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LEI Nº 3.174 DE 20 DE DEZEMBRO DE 2.016.
DISPÕE SOBRE A LEI GERAL DO SUPER
SIMPLES - PROGRAMA DE INCENTIVO AO
MICROEMPREENDEDOR INDIVIDUAL, À
MICROEMPRESA E EMPRESA DE PEQUENO
PORTE DE COLINA E FOMENTO DE
REGULARIDADE FISCAL E DÁ OUTRAS
PROVIDÊNCIAS.
VALDEMIR ANTONIO MORALLES, Prefeito Municipal
da Comarca de Colina, Estado de São Paulo, no uso de suas atribuições legais;
Faz saber que a Câmara Municipal da Comarca de Colina,
Estado de São Paulo, aprovou, e eu sanciono e promulgo a seguinte Lei:
Capítulo I
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
Art. 1º - Esta Lei regula o tratamento jurídico diferenciado,
simplificado e favorecido assegurado ao microempreendedor individual (MEI), às
microempresas (ME) e empresas de pequeno porte (EPP), doravante simplesmente
denominadas MEI, ME e EPP.
Parágrafo Único - Aplicam-se ao MEI todos os benefícios e
todas as prerrogativas previstas nesta Lei para as ME e EPP.
Art. 2º - O tratamento diferenciado, simplificado, favorecido e
de incentivo às microempresas, às empresas de pequeno porte e ao microempreendedor
individual incluirá, entre outras ações dos órgãos e entes da administração municipal:
I - o incentivo à formalização de empreendimentos;
II - a unicidade e a simplificação do processo de registro e de
legalização de empresários e de pessoas jurídicas;
III - a simplificação, racionalização e uniformização dos
requisitos de segurança sanitária, metrologia, controle ambiental e prevenção contra
incêndios, para os fins de registro, legalização e funcionamento de empresários e pessoas
jurídicas, inclusive com a definição das atividades consideradas de alto risco;
IV - a fiscalização orientadora;
V - o agente de desenvolvimento;
VI - a preferência nas aquisições de bens e serviços pelos
órgãos públicos municipais.
Art. 3º - Para os efeitos desta Lei, considera-se Microempresa
e Empresa de Pequeno porte a sociedade empresária, a sociedade simples e o empresário
individual nos moldes do artigo 966 da Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2.002, com seus
registros no Registro de Empresas Mercantis ou no Registro Civil de Pessoas Jurídicas,
conforme o caso, desde que:
I – no caso das microempresas, o empresário, a pessoa jurídica
ou a ela equiparada, aufira, em cada ano-calendário, receita atualizada conforme
legislação federal em vigor;
II – no caso das empresas de pequeno porte, o empresário, a
pessoa jurídica ou a ela equiparada, aufira, em cada ano-calendário, receita bruta
atualizada conforme legislação federal em vigor.
Art. 4º - Para efeito de tributação do ISSQN, serão observadas
as disposições da Legislação Federal pertinente, em especial a Lei Complementar nº
116/03 e Lei Complementar Municipal n.º 173/12 (Código Tributário Municipal).
CAPÍTULO II
DA INSCRIÇÃO E ENCERRAMENTO DA EMPRESA E PRESTADORES DE
SERVIÇOS E EXPEDIÇÃO E RENOVAÇÃO DO ALVARÁ DE LICENÇA
Art. 5º - O Município de Colina, manterá à disposição dos
usuários, de forma presencial e pela rede mundial de computadores através do site oficial
do município (www.colina.sp.gov.br), informações, orientações e instrumentos, de forma
integrada e consolidada, que permitam pesquisas prévias às etapas de registros ou
inscrição, alteração e baixa de pessoa física e pessoa jurídica.
SEÇÃO I
Micro Empreendedores Individuais
Art. 6º - Será permitido o funcionamento residencial de
estabelecimentos comerciais ou de prestação de serviços, cujas atividades obedeçam e
estejam de acordo com as normas do Código de Posturas, Vigilância Sanitária e Secretaria
de Planejamento e Meio Ambiente.
Art. 7º - A inscrição do micro empreendedor individual
poderá ser efetuada mediante entrega de formulário simplificado, contendo os requisitos
mínimos constantes da legislação de regência.
Parágrafo 1º - Deverá apresentar, no ato da inscrição, a
seguinte documentação:
I – Cédula de Identidade;
II – Cadastro de Pessoa Física;
III - a Declaração de Atividade;
IV – Declaração de Endereço;
V – Certificado de condição de microempreendedor
individual;
VI – Cadastro nacional de pessoa jurídica – CNPJ;
VII – Inscrição Estadual;
VIII – Opção do Simples Nacional;
IX – Certidão de uso e ocupação do solo;
X – Contrato de locação quando o imóvel for alugado;
XI – Auto de vistoria do corpo de bombeiros – AVCB.
Parágrafo 2º - O registro do micro empreendedor individual
será processado com prioridade sobre os demais, devendo ser concluído,
preferencialmente, no mesmo dia de sua solicitação.
Parágrafo 3º - A conclusão do registro do micro
empreendedor gerará a emissão do “Comprovante de Inscrição e de Situação Cadastral”.
Parágrafo 4º - Os documentos acima relacionados não
necessitam ter firma reconhecida.
Art. 8º – Os Microempreendedores individuais serão isentos
do valor das Taxas de Fiscalização da Licença para Localização e Funcionamento,
Certidão Negativa de Débitos, Certidão de Uso e Ocupação do Solo, Inscrição Municipal,
Alterações Cadastrais, Taxa de Licenciamento Ambiental, apenas no ano de início de suas
atividades.
Parágrafo único - A isenção de que trata o caput alcança as
filiais.
Art. 9º - No exercício seguinte ao do início de sua atividade,
os Microempreendedores Individuais não terão qualquer desconto no valor da Taxa de
Fiscalização da Licença para Localização e Funcionamento, Certidão de Uso e Ocupação
do Solo e Inscrição Municipal.
SEÇÃO II
Microempresas e Empresa de Pequeno Porte
Art. 10 - A Prefeitura Municipal permitirá o funcionamento
das Microempresas e Empresas de Pequeno Porte, mediante emissão de alvará de licença
pelo Departamento da Receita, cujas atividades estejam de acordo com os Códigos
Tributário, de Postura do Município, da Vigilância Sanitária e da Secretaria de
Planejamento e Meio Ambiente.
Art. 11 – Para a abertura de Firma Jurídica, deverão ser
apresentados os seguintes documentos:
I – Comprovante de endereço (Escritura do Imóvel, Conta de
Água, Energia Elétrica e/ou telefone);
II – Certidão de uso e ocupação do solo;
III – Se o imóvel for alugado, deverá ser entregue cópia com
firma reconhecida do contrato de locação;
IV – Cópia do CNPJ e Inscrição Estadual (Declaração
Cadastral – DECA);
V – Vistoria do Departamento de Planejamento;
VI – Vistoria do Fiscal Tributário;
VII – Vistoria da VISA – Vigilância Sanitária (quando
necessária);
VIII – Vistoria do Corpo de Bombeiros, quando solicitado;
IX – CPF, RG, Comprovante de Residência (conta de água ou
energia elétrica) do Proprietário, Diretor ou Presidente do estabelecimento;
X – Telefone residencial e comercial e endereço eletrônico;
XI – Dados do Contador.
Art. 12 – As Microempresas e as Empresas de Pequeno Porte
terão redução de 20% (vinte por cento) do valor da Taxa de Fiscalização da Licença para
Localização e Funcionamento e da Taxa da Vigilância Sanitária no ano de início de suas
atividades.
Parágrafo único - A redução de que trata o caput alcança as
filiais.
Art. 13 - No exercício seguinte ao do início de sua atividade,
as Microempresas e as Empresas de Pequeno Porte não terão qualquer desconto no valor
da Taxa de Fiscalização da Licença para Localização e Funcionamento e da Taxa da
Vigilância Sanitária.
SEÇÃO III
Expedição e Renovação do Alvará de Licença
Art. 14 - Fica criado o “Alvará Provisório”, caracterizado pela
concessão, em caráter temporário, por meio administrativo com prazo de vigência de 90
(noventa) dias, que poderá ser prorrogada, por até igual período, a critério da
Administração, mediante pedido fundamentado para as Microempresas e Empresas de
Pequeno Porte no Município de Colina, em início de atividade no território do Município
nos termos da Legislação em vigor, exceto nos casos em que o grau de risco da atividade
seja considerado alto.
Parágrafo 1º – O “Alvará Provisório” será concedido após a
inscrição no Cadastro de Contribuintes do município, através de requerimento
devidamente protocolado junto à Prefeitura Municipal.
Parágrafo 2º - Para efeitos desta Lei, considera-se como
atividade de alto risco aquela que envolva observância a requisitos de segurança sanitária,
metrologia, controle ambiental e prevenção contra incêndios, ao sossego público e que
contenham entre outros:
I – aglomeração de pessoas;
II – sirvam como depósitos ou manipulem produtos perigosos,
inflamáveis, explosivos ou tóxicos;
III – tenham potencial poluidor alto;
IV – outras atividades assim definidas na legislação municipal.
Parágrafo 3º - O Alvará de Funcionamento Provisório será
cancelado se, após a notificação da fiscalização orientadora, não forem cumpridas as
exigências e os prazos estabelecidos
Art. 15 - Para a expedição e renovação do Alvará de
funcionamento por prazo determinado, deverá cumprir todas as exigências previstas na
legislação em vigor.
Parágrafo Único – A Prefeitura Municipal, sempre que achar
necessário, fará as devidas vistorias no estabelecimento, antes da emissão do competente
alvará de funcionamento.
Art. 16 - Fica estabelecido que a renovação dar-se-á após o
pagamento da Taxa de Licença e Localização, bem como da Taxa da Vigilância Sanitária,
quando necessário.
Art. 17 – Para a expedição do Alvará de Funcionamento
Provisório deverão ser apresentados os seguintes documentos:
a) Documentos de identificação do responsável pelo evento;
b) Cópia do IPTU, referente ao imóvel em que se pretende
instalar a atividade, quando não for área pública;
c) Termo de anuência ou permissão, ou documento
equivalente, em se tratando de imóvel de posse ou propriedade de órgãos públicos ou
autarquias;
d) indicação das providências relativas a sanitários,
estacionamentos de veículos e acesso às pessoas portadoras de deficiência física ou com
mobilidade reduzida e controle de ruídos;
e) Termo de Responsabilidade e Compromisso (Anexo I)
preenchido e assinado;
f) Contrato e certificado da empresa de segurança privada
devidamente registrada e regulada pela Polícia Federal, com a comprovação da
capacidade técnica e regularidade dos vigilantes junto à empresa, mediante apresentação
do CNV – Carteira Nacional de Vigilante, para controle de acesso do público ao local do
evento e as áreas restritas e para a segurança de pontos sensíveis, e declaração das
medidas que serão tomadas para deixar o local dentro das normas de segurança;
g) Certidão do promotor do evento em que constará o número
de público esperado para o evento, além de atestar a existência da brigada de incêndio,
com a comprovação da capacitação técnica e regularidade dos brigadistas, mediante a
apresentação de certificados de treinamento e um atestado de capacidade para brigadista
de incêndio;
h) Alvará do Juiz da Vara da Infância e da Juventude, no caso
de evento permitir o ingresso de menores de 18 (dezoito) anos;
i) A existência de equipe médica de prontidão, indicando o
número de médicos, de enfermeiros, de ambulâncias, de macas, aparelhagem de
emergência, equipamentos, etc, indicando o nome do responsável e seu CRM;
j) licença para queima de fogos, se for o caso;
k) para instalações provisórias ou eventuais de estruturas,
palcos, camarotes, arquibancadas e coberturas, deverão apresentar o Auto de Vistoria do
Corpo de Bombeiros – AVCB;
l) atestado do engenheiro responsável sobre as condições de
segurança, de acordo com as normas técnicas oficiais em vigor, como o sistema de para-
raios com medição ôhmica, das instalações elétricas comuns à edificação (ART), da parte
estrutural da edificação, das áreas novas implantadas, e da existência de pessoal técnico
especializado para, durante o evento, guarnecer os pontos sensíveis e certificação da
capacidade de lotação do local, bem como, da previsão de público;
m) cópia do ofício notificando o evento protocolado junto à
Policia Militar e Conselho Tutelar Municipal.
Art. 18 – A concessão do Alvará de Funcionamento
Provisório não isenta o pagamento de Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza
(ISSQN) e outros tributos, se for o caso.
Art. 19 – A conversão do Alvará de Funcionamento
Provisório em definitivo será condicionada à apresentação dos documentos e licenças
exigidos no TERMO DE COMPROMISSO (Anexo I).
Art. 20 – Mediante Termo de Compromisso, o requerente, por
seu representante legal, irá se comprometer a apresentar à Fazenda Municipal, no prazo
previamente estabelecido toda documentação necessária.
Art. 21 – O descumprimento do Termo de Compromisso
importará na aplicação de multa, na cassação do Alvará de Funcionamento Provisório e
na exclusão de ofício pela Fazenda Municipal das empresas optantes pelo Simples
Nacional.
Art. 22 – A concessão do Alvará de Funcionamento
Provisório considerará a compatibilidade da atividade com o Plano Diretor Municipal,
Código de Postura Municipal e Código Sanitário Estadual e caberá à Secretaria Municipal
de Planejamento emitir parecer final sobre a possibilidade ou não de funcionamento do
estabelecimento.
Art. 23 – O Alvará poderá ser cassado pela Fazenda
Municipal se forem infringidas quaisquer disposições legais referentes às posturas
municipais, ao meio ambiente, à vigilância sanitária ou se ficar constatado que o
funcionamento do estabelecimento põe em risco, por qualquer forma, a segurança, o
sossego, a saúde e a integridade física da vizinhança ou da coletividade.
Art. 24 – Havendo modificação de endereço ou atividade,
deverá o interessado solicitar novo pedido de Alvará de Funcionamento Provisório.
Art. 25 - Aplicam-se subsidiariamente as disposições atinentes
ao alvará de licença e funcionamento de estabelecimento, as normas previstas no Código
Tributário Municipal.
Art. 26 – As informações prestadas ao Município e o
enquadramento das atividades executadas pela empresa, para os casos de alvarás
provisórios, são de responsabilidade exclusiva do empresário solicitante.
Art. 27 – Por ocasião da solicitação de alvará o solicitante
deverá observar toda a legislação federal, estadual e municipal vigente, especialmente
quanto às condições mínimas de instalação, e localização do empreendimento segundo
regras do Plano Diretor, Código de Postura Municipal e Código Sanitário Estadual.
SEÇÃO IV
Baixa da Inscrição Municipal
Art. 28 - A baixa da inscrição municipal deverá cumprir os
seguintes requisitos:
I – Não apresentar débito junto ao Município de Colina;
II – Apresentar o alvará de licença vigente;
III – Apresentação da escrituração eletrônica do ISSQN de
todo o período de exercício das suas atividades.
Art. 29 - A prova da data do real encerramento das atividades
poderá se feita com base na data da última nota fiscal emitida pela empresa ou, na sua
inexistência, pela comprovação do registro de outra empresa no mesmo local, pela
comprovação da entrega do imóvel ao locador, pela comprovação do desligamento de
serviços ou fornecimento básico, tais como o de água, o de energia elétrica ou o de
telefonia.
Parágrafo Único – Na impossibilidade de comprovar o
encerramento da atividade por meios indicados no caput, a empresa poderá solicitar
diligência para prova da data do real encerramento de sua atividade.
Art. 30 – Os Microempreendedores Individuais, as
Microempresas e as Empresas de Pequeno Porte, poderão ter sua inscrição
automaticamente encerrada após o período de 12 (doze) meses consecutivos sem
recolhimento ou declarações, independentemente de qualquer notificação.
CAPÍTULO III
DOCUMENTOS FISCAIS
Art. 31 – Os Microempreendedores Individuais, as
Microempresas e as Empresas de Pequeno Porte optantes pelo Simples Nacional
utilizarão, conforme as operações e prestações que realizarem, os documentos fiscais.
Art. 32 – Fica instituída a Nota Fiscal Eletrônica (NF-e) nas
operações realizadas pelos Microempreendedores Individuais, as Microempresas e as
Empresas de Pequeno Porte optantes pelo Simples Nacional, sujeitas ao Imposto Sobre
Serviços de Qualquer Natureza – ISSQN.
Parágrafo Único – A numeração das NF-e seguirá sempre a
ordem sequencial crescente, por série, a partir do número 0001.
Art. 33 – A autorização para acesso e utilização da Nota Fiscal
eletrônica – NF-e deverá ser solicitada pessoalmente pelo Microempreendedores
Individuais, as Microempresas e as Empresas de Pequeno Porte, ou seu representante
legal, junto ao Departamento da Receita Municipal.
Art. 34 – Para efeito de garantir a aplicação das normas gerais
previstas no parágrafo 1º, do artigo 26, da Lei Complementar Federal nº 123, de 14 de
dezembro de 2.006, o micro empreendedor individual fica dispensado da emissão de
documento fiscal nas operações incluídas no campo de incidência do Imposto sobre
Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços – ICMS, desde que:
I – faça a opção pelo Simples Nacional, instituído pela lei a
que se refere o caput deste artigo;
II – adote a escrituração fiscal simplificada ou registro de
vendas ou prestação de serviços para efeito de comprovação da receita bruta.
Art. 35 – O micro empreendedor individual deverá manter em
seu poder no local em que estiver exercendo a sua atividade:
I – o “Comprovante de Inscrição e de Situação Cadastral”;
II – as primeiras vias dos documentos fiscais relativos à
aquisição das mercadorias ou bens que detiver.
CAPÍTULO IV
DO DESENQUADRAMENTO
Art. 36 - O desenquadramento do Simples Nacional, mediante
comunicação dos microempreendedores, das microempresas ou das empresas de pequeno
porte, dar-se-á:
I – Por opção;
II – Obrigatoriamente, quando elas incorrerem em qualquer
das situações de vedação previstas nesta Lei Complementar.
Parágrafo Único – O desenquadramento deverá ser
comunicado ao Departamento da Receita do Município, na hipótese do inciso I do caput
deste Artigo, até o último dia útil do mês de janeiro do exercício subsequente, e na
hipótese do Inciso II do caput deste Artigo, até o último dia do mês subseqüente àquele
em que ocorrido a situação de vedação.
Art. 37 - O desenquadramento do registro poderá ser feito:
I - a pedido do próprio contribuinte, mediante requerimento
protocolado junto à Prefeitura Municipal;
II - ou de ofício, em caso de descumprimento do disposto
nesta Lei, inclusive nas seguintes hipóteses:
a) resistência à fiscalização, caracterizada pela negativa de
acesso ao estabelecimento, ao domicílio fiscal ou a qualquer outro local onde a empresa
desenvolva suas atividades ou se encontrem bens de sua propriedade;
b) comercialização de mercadorias falsificadas ou objeto de
contrabando ou descaminho;
c) possuir débitos inscritos em dívida ativa do Município, cuja
exigibilidade não esteja suspensa;
d) deixar de emitir notas fiscais de prestação de serviços, salvo
nos casos em que a lei assim o conceder.
Art. 38 – Os contribuintes que, a qualquer tempo, deixarem de
preencher os requisitos impostos para o enquadramento no regime de Microempresa,
Microempreendedor Individual e Empresa de Pequeno Porte, ficam obrigados:
I - a comunicar o fato até o último dia útil do mês de dezembro
do exercício;
II - a recolher, integralmente, até o dia 20 (vinte) do mês
subseqüente e independentemente de prévia notificação, o tributo incidente sobre os fatos
geradores posteriores ao fato ou situação que houver motivado o desenquadramento.
CAPÍTULO V
SEÇÃO I
Da Fiscalização do ISSQN
Art. 39 - Caberá ao Departamento da Receita fiscalizar as
escriturações das Notas Fiscais de Serviços, referente ao recolhimento do ISSQN.
SEÇÃO II
Da Fiscalização Orientadora
Art. 40 – A fiscalização municipal, nos aspectos de posturas,
uso do solo, sanitário, ambiental e de segurança, relativos às microempresas, às empresas
de pequeno porte e aos demais contribuintes, deverá ter natureza orientadora, quando a
atividade ou situação, por sua natureza, comportar grau de risco compatível com esse
procedimento.
Art. 41 – Nos moldes do artigo anterior, quando da
fiscalização municipal, será observado o critério de dupla visita para lavratura de auto de
infração, exceto na ocorrência de reincidência, fraude, resistência ou embaraço à
fiscalização.
Parágrafo Único - Considera-se reincidência, para fins deste
artigo, a prática do mesmo ato no período de até 12 (doze) meses, contados do ato
anterior.
Art. 42 – A dupla visita consiste em uma primeira ação, com a
finalidade de verificar a regularidade do estabelecimento e, em ação posterior, de caráter
punitivo quando, verificada qualquer irregularidade na primeira visita, não for efetuada a
respectiva regularização no prazo determinado.
Art. 43 – Quando na visita for constatada qualquer
irregularidade, será lavrado um termo de verificação e orientação para que o responsável
possa efetuar a regularização no prazo de 30 (trinta) dias, sem aplicação de penalidade.
Parágrafo 1º - Quando o prazo referido neste artigo não for
suficiente para a regularização necessária, o interessado deverá formalizar, com o órgão
de fiscalização, um termo de ajuste de conduta, no qual, justificadamente, assumirá o
compromisso de efetuar a regularização dentro do cronograma que for fixado no termo.
Parágrafo 2º - Decorridos os prazos fixados no caput ou no
termo de ajuste de conduta (TAC) sem a regularização necessária, será lavrado auto de
infração com aplicação de penalidade cabível.
CAPÍTULO VI
ACRESCIMOS LEGAIS
Art. 44 - Aplicam-se aos impostos e contribuições devidos
pela microempresa, pelo microempreendedor individual e pela empresa de pequeno porte,
inscritas no Simples Nacional, as normas relativas aos juros e multa de mora previsto do
Decreto nº 993 de 12 de março de 1986.
Parágrafo Único – Serão corrigidos, anualmente, os valores
inscritos em Dívida Ativa no início do exercício subseqüente.
CAPÍTULO VII
DOS INCENTIVOS E BENEFÍCIOS
Art. 45 – As Microempresas, os Microempreendedores
Individuais e Empresas de Pequeno Porte que se instalarem no Município de Colina,
aquelas já em atividade e, ainda, as que reativarem suas atividades empresariais, desde
que devidamente inscritas no CNPJ, gozarão de incentivos e benefícios nos termos desta
Lei.
Art. 46 – Estão excluídas dos incentivos fiscais previstos nesta
Lei as Empresas que possuem filiais em funcionamento fora do Estado de São Paulo.
Art. 47 – Serão concedidos os seguintes benefícios para os
Microempreendedores, as Microempresas e as Empresas de Pequeno Porte:
I – concessão ou venda de área no Distrito Industrial, a ser
realizada pelo seu valor venal, podendo ser parcelado em até 24 (vinte e quatro) vezes;
II – concessão de máquinas e equipamentos para serviço de
terraplenagem, cabendo ao beneficiário arcar com as despesas para o regular
funcionamento destas.
CAPÍTULO VIII
DAS ISENÇÕES
Art. 48 – Fica estabelecida, apenas quando da abertura da
Microempresa, do Microempreendedor Individual ou Empresa de Pequeno Porte, a
isenção das seguintes taxas e impostos:
I - taxa de aprovação de projeto e da taxa de Habite-se;
II – taxa de licença de estabelecimento;
III – taxa da vigilância sanitária;
V – imposto sobre serviços de qualquer natureza.
CAPÍTULO IX
DO CIAMPE
Art. 49 – O “Centro Integrado de Apoio às Micro e Pequenas
Empresas” (CIAMPE) tem como finalidade fomentar o desenvolvimento do Município,
através do fortalecimento das Microempresas, Microempreendedor Individual e Empresas
de Pequeno Porte sediadas em Colina, por meio de um programa integrado e efetivo do
Poder Público para diminuição dos trâmites burocráticos no atendimento ao munícipe
empreendedor e aos micro e pequenos empresários.
Art. 50 – Estarão disponíveis, no Centro Integrado, para as
Microempresas, Microempreendedor Individual e Empresas de Pequeno Porte de Colina
os seguintes serviços:
I – abertura de empresas;
II – regularização de empresas;
III – informações de compras governamentais;
IV - informações de linhas de crédito de instituições
financeiras;
V - encerramento de atividades;
VI - informações do Programa de Qualificação Profissional
(Procat);
VII - concessão de Licenças;
VIII - informação sobre o programa Empresa Legal;
IX - informação sobre o Programa Nosso Crédito, e demais
serviços inerentes aos incentivos tratados na presente Lei;
X - paralisação temporária de atividades ou suspensão.
CAPÍTULO X
DO REFIS
Art. 51 – Fica o Poder Executivo autorizado a conceder o
parcelamento de débitos fiscais ou não nos termos da legislação específica em vigor.
Parágrafo Único – Os valores serão corrigidos anualmente,
sempre no primeiro dia útil do exercício pelo IGP-M/FGV – Índice Geral de Preços do
Mercado, da Fundação Getúlio Vargas.
CAPÍTULO XI
DO ACESSO AOS MERCADOS
Art. 52 – As microempresas, os microempreendedores
individuais e as empresas de pequeno porte, por ocasião da participação em certames
licitatórios, deverão apresentar, no momento oportuno, toda a documentação exigida para
efeito de comprovação de regularidade fiscal, mesmo que esta apresente alguma restrição.
Parágrafo 1º - Havendo alguma restrição na comprovação da
regularidade fiscal, será assegurado o prazo de 5 (cinco) dias úteis, cujo termo inicial
corresponderá ao momento em que o proponente for declarado o vencedor do certame,
prorrogáveis por igual período, a critério da Administração Pública, para a regularização
da documentação, pagamento ou parcelamento do débito, e emissão de eventuais
certidões negativas ou positivas com efeito de certidão negativa.
Parágrafo 2º - A não-regularização da documentação, no
prazo previsto no § 1º deste artigo, implicará decadência do direito à contratação, sem
prejuízo das sanções previstas no art. 81 da Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993, sendo
facultado à Administração convocar os licitantes remanescentes, na ordem de
classificação, para a assinatura do contrato, ou revogar a licitação.
Art. 53 – Nas licitações será assegurada, como critério de
desempate, preferência de contratação para as microempresas, microempreendedor
individual e empresas de pequeno porte.
Parágrafo 1º - Entende-se por empate aquelas situações em
que as propostas apresentadas pelas microempresas, microempreendedores individuais e
empresas de pequeno porte sejam iguais ou até 10% (dez por cento) superiores à proposta
mais bem classificada.
Parágrafo 2º - Na modalidade de pregão, o intervalo
percentual estabelecido no § 1º deste artigo será de até 5% (cinco por cento) superior ao
melhor preço.
Art. 54 – Para efeito do disposto no art. 53 desta Lei,
ocorrendo o empate, proceder-se-á da seguinte forma:
I - a microempresa, o microempreendedor individual ou
empresa de pequeno porte mais bem classificada poderá apresentar proposta de preço
inferior àquela considerada vencedora do certame, situação em que será adjudicado em
seu favor o objeto licitado;
II - não ocorrendo a contratação da microempresa, do
microempreendedor individual ou empresa de pequeno porte, na forma do inciso I do
caput deste artigo, serão convocadas as remanescentes que porventura se enquadrem na
hipótese dos §§ 1º e 2º do art. 53 desta Lei, na ordem classificatória, para o exercício do
mesmo direito;
III - no caso de equivalência dos valores apresentados pelas
microempresas, pelos microempreendedores individuais e empresas de pequeno porte que
se encontrem nos intervalos estabelecidos nos §§ 1º e 2º do art. 53 desta Lei, será
realizado sorteio entre elas para que se identifique aquela que primeiro poderá apresentar
melhor oferta.
Parágrafo 1º - Na hipótese da não-contratação nos termos
previstos no caput deste artigo, o objeto licitado será adjudicado em favor da proposta
originalmente vencedora do certame.
Parágrafo 2º - O disposto neste artigo somente se aplicará
quando a melhor oferta inicial não tiver sido apresentada por microempresa ou empresa
de pequeno porte.
Parágrafo 3º - No caso de pregão, a microempresa, o
microempreendedor individual ou empresa de pequeno porte mais bem classificada será
convocada para apresentar nova proposta no prazo máximo de 5 (cinco) minutos após o
encerramento dos lances, sob pena de preclusão.
Art. 55 - Nas contratações públicas de bens, serviços e obras,
poderá ser concedido tratamento favorecido, diferenciado e simplificado para as
microempresas, os microempreendedores individuais e empresas de pequeno porte
objetivando:
I - a promoção do desenvolvimento econômico e social no
âmbito municipal e regional;
II - ampliação da eficiência das políticas públicas;
III - o incentivo à inovação tecnológica.
Art. 56 – Para a ampliação da participação das
microempresas, dos microempreendedores individuais e empresas de pequeno porte nas
licitações, os órgãos ou entidades contratantes poderão, sempre que possível:
I - instituir cadastro próprio, de acesso livre, ou adequar os
cadastros existentes, para identificar as microempresas e empresas de pequeno porte
sediadas regionalmente, com as respectivas linhas de fornecimento, de modo a possibilitar
a notificação das licitações e facilitar a formação de parcerias e subcontratações;
II - padronizar e divulgar as especificações dos bens e serviços
contratados de modo a orientar as microempresas, os microempreendedores individuais e
empresas de pequeno porte para que procedam à adequação de seus processos produtivos;
III - na definição do objeto da contratação, não utilizar
especificações que restrinjam, injustificadamente, a participação das microempresas e
empresas de pequeno porte sediadas regionalmente.
Art. 57 – Os órgãos e entidades contratantes deverão realizar
processo licitatório destinado exclusivamente à participação de microempresas,
microempreendedores individuais e empresas de pequeno porte nas contratações cujo
valor seja de até R$ 80.000,00 (oitenta mil reais), conforme a legislação em vigor.
Parágrafo Único - Não se aplica o disposto neste artigo
quando ocorrerem as situações previstas no art. 60.
Art. 58 – Nas licitações para fornecimento de bens, serviços e
obras, os órgãos e entidades contratantes poderão estabelecer, nos instrumentos
convocatórios, a exigência de subcontratação de microempresas, microempreendedor
individual ou empresas de pequeno porte, sob pena de desclassificação, determinando:
I - o percentual de exigência de subcontratação, de até 30%
(trinta por cento) do valor total licitado;
II - que as microempresas, os microempreendedores
individuais e empresas de pequeno porte a serem subcontratadas deverão estar indicadas e
qualificadas pelos licitantes com a descrição dos bens e serviços a serem fornecidos e seus
respectivos valores;
III - que, no momento da habilitação, deverá ser apresentada a
documentação da regularidade fiscal e trabalhista das microempresas, dos
microempreendedores individuais e empresas de pequeno porte subcontratadas, bem
como ao longo da vigência contratual, sob pena de rescisão;
IV - que a empresa contratada compromete-se a substituir a
subcontratada, no prazo máximo de 30 (trinta) dias, na hipótese de extinção da
subcontratação, mantendo o percentual originalmente subcontratado até a sua execução
total, notificando o órgão ou entidade contratante, sob pena de rescisão, sem prejuízo das
sanções cabíveis, ou demonstrar a inviabilidade da substituição, em que ficará responsável
pela execução da parcela originalmente subcontratada;
V - que a empresa contratada responsabiliza-se pela
padronização, compatibilidade, gerenciamento centralizado e qualidade da
subcontratação.
Art. 59 – Nas licitações para a aquisição de bens, serviços e
obras de natureza divisível, e desde que não haja prejuízo para o conjunto ou complexo do
objeto, os órgãos e entidades contratantes poderão reservar cota de até 25% (vinte e cinco
por cento) do objeto, para a contratação de microempresas, microempreendedores
individuais e empresas de pequeno porte.
Parágrafo 1º - O disposto neste artigo não impede a
contratação das microempresas ou empresas de pequeno porte na totalidade do objeto.
Parágrafo 2º - O instrumento convocatório deverá prever que,
não havendo vencedor para a cota reservada, esta poderá ser adjudicada ao vencedor da
cota principal, ou, diante de sua recusa, aos licitantes remanescentes, desde que pratiquem
o preço do primeiro colocado.
Parágrafo 3º - Se a mesma empresa vencer a cota reservada e
a cota principal, a contratação da cota reservada deverá ocorrer pelo preço da cota
principal, caso este tenha sido menor do que o obtido na cota reservada.
Art. 60 - Não se aplica o disposto nos arts. 55, 57, 58 e 59
quando:
I - não houver um mínimo de três fornecedores competitivos
enquadrados como microempresas, microempreendedor individual ou empresas de
pequeno porte sediados no local ou na região e capazes de cumprir as exigências
estabelecidas no instrumento convocatório;
II - o tratamento diferenciado e simplificado para as
microempresas, os microempreendedores individuais e empresas de pequeno porte não for
vantajoso para a administração ou representar prejuízo ao conjunto ou complexo do
objeto a ser contratado;
III - a licitação for dispensável ou inexigível, nos termos dos
arts. 24 e 25 da Lei nº 8.666/93;
IV - a soma dos valores licitados, nos termos do disposto nos
arts. 57, 58 e 59 ultrapassar vinte e cinco por cento do orçamento disponível para
contratações em cada ano civil;
V - o tratamento diferenciado e simplificado não for capaz de
alcançar os objetivos previstos no art. 1º desta lei.
Parágrafo Único - Para o disposto no inciso II, considera-se
não vantajosa a contratação quando resultar em preço superior ao valor estabelecido como
referência.
CAPÍTULO XII
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS
Art. 61 – A Administração Pública Municipal, como forma de
estimular a criação de novas micro e pequenas empresas no Município e promover o seu
desenvolvimento, poderá incentivar a criação de programas específicos de atração de
novas empresas de forma direta ou em parceria com outras entidades públicas ou
privadas.
Art. 62 – As despesas decorrentes da presente Lei correrão por
conta de dotações orçamentárias próprias.
Art. 63 - Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação,
revogando-se as disposições em contrário, em especial a Lei nº 2619, de 14 de dezembro
de 2007.
Prefeitura Municipal de Colina, 20 de dezembro de 2.016.
VALDEMIR ANTONIO MORALLES
Prefeito Municipal de Colina
Registrada na Secretaria competente e publicada por afixação
no quadro de avisos desta Municipalidade.
RUBENS PEREIRA DA SILVA JUNIOR
Chefe de Gabinete do Prefeito
ANEXO I
TERMO DE CIENCIA COMPROMISSO E RESPONSABILIDADE
A empresa abaixo qualificada, por seu sócio-administrador, DECLARA, sob as penas da
lei, serem autênticos os documentos apresentados e verdadeiras as informações prestadas
ao Fisco Municipal, para os fins de expedição do Alvará de Licença Provisório.
COMPROMETE-SE ainda a promover sua regularização, no prazo de XX dias, visando a
obtenção da licença de funcionamento e estabelecimento definitiva, mediante
apresentação, no prazo legal, dos seguintes documentos:
( ) ALVARÁ DO CORPO DE BOMBEIROS
( ) LICENÇA AMBIENTAL
( ) ALVARÁ DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA
( ) MATRÍCULA IMOBILIÁRIA ATUALIZADA COM AVERBAÇÃO DA ÁREA
OCUPADA OU CARTA DE HABITE-SE
( ) OUTROS A CRITERIO DO
FISCO__________________________________________________
O descumprimento do presente compromisso sujeita o infrator às penas de multa,
cassação da licença provisória e exclusão do Simples Nacional, conforme
XXXXXXXXXX
Razão Social _____________________________________________
CNPJ __________________________________ fone: ____________
Endereço ______________________________ Bairro____________
Cadastro Imobiliário Municipal nº ________________________
Área utilizada ________________m²
Atividade ________________________________________________
Sócio Administrador_______________________________________
CPF _________________________________ fone _______________
Endereço:_________________________________________________