissinaisou traospeculiares,assimcomofoto recente e a aposio da impresso digital do seu polegar direito, instruindo o documento com cpiaautenticadadadecisoecertidodetrnsitoemjulgado.(IncludopelaLein12.010,de2009)Vigncia

    10.AAutoridadeCentralFederalBrasileirapoder,aqualquermomento,solicitar informaessobreasituaodascrianaseadolescentesadotados.(IncludopelaLein12.010,de2009)Vigncia

    11. Acobranadevaloresporpartedosorganismoscredenciados,quesejamconsideradosabusivospela Autoridade Central Federal Brasileira e que no estejam devidamente comprovados, causa de seudescredenciamento.(IncludopelaLein12.010,de2009)Vigncia

    12. Umamesma pessoa ou seu cnjuge no podem ser representados pormais de uma entidadecredenciadaparaatuarnacooperaoemadoointernacional.(IncludopelaLein12.010,de2009)Vigncia

    13.AhabilitaodepostulanteestrangeirooudomiciliadoforadoBrasiltervalidademximade1(um)ano,podendoserrenovada.(IncludopelaLein12.010,de2009)Vigncia

    14.vedadoocontatodiretoderepresentantesdeorganismosdeadoo,nacionaisouestrangeiros,comdirigentesdeprogramasdeacolhimentoinstitucionaloufamiliar,assimcomocomcrianaseadolescentesem condies de serem adotados, sem a devida autorizao judicial. (Includo pela Lei n 12.010, de 2009)Vigncia

    15. A Autoridade Central Federal Brasileira poder limitar ou suspender a concesso de novoscredenciamentossemprequejulgarnecessrio,medianteatoadministrativofundamentado.(IncludopelaLein12.010,de2009)Vigncia

    Art. 52A. vedado, sob pena de responsabilidade e descredenciamento, o repasse de recursosprovenientes de organismos estrangeiros encarregados de intermediar pedidos de adoo internacional aorganismosnacionaisouapessoasfsicas.(IncludopelaLein12.010,de2009)Vigncia

    Pargrafonico.EventuaisrepassessomentepoderoserefetuadosviaFundodosDireitosdaCrianaedo Adolescente e estaro sujeitos s deliberaes do respectivo Conselho de Direitos da Criana e doAdolescente.(IncludopelaLein12.010,de2009)Vigncia

  • Art.52B. Aadooporbrasileiro residentenoexteriorempas ratificantedaConvenodeHaia,cujoprocessodeadootenhasidoprocessadoemconformidadecomalegislaovigentenopasderesidnciaeatendidoodispostonaAlneacdoArtigo17dareferidaConveno,serautomaticamenterecepcionadacomoreingressonoBrasil.(IncludopelaLein12.010,de2009)Vigncia

    1oCasonotenhasidoatendidoodispostonaAlneacdoArtigo17daConvenodeHaia,deverasentenaserhomologadapeloSuperiorTribunaldeJustia.(IncludopelaLein12.010,de2009)Vigncia

    2oOpretendentebrasileiroresidentenoexteriorempasnoratificantedaConvenodeHaia,umavezreingressado no Brasil, dever requerer a homologao da sentena estrangeira pelo Superior Tribunal deJustia.(IncludopelaLein12.010,de2009)Vigncia

    Art.52C. Nasadoes internacionais,quandooBrasil foropasdeacolhida,adecisodaautoridadecompetentedopasdeorigemdacrianaoudoadolescente ser conhecidapela AutoridadeCentral Estadualque tiver processado o pedido de habilitao dos pais adotivos, que comunicar o fato Autoridade CentralFederal e determinar as providncias necessrias expedio do Certificado de Naturalizao Provisrio.(IncludopelaLein12.010,de2009)Vigncia

    1oAAutoridadeCentralEstadual,ouvidooMinistrioPblico,somentedeixardereconhecerosefeitosdaqueladecisoserestardemonstradoqueaadoomanifestamentecontrriaordempblicaounoatendeaointeressesuperiordacrianaoudoadolescente.(IncludopelaLein12.010,de2009)Vigncia

    2o Nahiptesedenoreconhecimentodaadoo,previstano1odesteartigo,oMinistrioPblicodeverimediatamenterequereroquefordedireitopararesguardarosinteressesdacrianaoudoadolescente,comunicandose as providncias AutoridadeCentral Estadual, que far a comunicao AutoridadeCentralFederalBrasileiraeAutoridadeCentraldopasdeorigem.(IncludopelaLein12.010,de2009)Vigncia

    Art.52D.Nasadoesinternacionais,quandooBrasilforopasdeacolhidaeaadoonotenhasidodeferida no pas de origem porque a sua legislao a delega ao pas de acolhida, ou, ainda, na hiptese de,mesmo com deciso, a criana ou o adolescente ser oriundo de pas que no tenha aderido Convenoreferida, o processo de adoo seguir as regras da adoo nacional. (Includo pela Lei n 12.010, de 2009)Vigncia

    CaptuloIV

    DoDireitoEducao,Cultura,aoEsporteeaoLazer

    Art. 53.A criana e o adolescente tmdireito educao, visando ao pleno desenvolvimento de suapessoa,preparoparaoexercciodacidadaniaequalificaoparaotrabalho,assegurandoselhes:

    Iigualdadedecondiesparaoacessoepermanncianaescola

    IIdireitodeserrespeitadoporseuseducadores

    IIIdireitodecontestarcritriosavaliativos,podendorecorrersinstnciasescolaressuperiores

    IVdireitodeorganizaoeparticipaoementidadesestudantis

    Vacessoescolapblicaegratuitaprximadesuaresidncia.

    Pargrafo nico. direito dos pais ou responsveis ter cincia do processo pedaggico, bem comoparticipardadefiniodaspropostaseducacionais.

    Art.54.deverdoEstadoassegurarcrianaeaoadolescente:

    I ensino fundamental, obrigatrioegratuito, inclusiveparaosqueaeleno tiveramacessona idadeprpria

    IIprogressivaextensodaobrigatoriedadeegratuidadeaoensinomdio

    III atendimento educacional especializado aos portadores de deficincia, preferencialmente na rederegulardeensino

    IVatendimentoemcrecheeprescolascrianasdezeroaseisanosdeidade

  • Vacessoaosnveismaiselevadosdoensino,dapesquisaedacriaoartstica,segundoacapacidadedecadaum

    VIofertadeensinonoturnoregular,adequadoscondiesdoadolescentetrabalhador

    VIIatendimentonoensinofundamental,atravsdeprogramassuplementaresdematerialdidticoescolar,transporte,alimentaoeassistnciasade.

    1Oacessoaoensinoobrigatrioegratuitodireitopblicosubjetivo.

    2 O no oferecimento do ensino obrigatrio pelo poder pblico ou sua oferta irregular importaresponsabilidadedaautoridadecompetente.

    3Competeaopoderpblicorecensearoseducandosnoensinofundamental, fazerlhesachamadaezelar,juntoaospaisouresponsvel,pelafreqnciaescola.

    Art.55.Ospaisouresponsvel tmaobrigaodematricularseusfilhosoupupilosnarederegulardeensino.

    Art.56.Osdirigentesdeestabelecimentosdeensino fundamentalcomunicaroaoConselhoTutelaroscasosde:

    Imaustratosenvolvendoseusalunos

    IIreiteraodefaltasinjustificadasedeevasoescolar,esgotadososrecursosescolares

    IIIelevadosnveisderepetncia.

    Art. 57.O poder pblico estimular pesquisas, experincias e novas propostas relativas a calendrio,seriao, currculo, metodologia, didtica e avaliao, com vistas insero de crianas e adolescentesexcludosdoensinofundamentalobrigatrio.

    Art.58.Noprocessoeducacional respeitarseoosvaloresculturais,artsticosehistricosprpriosdocontextosocialdacrianaedoadolescente,garantindoseaestesaliberdadedacriaoeoacessosfontesdecultura.

    Art. 59.Osmunicpios, comapoio dos estados e daUnio, estimularo e facilitaro a destinao derecursoseespaosparaprogramaesculturais,esportivasedelazervoltadasparaainfnciaeajuventude.

    CaptuloV

    DoDireitoProfissionalizaoeProteonoTrabalho

    Art.60.proibidoqualquertrabalhoamenoresdequatorzeanosdeidade,salvonacondiodeaprendiz.(VideConstituioFederal)

    Art. 61. A proteo ao trabalho dos adolescentes regulada por legislao especial, semprejuzo dodispostonestaLei.

    Art. 62.Consideraseaprendizagema formao tcnicoprofissionalministradasegundoasdiretrizesebasesdalegislaodeeducaoemvigor.

    Art.63.Aformaotcnicoprofissionalobedeceraosseguintesprincpios:

    Igarantiadeacessoefreqnciaobrigatriaaoensinoregular

    IIatividadecompatvelcomodesenvolvimentodoadolescente

    IIIhorrioespecialparaoexercciodasatividades.

    Art.64.Aoadolescenteatquatorzeanosdeidadeasseguradabolsadeaprendizagem.

    Art.65.Aoadolescenteaprendiz,maiordequatorzeanos,soasseguradososdireitostrabalhistase

  • previdencirios.

    Art.66.Aoadolescenteportadordedeficinciaasseguradotrabalhoprotegido.

    Art. 67.Aoadolescenteempregado,aprendiz,em regime familiarde trabalho,alunodeescola tcnica,assistidoementidadegovernamentalounogovernamental,vedadotrabalho:

    Inoturno,realizadoentreasvinteeduashorasdeumdiaeascincohorasdodiaseguinte

    IIperigoso,insalubreoupenoso

    III realizadoem locaisprejudiciaissua formaoeaoseudesenvolvimento fsico,psquico,moralesocial

    IVrealizadoemhorrioselocaisquenopermitamafreqnciaescola.

    Art. 68.Oprogramasocial que tenhapor baseo trabalhoeducativo, sob responsabilidadedeentidadegovernamental ou nogovernamental sem fins lucrativos, dever assegurar ao adolescente que dele participecondiesdecapacitaoparaoexercciodeatividaderegularremunerada.

    1Entendeseportrabalhoeducativoaatividadelaboralemqueasexignciaspedaggicasrelativasaodesenvolvimentopessoalesocialdoeducandoprevalecemsobreoaspectoprodutivo.

    2A remunerao que o adolescente recebe pelo trabalho efetuado ou a participao na venda dosprodutosdeseutrabalhonodesfiguraocartereducativo.

    Art.69.Oadolescentetemdireitoprofissionalizaoeproteonotrabalho,observadososseguintesaspectos,entreoutros:

    Irespeitocondiopeculiardepessoaemdesenvolvimento

    IIcapacitaoprofissionaladequadaaomercadodetrabalho.

    TtuloIII

    DaPreveno

    CaptuloI

    DisposiesGerais

    Art. 70. dever de todos prevenir a ocorrncia de ameaa ou violao dos direitos da criana e doadolescente.

    Art.70A.AUnio,osEstados,oDistritoFederal e osMunicpios deveroatuar de formaarticuladanaelaborao de polticas pblicas e na execuo de aes destinadas a coibir o uso de castigo fsico ou detratamento cruel ou degradante e difundir formas no violentas de educao de crianas e de adolescentes,tendocomoprincipaisaes:(IncludopelaLein13.010,de2014)

    I a promoo de campanhas educativas permanentes para a divulgao do direito da criana e doadolescentedeseremeducadosecuidadossemousodecastigofsicooudetratamentocrueloudegradanteedosinstrumentosdeproteoaosdireitoshumanos(IncludopelaLein13.010,de2014)

    IIaintegraocomosrgosdoPoderJudicirio,doMinistrioPblicoedaDefensoriaPblica,comoConselho Tutelar, com os Conselhos de Direitos da Criana e do Adolescente e com as entidades nogovernamentaisqueatuamnapromoo,proteoedefesadosdireitosdacrianaedoadolescente(IncludopelaLein13.010,de2014)

    III a formaocontinuadaeacapacitaodosprofissionaisdesade,educaoeassistnciasocialedosdemaisagentesqueatuamnapromoo,proteoedefesadosdireitosdacrianaedoadolescenteparaodesenvolvimentodascompetnciasnecessriaspreveno,identificaodeevidncias,aodiagnsticoeaoenfrentamentodetodasasformasdeviolnciacontraacrianaeoadolescente(IncludopelaLein13.010,de2014)

  • IV oapoioeo incentivosprticasderesoluopacficadeconflitosqueenvolvamviolnciacontraacrianaeoadolescente(IncludopelaLein13.010,de2014)

    V a incluso, nas polticas pblicas, de aes que visem a garantir os direitos da criana e doadolescente, desde a ateno prnatal, e de atividades junto aos pais e responsveis com o objetivo depromover a informao, a reflexo, o debate e a orientao sobre alternativas ao uso de castigo fsico ou detratamentocrueloudegradantenoprocessoeducativo(IncludopelaLein13.010,de2014)

    VIapromoodeespaosintersetoriaislocaisparaaarticulaodeaeseaelaboraodeplanosdeatuaoconjuntafocadosnasfamliasemsituaodeviolncia,comparticipaodeprofissionaisdesade,deassistncia social e de educao e de rgos de promoo, proteo e defesa dos direitos da criana e doadolescente.(IncludopelaLein13.010,de2014)

    Pargrafo nico. As famlias com crianas e adolescentes com deficincia tero prioridade deatendimentonasaesepolticaspblicasdeprevenoeproteo.(IncludopelaLein13.010,de2014)

    Art. 70B. As entidades, pblicas e privadas, que atuem nas reas a que se refere o art. 71, dentreoutras, devem contar, em seus quadros, com pessoas capacitadas a reconhecer e comunicar ao ConselhoTutelarsuspeitasoucasosdemaustratospraticadoscontracrianaseadolescentes.(IncludopelaLein13.046,de2014)

    Pargrafo nico. So igualmente responsveis pela comunicao de que trata este artigo, as pessoasencarregadas,porrazodecargo,funo,ofcio,ministrio,profissoouocupao,docuidado,assistnciaouguardadecrianaseadolescentes,punvel,na formadesteEstatuto,o injustificadoretardamentoouomisso,culpososoudolosos.(IncludopelaLein13.046,de2014)

    Art.71.Acrianaeoadolescentetmdireitoainformao,cultura,lazer,esportes,diverses,espetculoseprodutoseserviosquerespeitemsuacondiopeculiardepessoaemdesenvolvimento.

    Art. 72.AsobrigaesprevistasnestaLeinoexcluemdaprevenoespecial outrasdecorrentesdosprincpiosporelaadotados.

    Art. 73.A inobservnciadasnormasdepreveno importarem responsabilidadedapessoa fsicaoujurdica,nostermosdestaLei.

    CaptuloII

    DaPrevenoEspecial

    SeoI

    Dainformao,Cultura,Lazer,Esportes,DiverseseEspetculos

    Art. 74.O poder pblico, atravs do rgo competente, regular as diverses e espetculos pblicos,informandosobreanaturezadeles,as faixasetriasaquenoserecomendem, locaisehorriosemquesuaapresentaosemostreinadequada.

    Pargrafonico.Osresponsveispelasdiverseseespetculospblicosdeveroafixar,emlugarvisveledefcilacesso,entradadolocaldeexibio,informaodestacadasobreanaturezadoespetculoeafaixaetriaespecificadanocertificadodeclassificao.

    Art.75.Todacrianaouadolescenteteracessosdiverseseespetculospblicosclassificadoscomoadequadossuafaixaetria.

    Pargrafonico.Ascrianasmenoresdedezanossomentepoderoingressarepermanecernoslocaisdeapresentaoouexibioquandoacompanhadasdospaisouresponsvel.

    Art.76.Asemissorasderdioetelevisosomenteexibiro,nohorriorecomendadoparaopblicoinfantojuvenil,programascomfinalidadeseducativas,artsticas,culturaiseinformativas.

    Pargrafo nico.Nenhumespetculo ser apresentado ou anunciado semaviso de sua classificao,antesdesuatransmisso,apresentaoouexibio.

  • Art.77.Osproprietrios,diretores,gerentesefuncionriosdeempresasqueexploremavendaoualuguelde fitas de programao em vdeo cuidaro para que no haja venda ou locao em desacordo com aclassificaoatribudapelorgocompetente.

    Pargrafonico.Asfitasaquealudeesteartigodeveroexibir,noinvlucro,informaosobreanaturezadaobraeafaixaetriaaquesedestinam.

    Art.78.Asrevistasepublicaescontendomaterial imprprioouinadequadoacrianaseadolescentesdeverosercomercializadasemembalagemlacrada,comaadvertnciadeseucontedo.

    Pargrafonico.Aseditoras cuidaroparaqueas capasque contenhammensagenspornogrficasouobscenassejamprotegidascomembalagemopaca.

    Art.79.As revistasepublicaesdestinadasaopblico infantojuvenilnopoderoconter ilustraes,fotografias, legendas, crnicas ou anncios de bebidas alcolicas, tabaco, armas e munies, e deverorespeitarosvaloresticosesociaisdapessoaedafamlia.

    Art.80.Osresponsveisporestabelecimentosqueexploremcomercialmentebilhar,sinucaoucongnereouporcasasdejogos,assimentendidasasquerealizemapostas,aindaqueeventualmente,cuidaroparaqueno seja permitida a entrada e a permanncia de crianas e adolescentes no local, afixando aviso paraorientaodopblico.

    SeoII

    DosProdutoseServios

    Art.81.proibidaavendacrianaouaoadolescentede:

    Iarmas,munieseexplosivos

    IIbebidasalcolicas

    IIIprodutoscujoscomponentespossamcausardependnciafsicaoupsquicaaindaqueporutilizaoindevida

    IVfogosdeestampidoedeartifcio,excetoaquelesquepeloseureduzidopotencialsejamincapazesdeprovocarqualquerdanofsicoemcasodeutilizaoindevida

    Vrevistasepublicaesaquealudeoart.78

    VIbilheteslotricoseequivalentes.

    Art.82.proibidaahospedagemdecrianaouadolescenteemhotel,motel,pensoouestabelecimentocongnere,salvoseautorizadoouacompanhadopelospaisouresponsvel.

    SeoIII

    DaAutorizaoparaViajar

    Art.83.Nenhumacrianapoderviajarparaforadacomarcaondereside,desacompanhadadospaisouresponsvel,semexpressaautorizaojudicial.

    1Aautorizaonoserexigidaquando:

    a) tratarse de comarca contgua da residncia da criana, se namesmaunidadedaFederao, ouincludanamesmaregiometropolitana

    b)acrianaestiveracompanhada:

    1)deascendenteoucolateralmaior,atoterceirograu,comprovadodocumentalmenteoparentesco

    2)depessoamaior,expressamenteautorizadapelopai,meouresponsvel.

  • 2Aautoridadejudiciriapoder,apedidodospaisouresponsvel,concederautorizaovlidapordoisanos.

    Art.84.Quandosetratardeviagemaoexterior,aautorizaodispensvel,seacrianaouadolescente:

    Iestiveracompanhadodeambosospaisouresponsvel

    IIviajarnacompanhiadeumdospais,autorizadoexpressamentepelooutroatravsdedocumentocomfirmareconhecida.

    Art.85.Semprviaeexpressaautorizaojudicial,nenhumacrianaouadolescentenascidoemterritrionacionalpodersairdoPasemcompanhiadeestrangeiroresidenteoudomiciliadonoexterior.

    ParteEspecial

    TtuloI

    DaPolticadeAtendimento

    CaptuloI

    DisposiesGerais

    Art.86.Apolticadeatendimentodosdireitosdacrianaedoadolescentefarseatravsdeumconjuntoarticulado de aes governamentais e nogovernamentais, daUnio, dos estados, doDistrito Federal e dosmunicpios.

    Art.87.Solinhasdeaodapolticadeatendimento:(VideLein12.010,de2009)Vigncia

    Ipolticassociaisbsicas

    IIpolticaseprogramasdeassistnciasocial,emcartersupletivo,paraaquelesquedelesnecessitem

    III servios especiais de prevenoe atendimentomdico e psicossocial s vtimas de negligncia,maustratos,explorao,abuso,crueldadeeopresso

    IVserviodeidentificaoelocalizaodepais,responsvel,crianaseadolescentesdesaparecidos

    Vproteojurdicosocialporentidadesdedefesadosdireitosdacrianaedoadolescente.

    VIpolticaseprogramasdestinadosaprevenirouabreviaroperododeafastamentodoconvviofamiliareagarantiroefetivoexercciododireitoconvivnciafamiliardecrianaseadolescentes(IncludopelaLein12.010,de2009)Vigncia

    VIIcampanhasdeestmuloaoacolhimentosobformadeguardadecrianaseadolescentesafastadosdoconvvio familiar e adoo, especificamente interracial, de crianas maiores ou de adolescentes, comnecessidadesespecficasdesadeoucomdeficinciasedegruposdeirmos.(IncludopelaLein12.010,de2009)Vigncia

    Art.88.Sodiretrizesdapolticadeatendimento:

    Imunicipalizaodoatendimento

    IIcriaodeconselhosmunicipais,estaduaisenacionaldosdireitosdacrianaedoadolescente,rgosdeliberativosecontroladoresdasaesemtodososnveis,asseguradaaparticipaopopularparitriapormeiodeorganizaesrepresentativas,segundoleisfederal,estaduaisemunicipais

    IIIcriaoemanutenodeprogramasespecficos,observadaadescentralizaopolticoadministrativa

    IV manutenode fundosnacional,estaduaisemunicipaisvinculadosaos respectivosconselhosdosdireitosdacrianaedoadolescente

    V integraooperacionaldergosdoJudicirio,MinistrioPblico,Defensoria,SeguranaPblicae

  • Assistncia Social, preferencialmente em ummesmo local, para efeito de agilizao do atendimento inicial aadolescenteaquemseatribuaautoriadeatoinfracional

    VI integrao operacional de rgos do Judicirio,Ministrio Pblico, Defensoria, Conselho Tutelar eencarregados da execuo das polticas sociais bsicas e de assistncia social, para efeito de agilizao doatendimentodecrianasedeadolescentesinseridosemprogramasdeacolhimentofamiliarouinstitucional,comvistanasua rpida reintegrao famliadeorigemou, se tal soluo semostrar comprovadamente invivel,suacolocaoem famlia substituta, emquaisquer dasmodalidades previstas no art. 28 desta Lei (RedaodadapelaLein12.010,de2009)Vigncia

    VII mobilizao da opinio pblica para a indispensvel participao dos diversos segmentos dasociedade.(IncludopelaLein12.010,de2009)Vigncia

    Art.89.Afunodemembrodoconselhonacionaledosconselhosestaduaisemunicipaisdosdireitosdacrianaedoadolescenteconsideradadeinteressepblicorelevanteenoserremunerada.

    CaptuloII

    DasEntidadesdeAtendimento

    SeoI

    DisposiesGerais

    Art.90.Asentidadesdeatendimentosoresponsveispelamanutenodasprpriasunidades,assimcomopeloplanejamentoeexecuodeprogramasdeproteoescioeducativosdestinadosacrianaseadolescentes,emregimede:

    Iorientaoeapoiosciofamiliar

    IIapoioscioeducativoemmeioaberto

    IIIcolocaofamiliar

    IVacolhimentoinstitucional(RedaodadapelaLein12.010,de2009)Vigncia

    Vprestaodeservioscomunidade(RedaodadapelaLein12.594,de2012)(Vide)

    VIliberdadeassistida(RedaodadapelaLein12.594,de2012)(Vide)

    VIIsemiliberdadee(RedaodadapelaLein12.594,de2012)(Vide)

    VIIIinternao.(IncludopelaLein12.594,de2012)(Vide)

    1oAsentidadesgovernamentaisenogovernamentaisdeveroprocederinscriodeseusprogramas,especificandoosregimesdeatendimento,naformadefinidanesteartigo,noConselhoMunicipaldosDireitosdaCrianaedoAdolescente,oqualmanterregistrodasinscriesedesuasalteraes,doquefarcomunicaoaoConselhoTutelareautoridadejudiciria.(IncludopelaLein12.010,de2009)Vigncia

    2o Os recursosdestinados implementaoemanutenodosprogramas relacionadosnesteartigoseroprevistosnasdotaesoramentriasdosrgospblicosencarregadosdasreasdeEducao,SadeeAssistnciaSocial,dentreoutros,observandoseoprincpiodaprioridadeabsolutacrianaeaoadolescentepreconizado pelo caput do art. 227 da Constituio Federal e pelo caput e pargrafo nico do art. 4o destaLei.(IncludopelaLein12.010,de2009)Vigncia

    3oOsprogramasemexecuoseroreavaliadospeloConselhoMunicipaldosDireitosdaCrianaedoAdolescente, no mximo, a cada 2 (dois) anos, constituindose critrios para renovao da autorizao defuncionamento:(IncludopelaLein12.010,de2009)Vigncia

    IoefetivorespeitosregraseprincpiosdestaLei,bemcomosresoluesrelativasmodalidadedeatendimento prestado expedidas pelos Conselhos de Direitos da Criana e do Adolescente, em todos osnveis(IncludopelaLein12.010,de2009)Vigncia

    II a qualidade e eficincia do trabalho desenvolvido, atestadas peloConselho Tutelar, peloMinistrio

  • PblicoepelaJustiadaInfnciaedaJuventude(IncludopelaLein12.010,de2009)Vigncia

    IIIemsetratandodeprogramasdeacolhimentoinstitucionaloufamiliar,seroconsideradosos ndicesdesucessonareintegraofamiliaroudeadaptaofamliasubstituta,conformeocaso.(IncludopelaLein12.010,de2009)Vigncia

    Art.91.AsentidadesnogovernamentaissomentepoderofuncionardepoisderegistradasnoConselhoMunicipaldosDireitosdaCrianaedoAdolescente,oqualcomunicaroregistroaoConselhoTutelareautoridadejudiciriadarespectivalocalidade.

    1oSernegadooregistroentidadeque:(IncludopelaLein12.010,de2009)Vigncia

    a)noofereainstalaesfsicasemcondiesadequadasdehabitabilidade,higiene,salubridadeesegurana

    b)noapresenteplanodetrabalhocompatvelcomosprincpiosdestaLei

    c)estejairregularmenteconstituda

    d)tenhaemseusquadrospessoasinidneas.

    e) no se adequar ou deixar de cumprir as resolues e deliberaes relativas modalidade deatendimento prestado expedidas pelos Conselhos de Direitos da Criana e do Adolescente, em todos osnveis.(IncludapelaLein12.010,de2009)Vigncia

    2oOregistrotervalidademximade4(quatro)anos,cabendoaoConselhoMunicipaldosDireitosdaCrianaedoAdolescente,periodicamente,reavaliarocabimentodesuarenovao,observadoodispostono1odesteartigo.(IncludopelaLein12.010,de2009)Vigncia

    Art.92.Asentidadesquedesenvolvamprogramasdeacolhimentofamiliarouinstitucionaldeveroadotarosseguintesprincpios:(RedaodadapelaLein12.010,de2009)Vigncia

    I preservaodosvnculos familiaresepromooda reintegrao familiar (Redaodada pela Lei n12.010,de2009)Vigncia

    II integraoemfamliasubstituta,quandoesgotadososrecursosdemanutenonafamlianaturalouextensa(RedaodadapelaLein12.010,de2009)Vigncia

    IIIatendimentopersonalizadoeempequenosgrupos

    IVdesenvolvimentodeatividadesemregimedecoeducao

    Vnodesmembramentodegruposdeirmos

    VIevitar,semprequepossvel,atransfernciaparaoutrasentidadesdecrianaseadolescentesabrigados

    VIIparticipaonavidadacomunidadelocal

    VIIIpreparaogradativaparaodesligamento

    IXparticipaodepessoasdacomunidadenoprocessoeducativo.

    1oOdirigentedeentidadequedesenvolveprogramadeacolhimentoinstitucionalequiparadoaoguardio,paratodososefeitosdedireito.(IncludopelaLein12.010,de2009)Vigncia

    2o Os dirigentes de entidades que desenvolvem programas de acolhimento familiar ou institucionalremeteroautoridadejudiciria,nomximoacada6(seis)meses,relatriocircunstanciadoacercadasituaodecadacrianaouadolescenteacolhidoesuafamlia,parafinsdareavaliaoprevistano1odoart.19destaLei.(IncludopelaLein12.010,de2009)Vigncia

    3oOsentesfederados,porintermdiodosPoderesExecutivoeJudicirio,promoveroconjuntamenteapermanente qualificao dos profissionais que atuam direta ou indiretamente em programas de acolhimento

  • institucional e destinados colocao familiar de crianas e adolescentes, incluindo membros do PoderJudicirio,MinistrioPblicoeConselhoTutelar.(IncludopelaLein12.010,de2009)Vigncia

    4oSalvodeterminaoemcontrriodaautoridadejudiciriacompetente,asentidadesquedesenvolvemprogramas de acolhimento familiar ou institucional, se necessrio com o auxlio do Conselho Tutelar e dosrgosdeassistncia social, estimularoo contatoda crianaouadolescente comseuspais e parentes, emcumprimento ao disposto nos incisos I e VIII do caput deste artigo. (Includo pela Lei n 12.010, de 2009) Vigncia

    5oAsentidadesquedesenvolvemprogramasdeacolhimentofamiliarouinstitucionalsomentepoderoreceber recursos pblicos se comprovado o atendimento dos princpios, exigncias e finalidades destaLei.(IncludopelaLein12.010,de2009)Vigncia

    6oOdescumprimentodasdisposiesdestaLeipelodirigentedeentidadequedesenvolvaprogramasde acolhimento familiar ou institucional causa de sua destituio, sem prejuzo da apurao de suaresponsabilidadeadministrativa,civilecriminal.(IncludopelaLein12.010,de2009)Vigncia

    Art.93.Asentidadesquemantenhamprogramadeacolhimentoinstitucionalpodero,emcarterexcepcionaledeurgncia,acolhercrianaseadolescentessemprviadeterminaodaautoridadecompetente,fazendocomunicaodofatoemat24(vinteequatro)horasaoJuizdaInfnciaedaJuventude,sobpenaderesponsabilidade.(RedaodadapelaLein12.010,de2009)Vigncia

    Pargrafo nico. Recebida a comunicao, a autoridade judiciria, ouvido o Ministrio Pblico e senecessrio comoapoio doConselho Tutelar local, tomar asmedidas necessrias para promover a imediatareintegrao familiar da criana ou do adolescente ou, se por qualquer razo no for isso possvel ourecomendvel, para seu encaminhamento a programa de acolhimento familiar, institucional ou a famliasubstituta,observadoodispostono2odoart.101destaLei.(IncludopelaLein12.010,de2009)Vigncia

    Art.94.Asentidadesquedesenvolvemprogramasdeinternaotmasseguintesobrigaes,entreoutras:

    Iobservarosdireitosegarantiasdequesotitularesosadolescentes

    IInorestringirnenhumdireitoquenotenhasidoobjetoderestrionadecisodeinternao

    IIIofereceratendimentopersonalizado,empequenasunidadesegruposreduzidos

    IVpreservaraidentidadeeoferecerambientederespeitoedignidadeaoadolescente

    Vdiligenciarnosentidodorestabelecimentoedapreservaodosvnculosfamiliares

    VIcomunicarautoridadejudiciria,periodicamente,oscasosemquesemostreinvivelouimpossveloreatamentodosvnculosfamiliares

    VIIoferecerinstalaesfsicasemcondiesadequadasdehabitabilidade,higiene,salubridadeeseguranaeosobjetosnecessrioshigienepessoal

    VIIIoferecervesturioealimentaosuficienteseadequadosfaixaetriadosadolescentesatendidos

    IXoferecercuidadosmdicos,psicolgicos,odontolgicosefarmacuticos

    Xpropiciarescolarizaoeprofissionalizao

    XIpropiciaratividadesculturais,esportivasedelazer

    XIIpropiciarassistnciareligiosaquelesquedesejarem,deacordocomsuascrenas

    XIIIprocederaestudosocialepessoaldecadacaso

    XIVreavaliarperiodicamentecadacaso,comintervalomximodeseismeses,dandocinciadosresultadosautoridadecompetente

    XVinformar,periodicamente,oadolescenteinternadosobresuasituaoprocessual

  • XVIcomunicarsautoridadescompetentestodososcasosdeadolescentesportadoresdemolstiasinfectocontagiosas

    XVIIfornecercomprovantededepsitodospertencesdosadolescentes

    XVIIImanterprogramasdestinadosaoapoioeacompanhamentodeegressos

    XIXprovidenciarosdocumentosnecessriosaoexercciodacidadaniaquelesquenoostiverem

    XXmanterarquivodeanotaesondeconstemdataecircunstnciasdoatendimento,nomedoadolescente,seuspaisouresponsvel,parentes,endereos,sexo,idade,acompanhamentodasuaformao,relaodeseuspertencesedemaisdadosquepossibilitemsuaidentificaoeaindividualizaodoatendimento.

    1oAplicamse,noquecouber,asobrigaesconstantesdesteartigosentidadesquemantmprogramasdeacolhimentoinstitucionalefamiliar.(RedaodadapelaLein12.010,de2009)Vigncia

    2Nocumprimentodasobrigaesaquealudeesteartigoasentidadesutilizaropreferencialmenteosrecursosdacomunidade.

    Art.94A.Asentidades,pblicasouprivadas,queabriguemourecepcionemcrianaseadolescentes,aindaqueemcartertemporrio,devemter,emseusquadros,profissionaiscapacitadosareconhecerereportaraoConselhoTutelarsuspeitasouocorrnciasdemaustratos.(IncludopelaLein13.046,de2014)

    SeoII

    DaFiscalizaodasEntidades

    Art.95.Asentidadesgovernamentaisenogovernamentais referidasnoart.90sero fiscalizadaspeloJudicirio,peloMinistrioPblicoepelosConselhosTutelares.

    Art.96.Osplanosdeaplicaoeasprestaesdecontasseroapresentadosaoestadoouaomunicpio,conformeaorigemdasdotaesoramentrias.

    Art.97.Somedidasaplicveissentidadesdeatendimentoquedescumpriremobrigaoconstantedoart.94,semprejuzodaresponsabilidadecivilecriminaldeseusdirigentesouprepostos:(VideLein12.010,de2009)Vigncia

    Isentidadesgovernamentais:

    a)advertncia

    b)afastamentoprovisriodeseusdirigentes

    c)afastamentodefinitivodeseusdirigentes

    d)fechamentodeunidadeouinterdiodeprograma.

    IIsentidadesnogovernamentais:

    a)advertncia

    b)suspensototalouparcialdorepassedeverbaspblicas

    c)interdiodeunidadesoususpensodeprograma

    d)cassaodoregistro.

    1oEmcasodereiteradasinfraescometidasporentidadesdeatendimento,quecoloquememriscoosdireitos assegurados nesta Lei, dever ser o fato comunicado ao Ministrio Pblico ou representado peranteautoridade judiciria competente para as providncias cabveis, inclusive suspenso das atividades oudissoluodaentidade.(RedaodadapelaLein12.010,de2009)Vigncia

  • 2o Aspessoas jurdicasdedireitopblicoeasorganizaesnogovernamentais respondero pelosdanos que seus agentes causarem s crianas e aos adolescentes, caracterizado o descumprimento dosprincpios norteadores das atividades de proteo especfica. (Redao dada pela Lei n 12.010, de 2009) Vigncia

    TtuloII

    DasMedidasdeProteo

    CaptuloI

    DisposiesGerais

    Art. 98. As medidas de proteo criana e ao adolescente so aplicveis sempre que os direitosreconhecidosnestaLeiforemameaadosouviolados:

    IporaoouomissodasociedadeoudoEstado

    IIporfalta,omissoouabusodospaisouresponsvel

    IIIemrazodesuaconduta.

    CaptuloII

    DasMedidasEspecficasdeProteo

    Art. 99.Asmedidasprevistas nesteCaptulo podero ser aplicadas isoladaou cumulativamente, bemcomosubstitudasaqualquertempo.

    Art. 100.Naaplicaodasmedidas levarseoemcontaasnecessidadespedaggicas,preferindoseaquelasquevisemaofortalecimentodosvnculosfamiliaresecomunitrios.

    Pargrafonico.Sotambmprincpiosqueregemaaplicaodasmedidas:(IncludopelaLein12.010,de2009)Vigncia

    I condio da criana e do adolescente como sujeitos de direitos: crianas e adolescentes so ostitularesdosdireitosprevistosnestaeemoutrasLeis,bemcomonaConstituioFederal(IncludopelaLein12.010,de2009)Vigncia

    II proteo integraleprioritria:a interpretaoeaplicaode todaequalquernormacontidanestaLeideve ser voltada proteo integral e prioritria dos direitos de que crianas e adolescentes so titulares(IncludopelaLein12.010,de2009)Vigncia

    IIIresponsabilidadeprimriaesolidriadopoderpblico:aplenaefetivaodosdireitosasseguradosacrianase a adolescentes por esta Lei e pelaConstituioFederal, salvo nos casos por esta expressamenteressalvados, de responsabilidade primria e solidria das 3 (trs) esferas de governo, sem prejuzo damunicipalizao do atendimento e da possibilidade da execuo de programas por entidades nogovernamentais(IncludopelaLein12.010,de2009)Vigncia

    IV interesse superior da criana e do adolescente: a interveno deve atender prioritariamente aosinteresses e direitos da criana e do adolescente, sem prejuzo da considerao que for devida a outrosinteresses legtimosnombitodapluralidadedos interessespresentesnocasoconcreto (IncludopelaLein12.010,de2009)Vigncia

    V privacidade:apromoodosdireitoseproteodacrianaedoadolescentedeveserefetuadanorespeitopelaintimidade,direitoimagemereservadasuavidaprivada(IncludopelaLein12.010,de2009) Vigncia

    VI interveno precoce: a interveno das autoridades competentes deve ser efetuada logo que asituaodeperigosejaconhecida(IncludopelaLein12.010,de2009)Vigncia

    VIIintervenomnima:aintervenodeveserexercidaexclusivamentepelasautoridadeseinstituiescujaaosejaindispensvelefetivapromoodosdireitoseproteodacrianaedoadolescente(IncludopelaLein12.010,de2009)Vigncia

  • VIIIproporcionalidadeeatualidade:aintervenodeveseranecessriaeadequadasituaodeperigoemqueacrianaouoadolescenteseencontramnomomentoemqueadecisotomada(IncludopelaLein12.010,de2009)Vigncia

    IX responsabilidadeparental:a intervenodeveserefetuadademodoqueospaisassumamosseusdeveresparacomacrianaeoadolescente(IncludopelaLein12.010,de2009)Vigncia

    X prevalnciada famlia:napromoodedireitosenaproteodacrianaedoadolescentedeveserdadaprevalnciasmedidasqueosmantenhamoureintegremnasuafamlianaturalouextensaou,seistonofor possvel, que promovam a sua integrao em famlia substituta (Includo pela Lei n 12.010, de 2009) Vigncia

    XIobrigatoriedadedainformao:acrianaeoadolescente,respeitadoseuestgiodedesenvolvimentoecapacidadedecompreenso,seuspaisouresponsveldevemserinformadosdosseusdireitos,dosmotivosque determinaram a interveno e da forma como esta se processa (Includo pela Lei n 12.010, de 2009) Vigncia

    XIIoitivaobrigatriaeparticipao:acrianaeoadolescente,emseparadoounacompanhiadospais,deresponsveloudepessoaporsiindicada,bemcomoosseuspaisouresponsvel,tmdireitoaserouvidose a participar nos atos e na definio damedida de promoo dos direitos e de proteo, sendo sua opiniodevidamenteconsideradapelaautoridadejudiciriacompetente,observadoodispostonos1oe2odoart.28destaLei.(IncludopelaLein12.010,de2009)Vigncia

    Art. 101. Verificada qualquer das hipteses previstas no art. 98, a autoridade competente poderdeterminar,dentreoutras,asseguintesmedidas:

    Iencaminhamentoaospaisouresponsvel,mediantetermoderesponsabilidade

    IIorientao,apoioeacompanhamentotemporrios

    IIImatrculaefreqnciaobrigatriasemestabelecimentooficialdeensinofundamental

    IVinclusoemprogramacomunitrioouoficialdeauxliofamlia,crianaeaoadolescente

    Vrequisiodetratamentomdico,psicolgicooupsiquitrico,emregimehospitalarouambulatorial

    VI incluso em programa oficial ou comunitrio de auxlio, orientao e tratamento a alcolatras etoxicmanos

    VIIacolhimentoinstitucional(RedaodadapelaLein12.010,de2009)Vigncia

    VIIIinclusoemprogramadeacolhimentofamiliar(RedaodadapelaLein12.010,de2009)Vigncia

    IXcolocaoemfamliasubstituta.(IncludopelaLein12.010,de2009)Vigncia

    1o O acolhimento institucional e o acolhimento familiar so medidas provisrias e excepcionais,utilizveiscomoformade transioparareintegrao familiarou,nosendoestapossvel,paracolocaoemfamliasubstituta,noimplicandoprivaodeliberdade.(IncludopelaLein12.010,de2009)Vigncia

    2o Semprejuzodatomadademedidasemergenciaisparaproteodevtimasdeviolnciaouabusosexualedasprovidnciasaquealudeoart.130destaLei,oafastamentodacrianaouadolescentedoconvviofamiliardecompetnciaexclusivadaautoridade judiciriae importarnadeflagrao, a pedido doMinistrioPblicooudequemtenhalegtimointeresse,deprocedimentojudicialcontencioso,noqualsegarantaaospaisouao responsvel legaloexercciodocontraditrioedaampladefesa.(IncludopelaLein12.010,de2009) Vigncia

    3o Crianas e adolescentes somente podero ser encaminhados s instituies que executamprogramas de acolhimento institucional, governamentais ou no, por meio de uma Guia de Acolhimento,expedidapelaautoridadejudiciria,naqualobrigatoriamenteconstar,dentreoutros:(IncludopelaLein12.010,de2009)Vigncia

    I sua identificao e a qualificao completa de seus pais ou de seu responsvel, seconhecidos(IncludopelaLein12.010,de2009)Vigncia

    IIoendereoderesidnciadospaisoudoresponsvel,compontosdereferncia(IncludopelaLein

  • 12.010,de2009)Vigncia

    III osnomesdeparentesoude terceiros interessadosem tlossobsuaguarda (Includopela Lei n12.010,de2009)Vigncia

    IV osmotivosda retiradaoudano reintegraoaoconvvio familiar. (Includopela Lei n 12.010, de2009)Vigncia

    4o Imediatamente aps o acolhimento da criana ou do adolescente, a entidade responsvel peloprograma de acolhimento institucional ou familiar elaborar um plano individual de atendimento, visando reintegrao familiar, ressalvada a existncia de ordem escrita e fundamentada em contrrio de autoridadejudiciriacompetente,casoemquetambmdevercontemplarsuacolocaoemfamliasubstituta,observadasasregraseprincpiosdestaLei.(IncludopelaLein12.010,de2009)Vigncia

    5oOplanoindividualserelaboradosobaresponsabilidadedaequipetcnicadorespectivoprogramadeatendimento e levar em considerao a opinio da criana ou do adolescente e a oitiva dos pais ou doresponsvel.(IncludopelaLein12.010,de2009)Vigncia

    6oConstarodoplanoindividual,dentreoutros:(IncludopelaLein12.010,de2009)Vigncia

    Iosresultadosdaavaliaointerdisciplinar(IncludopelaLein12.010,de2009)Vigncia

    II os compromissosassumidospelos pais ou responsvel e (Includopela Lei n 12.010, de 2009) Vigncia

    IIIaprevisodasatividadesaseremdesenvolvidascomacrianaoucomoadolescenteacolhidoeseuspaisouresponsvel,comvistanareintegraofamiliarou,casosejaestavedadaporexpressaefundamentadadeterminao judicial, asprovidncias a serem tomadas para sua colocao em famlia substituta, sob diretasupervisodaautoridadejudiciria.(IncludopelaLein12.010,de2009)Vigncia

    7o Oacolhimento familiarou institucionalocorrerno localmaisprximoresidnciadospaisoudoresponsvel e, como parte do processo de reintegrao familiar, sempre que identificada a necessidade, afamlia de origem ser includa em programas oficiais de orientao, de apoio e de promoo social, sendofacilitadoeestimuladoocontatocomacrianaoucomoadolescenteacolhido.(IncludopelaLein12.010,de2009)Vigncia

    8o Verificadaapossibilidadedereintegrao familiar,o responsvelpeloprogramadeacolhimentofamiliarou institucional far imediatacomunicaoautoridade judiciria,quedarvistaaoMinistrioPblico,peloprazode5(cinco)dias,decidindoemigualprazo.(IncludopelaLein12.010,de2009)Vigncia

    9o Emsendoconstatadaa impossibilidadedereintegraodacrianaoudoadolescente famliadeorigem,apsseuencaminhamentoaprogramasoficiaisoucomunitriosdeorientao,apoioepromoosocial,ser enviado relatrio fundamentado ao Ministrio Pblico, no qual conste a descrio pormenorizada dasprovidncias tomadaseaexpressarecomendao,subscritapelos tcnicosdaentidadeou responsveispelaexecuodapolticamunicipaldegarantiadodireitoconvivnciafamiliar,paraadestituiodopoderfamiliar,oudestituiodetutelaouguarda.(IncludopelaLein12.010,de2009)Vigncia

    10.Recebidoorelatrio,oMinistrioPblicoteroprazode30(trinta)diasparaoingressocomaaode destituio do poder familiar, salvo se entender necessria a realizao de estudos complementares ououtrasprovidnciasqueentender indispensveis aoajuizamentodademanda. (Includopela Lei n 12.010, de2009)Vigncia

    11. A autoridade judiciria manter, em cada comarca ou foro regional, um cadastro contendoinformaesatualizadassobreascrianaseadolescentesemregimedeacolhimentofamiliareinstitucionalsobsua responsabilidade, com informaes pormenorizadas sobre a situao jurdica de cada um, bem como asprovidncias tomadas para sua reintegrao familiar ou colocao em famlia substituta, em qualquer dasmodalidadesprevistasnoart.28destaLei.(IncludopelaLein12.010,de2009)Vigncia

    12. TeroacessoaocadastrooMinistrioPblico,oConselhoTutelar,orgogestordaAssistnciaSocialeosConselhosMunicipaisdosDireitosdaCrianaedoAdolescenteedaAssistnciaSocial,aosquaisincumbe deliberar sobre a implementao de polticas pblicas que permitam reduzir o nmero de crianas eadolescentesafastadosdoconvviofamiliareabreviaroperododepermannciaemprogramadeacolhimento.(IncludopelaLein12.010,de2009)Vigncia

    Art.102.Asmedidasdeproteodeque trataesteCaptuloseroacompanhadasda regularizaodo

  • registrocivil.(VideLein12.010,de2009)Vigncia

    1Verificadaainexistnciaderegistroanterior,oassentodenascimentodacrianaouadolescenteserfeitovistadoselementosdisponveis,medianterequisiodaautoridadejudiciria.

    2Osregistrosecertidesnecessriosregularizaodequetrataesteartigosoisentosdemultas,custaseemolumentos,gozandodeabsolutaprioridade.

    3o Casoaindanodefinidaapaternidade,ser deflagradoprocedimentoespecficodestinado suaaveriguao,conformeprevistopelaLeino8.560,de29dedezembrode1992. (IncludopelaLein12.010,de2009)Vigncia

    4oNashiptesesprevistasno3odesteartigo,dispensveloajuizamentodeaode investigaodepaternidadepeloMinistrioPblicose,apsonocomparecimentoouarecusadosupostopaiemassumirapaternidade a ele atribuda, a criana for encaminhada para adoo. (Includo pela Lei n 12.010, de 2009) Vigncia

    TtuloIII

    DaPrticadeAtoInfracional

    CaptuloI

    DisposiesGerais

    Art.103.Consideraseatoinfracionalacondutadescritacomocrimeoucontravenopenal.

    Art.104.Sopenalmenteinimputveisosmenoresdedezoitoanos,sujeitossmedidasprevistasnestaLei.

    Pargrafonico.ParaosefeitosdestaLei,deveserconsideradaaidadedoadolescentedatadofato.

    Art.105.Aoatoinfracionalpraticadoporcrianacorresponderoasmedidasprevistasnoart.101.

    CaptuloII

    DosDireitosIndividuais

    Art.106.Nenhumadolescenteserprivadodesualiberdadesenoemflagrantedeatoinfracionalouporordemescritaefundamentadadaautoridadejudiciriacompetente.

    Pargrafonico.Oadolescentetemdireitoidentificaodosresponsveispelasuaapreenso,devendoserinformadoacercadeseusdireitos.

    Art. 107.Aapreensodequalqueradolescenteeo local ondeseencontra recolhidosero incontinenticomunicadosautoridadejudiciriacompetenteefamliadoapreendidooupessoaporeleindicada.

    Pargrafonico.Examinarse,desdelogoesobpenaderesponsabilidade,apossibilidadedeliberaoimediata.

    Art.108.Ainternao,antesdasentena,podeserdeterminadapeloprazomximodequarentaecincodias.

    Pargrafo nico.Adecisodever ser fundamentadae basearseem indcios suficientes deautoria ematerialidade,demonstradaanecessidadeimperiosadamedida.

    Art. 109. O adolescente civilmente identificado no ser submetido a identificao compulsria pelosrgospoliciais,deproteoejudiciais,salvoparaefeitodeconfrontao,havendodvidafundada.

    CaptuloIII

    DasGarantiasProcessuais

  • Art.110.Nenhumadolescenteserprivadodesualiberdadesemodevidoprocessolegal.

    Art.111.Soasseguradasaoadolescente,entreoutras,asseguintesgarantias:

    Iplenoeformalconhecimentodaatribuiodeatoinfracional,mediantecitaooumeioequivalente

    IIigualdadenarelaoprocessual,podendoconfrontarsecomvtimasetestemunhaseproduzirtodasasprovasnecessriassuadefesa

    IIIdefesatcnicaporadvogado

    IVassistnciajudiciriagratuitaeintegralaosnecessitados,naformadalei

    Vdireitodeserouvidopessoalmentepelaautoridadecompetente

    VIdireitodesolicitarapresenadeseuspaisouresponsvelemqualquerfasedoprocedimento.

    CaptuloIV

    DasMedidasScioEducativas

    SeoI

    DisposiesGerais

    Art.112.Verificadaaprticadeatoinfracional,aautoridadecompetentepoderaplicaraoadolescenteasseguintesmedidas:

    Iadvertncia

    IIobrigaoderepararodano

    IIIprestaodeservioscomunidade

    IVliberdadeassistida

    Vinseroemregimedesemiliberdade

    VIinternaoemestabelecimentoeducacional

    VIIqualquerumadasprevistasnoart.101,IaVI.

    1Amedidaaplicadaaoadolescentelevaremcontaasuacapacidadedecumprila,ascircunstnciaseagravidadedainfrao.

    2Emhiptesealgumaesobpretextoalgum,seradmitidaaprestaodetrabalhoforado.

    3 Os adolescentes portadores de doena ou deficincia mental recebero tratamento individual eespecializado,emlocaladequadossuascondies.

    Art.113.AplicaseaesteCaptuloodispostonosarts.99e100.

    Art.114.A imposiodasmedidasprevistasnos incisos IIaVIdoart.112pressupeaexistnciadeprovassuficientesdaautoriaedamaterialidadedainfrao,ressalvadaahiptesederemisso,nostermosdoart.127.

    Pargrafonico.Aadvertnciapoderseraplicadasemprequehouverprovadamaterialidadeeindciossuficientesdaautoria.

    SeoII

    DaAdvertncia

  • Art.115.Aadvertnciaconsistiremadmoestaoverbal,queserreduzidaatermoeassinada.

    SeoIII

    DaObrigaodeRepararoDano

    Art.116.Emsetratandodeatoinfracionalcomreflexospatrimoniais,aautoridadepoderdeterminar,seforocaso,queoadolescenterestituaacoisa,promovaoressarcimentododano,ou,poroutraforma,compenseoprejuzodavtima.

    Pargrafonico.Havendomanifestaimpossibilidade,amedidapodersersubstitudaporoutraadequada.

    SeoIV

    DaPrestaodeServiosComunidade

    Art.117.Aprestaodeservioscomunitriosconsistena realizaode tarefasgratuitasde interessegeral, por perodo no excedente a seis meses, junto a entidades assistenciais, hospitais, escolas e outrosestabelecimentoscongneres,bemcomoemprogramascomunitriosougovernamentais.

    Pargrafonico.Astarefasseroatribudasconformeasaptidesdoadolescente,devendosercumpridasdurantejornadamximadeoitohorassemanais,aossbados,domingoseferiadosouemdiasteis,demodoanoprejudicarafreqnciaescolaoujornadanormaldetrabalho.

    SeoV

    DaLiberdadeAssistida

    Art.118.Aliberdadeassistidaseradotadasemprequeseafiguraramedidamaisadequadaparaofimdeacompanhar,auxiliareorientaroadolescente.

    1Aautoridadedesignarpessoacapacitadaparaacompanharocaso,aqualpoderserrecomendadaporentidadeouprogramadeatendimento.

    2A liberdadeassistidaser fixadapeloprazomnimodeseismeses,podendoaqualquer temposerprorrogada,revogadaousubstitudaporoutramedida,ouvidooorientador,oMinistrioPblicoeodefensor.

    Art.119.Incumbeaoorientador,comoapoioeasupervisodaautoridadecompetente,arealizaodosseguintesencargos,entreoutros:

    I promover socialmente o adolescente e sua famlia, fornecendolhes orientao e inserindoos, senecessrio,emprogramaoficialoucomunitriodeauxlioeassistnciasocial

    II supervisionar a freqncia e o aproveitamentoescolar doadolescente, promovendo, inclusive, suamatrcula

    IIIdiligenciarnosentidodaprofissionalizaodoadolescenteedesuainseronomercadodetrabalho

    IVapresentarrelatriodocaso.

    SeoVI

    DoRegimedeSemiliberdade

    Art.120.Oregimedesemiliberdadepodeserdeterminadodesdeo incio,oucomo formade transioparaomeioaberto,possibilitadaarealizaodeatividadesexternas,independentementedeautorizaojudicial.

    1Soobrigatriasaescolarizaoeaprofissionalizao,devendo,semprequepossvel,serutilizadososrecursosexistentesnacomunidade.

    2Amedidanocomportaprazodeterminadoaplicandose,noquecouber,asdisposiesrelativasinternao.

  • SeoVII

    DaInternao

    Art. 121. A internao constitui medida privativa da liberdade, sujeita aos princpios de brevidade,excepcionalidadeerespeitocondiopeculiardepessoaemdesenvolvimento.

    1Serpermitidaa realizaodeatividadesexternas,acritriodaequipe tcnicadaentidade,salvoexpressadeterminaojudicialemcontrrio.

    2 A medida no comporta prazo determinado, devendo sua manuteno ser reavaliada, mediantedecisofundamentada,nomximoacadaseismeses.

    3Emnenhumahipteseoperodomximodeinternaoexcederatrsanos.

    4Atingidoolimiteestabelecidonopargrafoanterior,oadolescentedeverser liberado,colocadoemregimedesemiliberdadeoudeliberdadeassistida.

    5Aliberaosercompulsriaaosvinteeumanosdeidade.

    6Emqualquer hiptese a desinternao ser precedida de autorizao judicial, ouvido oMinistrioPblico.

    7o Adeterminao judicialmencionadano1o poder ser revistaaqualquer tempo pela autoridadejudiciria.(IncludopelaLein12.594,de2012)(Vide)

    Art.122.Amedidadeinternaospoderseraplicadaquando:

    Itratarsedeatoinfracionalcometidomediantegraveameaaouviolnciaapessoa

    IIporreiteraonocometimentodeoutrasinfraesgraves

    IIIpordescumprimentoreiteradoeinjustificveldamedidaanteriormenteimposta.

    1oOprazodeinternaonahiptesedoincisoIIIdesteartigonopodersersuperiora3(trs)meses,devendoserdecretada judicialmenteapsodevidoprocesso legal. (RedaodadapelaLein12.594, de2012)(Vide)

    2.Emnenhumahipteseseraplicadaainternao,havendooutramedidaadequada.

    Art.123.A internaodeversercumpridaementidadeexclusivaparaadolescentes,em localdistintodaqueledestinadoaoabrigo,obedecidarigorosaseparaoporcritriosdeidade,compleiofsicaegravidadedainfrao.

    Pargrafo nico. Durante o perodo de internao, inclusive provisria, sero obrigatrias atividadespedaggicas.

    Art.124.Sodireitosdoadolescenteprivadodeliberdade,entreoutros,osseguintes:

    IentrevistarsepessoalmentecomorepresentantedoMinistrioPblico

    IIpeticionardiretamenteaqualquerautoridade

    IIIavistarsereservadamentecomseudefensor

    IVserinformadodesuasituaoprocessual,semprequesolicitada

    Vsertratadocomrespeitoedignidade

    VI permanecer internadonamesma localidadeounaquelamaisprximaaodomicliodeseuspaisouresponsvel

    VIIrecebervisitas,aomenos,semanalmente

  • VIIIcorrespondersecomseusfamiliareseamigos

    IXteracessoaosobjetosnecessrioshigieneeasseiopessoal

    Xhabitaralojamentoemcondiesadequadasdehigieneesalubridade

    XIreceberescolarizaoeprofissionalizao

    XIIrealizaratividadesculturais,esportivasedelazer:

    XIIIteracessoaosmeiosdecomunicaosocial

    XIVreceberassistnciareligiosa,segundoasuacrena,edesdequeassimodeseje

    XV manter a posse de seus objetos pessoais e dispor de local seguro para guardlos, recebendocomprovantedaquelesporventuradepositadosempoderdaentidade

    XVI receber, quando de sua desinternao, os documentos pessoais indispensveis vida emsociedade.

    1Emnenhumcasohaverincomunicabilidade.

    2Aautoridadejudiciriapodersuspendertemporariamenteavisita,inclusivedepaisouresponsvel,seexistiremmotivossriosefundadosdesuaprejudicialidadeaosinteressesdoadolescente.

    Art. 125.deverdoEstadozelarpela integridade fsicaemental dos internos, cabendolheadotarasmedidasadequadasdecontenoesegurana.

    CaptuloV

    DaRemisso

    Art.126.Antesde iniciadooprocedimento judicialparaapuraodeato infracional,o representantedoMinistrio Pblico poder conceder a remisso, como forma de excluso do processo, atendendo scircunstnciaseconseqnciasdo fato,aocontextosocial,bemcomopersonalidadedoadolescenteesuamaioroumenorparticipaonoatoinfracional.

    Pargrafonico.Iniciadooprocedimento,aconcessodaremissopelaautoridadejudiciriaimportarnasuspensoouextinodoprocesso.

    Art.127.Aremissonoimplicanecessariamenteoreconhecimentooucomprovaodaresponsabilidade,nemprevaleceparaefeitodeantecedentes,podendoincluireventualmenteaaplicaodequalquerdasmedidasprevistasemlei,excetoacolocaoemregimedesemiliberdadeeainternao.

    Art. 128.Amedidaaplicadapor forada remissopoderser revista judicialmente, aqualquer tempo,mediantepedidoexpressodoadolescenteoudeseurepresentantelegal,oudoMinistrioPblico.

    TtuloIV

    DasMedidasPertinentesaosPaisouResponsvel

    Art.129.Somedidasaplicveisaospaisouresponsvel:

    Iencaminhamentoaprogramaoficialoucomunitriodeproteofamlia

    II incluso em programa oficial ou comunitrio de auxlio, orientao e tratamento a alcolatras etoxicmanos

    IIIencaminhamentoatratamentopsicolgicooupsiquitrico

    IVencaminhamentoacursosouprogramasdeorientao

    Vobrigaodematricularofilhooupupiloeacompanharsuafreqnciaeaproveitamentoescolar

  • VIobrigaodeencaminharacrianaouadolescenteatratamentoespecializado

    VIIadvertncia

    VIIIperdadaguarda

    IXdestituiodatutela

    X suspenso ou destituio do poder familiar. (Expresso substituda pela Lei n 12.010, de 2009) Vigncia

    Pargrafonico.Naaplicaodasmedidasprevistasnos incisos IXeXdesteartigo, observarseodispostonosarts.23e24.

    Art. 130. Verificada a hiptese de maustratos, opresso ou abuso sexual impostos pelos pais ouresponsvel, a autoridade judiciria poder determinar, comomedida cautelar, o afastamento do agressor damoradiacomum.

    Pargrafo nico. Da medida cautelar constar, ainda, a fixao provisria dos alimentos de quenecessitemacriana