Lei-munícipal-nº-19 - Estatuto Do Func Publico Ipero

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    LEI MUNICIPAL N 019 DE 29 DE MAIO DE 1992

    DISCIPLINA O REGIME JURIDICO DOS FUNCIONRIOS PBLICOS DO MUNICIPIO DE IPERO

    BENEDITO VALARIO, Prefeito Municipal de Iper, nouso de suas atribuies legais, faz saber que a CmaraMunicipal aprovou e ele sanciona a seguinte Lei:

    TITULO I

    Disposies Preliminares

    ARTIGO 1 - Esta Lei disc iplina os direitos, deveres e responsabilidades a que se submetem osfuncionrios da Prefeitura, Cmara, Autarquias e Fundaes Pblicas do Municpio de Iper.

    ARTIGO 2 - Para efeitos deste Estatuto considera-se:

    I funcionrio pblico: pessoa legalmente investida em cargo pblico de provimento efetivo ou emcomisso;

    II cargo pblico: conjunto de atribuies e responsabilidades representado por um lugar, institudonos quadros do funcionalismo, criado por Lei ou Resoluo com denominao prpria e atribuiesespecficas;

    III vencimento: retribuio pecuniria, bsica, fixada em Lei, paga mensalmente ao funcionriopblico pelo exerccio das atribuies inerentes ao seu cargo;

    IV remunerao: retribuio pecuniria bsica, acrescida da quantia referente s vantagenspecunirias a que o funcionrio tem direito;

    V classe: agrupamento de cargos pbl icos da mesma denominao e idntica referncia devencimentos e mesmas atribuies;

    VI carreira: o con junto de classes da mesma natureza de trabalho e de idntica habilitaoprofi ssio nal, escalonada segundo a responsabilid ade e compl exidade das atribui es, paraprogresso dos titulares dos cargos que a integram;

    VII quadro: o conjunto de cargos integrantes das estruturas dos rgos aos Poderes Executivo eLegislativo, das autarquias e das fundaes pblicas;

    ARTIGO 2 -Aos cargos pblicos cor respondero referncias numricas seguidas de letras emordem alfabtica indicadoras de graus.

    1 - Referncia o nmero indicativo da posio de cargo na escala bsica do vencimento. 2 - Grau a letra indicativa do valor progressivo da referncia.

    3 - O conjunto de referncia e grau constitui o padro de vencimentos.

    TTULO II

    Do Provimento, do Exerccio e da Vacncia dos Cargos Pblicos

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    CAPITULO I

    Dos Cargos Pblicos

    ARTIGO 4 - Os cargos pblicos so isolados ou de carreira.

    1 - Os cargos de carreira so sempre de provimento efetivo.

    2 - Os cargos isolados so de provimento efetivo ou em comisso, conforme dispuser a sua Lei ouResoluo criadora.

    ARTIGO 5 - As atribuies com titulares dos cargos pblicos sero estabelecidas na Lei criadora docargo ou em decreto regulamentar.

    nico vedado atr ibuir ao funcionrio pblico encargos ou servios diversos daqueles relativosao seu cargo, exceto quando se tratar de funes de chefia ou direo, de designao especial e doscasos de readaptao.

    CAPITULO II

    Do Provimento

    ARTIGO 6 - Provimento o ato administrativo atravs do qual se preenche um cargo pblico, com adesignao de seu titular.

    Pargrafo nico O provimentos dos cargos pblicos far-se- por ato da autarquia de cada Poder,de dirigentes de autarquia ou de fundao pblica.

    ARTIGO 7 - Os cargos pbl icos sero acessveis a todos os que preencham, obrigatoriamente, osseguintes requisitos.

    I ser brasileiro nato ou naturalizado;

    II ter sido previamente habilitado em concurso, ressalvado o preenchimento de cargo de livreprovimento em comisso;

    III estar no gozo dos direitos polticos;

    IV estar quite com as obrigaes militares e eleitorais;

    V gozar de boa sade, fsica e mental, comprovada em exame mdico;

    VI possuir habilitao profissional para o exerccio das atribuies inerentes ao cargo, quando for ocaso;

    VII atender s condies especiais prescritas em Lei para provimento de cargo.

    ARTIGO 8 -Os cargos pblicos sero providos por:

    I nomeao;

    II reintegrao;

    III reverso;

    IV aproveitamento;

    V transferncia;

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    VI acesso.

    CAPITULO III

    Da nomeao

    ARTIGO 9 -Nomeao o ato administrativo pelo qual o cargo pblico atribuido a uma pessoa.

    Pargrafo nico -As nomeaes sero feitas:

    I livremente, em comisso, a critrio da autor idade nomeante, quando se tratar de cargo deconfiana;

    II vinculadamente, em carter efetivo, quando se tratar de cargo cujo preenchimento espera. deaprovao em Concurso;

    ARTIGO 10 - A nomeao em carter efetivo obedecer rigorosamente, ordem de classificao emConcurso cujo prazo de validade esteja em vigor.

    CAPITULO IV

    Do Estgio Probatrio

    ARTIGO 11 - Estgio Probatrio o perodo de 02 (dois) anos de exerccio do funcionrio a partir desua nomeao, em carter efetivo, durante o qual sero apurados os seguintes aspectos, a cerca desua vida funcional.

    I assiduidade;

    II disciplina;

    III eficincia;IV aptido e dedicao ao servio;

    V cumprimento dos deveres e obrigaes funcionais;

    1 - O rgo de pessoal manter cadastro dos funcionrios em estgio probatrio.

    2 - Cinco meses antes do fim do estgio probatrio o rgo de pessoal solicitar informaessobre o funcionrio ao seu chefe direto, que dever presta-las no prazo de dez dias.

    3 - Caso as informaes sejam contrrias confirmao do funcionrio no cargo, ser-lhe-concedido prazo de dez dias para que apresente sua defesa.

    4 - A confirmao do funcionrio no cargo no depender de novo ato.

    ARTIGO 12 - O funcionrio nomeado em virtude de concurso pblico adquirir estabilidade aps doisanos de efetivo exerccio.

    Pargrafo nico A estabi lidade assegura ao funcionrio a garantia de permanncia no serviopblico.

    ARTIGO 13 - O funcionrio estvel somente perder o cargo:

    I em virtude de deciso judicial transitada em julgado;

    II mediante processo administrativo em que lhe seja assegurada ampla defesa.

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    CAPITULO V

    Do Concurso

    ARTIGO 14 - O Concurso Pblico reger-se- por Edital, que conter basicamente o seguinte:

    I indicao do tipo de Concurso, de provas ou de provas e ttulos;

    II indicao das condies necessrias ao preenchimento de cargo de acordo com as exignciaslegais, tais como:

    a) diplomas necessrios ao desempenho das atribuies do cargo;

    b) experincia profissional relacionada com a rea de atuao;

    c) capacidade fsica para o desempenho das atribuies do cargo;

    d) idade mnima ou mxima ser fixada de acordo com a natureza das atribuies do cargo;

    III Indicao do tipo e do contedo das provas e das categorias de ttulos;

    IV Indicao da forma de julgamento das provas e dos ttulos;

    V Indicao dos critrios de habilitao e classificao;

    VI Indicao do prazo de validade do......

    Pargrafo nico As normas gerais para realizao dos concursos sero estabelecidos em LeiMunicipal especfica.

    ARTIGO 15 -O prazo de validade do concurso ser de at dois anos, prorrogvel uma vez por igual

    perodo.ARTIGO 16 - O concurso, uma vez aberto, dever estar homologado dentro do prazo de seis meses,contados da data do encerramento das inscries.

    ARTIGO 17 - As pro vas e a ti tul ao sero j ulg adas por uma comisso de trs membros,profissionalmente habilitados e designados pela autoridade competente.

    CAPITULO VI

    Da Reintegrao

    ARTIGO 18 - Reintegrao o reingresso do funcionrio estvel no servio pblico municipal emvirtude de deciso judicial transitada em julgado.

    ARTIGO 19 - A reintegrao ser feita no cargo anteriormente ocupado.

    1 - Se o cargo houver sido transformado, o funcionrio ser reintegrado no cargo resultante detransformao.

    2 - Se o cargo houver s ido extinto , ser reintegrado em cargo de vencimentos e atribuiesequivalente, sempre respeitada sua habilitao profissional.

    ARTIGO 20 - Reintegrado o funcionrio, quem lhe houver ocupado o lugar ser reconduzido ao cargode origem, sem direito indenizao, ou aproveitamento em outro cargo, ou, ainda, pos to emdisponibilidade.

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    ARTIGO 21 - Transitada em julgado a deciso judicial que determinar a reintegrao, o rgoincumbido da defesa do Municpio representar imediatamente autor idade competente para queseja expedido o decreto de reintegrao no prazo de trinta dias.

    CAPITULO VII

    Da Reverso

    ARTIGO 22 - Reverso o retorno do funcionrio ao servio pblico, por determinao da autoridadecompetente.

    1 - A reverso ser feita quando insubsistentes as razes que determinaram aposentadoria.

    2 - A reverso far-se- em cargo de idntica denominao, atribuies e vencimentos ao daqueleocupado por ocasio da aposentadoria ou, se transformado, no cargo resultante da transformao.

    CAPITULO VIII

    Do Aproveitamento

    ARTIGO 23 - Aproveitamento o retorno, a cargo pblic o, de funcionrio colocado emdisponibilidade.

    ARTIGO 24 - O aproveitamento daquele que foi posto em disponibilidade direito do funcionrio edever da administrao que o conduzir, quando houver vaga, a cargo de natureza e vencimentossemelhantes ao anteriormente ocupado.

    ARTIGO 25 -O funcionrio em disponibil idade que, em inspeo mdica oficial, for consideradoincapaz para o desempenho de suas atribuies ser aposentado no cargo que anteriormenteocupava, sempre ressalvada a possibilidade de readaptao.

    CAPITULO IX

    Da Transferncia

    ARTIGO 26 - Transferncia a passagem do funcionrio de um cargo para outro cargo da mesmadenominao, atribuies e vencimentos pertencente, porm, a rgo de lotao diferente.

    Pargrafo nico A transferncia poder ser feita a pedido do funcionrio ou de ofc io, atendidasempre a convenincia do servio.

    ARTIGO 27 - No poder ser transferido ex officio funcionrio investido em mandato eletivo.

    ARTIGO 28 A transferncia por permuta processar-se- a pedido escrito de ambos os interessados.

    ARTIGO 29 - A permuta entre funcionrios da Prefeitura, Cmara, das autarquias e das funespblicas do Municpio somente poder ser efetuada a pedido dos interessados e mediante prvioconsentimento das autoridades a que estejam subordinados.

    CAPITULO X

    Do Acesso

    ARTIGO 30 - Acesso a passagem do funcionrio ocupante de cargo de provimento efetivo paraoutro cargo da classe imediatamente superior em que se encontra, dentro da respectiva carreira.

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    Pargrafo nico O acesso depender de xi to do funcionrio em processo seletivo interno, emque se apurar sua aptido para o desempenho de atribuies mais complexas e que justificam suaascenso funcional.

    ARTIGO 31 -O funcionrio somente poder concorrer seleo interna, a que se refere o artigoanterior, se:

    I satisfazer os requisitos necessrios do preenchimento do cargo pblico de classe superior;

    II contar com mais de dois anos de efetivo exerccio no seu cargo;

    ARTIGO 32 -Havend o empate no processo seletivo interno, ter preferncia sucessivamente ofuncionrio pblico que:

    I contar mais tempo de servio pblico municipal;

    II contar mais tempo de servio no seu cargo;

    ARTIGO 33 -O direito a pertencer carreira, nos casos em que seja possvel, direito indispensveldo funcionrio pblico.

    CAPITULO XI

    Da Promoo

    ARTIGO 34 - Promoo a passagem do funcionrio de um determinado grau para o imediatamentesuperior, da mesma classe.

    Pargrafo nico A promoo no se constitui em forma de provimento de cargo.

    ARTIGO 35 - A promoo obedecer aos critrios de antiguidade e merecimento, alternadamente,

    realizando-se anualmente.

    ARTIGO 36 - Os critrios, beneficirios e outras regras relativas promoo sero objeto de Leiespecfica, de iniciativa exclusiva do Chefe do Executivo Municipal.

    CAPITULO XII

    Da Readaptao

    ARTIGO 37 -Readaptao a atribuio de encargos mais compatveis com a capacidade fsica oumental do funcionrio e depender sempre de exame mdico oficial.

    ARTIGO 38 - A readaptao no acarretar aumento ou diminuio de vencimentos.

    CAPITULO XIII

    Da Posse

    ARTIGO 39 - Posse o ato atravs do qual o poder pblico, expressamente, outorga e o funcionrio,expressamente, aceita a atribuies e os deveres inerentes ao cargo pblico, adquirindo, assim a suatitularidade.

    Pargrafo nico So competentes para dar posse:

    I O Prefeito, aos Secretrios Municipais e Agentes Polticos a estes equiparados;

    II O responsvel pelo rgo de pessoal, nos demais casos.

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    ARTIGO 40 - A posse em cargo pblico depender de prvia inspeo mdica oficial.

    Pargrafo nico Somente poder ser empossado aquele que for julgado apto fsica e mentalmentepara o exerccio do cargo.

    ARTIGO 41 - A posse verificar-se- mediante a assinatura do funcionrio e a autoridade competente,de termo lavrado em livro prprio, do qual constar obrigatoriamente o compromisso do funcionriode cumprir fielmente os deveres do cargo e os constantes desta Lei.

    1 - A posse poder ser efetivada por procurao outorgada com poderes especiais.

    2 - No ato da posse, o func ionrio declarar se exerce ou no outro cargo, emprego ou funopbli ca remunerada, na administ rao direta ou em autarquia, empresa pblica, sociedade deeconomia mista ou, ainda, em fundao pblica.

    3 - Os ocupantes de cargos de direo e/ ou chefia faro, no ato da posse, declarao de bens.

    4 - A no observncia dos requisitos exigidos para preenchimento do cargo implicar a nulidade do

    ato de nomeao e a punio da autoridade responsvel, nos termos da Lei.

    ARTIGO 42 - A posse dever se verif icar no prazo de trinta dias, contados da data de publicao doato de nomeao.

    1 - O prazo previsto neste artigo poder, a critrio da autoridade nomeante, ser prorrogado portrinta dias, desde que assim o requeira, fundamentalmente, o interessado.

    2 -A contagem do prazo a que se refere este artigo poder ser suspensa at o mximo de cento evinte dias, a partir da data em que o funcionrio demonstrar que est impossibi litado de tomar possepor motivo de doena apurado em inspeo mdica.

    3 - O prazo previsto neste artigo , para aquele que, antes de tomar posse, for i ncorporado sForas Armadas, ser contado a partir da data de desincorporaro.

    ARTIGO 43 - Tomar-se- sem efeito o ato de nomeao, se a posse no se der no prazo previsto noartigo 42 e seus pargrafos.

    CAPITULO XIV

    Do Exerccio

    ARTIGO 44 - Exerccio o efetivo desempenho das atribuies e deveres do cargo.

    Pargrafo nico O inicio, a interrupo, o reinic io e as cassaes do exerccio sero registradasno assentamento individuais ao funcionrio.

    ARTIGO 45 -O chefe imediato do funcionrio a autoridade competente para autorizar-lhe oexerccio.

    ARTIGO 46 - O exerccio do cargo dever, obrigatoriamente, ter inicio no prazo de t rinta dias,contados:

    I da data da posse;

    II da data da publicao oficial, do ato, no caso de reintegrao, reverso e aproveitamento;

    ARTIGO 47 - O funcionrio que no entrar em exerccio dentro do prazo previsto ser exonerado docargo.

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    ARTIGO 48 -O afastamento do funcionrio para participao em Congressos, Certames Desportivos,Culturais ou Cientficos poder ser autorizado pelo Prefeito, na forma estabelecida em Decreto.

    ARTIGO 49 - nenhum funcionrio poder ter exerccio fora do Municpio, em misso de estudos oude outra natureza, com ou sem nus para os cofres pblicos, sem autorizao ou designao daautoridade competente.

    1 -Ressalvados os casos de absoluta convenincia a juzo da autoridade competente, nenhumfuncionrio poder permanecer por mais de dois anos em misso fora do Municpio, nem vir a exerceroutra, seno depois de decorridos quatro anos de efetivo exerccio no Municpio, contados da data doregresso.

    2 - Independer de autorizao o afastamento do funcionrio para exercer funo eletiva.

    ARTIGO 50 - O funcionrio preso em flagrante ou preventivamente, pronunciado ou indiciado porcrime inafianvel, ter o exerccio suspenso at a deciso final transitada em julgado.

    Pargrafo nico Durante a suspenso, o funcionrio perceber apenas 2/3 da remunerao e terdireito as diferenas corrigidas monetariamente, se for absolvido.

    CAPITULO XV

    De Fiana

    ARTIGO 51 -O funcionrio investido em cargo cujo provimento, por disposio legal, dependa defiana, no poder entrar em exerccio sem cumprir essa exigncia.

    Pargrafo nico O valor da fiana ser estabelecida na Lei criadora do cargo.

    ARTIGO 52 - A fiana poder ser prestada:

    I em dinheiro;

    II em aplices de seguro de fidelidade funcional, emitido por ins titutos oficiais ou companhiaslegalmente autorizadas;

    III em ttulos da dvida pblica da Unio, do Estado ou do Municpio.

    1 - vedado o levantamento da fiana antes de tomada as contas do funcionrio.

    2 - O valor da fiana, corrigido monetariamente, ser devolvido ao funcionrio, aps a tomada decontas efetivada pela autoridade competente.

    3 - O responsvel por alcance ou desvio no ficar isento da responsabilidade administrativa ou

    criminal que couber, ainda que o valor de fiana seja superior ao prejuzo verificado.

    CAPITULO XVI

    Da Remoo

    ARTIGO 53 - Remoo o deslocamento do funcionrio de uma unidade para outra, dentro domesmo rgo de lotao, podendo ser feita a pedido ou ex-officio .

    ARTIGO 54 - A remoo por permuta ser processada a pedido escrito dos interessados, com aconcordncia das respectivas chefias, atendida a convenincia administrativa.

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    ARTIGO 55 - O funcionrio removido dever assumir de imediato o exerccio na unidade para a qualfoi deslocado, salvo quando em frias, licena ou desempenho de cargo em comisso, hipteses emque dever se apresentar no primeiro dia til aps o trmino do impedimento.

    CAPITULO XVII

    Da Substituio

    ARTIGO 56 - Haver substi tuio remunerada no impedimento legal e temporrio do ocupante decargo pblico efetivo ou em comisso.

    ARTIGO 57 - A substituio recair sempre em funcionrio pblico titu lar de cargo de provimentoefetivo, que possua habilitao para o desempenho das atribuies inerentes ao cargo do substitudo.

    Pargrafo nico Quando a subst ituio for de cargo pertencente a carreira, a designao deverrecair sobre um dos seus integrantes.

    ARTIGO 58 - A subs titui o ser automtica quando prevista em Lei e depender de ato da

    autoridade competente quando for efetivada para atender convenincia administrativa.

    1 - A autoridade competente para nomear ser competente para formalizar, por ato prprio, asubstituio.

    2 - O substituto desempenhar as atribuies do cargo enquanto perdurar o impedimento do titular.

    ARTIGO 59 - O substituto, durante todo o tempo da substituio, ter direito a perceber o vencimentoe as vantagens pecunirias inerentes ao cargo do subst itudo, sem prejuzo das vantagens pessoaisa que tiver direito, podendo optar pelo vencimento do cargo de que ocupante em carter efetivo.

    Pargrafo nico A substituio automtica gratuita se inferior, inclusive, a cinco dias teis.

    ARTIGO 60 - Os tesoureiros, caixas e outros funcionrios que tenham valores ..... guarda, em casode impedimento, poder ser substitudo por funcionrios que indicar de sua confiana.

    Pargrafo nico Feita a indicao por escr ito au toridade competente, est dever propor aexpedio do ato de designao, ficando assegurado ao substituto a remunerao do cargo, a partirda data em que assumir as respectivas atribuies.

    ARTIGO 61 - A substituio no gerar direito do substituto em incorporar aos seus vencimentos, adiferena entre a sua remunerao e a do substitudo.

    CAPITULO XVIII

    Da Vacncia

    ARTIGO 62 - Dar-se- vacncia, quando o cargo pblico ficar constitudo de titular, em decorrnciade:

    I exonerao

    II demisso

    III acesso

    IV transferncia

    V aposentadoria

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    VI falecimento

    1 - Dar-se- a exonerao:

    I a pedido do funcionrio

    II a critrio da autoridade nomeante, quando se tratar de ocupante de cargo de prov imento emcomisso.

    III se o funcionrio no entrar em exerccio no prazo legal

    IV quando o funcionrio, durante o estgio probatrio, no demonstrar que rene as cond iesnecessrias ao bom desempenho das atribuies do cargo.

    2 -A demisso ser aplicada como penalidade, nos casos previstos nesta Lei.

    TITULO III

    Dos Direitos e VantagensCAPITULO I

    Do Tempo de Servio

    ARTIGO 63 - A apurao do tempo de servio ser feita em dias.

    Pargrafo nico O nmero de dias ser convert ido em anos, considerando o ano de trezentos esessenta e cinco dias.

    ARTIGO 64 - Ser considerado de efetivo exerccio o perodo de afastamento, em virtude de:

    I frias;II casamento, at oito dias;

    III luto, at dois dias, por falecimento de tios, padrasto, madrasta, cunhados, genros e noras;

    IV luto, at oito dias, por falecimento de cnjuge, pais, filhos, irmos, sogros e descendentes;

    V exerccio de outro cargo municipal, de provimento em comisso;

    VI convocao para obrigaes decorrentes do servio militar;

    VII prestao de servios no jri e outros obrigatrios por Lei;

    VIII desempenho de mandato eletivo federal, estadual, municipal, ou no Distrito Federal;

    IX licena-prmio;

    X licena funcionria gestante;

    XI licena compulsria;

    XII licena paternidade;

    XIII licena a funcionrio acidentado em servio para tratamento de sade, ou acometido de doenaprofissional ou molstia grave;

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    XIV misso ou estudo de interesse do Municpio, em out ros pontos do territrio nacional ou noexterior, quando o afastamento houver sido autorizado pela autoridade competente;

    1 - vedada a contagem em dobro do tempo do servio prestado simultaneamente em doiscargos, empregos ou funes pblicas, junto Administrao Direta ou Indireta.

    2 -No caso do inciso VIII, o tempo de afastamento ser considerado de efetivo exerccio paratodos os efeitos legais, exceto para promoo por merecimento.

    CAPITULO II

    Das Frias

    ARTIGO 65 - O funcionrio ter direito anualmente, ao gozo de trinta dias consecutivos de frias deacordo com a escala organizada pelo rgo competente.

    1 - Somente depois do primeiro ano de exerccio no rgo pblico, o funcionrio adquirir direito afrias;

    2 -O gozo das frias ser remunerado com um tero a mais do o vencimento normal;

    3 -durante as frias, o func ionrio ter direito a todas as vantagens, como se em exerccioestivesse;

    4 - vedado levar conta de frias para compensao, qualquer falta ao servio;

    ARTIGO 66 - Em casos excepcionais, a critrio da Administrao, as frias podero ser gozadas emdois perodos, nenhum dos quais poder ser inferior a dez dias.

    ARTIGO 67 - proibido a acumulao de frias.

    1 -Por absoluta necessidade de servio , as frias do funcionrio podero ser indeferidas pelaAdministrao, pelo prazo mximo de dois anos consecutivos.

    2 - Em caso de acumulao de frias, poder o funcionrio goza-las ininterruptamente;

    3 - Somente sero consideradas como no gozadas, por absoluta necessidade do servio as friasque o funcionrio deixar de gozar, mediante deciso escrita da autoridade competente, exarada emprocesso administrativo e publicada na forma legal, dentro do exerccio a que elas corresponderem.

    ARTIGO 68 - Salvo comprovada necessidade de servio o funcionrio promovido, transferido ouremovido durante as frias, no ser obrigado a apresentar-se de antes termina-las.

    ARTIGO 69 - facultado ao funcionrio pbli co converter 1/3 do perodo de frias em abono

    pecunirio, desde que o requeira no momento de sua solic itao, que dever ser efetivada 30 diasantes do inicio de sua fruio.

    CAPITULO III

    Das Licenas

    Seo I

    Disposies Gerais

    ARTIGO 70 - Sero concedidas:

    I licena para tratamento de sade;

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    II licena por motivo de doena em pessoa da famlia;

    III - licena para repouso;

    IV licena paternidade;

    V licena para tratamento de doena profissional ou em decorrncia de acidente de trabalho;

    VI licena para prestar servio militar;

    VII licena por motivo de afastamento do cnjuge ou companheiro de funcionrio ou militar;

    VIII licena compulsria;

    IX licena prmio;

    X licena pra tratar de interesses particulares;

    XI licena por motivo especial.Pargrafo nico O ocupante de cargo de provimento em comisso no ter direito licena paratratar de interesses particulares.

    ARTIGO 71 - A licena que depender de exame mdico ser concedida pelo prazo indicado ou noatestado proveniente do rgo oficial competente.

    ARTIGO 72 - Terminada a li cen a, o f unc ion rio reassumir, imediatamente, o exerccio dasatribuies do cargo.

    ARTIGO 73 - O funcionrio licenciado para tratamento de sade no poder se dedicar a qualqueratividade remunerada, sob pena de ter cassada a licena a ser promovida a sua responsabilizao.

    ARTIGO 74 - A licena poder ser pror rogada de ofcio ou a pedido do interessado, desde quefundada em novo exame mdico oficial.

    Pargrafo nico O pedido dever ser apresentado pelo menos trs dias antes de findar o prazo dalicena, se indeferido, ser considerado como de licena o perodo compreendido entre a data do seutrmino e a do conhecimento oficial do despacho.

    ARTIGO 75 -As licenas concedidas dentro de trinta dias, contados do trmino da anterior, seroconsideradas como prorrogao.

    Pargrafo nico Para os efeitos deste artigo, somente sero levadas em considerao as licenasda mesma natureza.

    ARTIGO 76 - O funcionrio no poder permanecer em licena, por prazo superior a quatro anos.

    ARTIGO 77 -O funcionrio em gozo de licena dever comunicar ao chefe de repartio o local ondepossa ser encontrado.

    SEO II

    Da licena para Tratamento de Sade

    ARTIGO 78 -Ao funcionrio impossibilitado exercer o cargo por motivo de sade ser concedidalicena pelo rgo oficial competente, a pedido do interessado ou de ofcio.

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    Pargrafo nico Em ambos os casos, indispensvel o exame mdico que poder ser realizado,quando necessrio, na residncia do funcionrio.

    ARTIGO 79 -O exame para concesso da licena para tratamento de sade ser feito por mdicooficial ou oficialmente credenciado ou, ainda, por rgo oficial do Municpio, do Estado ou da Unio.

    1 -O atestado ou laudo passado por medido ou junta mdica particular s produzir efeitos a partirda homologao pelo servio de sade do Municpio, se houver, ou pelo Centro de Sade dalocalidade.

    2 - As licenas superiores a sessenta dias dependero de exame do funcionrio por junta mdica.

    ARTIGO 80 - Ser munido disciplinarmente, com suspenso de trinta dias, o funcionrio que recusare se submeter a exame mdico, cessando os efeitos da penalidade logo que se verifique o exame.

    ARTIGO 81 - Considerando apto, em exame mdico, o funcionrio reassumir o exerccio do cargo,sob pena de serem considerados como faltas injustificadas os dias de ausncia.

    Pargrafo nico No curso da licena poder o funcionrio requerer exame mdico, caso se julgueem condies de reassumir o exerccio do cargo.

    ARTIGO 82 - A licena a funcionrio acometido de tuberculose ativa, alienao mental, neoplasiamaligna, cegueira, lepra, paralisia irreversvel e incapacitante, cardiopatia grave, doena deParkins on, esponcil oartrose anquilos ante nerroptia grave, ostete deformante, sndromeimunodefic incia adquirida e outra admitidas na legislao previdenciria nacional, ser concedidaquando o exame mdico no concluir pela concesso imediata da aposentadoria.

    ARTIGO 83 - Ser integral a remunerao do funcionrio licenciado para o tratamento de sade, ouacometido dos males previstos no artigo anterior.

    SEO IIIDa Licena por Motivo de Doena em Pessoa da Famlia

    ARTIGO 84 -O funcionrio poder obter licena, por motivo de doena ascendente, descendente,cnjuge no separado legalmente, companheira ou companheiro, padrasto ou madrasta, enteado ecolateral consangneo ou afim at o segundo grau civil, mediante comprovao mdica.

    1 - A licena somente ser concedida se o funcionrio provar que sua assis tncia pessoal epermanente indispensvel, no podendo ser prestada simultaneamente com exerccio do cargo.

    2 - Provar-se- a doena mediante exame mdico.

    3 -A licena que trata este artigo no poder ultrapassar o prazo de vinte e quatro meses.

    4 - A licena de que trata este artigo ser concedida, com remunerao integral, at um ms, e,aps, com os seguintes descontos:

    I 50% (cinqenta por cento) quando exceder um ms e prolongar at trs meses;

    II 30% (trinta por cento) quando exceder um ms e prolongar at seis meses;

    III sem remunerao, a partir do stimo ms ao vigsimo quarto ms.

    SEO IV

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    Da Licena funcionria Gestante

    ARTIGO 85 - funcionria gestante ser concedido, mediante exame mdico, licena de cento evinte dias, sem prejuzo de sua remunerao.

    1 - Salvo prescrio mdica em contrrio a licena poder ser concedida a partir do oitavo ms degestao.

    2 -Ocorrido e comprovado o parto, sem que tenha sido requerida a licena, a funcionria entrar,automaticamente em licena pelo prazo previsto neste artigo.

    3 - Aps o trmino da licena e at que a criana complete seis meses de idade, a funcionria terdireita a dois descansos especiais de meia hora cada, para amamentao.

    SEO V

    Da Licena Adoo

    ARTIGO 86 - No caso de aborto no provocado, ser concedida licena para tratamento de sade,na forma prevista neste Estatuto.

    ARTIGO 87 - funcionria que adotar ou obtiver guarda judicial de criana at 01 ano de idade, serconcedido noventa dias de licena remunerada.

    Pargrafo nico No caso de adoo ou guarda judicial de criana de 01 a 07 anos de idade, oprazo de que trata este artigo ser de quarenta dias.

    SEO VI

    Da Licena Paternidade

    ARTIGO 88 - Ao funcionrio ser concedida licena paternidade de cinco dias contados da data donascimento de seu filho, sem prejuzo de sua remunerao.

    ARTIGO 89 -Ocorrendo as situaes previstas pelo artigo 86 e seu pargrafo, ser concedida aofuncionrio, licena paternidade de cinco dias.

    SEO VII

    Da Licena para Tratamento de Doena Profissional ou em decorrncia de Acidente deTrabalho.

    ARTIGO 90 - O funcionrio, acometido de doena profissional ou acidentado em servio, ter direitoa licena para tratamento de sade com remunerao integral.

    1 - Acidente dano fsico ou mental sofr ido pelo funcionrio e que se relacione mediata ouimediatamente, com as atribuies de seu cargo.

    2 - Considera-se tambm acidente:

    I o dano decorrente de agresso sofrida e no provocada injustamente pelo func ionrio, noexerccio de suas atribuies ou em razo delas;

    II o dano sofrido no percurso entre a residncia e o trabalho.

    ARTIGO 91 - Entende-se por doena profissional a que decorrer das condies de servio, devendoo laudo mdico estabelecer o nexo de causalidade e doena e os fatos que a determinarem.

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    ARTIGO 92 - Verificada em caso de acidente, a incapacidade total para qualquer funo pblica aofuncionrio ser concedida, desde logo, aposentadoria com proventos integrais.

    1 - No caso de incapacidade parcial e permanente, ao funcionrio ser assegurada a readaptao.

    2 -A comprovao do acidente dever ser feita no prazo de dez dias, a contar do acidente ouconstatao da doena.

    SEO VIII

    Da Licena para prestar Servio Militar

    ARTIGO 93 -Ao funcionrio convocado para o servio mi litar ou outros eventos encargos de defesanacional, ser concedida licena com remunerao integral.

    1 - A licena ser concedida vista de documento oficial que comprove a incorporao.

    2 -Da remunerao ser descontada a importncia que o funcionrio perceber, a qualidade de

    incorporado, salvo se optar pelas vantagens do servio militar.

    3 - O funcionrio desincorporado reassumir o exerccio das atribuies de seu cargo dentro doprazo de trinta dias, contados da data da desincorporaro, sendo-lhe garantido o direito de percebersua remunerao integral, durante este perodo.

    4 - A licena de que trata este artigo ser concedida ao funcionrio que houver curso de formaode oficiais da reserva das Foras Armadas, durante os estgios prescritos pelos regulamentosmilitares, aplicando-lhe o disposto no 2 deste artigo.

    SEO IX

    Da Licena por Motivo de Afastamento do Cnjuge ou Companheiro de Funcionrio ou Militar

    ARTIGO 94 - O funcionrio casado ou companheiro de funcionrio pblico civil ou militar, tero direito licena sem remunerao, quando o cnjuge ou companheiro forem designados para prestarservios fora do Municpio.

    Pargrafo nico A licena ser concedida mediante pedido devidamente instrudo e vigorar pelotempo que durar a nova designao do cnjuge ou companheiro.

    SEO X

    Da Licena Compulsria

    ARTIGO 95 O funcionrio que for considerado, a juzo da autoridade sanitria competente, suspeito

    de ser portador de doena transmissvel ser afastado do servio pblico.

    1 -Resultando posit iva a suspeita, o funcionrio ser licenciado para tratamento d e sade,includos na licena os dias em que esteve afastado.

    2 - No sendo procedente a suspeita, o funcionrio dever reassumir imediatamente o seu cargo,considerando-se como de efetivo exerccio, para todos os efeitos legais, o perodo de afastamento.

    SEO XI

    Da Licena-Prmio

    ARTIGO 96 - Ao funcionrio que requerer ser concedida licena-prmio de trs meses consecutivos,

    com todos os direitos de seu cargo, aps cada qinqnio ininterrupto de efetivo exerccio.

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    1 - A licena-prmio, com as vantagens do cargo em comisso, somente ser concedida aofuncionrio que o venha exercendo no perodo aquisitivo, por mais de dois anos.

    2 - Somente o tempo de servio pbl ico prestado ao Munic pio, ser contado para efeito delicena-prmio.

    ARTIGO 97 - No ter di rei to li cena-prmio o funcionrio que, dentro do perodo aquisitivo,houver:

    I sofrido pena de suspenso;

    II faltado ao servio, injustificadamente, por mais de quinze dias, consecutivos ou alternados;

    ARTIGO 98 - A licena-prmio somente ser concedida pelo Prefeito, pela Mesa da Cmara, ou peloDiretores de Autarquias e Fundaes Pblicas.

    ARTIGO 99 - A l i cen a-prmio poder, a pedido do funcionrio, ser gozada integral ouparceladamente, atendido interesse da Administrao.

    ARTIGO 100 - A autoridade competente, tendo em vista o interesse da Administrao, devidamentefundamentado, decidi r dentro dos doze meses seguintes aquisio da licena-prmio, quanto data de seu inicio e a sua concesso por inteiro ou parceladamente.

    ARTIGO 101 - O funcionrio dever aguardar em exerccio, a concesso da licena-prmio.

    ARTIGO 102 - A concesso de licena-prmio depender de novo ato, quando o funcionrio noiniciar o seu gozo dentro dos trinta dias seguintes ao da publicao daquele que a deferir.

    ARTIGO 103 - Ao funcionrio que completar cinco anos ininterruptos e efetivos exerccio poder, acritrio da Adminis trao, ser concedido o di reito de receber, em dinheiro, a metade da licena-prmio a que fizer jus, se assim o requerer no prazo de at trinta dias do incio da fruio da licena.

    SEO XII

    Da Licena para Tratar de interesses Particulares

    ARTIGO 104 - O funcionrio estvel ter, a critrio da autoridade competente, direito a Licena paratratar de licenas particulares, sem vencimentos e por perodo no superior a dois anos.

    1 - A licena ser indeferida quando o afastamento do funcionrio foi inconveniente ao serviopblico.

    2 -O funcionrio dever aguardar, em exerccio, a concesso da licena.

    ARTIGO 105 - No ser co ncedida licena para tratar de interesses particulares ao funcionrionomeado, removido ou transferido, antes de assumir o exerccio do cargo.

    ARTIGO 106 - A autor idade que houver concedido a licena poder determinar o retorno dofuncionrio licena, sempre que o exigir o interesse pblico.

    ARTIGO 107 -O func ionrio poder, a qualquer tempo, reassumir o exerccio das atribuies docargo cessando, assim, os efeitos da licena.

    ARTIGO 108 - O funcionrio no obter nova licena para tratar de interesses particulares, antes dedecorridos dois anos do trmino da anterior.

    SEO XIII

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    Da Licena Especial

    ARTIGO 109 - O funcionrio designado para misso, estudo, ou competio esportiva oficial, emoutro Municpio, ou no exterior, ter direito a licena especial.

    1 - Existindo relevante interesse municipal, devidamente justificado e comprovado, ser concedidasem prejuzo de vencimentos e demais vantagens do cargo.

    2 - O incio da licena coincidi r, com a designao e seu trmino com a concluso da misso,estudo ou competio, at o mximo de dois anos.

    3 -A prorrogao da licena somente ocorrer em casos especiais, a requerimento do funcionrio,mediante comprovada justificativa.

    ARTIGO 110 - O ato de conceder a licena dever ser precedido de justif icativa, que demonstre anecessidade ou o relevante interesse da misso, estudo ou competio.

    CAPITULO IV

    Das Faltas

    ARTIGO 111 -Nenhum funcionrio poder faltar ao servio sem causa justificada.

    Pargrafo nico Considera-se causa jus ti ficada o fato que, por sua natureza ou circunstncia,princi palmente pela conseqncia no mbito da faml ia, possa consti tu ir recusa do nocomparecimento.

    ARTIGO 112 - O funcionrio que faltar ao servio ficar obrigado a requerer, por escrito, a justificaoda fal ta, a seu chefe imediato, no primeiro dia em que comparecer a repartio, sob pena de sujeitar-se s conseqncias da ausncia.

    1 - No sero just ificadas as faltas que excederem a vinte e quatro horas por ano, no podendoultrapassar duas ao ms.

    2 -O chefe imediato do funcionrio decidir sempre a justificao das faltas, at o mximo de dozepor ano, no prazo de trs dias.

    3 - A justificao das que excederem doze por ano at o limite de vinte e quatro, ser submetida,devidamente informada pelo chefe imediato, deciso de seu superior, no prazo de cinco dias.

    4 - Para a justificao da falta poder ser exigida prova do motivo alegado pelo funcionrio.

    5 -Decidido o pedido de just ificao de falta, ser o requerimento encaminhado ao rgo dopessoal para as devidas anotaes.

    ARTIGO 113 - As faltas ao servio, at o mximo de sete por ano, no excedente uma por ms,podero ser abonadas, por molstia ou outro motivo justificado, a critrio da autoridade competenteno primeiro dia em que o funcionrio comparecer do servio.

    1 - Abonada a falta, o funcionrio ter direito ao vencimento correspondente aquele dia de servio.

    2 - A molstia dever ser provada por um atestado mdico e as aceitaes de outros motivosficaro a critrio da chefia imediata do funcionrio.

    3 -O pedido de abono dever ser feito pelo funcionrio no primeiro dia em que comparecer aoservio, em requerimento escrito ao seu chefe imediato.

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    CAPITULO V

    Da Disponibilidade

    ARTIGO 114 - Extinto o cargo ou declarada sua desnecessidade, o funcionrio, estvel ficar em

    disponibilidade remunerada integralmente at seu adequado aproveitamento em outro cargo.

    1 -A extino dos cargos ser efetivada atravs de Lei, no caso de pertencerem Prefeitura eAutarquias Municipais.

    2 - A extino dos cargos ser efetivada por resoluo, no caso de pertencerem CmaraMunicipal.

    3 -A declarao da desnecessidade do cargo ser efetivada por ato prprio do Prefeito, Mesa daCmara ou do Diretor de Autarquia e fundao prpria.

    CAPITULO VI

    Da Aposentadoria

    ARTIGO 115 -O funcionrio ser aposentado:

    I por invalidez permanente, sendo os proventos integrais, quando decorrentes de acidente emservio, molstia profissional ou doena grave contagiosa ou incurvel, especificadas em lei, eproporcionais nos demais casos.

    II compulsoriamente, aos setenta anos de idade, com proventos proporcionais ao tempo de servio;

    III voluntariamente:

    a) aos trinta e cinco anos de servios se homem e aos trinta anos se mulher, com proventos

    integrais;

    b) aos trinta anos de efetivo exerccio em funes de magistrio , se professor, e vinte e cinco,se professora, com proventos integrais;

    c) aos trinta anos de servio, se homem, e aos trinta e cinco anos se mulher, com proventosproporcionais a esse tempo;

    d) aos sessenta e cinco anos de idade, se homem, e aos sessenta anos se mulher, comproventos proporcionais ao tempo de servio.

    1 - Os proventos de aposentadoria sero revistas, na mesma proporo e na mesma data, sempreque se modificar a remunerao dos funcionrios em atividades, sendo tambm aos inativos

    quaisquer benefcios ou vantagens posteriormente concedido aos servidores em atividade, inclusivequando decorrentes da transformao ou reclassificao do cargo ou funo, em que se deu aaposentadoria, na forma da Lei.

    2 - O tempo de servio pbl ico federal, estadual, municipal ou prestado ao Distrito Federal, sercomputado integralmente os efeitos de aposentadoria.

    3 - O beneficio da penso por morte corresponder a cem por cento dos vencimentos ou proventosdo funcionrio falecido.

    ARTIGO 116 - A aposentadoria produzir seus efeitos, a partir da publicao do ato no rgo oficial.

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    CAPITULO VII

    Da Acumulao Remunerada

    ARTIGO 117 - vedada a acumulao remunerada de cargos pblicos, exceto:

    I a de dois cargos de professor;

    II a de um cargo de professor com outro tcnico ou cientifico;

    III a de juiz com um cargo de professor;

    IV a de dois cargos privativos de mdico.

    1 - Em qualquer dos casos previstos neste artigo, a acumulao somente ser permitida, havendocompatibilidade de horrios.

    2 - A proibio de acumular se estendem a cargos, empregos ou funes em autarquias, empresas

    pblicas, sociedade de economia mista e fundaes mantidas pelo Poder Pblico.

    ARTIGO 118 - As autor idades que tiverem conhecimento de qualquer acumulao indevida,comunicaro o fato ao Departamento de Pessoal, sob pena de responsabilidade, nos termos da Lei.

    CAPITULO VIII

    Da Assistncia ao Funcionrio

    ARTIGO 119 - O Municpio poder dar assistncia ao funcionrio e sua famlia, concedendo entreoutros os seguintes benefcios:

    I assistncia mdica, dentria, farmacutica e hospitalar;

    II previdncia social e seguros;

    III assistncia judiciria;

    IV - financiamento para aquisio de casa prpria;

    V cursos de aperfeioamento, treinamento ou especializao profissional, em matria de interessemunicipal;

    VI assistncia social, especialmente no tocante a orientao, recreao e repouso.

    ARTIGO 120 - A Lei determinar as condies de organizao e funcionamento dos servios deassistncia referido neste Capitulo.

    Pargrafo nico - Outros benefcios podero ser concedidos desde que institudos por Lei.

    ARTIGO 121 - Todo funcionrio ser inscrito em instituio de previdncia social, na forma da Lei.

    ARTIGO 122 -O Municpio poder instituir, em Lei, contr ibuio, cobrada de seus funcionrios, parao custeio em beneficio destes, de servios de previdncia e assistncia sociais.

    CAPITULO IX

    Do Direito de Petio

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    ARTIGO 123 - assegurado ao funcionrio o direito de requerer, representar, pedir reconsiderao erecorrer em defesa de direito ou interesse legtimo.

    ARTIGO 124 - O requerimento, representao, pedido de reconsi derao e recurso seroencaminhados autoridade competente, por intermdio da autoridade imediatamente superior aopeticionrio.

    1 - O pedido de reconsiderao dever ser dirigido autoridade que houver expedido o ato dopreferido a deciso e somente ser cabvel quando contiver novos argumentos.

    2 - Nenhum pedido de reconsiderao poder ser renovado.

    3 - Somente caber recurso quando houver pedido de reconsiderao no concedida ouindeferido.

    4 - O recurso ser dirig ido autoridade imediatamente superior a que tiver expedido o ato ouproferido a deciso e, em ltima instancia, ao Prefeito.

    5 - Nenhum recurso poder ser renovado.

    6 - O pedido de reconsiderao e o recurso no tem efeito suspensivo, salvo nos casos previstosem Lei.

    ARTIGO 125 - Salvo disposio expressa em contrrio, de trinta dias o prazo para interposio depedidos de reconsiderao e recurso.

    Pargrafo nico O prazo a que se refere este art igo comear a fru ir a par ti r da comunicaooficial da deciso a ser reconsiderada ou recorrida.

    ARTIGO 126 - o direito de pleitear administrativamente prescrever:

    I em cinco anos, nos casos relativos demisso, aposentadoria e disponibi lidade ou que afeteminteresses patrimoniais e crditos resultantes das relaes funcionais com a administrao.

    II Em cento e vinte duas, no demais casos, salvo quando outro prazo for fixado em Lei Municipal.

    ARTIGO 127 -O prazo de prescrio ter seu termo inicial na data da publicao ofic ial do ato ou,quando este for de natureza reservada, para resguardar direito do funcionrio, na data da cincia dointeressado.

    ARTIGO 128 - O recurso, quando cabvel, interrompe o curso de prescrio.

    Pargrafo nico Interrompida a prescrio, o pr recomeara a correr pelo restante, no dia em quecessar a interrupo.

    TITULO IV

    Do Vencimento e das Vantagens Pecunirias

    CAPITULO I

    Do Vencimento

    ARTIGO 129 - Os vencimentos dos cargos da Prefeitura e da Cmara Municipal devero ser iguais,desde que suas atribuies sejam iguais ou assemelhadas.

    Pargrafo nico Para os efeitos deste ar ti go, no se levar em conta as vantagens de carter

    individual e as relativas natureza ou ao local de trabalho.

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    ARTIGO 130 - vedada a vinculao ou equiparao de vencimentos para o efeito de remuneraode pessoal do servio pblico.

    ARTIGO 131 - As vantagens pecunirias percebidas pelos func ionrios no computados nemacumulados, para a concesso de vantagens ulteriores, sob o mesmo ttulo ou idntico fundamento.

    ARTIGO 132 - O limi te mximo da remunerao percebida em espcie, qualquer ttulo, pelosfuncionrios pblicos ser correspondente remunerao percebida, em espcie, pelo PrefeitoMunicipal.

    1 -Remunerao percebida em espcie pelo Prefeito Municipal o subsidio mais

    a verba representao.

    2 - Os vencimentos, a remunerao, as vantagens e os adicionais, bem como os proventos deaposentadoria que estejam sendo percebidos em desacordo com o d isposto neste artigo, seroimediatamente reduzidos ao limi te dele decorrente, no se admitindo, neste caso, invocao dedireito adquirido irredutibilidade de vencimentos, ou percepo de excesso a qualquer ttulo.

    ARTIGO 133 - Ressalvado o disposto no 2 do artigo anterior, os vencimentos dos funcionriospblicos so irredutveis.

    ARTIGO 134 - O funcionrio perder:

    I a remunerao do dia, se no comparecer ao servio, salvo os casos previstos neste Estatuto;

    II um tero da remunerao do dia, quando comparecer ao servio, dentro da hora seguinte marcada para o inicio do trabalho, ou se retirar at uma hora antes do termino.

    ARTIGO 135 - Salvo as excees expressamente previstas em Lei, vedada administrao Pblicaefetuar qualquer desconto de vencimentos dos servidores salvo prvia e expressa autorizao.

    Pargrafo nico Em cumprimento a deciso jurdica transitada em julgado a Administrao devedescontar, dos vencimentos de seus funcionrios, a prestao alimentcia, nos termos e nos limi tesdeterminados pela sentena.

    ARTIGO 136 - O horrio ser fixado pela autoridade competente, de acordo com a natureza enecessidade de servio , cuja durao no poder ser superior a oito horas dirias e quarenta equatro horas semanais.

    ARTIGO 137 - O funcionrios estudante poder ter sua jornada de trabalho reduzida em uma hora, acritrio da Administrao.

    ARTIGO 138 - A freqncia do funcionrio ser apurado:

    I pelo ponto;

    II pela forma determinada em ato prprio da autoridade competente, quanto aos funcionrios nosujeitos a ponto.

    Pargrafo nico Para registro do ponto sero usados de preferncia, meios mecnicos.

    CAPITULO II

    DAS VANTAGENS PECUNIRIAS

    ARTIGO 139 - Alm do vencimento, podero ser concedidas ao funcionrio as seguintes vantagens:

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    I dirias;

    II gratificaes;

    III ajuda de custos;

    IV adicionais por tempo de servio;

    V salrio famlia;

    VI auxlio para a diferena de caixa.

    SEO I

    DAS DIRIAS

    ARTIGO 140 - A o func ionrio que, por determinao da autoridade competente, se deslocartemporariamente do Municpio no desempenho de suas atribuies, ou em misso ou estudo de

    interesse Adminis trao, sero concedidas alm do transporte, diria e ttulo de indenizao dasdespesas de alimentao e pousada, nas bases a serem fixadas em Lei.

    SEO II

    DAS GRATIFICAES

    ARTIGO 141 -Ser concedida gratificao:

    I pela execuo de servios extraordinrios:

    II pela execuo de trabalho insalubre, perigoso ou penoso;

    III pela participao em rgo de deliberao coletiva ou banca examinadora;IV de nvel universitrio;

    V de natal;

    VI de funo.

    SUBSEO I

    DAS GRATIFICAES PELA PRESTAO DE SERVIOS EXTRAORDINRIOS

    ARTIGO 142 - O funcionrio pbl ico ocupante de cargo de provimento efetivo, quando convocadopara trabalhar em horrio di verso do seu expediente, ter direito a gratif icao por servios

    extraordinrios.

    1 - vedado conceder gratificao por servio extraordinrio com objetivo de remunerar outrosservios ou encargos.

    2 - vedado conceder gratificao por servio extraordinrio e ocupante de cargo em Comisso.

    ARTIGO 143 -A gratif icao ser paga por hora de trabalho, prorrogado ou antecipado, que excedao perodo normal do expediente, acrescida cinqenta por cento do valor normal do trabalho.

    1 - Salvo os casos de convocao de emergncia, devidamente justificados, o servioextraordinrio no poder exceder a duas horas dirias.

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    2 - Quando o servio extraordinrio for noturno, assim entendido o que for prestado no perodocompreendido entre vinte e duas e seis horas, o valor ser acrescido de mais vinte e cinco por cento.

    SUBSEO II

    DA GRATIFICAO PELA EXECUO DE TRABALHO INSALUBRE, PERIGOSO OU PENOSO

    ARTIGO 144 - Sero consideradas atividades ou operaes insalub res aqueles que, por suanatureza, condies ou mtodos de trabalho, exponham os funcionrios a agentes nocivos sade.

    ARTIGO 145 - Sero consideradas ativ idades ou operaes perigosas, aquelas que, por suanatureza ou mtodo de t rabalho, impliquem no contato permanente com inflamveis ou explosivos,em condies de risco acentuado.

    ARTIGO 146 - Sero consideradas atividades ou operaes penosas, aquelas que, por sua naturezaou mtodo de trabalho, exponham o funcionrio pblico a esforo fsico acentuado e desgastante.

    ARTIGO 147 - Lei Municipal, de iniciativa exclusiva do Poder Executivo, determinar, os percentuais

    que incidiro sobre os vencimentos dos funcionrios, no caso do exerccio de atividades insalubres,perigosas e penosas.

    ARTIGO 148 - O direito ao adicional de insalubre de periculosidade ou de penosidade, cessa, com aeliminao das consideraes ou dos riscos que deram causa a sua cesso.

    ARTIGO 149 - proibido funcionria gestante ou lactante o trabalho em atividades ou operaesconsideradas insalubres, perigosas ou penosas.

    SEO III

    DA GRATIFICAO PELA PARTICIPAO EM RGO DE DELIBERAO COLETIVA OUBANCA EXAMINADORA

    ARTIGO 150 - Ao funcionrio pblico designado para participar em rgo de deliberao coletiva ouaquele que participar como membro auxiliar de banca ou comisso examinadoras de concursopblico ser concedida gratificao em percentual fixado em Lei Municipal.

    Pargrafo nico A grat if icao poder ser paga tantas vezes quanta for o funcionrio designadopara o exerccio do encargo a que se refere o caput deste artigo, nunca se incorporando aosvencimentos do funcionrio.

    SUBSEO IV

    DA GRATIFICAO DE NVEL UNIVERSITRIO

    ARTIGO 151 - Os funcionrios titulares de cargos de provimento efetivo cuja lei criadora exija, paraseu preenchimento, nvel universitrio tero direito gratificao, conforme Lei Municipal de iniciativaexclusiva do Poder Executivo.

    SUBSEO V

    DA GRATIFICAO DE NATAL

    ARTIGO 152 - O funcionrio ter direito a uma gratificao de Natal a ser paga no ms de dezembrode cada ano.

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    Pargrafo nico A gratif icao prevista neste artigo corresponder a 1/12 da remunerao pagaao funcionrio no ano cor respondente, inclusive o ms de dezembro, excludo o valor da prpriagratificao.

    ARTIGO 153 -No ter direito gratificao de Natal o funcionrio que sofre pena de demisso.

    SUBSEO VI

    DA GRATIFICAO DE FUNO

    ARTIGO 154 - A gratificao de funo ser devida ao funcionrio que for designado para atender,temporariamente, encargo de chefia ou outro que a no justifique a criao do cargo.

    1 -O valor de gratificao que se refere este artigo ser definido por Lei Municipal de iniciativaexclusiva do Poder Executivo.

    2 -A vantagem somente ser devida enquanto perdurar o efetivo desempenho das atribuies quejustifiquem a concesso da gratificao.

    3 - A gratificao de funo no se incorpora ao vencimento do funcionrio.

    SEO IV

    DA AJUDA DE CUSTO

    ARTIGO 155 - A ajuda de custo destina-se a co bri r as desp esas d e vi agens e instalao dofuncionrio que passar a exercer o seu cargo fora da sede do Municpio.

    Pargrafo nico A concesso de ajuda de custo depender da Lei Municipal que determinar seubeneficirio e percentual.

    SEO V

    DOS ADICIONAIS POR TEMPO DE SERVIO

    ARTIGO 156 - O funcionrio, aps cada perodo de cinco anos contnuos de efetivo desempenho desuas atribuies no servio pblico municipal, perceber adicional por tempo de servio, calculado razo de cinco por cento sobre o seu vencimento, ao qual se incorporar para todos os efeitos,exceto para fim de concesso de qinqnios subseqentes.

    ARTIGO 157 - O funcionrio que completar cinco qinqnios no servio municipal perceber a sextaparte do seu vencimento, ao qual se incorpora automaticamente, para todos os efeitos.

    SEO VI

    DO SALRIO FAMILIA

    ARTIGO 158 - O salrio famlia ser concedido a todo funcionrio ativo e inativo, que tiver.

    I Filho menor de 14 anos de idade;

    II Filho invlido;

    1 - Compreende-se neste artigo os filhos de qualquer condio, os adotivos, os enteados ou osmenores que vivam sob a guarda e sustento do funcionrio.

    2 - Para o efeito do i nciso II deste artigo, a inv alidez corresponde incapacidade total e

    permanente para o trabalho.

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    ARTIGO 159 - Quando pai e me forem f uncionrios ou inativos e viverem em comum, o salriofamlia ser pago apenas a um deles.

    1 -Se no viverem em comum, ser pago ao que tiver os dependentes sob sua guarda.

    2 - Se ambos os tiverem, ser pago a um e a outro de acordo com a distribuio dos dependentes.

    ARTIGO 160 - O funcionrio obr igado a comunicar ao Departamento Pessoal da Prefeitura, daCmara, da Autarqui a ou da Fundao Pblica dentro de quinze dias da oco rrncia, qualquermodificao no pagamento ao salrio famlia.

    Pargrafo nico A inobservncia dessa obrigao implicar a responsabilizao do funcionrio,nos termos deste Estatuto.

    ARTIGO 161 - O salrio famlia ser pago independentemente de assidu idade ou produo dofuncionrio e no poder sofrer qualquer desconto, nem ser objeto de transao.

    ARTIGO 162 -O valor do salrio famlia ser fixado em Lei.

    1 -O salrio famlia no ser devido ao funcionrio licenciado sem direito a percepo devencimentos.

    2 -O disposto no pargrafo anterior no se aplica aos casos de licena por motivo de doena empessoa da famlia.

    SEO VII

    DO AUXILIO PARA DIFERENA DE CAIXA

    ARTIGO 163 - O auxili o para diferena de caixa, concedido aos tesoureiros ou caixas que, noexerccio do cargo, paguem ou recebem em moeda corrente fixado em 10% (dez por cento), sobre

    o valor do seu vencimento.

    Pargrafo nico O auxilio s ser devido enquanto o funcionrio estiver, efetivamente, executandoservios de pagamentos ou recebimentos, no se incorporando ao seu vencimento.

    TITULO V

    DO REGIME DISCIPLINAR

    CAPITULO I

    DOS DEVERES

    ARTIGO 164-So deveres dos funcionrios alm dos que lhe cabem em virtude do desempenho deseu cargo e dos que decorrerem, em geral, de sua condio de servidor pblico.

    I comparecer ao servio, com assiduidade e pontualidade e nas horas de trabalho extraordinrio,quando convocado;

    II cumprir as determinaes superiores, representados, imediatamente e por escrito, quando foremmanifestamente ilegais;

    III executar os servios que lhe competir e desempenhar, com zelo e presteza, os trabalhos de quefor incumbido,

    IV tratar com urbanidade os colegas e o pblico em geral, atendendo este sem preferncia pessoal;

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    V providenciar para que esteja sempre atualizada, no assentamento individual, sua declarao defamlia, de residncia e de domicilio.

    VI manter cooperao e solidariedade com relao aos companheiros de trabalho;

    VII apresentar-se ao servio em boas condies de asseio e convenientemente trajado, ou com ouniforme que for determinado.

    VIII representar aos superiores sobre irregularidades de que tenha conhecimento;

    IX zelar pela economia e conservao do material que lhe for confiado;

    X atender, com preferncia a qualquer outro servio, as requisies de documentos, papeis,informaes ou providenciais, destinadas defesa da Fazenda Municipal.

    XI apresentar relatrio ou resumos de suas atividades, nas hipteses e prazos previstos em Lei,regulamento ou regimento;

    XII sugerir providencias tendentes melhoria ou ao aperfeioamento do servio;

    XIII ser leal s instituies a que servir;

    XIV manter observncia s normas legais e regulamentares;

    XV atender com presteza:

    a) o pblico em geral, prestando as informaes requeridas, ressalvadas aquelas cujo sigilo sejaimprescindvel segurana da sociedade e da Administrao;

    b) a expedio de certides requeridas para a defesa de direito ou esclarecimentos de situaesde interesse pessoal;

    XVI manter conduta compatvel com a moralidade administrativa;

    XVII representar contra ilegalidade ou abuso de poder.

    CAPITULO II

    DAS PROIBIES

    ARTIGO 165 -So proibidas ao func ionrio toda ao ou omisso capazes de comprometer adignidade e o decoro da funo publica, ferir a disciplina e a hierarquia, prejudicar a eficincia doservio ou causar dano administrao pblica, especialmente:

    I ausentar-se do servio durante o expediente sem prvia autorizao do chefe imediatoII retirar sem prvia autorizao da autoridade competente, qualquer documento ou ob jeto darepartio;

    III recusar f a documentos pblicos;

    IV opor resistncia injustificada ao andamento de documento, processo ou execuo de servio;

    V referir-se publicamente, de modo depreciativo s autoridade constit udas e aos atos daadministrao;

    VI cometer a pessoa estranha repartio, fora dos casos previstos em Lei, o desempenho deencargo que lhe competir ou a seus subordinados;

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    VII compelir ou aliciar outro funcionrio no sentido de filiao a associao profissional ou sindical,ou a partido poltico;

    VIII - manter sob sua chefia imediata, cnjuges, companheiro ou parente at o segundo grau;

    IX deixar de comparecer ao servio sem causa justificada;

    X exercer comrcio entre companheiros de servio no local de trabalho;

    XI valer-se de sua qualidade de funcionrio, para obter proveito pessoal para si ou para outrem;

    XII participar de gerencia ou administ rao de empresa privada, de sociedade civil, ou exercercomercio, e, nessa qualidade, transacionar com o Municpio;

    XIII pleitear, como procurador ou intermedirio, junto s reparties municipais, salvo quando setratar de interesse do cnjuge ou de parentes, at segundo grau;

    XIV receber de terceiros qualquer vantagens, por trabalhos realizados na repartio, ou seja, pela

    promessa de realiza-los;

    XV aceitar co mis so, emprego ou penso de Estado Estrangeiro, sem prvia autorizao doPresidente da Repblica;

    XVI proceder de forma desidiosa;

    XVII praticar atos de sabotagem contra o servio pblico;

    XVIII fazer com a Administrao Direta ou Indireta, contratos de natureza comercial, industrial ou deprestao de servios com fins lucrativos, para si ou para representante de outrem;

    XIX exercer ineficientemente suas funes;

    XX utilizar pessoal ou recursos materiais do servio pblico para fins particulares ou ainda utilizar asua condio de funcionrio pblico para retificar atos de sua vida particular;

    XXI exercer quaisquer atividades que sejam incompatveis com o exerccio do cargo ou funo ecom o horrio de trabalho;

    CAPITULO III

    DA RESPONSABILIDADE

    SEO I

    DISPOSIES GERAISARTIGO 166 - O funcionrio responder civil, penal e administrativamente, pelo exerccio irregular desuas atribuies;

    ARTIGO 167 - A responsabilidade civil decorrer de conduta dolosa ou culposa devidamenteapurada, que importe em prejuzo para a Fazenda Municipal ou terceiros.

    Pargrafo nico - O funcionrio ser obrigado a repor, de uma s vez, a importncia do prejuzocausado Fazenda Munic ipal, em virtude de alcance, desfalqu es, ou a omisso em efetuar orecolhimento ou entradas, nos prazos legais.

    ARTIGO 168 - A responsabilidade administrativa no exime o funcionrio da responsabilidade civil ou

    criminal que no caso couber.

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    Pargrafo nico O pagamento da indenizao a que ficar obrigado o func ionrio no o exime dapena disciplinar em que ocorrer.

    SEO II

    DAS PENALIDADES

    ARTIGO 169 -So penas disciplinares:

    I advertncia;

    II repreenso;

    III suspenso;

    IV demisso;

    V cassao da aposentadoria e da disponibilidade

    ARTIGO 170 - Na aplicao das penalidades sero consideradas a natureza e a gravidade dainfrao cometida, os danos que dela provierem para o servio, as c ircunstancias agravantes ouatenuantes, os antecedentes funcionais atendendo-se semp re, a devi da pro por o entr e o atopraticado e a pena a ser aplicada.

    ARTIGO 171 - A advertncia ser aplicada por escrito, nos casos de violao de proibio constantedo artigo 165, incisos I a XII e de inobservncia de dever funcional.

    ARTIGO 172 -A pena de repreenso ser aplicada por escri to, nos casos de reincidncia eminfrao sujeita pena de advertncia.

    ARTIGO 173 - A pena de suspenso, que no exceder a noventa dias ser aplicadas:

    I at trinta dias, ao fun cionrio q ue, sem jus ta causa, deixar de submeter a exame mdicodeterminado por autoridade competente;

    II em caso de reincidncia em inf rao sujeita pena de repreenso e de violao das demaisproibies que no tipifiquem infraes sujeitas pena de demisso.

    ARTIGO 174 - As penalidades de advertncia e de suspenso tero seus registros cancelados, apso decurso de trs e cinco anos de efetivo exerccio, respectivamente, se o funcionrio no houvernesse perodo, praticada nova infrao disciplinar.

    ARTIGO 175 - A pena de demisso ser aplicada nos casos de:

    I crime contra a Administrao Pblica;II abandono do cargo ou falta de assiduidade;

    III incontinncia pblica e embriaguez habitual;

    IV insubordinao grave em servio;

    V ofensa fsica ,e me servio, contra o funcionrio ou particular, salvo legitima defesa;

    VI aplicao irregular do dinheiro pblico;

    VII leso aos cofres pblicos e dilapidao do patrimnio municipal;

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    VIII revelao de segredo confiado em razo do cargo;

    ARTIGO 176 - Configura-se o abandono de cargo quando o funcionrio se ausenta intencionalmentedo servio por mais de trinta dias consecutivos.

    ARTIGO 177 - Entende-se por falta de assiduidade a ausncia de servio sem causa just ificada, porsessenta dias, intercaladamente, durante o perodo de doze meses.

    ARTIGO 178 - A aplicao de qualquer das penalidades previstas neste Estatuto depender, sempre,de prvia motivao da autoridade competente.

    ARTIGO 179 - Ser cassada a aposentadoria e a disponibilidade se ficar provado, em procedimentoadministrativo em que se assegure ampla defesa ao inativo, que este:

    I praticou, quando em atividade, falta grave a qual seja cominada, neste Estatuto, pena dedemisso;

    II aceitou cargo ou funo pblica em desconformidade com a Lei;

    III aceitou representao de Estado estrangeiro, sem p rvia autorizao do Presidente daRepublica.

    ARTIGO 180 - Prescrevero:

    I em um ano, as faltas disciplinares sujeitas s penas de advertncia ou repreenso.;

    II em dois anos, as faltas disciplinares sujeitas pena de suspenso;

    III em cinco anos, as faltas disciplinares sujeitas pena de demisso.

    1 - O prazo prescricional comea a correr do dia em que a autoridade tomar conhecimento da

    existncia da falta.

    2 - Interrompe-se a prescrio pela instaurao de sindicncia ou procedimento administrativo.

    ARTIGO 181 -Para aplicao das penalidades so competentes;

    I O Prefeito, a Mesa da Cmara ou o Diretor de Autarquia ou Fundao Pblica, nos casos dedemisso, cassao de aposentadoria e de disponibilidade e suspenso por mais de trinta dias;

    II Os Secretrios ou Chefes imediatos, nos demais casos de suspenso;

    III As autoridades competentes administrativas, com relao aos seus subordinados, nos casos deadvertncia e repreenso.

    CAPITULO IV

    DO PROCEDIMENTO DISCIPLINAR

    SEO I

    DISPOSIES GERAIS

    ARTIGO 182 - A autor idade competente que tiver cincia ou noticia de irregularidade no serviopblico obrigada a promover a apurao dos fatos e a responsabilidade, mediante Sindicncia ouProcesso Administrativo Disciplinar, sendo assegurado ao funcionrio o cont raditrio e a ampladefesa, com os meios e recursos a ela inerentes.

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    1 -As providencias para a apurao tero inicio a partir do conhecimento dos fatos e serotomadas na unidade onde estes oco rreram, devendo consi stir, no mnimo, de um relatriocircunstanciado sobre o que se verificou.

    2 -A averiguao preliminar de que trata o pargrafo anterior dever ser cometida a funcionrio oucomisso de funcionrios previamente designada para tal finalidade.

    SEO II

    DA SINDICANCIA

    ARTIGO 183 - A Sindicncia a pea preliminar e informativa do processo administrativo disciplinar,devendo ser promovida quando os fatos no estiverem definidos ou faltarem elementos da autoria dainfrao.

    ARTIGO 184 - A Sindicncia no comporta o contraditrio constituindo-se em procedi mento deinvestigao e no de punio.

    ARTIGO 185 - A Sindicncia dever ser conc luda no prazo de trinta dias, que s poder serprorrogado por um nico e igual perodo mediante solicitao fundamentada.

    ARTIGO 186 -Da Sindicncia instaurada pela autoridade, poder resultar;

    I o arquivamento do processo desde que os fatos no configurem evidentes infraes disciplinares;

    II a apurao da responsabilidade do funcionrio.

    SEO III

    DA SUSPENSO PREVENTIVA

    ARTIGO 187 - O Prefei to, a Mesa da Cmara e os Diretores de Autarquias ou Fundaes Pblicaspodero determinar a suspenso preventiva do funcionrio, por at trinta dias prorrogveis por igualprazo, se houver comprovado necessidade de seu afastamento para a apurao de falta a eleimputada.

    SEO IV

    DO PROCESSO ADMISTRATIVO DISICIPLINAR

    ARTIGO 188 - O Processo Administrativo o instrumento destinado a apurar a responsabilidade dofuncionrio por ao ou omisso no exerccio de suas atribuies, ou de outros atos que tenhamrelao com as atribuies inerentes ao cargo e que caracterizam infrao disciplinar.

    Pargrafo nico obrigatrio a instaurao de Processo Administrativo, quando a falta imputada ,por sua natureza, possa determinar a pena de suspenso, de demisso, cassao de aposentadoriaou disponibilidade.

    ARTIGO 189 - O processo ser realizado por Comisso de trs funcionrios efetivos, de condiohierrquica igual ou superior do indiciado, designada pela autoridade competente.

    1 -No ato de designao da Comisso Processante, um de seus Membros ser incumbido de,como Presidente dirigir os trabalhos.

    2 -O Presidente da Comisso designar um funcionrio, que poder ser um dos Membros daComisso, para secretariar seus trabalhos.

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    ARTIGO 190 -A autori dade processante, sempre que necessrio dedicar tod o o tempo aostrabalhos do processo, ficando os membros da Comisso, em tal caso, dispensados dos serviosnormais da repartio.

    ARTIGO 191 -O prazo para a concluso do Processo Administrativo ser de sessenta dias,a contarda ci tao do funcionrio acusado, prorrogvel por igual perodo, mediante autorizao de quemtenha determinado a sua instaurao.

    Pargrafo nico Em caso de mais de um funcionrio acusado o prazo previs to neste artigo serem dobro.

    SUBSEO NICA

    DOS ATOS E TERMOS PROCESSUAIS

    ARTIGO 192 - O Processo Administrativo ser iniciado pela citao pessoal do funcionrio, tomando-se suas declaraes e oferecendo-lhe oportunidade para acompanhar todas as fases do processo.

    Pargrafo nico Achando-se o funcionrio ausente do lugar, ser citado por via postal, em cartaregistrada, juntando-se ao processo administrativo o comprovante do registro; no sendo encontradoo funcionrio ou ignorando-se o seu paradeiro, a citao se far com prazo de quinze dias, por Editalinserto por trs vezes seguidas no rgo de imprensa oficial.

    ARTIGO 193 - A autoridade processante realizar todas as diligencias necessrias ao esclarecimentodos fatos, recorrendo, quando necessrio, a tcnicas ou peritos.

    ARTIGO 194 - As diligencias, depoimentos de testemunhas e esclarecimentos tcnicos ou periciaissero reduzidos a termo nos autos do processo administrativo.

    ARTIGO 195 - Feita a citao sem qu e comparea o funcionrio, o Processo A dminist rativo

    prosseguir sua revelia. 1 -Ser dispensado termo, no tocante manifestao de tcnico ou perito, se por este forelaborado laudo para ser juntado aos outros.

    2 -Os depoimentos de testemunhas sero tomados em audincia, na presena do funcionrio quepara tanto ser pessoal e regularmente intimado.

    ARTIGO 196 - Se as ir regularidades apuradas no Processo Administrativo consti turem crime, aautoridade processante encaminhar certides das suas peas necessrias ao rgo competente,para instaurao de inqurito policial.

    ARTIGO 197 - A autoridade assegurar ao funcionrio todos os meios adequados ampla defesa.

    1 -O funcionrio poder constituir procurador para fazer sua defesa;

    2 -Em caso de revelia, a autoridade processante designar, de oficio, advogado do Municpio quese incumba da defesa do funcionrio.

    ARTIGO 198 - Tomadas as declaraes do funcionrio ser-lhe- dado prazo de cinco dias, com vistado processo, para oferecer defesa prvia e requerer provas.

    Pargrafo nico Havendo dois ou mais funcionrios o prazo ser comum e dez dias, contados apartir das declaraes do ltimo deles.

    ARTIGO 199 -Encerrada a instruo do processo, a autoridade processante abrir dos autos dofuncionrio ou seu defensor, para que, no prazo de oito dias, apresente razes finais de defesa.

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    Pargrafo nico O prazo ser comum e de quinze dias, se forem dois ou mais os funcionrios.

    ARTIGO 200 - Apresentada ou no a defesa final, aps o decurso do prazo, a Comisso apreciartodos os elementos do processo, apresentando relatrio fundamentado, no qual propor, a absolvioou a punio do funcionrio, indicando, neste caso, a pena cabvel, bem como seu embasamentolegal.

    Pargrafo nico O relatr io e todos os elementos dos autos sero remetidos autor idade quedeterminou a instaurao do processo, dentro de dez dias contados do trmino do p razo paraapresentao da defesa final.

    ARTIGO 201 -A Comisso ficar dispos io de autoridade competente, at a deciso final doprocesso, para prestar os esclarecimentos que forem necessrios.

    ARTIGO 202 - Recebido o processo com o relatrio, a autoridade competente proferir a deciso, emdez dias, por despacho motivado.

    ARTIGO 203 - Da deciso final ser cabvel reviso prevista nesta Lei.

    ARTIGO 204 -O funcionrio s poder ser exonerado a pedido ou aposentado voluntariamente, apsa concluso definit iva do processo administrativo a que estiver respondendo, desde que reconhecidaa sua inocncia.

    ARTIGO 205 - Verificada a existncia de vcio insanvel, a autoridade julgadora declarar a nulidadetotal ou parcial do processo e ordenar a constituio de outra comisso para a instaurao de novoprocesso.

    ARTIGO 206 -Quando a infrao disciplinar estiver capitulada como crime na Lei penal, o processoadministrativo ser remetido ao Ministrio Pblico.

    SEO VDA REVISO DO PROCESSO ADMINISTRATIVO DISCIPLINAR

    ARTIGO 207 - A reviso ser recebida e processada mediante requerimento quando:

    I a deciso for manifestamente contrria ao dispositivo legal, ou evidncia dos autos;

    II surgirem, aps a deciso, provas da inocncia do punido;

    1 - No constitui fundamento para a reviso a simples alegao de penalidade injusta.

    2 - A reviso poder se verificar a qualquer tempo, no sendo vedada agravao da pena.

    3 - O pedido de reviso poder ser formulado mesmo aps o falecimento do punido.

    ARTIGO 208 - O pedido de reviso ser sempre diri gido ao Prefeito que decidi r sobre o seuprocessamento.

    ARTIGO 209 - Estar impedida de funcionar no Processo revisional a Comisso que participou doProcesso Disciplinar primitivo.

    ARTIGO 210 - Julgada procedente a reviso, a autoridade competente determinar a reduo, ocancelamento ou a anulao da pena.

    Pargrafo nico A deciso dever ser sempre fundamentada e pub licada pelo rgo oficial doMinistrio.

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    ARTIGO 211 - Aplica-se ao processo de reviso, no que couber, o previsto neste Estatuto para oProcesso Disciplinar.

    TITULO VI

    DISPOSIES FINAIS

    ARTIGO 212 - Os prazos previstos nesta Lei sero contados em dias corridos, excluindo-se o dia docomeo e incluindo-se o do vencimento, salvo expressa disposio em contrrio.

    Pargrafo nico - Considera-se prorrogado o prazo at o primeiro dia ti l, se o trmino ocorrer nosbado, domingo ou em dia que:

    I no haja expediente;

    II - o expediente for encerrado antes do horrio normal.

    ARTIGO 213 - So isentos de qualquer pagamento os requerimentos, certides, e outros papes que,

    na ordem administrativa, interessem ao servidor pblico, ativo ou inativo.

    ARTIGO 214 - As despesas com a execuo desta Lei correro por conta de dotaes oramentriasprprias.

    ARTIGO 215 - Esta Lei entrar em vigor na data de sua publicao, ficando revogadas asdisposies em contrrio.

    Prefeitura Municipal de Iper, em 29 de Maio de 1992.

    BENEDITO VALRIO

    Prefeito Municipal

    Publicada nesta Secretaria em 29 de Maio de 1992.

    KTIA CRISTIANE NBREGA

    Secretria

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    LEI MUNICIPAL N 083/96

    DA NOVA REDAO LEI MUNICIPAL 19/92 DE 29/05/92

    MARCOS ANTONIO TADEU ANDRADE, Prefei t oMunicipal de Iper, no uso de suas atribuies legais, fazsaber que a Cmara Municipal aprovou e ele sanciona epromulga a seguinte Lei:

    ARTIGO 1 -O Pargrafo 2 do Art igo 143, da Lei Municipal n 19/92 de 29/05/1992, passa a ter aseguinte redao:

    Artigo 143 Pargrafo 2, quando o servio extraordinrio fo r noturno, assim entendido o que forprestado no perodo compreendido entre vinte e duas seis horas, o valor acrescido ser de 40(quarenta por cento) por dia trabalhado.

    ARTIGO 2 - Esta Lei ter seus efeitos retroagidos a partir de 01/12/1996.

    ARTIGO 3 - Revogam-se as disposies em contrrio.

    Prefeitura Municipal de Iper em 30 de setembro de 1996.

    MARCOS ANTONIO TADEU ANDRADE

    Prefeito Municipal

    Publicado nesta Secretaria em 30 de setembro de 1996.

    ANA TERESA MORAES ANDRADE MAZULQUIM

    SECRETRIA (em exerccio)