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DISCIPLINA Ética – aulas 1,2,3,4.NOME DO PROFESSOR Márcia Gemaque

Ética:

Inscrição definitiva: Deferida por um dos 27 Conselhos Seccionais existentes no país, preenchidos os 08 requisitos do art. 8º, Estatuto: capacidade civil; diploma a partir do 9º semestre; título de eleitor; quitação com serviço militar obrigatório; idoneidade; não exercer atividade incompatível; aprovação em exame de ordem; prestar compromisso.Art. 8º Para inscrição como advogado é necessário:

I - capacidade civil;II - diploma ou certidão de graduação em direito, obtido em instituição de ensino oficialmente autorizada e credenciada; III - título de eleitor e quitação do serviço militar, se brasileiro;IV - aprovação em Exame de Ordem;V - não exercer atividade incompatível com a advocacia;VI - idoneidade moral;VII - prestar compromisso perante o conselho.§ 1º O Exame da Ordem é regulamentado em provimento do Conselho Federal da OAB.§ 2º O estrangeiro ou brasileiro, quando não graduado em direito no Brasil, deve fazer prova do título de graduação, obtido

em instituição estrangeira, devidamente revalidado, além de atender aos demais requisitos previstos neste artigo.§ 3º A inidoneidade moral, suscitada por qualquer pessoa, deve ser declarada mediante decisão que obtenha no mínimo dois

terços dos votos de todos os membros do conselho competente, em procedimento que observe os termos do processo disciplinar.§ 4º Não atende ao requisito de idoneidade moral aquele que tiver sido condenado por crime infamante, salvo reabilitação

judicial.

O diploma estrangeiro deve ser traduzido e reconhecido pelo MEC, mesmo que no outro país exercesse a advocacia deverá ser aprovado no exame da Ordem.

Até 03.07.1994, pelo estatuto antigo ( o atual é de 04/07/1994), o Juiz ou Promotor que era advogado poderia suspender o registro e após aposentar reativava. Pelo atual estatuto o advogado que passar a exercer atividade incompatível, a exemplo tomar posse como Juiz ou Promotor, está obrigado a cancelar o registro, após aposentar ou exonerar, poderá obter um novo registro, e não será necessária nova aprovação a exame de ordem. Por provimento novíssimo, poderá restabelecer o registro anterior.

OBS. Antes era possível ser Juiz ou Promotor sem ser advogado.OBS. Juiz ou Promotor aposentado que nunca foi escrito na OAB pode requerer a primeira

inscrição, sem aprovação ao exame de Ordem.Exercício efetivo da advocacia significa ao menos 05 causas ao ano, exigido para diversos

concursos.

Inscrição suplementar: O inscrito em um Estado poderá obter até 26 novos registros, pagando por até 27 anuidades, com diferentes valores. Não é automática, ou seja, o outro Estado pode indeferir. Depende de processo junto ao outro Estado onde não é exigida nova aprovação ao exame de Ordem.

OBS. A OAB exige suplementar a partir de 06 causas ao ano com intervenção judicial.

Inscrição transferida também depende de processo sem aprovação, e ocorre na mudança de domicílio de um Estado para o outro. Paga apenas uma anuidade.

Atividades Privativas da AdvocaciaDiretoria Jurídica; Consultoria Jurídica: parecer Assessoria Jurídica;Visto a atos constitutivos a pessoa jurídica;Postulação em Juízo, exceto: Justiça do Trabalho, Juizado Especial Civil, Habeas Corpus e Juiz

de Paz.

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DISCIPLINA Ética – aulas 1,2,3,4.NOME DO PROFESSOR Márcia Gemaque

Artigos do Regulamento Geral

Art. 1º A atividade de advocacia é exercida com observância da Lei n. 8.906/94 (Estatuto), deste Regulamento Geral, do Código de Ética e Disciplina e dos Provimentos.

Art. 2º O visto do advogado em atos constitutivos de pessoas jurídicas, indispensável ao registro e arquivamento nos órgãos competentes, deve resultar da efetiva constatação, pelo profissional que os examinar, de que os respectivos instrumentos preenchem as exigências legais pertinentes.

Parágrafo único. Estão impedidos de exercer o ato de advocacia referido neste artigo os advogados que prestem serviços a órgãos ou entidades da Administração Pública direta ou indireta, da unidade federativa a que se vincule a Junta Comercial, ou a quaisquer repartições administrativas competentes para o mencionado registro.

Art. 3º É defeso ao advogado funcionar no mesmo processo, simultaneamente, como patrono e pre- posto do empregador ou cliente.

Art. 4º A prática de atos privativos de advocacia, por profissionais e sociedades não inscritos na OAB, constitui exercício ilegal da profissão.

Parágrafo único. É defeso ao advogado prestar serviços de assessoria e consultoria jurídicas para terceiros, em sociedades que não possam ser registradas na OAB.

Art. 5º Considera-se efetivo exercício da atividade de advocacia a participação anual mínima em cinco atos privativos previstos no artigo 1º do Estatuto, em causas ou questões distintas.

Parágrafo único. A comprovação do efetivo exercício faz-se mediante:certidão expedida por cartórios ou secretarias judiciais; cópia autenticada de atos privativos; certidão expedida pelo órgão público no qual o advogado exerça função privativa do seu ofício,

indicando os atos praticados.

Art. 6º O advogado deve notificar o cliente da re- núncia ao mandato (art. 5º, § 3º, do Estatuto), preferencialmente mediante carta com aviso de recepção, comunicando, após, o Juízo.

Art. 7º A função de diretoria e gerência jurídicas em qualquer empresa pública, privada ou paraestatal, inclusive em instituições financeiras, é privativa de advogado, não podendo ser exercida por quem não se encontre inscrito regularmente na OAB.

Licença: depende de processo junto ao Conselho e pode ser requerida em 3 hipóteses: Requerimento Justificado. Exemplo: passar a residir ao exterior; Doença mental curável; Passar a exercer atividade incompatível e caráter provisório/ temporário, Exemplo: Prefeito,

Governador e Vices, Ministro de Estado, Secretário Estadual ou Municipal, membro da mesa diretora do Poder Legislativo.

Durante o período de licença, não pode advogar nem em causa própria, e não vota nas eleições da OAB (porque não paga anuidade).

Cancelamento: pode ser de ofício ou mediante processo: Morte; Exclusão por 2/3 do Conselho Seccional, por ter sido 03 vezes suspensos; crime infamante;

declarado inidôneo por 2/3 do Conselho Seccional, falsa prova para inscrição; Requerimento; Passar a exercer atividade incompatível em caráter permanente, ex. Juiz, Promotor, Delegado,

Servidor Judiciário, Militar, Cartório... Perda de qualquer requisito necessário à inscrição.

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OBS. A exceção do morto após cancelamento, poderá ser obtida nova inscrição, e não será permitida nova inscrição. Porém se houve prática de crime e exclusão, o advogado deverá ser reabilitado criminalmente e disciplinarmente para obter novo registro.

Diferença entre impedimento e compatibilidade: A incompatibilidade é a proibição total, ou seja, não advoga nem em causa própria. Se esta

incompatibilidade for definitiva deve haver cancelamento, porém, se for provisória há de existir licença.

O impedimento não gera licença ou cancelamento porque o inscrito advoga, porém, está impedido de advogar para aquela parte ou naquela causa.

Causas de incompatibilidade = gera licença (incompatibilidade provisória) ou cancelamento (incompatibilidade definitiva):

Gerente de banco ou instituições financeiras; Qualquer pessoa que trabalhe de forma remunerada na arrecadação, fiscalização e no

lançamento de tributo; Em cartório; Polícia; Militar na ativa; Servidores Públicos do Judiciário e qualquer pessoa que seja remunerada pelo Judiciário; Chefes e vices do Poder Executivo; Diretores de qualquer Órgão Público inclusive Ministro de Estado e Secretários; Chefes do Poder Legislativo / Membros da mesa Diretora.

Causas de Impedimento para advogar: (não gera licença ou cancelamento) Servidores Públicos do Executivo e do Legislativo, não podem advogar contra quem o

remunere. Assim Servidor Federal não advoga contra a União, mas advoga normalmente, contra qualquer Estado ou Município.

OBS. Professor de direito advoga contra a própria Universidade, porque não há qualquer impedimento ou incompatibilidade ao docente Jurídico.

OBS. O Servidor que é também advogado do órgão onde atua como servidor, poderá advogar contra a quem o remunere para defender o órgão;

Membros do Poder Legislativo, não podem advogar a favor ou contra a pessoa jurídica a qual estejam vinculados. Assim Senadores e Deputados Federais, não podem advogar a favor ou contra;

Contra o próprio cliente; Contra ex-cliente até 02 anos, exceto advogado de família; Advogado de família não pode advogar ou atuar independente do tempo ocorrido, ainda que

este ex-cliente não tenha assinado procuração.

Divórcio ou separação consensual – advogado escolhe;Divórcio ou separação litigioso, consensual, litigioso – advogado com cliente originário;

Advogado trabalhista não pode atuar nem em causa civil contra empresa cliente, Advogado de massa falida não pode atuar contra credores da massa; Advogado de condomínio só advoga contra condomínio para defender o condomínio; Advogado de testamento ou inventário só advoga para os herdeiros / beneficiários se não existir

conflitos entre eles, se existir conflitos, escolhe um e renuncia para os demais;

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OBS. O advogado que também é sócio de uma empresa, não está impedido de advogar para empresa, mas a OAB recomenda abstenção;

Estagiário Pode atual em conjunto com o advogado para praticar todas as atividades. Sozinho poderá:1. Obter certidões / sentença / alvará / precatórios. 2. Petições de juntada. 3. Carga de processo.Para inscrição de estagiário é exigidas 300 horas.E pode ser punido com censura.

ProcuraçãoEm regra, a procuração outorga poderes gerais mas pode outorgar poderes especiais quando o

cliente ou a lei exigir.É comum ser escrita, mas pode ser verbal como no JEC, justiça do trabalho, interrogatório do

réu.Em urgência existem 15 dias prorrogados por mais 15 dias para juntada da procuração escrita.O advogado pode substabelecer os poderes e NUNCA precisará de autorização do cliente. Com

reservas atuará com o colega substabelecido, sem reservas deixa de ser o advogado. Apenas o substabelecimento sem reservas deve ser notificado ao cliente. Obs.: no substabelecimento com reserva o advogado substabelecido não recebe honorários sem o aval do substabelecente.

O advogado pode renunciar os poderes outorgados sem justificativa pois a renúncia é de foro íntimo. Porém deve notificar o cliente e desta ciência fluirá os 10 dias a que ficou obrigado exceto se foi constituído novo advogado.

Obs.: em lide temerária o advogado renúncia e notifica o cliente das responsabilidades cíveis e criminais decorrentes do ato.

O cliente pode revogar os poderes a qualquer tempo e sem motivo. Esta revogação será tácita quando nova procuração revoga anterior, porém, se a nova procuração contiver poderes especiais não revogará a velha de poderes gerais.

Obs.: 2 advogados, 2 contratos de honorários em 1 procuração, cliente pode revogar de 1 e não de outro, isso é válido para mesma lide.

Considera-se extinta a procuração com arquivamento e com a conclusão da causa.Os documentos não devolvidos ao cliente devem ser guardados pelo prazo prescricional de

cada documento.

PublicidadeRegra: sempre discreta, moderada e de cunho informativo essa deve ser a alternativa correta no

caso de dúvida.Obs.: NUNCA mercantil (se a empresa faz eu não faço), essa regra é aplicada ao advogado e à

sociedade de advogados.Obrigatório: nome, número da OAB e endereço completo inclusive telefone e eletrônico.Proibido: referir causas, clientes e antigas funções ou ocupações.Facultativo: horário de atendimento, idiomas falados e escritos, títulos desde a graduação, sem

membro de instituições acadêmicas e científicas.Obs.: a expressão “Dr” não é recomendada, é desaconselhável, mas não é infração ética.Rádio e TV: é vedado qualquer anúncio ainda que em canal estrangeiro. É tolerada em caráter

excepcional a participação em programas educativos.Obs.: o advogado deve se abster de dar entrevista e quando tiver que falar não deve pronunciar

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nome de cliente, causa, ou seja, deve falar emabstrato/genérico.Anúncios escritos apenas em classificados, jornais e revistas especializadas Ex.: jornal de

direito pode. Vedado: foto, desenhos, cores, não pode empregar marcas que faça referência aoadvogado.

Internet: pode ter site, mas não pode ter consulta on line emaberto.Placas: somente no local.Obs.: Pode haver no local placa luminosa desde que discreta, moderada e de cunho

informativo.

EAOAB art. 7º, II e XIX, 34,VII e 72§2º, art. 1º, § 3º,14, parágrafo único, 33, parágrafo único, 34, XIII, e 35, parágrafo únicoProvimento n. 94/2000CED art. 28 ao 34.

PROVIMENTO Nº 94/2000"Dispõe sobre a publicidade, a propaganda e a

informação da advocacia."O Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil, no uso das atribuições que lhe são

conferidas pelo art. 54, V, da Lei nº 8.906, de 4 de julho de 1994,considerando as normas sobre publicidade, propaganda e informação da advocacia, esparsas no

Código de Ética e Disciplina, no Provimento nº 75, de 1992, em resoluções e em acentos dos Tribunais de Ética e Disciplina dos diversos Conselhos Seccionais;

considerando a necessidade de ordená-las de forma sistemática e de especificar adequadamente sua compreensão;

considerando, finalmente, a decisão tomada no processo 4.585/2000 COP,RESOLVE:Art. 1º.É permitida a publicidade informativa do advogado e da sociedade de advogados,

contanto que se limite a levar ao conhecimento do público em geral, ou da clientela, em particular, dados objetivos e verdadeiros a respeito dos serviços de advocacia que se propõe a prestar, observadas as normas do Código de Ética e Disciplina e as deste Provimento.

Art. 2º. Entende-se por publicidade informativa:a. a identificação pessoal e curricular do advogado ou da sociedade de advogados;

b. o número da inscrição do advogado ou do registro da sociedade;c. o endereço do escritório principal e das filiais, telefones, fax e endereços eletrônicos;d. as áreas ou matérias jurídicas de exercício preferencial;e. o diploma de bacharel em direito, títulos acadêmicos e qualificações profissionais obtidos em estabelecimentos reconhecidos, relativos à profissão de advogado (art. 29, §§ 1º e 2º, do Código de Ética e Disciplina);f. a indicação das associações culturais e científicas de que faça parte o advogado ou a sociedade de advogados;g. os nomes dos advogados integrados ao escritório;h. o horário de atendimento ao público;i. os idiomas falados ou escritos.

Art. 3º. São meios lícitos de publicidade da advocacia:

a. a utilização de cartões de visita e de apresentação do escritório, contendo, exclusivamente, informações objetivas;b. a placa identificativa do escritório, afixada no local onde se encontra instalado;c. o anúncio do escritório em listas de telefone e análogas;d. a comunicação de mudança de endereço e de alteração de outros dados de identificação do

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escritório nos diversos meios de comunicação escrita, assim como por meio de mala-direta aos colegas e aos clientes cadastrados;e. a menção da condição de advogado e, se for o caso, do ramo de atuação, em anuários profissionais, nacionais ou estrangeiros;f. a divulgação das informações objetivas, relativas ao advogado ou à sociedade de advogados, com modicidade, nos meios de comunicação escrita e eletrônica.

§ 1º. A publicidade deve ser realizada com discrição e moderação, observado o disposto nos arts. 28, 30 e 31 do Código de Ética e Disciplina.

§ 2º. As malas-diretas e os cartões de apresentação só podem ser fornecidos a colegas, clientes ou a pessoas que os solicitem ou os autorizem previamente.

§ 3º. Os anúncios de publicidade de serviços de advocacia devem sempre indicar o nome do advogado ou da sociedade de advogados com o respectivo número de inscrição ou de registro; devem, também, ser redigidos em português ou, se em outro idioma, fazer-se acompanhar da respectiva tradução.

Art. 4º. Não são permitidos ao advogado em qualquer publicidade relativa à advocacia:a. menção a clientes ou a assuntos profissionais e a demandas sob seu patrocínio;

b. referência, direta ou indireta, a qualquer cargo, função pública ou relação de emprego e patrocínio que tenha exercido;c. emprego de orações ou expressões persuasivas, de auto-engrande-cimento ou de comparação;d. divulgação de valores dos serviços, sua gratuidade ou forma de pagamento;e. oferta de serviços em relação a casos concretos e qualquer convocação para postulação de interesses nas vias judiciais ou administrativas;f. veiculação do exercício da advocacia em conjunto com outra atividade;g. informações sobre as dimensões, qualidades ou estrutura do escritório;h. informações errôneas ou enganosas;i. promessa de resultados ou indução do resultado com dispensa de pagamento de honorários;j. menção a título acadêmico não reconhecido;k. emprego de fotografias e ilustrações, marcas ou símbolos incompatíveis com a sobriedade da advocacia;l. utilização de meios promocionais típicos de atividade mercantil.

Art. 5º. São admitidos como veículos de informação publicitária da advocacia:a. Internet, fax, correio eletrônico e outros meios de comunicação semelhantes;

b. revistas, folhetos, jornais, boletins e qualquer outro tipo de imprensa escrita;c. placa de identificação do escritório;d. papéis de petições, de recados e de cartas, envelopes e pastas.

Parágrafo único. As páginas mantidas nos meios eletrônicos de comunicação podem fornecer informações a respeito de eventos, de conferências e outras de conteúdo jurídico, úteis à orientação geral, contanto que estas últimas não envolvam casos concretos nem mencionem clientes.

Art. 6º. Não são admitidos como veículos de publicidade da advocacia:a. rádio e televisão;

b. paineis de propaganda, anúncios luminosos e quaisquer outros meios de publicidade em vias públicas;c. cartas circulares e panfletos distribuídos ao público;d. oferta de serviços mediante intermediários.

Art. 7º. A participação do advogado em programas de rádio, de televisão e de qualquer outro meio de comunicação, inclusive eletrônica, deve limitar-se a entrevistas ou a exposições sobre assuntos jurídicos de interesse geral, visando a objetivos exclusivamente ilustrativos, educacionais e instrutivos para esclarecimento dos destinatários.

Art. 8º. Em suas manifestações públicas, estranhas ao exercício da advocacia, entrevistas ou exposições, deve o advogado abster-se de:

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a. analisar casos concretos, salvo quando argüido sobre questões em que esteja envolvido como advogado constituído, como assessor jurídico ou parecerista, cumprindo-lhe, nesta hipótese, evitar observações que possam implicar a quebra ou violação do sigilo profissional;b. responder, com habitualidade, a consultas sobre matéria jurídica por qualquer meio de comunicação, inclusive naqueles disponibilizados por serviços telefônicos ou de informática;c. debater causa sob seu patrocínio ou sob patrocínio de outro advogado;d. comportar-se de modo a realizar promoção pessoal;e. insinuar-se para reportagens e declarações públicas;f. abordar tema de modo a comprometer a dignidade da profissão e da instituição que o congrega.

Art. 9º. Ficam revogados o Provimento nº 75, de 14 de dezembro de 1992, e as demais disposições em contrário.

Art. 10. Este Provimento entra em vigor na data de sua publicação.

Sala das Sessões, 5 de setembro de 2000.Reginaldo Oscar de CastroPresidenteAlfredo de Assis Gonçalves NetoConselheiro Relator (PR)

Honorários Advocatícios:Tipos: Honorários Advocatícios Contratados / Convencionados: o contrato escrito vale como título

executivo extrajudicial. Com prescrição de 05 anos contados do vencimento do contrato. Alerta para revogação, renúncia, acordo (transação) e desistência. É vedada a inculca (captação de clientes) + justiça gratuita e honorários advocatícios com valor inferior as 27 tabelas. Abaixo desse mínimo apenas justificando com critérios a complexidade da causa e tempo, o valor cobrado não pode ser alterado, e o valor contratado pode ser reduzido em razão de honorários advocatícios sucumbenciais;

Honorários Advocatícios arbitrado ou por arbitramento: não há honorários advocatícios contratados e há honorários advocatícios verbal, a partir da decisão juiz comum e o título executivo judicial, o prazo para prescrever a cobrança é de 05 anos do trânsito em julgado;

Honorários Advocatícios Sucumbenciais: até 20% da parte contrária do título executivo judicial, sua prescrição é de 05 anos da coisa julgada;

Subtipos: Honorários Advocatícios por participação em bens do cliente: honorários advocatícios

contratados de título executivo extrajudicial, quando cliente está sem dinheiro. Ex.: inventário;Honorários Advocatícios “Quota Litis” = porcentagem do valor do advogado, não pode ser

superior à parte do cliente (pode até ser metade) = Título executivo extrajudicial. Ex.: Justiça do Trabalho;

Honorários Advocatícios “ Ad Exitum ” (pelo êxito) = verbal ou escrito, mas depende do êxito transitado em julgado;

Atenção:Advogado morto ou incapacitado deve receber proporcional ao tempo trabalhado; Acordo não exclui honorários;Substabelecido com reservas não recebe sem o aval do substabelecente;Advogado pede alvarás ou precatórios separados, parte dele parte do cliente, mas juiz não está

obrigado a fazê-lo, exceto se o advogado juntar o contrato de honorários aos autos.

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Sociedade de Advogados:O Registro no Conselho Seccional: número de advogados e anuidade. Vedado registro no

Cartório e Junta Comercial. É Composta por mais de 01 advogado. O Nome da sociedade é o nome de um ou de todos os sócios, vedado nome fantasia. O nome

do sócio falecido, somente permanece na sociedade se estiver previsto em cláusula contratual.A licença de sócio não afeta a sociedade, mas deve ser registrada. O cancelamento de sócio afeta a sociedade. Quando se registra 02 sócios e 01 cancela, deve ser informado a OAB pelo prazo de 180 dias. O sócio que está impedido de atuar como advogado, não impede a sociedade. O advogado pode

ter uma sociedade por Estado, ou filial em outro Estado com as inscrições dos sócios neste outro Estado.

Quando o advogado sócio comete crime, a responsabilidade criminal é do sócio autor do crime, responsabilidade disciplinar é do sócio autor da infração disciplinar. Somente responde a sociedade, quando houver responsabilidade civil, sendo capital social da sociedade e subsidiariamente dos sócios.

A Procuração é feita em nome dos sócios e refere ao final o nome da sociedade.

Advogado Empregado: Recebe o salário, com honorários advocatícios sucumbenciais partilhados com empregador

também advogado. Restituição das despesas com transporte, alimentação e hospedagem. Jornada de 4h diária e 20h por semana, salvo dedicação exclusiva, sendo 8h diária e 40h/semanal, com hora extra de 100% + adicional noturno 25% das 20 às 5h.

OBS. advogado mesmo subordinado goza de isenção técnica.

Direitos:CAPÍTULO IIDos Direitos do Advogado

Art. 6º Não há hierarquia nem subordinação entre advogados, magistrados e membros do Ministério Público, devendo todos tratar-se com consideração e respeito recíprocos.

Parágrafo único. As autoridades, os servidores públicos e os serventuários da justiça devem dispensar ao advogado, no exercício da profissão, tratamento compatível com a dignidade da advocacia e condições adequadas a seu desempenho.

Art. 7º São direitos do advogado:I - exercer, com liberdade, a profissão em todo o território nacional;II - ter respeitada, em nome da liberdade de defesa e do sigilo profissional, a inviolabilidade de

seu escritório ou local de trabalho, de seus arquivos e dados, de sua correspondência e de suas comunicações, inclusive telefônicas ou afins, salvo caso de busca ou apreensão determinada por magistrado e acompanhada de representante da OAB;

II – a inviolabilidade de seu escritório ou local de trabalho, bem como de seus instrumentos de trabalho, de sua correspondência escrita, eletrônica, telefônica e telemática, desde que relativas ao exercício da advocacia; (Redação dada pela Lei nº 11.767, de 2008)

III - comunicar-se com seus clientes, pessoal e reservadamente, mesmo sem procuração, quando estes se acharem presos, detidos ou recolhidos em estabelecimentos civis ou militares, ainda que considerados incomunicáveis;

IV - ter a presença de representante da OAB, quando preso em flagrante, por motivo ligado ao exercício da advocacia, para lavratura do auto respectivo, sob pena de nulidade e, nos demais casos, a comunicação expressa à seccional da OAB;

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V - não ser recolhido preso, antes de sentença transitada em julgado, senão em sala de Estado Maior, com instalações e comodidades condignas, assim reconhecidas pela OAB, e, na sua falta, em prisão domiciliar;         (Vide ADIN 1.127-8)

VI - ingressar livremente:a) nas salas de sessões dos tribunais, mesmo além dos cancelos que separam a parte reservada

aos magistrados;b) nas salas e dependências de audiências, secretarias, cartórios, ofícios de justiça, serviços

notariais e de registro, e, no caso de delegacias e prisões, mesmo fora da hora de expediente e independentemente da presença de seus titulares;

c) em qualquer edifício ou recinto em que funcione repartição judicial ou outro serviço público onde o advogado deva praticar ato ou colher prova ou informação útil ao exercício da atividade profissional, dentro do expediente ou fora dele, e ser atendido, desde que se ache presente qualquer servidor ou empregado;

d) em qualquer assembléia ou reunião de que participe ou possa participar o seu cliente, ou perante a qual este deva comparecer, desde que munido de poderes especiais;

VII - permanecer sentado ou em pé e retirar-se de quaisquer locais indicados no inciso anterior, independentemente de licença;

VIII - dirigir-se diretamente aos magistrados nas salas e gabinetes de trabalho, independentemente de horário previamente marcado ou outra condição, observando-se a ordem de chegada;

IX - sustentar oralmente as razões de qualquer recurso ou processo, nas sessões de julgamento, após o voto do relator, em instância judicial ou administrativa, pelo prazo de quinze minutos, salvo se prazo maior for concedido;       (Vide ADIN 1.127-8)      (Vide ADIN 1.105-7)

X - usar da palavra, pela ordem, em qualquer juízo ou tribunal, mediante intervenção sumária, para esclarecer equívoco ou dúvida surgida em relação a fatos, documentos ou afirmações que influam no julgamento, bem como para replicar acusação ou censura que lhe forem feitas;

XI - reclamar, verbalmente ou por escrito, perante qualquer juízo, tribunal ou autoridade, contra a inobservância de preceito de lei, regulamento ou regimento;

XII - falar, sentado ou em pé, em juízo, tribunal ou órgão de deliberação coletiva da Administração Pública ou do Poder Legislativo;

XIII - examinar, em qualquer órgão dos Poderes Judiciário e Legislativo, ou da Administração Pública em geral, autos de processos findos ou em andamento, mesmo sem procuração, quando não estejam sujeitos a sigilo, assegurada a obtenção de cópias, podendo tomar apontamentos;

XIV - examinar em qualquer repartição policial, mesmo sem procuração, autos de flagrante e de inquérito, findos ou em andamento, ainda que conclusos à autoridade, podendo copiar peças e tomar apontamentos;

XIV - examinar, em qualquer instituição responsável por conduzir investigação, mesmo sem procuração, autos de flagrante e de investigações de qualquer natureza, findos ou em andamento, ainda que conclusos à autoridade, podendo copiar peças e tomar apontamentos, em meio físico ou digital;         (Redação dada pela Lei nº 13.245, de 2016)

XV - ter vista dos processos judiciais ou administrativos de qualquer natureza, em cartório ou na repartição competente, ou retirá-los pelos prazos legais;

XVI - retirar autos de processos findos, mesmo sem procuração, pelo prazo de dez dias;XVII - ser publicamente desagravado, quando ofendido no exercício da profissão ou em razão

dela;XVIII - usar os símbolos privativos da profissão de advogado;XIX - recusar-se a depor como testemunha em processo no qual funcionou ou deva funcionar,

ou sobre fato relacionado com pessoa de quem seja ou foi advogado, mesmo quando autorizado ou solicitado pelo constituinte, bem como sobre fato que constitua sigilo profissional;

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XX - retirar-se do recinto onde se encontre aguardando pregão para ato judicial, após trinta minutos do horário designado e ao qual ainda não tenha comparecido a autoridade que deva presidir a ele, mediante comunicação protocolizada em juízo.

XXI - assistir a seus clientes investigados durante a apuração de infrações, sob pena de nulidade absoluta do respectivo interrogatório ou depoimento e, subsequentemente, de todos os elementos investigatórios e probatórios dele decorrentes ou derivados, direta ou indiretamente, podendo, inclusive, no curso da respectiva apuração:         (Incluído pela Lei nº 13.245, de 2016)

a) apresentar razões e quesitos;         (Incluído pela Lei nº 13.245, de 2016)b) (VETADO).         (Incluído pela Lei nº 13.245, de 2016)§ 1º Não se aplica o disposto nos incisos XV e XVI:1) aos processos sob regime de segredo de justiça;2) quando existirem nos autos documentos originais de difícil restauração ou ocorrer

circunstância relevante que justifique a permanência dos autos no cartório, secretaria ou repartição, reconhecida pela autoridade em despacho motivado, proferido de ofício, mediante representação ou a requerimento da parte interessada;

3) até o encerramento do processo, ao advogado que houver deixado de devolver os respectivos autos no prazo legal, e só o fizer depois de intimado.

§ 2º O advogado tem imunidade profissional, não constituindo injúria, difamação ou desacato puníveis qualquer manifestação de sua parte, no exercício de sua atividade, em juízo ou fora dele, sem prejuízo das sanções disciplinares perante a OAB, pelos excessos que cometer.        (Vide ADIN 1.127-8)

§ 3º O advogado somente poderá ser preso em flagrante, por motivo de exercício da profissão, em caso de crime inafiançável, observado o disposto no inciso IV deste artigo.

§ 4º O Poder Judiciário e o Poder Executivo devem instalar, em todos os juizados, fóruns, tribunais, delegacias de polícia e presídios, salas especiais permanentes para os advogados, com uso e controle assegurados à OAB.     (Vide ADIN 1.127-8)

§ 5º No caso de ofensa a inscrito na OAB, no exercício da profissão ou de cargo ou função de órgão da OAB, o conselho competente deve promover o desagravo público do ofendido, sem prejuízo da responsabilidade criminal em que incorrer o infrator.

§ 6o  Presentes indícios de autoria e materialidade da prática de crime por parte de advogado, a autoridade judiciária competente poderá decretar a quebra da inviolabilidade de que trata o inciso II do caput deste artigo, em decisão motivada, expedindo mandado de busca e apreensão, específico e pormenorizado, a ser cumprido na presença de representante da OAB, sendo, em qualquer hipótese, vedada a utilização dos documentos, das mídias e dos objetos pertencentes a clientes do advogado averiguado, bem como dos demais instrumentos de trabalho que contenham informações sobre clientes.       (Incluído pela Lei nº 11.767, de 2008)

§ 7o  A ressalva constante do § 6o deste artigo não se estende a clientes do advogado averiguado que estejam sendo formalmente investigados como seus partícipes ou co-autores pela prática do mesmo crime que deu causa à quebra da inviolabilidade.       (Incluído pela Lei nº 11.767, de 2008)

§ 8o  (VETADO)       (Incluído pela Lei nº 11.767, de 2008)§ 9o  (VETADO)       (Incluído pela Lei nº 11.767, de 2008)§ 10.  Nos autos sujeitos a sigilo, deve o advogado apresentar procuração para o exercício dos

direitos de que trata o inciso XIV.          (Incluído pela Lei nº 13.245, de 2016)§ 11.  No caso previsto no inciso XIV, a autoridade competente poderá delimitar o acesso do

advogado aos elementos de prova relacionados a diligências em andamento e ainda não documentados nos autos, quando houver risco de comprometimento da eficiência, da eficácia ou da finalidade das diligências.          (Incluído pela Lei nº 13.245, de 2016)

§ 12.  A inobservância aos direitos estabelecidos no inciso XIV, o fornecimento incompleto de autos ou o fornecimento de autos em que houve a retirada de peças já incluídas no caderno investigativo implicará responsabilização criminal e funcional por abuso de autoridade do

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responsável que impedir o acesso do advogado com o intuito de prejudicar o exercício da defesa, sem prejuízo do direito subjetivo do advogado de requerer acesso aos autos ao juiz competente.         (Incluído pela Lei nº 13.245, de 2016)

ATENÇÃO = DECORAR ART. 7º EAOABDeveres:

CED - DAS REGRAS DEONTOLÓGICAS FUNDAMENTAISArt. 1ºO exercício da advocacia exige conduta compatível com os preceitos deste Código, do

Estatuto, do Regulamento Geral, dos Provimentos e com os demais princípios da moral individual, social e profissional.

Art. 2º O advogado, indispensável à administração da Justiça, é defensor do Estado democrático de direito, da cidadania, da moralidade pública, da Justiça e da paz social, subordinando a atividade do seu Ministério Privado à elevada função pública que exerce.

Parágrafo único. São deveres do advogado:I–preservar, em sua conduta, a honra, a nobreza e a dignidade da profissão, zelando pelo seu

caráter de essencialidade e indispensabilidade; II –atuar com destemor, independência, honestidade, decoro, veracidade, lealdade, dignidade e boa-fé; III –velar por sua reputação pessoal e profissional; IV –empenhar-se, permanentemente, em seu aperfeiçoamento pessoal e profissional; V –contribuir para o aprimoramento das instituições, do Direito e das leis; VI –estimular a conciliação entre os litigantes, prevenindo, sempre que possível, a instauração

de litígios; VII –aconselhar o cliente a não ingressar em aventura judicial; VIII –abster-se de: a) utilizar de influência indevida, em seu benefício ou do cliente; b) patrocinar interesses ligados a outras atividades estranhas à advocacia, em que também atue; c) vincular o seu nome a empreendimentos de cunho manifestamente duvidoso; d) emprestar concurso aos que atentem contra a ética, a moral, a honestidade e a dignidade da pessoa humana; e) entender-se diretamente com a parte adversa que tenha patrono constituído, sem o

assentimento deste. IX –pugnar pela solução dos problemas da cidadania e pela efetivação dos seus direitos

individuais, coletivos e difusos, no âmbito da comunidade. Art. 3º O advogado deve ter consciência de que o Direito é um meio de mitigar as

desigualdades para o encontro de soluções justas e que a lei é um instrumento para garantir a igualdade de todos.

Art. 4º O advogado vinculado ao cliente ou constituinte, mediante relação empregatícia ou por contrato de prestação permanente de serviços, integrante de departamento jurídico, ou órgão de assessoria jurídica, público ou privado, deve zelar pela sua liberdade e independência.

Parágrafo único. É legítima a recusa, pelo advogado, do patrocínio de pretensão concernente a lei ou direito que também lhe seja aplicável, ou contrarie expressa orientação sua, manifestada anteriormente.

Art. 5º O exercício da advocacia é incompatível com qualquer procedimento de mercantilização.

Art. 6º É defeso ao advogado expor os fatos em Juízo falseando deliberadamente a verdade ou estribando-se na má-fé. Art. 7º É vedado o oferecimento de serviços profissionais que impliquem, direta ou

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indiretamente, inculcação ou captação de clientela.

CAPÍTULO II - DAS RELAÇÕES COM O CLIENTEArt. 8º O advogado deve informar o cliente, de forma clara e inequívoca, quanto a eventuais

riscos da sua pretensão, e das conseqüências que poderão advir da demanda. Art. 9º A conclusão ou desistência da causa, com ou sem a extinção do mandato, obriga o

advogado à devolução de bens, valores e documentos recebidos no exercício do mandato, e à pormenorizada prestação de contas, não excluindo outras prestações solicitadas, pelo cliente, a qualquer momento.

Art. 10.Concluída a causa ou arquivado o processo, presumem-se o cumprimento e a cessação do mandato.

Art. 11.O advogado não deve aceitar procuração de quem já tenha patrono constituído, sem prévio conhecimento deste, salvo por motivo justo ou para adoção de medidas judiciais urgentes e inadiáveis.

Art. 12.O advogado não deve deixar ao abandono ou ao desamparo os feitos, sem motivo justo e comprovada ciência do constituinte.

Art. 13. A renúncia ao patrocínio implica omissão do motivo e a continuidade da responsabilidade profissional do advogado ou escritório de advocacia, durante o prazo estabelecido em lei; não exclui, todavia, a responsabilidade pelos danos causados dolos a ou culposamente aos clientes ou a terceiros.

Art. 14.A revogação do mandato judicial por vontade do cliente não o desobriga do pagamento das verbas honorárias contratadas, bem como não retira o direito do advogado de receber o quanto lhe seja devido em eventual verba honorária de sucumbência, calculada proporcionalmente, em face do serviço efetivamente prestado.

Art. 15.O mandato judicial ou extrajudicial deve ser outorgado individualmente aos advogados que integrem sociedade de que façam parte, e será exercido no interesse do cliente, respeitada a liberdade de defesa.

Art. 16.O mandato judicial ou extrajudicial não se extingue pelo decurso de tempo, desde que permaneça a confiança recíproca entre o outorgante e o seu patrono no interesse da causa.

Art. 17.Os advogados integrantes da mesma sociedade profissional, ou reunidos em caráter permanente para cooperação recíproca, não podem representar em juízo clientes com

interesses opostos. Art. 18.Sobrevindo conflitos de interesse entre seus constituintes, e não estando acordes os

interessados, com a devida prudência e discernimento, optará o advogado por um dos mandatos, renunciando aos demais, resguardado o sigilo profissional.

Art. 19.O advogado, ao postular em nome de terceiros, contra ex-cliente ou ex-empregador, judicial e extrajudicialmente, deve resguardar o segredo profissional e as informações reservadas ou privilegiadas que lhe tenham sido confiadas.

Art. 20.O advogado deve abster-se de patrocinar causa contrária à ética, à moral ou à validade de ato jurídico em que tenha colaborado, orientado ou conhecido em consulta; da mesma forma, deve declinar seu impedimento ético quando tenha sido convidado pela outra parte, se esta lhe houver revelado segredos ou obtido seu parecer.

Art. 21É direito e dever do advogado assumir a defesa criminal, sem considerar sua própria opinião sobre a culpa do acusado.

Art. 22. O advogado não é obrigado a aceitar a imposição de seu cliente que pretenda ver com ele atuando outros advogados, nem aceitar a indicação de outro profissional para com ele trabalhar no processo.

Art. 23.É defeso ao advogado funcionar no mesmo processo, simultaneamente, como patrono e preposto do empregador ou cliente.

Art. 24.O substabelecimento do mandato, com reserva de poderes, é ato pessoal do advogado

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da causa. § 1º O substabelecimento do mandato sem reservas de poderes exige o prévio e inequívoco

conhecimento do cliente. § 2ºO substabelecido com reserva de poderes deve ajustar antecipadamente seus honorários

com o substabelecente. CAPÍTULO III - DO SIGILO PROFISSIONALArt. 25.O sigilo profissional é inerente à profissão, impondo-se o seu respeito, salvo grave

ameaça ao direito à vida, à honra, ou quando o advogado se veja afrontado pelo próprio cliente e, em defesa própria, tenha que revelar segredo, porém sempre restrito ao interesse da causa.

Art. 26.O advogado deve guardar sigilo, mesmo em depoimento judicial, sobre o que saiba em razão de seu ofício, cabendo-lhe recusar-se a depor como testemunha em processo no qual funcionou ou deva funcionar, ou sobre fato relacionado com pessoa de quem seja ou tenha sido advogado, mesmo que autorizado ou solicitado pelo constituinte.

Art. 27.As confidências feitas ao advogado pelo cliente podem ser utilizadas nos limites da necessidade da defesa, desde que autorizado aquele pelo constituinte.

Parágrafo único. Presumem-se confidenciais as comunicações epistolares entre advogado e cliente, as quais não podem ser reveladas a terceiros.

CAPÍTULO VI- DO DEVER DE URBANIDADEArt. 44.Deve o advogado tratar o público, os colegas, as autoridades e os funcionários do Juízo com respeito, discrição e independência, exigindo igual tratamento e zelando pelas prerrogativas a que tem direito. Art. 45.Impõe-se ao advogado lhaneza, emprego de linguagem escorreita e polida, esmero e disciplina na execução dos serviços. Art. 46.O advogado, na condição de defensor nomeado, conveniado ou dativo, deve comportar-se com zelo, empenhando-se para que o cliente se sinta amparado e tenha a expectativa de regular desenvolvimento da demanda.

OAB

1. Órgãos (04)1.1- conselho federal tem 11.2- conselho seccional tem 271.3- subseção = 15 advogados, com 100 advogados pode ter conselho subseccional1.4- caixa= 1500 advogados

a caixa serve para dar assistência

2. Diretoria ou qualquer órgão2.1 presidente2.2 vice2.3 secretário geral2.4 secretario adjunto2.5 tesouraria

3. Eleição3.1- voto é obrigatório sob pena de 20% da anuidade justificável ausência se estiver fora do país.3.2- votantes =somente os pagantes. quem não vota é o advogado que esta licenciado 3.3- votados = mínimo 05 anos de efetivo exercício + sem punição disciplina.3.4- período de eleição = 2º quinzena novembro.

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3.5- mandato é de = 03 anos3.6- posse = 1º de janeiro, exceto diretoria conselho federal eleita em 31 de janeiro.

Conselho Federal = 81 conselheiro federais para 27 delegações com 27 votos, exceto eleição da diretoria com 81 votos.

Conselho Estadual = 24 a 60 conselheiros com 03 conselheiros federais que integram = delegação com caixa e com subseção.

a diretoria toma posse 01 de fevereiro.os conselheiros federais toma posse em 01 de janeiro

4- Competência é do seccional quase tudo.Conselho federal => cria é edita Código de Ética e Disciplina, Regulamento Geral e os

Provimento + julga recurso quando a decisão 1º grau é conselho seccionalpor ex: exclusão, inscrição, inidoneidade

PROCESSOS NA OAB

1) tipos:1.1) em geral = 1º administrativo e 2º CPC1.2) disciplinar = CPP2) prazo = 15 dias3) recursos = além do vencido recorre o presidente conselho seccional.Os recursos tem efeito suspensivo, exceto (devolutivo): eleição ∕ cancelamento de inscrição ∕

suspensão preventiva Julgados pelo seccional, exceto decisão de 1º grau pelo conselho seccional.Censura ou Advertência = Suspensão + Multa = decisão 1º grau por turma do TED, haverá

então um recurso julgado pelo decisão 2º grau Conselho Seccional. # Exclusão = Decisão 1º grau = 2∕3 Conselho Seccional = Recurso decisão 2º grau = Conselho Federal

PROCESSO DISCIPLINAR:

1) sanções : existem 04 - censura ou advertência =+ 100- suspensão = 09- exclusão= 4- multa = 0obs: se não souber chute censura

2) multa: de 1 a 10 anuidade, cumulativa com suspensão, e com censura ou advertência. agravante por reincidência.

3) censura ou advertência: ambas não são publicas (suspensão e exclusão são publicas) e apenas a censura consta no assentamento.

Advertência => somente aplicada se o advogado gozar das atenuantes do artigo 40 do estatuto ou seja é primário; praticou a infração na defesa de um direito ; trabalhou pra causa publica ; exercício efetivo de cargo ou direção na OAB.

a execução ( censura ou advertência ) destas pode ser suspensa temporariamente por curso de 120 dias sob ética na OAB ou instituição autorizada.

ex:dica na duvida chuto censura ou advertência e nunca será apenas multa.infrações sujeita a censura ou advertência, mais de 100, por exemplo: quebra de sigilo

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profissional; usar de influencias ex2: destratar as pessoas; publicidade irregular; traje inadequado é também Censura, deturpar

depoimento, doutrina e outras fontes; tentar se entender com outra parte que possui advogado, juntar aos autos mensagens pelo Whatsaap, msn, e-mails trocado entre os advogados pois isso é quebra de sigilo.

4) suspensao =>é válida em todo território nacional, mínimo de 30 dias e máximo de 12 meses e até que se cumpra com a obrigação.

a suspensao preventiva => por 90 dias é aplicada pela ofensa a categoria ou seja a infração praticada transedeu a pessoa do advogado porque ofendeu a classe.:

ex: advogado quaresma do goleiro bruno, foi flagado fumando craque.é a única pena restrita ao conselho do escrito. e todas as demais penas vigora o local da

infração. é a única pena cujo o recurso tem o efeito devolutivo, pois as demais é suspensivo.infrações sujeita a suspensão:- erros reiterados que evidencie a inepcia profissional, por ex: atuar impedido, causar nulidade

processual, perda de prazo, petição inepta e recurso sem requisitos. gera suspensão por 30 dias e até que o advogado posta nova prova oab.

- retenção de motivo recusa de autos, ou seja foi notificado a devolver. - conduta incompatível : * jogo de azar;* escândalos;* embriaguez ou toxicomania.* conduta incompatível ( continência publica – sexo ... etc)ATENÇÃO = tudo que for relacionado a dinheiro é suspensão

05) Exclusãoé a única pena com decisão de primeiro grau com 2∕3 do conselho seccional e recurso para o

federal.

5.1) infrações :1ª 3 x suspensão2ª crime infamante 3ª declarado inidôneo 4ª falsa prova à inscrição

06) Prescrição: 05 anos da contestação oficial do fato. ex: se toma conhecimento pela televisão, radio, impressão já esta iniciando o prazo.

07) Sigilo: apenas partes e seus procuradores, exceto autoridade judiciária.

08) Competência: é o lugar que cometeu a infração. exceção: infração que supera 01 estado = a competência é no conselho federal.

presidente seccional ( 27) e conselheiro federal(81) é a competência no conselho federal alerta= suspensão preventiva local de inscrição.

09) Representação não anônima de qualquer pessoa ou autoridade de oficio= P.P.P ( são os três presidentes = presidente da subseção, conselho seccional e do

TED)

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10) 1º relator = ele preside o fato até a instauração à razoes finais = ele nada decideobs: o primeiro e o segundo relator é do 1º grau O 1º relator faz a instauração, 1ª citação, 1ª defesa O 2º relator é o que julga.

Este 1º relator da instancia ordinária é necessariamente conselheiro da OAB. recebida a representação é nomeado o 1º relator que faz a primeira notificação para que o acusado e se este não for encontrado nomeia o dativo para que apresente a primeira defesa, escrita, defesa previa.

Recebida a defesa previa o primeiro relator pode marcar instrução onde serão ouvidas até 05 testemunhas arroladas, e que comparecem independente de intimação, ao invés de marcar instrução poderá emitir parecer para indeferimento liminar da representação, cuja decisão é do presidente do conselho seccional com recurso para o conselho seccional

após instrução o primeiro relator abre o prazo para as razoes finais, recebendo-as remete autos para a decisão do primeiro grau.

11) 2º relator da turma do TED ou do Conselho.Os autos instaurados e instruídos e com razoes finais são distribuído ao segundo relator que faz

a segunda notificação para a segunda defesa que é oral, na seção de seu julgamento, ( é falado na hora que for julgado).

após defesa oral é proferida decisão de primeiro grau .

12) Recurso: ao conselho seccional, exceto exclusão que é para o Conselho Federal.

13) Revisão do processo: por erro de julgamento ou por falsa prova (os criminosos)

14) reabilitação: após 01(um) ano do cumprimento de qualquer pena poderá ser requerida, mas se além da infração disciplinar houver crime deverá haver primeiro a reabilitação criminal (passado 02 anos) .

Obs: a OAB é obrigada a noticiar o crime.

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