Lei Org Aimores

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Cmara Municipal de Aimors

Lei Orgnica do Municpio de Aimors MG

Atualizada pela Emenda Revisional n. 001/2006, de 08 de dezembro de 2006

Aimors - MG 2007

2007

Todos os direitos reservados . Nenhuma parte desta publicao poder ser reproduzida, seja por meios mecnicos, eletrnico, seja via cpia xerogrfica sem a autorizao prvia.

VERE ADO RES REVISORES D A LEI ORG NIC A M UNICI P AL

C ARLOS AL BERTO SERR ANO EDM AR TEIXEIR A D A SILVA GERCINO GOM ES DA SILV A GERSON FERN ANDES DE C ARV AL HO JOSE DA SILV A SO ARES M O ACIR FR ANCISCO V AZ RUBENS B ARCELOS SEBAS TI O FERREIR A DE SOUZ A W ILSON TEIXEIRA FILHO

LE I O R G N I C A A T U A LI Z A D A P E L A E M E N D A R E V I S I O N A L N . 0 0 1 P R O M U L G A D A E M 08 D E D E Z E M B R O D E 20 0 6

SECRET RI A D A C M AR A M UNICIP AL M ARI A DE LURDES V. ERNANDES

AUGUS TO P AULI NO ADV OG ADOS ASSOCI ADOS

SUPERVISO JURDICA

Av. Prudente de Morais, 287 conj. 804 Cidade Jardim Telefone: (31) 3296-8883 - Email: [email protected] CEP 30380-160 Belo Horizonte MG

PROJETO G R FICO, C AP A E DI AGR AM A OFi l i p e d e A r a j o P er ei r a

www.filipearaujo.com.br

CMARA MUNICIPAL DE AIMORS - MGAvenida Raul Soares, 310 1. Andar Aimors MG CEP. 35.200-000

MESA REVISORARUBENS BARCELOS Presidente SEBASTIO FERREIRA DE SOUZA 1. Vice-Presidente CARLOS ROBERTO SERRANO 2. Vice-Presidente GERSON FERNANDES DE CARVALHO Secretrio JOS DA SILVA SOARES 2. Secretrio

MESA DIRETORA DO BIENIO 2007-2008SEBASTIO FERREIRA DE SOUZA Presidente CARLOS ROBERTO SERRANO Vice-Presidente JOS DA SILVA SOARES Secretrio

ndiceTTULO I Disposies Preliminares..................................................................................09 TTULO II Da Organizao Municipal.............................................................10 CAPTULO I - Da Diviso Administrativa do Municpio.................10 CAPTULO II - Da Competncia do Municpio..............................11 SEO I - Da Competncia Privativa...........................................11 SEO II - Da Competncia Comum............................................15 SEO III - Da Competncia Suplementar...................................16 CAPTULO III - Das Vedaes......................................................16 TTULO III Da Organizao dos Poderes........................................................18 CAPTULO I - Do Poder Legislativo..............................................18 SEO I - Da Cmara Municipal...................................................18 SEO II - Da Posse.....................................................................20 SEO III - Da Mesa Diretora.......................................................20 SEO IV - Das Comisses.........................................................24 SEO V - Da Competncia da Cmara......................................27 SEO VI - Dos Vereadores.........................................................30 Subseo I - Dos Direitos do Vereador.........................................30 Subseo II - Dos Deveres e Proibies.......................................32 Subseo V - Da Convocao de Suplentes.................................35 Subseo VI - Remunerao dos Vereadores..............................35 SEO VII - Do Processo Legislativo...........................................36 Subseo I - Introduo.................................................................36 Subseo II - Da Emenda Lei Orgnica.....................................37 Subseo III - Das Leis.................................................................37 Subseo IV - Das Resolues e dos Decretos Legislativos........40 Subseo V - Do Quorum para as Deliberaes..........................41 SEO VII - Da Fiscalizao Contbil, Financeira e Oramentria.................................................................................42 Subseo I - Introduo.................................................................42 Subseo II - Dos Controles Internos............................................43 Subseo III - Do Controle Externo...............................................44 Subseo IV - Do Controle de Constitucionalidade.......................45 Subseo V - Da Sustao de Atos Normativos...........................45 Subseo VI - Do Controle da Execuo Administrativa...............46 SEO IX - Dos limites das Despesas da Cmara......................47

CAPTULO II - Do Poder Executivo...............................................48 Seo I - Introduo......................................................................48 Seo II - Da Competncia do Prefeito.........................................49 Seo III - Dos Direitos do Prefeito..............................................52 Seo IV - Das Responsabilidades..............................................52 Subseo I - Dos Deveres e das Proibies................................52 Subseo II - Dos Crimes Comuns e de Responsabilidade..........54 Subseo III - Das Infraes Poltico-Administrativas..................54 Subseo IV - Da Remunerao do Prefeito e do Vice-Prefeito...57 Seo V - Dos Secretrios Municipais.........................................57 Seo VI - Da Procuradoria Geral do Municpio...........................58 Seo VII - Da Transio Administrativa.......................................59 CAPTULO III - Da Administrao Pblica....................................60 Seo I - Disposies Gerais........................................................60 Seo II - Dos Servidores e Empregados Pblicos.......................63 TTULO IV Da Organizao Administrativa Municipal.....................................66 CAPTULO I - Da Estrutura Administrativa...................................66 CAPTULO II - Dos Atos Municipais..............................................67 SEO I - Da Publicidade dos Atos Municipais............................67 SEO II - Dos Livros...................................................................68 SEO III - Dos Atos Administrativos..........................................68 SEO IV - Das informaes, do Direito de Petio e das Certides...69 CAPTULO III - Dos Bens Municipais............................................70 Seo I - Disposies Gerais........................................................70 Seo II - Da Guarda Municipal....................................................72 CAPTULO IV - Das Obras e Servios Municipais.......................73 CAPTULO V - Da Administrao Tributria e Financeira............74 SEO I - Dos Tributos Municipais..............................................74 SEO II - Das Limitaes ao Poder de Tributar.........................77 Seo III - Da Gesto da Receita e da Despesa..........................78 SEO IV - Do Oramento..........................................................80 Subseo I - Disposies Gerais.................................................80 Subseo II - Das Vedaes Oramentrias...............................82 Subseo III - Do Processo Legislativo Oramentrio.................83 TTULO V Da Ordem Social e Econmica....................................................85 CAPTULO I - Da Ordem Social...................................................85 SEO I - Introduo..................................................................85 SEO II - Da Assistncia Social...............................................85 Seo III - Da Sade...................................................................86

SEO IV - Da Educao.............................................................89 SEO V - Da Cultura.................................................................92 Seo VI - Do Desporto e do Lazer..............................................93 Seo VII - Da Habitao e do Saneamento Bsico....................94 Seo VIII - Da Famlia, da Criana, do Adolescente, Do Idoso e do Portador de Deficincia...........................................................95 CAPTULO II - Da Ordem Econmica...........................................96 Seo I - Da Poltica Urbana.......................................................96 Seo II - Do Transporte Pblico..................................................98 Seo III - Do Abastecimento.......................................................99 Seo IV - Da Poltica Agrcola e Rural......................................100 Seo V - Do Desenvolvimento Industrial e Comercial..............103 Seo VI - Do Turismo..............................................................104 TTULO VI Do Meio Ambiente e da Proteo aos Interesses Coletivos........105 CAPTULO I - Do Meio Ambiente...............................................105 CAPTULO II - Da Proteo aos Interesses Coletivos................109 Seo I - Da Moralidade Administrativa......................................109 Seo II - Da Proteo ao Consumidor.......................................109 Seo III - Da Proteo ao Patrimnio Comum..........................110 Seo IV - Da Participao do Cidado e da Comunidade no Governo.......................................................................................110 Seo V - Da Iniciativa Popular no Processo Legislativo...........111 Seo VI - Da Cooperao Comunitria no Planejamento.........111 Seo VII - Do Exame das Contas.............................................111 Seo VIII - Do Direito de Petio..............................................111 Seo IX - Da Manifestao Direta do Eleitor no Processo Legislativo...................................................................................112 Seo X - Das Reclamaes Relativas aos Servios Pblicos...112 Seo XI - Do Direito Informao............................................113 TTULO VII Disposies Gerais e Transitrias...............................................113

LEI ORGNICA DO MUNICPIO DE AIMORS M.G. PREMBULO Ns, Vereadores da Cmara Municipal de Aimors, Estado de Minas Gerais, eleitos para o Quadrinio 2005-2008, investidos da responsabilidade e dedicao com que exercemos nossos mandatos e atentos s leis que regem nosso Pas e Carta Magna, sob a proteo de Deus, tivemos a honra de adequar e inserir novas redaes que objetivaram a atualizao e reviso da LEI ORGNICA DO MUNICPIO DE AIMORS ESTADO DE MINAS GERAIS. TTULO I Disposies Preliminares Art. 1 - O Municpio de Aimors, pessoa jurdica de direito pblico interno, unidade territorial que integra a organizao poltico-administrativa do Estado de Minas Gerais e da Repblica Federativa do Brasil, dotado de autonomia poltica, administrativa, financeira e legislativa, conforme assegurado pela Constituio Federal, pela Constituio Estadual e por esta Lei Orgnica. 1. Todo o poder do Municpio emana do povo, que o exerce diretamente por meio de seus representantes eleitos, ou diretamente, nos termos da Constituio Federal, da Constituio Estadual e desta Lei Orgnica. 2. A ao municipal deve desenvolver-se em todo o seu territrio, sem privilgio de distritos ou bairros, reduzindo as desigualdades setoriais e sociais, promovendo o bem estar geral, sem preconceito de origem, raa, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminao. Art. 2 - O Governo do Municpio exercido pelos Poderes Legislativo e o Executivo. 1. Os poderes do Municpio so independentes e harmnicos entre si, sendo vedado, a qualquer um deles, delegar atribuies.

2. So smbolos do Municpio a Bandeira, o Hino e o Braso representativos de sua cultura e histria. Art. 3 - Constituem patrimnio do Municpio todos os bens mveis e imveis, corpreos ou incorpreos, direitos e aes que a qualquer ttulo lhe pertenam. Art. 4 - A sede do Municpio d-lhe o nome e tem a categoria de cidade. TTULO II Da Organizao Municipal CAPTULO I Da Diviso Administrativa do Municpio Art. 5 - O Municpio poder dividir-se, para fins administrativos, em Distritos a serem criados, organizados, suprimidos ou fundidos, tudo mediante lei municipal, aprovada por dois teros, no mnimo, dos membros da Cmara Municipal, aps consulta plebiscitria populao diretamente interessada, observada a legislao federal, estadual e o atendimento aos requisitos estabelecidos no art. 6 desta Lei Orgnica. 1 - A criao de um Distrito poder efetuar-se mediante fuso de dois, ou mais Distritos, que sero suprimidos, sendo dispensada, nessa hiptese, a verificao dos requisitos do art. 6 desta Lei Orgnica. 2 - A extino do Distrito somente se efetuar mediante consulta plebiscitria populao da rea interessada. 3 - O Distrito ter o nome da respectiva sede, cuja categoria ser a de vila. Art. 6 - So requisitados para a criao de Distrito: I eleitorado no inferior a duzentos eleitores; II existncia, na povoao-sede, de pelo menos cinqenta moradias e escola pblica;

III demarcao dos limites, obedecida a legislao federal e estadual pertinente. 1 - A comprovao de atendimento s exigncias enumeradas neste artigo far-se- mediante certido emitida pela Prefeitura Municipal, com base em relatrio de Comisso Especial a ser designada, mediante Portaria, pelo Prefeito Municipal. 2 - A Comisso a que se refere o pargrafo anterior ser composta de cinco membros, dos quais dois sero indicados pelo Presidente da Cmara Municipal, com a aprovao do Plenrio. Art. 7 - Na fixao das divisas distritais sero observadas as seguintes normas: I evitar-se-o, tanto quanto possvel, formas assimtricas, estrangulamentos e alongamentos exagerados; II dar-se- preferncia, para a delimitao, s linhas naturais facilmente identificveis; III na inexistncia de linhas naturais, utilizar-se- linha reta, cujos extremos, pontos naturais ou no, sejam facilmente identificveis e tenham condies de fixidez; IV vedada a interrupo de continuidade territorial do Municpio ou Distrito de origem. Art. 8 - As divisas sero descritas trecho a trecho, salvo, para evitar duplicidade, nos trechos que coincidirem com os limites municipais. Art. 9 - A instalao do Distrito far-se- nos termos da legislao pertinente. CAPTULO II Da Competncia do Municpio SEO I Da Competncia Privativa Art. 10 Ao Municpio compete prover a tudo quanto diga respeito ao seu peculiar interesse e ao bem-estar de sua populao, cabendo-lhe, privativamente, dentre outras, as seguintes atribuies: I - legislar sobre assuntos de interesse local;

II - suplementar a legislao federal e estadual no que III - instituir e arrecadar tributos de sua competncia, bem como aplicar suas rendas, sem prejuzo da obrigatoriedade de prestar contas e publicar balancetes nos prazos fixados em lei; IV - organizar e prestar, diretamente ou sob o regime de concesso ou permisso os servios pblicos locais, dentre outros: a) transporte coletivo urbano e intramunicipal; b) abastecimento de gua e esgotamento sanitrio; c) mercados, feiras; d) cemitrios e servios funerrios; e) limpeza pblica, coleta domiciliar e destinao final do lixo; f) iluminao pblica; V fixar, fiscalizar e cobrar preos e tarifas pela prestao de servios pblicos; VI - manter, com a cooperao tcnica e financeira da Unio e do Estado, programas de educao infantil e de ensino fundamental; VII - prestar, com a cooperao tcnica e financeira da Unio e do Estado, servios de atendimento sade da populao; VIII - realizar programas de apoio s prticas desportivas de carter amadoras; IX - realizar atividades de defesa civil, inclusive de combate a incndios e preveno de acidentes naturais, em coordenao com a Unio e o Estado; X - promover a proteo do patrimnio histrico, cultural, artstico, turstico e paisagstico local, observada a legislao e a ao fiscalizadora federal e estadual; XI - dispor sobre o plano plurianual de investimentos, a lei de diretrizes oramentrias e o oramento anual; XII - estabelecer o regime jurdico dos servidores pblicos e organizar os respectivos planos de carreira e de remunerao; XIII - dispor sobre a administrao, utilizao e alienao dos bens pblicos; XIV - adquirir bens mediante doao pura e simples ou mediante desapropriao, por necessidade ou utilidade pblica, ou por interesse social, observada a legislao federal; XV - promover, no que couber, o adequado ordenamento territorial, mediante planejamento e controle do uso, do parcelamento e da ocupao do solo urbano; couber;

XVI - estabelecer normas de edificaes, de loteamento, de arruamento e de zoneamento urbano e rural, bem como as limitaes urbansticas convenientes ordenao do seu territrio, observadas as diretrizes da legislao federal; XVII - elaborar e executar o plano diretor de desenvolvimento integrado e proceder sua reviso, no mnimo, a cada dez anos; XVIII - organizar e sinalizar as vias urbanas e rurais e estradas municipais, bem como regulamentar e fiscalizar sua utilizao e definir as zonas de silncio e de trfego em condies especiais; XIX - regulamentar e fiscalizar a utilizao dos logradouros pblicos; XX - disciplinar os servios de carga e descarga e fixar a tonelagem mxima permitida a veculos que circulem em vias pblicas municipais; XXI - estabelecer servides administrativas necessrias realizao de seus servios, inclusive de seus concessionrios; XXII - executar obras de: a) abertura, pavimentao e conservao de vias; b) drenagem pluvial; c) construo e conservao de estradas, parques, jardins e hortos florestais; d) construo e conservao de estradas vicinais; e) edificao e conservao de prdios pblicos municipais. XXIII - regulamentar e fiscalizar os servios de txi e demais veculos de aluguel, fixando-lhes os locais de estacionamento e tarifa; XXIV - ordenar as atividades urbanas, fixando condies e horrios para funcionamento de estabelecimentos industriais, comerciais, de servios e similares, observadas as normas federais pertinentes; XXV - conceder licena para: a) localizao e funcionamento de estabelecimentos industriais, comerciais, de servios e similares; b) afixao de cartazes, letreiros, anncios, emblemas e utilizao de alto falantes, bem como a utilizao de quaisquer outros meios de publicidade e propaganda; c) exerccio de comrcio eventual ou ambulante; d) realizao de competies esportivas, espetculos e divertimentos pblicos; XXVI - cassar a licena de estabelecimento que se tornar prejudicial sade, higiene, ao sossego, segurana ou aos

bons costumes, fazendo cessar a atividade ou determinando o fechamento do estabelecimento; XXVII - cassar a licena de clube, boate e outros estabelecimentos de lazer e diverso que praticarem atos racistas ou discriminatrios; XXVIII - organizar e manter os servios de fiscalizao necessrios ao exerccio do seu poder de polcia administrativa; XXIX - estabelecer e impor penalidades por infrao de suas leis e regulamentos; XXX - coibir a discriminao racial em seus rgos, combatendo toda e qualquer prtica racista ou discriminatria; XXXI direito de instituir a guarda municipal, conforme dispuser a lei complementar; XXXII - associar-se a outros Municpios, do mesmo complexo geoeconmico e social, mediante convnio, para a gesto, sob planejamento, de funes pblicas ou servios de interesse comum, de forma permanente ou transitria; XXXIII - participar da criao de entidade intermunicipal para realizao de obra, exerccio de atividade ou execuo de servio especfico de interesse comum; XXXIV tornar obrigatria a utilizao da estao rodoviria e, especialmente, no permetro urbano, determinar o itinerrio e os pontos de parada dos transportes coletivos e de txi; XXXV prover sobre a limpeza das vias e logradouros pblicos, remoo e destino do lixo domiciliar e de outros resduos de qualquer natureza, inclusive de forma seletiva; XXXVI - prestar assistncia nas emergncias mdicohospitalares de pronto-socorro, por seus prprios servios ou mediante convnios com instituio especializada; XXXVII - fiscalizar, nos locais de vendas as condies sanitrias dos gneros alimentcios, podendo ainda fiscalizar pesos e medidas dos produtos comercializados; XXXVIII dispor sobre o depsito e venda de animais e mercadorias apreendidas em decorrncia de transgresso da legislao municipal; XXXIX dispor sobre registro, vacinao e captura de animais, com a finalidade precpua de erradicar as molstias de que possam ser portadores ou transmissores; XL assegurar a expedio de certides requeridas s reparties administrativas municipais, para defesa de direitos e esclarecimentos de situaes, cujas certides devero ser expedidas no prazo mximo de quinze dias. XLI criar, organizar e suprimir distritos, observada a legislao estadual e federal.

XLII - emendar esta lei. 1 - As normas de loteamento e arruamento, a que se refere o inciso XVI deste artigo, devero exigir reserva de reas destinadas a: I - zonas verdes e demais logradouros pblicos; II - vias de trfego e de passagem de canalizaes pblicas, de esgotos e de guas pluviais nos fundos dos vales; III - passagem de canalizaes pblicas de esgotos e de guas pluviais com largura mnima de dois metros nos fundos dos lotes, cujo desnvel seja superior a um metro da frente aos fundos. SEO II Da Competncia Comum Art. 11 Alm das competncias previstas no artigo anterior, o Municpio atuar no exerccio das competncias que lhe so cometidas pela Constituio Federal em comum com a Unio e os Estados, notadamente no que diz respeito a: I zelar pela observncia da Constituio e das leis, pela preservao das instituies democrticas e pela conservao do patrimnio pblico; II cuidar da sade, da educao, da cultura e do lazer; III promover a assistncia social junto s populaes que dela necessitem, combatendo as causas da pobreza, os fatores de marginalizao, promovendo a integrao social dos setores desfavorecidos, inclusive dos migrantes, assistindo prioritariamente a criana carente ou abandonada; IV cuidar da sade e assistncia pblica, da proteo e garantia das pessoas portadoras de deficincia; V proteger os documentos, as instituies culturais sem fins lucrativos, as obras e outros bens de valor histrico, artstico e cultural, os monumentos e as paisagens naturais notveis e os stios arqueolgicos; VI impedir a evaso, e destruio e a descaracterizao de obras de arte e de outros bens de valor histrico, artstico e cultural; VII proteger o meio ambiente e combater a poluio em qualquer de suas formas; VIII preservar as florestas, a fauna, a flora, os rios, lagoas e especialmente os mananciais de gua potvel que abastecem a cidade; IX fomentar a produo agropecuria e organizar o abastecimento alimentar;

X proporcionar os meios de acesso cultura, educao, cincia e ao esporte amador; XI promover programas de construo de moradias e a melhoria das condies habitacionais, de saneamento bsico e de iluminao pblica; XII registrar, acompanhar e fiscalizar as condies de direito de pesquisa e explorao de recursos hdricos e minerais em seu territrio; XIII estabelecer e implantar poltica de educao para a segurana do trnsito; XIV promover a defesa do consumidor em todas as suas formas; XV proteger a infncia, a juventude e a velhice; XVI dispensar s microempresas e as empresas de pequeno porte, tratamento jurdico-fiscal diferenciado; XVII promover o turismo como fator de desenvolvimento social e econmico. SEO III Da Competncia Suplementar Art. 12 Ao Municpio compete suplementar a legislao federal e a estadual no que couber e naquilo que disser respeito ao peculiar interesse municipal, visando a adapt-las realidade local. CAPTULO III Das Vedaes Art. 13 Ao Municpio vedado: I estabelecer cultos religiosos ou igrejas, subvencionlos, embaraar-lhes o funcionamento ou manter com eles ou seus representantes relaes de dependncia ou aliana, ressalvada, na forma de lei, a colaborao de interesse pblico; II recusar f aos documentos pblicos; III criar distines entre brasileiros ou preferncias entre si; IV subvencionar ou auxiliar, de qualquer modo, com recursos pertinentes aos cofres pblicos, quer pela imprensa, rdio, televiso, servio de alto-falante ou qualquer outro meio de comunicao, propaganda poltico-partidria ou fins estranhos administrao;

V manter a publicidade de atos, programas, obras, servios e campanhas de rgos pblicos que no tenham carter educativo, informativo ou de orientao social, assim como a publicidade da qual constem nomes, smbolos ou imagens que caracterizem promoo pessoal de autoridades ou servidores pblicos; VI outorgar isenes e anistias fiscais, ou permitir a remisso de dvidas, sem interesse pblico justificado e em desacordo com a Lei de Responsabilidade Fiscal, sob pena de nulidade do ato; VII exigir ou aumentar tributo sem lei que o estabelea; VIII instituir tratamento desigual entre os contribuintes que se encontrem em situao equivalente, proibida qualquer distino em razo de ocupao profissional ou funo por eles exercida, independentemente da denominao jurdica dos rendimentos, ttulos ou direitos; IX estabelecer diferena tributria entre bens e servios, de qualquer natureza, em razo de sua procedncia ou destino; X cobrar tributos: a) em relao a fatos gerados ocorridos antes do incio da vigncia da lei que os houver institudo ou aumentado; b) no mesmo exerccio financeiro em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou; XI utilizar tributos com efeito de confisco; XII estabelecer limitaes ao trfego, no territrio do municpio, de pessoas ou bens, por meio de tributos, ressalvada a cobrana de pedgio pela utilizao de vias conservadas pelo Poder Pblico; XIII instituir impostos sobre: a) patrimnio, renda ou servios da Unio, do Estado e de outros Municpios; b) templos de qualquer culto; c) patrimnio, rendas ou servios dos partidos polticos, inclusive suas fundaes, das entidades sindicais dos trabalhadores, das instituies de educao e de assistncia social, sem fins lucrativos, atendidos os requisitos da lei federal; d) livros, jornais, peridicos e o papel destinado a sua impresso. 1 - A vedao do inciso XIII, alnea a, extensiva s autarquias e s fundaes institudas e mantidas pelo Poder Pblico no que se refere ao patrimnio, renda e aos servios, vinculados s finalidades essenciais ou s delas decorrentes; 2 - As vedaes do inciso XIII, alnea a e do Pargrafo anterior no se aplicam ao patrimnio, renda e aos servios

relacionados com explorao de atividades econmicas regidas pelas normas aplicveis e empreendimentos privados, ou em que haja contraprestao ou pagamento de preos ou tarifas pelo usurio, nem exonera o promitente comprador da obrigao de pagar imposto relativamente ao bem imvel; 3 - As vedaes expressas no inciso XIII, alneas b e c, compreendem somente o patrimnio, a renda e os servios relacionados com as finalidades essenciais das entidades nelas mencionadas; 4 - As vedaes expressas nos incisos VII e XIII sero reguladas em lei complementar federal. TTULO III Da Organizao dos Poderes CAPTULO I Do Poder Legislativo SEO I Da Cmara Municipal Art. 14 O Poder Legislativo do Municpio exercido pela Cmara Municipal. Pargrafo nico Cada legislatura ter a durao de quatro anos, compreendendo cada ano uma sesso legislativa, que se divide em perodos. Art. 15 A Cmara Municipal composta de Vereadores eleitos para mandato de quatro anos, mediante pleito direto, na forma da Constituio Federal. Pargrafo nico O nmero de vereadores ser fixado pela Justia Eleitoral, tendo em vista a populao do Municpio, observados os limites estabelecidos pela Constituio Federal. Art. 16 A Cmara Municipal reunir-se- ordinariamente, na sede do Municpio, de 1. de fevereiro a 30 de junho e de 1 de agosto a 30 de dezembro, em data e hora a ser fixado pelo Regimento Interno. 1 - As reunies marcadas para essas datas sero transferidas para o primeiro dia til subseqente, quando recarem em sbados, domingos ou feriados.

2 - A Cmara reunir-se- em reunies ordinrias, extraordinrias, secretas, solenes ou especiais, conforme dispuser o seu Regimento Interno. 3 - A convocao extraordinria da Cmara Municipal, no caso de urgncia ou de interesse pblico relevante, far-se-: I pelo Presidente da Cmara; II pelo Prefeito, quando este a entender necessria; III por iniciativa da maioria absoluta dos vereadores; IV pela Comisso Representativa da Cmara. 4 - Na reunio legislativa extraordinria, a Cmara Municipal somente deliberar sobre a matria para a qual foi convocada. Art. 17 As deliberaes da Cmara sero tomadas por maioria de votos, presente a maioria de seus membros, salvo disposio em contrrio constante da Constituio Federal, da Constituio Estadual e nesta Lei Orgnica. Pargrafo nico O voto ser sempre pblico nas deliberaes da Cmara, exceto nos seguintes casos: I no julgamento dos Vereadores, do Prefeito e do VicePrefeito; II na eleio dos membros da Mesa e dos substitutos, bem como para preenchimento de qualquer vaga; III na votao de decreto legislativo para concesso de qualquer honraria; IV na votao de veto aposto pelo Prefeito. Art. 18 A sesso legislativa ordinria no ser interrompida sem a deliberao sobre Projeto de Lei de Diretrizes Oramentrias (LDO) e do Projeto de Lei Oramentria Anual (LOA). Art. 19 As reunies da Cmara devero ser realizadas em recinto destinado ao seu funcionamento, considerando-se nulas as que se realizarem fora dele, observado o disposto no 3. deste artigo. 1 - Comprovada a impossibilidade de acesso ao recinto da Cmara, ou outra causa que impea a sua utilizao, podero ser realizadas reunies em outro local designado pelo Juiz de Direito da Comarca, no ato de verificao da ocorrncia. 2 - As reunies solenes podero ser realizadas fora do recinto da Cmara, mediante deliberao prvia do Plenrio. 3 - A Cmara poder se reunir itinerantemente em qualquer parte do Municpio, mediante proposta escrita de qualquer vereador e aprovada por maioria absoluta de seus membros.

Art. 20 As reunies sero pblicas, salvo deliberao em contrrio, tomada pela maioria absoluta de seus membros, quando ocorrer motivo relevante de preservao do decoro parlamentar. Art. 21 As reunies somente podero ser abertas com a presena de, no mnimo, um tero (1/3) dos membros da Cmara, ressalvado o disposto no art. 22. Pargrafo nico Considerar-se- presente reunio o Vereador que assinar o livro de presena at o incio da Ordem do Dia, participar dos trabalhos do plenrio e das votaes. SEO II Da Posse Art. 22 No dia 1 de janeiro do primeiro ano de legislatura, s dez horas, independente de nmero, a Cmara Municipal se reunir, na sede do Municpio, em sesso solene de instalao. 1 - Sob a presidncia do Vereador mais votado, entre os presentes, os demais prestaro compromisso e tomaro posse. 2 - No ato da posse, o Presidente proferir o seguinte compromisso: "Prometo cumprir a Constituio Federal, a Constituio Estadual e a Lei Orgnica Municipal, observar as leis, desempenhar o mandato que me foi confiado e trabalhar pelo progresso do Municpio de Aimors e pelo bem-estar de seu povo". 3 - Prestado o compromisso pelo Presidente, o Secretrio que por este for designado far a chamada nominal de cada Vereador, que declarar: Assim o prometo. 4 - O Vereador que no tomar posse, como previsto neste artigo, dever faz-lo perante o Presidente da Cmara, dentro dos quinze dias subseqentes, sob pena de perda do mandato, salvo motivo justo, aceito pela maioria absoluta dos membros da Cmara. 5 - No ato da posse, os Vereadores devero desincompatibilizar-se. Na mesma ocasio, e ao trmino do mandato, devero fazer declarao de seus bens, a qual ficar arquivada na Cmara, constando nas respectivas atas o seu resumo. SEO III

Da Mesa Diretora Art. 23 - Imediatamente aps a posse a que se refere o artigo anterior, os Vereadores se reuniro sob a presidncia do mais votado, entre os presentes, e, registrado o comparecimento da maioria absoluta dos membros da Cmara, elegero os componentes da Mesa Diretora, formada do Presidente, VicePresidente e Secretrio, que ficaro automaticamente empossados, os quais se substituiro nesta ordem. 1 O mandato da Mesa Diretora ser de dois anos, vedada a reconduo para o mesmo cargo na eleio imediatamente subseqente. 2 - No caso de no haver nmero suficiente de Vereadores para a eleio da Mesa Diretora, o mais votado, entre eles, permanecer na presidncia, e convocar reunies dirias, para o mesmo horrio, at que seja eleita a Mesa. 3 - A eleio para o segundo binio far-se- na ltima reunio ordinria da segunda sesso legislativa, considerando-se empossados os eleitos a partir da 1 de janeiro do ano subseqente, devendo, se necessrio, ser observado o seguinte: a) no havendo a eleio na data regimental, o vereador mais votado assumir a Presidncia e convocar reunies dirias at que seja eleita a Mesa Diretora. b) a sesso convocada para a eleio da Mesa Diretora ser presidida pelo presidente em exerccio, ou seu substituto legal, e assim sucessivamente; 4 - Na composio da Mesa Diretora, ser assegurada, tanto quanto possvel, a representao proporcional dos partidos ou dos blocos parlamentares que participam da Cmara. 5 - Na ausncia dos membros da Mesa, o Vereador mais votado, dentre os presentes, assumir a Presidncia. 6 - O Regimento Interno dispor sobre o exerccio ou preenchimento dos cargos da Mesa, no caso de impedimento ou vacncia. Art. 24 Compete Mesa Diretora, alm de outras atribuies previstas no Regimento Interno: I propor projetos de leis que versem: a) a criao, transformao e extino dos cargos, ou funes pblicas dos servios de sua Secretaria, bem como fixar a remunerao, observados os parmetros da lei de diretrizes oramentrias, o regime jurdico nico e os planos de carreira dos servidores pblicos municipais; b) abertura de crditos suplementares ou especiais, atravs de anulao parcial ou total da dotao da Cmara;

c) subsdios de Prefeito, Vice-Prefeito e dos Secretrios Municipais, observado o que dispe os arts. 37, XI, 39, 4 , 150, II, 153, III e 153, 2, I da Constituio Federal. II propor projetos de resolues e/ou decretos legislativos que versem: a) a organizao administrativa dos servios da Secretaria da Cmara Municipal; b) o Regimento Interno da Cmara Municipal e suas modificaes; c) subsdios dos Vereadores, observadas as normas e critrios estabelecidos na Constituio Federal e nesta Lei Orgnica; d) a autorizao para o Prefeito ausentar-se do Municpio, e o Vice-Prefeito, do Estado, quando a ausncia exceder quinze dias; e) a mudana temporria do local de reunio da Cmara Municipal; f) contratao, na forma da lei, por tempo determinado, para atender a necessidade temporria de excepcional interesse pbico; g) cdigo de tica, conduta e decoro parlamentar. III elaborar e encaminhar ao Prefeito, at trinta e um de agosto de cada ano, observada a lei de diretrizes oramentrias, a previso de despesas do Poder Legislativo, a ser includa na proposta oramentria do Municpio, e fazer a discriminao analtica das dotaes do oramento da Cmara, bem como alter-las, nos limites autorizados; IV aprovar crdito suplementar, mediante a anulao parcial ou total de dotaes da Cmara, ou solicitar tais recursos do Poder Executivo; V devolver ao rgo de tesouraria da Prefeitura o saldo de caixa no utilizado at o final do exerccio; VI assegurar aos Vereadores, s Comisses e ao Plenrio, no desempenho de suas atribuies, os recursos materiais e tcnicos previstos em sua organizao administrativa; VII solicitar interveno no Municpio, nos casos admitidos na constituio; VIII declarar extinto o mandato de Vereador e o do Prefeito e Vice-Prefeito, nos casos previstos nesta Lei Orgnica. IX enviar ao Prefeito, at o dia primeiro de maro, as contas do exerccio anterior; X promulgar a Lei Orgnica e suas emendas; 1 - Compete, ainda, Mesa Diretora:

I propor ao direta de inconstitucionalidade de lei ou ato normativo estadual ou municipal, em face da Constituio do Estado ou da Repblica; II defender a lei e o ato normativo municipal, em ao direta que vise a declarar-lhes a inconstitucionalidade; III - exercer outras atribuies previstas em lei. 2 - Um tero da Cmara poder, tambm, propor Projetos de Resolues que versem: I Regimento Interno da Cmara e suas modificaes; II mudana temporria do local de Reunio da Cmara; III autorizao para o Prefeito ausentar-se do Municpio, e o Vice-Prefeito, do Estado, quando a ausncia exceder quinze dias. Art. 25 Compete ao Presidente, alm de outras atribuies previstas no Regimento Interno: I representar a Cmara, em juzo ou fora dele; II interpretar e fazer cumprir o Regimento Interno; III dirigir a Cmara e superintender sua Secretaria; IV promulgar as resolues e decretos legislativos da Cmara; V promulgar como leis os projetos com sano tcita ou cujo veto tenha sido rejeitado pela Cmara; VI declarar a extino de mandato de Vereador ou do mandato do Prefeito ou Vice-Prefeito, nos casos previstos em lei; VII impugnar as proposies que lhes paream contrrias Constituio, a esta lei e ao Regimento Interno, ressalvado ao autor recurso para o plenrio; VIII dar posse, aos Vereadores e convocar o suplente; IX praticar os atos de administrao do pessoal da Secretaria da Cmara, includos os de nomear, exonerar, aposentar, conceder licena e promover, ouvidos os demais integrantes da Mesa Diretora e nos termos da lei; X autorizar e/ou ordenar as despesas da Cmara; XI requisitar os recursos financeiros destinados a ocorrer s despesas da Cmara, na forma prevista na legislao pertinente; XII manter a ordem no recinto da Cmara, podendo solicitar o auxlio da Polcia Militar; XIII apresentar ao Tribunal de Contas as contas da Mesa Diretora, relativas a cada exerccio; XIV declarar a extino de mandato de Vereador ou o do Prefeito e Vice-Prefeito, nos casos da renncia por escrito ou falecimento.

XV fazer publicar os atos da mesa, bem como as resolues, os decretos legislativos e as leis por ele promulgadas. XVI apresentar ao plenrio, at o dia vinte de cada ms, o balancete relativo aos recursos recebidos e as despesas realizadas correspondentes ao ms anterior; XVII convocar a Cmara extraordinariamente, quando houver matria de interesse pblico e urgente a deliberar; XVIII - aplicar sanes aos Vereadores, conforme dispuser o Regimento Interno; XIX - exercer, em substituio, a chefia do Executivo Municipal, nos casos previstos em lei. Art. 26 - O Presidente da Cmara, ou quem o substituir, somente manifestar o seu voto nas seguintes hipteses: I - na eleio da Mesa Diretora; II nos escrutnios secretos; III quando a matria exigir, para a sua aprovao, os votos de 2/3 (dois teros) e de maioria absoluta dos membros da Cmara; IV - quando ocorrer empate em qualquer votao no Plenrio. Art. 27 - Compete ao Vice-Presidente da Cmara, alm de outras atribuies previstas no Regimento Interno: I - substituir o Presidente da Cmara em suas faltas, ausncias, impedimentos ou licenas; II - auxiliar nos trabalhos das reunies da Cmara Municipal; III - promulgar e fazer publicar, obrigatoriamente, as resolues e os decretos legislativos sempre que o Presidente da Cmara, ainda que se ache em exerccio, deixe de faz-lo no prazo estabelecido; IV - promulgar e fazer publicar, obrigatoriamente, as leis, quando o Prefeito e o Presidente da Cmara, sucessivamente, tenham deixado de faz-lo, sob pena de perda do mandato de membro da Mesa. Art. 28 - Compete ao Secretrio da Cmara, alm de outras atribuies previstas no Regimento Interno: I - redigir as atas das reunies secretas e das reunies da Mesa Diretora; II - acompanhar e supervisionar a redao das atas das demais reunies e proceder sua leitura; III - zelar pelos documentos, assinando-os juntamente com o Presidente da Cmara; IV verificar, atravs de lista, a presena dos Vereadores;

V - registrar, em livro prprio, os precedentes firmados na aplicao do Regimento Interno; VI - fazer a inscrio dos oradores na pauta dos trabalhos; VII - substituir os demais membros da Mesa, quando necessrio. Art. 29 - Qualquer dos membros da Mesa Diretora poder ser destitudo pelo voto de dois teros dos membros da Cmara, nos casos de ineficcia, omisso, ilegalidade ou abuso de poder, no desempenho de suas atribuies. Pargrafo nico Ser disciplinado no Regimento Interno o processo de substituio de membro da Mesa Diretora, includa a que se der em decorrncia de destituio do titular. SEO IV Das Comisses Art. 30 A Cmara ter Comisses permanentes e temporrias, constitudas na forma do Regimento Interno, com as atribuies nele previstas, ou as constantes do ato de sua criao. 1. As comisses permanentes tm por finalidade o estudo de assuntos submetidos a seu exame, sobre eles se manifestando, na forma do Regimento Interno, competindo-lhes, ainda, em razo da matria de sua competncia: I - emitir parecer sobre as questes que lhe tenham sido encaminhadas; II - fiscalizar os atos do Poder Executivo, includos os da Administrao indireta; III - realizar audincias pblicas com entidades da sociedade civil; IV realizar audincias pblicas em regies do Municpio, para subsidiar o processo legislativo; V - convocar os Secretrios Municipais ou dirigentes de entidade de administrao indireta para prestar, pessoalmente, informaes sobre assuntos inerentes s suas atribuies, sob pena de responsabilidade; VI - convocar qualquer outra autoridade ou servidor pblico municipal, para prestar informao sobre assunto inerente s suas atribuies, constituindo infrao administrativa a recusa ou o no atendimento, no prazo de quinze dias; VII - receber peties, reclamaes, representaes ou queixas de qualquer pessoa contra atos ou omisses de autoridades ou entidades pblicas;

VIII - solicitar depoimento de qualquer cidado ou autoridade no municipal para prestar informaes; IX - acompanhar junto Prefeitura Municipal a elaborao da proposta oramentria, bem como sua posterior execuo. X - apreciar plano de desenvolvimento e programa de obras do municpio; XI - acompanhar a implantao dos planos e programas de que trata o inciso anterior e fiscalizar a aplicao dos recursos municipais nelas investidos; XII exercer, no mbito de sua competncia, a fiscalizao dos atos do Executivo e da Administrao Indireta. 2. As comisses temporrias sero constitudas para proceder estudo de assunto especfico, desincumbir-se de misso atribuda pelo Plenrio, no cometida a outra comisso, e representar a Cmara Municipal em atos externos de carter oficial, dentro ou fora do territrio do Municpio. 3. Na formao das comisses, assegurar-se-, tanto quanto possvel, a representao proporcional dos partidos ou blocos parlamentares que participam da Cmara Municipal. Art. 31 - As comisses parlamentares de inqurito, que tero poderes de investigao prprios das autoridades judiciais, alm de outros previstos no Regimento Interno, sero criadas pela Cmara Municipal mediante requerimento de um tero de seus membros, para a apurao de fato determinado e por prazo certo, sendo suas concluses, se for o caso, encaminhadas ao Ministrio Pblico, para que promova a responsabilidade civil ou criminal dos infratores. 1. - As Comisses Parlamentares de Inqurito, no interesse da investigao, alm dos casos previstos no Regimento Interno, podero: I proceder as vistorias e levantamentos nas reparties pblicas municipais e entidades descentralizadas, onde tero livre acesso e permanncia e requisitar de seus responsveis a exibio ou o fornecimento de cpia de qualquer documento, no prazo de quarenta e oito horas, independente de prvia autorizao superior, e a prestao de esclarecimentos necessrios; II transportar-se aos lugares onde se fizer mister sua presena, ali realizando os atos de sua competncia. 2. - No exerccio de suas atribuies podero, ainda, as Comisses Parlamentares de Inqurito, por intermdio de seu Presidente: I determinar as diligncias que reputarem necessrias; II requerer a convocao de Secretrio Municipal;

III tomar o depoimento de qualquer servidor municipal, intimar testemunhas e inquiri-las sob o compromisso; IV proceder as verificaes contbeis em livros, papis e documentos dos rgos da Administrao direta e indireta. 3 - As testemunhas sero intimadas de acordo com as prescries estabelecidas na legislao federal especfica e, em caso de no comparecimento sem motivo justificado, a intimao ser solicitada autoridade judiciria da localidade onde residirem ou se encontrarem. Art. 32 - A Comisso Processante, ter poderes prprios, nos termos que dispuser o Regimento Interno, e ser criada pela Cmara Municipal, mediante denncia aceita por 2/3 (dois teros) dos Vereadores, para processar Prefeito e Vereadores, por decoro ou infrao poltico-administrativa e ter, ainda, o prazo mximo improrrogvel de 90 (noventa) dias para concluso do Processo e o Julgamento. Art. 33 - Durante o recesso, haver uma comisso representativa da Cmara Municipal, composta de trs membros, observada em sua composio, tanto quanto possvel, a proporcionalidade das representaes partidrias, observado o seguinte: I dois de seus membros so eleitos na ltima reunio de cada perodo da sesso legislativa ordinria, e inelegveis para o perodo subseqente; II o Presidente da Cmara integrar a Comisso, a ela presidindo; III suas atribuies e funcionamento sero definidas no Regimento Interno. SEO V Da Competncia da Cmara Art. 34 Cabe a Cmara Municipal, com a sano do Prefeito, legislar sobre todas as matrias de competncia do Municpio a que se referem os art. 10 a 12 desta Lei Orgnica, e especialmente: I legislar sobre assuntos de interesse local, inclusive suplementando a legislao federal e estadual; II legislar sobre tributos municipais, bem como autorizar isenes e anistias fiscais e a remisso de dvidas, observadas as normas previstas na Constituio Federal, Constituio Estadual e Leis Complementares;

III votar o oramento anual, o plano plurianual e a lei de diretrizes oramentrias, bem como autorizar a abertura de crditos suplementares e especiais; IV deliberar sobre a obteno e concesso de emprstimo e operaes de crdito, bem como a forma e as condies de pagamento; V autorizar a concesso de auxlio e subvenes; VI autorizar a concesso de servios pblicos; VII autorizar a concesso de direito real de uso de bens municipais; VIII autorizar a concesso administrativa de uso de bens municipais; IX dispor sobre afetao ou desafetao de bens pblicos; X aprovar o Plano Diretor e/ou sua reviso; XI delimitar o permetro urbano e a zona de expanso urbana; XII atribuir denominaes a prprios, vias e logradouros pblicos bem como a sua alterao; XIII criar, alterar e extinguir cargos, empregos e funes pblicas da administrao pblica direta, das autarquias e das fundaes; XIV normatizar a cooperao das associaes representativas no planejamento municipal; XV normatizar a iniciativa popular de projetos de lei de interesse especfico do Municpio, da cidade ou de bairros, atravs de manifestao de, pelo menos, cinco por cento do eleitorado local; XVI criao e estruturao das Secretarias Municipais; XVII criao, transformao, extino e estruturao de empresas pblicas, sociedades de economia mista, autarquias, fundos especiais e fundaes pblicas municipais; XVIII transferncia temporria da sede do Governo Municipal; XIX planos e programas municipais de desenvolvimento; XX fixao e modificao do efetivo da Guarda Municipal. Art. 35 de competncia exclusiva da Cmara Municipal: I eleger sua Mesa, bem como destitu-la na forma regimental; II elaborar o Regimento Interno; III organizar seus servios administrativos, criar, alterar ou extinguir cargo, empregos e funes na administrao da

Cmara, bem como estabelecer o regime jurdico dos servidores, na forma da lei; IV dar posse ao Prefeito e ao Vice-Prefeito, conhecer de sua renncia e quando for o caso, afast-los definitivamente do exerccio do cargo; V conceder licena ao Prefeito e ao Vice-Prefeito e aos Vereadores para afastamento do cargo na forma prevista no Regimento Interno da Cmara Municipal; VI autorizar o Prefeito, ausentar-se do Municpio por mais de quinze dias, na forma prevista no Regimento Interno da Cmara Municipal; VII fixar atravs de Lei, os subsdios do Prefeito Municipal, Vice-Prefeito, dos Secretrios Municipais e dos Vereadores, em cada legislatura para a subseqente, observadas as normas inseridas na Constituio Federal, Constituio Estadual e nesta Lei Orgnica. VIII criar comisses parlamentares de inqurito e processantes, observadas as normas do Regimento Interno; IX requerer informaes ao Prefeito e aos Secretrios Municipais sobre assuntos determinados, relativos administrao municipal; X convocar os Secretrios Municipais para prestar informaes sobre a matria de sua competncia; XI deliberar, mediante resoluo, sobre assuntos de sua economia interna e, nos demais casos de sua competncia privativa, por meio de decreto legislativo; XII autorizar a realizao de referendo e plebiscito; XIII julgar o Prefeito, o Vice-Prefeito e os Vereadores, nos casos previstos em lei e decretar a perda do mandato dos mesmos, nos casos indicados na Constituio Federal, nesta Lei Orgnica e na legislao federal competente; XIV decidir sobre a perda do mandato do Vereador; XV tomar e julgar as contas do Prefeito e da Mesa, no prazo de noventa dias aps o recebimento do parecer prvio do Tribunal de Contas do Estado, observados os seguintes preceitos: a) o parecer do Tribunal s poder ser rejeitado por deciso de dois teros dos membros da Cmara; b) decorridos noventa dias sem deliberao da Cmara, o Parecer ser includo na Ordem do Dia, sobrestando-se s demais deliberaes at que se ultime a votao; c) rejeitadas as contas, sero estas, imediatamente remetidas ao Ministrio Pblico, para fins de direito. XVI remeter ao Ministrio Pblico, anualmente, as contas rejeitadas, por infrao legislativa pertinente;

XVII deliberar sobre proposies e vetos de iniciativa do Executivo e sobre projetos de lei de iniciativa popular; XVIII conceder ttulo de cidado honorrio ou qualquer outra honraria ou homenagem a pessoas que, reconhecidamente, tenham prestado relevantes servios ao Municpio, mediante decreto legislativo aprovado pelo voto de, no mnimo, dois teros de seus membros, em escrutnio secreto; XIX sustar, no todo ou em parte, os atos normativos do Poder Executivo que exorbitem o poder regulamentar ou limites da delegao legislativa; XX mudar temporariamente sua sede, na forma prevista no Regimento Interno; XXI fiscalizar e controlar, os atos do Poder Executivo, incluindo os da administrao indireta; XXII- proceder tomada de contas do Prefeito, atravs de comisso especial, quando no apresentadas Cmara Municipal, dentro de noventa dias aps a abertura da sesso legislativa. 1 - fixado em quinze dias, prorrogveis por igual perodo, desde que solicitado e devidamente justificado, o prazo para que os responsveis pelos rgos da administrao direta e indireta prestem as informaes solicitadas pelo Poder Legislativo na forma do disposto nesta Lei e no Regimento Interno da Cmara, ressalvado o disposto no art. 31, 1., inciso I, desta Lei. 2 - O no atendimento ao prazo estipulado no pargrafo anterior faculta ao Presidente da Cmara solicitar, na conformidade da legislao federal, a interveno do Poder Judicirio para fazer cumprir a legislao. 3 - A Cmara Municipal, pelo seu Presidente, ou por qualquer de suas comisses, na forma regimental, pode convocar Secretrio Municipal para, no prazo de quinze dias, pessoalmente, prestar informaes sobre assunto previamente determinado, importando crime contra a administrao pblica a ausncia sem justificao ou a prestao de informaes falsas. 4 - Os Secretrios Municipais podem comparecer Cmara Municipal ou a qualquer de suas comisses, por sua iniciativa e mediante entendimentos com o Presidente respectivo, para expor assunto de relevncia de sua Secretaria. SEO VI Dos Vereadores Subseo I

Dos Direitos do Vereador Art. 36 - Os Vereadores so inviolveis, no exerccio do mandato e na circunscrio do Municpio, por suas opinies, palavras e votos. 1 - Os Vereadores no sero obrigados a testemunhar, perante a Cmara Municipal, sobre informaes recebidas ou prestadas em razo do exerccio do mandato, nem sobre as pessoas que lhes confiaram ou deles receberam informaes. 2 - assegurado o livre trnsito dos Vereadores, no exerccio do mandato, nas reparties pblicas municipais, no cumprimento de sua atividade de fiscalizao. 3 - Inclui-se entre os direitos do Vereador, nos termos da lei ou do Regimento Interno: I exercer a vereana, na plenitude de suas atribuies e prerrogativas; II votar e ser votado; III requerer e fazer indicaes; IV participar de comisses; V exercer fiscalizao do poder pblico municipal; VI ser remunerado pelo exerccio da vereana; VII desincumbir-se de misso de representao, de interesse da Cmara, para a qual tenha sido designado ou, mediante autorizao desta, para participar de eventos relacionados com o exerccio da vereana, includos congressos, seminrios e cursos intensivos de administrao pblica, direito municipal, organizao comunitria e assuntos ligados cincia poltica. Art. 37 - direito do Vereador licenciar-se: I para se investir em cargo de Secretrio Municipal ou equivalente, hiptese em que poder optar pela remunerao do cargo de Vereador; II por motivo de doena, nos termos de laudo mdico, a ser periodicamente renovado; III por cento e vinte dias, no caso da Vereadora gestante. IV para desempenhar misses temporrias de interesse do Municpio. 1 - Ao Vereador pode ser concedida licena para tratar de interesse particular, em perodo nico, limitado a cento e vinte dias por sesso legislativa. 2 - remunerada a licena a que se referem os incisos II, III e IV; sem qualquer remunerao, a prevista no 1.

3 - Com a investidura de que cogita o inciso I, considera-se automaticamente licenciado o Vereador. 4 - Fica mantida a remunerao do Vereador durante os afastamentos nos termos do inciso VII, 3 , do art. 36. 5 - A licena para tratar de assuntos particulares a que se refere 1. no poder ser inferior a trinta dias e o Vereador no poder assumir o exerccio do mandato antes do trmino da licena. 6 - Independentemente de requerimento, considerar-se como licena o no-comparecimento s reunies de Vereador privado, temporariamente, de sua liberdade, em virtude de processo criminal em curso. 7 - O Vereador que faltar reunio por motivo de doena, dever apresentar Secretaria da Cmara, dentro de cinco dias aps a reunio, o respectivo atestado mdico, sob pena de desconto sobre o subsdio. 8 - O Regimento Interno dispor complementarmente sobre as licenas. Subseo II Dos Deveres e Proibies Art. 38 Pelo irregular exerccio de suas atribuies, responde o Vereador civil, penal e poltico-administrativamente. 1 - A responsabilidade penal decorre dos crimes imputados ao Vereador, nesta qualidade. 2 - A responsabilidade poltico-administrativa resulta de atos comissivos ou omissivos, no desempenho do cargo de Vereador, com transgresso de norma pertinente ao exerccio da vereana ou funcionamento da Cmara. Art. 39 vedado ao Vereador: I desde a expedio do diploma: a) firmar ou manter contrato com o Municpio, ou entidade sua, de administrao indireta, e com empresa concessionria de servio pblico municipal, salvo quando o contrato obedecer s clusulas uniformes; b) aceitar ou exercer cargo, emprego ou funo pblica de que no seja ou no se tenha tornado titular em carter efetivo, em virtude de concurso pblico, ou de que seja demissvel ad nutum, em qualquer das entidades mencionadas na alnea anterior; II desde a posse:

a) ser proprietrio, controlador ou diretor de empresa que goze de favor decorrente de contrato celebrado com o Municpio ou nela ser a qualquer ttulo remunerado; b) ocupar cargo, emprego ou funo, nos termos da alnea b do inciso anterior; c) patrocinar causa em que seja interessada qualquer das entidades referidas na alnea a do inciso anterior; d) ser titular de mais de um cargo ou mandato pblico eletivo. Pargrafo nico Ao Vereador que seja servidor pblico aplicamse as seguintes regras: a) havendo compatibilidade de horrio, poder exercer cumulativamente seu cargo, funo ou emprego, que ocupe em carter efetivo, sem prejuzo da respectiva remunerao; b) no havendo compatibilidade de horrio, ficar afastado de seu cargo, funo ou emprego, sendo-lhe facultado optar pela sua remunerao; c) no caso de afastamento do cargo, emprego ou funo para o exerccio da vereana, seu tempo de servio ser contado para todos os efeitos legais, exceto para promoo por merecimento. Art. 40 So deveres do Vereador: I comparecer nas reunies da Cmara, com assiduidade e pontualidade; II observar as normas legais e regulamentares; III zelar pela autonomia da Cmara; IV colaborar na edio de leis justas, conducentes realizao dos objetivos prioritrios do Municpio; V exercer com equilbrio e firmeza o dever de fiscalizar o governo local; VI empenhar-se na difuso e prtica dos valores democrticos, entre eles, o exerccio da cidadania plena e a organizao e fortalecimento comunitrio. Art. 41 A Cmara poder cassar ou extinguir o mandato do Vereador nos casos previstos nesta Lei Orgnica e na legislao federal pertinente. 1 O Vereador poder ter o seu mandato cassado, quando: I Utilizar-se do mandato para a prtica de atos de corrupo ou de improbidade administrativa; II Fixar residncia fora do Municpio; III Proceder de modo incompatvel com a dignidade da Cmara ou faltar com o decoro na sua conduta pblica.

2 - A cassao de mandato ser, sob pena de nulidade, precedida de processo a cargo de Comisso da Cmara, por esta instituda pelo voto da maioria de seus membros, em face de denncia escrita da Mesa Diretora, Vereador, Partido Poltico ou qualquer eleitor, na qual os fatos sejam objetivamente expostos e as provas indicadas. 3 - Se o denunciante for Vereador, ficar impedido de votar sobre a denncia ou no julgamento das concluses do relatrio e de integrar a comisso processante. 4 - O suplente do Vereador impedido de votar ser convocado para substitu-lo nas deliberaes pertinentes ao processo, mas no poder integrar a comisso de processo. 5 - Considerar-se- definitivamente cassado o mandato do Vereador se a Cmara, pelo voto secreto de dois teros de seus membros, o declarar incurso em qualquer das infraes especificadas na denncia e previstas nos incisos I a III, do 1 deste artigo. 6 - O processo pode ser precedido de sindicncia, a critrio da Cmara. 7 - O Vereador ter extinto o seu mandato e assim ser declarado pelo Presidente da Cmara, quando: I Ocorrer falecimento, renncia por escrito, cassao dos direitos polticos ou condenao por crime funcional ou eleitoral; II Deixar de tomar posse, sem motivo justo aceito pela Cmara, dentro do prazo estabelecido em lei; III deixar de comparecer, em cada sesso legislativa anual, tera parte das reunies ordinrias da Cmara Municipal, salvo comprovado motivo de doena, licena ou misso autorizada pela Edilidade; ou, ainda, deixar de comparecer a cinco reunies extraordinrias convocadas pelo Prefeito, por escrito e mediante recibo de recebimento, para a apreciao de matria urgente, salvo se a convocao ocorrer durante o recesso parlamentar. IV incidir nos impedimentos para o exerccio do mandato, estabelecidos em lei e no se desincompatibilizar at a posse, e, nos casos, supervenientes, no prazo fixado em lei ou pela Cmara. 8 - Ocorrido e comprovado o ato ou fato extintivo, o Presidente da Cmara, na primeira reunio, comunicar ao plenrio e far constar da ata a declarao da extino do mandato e convocar imediatamente o respectivo suplente. 9 - Se o Presidente da Cmara omitir-se nas providncias previstas no pargrafo anterior, o suplente do

Vereador ou o Prefeito Municipal poder requerer a declarao de extino do mandato, por via judicial. 10 - Em qualquer dos casos de cassao ou declarao de extino de mandato, mencionados nos pargrafos anteriores, ao Vereador ser assegurada ampla defesa, observados entre outros requisitos de validade, o contraditrio, a publicidade e o despacho ou deciso motivados. 11 - No caso de cassao de mandato dever ser obedecido o rito previsto no art. 69 da presente Lei Orgnica. Art. 42 No perder o mandato o Vereador: I investido no cargo de Secretrio Municipal; II licenciado por motivo de doena, ou para tratar de interesse particular, neste caso, sem remunerao e por perodo no excedente a cento e vinte dias por sesso legislativa. III licenciado para desempenhar misses temporrias de carter cultural ou de interesse geral do Municpio. Pargrafo nico Na hiptese do inciso I acima, o vereador considerar-se- automaticamente licenciado e poder optar pela remunerao do mandato. Subseo III Da Convocao de Suplentes Art. 43 Ocorrendo vacncia do cargo de Vereador ou no caso de licenciamento de seu titular, o Presidente da Cmara convocar o suplente, dentro das vinte e quatro horas subseqentes, que dever tomar posse dentro de quinze dias, a contar da convocao, salvo motivo justo, a critrio da Cmara, sob pena de ficar caracterizada a renncia. 1 - Ocorrendo vaga e no havendo suplente, o Presidente da Cmara comunicar o fato, dentro de quarenta e oito horas, ao Tribunal Regional Eleitoral. 2 - Enquanto no preenchida a vaga a que se refere o pargrafo anterior, o quorum para as deliberaes da Cmara ser apurado em funo dos Vereadores remanescentes. 3 - O Regimento Interno baixar normas complementares sobre a convocao de suplentes de que trata este artigo. Subseo IV Remunerao dos Vereadores

Art. 44 Os subsdios dos Vereadores sero fixados por lei de iniciativa da Cmara, em cada legislatura para a subseqente, at sessenta dias antes das eleies municipais, observado o que dispe a Constituio Federal (arts. 39, 4, 57, 7. 150, II, 153, III e 150, 2, I), a Constituio Estadual e os critrios estabelecidos nesta Lei Orgnica. 1 - Os Vereadores sero remunerados exclusivamente por subsdio fixado em parcela nica, expresso em moeda corrente do Pas, observadas as vedaes legais e constitucionais. 2 - Os Vereadores sero ressarcidos, com base em critrios propostos pela Mesa Diretora e aprovados pela Cmara, das despesas de transporte, alimentao e estada, nos afastamentos previstos no art. 36, 3 inciso VII desta Lei Orgnica. 3 - O Presidente da Cmara, em face da responsabilidade e relevncia do cargo, ter direito a subsdio correspondente a 120% (cento e vinte por cento) dos subsdios dos demais Vereadores. 4 - A remunerao de que trata este artigo sofrer uma reviso geral e anual, visando recompor a perda inflacionria do valor nominal da remunerao, conforme art. 37, inc. X da CF/88. 5 - Dos subsdios do Vereador ser deduzido o correspondente s reunies ordinrias, extraordinrias e reunies de comisso a que houver faltado, sem motivo justo, na forma do Regimento Interno. 6 - Alm de outros previstos na Constituio Federal, na fixao dos subsdios dos Vereadores sero observados os seguintes limites: I o subsdio do Vereador no poder ser maior que trinta por cento daquele estabelecido, em espcie, aos Deputados Estaduais. II o total da despesa com os subsdios e a parcela indenizatria previstos nesta lei no poder ultrapassar o montante de cinco por cento da receita do Municpio. 7 - No caso da Cmara no fixar os subsdios conforme estabelecido no caput deste artigo, prevalecer o subsdio do ms de dezembro do ltimo ano da legislatura. 8 - O Regimento Interno baixar normas complementares sobre os subsdios de que trata este artigo. SEO VII Do Processo Legislativo

Subseo I Introduo Art. 45 O processo legislativo municipal compreende a elaborao de: I emendas Lei Orgnica Municipal; II leis complementares; III leis ordinrias; IV leis delegadas; V decretos legislativos; VI resolues. 1 - So, ainda, objeto de deliberaes da Cmara Municipal, na forma do Regimento Interno: I a indicao; II o requerimento; III a moo; IV o anteprojeto; V o pedido de providncia; VI - qualquer outra codificao. 2 - Na ausncia de norma legal especfica nesta Lei Orgnica, caber ao Regimento Interno da Cmara Municipal definir e dispor sobre a forma de tramitao das proposies, inclusive quorum para votao, reunies do Poder Legislativo e toda matria concernente competncia deste Poder. Subseo II Da Emenda Lei Orgnica Art. 46 A Lei Orgnica Municipal poder ser emendada mediante proposta: I de, no mnimo, um tero dos membros da Cmara Municipal; II do Prefeito. 1 - A emenda ser promulgada pela Mesa Diretora da Cmara, com o respectivo nmero de ordem. 2 - A Lei Orgnica no poder ser emendada na vigncia dos estado de stio ou estado de defesa, nem quando o Municpio estiver sob interveno estadual. 3 - A proposta de emenda ser discutida e votada em dois turnos, com interstcio mnimo de dez dias, considerando-se aprovada quando obtiver, em ambos, o voto favorvel de dois teros dos membros da Cmara Municipal.

4 - A matria constante de proposta de emenda rejeitada ou havida por prejudicada, no poder retornar a plenrio na mesma sesso legislativa. Subseo III Das Leis Art. 47 A iniciativa de lei complementar e ordinria caber a qualquer Vereador ou Comisso da Cmara, ao Prefeito e ao eleitorado na forma e nos casos definidos nesta Lei Orgnica. 1 So de iniciativa exclusiva do Prefeito, entre outros, os projetos de leis que versem: I a criao, transformao e extino dos cargos e funes pblicas da Prefeitura, autarquias pblicas, bem como a fixao de respectiva remunerao, observados os parmetros da lei de diretrizes oramentrias e o regime jurdico nico e os planos de carreira dos servidores pblicos; II o regime jurdico nico e os planos de carreira dos servidores pblicos do Municpio, autarquias e fundaes pblicas; III o quadro de empregos das empresas pblicas, sociedades de economia mista e demais entidades sob controle direto ou indireto do Municpio; IV a criao, estruturao, atribuies e extino de rgos, na administrao municipal e em entidade de administrao indireta; V os planos plurianuais; VI as diretrizes oramentrias; VII os oramentos anuais; VIII a matria tributria que implique reduo de receita tributria; IX desafetao, alienao e concesso de bens imveis municipais; X obteno e concesso de emprstimos e operaes de crdito, bem como a forma e os meios de pagamento; XI concesso de auxlios e subvenes; XII concesso de direito real de uso de bens municipais; XIII concesso administrativa; XIV aquisio de bens imveis, salvo quando se tratar de doao para o Municpio, sem encargo. 2 - No ser admitida emenda que aumente a despesa prevista nos projetos de lei de iniciativa exclusiva do Prefeito, ressalvadas as excees previstas nesta Lei Orgnica.

3 - A Lei Complementar ser aprovada por maioria absoluta da Cmara. 4 - So leis complementares, entre outras matrias previstas nesta Lei Orgnica, as concernentes s seguintes matrias: I Plano Diretor; II Cdigo de Obras e Edificaes; III Cdigo Tributrio do Municpio; IV Cdigo de Posturas; V Cdigo Sanitrio; VI Plano Rodovirio Municipal; VII Estatuto dos Servidores Pblicos; VIII Lei de Uso e Ocupao do Solo e de Parcelamento do Solo Urbano; IX Lei de plano de cargos e salrios. 5. A iniciativa popular de projetos de lei de interesse especfico do Municpio, da cidade ou de bairros, poder ser exercida atravs de manifestao de, pelo menos, cinco por cento do eleitorado. Art. 48 O Prefeito poder solicitar urgncia para a apreciao de projeto de lei de sua iniciativa. 1 - Solicitada a urgncia, se a Cmara no se manifestar, em at quarenta e cinco dias, sobre o projeto, ser ele includo na ordem do dia, sobrestando-se a deliberao sobre os demais assuntos para que se ultime a votao. 2 - O prazo do pargrafo anterior no corre em perodo de recesso da Cmara, nem se aplica a projeto de cdigo ou lei estatutria. Art. 49 A proposio de lei, resultante de projeto aprovado pela Cmara, ser enviado ao Prefeito que no prazo de quinze dias teis, contados da data de seu recebimento: I se aquiescer, o sancionar; II se considerar, no todo ou em parte, inconstitucional ou ilegal, ou contrrio ao interesse pblico, a vetar, total ou parcialmente, e, dentro de quarenta e oito horas, comunicar seus motivos ao Presidente da Cmara. 1 - O veto parcial somente abranger texto integral de artigo, de pargrafo, de inciso ou de alnea. 2 - O silncio do Prefeito, decorrido o prazo, importa sano. 3 - A Cmara, dentro de trinta dias contados do recebimento da comunicao do veto, sobre ele decidir, em escrutnio secreto, e sua rejeio somente ocorrer pelo voto da maioria absoluta de seus membros.

4 - Rejeitado o veto, ser a proposio de lei enviada ao Prefeito para promulgao. 5 - Esgotado o prazo estabelecido no 3 sem deliberao, o veto ser includo na Ordem do Dia da reunio imediata, sobrestadas todas as demais proposies, at sua votao final ressalvada a matria de que o art. 48, desta Lei. 6 - Se, nos casos dos 2 e 4 a lei no for, dentro de quarenta e oito horas, promulgada pelo Prefeito, o Presidente da Cmara a promulgar, e, se este no o fizer em igual prazo, caber ao Vice-Presidente faz-lo. 7 A matria constante do projeto rejeitado somente poder constituir objeto de novo projeto, na mesma sesso legislativa, mediante proposta da maioria dos membros da Cmara. Art. 50 As leis delegadas sero elaboradas pelo Prefeito, que dever solicitar delegao Cmara Municipal. 1 - No sero objeto de delegao os atos de competncia privativa da Cmara Municipal, a matria reservada lei complementar, nem a legislao sobre planos plurianuais, diretrizes oramentrias e oramentos. 2 - A delegao ao Prefeito ser efetuada atravs de decreto legislativo, que especificar seu contedo e os termos de seu exerccio. 3 - Se o decreto legislativo determinar a apreciao do projeto pela Cmara Municipal este se far em votao nica, vedada qualquer emenda. 4 - O decreto legislativo, para o fim colimado no 2 deste artigo, s ser expedido se aprovado por maioria de 2/3 (dois teros) dos Vereadores. Subseo IV Das Resolues e dos Decretos Legislativos Art. 51 A resoluo ser destinada a regular matria poltico-administrativa da Cmara e de sua competncia originria e exclusiva, para produzir seus principais efeitos no interior da Cmara. 1 - A resoluo aprovada pelo Plenrio em um s turno de votao, ser promulgada pelo Presidente da Cmara. 2 - As matrias a ser regulada pela Cmara atravs de Resoluo so, dentre outras, as seguintes: I organizao administrativa dos servios da Secretaria da Cmara, bem como a criao, alterao, transformao ou

extino de cargo, empregos e funes na administrao da Cmara; II Regimento Interno da Cmara e suas modificaes; III concesso de licena a Vereadores; IV aprovao de precedentes regimentais; V qualquer outra matria de natureza interna corporis da Cmara. Art. 52 O decreto legislativo ser destinado a regular matria poltico-administrativa de competncia exclusiva da Cmara Municipal, para produzir seus principais efeitos fora limites da Cmara. 1 - O decreto legislativo, aprovado pelo Plenrio em um s turno de votao, ser promulgado pelo Presidente da Cmara. 2 - As matrias a ser regulada pela Cmara, atravs de decreto legislativo so, dentre outras, as seguintes: I cassao de mandatos; II aprovao de contas; III concesso de ttulos honorficos; IV aprovao de convnios e consrcios; V autorizao ao Prefeito para elaborar leis delegadas; VI outras matrias que possam produzir seus principais efeitos fora da Cmara. Art. 53 A Resoluo e o Decreto Legislativo obedecem ao processo legislativo das leis, mas no se sujeitam a sano e veto do Executivo, sendo que o Regimento Interno da Cmara poder dispor complementarmente sobre a matria. Subseo V Do Quorum para as Deliberaes Art. 54 As deliberaes da Cmara so tomadas por maioria de votos, desde que presentes mais da metade de seus membros. 1 - Depende do voto de dois teros dos membros da Cmara Municipal, dentre outras previstas nesta Lei Orgnica, a aprovao dos projetos que versem: I emenda Lei Orgnica; II aquisio de bem imvel por doao com encargo; III outorga de ttulo de cidado honorrio e qualquer outra honraria ou homenagem; IV contratao de emprstimo de entidade privada; V rejeio de parecer prvio do Tribunal de Contas;

VI cassao do mandato de Vereador, Prefeito e VicePrefeito; VII perdo de dvida ativa, somente admitida nos casos de calamidade pblica; VIII aprovao de emprstimo, operao de crdito e acordo externo, de qualquer natureza, dependente de autorizao do Senado Federal; IX modificao de denominao de logradouro pblico com mais de dez anos; X destituio de membro da Mesa Diretora; XI - decreto legislativo autorizando o Prefeito a elaborao de uma lei delegada; 2 - A aprovao pela maioria absoluta dos membros da Cmara Municipal, dentre outras previstas nesta Lei Orgnica, ser exigida quando se tratar de projetos que versem: I autorizao para o Prefeito celebrar convnios ou ratificar aqueles que, por motivo de urgncia ou de relevante interesse pblico, devidamente justificado, foram efetivados sem autorizao; II codificao, em matria de obras e edificaes, tributria e demais posturas que envolvem o exerccio de poltica administrativa local, includo o zoneamento e o parcelamento do solo. III aprovao e modificao do Regimento Interno; IV aquisio de bem imvel; V regime jurdico nico dos servidores, criao, alterao e/ou extino de cargos; VI - rejeio de veto do Prefeito Municipal; VII concesso de servios pblicos; VIII concesso de direito real de uso de bem imvel; IX alienao de bem imvel; X desafetao de praas pblicas, reas verdes, sistema de lazer ou recreio, vias pblicas e quaisquer outras reas de uso comum do povo. 3 - O Presidente da Cmara, ou quem o substituir, somente manifestar o seu voto nas hipteses previstas no art. 26 desta Lei Orgnica. SEO VI Da Fiscalizao Contbil, Financeira e Oramentria Subseo I

Introduo Art. 55 - A fiscalizao contbil, financeira, oramentria, operacional e patrimonial da Mesa Diretora da Cmara e do Poder Executivo, bem como das entidades de administrao indireta se sujeitaro: I a controles internos, exercidos, de forma integrada, pelo prprio rgo e entidade envolvida; II a controle externo, a cargo da Cmara Municipal, com o auxilio do Tribunal de Contas; III controle direto pelo cidado e associaes representativas da comunidade, cujas associaes devero ter no mnimo um ano de existncia e funcionamento regular atestado pelo Ministrio Pblico, mediante amplo e irrestrito exerccio do direito de petio perante qualquer rgo de administrao direta e entidade de administrao indireta. 1 - A fiscalizao e os controles internos e externos de que trata o presente artigo abrangem: I a moralidade, legalidade, legitimidade, economicidade e razoabilidade de ato gerador de despesa ou determinante de despesa e de que resulte nascimento ou extino de direito ou obrigao; II a fidelidade funcional do agente responsvel por bem ou valor pblico; III o cumprimento de programa de trabalho expresso em termos monetrios, a realizao de obra e a prestao de servio. 2 - Prestar contas a pessoa fsica que: a utilizar, arrecadar, guardar, gerenciar ou administrar dinheiro, bem ou valor pblico ou pelos quais responda o Municpio ou entidade da administrao indireta; b assumir, em nome do Municpio ou de entidade de administrao indireta, obrigaes de natureza pecuniria. 3 - As disponibilidades de caixa do Municpio e dos rgos ou entidades de administrao indireta sero depositadas em instituio financeira oficial. Subseo II Dos Controles Internos Art. 56 Os rgos e entidades referidos no art. 55 mantero, de forma integrada, sistema de controle interno, com a finalidade de:

I avaliar o cumprimento das metas previstas nos respectivos planos plurianuais e a execuo dos programas de governo e oramentos; II comprovar a legalidade e avaliar os resultados, quanto eficcia e eficincia, da gesto oramentria, financeira e patrimonial dos rgos da administrao direta e das entidades da administrao indireta, e da aplicao de recursos pblicos por entidades de direito privado; III exercer o controle de operaes de crdito, avais e garantias, e o de seus direitos e haveres; IV apoiar o controle externo no exerccio de sua misso institucional. V verificar o cumprimento da Lei de Responsabilidade Fiscal (Lei Complementar n 101/2000). VI Exercer o controle sobre o deferimento de vantagens e a forma de calcular qualquer parcela integrante da remunerao, vencimento ou salrio de seus membros ou servidores. 1 - Os responsveis pelo controle interno, ao tomarem conhecimento de qualquer irregularidade, ilegalidade ou ofensa aos princpios da legalidade, impessoalidade, moralidade e publicidade, dela daro cincia ao Tribunal de Contas do Estado, sob pena de responsabilidade solidria. 2 - A lei disciplinar o funcionamento e a organizao do controle interno municipal. Subseo III Do Controle Externo Art. 57 O auxlio do Tribunal de Contas se exprimir, fundamentalmente: I na emisso de parecer prvio sobre as contas; II em auditorias financeiras e oramentrias sobre a aplicao de recursos na administrao municipal, mediante acompanhamento, inspees e diligncias; III em parecer prvio sobre os emprstimos externos, operaes e acordos da mesma natureza; IV em parecer sobre emprstimos ou operaes de crdito interno realizados pelo Municpio, fiscalizando sua aplicao; V em tomada de contas, nos casos em que no tenham sido prestadas no prazo legal. Pargrafo nico O controle abrange, ainda, a cargo da Cmara, o exame e avaliao direta dos fatos e o de

demonstrativos e relatrios fornecidos Cmara pelos rgos e entidades. Art. 58 As contas do Prefeito, da Mesa Diretora e das entidades de administrao indireta sero apresentadas ao Tribunal de Contas do Estado, e por cpia autenticada, a Cmara, at o ltimo dia til do ms de maro do exerccio subseqente. 1 - As contas de que trata este artigo sero julgadas pela Cmara, no prazo de noventa dias, a contar do recebimento do parecer mencionado no art. 57, inciso I. 2 - Decorrido o prazo sem deliberao da Cmara, o julgamento do Parecer Prvio dever ser, obrigatoriamente, colocado em pauta pelo Presidente da Cmara, sob pena de infrao poltico-administrativa, sujeitando-se cassao do mandato. 3 - A Cmara publicar edital, com o prazo improrrogvel de trinta dias, durante o qual as contas ficaro disposio dos que as tenham prestado, para complementao de dados e documentos, se for o caso, e defesa, nos termos do parecer prvio do Tribunal de Contas. 4 - O parecer prvio do Tribunal de Contas somente deixar de prevalecer pelo voto de dois teros dos membros da Cmara. 5 - As contas do Municpio devero ficar anualmente, durante sessenta dias, a partir de 15 de abril, disposio de qualquer contribuinte, em local de fcil acesso, para exame e apreciao, o qual poder questionar-lhe a legitimidade nos termos da lei. 6 No caso das contas no serem prestadas no prazo legal, a Cmara, dentro dos trinta dias seguintes, instaurar inqurito, nos termos do Regimento Interno, de apurao de responsabilidade, cujo relatrio final, aprovado pela maioria dos membros da Cmara, com base em parecer da comisso competente, ser enviado ao Tribunal de Contas, a ttulo de subsdio para a tomada de contas, e ao Ministrio Pblico. 7 - Qualquer muncipe, partido poltico, associao ou sindicato parte legtima para, na forma da lei, denunciar irregularidades ou ilegalidades perpetradas pelo Poder Executivo ou pela Mesa da Cmara perante o Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais. Subseo IV Do Controle de Constitucionalidade

Art. 59 Cabe a Cmara, vista de comunicao do Tribunal de Justia, suspender, no todo ou em parte, a execuo da lei ou do ato normativo municipal declarado inconstitucional. 1 - No caso da inconstitucionalidade ser conhecida com fundamento em omisso de medida de competncia da Cmara, para tornar efetiva norma da constituio, a Mesa Diretora dar incio ao processo legislativo, dentro de quinze dias, contados da comunicao do Tribunal de Justia. 2 - No caso de omisso imputada a rgo administrativo, a Cmara manter sob controle a prtica do ato que dever dar-se dentro de trinta dias (Constituio do Estado: art. 118, 4). Subseo V Da Sustao de Atos Normativos Art. 60 Compete a Cmara, pelo voto de dois teros de seus membros, sustar, total ou parcialmente, os atos normativos do Poder Executivo que exorbitem do poder regulamentar. 1 - A sustao se dar em resoluo da Cmara, com base em parecer unnime e fundamentado das comisses, ouvido, ainda, o rgo de assessoramento jurdico. 2 A deliberao da Cmara ser, dentro de cinco dias, comunicada ao Prefeito, que, em decreto e em igual prazo, determinar a sustao do ato, sob pena de responsabilidade. 3 - Ao Prefeito facultado pedir fundamentadamente a Cmara, dentro de cinco dias, que reconsidere o ato de sustao. Subseo VI Do Controle da Execuo Administrativa Art. 61 dever do Vereador e da Cmara manterem-se correta e oportunamente informados de ato, fato ou omisso imputveis Mesa Diretora ou a agente poltico, servidor ou empregado pblico, de que tenha resultado ou possa resultar: I ofensa moralidade administrativa, ao patrimnio pblico e aos demais interesses legtimos da comunidade; II propaganda enganosa do Poder Pblico; III inexecuo ou execuo insuficiente ou tardia de plano, programa ou projeto de governo;

IV prtica ilegal de atos, comissivos ou omissivos, envolvendo, entre outros itens, nomeao ou admisso de servidor ou empregado pblico, licitao e contrato administrativo. 1 - O exerccio do dever de que trata este artigo envolve, fundamentalmente: I obter e avaliar criticamente informaes Cmara prestadas, de modo cabal e com oportunidade, sobre os atos e fatos da administrao; II recomendar medidas de reviso, correo e aperfeioamento de prticas administrativas, tendo em vista o correto atendimento ao interesse pblico; III propor ou adotar medidas de apurao de responsabilidade, que couberem, de natureza administrativa ou civil, ou representar ao Ministrio Pblico, em matria criminal em face dos dados objetivamente apurados. 2 - O acompanhamento e fiscalizao mencionados baseiam-se na observao direta de fatos ou documentos ou naqueles de que tenha o Vereador ou a Cmara conhecimento por meio de denncia, desde que fundamentada, ou na anlise de informaes eventualmente solicitadas ou constantes de Relatrio de Ao Executiva. 3 - O Relatrio a que alude o pargrafo anterior ser pelo Prefeito encaminhado ao Legislativo at o ltimo dia dos meses de janeiro, maio e setembro de cada ano, com as seguintes informaes fundamentais, entre outras, relativas ao quadrimestre vencido, e, acumuladamente, no exerccio: I cargos, empregos e funes providos, qualquer que tenha sido a forma de provimento; II contratos celebrados e rescindidos nos termos do art. 37, IX, da Constituio da Repblica; III demonstrativo das despesas de pessoal, nelas includas as pertinentes aos agentes polticos, confrontados com as receitas correntes efetivamente arrecadadas; IV demonstrativo das despesas de publicidade com os rgos de comunicao especificados os veculos ou agncias de comunicao; V demonstrativo das despesas com a manuteno e desenvolvimento do ensino, confrontada com as receitas resultantes de impostos, compreendidos e provenientes de transferncias (Constituio da Repblica: art. 212); VI demonstrativo de dvida fundada do Municpio; VII demonstrativo das obras com execuo iniciada ou concluda, indicados os respectivos procedimentos licitatrios, as

datas dos contratos celebrados, os valores contratados e j quitados e as caractersticas das obras; VIII a evoluo da receita efetivamente arrecadada, por espcie de tributo; IX demonstrativo da evoluo da despesa de investimento. 4 - Obriga-se ainda o Prefeito: I a remeter Cmara, at o dia vinte de cada ms, cpia do balancete da receita e da despesa, relativo ao ms anterior; II a fazer publicar, at trinta dias aps o encerramento de cada bimestre, relatrio resumido da execuo oramentria (Constituio da Repblica: art. 165, 3); III a divulgar, at o ltimo dia do ms subseqente ao da arrecadao; os montantes de cada um dos tributos arrecadados e os recursos recebidos (Constituio da Repblica: art. 162). SEO IX Dos limites das Despesas da Cmara Art. 62 O total das despesas da Cmara Municipal, includos os subsdios dos Vereadores e excludos os gastos com inativos, no poder ultrapassar ao percentual de oito por cento relativos ao somatrio da receita tributria e das transferncias previstas no 5 do art. 153 e nos arts. 158 e 159, todos da Constituio Federal, efetivamente realizado no exerccio anterior pelo municpio. 1 - A Cmara Municipal no gastar mais de setenta por cento de sua receita com folha de pagamento, includo o gasto com o subsdio de seus Vereadores. 2 - Constitui crime de responsabilidade do Presidente da Cmara Municipal o desrespeito ao 1 deste artigo. CAPTULO II Do Poder Executivo Seo I Introduo Art. 63 O Poder Executivo exercido pelo Prefeito, auxiliado pelos Secretrios Municipais.

1 - A eleio do Prefeito e do Vice-Prefeito, para o mandato de quatro anos, se realizar no primeiro domingo de outubro do ano anterior ao trmino do mandato do seu antecessor, dentre os brasileiros maiores de vinte e um anos no exerccio de seus direitos polticos, mediante pleito direto e simultneo realizado em todo o Pas, e a posse ocorrer no dia primeiro de janeiro subseqente, observado ao mais, o disposto no art. 77 da Constituio da Repblica. 2 - A eleio do Prefeito importar a do Vice-Prefeito com ele registrado. 3 - O Prefeito e o Vice-Prefeito tomaro posse perante a Cmara, em reunio subseqente instalao desta, quando prestaro o seguinte compromisso: "Prometo cumprir a Constituio Federal, a Constituio Estadual e a Lei Orgnica Municipal, observar as leis, desempenhar o mandato que me foi confiado e trabalhar pelo progresso do Municpio de Aimors e pelo bem-estar de seu povo". 4 - No ato da posse e ao trmino do mandato o Prefeito e o Vice-Prefeito faro declarao pblica de seus bens, as quais sero transcritas em livro prprio, constando de ata o seu resumo. 5 - Se a Cmara no se reunir, na data prevista neste artigo, a posse do prefeito e do Vice-Prefeito poder efetivar-se perante o Juiz de Direito da Comarca ou na falta deste, perante o da Comarca mais prxima. 6 - Se, decorridos quinze dias, o Prefeito ou o VicePrefeito no tiver tomado posse, salvo motivo de fora maior, devidamente comprovado perante a Cmara, ser por esta declarado vago o respectivo cargo. 7 - O exerccio do cargo de Vice-Prefeito, envolve, fundamentalmente: I substituir o Prefeito em caso de licena ou impedimento e o suceder no caso de vaga ocorrida aps a diplomao; II alm de outras atribuies que lhe forem conferidas por lei, auxiliar o Prefeito sempre que por ele convocado para misses especiais; III no se recusar a substitu-lo, sob pena de extino do respectivo mandato. 8 - No caso de impedimento do Prefeito e do VicePrefeito ou no de vacncia dos respectivos cargos, assumir o cargo de Prefeito o Presidente da Cmara; impedido este, ser chamado a responder pelo expediente da Prefeitura, o Secretrio Municipal da Prefeitura, de mais idade, e no seu impedimento ou impossibilidade de assumir, o Procurador Geral do Municpio.

9 - Ocorrendo a vacncia dos cargos de Prefeito e VicePrefeito, proceder-se- a eleio dentro dos sessenta dias a contar da abertura da ltima vaga, tudo na forma da lei eleitoral, salvo se faltarem menos de quinze meses para o trmino do mandato, hiptese em que assumir o cargo de Prefeito o Presidente da Cmara ou no caso de impedimento e/ou recusa deste, aquele que a Cmara eleger. 10 - O exerccio do mandato dar-se-, automaticamente, com a posse, assumindo o Prefeito todos os direitos e obrigaes inerentes ao cargo. 11 - A transmisso de cargo, quando houver, dar-se- no Gabinete do Prefeito, aps a posse. Seo II Da Competncia do Prefeito Art. 64 Compete ao Prefeito, alm de outras atribuies previstas nesta Lei Orgnica: I representar o Municpio, em Juzo e fora dele: II exercer, com o auxlio dos secretrios municipais, direo superior do Poder Executivo; III nomear e exonerar os secretrios municipais; IV iniciar o processo legislativo, na forma e nos casos previstos nesta Lei; V sancionar, promulgar e fazer publicar as leis, bem como expedir, por meio de decretos, regulamentos para sua fiel execuo; VI vetar proposies de leis, total ou parcialmente; VII prover os cargos, empregos e as funes pblicas do Poder Executivo; VIII prover os cargos de direo das autarquias e fundaes pblicas; IX remeter mensagem e plano de governo Cmara por ocasio de abertura de sesso legislativa, expondo a situao do Municpio e salientando as providncias que julgar necessrias; X enviar Cmara os projetos de leis de diretrizes oramentrias, plano plurianual e oramento anual; XI dispor sobre a organizao e o funcionamento da administrao municipal, na forma da lei; XII prestar, anualmente, as contas relativas ao exerccio anterior;

XIII extinguir por decreto, cargo desnecessrio no Quadro da Prefeitura, desde que vago ou ocupado por servidor no estvel; XIV celebrar convnios, ajustes e contratos, obedecidos os preceitos desta lei; XV contrair emprstimo, externo ou interno, e fazer operao ou acordo externo de qualquer natureza, mediante prvia autorizao da Cmara, observados os demais requisitos; XVI remeter Cmara ou fazer publicar os balancetes, relatrios ou demonstrativos mencionados no 4 do art. 61, observados os prazos legais; XVII declarar a necessidade e utilidade pblica ou o interesse social, para fins de desapropriao, e efetiv-la; XVIII prestar as informaes solicitadas pela Cmara, dentro de quinze dias ou em prazo maior que solicitar, em face da complexidade da matria ou de dificuldade no levantamento e organizao dos dados solicitados; XIX convocar extraordinariamente a Cmara; XX solicitar o concurso das autoridades policiais do Estado para assegurar o cumprimento de seus atos, bem como fazer uso da Guarda Municipal, na forma da lei; XXI decretar estado de calamidade pblica; XXII fixar as tarifas dos servios pblicos concedidos, permitidos ou autorizados, bem como daqueles explorados pelo prprio Municpio, segundo critrios estabelecidos em lei municipal; XXIII requerer autoridade competente a priso administrativa de servidor pblico municipal omisso ou remisso na prestao de contas dos dinheiros pblicos; XXIV superintender a arrecadao dos tributos e preos, bem como a guarda e aplicao da receita, autorizando as despesas e os pagamentos, observados as disponibilidades oramentrias e os crditos autorizados pela Cmara; XXV realizar audincias pblicas com entidades e cidados da Comunidade, para o debate de assuntos de interesse pblico local; XXVI resolver sobre os requerimentos, reclamaes ou representaes que lhe forem dirigidos; XXVII enviar Cmara, at o dia vinte de cada ms, os recursos financeiros para acorrer s suas despesas, razo, por ms, de um duodcimo do tota