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LEI N º 37/2008 APROVA O PLANO MUNICIPAL DECENAL DE EDUCAÇÃO – PMDE DE OURO PRETO A Mesa da Câmara Municipal de Ouro Preto, no uso de suas atribuições legais, faz saber que a Câmara Municipal aprovou a seguinte PROPOSIÇÃO DE LEI: Art. 1º Fica aprovado o Plano Municipal Decenal de Educação de Ouro Preto - PMDE, constante dos documentos anexos, parte integrante desta Lei: I . Anexo 1: Introdução II . Anexo 2: Diagnóstico III . Anexo 3: Objetivos e Diretrizes IV . Anexo 4: Metas V . Anexo 5: Equipe de Elaboração VI . Anexo 6: Bibliografia Art. 2º Município de Ouro Preto, através da Diretoria de Desenvolvimento Educacional da Secretaria Municipal de Educação, acompanhará o desenvolvimento do PMDE e procederá avaliações periódicas do mesmo. §1º Os resultados das avaliações serão apresentados pelo Município em Audiências Públicas periódicas. §2º A primeira avaliação realizar-se-á no segundo semestre do primeiro ano de vigência desta Lei. §3º O Conselho Municipal de Educação é fórum privilegiado para centralizar as avaliações do Plano. (continuação da Proposição de Lei nº 37/2008) Art. 3º O Poder Executivo Municipal empenhar-se-á na divulgação desse Plano para que a sociedade ouropretana o conheça amplamente e acompanhe sua implementação.

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LEI N º 37/2008

APROVA O PLANO MUNICIPAL DECENAL DE EDUCAÇÃO – PMDE DE OURO PRETO

A Mesa da Câmara Municipal de Ouro Preto, no uso de suas atribuições legais, faz saber que a Câmara Municipal aprovou a seguinte PROPOSIÇÃO DE LEI:

Art. 1º Fica aprovado o Plano Municipal Decenal de Educação de Ouro Preto - PMDE, constante dos documentos anexos, parte integrante desta Lei:

I . Anexo 1: Introdução

II . Anexo 2: Diagnóstico

III . Anexo 3: Objetivos e Diretrizes

IV . Anexo 4: Metas

V . Anexo 5: Equipe de Elaboração

VI . Anexo 6: Bibliografia

Art. 2º Município de Ouro Preto, através da Diretoria de Desenvolvimento Educacional da Secretaria Municipal de Educação, acompanhará o desenvolvimento do PMDE e procederá avaliações periódicas do mesmo.

§1º Os resultados das avaliações serão apresentados pelo Município em Audiências Públicas periódicas.

§2º A primeira avaliação realizar-se-á no segundo semestre do primeiro ano de vigência desta Lei.

§3º O Conselho Municipal de Educação é fórum privilegiado para centralizar as avaliações do Plano.

(continuação da Proposição de Lei nº 37/2008)

Art. 3º O Poder Executivo Municipal empenhar-se-á na divulgação desse Plano para que a sociedade ouropretana o conheça amplamente e acompanhe sua implementação.

Art. 4º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

Ouro Preto, Patrimônio Cultural da Humanidade, 27 de junho de 2008, duzentos e noventa e seis anos da Instalação da Câmara Municipal e vinte e sete anos do Tombamento.

Maurílio Zacarias Gomes – Presidente

Mateus Nunes – Secretário

Registrada e publicada nesta Secretaria, em 30 de junho de 2008.

Murilo da Costa Santos – Diretor Geral

Substitutivo ao Projeto de Lei 94/2007Autoria: Vereadores Flávio Andrade e Wanderley Rossi Kuruzu

PLANO MUNICIPAL DECENAL DE EDUCAÇÃO

SUMÁRIO

ANEXO IIntrodução

1. Breve Histórico do Plano Decenal de Educação1.1 – Contexto Nacional

1.2 – Contexto Estadual1.3 - Contexto Municipal

2. Pressupostos do Plano

2.1 – Pressupostos Político-Institucionais2.2 - Pressupostos Conceituais2.3 – Eixo Estruturador2.4 – Pressupostos Metodológicos

3. Caracterização do Município

3.1 – Situação Geográfica3.2 – Principais Atividades Econômicas3.3 – Histórico da Educação em Ouro Preto3.4 - Diretrizes Curriculares Municipais3.5 – A Construção do Plano Municipal Decenal em Ouro Preto

ANEXO 2Diagnóstico Educacional do Município

1. Dados Gerais

2. Indicadores de Ensino/Aprendizagem3. Educação Infantil

3.1 – Histórico e Fundamentação Legal3.2 - Diagnóstico

4. Ensino Fundamental4.1 – Dados Gerais

5. Ensino Médio6. Ensino Superior

6.1 - Histórico6. – Diagnóstico

7. Educação de Jovens e Adultos - EJA

7.1 – Introdução7.2 – Histórico e Diagnóstico 7.3 – Concepção de Educação de Jovens e Adultos

8. Educação Especial8.1 – Educação Inclusiva

8.2 – Legislação8.3 – Dados Estatísticos

9. Ensino Profissionalizante9.1 – Diagnóstico

9.2 – Dados de 200510. Valorização do Magistério

11. Financiamento e Gestão

ANEXO 3Objetivos e Diretrizes

• Objetivos Gerais do PMDEDiretrizes Gerais para a Educação MunicipalPilares de Sustentação do PMDEPrincípios Norteadores da Prática PedagógicaPrincípios GeraisPrioridades GeraisDiretrizes para a Educação ProfissionalDiretrizes para Valorização do Magistério

ANEXO 4Metas

1.Ensino MédioEducação SuperiorEducação de Jovens e AdultosEducação EspecialEducação ProfissionalizanteValorização do MagistérioGestão e Financiamento

ANEXO 5Equipe de Elaboração

Equipe de Redação Participações Especiais Equipe de Revisão Câmara de Ensino Médio Câmara de Educação Profissional Câmara de Valorização do Magistério Câmara de Educação Espacial Câmara de Ensino Superior e Articulação com Educação Básica Câmara de Financiamento e Gestão Câmara de Educação de Jovens e Adultos Equipe de Sistematização Final ANEXO 6Bibliografia

ANEXO 1INTRODUÇÃO

1 - BREVE HISTÓRICO DO PLANO DECENAL O Plano Municipal de Educação é um planejamento estratégico para o Município coordenado pela Secretaria Municipal de Educação de Ouro Preto, é decenal porque pretende propor reflexões e ações por um período de dez anos. Foi realizado em bases pactuadas com os educadores, com o governo estadual e articulado com o estabelecido no Plano Nacional de Educação. É um compromisso responsável que busca a conciliação entre o equilíbrio das contas públicas com a priorização das ações de melhoria da qualidade do ensino.

Certamente é um documento que não pretende ser único, pois não será capaz de retratar a diversidade de aspirações dos educadores. Por isso, ele não tem a intenção de prescrever o que os educadores devem fazer nas várias etapas de seu trabalho, nas várias escolas da rede escolar ouro-pretana. Ele pretende ser um instrumento de debate para que se possam incluir cada vez mais, e sempre que necessário, novos elementos para reflexão e ação.

Planejar essas ações de melhoria da qualidade do ensino no município pressupõe estabelecer os princípios que nortearão essas ações. Mas, definir coletivamente esses pressupostos epistemológicos não é tarefa das mais fáceis. Afinal, estamos sempre nos perguntando: Educar pra quê? Para qual sociedade? Que cidadão é esse que a Educação pública quer formar? Em quem nos apoiaremos? É preciso levar em conta, portanto, as especificidades de distritos, de um determinado ciclo, de determinados grupos de alunos, da formação dos educadores e do estado de conservação da infra-estrutura das escolas.

Este desafio nos é colocado, aos profissionais da rede pública de Ouro Preto e, esperamos que os pressupostos conceituais aqui expostos reflitam o projeto educativo da rede pública de ensino, resultado das inúmeras ponderações entre os educadores e que sejam capazes de subsidiar, portanto, as diferentes práticas educativas das três redes de ensino: municipal, estadual e federal.

O Plano Municipal de Educação de Ouro Preto terá a história do processo vivido pelos educadores e educadoras e pelos sujeitos que nela se encontram inseridos. Nesse momento de construção, os professores começam a se enxergar como profissionais da Educação, compromissados com a defesa e o destino de sua classe social, por melhores salários, por um Plano de Cargos e Salários, por uma Educação de qualidade e pela democratização do espaço escolar. Da mesma maneira, os avanços conquistados como a formação de colegiados, a eleição para diretores ou a elaboração coletiva de projetos políticos pedagógicos das escolas, iniciados pela Superintendência de Ensino, a partir dos anos 90, são processos que se consolidam a partir dessas ações e se vinculam, igualmente, ao movimento social mais amplo, onde a dimensão educativa se faz presente em todos os setores. Ao abrir espaço, também para a participação de pais, alunos, funcionários, professores e a sociedade civil, a Secretaria de Educação participa de uma nova configuração social na sociedade trazendo profundas modificações nos sujeitos que a constituem. Consolida-se também a participação dessa Secretaria na construção de um novo projeto de construção social e de uma nova escola.

Nesse sentido, esse trabalho procura mostrar o esforço que deverá ser empreendido para realizar as tão sonhadas metas e ações de melhoria. Ele consolida um desejo da população. Muitas etapas ainda serão necessárias. A compreensão do PMDE pelos

gestores das escolas públicas através de sua discussão é condição inicial para uma proposta séria de implementação. A reelaboração do Projeto Político Pedagógico pelas escolas, a partir desse documento, constitui a próxima etapa, expressando em cada escola, em cada comunidade escolar, os objetivos e as metas correspondentes com a realidade do município e com a realidade de cada escola, para que o município de Ouro Preto alcance um patamar educacional que seja capaz de assegurar o desenvolvimento de sua gente.

1.1 - CONTEXTO NACIONAL Não é possível fazer referência apenas ao histórico da Educação para descrever o contexto em que se propõe um Plano Municipal Decenal de Educação. É necessário, igualmente, considerar o contexto histórico, econômico e social do país. A instalação da República no Brasil e o surgimento das primeiras idéias de um plano que tratasse da Educação para todo o território nacional aconteceram simultaneamente. À medida que o quadro social, político e econômico do início deste século se desenhava, a Educação começava a se impor como condição fundamental para o desenvolvimento do país. Havia grande preocupação com a instrução, nos seus diversos níveis e modalidades. Nas duas primeiras décadas, as várias reformas educacionais ajudaram no amadurecimento da percepção coletiva da Educação como um problema nacional. Em 1932, educadores e intelectuais brasileiros lançaram um manifesto ao povo e ao governo, que ficou conhecido como "Manifesto dos Pioneiros da Educação". Propunham a reconstrução educacional, "de grande alcance e de vastas proporções [...] um plano com sentido unitário e de bases científicas [...]". O documento teve grande repercussão e motivou uma campanha que resultou na inclusão de um artigo específico na Constituição Brasileira de 16 de julho de 1934 sobre a necessidade de elaboração de um Plano Nacional de Educação. Todas as constituições posteriores, com exceção da Carta de 1937, incorporaram, implícita ou explicitamente, esta idéia e havia, subjacente, o consenso de que o plano devia ser fixado por lei. Essa idéia, entretanto, não se concretizou, apesar das iniciativas tomadas em 1962 e 1967. Somente com a Constituição Federal de 1988, cinqüenta anos após a primeira tentativa oficial, ressurgiu a idéia de um plano nacional de longo prazo, com força de lei, capaz de conferir estabilidade às iniciativas governamentais na área de Educação. Entre 1993 e 1994, após a Conferência Mundial de Educação em Jontiem, Tailândia, e por exigência dos documentos resultantes desta conferência, foi elaborado o Plano Nacional de Educação para Todos, num amplo processo democrático coordenado pelo Ministério da Educação e Cultura - MEC. O plano foi aprovado no final do governo Itamar Franco e esquecido pelo governo que o sucedeu.

Em 1996, é aprovada a segunda Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional - LDB-

9.394/96, que insiste na necessidade de elaboração de um plano nacional em sintonia com a Declaração Mundial sobre Educação para Todos, com duração de dez anos, para reger a Educação na Década da Educação. Estabelece, ainda, que a União encaminhe o plano ao Congresso Nacional, um ano após a publicação da citada lei, com diretrizes e metas para todos os níveis e modalidades de ensino.

Em fevereiro de 1998, são propostos à Câmara dos Deputados dois projetos de Lei visando a instituição do Plano Nacional de Educação: O Projeto N° 4.155/98 apresentado pelo Deputado Ivan Valente e o Projeto n° 4.173/98 apresentado pelo MEC. Ao final de um longo processo de discussões, o relator da Comissão de Educação opta por redigir um substitutivo, incorporando as contribuições dos dois projetos, que em 14/12/2000 foi aprovado. Em 9 de janeiro de 2001, o Presidente Fernando Henrique Cardoso sancionou a Lei 10.172, que institui o Plano Nacional de Educação – PNE e estabelece a obrigatoriedade dos Estados e Municípios elaborarem e submeterem à apreciação e aprovação do Poder Legislativo correspondente a proposta de um Plano Decenal próprio. Quatro premissas orientaram a elaboração do PNE:

• Educação como direito de todos.Educação como fator de desenvolvimento social e econômico do País.Redução das desigualdades sociais e regionais no tocante ao acesso e à permanência, com sucesso, na Educação pública.Democratização da gestão do ensino público nos estabelecimentos oficiais. Os objetivos estabelecidos pelo Plano Nacional de Educação são:

l Elevação do nível de escolaridade da população.Melhoria da qualidade do ensino em todos os níveis e modalidades.Redução de desigualdades sociais e regionais.Democratização da gestão do ensino. Considerando a escassez de recursos, o PNE/01 estabeleceu as seguintes prioridades:

1. Garantia do Ensino Fundamental obrigatório de nove anos a todas as crianças de 6 a 14 anos.

Garantia de Ensino Fundamental a todos os que a ele não tiveram acesso na idade própria ou que não o concluíram. Ampliação do atendimento nos demais níveis de ensino: a Educação Infantil, o Ensino Médio e a Educação Superior.Valorização dos profissionais da Educação.Desenvolvimento de sistemas de informação e de avaliação em todos os níveis e modalidades de ensino.

O FUNDEB - Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação prevê o atendimento de creches com crianças de até 03 anos. Para isso, o Fundo terá, ao longo dos primeiros anos, mais R$ 200 milhões de recursos federais. Também defendeu que, na PEC - Proposta de Emenda Constitucional, seja incluído um dispositivo que vincule ganhos de eficiência na gestão pública ao aumento de repasses para a Educação. São conquistas muito tímidas face ao

grande desafio de subverter a ordem e restituir à Educação a sua verdadeira importância. Será um grande desafio, pois estamos assistindo a uma enorme transformação. Vivemos a sociedade dos desempregados com títulos, mas não a dos empregados sem título. Novas configurações familiares tornam-se freqüentes como: divórcio, 2ª união e casamento entre pessoas do mesmo sexo. Além disso, a mãe divide com o pai a função de provedora e tem dupla e tripla jornada. O resultado é que cada vez mais a escola assume o que é responsabilidade da família. Jornadas de trabalho integral não permitem que os pais possam se dedicar como se espera, à formação dos filhos. Em conseqüência disso, 35% dos jovens usam drogas pesadas. A alimentação do tipo fast food e com excesso de carboidratos contribui cada vez mais para a obesidade e a hipertensão. Há grande número de adolescentes que engravidam cada vez mais cedo e sem condições de assumir uma família. O resultado é que há uma grande parcela da população que precisa trabalhar muito cedo contribuindo para o aumento das taxas de reprovação, abandono e baixo nível de escolaridade. Instalou-se, nos últimos anos, uma grave crise ética na política e o excesso de corrupção no governo torna a população cada vez mais incrédula. O povo perde seus modelos de referência e de esperança. As formas de dominação - de classe, de raça, de sexo – encontram-se camufladas sob um discurso de identidades e reconhecimento da diversidade. Tenta-se fazer reinar, por meio de uma linguagem eufêmica, uma outra forma de consenso: autonomia da escola como forma de desonerar o Estado de sua responsabilidade na Educação; responsabilidade social como forma de manter a dominação; esvaziamento da importância do educador que vê sua auto-estima cada dia mais ferida. Lamentavelmente, o que se assiste é a aceitação passiva, pelo professor, do papel de tarefeiro ignorando sua conivência com a desoneração do estado e com a permanência da dominação. 1.2 - CONTEXTO ESTADUAL A trajetória de lutas e conquistas de Minas Gerais é histórica. Nesse momento em que o mundo todo começa a demonstrar, cansaço e indignação com as várias formas de dominação do sistema capitalista, o povo mineiro se une com a finalidade de discutir a Educação de sua gente como garantia para a sua autonomia e um futuro melhor.

Mais uma vez, a Secretaria Estadual de Educação de Minas Gerais - SEE, fez a diferença. Embora a recomendação legal da LDB/96, no seu Art. 10 seja: “Os Estados incumbir-se-ão de (...) elaborar e executar políticas e planos educacionais, em consonância com as diretrizes e planos nacionais de Educação, integrando e coordenando as suas ações e as dos Municípios”, em respeito à autonomia dos

municípios, enquanto entes federados autônomos, e à política Cooperação-Mútua – iniciada neste Estado na década de 90 - ela optou por sugerir, de comum acordo com a União Nacional de Dirigentes Municipais de Educação, Seção MG - UNDIME/MG, um percurso crítico de planejamento, a partir de uma determinada filosofia de trabalho e de trilhas consideradas mais eficazes na construção democrática dos Planos Decenais de Educação de Minas Gerais. Tal percurso pressupôs que os municípios traçassem, ao mesmo tempo que o Estado e em ação articulada com o Plano Nacional e Estadual de Educação, diretrizes e objetivos gerais para a Educação e, em ação autônoma, elaborassem, a partir de um amplo diagnóstico, os objetivos, metas e ações específicas que respondessem às expectativas de cada um dos seus níveis e modalidades de ensino. Esta proposta representa o reflexo de idas e vindas de discussões entre os atores mais relevantes, envolvidos no processo, durante um tempo de pré-planejamento. Pode-se ainda dizer que ela espelha, um modo de se acreditar no planejamento como processo democrático, baseado no diálogo e na troca de experiências, a partir dos dados da realidade. Seguindo essa orientação, e com o devido cuidado para que os Planos Municipais não corram o risco de ficar apenas no desejo, como tantos outros, a SEE/MG orientou Ouro Preto e os demais 852 (oitocentos e cinqüenta e dois) municípios mineiros, na elaboração de nossos respectivos planos, oferecendo-nos apoio técnico para a construção democrática e científica do Plano, inclusive através de um “Atlas da Educação de Minas Gerais”, elaborado pela Fundação João Pinheiro, contendo todos os dados estatísticos necessários ao diagnóstico da Educação municipal. Desse modo, em Minas Gerais, Estado e Municípios construímos, em bases pactuadas e negociadas, os nossos respectivos Planos Decenais de Educação, de forma articulada com o Plano Nacional e de acordo com nossas demandas e vocação histórico-sociais.

Os objetivos a serem contemplados pelo Plano Estadual de Educação – PEE/MG já se encontram explicitados no Art. 204 da Constituição Estadual - CE/89 e são os seguintes:

l Erradicação do analfabetismo.• Universalização do atendimento escolar.

Melhoria da qualidade do ensino.

Formação para o trabalho.Promoção humanística, científica e tecnológica. Além destes objetivos, a SEE já anunciou, através, inclusive, de políticas já implementadas, algumas das prioridades do PEE/MG. Entre elas ressaltamos:A racionalização e modernização da administração do sistema.

• A ampliação e melhoria do Ensino Fundamental.

A universalização e melhoria do Ensino Médio.A adequada atenção à Educação de Jovens e Adultos.A progressiva ampliação do tempo de permanência na escola.A redução das desigualdades sociais e regionais, no tocante ao acesso e à permanência, com sucesso, na Educação pública, com a promoção da eqüidade.A valorização e formação continuada dos profissionais da Educação.A democratização da gestão do ensino público.A manutenção de programas existentes e aprovados.A ouvidoria educacional.O fortalecimento do regime de colaboração entre Estado e os municípios. 1.3 - CONTEXTO MUNICIPAL Ouro Preto foi a segunda capital da Capitania de Minas Gerais. Seu território, com área de 1.245 km 2 compreende a sede, onze distritos e vários sub-distritos rurais. O município fica na região sudeste do Brasil a 96 km de Belo Horizonte, cidade que a substituiu como capital do Estado de Minas Gerais, em 1897. População: 67.436 habitantes (IBGE 2003). O nível sócio-econômico-financeiro é médio. O município é um dos maiores pólos turísticos brasileiros, e é tombado como Patrimônio Mundial da Humanidade por seu valor histórico-arquitetônico-cultural. Em 1711, treze anos depois da chegada de Antônio Dias de Oliveira à região, o garimpo havia transformado as margens do Tripuí e dos ribeiros próximos num aglomerado de arraiais onde aventureiros se acotovelavam à cata do ouro fácil, misturado na areia. A centenas de quilômetros do litoral semi-ocupado da Colônia, aquele povoado, onde o ouro brotara farto pela primeira vez na América portuguesa, se tornara um lugar salpicado de ranchos feitos com barro e madeira, cobertos de capim. Abrindo caminho nas encostas íngremes, as primeiras trilhas ligaram os campos de lavra, onde toscas capelas foram erguidas para espantar a incerteza e a solidão, aos pioneiros pontos de comércio e troca de mercadorias, localizados em sítios mais amenos. Assim nasceu o que seriam depois os bairros Antônio Dias, Padre Faria, Taquaral, Paulistas, Ouro Preto, Passa-dez, Rosário e outros. A população crescia depressa: em 1718, Vila Rica contava com cerca de 12.000 homens livres e 37.000 escravos. Num território agreste, sem governo nem leis, habitado por pessoas rudes que apostavam o

futuro num lance imprevisível e hostil, a religião favoreceu e definiu a organização social. A cobiça regia a vida da mineração. Em 1707 explodiu uma violenta guerra entre paulistas e portugueses para definir a posse das lavras de ouro. A Guerra dos

Emboabas motivou a divisão do vasto e ingovernável território e definiu, em 1710, a criação da Capitania de Minas e São Paulo. Daí, três vilas foram criadas na região das minas, todas no mesmo mês de julho de 1711: a Vila do Carmo (hoje, Mariana), Vila Rica (Ouro Preto) e a Vila Real do Sabará-Buçu (Sabará). Imediatamente instalada como representante do poder real na nova vila, a Câmara de Vila Rica recebeu a concessão da sesmaria e o poder de cobrar impostos, exceto sobre as terras minerais, e agia prioritariamente sobre as ocupações não mineradoras, objetos de tributação, controle e obras públicas. Estradas, chafarizes e pontes foram as peças de resistência da ação da Câmara, que construiu arrimos em toda a Vila para vencer as difíceis ladeiras e embelezar os largos próximos aos prédios públicos e religiosos. À custa de muito engenho, pedra e cal, a dificílima topografia foi vencida e a vila consolidou o traçado que persiste, quase intacto, até hoje. No final do século XIX, diante da ameaça de mudança da Capital para local mais adequado ao desenvolvimento, uma efêmera Intendência Municipal (1890-1891) pretendeu erradicar o aspecto totalmente arcaico de Ouro Preto através de um ambicioso “Projeto de melhoramentos da Capital” que a Câmara, restaurada, tentou levar a cabo. Para isto, a cidade expandiu-se e criou uma novíssima Estação Ferroviária, abrindo-se em seu entorno inéditas ruas retilíneas e largas, com propostas de um novo mercado, prédios elegantes, teatro e até uma nova Casa da Câmara.

No alvorecer da república, em 1893, a ainda capital de Minas já dispunha de telefone, um moderno e pioneiro sistema de abastecimento de água e de tratamento de esgotos. E, tentando enfrentar o fantasma da mudança, um incrível projeto de viaduto com estrutura metálica, inspirado na Torre Eiffel, propunha-se a ligar o topo do Morro da Forca a uma nova cidade, que seria projetada para o Morro do Cruzeiro (onde hoje está localizado o campus da UFOP). Elevadores, do tipo plano inclinado, seriam instalados na rua das Flores e os trilhos cobririam as principais ruas, por onde transitariam bondes públicos, puxados por mulas. Para viabilizar as operações financeiras do projeto foi fundada, em Ouro Preto, a Caixa Econômica Particular, a primeira instituição do Brasil no gênero. A despeito dos enormes gastos, a cidade colonial resistiu até mesmo quando os escândalos de

corrupção e desvio de verbas, envolvendo arrematantes das obras, obrigariam a pioneira Caixa Econômica a abrir falência. O projeto de melhoramentos cuidadosamente preparado foi finalmente abandonado em favor da construção de uma nova capital, mais moderna e confortável. Em 12 de dezembro de 1897, construída em prazo recorde como símbolo dos novos tempos

republicanos, Belo Horizonte foi inaugurada como a primeira cidade planejada do Brasil e tornou-se a Capital de Minas Gerais. Ouro Preto conheceu, então, a estagnação e a decadência. Paradoxalmente, o isolamento e anemia econômica contribuíram para manter praticamente intacta a sua arquitetura colonial legando, aos contemporâneos, o maior conjunto barroco homogêneo do mundo. Na década de 1920, instigados por Mário de Andrade, os modernistas conheceram e se apaixonaram por Ouro Preto, passando a revelar, ao Brasil, os tesouros esquecidos do Barroco. A partir daí, após o Golpe de Vargas, em 1930, iniciou-se o projeto nacional de reconhecimento do valor histórico, artístico e cultural de Ouro Preto e, em 1980, a cidade foi reconhecida pela UNESCO como “Patrimônio Cultural da Humanidade”, atraindo para cá, historiadores, cientistas, estudantes, comerciantes e anualmente, muitos turistas que potencializam o comércio de pedras preciosas.

Referindo-se à Educação de Ouro Preto, o município é dotado de 09 (nove) escolas da Rede Estadual de Ensino, incluindo sede e distritos, e de 56 (cinqüenta e seis) escolas da Rede Municipal de Ensino, incluindo sede e distritos, de Educação Infantil, Ensino Fundamental e Educação de Jovens e Adultos. O Município abriga ainda, um Centro Federal de Educação Tecnológica – CEFET e uma Universidade Federal, além da rede particular de ensino.

O Município sustenta a maior parte da Educação até último ano do Ensino Fundamental, por força da responsabilidade imposta pela Constituição Federal de 1988, estando sob sua responsabilidade, uma média de 11.000 alunos desses níveis.

2 - PRESSUPOSTOS DO PLANO 2.1- PRESSUPOSTOS POLÍTICO-INSTITUCIONAIS O Brasil participou, em março de 1990, da Conferência de Educação para Todos, em Jontiem, na Tailândia, convocada pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO), Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) e o Banco

Mundial. Desta conferência resultaram posições consensuais, sintetizadas na Declaração Mundial de Educação para Todos, que devem constituir as bases dos planos decenais de Educação, especialmente dos países de maior população no mundo. Integrando este grupo, cabe ao Brasil a responsabilidade de assegurar à sua população o direito à Educação – compromisso, aliás, reafirmado e ampliado conforme:

A Constituição Federal de 1988 estabelece no seu art. 214: “Fixação, por lei, de um Plano Nacional de Educação, de duração plurianual, visando a articulação e ao desenvolvimento do ensino em seus diversos níveis e à integração das ações do poder público, e, dessa forma, colaborar para os esforços mundiais na luta pela universalização da Educação básica".

A Lei de Diretrizes e Bases da Educação estabelece no seu art. 9º: “A União incumbir-se-á de elaborar o Plano Nacional de Educação, em colaboração com os Estados, o Distrito Federal e os Municípios”. Art 10 “Os Estados incumbir-se-ão de (...) elaborar e executar políticas e planos educacionais, em consonância com as diretrizes e planos nacionais de Educação, integrando e coordenando as suas ações e as dos Municípios”.

A Constituição do Estado de Minas Gerais estabelece no seu art. 204: “O Plano Estadual de Educação, de duração plurianual, visará a articulação e o desenvolvimento do ensino em seus diversos níveis, à integração das ações do Poder Público e à adaptação ao plano nacional”. A Lei Orgânica do Município de Ouro Preto, no seu art. 150, prescreve:

“Art. 150. O Município elaborará Plano Municipal de Educação, visando à ampliação e melhoria da oferta de Educação pública e à democratização da administração escolar”.§ 1º - O Plano será elaborado sob dois aspectos:

I – Programático: comportará as diretrizes e metas do Município para cada mandato do Poder Executivo;

II – Operacional: comportará o planejamento das ações do Poder Executivo na área educacional a cada ano, de acordo com as diretrizes e metas estabelecidas no Plano Programático.

§ 2º - As propostas do Plano, tanto a nível programático como a nível operacional, serão elaboradas pelo Poder Executivo com a participação da sociedade e encaminhadas para a análise e aprovação da Câmara Municipal.

§ 3º - A proposta do Plano Programático será encaminhada ao Legislativo até o dia trinta do mês de maio do primeiro ano do mandato do Executivo.

§ 4º - A proposta do Plano Operacional será encaminhada ao Legislativo até o dia 30 DE

NOVEMBRO de cada ano, estabelecendo as ações para o ano seguinte.

Art. 153 prescreve: “Com o objetivo de garantir o caráter democrático e a participação ampla da sociedade na questão da Educação, o Poder Público Municipal incentivará e apoiará a criação e o desenvolvimento do Fórum Municipal de Educação, que será regido por estatuto próprio a ser definido pelos envolvidos no processo educacional local”.

A Lei Federal 10.172/01, que institui o Plano Nacional de Educação - PNE, fez um diagnóstico, dispôs sobre diretrizes, objetivos e metas sobre os seguintes temas:

• Gestão e o financiamento da Educação;Níveis e modalidades de ensino;Formação e valorização do magistério e demais profissionais da Educação. Na sua última seção, o PNE dispõe: "Será preciso, de imediato, iniciar a elaboração dos planos estaduais em consonância com este Plano Nacional e, em seguida, dos planos municipais, também coerentes com o plano do respectivo Estado. Os três documentos deverão compor um conjunto integrado e articulado. Integrado quanto aos objetivos, prioridades, diretrizes e metas aqui estabelecidas. E articulado nas ações” Além dos instrumentos legais nacionais, ainda constituem pressupostos político-institucionais do PMDE, os compromissos internacionais firmados pelo Brasil mais diretamente relacionados à Educação, que são os seguintes:

• Conferência Mundial de Educação para Todos, realizada em Jontiem na Tailândia em 1990;

Declaração de Cochabamba, dos Ministros da Educação da América Latina e Caribe, sobre Educação para Todos (2000);Conferência de Dacar sobre Educação para Todos, promovida pela Unesco, em maio de 2000. Finalmente, constituem marco político-institucional do Município de Ouro Preto o Decreto Municipal nº 85/2005, de 20.maio.2005 (substituído pelo Dec. Mun. nº 129/2005, de 18.julho.2005, que nomeia os membros da Comissão Municipal de Educação, responsáveis pela elaboração do Plano Municipal de Educação), e o Decreto Municipal nº 86/2005, que nomeia o Conselho Municipal de Educação. Sem dúvida são fatos que demonstram o avanço da postura democrática do Município, em relação à construção das suas políticas públicas. O sucesso do Plano depende do Município e das demais instituições da sociedade civil. 2.2 - PRESSUPOSTOS CONCEITUAIS

Dentre os caminhos percorridos pela Humanidade na construção do conhecimento e na investigação dos princípios que embasam o processo de aprendizagem - e que mais influenciam o pensamento e as práticas pedagógicas na contemporaneidade, principalmente a partir do início da década de 20, com as pesquisas de Piaget, Vygotsky, Montessori, Emilia Ferreiro, Paulo Freire e outros -, a Secretaria Municipal de Educação de Ouro Preto optou pela concepção Construtivista na elaboração do Plano Municipal Decenal.

É o grande paradigma da Teoria do Conhecimento para a Sociedade dos séculos 20 e 21. O construtivismo não é um método, mas uma concepção de conhecimento, um conjunto de princípios. Supõe uma determinada visão do ato de conhecer. Segundo Piaget, todo conhecimento consiste em formular novos problemas à medida que resolvemos os precedentes. Para ele, o conhecimento é compreendido como atividade. Para Sônia Souza Feitosa, na perspectiva construtivista, todo conhecimento novo parte de um conhecimento anterior. Portanto, o ponto de partida do trabalho escolar é o momento em que se encontra o aluno, seu conhecimento e seu nível atual de desenvolvimento. Para superar o já estruturado, o já estabelecido e alcançar o nível seguinte mais complexo do desenvolvimento, é necessário perpassar e ultrapassar momentos de desestabilização, de dúvida, de perturbação, de reestruturação e modificação do já conhecido. É o momento do conflito em busca do equilíbrio.

O aluno não é uma folha em branco. O conhecimento não é dado a priori. É uma “construção humana de significados que procura fazer sentido do seu mundo” (JONASSEM, 1996). Trata-se, portanto, da elaboração que se dá no sujeito que aprende em interação com o seu mundo, o entorno físico e social, que deve ter muito significado para esse sujeito. Nesse sentido, a aprendizagem se relaciona com as condições do indivíduo, ou seja, seu componente hereditário, motivação, interesse e significado, bem como das condições e estímulos do meio, o currículo formal e oculto, o professor e o significado da Educação para este professor ou da escola, que tem a função histórica de educar esse indivíduo.

Posto isso, sabemos que o conhecimento não é transmitido, assimilado ou adquirido, como se fosse uma mercadoria. Ele é construído na convivência do sujeito com a realidade, sendo esta o sentido que fazemos do mundo. Portanto, ele precisa ser significativo. É resultado das interações, dos diálogos, das contradições e concordâncias entre os sujeitos. O papel da escola e do professor toma outro significado. O professor deixa de transmitir ou reproduzir informações, pois a aprendizagem não é um processo que

acontece solitariamente. Ganha também, extrema importância na aprendizagem o papel do currículo, a dinâmica de funcionamento da escola, as relações de poder que se estabelecem entre as pessoas, nas normas, na hierarquização das disciplinas e dos cargos e no sistema de avaliação. A rede pública de ensino precisa se preocupar com este meio, com as condições onde se dão estas interações, que geram os processos de construção da aprendizagem, e não somente com o armazenamento de informações.

Todos esses pressupostos estão contemplados no Plano Municipal de Educação de Ouro Preto quando, na conclusão dos trabalhos, se estabeleceram o eixo estruturador, os princípios norteadores e os princípios dinamizadores.2.3 - EIXO ESTRUTURADOR O recente desafio das instâncias educativas que objetivam reformular suas propostas educacionais encontra-se na discussão, elaboração, planejamento e execução de um referencial curricular que atenda aos anseios da comunidade e, em especial, aos do mundo em constante transformação. Os paradigmas de um currículo disciplinar profundamente questionado, seja pelos seus limites e distorções, seja pelo seu reducionismo, não respondem às transformações que os alunos vivenciam, nem atendem à formação necessária para o enfrentamento com a contemporaneidade. Nesse contexto, surgem questões de ordem epistemológica e metodológica que precisam encontrar respostas que contemplem a globalização, a integração e o desenvolvimento de ações coletivas para o real alcance da totalidade do conhecimento. A convicção desta comunidade é que seu compromisso ético, político e histórico reside na construção de um modelo de ensino que garanta, a todos os seus alunos, espaço e condições de aprendizagem e desenvolvimento, como convém aos que lutam pela consolidação dos direitos democráticos.

Um dos temas que emerge como possível resposta a essa questão é o “letramento”, aqui entendido como condição daquele que não apenas sabe ler e escrever, mas que usa, efetivamente, a leitura e a escrita na própria vida. Condição, enfim, de produzir conhecimento. A noção de produção traduz em si a idéia de construção, de elaboração, de significação. O que fazem os sujeitos quando produzem conhecimento? Produzem cultura, marcas de uma singularidade, de um lugar especial no mundo. A grande questão que se coloca, no entanto, é não só como fazer das salas de aula espaços reais de produção de conhecimento e de constituição de sujeitos, mas em como inserir essas mudanças em uma nova concepção de cultura. Discutir e analisar essa questão com os atores da comunidade educativa é, sem dúvida, um caminho a ser percorrido. É no diálogo, nos espaços de interação, que se encontram as saídas.

O Letramento é um conceito que:a) Encontra-se mediatizado por outros tais como Alfabetização, Leitura e Escrita;b) Refere-se a uma prática, sustentada hoje por fortes referenciais teóricos e metodológicos; ec) Exige compreensão de todas as suas dimensões para que seja, de fato, uma incorporação na vida de professores e de alunos.

Emerge, daí, a necessidade urgente de criar condições para que os professores sejam capacitados para atender ao imperativo de alfabetizar e letrar em uma nova cultura, visto que há uma convicção de que a graduação, por sua formação generalista e diversificada, não aborda profundamente todas as temáticas envolvidas no processo de conhecimento de cada ciência. A crise que se abate sobre o ensino fundamental exige que o professor se qualifique melhor e aprofunde continuamente os saberes referentes ao processo de alfabetização e letramento. A permanente e melhor qualificação do educador favorecerá, sem dúvida, a superação dos entraves que dificultam a aprendizagem da escrita e da leitura e a potencialização plena daqueles que a nós são confiados.

2.4 - PRESSUPOSTOS METODOLÓGICOS Entendemos que todo processo de Educação se dá nos diversos espaços da cidade e não só na escola. Como nos diz a escritora Maria da Graça Rios, da Biblioteca Pública de Belo Horizonte, “Ouro Preto é o grande livro”. Tudo aqui é história. História do passado, do presente e do futuro; História do Brasil, do povo brasileiro, da Educação, da cultura, do desenvolvimento da economia, do pensamento e da Educação. A cidade é a nossa primeira instância educativa. É preciso um Plano que tenha a identidade da cidade e da sua gente, pois a construção de políticas educacionais efetivas e duradouras, que representam as necessidades da comunidade, só se dá com a participação de todos aqueles comprometidos com os verdadeiros desejos da população.

Como pressuposto à modernização da Gestão da Educação, foi proposto escopo do Sistema de Gestão Municipal de Educação que divide as atribuições: de responsabilidade do Secretário, da Diretoria de Desenvolvimento Educacional e da Diretoria de Recursos Humanos e Avaliação que, em sintonia, coordenarão a integração dos processos da atividade fim da Secretaria: o Processo Educacional e a Diretoria de Administração e Suprimentos, com a atribuição de coordenar a atividade meio da Educação: transporte, merenda escolar e gestão de recursos. A partir dessa diretriz, foi formada a Comissão de Coordenação do Plano Municipal

Decenal de Educação, constituída por representantes dos vários segmentos comprometidos com a Educação: a Secretaria Municipal de Educação, a Superintendência Regional de Ensino, Universidade Federal de Ouro Preto, Centro de Educação Tecnológica, Sindicato dos Funcionários Públicos, Colegiado dos diretores municipais e estaduais, Associação de Pais, Associação de alunos e educadores de todos os segmentos da Educação. Essa Comissão assumiu o seu papel com a missão, por ela construída, de assegurar o processo de entendimento, elaboração, implantação, acompanhamento e avaliação do Plano Municipal de Educação.

A princípio, a orientação da Secretaria Estadual era atender o disposto da Lei 10.172, de 9 de janeiro de 2001. A partir de uma proposta preliminar elaborada pela Comissão de Coordenação, far-se-iam audiências públicas para discussão e aprovação da proposta definitiva. Mas o desejo dos educadores pela participação fez com que a Comissão adotasse a postura da construção coletiva desde os primeiros passos. A isso seguiu-se a nomeação dos representantes de todos os segmentos educacionais, escolhidos e nomeados pelas suas respectivas instituições de ensino. Nove Câmaras Temáticas foram criadas, a saber: Educação Infantil, Ensino Fundamental, Ensino Médio, Educação de Jovens e Adultos – EJA, Ensino Superior e Articulação com o Ensino Básico, Ensino Profissionalizante, Valorização do Magistério, Educação Especial e Financiamento e Gestão. As propostas elaboradas foram construídas e discutidas em oito encontros na Escola Estadual Marília de Dirceu, oito encontros na Secretaria Municipal de Educação de Ouro Preto, cinco encontros com a Câmara Municipal e uma audiência no Conselho Municipal de Educação. Após o trabalho em cada Câmara, os documentos foram encaminhados a todas as escolas das redes estadual e municipal, que conheceram as propostas, fizeram sugestões e devolveram à SME com a Ata de Registro das conclusões acerca das propostas das Câmaras Temáticas, que se encontram arquivadas na Secreatria Municipal de Educação. Algumas propostas não puderam ser atendidas, já que extrapolam o orçamento, mas todas elas foram estudadas. No final de 2006, o Plano foi encaminhado à Câmara Municipal. Ao mesmo tempo, o Conselho Municipal de Educação discutiu e analisou o documento enviado à Câmara. Considerando que o mesmo apresentava problemas de estruturação, incoerências e falta de diagnóstico claro em algumas áreas, o Conselho encaminhou ofício à Câmara Municipal solicitando que o Plano fosse discutido pela comunidade antes de ser analisado.Em 2007, a Secretaria Municipal de Educação e o Conselho Municipal de Educação retomaram as discussões do Plano. Após estudo do material já elaborado, decidiu-se convidar um consultor externo e alguns representantes de cada Câmara Temática para reorganizar e completar o Plano. O material de cada grupo foi novamente analisado. Para legitimar o Plano, ficou

decidido que o mesmo seria apresentado em uma Audiência Pública na Câmara Municipal e que em 2008 serão realizados seminários por modalidade de ensino para discussão do Plano Decenal e construção de Planos de Ação específicos.

3 - CARACTERIZAÇÃO DO MUNICÍPIO 3.1 - SITUAÇÃO GEOGRÁFICA

l Área: 1.248,6 km ²Ano de Instalação: 1711População total (2004): 66.799Taxa de urbanização (2000): 84,9%Valor das receitas correntes (2003): R$ 49.483.152,09Participação dos gastos em Educação nas receitas correntes (2003): 32,97%Habilitação para o critério Educação na distribuição do ICMS (Lei Robin Hood) em 2005: nãoLocalização: Mesorregião Metropolitana de Belo HorizonteMicrorregião: Ouro Preto25ª Superintendência Regional de EnsinoRegião de Planejamento: CentralPólo Regional de Ensino (Sede): Centro (Belo Horizonte)Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (2000): 0,787Índice de Desenvolvimento Humano Municipal - Educação (2000): 0,911População maior que 10 anos analfabeta: 9,24% 3.2 - PRINCIPAIS ATIVIDADES ECONÔMICAS Ouro Preto tem sua história ligada à mineração de pedras preciosas e minérios de ferro e bauxita. Como era comum em todo o Estado de Minas Gerais, a população de Ouro Preto era constituída de nativos como os índios goianás e cataguás, entre outros e tinham costumes, crenças e hábitos muito diferentes dos colonizadores. Entretanto, quando os bandeirantes aqui chegaram em busca de pedras preciosas, desconheceram aquela gente e, à medida que aumentava a exploração mineral, aumentava também o número

de trabalhadores vindos das mais variadas regiões do país, fazendo com que a cidade apresentasse um dos maiores índices populacionais da Coroa. Além disso, a necessidade de mão de obra para exploração nas minas, na agricultura e no artesanato fez com que viessem para Ouro Preto os escravos, população formada pelos africanos trazidos nos navios negreiros. Com a população masculina crescendo em ritmo acelerado e o pouco número de mulheres brancas, as negras constituíam suas famílias com os homens brancos e davam origem aos mulatos que cresciam para o trabalho livre.Para o branco, o trabalho manual era desonra. Os serviços pesados eram executados pelos escravos e o artesanato pelos mulatos.

E como o ouro era abundante, o número de pessoas que chegavam era grande, mas não havia pessoal com qualificação técnica para trabalhar em fábricas ou introduzir manufaturas na Capitania pois, para Portugal, nós éramos apenas produtores de matéria prima e consumidores de produtos industrializados. Contribuiu também para dificultar o processo de industrialização em Ouro Preto o “Pacto Colonial”, que nos relegava à simples condição de Colônia, e o preço dos produtos aqui produzidos, que eram mais caros devido às dificuldades de produção e escoamento. Assim, no início do século 19, Ouro Preto possuía apenas 3 fábricas: uma de louças, de propriedade particular, e duas pertencentes ao Estado – uma de pólvora e outra de ferro. Além destas, outras atividades mantinham a economia da cidade: a produção aurífera, o comércio, o artesanato e a administração. Nessa época, o ouro ainda era utilizado como moeda de troca, mas em muito menor escala devido ao quinto arrecadado pela Coroa e ao comércio, pois comprava-se muitos produtos do exterior. Ainda assim, foi de grande importância a participação dos comerciantes na economia local, pois contribuíram para o intercâmbio entre cidades e até com alguns países europeus.

Apesar da queda da produção de ouro, as irmandades já haviam conquistado poderio econômico e, junto com os comerciantes, ostentavam o resultado da abundância do período anterior. A sociedade apresentava suas divisões com clareza: nobres portugueses, comerciantes abastados, mulatos livres, crioulos, forros ou não, e africanos escravos. Os ofícios mecânicos eram organizados, sendo obrigatório os exames periódicos para o exercício das profissões de sapateiro, ferreiro, carpinteiro, pedreiro e alfaiate, dentre outros. Todo aprendiz, para chegar a ser oficial, era obrigado a produzir uma réplica de outro oficial. E esses ofícios eram exercidos pelos mulatos, que viviam do pagamento por jornada de trabalho, e se sustentavam com base nas atividades que o mercado oferecia, ou seja, recebiam o necessário à sua sobrevivência.

À medida em que a população crescia, novas demandas surgiam para a construção de residências, alimentação, Educação, cultura, lazer e transportes.

Hoje, a população é constituída dos mesmos elementos já citados. Pessoas abastadas que vêm para Ouro Preto, gostam e se instalam com seus costumes e comércios. Entretanto, há uma população “flutuante”, constituída de estudantes provenientes de outras cidades, estados e até do exterior, que buscam o saber nas nossas escolas e na universidade. Muitos outros, estimulados pelo título de “Patrimônio da Humanidade”, compõem o grande número de turistas que visitam a cidade.

Grande parcela da nossa população é composta de trabalhadores assalariados. Temos grande número de desempregados. Os transportes populares não oferecem conforto nem segurança e existem poucas opções de locais de compra.

O comércio tem melhorado sensivelmente na última década, mas ainda falta competitividade, fato que leva parcela da população a adquirir até produtos de necessidades básicas em Belo Horizonte.

Apesar do esforço da população e dos governos municipais, a população não está preparada para aproveitar devidamente o potencial turístico. Há sonegação de informações sobre ocupação de leitos, roteiros de visitas, falta de preparo dos guias de atendimento ao turista que normalmente, chega pela manhã e retorna à tarde, não pernoitando na cidade. O cultivo de hortas domiciliares, o que contribuía, em parte para fornecer verduras e condimentos necessários à alimentação da camada mais necessitada, já não é observada, e o número de restaurantes fast foods é cada vez maior. A atividade principal da região é a mineração, demandando mão de obra de execução. Em sua esmagadora maioria, a mão-de-obra qualificada ainda vem de fora da cidade. Há grandes mineradoras e, repetindo a história, nosso minério é exportado para os países do Primeiro Mundo. Quando se fala em Educação, apenas 30% dos alunos que terminam o Ensino Fundamental conseguem concluir o Ensino Médio e a Educação Profissional. Destes, pouquíssimos chegam à universidade, submetendo os nativos ao sub-emprego, empregos temporários e à informalidade.Espera-se, com a elaboração deste Plano Municipal, que o Poder Público, juntamente com as Câmaras Temáticas, encontrem alternativas para melhorar a Educação no município e, conseqüentemente, a melhoria das condições sociais da população.

3.3 - HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO EM OURO PRETO Em Vila Rica sempre se deu grande valor à instrução, desde os primórdios do período

colonial. Em 1776, foi estabelecido o imposto chamado Subsídio Literário, destinado a custear escolas públicas primárias. Esse imposto era usado na subsistência de professores régios da Capitania e, nessa ocasião, houve aqui um professor de Filosofia, um de Gramática e dois das primeiras letras.

A partir de 1800, as escolas já possuíam professores públicos, não só de instrução primária, mas também de Gramática Portuguesa, Latina e Grega, além de Filosofia Racional. A poetisa Beatriz Brandão, prima de Marília de Dirceu, foi professora em Ouro Preto, no início do século 18.

Em 1831, criou-se a Sociedade Promotora da Instrução Pública, com o objetivo de fundar e manter uma biblioteca. Assim, a 25 de março daquele ano, inaugurou-se uma biblioteca que sempre teve freqüência regular. A Sociedade Promotora, quando extinta, teve seu acervo transferido para uma das salas da Câmara. Um de seus funcionários, mediante módica gratificação, foi designado para cuidar dos livros. A biblioteca foi transferida para o pavimento térreo da Mesa de Rendas, para os salões do Liceu Mineiro e, mais tarde, para o Ginásio Mineiro, indo com este último para Belo Horizonte, quando da mudança da Capital. O Liceu Mineiro foi criado a pedido da mocidade ouro-pretana, que desejava estudar e aprender ofícios. Instalado no atual prédio do Cine Vila Rica, sucedeu o Ginásio Mineiro.No prédio onde funcionou o Liceu Mineiro foi criado posteriormente o Colégio Alfredo Baeta e, junto a este na década de 60, a Escola de Comércio Alfredo Baeta, ambos extintos. Esses atendiam alunos de 5ª a 8ª séries e do 2º grau. Em 1839, criou-se aqui a Escola de Farmácia, primeiro estabelecimento de curso superior de Minas. A 25 de março de 1872, houve a Sessão Magna de Instalação da Sociedade Propagadora da Instrução em Ouro Preto, com discurso proferido pelo sócio fundador Diogo Luís de Almeida Vasconcellos. Em 1876, surgiu a Escola de Minas, que foi entregue pelo Imperador Pedro II ao francês Henri Gorceix, com a finalidade de organizá-la. Em 1892, uma plêiade de homens ilustres levantou a idéia de fundar a Faculdade Livre de Direito, tendo à frente o Presidente Afonso Pena.

Também houve aqui outros cursos como o de Artes e Ofícios, o de Taquigrafia e o de Educação Feminina. Em decorrência da mudança da Capital, o ensino das primeiras letras ficou, por longo tempo, a cargo de professores particulares: a escola de D. Chiquinha (Rua Conde de Bobadela), a de D. Galdina (Ponte do Antônio Dias), a de D. Serafina e mais tarde de D. Zizinha Cruz (Alto da Cruz), a de D. Domitília de Carvalho (Morro São Sebastião) e a de Sr. Sales (Rua Bernardo de Vasconcelos). Porém, nessas escolas as crianças de menor poder aquisitivo não tinham acesso, daí a necessidade de se criar escola oficial que atendesse às crianças de níveis sociais diferentes. Houve também o Colégio Malheiros mantido pela família.

Através do decreto nº 2296, de 17/11/1908, fundou-se o Grupo Escolar D. Pedro II, instalado na Rua Antônio Albuquerque. Em 9 de dezembro de 1917, foi transferido para o atual prédio – local onde funcionara o Quartel do Regimento de Cavalaria nº 31.

Em 1920, foi criada a Escola Estadual Alfredo Baeta na Rua Alvarenga. Era uma escola mista, passando depois a “escolas reunidas”. Somente em 1927, já como escola de 1ª a 4ª série do curso Primário, ganhou prédio próprio. Porém devido ao grande número de alunos, funcionou em muitos prédios. Em 1922 surgiu outro Grupo Escolar, o Desembargador Horácio Andrade, que substituiu a escola D. Zizinha Cruz.

A esse tempo, já com dois grupos escolares, percebeu-se a necessidade de professores habilitados para o exercício do magistério. Em 1925, criou-se o Grupo Escolar Marília de Dirceu que somente se instalou no atual prédio em 1946. Aos 14 de fevereiro de 1929, criou-se o Curso de Acomodação, onde o professor, após o estudo das primeiras letras, ingressava e durante três anos de estudos, recebia a habilitação para o magistério. Esse curso passou a ser designado como Curso de Adaptação. Em 1934, nasceu mais uma instituição particular na cidade, o Colégio Arquidiocesano, que por muitos anos manteve internato, recebendo alunos de diversos pontos do país. Foi instalado em sede própria, na Rua Alvarenga, local em que se encontra até hoje. Neste mesmo ano, devido a idealismo de ouro-pretanos, outra instituição de ensino surgiu, a Escola Técnica Federal, destinada a formar alunos técnicos em metalurgia e mineração, curso médio que os habilitava a exercer a profissão. A sua instalação e funcionamento foi no prédio da Escola de Minas, na Praça Tiradentes e, apenas 20 anos mais tarde, foi possível instalá-la definitivamente, em prédio próprio, nas

dependências da 4ª Companhia de Comunicações do Exército, à Rua Pandiá Calógeras.

Na década de 40, extinguiu-se o Curso de Adaptação e aí criou-se o Curso de Magistério, que teve sua sede junto ao Grupo Escolar Marília de Dirceu. Isto porque aí havia classes em que os professores poderiam fazer o seu treinamento junto aos alunos antes de concluírem o curso. Aos poucos, a cidade se organizava, a população crescia e outras escolas de ensino fundamental fizeram-se necessárias. Surgiram algumas, como as dos povoados de Doutor, Salto e Glaura, que eram mantidas pelo Estado, e outras já criadas pela Prefeitura Municipal.

A Escola Técnica já então se firmara como pólo de irradiação de cultura, de informação e de profissionalização.

Na década de 90, houve grande aumento no número de alunos atendidos pela rede municipal de ensino, que investiu na democratização das escolas com a implantação dos Colegiados. Em 1994, é aprovado o Estatuto do Magistério que, dentre outros pontos importantes, garante que Ouro Preto seja uma das primeiras cidades de Minas a ter os diretores escolares escolhidos por eleição direta (1995). Nessa época, algumas escolas são municipalizadas e outras são nucleadas, visando melhorar o atendimento aos alunos. Hoje a oferta de Centros Educacionais cresceu e continuamos recebendo alunos dos mais longínquos pontos do país e do exterior. Isto porque a UFOP, Universidade Federal de Ouro Preto, oferece cursos nas áreas de Ciências Humanas, Ciências da Vida, Ciências Sociais e Ciências Aplicadas. O CEFET oferece o ensino médio e cursos profissionalizantes de Mineração, Metalurgia, Edificações, Instrumentação Eletrônica, Controle de Processos, Segurança do Trabalho, Meio Ambiente, Turismo e Qualificação Básica em Lapidação. Ainda na Educação profissional, temos a Escola de Enfermagem Eurípedes Barsanulfo, a Escola Técnica Inconfidente Antônio Maciel, o Centro de Treinamento de Ouro Preto - Senai, a Fundação Aleijadinho e a Escola de Arte Rodrigo Melo Franco de Andrade, da FAOP, criada no início da década de 1970, com cursos de artes plásticas e curso técnico em Conservação e Restauração de Bens Culturais Móveis. No Ensino Médio, temos o Colégio Arquidiocesano de Ouro Preto, o Colégio Anglo, a Escola Estadual Dom Pedro II, a Escola Estadual Padre Afonso de Lemos (Cachoeira do

Campo), a Escola Estadual Desembargador Horácio Andrade, a Escola Estadual de Ouro Preto, a Escola Estadual de Antônio Pereira (Antônio Pereira) e a Escola Estadual Dr. José Leandro (Santa Rita). Com relação ao ensino fundamental, contamos com escolas particulares como o Centro Educacional Dirceu Alves de Brito, Centro Educacional de Ouro Preto, Colégio Arquidiocesano, Colégio Nossa Senhora Auxiliadora, 9 escolas oficiais do Estado e, no município, contamos com 40 escolas, 16 creches e a APAE – Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais.

3.4 - DIRETRIZES CURRICULARES MUNICIPAIS As Diretrizes Curriculares Municipais para a Educação Patrimonial, para a Educação das Relações Étnico-Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileiras, sancionadas pela Lei Municipal 59/05, baseadas na Lei Federal 10639/03, nortearão a prática pedagógica em todas as escolas de Educação básica visando ampliar os focos dos currículos escolares para as diversidades culturais, raciais, sociais e econômicas de

Ouro Preto.

3.5 - A CONSTRUÇÃO DO PLANO DECENAL EM OURO PRETO O Plano Decenal de Educação faz parte de um longo processo de construção social. A comunidade escolar, ao longo das últimas décadas, reivindica, cada vez mais, a radicalização da democracia, o desenvolvimento tecnológico e da tecnologia educacional e o combate à exclusão, desejos presentes e assegurados, já na legislação municipal, como citado no início deste Plano.

O Decreto nº 85/2005, de 20 de maio, posteriormente substituído pelo Decreto Nº 129/85 de 18 de julho, nomeia a Comissão de Coordenação do Plano Municipal de Educação com a seguinte redação:

Art.1º - À Comissão de Coordenação do Plano Municipal de Educação serão acrescidas as seguintes atribuições:

I – coordenar e articular as ações para a divulgação e elaboração do Plano Decenal;

II – elaborar, aprovar e divulgar o regimento interno do Fórum Ouro-pretano de Educação;

III – coordenar o Fórum de Educação;

IV – propor diretrizes, debates e ações para melhoria do ensino no município;

V – monitorar e avaliar o processo de implementação do Plano Municipal Decenal da Educação.

§ 1º - As atribuições que já estejam em vigor por qualquer ato normativo anterior a este decreto permanecem em vigor, salvo se incompatíveis.

§ 2º - A Comissão de que trata este decreto, na realização de suas atribuições, será assessorada pelo Conselho Municipal de Educação.

Como se percebe, este não é um Plano da Secretaria Municipal de Educação para a rede municipal. Ele se constitui em um plano de Estado, razão pela qual transcende o atual governo e tem a expectativa de que os próximos governantes cumpram os compromissos aqui expressos que, sem dúvida, explicitam a vontade de seus cidadãos. Cidadãos que constatam a perversa condição em que se encontra a Educação, tanto no contexto nacional como no municipal diante dos indicadores, pois demonstram que, em Educação, a atividade meio se sobrepõe à atividade fim. Diante dessa realidade e da realidade nacional que não assegura ao jovem o direito de freqüentar a escola por ter que trabalhar, a taxa de reprovação é de 17,60% na rede estadual e de 14,61% na rede municipal entre os alunos de 5ª a 8ª séries. A taxa de

abandono é de 7,44% na rede estadual e 12,60% na rede municipal, indicadores que acentuam o baixo nível de escolaridade da população de Ouro Preto. 79,09% da população entre 18 a 20 anos possui menos de 11 anos de estudo, não concluíram o ensino médio e 61,98 da população maior de 25 anos tem menos de 8 anos de estudo, não tendo concluído a 8ª série. Entre os jovens, 49,5% dos que têm entre 11 e 15 anos de idade encontram-se com defasagem de idade/série.

Assim, através desse PMDE, os educadores ouro-pretanos apresentam os pressupostos que orientam o processo de ensino aprendizagem, auxiliam os educadores a compreender o diagnóstico e a traçar objetivos e metas referentes aos seguintes tópicos:

• Educação Infantil.Ensino Fundamental.Ensino Médio.Educação Superior.Educação de Jovens e Adultos.Educação Especial.Educação Profissional.Formação e Valorização do Magistério da Educação Básica.

Financiamento e Gestão.

Espera-se que a população assuma a Educação como prioridade, atuando junto ao Poder Público para implementar este Plano Decenal de Educação.

ANEXO 2DIAGNÓSTICO

Nesta parte do trabalho são apresentadas estatísticas educacionais para todos os níveis e modalidades de ensino de Educação Básica, da Educação Profissional e da Educação Superior de Ouro Preto, compreendendo dados de desempenho educacional, gestão escolar e infra-estrutura das instituições.

O objetivo é mostrar a situação da Educação sob vários aspectos, a partir de dados elaborados pelos Censos, além de resultados das avaliações educacionais do SAEB

(Sistema Brasileiro de Avaliação da Educação Básica) e SIMAVE (Sistema Mineiro de Avaliação da Educação), organizados pela Fundação João Pinheiro. Para facilitar o diagnóstico, foram incluídas tabelas com dados populacionais, níveis de escolaridade e taxa de analfabetismo produzidas pelo IBGE, dados fornecidos pela Secretaria Municipal de Educação, Superintendência Regional de Ensino, CEFET - Centro Federal de Educação Tecnológica, e UFOP - Universidade Federal de Ouro Preto. 1 - DADOS GERAIS Inicialmente, é preciso situar a realidade social e econômica do país. As Informações Demográficas Básicas da população brasileira nos mostram que 25% dos chefes de família no Brasil são mulheres e de condição sócio-econômica de maior vulnerabilidade social. Do total de 44,8 milhões de pessoas responsáveis pelos domicílios particulares, 7,24 milhões (16,2%) têm menos de um ano de instrução, e 8,28 milhões (18,5%) têm de 1 a 3 anos de instrução. Esse último é o grupo de chefes de família analfabetos funcionais (apenas sabem ler e escrever, mas não sabem interpretar). Em Minas, de acordo com o Censo Demográfico do IBGE/2000, p. 99, esses grupos correspondem a 15% e 19,9% dos chefes de família: 1,661 milhões de responsáveis pelos domicílios (34,89%) são analfabetos e analfabetos funcionais. Em Ouro Preto, a realidade não é muito diferente.

Tabela 1

População por situação de domicílio, 1991 e 2000

População 1991 2000Total 62.514 66.277Urbana 48.150 56.292Rural 14.364 9.985Taxa de Urbanização 77,02% 84,93% No período de 1991-2000, a população de Ouro Preto teve uma taxa média de crescimento anual de 0,68% e a taxa de urbanização cresceu 10,27%. Pelos dados, observa-se um movimento de redução da população rural, o que justifica, portanto, a necessidade de cautela para prever períodos de oscilação no número de matrículas.

Tabela 2Indicadores de longevidade, mortalidade e fecundidade, 1991 e 2000

Indicadores 1991 2000Mortalidade até 1 ano (por 1000 nascidos vivos) 40,9 27,9Esperança de vida ao nascer 64,2 70,3Taxa de fecundidade total (filhos por mulher) 2,7 2,5 Neste período, a taxa de mortalidade infantil diminuiu 31,83%, a esperança de vida ao nascer aumentou 6,01 anos e taxa de fecundidade diminuiu apenas 0,2%, ratificando o número de escolas. Em Ouro Preto, encontramos informações que merecem uma cuidadosa reflexão dos gestores municipais na elaboração de políticas públicas educacionais.

Tabela 3 Projeção da População de Ouro Preto no período de 2000 a 2006

Ano Total 0 a 03anos

04 a 05anos

06anos

07 a 10anos

11 a 14anos

15a 17anos

18 a 20anos

21 a 24anos

+ 25 anos

2000 65.800 4.756 2.505 1.222 4.975 5.223 4.011 4.140 5.084 33.9472001 65.998 4.675 2.454 1.229 4.853 5.109 3.917 4.063 5.195 34.5032002 66.224 4.752 2.335 1.221 4.783 4.986 3.837 3.969 5.247 35.0952003 66.494 4.883 2.246 1.177 4.741 4.852 3.776 3.849 5.251 35.7202004 66.799 5.064 2.207 1.104 4.682 4.717 3.694 3.761 5.199 36.3712005 67.646 5.166 2.278 1.100 4.598 4.643 3.650 3.716 5.138 37.3582006 67.754 5.193 2.372 1.077 4.466 4.581 3.554 3.653 4.977 37.882

Fonte: Atlas Educacional de Minas Gerais da Fundação João Pinheiro

Nessa tabela, a coluna “0 a 3 anos”, a de “4 a 5 anos” e a de “6 anos” nos mostram dados muito interessantes, como veremos abaixo. Houve aumento gradativo da população na faixa de 0 a 3 anos. O número de crianças de 6 anos representa 25% da demanda que o Município atende hoje no segmento de 7 a 10 e do segmento de 11 a 14 anos; representa um terço do segmento de 15 a 17 anos, indicando expressiva queda quando alcançarem estas faixas, significando ociosidade para o número de professores existentes.

Ao mesmo tempo, a faixa de 0 a 3 anos demandará, poucos anos depois, significativo aumento do número de professores novamente. É necessário que o Município eleja estratégias para capacitação de professores para atuarem na EJA, segmento que tende a crescer e, em seguida, articular nova demanda de profissionais para a faixa de 7 a 15 anos.

Tabela 4População residente, por sexo e situação de domicílio

População residente, por sexo e situação de domicílioTotal Homem Mulher Urbana/Rural

Brasil 169.799.170 83.576.01549,22%

86.223.15550,78%

137.953.959 / 31.845.21181,25% / 18,75%

Minas Gerais 17.891.484 8.851.58749,5%

9.039.90750,5%

14.671.828 / 3.219.66682,0% / 18,0%

Ouro Preto 66.277 32.56649,1%

33.71150,9%

56.292 / 9.985 85,0% / 15,0%

Fonte: IBGE/2000

Tabela 5População residente em Ouro Preto, por grupos de idade

População residente em Ouro Preto, por grupos de idade

0 a 3 4 a 5 6 a 14 15 a 17 18 a 19 20 a 24 25 e + 4.524 2.744 11.594 3.993 2.662 6.000 34.760 6,8% 4,1% 17,5% 6,0% 4,0% 9,1% 52,5

Fonte: IBGE/2000 As tabelas 4 e 5 acima demonstram dados populacionais do Município. Uma das maiores preocupações deste PMDE é determinar a previsão das demandas atualizadas da escolarização, o que pode se identificar pelo estudo demográfico. De acordo com o Atlas Educacional de MG/2005, Ouro Preto possui 66.277 habitantes, sendo dividida entre a sede e onze distritos. Estamos vivendo um período de profundas mudanças demográficas, como a da urbanização, da redução da natalidade e do "envelhecimento" da população, que são determinantes das demandas futuras por propostas educativas que as satisfaçam. As repercussões dessas mudanças nas demandas educacionais do Município podem ser notadas na Educação Infantil e na Educação de Jovens e Adultos. De acordo com os dados da Câmara de Educação Infantil, a demanda para esse segmento encontra-se parcialmente atendida. No Ensino Fundamental, pela análise da projeção de população acima, conclui-se que é necessário fazer um estudo pontual para a necessidade de se construírem mais escolas. A demanda para o Ensino Médio

encontra-se, também, totalmente atendida. Em relação aos Jovens e Adultos que nunca tiveram ou foram excluídos da escola, são 28.581 (75,45%) no município, número bastante expressivo para se desenvolver alternativas de escolarização.

Tabela 6Nível de escolaridade da população, segundo a faixa etária

Faixas % Analfabetos% com menos de 4 anos de

estudo

% com menos de 8 anos de

estudo

% com menos de 11 anos de

estudo7 a 10 8,86 - - -

11 a 14 0,65 15,63 - -15 a 17 1,79 6,12 49,59 -18 a 20 0,54 4,05 31,54 79,0921 a 24 2,18 9,67 37,61 63,5225 ou + 9,24 23,67 61,98 75,45

Fonte: Atlas da Educação de Minas Gerais – Fundação João Pinheiro - 2003

A tabela 6 revela dados importantes e alarmantes da Educação em nosso município:

15,63% das crianças de 11 a 14 anos têm menos de 4 anos de estudo. Essa porcentagem mostra que nem a Educação Básica obrigatória vem sendo contemplada no Sistema Educacional de Ouro Preto. A situação torna-se mais assustadora quando analisamos as faixas etárias de 15 a 25 anos ou mais. Quase a metade da população de 15 a 17 anos, ou seja, 49,59% dos jovens ouro-pretanos, não completaram a 8ª série, e mais da metade da população de 25 anos ou mais, representando 75,45% da faixa etária, não terminaram o Ensino Médio em Ouro Preto.

Tabela 7Verba aplicada na Educação nos últimos cinco anos - Rede Municipal

Ano % aplicado Valores2000 29,53 8.712.874,802001 33,83 10.288.200,832002 33,53 13.546.044,042003 29,45 15.201,580,802004 31,75 19.408.709,492005 26,11 20.675.253,042006 28,53 24.788.094,60

Análise e conclusão: houve um significativo índice de aumento nos últimos quatro anos. Esse aumento deve-se à inclusão, na arrecadação da Prefeitura, da Empresa Ferteco Mineração e ao crescimento da região. Listamos abaixo, os gastos da Secretaria de Educação em 2005:

Transporte ValoresNúcleo Ouro Preto 316.059,98Núcleo Santa Rita 350.186,90Núcleo Cachoeira do Campo 732.107,60Núcleo SME 197.717,28Transporte com ônibus 1.174.411,00

Desenvolvimento do Ensino ValoresAtendimento ao Ensino Fundamental 5.627.233,47Desenvolvimento de Recursos Humanos 218.207,88Atendimento ao Ensino Infantil 1.239.981,85Educação Especial 280.025,60Folha de salário dos servidores da Educação 14.146.505,00

Ressalte-se que a Lei do FUNDEB prevê dispositivo que vincula ganhos de eficiência na gestão pública ao aumento de repasses para a Educação, medida que demandará, por parte do Poder Público, da implantação de sistema de gestão mais eficaz para que haja acompanhamento e avaliação dos indicadores de desempenho. Tabela 8Taxa de Atendimento Escolar do Município por Faixa Etária

Faixa etária Atendidas no município2001 2002 2003 2005 2006

0 a 3 5,13 5,18 5,71 SR4 a.5 63,94 60,21 68,67 SR

6 74,07 91,26 91,44 SR7 a 10 107,35 110,16 112,57 SR11 a 14 104,47 106,72 109,33 SR15 a 17 99,83 101,39 103,31 SR18 a 20 SR SR SR SR21 a 24 SR SR SR SR25 ou + SR SR SR SR

SR – Sem registro

Fonte: Atlas da Educação, Secretaria Municipal de Educação e Superintendência Regional de Ensino (Nota: até a conclusão deste trabalho, não foi possível identificar os dados por faixas etárias)

Taxa de atendimento: expressa o percentual da população que se encontra regularmente matriculada na escola (independente do nível e modalidade de ensino) na respectiva faixa etária em relação à população na mesma faixa etária. Podemos verificar a necessidade urgente de se criarem alternativas para elevar o nível de escolaridade da população, principalmente nas faixas etárias de 18-20/21-24/25+.

Tabela 9Taxa de Escolarização do Município/2003

NívelTaxa de Escolarização do Município/2003

Escolarização Bruta Escolarização LíquidaMunicípio MG Município MG

Creche 6,53 7,79 4, 87 5,43Pré-escola 87,87 54,85 73,90 49,14Fund. 1ª a 4ª 130,31 132,38 102,95 102,05Fund. 5ª a 8ª 120,45 123,88 83,59 80,28Médio 130,41 87,46 60,17 47,89Fonte: Atlas da Educação de Minas Gerais, versão 1 – 2003. Produção: Centro de Estudos Econômicos e Sociais / Fundação João Pinheiro.

“Taxa de Escolarização Bruta”: expressa o percentual da matrícula total no Ensino Fundamental Regular, Médio e Superior em relação à população na mesma faixa etária. �gTaxa de Escolarização Líquida”: expressa o percentual da matrícula em relação à população na mesma faixa etária. Ao compararmos a Taxa de Escolarização Líquida do Município com a do Estado, percebemos que, com exceção do atendimento à creche que ainda está aquém ao do Estado, todos os índices das demais modalidades se encontram maiores que as taxas estaduais. Essa análise demonstra que a escolarização em Ouro Preto é melhor que a do Estado. Isto, entretanto, não nos exime da responsabilidade de melhorar cada vez mais o atendimento à população. A escolarização bruta nos mostra taxas de 130,31, 120,45 e 130,41, respectivamente nos níveis de 1ª a 4ª, 5ª a 8ª e Ensino Médio, indicando que é maior o nº de

atendimento previsto nas faixas etárias, podendo ser interpretado como alunos com defasagem de idade na série.

Já a escolarização líquida mostra que, em Ouro Preto, 16,41% das crianças de 11 a 14 anos ainda estão fora da escola e 39,83% dos jovens na faixa de idade compreendida entre 15 a 17 anos estão também fora da escola.

Tabela 10Percentual de alunos com defasagem idade/série no Ensino Fundamental da Rede Municipal; 2000 a 2003

Taxa de defasagem idade/série no Ensino Fundamental

Ano 1ª S 2ª S 3ª S 4ª STotal1ª a 4ª

5ª S 6ª S 7ª S 8ª STotal5ª a 8ª

Totalgeral

2000 9,14 15,70 16,84 30,81 72,49 52,01 57,31 55,32 59,97 224,6

1 297,10

2001 12,50 17,41 19,65 27,94 77,50 53,62 60,15 54,85 59,73 228,3

5 305,85

2002 8,09 18,43 18,64 25,62 70,78 44,80 51,06 55, 83 50,53 202,2

2 273,00

2003 5,73 22,26 20,54 29,44 77,97 34,29 44,50 44,93 44,86 168,5

8 246,55

Fonte: Atlas da Educação de Minas Gerais, versão 1.Produção: Centro de Estudos Econômicos e Sociais / Fundação João Pinheiro.

Tabela 11Percentual de alunos com defasagem idade/série no Ensino Fundamental da Rede Estadual. 2000 a 2003

Taxa de defasagem idade/série no Ensino Fundamental

Ano 1ª S 2ª S 3ª S 4ª STotal1ª A 4ª

5ª S 6ª S 7ª S 8ª STotal5ª A 8ª

Totalgeral

2000 2,02 3,32 3,51 14,66 23,51 24,43 37,48 48,03 53,48 163,4

2 186,93

2001 6,25 9,22 8,93 9,93 34,33 24,53 26,51 36,79 35,12 122,9

5 157,28

2002 3,11 6,13 14,02 7,04 30,3 23,17 27,51 28,96 34,80 114,4

4 144,74

2003 9,27 10,38 15,10 17,63 52,38 24,15 33,79 29,54 28,57 116,0

5 168,43

2004 SR SR SR SR SR SR SR SR SR SR SR

2005 SR SR SR SR SR SR SR SR SR SR SR

2006 SR SR SR SR SR SR SR SR SR SR SR

Fonte: Atlas da Educação de Minas Gerais, versão 1 – março de 2005.

Produção: Centro de Estudos Econômicos e Sociais / Fundação João Pinheiro.

Correlações importantes entre dados demográficos e educacionais:1) Quanto maior a distorção idade/série, pior tende a ser o desempenho acadêmico do aluno.2) Crianças pertencentes ao primeiro quinto da distribuição de renda (o mais pobre) apresentam taxa de escolarização mais baixa e menor desempenho acadêmico, enquanto que as crianças pertencentes ao maior quinto da distribuição de renda apresentam taxa de escolarização mais alta, menores taxas de defasagem idade/série e melhor desempenho acadêmico. Entretanto, a variável renda per capita é um fator de contexto condicionante, mas não determinante das chances de escolarização e dos desempenhos. As tabelas 10 e 11 nos revelam dados curiosos se analisados pela seqüência de séries iniciais para as séries finais do Ensino Fundamental. As taxas percentuais, numa escala variacional vão aumentando na mesma seqüência e nos desvendam uma realidade triste: parte dos alunos matriculados na 1ª série vai, ao longo dos estudos, ficando retida nas séries subseqüentes. Esta distorção idade/série, desconsiderando o contexto, apresenta duas situações: primeiro, há um baixo desempenho acadêmico dos alunos; segundo, a qualidade de ensino do Município precisa ser rediscutida.

Tabela 12Classificação do Município pelo índice de qualidade geral do ensino, segundo a série

Série No Estado6 Na Superintendência74ª série Fundamental 220 (544) 3 (3)8ª série Fundamental 304 (774) 4 (5)3ª série Ensino Médio 541 (808) 3 (5)

O número entre parênteses na segunda coluna é o número de municípios no Estado para os quais o índice foi computado.

O número entre parênteses na terceira coluna é o número de municípios na Superintendência Regional de Ensino para os quais o índice foi computado. Conforme apresentado nas tabelas acima, os índices percentuais das notas de Português e Matemática demonstram ineficiência na qualidade de ensino do sistema educacional de Ouro Preto, fato esse que reforça a necessidade de o Município traçar

metas e eleger este aspecto como um dos pilares a justificar a construção do PDME, acompanhá-lo e corrigi-lo e propor ações preventivas.

Tabela 13Índices de desempenho: taxas de aprovação, reprovação e abandono

Rede de Ensino Ano

1ª a 4ª Série 5ª a 8ª série Ensino MédioTaxa de

abandonoTaxa de

aprovaçãoTaxa de

reprovaçãoTaxa de

abandonoTaxa de

aprovaçãoTaxa de

reprovaçãoTaxa de

abandonoTaxa de

aprovaçãoTaxa de

reprovação

Estadual

1998 0,66% 99,13% 0,00% 10,67% 88,92% 0,28% 20,61% 74,37% 9,01% 1999 1,21% 95,03% 3,76% 12,40% 84,52% 3,08% 20,28% 71,67% 8,05% 2000 1,17% 89,16% 9,67% 9,90% 83,13% 6,96% 17,39% 73,30% 9,31% 2001 0,90% 90,86% 8,24% 5,63% 86,53% 7,84% 18,93% 72,75% 8,32% 2002 0,48% 90,53% 8,99% 7,44% 74,96% 17,60% 21,97% 66,09% 11,94% 2003 2004 2005 2006

Federal

1998 - - - - - - 8,67% 70,52% 20,01% 1999 - - - - - - 8,55% 62,08% 29,37% 2000 - - - - - - 0,00% 67,33% 32,67% 2001 - - - - - - 13,94% 70,17% 15,90% 2002 - - - - - - 11,06% 66,34% 22,60% 2003 2004 2005 2006

Municipal

1998 2,91% 96,80% 0,00% 12,60% 87,19% 0,21% - - - 1999 3,74% 82,39% 13,87% 20,92% 67,71% 11,37% - - - 2000 3,15% 77,53% 19,32% 16,41% 56,98% 24,60% - - - 2001 2,01% 91,61% 6,38% 14,39% 76,68% 6,93% - - - 2002 2,10% 81,75% 16,15% 12,14% 72,94% 14,91% - - - 2003 2004 2005 2006

Particular 1998 0,00% 100% 0,00% 0,88% 92,92% 6,19% - - - 1999 0,00% 88,41% 2,90% 0,00% 79,13% 15,05% - - - 2000 0,00% 96,34% 3,66% 0,00% 92,55% 7,45% 2,52% 85,53% 11,95% 2001 0,00% 96,99% 3,01% 0,00% 93,23% 6,77% 0,00% 88,26% 11,74% 2002 0,00% 98,12% 1,88% 0,39% 95,90% 3,71% 2,49% 90,04% 7,47% 2003

2004 2005 2006

Fonte: SEE-MG / AS / SPL / DPRO - Censo Escolar dos Respectivos AnosA tabela 13 mostra altas taxas de reprovação e abandono. Com exceção de uma escola municipal, todas as outras e também as estaduais utilizam o regime seriado. Há algumas escolas muito bem sucedidas, principalmente as de classes sociais melhores. No entanto, essa organização seriada pode não estar favorecendo as escolas de classes mais baixas, provocando as altas taxas de reprovação e abandono. Uma Educação de qualidade não comporta uma escola que reprove ou expulse seus alunos, mas também não admite que seus alunos apenas passem pela escola e recebam um certificado de conclusão vazio de significado, que não lhes dê a oportunidade de se sentirem incluídos na sociedade.

Tabela 14Evolução da matrícula na Educação Básica nas Redes Municipal, Estadual, Particular e Federal no período de 1998 a 2006

Ano de referência

Nº. de matrículas Pré-escola Municipal

Nº. de matrículas Ens. Fund.Municipal

1ª a 4ª

Nº. de matrículas Ens. FundEstadual

1ª a 4ª

Nº. de matrículas Ens. Fund Particular

1ª a 4ª

Nº. de matrículasEns. Fund Estadual

5ª a 8ª

Nº de matrículasEns. Fund Municipal

5ª a 8ª

Nº. de matrículasEns. Fund.

Particular

5ª a 8ª

1999 2.029 4.475 1522 121 4304 3236 1912000 1.697 4.266 1650 396 3788 3033 4892001 2.177 4.189 1694 454 3361 2815 482

Ano de referência

Nº. de matrículas Pré-escola Municipal

Nº. de matrículas Ens. Fund.Municipal

1ª a 4ª

Nº. de matrículas Ens. FundEstadual

1ª a 4ª

Nº. de matrículas Ens. Fund Particular

1ª a 4ª

Nº. de matrículasEns. Fund Estadual

5ª a 8ª

Nº de matrículasEns. Fund Municipal

5ª a 8ª

Nº. de matrículasEns. Fund.

Particular

5ª a 8ª

2002 2.186 3.779 1915 356 3109 2650 4842003 2.238 3.905 1900 373 2.951 2304 5902004 2.090 3.586 2174 395 2.984 2.554 5212005 2.088 3.534 2.229 383 2.977 3.106 5562006

Fonte: Atlas da Educação de Minas Gerais - 2003 Tabela 15Evolução da matrícula na Educação Básica nas Redes, Estadual, Particular e Federal no período de 1998 a 2005

Ano de referência

Nº. de matrículas

Ensino Médio Estadual

Nº. de matrículas

Ensino Médio

Federal

Nº. de matrículas

Ensino Médio

Particular

Nº. de matrículas

Ensino Fundamental

1ª a 8ª

Nº. de matrículas

Ensino Fundamental

Estadual1ª a 8ª

Nº de matrículas

Ensino Fundamental

Municipal1ª a 8ª

2000 4.070 1316 168 885 5.438 7.2992001 4.136 1150 217 936 5.055 7.0042002 3.807 858 283 840 5.024 6.2492003 3.771 863 304 963 5.851 6.2092004 3.841 345 289 916 5.158 6.1402005 3.381 1003 321 939 5.206 6.6402006 3107 *** 323 993 5.125 6.495

Fonte: Inep

Tabela 16População estudantil de Ouro Preto – 2005

População Estudantil de Ouro Preto – 2005Educação Infantil Ensino Fundamental

Rede Municipal creche 776 Rede Municipal 8.728

Rede Municipal 1º,2º,3º 2.088Rede Particular 513

Total 3.377

Rede Particular 886Rede Estadual 5.206

Total 14.820

Educação Especial Educação de Jovens e AdultosRede Municipal 206Rede Estadual -

Rede Particular -

Total 206

Rede Municipal 995Rede Particular -

Rede Estadual 186

Total 1181

Ensino Médio Ensino SuperiorRede Estadual 3381Rede Particular 321

Rede Federal 1.003

Total 4.705

Rede Federal 981 OP - 1285 (região)Mestrado 365

Doutorado 71

Especialização 456

Total Geral da População Estudantil por RedeRede Estadual 8.773Rede Municipal 12.793

Rede Particular 1.720

Rede Federal 1.701 (Médio + Profissional)

Total geral 24.977 Fonte: Atlas da Educação da Fund. João Pinheiro 2003, SME 2005 e S.R.E(2006) Além das estatísticas educacionais de ensino expressas acima, compreende um dado diagnóstico significativo do ensino em Ouro Preto a infra-estrutura das instituições. Conforme poderá ser percebida através dos gráficos apresentados na Câmara Temática de Ensino Fundamental, a infra-estrutura é um dos fatores determinantes na qualidade de ensino. Assim, devido a sua grande importância, a infra-estrutura tornou-se, juntamente com a qualidade de ensino e a valorização do magistério, um dos pilares que sustentam o PMDE. Este diagnóstico apontou os seguintes problemas na gestão da Educação Pública em Ouro Preto:

1. Falta conhecimento do objeto de trabalho (conteúdo, metodologias, aluno, comunidade em que está inserido, novas tecnologias, conhecimentos gerais e atuais e pesquisa educacional) por parte de professores;

2. Falta integração entre as Redes Municipal, Estadual e Federal;

Falta autonomia da SME e SRE para administrar os recursos.

Não existe um Sistema de Gestão de Resultados na SME e SRE tanto na gestão da direção da escola e da aplicação de recursos, quanto na gestão do ensino e aprendizagem (PMDE, PPP, PDE);Não existe um sistema eficaz de comunicação entre as redes escolares;Falta infra-estrutura administrativa e pedagógica adequada para a realização do processo ensino aprendizagem;Falta conhecimento pelo professor e diretor de noções elementares de psicologia cognitiva, psicologia do desenvolvimento e psicologia da aprendizagem;Não existe sistema bem estruturado de avaliação municipal e entre as três redes, Municipal, Estadual e Federal;Falta conhecimento e estímulo quanto à atuação do professor pesquisador;Não há divulgação de experiências educacionais bem sucedidas entre as redes;Falta uma Política Pública séria de valorização dos profissionais;Não há compromisso suprapartidário com a Educação, gerando descontinuidade administrativa e mudança de política a cada 4 anos;Não existe sistema único de avaliação no CEFET e nas escolas públicas do Ensino Médio;Faltam instituições de ensino superior particulares. Diante do diagnóstico geral apresentado neste PMDE, podemos ressaltar indicadores que requerem do Poder Público uma profunda reflexão para que se possa propor políticas públicas educacionais e políticas públicas de proteção à criança e ao adolescente, visando mudança da prática pedagógica, valorização da Educação e monitoramento dos resultados de aprendizagem com base em indicadores.

2 - INDICADORES DE ENSINO/APRENDIZAGEM

Dentre os alunos que concluem o Ensino Fundamental e o Ensino Médio:• Poucos chegam à UFOP.

Muitos fazem o curso superior particular e noturno em outras cidades.Apenas 1/3 dos que concluem a 8ª série chega ao CEFET, e os índices de reprovação e abandono neste segmento são ainda mais altos do que no Ensino Fundamental.

• A maioria pára de estudar depois do Ensino Médio e precisa trabalhar.Os índices de desempenho da rede pública no SIMAVE são muito baixos.Há altos índices de defasagem idade/série.Baixo nível de escolaridade da população jovem criando grande demanda de profissionalização concomitante à EJA.A maioria dos excluídos do processo educacional pertence às classes sociais mais baixas.

Dentre os professores que atuam nas redes estadual e municipal:

• A baixa remuneração dos professores provoca o acúmulo de aulas.A política de incentivo à carreira docente é insuficiente.Há falta de preparação dos professores para atuarem em sala de aula. Dentro de uma perspectiva progressista, Libâneo nos lembra: “A Educação é uma ação e um processo de formação pelo qual os indivíduos podem integrar-se criativamente na cultura em que vivem”.

Diante deste pressuposto, observa-se que a relação que se estabelece é de integração e não de adaptação do indivíduo a alguma coisa, provocando intencionalmente mudanças nos indivíduos. Educar implica libertar idéia que resulta em perceber a Educação como um processo que visa a reestruturação da sociedade, tendo em vista o desenvolvimento do próprio homem. Como processo, educar implica uma grande dose de criatividade, de consciência crítica e de comprometimento social. Em Ouro Preto, quase metade da população que avança no regime seriado responde adequadamente ao modelo de escola em que a concepção de aprendizagem é acumulativa, dando prioridade aos conteúdos conceituais, e o ensino é uniformizador e transmissivo, pressupondo que todos os alunos estão aprendendo. Entretanto, uma outra parcela da população demonstrada no diagnóstico - 49,9% na faixa etária de 11 a 17 anos - apresenta aumento nas taxas de defasagem idade/série, sinalizando que o regime seriado pode não estar respondendo adequadamente às suas expectativas ou não está havendo coerência de ação pedagógica com este regime. Há também, no decorrer da seriação, um aumento progressivo nos índices de reprovação e abandono da escola, desde as séries iniciais e agravando-se no Ensino Médio. Diante deste quadro, e partindo do pressuposto de que a dignidade do homem nasce dentro do próprio homem e não fora dele, conclui-se que ele não a recebe do meio em que se encontra, mas que a constrói por si mesmo quando ele é estimulado com a vivência de situações em que ele possa praticá-la.

Se o indivíduo que está em defasagem de idade/série tem sua dignidade ignorada, fazendo-o sentir-se isolado, excluído, indigno de continuar partilhando com outros educandos um ambiente comum, então ele não está construindo a sua dignidade e, portanto, a sua autonomia de vida.Sendo a escola, em essência, um espaço de Educação, ela precisa oferecer ao educando elementos externos que lhe permitam construir internamente experiências positivas, dentre elas a da dignidade. Para que este educando citado acima se constitua como indivíduo autônomo, a escola, além de constituir-se como um espaço de vivência da dignidade, precisa ser um espaço de ensino que, não se preocupando com a memorização de saberes, privilegia a capacidade de acessá-los, decodificá-los e manejá-los. Cabe a um outro modelo de escola, dentro de uma perspectiva

progressista e empreendedora, criar condições para que o educando aprenda a aprender.

3 - EDUCAÇÃO INFANTIL 3.1 - HISTÓRICO E FUNDAMENTAÇÃO LEGAL

“A Educação Infantil tem a necessidade de começar a perceber que as crianças possuem um papel que é único na sociedade, ou seja, não são meros �gfilhotes de homem�h, mas seres humanos que precisam ser entendidos como �gpessoas que produzem cultura, além de ser nelas produzidas, que possui um olhar crítico e maroto que vira pelo avesso a ordem das coisas, subvertendo essa ordem�h. Sônia Kramer (1998)

A história da Educação Infantil é relativamente recente no País. Embora iniciativas na área existam há mais de cem anos, foi nas últimas décadas que o crescimento do atendimento a crianças menores de sete anos em creches e pré-escolas apresentou maior significação, acompanhando tendência internacional. Muitos fatos ocorreram de forma a influenciar essas mudanças nas creches e pré-escolas. Entre os fatores que explicam esta expansão, alguns se destacam. Em primeiro lugar, podem ser citados o desenvolvimento urbano, a industrialização, as reivindicações populares, as idéias de infância e as condições socioculturais para o desenvolvimento das crianças, a participação da mulher no mercado de trabalho e as modificações na organização e estrutura da família contemporânea, ou seja, a transformação das funções familiares demandando a instalação de instituições para o cuidado e a Educação das crianças. Por outro lado, também motivaram a expansão da área o reconhecimento, pela sociedade, da importância das experiências da infância para o desenvolvimento da criança e as conquistas sociais dos movimentos pelos direitos da criança, entre elas, o acesso à Educação dos primeiros anos de vida (MEC/SEF/DPE/ COEDI, 1994c). São marcos importantes, nesta história, a Declaração Universal dos Direitos da Criança, de 1959, e a Convenção Mundial dos Direitos da Criança de 1989.

A Constituição de 1988, pela primeira vez na História do Brasil, definiu como direito das crianças de zero a seis anos de idade e dever do Estado o atendimento em creche e pré-escola. Este fato representou momento de grande participação da sociedade civil e de organismos governamentais na afirmação dos direitos da criança, e, entre eles, o direito à Educação infantil, incluído no Inciso IV do artigo 208 da Constituição, o qual explicita que �go dever do Estado com a Educação será efetivado (...) mediante garantia de atendimento em creches e pré-escolas às crianças de zero a seis anos�h. Em julho de 1990, o Estatuto da Criança e do Adolescente reafirmou, em seu artigo 54, IV: �gÉ dever do Estado assegurar à criança e ao adolescente (...) atendimento em creche e pré-escola às crianças de zero a seis anos de idade�h.

Um marco também de grande significação para a área foi a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), nº 9394, sancionada em dezembro de 1996. É a primeira vez que a expressão �gEducação Infantil�h aparece na lei nacional de Educação. Recebe um destaque inexistente nas legislações anteriores, sendo tratada numa seção específica. É definida como a primeira etapa da Educação básica, tendo como finalidade o desenvolvimento integral da criança até seis anos de idade. A lei também estabelece que a Educação infantil será oferecida em creches para crianças de até três anos de idade e em pré-escolas para as crianças de quatro a seis anos. Portanto, a distinção entre creches e pré-escolas é feita exclusivamente pelo critério de faixa etária, sendo ambas as instituições de Educação infantil, com o mesmo objetivo – desenvolvimento da criança, em seus diversos aspectos. Se podem considerar esses marcos legais como avanços no reconhecimento do direito da criança à Educação nos primeiros anos de vida, também é necessário considerar os desafios impostos para o efetivo atendimento desse direito quanto à qualidade da Educação.

Devido à forma como se expandiu, sem os investimentos técnicos e financeiros necessários, a qualidade da Educação e do atendimento em instituições de Educação infantil no Brasil, em Minas e em Ouro Preto apresenta ainda padrões bastante aquém dos desejados, especialmente nas creches, que, historicamente, se caracterizaram pelo atendimento de guarda para as crianças de famílias de renda mais baixa. A insuficiência e inadequação de espaços físicos, equipamentos e materiais pedagógicos (especialmente brinquedos e livros); a não incorporação da dimensão educativa nos objetivos da creche; a separação entre as funções de cuidar e educar; a inexistência de currículos ou propostas pedagógicas (ou sua existência apenas no papel, com pouca efetividade na orientação do cotidiano das instituições de Educação infantil) são alguns dos problemas a enfrentar. (MEC,1994c).

“Destaca-se, entre os desafios para a melhoria da qualidade da Educação infantil, o da formação e valorização do profissional que atua na área.

Vários estudos internacionais têm apontado que a capacitação específica do profissional é uma das variáveis que maior impacto causam sobre a qualidade do atendimento à criança pequena”. Scarr e Eisenberg, (1993).

A qualidade da Educação e do atendimento oferecidos em creches é uma questão que merece análise. Se a formação do professor da Educação básica como um todo deixa muito a desejar, no caso da Educação infantil (que abrange o atendimento às crianças de zero a seis anos em creches e pré-escolas, exigindo que o profissional cumpra as funções de cuidar e educar), o desafio da qualidade se apresenta com uma dimensão maior, pois é sabido que os mecanismos atuais de formação não contemplam esta dupla função.

Outro aspecto fundamental na qualidade e no atendimento é o projeto educativo. A Coordenação Geral de Educação Infantil do MEC realizou um estudo de 45 propostas pedagógicas em implementação no ano de 1994, sendo, 25 de sistemas estaduais e 20 de secretarias de Municípios. Deste total, 39 referiam-se à pré-escola, 5 a creches e uma em parte, pelo fato do atendimento na faixa de 0 a 3 anos encontrar-se, na maioria dos casos, sob a responsabilidade dos órgãos de assistência, apesar de ter sido feita a solicitação na faixa etária de 0 a 6 anos. O número restrito de propostas de creches no estudo deve-se às Secretarias de Educação para que identificassem e enviassem ao MEC as propostas desses órgãos. Isso não foi atendido. Por outro lado, sabe-se que não há muitas propostas para essa faixa etária em razão da ainda precária incorporação da dimensão educativa nos objetivos do atendimento em creches. A descontinuidade administrativa também dificulta a implementação de propostas, uma vez que mudanças nas equipes centrais das Secretarias acarretam, com freqüência, o abandono de trabalhos em realização, decisão que, infelizmente, não se baseia numa avaliação objetiva de resultados. Em razão da excessiva centralização do processo decisório nas Secretarias, falta a essas equipes autonomia para atuar de forma mais ampla, propondo políticas públicas para a área.

De modo geral, tanto em relação às questões da formação profissional, quanto à proposta pedagógica e outros aspectos da qualidade, os piores indicadores estão no segmento da creche. Estudos realizados em várias locais do País (São Paulo, Rio Grande do Sul, Belo Horizonte, Betim, Recife, entre outros) apontam graves problemas no atendimento relativo tanto às funções de cuidado quanto às de Educação. Essa situação motivou a publicação, pelo MEC, dos “Critérios para um atendimento em creches que respeite os direitos fundamentais das crianças” (MEC/SEF/DPE/COEDI,1995). Redigidos no sentido de afirmar compromissos, esses critérios visam subsidiar a rede de creches existentes - em sua grande maioria ainda desvinculadas dos órgãos de Educação - em iniciativas que levem à melhoria da qualidade do atendimento.

O MEC, incorporando a Educação Infantil no sistema educacional regular e considerando o quadro descrito, propôs um Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil, para fundamentar a elaboração de propostas pedagógicas, a reflexão sobre formação de profissionais da área, a produção e seleção de livros e materiais pedagógicos e a avaliação do atendimento. Partindo do princípio de que as creches, pré-escolas e demais instituições de Educação infantil colaboram para a formação da cidadania, o Referencial pretende socializar a discussão sobre as práticas pedagógicas nesta etapa da Educação e sugerir ações adequadas às necessidades educativas e de cuidados específicos das crianças na faixa de zero a seis anos. Finalmente, é preciso considerar que a busca da qualidade envolve questões complexas de ordem orçamentário-financeira. Em relação à Educação infantil, inexistem fontes de recursos específicos para essa etapa da Educação. Com a recente Emenda Constitucional nº 14, que instituiu o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e Valorização do Magistério, reservando 15% dos recursos orçamentários vinculados para o ensino fundamental, os restantes 10%, nos municípios, devem ser destinados prioritariamente às creches e pré-escolas. Segundo o Plano Nacional de Educação, em relação à Educação infantil,

“... esses recursos judiciosamente aplicados serão suficientes para a ampliação e melhoria do sistema atual naqueles municípios economicamente viáveis, isto é, que contam com recursos próprios além dos provenientes das transferências. Há, entretanto, uma imensa maioria de municípios pobres, nos quais os recursos serão insuficientes. Por esta razão, não só é indispensável a continuidade da colaboração que vem sendo prestada por organizações não-governamentais, mas é igualmente imprescindível a priorização da oferta da assistência financeira e técnica da União para os municípios de menores recursos, utilizando, de forma integrada, no caso das creches, recursos provenientes dos órgãos governamentais envolvidos com saúde e assistência social”. (MEC,1997,p.18).

Enfim, é prioritário, em termos de financiamento, garantir que os recursos destinados à Educação infantil sejam efetivamente empregados nesta área. Considerando a estreita relação entre financiamento e gestão, bem como as características do atendimento que envolve uma significativa rede de serviços conveniados, merece especial atenção o aspecto da gestão na área da Educação infantil. 3.2 - DIAGNÓSTICO Os dados utilizados para a analise diagnóstica da Educação Infantil no Município de Ouro Preto foram coletados no Atlas de Educação, fornecido pela Fundação João

Pinheiro, juntamente com informações disponibilizadas pela Secretaria Municipal de Educação e 25ª Superintendência de Ensino de Ouro Preto. Os dados foram compilados e condensados em três tabelas denominadas Tabela 1 - Creches Municipais, Tabela 2 - Pré-escolas Municipais e Tabela 3 - Pré-escolas Particulares. Tabela 1 ACreches municipais, atendimento, formação de docentes

Creches MunicipaisDados 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006

População de 0 a 3 anos - - 4.756 4.675 4.752 4.883 5.064 5.166 Número de creches 0 0 3 4 4 8 17 16 Prédio da Prefeitura 0 0 2 2 2 2 2 2 Crianças atendidas 0 0 160 200 222 204 776 % crianças atendidas - - 3,4 4,3 4,7 4,2 15 % de docentes com Médio completo

- - 100,00 100,00 100,00 93,33 100

% de docentes com Superior completo

0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 5,5 Análise e conclusão: considerando-se a situação deste segmento no Brasil, esta tabela mostra que já existe um atendimento significativo em Ouro Preto. No entanto, há necessidade de ampliação do atendimento a esta faixa etária, já que apenas 15% da população está sendo atendida. Dos 16 prédios onde funcionam as creches, apenas dois são da Prefeitura, mostrando a necessidade de construção urgente de prédios adequados a este segmento de Educação. Apesar dos profissionais que atuam terem Ensino Médio completo, a grande maioria não possui capacitação específica para este segmento

Tabela 1B

Quadro de Professores (P1) e Monitores – 2005Secretaria Municipal de Educação Secretaria Municipal de

Assistencial Social e CidadaniaEfetivos Contratados Efetivos Contratados

Professores P1- 18Monitores - 24

Professores P1 – 3Monitores - 0

Professores P1- 0Monitores - 0

Professores P1- 38Monitores - 44

42 3 0 8245 professores e monitores 82 professores e monitores

127 professores e monitores - 42 efetivos (33,1%) e 85 contratados (69,1%) A maioria dos profissionais que atuavam neste segmento à época do diagnóstico era contratada (69,1%). Dos 85 contratados, apenas 3 eram contratados pela SME e os outros 82 pela Secretaria Municipal de Assistência Social e Cidadania, demonstrando um quadro com função assistencialista (cuidadeira) no lugar da função real, pedagógico (educar e cuidar) sendo que a maioria ainda atua como monitor, recebendo remuneração menor do que os professores. Conclusão: é preciso que o Poder Público efetive o seu quadro docente através de concursos públicos, evitando a descontinuidade e a incoerência da ação pedagógica.

Tabela 1C

Formação Docente – 2005Curso Superior Cursando Não tem Curso Superior

Professor P1 Monitor Professor P1 Monitor Professor P1 Monitor6 1 18 3 33 60

07 (5,5%) 21 (16,5%) 99 (78%)

Análise e conclusão: 78% dos profissionais não possuem formação superior para cuidar e educar.

No Brasil, este segmento ainda é muito recente e poucas universidades oferecem o curso de graduação para Educação Infantil. Ouro Preto já possui o consórcio Pró-Formar para atender a esta demanda.

Tabela 2A

Pré-Escolas MunicipaisDados 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006

População de 4 a 5 anos - - 2.505 2.454 2.335 2.246 2.207 2.278 Número de Escolas 27 25 26 26 25 25 28 28 Prédio da prefeitura 27 25 26 26 25 25 28 28 Crianças atendidas 1.739 2.029 1.697 2.177 2.186 2.238 2090 2.088 % Crianças atendidas - - 67,7 88,7 93,6 99,6 94,7 91,6 % de docentes com Médio completo 94,94 97,62 96,43 97,22 97,44 91,60 93,5 100 % de docentes com Superior completo 5,06 2,38 3,57 2,78 2,56 8,40 18,3 26,1 Apesar de todos os prédios deste segmento serem da Prefeitura, não há adequação para esta faixa etária. 91,6% do público alvo desta faixa etária já encontra atendimento. Apesar de todos os profissionais terem ensino médio completo, apenas

26,1% possui habilitação específica e exigida por lei, demonstrando que o poder municipal precisa traçar metas de capacitação para este segmento.

Tabela 2BNº de docentes e formação

Quadro de Professores (P1) - 2005Docentes Formação Docente

115 professores80 efetivos e 35 contratados (69,6% ) (30,4%)

115 professores30 Curso Superior – 54 Em andamento – 31 Não tem (26,1% ) (46,9%) (27%)

Verificamos que a maior parte dos profissionais deste segmento é efetiva, restando

apenas 30,4% para serem efetivados, evitando assim a descontinuidade da ação pedagógica. Apesar do significativo número de efetivos, apenas 26,1% já possui habilitação específica, restando ainda 27% para a formação superior exigida por lei.

Tabela 3

Pré–Escolas ParticularesDados 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006

População de 4 a 5 anos - - 2.505 2.454 2.335 2.246 2.207 2.278 Número de Escolas 6 2 5 9 9 8 Crianças atendidas 302 136 329 417 435 428 % crianças atendidas - - 13,1 17 19 19,1 % docentes com Médio completo 91,30 77,78 90,00 82,35 82,35 78,79 % docentes c/ Superior completo 8,70 22,22 10,00 17,65 17,65 21,21 Analisando os dados da Educação Infantil do Município de Ouro Preto, identificam-se os seguintes indicadores:1. Infra-estrutura das Escolas de Educação Infantil;2. Capacitação de docentes e não-docentes de Educação Infantil;3. Construção de um Referencial Curricular de Educação Infantil para o Município de Ouro Preto. 4 - ENSINO FUNDAMENTAL

4.1 - DADOS GERAIS Analisando os dados de forma sistêmica, podemos situar de maneira mais efetiva a

realidade social e econômica do país. As Informações Demográficas Básicas da população brasileira nos mostram que 25% dos chefes de família no Brasil são mulheres e de condição sócio-econômica de maior vulnerabilidade social. Do total de 44,8 milhões de pessoas responsáveis pelos domicílios particulares no País, 7,24 milhões (16,2%) têm menos de um ano de instrução, e 8,28 milhões (18,5%) têm de 1 a 3 anos de instrução. Esse último é o grupo de chefes de família analfabetos funcionais (apenas sabem ler e escrever um bilhete simples). Em Minas, de acordo com o Censo Demográfico do IBGE/2000; p. 99, esses grupos correspondem a 15% e 19,9% dos chefes de família: 1,661 milhões de responsáveis pelos domicílios (34,89%) são analfabetos e analfabetos funcionais.

Tabela 1População por situação de domicílio, 1991 e 2000

1991 2000

População Total 62.514 66.277

Urbana 48.150 56.292

Rural 14.364 9.985

Ta x a de Urbanização 77,02% 84,93%

No período de 1991-2000, a população de Ouro Preto teve uma taxa média de crescimento anual de 0,68%.e a taxa de urbanização cresceu 10,27% Pelos dados, observa-se um movimento de redução da população rural, o que não justifica portanto a necessidade de construção de escolas no meio rural.

Tabela 2Indicadores de longevidade, mortalidade e Fecundidade, 1991 e 2000

1991 2000

Mortalidade até 1 ano de idade (por 1000 nascidos vivos) 40,9 27,9

Esperança de vida ao nascer 64,2 70,3

Ta x a de fecundidade To t al (filhos por mulher) 2,7 2,5

Neste período, a taxa de mortalidade infantil diminuiu 31,83%, a esperança de vida ao nascer cresceu 6,01 anos, e taxa de fecundidade cresceu apenas 0,2%.

Tabela 3

Projeção da População de Ouro Preto no período de 2000 a 2006

Ano To t a l0 a 3

anos

4 a 5

anos

6

anos

7 a 10

anos

11 a 14

anos

15 a 17

anos

18 a 20

anos

21 a 24

anos

25 anos ou mais

2000 65.800 4.756 2.505 1.222 4.975 5.223 4.011 4.140 5.084 33.947

2001 65.998 4.675 2.454 1.229 4.853 5.109 3.917 4.063 5.195 34.503

2002 66.224 4.752 2.335 1.221 4.783 4.986 3.837 3.969 5.247 35.095

2003 66.494 4.883 2.246 1.177 4.741 4.852 3.776 3.849 5.251 35.720

2004 66.799 5.064 2.207 1.104 4.682 4.717 3.694 3.761 5.199 36.371

2005 67.646 5.166 2.278 1.100 4.598 4.643 3.650 3.716 5.138 37.358

2006 67.754 5.193 2.372 1.077 4.466 4.581 3.554 3.653 4.977 37.882

Fonte: Atlas Educacional de Minas Gerais

Tabela 4População residente, por sexo e situação de domicílio

População residente, por sexo e situação de domicílio

Total Homem Mulher Urbana/ Rural

Brasil169.799.170

83.576.015

49,22%

86.223.155

50,78%

137.953.959 / 31.845.211

81,25% / 18,75%

Minas Gerais 17.891.484

8.851.587

49,5%

9.039.907

50,5%

14.671.828 / 3.219.666

82,0% / 18,0%

Ouro Preto 66.27732.566

49,1%

33.711

50,9%

56.292 / 9.985

85,0% / 15,0%

Fonte: IBGE/2000

Tabela 5

População residente por grupo de idade

População residente em Ouro Preto por grupos de idade

0 a 3 4 a 5 6 a 14 15 a 17 18 a 19 20 a 24 25 e +

4.524 2.744 11.594 3.993 2.662 6.000 34.760

6,8% 4,1% 17,5% 6,0% 4,0% 9,1% 52,5

Tabela 6Nível de escolaridade da população, segundo a faixa etária

Fa ixas % Analfabetos % com - de 4 anos de estudo

% com - de 8 anos de estudo

% com - de 11 anos de estudo

7 a 10 8,86 - - -

11 a 14 0,65 15,63 - -

15 a 17 1,79 6,12 49,59 -

18 a 20 0,54 4,05 31,54 79,09

21 a 24 2,18 9,67 37,61 63,52

25 ou + 9,24 23,67 61,98 75,45

Fonte: Atlas da Educação de Minas Gerais – Fundação João PinheiroUma das maiores preocupações deste PMDE é determinar a previsão das demandas atualizadas da escolarização, o que se pode identificar pelo estudo demográfico. De acordo com o Atlas Educacional de MG/2005, Ouro Preto possui 66.799 habitantes, sendo dividida entre a sede e onze distritos. Estamos vivendo um período de profundas mudanças demográficas, como a da urbanização, da redução da natalidade

e do "envelhecimento" da população, que são determinantes das demandas futuras por propostas educativas que as satisfaçam. Tabela 7Zona, Etapa de Ensino, Número de alunos, número de escolas, relação professor-aluno. 2006 – Rede Estadual

Zona Etapa de Ensino

Nº de alunos

Nº de Escola

Re lação prof / aluno

Nº turma p/ escola

Nº aluno p/ turma Nº professor

UE F 1ª a 5ª 950 03 13,6 36 25 70

E F 6ª a 9ª 1758 05 19,5 51 35 90

RE F 1ª a 5ª 2001 04 30 50 25 67

E F 6ª a 9ª 1501 03 27 32 35 56

To t a l

Ens. Fundamental 6210 22 283

U

Ensino Médio 1968 03 21 51 40 92

En. Médio EJA 329 01 17 07 45 19

R Ensino Médio 1139 03 17 30 40 67

To t a l Ensino Médio 3436 -

U Total Ed. Básica 5.005

R Total Ed. Básica 4.641

To t a l Geral Ed. Básica 9.646

Tabela 8Zona, Etapa de Ensino, Número de alunos, número de escolas, relação professor-aluno. 2006 – Rede Municipal

Etapa de Ensino Nº de alunos Nº de Escolas

Re lação prof/aluno Nº turmas Nº aluno por turma

Ed. Infantil 0 a 3 176 4 - - Até 1 ano 6

1 a 2 até 8

3 anos até 15

Ed. Infantil 04 e 05 2.011 25 18 109 20

Total Educação Infantil 2.187 29 109 -

E F 1ª a 5ª 4,226 35 17 243 25

E F 6ª a 9ª 2.269 13 22 102 30

EJA 939 35 - - -

APAE 128 16 - - -

Total Ensino Fundamental 7.434

Total Geral Ed. Básica 9.749

Tabela 9Taxa de Atendimento Escolar do Município por Faixa Etária

Fa ixa Etária Atendidas no Município População da Fa ixa Etária em 2005

0 a 32000 2001 2002 2003 2004 2005

5.166 4,12 5,13 5,18 5,71

4 a 5 28,66 63,94 60,21 68,67 2.278

6 83,0 74,07 91,26 91,44 1.100

7 a 10 108,53 107,35 110,16 112,57 4.598

11 a 14 102,11 104,47 106,72 109,33 4.643

15 a 17 97,89 99,83 101,39 103,31 3.650

18 a 20 3.716

21 a 24 5.138

25 ou + 37.358

Fonte: Atlas da Educação, Secretaria Municipal de Educação e Superintendência

Regional de Ensino

“Taxa de atendimento”: expressa o percentual da população que se encontra regularmente matriculada na escola, independente do nível e da modalidade de ensino na respectiva faixa etária em relação à população na mesma faixa etária. Podemos verificar a necessidade urgente de se criar alternativas para elevar o nível de escolaridade da população, principalmente nas faixas etárias de 18-20/21-24/25+.

Tabela 10Taxa de Escolarização do Município/2003

NívelEscolarização Bruta Escolarização Líquida

Município MG Município MG

Creche 6,53 7,79 4, 87 5,43

Pré-escola 87,87 54,85 73,90 49,14

Fu nd. 1ª – 4ª 130,31 132,38 102,95 102,05

Fu nd. 5ª – 8ª 120,45 123,88 83,59 80,28

Médio 130,41 87,46 60,17 47,89

Fonte: Atlas da Educação de Minas Gerais, versão 1 – março de 2005. Produção: Centro de Estudos Econômicos e Sociais / Fundação João Pinheiro.

“Taxa de Escolarização Bruta”: expressa o percentual da matrícula total no Ensino Fundamental Regular, Médio e Superior em relação à população na mesma faixa etária.

“Taxa de Escolarização Líquida”: expressa o percentual da matrícula em relação à população na mesma faixa etária. Ao compararmos a taxa de escolarização líquida do Município com a do Estado, percebemos, com exceção do atendimento à creche que ainda está aquém ao do

Estado, que todos os índices das demais modalidades se encontram maiores que as taxas do Estado. Essa análise nos demonstra que a escolarização em Ouro Preto é melhor que a do Estado. Isto, entretanto, não nos exime da responsabilidade de melhorar cada vez mais o atendimento à população.

Tabela 11Percentual de alunos com defasagem idade/série no Ensino Fundamental da Rede Municipal. 2000 a 2003

Ta x a de Defasagem Idade/Série no Ensino Fundamental

Ano1ª S 2ª S 3ª S 4ª S

To t al 1ª a 4ª

5ª S 6ª S 7ª S 8ª STo t al 5ª a 8ª

To t al geral

2000 9,14 15,70 16,84 30,81 72,49 52,01 57,31 55,32 59,97 224,61 297,10

2001 12,50 17,41 19,65 27,94 77,50 53,62 60,15 54,85 59,73 228,35 305,85

2002 8,09 18,43 18,64 25,62 70,78 44,80 51,06 55,83 50,53 202,22 273,00

2003 5,73 22,26 20,54 29,44 77,97 34,29 44,50 44,93 44,86 168,58 246,55

Fonte: Atlas da Educação de Minas Gerais, versão 1 – março de 2005. Produção: Centro de Estudos Econômicos e Sociais / Fundação João Pinheiro. Tabela 12Percentual de Alunos com Defasagem Idade/Série no Ensino Fundamental da Rede Estadual. 2000 a 2003

Ta x a de Defasagem Idade/Série no Ensino Fu ndamental

Ano1ª s 2ª s 3ª s 4ª s To t a l

1ª a 4ª 5ª s 6ª s 7ª s 8ª s To t a l 5ª a 8ª To t a l geral

2000 2,02 3,32 3,51 14,66 23,51 24,43 37,48 48,03 53,48 163,42 186,93

2001 6,25 9,22 8,93 9,93 34,33 24,53 26,51 36,79 35,12 122,95 157,28

2002 3,11 6,13 14,02 7,04 30,3 23,17 27,51 28,96 34,80 114,44 144,74

2003 9,27 10,38 15,10 17,63 52,38 24,15 33,79 29,54 28,57 116,05 168,43

Fonte: Atlas da Educação de Minas Gerais, versão 1 – março de 2005. Produção: Centro de Estudos Econômicos e Sociais / Fundação João Pinheiro. Correlações importantes entre dados demográficos e educacionais:1)Quanto maior a distorção idade/série, pior tende a ser o desempenho acadêmico do aluno.2)Crianças pertencentes ao primeiro quinto da distribuição de renda (o mais pobre) apresentam taxa de escolarização mais baixa e menores desempenhos acadêmicos, enquanto que as crianças pertencentes ao maior quinto da distribuição de renda apresentam taxa de escolarização mais alta, menores taxas de defasagem idade/série e melhores desempenhos acadêmicos. Entretanto a variável renda per capita é um fator de contexto condicionante, mas não determinante das chances de escolarização e dos desempenhos. Tabela 13Indicadores de qualidade do ensino, por disciplina e segundo a série (2003)

Série

Proficiência Média2

% de alunos acima do nívelÍndices de qualidade5

Básico3 Recomendado4

Mat. Port.

Mat Port. Mat. Port. Mat. Port. Geral

4ª SÉR. FUNDAM. 192,8 191,9

65,7 69,5 42,8 52,6 0,72 0,72 0,72

8ª sé r. fundam. 260,0 240,2

51,3 65,9 16,2 18,5 0,62 0,66 0,64

3ª sé r. médio 267,7 263,4

12,3 72,2 1,3 11,5 0,49 0,56 0,52

Fonte: SIMAVE

TABELA 14CLASSIFICAÇÃO DO MUNICÍPIO PELO ÍNDICE DE QUALIDADE GERAL DO ENSINO, SEGUNDO A SÉRIE

Série NO ESTADO6 NA SUPERINTENDÊNCIA7

4ª série fundamental 220 (544) 3 (3)

8ª série fundamental 304 (774) 4 (5)

3ª série ensino médio 541 (808) 3 (5)

1) Os indicadores de qualidade do ensino foram baseados nos resultados dos

exames de Matemática e de Língua Portuguesa do SIMAVE (Sistema Mineiro de Avaliação Escolar), aplicados respectivamente, em 2003 e 2002 nas escolas da rede pública estadual.

CORRESPONDE À PONTUAÇÃO MÉDIA OBTIDA PELOS ALUNOS NOS EXAMES DO SIMAVE.CORRESPONDE AO PERCENTUAL DE ALUNOS DA 4ª SÉRIE E DA 8ª SÉRIES DO FUNDAMENTAL E DA 3ª SÉRIE DO ENSINO MÉDIO QUE OBTIVERAM, RESPECTIVAMENTE, UM NÚMERO DE PONTOS SUPERIOR A 175, 250 E 325, NO CASO DO EXAME DE MATEMÁTICA DO SIMAVE, E A 175, 225 250, NO CASO DO EXAME DE LÍNGUA PORTUGUESA.CORRESPONDE AO PERCENTUAL DE ALUNOS DA 4ª SÉRIE E DA 8ª SÉRIES DO FUNDAMENTAL E DA 3ª SÉRIE DO ENSINO MÉDIO QUE OBTIVERAM, RESPECTIVAMENTE, UM NÚMERO DE PONTOS SUPERIOR A 200, 300 E 375, NO CASO DO EXAME DE MATEMÁTICA DO SIMAVE, E A 200, 275 E 300, NO CASO DE LÍNGUA PORTUGUESA.ESTES ÍNDICES CONSIDERAM A DISTÂNCIA DE DISTRIBUIÇÃO DAS NOTAS OBTIDAS PELOS ALUNOS DO MUNICÍPIO NOS EXAMES DO SIMAVE A UMA DISTRIBUIÇÃO PADRÃO OU IDEAL, DOS ALUNOS DAS ESCOLAS DE MAIOR MÉDIA DE PROFICIÊNCIA NO SAEB. O ÍNDICE GERAL É A MÉDIA, PONDERADA PELO NÚMERO DE ALUNOS, DOS ÍNDICES DE MATEMÁTICA E DE LÍNGUA PORTUGUESA. OS ÍNDICES VARIAM DE 0 A 1 E, QUANTO MAIS PRÓXIMO DE 1, MELHOR A QUALIDADE DE ENSINO NO MUNICÍPIO.O NÚMERO ENTRE PARÊNTESES É O NÚMERO DE MUNICÍPIOS NO ESTADO PARA OS QUAIS O ÍNDICE FOI COMPUTADO. O NÚMERO ENTRE PARÊNTESES É O NÚMERO DE MUNICÍPIOS NA SUPERINTENDÊNCIA REGIONAL DE ENSINO PARA OS QUAIS O ÍNDICE FOI COMPUTADO. Em Ouro Preto, a defasagem idade-série entre os jovens de 15 a 17 anos alcança o índice de 49,9% e, de acordo com os dados fornecidos pela Secretaria Estadual de Educação e 25ª Superintendência de Ouro Preto, identificam-se taxas preocupantes de reprovação e abandono necessitando de atenção urgente para um plano de melhoria dos indicadores.

TABELA 15 ÍNDICES DE DESEMPENHO: TAXAS DE APROVAÇÃO, REPROVAÇÃO E ABANDONO

Rede de Ensino Ano

1ª a 4ª Série 5ª a 8ª Série Ensino Médio

Taxa de Abandon

o

Taxa de

Aprovação

Taxa de

Reprovação

Taxa de

Abandono

Taxa de

Aprovação

Taxa de

Reprovação

Taxa de Abandon

o

Taxa de Aprovaçã

o

Taxa de Reprovaçã

o

ESTADUAL

1998 0,66% 99,13% 0,00% 10,67% 88,92% 0,28% 20,61% 74,37% 9,01%

1999 1,21% 95,03% 3,76% 12,40% 84,52% 3,08% 20,28% 71,67% 8,05%

2000 1,17% 89,16% 9,67% 9,90% 83,13% 6,96% 17,39% 73,30% 9,31%

2001 0,90% 90,86% 8,24% 5,63% 86,53% 7,84% 18,93% 72,75% 8,32%

2002 0,48% 90,53% 8,99% 7,44% 74,96% 17,60% 21,97% 66,09% 11,94%

FEDERAL

1998 - - - - - - 8,67% 70,52% 20,01%

1999 - - - - - - 8,55% 62,08% 29,37%

2000 - - - - - - 0,00% 67,33% 32,67%

2001 - - - - - - 13,94% 70,17% 15,90%

2002 - - - - - - 11,06% 66,34% 22,60%

MUNICIPAL

1998 2,91% 96,80% 0,00% 12,60% 87,19% 0,21% - - -

1999 3,74% 82,39% 13,87% 20,92% 67,71% 11,37% - - -

2000 3,15% 77,53% 19,32% 16,41% 56,98% 24,60% - - -

2001 2,01% 91,61% 6,38% 14,39% 76,68% 6,93% - - -

2002 2,10% 81,75% 16,15% 12,14% 72,94% 14,91% - - -

PARTIC. 1998 0,00% 100% 0,00% 0,88% 92,92% 6,19% - - -

1999

0,00% 88,41% 2,90% 0,00% 79,13% 15,05% - - -

2000 0,00% 96,34% 3,66% 0,00% 92,55% 7,45% 2,52% 85,53% 11,95%

2001 0,00% 96,99% 3,01% 0,00% 93,23% 6,77% 0,00% 88,26% 11,74%

2002 0,00% 98,12% 1,88% 0,39% 95,90% 3,71% 2,49% 90,04% 7,47%

FONTE: SEE-MG / AS / SPL / DPRO - DADOS DO CENSO ESCOLAR DOS RESPECTIVOS ANOS

Tabela 16 Evolução da Matrícula, na Educação Básica nas Redes Municipal, Estadual, Particular e Federal no período de 1998 a 2005.

Ano de referênci

a

Nº. de matrícula

s Pré-Escolas,

Municipal

No. de matrículas

Ensino Fundamental

Municipal

1ª a 4ª

No. de matrículas

Ensino Fundamental

Estadual

1ª a 4ª

Nº. de matrículas

Ensino Fundamental

Particular

1ª a 4ª

No. de matrículas

Ensino Fundamental

Estadual

5ª a 8ª.

Nº de matrículas

Ensino Fundamental

Municipal

5ª a 8ª

No. de matrículas

Ensino Fundamental

Particular

5ª a 8ª

1999 2.029 4.475 1.522 121 4.304 3.236 191

2000 1.697 4.266 1.650 396 3.788 3.033 489

2001 2.177 4.189 1.694 454 3.361 2.815 482

2002 2.186 3.779 1.915 356 3.109 2.650 484

2003 2.238 3.905 1.900 373 2.951 2.304 590

2004 2.090 4.312 2.174 395 2.984 2.344 521

2005 2.088 4.145 2.229 383 2.977 2.327 556

Tabela 17 Evolução da Matrícula, na Educação Básica nas Redes, Estadual, Particular e Federal no período de 1998 a 2005

Ano

de referência

Nº. de matrículas –

Ensino médio

estadual

Nº. de matrículas –

Ensino Médio

Federal

Nº. de matrículas –

Ensino Médio

Particular

Nº. de matrículas –

Ensino Fundamental

Particular

1ª a 8ª

Nº. de matrículas

Ensino Fundamental

Estadual

1ª a 8ª

Nº de matrículas

Ensino Fundamental

Municipal

1ª a 8ª

2000 4.070 1.316 168 885 5.438 7.299

2001 4.136 1.150 217 936 5.055 7.004

2002 3.807 858 283 840 5.024 6.249

2003 3.771 863 304 963 5.851 6.209

2004 3.841 2.766 285 916 5.158 6.656

2005 3.381 2.091 321 939 5.206 6.472

5 - ENSINO MÉDIO

Tabela 1

Relação de escolas de Ouro Preto –Ensino Médio 2007

Escola Nº alunos Status

Escola Estadual Dom Pedro II

Centro – Ouro Preto

Turnos: manhã/tarde/noite

971 Estadual

Escola Estadual de Ouro Preto

Bairro Bauxita- Ouro Preto

Turnos: manhã/tarde/noite

348 Estadual

EE Desembargador Horácio Andrade

Bairro Padre Faria - Ouro Preto

381

EJA - 281Estadual

Escola Estadual José Leandro

Distrito de Santa Rita – Ouro Preto

Turnos: manhã/tarde/noite

187 Estadual

Escola Estadual Antônio Pereira

Distrito de Antônio Pereira – Ouro Preto

Turnos: manhã/tarde/noite

192 Estadual

Escola Estadual Padre Afonso de Lemos

Distrito: Cachoeira do Campo-Ouro Preto

Turno: manhã/tarde/noite

725 Estadual

Centro Federal de Educação Tecnológica

Bairro bauxita – Ouro Preto1218 Federal

Colégio Arquidiocesano Unidade I

Bairro Cabeças – Ouro Preto

Turnos: manhã/tarde/noite

103 Particular

Colégio Arquidiocesano Unidade II

Vila Residencial Samarco

52 Particular

Distrito de Antônio Pereira – Ouro Preto

Colégio Anglo – SINAPSE

Bairro Pilar – Ouro Preto114 Particular

Fonte: Sedine/SRE/Ouro Preto

Tabela 2Matrícula por Dependência Administrativa 2003- 2006

Ano Dependência Administrativa Zona Ensino Médio

2003

Estadual

Urbana 3.771

Rural *****-

Total 3.771

Federal

Urbana 863

Rural *****

Total 863

Particular

Urbana 304

Rural ****-

Total 304

2004 Estadual Urbana 3.822

Ano Dependência Administrativa Zona Ensino Médio

Rural *****

Total 3.822

Federal

Urbana

Rural *****

Total

Particular

Urbana 289

Rural ***

Total 289

2005

Estadual

Urbana 3.381

Rural ***

Total 3.381

Federal

Urbana 1.003

Rural ****

Total 1.003

Particular

Urbana 321

Rural ****

Total 321

2006

Estadual

Urbana 3.107

Rural ****

Total 3.107

Federal

Urbana ***

Rural ***

Total 3.107

Particular Urbana 323

Rural ****

Ano Dependência Administrativa Zona Ensino Médio

Total 323

Fonte: SEDINE/ SRE de Ouro Preto

Tabela 3Total de Matrícula por série e Dependência Administrativa Ensino Médio- 2006

SérieDependência Administrativa

Federal Estadual Particular TOTAL

To t a l

Fonte: SEDINE – SRE de Ouro Preto

Tabela 4Número de Turmas e Alunos do Ensino Médio da Rede Estadual nos Últimos Seis Anos

Ano 2002 2003 2004 2005 2006 2007

Turma/Aluno T A T A T A T A T A T A

Número 3.807 3.771 3.822 3.381 81 3 107 85 3.085

Fonte: SEE-MG/ AS /SLP / DPRO

Nota-se uma sensível redução do número de alunos do Ensino Médio ano após ano, o que se justifica pelo alto índice de insucesso na etapa: reprovação, repetência, distorção idade/série e evasão.

Tabela 5Percentual de Alunos com Defasagem Idade/Série no Ensino Médio da Rede Estadual 2004 a 2006 no Município

Ano 1ª S 2ª S 3ª S Total

2004 **

2005 **

2006 **

Tabela 6Número de Concluintes no Ensino Médio no ano de 2006

ConcluintesParticular Estadual To t a l

GeralUrbana Urbana

To t a l 96 665 761

Fonte: Sedine/SRE de Ouro Preto

Tabela 7Indicadores de Qualidade no Ensino Médio/2006

ESCOL A Série Ano Profici Profic- % Alunos % Alunos Posiçã Posição em

-ência media Port

iência media Mat.

acima do recomen-

dado Port

acima do recomen-

dado Mat.

o em relação

ao Estado

relação à SRE

EE Antônio Pereira 3º 2006 239,3 251,7 15,9 0,0 *** ***

EE de Ouro Preto 3º 2006 262,9 275,1 20,6 1,8 *** ***

EE Des. Horácio Andrade 3º 2006 244,5 235,3 11,1 0,0 *** ***

EE Dom Pedro II 3º 2006 277,4 281,5 31,6 2,3 *** ***

EE Jose Leandro 3º 2006 271,8 264,9 26,2 0,0 *** ***

EE Pe Afonso de Lemos 3º 2006 270,7 288,5 22,9 0,6 *** ***

Fonte: Avaliação externa SIMAVE/PROEB-2006 - *** Dados estatísticos não encontrados

Os dados da Avaliação Externa SIMAVE/PROEB confirmam a necessidade da melhoria do desempenho dos alunos de forma a atingir níveis satisfatórios. Portanto, são ações imediatas: avaliar e reorganizar o currículo à luz das Diretrizes Curriculares Nacionais e os Conteúdos Básicos Comuns, intitulado, no Estado de Minas Gerais, de CBCs, adequando-o às necessidades do educando; rever as Propostas Político-Pedagógicas de

cada Instituição; assegurar a capacitação dos professores; implantar Escolas de Tempo Integral e, ao longo do processo, investir na qualificação para o trabalho, na infra–estrutura das escolas, na modernização das técnicas pedagógicas e na melhoria e eficiência do transporte escolar.

O Ensino Médio é a etapa final da Educação básica, de grande importância para o desenvolvimento econômico e social do Município. São os alunos egressos do Ensino Médio que, capacitados e orientados, estarão nas áreas de trabalho exigidas para o desenvolvimento do município. A conclusão dessa etapa de ensino é, também, condição para se entrar no Ensino Superior, meta do inconsciente coletivo de todas as famílias e jovens do país, numa sociedade balizada para a mobilidade social ascendente, fulcrada no acesso a trabalhos com melhor salário que exigem diploma de curso superior.

A Constituição Brasileira de 1988 prevê a “progressiva extensão da obrigatoriedade do Ensino Médio”, e a Emenda 14, artigo 208: ”O dever do Estado com a Educação será efetivado mediante a garantia de progressiva universalização do Ensino Médio

gratuito”. Os altos índices de reprovação, abandono, distorção idade-série e repetência escolar são, portanto, dados preocupantes que refletem e alimentam o ciclo de insucesso nessa etapa de ensino.

6 - ENSINO SUPERIOR 6.1 - HISTÓRICO A Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP) foi instituída em 21 de agosto de 1969, incorporando duas instituições de ensino superior centenárias: a Escola de Farmácia e a Escola de Minas. Conciliando tradição e modernidade, a UFOP expandiu-se com a criação de unidades acadêmicas e com a implantação de novos cursos. A UFOP oferecia, à época deste diagnóstico, 28 cursos de graduação, contando com 22 departamentos e 7 unidades acadêmicas, entre as quais o Centro de Educação Aberta e a Distância, que atualmente ministra o curso de Licenciatura em Educação Básica – Anos Iniciais e o curso de Especialização – Formação de Orientadores Acadêmicos para EAD, atuando em 13 pólos, em convênios com Prefeituras Municipais. A Instituição tem nove bibliotecas, distribuídas nos quatro campi. São 62 mil títulos e 101.688 volumes, excluídos os do Centro de Educação Aberta e a Distância. Além dessas, há a Biblioteca de Obras Raras, localizada na Escola de Minas no Centro Histórico, que conta com um acervo de 20 mil volumes. Entre eles, estão livros dos

séculos 18 e 19, de pesquisadores e naturalistas estrangeiros que estudaram o Brasil. Atualmente, a Biblioteca realiza o projeto de restauração de livros, financiado pela Empresa Gerdau Açominas. As atividades acadêmicas são coordenadas pelas Pró-Reitorias de Graduação, de Pesquisa e Pós-Graduação e de Extensão. O corpo docente conta com 335 professores com elevado índice de qualificação, dos quais 74% são doutores e 13% são mestres. O corpo técnico-administrativo é composto por 641 funcionários, sendo 111 de nível superior, 319 de nível médio e 211 de nível de apoio. Quanto ao corpo discente, são 8.289 alunos na graduação, sendo 3.617 na modalidade a distância. Na pós-graduação, são 250 alunos no mestrado, 52 no doutorado e 167 na especialização. Nos últimos anos, a UFOP realiza projetos destinados a transformá-la, dando-lhe

autonomia e independência, e contribuindo para o desenvolvimento econômico de Ouro Preto, Mariana e região. Com o Centro de Artes e Convenções, espaço de eventos criado em 2003 no antigo Parque Metalúrgico da Escola de Minas, a UFOP contribui para multiplicar a força econômica do turismo em Ouro Preto. Orientado para a cultura, a ciência e a Educação, o Centro de Artes e Convenções recebe seminários, espetáculos e shows de todo o país.

O desenvolvimento da Universidade também é refletido pelas atividades de pesquisa e pós-graduação. A política de capacitação de professores, a criação de cursos de pós-graduação e a montagem de diversos laboratórios financiados por órgãos como CNPq, Finep e Fapemig são os principais indicadores. Através do Núcleo de Pesquisa em Ciências Biológicas (Nupeb), que agrega professores de três unidades para pesquisa e ensino em pós-graduação, a UFOP está inserida na Rede Genoma do Estado de Minas Gerais. Uma das importantes parcerias firmadas pela UFOP acontece por meio da Rede Temática em Engenharia de Materiais (Redemat). A Rede, que integra a UFOP à Universidade Estadual de Minas Gerais (Uemg) e ao Centro Tecnológico de Minas Gerais (Cetec), oferece cursos de pós-graduação em nível de especialização, mestrado e doutorado. A Redemat possui laboratórios modernos, tradição em ensino e pesquisa e profissionais altamente qualificados, contando com um quadro de 30 professores doutores e mais de 140 alunos de várias empresas, universidades e institutos de pesquisa.

Evento anual de destaque relacionado à pesquisa, o Seminário de Iniciação Científica (SIC/UFOP) acontece desde 1993 e apresenta trabalhos de todo o Brasil. Eles estão divididos em cinco áreas: Ciências Aplicadas à Engenharia, Ciências Exatas e da Terra, Ciências da Vida e Ciências Humanas. Em 2003, o SIC contou com a participação de alunos de 52 instituições. Foram 800 trabalhos inscritos, sendo que 244 pertenceram a

alunos da UFOP.

A extensão universitária ajuda a formar cidadãos, permitindo a síntese entre teoria e prática. Um exemplo é o Projeto Rio Vivo, em que a Universidade estendeu suas fronteiras até o Vale do Jequitinhonha, atuando no combate à doença de Chagas, à desnutrição e realizando outras atividades entre 2000 e 2004. A comunidade ouropretana também ganha com projetos como o Laboratório Piloto de Análises Clínicas, que atende gratuitamente 60 pessoas por dia, realizando quatro mil exames por mês.

No Escritório Piloto da Escola de Minas, a população tem acesso a cursos de Soldagem Industrial, Prático de Obras e Supletivo 1º e 2º graus. Em 70 projetos relacionados ao Patrimônio Histórico, a UFOP propõe iniciativas para preservar a memória de Ouro Preto.

A UFOP busca trazer o século 21 a uma cidade com mais de 300 anos. A proposta de preservação se reafirma através de projetos como a Oficina de Cantaria, que recupera importantes monumentos históricos, e o Fórum das Artes, que promove a reflexão sobre artes e patrimônio. O Museu de Ciência e Técnica, o Museu de Pharmácia e o Observatório Astronômico são importantes centros de conservação da memória e da cultura que guardam um legado de conhecimento para a sociedade.

6.2 - DIAGNÓSTICO A seguir, apresentamos diagnóstico da UFOP em números, com o objetivo de retratar a dimensão de atendimento ao ensino superior no município no que se refere aos cursos oferecidos e número de alunos atendidos.

A) Em relação aos cursos oferecidos

Tabela 1Cursos de Graduação

CursoVa gas ( Vestibular 2004)

Tu rn oOferecidas Preenchidas

Engenharia Civil 60 60 D

Engenharia Geológica 40 40 D

Engenharia Metalúrgica 40 40 D

Engenharia de Minas 40 40 D

Engenharia de Produção 40 40 D

Engenharia Ambiental 30 30 D

Engenharia de Controle e Automação 30 30 D

Turismo 50 50 N

Direito 80 80 D e N

Farmácia 100 100 D

Letras 80 80 D e N

História 80 80 D e N

Ciência da Computação 30 30 D

Matemática 30 30 N

Ciências Biológicas 60 60 D e N

Física 25 25 D

Química 30 30 D

Filosofia 25 25 D e N

Artes Cênicas40 40 D e N

Música 25 25 D

Nutrição 70 70 D

Tabela 2Cursos de Pós- Graduação / Mestrado Acadêmico

Cursos Departamento/ Rede/Núcleo Alunos Matriculados

Ciências Biológicas NUPEB 54

Engenharia Civil DECIV 73

Engenharia de Materiais REDEMAT 114

Engenharia Mineral DEMIN 34

Evolução Crustal e Recursos Naturais DEGEO 40

Recursos Hídricos PRÓ-ÁGUA 38

TOTAL 353

Tabela 3Mestrado Profissional

Curso Departamento/ Rede/Núcleo Alunos Matriculados

Engenharia de Barragens DECIV 12

Sustentabilidade Socioeconômica e Ambiental REDEMAT -----

Total 12

Tabela 4Doutorado

Curso Departamento/ Rede/Núcleo Alunos Matriculados

Ciências Biológicas NUPEB 17

Engenharia de Materiais REDEMAT 20

Evolução Crustal e Recursos Naturais DEGEO 34

Engenharia Civil DECIV ----

TOTAL 71

Tabela 5Cursos de Especialização

Curso Departamento/ Rede/Núcleo

Alunos Matriculados

Citologia ClínicaDEACL -----

Ensino de Física DEFIS 21

Filosofia DEFIL 25

Educação Matemática DEMAT 15

Engenharia De Materiais REDEMAT 23

Logística Empresarial DEPRO 19

Gestão de Alimentos e Alimentação Coletiva DEALI 32

Ciências Biológicas NUPEB 42

Ensino de Astronomia DECAT 16

Tutoria em Educação À Distância CEAD 196

Análises Clínicas DEACL 22

Matemática DEMAT 09

Cultura e Arte Barroca IFAC 21

Gemologia DEGEO 05

Análise de Bacias Hidrográficas DEGEO -----

Arquitetura de Estruturas Metálicas DECIV 10

Práticas Pedagógicas CEAD -----

To t al 456

B) Em relação aos alunos atendidos

Tabela 6Evolução do atendimento do número de alunos na Graduação

Ano/

semestre

Alunos de Graduação

99/1 99/2 00/1 00/2 01/1 01/2 02/1 02/2 03/1 03/2

To t a l 3.079 3.224 3.474 4.983 5.013 5.693 7.305 8.208 8.146 8.416

Tabela 7Números de alunos de graduação oriundos da região

" Regiões" % do total dos alunos da UFOP No. de alunos da " região"

Ouro Preto e Mariana 19,4% (1em cada 5 alunos) 981

Ouro Preto, Mariana e municípios limítrofes 25,4% (1 em cada 4 alunos) 1.285

Tabela 8Evolução do número de alunos na Pós-Graduação

Alunos de Pós- Graduação

2001 2002 2003 2004 2005

Doutorado 38 47 52 69 71

Mestrado 195 294 258 304 365

Especialização 36 347 436 506 456

Total 269 688 746 879 892

7 - EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS - EJA 7.1 – INTRODUÇÃO O Município preserva um legado histórico de produções artístico-culturais que retratam uma época de opulência sem precedentes. Traços dessa efervescência cultural ao mesmo tempo em que se mesclavam com privações de liberdade desmedidas, projetavam no cenário nacional o fulgor dos desejos de garantia das liberdades substantivas. A expansão dessa liberdade alargaria as oportunidades sociais. A importância do desencadeamento dos diversos tipos de oportunidades sociais - Educação, participação política, assistência médica, e outras – se expressaria na formação de um indivíduo ativo, de um agente social cujo principal interesse seria o acalento de idéias emancipatórias. A partir do século 18, quando Vila Rica foi palco de um movimento que pensava as liberdades individuais, abriu os caminhos às aspirações com relação aos direitos - civis, políticos e sociais - para os dias de hoje, ainda que a

realidade social da atual Ouro Preto não esteja tão diferente. O potencial humano do Município permanece contido. Isso significa dizer que uma pequena proporção da capacidade de seus indivíduos é utilizada na sociedade. Ouro Preto apresenta ainda um alto índice de desemprego, bem como uma parcela bastante expressiva da população com baixa renda. Aliam-se a esses dados o fato de que as pesquisas e os estudos sobre a escolarização no município, ao desenharem seus resultados no Censo Demográfico de 2000, IBGE, apontam que 63,52% das pessoas com faixa etária de 21 a 24 anos e 75,45% das pessoas com faixa etária de 25 anos ou mais tem menos de 11 anos de estudo. Esses dados nos mostram um alto índice de analfabetismo funcional, algo acima de 60%. Além disso, menos de 30% dos alunos que terminam o ensino fundamental conseguem concluir o ensino médio e, destes, muitos poucos chegam à universidade. Como conseqüência direta, podemos inferir que grande parte da população no intervalo etário acima de 21 anos, caso deseje concluir seus estudos, estará no grupo compreendido entre aqueles que estão em defasagem escolar. Isso significa que a escola deverá buscar alternativas para se adequar a esta nova de escolarização. Levando em conta esta dimensão de análise, a Secretaria Municipal de Educação vem envidando esforços para compreender e configurar o campo de atuação na área da Educação de pessoas jovens e adultas que não tiveram a oportunidade de completar sua trajetória escolar no tempo considerado adequado. Para tanto, foi criada a coordenação da Educação de Jovens e Adultos (EJA) e, seu desdobramento subseqüente, a Câmara Temática de Educação de Jovens e Adultos, com vistas a elaborar o capítulo do Plano Decenal referente a esta modalidade de Educação.

7.2 - HISTORICO E DIAGNÓSTICO -Com relação ao histórico, entendemos aqui o que o Município vem desenvolvendo a partir de seus indicadores fixos, para esta modalidade de Educação.Tabela 1Indicadores fixos do Ensino Fundamental

Indicadores fi xos para a modalidade – Ensino Fu ndamental

Dias letivos 200 dias

Número de dias letivos semanais 05 dias

Número de semanas letivas 40 semanas

Carga horária diária 4 horas

Duração do módulo / aula 50 minutos.

Duração do recreio 15 minutos

Carga horária anual 800 h/a

Fonte: Dados fornecidos pelas Escolas Municipais.

O que se pode notar é que há uma transposição linear dos referenciais elaborados para o ensino fundamental dos cursos regulares, que geralmente seguem o padrão do ensino diurno. Sabendo que há uma defasagem idade/série, pergunta-se: um aluno trabalhador, com idade superior a 21 anos, teria o perfil para acompanhar um curso noturno com 4 horas/aula diariamente, com os mesmos conteúdos do ensino regular? Haveria necessidade de buscar correlacionar os dados para se elaborar uma propostaadequada de EJA?

Tais questões nos remetem a pensar em que medida haverá alguma correlação entre a modalidade de ensino oferecida com a taxa de evasão no curso noturno. Quando observamos o cruzamento dos dados com relação à localidade da escola – sede ou distrito –, total de alunos matriculados, perfil dos alunos e evasão, somos levados a crer que não são dados desprezíveis. Ao elegermos o grupo de alunos acima de 21 anos, entendemos que se trata de um grupo com uma trajetória com, pelo menos, três anos de interrupção. Isso significa dizer que o grupo geralmente compõe-se de trabalhadores que, não raras vezes,

precisam arcar com a subsistência própria ou da família, que desejam cumprir seu tempo escolar em um período menor, ou então não possuem um trabalho regular com relação ao horário.

Tabela 2Perfil de alunos EJA por escola, sede

1ª. a 4ª. Séries - Sede

Escolas Municipais Alunos Perfil dos Alunos Ta x a de

EvasãoPerfil Alunos

Evadidos Horário

Alfredo Baeta 16 16 alunos > 21anos 0 % - 18h00 às 22h00

Simão Lacerda 42 06 alunos < 21 anos

35,7 %

(15 alunos)

15 alunos > 21anos 17h30 às 21h30

Fonte: dados fornecidos pelas Escolas Municipais

Ainda que tenhamos somente duas escolas oferecendo o primeiro segmento do ensino fundamental, note-se que a procura é bastante significativa e que, acima de tudo, a evasão é recorrente no grupo de alunos com idade superior a 21 anos. Aliando o dado do horário das aulas, somos levados a pensar que o tempo escolar é um grande determinante na trajetória escolar.

Tabela 3Perfil de alunos EJA por escola, distritos

1ª A 4ª Séries - Distrito

Escolas Municipais

Alunos

Perfil dos Alunos

Ta x a de Evasão

Perfil Alunos Evadidos

Horário Fu ncionamento

Dr. Pedrosa 30 1 aluno < 21 anos

20 %

(6 alunos)

5 alunos > 21 anos

1 aluno < 21 anos18h00 às 22h00

Fonte: dados fornecidos pelas Escolas Municipais

Quando comparados os índices da oferta nos distritos, os dados permanecem apontando que os alunos maiores de 21 anos desistem de sua escolarização em maior número que os alunos com idade inferior. Note-se que o início da aula pode coincidir com o término do horário de trabalho. Se passarmos a observar o segundo segmento do ensino fundamental, com relação à sede, ainda que a oferta se amplie, as taxas de evasão continuam marcantes.

Tabela 4Perfil de alunos EJA por escola, sede, 5ª a 8ª serie

5ª. a 8ª. Séries - Sede

Escolas Municipais

To t a l de Alunos Perfil dos Alunos Ta x a de

EvasãoPerfil Alunos

Evadidos

Horário Fu ncionamento

Isaura Mendes 120

57 alunos < 21 anos

63 alunos > 21 anos48,3 %

31 alunos > 21 anos

27 alunos < 21 anos18h15 às 22h10

Juventina Drummond 95

72 alunos < 21 anos

23 alunos > 21 anos36 %

25 alunos > 21 anos

10 alunos < 21 anos17h50 às 22h10

Monsenhor João Castilho Barbosa

28651 alunos < 21 anos

235 alunos > 21 anos32,8 %

alunos > 21 anos18h15 às 22h10

Padre Carmélio 159

66 alunos < 21 anos

93 alunos > 21 anos39,6 %

21 alunos < 21 anos

42 alunos > 21 anos18h00 às 22h00

Fonte: Dados fornecidos pelas Escolas Municipais

Cabe analisar aqui que o Município tem ampliado sua oferta de classes de 5ª a 8ª séries. Porém, o aluno da EJA, com suas especificidades, não tem conseguido completar sua trajetória. É um dado real a demanda de um repensar sobre esta oferta sob todos os ângulos, a começar pela estrutura. Se a sede é marcada pela desistência do aluno, estarão as escolas dos distritos vivendo esta mesma realidade?

Tabela 5Perfil de alunos EJA por escola, distritos, 5ª a 8ª série

5ª a 8ª Séries – Distrito

Escolas Municipais

To t a l de

AlunosPerfil dos Alunos

Ta x a

de Evasão

Perfil Alunos

Evadidos

Horário

Haydée Antunes 248

135 alunos < 21 anos

113 alunos > 21 anos12 %

5 alunos > 21anos

1 aluno < 21 anos18h às 22h

Monsenhor Rafael 57

8 alunos < 21 anos

49 alunos > 21 anos22,8%

12 > 21 anos

1 aluno < 21 anos18h às 22h

Fonte: Dados fornecidos pelas Escolas Municipais O distrito de Cachoeira do Campo apresenta uma realidade distinta, pois seus alunos, em maior número, estão fora do grupo acima de 21 anos. Todavia, mesmo se tratando de alunos mais jovens, há uma evasão presente no grupo em questão. Tabela 6 - Números finais

Números Finais

Total de alunos Total de alunos evadidos Taxa de evasão

1.053 Alunos 314 Alunos 29,9 %

Diante da comprovada taxa de evasão de alunos maiores de 21 anos, conclui-se pela necessidade de se criarem alternativas para atender aos alunos maiores, que por suas especificidades como horário e jornada de trabalho, interesses e formação, exigem da escola uma proposta alternativa de Educação. Para uma análise comparativa, podemos tomar os dados de matrícula do corrente, no qual está incluída a participação do Programa de Alfabetização Solidária – uma parceria com a Prefeitura Municipal, a iniciativa privada e a UFOP - um projeto que se preocupa em emergir o aluno para a etapa inicial de escolarização. Tabela 7

Matrículas da Educação de Jovens e Adultos em Cursos Presenciais Etapas da Educação Básica

Dependência Categoria N° alunos

N° salas N° Alunos por turma N°

ProfessoresTa x a

Evasão

Alfabetização Solidária 15 15

EM Alfredo Baeta 1ª a 4ª 16 1 8/2ª, 3/3ª, 5/4ª 1 16

EM Simão Lacerda 1ª a 4ª 42 2 1 sala/3ª, 1 sala/4ª 2 42

EM Isaura Mendes5ª a 8ª 120 4 1/5ª,1/6ª,1/7ª,1/8ª 8 120

EM Mons.João Castilho5ª a 8ª 286 8 2/5ª,2/6ª,2/7ª,2/8ª 19 286

EM Pe. Carmélio5ª a 8ª 159 6 1/5ª,3/6ª,1/7ª,1/8ª 10 159

EM Haydée Antunes5ª a 8ª 248 8 - 12 248

To t a l: 9 escolas 1.053 52 - 82 29,9%

Fonte: Dados fornecidos pelas Escolas Municipais

7.3 CONCEPÇÃO DE EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS O Município concebe a Educação de jovens e adultos no âmbito do direito. Portanto, esta modalidade de Educação deve fazer parte da política global do Município e da sociedade ouropretana, de forma a dar maior qualidade e equidade aos sistemas educativos da região. Concebe também que deve fortalecer o desenvolvimento de políticas de EJA como

parte das estratégias destinadas à formação integral voltada para o desenvolvimento

de capacidades e competências adequadas para enfrentar, no marco do

desenvolvimento sustentável, as transformações pelas quais a região passa nos

campos da produção e da comunicação, de modo a eliminar as formas de exclusão e

discriminação.

E concebe, ainda, que deve desenvolver a EJA segundo um enfoque intercultural de

Educação para o exercício da cidadania democrática, com forte orientação para a

formação humana, fortalecendo assim os direitos humanos, a justiça social, a Educação

ambiental e a não discriminação por razões de gênero, cultura etc.

8 - EDUCAÇÃO ESPECIAL A Educação Especial foi desenvolvida para auxiliar os alunos portadores de necessidades especiais a adquirir as habilidades, competências e conhecimentos que eles necessitam para tornarem-se participantes ativos da sociedade. Porém, a Educação Especial ainda é muito criticada por não atingir muitos dos objetivos propostos, por ter um custo muito elevado, por ser uma fonte de problemas disciplinares nas escolas, e muitas vezes por causar problemas administrativos. De acordo com Mazzotta (1996), a Educação Especial é:

“... uma modalidade de ensino que se caracteriza por um conjunto de recursos e serviços educacionais especiais, organizados para apoiar, suplementar e, em alguns casos substituir os serviços educacionais comuns, de modo a garantir a Educação formal dos educandos que apresentem necessidades educacionais muito diferentes das da maioria das crianças e jovens. Tais educandos, também denominada de "excepcionais" são justamente aqueles que hoje tem sido chamados de "alunos com necessidades educacionais especiais". Entende-se que tais necessidades educacionais especiais decorrem da defrontação das

condições individuais do aluno com as condições gerais da Educação formal que lhe é oferecida (p.11).”

A atual Lei de Diretrizes e Bases para a Educação Nacional, de 20/12/1996, trata, especificamente, no Capítulo V, da Educação Especial. Esta lei define a Educação Especial como uma modalidade de Educação escolar oferecida preferencialmente na rede regular de ensino, para as pessoas com necessidades educacionais especiais. Assim, esta lei perpassa todos os níveis de ensino, da Educação Infantil ao Ensino Superior.

8.1 - EDUCAÇÃO INCLUSIVA

A Educação Inclusiva é atualmente um dos maiores desafios do sistema educacional brasileiro. Criados na década de 70, os pressupostos da Educação Inclusiva fundamentam vários programas e projetos da Educação.

A Educação Inclusiva é o processo de inclusão dos portadores de necessidades especiais ou de distúrbios de aprendizagem na rede pública de ensino em todos os graus. Na escola com Educação inclusiva, o processo educativo é um processo social, pois os alunos portadores de necessidades especiais e de distúrbios de aprendizagem têm direito à mesma escolarizacão que é destinada aos alunos de salas regulares.

Assim, o principal objetivo a ser alcançado com a Educação inclusiva é a integração do aluno portador de necessidades especiais na comunidade. Nesta perspectiva, o processo de inclusão é um processo educacional que tem como objetivo otimizar a capacidade de aprendizagem do aluno portador de necessidades especiais nas salas de aulas regulares. O processo de inclusão e integração dos alunos portadores de necessidades especiais requer o suporte dos serviços prestados pela Educação Especial, bem com o apoio dos profissionais desta área. Este é um processo contínuo, que está em constante reformulação e que necessita ser revisado e reformulado periodicamente.

8.2 - LEGISLAÇÃOEm termos constitucionais, a situação da pessoa portadora de necessidades especiais, no Brasil, parece ser adequada aos fins propostos. De acordo com a lei 7.853, de 24 de outubro de 1989, que dispõe sobre o apoio às pessoas portadoras de deficiência, está assegurado a elas o pleno exercício dos direitos individuais e sociais, além de sua efetiva integração social.

Dentro destes termos, são considerados os valores básicos de igualdade de tratamento e oportunidade, da justiça social, do respeito à dignidade da pessoa humana, do bem-estar, e outros, indicados na Constituição ou justificados pelos princípios gerais de direito. Assim, algumas providências básicas e gerais devem ser urgentemente consideradas nas seguintes áreas:

• Educação: em relação ao sistema educacional brasileiro, a própria Constituição Federal de 1988 garante, no artigo 5º, que a “Educação é um direito de todos e um dever do Estado”. Assim, destaca-se a oferta,

obrigatória e gratuita, da Educação Especial em estabelecimentos públicos e de ensino.

Saúde: destaca-se a garantia de atendimento domiciliar de saúde aos portadores de deficiências graves e que não estão internados.Profissional: destaca-se a promoção de ações eficazes que propiciem a inserção, nos setores público e privado, de pessoas portadoras de deficiência.Edificações: destaca-se a adoção e a efetiva execução de normas que garantam a funcionalidade das edificações e vias públicas, facilitando o acesso dos deficientes a edifícios, locais coletivos e meios de transporte.

Existem outras leis, decretos, portarias, resoluções e pareceres que tratam da integração e da inclusão escolar e social das pessoas com necessidades especiais em relação à participação efetiva destas pessoas em todos os setores da sociedade brasileira. No entanto, é necessário que um trabalho de conscientização política e social seja desenvolvido junto à sociedade brasileira, no que se refere à aplicação, ao impacto e a efetividade destas leis nos meios sociais, pois a própria realidade sistêmica brasileira ainda não garante totalmente estes direitos.

8.3 - DADOS ESTATÍSTICOS Os dados estatísticos apresentados foram obtidos de duas fontes: 1) Das páginas oficiais do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) e são relativos ao censo demográfico de 2000. Para este censo, os dados foram colhidos por amostragem, ou seja, os recenseadores utilizaram questionários completos (os quais incluíam as perguntas sobre as pessoas portadoras de necessidades especiais) e entrevistaram moradores de cada dez domicílios visitados. Portanto, estes dados refletem somente uma amostragem da população brasileira, e não refletem a totalidade das pessoas portadoras de necessidades especiais no país. 2) Das páginas oficiais do INEP (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira) e são relativos ao censo escolar de 2005. Para este censo, os

questionários são utilizados para a coleta de dados em todas as escolas da Educação Básica do país. O preenchimento do questionário é obrigatório, inclusive para as instituições privadas. Os dados obtidos no censo escolar servem para subsidiar as ações dos governos municipal, estadual e federal na melhoria da qualidade e da produtividade do sistema educacional brasileiro.

Tabela 1Pessoas Portadoras de Necessidades Especiais

População To t a l Pessoas Portadoras de Necessidades Especiais Po rcentagem (%)

Brasil 169.872.856 24.600.256 14,48%Minas Gerais 17.905.135 2.667.709 14,90%Ouro Preto 66.277 8.068 12,17%Censo Demográfico - 2000

Tabela 2Educação Especial

To t a l de alunos incluídos em

Educação Especial no

Ensino Fu ndamental

To t a l de alunos com

Necessidades Especiais em idade escolar

no Ensino Fu ndamental

Po rcentagem

Matrículas

Ensino Fu ndamental To t a l

Brasil 216.548 1.960.971 11.04% 202.761 378.074

MG 31.374 188.293 16.67% 34.729 58.365

Ouro Preto 49 488 10.04% 00 126

Censo Escolar – 2005 O censo brasileiro de 2000 também indicou que aproximadamente 10 milhões de brasileiros possuem mais de uma deficiência. Apesar dos dados do Censo, ainda é difícil encontrar alunos com necessidades especiais nas escolas regulares de Ouro Preto. A APAE não dispõe desses dados, mas alguns alunos saem de Ouro Preto e são atendidos em cidades próximas. Três alunos freqüentam escolas regulares e a APAE. 9 - ENSINO PROFISSIONALIZANTE

A Educação Profissional em Ouro nasceu com a criação da Escola Técnica. Entre o cenário setecentista de Ouro Preto, a primeira no Brasil a ser inscrita pela Unesco na lista do Patrimônio da Humanidade, surgiu a ETFOP – Escola Técnica Federal de Ouro Preto, instituição de ensino que há 60 anos prepara cidadãos que constroem o desenvolvimento do país.

Desde 1944 sua meta é formar e qualificar profissionais em vários níveis e modalidades de ensino para os mais diversos setores da economia, realizando

pesquisas para o desenvolvimento tecnológico de novos processos, produtos e serviços, em estreita articulação com os setores produtivos e a sociedade. Hoje com infra-estrutura arrojada, oficinas e laboratórios equipados para pesquisa e aprofundamento dos estudos, a antiga ETFOP virou CEFET Ouro Preto e atende cerca de 3 mil alunos. A experiência e a confiabilidade da instituição justificam a qualidade de seus cursos de nível técnico e superior, que se renovam a cada ano para acompanhar a evolução dos tempos. Assim, o aluno recebe a formação necessária para enfrentar os desafios do mundo moderno e do mercado de trabalho. No campo social, a comunidade escolar tem acesso a serviços e projetos que envolvem habitação, material escolar, trabalho e saúde. A instituição mantém convênios e parcerias com empresas públicas e privadas, viabilizando oportunidades de intercâmbio de informações e aprimoramento de currículos, realização de estágios, visitas técnicas, prestação de serviços e empregos para os ex-alunos.

9.1 - DIAGNÓSTICO Durante as reuniões da Câmara Temática de Educação Profissional para elaboração do PMDE, somente o CEFET Ouro Preto compareceu. Vários contatos foram feitos com a FAOP, a Escola de Enfermagem Eurípedes Barsanulfo e a Fundação Antonio Francisco Lisboa, na tentativa de garantir a participação de todos. Dessa forma, as discussões se limitaram às alternativas de Educação no CEFET e aos mecanismos de aproximação do CEFET com os alunos da rede pública. Muito se falou da necessidade de o CEFET desenvolver programa de visitas orientadas para os alunos da rede pública para resgatar o encantamento e o desejo de ser um aluno daquele estabelecimento. Seguem abaixo os dados das instituições.

9.2 - DADOS DE 2005 O CEFET contava, em 2005, na sede de Ouro Preto, 118 professores efetivos e 18

professores substitutos, todos eles selecionados por concurso público.

Tabela 1Cursos técnicos

Cursos na SedeNO de Tu rm as Alunos

Té c n ico de Nível Médio Integrado

Instrumentação Eletrônica e Controle de Processos Oito: 6 diurno e 2 noturno 227

Metalurgia Doze: 7 diurno e 5 noturno 377

Mineração Treze: 8 diurno e 5 noturno 361

Edificações Dez: 7 diurno e 3 noturno 270

Té c n ico Pós-Médio

Meio Ambiente Três: 2 vesp. e 1 notur. 90

Segurança do Trabalho Quatro: 4 noturno 122

Turismo Quatro: 4 noturno 131

Qualificação de Nível Básico

Gemologia Uma: 1 noturno 8

Ourivesaria Manual Uma: 1 noturno 14

Superior de Te c nologia

Tecnologia em Qualidade do Trabalho Três: 2 vesp. e 1 not. 108

To t a l 61 turmas 1769

Apesar de uma excelente infra-estrutura, o CEFET enfrenta desafios para atender uma demanda maior da comunidade como: a pouca disponibilização de vagas para professores pelo governo Federal, áreas de ensino sobrecarregadas e outras que poderiam ser mais bem aproveitadas se fossem desenvolvidas pesquisas de demanda em Ouro Preto e aprovadas pelo Governo Federal. Sugere-se, quando da implementação do PMDE, a pesquisa, pela Comissão de Coordenação do Plano, de demanda junto às escolas públicas de Ouro Preto para se oferecer cursos que atendam às necessidades de capacitação para o trabalho e a

negociação com o Governo Federal. O CEFET possui o seu PDI previsto para 5 anos, elaborado coletivamente em fins de 2004 pelas coordenações de cursos e áreas básicas, a vigorar a partir de 2005. Diante disso, abre-se aos ouro-pretanos, a partir da existência e implementação do Plano Decenal de Educação, a possibilidade de inclusão em sua grade de cursos de novas oportunidades de formação.

Tabela 2Cursos técnicos particulares

Escola Técnica Eurípedes Barsanulfo No de Turmas Alunos

Técnico Pós-Médio

Enfermagem 05 175

Técnico em Nutrição e Dietética 02 58

Total 07 233

A Fundação Antonio Francisco Lisboa não forneceu os dados solicitados pelo Coordenador da Câmara Temática nem compareceu às reuniões de planejamento para a Educação Profissional em Ouro Preto. 10 - VALORIZAÇÃO DO MAGISTÉRIO A Educação é um processo em longo prazo e implica, portanto, uma estratégia política. A formação e a valorização dos profissionais de Educação requerem um conjunto articulado de políticas que envolvem o Poder Público, a iniciativa privada do setor educacional, a Escola, a Comunidade Escolar, as entidades representativas em Educação e os próprios educadores. O êxito deste complexo processo depende, além de iniciativas do Poder Público e da iniciativa privada, da gestão da escola e principalmente, da vontade do profissional da Educação. Tabela 1Funções Docentes existentes na Rede Municipal de Ensino/2006

Fu nções Efetivos Contratados To t a l

Educação Infantil (creche) 44 08 52

Educação Infantil (pré-escola) 94 13 102

Ensino Fundamental I 275 14 289

Ensino Fundamental II e EJA 196 81 277

Tabela 2Pessoal não-docente da Rede Municipal de Ensino/2006

Fu nções Efetivos Contratados To t a l

Diretor 23 2 25

Vice-diretor 35 3 38

Coordenador 15 - 15

Pedagogo 20 2 22

Agente Administrativo 23 23 46

Secretário / Assistente 37 3 40

Auxiliar de biblioteca 2 1 03

Serviços Gerais 248 111 359

Total 403 140 548

Tabela 3Cargos e Salários do Quadro de Magistério de Rede Municipal de Ensino/2007

Cargo Piso Inicial (R$)

Professor P1 600,00 + 250,00 *

Professor P2 800,00 + 250,00 *

Pedagogo 1.400,00

Agente Administrativo 600,00

Diretor até 700 alunos Gratificação de 540,00**

Diretor + de 700 alunos Gratificação de 750,00**

Vice-diretor Gratificação de 270,00**

Secretário/Assistente 600,00

* gratificação de regência ** mais o salário de professor

11 - FINANCIAMENTO E GESTÃO

O longo período de recessão e de instabilidade econômica vivido nas últimas décadas trouxe como conseqüência reduções nas receitas fiscais e, conseqüentemente, nos gastos públicos com a Educação. Este quadro agravou-se em virtude da conjuntura política e econômica mundial. Além deste aspecto, a ausência de critérios claramente estabelecidos e de controles efetivos na alocação e distribuição dos recursos tem permitido a persistência do clientelismo e do favoritismo, contribuindo para as desigualdades de oferta. A centralização existente na gestão dos sistemas de ensino tem levado a que grande parte dos recursos destinados à Educação acabe por financiar as macroestruturas, chegando poucos recursos às escolas.

A Educação Básica no Brasil está assim estruturada:

DISTRIBUIÇÃO DOS RECURSOS DA EDUCAÇÃO:

Fontes de financiamento: as vinculações constitucionais exigidas pela Constituição Federal de 1988, em seu artigo 212, formam a grande fonte de recursos para o financiamento da Educação básica em nosso País.

Essas vinculações se referem ao FUNDEF e Salário Educação.

O Salário Educação é uma fonte suplementar de recursos voltada para o Ensino Fundamental. Tem origem na incidência sobre as folhas de pagamento das empresas e tem sido uma contribuição valiosa para a Educação.

Muito se fala sobre as fontes e a escassez dos recursos para a Educação. É necessário alertar para a melhor aplicação dos recursos. Fruto de uma legislação falha, que obrigava principalmente o Município a aplicar 25%

das receitas oriundas de seus impostos e transferências na Educação sem que fossem definidas as atribuições de cada segmento do governo, o que temos, ainda hoje, é uma dispersão de escolas nos distritos, com turmas formadas por poucos alunos em sala de aula. Isto gera uma necessidade maior de pessoal, trazendo sérios prejuízos à remuneração dos profissionais que atuam no magistério. Tabela 1Dados Financeiros do Município – 2006Receitas de impostos e transferências vinculadas a manutenção e desenvolvimento do ensino - MDE R$ 84.392.260,30

Educação (25% ou mais) 28,53% R$ 24.788.094,60

Despesa liquidada na Manutenção e Desenvolvimento por habitante R$ 366,06

Receita realizada vinculada ao FUNDEF R$ 7.264.097,11

Despesa liquidada no FUNDEF R$ 7.443.852,37

Recursos aplicados no Ensino Fundamental R$ 16.448.490,64

Gasto anual do Ensino Fundamental por aluno R$ 2.526,26

Gasto anual da Educação Infantil por aluno R$ 607,13

Gasto com remuneração dos Profissionais do Magistério do Ensino Fundamental do FUNDEF (mínimo 60%)

Alíquota: 94,68%

Valor: R$ 6.877.558,33

Demais despesas com manutenção e desenvolvimento do Ensino Fundamental (máximo 40%)

Alíquota: 7,79%

Valor: R$ 566.294,04

Fonte: SIOPE-2006

Tabela 2Dados Financeiros do Município projetando o FUNDEB Receitas de impostos e transferências vinculadas a manutenção e desenvolvimento do ensino - MDE R$ 87.288.807,52

Educação (25% ou mais) 28,59% R$ 24.955.870,06

Despesa liquidada na Manutenção e Desenvolvimento por habitante R$ 368,53

Receita realizada vinculada ao FUNDEB R$ 9.222.012,13

Despesa liquidada no FUNDEB R$ 9.222.011,00

Recursos aplicados no Ensino Fundamental R$ 19.443.119,56

Gasto anual do Ensino Fundamental por aluno R$ 2.986,19

Gasto anual da Educação Infantil por aluno R$ 738,50

Gasto com remuneração dos Profissionais do Magistério do Ensino Fundamental do FUNDEB (mínimo 60%)

Alíquota: 60 %

Valor: R$ 5.553.207,27

Demais despesas com manutenção e desenvolvimento do Ensino Fundamental (máximo 40%)

Alíquota: 40 %

Valor: R$ 3.688.804,85

Tabela 3Demonstrativo da Receita Destinada à Educação e dos Percentuais de Recursos Aplicados no Período de 1998 a 2005

Demonstrativo das Receitas Municipais da Educação

Ano Receita da Educação % Aplicado na Educação

2000 8.712.874,80 29,53%

2001 10.288.200,83 33,83%

2002 13.546.044,04 33,53%

2003 15.201,580,80 29,45%

2004 19.408.709,49 31,75%

2005 20.675.253,04 26,11%

2006 24.788.094,60 28,53%

Fonte: Tribunal de Contas – 2005 e SIOPE-2006

Tabela 4Demonstrativo da Origem das Receitas do Município/2006

FonteVa lor (R$)

Orçamento total do Município (realizado) 84.392.260,30

Recursos mínimos para a Educação (25%) 21.098.065,07

Recursos do FUNDEF 7.264.097,11

Recursos do Programa Dinheiro Direito na Escola (FNDE/PDDE) 61.330,60

Recursos do Programa de Merenda Escolar 243.132,40

Recursos Salário Educação 746.368,20

Outros – PNATE e EJA 134.236,83

To t a l113.939.490,51

Fonte:SIOPE/2006

Tabela 4Demonstrativo dos Maiores Investimentos em Educação/2006

Natureza da despesa Gasto anual (R$)

% em

relação à

despesa anual

da SME

% em relação à

receita originária

de impostos

Pessoal (Vencimentos, vantagens, encargos, obrigações) 10.089.010,95 40,70 11,95

Assistência ao servidor (tíquetes, salário família, Pasep etc.) 133.101,01 1,53 0,15

Serviços Pessoais de Terceiros e Encargos 1.090.255,42 4,40 1,29

Transporte Escolar 1,523.730,30 6,14 1,80

Material de Consumo + Material Didático 422.681,65 1,70 0,50

Equipamentos e material permanente 1.113.766,64 4,50 1,31

Outros

To t a l

Fonte: demonstrativo da aplicação dos recursos na Manutenção e Desenvolvimento do Ensino/2006.

Tabela 5Investimento Transporte Escolar, por Zona e Rede 2003

Zona Rede Estadual Rede Municipal Custo médio Mensal Custo Anual

UR$ 630.032,00 R$ 1.712.080,90

R$ 212.914,36 R$ 2.342.113,00R

Total R$ 2.342.113,00

Custo por AlunoR$ 54,59

R$ 600,54

Com base nos dados, constatamos que em 2006:

§ As despesas de Manutenção de Desenvolvimento do Ensino representaram 28,53% dos Impostos e Transferências Constitucionais e Legais;

Os gastos com remuneração dos profissionais do magistério do Ensino Fundamental representaram 94,67% da receita do FUNDEF (mínimo de 60% do FUNDEF);As demais despensas com manutenção de desenvolvimento do Ensino Fundamental representaram 5,32% da receita vinculada ao FUNDEF (máximo de 40% do FUNDEF);O gasto por aluno no Ensino Fundamental foi de R$ 2.536,26;O gasto por aluno na Educação infantil foi de R$ 607,13.

ANEXO 3OBJETIVOS E DIRETRIZES

1. Objetivos Gerais do PMDE

Os objetivos gerais do PMDE de Ouro Preto coincidem com os objetivos do Plano Nacional de Educação e os seus objetivos podem ser enunciados a partir dos desafios por ele colocados aos municípios:

• Ampliação do atendimento e promoção da eqüidade.Busca da eficiência, melhoria da qualidade da Educação e valorização do magistério.

Ampliação dos recursos para melhoria e desenvolvimento da Educação e acompanhamento e controle social.

• Descentralização, autonomia da escola e participação da sociedade na gestão educacional.

2. Diretrizes Gerais para a Educação Municipal

“Diretrizes são linhas gerais que, assumidas como dimensões normativas, tornam-se reguladoras de um caminho consensual, conquanto não fechado e que historicamente possa vir a ter um outro percurso alternativo para se atingir uma finalidade maior. Nascidas no dissenso, unificadas pelo diálogo, elas não são uniformes, não são toda a verdade, podem ser traduzidas em diferentes programas e, como toda e qualquer realidade, não são uma forma acabada de ser” (Cury, 2002).

Nesse contexto, estabelecem-se as seguintes diretrizes gerais para a Educação Municipal:

l A Educação e o cuidado com as crianças de 0 a 5 anos são de responsabilidade exclusiva da Secretaria Municipal de Educação de Ouro Preto.

A Educação Infantil (creche e pré-escola) no Município de Ouro Preto deve pautar-se pela indissociabilidade entre o cuidado e a Educação.

A Educação Escolar tem função diferenciada e complementar à ação da família, o que implica uma profunda, permanente e articulada comunicação entre elas.

l A garantia de padrões de infra-estrutura para o funcionamento adequado das instituições de Educação Infantil e Ensino Fundamental do Município de Ouro Preto, em consonância com os padrões mínimos nacionais, que, respeitando as diversidades regionais, assegurem o atendimento às características e às necessidades do processo educativo quanto a:

ü Espaço interno, com iluminação, insolação, ventilação, visão para o espaço externo, rede elétrica e segurança, água potável, esgotamento sanitário;ü Instalações sanitárias e para higiene das crianças e adolescentes;

Ambiente interno e externo para o desenvolvimento das atividades, conforme as diretrizes curriculares e a metodologia da Educação Infantil e Ensino Fundamental, incluindo o repouso, a expressão livre, o movimento, o brinquedo, aulas práticas, biblioteca, laboratório etc.

Mobiliário, equipamentos e materiais pedagógicos;

Adequação às características das pessoas com necessidades educacionais especiais.

l A expansão do atendimento na Educação Infantil deverá ocorrer desde que realizada na plenitude e na obrigatoriedade constitucional do Município, do Estado e da Federação.

A garantia do cumprimento, em áreas não urbanas, das diretrizes operacionais vigentes para a Educação Infantil nas escolas do campo, deve assegurar os seguintes aspectos:

ü Direcionamento das atividades curriculares e pedagógicos para um projeto de desenvolvimento sustentável.

Desenvolvimento de propostas pedagógicas que valorizem, na organização do ensino, a diversidade cultural e os processos de interação e transformação do campo, a gestão democrática, o acesso ao avanço científico e

tecnológico e respectivas contribuições para a melhoria das condições de vida e a fidelidade aos princípios éticos que norteiam a convivência solidária e colaborativa nas sociedades democráticas.

Observância das especificidades do campo no atendimento das exigências de materiais didáticos, equipamentos, laboratórios e condições de deslocamento dos alunos e professores, apenas quando o atendimento escolar não puder ser assegurado diretamente nas comunidades rurais.

l O processo de seleção e admissão de professores e demais profissionais que atuam na Educação dar-se-á por meio de concurso público. Deve-se assegurar a formação específica na área e mínima exigida por lei.

A formação inicial e continuada dos professores e demais profissionais que atuam na Educação são direitos e devem ser assegurados, de modo a garantir a qualificação específica para desempenho de suas funções.

A garantia, nos programas de formação continuada dos professores e demais profissionais que atuam na Educação, da presença dos conhecimentos específicos da área de Educação Especial, necessários para a inclusão, nas instituições de Educação, de alunos com necessidades educacionais especiais.

l Efetivação de parcerias com a Sociedade Civil e a iniciativa privada visando a implantação de uma política pública para a primeira infância.

Articulação da Educação com outros setores públicos: Saúde, Assistência Social, Esportes e outros visando o cumprimento das funções de educar e cuidar.

Implementação de medidas econômicas relativas aos recursos financeiros necessários e medidas administrativas para a articulação dos setores da política social envolvidos no atendimento dos direitos e necessidades das crianças e adolescentes.

Implementação, pela Secretaria Municipal de Educação juntamente com as instituições de Educação, de sistema de avaliação permanente da qualidade da Educação e de sistema de informações estatísticas e de divulgação das avaliações da política e dos resultados das ações político-pedagógicas da Educação.

l Articulação da Educação Infantil com o Ensino Fundamental, de forma que se evite o impacto da passagem de um período para o outro em respeito às culturas infantis e garantindo uma política de temporalidade da infância.

3. Pilares de sustentação do PMDE

Ficam definidos os seguintes princípios como pilares de sustentação do PMDE:

• Garantia de Infra-estrutura das Escolas para criar o ambiente propício à Educação,

transformando a escola num espaço de construção de sujeitos autônomos;

• Valorização e Capacitação de Educadores e Gestores para que se sintam incluídos num processo maior de Educação e valorização e desenvolvam novos padrões de gestão escolar. Todos aqueles que interagem com os alunos são também educadores. Professores, funcionários, auxiliares, vigilantes, cada um dentro da especificidade de sua tarefa e sua atuação na escola, devem ser integrados, recebendo o reconhecimento e as orientações da Secretaria Municipal de Educação.

• Transversalidade Através das Diretrizes Municipais, que não se constituirão, de forma alguma, em disciplinas isoladas, mas que deverão perpassar conhecimentos, posturas e refletir-se nas atitudes de todos os educadores e alunos.

• Expansão com Qualidade e com Parcerias, pois o governo sozinho não é capaz de promover as mudanças necessárias. As propostas precisam estar articuladas, especialmente com os organismos governamentais, com a sociedade civil organizada, estabelecendo portanto, uma relação dialética em que somos todos,

educadores e educandos. A intervenção no processo didático-pedagógico se completa na escola, com a participação das famílias.

4. Princípios norteadores da Prática Pedagógica Considerando o “letramento” o grande eixo estruturador da proposta de Educação, ficam definidos os seguintes princípios norteadores da prática pedagógica dos profissionais da Educação:

• Do Documento Educação para Todos, de Jontien: saber, saber fazer, saber ser, saber conviver e aprender a conviver.

O referencial teórico-metodológico prioriza os conceitos de identidade e historicidade, interação e construção coletiva.

Adota a transversalidade para se alcançar a transdisciplinaridade.

Reconhece que, no relacionamento escola/aluno, levam-se em conta todos os profissionais da escola, desde o porteiro até o diretor, como agentes que participam no processo ensino/aprendizagem e na construção do conhecimento e devem, portanto, receber a mesma atenção no processo de valorização, formação continuada em serviço e condições dignas de trabalho.

Reconhece que a garantia de condições mínimas de infra-estrutura para o funcionamento das escolas é componente fundamental do currículo escolar;

5. Princípios gerais Nessa perspectiva, compete aos profissionais da escola conhecer e apoiar sua prática pedagógica nos quatro pilares da Educação (aprender a ser, aprender a conhecer, aprender a fazer e aprender a conviver), priorizando a preparação de cidadãs e cidadãos atuantes no seio de uma sociedade multicultural e pluriétnica, capazes de construir uma nação democrática a partir:

• Do resgate do cidadão ouro-pretano como patrimônio maior;

Da compreensão de que a sociedade ouro-pretana é formada por pessoas que se identificam como pertencentes a grupos étnico-raciais distintos, que possuem cultura e história próprias, igualmente valiosas e que, em conjunto, constroem sua história em Minas Gerais e no Brasil;

Da co-responsabilidade para como patrimônio humano, natural e cultural;

Da valorização e democratização das informações histórico-culturais dos povos que nos formaram, incentivando o sentimento de amor à cidade;

Da valorização da cultura local (casos, lendas, culinárias e lideranças);

Do desenvolvimento do senso crítico coletivo, que culminará numa nova forma de reconhecer a diversidade cultural e social;

• Do desencadeamento de processos de afirmação de identidade, bem como da

rediscussão das historicidades negadas, propondo a ruptura de imagens negativas, forjadas pelos diferentes meios de comunicação, contra negros e indígenas.

6. Prioridades do PMDE Considerando-se a necessidade de políticas municipais de investimento efetivo na melhoria da qualidade da Educação e valorização de seus profissionais, evidenciada pelo seu diagnóstico educacional, pelas expectativas da sua população e pela escassez de recursos, o Plano Municipal aponta como prioridades:

• Melhorar a qualidade em todos os níveis de ensino. Elevando o nível de escolaridade da população como alternativa para diminuir as desigualdades sociais, reduzindo a defasagem idade / série e garantindo o acesso a todos - Educação Inclusiva.

Garantir a participação das escolas em sistemas de avaliação externa: SIMAVE, Prova Brasil ou equivalentes.

Construir o Referencial Curricular Municipal para subsidiar PPP das escolas.

Valorizar os profissionais da Educação.

Dotar as escolas com Infra-estrutura mínima conforme a lei.

Racionalizar a oferta do transporte escolar na Rede Pública.

Ampliar progressivamente a jornada escolar.

Ampliar a oferta da Educação Infantil.

• Democratizar a gestão com elaboração, implementação e avaliação do Projeto Político Pedagógico.

7. Diretrizes para a Educação Profissional

• A Educação Profissional deverá ser oferecida em benefício de estudantes residentes

em Ouro Preto, envolvendo a colaboração entre o Estado, o Município, o Sistema S, as Instituições de Ensino Profissional e empresas privadas, com a colaboração da União.

Complementaridade entre “Terceiro Setor” e iniciativa privada.

Oferta de cursos segundo estudos sobre vocações econômicas locais e da Região, e de tendências e oportunidades de mercado.

Manutenção do Fórum de Educação Profissional de Ouro Preto, sob a coordenação da Secretaria Municipal de Educação, com a finalidade de avaliar a política geral de Educação Profissional e sua execução, e de propor melhorias.

As IEP locais terão lugar e participarão do Conselho Municipal de Educação de Ouro Preto.

8. Diretrizes para a Valorização do Magistério

• Formação profissional inicial, permanente e continuada de todos os profissionais,

implementada de forma articulada nas três redes e em serviço.

• Planos de Carreira no âmbito funcional e salarial, em todas as redes de ensino, respeitando-se as especificidades de cada uma;

• Condições dignas de trabalho, com espaços, ferramentas e instrumentos adequados

para o desenvolvimento pedagógico e de ensino-aprendizagem.

• Assegurar a valorização do magistério considerando a humanização do ambiente e das relações de trabalho, a formação permanente e continuada e a reformulação e implementação de Plano de Cargos, Carreira e Vencimentos.

ANEXO 4METAS

As metas abaixo listadas estão separadas pelos diferentes tipos de educação tratadas neste PMDE. As entidades em negrito e grifadas na última coluna são as responsáveis pelo cumprimento da meta. As outras listadas são participantes obrigatórios da citada ação.

EDUCAÇÃO INFANTIL

DIRETRIZES AÇÕES METAS RESPONSÁVEL E PARTICIPANTES

01

Definir a política de Educação Infantil do Município regularizando a autorização do funcionamento das Instituições.

Assegurar realização de um Seminário de Educação Infantil para discussão do Plano Decenal e construção do Plano de Ação da Educação Infantil

Realização do Seminário em junho de 2008

SME (Secretaria Municipal de Educação),

Escolas e CME (Conselho Municipal de Educação)

Assegurar condições às escolas para elaborem a Proposta Pedagógica e o Regimento Escolar das unidades de ensino.

100% das escolas elaborem a Proposta Pedagógica e o alinhamento com o Regimento Escolar até outubro de 2008

SME,

SRE (Superintendência Regional de Ensino) e

Rede Particular

Sistematizar e implementar o currículo básico por competências e habilidades dos alunos em cada fase de desenvolvimento

Cada unidade de ensino elaborar seu plano curricular até agosto de 2008.

SME e Escolas

Regularizar os processos de funcionamento das

instituições escolares.

Cada unidade de ensino entregar na SRE o processo de regularização até outubro de 2008.

SME, SRE, Escolas e Creches

02

Assegurar a formação continuada aos profissionais que atuam na Educação Infantil

Oferecer cursos de capacitação continuada aos professores e demais profissionais em serviço de Educação Infantil.

Instituir grupo coordenador das capacitações até maio de 2008, que irá elaborar Plano de Ação até julho de 2008.

SME e Escolas

03 Garantir padrões de infra-estrutura para o funcionamento adequado das instituições de Educação Infantil

Construir prédios com infra-estrutura-física adequada ao trabalho com Educação Infantil para a Rede Municipal.

Constituir grupo de acompanhamento, controle e monitoramento de obra das Escolas de Educação Infantil até

SME

(creches e pré-escolas)

maio de 2008.

Equipar adequadamente os diversos ambientes à faixa etária de 0 a 05 anos.

Definir lista de equipamentos necessários para cada faixa etária até maio de 2008.

SME

Disponibilizar vigias e ou equipamentos de segurança nas escolas.

50% das instituições até 2011,100% até 2014 com sistema de segurança adequado.

SME

04

Acompanhar o trabalho desenvolvido nas creches e Escolas de Educação Infantil

Garantir uma equipe multidisciplinar de profissionais para acompanhamento nas creches composta por Psicólogo, Pedagogo, Nutricionista e outros

Instituir grupo de acompanhamento das creches e Escolas de Educação Infantil até maio de 2008, que irá elaborar cronograma de ação até junho de 2008.

SME

05

Proporcionar autonomia administrativa para as Instituições de Educação Infantil

Assegurar verba proporcional ao número de alunos para pequenos reparos e manutenção do ambiente escolar

Depositar mensalmente a partir de junho de 2008 conforme regulamentação da SME.

SME

ENSINO FUNDAMENTAL

DIRETRIZES AÇÕES METAS RESPONSÁVEL e PARTICIPANTES

01

Definir a política de Educação no Ensino Fundamental

Assegurar realização de um Seminário de Ensino Fundamental para discussão do Plano Decenal e construção do Plano de Ação do Ensino Fundamental.

Realização do Seminário em junho de 2008. SME, Escolas e CME.

Assegurar condições para que as escolas elaborem a Proposta Pedagógica e o Regimento Escolar.

100% das escolas elaborem a Proposta Pedagógica e o alinhamento com o Regimento Escolar até outubro de 2008.

SME e Escolas

Garantir o atendimento aos que apresentem distorção de idade-série

Diminuir as taxas de distorção idade-série em 50% até 2012 em 100% até 2014.

SME e Escolas

Definir as competências e habilidades dos alunos em cada fase de desenvolvimento.

Cada unidade de ensino elaborar seu plano curricular até agosto de 2008.

SME e Escolas

Levantar demanda para escola em tempo e espaço diferenciado.

Estabelecer critérios para priorização do atendimento até maio de 2008.

SME e Escolas

Desenvolver projeto piloto de ampliação do tempo nas escolas.

Apresentar os projetos de 03 escolas até maio de 2008.

SME e Escolas

02 Ampliar, com base em resultados das avaliações externas, o percentual de alunos com desempenho do

Adequar o Plano de Intervenção Pedagógica ao Plano de Desenvolvimento da Rede Pública de Ensino.

Assegurar que toda criança esteja lendo e escrevendo até os 08 anos de idade.

SME e Escolas

Assegurar a ampliação dos resultados dos alunos

nível recomendável

do 5º ano em 70% até 2012.

Em 90% até 2015.

Assegurar a ampliação dos resultados dos alunos do 9º ano.Em 65% até 2012.

Em 80% até 2014.

Diminuir as taxas de evasão e repetência Em 50% até 2009.

70 % até 2012.

100% até 2014.

03

Assegurar a formação continuada dos profissionais que atuam no Ensino Fundamental

Oferecer cursos de capacitação continuada aos professores e demais profissionais em serviço.

Instituir grupo coordenador das capacitações até junho de 2008, que irá elaborar Plano de Ação até julho de 2008.

SME e Escolas

Assegurar capacitação de informática aos profissionais da Educação Fundamental.

Instituir grupo coordenador das capacitações até maio de 2008, que irá elaborar Plano de Ação até julho de 2008.

SME

04

Garantir padrões de infra-estrutura para o funcionamento adequado das escolas de Ensino Fundamental

Reformar os prédios das escolas para garantir a infra-estrutura física adequada

Constituir grupo de acompanhamento, controle e monitoramento de obra das Escolas de Ensino Fundamental até maio de 2008.

SME

Equipar adequadamente os diversos ambientes escolares

Definir lista de equipamentos necessários para cada faixa etária até maio de 2008.

SME

Disponibilizar vigias e ou equipamentos de segurança para as escolas

50% das instituições até 2011, 100% até 2014 com sistema de segurança adequado.

SME

05 Proporcionar condições para a inclusão digital de toda a comunidade

Equipar adequadamente as Escolas.

30% das escolas até 2009, 50% das escolas até 2010, 100% até 2014 com laboratório de

SME

escolar informática.

06

Acompanhar o trabalho desenvolvido nas escolas

Garantir uma equipe multidisciplinar de profissionais para acompanhamento nas escolas.

Instituir grupo de acompanhamento das Escolas de Ensino Fundamental até maio de 2008, que irá elaborar cronograma de ação até julho de 2008. SME

Implementar a coordenação de área para acompanhamento e orientação dos professores em serviço

Assegurar o funcionamento da coordenação de área a partir de maio de 2008.

07

Proporcionar autonomia administrativa para as escolas

Assegurar verba proporcional ao número de alunos para pequenos reparos e manutenção do ambiente escolar

Depositar mensalmente a partir de junho de 2008 conforme regulamentação da SME.

SME

ENSINO MÉDIO

DIRETRIZES AÇÕES METAS RESPONSÁVEL e PARTICIPANTES

01 Formular e implementar a política de gestão do Ensino Médio visando elevar o nível de escolarização

da população do município

Assegurar realização de um Seminário de Ensino Médio para discussão do Plano Decenal e construção do Plano de Ação do Ensino Médio.

Realização do Seminário em junho de 2008.

SRE

Recensear as Escolas de Ensino Médio.

Constituir uma equipe para recenseamento das reais condições das escolas do Ensino Médio do município no até 2008.

SRE, CME e Escolas

Promover por gestão consorciada a necessária articulação das

Discussão e análise dos resultados

instituições de Ensino Médio com o Ensino Superior

/diagnóstico até 2009.

02

Assegurar a universalização do Ensino Médio através do acesso e da permanência do aluno na escola em conjunto com o Governo Federal e o Governo do Estado de Minas Gerais

Promover o atendimento à totalidade dos egressos do ensino Fundamental, a inclusão dos alunos com defasagem série-idade e a inclusão de alunos com necessidades educacionais especiais;

Todos os egressos do Ensino Fundamental atendidos a partir de 2009.

CME, SRE, SME e Escolas

Identificar as causas de reprovação e abandono adotando medidas corretivas e preventivas.

Reduzir em 10% ao ano a partir de 2008.

Regularizar o fluxo escolar através da implantação da EJA nas escolas de Ensino Médio

Implementação da EJA até 2009.

Assegurar o transporte dos alunos do Ensino Médio

Todos os alunos atendidos partir de 2008.

03 Envidar esforços para assegurar padrões mínimos de infra-estrutura física às escolas públicas que atendem a esta etapa de ensino

Elaborar levantamento das reais condições dos prédios quanto aos espaços: (pátios, quadras, corredores, salas de aula, laboratórios, auditórios, bibliotecas, sanitários, cantinas, cozinhas, secretarias e outros) condições de higiene pintura, iluminação, ventilação, insolação telhado, piso e outros)

Apresentar levantamento até dezembro de 2008.

SRE

Assessorar as escolas, por grau de necessidade na elaboração de seu Plano de Melhoria e Planilhas, solicitando da SEEMG urgência no atendimento;

Definir prioridades até dezembro de 2008. SRE

Adequar as escolas para o atendimento à

Adaptação de 30% das escolas até 2010,

educação inclusiva. 70% até 2015.

Auxiliar as escolas na elaboração de seus Planos para criação de novos espaços que atendam a um currículo diversificado: Centrais/Laboratório de Informática, de Ciências e de Línguas

Cada escola apresentar seu Plano até dezembro de 2009.

Escolas

Integrar as escola à nova política da SEEMG – Sistema de Redes.

Interligar 30% das Escolas em rede até 2009, 70% até 2011, 100% até 2015.

SRE

Assegurar a construção de um ginásio coberto para atender alunos de todas as escolas de Ensino Médio.

Apresentar proposta de construção de ginásio na EE de Ouro Preto até julho de 2008.

SRE e Escolas

04

Envidar esforços para assegurar padrões mínimos de existência de recursos didáticos pedagógicos essenciais à aprendizagem nos dias de hoje

Atender e assessorar as escolas através de seus Planos de Melhoria solicitando da SEEMG urgência na aquisição de equipamentos e recursos, bem como os serviços de telefonia, antenas de TV, Internet, reprografia e outros essenciais à aprendizagem

Cada escola apresentar seu Plano até dezembro de 2008.

SRE e Escolas

Solicitar á SEEMG ampliação e atualização dos acervos das bibliotecas

Apresentar proposta à SEEMG até julho de 2009.

SRE e Escolas

05

Assegurar a melhoria dos níveis satisfatórios de desempenho definidos pelos sistemas Nacional e Estadual de avaliação (PROEB/Prova Brasil/SIMAVE/ENEM)

Instituir uma Comissão responsável pela divulgação dos resultados das avaliações

Instituir comissão até setembro de 2008. SRE

Adequar o Plano de Intervenção Pedagógica

Melhorar em 20% em 2009, 50% em 2012. SRE e Escolas

06 Definir a política de Ensino Médio do Município

Instituir o Fórum do Ensino Médio no município;

I Fórum acontecendo até julho de 2008.

SRE

Assessorar as escolas na reflexão/elaboração de seu Projeto Pedagógico (PP).

Todas as escolas elaborarem seu Projeto Político até setembro de 2009.

SRE e Escolas

Elaborar as Propostas Curriculares desta etapa de ensino nas escolas;

Instituir equipe de coordenação até maio de 2008, que deverá apresentar Plano de Trabalho até outubro de 2008.

SRE e EscolasRessignificar o Currículo do Ensino Médio à luz das DCNs(Lei), dos PCNs (Orientação), dos CBCs do Estado e resultados das avaliações externas;

07

Assegurar a formação continuada dos profissionais que atuam no Ensino Médio

Instituir reuniões pedagógicas de estudo e planejamento;

Instituir equipe de coordenação até março de 2008, que deverá apresentar Plano de Trabalho até julho de 2008.

SRE e Escolas

Promover seminários.Pelo menos 02 seminários a cada ano, a partir de 2009.

SRE

08

Ampliar a gestão democrática nas instituições de Ensino Médio

Apoiar e incentivar a constituição de organizações estudantis quanto ao protagonismo juvenil.

Instituir grupo de apoio até agosto de 2009. SRE

Incentivar a participação dos pais e ou responsáveis nos encontros da escola.

Instituir Colegiados ou Conselhos Escolares em todas as escolas até 2009.

SRE e Escolas

EDUCAÇÃO SUPERIOR

l Negociar, a partir da Vigência deste PMDE, com o Estado ou União ou

Iniciativa Privada, uma parceria para a oferta de Educação Superior para a demanda existente no Município, visando atingir, pelos menos 5% ao ano.

l Garantir, em parceria com as instituições públicas e privadas, que no prazo

de cinco anos, todos os profissionais da educação em exercício tenham a formação específica .

l Solicitar às instituições de Ensino Superior, a partir do primeiro ano de

vigência deste Plano, a inclusão nas diretrizes curriculares dos cursos de

formação de docentes, temas contemporâneos.

l Levantar, anualmente, após a vigência deste PME, a demanda de Ensino Superior existente no Município.

l Solicitar, a partir do primeiro ano de vigência deste PME, às Instituições de

Ensino Superior públicas e privadas a realização de pesquisas, como elemento integrante e modernizador dos processos de ensino-aprendizagem em todos os Cursos de Formação Profissional para a Educação Básica, com o intuito de contribuir para a melhoria da qualidade de ensino.

l Observar as metas pertinentes ao Ensino Superior, incluídos nos aspectos

(Educação Especial,Valorização e Formação de Professores, Gestão e

Financiamento) abordados pelo Plano.

EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS

DIRETRIZES AÇÕES METAS RESPONSÁVEL e PARTICIPANTES

01

Definir a política de Educação de Jovens e Adultos – EJA

Assegurar realização de um Seminário de EJA para discussão do Plano Decenal e construção do Plano de Ação da EJA.

Realização do Seminário em junho de 2008.

SME, Escolas e CME

Elaborar uma Proposta Curricular Orientadora para a EJA do Ensino Fundamental e Médio.

Implementação em 100% das escolas da Proposta Curricular até maio de 2009.

SME, Escolas e SRE

02 Desenvolver gestões junto aos órgãos competentes para a inclusão da Educação de

Garantir a merenda escolar e o transporte aos alunos da EJA.

Atendimento a 100% dos alunos com merenda e transporte escolar até dezembro de

SME – Ensino Fundamental / SER- Ensino

Médio

Jovens e Adultos em formas de financiamento equivalente às do Ensino Fundamental.

2008.

03

Erradicar o analfabetismo da população acima de 15 anos.

Recensear a demanda a ser atendida na Educação de Jovens e Adultos.

Instituir grupo de recenseamento até junho de 2008.

SME

Desenvolver parcerias com entidades não governamentais, instituições privadas de ensino, fundações de ensino e outras instituições.

Instituir grupo para buscar parcerias e garantir a unidade dos trabalhos desenvolvidos pelas instituições até dezembro de 2009.,

SME e Escolas

Expandir de forma articulada com o Estado a oferta de Educação de Jovens e Adultos nas etapas correspondentes ao Ensino Fundamental e Médio.

Assegurar o acesso a Educação a 100% dos que foram excluídos do processo de ensino ou que não tiveram oportunidade em idade própria.

SME / SRE

04

Assegurar a formação continuada aos profissionais que atuam na Educação de Jovens e Adultos.

Qualificar os educadores que atuam nesta modalidade de ensino.

Instituir grupo coordenador das capacitações até maio de 2008, que irá elaborar Plano de Ação até julho de 2008.

SME

05

Implantar Cursos Qualificação Profissional e Técnico para os alunos, através de parcerias com a iniciativa pública e privada.

Buscar parcerias com instituições públicas e privadas para desenvolvimento de Cursos de Qualificação Profissional e Técnico para os alunos.

Oferecer cursos de Qualificação Profissional e Técnico para 60% da demanda dos alunos até 2012 e 100% até 2017.

SRE, SME e Escolas profissionlizantes

Levantar demanda da mão de obra qualificada para o mercado de trabalho na região

EDUCAÇÃO ESPECIAL

DIRETRIZES AÇÕES METAS RESPONSÁVEL e PARTICIPANTES

01

Definir a política de Educação Especial.

Assegurar realização de um Seminário de Educação Especial para discussão do Plano Decenal e construção do Plano de Ação da Educação Especial.

Realização do Seminário em junho de 2008. SME e SRE

Recensear a demanda de Educação Especial no município

Instituir grupo recenseador até dezembro de 2009.

SME, SRE e APAE

Adequar as escolas de todos os segmentos conforme Lei 10.098, para atendimento aos portadores de necessidades especiais.

30% das escolas adequadas em 2010,

50% das escolas adequadas até 2014.

SME

Assegurar atendimento diferenciado aos portadores de necessidades especiais no contra-turno da escola regular.

Instituir sala de recurso em uma escola da sede até 2009, instituir sala de recurso em Cachoeira do Campo, Antonio Pereira e Santa Rita até 2015.

SME

Adequar e integrar os currículos conforme o estabelecido nos PCNs da Educação Especial.

Instituir equipe de estudo até julho de 2009, que deverá apresentar proposta de trabalho até dezembro de 2009.

SME, SRE e APAE

02 Assegurar programas de capacitação continuada aos profissionais de Educação Especial

Oferecer cursos de capacitação continuada aos gestores, professores e demais profissionais em serviço.

Instituir grupo coordenador das capacitações até agosto de 2008, que irá elaborar Plano de Ação até outubro de 2008.

SME, SRE e APAE

Promover grupos de estudos em serviço, com temáticas específicas da Educação Especial.

100% dos profissionais, anualmente, de 2008 a 2014.

SME e APAE

Assegurar equipe multiprofissional para atendimento e orientação dos professores e diretores das escolas com necessidades especiais.

100% dos profissionais, anualmente, de 2008 a 2014.

SME e SRE

EDUCAÇÃO PROFISSIONALIZANTE

DIRETRIZES AÇÕES METAS RESPONSÁVEL e PARTICIPANTES

01Ampliar a oferta global de Educação Profissional.

Elaborar e atualizar o censo da Educação Profissional em Ouro Preto

Instituir grupo recenseador até dezembro de 2008.

SRE e escolas de Educação Profissional

Ampliar a oferta global de Educação Profissional para os concluintes do Ensino Médio.

Em 15% até 2008, em 30%, até 2010, em 50%, até 2012 e em pelo menos 75% até 2014.

SRE e escolas de Educação Profissional

Desenvolver política de comunicação interinstitucional buscando minimizar a distância entre Educação Básica e Ensino Profissionalizante.

Instituir grupo para estabelecer parcerias entre as instituições de ensino que atendem alunos do 9º ano do Ensino Fundamental e do Ensino Médio até dezembro de 2009.

SRE e escolas de Educação Profissional

02

Implantar mecanismos eficazes de avaliação institucional das escolas de Educação Profissional.

Elaborar avaliação para caracterização do perfil de saída dos alunos

Aplicar avaliação ao final de cada curso a partir de 2010.

SRE e escolas de Educação Profissional

03 Assegurar programas de

Incentivar atividades de capacitação

Oferecer oportunidades de capacitação no

SRE e escolas de

capacitação continuada aos profissionais que atuam na Educação Profissional.

trabalho a partir de 2009. Educação Profissional

Obter bolsas de mestrado e doutorado, junto à CAPES para a formação de educadores que atuam na Educação Profissional

Viabilizar convênios a partir de 2009.

SRE e escolas de Educação Profissional

VALORIZAÇÃO DO MAGISTÉRIO

DIRETRIZES AÇÕES METAS RESPONSÁVEL e PARTICIPANTES

01

Reelaborar o Estatuto do Magistério Municipal

Oportunizar momentos para discussão e revisão do Estatuto baseado no LDB – 9394/96.

Instituir grupo de coordenação dos trabalhos até julho de 2008

SME e Sindicato

Apresentar o Estatuto do Magistério para aprovação da Câmara Municipal.

Aprovar o Estatuto do Magistério até março de 2009.

SME, Sindicato e CME

02

Gara ntir que todos os profissionais da educação, possuam as qualificações mínimas exigida na LDB

Identificar, mapear e organizar um banco de dados, dos profissionais da educação que não possuam as qualificações mínimas exigidas por lei.

Instituir e implementar Quadro de Extinção de Cargos para profissionais contratados sem a habilitação mínima exigida até julho de 2008.

SME

Promover abertura de concurso público para contratação de profissionais para a Educação Básica, dentro das exigências de qualificação profissional, para o atendimento de toda a Rede Municipal de Ensino.

Acompanhar e orientar a elaboração de editais de concursos para profissionais da Educação sempre que necessário.

Secretaria Municipal de Planejamento e Gestão ,

SME e CME

03 Garantir o funcionamento da Casa do Professor, destinado a oferecer formação continuada juntamente com a Diretoria de Desenvolvimento Educacional e Diretoria de Recursos Humanos

Possibilitar mecanismos de registro e divulgação de experiências docentes significativas.

Criar mecanismo de registro e divulgação até junho de 2010.

SME e Casa do Professor

Realizar estudos e pesquisas de suporte à ação dos docentes nas escolas.

Instituir grupo de pesquisa até junho de 2008, que deverá

apresentar Plano de Trabalho até setembro de Promover seminários

sobre estudos e pesquisas aplicados à Educação Básica. 2008.

04

Assegurar a qualificação profissional dos servidores que exercem função de apoio que não as pedagógicas

Oferecer cursos de qualificação profissional aos servidores que atuam nas bibliotecas, na limpeza, na merenda e na secretaria da escola.

Instituir grupo coordenador das ações até junho de 2008.

SME

05

Instituir programa de Avaliação de Desempenho dos profissionais da educação

Definir um conjunto de indicadores de eficiência que possibilite a ação adequada de desempenhos, com o propósito de se evitar e coibir os desperdícios e desempenhos inaceitáveis.

Aplicar avaliação de desempenho anualmente, a partir de 2009.

SME, Escolas e Procuradoria Jurídica do

Município

Manter a adesão ao SIMAVE e/ou outras avaliações externas.

Analisar, anualmente, a partir de 2008, os resultados do SIMAVE e o desempenho dos profissionais da escola.

SME e Escolas

06

Assegurar programas de formação continuada aos profissionais da educação

Oferecer programas de educação continuada aos Gestores, Pedagogos, Professores, Técnicos da SME e demais profissionais da educação.

Instituir grupo coordenador das ações até maio de 2008, que apresentará Plano de Ação até junho de 2008.

SME

07

Assegurar programas de atualização do acervo em bibliotecas das Escolas e a Biblioteca Pública Municipal

Comprar livros conforme necessidades das Escolas e Biblioteca Pública Municipal.

Adquirir livros SME e Bibliotecas

08 Fortalecer a gestão democrática nas

Fortalecer os Colegiados das Escolas.

Acompanhar a eleição dos membros dos Colegiados nas Escolas anualmente, a partir de

SME e Escolas

Escolas Públicas

2008.

Garantir a participação dos diretores e das equipes de gestão em Programa de Gestores a ser implantado pela SME / SRE.

50% dos profissionais até 2009, 100% até 2011. SME e Escolas

Manter a Eleição Direta para escolha do Diretor.

Publicar edital de convocação de eleição a cada três anos, a partir de 2010.

SME

09

Ampliar autonomia administrativa das escolas

Estabelecer Plano de Cargos e Salários de Diretores e Vice-Diretor escolar.

Apresentar proposta de Plana de Cargos e Salários à Câmara Municipal até julho de

2008.

SME e Colegiado dos Diretores

Criar Fundo de Atendimento às escolas para repasse direto de recursos financeiros, destinado a pequenas despesas de manutenção e cumprimento da Proposta Pedagógica das escolas.

Enviar Projeto de Lei para a Câmara Municipal até três meses após a aprovação do Plano.

SME

Criar Plano de Carreira do Magistério Municipal

Oportunizar momentos para discussão do Plano de Carreira baseado na LDB -9394/96; Lei Orgânica; Plano de Cargos e Salários da Prefeitura Municipal de Ouro Preto; Lei do FUNDEB 11494 de 20 de junho de 2007.

Instituir grupo de coordenação dos trabalhos até julho de 2008

Apresentar o Plano de Carreira para a aprovação da Câmara

Aprovar o Plano de Carreira até março de 2009.

10

Municipal.

SME, Sindicato e CME

GESTÃO E FINANCIAMENTO

DIRETRIZES AÇÕES METAS RESPONSÁVEL e PARTICIPANTES

01

Desenvolver programa de gestão da Educação Pública.

Assegurar a participação dos diferentes segmentos constitutivos das instituições educacionais, no desenvolvimento de suas políticas.

Instituir programa de gestão até julho de 2010. SME

02

Garantir a autonomia financeira da Secretaria Municipal de Educação.

Desvincular as contas da educação da Secretaria Municipal da Fazenda.

Apresentar proposta de desvinculação à Câmara Municipal até julho de 2010.

SME e Secretaria Municipal da Fazenda

Prestar contas dos gastos da educação através da SIOPE (Sistema de informação da Educação)

Disponibilizar prestação de contas na Internet, trimestralmente, a partir de julho de 2008.

SME e Secretaria Municipal da Fazenda

03

Assegurar a política de Formação Continuada aos Conselhos de Educação (Conselho Municipal de Educação, Conselho do Fundeb e Conselho de Alimentação Escolar)

Oferecer cursos de capacitação aos Conselhos

Instituir equipe responsável pela capacitação até junho de 2008, que deverá apresentar Plano de Ação até setembro de 2008.

Conselhos ligados à de Educação e SME

Disponibilizar transporte, hospedagem e alimentação para Conselheiros participarem de Encontros Estaduais e Nacionais.

Pagar diárias e disponibilizar transporte aos Conselheiros sempre que necessário, a partir de 2008.

Conselhos ligados à de Educação e SME

04 Modernizar o sistema de gestão das escolas e

Informatizar o sistema de serviços (Material de consumo, estatística, etc)

Implantar o serviço de informatização até junho

SME

SME.

da SME. de 2009.

Informatizar as secretarias das escolas interligando-as em rede à SME.

50% das escolas em 2010 e 100% em 2014. SME

Acompanhar a aquisição e distribuição dos bens móveis e patrimoniais garantindo critérios claros para distribuição dos mesmos.

Instituir equipe de acompanhamento e manter dados claros sobre a distribuição dos materiais a partir de 2008.

SME

05

Implementar melhorias ampliações e adequações na estrutura da APAE Ouro Preto para atendimento dos alunos portadores de necessidades especiais do Município atendidos em cidades vizinhas

Avaliação da estrutura;

ante-projeto;

projeto executivo;

orçamento;

licitação;

execução do projeto;

conclusão da obra.

Concluir a obra em 2010.

SME e Secretaria Municipal de Obras e

Serviços Urbanos

06

Construir uma unidade que abrigue creche e escola de educação infantil na região do Alto da Beleza, no Distrito de Cachoeira do Campo.

Aquisição do terreno;

ante-projeto;

projeto executivo;

orçamento;

licitação;

execução do projeto;

conclusão da obra.

Concluir a obra em 2008.

SME e Secretaria Municipal de Obras e

Serviços Urbanos

07 Ampliar a Escola Municipal Major Raimundo Felicíssimo para atender a educação infantil e creche

ante-projeto;

projeto executivo;

orçamento;

licitação;

execução do projeto;

Concluir a obra em 2009. SME e Secretaria Municipal de Obras e

Serviços Urbanos

conclusão da obra.

08

Construir unidade de creche (Creche Prof. Anita Araújo) para atendimento das crianças do Bairro Morro de Santana.

Aquisição do terreno;

ante-projeto;

projeto executivo;

orçamento;

licitação;

execução do projeto;

conclusão da obra.

Concluir a obra em 2011.

SME e Secretaria Municipal de Obras e

Serviços Urbanos

09

Construir unidade de creche para atendimento das Crianças no Distrito de Antônio Pereira

Aquisição do terreno;

ante-projeto;

projeto executivo;

orçamento;

licitação;

execução do projeto;

conclusão da obra.

Concluir a obra em 2008.

SME e Secretaria Municipal de Obras e

Serviços Urbanos

10

Construir área de recreação e paisagismo nas instalações da Creche Colméia

ante-projeto;

projeto executivo;

orçamento;

licitação;

execução do projeto;

conclusão da obra.

Concluir a obra em 2009.

SME e Secretaria Municipal de Obras e

Serviços Urbanos

11 Construir unidade de creche para atendimento das crianças do Bairro Morro de Santana

Aquisição do terreno;

ante-projeto;

projeto executivo;

orçamento;

Concluir a obra em 2012. SME e Secretaria Municipal de Obras e

Serviços Urbanos

licitação;

execução do projeto;

conclusão da obra.

12

Reforma da Creche Municipal Naná Sette Câmara

projeto executivo;

orçamento;

licitação;

execução do projeto;

conclusão da obra.

Concluir a obra em 2008SME e Secretaria

Municipal de Obras e Serviços Urbanos

13

Construir unidade de creche para atendimento das crianças do Bairro Santa Cruz

Aquisição do terreno; ante-projeto; projeto executivo; orçamento; licitação; execução do projeto; conclusão da obra.

Concluir a obra em 2009.SME e Secretaria

Municipal de Obras e Serviços Urbanos

14

Construir unidade de creche (Creche Padre Vaz), próxima ou dentro da área da Escola Municipal Prof. Adhalmir dos Santos Maia para atendimento das crianças no Bairro Nossa Senhora do Carmo.

Aquisição do terreno;

ante-projeto;

projeto executivo;

orçamento;

licitação;

execução do projeto;

conclusão da obra.

Concluir a obra em 2013.

SME e Secretaria Municipal de Obras e Serviços Urbanos

15 Construir unidade de creche/escola para atendimento das crianças no

ante-projeto; Concluir a obra em 2008. SME e Secretaria Municipal de Obras e

Serviços Urbanos

Distrito de Santa Rita.

projeto executivo;

orçamento;

licitação;

execução do projeto;

conclusão da obra

16

Reforma e adaptação da creche Municipal Criança Feliz no Distrito de Santo Antônio do Leite.

projeto executivo;

orçamento;

licitação;

execução do projeto;

conclusão da obra.

Concluir a obra em 2013.

SME e Secretaria Municipal de Obras e

Serviços Urbanos

17

Ampliar a Escola Municipal São Sebastião para abrigar a Creche Municipal São Sebastião atendendo as crianças do Bairro São Sebastião

ante-projeto;

projeto executivo;

orçamento;

licitação;

execução do projeto;

conclusão da obra

Concluir a obra em 2014.

SME e Secretaria Municipal de Obras e Serviços Urbanos

18 Construir unidade de creche para atendimento das crianças na Vila Aparecida

Aquisição do terreno;

ante-projeto;

projeto executivo;

orçamento;

licitação;

Concluir a obra em 2014. SME e Secretaria Municipal de Obras e

Serviços Urbanos

execução do projeto;

conclusão da obra

19

Reformar e construir quadra poliesportiva na Escola Municipal Benedito Xavier no Distrito de Glaura.

ante-projeto;

projeto executivo;

orçamento;

licitação;

execução do projeto;

conclusão da obra

Concluir a obra em 2009.

SME e Secretaria Municipal de Obras e Serviços Urbanos

20

Reformar e ampliar a Escola Municipal Dr Alves de Brito no Distrito de Rodrigo Silva

licitação;

execução do projeto;

conclusão da obra

Concluir a obra em 2008.

SME e Secretaria Municipal de Obras e

Serviços Urbanos

21

Reforma e adequar a Escola Municipal de Educação Cirandinha no Bairro Morro de Santana

licitação;

execução do projeto;

conclusão da obra

Concluir a obra em 2008.

SME e Secretaria Municipal de Obras e

Serviços Urbanos

22

Reformar a Escola Municipal

projeto executivo;

Concluir a obra em 2009.

SME e Secretaria Municipal de Obras e

Francisco Araújo Silva na localidade Bandeiras em Santa Rita

orçamento;

licitação;

execução do projeto;

conclusão da obra

Serviços Urbanos

23

Reformar e ampliar (Galpão) a Escola Municipal José Estevam Braga no Distrito de Engenheiro Correia

projeto executivo;

orçamento;

licitação;

execução do projeto;

conclusão da obra

Concluir a obra em 2009.

SME e Secretaria Municipal de Obras e

Serviços Urbanos

24

Reforma e Ampliação (quadra) da Escola Municipal Lavras Novas no Distrito de Lavras Novas

ante-projeto;

projeto executivo;

orçamento;

licitação;

execução do projeto;

conclusão da obra

Concluir a obra em 2010.

SME e Secretaria Municipal de Obras e

Serviços Urbanos

25

Reforma e Ampliação da Escola Municipal Major Raimundo Felicíssimo no Distrito de Amarantina

ante-projeto;

projeto executivo;

orçamento;

licitação;

execução do projeto;

conclusão da obra

Concluir a obra em 2009.SME e Secretaria

Municipal de Obras e Serviços Urbanos

26 Reformar a Escola Municipal Monsenhor João Castilho Barbosa, na Barra

projeto executivo;

orçamento;

licitação;

execução do projeto;

conclusão da obra

Concluir a obra em 2008. SME e Secretaria Municipal de Obras e

Serviços Urbanos

27

Reformar e ampliar (refeitório) a Escola Municipal Monsenhor Rafael no Distrito de Miguel Burnier

ante-projeto;

projeto executivo;

orçamento;

licitação;

execução do projeto;

conclusão da obra

Concluir a obra em 2009.

SME e Secretaria Municipal de Obras e Serviços Urbanos

28

Reformar e construir novo bloco e quadra na Escola Municipal Padre Carmélio Augusto Teixeira

(Avaliação do terreno pode indicar a construção de uma nova unidade em outro local)

ante-projeto;

projeto executivo;

orçamento;

licitação;

execução do projeto;

conclusão da obra

Concluir a obra em 2009.SME e Secretaria

Municipal de Obras e Serviços Urbanos

29 Reformar e adaptar a Escola Municipal Padre Martins na localidade de Santo Antônio, Distrito de Santa

projeto executivo;

orçamento;

licitação;

Concluir a obra em 2008. SME e Secretaria Municipal de Obras e

Serviços Urbanos

Ritaexecução do projeto;

conclusão da obra

30

Reformar e adaptar a Escola Municipal Prof. Francisco Pignataro na Localidade Mata dos Palmitos em Santa Rita de Ouro Preto

projeto executivo;

orçamento;

licitação;

execução do projeto;

conclusão da obra

Concluir a obra em 2008.SME e Secretaria

Municipal de Obras e Serviços Urbanos

31

Reformar a adaptar a Escola Municipal Prof. Hélio Homem de Faria no Bairro Padre Faria

orçamento;

licitação;

execução do projeto;

conclusão da obra

Concluir a obra em 2009.SME e Secretaria

Municipal de Obras e Serviços Urbanos

32

Reformar a Escola Municipal Professor Santiago de Melo na Localidade de Serra do Siqueira em Cachoeira do Campo

projeto executivo;

orçamento;

licitação;

execução do projeto;

conclusão da obra

Concluir a obra em 2014.SME e Secretaria

Municipal de Obras e Serviços Urbanos

33

Reformar a Escola Municipal Profª Efigênia Meira na Localidade de Canavial em Santa Rita

projeto executivo;

orçamento;

licitação;

execução do projeto;

conclusão da obra

Concluir a obra em 2009.SME e Secretaria

Municipal de Obras e Serviços Urbanos

34

Reformar a Escola Municipal Profª Haidée Antunes (CAIC) no Distrito de Cachoeira do Campo

projeto executivo;

orçamento;

licitação;

execução do projeto;

conclusão da obra

Concluir a obra em 2011.SME e Secretaria

Municipal de Obras e Serviços Urbanos

35 Reformar a Escola Municipal Renê Gianetti no

projeto executivo; Concluir a obra em 2008. SME e Secretaria Municipal de Obras e

Bairro Saramenha de Cima

orçamento;

licitação;

execução do projeto;

conclusão da obra

Serviços Urbanos

36

Reformar e Ampliar a Escola Municipal Simão Lacerda no Bairro Bauxita

licitação;

execução do projeto;

conclusão da obra

Concluir a obra em 2008.SME e Secretaria

Municipal de Obras e Serviços Urbanos

37

Reformar a Escola Municipal Washington de Araújo Dias no Distrito de São Bartolomeu

licitação;

execução do projeto;

conclusão da obra

Concluir a obra em 2009.SME e Secretaria

Municipal de Obras e Serviços Urbanos

ANEXO 5EQUIPE DE ELABORAÇÃO

Considerando que o Plano foi construído durante mais de três anos, e que durante este tempo várias pessoas passaram pelas equipes da SME, SRE, Cefet, UFOP e outras entidades, optamos por apresentar todos os nomes que constavam nos documentos analisados.

EQUIPE DE REDAÇÃOCésar Carvalho Teixeira

Heloísa Helena Davino Alves

Maria do Carmo Ferreira dos Santos

Maria Aparecida Furtado Silva

Mariana Pinto Diniz

Rosaly Maciel de Godoy

Terezinha Lobo Leite

PARTICIPAÇÕES ESPECIAISProf. Doutora Bernadete G.S. Sampaio - Gerdau Açominas

Prof. Mestranda Fernanda Aparecida Oliveira Rodrigues Silva - ICHS/UFOP

Prof. Doutora Célia Nunes - ICHS/UFOP

Prof. Leiva Leal – CEALE/UFMG

Prof. MSC Luciana Almeida Fiel - UFV

Prof. MSC. Luiz Antonio Fuzzatto - FUNREI

Prof. Doutor Fabio Faversani - UFOP

Prof. Doutora Roseli Alvarenga Correa - UFOP

Rodrigo Barreto – Vale

Liesel Filgueiras – Mestre em Educação - Vale

Prof. MSC. Maria Aparecida Silva Furtado – Rede Municipal de Ensino de Ouro Preto

EQUIPE DE REVISÃORosiane Camilo Gonçalves - SME

Adalgimar Gomes Gonçalves - SME

Magna Maria da Silva Araújo - SME

Mariana Pinto Diniz - SME

CÂMARA DE ENSINO FUNDAMENTALMara Lúcia de Paula (Diretora Municipal da Zona Rural)

Maria das Graças (Supervisora pedagógica - rede estadual)

Simone Silva Custódio (Professora de 5ª a 8ª série - rede municipal)

Ângela da Conceição Alves (Pedagoga da rede municipal)

Rejane A. de Jesus (Professora da rede municipal)

Nazaré (Diretora da rede Estadual)

Maria José F. da Silva (Professora da rede Estadual)

Maria do Pilar Inácio (Auxiliar de biblioteca da rede estadual)

Maria Aparecida S. Furtado (Vice-diretora da rede municipal)

Maria Augusta de Carvalho Magalhães (Diretora da rede estadual)

Janaína Andrade F. Penna (pedagoga da rede municipal)

Rosiane Camilo Gonçalves (Coordenadora da SME)

Maria do Carmo M. e Martins (Professora da rede estadual)

Maria de Lourdes P. Santos (Auxiliar de biblioteca da rede estadual)

CÂMARA DE ENSINO MÉDIOCoordenador: Valério Passos

Iracema Darc Pedrosa Mapa

Júlio César de Oliveira

Rosângela Milagres Patrono

Luiz Gonçalo Carvalho

CÂMARA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONALCoordenador: Luiz Gonçalo Teixeira de Carvalho

Maria da Glória Santos Laia

Maria do Carmo Ferreira dos Santos

Hemerson Oliveira Barcellos

Leila Maria Alves Carvalho

CÂMARA DE VALORIZAÇÃO DO MAGISTÉRIOCrovymara Batalha

Elizabeth Cristina dos Santos

Solange Sabino Pallazzi

Rane Isaac

Vicente Nolasco

Maria Aparecida Peixoto

Bartolomeu Fortes

Maria José Ferreira

Maria Nazaré da Silva

Maria Elisa Reis

Eliana Calazans F.Gonçalves

Lousmaria Schaefer

Rosane Maria Gonçalves

CÂMARA DE EDUCAÇÃO ESPECIALLucas Paiva Gomes - Secretaria Municipal de Saúde

Christine Vianna Algarves Magalhães - Secretaria Municipal de Saúde

Miriam Ribeiro dos Santos - APAE

Mirlena Bemardes Ribeiro - Secretaria Municipal de Educação

Maria Cristina Fonseca Ferreira - Centro Educacional de Ouro Preto

Rosaly Maciel de Godoy

Simone Ap.Araújo Nepomuceno

Maria de Fátima Silva Oliveira

Rosilene Valentin Val

Edna Maria Xavier

Maria da Consolação Silva Pinto

Claudina Feliciana dos Santos

CÂMARA DE ENSINO SUPERIOR E ARTICULAÇÃO COM EDUCAÇÃO BÁSICACoordenador: Célia Maria Nunes

Mariana Pinto Diniz

Maria do Carmo Ferreira dos Santos

Heloísa Helena Davino Alves

Teresinha Gonçalves

Maria Edilene do Amaral Silva Santos

CÂMARA DE FINANCIAMENTO E GESTÃOSebastião Nepomuceno - Secretaria Municipal de Educação

Marco Antonio Medircio

Célia Maria da Fonseca

CÂMARA DE EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOSCoordenador: Júlio César Ferreira - Secretaria Municipal de Educação

Fernanda Aparecida Oliveira Rodrigues Silva

Tânia de Fátima Arantes

Tatiana Miranda Gonzaga

Rubênia Gonçalves Amaro Alves

Édma Maria R.C.Barbosa

Geralda Josefina Xavier

Rosa Ana Xavier

Iracema Ana Darc Pedrosa Mapa

Rosângela Milagres Patrono

Dênia Mara B.S.Silva

Sara de Aparecida Camilo

EQUIPE DE SISTEMATIZAÇÃO FINALCrovymara Elias Batalha – Secretária Municipal de Educação

Darci do Rosário Ferreira Gomes – Superintendente Regional de Ensino de Ouro Preto

Elisa Maria Magalhães Ferreira – Assessora Pedagógica da SME

Guilherme José Barbosa – Consultor externo

Janaína Andrade Ferreira e Penna – Conselho Municipal de Educação

Marcília Chaves dos Santos – Diretora de Desenvolvimento Educacional da SME

ANEXO 6BIBLIOGRAFIA

Lei 9394/96 – Lei de Diretrizes e Bases da Educação - Estabelece as diretrizes e bases da Educação nacional. ARROYO, Miguel G. A Educação de jovens e adultos em tempos de exclusão. Alfabetização e cidadania. Revista de Educação de Jovens e Adultos. São Paulo, nº 11, abr. 2001. _____________. Educação popular com dignidade. Presença Pedagógica. Belo Horizonte, v. 7, n. 41, set./out. 2001. BEISIEGEL, Celso de Rui. Considerações sobre a política da União para a Educação de jovens e adultos analfabetos. Revista Brasileira de Educação. São Paulo: n. 4, jan. – abr. p. 26-34, 1997.

BRASIL. Lei Federal 8.069 – 13/07/90. Estatuto da Criança e do Adolescente. Belo Horizonte: Visão Mundial.

______________. Lei n. 9.394 – 1996. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Belo Horizonte: Prefeitura Municipal. CONFERÊNCIA INTERNACIONAL SOBRE A EDUCAÇÃO DE ADULTOS, V, 1997, Hamburgo, Alemanha. Declaração de Hamburgo: agenda para o futuro. Brasília: SESI/UNESCO, 1999. 67 p. CONSELHO ESTADUAL DE Educação. Parecer CEE n° 444 de 24 de abril de 2001. Regulamenta para o Sistema de Ensino de Minas Gerais a Educação de Jovens e Adultos. CONSELHO NACIONAL DE EDUCAÇÃO. Câmara de Educação Básica. Resolução n. 01 de 5 de julho de 2000. Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação de Jovens e Adultos. http://www.acaeducativa.org. ______________. Câmara de Educação Básica. Parecer 11/2000. Relator: Carlos Roberto Jamil Cury. 10 maio, 2000. http://www.acaeducativa.org. CURY, C. R. J. Legislação Educacional brasileira. Rio de Janeiro: DP&A, 2002. DAYRELL, Juarez Tarcísio. O jovem como sujeito social. Caxambu: 2002, ANPED. Lei 9394/96 – Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB) - Estabelece as Diretrizes e Bases da Educação Nacional.

BRASIL. Parâmetros Curriculares Nacionais – PCN/Secretaria de Educação Fundamental – Brasília: MEC/SEF, 1997. BRASIL.Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil–Brasília:MEC 1998. Cadernos do Ciclo Inicial de Alfabetização / Centro de Alfabetização, Leitura e Escrita. Belo Horizonte: Secretaria de Estado da Educação de Minas Gerais, 2003. BRASIL. Resolução 469 do SEE/MG (Ensino Fundamental de 09 anos) - Dispõe sobre a organização e o funcionamento dos anos iniciais do ensino fundamental, com nove anos de duração. Resolução 521 da SEE/MG (5ª a 8ª) - Dispõe sobre a organização e o funcionamento do ensino nas escolas estaduais de Minas Gerais e dá outras providências.

BRASIL. Resolução 03 da Câmara de Educação Básica – Dispõe sobre a faixa etária

prevista para ingresso na Educação Infantil e Ensino Fundamental). BRASIL. Parecer 18/2005 do Conselho Nacional de Educação (Ensino Fundamental de 09 anos)

BRASIL. Resolução 666–07/04/2005(Estabelece os Conteúdos Básicos Comuns – CBCs)

BRASIL. Resolução CEB 1–01/04/2003–Ensino de 9 anos–Em busca do Sucesso Escolar. BRASIL. Lei 1114/05 - Altera os arts. 6º, 30, 32 e 87 da Lei n 9.394, de 20 de dezembro de 1996, com o objetivo de tornar obrigatório o início do ensino fundamental aos seis anos de idade.

BRASIL. Lei nº 11.494, de 20 de junho de 2007. Regulamenta o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação – FUNDEB.

Documento Norteador para Elaboração de Plano Municipal de Educação – PME /Elaboração Clodoaldo José de Almeida Souza. – Brasília: Secretaria de Educação Básica, 2005. Atlas da Educação da Fundação João Pinheiro, 2003.

Lei Orgânica Municipal – É a Lei que rege a vida política e administrativa do Município de Ouro Preto, tendo sido promulgada pela Câmara Municipal na legislatura 1989 – 1992, revisada e atualizada até o dia 18 de novembro de 2004.

Estatuto do Magistério – Lei Municipal 124/94

Plano de Cargos e Vencimentos – Lei Complementar Municipal nº 21, de 1 de novembro de 2006.