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LEI NUMERO 2.604, de 04 DE DEZEMBRO DE 2007 Dispõe sobre a reestruturação e a reorganização do Estatuto do Magistério Público do município de Osvaldo Cruz e dá outras providências correlatas. O cidadão Wilson Aparecido Pigozzi, Prefeito Municipal de Osvaldo Cruz, Estado de São Paulo, usando das atribuições que lhe são conferidas por lei, faz saber que a Câmara Municipal aprovou e ele sanciona a seguinte Lei: CAPÍTULO I Das Disposições Preliminares Seção I Do Estatuto do Magistério e seus objetivos Artigo 1º - Esta Lei Complementar reestrutura e reorganiza o Magistério Público do Município de Osvaldo Cruz, nos termos das Leis Federais nºs. 9.394, de 20 de dezembro de 1996, 11.274, de 06 de fevereiro de 2006 e 11.494, de 20 de junho de 2007. Artigo 2º - Esta Lei Complementar abrange e aplica-se aos profissionais que exercem atividades de docência e aos que oferecem suporte pedagógico a essas atividades, aos quais cabem as atribuições de planejar, executar, avaliar, orientar, coordenar, supervisionar, administrar, inspecionar e ministrar aulas, na educação básica. Seção II Dos Conceitos Básicos Artigo 3º - Para os efeitos desta Lei, considera-se: I – Cargo do Magistério: o conjunto de atribuições e responsabilidades conferidas ao profissional do Magistério; II – Classe: o conjunto de cargos e de funções-atividades da mesma natureza e igual denominação; III Função-Atividade: o conjunto de atividades concernentes a um determinado cargo e exercido em caráter temporário; IV - Carreira do Magistério: o conjunto de cargos e provimento efetivo do Quadro do Magistério, caracterizados pelo desempenho das atividades a que se refere o artigo anterior; V – Quadro do Magistério: o conjunto de cargos e de funções-atividades de docentes e de profissionais que oferecem suporte

LEI NUMERO 2.604, de 04 DE DEZEMBRO DE 2007camocruz.sp.gov.br/legislacao/leis_ordinarias/2007/lei_mun_2604... · Orgânica do Município, Lei Federal nº 9.394, de 20 de dezembro

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LEI NUMERO 2.604, de 04 DE DEZEMBRO DE 2007

Dispõe sobre a reestruturação e a reorganização do Estatuto do Magistério Público do município de Osvaldo Cruz e dá outras providências correlatas. O cidadão Wilson Aparecido Pigozzi, Prefeito Municipal de Osvaldo Cruz, Estado de São Paulo, usando das atribuições que lhe são conferidas por lei, faz saber que a Câmara Municipal aprovou e ele sanciona a seguinte Lei:

CAPÍTULO I Das Disposições Preliminares

Seção I

Do Estatuto do Magistério e seus objetivos Artigo 1º - Esta Lei Complementar reestrutura e reorganiza o Magistério Público do Município de Osvaldo Cruz, nos termos das Leis Federais nºs. 9.394, de 20 de dezembro de 1996, 11.274, de 06 de fevereiro de 2006 e 11.494, de 20 de junho de 2007. Artigo 2º - Esta Lei Complementar abrange e aplica-se aos profissionais que exercem atividades de docência e aos que oferecem suporte pedagógico a essas atividades, aos quais cabem as atribuições de planejar, executar, avaliar, orientar, coordenar, supervisionar, administrar, inspecionar e ministrar aulas, na educação básica.

Seção II Dos Conceitos Básicos

Artigo 3º - Para os efeitos desta Lei, considera-se: I – Cargo do Magistério: o conjunto de atribuições e responsabilidades conferidas ao profissional do Magistério; II – Classe: o conjunto de cargos e de funções-atividades da mesma natureza e igual denominação; III – Função-Atividade: o conjunto de atividades concernentes a um determinado cargo e exercido em caráter temporário; IV - Carreira do Magistério: o conjunto de cargos e provimento efetivo do Quadro do Magistério, caracterizados pelo desempenho das atividades a que se refere o artigo anterior; V – Quadro do Magistério: o conjunto de cargos e de funções-atividades de docentes e de profissionais que oferecem suporte

pedagógico direto a tais atividades, privativos da Secretaria Municipal de Educação de Osvaldo Cruz;

VI – Nível: número indicativo da posição dos

profissionais na Escala de Vencimentos;

VII – Faixa: subdivisão dos cargos e funções existentes nas classes, escalonadas de acordo com a jornada semanal de trabalho.

CAPÍTULO II Dos Princípios da Educação

Artigo 4º - A educação, inspirada nos sentimentos de igualdade, liberdade, solidariedade e fraternidade, será responsabilidade do Município, que a organiza como sistema destinado à universalização da educação básica e instrumento voltado à eliminação das desigualdades sociais. Artigo 5º - A educação será ministrada com base nos princípios estabelecidos na Constituição Federal, Constituição Estadual, Lei Orgânica do Município, Lei Federal nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996 – Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBEN) e Lei Federal nº 8.069, de 13 de junho de 1996 – Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), e demais legislações pertinentes. Artigo 6º - A educação será ministrada objetivando: I – integrar os CEIs e escolas à comunidade, visando a interação das famílias com os educadores para consecução das metas propostas; II – garantir um ensino que, partindo do ambiente da comunidade da criança, possibilite-lhe a superação e compreensão de novas realidades, bem como voltado à realidade vivenciada pelas crianças e adolescentes; III – proporcionar ao educando a informação e formação necessária ao desenvolvimento de suas potencialidades e como elemento de auto- realização; IV – acolher a pluralidade de idéias, de princípios ideológicos e de concepções pedagógicas; V – desenvolver a capacidade de elaboração e reflexão crítica da realidade; VI – desenvolver a integral personalidade humana e sua participação na obra do bem comum; VII – fortalecer a unidade nacional e a solidariedade internacional; VIII – preparar o educando para o exercício da cidadania;

IX – desenvolver a preservação, difusão e expansão do patrimônio natural, cultural, histórico e científico do Município; X – estimular experiências educacionais inovadoras, visando a garantia de padrão de qualidade do ensino ministrado na área da educação básica; XI – adequar os currículos escolares às peculiaridades do Município; XII – transmitir as primeiras noções de:

a) preservação dos equipamentos de uso coletivo; b) proteção ao meio ambiente;

c) convivência com urbanidade;

d) higiene pessoal; e) educação sexual;

f) segurança no trânsito;

g) Declaração Universal dos Direitos do Homem;

h) Direitos Individuais, Coletivos e Sociais; i) Estatuto da Criança e do Adolescente; j) Memória, cultura e história do Município; k) Declaração de Salamanca.

Artigo 7º - A Educação do Município desenvolver-se-á em articulação com a União e o Estado de São Paulo, de acordo com o Plano Municipal de Educação, Lei nº 2.393, de 17 de dezembro de 2003, que contemplará: I – erradicação do analfabetismo; II – universalização da educação básica, para a criança, o adolescente e o adulto; III – melhoria da qualidade da educação básica;

Artigo 8º - Em todos os níveis de ensino, será estimulada a prática de esportes individuais e coletivos, como complemento à formação integral do educando.

Parágrafo Único – A prática referida no “caput” deste artigo, sempre que possível, levará em conta as necessidades dos portadores de necessidades especiais. Artigo 9º - O ensino religioso poderá constituir-se em disciplina do ensino fundamental, de natureza interconfessional, e será de matrícula facultativa e as aulas gratuitas. Artigo 10 - O Poder Executivo poderá manter, em regime de cooperação e/ou convênio, com as empresas privadas locais, CEIs e EMEIs visando a assistência gratuita aos educandos do Município, conforme dispõe o inciso XXV, do artigo 7º , da Constituição Federal.

CAPÍTULO III Da Educação Infantil e do Ensino Fundamental

Artigo 11 - A Educação Infantil e o Ensino Fundamental, constituem-se em direitos do cidadão, a que o Município e a família têm o dever de atender. Artigo 12 - A Educação Infantil e o Ensino Fundamental no Município serão oferecidos em: I – CEIs ou entidades equivalentes, para crianças de 0 (zero) até 6 (seis) anos de idade; II – Escolas de Educação Infantil, para crianças de 3 (três) a 5 (cinco) anos de idade; III – Escolas de Ensino Fundamental, para crianças a partir de 6 (seis) anos de idade. Artigo 13 - Para os fins desta Lei, as crianças com necessidades especiais serão preferencialmente atendidas na Rede Regular de CEIs, de Educação Infantil e Ensino Fundamental e com o direito de atendimento adequado em seus diferentes aspectos e condições diagnósticas, na Rede Municipal de Saúde.

CAPÍTULO IV Seção I

Do Quadro de Pessoal e Plano de Carreira do Magistério Municipal

Artigo 14 – O Quadro do Magistério é composto de 02 (dois) sub-quadros, a saber: I – Subquadro de cargos públicos que compreende a seguinte divisão: 1 – Cargo de provimento em comissão;

2 – Cargo de provimento efetivo. II – Subquadro de funções-atividades, constituído por profissionais admitidos, em caráter de substituição, para: 1 – Reger classes e/ou ministrar aulas cujo número reduzido, especificidade ou transitoriedade, não justifiquem o provimento de cargo. 2 – Reger classes e/ou ministrar aulas atribuídas a ocupantes de cargo ou funções - atividades, afastados a qualquer título. 3 – Reger classes e/ou ministrar aulas decorrentes de cargos vagos ou que ainda não tenham sido criados; 4 – Substituir classes de suporte pedagógico na seguinte conformidade:

a) Substituição de profissionais de suporte pedagógico afastados a qualquer título;

b) Ocupar posto de trabalho em unidade escolar que não comporta cargos.

Artigo 15 - O quadro de integrantes da classe de suporte pedagógico e de docentes do magistério, com suas quantidades de cargos, nomenclaturas, formas de provimento, jornada de trabalho, vencimento e requisitos é o estabelecido nos Anexos I e II desta Lei. Artigo 16 - Cada classe de Suporte Pedagógico e de Docente é composta de 5 (cinco) níveis de vencimentos, constantes dos Anexos III e IV, respectivamente, correspondendo o primeiro nível ao vencimento inicial das classes e os demais à progressão horizontal decorrente de promoção por aperfeiçoamento profissional, prevista na presente Lei. Artigo 17 - Os cargos em comissão são de confiança, de livre nomeação e exoneração, a critério do Chefe do Executivo. Artigo 18 - Os cargos em comissão, quando ocupados por servidores públicos, obedecerão às seguintes normas:

I – observar-se-á, para o provimento dos cargos em comissão, os requisitos estabelecidos para os mesmos; II – o funcionário público, nomeado para ocupar cargo em comissão, ao ser exonerado, retornará ao seu cargo de origem, independentemente do prazo de duração da nomeação para o cargo em comissão; III – ao funcionário público, nomeado para ocupar cargo em comissão, será facultado optar pela remuneração de seu cargo de origem, caso maior;

IV – o funcionário público, nomeado para ocupar cargo em comissão, fará jus à diferença pecuniária existente entre o seu vencimento e o vencimento do cargo em comissão, não se incorporando a diferença percebida ao seu vencimento, exceto na hipótese prevista em legislação específica; V – o funcionário público nomeado para ocupar cargo em comissão terá garantido a contagem de tempo de serviço para todos os fins de direito, de acordo com o artigo 82, inciso IV e § 1º, da presente Lei.

SEÇÃO II Da Composição do Campo de Atuação dos Integrantes do Quadro do Magistério

Artigo 19 - O Quadro do Magistério Municipal é constituído de classes de docentes e de suporte pedagógico, definido seu campo de atuação como segue: I – Classe de Docentes:

a) Professor de Educação Infantil – para atuar em atividades docentes no campo da Educação Infantil;

b) Professor do Ensino Fundamental – para atuar em atividades docentes nos

1º ao 5º anos do Ensino Fundamental regular, na educação especial e na Educação de Jovens e Adultos (EJA);

c) Professor de Educação Física – para atuar em atividades docentes, nas

diferentes modalidades de ensino oferecidas pela Rede Municipal de Educação, nas quais a disciplina está inserida;

d) Professor de Inglês – para atuar em atividades docentes, – nas diferentes

modalidades de ensino oferecidas pela Rede Municipal de Educação, nas quais a disciplina está inserida.

II – Classes de Suporte Pedagógico:

a) Secretário de Educação Municipal – nos diferentes níveis e modalidades de ensino oferecidos pela Rede Municipal de Educação;

b) Supervisor de Ensino Municipal – nos diferentes níveis e modalidades de

ensino oferecidos pela Rede Municipal de Educação; c) Diretor de Educação Infantil – na Educação Infantil; d) Diretor de Ensino Fundamental – no Ensino Fundamental;

e) Diretor de Educação Especial – nos diferentes níveis e modalidades de

ensino oferecidos pela Rede Municipal de Educação;

f) Diretor Técnico de Planejamento – nos diferentes níveis e modalidades de ensino oferecidos pela Rede Municipal de Educação;

g) Diretor de Escola – nos diferentes níveis e modalidades de ensino oferecidos pela escola;

h) Professor Coordenador de Ensino – nos diferentes níveis e modalidades de

ensino oferecidos pela escola, na coordenação da área pedagógica:

Parágrafo Único - Além das classes previstas no artigo anterior, poderá haver, nas Unidades Escolares, posto de trabalho de Vice – Diretor de escola, na forma a ser estabelecida em regulamento.

CAPÍTULO V Da Promoção

Artigo 20 - Fica instituída a partir da publicação da presente Lei, as disposições e normas para as promoções horizontais no Quadro do Magistério. Artigo 21 - Promoção horizontal é a passagem do docente e do integrante da classe de suporte pedagógico, do nível de referência em que se encontra enquadrado, para outro imediatamente superior. § 1º - A promoção horizontal será efetuada por aperfeiçoamento profissional e ocorrerá no mês de março de cada ano, sendo necessário o docente ou suporte pedagógico ter cumprido o período de estágio probatório e adquirido a estabilidade no serviço público municipal, obter 10(dez) pontos de acordo com o Artigo 28 desta Lei e haver transcorrido 5 (cinco) anos contados da data de posse e exercício no cargo. § 2º - Não terão direito à promoção horizontal os ocupantes de cargo em comissão, exceto se forem titular de cargo efetivo, quando, então, os interessados serão enquadrados no nível correspondente ao de seu cargo de origem.

Seção I Da Promoção Horizontal por Aperfeiçoamento Profissional

Artigo 22 – Anualmente, até o mês de fevereiro, o docente e integrante da classe de suporte pedagógico deverá formular pedido da promoção ao chefe do executivo, apresentando na ocasião a comprovação dos títulos com a menção de carga horária cumprida, para contagem de pontos. Artigo 23 – O docente e o integrante da classe do suporte pedagógico, para concorrer à promoção horizontal por aperfeiçoamento profissional, deverá preencher, cumulativamente, durante o período de aquisição, os seguintes requisitos: I – não ter sofrido penalidade correspondente ao grau de suspensão; II - Possuir os títulos exigidos, correlatos ao magistério.

Artigo 24 – Não poderá concorrer à promoção horizontal por aperfeiçoamento profissional, o docente e/ou integrante da classe de suporte pedagógico que durante o período aquisitivo, à época do processo de promoção: I – estiver afastado para exercer mandato eletivo; II – estiver afastado para responder processo administrativo; III – estiver afastado, para prestação de serviço, junto a outros órgãos das administrações federal, estadual, municipal direta ou indireta, ou a outro Município; IV – estiver afastado sem vencimentos. Artigo 25 – A promoção horizontal por aperfeiçoamento profissional dependerá da contagem de pontos relativa a diplomas, certificados de cursos e habilitações específicas e/ou especiais para a atividade do Magistério, de interesse do funcionário e da Administração:

I – Os cursos de pequena duração e/ou extensão universitária só serão contados a partir de 1998; II – Os títulos utilizados para concorrer a uma promoção horizontal por aperfeiçoamento profissional não poderão ser utilizados para outra promoção da mesma natureza. Artigo 26 – Na avaliação para contagem de pontos, referente à promoção horizontal por aperfeiçoamento profissional, deverá ser considerada a documentação relativa especialmente à área da educação: I – freqüência a cursos, simpósios, encontros e seminários, promovidos pela Secretaria Municipal de Educação e/ou entidades credenciadas, destinadas ao aperfeiçoamento profissional do Quadro do Magistério com carga horária (somatório) de 30 (trinta) horas; II – conclusão de cursos de atualização, extensão universitária, com carga horária (somatório) de 30 (trinta) horas e/ou devidamente homologadas pelo órgão público oficial de educação, conforme legislação pertinente; III – habilitação em curso de licenciatura plena não específica para o campo de atuação; IV – habilitação em cursos de licenciatura plena, específica para o campo de atuação; V – conclusão de cursos de pós-graduação (latu-sensu), com duração de 360 (trezentos e sessenta) horas.

Parágrafo Único – A licenciatura plena quando utilizada para o ingresso não será pontuada como título. Artigo 27 – Os pontos relativos aos títulos previstos no artigo anterior desta Lei, serão atribuídos obedecendo aos seguintes critérios: I – para o previsto no inciso I – 0,5 (meio) ponto; II – para o previsto no inciso II – 1,0 (um) ponto; III – para o previsto no inciso III – 3,0 (três) pontos; IV – para o previsto no inciso IV – 4,0 (quatro) pontos; V – para o previsto no inciso V – 5,0 (cinco) pontos. Artigo 28 – Ao completar 10 (dez) pontos, o docente e/ou integrante da classe de suporte pedagógico será promovido para o nível salarial imediatamente superior ao que estiver enquadrado, respeitado o interstício de que trata o artigo 37 desta Lei, vedado o uso dos títulos pontuados para outro enquadramento. § 1º - O docente e integrante da classe de suporte pedagógico, enquanto não completar a pontuação mínima exigida para a promoção, não será promovido, e terá os pontos obtidos em cada processo anual de promoção acumulados para o processo seguinte. § 2º - Os pontos que excederem ao mínimo disposto na presente Lei, serão acumulados para o processo seguinte, vedado o uso desses pontos para quaisquer outros fins. Artigo 29 – O resultado da contagem de pontos, para fins de promoção por aperfeiçoamento profissional, com o total de pontos obtidos, será divulgado na primeira quinzena do mês de abril pelos meios usuais de divulgação interna, e deverá constar do prontuário do docente e integrante da classe de suporte pedagógico. Artigo 30 – A partir da data de divulgação do resultado da contagem de pontos, o docente e integrante da classe de suporte pedagógico terão o prazo de 15 (quinze) dias corridos para recorrer de seu resultado junto à Secretaria Municipal de Educação. Artigo 31 – Os recursos deverão, obrigatoriamente, ser julgados transcorridos 15 (quinze) dias úteis do protocolo de entrada, pelo Secretário Municipal de Educação, ouvida a Comissão a que se refere o artigo 33 desta Lei. Artigo 32 – Os recursos serão julgados de forma definitiva e conclusiva, não cabendo apelação para qualquer outra esfera da administração municipal.

Artigo 33 – Fica constituída uma Comissão, cujos membros terão suas designações pelo prazo máximo de 4 (quatro) anos, para efetuar o acompanhamento de todo o processo referente à promoção dos docentes e à contagem de pontos, formada pelos seguintes membros: I – um representante do Secretário Municipal de Educação, que será seu Presidente; II – um representante dos diretores de escola, escolhido pelos seus pares, e que seja lotado em unidade escolar, que será o Secretário; III – um docente estável, escolhido por seus pares, e que seja lotado em unidade ou estabelecimento da rede municipal de educação e ensino. Parágrafo Único – A Comissão terá pleno poderes para resolver os casos omissos, dentro da legislação pertinente.

Artigo 34 – As designações dos membros na Comissão a que se refere o artigo anterior, observadas as indicações constantes em seus Incisos, serão efetuadas através de Portaria do Chefe do Executivo. Artigo 35 – Ao se concretizar a promoção horizontal por aperfeiçoamento profissional, o docente e integrante da classe de suporte pedagógico passará para o nível da referência imediatamente superior, dentro do nível de referência do seu respectivo cargo, de acordo com os Anexos III e IV que integram esta Lei, observando-se que sobre seu novo nível de referência deverão ser recalculadas todas as vantagens de ordem pecuniária, permanentes ou temporárias, a que faça jus. Artigo 36 – O vencimento correspondente ao seu novo nível de referência, ser-lhe-á pago a partir do primeiro dia do mês seguinte à divulgação da homologação, pelo Prefeito, dos resultados do processo de promoção, retroativo a data de vencimento do interstício de que trata o Artigo 37 desta Lei, excetuando-se aquelas situações em que o vencimento do interstício ocorreu antes da vigência desta Lei, excetuando-se, ainda, aquelas situações em que o interessado deixou de formular o pedido de promoção num dado ano, nos termos do artigo 22 desta Lei, fazendo-o somente no ano subseqüente, casos em que o retroativo terá como referência a data do pedido atual. Artigo 37 – Deverá haver, entre uma promoção horizontal por aperfeiçoamento profissional e a promoção seguinte, obrigatoriamente, um interstício mínimo de 5 (cinco) anos. § 1º - Para o docente e/ou integrante da classe de suporte pedagógico, concluinte de cursos de pós-graduação “stricto sensu” – mestrado ou doutorado, fica dispensado o interstício de que trata este artigo, fazendo jus ao que se segue:

I – concluintes de “strictu sensu” – mestrado, adicional de 10% incorporado ao salário base; II – concluintes de “strictu sensu” – doutorado, adicional de 15% incorporado ao salário base. § 2º - As vantagens estabelecidas pelo parágrafo anterior, itens I e II, serão concedidas ao interessado imediatamente, ante a apresentação de atestado ou certificado de conclusão. Artigo 38 – O funcionário que, com base na legislação vigente anterior à publicação da presente Lei, foi promovido na carreira, a aplicação dos dispositivos desta lei far-se-á a partir da data de concessão do último enquadramento, observando-se o cumprimento do interstício mínimo de 05 (cinco) anos de tempo de efetivo exercício, no nível em que estiver enquadrado, excetuando-se o disposto nos §§ 1º e 2º do artigo 37 desta Lei.

CAPÍTULO VI Do Concurso Público para Ingresso

Artigo 39 – A investidura nos cargos que compõem o quadro de pessoal do magistério, far-se-á através de aprovação em concurso público de provas e títulos, observando-se: I – o disposto para a investidura em cargo público, conforme estabelece a legislação vigente do Município; II – o quesito mínimo exigido para o cargo. § 1º - A investidura far-se-á sempre na referência inicial do respectivo cargo, aplicando-se este dispositivo mesmo quando se tratar de acumulação. § 2º - Excetua-se do disposto no “caput” deste artigo a nomeação para cargos em comissão, de livre nomeação e exoneração, a critério exclusivo do Chefe do Executivo. Artigo 40 – Os títulos referentes a diplomas e certificados, não poderão ultrapassar a 20% (vinte por cento) dos pontos totais possíveis das provas do Concurso a que serão submetidos os candidatos. Parágrafo Único – O requisito para o desempenho do cargo não será pontuado como título. Artigo 41 – Havendo empate na classificação final do concurso público, terá preferência, sucessivamente, o candidato que: I – tiver obtido a maior nota na prova;

II – contar com mais tempo de exercício no magistério municipal; III – obtiver maior pontuação em títulos, diplomas e certificados; IV – for o mais idoso; V – contar com o maior número de dependentes. Artigo 42 – Serão considerados como títulos, diplomas e certificados ou outros critérios julgados válidos, por ocasião do concurso, e constantes do respectivo Edital, observadas as seguintes normas de caráter geral para o estabelecimento de pontuação:

I – Licenciatura plena na área de educação; II – Mestrado na área de educação ou em áreas afins; III – Doutorado na área de educação ou em áreas afins; IV – Especialização e aperfeiçoamento em áreas específicas; V – Aprovação em outros concursos públicos do Município de Osvaldo Cruz, na área de atuação; VI – Tempo de serviço no Magistério Público Municipal de Osvaldo Cruz, específico na área de atuação. Parágrafo Único – O tempo de serviço no magistério público municipal será contado como título, exclusivamente quando o docente, estável nos termos do Artigo 19, do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias, submeter-se a concurso para fins de efetivação. Artigo 43 – Após o ingresso o docente ficará sujeito a estágio probatório pelo período de 36 (trinta e seis) meses, antes de adquirir a estabilidade no serviço público municipal. Parágrafo Único – Os critérios e normas que determinarão o resultado positivo ou negativo do estágio probatório a que se refere o “caput” deste artigo, serão objeto de regulamentação, através de Decreto do Chefe do Executivo.

CAPÍTULO VII Das Substituições

Artigo 44 – Haverá substituição nos casos previstos no Artigo 14 desta Lei. § 1º - O substituto deverá preencher os requisitos mínimos exigidos, de acordo com os Anexos I e II desta Lei.

§ 2º - O substituto deverá se submeter ao regimento interno das unidades escolares ou do estabelecimento de ensino e demais legislações pertinentes. Artigo 45 – O cargo de docente admite substituição a partir de um dia de impedimento do titular e/ou regente de classe. § 1º - A substituição poderá ser exercida, inclusive por ocupante de cargo de mesma classe, para o qual é habilitado, dependendo de regulamentação específica. § 2º - O docente ocupante de cargo ou função-atividade poderá trabalhar eventualmente em período distinto da classe ou aulas atribuídas, sem exceder o limite máximo de 40 (quarenta) horas semanais. § 3º - Toda substituição que não ultrapasse 15 (quinze) dias deverá ser atribuída na própria unidade escolar. Artigo 46 – O docente titular de cargo de educação infantil poderá ser afastado para substituir titular de cargo docente de ensino fundamental, ou para exercer cargo vago também no ensino fundamental, recebendo pela jornada do seu cargo e, o que ultrapassar, a título de carga suplementar, respeitadas as seguintes condições:

a) o docente efetivo de educação infantil interessado nesta substituição deverá se inscrever na secretaria municipal, onde será classificado entre os pares, obedecendo instruções normativas baixadas pelo Secretário Municipal de Educação;

b) As classes a serem oferecidas serão aquelas, de primeiro ano,

remanescentes da fase de atribuição de classes/aulas aos docentes titulares de cargo do ensino fundamental;

c) O tempo de duração da substituição for por um período nunca inferior a 9

(nove) meses.

Parágrafo Único - Para fins do que estabelece o “caput” deste artigo, será sempre observado o disposto no artigo 50 desta Lei. Artigo 47 – No caso de afastamento de ocupantes de cargos em comissão e de diretor de escola, somente poderá haver substituição em impedimentos superiores a 15 (quinze) dias, dependendo de regulamentação própria. Artigo 48 – Para fins de retribuição pecuniária nos casos de substituição, observar-se-á a Tabela de Vencimento aplicável ao Magistério. § 1º - No caso de substituição de docente, a retribuição pecuniária será efetuada pelas horas-aula trabalhadas com base no primeiro nível da referência inicial, correspondente ao do Professor substituído

§ 2º - Nos demais casos, o substituto perceberá a diferença dos vencimentos do nível de referência em que se encontra classificado, para o nível de referência em que se encontra classificado o substituído, caso este seja maior. Artigo 49 – Toda licença- prêmio que exija substituição, esta poderá ser feita pelo próprio titular de cargo, percebendo seus vencimentos no nível inicial da classe de acordo com os Anexos I e II.

Artigo 50 - Qualquer que seja o período de substituição, o substituto retornará, após a mesma, a seu cargo de origem, não gerando direito de efetivação, sob nenhuma hipótese, no cargo objeto da substituição. Artigo 51 – A contratação para a função de caráter temporário far-se-á de acordo com a legislação específica, destacando-se a CLT e a Lei Municipal nº 2.494, de 08 de fevereiro de 2006, mediante portaria de admissão, precedida de processo seletivo simplificado realizado pela Secretaria Municipal de Educação, na forma da lei e com peculiaridades estabelecidas em regulamento. Artigo 52 – Poderá haver contratação de pessoal em caráter temporário, de acordo com a legislação municipal própria, mediante portaria de admissão, precedida de processo seletivo simplificado realizado pela Secretaria Municipal de Educação, na forma da lei e com peculiaridades estabelecidas em regulamento, para atuar em projetos educacionais específicos diretamente relacionados ao processo educativo, criados pela SME para atender necessidades peculiares dos educandos. Parágrafo Único – Para atender os alunos com defasagem ou dificuldades, claramente identificadas e não superadas no percurso do Ciclo, o que obriga a escola a oferecer-lhes, no ano seguinte, a oportunidade de aprendizagem no mesmo Ciclo, serão criadas classes de recuperação de ciclo, de natureza transitória, observando-se os preceitos normativos a serem baixados pelo Secretário Municipal de Educação, classes as quais, quanto à regência, receberão o tratamento estabelecido no artigo 14, inciso II, item 1, da presente Lei.

CAPÍTULO VIII

Da Jornada de Trabalho, Do Vencimento, da Gratificação, de

Exercício Fora da Sede do Município e da Aposentadoria

Seção I

Jornada de Trabalho da Classe Docente Artigo 53 – Os ocupantes de cargo docente ficam sujeitos às jornadas semanais de trabalho, a saber: I – jornada integral de trabalho docente;

II – jornada parcial de trabalho docente.

Artigo 54 – A jornada semanal de trabalho do docente é constituída de horas em atividades com alunos, de horas de trabalho pedagógico em local de livre escolha pelo docente, a saber:

I – Jornada Integral de Trabalho Docente, composta por:

a) 25 (vinte e cinco) horas em atividades com alunos;

b) 05 (cinco) horas de trabalho pedagógico, das quais 02 (duas) na escola, em atividades coletivas, e 03 (três) em local de livre escolha pelo docente.

II – Jornada Parcial de Trabalho Docente, composta por:

a) 20 (vinte) horas em atividades com alunos; b) 04 (quatro) horas de trabalho pedagógico, das quais (duas) na escola, em

atividades coletivas e 02 (duas) em local de livre escolha pelo docente.

§ 1º - A hora de trabalho terá a duração de 60 (sessenta) minutos, dentre os quais 50 (cinqüenta) minutos serão dedicados à tarefa de ministrar aulas. § 2º - Fica assegurado ao docente um mínimo de 15 (quinze) minutos consecutivos de descanso (recreio), em cada período letivo. Artigo 55 – Aplica-se aos docentes: I – Jornada Integral, aos que atuam no ensino fundamental regular e educação especial; II – Jornada Parcial, aos que atuam na educação infantil e ensino supletivo. Artigo 56 – As jornadas de trabalho previstas nesta Lei Complementar não se aplicam aos ocupantes de função-atividade, que deverão ser retribuídos conforme a carga horária que efetivamente vierem a cumprir. Artigo 57 – Entende-se por carga horária o conjunto de horas em atividades com alunos, horas de trabalho pedagógico coletivo na escola e horas de trabalho pedagógico em local de livre escolha. Parágrafo Único – Quando o conjunto de horas em atividades com alunos for diferente do previsto no artigo 54, a esse conjunto corresponderão horas de trabalho pedagógico na escola e horas de trabalho pedagógico em local de livre escolha pelo docente, na forma indicada no Anexo V desta Lei.

Seção II Da Carga Suplementar de Trabalho e da Carga Reduzida de Trabalho

Artigo 58 – Os docentes sujeitos às jornadas de trabalho previstas no artigo 54 poderão exercer carga suplementar de trabalho docente.

Parágrafo Único – A carga suplementar só poderá ser atribuída, exclusivamente, nos casos de caráter temporário, de excepcional interesse público, substituições e para atividades de educação física. Artigo 59 – Entende-se por carga suplementar de trabalho docente o número de horas prestadas pelo docente, além daquelas fixadas para a jornada de trabalho a que estiver sujeito. § 1º - As horas prestadas a título de carga suplementar são constituídas de horas em atividades com alunos e horas de trabalho pedagógico. § 2º - O número de horas semanais correspondente à carga suplementar de trabalho não excederá à diferença entre 40 (quarenta) e o número de horas previstas para a jornada de trabalho a que estiver sujeito o docente. Artigo 60 – Nos casos em que as horas-aula em atividades com os alunos, cumpridas pelo funcionário admitido nos termos do artigo 54 desta Lei for inferior ao fixado para a jornada parcial de trabalho docente, configurar-se-á carga reduzida de trabalho. Parágrafo Único – Para cálculo das horas de trabalho pedagógicos, atribuídos nos termos deste artigo, observar-se-á o Anexo V desta Lei. Artigo 61 – A carga horária da Educação de Jovens e Adultos será de acordo com as horas trabalhadas.

SEÇÃO III Da Hora de Trabalho Pedagógico

Artigo 62 – As horas de trabalho pedagógico coletivo na escola deverão ser utilizadas para reuniões e outras atividades pedagógicas e de estudo, de caráter coletivo, organizadas pelo estabelecimento de ensino, bem como para atendimento a pais de alunos. Artigo 63 – As horas de trabalho pedagógico, em local de livre escolha pelo docente, destinam-se à preparação de aulas e à avaliação de trabalhos dos alunos. Parágrafo Único – As horas de trabalho pedagógico coletivo e hora de trabalho pedagógico de livre escolha pelo docente são atribuídas conforme o número de aulas em atividades com os alunos, de acordo com o Anexo V, da presente Lei.

SEÇÃO IV Jornada de Trabalho dos Cargos de Suporte Pedagógico

Artigo 64 – Os cargos de suporte pedagógico serão exercidos em Jornada Completa de Trabalho, composta de 40 (quarenta) horas semanais.

SEÇÃO V Da Aposentadoria

Artigo 65 – Lei específica, de iniciativa exclusiva do Prefeito, poderá dispor sobre a Previdência e Assistência Sociais aos funcionários públicos, naquilo que for de competência do Município, observadas as disposições Constitucionais e a Legislação vigentes. Parágrafo Único – Enquanto não for instituído sistema de previdência própria ou complementar, os funcionários do magistério ficarão vinculados ao Regime Geral da Previdência, na conformidade da legislação federal vigente.

SEÇÃO VI Do Vencimento

Artigo 66 – Os valores das horas-aula trabalhadas na docência da Educação Infantil e na docência do Ensino Fundamental serão iguais. Artigo 67 – A retribuição pecuniária dos servidores abrangidos por esta Lei compreende vencimentos ou salários e vantagens pessoais, na forma da legislação vigente. Artigo 68 – O piso salarial profissional a que se refere o Inciso V, do Artigo 206, da Constituição Federal, fica fixado nas referências iniciais dos Anexos III e IV, da presente Lei. Artigo 69 - Os valores dos vencimentos e salários dos servidores constarão do Quadro de Pessoal e Plano de Carreira do Magistério e serão fixados de acordo com os Anexos I, II, III e IV desta Lei. Parágrafo Único – Os valores fixados nos Anexos III e IV, desta Lei, serão refeitos sempre que se julgar necessário, com base nos recursos financeiros aplicados em educação, nos termos da Lei Federal nº 9.424/96. Artigo 70 – As vantagens pessoais a que se refere o artigo 67 da presente Lei, são as seguintes: I – Adicional por tempo de serviço, após cada período de cinco anos de efetivo exercício no serviço público municipal, calculado à razão de 5% (cinco por cento) sobre o vencimento do servidor, que se incorporará para todos os efeitos, calculado sobre o valor do vencimento ou salário, não podendo ser computado ou acumulado para fins de concessão de acréscimos ulteriores, sob o mesmo título, conforme disposto no artigo 37, inciso XIV, da Constituição Federal, com a nova redação dada pela Emenda Constitucional nº 19/98; II – Sexta-parte dos vencimentos integrais, aos 20 (vinte) anos de serviço de efetivo exercício no serviço público municipal, calculada sobre

a importância resultante da soma do vencimento ou salário de que trata o artigo 69 da presente Lei e do adicional de tempo de serviço previsto no inciso anterior. Parágrafo Único – O adicional por tempo de serviço e a vantagem da sexta-parte dos vencimentos integrais incidirão sobre o valor correspondente à carga suplementar de trabalho. Artigo 71 – Além das vantagens pessoais previstas no artigo anterior, os funcionários e servidores abrangidos pela presente Lei fazem jus a: I – Décimo terceiro salário; II – Salário-família; III – Ajuda de custo; IV - Diárias, por ocasião de saída do funcionário do Município, a serviço da Educação; V – Gratificação pela prestação de serviços extraordinários; VI – Gratificação e outras vantagens pecuniárias previstas no Estatuto do Funcionário Público Municipal. Artigo 72 – A retribuição pecuniária do titular de cargo, por hora trabalhada a título de carga suplementar de trabalho docente, corresponderá a 1/120 (um cento e vinte avos) do valor fixado para a Jornada Parcial de Trabalho Docente ou 1/150 (um cento e cinqüenta avos) do valor fixado para a Jornada Integral de Trabalho Docente, de acordo com o nível em que estiver enquadrado o servidor. Parágrafo Único – Para efeito do cálculo de retribuição mensal, o mês será considerado como de 05 (cinco) semanas. Artigo 73 – Quando houver resíduos no fundo referente aos 60% (sessenta por cento) destinados à remuneração dos profissionais do Magistério (Artigo 22, da Lei nº. 11494, de 20 de junho de 2007), haverá repasse aos docentes e suporte pedagógico que atuam na educação básica, em forma de redistribuição, conforme regulamentação. Artigo 74 – Não será permitida incorporação de quaisquer gratificações por funções, ou quaisquer outras, aos vencimentos dos integrantes do Quadro do Magistério.

CAPÍTULO XI Dos Descontos

Artigo 75 – Salvo as exceções expressamente previstas em Lei, é vedado à Administração Pública efetuar qualquer desconto nos vencimentos dos servidores, sem sua previa e expressa autorização. Parágrafo Único – Em cumprimento à decisão judicial transitada em julgado, a Administração deve descontar dos vencimentos de seus funcionários a prestação alimentícia, nos termos e nos limites determinados pela sentença.

SEÇÃO ÚNICA Das Faltas

Artigo 76 – O integrante do Quadro de Pessoal do Magistério poderá ter até 6 (seis) faltas abonadas por ano, permitida somente 01 (uma) por mês. Artigo 77 – As faltas que excederem ao limite estabelecido no artigo anterior até o limite de mais 06 (seis) durante o ano, poderão ser justificadas, desde que haja comunicação e que o pedido de justificação seja entregue em tempo hábil, e aceito pelo Secretário de Municipal de Educação. Artigo 78 – As faltas justificadas a que se refere o artigo 77 serão passíveis de desconto pecuniário no sistema de dias corridos, e entrarão no cômputo da contagem de afastamento para efeito de obtenção de licença-prêmio. §1º - As faltas que não forem objeto de abono ou justificação, conforme o previsto nos artigos 76 e 77 desta Lei, serão consideradas injustificadas. §2º - As faltas injustificadas penalizarão o funcionário com desconto pecuniário e prejuízo quanto a promoções, férias, contagem de tempo de serviço e licença-prêmio, sujeitando-o ainda à pena de abandono de cargo quando exceder a 30 (trinta) dias consecutivos das férias.

CAPÍTULO XII Das Férias e demais Direitos Dos Servidores do Magistério

SEÇÃO I

Das Férias Artigo 79 – Os docentes terão seu período de férias coincidente com a do calendário escolar, independentemente de possuir ou não o interstício de um ano de exercício no magistério municipal.

Parágrafo Único – Os integrantes do suporte pedagógico terão o seu período de férias fixado por escala homologada pela Secretaria

Municipal de Educação, observada a conveniência e o interesse do serviço público. Artigo 80 – As férias dos docentes e integrantes da classe de suporte pedagógico em educação serão interrompidas quando forem coincidentes com as licenças-gestante, de adoção, de guarda judicial ou de paternidade. § 1º - Parágrafo Único – Além das férias os professores poderão gozar do recesso de uma quinzena no mês de julho e no período compreendido entre o encerramento do ano letivo e o primeiro dia letivo do ano subseqüente. § 2º No recesso, o professor poderá ser convocado para planejamento, seminários, cursos e outras atividades referentes ao seu campo de atuação. Artigo 81 – Os funcionários públicos não integrantes do quadro de pessoal do magistério e que exerçam suas atividades na rede municipal de educação e ensino, deverão, preferencialmente, ter seu período de férias fixado para usufruí-lo nos períodos de férias do aluno e de recesso escolar.

SEÇÃO II Dos Afastamentos

Artigo 82 – O Docente e/ou Diretor de Escola poderão ser afastados do exercício do cargo ou função, respeitado o interesse da Administração Municipal, para os seguintes fins: I – prover cargo em comissão ou função de confiança no Sistema de Ensino Municipal; II – exercer atividades correlatas às de Magistério, em cargos ou funções previstas nas unidades e/ou órgãos de educação do Município; III – exercer cargo ou substituir ocupante de cargo quando este estiver afastado, desde que da mesma classe na área de jurisdição do Município; IV – exercer, por tempo determinado, atividades em outras unidades administrativas do poder público municipal, com prejuízo de vencimentos e demais vantagens do cargo, mediante anuência do Secretário Municipal de Educação e autorização do Prefeito. § 1º - Os afastamentos previstos nos incisos I, II e III, serão concedidos sem prejuízo de vencimentos e das demais vantagens do cargo ou função. § 2º - Consideram-se atividades correlatas às do Magistério, aquelas relacionadas com a docência em outras modalidades de ensino, bem como as de natureza técnica, relativas ao desenvolvimento de

estudos, planejamento, pesquisas, supervisão, coordenação, orientação em currículos, administração escolar, orientação educacional, capacitação de docentes, apoio técnico pedagógico e assistência técnica exercida em unidades e/ou órgãos da educação do Município. § 3º - O docente afastado para o exercício das atividades de trabalho de Professor Coordenador de Ensino e demais cargos ou funções da classe de suporte pedagógico, deverão cumprir jornada de trabalho conforme o previsto no artigo 64 da presente Lei. Artigo 83 – O integrante do Quadro de Pessoal do Magistério que possua, no mínimo 03 (três) anos de exercício em função docente, poderá afastar-se sem vencimentos pelo prazo máximo de 24 (vinte e quatro) meses ou 730 (setecentos e trinta) dias, assegurado o direito de reassumir o exercício de seu cargo antes do término do afastamento solicitado. Artigo 84 – O afastamento sem vencimentos deverá ser solicitado pelo docente, mediante simples requerimento dirigido ao Secretário Municipal de Educação. Parágrafo Único – O Secretário Municipal de Educação terá o prazo de 10 (dez) dias úteis para manifestação e encaminhamento para o deferimento ou indeferimento do Prefeito Municipal, devendo o docente aguardar em exercício a conclusão do trâmite. Artigo 85 – Só poderá ser concedido novo afastamento sem vencimentos após o decurso de 05 (cinco) anos do término do afastamento anterior. Artigo 86 – Aplicar-se-á ao pessoal do Quadro de Magistério, no que couber, as disposições relativas a outros afastamentos previstos na legislação respectiva.

SEÇÃO III Da Contagem e da Interrupção do Tempo de Serviço

Artigo 87 – Para fins de contagem de tempo de serviço para efeito de classificação, enquadramento e aposentadoria, para todos os efeitos legais, o integrante do Quadro de Pessoal do Magistério terá direito à contagem de tempo de serviço prestado, em função exclusivamente docente, observando o seguinte: I – para efeito de classificação e enquadramento considera-se o tempo de serviço prestado na rede Municipal de Educação de Osvaldo Cruz; II – para efeito de aposentadoria considera-se o serviço prestado em cargo público e privado, desde que devidamente reconhecido ou legalizado, observadas as exceções e disposições da legislação vigente, desde que não concomitante e devidamente anotado em carteira profissional ou documento equivalente.

Artigo 88 – Fica vedada a contagem de tempo de serviço para fins de enquadramento e aposentadoria, se já utilizado anteriormente o referido tempo para a obtenção dessas vantagens. Artigo 89 – Considera-se como de efetivo exercício as horas-aula que o docente deixar de prestar por motivo de: I – Férias escolares; II – Suspensão de aulas por determinação superior; III – Recesso Escolar; IV – Convocação de júri e outras obrigações decorrentes da legislação específica; V – Outros afastamentos previstos na presente Lei e no Estatuto dos Funcionários Públicos do Município de Osvaldo Cruz. Artigo 90 – Será interrompida a contagem para fins de direito às férias, adicional por tempo de serviço e sexta-parte, o tempo em que o docente estiver afastado do serviço em virtude de: I – Licença para tratamento de saúde por período superior a 30 (trinta) dias; II – Licença por motivo de doença em pessoa da família por período superior a 30 (trinta) dias; III – Afastamento sem vencimentos. Parágrafo Único – Na ocorrência das hipóteses previstas neste artigo, o período de afastamento será deduzido da contagem de tempo de serviço, para os fins de direitos a que se refere o seu “caput”. Artigo 91 – É vedada a acumulação de tempo de serviço prestado simultaneamente, em dois ou mais cargos ou funções, à União, Estados ou Municípios.

SEÇÃO IV Da Acumulação

Artigo 92 – É vedada a acumulação de cargos públicos, exceto: I – a de 02 (dois) cargos de Professor; II – a de 01 (um) cargo de Professor com outro técnico ou científico.

Artigo 93 – A acumulação fica condicionada à comprovação da compatibilidade de horário. Parágrafo Único – Para fins do disposto no “caput” deste artigo, deverá haver um intervalo mínimo, se no mesmo Município, de uma hora, entre o horário do término de uma jornada de trabalho de um cargo e o início da jornada de trabalho de outro cargo, e de duas horas, se em Municípios diversos, e observadas as demais disposições do Decreto nº. 2.673, de 10 de agosto de 1999. Artigo 94 – A acumulação depende sempre da aprovação prévia em concurso público de provas e títulos, específico para cada cargo, observando-se o disposto na Lei quanto ao ingresso e vencimento.

CAPÍTULO XII Dos Direitos e dos Deveres

SEÇÃO I

Dos Direitos

Artigo 95 – Além dos previstos em outras normas, são direitos do integrante do Quadro de Magistério: I – ter a seu alcance informações educacionais, bibliografia, material didático e outros instrumentos, bem como contar com assistência técnica que auxilie e estimule a melhoria de seu desempenho profissional e a ampliação de seus conhecimentos; II – ter assegurada a oportunidade de freqüentar cursos de formação, atualização e especialização profissional; III – dispor, no ambiente de trabalho, de instalações e material técnico-pedagógico suficientes e adequados, para que possa exercer com eficiência e eficácia suas funções; IV – ter liberdade de escolha e utilização de materiais, de procedimentos didáticos e de instrumento de avaliação do processo ensino-aprendizagem, dentro dos princípios psicopedagógicos, objetivando alicerçar o respeito à pessoa humana e construção do bem comum; V – receber remuneração de acordo com a classe, nível de habilitação, tempo de serviço e regime de trabalho, conforme o estabelecido por esta Lei; VI – receber remuneração por serviço extraordinário, desde que devidamente convocado para tal fim, independente da classe a que pertencer; VII – ter assegurada a igualdade de tratamento no plano técnico-pedagógico, independente do regime jurídico a que estiver sujeito; VIII – receber, através dos serviços especializados de educação, assistência ao exercício profissional;

IX – participar, como integrante do Conselho de Escola, dos estudos e deliberações que afetam o processo educacional; X – participar do processo de planejamento, execução e avaliação das atividades escolares; XI – reunir-se na unidade escolar para tratar de assuntos de interesse da categoria e da educação em geral, sem prejuízo das atividades escolares.

SEÇÃO II

Dos Deveres Artigo 96 – O integrante do Quadro do Magistério tem o dever constante de considerar a relevância social de suas atribuições, mantendo conduta moral e funcional adequada à dignidade profissional, em razão da qual, além das obrigações previstas em outras normas, deverá: I – conhecer e respeitar as leis; II – preservar os princípios, os ideais e fins da educação brasileira, através de seu desempenho profissional; III – empenhar-se em prol do desenvolvimento do aluno, utilizando processos que acompanhem o progresso científico da educação; IV – participar das atividades educacionais que lhe forem atribuídas por força de suas funções; V – comparecer ao local de trabalho com assiduidade e pontualidade, executando suas tarefas com eficiência, zelo e presteza; VI – manter espírito de cooperação e solidariedade com a equipe escolar e a comunidade em geral; VII – incentivar a participação, o diálogo e a cooperação entre educandos, demais educadores e a comunidade em geral, visando a construção de uma sociedade democrática; VIII – assegurar o desenvolvimento do senso crítico e da consciência política do educando;

IX – respeitar o aluno como sujeito do processo educativo e comprometer-se com a eficácia do seu aprendizado; X – comunicar à autoridade imediata as irregularidades de que tiver conhecimento, na sua área de atuação, ou às autoridades superiores, no caso de omissão por parte da primeira; XI – zelar pela defesa dos direitos profissionais e pela reputação da categoria profissional;

XII – fornecer elementos para a permanente atualização de seus assentamentos, junto aos órgãos da Administração; XIII – considerar os princípios psicopedagógicos, a realidade socioeconômica da clientela escolar e as diretrizes da Política Educacional na escolha e utilização de materiais, procedimentos didáticos e instrumentos de avaliação do processo ensino-aprendizagem; XIV – participar do Conselho de Escola; XV – participar do processo de planejamento, execução e avaliação das atividades escolares. Parágrafo Único – Constitui falta grave do integrante do Quadro do Magistério impedir que o aluno participe das atividades escolares em razão de qualquer carência material.

CAPÍTULO XIII Da Atribuição de Classes e/ou Aulas

e da Remoção

SEÇÃO I Da Atribuição de Classes

Artigo 97 – Para fins de atribuição de classes e/ou aulas, os docentes do mesmo campo de atuação das classes e das aulas a serem atribuídas serão classificados, observadas a seguinte ordem de preferência: I – quanto à situação funcional, os titulares de cargos providos mediante concurso de provas e títulos, correspondentes aos componentes curriculares das aulas ou classes a serem atribuídas; II – quanto à habilitação:

a) a específica do cargo; b) a não específica.

III – quanto ao tempo de serviço:

a) os que contarem maior tempo de serviço na unidade escolar como docentes no campo de atuação referente às aulas e/ou classes a serem atribuídas;

b) os que contarem maior tempo de serviço no cargo como docentes no campo

de atuação referente às aulas e/ou classes a serem atribuídas; c) os que contarem maior tempo de serviço no Magistério Publico Oficial do

Município de Osvaldo Cruz, em função docente. IV – quanto aos títulos:

a) certificado de aprovação em concurso público de provas e títulos, na Rede

Municipal de Osvaldo Cruz, específico dos componentes curriculares correspondentes às aulas e/ou classes atribuídas;

b) diplomas de Mestre e Doutor, na área de educação ou áreas afins; c) diplomas e/ou certificados de pós-graduação latu-sensu na área de

educação ou áreas afins;

d) habilitação em curso de licenciatura plena de Pedagogia ou Normal Superior;

e) habilitação em curso de licenciatura plena na área de educação; f) certificados de cursos de especialização e extensão universitária, na área de

educação; g) certificados de cursos de pequena duração ministrado e/ou devidamente

homologados por Órgão Público Oficial, na área de educação. §1º - A titulação exigida para o desempenho do cargo não será contada para nenhum fim. § 2º - A primeira fase de atribuição dar-se-á na unidade escolar em que estão classificados os cargos. § 3º - Na segunda fase de atribuição a ser realizada em nível de Município concorrerão os docentes que já participaram da primeira fase, observado o disposto nos incisos I, II, III e IV deste artigo.

§ 4º - Somente após esgotada a possibilidade de atribuição das aulas para as quais estiver prioritariamente classificado, poderá o docente pleitear aulas de outros componentes curriculares, observada sempre a habilitação exigida. § 5º - A Secretaria Municipal de Educação expedirá normas complementares necessárias ao cumprimento deste artigo. Artigo 98 – A partir da atribuição de classes e/ou aulas aos integrantes do Quadro de Magistério, a realizar-se no início do ano letivo, ficará fixada como definitiva a lotação de seus integrantes.

SEÇÃO II Da Remoção

Artigo 99 – Remoção é a passagem do docente ou do integrante da classe de suporte pedagógico com a mesma denominação do cargo, de uma para outra unidade escolar, ou de um para outro estabelecimento de ensino.

§1º - A remoção dos integrantes da carreira do Magistério processar-se-á por permuta e por concurso de títulos, na forma que dispuser o regulamento. § 2º - A remoção por permuta, poderá ocorrer quando dois integrantes do Quadro do Magistério, no exercício de atividades idênticas ou com capacidade e habilitação para exercê-las, requeiram mudanças das respectivas lotações. § 3º - A remoção por permuta será processada a pedido dos interessados, com a concordância dos respectivos superiores hierárquicos, a critério da Administração, e atendidos os interesses e requisitos dos órgãos, unidades e estabelecimentos envolvidos. Artigo 100 – A remoção só poderá ser efetivada mediante ato da autoridade competente, condicionada exclusivamente à movimentação de um órgão, unidade ou estabelecimento para outro, dentro da Secretaria Municipal de Educação. Artigo 101 – O funcionário removido deverá assumir de imediato o exercício no local para onde foi deslocado, salvo quando em férias, licença ou desempenho de cargo em comissão, hipóteses em que deverá apresentar-se no primeiro dia útil após o término do impedimento. Artigo 102 - Havendo vagas, anualmente, em tempo hábil, a Secretaria Municipal de Educação abrirá Edital de remoção aos interessados para as vagas existentes, fixando as normas de procedimento do Concurso.

Artigo 103 – O concurso de remoção sempre deverá preceder o ingresso para o provimento dos cargos da carreira do Magistério, e somente poderão ser oferecidas em concurso de ingresso as vagas remanescentes do concurso de remoção.

CAPÍTULO XIV

Das Disposições Finais

Artigo 104 – O módulo das escolas do ensino fundamental, quanto ao Diretor de Escola, Professor Coordenador de Ensino, demais funcionários de apoio e atuantes em projetos específicos da pasta, serão estabelecidos conforme os seguintes critérios: I – Diretor de escola: escola que conte no mínimo doze (12) classes de ensino fundamental regular; II – Professor Coordenador de Ensino: um para cada unidade de ensino fundamental; III – Demais funcionários de apoio: na conformidade dos cargos necessários e imprescindíveis ao funcionamento de cada unidade.

IV – Atuantes em projetos específicos da pasta: de acordo com a necessidade, a ser estabelecida em regulamento. Artigo 105 – As escolas que não comportarem cargo de Diretor de Escola poderão ser dirigidas por um Professor Coordenador de Ensino. Artigo 106 – As escolas de educação infantil não comportam cargo de Diretor de Escola e serão coordenadas e dirigidas por um Professor Coordenador de Ensino, quando possuir 8 (oito) classes ou mais. Artigo 107 – Nos CEIs com mais de 40 (quarenta) crianças poderá haver a coordenação efetuada por Professor Coordenador de Ensino. Artigo 108 – O integrante do Quadro do Magistério incapacitado de exercer suas funções por motivos de saúde, desde que comprovado pelo órgão médico competente, será readaptado das funções próprias de seu cargo e aproveitado em outras funções compatíveis com atividades determinadas. Parágrafo Único – O integrante do Quadro do Magistério readaptado deverá submeter-se, anualmente, a reavaliação médica e, considerado apto, voltará à sua função original. Artigo 109 – O integrante do Quadro do Magistério readaptado, que permanecer prestando serviços em entidades escolares, ficará sujeito à Jornada de Trabalho Docente na qual estiver incluído. Artigo 110 – O docente readaptado, desde que devidamente habilitado, poderá ser nomeado ou designado para exercer, em jornada completa de trabalho, a função de Diretor de Escola ou a de Professor Coordenador de Ensino. Parágrafo Único – A nomeação ou designação de que trata o “caput” deste artigo, condiciona-se a parecer prévio do órgão próprio de readaptação, quanto à capacidade do funcionário ou servidor para o exercício das novas funções. Artigo 111 – O docente readaptado exercerá suas funções na unidade onde se achava em exercício por ocasião da readaptação ou em outra unidade ou órgão municipal, a critério da administração. Parágrafo Único: A Secretaria Municipal de Educação baixará normas regulamentares da situação funcional do docente readaptado. Artigo 112 – Quando o número de titulares de cargo do Quadro do Magistério (integrantes da classe docente ou da classe de suporte pedagógico) classificados em uma unidade escolar ou na Secretaria Municipal de Educação, for maior do que o estabelecido pelas normas legais ou regulamentares, os excedentes serão declarados adidos.

§ 1º - No caso dos docentes, a situação de adido só se caracteriza quando, esgotadas todas as fases do processo de atribuição, não for possível a atribuição de nenhuma aula, ou em virtude de reorganização da rede escolar, ocorrendo a supressão de classes e/ou aulas, observada a ordem de classificação utilizada para esse evento. § 2º - Os docentes declarados adidos devem ser aproveitados em vagas ocorridas na própria unidade escolar, ou em outras unidades, mediante remoção “ex-officio”, observados os limites da Secretaria Municipal de Educação, respeitado sempre o seu campo de atuação. § 3º - As funções dos profissionais do magistério declarados adidos serão estabelecidas em regulamento. Artigo 113 – O Conselho de Escola, de natureza deliberativa, eleito anualmente durante o primeiro mês letivo, presidido pelo Diretor de Escola, será composto por vinte conselheiros.

§ 1º - A composição a que se refere o “caput” deste artigo, obedecerá à seguinte ordem: I – 08 (oito) professores da Unidade Escolar; II – 01 (um) representante da classe de apoio pedagógico; III – 01 (um) representante da classe de funcionários; IV – 05 (cinco) pais de alunos, não professores da Unidade Escolar; V – 05 (cinco) alunos. § 2º - Os componentes do Conselho de Escola serão escolhidos entre os seus pares, mediante processo eletivo. § 3º - Cada segmento representado no Conselho de Escola elegerá também 02 (dois) suplentes que substituirão os membros efetivos em suas ausências e impedimentos. § 4º - Os representantes dos alunos terão sempre direito a voz e voto, salvo nos assuntos que, por força legal, sejam restritos aos que estiverem no gozo da capacidade civil. § 5º - São atribuições do Conselho de Escola: I – Deliberar sobre: a) diretrizes e metas da unidade escolar; b) alternativas de solução para os problemas de natureza administrativa e pedagógica;

c) projetos de atendimento psicopedagógico e material ao aluno; d) programas especiais visando a integração de escola-família-comunidade; e) criação e regulamentação das instituições auxiliares da escola; f) prioridade para aplicação de recursos da escola e das instituições auxiliares; g) penalidades disciplinares a que estiverem sujeitos os funcionários, servidores e alunos da unidade escolares. II – elaborar o calendário e o regimento escolar, observadas as normas do Conselho Municipal de Educação e a legislação pertinente; III – Apreciar os relatórios anuais da escola, analisando o seu desempenho em face das diretrizes e metas estabelecidas. § 6º - Nenhum dos membros do Conselho de Escola poderá acumular votos, não sendo também permitidos votos por procuração. § 7º - O Conselho de Escola deverá reunir-se ordinariamente 02 (duas) vezes por semestre e, extraordinariamente, por convocação do Diretor da Escola, ou por proposta de no mínimo 1/3 (um terço) de seus membros. § 8º - As deliberações do Conselho serão tomadas por maioria simples, presente a maioria absoluta de seus membros, e constarão de ata que será sempre tornada pública. Artigo 114 – Os docentes concursados para o cargo de Professor I, da Rede Municipal, cujo concurso tenha sido realizado antes da Lei Municipal nº 2.068, de 11 de setembro de 1997, que autorizou o Convênio de Parceria com a Secretaria da Educação do Estado de São Paulo, objetivando a Municipalização do Ensino Fundamental, terão seus direitos respeitados no cargo para o qual foram nomeados e empossados. Artigo 115 – Todos os integrantes do Quadro do Magistério, independentemente da jornada de trabalho ou carga horária, são contribuintes obrigatórios do Instituto Nacional de Seguridade Social – INSS. Artigo 116 – Aplicam-se aos integrantes do Quadro do Magistério, subsidiariamente, as disposições do Estatuto dos Funcionários Públicos do Município, instituído pela Lei nº 2.057 de 11/07/97, no que couber. Artigo 117 – Aos casos omissos aplicam-se os Dispositivos da Constituição Federal, Constituição Estadual, Lei Orgânica do Município, Estatuto do Funcionário Público do Município de Osvaldo Cruz, e demais legislações supervenientes e acessórias.

Artigo 118 – As despesas decorrentes da execução da presente Lei serão atendidas no corrente exercício por conta das dotações próprias, consignadas no orçamento. Artigo 119 – Esta Lei entrará em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário, especialmente as Leis Municipais nºs. 2.286, de 27 de maio de 2001 e 2.296, de 29 de agosto de 2001.

Osvaldo Cruz, 4 de dezembro de 2007.

WILSON APARECIDO PIGOZZI Prefeito Municipal

Registrada e publicada na Secretaria desta Prefeitura Municipal na data supra.

- SERGIO APARECIDO PIGOZZI Diretor de Secretaria Geral

(Aprovada pela Resolução n° 60/2007, da Câmara Municipal, de 27 de novembro de 2007)

ANEXO I – CARGOS DE SUPORTE PEDAGÓGICO Quantidade

de Cargo Nomenclatura Forma de

Provimento Jornada

de Trabalho

Vencimento Requisitos

1

Secretário

Municipal de Educação

Comissão

40 Horas Semanais

Subsídio

Curso Superior, Licenciatura de Graduação Plena em Pedagogia ou

Licenciatura de Graduação Plena com Complementação Pedagógica ou pós-graduação na área de Educação e no

mínimo 8 (oito) anos de experiência no Magistério Público.

1

Supervisor de

Ensino Municipal

Comissão

40 Horas Semanais

R$1..551,53

Curso Superior, Licenciatura de Graduação Plena em Pedagogia ou

Licenciatura de Graduação Plena com Complementação Pedagógica ou pós-graduação na área de Educação e no

mínimo 8 (oito) anos de experiência no Magistério Público.

4

Diretor de Departamento de:

Educação Especial; Educação Infantil;

Ensino Fundamental e EJA

Apoio Técnico e Planejamento.

Comissão

40 Horas Semanais

R$1.349,34

Licenciatura Plena em Pedagogia, Licenciatura Plena Normal Superior ou Pós-graduação na área de Educação no mínimo 6(seis) anos de experiência no

Magistério Público.

6

Diretor de Escola

Efetivo

40 Horas Semanais

R$ 1.347,67

Licenciatura de Graduação Plena em Pedagogia ou Licenciatura de Graduação Plena com Complementação Pedagógica.

Ter no mínimo 6(seis) anos de experiência no Magistério Público.

8

Coordenador de

CEIs

Comissão

40 Horas Semanais

R$ 1.071,48

Curso Normal em nível de Ensino Médio ou Superior e ter no mínimo 3 (três) anos

de experiência docente no Magistério Público.

10

Professor

Coordenador de Ensino

Comissão

40 Horas Semanais

R$1.071,48

Licenciatura de Graduação Plena em Pedagogia, Licenciatura Plena Normal Superior ou Pós-graduação na área de

Educação. Ter no mínimo 4 (quatro) anos de experiência docente no Magistério

Público, sendo no mínimo 2 (dois) anos de experiência na Rede Municipal de

Osvaldo Cruz.

ANEXO II – CARGOS DE DOCENTE

Quantidade de Cargo

Nomenclatura Forma de Provimento

Jornada de

Trabalho

Vencimento

Requisitos

30

Professor de

Educação Infantil

Efetivo

24 Horas Semanais

R$ 818,40

Curso Normal em Nível de Ensino Médio, Licenciatura Plena em

Pedagogia ou Licenciatura Plena Normal Superior.

70

Professor de Ensino

Fundamental

Efetivo

30 Horas Semanais

R$

1.022,74

Pra Ciclo I e II do Ensino Fundamental Municipal Normal em

Nível de Ensino Médio; Superior: Licenciatura Plena em Pedagogia ou Licenciatura Plena Normal Superior, Licenciatura Plena com habilitação

especifica em área própria ou formação superior correspondente e

complementação nos termos da legislação vigente.

4 Professor de Educação Física

Efetivo 30 Horas Semanais

R$ 1.022,74

Licenciatura Plena em Educação Física

3 Professor de Inglês Efetivo 30 Horas Semanais

R$ 1.022,74

Licenciatura Plena em Letras com habilitação em Inglês.

ANEXO III – TABELA DE VENCIMENTOS DOS CARGOS DE SUPORTE PEDAGÓGICO

Nível de Vencimento Nomenclatura I II III IV V

Supervisor de Ensino

R$1.551,53

R$1.629,11 R$1.710,56 R$1.1796,09

R$1.885,89

Diretor de Departamento de: Educação Especial Educação Infantil

Ensino Fundamental

Apoio Técnico e Planejamento

R$1.349,34

R$1.416,81 R$1.487,65 R$1.562,03 R$1.640,13

Diretor de Escola R$1.347,67

R$1.415,05 R$1.485,80 R$1.560,09 R$1.638,09

Professor Coordenador de

Ensino

R$1.071,48

R$1.125,05 R$1.181,30 R$1.240,37 R$1.302,39

Coordenador de CEIs

R$1.071,48

R$1.125,05 R$1.181,30 R$1.240,37 R$1.302,39

ANEXO IV – TABELA DE VENCIMENTOS DOS CARGOS DE DOCENTE

Nível de Vencimento Nomenclatura

I II III IV V

Professor de Educação Infantil

R$818,40 R$859,32 R$902,29 R$947,40 R$994,77

Professor de Ensino

Fundamental, Professor de Educação

Física, Professor de

Inglês.

R$1.022,74 R$1.073,88 R$1.127,57 R$1.183,95 R$1.243,15

ANEXO V – HORAS DE TRABALHO PEDAGÓGICO

Horas em Atividades com

Alunos Horas de Trabalho

Pedagógico coletivo na Escola

Horas de Trabalho Pedagógico em local de livre

escolha pelo docente 33 03 04

28 a 32 03 03 23 a 27 02 03 18 a 22 02 02 13 a 17 02 01 08 a 12 02 -