Lei Complementar No 270 de 13 de Fevereiro de 2004 Atualizada

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Estatuto da Polícia Civil

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RIO GRANDE DO NORTE

LEI COMPLEMENTAR N 270, DE 13 DE FEVEREIRO DE 2004.

Dispe sobre a Lei Orgnica e o Estatuto da Polcia Civil do Estado do Rio Grande do Norte e d outras providncias.

A GOVERNADORA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE: Fao saber que o Poder Legislativo decreta e eu sanciono a seguinte Lei Complementar:

LIVRO I

DA LEI ORGNICA DA POLCIA CIVIL DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE

TTULO NICO

DAS DISPOSIES INSTITUCIONAIS E DA ESTRUTURA ORGANIZACIONAL

CAPTULO IDAS DISPOSIES INSTITUCIONAIS

Art. 1 Esta Lei Complementar dispe sobre a organizao, as garantias, os direitos e os deveres da Polcia Civil do Estado do Rio Grande do Norte, na forma do artigo 24, inciso XVI, da Constituio Federal, do artigo 20, XVI, da Constituio Estadual, bem como institui o Estatuto da Polcia Civil Estadual.

Art. 2 Incumbe Polcia Civil do Estado do Rio Grande do Norte, rgo integrante e subordinado Secretaria de Estado da Segurana Pblica e da Defesa Social (SESED), ressalvada a competncia da Unio, o exerccio das funes de polcia judiciria e a apurao das infraes penais, exceto as militares, cabendo-lhe preservar a ordem e a segurana pblicas.

Pargrafo nico. Constituem-se ainda funes da Polcia Civil:I propor ao Secretrio de Estado da Segurana Pblica e da Defesa Social o planejamento e a programao dos investimentos da Polcia Civil;

II executar os atos administrativos de natureza disciplinar e de gesto oramentria e financeira referentes a pessoal, compra de materiais, equipamentos e contratao de servios no mbito da Polcia Civil;

III coordenar, controlar, orientar e exercer as atividades de polcia judiciria, a cargo das delegacias de polcia, excetuando-se a competncia da Polcia Federal, bem como executar em todo o Estado as atividades de preveno e represso da criminalidade, ressalvadas as atribuies da Polcia Militar;

IV prover os meios indispensveis ao funcionamento dos rgos que lhe so subordinados;

V promover e supervisionar a execuo de diligncias e investigaes para a elucidao de ilcitos penais;

VI propor ao Secretrio de Estado da Segurana Pblica e da Defesa Social a ampliao do aparelho policial nas reas em que ocorrer aumento da criminalidade;

VII formar e treinar permanentemente os policiais civis;

VIII articular-se com a Polcia Militar e com os demais rgos da SESED, do Departamento de Polcia Federal e das Foras Armadas, a fim de colaborar na defesa e na segurana do Estado e das instituies;

IX manter atualizados:

a ) os arquivos sobre mandados de priso e documentos correlatos;

b) o cadastro de fotografias de criminosos procurados, providenciando, sempre que necessrio, sua divulgao atravs dos meios cabveis; e

c) as estatsticas sobre crimes e contravenes;

X supervisionar e controlar a ao policial, na rea de sua circunscrio, com o fim de evitar e reprimir o emprego de violncia ou de quaisquer mtodos atentatrios integridade ou dignidade do ser humano;XI executar, atravs das delegacias da Capital, da Grande Natal e do Interior, a investigao e a busca de pessoas desaparecidas;

XII cumprir as determinaes das autoridades judicirias nos processos criminais relacionados com priso ou soltura de rus ou com a execuo de diligncias;

XIII exercer outras atividades correlatas, especialmente as que lhe forem atribudas pelo Secretrio de Estado da Segurana Pblica e da Defesa Social.

Art. 3 Para os fins desta Lei Complementar, consideram-se policiais civis os servidores pblicos efetivos legalmente investidos nos cargos da carreira da Polcia Civil.

1 Considera-se autoridade policial o Delegado de Polcia que, legalmente investido, exerce, em matria de polcia judiciria, competncia para consecuo dos fins do Estado, tendo a seu cargo a direo das atividades da unidade integrante da Polcia Civil.

2 O Delegado de Polcia goza de autonomia e independncia no exerccio das atribuies de seu cargo.

3 Considera-se agente da autoridade policial todo e qualquer policial civil investido nas atribuies de seu cargo.

Art. 4 Fica assegurado Polcia Civil autonomia administrativa para a gesto oramentria e financeira dos recursos alocados em seu oramento.

Pargrafo nico. A Polcia Civil hierarquicamente subordinada ao Governador de Estado, por intermdio da Secretaria de Estado da Segurana Pblica e da Defesa Social (SESED).

Art. 5 So smbolos oficiais da Polcia Civil o hino, a bandeira, o braso e o distintivo, conforme os modelos estabelecidos por ato do Chefe do Poder Executivo.

Art. 6 So princpios bsicos da Polcia Civil: I a legalidade;II a hierarquia; III a disciplina;IV o respeito dignidade e aos direitos humanos; V a moralidade;VI a unidade.

Art. 7 O exerccio da funo policial, por suas caractersticas e finalidades, fundamenta-se nos princpios da hierarquia e disciplina, no cumprimento das leis, regulamentos e normas de servio de acordo com os preceitos abaixo:

I a hierarquia da funo prevalecer sobre a hierarquia do cargo, na forma desta Lei Complementar;

II a precedncia entre os integrantes das Classes dos Quadros de Pessoal da

Polcia Civil ser estabelecida pela subordinao funcional.

Art. 8 A funo policial incompatvel com qualquer outra atividade, salvo com o exerccio de cargo de professor, respeitada a compatibilidade de horrios entre este e o regime de trabalho definido nesta Lei Complementar.

CAPTULO IIDA ESTRUTURA ORGANIZACIONAL

Seo IDas disposies gerais

Art. 9 A estrutura bsica da Polcia Civil compe-se de:

I rgo de Direo Geral: Delegacia-Geral da Polcia Civil (DEGEPOL); II rgos de Assessoramento Direto Delegacia-Geral de Polcia Civil:a) Secretaria Executiva e de Comunicao Social (SECOMS);

b) Assessoria Tcnico-Jurdica (ATJUR);

c) Academia de Polcia Civil (ACADEPOL); e

d) Diviso Especializada em Investigao e Combate ao Crime Organizado

(DEICOR);

III rgos de Execuo Programtica:

a) Diretoria de Polcia Civil da Grande Natal (DPGRAN); eb) Diretoria de Polcia Civil do Interior (DPCIN), composta por: Diviso de

Polcia Civil do Oeste do Estado (DIVIPOE) e Delegacias Regionais (DR); IV rgos de Atuao Instrumental:a) Diretoria Administrativa; e

b) Diretoria de Planejamento e de Finanas.

1 A Diretoria Administrativa ser composta pelos seguintes Setores: I Setor de Pessoal;II Setor de Transportes;

III Setor de Almoxarifado; IV Setor de Arquivo;V Setor de Informtica; VI Setor de Patrimnio; VII Setor de Compras; e VIII Setor de Rdio. 2 Os titulares dos rgos que compem a estrutura bsica da Polcia Civil exercero cargo comissionados ou funo de confiana.

3 O provimento dos cargos comissionados de titulares da Delegacia-Geral de Polcia Civil e dos rgos de execuo programtica na estrutura bsica da Polcia Civil recair, exclusivamente, em integrantes da carreira de Delegado, respeitadas a hierarquia e a habilitao tcnica exigida.

4 A indicao dos Titulares dos cargos componentes dos rgos de assessoramento direto Delegacia-Geral de Polcia Civil recair sobre integrantes da carreira de Delegado de Polcia Civil, com exceo do disposto no art. 9, inciso II, alnea b, por ato do Delegado-Geral da Polcia Civil em conjunto com o Secretrio de Estado da Segurana Pblica e da Defesa Social. 5 A indicao dos Titulares dos cargos integrantes dos rgos de atuao instrumental previstos no inciso IV, a e b deste artigo, ser feita por ato do Delegado-Geral da Polcia Civil em conjunto com o Secretrio de Estado da Segurana Pblica e da Defesa Social.

6 Em caso da indicao prevista no 5 deste artigo recair em servidor pblico efetivo, este somente far jus ao acrscimo do valor da Representao do respectivo cargo contido no Anexo III desta Lei Complementar.

7 As funes de confiana previstas no 1, incisos I a IV, deste artigo, sero atribudas exclusivamente a servidores pblicos efetivos da carreira policial do Estado, cujos valores esto definidos no Anexo IV desta Lei Complementar.

8 O provimento dos cargos em comisso ou designao para a funo de confiana de que tratam os 3, 4, 5 e 6 deste artigo dar-se- por ato discricionrio do Governador do Estado, podendo delegar essa competncia ao Secretrio de Estado da Segurana Pblica e da Defesa Social, na forma do art. 64, pargrafo nico, da Constituio do Estado.

9 Os rgos que compem a estrutura bsica da Polcia Civil tero sua estrutura e quadro de lotao de pessoal definidos em regulamento prprio, por iniciativa do Delegado-Geral de Polcia Civil ou do Secretrio da Segurana Pblica e da Defesa Social.

Art. 10. A estrutura organizacional da Polcia Civil composta, ainda, pelos seguintes rgos:

I Conselho Superior de Polcia Civil (CONSEPOL);

II Colegiado de Delegados de Polcia Civil (COLDEPOL); III Delegacias Especializadas da Capital e do Interior;IV Delegacias de Planto da Capital e do Interior; V Delegacias Distritais da Capital e do Interior; VI Delegacias Municipais;VII Delegacias de Polcia da Grande Natal.Seo IIDas Atribuies dos rgos da Polcia Civil

Art. 11. As atribuies dos titulares dos rgos que compem a estrutura organizacional da Polcia Civil, bem como a competncia especfica de cada um dos referidos rgos, so definidas nesta Lei Complementar.

Subseo IDa Delegacia-Geral de Polcia Civil

Art. 12. A Delegacia-Geral de Polcia, rgo de Direo-Geral da Polcia Civil, dirigida e representada pelo Delegado-Geral de Polcia Civil, vinculando-se poltica de segurana estadual.

Art. 13. O cargo de Delegado-Geral de Polcia Civil, privativo de Delegado de Polcia Civil, criado pela Lei Estadual n. 8.012, de 9 de novembro de 2001, ser nomeado pelo Governador do Estado para exerccio de 2 (dois) anos, a contar da posse, sendo permitida uma nica reconduo, na forma desta Lei Complementar.

1 Durante o exerccio do cargo no perodo fixado no caput deste artigo, poder o Governador do Estado, discricionariamente e a qualquer tempo, exonerar o Delegado-Geral de Polcia Civil, procedendo a nova escolha, dentre os membros eleitos do CONSEPOL, na forma desta Lei Complementar.

2 O exerccio do cargo de Delegado-Geral de Polcia Civil coincidir com o mandato eletivo do Chefe do Poder Executivo, e, caso isso no ocorra, o Governador eleito poder nomear um outro Delegado de Polcia Civil de carreira, na forma desta Lei Complementar.

Art. 14. A escolha do Delegado-Geral de Polcia recair sobre 01 (um) Delegado de Polcia Civil de Classe Especial, da ativa, maior de 35 (trinta e cinco) anos de idade, em efetivo exerccio na funo e na carreira h mais de 8 (oito) anos, dentre os delegados integrantes do Conselho Superior de Polcia Civil (CONSEPOL).

Art. 15. Compete ao Delegado-Geral de Polcia Civil:

I auxiliar, imediata e diretamente, o Secretrio de Estado da Segurana Pblica e da Defesa Social, assessorando-o nos assuntos de competncia da Polcia Civil;II convocar e presidir o Conselho Superior de Polcia Civil e o Colegiado de Delegados de Polcia, ouvindo os membros componentes desses rgos nos casos previstos nesta Lei Complementar e fazendo cumprir as suas deliberaes;

III planejar, dirigir, executar, representar, supervisionar, coordenar, controlar e fiscalizar as funes institucionais da Polcia Civil;

IV zelar pela observncia dos princpios bsicos da Polcia Civil;

V indicar os Titulares dos cargos e das funes de confiana do respectivo

Quadro da Polcia Civil, observado o disposto nesta Lei Complementar;

VI promover a lotao, a designao e a remoo dos integrantes dos quadros de pessoal de apoio, operacional e auxiliar da Polcia Civil, observando esta Lei Complementar e as disposies legais;

VII avocar, excepcionalmente e mediante ato devidamente motivado, inquritos policiais para exame e redistribuio;

VIII apreciar, em grau de recurso, o indeferimento de pedidos de instaurao de inqurito policial;

IX decidir acerca de conflito de competncia suscitado entre Delegados de

Polcia Civil;

X receber e distribuir as requisies procedentes do Poder Judicirio e do Ministrio Pblico no relacionadas a inquritos policiais, zelando por seu cumprimento, nos termos da lei;

XI apresentar ao Secretrio de Estado da Segurana Pblica e da Defesa

Social a Proposta Oramentria Anual da Polcia Civil;

XII dirigir os servios administrativos da Delegacia-Geral de Polcia;

XIII determinar a instaurao de processos administrativos e disciplinares;

XIV determinar, preventivamente, o afastamento de servidores integrantes dos quadros de pessoal de apoio, operacional e auxiliar da Polcia Civil, quando necessrio apurao de transgresso disciplinar ou ilcito penal;XV designar a Comisso de Concurso para ingresso na carreira policial, sugerida pelo Conselho Superior de Polcia Civil (CONSEPOL);

XVI designar 3 (trs) Delegados de Polcia Civil, de 3a classe ou de Classe Especial, para comporem a Comisso de Avaliao de Estgio Probatrio, instituda, excepcionalmente, para avaliar os servidores no-estveis, sugerida pelo CONSEPOL, na forma do art. 26, 2, XIII dessa Lei Complementar;

XVII exercer os demais atos necessrios eficaz administrao da Polcia

Civil, nos termos desta Lei Complementar.

Art. 16. O Delegado-Geral da Polcia Civil, em suas ausncias e impedimentos, substitudo pelo Delegado-Geral de Polcia Civil Adjunto.

Art. 17. Ao Delegado-Geral de Polcia Civil Adjunto, indicado pelo Delegado- Geral de Polcia, dentre os integrantes da carreira de Delegado de Polcia Civil, na forma do 4, do art. 9, desta Lei Complementar, alm da atribuio que lhe prevista no art. 16 desta Lei Complementar, compete:

I assessorar o Delegado-Geral de Polcia Civil na formulao de planos e programas e na tomada de decises;

II substituir o Delegado-Geral de Polcia Civil em caso de vacncia, at a nomeao de novo titular;

III submeter ao Delegado-Geral de Polcia Civil a proposta do programa anual de trabalho da Polcia Civil;

IV aprovar ou recomendar reviso de pesquisas, estudos, planos, programas e projetos elaborados pelas diretorias especficas; e

V coordenar as atividades das unidades tcnicas, em nvel de execuo programtica da Polcia Civil.

Subseo II

Da Secretaria Executiva e de Comunicao Social (SECOMS)

Art. 18. Compete Secretaria Executiva e de Comunicao Social (SECOMS):

I coordenar, executar e divulgar as atividades relativas comunicao social, a relaes pblicas e a cerimoniais da Delegacia-Geral de Polcia Civil;II zelar pela imagem pblica da instituio, buscando inter-relacionamento com rgos de comunicao social;

III divulgar o trabalho e as aes da Polcia Civil, buscando a valorizao das carreiras policiais;

IV desenvolver programas internos voltados ao melhor relacionamento entre os integrantes dos quadros da Polcia Civil; e

V promover aes de interao social com a Polcia Militar, Polcia Federal e outras instituies com atribuies ligadas atividade policial.

Subseo IIIDa Assessoria Tcnico-Jurdica (ATJUR)

Art. 19. Compete Assessoria Tcnico-Jurdica (ATJUR) assessorar o Delegado-Geral de Polcia Civil em assuntos de natureza jurdica, de interesse da instituio da Polcia Civil, bem como:

I organizar e produzir as informaes tcnico-jurdicas solicitadas;

II minutar despachos e decises sobre assuntos de natureza jurdica;

III examinar e opinar em processos que lhe forem distribudos, inclusive os que envolvam licitao;

IV preparar estudos, pareceres e minutas, bem como colher dados, informaes e subsdios, interna e externamente, em apoio s decises do Delegado- Geral de Polcia de Polcia e do Delegado-Geral de Polcia Adjunto;

V realizar estudos, pesquisas e levantamentos concernentes s atividades desenvolvidas pela Delegacia-Geral de Polcia Civil, bem como o registro, a anlise e a avaliao de dados, informaes e decises relativas programao e ao seu desempenho;

VI elaborar e rever anteprojetos de lei, decretos, portarias e ofcios-circulares de interesse da Delegacia-Geral de Polcia do Estado; e

VII exercer outras atividades que forem determinadas pelo Delegado-Geral de

Polcia Civil do Estado.Subseo IVDa Academia de Polcia Civil (ACADEPOL)

Art. 20. A Academia de Polcia Civil o rgo responsvel pelo recrutamento, seleo, formao, treinamento, aperfeioamento, especializao e reciclagem dos policiais civis em todas as reas e nveis, competindo-lhe:

I promover estudos tcnico-cientficos para o aprimoramento das atividades dos ocupantes dos quadros funcionais do Grupo Ocupacional Polcia Civil do Estado do Rio Grande do Norte;

II manter cursos de formao profissional para as diversas carreiras policiais, bem como para a formao funcional dos concursados;

III organizar e realizar concursos de habilitao para ingresso nos seus diferentes cursos de formao profissional, destinados ao preenchimento de vagas no quadro de policiais da SESED, e proceder apurao dos requisitos exigidos para os candidatos inscritos;IV realizar estudos e pesquisas destinados ao aprimoramento do ensino policial;

cursos;

V conferir diplomas e certificados aos alunos aprovados nos respectivos

VI conceder prmios pela realizao de trabalhos de natureza tcnica e cientfica;

VII promover a divulgao, nos rgos policiais da Secretaria de Estado da Segurana Pblica e da Defesa Social, de informaes e estudos sobre novas tcnicas de preveno e represso criminalidade, assistindo-os, quando necessrio, na sua aplicao;

VIII manter intercmbio com estabelecimentos de ensino policial, nacionais e estrangeiros, visando troca de assistncia tcnico-cultural e de treinamento, aperfeioamento e especializao dos servidores policiais;

IX firmar convnios, quando autorizados pelo Delegado-Geral de Polcia Civil, com rgos pblicos ou entidades privadas no sentido de serem ministrados a seu pessoal cursos de sua exclusiva competncia;X elaborar e submeter ao Governador do Estado, por intermdio do Secretrio de Segurana Pblica e da Defesa Social, o respectivo Regimento Interno, para disciplina de suas atividades escolares;

XI organizar e manter bibliotecas especializadas em matria de interesse para os servios policiais;

XII promover a reciclagem fsica e tcnica dos servidores policiais, atravs de programas de educao fsica, aperfeioamento de defesa pessoal, treinamento e aperfeioamento no trato de armamentos e munies e tcnicas policiais;

XIII difundir entre os servidores policiais noes bsicas sobre Direitos

Humanos e garantias constitucionais e legais do cidado; e

XIV exercer outras atividades correlatas, especialmente as que lhe forem atribudas pelo Delegado-Geral de Polcia Civil.

Subseo VDa Diviso Especializada em Investigaes de Combate ao Crime Organizado(DEICOR)

Art. 21. Compete Diviso Especializada em Investigaes e Combate ao Crime Organizado (DEICOR), rgo diretamente vinculado Delegacia-Geral de Polcia Civil, integrado ao Setor de Inteligncia:

I desenvolver aes de investigaes voltadas especificamente para o combate ao crime praticado por organizaes criminosas;

II levantar informaes para o planejamento estratgico da ao policial no combate s organizaes criminosas;

III executar aes de represso do crime organizado a partir de coleta de informaes colhidas pelo Setor de Inteligncia; e

IV instaurar e presidir inquritos policiais afetos sua competncia.

Subseo VIDas Diretorias de Polcia Civil da Grande Natal (DPGRAN), do Interior (DPCIN), da Diviso de Polcia Civil do Oeste do Estado (DIVIPOE) e das Delegacias Regionais (DR)

Art. 22. Compete s Diretorias de Polcia Civil da Grande Natal (DPGRAN) e do Interior (DPCIN), Diviso de Polcia Civil do Oeste do Estado (DIVIPOE) e s Delegacias Regionais (DR), a direo, a coordenao, o controle e a supervisoadministrativo-operacional em sua rea de atuao especfica, alm de desempenhar outras atribuies que lhe forem conferidas ou determinadas por Regulamento.

Subseo VIIDa Diretoria Administrativa e da Diretoria de Planejamento e de Finanas

Art. 23. Compete Diretoria Administrativa:

I controlar os custos com pessoal, veculos, material de consumo operacional e bens imobilizados, alm de manter atualizado o cadastro central de recursos humanos;

II manter banco de dados atualizados com registros relativos aos direitos e deveres dos servidores, fazendo constar as vantagens financeiras que se implementaro com o decurso do tempo;

III manter atualizadas as anotaes devidas na ficha funcional dos servidores policiais civis;

IV expedir certido funcional;

V sugerir, na rea de sua competncia, as medidas de modernizao institucional;

VI realizar os servios inerentes publicao e divulgao dos atos administrativos de interesse da Polcia Civil, mantendo, em arquivo prprio, o Dirio Oficial do Estado e via dos atos;

VII organizar as escalas de concesso de frias e outros servios de interesse da Polcia Civil;

VIII manter banco de dados histricos, atualizado, de todos os veculos da

Polcia Civil, com suas respectivas manutenes em geral;

IX dirigir os setores de Pessoal, Transportes, Almoxarifado, Arquivo, Informtica, Patrimnio, de Compras e de Rdio; e

X executar outras atividades correlatas que lhe sejam atribudas pelo

Delegado-Geral de Polcia Civil.

Art. 24. Compete Diretoria de Planejamento e de Finanas:I elaborar a programao financeiro-oramentria da Polcia Civil para submeter apreciao do rgo competente, bem como, as normas e diretrizes administrativas para a execuo, devendo:

a) acompanhar e controlar a execuo oramentria-financeira;

b) programar, analisar e controlar custos;

c) empenhar, liquidar e pagar as despesas;

d) promover registro de atos oramentrios e financeiros;

e) controlar o cronograma de desenvolvimento consoante as dotaes consignadas no Oramento Geral da Polcia Civil e os repasses efetuados pelos rgos competentes;

f) elaborar os balancetes e prestaes de contas a serem encaminhados aos rgos de controle interno e externo;

g) planejar as aquisies de equipamentos e patrimnio, conforme necessidades colhidas junto aos rgos integrantes da Polcia Civil do Estado;

h) inventariar, classificar, registrar e manter atualizado o cadastro de bens imobilizados pertencentes a Polcia Civil do Estado;

i) controlar a distribuio de bens patrimoniais entre os rgos e unidades policiais da Delegacia-Geral de Polcia Civil, emitindo termo de responsabilidade;

j) elaborar mensalmente demonstrativo contbil referente administrao da

Polcia Civil do Estado; e

l) desempenhar outras atividades determinadas pelo Delegado-Geral de Polcia

Civil do Estado.

Subseo VIIIDo Conselho Superior da Polcia Civil (CONSEPOL)

Art. 25. O Conselho Superior de Polcia Civil, presidido pelo Delegado-Geral de Polcia Civil, alm deste, composto por 17 (dezessete) membros, sendo 9 (nove) Delegados de Polcia de Classe Especial, 05 (cinco) Delegados de Polcia Civil de 3 Classe, todos eleitos pelo Colegiado de Delegados de Polcia (COLDEPOL), alm de 01 (um) Corregedor-Auxiliar de Disciplina do Pessoal Civil, este considerado membro nato, de 01 (um) representante da carreira funcional de Escrivo de Polcia Civil e 01 (um) representante da carreira funcional de Agente de Polcia, ambos de 1 Classe ou de Classe Especial. 1 A eleio dos Delegados de Polcia de 3a Classe e de Classe Especial que comporo o CONSEPOL ser realizada na forma prevista nesta Lei Complementar Estadual, cujos mandatos sero de 2 (dois) anos, permitida a reconduo por uma nica vez sob a mesma forma da eleio originria.

2 A indicao dos Representantes dos Escrives e dos Agentes, cujos mandatos sero de 2 (dois) anos, reconduzidos por uma nica vez, realizar-se- por meio de eleio direta promovida pela representao sindical da categoria, na mesma data em que ocorrer a eleio dos delegados para o CONSEPOL.

3 So suplentes dos membros eleitos de que trata o caput deste artigo os demais votados, observada a ordem decrescente de classificao.

4 Qualquer membro, exceto o nato, poder desistir de participar no Conselho

Superior, ocasio em que ser imediatamente substitudo pelo respectivo suplente.

Art. 26. O CONSEPOL constitui rgo deliberativo e opinativo das matrias de relevante interesse da Instituio da Polcia Civil, cujas reunies versaro sobre a coordenao das atividades da Polcia Civil na rea de Segurana Pblica e sobre a resoluo de matrias administrativas e disciplinares da Instituio da Polcia Civil.

1 Compete ao CONSEPOL, no que se refere s matrias de coordenao das atividades da Polcia Civil na rea de Segurana Pblica:

I estudar, opinar e propor medidas de aprimoramento tcnico visando ao desenvolvimento e eficincia da Instituio da Polcia Civil;

II sugerir estudos e pesquisas, objetivando o contnuo aperfeioamento da funo policial, ou sobre eles opinar; e

III zelar pela observncia dos princpios e funes da Polcia Civil.

2 Compete ao CONSEPOL, no que se refere s matrias de coordenao das atividades administrativas e disciplinares da instituio da Polcia Civil:

carreira;

I deliberar sobre modificaes da estrutura organizacional da Polcia Civil de

II examinar e avaliar as propostas dos rgos da Polcia Civil, em funo dos planos e programas de trabalho previstos para cada exerccio financeiro, atinentes expanso de recursos humanos e aquisio de materiais e equipamentos;

III opinar sobre anteprojetos de Leis e de Atos Normativos que proponham ao

Poder Executivo a criao, organizao ou extino de cargos e rgos;

IV deliberar sobre as questes que lhe forem submetidas pelo Delegado-Geral de Polcia Civil;

V pronunciar-se sobre matria relevante, concernente a funes, princpios e conduta funcional ou particular do policial civil, com reflexos no rgo;

VI emitir pareceres em recursos interpostos perante o Secretrio de Estado da

Segurana Pblica e da Defesa Social;

VII recomendar Corregedoria-Geral de Polcia Civil a instaurao de

Procedimento Disciplinar contra os membros da Polcia Civil;

civis;

VIII julgar os pedidos de cancelamento de punies aplicadas aos policiais

IX julgar transgresses disciplinares atribudas a integrantes dos quadros de pessoal de apoio, operacional e auxiliar da Polcia Civil, mediante apurao da Corregedoria;

X indicar os 4 (quatro) representantes da carreira de Delegado de Polcia, dentre os integrantes das 1a, 2a, 3a ou Especial Classes, para comporem a Comisso de Concurso para provimento de cargos da carreira policial do Estado, na forma desta Lei Complementar.

XI votar para a promoo do Policial Civil por Merecimento;

XII indicar os 3 (trs) representantes da carreira de Delegado de Polcia, dentre os integrantes da 3a Classe ou Classe Especial, para comporem a Comisso de Avaliao dos servidores policiais em estgio probatrio;XIII apreciar em grau de recurso as impugnaes das decises tomadas pela Comisso examinadora do Concurso Pblico, na forma do artigo 37, pargrafo nico, desta Lei Complementar;

XIV recomendar correies extraordinrias; e

XV exercer outras atribuies previstas em lei.

3 Sero convocados todos os membros do CONSEPOL para a participao nas reunies de que trata o 1 deste artigo, ficando as de ordem administrativa e disciplinar restritas aos seguintes membros: DEGEPOL, os Delegados de Polcia Civil de 3a Classe ou de Classe Especial e o Corregedor-Auxiliar de Disciplina do Pessoal, integrantes do CONSEPOL.

4o As decises expedidas pelo Conselho Superior, tomadas por maioria simples dos seus membros, devero ser motivadas.

Subseo IXDo Colegiado de Delegados de Polcia Civil (COLDEPOL)

Art. 27. Caber ao Colegiado de Delegados de Polcia (COLDEPOL), presidido pelo Delegado-Geral de Polcia Civil do Estado e integrado por todos os membros da carreira em atividade de Delegados de Polcia Civil:

I elaborar e deliberar, mediante voto direto, secreto e facultativo, a lista para a escolha dos Delegados de Polcia Civil de 3a e Especial Classes que comporo o CONSEPOL;

II decidir, em grau de recurso, acerca dos pedidos e incidentes de inscrio dos Delegados de Polcia Civil para concorrer composio do CONSEPOL, na forma disposta neste artigo; e

III opinar, por solicitao do Delegado-Geral de Polcia Civil, sobre matria relativa autonomia da Polcia Civil, na forma do art. 4 desta Lei Complementar, e sobre outras de interesse do rgo.

1 A lista de que trata o inciso I deste artigo ser elaborada mediante eleio por voto secreto e plurinominal dos integrantes do COLDEPOL, em um s escrutnio.

2 A relao dos inscritos tornada pblica mediante ato-circular amplamente divulgado nas Unidades Policiais, at 3 (trs) dias antes da data da deliberao. 3 Fica proibido o voto via postal ou voto por procurao.

4 Sero escolhidos para comporem o CONSEPOL os 9 (nove) Delegados de Polcia Civil de Classe especial e os 5 (cinco) Delegados de Polcia Civil de 3a Classe que receberam o maior nmero de votos.

5 Havendo empate, sero adotados como critrios para soluo, sucessivamente, o maior tempo na Classe, na carreira, maior tempo de servio pblico e idade mais avanada.

6 Os trabalhos da eleio dos candidatos a comporem o CONSEPOL sero dirigidos por Mesa Eleitoral, dentre os integrantes do Colegiado de Delegados de Polcia, composta de 3 (trs) membros dessa carreira, em efetivo exerccio, sendo 1 (um) Delegado de Classe especial, a quem cabe a Presidncia, e 2 (dois) Delegados dePolcia de 3 Classe, ou, na ausncia destes, de 2a Classe, sucessivamente.

7 A constituio da Mesa Eleitoral deve realizar-se at 20 (vinte) dias antes da data prevista para a escolha dos membros do CONSEPOL, prazo esse que ser reduzido metade no caso de vacncia antecipada do cargo.

8 Compete Mesa Eleitoral:

I tornar pblica a abertura das inscries para o preenchimento das vagas existentes no CONSEPOL;

II decidir acerca dos pedidos de inscrio;

III resolver os incidentes ocorridos durante a eleio; IV apurar os votos e proclamar o resultado;V lavrar as atas dos trabalhos, de que constem o nmero de votantes, os incidentes ocorridos, a votao de cada candidato e a indicao dos mais votados, encaminhando-as ao Colegiado de Delegados de Polcia Civil nas 24 (vinte e quatro) horas seguintes da eleio;

VI publicar a relao dos Delegados de Polcia Civil mais votados, na quantidade prevista no 4 deste artigo, ou do nmero de vagas abertas e vagas.

9 Caber recurso para o Colegiado de Delegados de Polcia Civil das decises da Mesa:I da inscrio dos candidatos, no prazo de 48 (quarenta e oito) horas, a contar da publicao da relao nominal de que trata o 8 deste artigo quando o recorrente houver impugnado a de alguns deles;

II dos incidentes da votao e apurao, at a assinatura da ata, quando interposto pelo suscitante; e

III da proclamao do resultado, no prazo do inciso I deste pargrafo, contado de sua publicao.

10. O recurso previsto no 9 deste artigo deve ser decidido no prazo de 24 (vinte e quatro) horas e os demais no prazo de 48 (quarenta e oito) horas, com efeito suspensivo.

11. As decises do Colegiado de Delegados de Polcia Civil, quanto matria do 9 deste artigo, so finais.

Subseo XDas Unidades Policiais

Art. 28. As Delegacias de Polcia Civil, distritais, municipais e especializadas so unidades diretamente subordinadas s respectivas diretorias e delegacias regionais, com competncia para a execuo de suas atividades-fim de polcia judiciria e administrativa, nos termos da legislao em vigor e em outros atos normativos que vierem a dispor sobre a matria.

Art. 29. Cada unidade policial ter 01 (um) Delegado Titular, designado pelo Delegado-Geral de Polcia Civil, escolhido dentre os servidores integrantes da carreira de Delegado de Polcia Civil do Estado. 1 Nas licenas e afastamentos temporrios da autoridade titular, o Delegado- Geral indicar um Delegado de Polcia para substitu-lo.

cargo:

2 Compete ao Titular da Unidade Policial, alm das atribuies pertinentes ao

I coordenar as atividades do Delegado-Adjunto, dos Escrives e Agentes lotados na Unidade Policial que exera a chefia;

II incentivar a iniciativa dos servidores policiais para a melhoria, aperfeioamento e celeridade dos trabalhos policiais da Unidade Policial;III comunicar, imediatamente, Corregedoria-Geral da SESED as faltas disciplinares dos servidores policiais lotados na Unidade Policial;

IV prezar pela boa e amistosa convivncia dos servidores policiais sob sua direo;

V promover reunies internas no sentido de melhorar a qualidade do servio e do atendimento ao pblico em geral;

VI distribuir as atividades, dentre as atribuies relativas ao cargo de que trata esta Lei Complementar, entre os servidores policiais sob sua direo, de acordo com o perfil por eles demonstrado;

VII enviar ao Delegado-Geral, trimestralmente, relatrio das ocorrncias registradas na Unidade Policial; e

VIII Informar Delegacia Geral, os policiais aptos a assumir a funo de chefia de investigao e cartrio.

Art. 30. Cada unidade policial ter 01 (um) Chefe de Investigao e 01 (um) Chefe de Cartrio, designado pelo Delegado-Geral de Polcia, observados os critrios exigidos para o exerccio da funo. 1 Caber autoridade policial levantar e informar Delegacia Geral, os policiais aptos a assumir a funo de chefia de investigao e cartrio.

2 As funes de Chefia de Investigao e Chefia de Cartrio, destinadas aos cargos de Agente e Escrivo de Policial Civil, devem ser ocupadas pelo Policial que possuir Classe mais antiga e melhor classificao nos nveis, o que aliar a experincia qualificao profissional, observado os seguintes critrios:

I - Havendo empate de Policiais com as mesmas caractersticas seletivas, ocupar a funo o que obteve maior pontuao na ltima progresso de nveis;

II Persistindo o empate, assumir a funo de Chefia o policial que tiver a idade mais elevada;

III - O valor correspondente Chefia de Investigao e Chefia deCartrio passar a obedecer ao constante no Anexo II desta Lei.

3 Nas licenas e afastamentos temporrios do chefe de investigao e chefe de cartrio, o Delegado Geral nomear entre os servidores lotados naquela unidade, um substituto, obedecendo aos critrios estabelecidos nesta Lei Complementar.

4 Compete ao Chefe de Cartrio, afora as atribuies pertinentes ao cargo:

I sugerir ao Delegado Titular da Unidade Policial as atividades a serem distribudas entre os Escrives de Polcia, de acordo com o perfil apresentado;

II manter, sob seu controle, toda a escriturao dos livros pertencentes ao cartrio da Unidade Policial, mediante controle e sada de documentos;

III ter, em depsito exclusivo, os valores das fianas fixadas pela autoridade policial, bem como os objetos, valores e coisas apreendidos no curso de procedimentos policiais, acondicionando- os em mobilirio adequado cuja chave somente o Delegado- Titular de Unidade Policial ter uma cpia;

IV manter atualizados os mapas de controle de inquritos, processos e boletins; e

V proibir a entrada e permanncia de pessoas estranhas no Cartrio e no Setor de Arquivo da Unidade Policial, para a salvaguarda dos documentos policiais sob sua responsabilidade.

5 Compete ao Chefe de Investigaes, afora as atribuies pertinentes ao cargo:

I sugerir ao Delegado-Titular da Unidade Policial as atividades a serem distribudas entre os Agentes de Polcia, de acordo com o perfil apresentado;

II comandar o Setor de Investigaes, implementando medidas que levem a celeridade das atividades;

III gerenciar o atendimento ao pblico e o registro de ocorrncias criminais e operacionais, como tambm o encaminhamento de providncias;IV organizar a ordem de cumprimento de mandados e de ordens de servios expedidas pela Autoridade Policial ou Judiciria competente;V exercer o comando na revista e vigilncia dos presos, dentro das suas atribuies legais, velando pela sua incolumidade; e

VI comunicar, imediatamente e por escrito, ao Delegado Titular qualquer irregularidade e ilegalidade de que tome conhecimento no mbito da Unidade Policial.

Seo IIIDos Cargos da Polcia Civil

Art. 31. A Polcia Civil do Estado do Rio Grande do Norte composta, para todos os fins de direito, pelos cargos integrantes da carreira de Delegado, de Escrivo e Agente, cujas atribuies especficas encontram-se definidas nesta Lei Complementar.

Subseo I

Das Atribuies do Cargo de Delegado da Polcia Civil

Art. 32. Compete ao Delegado de Polcia Civil:

I instaurar e presidir inquritos policiais e demais procedimentos que se iniciem na Polcia Judiciria, destinados a apurar a materialidade e a autoria das infraes penais;

II exercer atribuies previstas na legislao processual penal de competncia da autoridade policial;

III requisitar a realizao de prova pericial, quando necessria, ou de quaisquer outros exames que julgar imprescindveis elucidao do fato;

IV prestar s autoridades judicirias as informaes necessrias instruo e ao julgamento dos processos penais sob sua direo;

V realizar as diligncias requisitadas pelo Juzo Penal ou pelo Ministrio

Pblico;

VI dar cumprimento a mandados de priso expedidos pela Autoridade

Judiciria;

VII conceder e arbitrar fiana, nos termos da lei;

VIII representar acerca de priso preventiva ou temporria e de insanidade mental do indiciado;

IX adotar medidas necessrias ao controle da criminalidade;

X atender ao pblico, encaminhando providncias e determinando o registro das ocorrncias policiais;

XI orientar equipes subordinadas, visando coordenao, ao controle e ao desenvolvimento tcnico do trabalho policial;

XII dirigir-se aos locais de crime, providenciando para que no se alterem, enquanto necessrio, o estado e a conservao das coisas, supervisionando todos os atos;XIII cumprir e fazer cumprir as ordens, normas e instrues emanadas de superior hierrquico;

XIV fornecer aos seus subordinados ordem de servio, por escrito, das aes que a eles determinar;

XV exercer, quando designados pela autoridade competente, cargos e funes integrantes da estrutura bsica da Secretaria de Estado da Segurana Pblica e da Defesa Social do Estado; e

XVI exercer outras atribuies correlatas ao cargo.

Subseo IIDas Atribuies do Cargo de Escrivo da Polcia Civil

Art. 33. Compete ao Escrivo de Polcia Civil:

I dar cumprimento s formalidades processuais, na lavratura de autos, termos, mandados e demais atos prprios do seu ofcio definidos em lei;

II lavrar autos de priso em flagrante delito, autos de exibio e apreenso em flagrante delito e termos e boletins circunstanciados de ocorrncia, quando determinado pela autoridade policial;

III elaborar termos de entrega de objetos e valores apreendidos, de ordem da autoridade policial;

IV reduzir a termo as declaraes, os interrogatrios, os depoimentos, os autos de priso em flagrante, as acareaes, os reconhecimentos, as resistncias, as reconstituies, os recolhimentos e outros procedimentos policiais assemelhados;

V autuar, preparar e ordenar documentos e peas de inquritos policiais e processos penais sob sua guarda, submetendo-os regularmente a despacho da autoridade policial;

VI preparar ordens de servio, mandados de intimao, mandados de conduo coercitiva e demais documentos necessrios s misses policiais de ordem da autoridade policial;

VII ter sob a sua responsabilidade inquritos policiais, termos circunstanciados de ocorrncia, processos penais, alm de quaisquer outros procedimentos policiais e penais que estejam sob a sua guarda;VIII receber e recolher fianas, quando determinado pela autoridade policial; IX acondicionar, relacionar e etiquetar objetos, valores e coisas apreendidos;X expedir certides, atestados e declaraes, de ordem da autoridade policial;

XI preparar ofcios, memorandos e outras espcies de documentos de comunicao administrativa, internos e externos;

XII manter atualizada a escriturao de livros sob sua responsabilidade, procedendo s suas aberturas;

XIII preencher mapas de controle de inquritos, processos e boletins;

XIV manter em perfeita ordem os arquivos, fichrios e demais documentos sob sua responsabilidade;

XV cumprir e fazer cumprir as ordens, normas e instrues emanadas de superior hierrquico;

XVI prestar as informaes requisitadas por superior hierrquico;

XVII acompanhar, quando necessrio, e em razo de sua condio funcional, a autoridade policial em diligncia; e

XVIII exercer outras atividades correlatas ao cargo.

Subseo IIIDas Atribuies do Cargo de Agente da Polcia Civil

Art. 34. Compete ao Agente de Polcia Civil:

I levantar todas as informaes que conduzam ao esclarecimento dos delitos denunciados, subsidiando o Delegado de Polcia Civil com os elementos necessrios para a concluso do inqurito policial;

II efetuar prises em flagrante, busca pessoal e apreenses;

III cumprir mandados expedidos pela autoridade policial competente;

IV dirigir, conforme habilitao e de acordo com a devida designao, veculos automotores em misses policiais e no desempenho de atividades nos diversos setores da Polcia Civil;V operar equipamentos de comunicao, zelando por sua segurana e manuteno;

VI executar revista e vigilncia de presos apenas durante o perodo do inqurito policial de ru preso;

VII cumprir e fazer cumprir as ordens, normas e instrues emanadas de superior hierrquico; e

VIII exercer outras atividades correlatas ao cargo.

Seo IVDo rgo Auxiliar

Subseo nicaDa Comisso de Concurso

Art. 35. A Comisso de Concurso, rgo auxiliar de natureza transitria, ser constituda por Delegados de Polcia efetivos, designados pelo Delegado-Geral de Polcia Civil, na forma do art. 15, XV, desta Lei Complementar Estadual, de 01 (um) representante da Ordem dos Advogados do Brasil, Seco do Estado do Rio Grande do Norte (OAB/RN) e de 01 (um) representante do Ministrio Pblico Estadual.

Art. 36. O Conselho Superior de Polcia Civil indicar ao DEGEPOL 4 (quatro) representantes da carreira de Delegado de Polcia, integrantes das 1a, 2a, 3a ou Especial Classes, para comporem a Comisso de Concurso com antecedncia mnima de 2 (dois) meses da data de sua realizao, preferencialmente, entre especialistas das disciplinas especficas exigidas no instrumento convocatrio.

Pargrafo nico. Os integrantes do Conselho Superior da Polcia Civil no participaro da Comisso de Concurso.

Art. 37. As decises da Comisso Examinadora sero tomadas por maioria absoluta, cabendo ao Presidente o voto de desempate.

Pargrafo nico. Das decises tomadas pela Comisso Examinadora cabero recursos para o CONSEPOL, no prazo de 48 (quarenta e oito) horas.

Art. 38. O Delegado-Geral de Polcia Civil, no interesse do servio, poder dispensar das atribuies normais os membros da instituio integrantes da Comisso de Concurso.

LIVRO IIDO ESTATUTO DOS POLICIAIS CIVIS DO ESTADO

TTULO IDA ESTRUTURAO DA CARREIRA

Art. 39. As carreiras de Delegado, Escrivo e Agente de Polcia Civil do Estado sero estruturadas da seguinte forma:

I Delegado de Polcia Civil:

a) Delegado de Polcia de Classe Especial;

b) Delegado de Polcia de 3 Classe;

c) Delegado de Polcia de 2 Classe;

d) Delegado de Polcia de 1 Classe; e e) Delegado de Polcia Substituto;II - Escrivo de Polcia Civil:a) Escrivo de Polcia de Classe Especial, Nvel I ao V;b) Escrivo de Polcia de 1 Classe, Nvel I ao V; c) Escrivo de Polcia de 2 Classe, Nvel I ao V; d) Escrivo de Polcia de 3 Classe, Nvel I ao V: e) Escrivo de Polcia de 4 Classe, Nvel I ao V. III Agente de Polcia Civil:a) Agente de Polcia de Classe Especial, Nvel I ao V;b) Agente de Polcia de 1 Classe, Nvel I ao V;c) Agente de Polcia de 2 Classe, Nvel I ao V; d) Agente de Polcia de 3 Classe, Nvel I ao V;e) Agente de Polcia de 4 Classe, Nvel I ao V.TTULO IIDO INGRESSO NA CARREIRA

CAPTULO I DISPOSIES GERAIS

Art. 40. O ingresso na carreira dos servidores policiais civis far- se- na Classe inicial de Delegado de Polcia Civil Substituto, e Escrivo de Polcia Civil 4 Classe, Nvel I e Agente de Polcia Civil 4 Classe, Nvel I.

1 Ser necessria a abertura de concurso para provimento do cargo pblico efetivo quando o nmero de vagas exceder 1/5 (um quinto) dos cargos iniciais de cada carreira policial, a juzo do Conselho Superior de Polcia Civil.

2 Verificada a existncia das vagas, o Delegado-Geral de Polcia Civil convocar, no prazo de 8 (oito) dias, o Conselho Superior de Polcia Civil para fazer a indicao dos membros da Comisso do Concurso Pblico, na forma do art. 36 desta Lei Complementar.

3 O concurso abranger as vagas existentes e as que ocorrerem durante o prazo de validade, salvo deliberao em contrrio do Conselho Superior de Polcia Civil, limitando o nmero de vagas a serem oferecidas.

Art. 41. Os cargos da Polcia Civil, acessveis a todos os brasileiros que preencham os requisitos estabelecidos nesta Lei Complementar, subdividem-se em cargos de provimento efetivo ou em comisso.

1 Os cargos de provimento efetivo so os que integram as carreiras segmentadas em Classes de categorias funcionais, exigindo-se para seu preenchimento habilitao prvia em concurso pblico de provas ou de provas e ttulos.

2 So requisitos para o ingresso nas carreiras que integram o Grupo

Ocupacional Polcia Civil:

I nacionalidade brasileira;

II estar em dia com as obrigaes eleitorais e no pleno exerccio dos direitos polticos;III estar quite com o servio militar, se do sexo masculino, sendo portador de certificado de Reservista ou de Dispensa de Incorporao;

IV possuir diploma de graduao em nvel superior, expedido por instituio de ensino legalmente reconhecida, sendo obrigatria, no caso de Delegado de Polcia Civil, a concluso do curso de Bacharelado em Direito;

V ter completado 18 (dezoito) anos de idade;

VI possuir Carteira Nacional de Habilitao (CNH);

VII no possuir antecedentes criminais, provado por meio de apresentao de certides negativas expedidas pelos rgos federal e estadual, consoante as exigncias do Edital;

VIII no ter sido punido com pena de demisso aplicada por rgo ou entidade federal, estadual ou municipal, integrantes da Administrao Pblica Direta e Indireta;

IX gozar de boa sade fsica e mental;

X possuir temperamento adequado ao exerccio da funo policial, apurado em exame psicotcnico, a ser realizado com base em critrios tcnico-cientficos e objetivos; e

XI habilitao prvia em concurso pblico de provas ou de provas e ttulos.

3 Ser exonerado o servidor que, depois de nomeado e durante o estgio probatrio, omitiu fato que impossibilitaria sua matrcula no Curso de Formao Policial.

Art. 42. A investidura ocorrer com a posse.

Art. 43. Os cargos integrantes da estrutura organizacional da Polcia Civil sero preenchidos por:

I nomeao; II promoo;III reintegrao;IV aproveitamento; V readaptao;VI reverso; e

VII reconduo.

1 As funes so providas mediante designao.

2 O provimento por eleio restringe-se aos casos previstos em Lei.

CAPTULO IIDO CONCURSO PBLICO

Art. 44. O ingresso na Classe inicial das carreiras pertencentes Polcia Civil do Estado far-se- mediante concurso pblico de prova ou provas e ttulos, em que sejam avaliadas as qualificaes e aptides especficas para o desempenho do cargo.

1 O concurso de que trata o caput deste artigo ser realizado em 5 (cinco) etapas, sucessivas e eliminatrias:

I a primeira etapa, de carter eliminatrio e classificatrio, compreender a avaliao de conhecimentos tericos gerais e especficos, por meio de prova escrita objetiva, com base em matria objeto do programa definido em Edital, publicado no Dirio Oficial do Estado;

II a segunda etapa ser constituda de prova escrita discursiva, com base em matria objeto do programa constante do Edital referido no item anterior;

III a terceira etapa ser a avaliao fsica, ressalvado o disposto no 2 deste artigo;

IV a quarta etapa consistir no exame psicotcnico;

V a quinta etapa consistir na habilitao em curso de formao especfico, promovido pela Academia de Polcia Civil ou rgo oficial congnere.

Coordenadoria de Controle dos Atos Governamentais CONTRAG/GAC

2 Para o provimento do cargo de Escrivo de Polcia, exigir-se- como terceira etapa do concurso prova prtica de operador em micro computador, em substituio avaliao fsica.

3 Para o provimento do cargo de Delegado de Polcia Civil, alm dos requisitos exigidos nesta Lei Complementar, obrigatria a habilitao de Bacharel em Direito em estabelecimento de ensino superior, comprovado pela apresentao de diploma reconhecido pelo rgo federal competente. 4 requisito para provimento dos cargos de Escrivo e de Agente de Polcia Civil a apresentao de diploma de graduao em nvel superior, obtido em instituio de ensino legalmente reconhecida. 5 Somente sero corrigidas as provas discursivas dos candidatos que obtiverem nvel de acerto na prova objetiva igual ou superior a 50% (cinqenta por cento), limitando-se o quantitativo a 5 (cinco) vezes o nmero de vagas disponibilizadas para cada cargo, segundo a ordem de classificao.

6 Sero convocados para participar do Curso de Formao Profissional Policial, quinta etapa do certame, at 3 (trs) vezes o nmero de vagas constante do edital do concurso pblico deflagrado, compreendido neste os candidatos habilitados at a quarta etapa do concurso, de acordo com o cargo objeto de inscrio.

Art. 45. O concurso pblico ter validade de at 2 (dois) anos, contados a partir da data da homologao do concurso pela autoridade competente, podendo ser prorrogado uma nica vez, por igual perodo.

1 O prazo de validade do concurso e as condies de sua realizao sero fixados em edital, que ser publicado no Dirio Oficial do Estado e em jornal de grande circulao.

2 Competir ao Delegado-Geral de Polcia Civil proceder homologao de cada etapa do concurso para ingresso na carreira policial de que trata esta Lei Complementar.

3 Caber recurso do ato que trata o 2 para o Secretrio de Estado da

Segurana Pblica e da Defesa Social.

Seo nicaDo Curso de Formao Profissional

Art. 46. O Curso de Formao Profissional constitui a ltima etapa do concurso pblico para ingresso na carreira policial, de carter eliminatrio.

1 Durante o Curso de Formao Profissional, os candidatos sero avaliados tambm quanto s aptides e desempenho para o exerccio do cargo, sendo promovida uma investigao social.

2 O candidato que no preencher os requisitos do 1 ser desligado do Curso e eliminado do concurso, aps procedimento administrativo instaurado especialmente para este fim, assegurados a ampla defesa e o contraditrio.

3 As notas obtidas pelos candidatos concorrentes no decorrer do Curso de que trata este artigo somente sero utilizadas subsidiariamente, para fins de desempate de candidatos quanto nota final do concurso. 4 Aps a homologao do concurso, os candidatos, uma vez nomeados e empossados, passaro a exercer suas funes nas diversas Unidades Policiais indicadas pelos rgos de execuo programtica de que trata esta Lei Complementar.

5 Enquanto for aluno de curso de formao tcnico-profissional realizado para o provimento de cargos integrantes da carreira de policial civil, o candidato far jus a uma bolsa de estudos no valor de 50% (cinqenta por cento) da parcela nica da Classe inicial do cargo a que se candidatou, constante do Anexo I desta Lei Complementar.

CAPTULO IIIDO ESTGIO PROBATRIO

Art. 47. O estgio probatrio compreende o perodo de 3 (trs) anos de efetivo exerccio, durante o qual so apurados os requisitos imprescindveis permanncia do servidor pblico, que dever preencher os seguintes requisitos:

I a idoneidade e a compatibilidade da conduta com o exerccio do cargo;

II a aptido, a disciplina, a assiduidade, a pontualidade, a urbanidade, a dedicao ao servio, a eficincia e a responsabilidade.

1 A apurao da conduta de que trata o inciso II do caput deste artigo abranger, inclusive, o tempo anterior nomeao.

2 Somente sero computado como tempo de efetivo exerccio, para fins de estgio probatrio, os dias efetivamente trabalhados e os de descanso deles decorrentes, os dias de trnsito, de frias, e os de outros cursos especficos para a Classe.

3 A avaliao de desempenho ser instaurada 4 (quatro) meses antes de findo o perodo do estgio por uma Comisso instituda para esse fim, na forma do artigo 26, 2, XII, desta Lei Complementar.

4 O resultado do trabalho da Comisso para avaliao do estgio probatrio ser submetido homologao do Delegado-Geral de Polcia Civil, para, conforme o caso, confirmar o estagirio ou propor sua exonerao ao Governador do Estado.

5 Durante o estgio, os servidores policiais somente podero ter exerccio em rgo policial ou tcnico, vedada a requisio a qualquer ttulo, ressalvado o disposto no art. 56 desta Lei Complementar. 6 Durante o estgio, vedado ao policial civil concorrer promoo na carreira, ressalvado o disposto no art. 61, 1 e 2 desta Lei Complementar.

Art. 48. O servidor que, em estgio probatrio, no satisfizer qualquer dos requisitos previstos no art. 47 desta Lei Complementar ser exonerado aps apurao criteriosa, ocasio em que lhe ser assegurado o contraditrio e a ampla defesa, sob pena de invalidao do ato.

CAPTULO IV DA NOMEAO

Art. 49. A nomeao far-se-:

I em carter efetivo, na Classe inicial da carreira, condicionada anterior aprovao em concurso pblico, conforme dispuser o Edital; e

II em comisso, para cargo de confiana, de livre exonerao.

1 A nomeao de carter efetivo obedecer rigorosamente ordem de classificao dos candidatos aprovados em concurso pblico, de acordo com o ato de homologao do concurso a ser publicado na Imprensa Oficial, e o nmero de vagas existentes para o cargo.

2 A nomeao para as funes de direo, chefia e assessoramento das atividades da Polcia Civil recair, exclusivamente, sobre servidores pblicos ocupantes de cargo de provimento efetivo da carreira policial, nos termos desta Lei Complementar.

Seo I Da Posse

Art. 50. A posse o ato inicial que completa a investidura em cargo pblico, que se dar pela assinatura do respectivo termo, no qual devero constar as atribuies, os deveres, as responsabilidades e os direitos inerentes ao cargo ocupado, somente alterados por Lei Complementar.

1 A posse ocorrer no prazo de 30 (trinta) dias, contados da publicao do ato de provimento, prorrogvel por igual perodo, a requerimento do interessado.

2 Em se tratando de titular de outro cargo ou funo pblicos, em gozo de licena ou afastamento por qualquer outro motivo legal, o prazo ser contado a partir do trmino do impedimento. 3 Exigir-se- a posse nos casos de provimento do cargo por nomeao, designao, eleio ou aproveitamento em outro cargo.

4 No ato da posse, o servidor obrigatoriamente apresentar declarao de bens e valores que constituam patrimnio e declarao relativa ao exerccio ou no de outro cargo, emprego ou funo pblica.

5 Operar-se- a caducidade, com a conseqente extino dos efeitos jurdicos do ato de nomeao, na hiptese de a posse no ocorrer no prazo previsto no 1 deste artigo.

Art. 51. A posse, que compreende a assinatura no Termo de Posse e a entrega da identidade funcional, depender de prvia inspeo perante Junta Mdica do Estado, que certificar se o candidato encontra-se apto, fsico e mentalmente, para o exerccio do cargo pblico.

Pargrafo nico. O termo de posse ser assinado pelo nomeado, no qual o servidor policial assumir o seguinte compromisso: Prometo desempenhar minhas funes com desprendimento e probidade, respeitando a dignidade e a integridade fsica do ser humano, observar rigorosamente as Constituies Federal e Estadual, as leis, os princpios e normas contidas na Lei Orgnica da Polcia Civil.

Art. 52. So autoridades competentes para dar a posse: I o Governador do Estado; eII o Secretrio de Estado da Segurana Pblica e da Defesa Social.

Pargrafo nico. O ato de posse para ser realizado pelas autoridades do inciso II deste artigo depender de prvia delegao do Governador do Estado, nos termos do art. 64, pargrafo nico, da Constituio do Estado do Rio Grande do Norte.

Seo II Do Exerccio

Art. 53. Exerccio o efetivo desempenho das atribuies do cargo ou funo.

1 O prazo para o servidor entrar em exerccio de 30 (trinta) dias, contados da data da posse ou da publicao do ato de readaptao, reverso, aproveitamento, reintegrao, reconduo, remoo, redistribuio ou relotao. 2 O prazo do 1 deste artigo no se aplica ao servidor investido por eleio, cujo exerccio se reputa iniciado com a assinatura do termo de posse, do qual deve constar declarao nesse sentido.

3 Ser exonerado o servidor empossado que no entrar em exerccio no prazo previsto no 1 deste artigo.

4 A competncia para dar exerccio, no caso do 1 deste artigo, do dirigente do rgo ou entidade onde for lotado o servidor.

Art. 54. O incio, a suspenso, a interrupo e o reincio do exerccio sero registrados no assentamento individual do servidor.

Pargrafo nico. Ao entrar em exerccio, o servidor apresentar ao rgo competente os elementos necessrios ao seu assentamento individual.

Art. 55. A promoo no interrompe o tempo de exerccio, que contado no novo posicionamento na carreira, a partir da data da publicao do ato que promover o servidor.

Art. 56. O policial civil somente poder ser cedido para ter exerccio em rgo que no componha a estrutura desconcentrada da Secretaria de Estado da Segurana Pblica e da Defesa Social (SESED), respeitando o limite de 3% (trs por cento) do respectivo quadro da respectiva categoria.

Pargrafo nico. O nus do disposto no caput recair exclusivamente sobre o rgo cessionrio.

TTULO IIIDAS FORMAS DE ROVIMENTO DERIVADO

CAPTULO I DA PROMOO

Seo IDas disposies gerais

Art. 57. Promoo a elevao do servidor de uma Classe para outra imediatamente superior quela em que se encontrava na categoria funcional a que pertencer, na respectiva srie de Classes da categoria.

Art. 58. A promoo funcional realizar-se- de forma automtica, acontecendo sempre que o policial completar 05(cinco) anos na classe, passando para a classe seguinte, condicionada existncia de vagas.

1 Por tempo efetivo na classe entende-se o tempo que o servidor contar, na Polcia Civil do Estado, deduzidos os interregnos ocorridos ou qualquer interrupo prevista na legislao, exceto:

I o tempo de licena por motivo de sade;

II o tempo de licena por motivo de casamento ou falecimento do cnjuge, filhos, pais ou irmos;

III o perodo de licena-prmio;

IV o perodo de afastamento em virtude de representao ou misso oficial da Polcia Civil;

V o tempo de afastamento em virtude de processo criminal que terminar por arquivamento ou absolvio;

VI o perodo de licena para realizao de curso de aperfeioamento profissional no pas ou no exterior na forma do art.131 desta Lei Complementar;

VII o tempo de exerccio de mandato classista; e

VIII o perodo em que o servidor pblico se encontrar cedido na forma do art. 56 desta Lei Complementar. 2 O servidor policial civil declarado invlido definitivamente, em razo do servio, ser promovido classe imediatamente superior e aposentado com a parcela nica da nova classe.

3 vedada a promoo de policial civil enquadrado em uma das situaes a que alude o art. 63 da Lei Complementar n 270, de 13 de fevereiro de 2004.Art. 59. Para cada categoria, sero elaboradas 02 (duas) listas de classificao, concomitantemente, para os critrios de Antigidade e de Merecimento.

Art. 60. As promoes obedecero obrigatoriamente ordem de classificao e as vagas abertas para o preenchimento de cada Classe.

Art. 61. Os servidores policiais civis somente podero ser promovidos aps 1 (um) ano de efetivo exerccio na Classe, salvo os de Classe inicial para a Classe seguinte, cujo lapso ser de 3 (trs) anos de efetivo exerccio.

1 Sero dispensados os interstcios de que trata o caput deste artigo se no houver quem preencha tal requisito na carreira respectiva ou se quem o preencher recusar a promoo.

2 Ocorrendo a dispensa do interstcio na forma do 1 deste artigo, poder ser promovido o servidor policial civil que se encontrar em estgio probatrio sem que a hiptese implique confirmao na carreira.

Art. 62. Ser declarada sem efeito a promoo indevida, no ficando o servidor, nesse caso, obrigado restituio de valores percebidos a esse ttulo, salvo na hiptese de declarao falsa ou omisso intencional.

Art. 63. No podero concorrer s promoes os Policiais Civis que:

I estiverem com a priso preventiva decretada, ou presos em flagrante delito;

II forem condenados pela prtica de crime, enquanto durar o cumprimento da pena, mesmo em caso de suspenso condicional da pena; e

III estiverem respondendo a Processo Administrativo Disciplinar ou Criminal.

Pargrafo nico. Em qualquer das hipteses dos incisos I e III deste artigo, se o servidor vier a ser, posteriormente, absolvido ou tiver o processo disciplinar arquivado e, somente por esses motivos no tiver sido promovido poca em que fazia jus a este direito, dever ser promovido, independentemente de vaga, desde que requeira administrativamente.

Art. 64. Verificada a existncia de vagas, o Setor de Pessoal, at o dia 5 (cinco)

de maro e 5 (cinco) de setembro de cada ano, providenciar:

I a distribuio do modelo padro informativo de Merecimento s UnidadesPoliciais respectivas para o preenchimento pelos chefes imediatos dos servidores concorrentes;

II a organizao e publicao das relaes de Antigidade e de Merecimento;

e

III a publicao das listas de Antigidade e de Merecimento ser fixada nos quadros de aviso da Polcia Civil e no boletim administrativo do Estado.

Art. 65. O servidor policial civil declarado invlido definitivamente em razo do servio, ser promovido Classe imediatamente superior por critrio de Merecimento e aposentado com a Parcela nica da nova Classe, constante do Anexo I desta Lei Complementar.

Pargrafo nico. A promoo de que trata o caput deste artigo no ser considerada para efeito de alternncia dos critrios de promoo.

Art. 66. Sero considerados promovidos os servidores que falecerem durante o processo promocional, mesmo sem o processamento da promoo a que tinham direito por Antigidade.

Art. 67. As promoes sero realizadas em abril e outubro de cada ano, obedecendo aos limites, procedimentos e condies pessoais do servidor policial concorrente, estabelecidos nesta Lei Complementar, existentes at o ltimo dia imediatamente anterior anlise do rgo competente.

Art. 68. Os direitos e vantagens que decorrerem da promoo sero contados a partir da publicao do ato, salvo quando publicado fora do prazo legal, caso em que retroagiro ao dia em que deveria ter ocorrido a promoo.

Seo IIDa Promoo por Merecimento

Art. 69. A progresso funcional a movimentao do Agente e Escrivo da polcia civil limitado ao cargo ocupado, ao nvel imediatamente superior da classe em que estiver enquadrado na respectiva carreira.

1 Para progredir de nvel ser necessrio aliar o interstcio de 05 (cinco) anos em exerccio no nvel, com a qualificao exigida ao nvel seguinte, conforme regulamenta o anexo I desta Lei.

2 As parcelas nicas de remunerao dos Agentes e Escrives de Polcia Civil sero fixadas com diferena de 05% (cinco por cento) de um nvel para outro, na respectiva classe.

3 A progresso funcional independe de requerimento do policial civil, cabendo ao Setor Pessoal da Delegacia Geral de Polcia Civil apurar, o interstcio e divulgar, por edital, a contagem daqueles aptos movimentao;

4 Os documentos comprobatrios pertinentes qualificao Profissional, constantes no Anexo I, sofrero anlise semestralmente; a pontuao atingida dever ser divulgada para acompanhamento, e ambos devero ficar arquivados nas pastas individuais de cada Policial.

5 Sero computados para fins de progresso nos nveis os cursos homologados e concludos a partir da investidura no cargo.

6 A concluso dos cursos ser comprovada mediante apresentao dos originais mais cpias autenticada dos respectivoscertificados fornecidos por instituies e/ou entidades legais e formalmente reconhecidas.

7 A participao em tais eventos como: palestras, seminrios, conferncia, encontro, congresso, fruns de debate, sero computados mediante apresentao de certificados de participao emitidos por instituio e/ou entidade legal e formalmente reconhecida.

8 A graduao em nvel superior, exigida como pr-requisito para o ingresso na carreira policial civil no ser considerada para fins de progresso.

9 Os cursos realizados para fins de progresso funcional sero computados de acordo com a carga horria, conforme o Anexo I.

10. A pontuao para a progresso ser de forma cumulativa.

11. Ser concedida para todos os efeitos legais a progresso funcional que fizer jus o servidor que vier a se aposentar ou falecer antes da expedio do respectivo ato.

12. A progresso funcional inicia-se no Nvel I e encerra-se noNvel V.

13. Compete ao Delegado Geral de Polcia Civil emitir o ato de concesso da progresso funcional, que vigorar a partir do ms imediatamente seguinte confirmao do cumprimento dos respectivos requisitos;

Art. 70. No haver progresso se o servidor na data prevista estiver:

I - cumprindo estgio probatrio;

II - em licena para tratar de assuntos particulares;

III - afastado para o exerccio de mandato eletivo, federal, estadual ou municipal;

IV - cumprindo pena de suspenso disciplinar, preso em decorrncia de flagrante delito ou por deciso judicial;

Art. 71. Competir ao Delegado-Geral da Polcia Civil a deciso final na composio da lista de promoo por Merecimento, expedida por meio de ato administrativo devidamente motivado.

Art. 72. Da apurao do Merecimento ser dada cincia ao servidor, sendo-lhe assegurada a ampla defesa e os meios a ela inerentes para se defender da avaliao realizada.

1 Ser de 10 (dez) dias o prazo para recorrer das fases ou dos atos do processo promocional, em petio dirigida ao DEGEPOL.

2 A apresentao do recurso suspender a promoo at a deciso final, apenas no tocante relao de Merecimento impugnada. 3 No caso do 2 deste artigo, aps a deciso final do recurso, proceder-se- promoo com efeito retroativo data em que deveria ter ocorrido.

Art. 73. O Merecimento adquirido especificamente na Classe; promovido, o servidor policial civil comear a adquirir Merecimento a contar de seu ingresso na nova Classe.

Seo IIIDa Promoo por Antigidade

Art. 74. A Antigidade ser apurada na categoria do servidor policial civil, determinada pelo tempo de efetivo exerccio na Classe.

1 Por Antigidade na Classe, entende-se o tempo que o servidor contar, na Polcia Civil do Estado, deduzidos os interregnos ocorridos ou qualquer interrupo prevista na legislao, exceto:

I o tempo de licena por motivo de sade;

II o tempo de licena por motivo de casamento ou falecimento do cnjuge, filhos, pais ou irmos;

III o perodo de licena-prmio;

IV o perodo de afastamento em virtude de representao ou misso oficial da

Polcia Civil;

V o tempo de afastamento em virtude de processo criminal que terminar por arquivamento ou absolvio;

VI o perodo de licena para realizao de curso de aperfeioamento profissional no pas ou no exterior na forma do art. 131 desta Lei Complementar;

VII o tempo de exerccio de mandato classista; e

VIII o perodo em que o servidor pblico se encontrar cedido na forma do art.

56 desta Lei Complementar.

2 Ocorrendo empate na classificao, tanto por Merecimento quanto por

Antigidade, ter precedncia, sucessivamente, o candidato que tiver: I mais tempo de efetivo exerccio na Classe;II mais tempo de efetivo exerccio no cargo atualmente ocupado neste

Estado; e

III melhor classificao final do concurso de ingresso na carreira, referente ao cargo em que estiver ocupando.

Art. 75. Aplica-se promoo por Antigidade, no que couber, o disposto no arts. 70, 72 e 73 desta Lei Complementar.

CAPTULO IIDA REINTEGRAO

Art. 76. A reintegrao o retorno do servidor policial estvel ao cargo anteriormente ocupado, ou ao resultante de sua transformao, quando invalidada a sua demisso por deciso administrativa ou judicial, transitada em julgado, com a reconstituio da respectiva carreira e com o ressarcimento de todas as vantagens relativas ao cargo, corrigidos os valores pecunirios de juros e correo monetria.

1 A deciso administrativa que determinar o retorno ser proferida em processo de reviso, nos termos desta Lei Complementar.

2 A reintegrao ser feita no cargo anteriormente ocupado, sendo-lhe asseguradas as promoes a que o servidor policial faria jus se estivesse na atividade, inclusive com a contagem de tempo de servio.

3 Na hiptese de estar provido o cargo no qual foi reintegrado o servidor policial, o seu ocupante passar disponibilidade remunerada at posterior aproveitamento.

4 Extinto o cargo e no existindo, na mesma unidade policial ou na Classe, vaga a ser ocupada pelo reintegrado, ser ele posto em disponibilidade remunerada ou aproveitado, nos termos desta Lei Complementar, facultando-lhe a escolha da Unidade Policial onde aguardar aproveitamento.

5 O servidor policial reintegrado ser submetido inspeo mdica e, se considerado incapaz, ser aposentado compulsoriamente, com as vantagens a que teria direito se efetivada a reintegrao.CAPTULO IIIDO APROVEITAMENTO

Art. 77. O Aproveitamento o retorno atividade do servidor policial em disponibilidade no mesmo cargo e depender:

I da habilitao em processo seletivo especfico realizado pela Academia de

Polcia Civil (ACADEPOL);

II de exame mdico oficial; III da existncia de vaga; eIV da manifestao expressa e fundamentada do interesse no retorno do disponvel pela Administrao Superior da Polcia Civil.

1 O aproveitamento ser feito no cargo anteriormente ocupado pelo disponvel, asseguradas as promoes por Antigidade a que teria direito se em atividade estivesse.

2 Provada, em inspeo mdica, a incapacidade definitiva do servidor policial civil em disponibilidade, essa situao dever ser convertida em aposentadoria compulsria com as vantagens a que teria direito se efetivado o seu retorno.

CAPTULO IVDA READAPTAO

Art. 78. A Readaptao a investidura de servidor, ocupante de cargo efetivo, em outro cargo de atribuies e responsabilidades compatveis com a limitao que tenha sofrido em sua capacidade fsica ou mental, verificada em inspeo de sade.

1 Se julgado incapaz para o servio pblico o readaptando ser aposentado.

2 A readaptao efetiva-se em cargo de atribuies afins, respeitada a habilitao exigida.

CAPTULO V DA REVERSO

Art. 79. A Reverso o retorno atividade de servidor aposentado por invalidez, quando, por junta mdica oficial, forem declarados insubsistentes os motivos da aposentadoria. 1 A reverso efetivar-se- no mesmo cargo ou no cargo resultante de sua transformao.

2 Encontrando-se provido o cargo, o servidor exercer suas atribuies como excedente at a ocorrncia de vaga.

3 Fica vedada a reverso de aposentado que j tiver completado 70 (setenta)

anos de idade.

CAPTULO VI DA RECONDUO

Art. 80. A Reconduo o retorno do servidor estvel ao cargo anteriormente ocupado e decorre de:

I inabilitao em estgio probatrio relativo a outro cargo; e

II reintegrao do anterior ocupante.

Pargrafo nico. Encontrando-se provido o cargo de origem, o servidor dever ser aproveitado em outro.

CAPTULO VII DA REMOO

Art. 81. A remoo de pessoal da Polcia Civil poder ser feita: I a pedido;II por interesse do servio; e

III por permuta.

1 Os Delegados de Polcia Civil sero removidos por interesse do servio, na forma do art. 92 desta Lei Complementar.

2 O policial civil em exerccio no interior do Estado, com filhos matriculados em estabelecimentos de ensino na localidade, s poder ser removido nas frias letivas, salvo nos casos previstos nos incisos I ou III deste artigo, na forma desta Lei Complementar.

3 A remoo por permuta ser requerida mediante pedido escrito e conjunto, subscrito por ambos os pretendentes, dirigida ao DEGEPOL, que apreciar o pedido emfuno da convenincia do servio e emitir deciso fundamentada, de acordo com as respectivas chefias.

4 A remoo a pedido ou por permuta no confere direito ajuda de custo.

5 Dar-se- a remoo para outra localidade, por motivo de sade, comprovado por Junta Mdica do Estado, ressalvado o disposto no art. 92 desta Lei Complementar.

6 Os servidores policiais civis sero removidos por interesse do servio mediante deciso fundamentada do Delegado-Geral de Polcia, cabendo recurso ao Secretrio de Estado da Segurana Pblica e da Defesa Social.

CAPTULO VIII DA EXONERAO

Art. 82. A exonerao do servidor policial dar-se-: I a pedido;II no caso de no confirmao na respectiva carreira, durante o perodo de estgio probatrio.

Art. 83. Ao servidor policial sujeito a processo administrativo ou judicial somente ser concedida a exonerao depois de julgado o processo e cumprida a pena disciplinar imposta.

Pargrafo nico. No sendo decidido o processo disciplinar no prazo estabelecido no art. 196, 1 desta Lei Complementar, a exonerao ser automaticamente concedida.

TTULO IVDAS GARANTIAS, DAS PRERROGATIVAS E DOS DIREITOS DOS SERVIDORES POLICIAIS CIVIS DO ESTADO

CAPTULO IDAS GARANTIAS E DAS PRERROGATIVAS

Art. 84. So garantias dos Delegados de Polcia:

I a independncia funcional no desempenho de suas atribuies; II a inamovibilidade relativa;III a irredutibilidade da parcela nica remuneratria;IV a estabilidade, aps a confirmao na carreira, na forma do art. 47 desta

Lei Complementar.

Art. 85. So garantias dos Escrives e Agentes Policiais: I a irredutibilidade da parcela nica remuneratria;II a estabilidade, aps a confirmao na carreira, na forma do art. 47 desta Lei

Complementar.

Art. 86. Alm das garantias asseguradas pela Constituio Federal de 1988, o policial civil gozar das seguintes prerrogativas:

I receber tratamento compatvel com o nvel do cargo desempenhado;

II ser recolhido em dependncia ou sala especial quando sujeito a qualquer modalidade de priso provisria;

III cumprir pena, at o trnsito em julgado da sentena, separado dos demais condenados;

IV ter a prioridade nos servios de transporte e comunicao, pblicos e privados, quando em misso de carter urgente, podendo requisit-los, se necessrio;

V portar arma, mesmo na inatividade;

VI ter livre acesso aos locais sujeitos fiscalizao policial, quando em servio e na forma do Regulamento;

VII no ser preso, seno por ordem judicial escrita, ou em flagrante delito, casos em que a autoridade far no prazo mximo de 24 (vinte e quatro) horas, a comunicao e a apresentao do policial ao Delegado-Geral de Polcia Civil, sob pena de responsabilidade;

VIII gozar do benefcio da gratuidade nos transportes coletivos intermunicipais, quando em efetiva e comprovada perseguio ou ao urgente; e

IX possuir carteira de identificao funcional, com f pblica, vlida em todo o territrio nacional, inclusive como documento de identidade civil.

1o As garantias e prerrogativas previstas nesta Lei Complementar no excluem as que sejam estabelecidas em outras Leis. 2o As garantias e prerrogativas dos membros da Polcia Civil so inerentes ao exerccio de suas funes e so irrenunciveis.

Art. 87. Quando, no curso de investigao policial, houver indcios de prtica de ilcito penal atribudo a policial civil, a autoridade competente remeter, imediatamente, cpia do procedimento ao Corregedor-Geral de Polcia, que dever tomar as providncias cabveis para a instaurao do processo administrativo disciplinar, sob pena de incorrer em crime de responsabilidade funcional.

Art. 88. O policial civil, em atividade ou aposentado, tem direito identidade funcional equivalente identidade civil.

Art. 89. Ficam institudos como instrumentos de trabalho de uso permanente por cada servidor policial civil, a serem fornecidos pelo Estado:

I carteira policial, composta de estojo e cdula de identidade funcional, criada pelo Decreto Estadual n. 16.320, de 12 de setembro de 2002;

II 1 (um) par de algemas metlicas;

III 1 (uma) arma de fogo, com munio suficiente e adequada, em plena condio de uso;

IV 1 (um) distintivo.

1 Para cada Unidade Policial sero disponibilizados coletes a prova de balas, em plenas condies de uso.

2 Ser de total responsabilidade do servidor policial a perda de qualquer dos instrumentos relacionados no caput deste artigo, devendo, nesse caso, ser instaurado processo administrativo disciplinar, com o objetivo de apurar o fato e suas circunstncias, bem como recompor ao acervo patrimonial da Polcia Civil do Estado o bem suprimido.

Art. 90. O policial civil no dever entregar sua arma ou respectiva munio a qualquer pessoa ou autoridade, pblica ou privada, sob pena de responsabilidade, salvo nas seguintes hipteses:

I esteja submetido a estado de flagrante delito;II receba ordem de autoridade pblica competente, quando o motivo o autorize;

III comparea audincia judicial ou correcional, a critrio do juiz competente, da autoridade corregedora, sindicante ou processante; e

IV receba ordem de autoridade corregedora, sindicante ou processante.

Art. 91. Os ocupantes dos cargos compreendidos no Grupo Ocupacional Polcia Civil esto sujeitos ao regime de trabalho de 40 (quarenta) horas semanais, de segunda a sexta-feira, em 2 (dois) turnos.

1 Poder haver reduo para 6 (seis) horas dirias ininterruptas de acordo com a necessidade do servio.

2 O regime de trabalho definido no caput deste artigo no se aplica aos servidores policiais lotados nas Equipes de Planto da Polcia Civil, que devero observar a seguinte disciplina:

I de segunda a quinta-feira, das 18h s 8h do dia seguinte, por 72 (setenta e duas) horas de descanso ininterruptas, e

II de sexta-feira a domingo, plantes de 24 (vinte e quatro) horas, por 72 (setenta e duas) horas de descanso.

Seo nicaDa Inamovibilidade do Delegado de Polcia Civil

Art. 92. O Delegado de Polcia Civil do Estado no poder ser removido de uma unidade para outra em prazo inferior a 1 (um) ano, contado de sua posse, na unidade policial em que for lotado.

Pargrafo nico. O Delegado de Polcia Civil s poder ser removido em face da necessidade do servio, definida em ato motivado do Delegado-Geral de Polcia Civil, cabendo recurso ao Secretrio de Estado da Segurana Pblica e da Defesa Social.

CAPTULO IIDA REMUNERAO

Art. 93. A remunerao dos servidores policiais civis ser constituda em parcela nica remuneratria prevista no Anexo I dessa Lei Complementar, sobre a qual incide exclusivamente o adicional por tempo de servio, razo de 1% (um por cento)ao ano, at o limite de 35 (trinta e cinco) anunios e ainda o salrio-famlia, no podendo ultrapassar, em nenhuma hiptese, o limite previsto no art. 37, XI, da Constituio Federal.

Art. 94. A remunerao mensal dos Policiais Civis fixada no Anexo I da presente Lei Complementar.

Art. 95. As parcelas nicas de remunerao dos servidores policiais civis ser fixada em nvel condizente com a relevncia da funo e de forma a compensar todas as vedaes e incompatibilidades especficas que lhe so impostas.

Art. 96. As parcelas nicas de remunerao dos Delegados de Polcia Civil passam a ser fixadas, com incidencia de 14% (catorze por cento), a partir da 1 Classe, e com mesma diferenca de percentual entre as Classes imediatamente superiores e as parcelas nicas de remunerao dos Agentes de Polcia Civil e Escrives de Polcia Civil sero fixadas com diferena de 20% (vinte por cento), da classe inferior para a imediatamente superior de uma para outra Classe da respectiva carreira.

Seo nicaDa substituio

Art. 97. O policial civil convocado ou designado para substituio cumulativa com o exerccio do cargo na Polcia Civil de que Titular, ter direito percepo de1/3 (um tero) do valor da parcela nica da remunerao do substitudo.

1 Na hiptese prevista no caput deste artigo, o substituto no poder acumular mais de uma substituio.

2 Quando a substituio no for cumulativa com o exerccio das funes do cargo de que titular, o substituto, se de categoria inferior, percebe a mesma parcela nica remuneratria do substitudo.

CAPTULO III DAS VANTAGENS

Art. 98. Alm da parcela nica fixada no Anexo I desta Lei Complementar, podero ser pagas ao servidor policial civil do Estado, em decorrncia da natureza e das condies com que desempenha suas atividades profissionais, bem como do tempo de efetivo servio por ele prestado, as seguintes vantagens:

I indenizaes;

II gratificaes; e

III adicionais. 1 Os adicionais de carter permanente incorporam-se remunerao ou aos proventos, nos casos e condies indicados nesta Lei Complementar, devendo sobre a totalidade desta remunerao incidir o imposto previdencirio para o rgo estadual responsvel pela arrecadao.

2 Alm das vantagens previstas neste artigo, outras podero ser auferidas pelo servidor policial civil, de acordo com as normas pertinentes, inclusive as aplicveis ao servidor em geral, ressalvado o disposto no art. 37, inciso II, da Constituio Federal.

3 vedada, sob pena de invalidao do ato e responsabilidade administrativa e civil da autoridade responsvel, a concesso de gratificao, adicional ou outra vantagem pecuniria conta de recursos de fundo, convnio ou outra fonte pagadora diversa da dotao oramentria de pessoal.

Art. 99. As vantagens pecunirias no sero computadas, nem acumuladas para efeito de concesso de quaisquer outros acrscimos pecunirios ulteriores, sob o mesmo ttulo ou idntico fundamento.

Seo IDas Indenizaes

Art. 100. Indenizao o quantitativo, isento de qualquer tributao, concedido ao servidor policial para ressarcimento de despesas decorrentes de obrigaes impostas pelo exerccio pleno de suas atribuies.

1 As indenizaes a que o servidor policial tem direito so as seguintes: I ajuda de custo; eII dirias.

2 No so incorporveis remunerao ou aos proventos do servidor policial quaisquer das vantagens pecunirias previstas no 1 deste artigo.

Subseo IDa Ajuda de Custo

Art. 101. Ao servidor policial civil designado, de ofcio, para a sede de exerccio que implique alterao do domiclio legal, ser paga uma ajuda de custo correspondente ao desembolso da despesa da mudana, devidamente comprovado, limitado a 1 (um) ms de remunerao, a ser paga pela Delegacia-Geral de Polcia Civil (DEGEPOL). 1 famlia do servidor policial que falecer na nova sede, assegurada, dentro do prazo de 1 (um) ano contado do bito, ajuda de custo, nos termos do caput deste artigo, para o retorno localidade de origem, dentro do Estado, em que mantenha vnculos familiares ou de amizade e que tenha o servidor policial exercido as suas atribuies.

2 No ter direito ajuda de custo de que trata o caput deste artigo o servidor policial com residncia no lugar onde passar a exercer o cargo ou aquele cuja movimentao ocorra a pedido ou por permuta.

3 O tempo mnimo para a percepo de uma nova ajuda de custo ser de 180 (cento e oitenta) dias, excetuando-se os casos em que haja interesse da administrao, sendo os casos omissos resolvidos pelo CONSEPOL.

Art. 102. O servidor ficar obrigado a restituir a ajuda de custo quando, injustificadamente, no se apresentar na nova sede no prazo de 30 (trinta) dias.

Art. 103. A ajuda de custo no ser restituda pelo servidor policial ou seus herdeiros, quando:

I aps ter seguido destino, for mandado regressar; e

II ocorrer seu falecimento antes de seguir destino para a nova sede.

Subseo II Das Dirias

Art. 104. O servidor policial civil que se afastar da sede a servio em carter eventual ou transitrio para execuo de misso policial ou realizao de cursos de aprimoramento tcnico-profissional, far jus a passagens e dirias, para cobrir as despesas de estada, alimentao e locomoo.

1 O valor da diria ser estabelecido por lei.

2 A diria ser concedida por cada dia de afastamento, sendo devida pela metade quando o deslocamento no exigir pernoite fora da sede.

3 Nos casos em que o deslocamento da sede constituir exigncia permanente do cargo, o servidor policial no far jus a dirias.

Art. 105. A depender de ato autorizador do Delegado-Geral, Secretrio de

Estado da Segurana Pblica e da Defesa Social ou do Governador do Estado, far jus percepo de dirias e passagens o servidor policial que se afastar do Estado, por prazo no superior a 30 (trinta) dias, em misso relacionada com a instituio da Polcia Civil, inclusive para participao, como autor de tese, membro de comisso tcnica ou representante do rgo policial, em congressos, simpsios, seminrios e outros conclaves.

Art. 106. O servidor que receber dirias e passagem e no se afastar da sede, por qualquer motivo, fica obrigado a restitu-las integralmente, no prazo de 5 (cinco) dias.

1 Na hiptese de o servidor retornar sede em prazo menor do que o previsto para o afastamento, restituir as dirias recebidas em excesso, no prazo previsto no caput deste artigo.

2 O servidor beneficirio de dirias, no regresso, dever apresentar relatrio circunstanciado sobre o deslocamento.

Seo IIDas Gratificaes e dos Adicionais

Art. 107. Alm da parcela nica prevista no Anexo I desta Lei Complementar so oferecidas ao servidor policial civil, as seguintes:

I gratificaes:

a) de Chefia de Investigao e Chefia de Cartrio, com atribuies previstas no art. 30, 3 e 4 desta Lei Complementar; e

b) natalina (13 salrio); II adicionais:a) por tempo de servio; e

b) de frias.

Subseo IDa gratificao natalina (13 salrio)

Art. 108. A gratificao natalina, devida a ocupante de cargo de provimento efetivo ou em comisso, corresponde a 1/12 (um doze avos) da remunerao a que fizer jus no ms de dezembro, por ms de exerccio no respectivo ano.

Pargrafo nico. A frao igual ou superior a 15 (quinze) dias ser considerada como ms integral.Art. 109. A gratificao natalina ser paga no ms de dezembro.

Pargrafo nico. Juntamente com a remunerao do ms de junho, poder ser paga at a respectiva metade como adiantamento da gratificao.

Art. 110. O servidor exonerado perceber sua gratificao natalina proporcionalmente aos meses de exerccio, calculada sobre a remunerao do ms da exonerao.

Art. 111. A gratificao natalina no pode servir de base de clculo para nenhuma outra vantagem.

Subseo IIDo Adicional por Tempo de Servio