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LEI Nº 12.592 DE 18 DE JANEIRO DE 2012 Dispõe sobre o exercício das atividades profissionais de Cabeleireiro, Barbeiro, Esteticista, Manicure, Pedicure, Depilador e Maquiador.

LEI Nº 12.592 DE 18 DE JANEIRO DE 2012 - sindibeleza.org.br§ão Salão Parceiro 21 11... · § 4° A cota-parte retida pelo salão-parceiro ocorrerá a título de atividade de aluguel

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LEI Nº 12.592

DE 18 DE JANEIRO DE 2012

Dispõe sobre o exercício das atividades

profissionais de Cabeleireiro, Barbeiro,

Esteticista, Manicure, Pedicure, Depilador e

Maquiador.

LEI Nº 13.352

DE 27 DE

OUTUBRO DE

2016

Altera a Lei no 12.592, de 18 de janeiro 2012, para dispor

sobre o contrato de parceria entre os profissionais que

exercem as atividades de Cabeleireiro, Barbeiro,

Esteticista, Manicure, Pedicure, Depilador e Maquiador e

pessoas jurídicas registradas como salão de beleza.

Art. 1° A Lei no 12.592, de 18 de janeiro de 2012, passa a vigorar

acrescida dos seguintes arts. 1°-A, 1°-B, 1°-C e 1°-D:

Art. 2° Esta Lei entra em vigor após decorridos noventa dias de

sua publicação oficial.

Art. 1° É reconhecido, em todo o território nacional, o exercício das

atividades profissionais de Cabeleireiro, Barbeiro, Esteticista,

Manicure, Pedicure, Depilador e Maquiador, nos termos desta

Lei.

Art. 1°-A Os salões de beleza poderão celebrar contratos de parceria, por

escrito, nos termos definidos nesta Lei, com os profissionais que

desempenham as atividades de Cabeleireiro, Barbeiro,

Esteticista, Manicure, Pedicure, Depilador e Maquiador.

A Lei 12.592 reconheceu o exercício das atividades profissionais de:

Cabeleireiro, Barbeiro, Esteticista, Manicure, Pedicure, Depilador e

Maquiador

A Lei 13.352 faculta que as pessoas jurídicas registradas como salões

de beleza firmem contratos de parceria com esses profissionais:

Cabeleireiro, Barbeiro, Esteticista, Manicure, Pedicure, Depilador e

Maquiador

§ 1° Os estabelecimentos e os profissionais de que trata o caput, ao

atuarem nos termos desta Lei, serão denominados salão-parceiro e

profissional-parceiro, respectivamente, para todos os efeitos jurídicos.

Determina a qualificação que deve ser adotada nos contratos de parceria

§ 2° O salão-parceiro será responsável pela centralização dos pagamentos

e recebimentos decorrentes das atividades de prestação de serviços

de beleza realizadas pelo profissional-parceiro na forma da parceria

prevista no caput.

Determina que pagamentos e recebimentos dos serviços prestados ficam

centralizados e são de responsabilidade do salão-parceiro

Dos valores recebidos o salão-parceiro:

(1) retém sua parte fixada no contrato (*o título da receita está previsto no § 4º);

(2) retém os valores dos tributos e contribuições sociais e previdenciárias do

profissional-parceiro que incide sobre a parte do profissional-parceiro.

§ 3° O salão-parceiro realizará a retenção de sua cota-parte percentual,

fixada no contrato de parceria, bem como dos valores de

recolhimento de tributos e contribuições sociais e previdenciárias

devidos pelo profissional-parceiro incidentes sobre a cota-parte que

a este couber na parceria.

§ 4° A cota-parte retida pelo salão-parceiro ocorrerá a título de atividade

de aluguel de bens móveis e de utensílios para o desempenho das

atividades de serviços de beleza e/ou a título de serviços de gestão,

de apoio administrativo, de escritório, de cobrança e de recebimentos

de valores transitórios recebidos de clientes das atividades de

serviços de beleza, e a cota-parte destinada ao profissional-parceiro

ocorrerá a título de atividades de prestação de serviços de beleza.

O recebimento das receitas pelo salão-parceiro pode ser a título de:

1) atividade de aluguel de bens móveis e de utensílios para o desempenho das

atividades de serviços de beleza;

2) serviços de gestão;

3) serviços de apoio administrativo;

4) serviços de escritório;

5) serviços de cobrança;

6) serviços de recebimentos de valores transitórios recebidos de clientes das

atividades de serviços de beleza;

O recebimento das receitas do profissional-parceiro será a título de atividades

de prestação de serviços de beleza.

§ 6° O profissional-parceiro não poderá assumir as responsabilidades e

obrigações decorrentes da administração da pessoa jurídica do

salão-parceiro, de ordem contábil, fiscal, trabalhista e previdenciária

incidentes, ou quaisquer outras relativas ao funcionamento do

negócio.

O profissional-parceiro não assume quaisquer responsabilidades e/ou

obrigações (contábil, fiscal, trabalhista, previdenciária e de funcionamento)

da pessoa jurídica do salão-parceiro.

§ 5° A cota-parte destinada ao profissional-parceiro não será considerada

para o cômputo da receita bruta do salão-parceiro ainda que adotado

sistema de emissão de nota fiscal unificada ao consumidor.

A receita do profissional-parceiro não entra na receita bruta do salão-

parceiro mesmo que seja emitida uma só nota ao consumidor

§ 7° Os profissionais-parceiros poderão ser qualificados, perante as auto-

ridades fazendárias, como pequenos empresários, microempresários

ou microempreendedores individuais.

O profissional-parceiro será constituído como:

(1) pequenos empresários:

empresário individual caracterizado como microempresa com receita bruta

anual de até R$ 36.000,00

(2) microempresários:

sociedade empresária, sociedade simples, empresa individual de respon-

sabilidade limitada, empresário com receita bruta anual igual ou inferior a

R$ 360.000,00

(3) microempreendedores individuais:

pessoa que trabalha por conta própria que se legaliza como pequeno

empresário optante pelo simples nacional com receita bruta anual de até

R$ 60.000,00.

*pode possuir um único empregado (que recebe salário mínimo ou piso da

categoria) e não pode ser sócio ou titular de outra empresa.

*é isento dos tributos federais (Imposto de Renda, PIS, Cofins, IPI e

CSLL).

*paga o valor fixo mensal de R$ 45,00 (comércio ou indústria), R$ 49,00

(prestação de serviços) ou R$ 50,00 (comércio e serviços).

§ 8° O contrato de parceria de que trata esta Lei será firmado entre as

partes, mediante ato escrito, homologado pelo sindicato da categoria

profissional e laboral e, na ausência desses, pelo órgão local

competente do Ministério do Trabalho e Emprego, perante duas

testemunhas.

O contrato:

1) tem que ser escrito;

2) tem que ser homologado nos sindicatos;

3) quando não existir sindicato deve ser homologado no Ministério do Trabalho;

4) tem que ter 02 testemunhas;

§ 9° O profissional-parceiro, mesmo que inscrito como pessoa jurídica,

será assistido pelo seu sindicato de categoria profissional e, na

ausência deste, pelo órgão local competente do Ministério do

Trabalho e Emprego.

A Lei não retirou do sindicato dos empregados a condição de

representante dos profissionais que assumem a condição de pessoas

jurídicas no contrato de parceria

§ 10 São cláusulas obrigatórias do contrato de parceria, de que trata esta Lei, as que

estabeleçam:

I - percentual das retenções pelo salão-parceiro dos valores recebidos por cada serviço

prestado pelo profissional-parceiro;

II - obrigação, por parte do salão-parceiro, de retenção e de recolhimento dos tributos e

contribuições sociais e previdenciárias devidos pelo profissional-parceiro em decorrência da

atividade deste na parceria;

III - condições e periodicidade do pagamento do profissional-parceiro, por tipo de serviço

oferecido;

IV - direitos do profissional-parceiro quanto ao uso de bens materiais necessários ao

desempenho das atividades profissionais, bem como sobre o acesso e circulação nas

dependências do estabelecimento;

V - possibilidade de rescisão unilateral do contrato, no caso de não subsistir interesse na sua

continuidade, mediante aviso prévio de, no mínimo, trinta dias;

VI - responsabilidades de ambas as partes com a manutenção e higiene de materiais e

equipamentos, das condições de funcionamento do negócio e do bom atendimento dos

clientes;

VII - obrigação, por parte do profissional-parceiro, de manutenção da regularidade de sua

inscrição perante as autoridades fazendárias.

A Lei estabelece as cláusulas obrigatórias que deverão fazer parte do contrato

§ 11. O profissional-parceiro não terá relação de emprego ou de sociedade

com o salão-parceiro enquanto perdurar a relação de parceria tratada

nesta Lei.

Na vigência do contrato de parceria o profissional não tem relação de

emprego ou de sociedade com o salão

Art. 1°- B Cabem ao salão-parceiro a preservação e a manutenção das

adequadas condições de trabalho do profissional-parceiro,

especialmente quanto aos seus equipamentos e instalações,

possibilitando as condições adequadas ao cumprimento das

normas de segurança e saúde estabelecidas no art. 4° desta Lei.

É do salão-parceiro a responsabilidade de:

1) preservar e manter condições adequadas de trabalho para o

Profissional

2) preservar e manter condições adequadas de funcionamento dos equi-

pamentos e instalações para cumprimento das normas de segurança e

saúde, inclusive pelos profissionais-parceiros que “deverão obedecer às

normas sanitárias, efetuando a esterilização de materiais e utensílios utili-

zados no atendimento a seus clientes”

Art.1°- C Configurar-se-á vínculo empregatício entre a pessoa jurídica do

salão-parceiro e o profissional-parceiro quando:

I - não existir contrato de parceria formalizado na forma descrita

nesta Lei; e

II - o profissional-parceiro desempenhar funções diferentes das

descritas no contrato de parceria.

A Lei prevê 02 situações de reconhecimento do vínculo de emprego:

1) não existência de contrato de parceria de acordo com a Lei (*devem

ser verificados todos os contratos que já existam para adequação);

2) desempenho de funções diferentes das acordadas em contrato;

Art. 1º - D O processo de fiscalização, de autuação e de imposição de

multas reger-se-á pelo disposto no Título VII da Consolidação

das Leis do Trabalho - CLT, aprovada pelo Decreto-Lei no 5.452,

de 1° de maio de 1943.

A Lei remete para CLT – Artigos 626 a 642 – a parte de fiscalização, autuação

e multa sobre a relação de parceria

Parágrafo único. Cabeleireiro, Barbeiro, Esteticista, Manicure, Pedicure,

Depilador e Maquiador são profissionais que exercem atividades de higiene

e embelezamento capilar, estético, facial e corporal dos indivíduos.

Art. 2° (VETADO).

Art. 3° (VETADO).

Art. 4° Os profissionais de que trata esta Lei deverão obedecer às normas

sanitárias, efetuando a esterilização de materiais e utensílios utilizados no

atendimento a seus clientes.

Art. 5º É instituído o Dia Nacional do Cabeleireiro, Barbeiro, Esteticista,

Manicure, Pedicure, Depilador e Maquiador, a ser comemorado em todo o

País, a cada ano, no dia e mês coincidente com a data da promulgação

desta Lei.

LC 155

DE 27 DE OUTUBRO DE 2016

Altera a Lei Complementar no 123, de 14 de dezembro de

2006, para reorganizar e simplificar a metodologia de

apuração do imposto devido por optantes pelo Simples

Nacional; altera as Leis nos 9.613, de 3 de março de 1998,

12.512, de 14 de outubro de 2011, e 7.998, de 11 de janeiro

de 1990; e revoga dispositivo da Lei no 8.212, de 24 de

julho de 1991.

Art. 1° A Lei Complementar no 123, de 14 de dezembro de 2006,

passa a vigorar com as seguintes alterações:

Art. 13. .....................................................................................................

.....................................................................................................

§ 1°- A Os valores repassados aos profissionais de que trata a Lei no

12.592, de 18 de janeiro de 2012, contratados por meio de

parceria, nos termos da legislação civil, não integrarão a

receita bruta da empresa contratante para fins de tributação,

cabendo ao contratante a retenção e o recolhimento dos

tributos devidos pelo contratado “......................................” (NR)

Art. 11. Esta Lei Complementar entra em vigor na data de sua

publicação, produzindo efeitos:

I - na data de sua publicação, com relação ao art. 9° desta Lei

Complementar;

II - a partir de 1° de janeiro de 2017, com relação aos arts.61-A,

61-B, 61-C e 61-D da Lei Complementar no 123, de 14 de

dezembro de 2006;

III - a partir de 1° de janeiro de 2018, quanto aos demais

dispositivos.

http://www.sindibeleza.org.br

[email protected]

3217-4531/3217-4532

O SINDIBELEZA PATRONAL coloca à

disposição em sua sede departamento com

profissionais especializados para orientação

sobre a aplicação da Lei do Salão Parceiro.

Agende seu horário para tirar dúvidas e analisar

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