112
 1  O texto a seguir, da Lei Orgânica Munici pal de Canoas, ap resenta  a redação original acrescida das Emendas promulgadas e das  supressões decorrentes de Ações Diretas de  Inconstituc ionalidade. Não foi feita nenhuma correção de ordem  gramatical e /ou redacional n o texto original. Ione Lima Divisão Legislativa Novembro/2009

Lei Organica

Embed Size (px)

DESCRIPTION

lei organica do municipio de Canaoas

Citation preview

  • 1

    O texto a seguir, da Lei Orgnica Municipal de Canoas, apresenta a redao original acrescida das Emendas promulgadas e das supresses decorrentes de Aes Diretas de Inconstitucionalidade. No foi feita nenhuma correo de ordem gramatical e/ou redacional no texto original.

    Ione Lima

    Diviso Legislativa

    Novembro/2009

  • 2

    LEI ORGNICA MUNICIPAL DE CANOAS

    PRAMBULO

    O Povo de Canoas, atravs de seus representantes, reunidos em Cmara Municipal Constituinte, sob a proteo de Deus, imbudos pelos princpios da liberdade, igualdade, da justia e da soberania popular, valores fundamentais a uma sociedade pluralista, democrtica e fraterna, com o objetivo firme de pensar, planejar e construir um municpio voltado aos seus cidados, estabelece e promulga a seguinte LEI ORGNICA:

  • 3

    TTULO I

    DA ORGANIZAO DOS PODERES

    EXECUTIVO E LEGISLATIVO

    CAPTULO I PRINCPIOS GERAIS DA ORGANIZAO MUNICIPAL

    SEO I

    DISPOSIES PRELIMINARES

    Art. 1. O Municpio de Canoas, parte integrante da Repblica Federativa do Brasil e do Estado do Rio Grande do Sul, dotado de autonomia poltica, administrativa e financeira, reger-se- por esta Lei Orgnica e demais leis que adotar, respeitados os princpios estabelecidos nas Constituies Federal e Estadual.

    Art. 2. Todo poder naturalmente privativo do povo, que o exerce diretamente ou indiretamente, por seus representantes eleitos.

    Pargrafo nico. A soberania popular ser exercida pelo sufrgio universal e pelo voto direto e secreto, com igual valor para todos, nos termos da lei, mediante:

    I plebiscito; II referendo; III iniciativa popular no processo legislativo. Art. 3. So Poderes do Municpio, independentes e

    harmnicos entre si, o Legislativo, exercido pela Cmara Municipal e o Executivo, exercido pelo Prefeito.

    1. vedada a delegao de atribuies entre os Poderes. 2. O cidado investido na funo de um deles no pode

    exercer a de outro. Art. 4. mantido o atual territrio do Municpio, cujos

    limites s podem ser alterados nos termos da legislao estadual,

  • 4

    quer decorrente de fuso, incorporaes ou desmembramentos e

    far-se-o no perodo de dezoito e seis meses anteriores s eleies para Prefeito, e dependero de consulta prvia, mediante plebiscito s populaes diretamente interessadas.

    Pargrafo nico. O territrio do Municpio poder ser dividido em distritos e subdistritos, criados, organizados e extintos por lei municipal, observada a legislao federal e estadual.

    Art. 5. Os smbolos do Municpio sero estabelecidos em lei. Art. 6. A autonomia do Municpio se expressa:

    I pela eleio direta dos Vereadores que compem o Poder Legislativo Municipal;

    II pela eleio direta do Prefeito e Vice-Prefeito que compem o Poder Executivo Municipal;

    III pela administrao prpria, no que respeite a seu peculiar interesse.

    Art. 7. O Municpio ser administrado: I com transparncia de seus atos e aes; II com moralidade; III com a cooperao das associaes representativas no

    planejamento municipal; IV com descentralizao administrativa. Pargrafo nico. assegurado ao habitante do Municpio, nos

    termos das Constituies Federal, Estadual e desta Lei Orgnica, o direito educao, sade, ao trabalho, ao lazer, segurana, previdncia social, proteo, maternidade e infncia, assistncia aos desamparados, ao transporte, habitao e ao meio ambiente equilibrado.

    SEO II DA COMPETNCIA

    Art. 8. Compete ao Municpio, no exerccio de sua autonomia: I organizar-se administrativamente, observadas as

    legislaes federal e estadual;

  • 5

    II decretar suas leis, expedir decretos e atos relativos aos assuntos de seu peculiar interesse;

    III administrar seus bens, adquiri-los e alien-los, aceitar doaes, legados e heranas e dispor de sua aplicao;

    IV desapropriar, por necessidade ou utilidade pblica, ou por interesse social, nos casos previstos em lei;

    V conceder e permitir servios pblicos locais e os que lhe sejam concernentes;

    VI organizar os quadros de pessoal e estabelecer o regime jurdico de seus servidores;

    VII elaborar o Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano, estabelecendo normas de edificaes, bem como promovendo adequado ordenamento territorial mediante diretrizes de controle de uso, do parcelamento e da ocupao do solo urbano;

    VIII estabelecer normas de preveno e controle de rudo, poluio do meio ambiente, espao areo e das guas;

    IX conceder e permitir os servios de transporte coletivo, estabelecendo seus itinerrios, bem como os servios de txis e outros, fixando, tambm suas tarifas, pontos de estacionamento e paradas;

    X regulamentar a utilizao dos logradouros pblicos e sinalizar as faixas de rolamento e zonas de silncio;

    XI disciplinar os servios de carga e descarga e a fixao de tonelagem mxima permitida;

    XII estabelecer servides administrativas necessrias realizao de seus servios;

    XIII disciplinar a limpeza dos logradouros pblicos, a remoo do lixo domiciliar e dispor sobre a preveno de incndio;

    XIV licenciar estabelecimentos industriais, comerciais, de prestao de servios e outros; cassar os alvars de licena dos que se tornarem danosos sade, higiene, ao bem-estar pblico e aos bons costumes;

  • 6

    XV fixar os feriados municipais, bem como o horrio de funcionamento de estabelecimentos comerciais, industriais, de prestao de servios e outros;

    XVI legislar sobre o servio funerrio e cemitrios, fiscalizando os que pertencerem a entidade particulares;

    XVII interditar edificaes em runas ou em condies de insalubridade e fazer demolir construes que ameacem a segurana coletiva;

    XVIII regulamentar a fixao de cartazes, anncios, emblemas e quaisquer outros meios de publicidade e propaganda;

    XIX regulamentar e fiscalizar as competies esportivas, os espetculos e os divertimentos pblicos;

    XX legislar sobre a apreenso e depsito de semoventes, mercadorias e mveis em geral, no caso de transgresso de leis e demais atos municipais, bem como sobre a forma e condies de venda das coisas e bens apreendidos;

    XXI legislar sobre servios pblicos e regulamentar os processos de instalao, distribuio e consumo de gua, gs e energia eltrica e todos os demais servios de carter e uso coletivo;

    XXII regular o trfego e o trnsito nas vias pblicas, atendendo necessidade de locomoo das pessoas portadoras de deficincia;

    Art. 9. O Municpio pode celebrar convnios com a Unio, o Estado e municpios, mediante iniciativa do Executivo e autorizao da Cmara Municipal, para a execuo de suas leis, servios, obras e decises, bem como executar encargos anlogos dessas esferas.

    1 Os convnios podem visar realizao de obras ou explorao de servios pblicos de interesse comum.

    2 Pode, ainda, o Municpio, atravs de convnios ou consrcios com outros municpios da mesma comunidade scio-econmica, criar entidades intermunicipais para a realizao de obras, atividades ou servios especficos de interesse comum,

  • 7

    devendo os mesmos serem aprovados por leis dos municpios que deles participem.

    3 permitido delegar, entre o Estado e o Municpio, tambm por convnio, os servios de competncia concorrente, assegurados os recursos necessrios.

    Art. 10. competncia comum do Municpio, do Estado e da Unio:

    I zelar pela guarda da Constituio, das leis e das instituies democrticas e conservar o patrimnio pblico;

    II cuidar da sade e assistncia pblica, da proteo e garantia das pessoas portadoras de deficincia;

    III proteger os documentos, as obras e outros bens de valor histrico, artstico e cultural, os monumentos, as paisagens naturais notveis e os stios arqueolgicos;

    IV impedir a evaso, a destruio e a descaracterizao de obras de arte e de outros bens de valor histrico, artstico e cultural;

    V proporcionar os meios de acesso cultura, educao e cincia;

    VI proteger o meio ambiente e combater a poluio em qualquer de suas formas;

    VII preservar as florestas, a fauna e a flora; VIII fomentar a produo agropecuria e organizar o

    abastecimento alimentar; IX promover programas de construo de moradias e a

    melhoria das condies habitacionais, de saneamento bsico e de iluminao pblica;

    X combater as causas da pobreza e os fatores de marginalizao, promovendo a integrao social dos setores desfavorecidos;

    XI registrar, acompanhar e fiscalizar as concesses de direitos de pesquisa e explorao de recursos hdricos e minerais em seus territrios;

    XII estabelecer e implantar poltica de educao para a segurana do trnsito;

  • 8

    XIII conceder licena ou autorizao para abertura e funcionamento de estabelecimentos industriais, comerciais e similares;

    XIV fiscalizar, nos locais de venda direta ao consumidor, as condies sanitrias dos gneros alimentcios;

    XV fazer cessar, no exerccio do poder de poltica administrativa, as atividades que violem as normas de sade, sossego, higiene, segurana, funcionalidade, esttica, moralidade e outras de interesse da coletividade;

    XVI conceder licena, autorizao ou permisso, mediante concorrncia pblica, bem como a sua renovao ou prorrogao, para a explorao de portos de areia, desde que apresentados laudos ou pareceres tcnicos dos rgos competentes.

    Pargrafo nico. Compete ao Municpio suplementar a legislao federal e estadual no que couber, e naquilo que disser respeito ao interesse local.

    SEO III DAS PROIBIES

    Art. 11. Ao Municpio vedado: I instituir ou aumentar tributos sem que a lei o estabelea; II instituir impostos sobre: a) o patrimnio, a renda ou os servios da Unio, do Estado e

    das autarquias; b) templos de qualquer culto; c) patrimnio, renda ou servios de partidos polticos,

    inclusive suas fundaes, de entidades sindicais, de instituies de educao e assistncia social e de entidades representativas da populao, atendidos os requisitos da lei, e desde que no tenham fins lucrativos;

    d) o livro, o jornal e os peridicos, assim como papel destinado a sua impresso;

  • 9

    III permitir ou fazer uso de estabelecimento grfico, jornal, estao de rdio, televiso, servio de alto-falante ou qualquer meio de comunicao de sua propriedade para propaganda poltico-partidria, fins estranhos administrao ou que resulte em prticas discriminatrias;

    IV estabelecer cultos religiosos ou igrejas, subvencion-las, embaraar-lhes o exerccio ou manter com eles ou seus representantes relaes de dependncia ou aliana;

    V contrair emprstimos externos sem prvia autorizao do Senado Federal;

    VI contratar a prestao de servios e obras de empresas que reproduzam prticas discriminatrias na contratao de mo-de-obra.

    1 O disposto no inciso II a em relao s autarquias, se refere ao patrimnio, renda e a servios vinculados as suas finalidades essenciais ou delas decorrentes, no se estendendo aos servios pblicos concedidos, nem exonera o promitente comprador da obrigao de pagar imposto que incidir sobre imvel alienado ou objeto de promessa de compra e venda.

    2 O poder pblico s poder vender ou conceder rea prevista para lazer, desde que haja reposio de rea equivalente no mesmo bairro e prvia autorizao do Poder Legislativo.

    3 vedada a concesso de recursos pblicos ou incentivos fiscais s atividades que desrespeitem as normas e padres de proteo ao meio ambiente natural e de trabalho, nos termos da lei.

    CAPTULO II

    DA ORGANIZAO E ATRIBUIES DO PODER LEGISLATIVO

    SEO I

    DA CMARA MUNICIPAL

  • 10

    Art. 12. O Poder Legislativo exercido pela Cmara Municipal composta de Vereadores, representantes do povo, eleitos no Municpio, em pleito direto, pelo sistema proporcional, para um mandato de quatro anos.

    Art. 12A O Poder Legislativo exercido pela Cmara Municipal composta de 21 (vinte e um) Vereadores, representantes do povo, eleitos no Municpio, em pleito direto, pelo sistema proporcional, para um mandato de quatro (04) anos. (NR - Emenda 01, de 29.09.95).

    Pargrafo nico. O nmero de Vereadores ser proporcional populao do Municpio, sendo fixado pela Cmara Municipal antes de cada legislatura, observados os limites constitucionais. (suprimido pela Emenda 01, de 29.09.95)

    Art. 13 A Cmara Municipal de Vereadores, rene-se independente de convocao, na sede do Municpio, de 15 de fevereiro a 30 de junho e de 1 de agosto a 15 de dezembro de cada ano, funcionando ordinariamente.

    Art. 13A. A Cmara Municipal de Vereadores rene-se, independente de convocao, na sede do Municpio, de 01 de maro a 05 de dezembro de cada ano, funcionando ordinariamente (NR Emenda LOM 01, de 28.06.91).

    Art. 13B A Cmara Municipal de Vereadores rene-se, independente de convocao, na sede do Municpio de 01 de fevereiro 15 de dezembro de cada ano, funcionando ordinariamente. (NR Emenda LOM 13, de 06.05.2005).

    1 Durante a sesso legislativa ordinria, a Cmara rene-se, no mnimo, duas vezes por semana.

    2 As reunies marcadas para essas datas sero transferidas, para o 1 dia til subseqente, quando recarem em sbados, domingos ou feriados.

  • 11

    Art. 14. No primeiro ano de cada legislatura, cuja durao coincide com a do mandato dos Vereadores, a Cmara rene-se no dia 1 de janeiro para dar posse aos Vereadores, Prefeito e Vice-Prefeito, bem como eleger sua Mesa, a Comisso Representativa e as Comisses Permanentes. (Ver Emenda Constitucional 19/98)

    1 No trmino de cada sesso legislativa ordinria, exceto a ltima da legislatura so eleitas as comisses para as sesses subseqentes.

    2 A remunerao do Prefeito, do Vice-Prefeito e dos Vereadores ser fixada pela Cmara Municipal em cada legislatura, para a subseqente, observado o que dispem os artigos 37, XI, 150, II, 153, III e 153, pargrafo 2, I, da Constituio Federal.

    Art. 15. Na composio da Mesa e das Comisses ser assegurada, tanto quanto possvel, a representao proporcional dos partidos.

    SEO II DAS ATRIBUIES DA CMARA MUNICIPAL

    Art. 16. Cabe Cmara Municipal legislar sobre assuntos de

    interesse local, observadas as determinaes e a hierarquia constitucional; suplementar legislao federal e estadual, e fiscalizar, mediante controle externo, a administrao direta ou indireta, as fundaes e as empresas em que o Municpio detenha a maioria do capital social com direito a voto.

    1 O processo legislativo, exceto casos especiais dispostos nesta Lei Orgnica, s se completa com a sano do Prefeito Municipal.

    2 Em defesa do bem comum, a Cmara se pronunciar sobre qualquer assunto de interesse pblico.

    Art. 17. Compete Cmara Municipal, com a sano do Prefeito:

  • 12

    I legislar sobre todas as matrias atribudas ao Municpio pelas Constituies da Unio e do Estado, e por esta Lei Orgnica;

    II votar: a) o plano plurianual; b) as diretrizes oramentrias; c) os oramentos anuais; d) as metas prioritrias; e) o plano de auxlio e subvenes; III legislar sobre tributos de competncia municipal; IV legislar sobre a criao e extino de cargos e funes da

    administrao direta e autrquica, bem como fixar e alterar vencimentos e outras vantagens pecunirias;

    V legislar sobre matrias que disponham sobre a alienao e aquisio de bens mveis e imveis;

    VI legislar sobre a concesso de servios pblicos do Municpio;

    VII legislar sobre a concesso e permisso de uso de prprios municipais;

    VIII dispor sobre a diviso territorial do Municpio, respeitada a legislao federal e estadual;

    IX criar, alterar, reformar ou extinguir rgos pblicos do Municpio;

    X deliberar sobre emprstimos e operaes de crdito, bem como a forma e os meios de seu pagamento;

    XI transferir, temporria ou definitivamente, a sede do Municpio, quando o interesse pblico o exigir;

    XII Cancelar, nos termos da lei, a dvida ativa do Municpio, autorizar a suspenso de sua cobrana e a relevao de nus e juros;

    XIII denominar prprios, vias e logradouros pblicos; XIV legislar sobre o planejamento urbano, plano diretor e

    uso e ocupao do solo; Art. 18. da competncia exclusiva da Cmara Municipal: I eleger sua Mesa bianualmente; II elaborar seu Regimento Interno;

  • 13

    III dispor sobre sua organizao, funcionamento, polcia, criao, transformao, extino, provimento ou vacncia dos cargos, empregos e funes de seus servios e fixao da respectiva remunerao, observados os parmetros estabelecidos na Constituio Federal;

    IV emendar a Lei Orgnica ou reform-la; V representar, pela maioria de seus membros, para efeito de

    interveno no Municpio; VI autorizar convnios e contratos do interesse municipal; VII exercer a fiscalizao da administrao financeira e

    oramentria do Municpio, com o auxlio do Tribunal de Contas do Estado, e julgar as contas do Prefeito;

    VIII sustar atos do Poder Executivo que exorbitem da sua competncia, ou se mostrem contrrios ao interesse pblico;

    IX fixar a remunerao de seus membros, do Prefeito, do Vice-Prefeito e do Sub-Prefeito;

    X convocar qualquer Secretrio, titular de autarquia ou instituio de que participe o Municpio, para prestar informaes;

    XI mudar, temporria ou definitivamente, a sua sede; XII solicitar informaes, por escrito, ao Executivo; XIII dar posse ao Prefeito, ao Vice-Prefeito, bem como

    declarar extinto os seus mandatos nos casos previstos em lei; XIV suspender a execuo, no todo ou em parte, de

    qualquer ato, resoluo ou regulamento municipal, que haja sido, pelo Poder Judicirio, declarado infringente Constituio, Lei Orgnica ou s leis;

    XV criar Comisso Parlamentar de Inqurito; XVI propor ao Prefeito a execuo de qualquer obra ou

    medida que interesse coletividade ou ao servio pblico; XVII fixar o nmero de Vereadores para a legislatura

    seguinte, at cento e vinte (120) dias da respectiva eleio; XVIII receber o compromisso do Prefeito e do Vice-Prefeito,

    dar-lhes a posse e conceder-lhes licena dentro dos prazos e critrios de substituio estabelecidos em lei especfica e

  • 14

    conceder-lhes licena para afastarem-se do Municpio por mais de sete (7) dias e do Estado por qualquer tempo;

    XIX conceder o Ttulo de Cidado Canoense ou qualquer outra honraria em homenagem a pessoas, mediante Decreto Legislativo aprovado pelo voto de, no mnimo, dois teros (2/3) dos membros da Cmara;

    XX apreciar os vetos do Prefeito. Art. 19. Anualmente, dentro de sessenta (60) dias do incio da

    sesso legislativa, a Cmara receber, em sesso especial, o Prefeito, que informar, atravs de relatrio, o estado em que se encontram os assuntos municipais.

    Pargrafo nico. Sempre que o Prefeito manifestar propsito de expor assuntos de interesse pblico, a Cmara o receber em sesso previamente designada.

    Art. 20. A Cmara Municipal ou suas comisses, a requerimento da maioria de seus membros, pode convocar Secretrios Municipais, titulares de autarquias ou de Instituies de que participe o Municpio, para comparecerem perante elas a fim de prestarem informaes sobre assunto previamente designado e constante da convocao, importando crime de responsabilidade a ausncia sem justificao adequada.

    1 trs (03) dias teis antes do comparecimento dever ser enviada Cmara exposio em torno das informaes solicitadas.

    2 independentemente de convocao, quando o Secretrio ou Diretor desejar prestar esclarecimentos ou solicitar providncias legislativas a qualquer Comisso, esta designar dia e hora para ouvi-lo.

    SEO III DO VEREADOR

  • 15

    Art. 21. Os Vereadores so inviolveis por suas opinies, palavras e votos no exerccio do mandato e na circunscrio do Municpio.

    Pargrafo nico. Os Vereadores no sero obrigados a testemunhar sobre informaes recebidas ou prestadas em razo do exerccio do mandato, nem sobre as pessoas que lhes confiarem ou deles receberem informaes.

    Art. 22. vedado ao Vereador: I desde a expedio do diploma: a) celebrar contrato com a administrao pblica,

    salvo quando o contrato obedecer a clusulas uniformes;

    b) exercer cargo em comisso no Municpio; II desde a posse: a) ser diretor, proprietrio ou scio de empresa

    beneficiada com privilgio, iseno ou favor, em virtude de contrato com a administrao pblica municipal;

    b) exercer outro mandato pblico eletivo; c) patrocinar causa em que seja interessada qualquer

    das entidades a que se refere o inciso I, a. Art. 23. Sujeita-se perda do mandato o Vereador que: I infringir qualquer das disposies estabelecidas no artigo

    anterior; II utilizar-se do mandato para a prtica de atos de

    corrupo, de improbidade administrativa ou atentatrios s instituies vigentes;

    III proceder de modo incompatvel com a dignidade da Cmara ou faltar com o decoro na sua conduta pblica;

    IV deixar de comparecer, em cada sesso legislativa, tera parte das sesses ordinrias;

    V perder ou tiver suspensos os direitos polticos; VI tiver decretado perda de mandato pela Justia Eleitoral; VII sofrer condenao criminal em sentena transitada em

    julgado;

  • 16

    VII sofrer condenao em sentena transitada em julgado, pela prtica de crime doloso, cuja pena for igual ou superior a um ano quando primrio e, qualquer pena quando reincidente. (NR - Emenda LOM n 02, de 06.11.1996).

    1 As ausncias no sero consideradas faltas quando acatadas pelo Plenrio.

    2 objeto de disposies regimentais o rito a ser seguido nos casos deste artigo, respeitada a legislao federal e estadual.

    3 Nos casos dos incisos I e III, a perda do mandato ser declarada pela Cmara, mediante provocao de qualquer dos seus membros, da Mesa ou de partido poltico com representatividade na Cmara.

    4 No caso do inciso IV, a perda do mandato poder ocorrer por provocao de qualquer membro da Cmara ou de partido poltico e ser declarada pela Mesa assegurada plena defesa podendo a deciso ser objeto de apreciao judicial.

    Art. 24. O Vereador, investido no cargo de Secretrio Municipal ou diretoria equivalente, no perde o mandato, desde que se afaste do exerccio da vereana.

    Art. 25. Nos casos do artigo anterior e nos de licena, legtimo impedimento e vaga por morte ou renncia, o Vereador ser substitudo pelo suplente, convocado nos termos da lei.

    1 O legtimo impedimento, deve ser reconhecido pela prpria Cmara e o Vereador declarado impedido ser considerado como em pleno exerccio de seu mandato, sem direito remunerao, com a convocao do suplente.

    2 O suplente convocado dever tomar posse dentro de quinze (15) dias, sob pena de perda do mandato, salvo motivo justo aceito pela Cmara.

    3 Em caso de vaga, no havendo suplente, o Presidente da Cmara comunicar o fato, dentro de quarenta e oito (48) horas, diretamente ao Juiz Eleitoral.

    Art. 26. So condies de elegibilidade para Vereador, na forma de lei:

    I nacionalidade brasileira;

  • 17

    II o pleno exerccio dos direitos polticos: III o alistamento eleitoral; IV o domiclio eleitoral na circunscrio; V a filiao partidria; VI idade mnima de 18 anos. Pargrafo nico. Cada legislatura ter a durao de quatro

    (04) anos. Art. 27. Os Vereadores podero apresentar: I indicaes, atravs das quais, com o voto do Plenrio,

    sugira a rgos no municipais a execuo de qualquer ato ou medida que interesse coletividade ou ao servio pblico;

    II pedidos de providncias, atravs dos quais solicitem, em carter pessoal, quaisquer providncias que julgar teis coletividade;

    III projetos de lei; IV projetos de resoluo; V requerimentos; VI pedidos de informao; VII projetos de decreto legislativo. Pargrafo nico. O Executivo Municipal dever atender os

    pedidos de providncias, formulados pelos Vereadores, no prazo de quarenta e cinco (45) dias, a contar do seu recebimento. Havendo alguma impossibilidade, os pedidos, ao final do perodo, sero devolvidos acompanhados de justificativa.

    Art. 28. Os Vereadores tm livre acesso aos rgos da administrao direta e indireta do Municpio, mesmo sem prvio aviso, sendo-lhes devidas todas as informaes necessrias.

    SEO IV DA MESA

    Art. 29. As reunies e administrao da Casa sero dirigidas

    por uma Mesa eleita, em votao nominal, cargo por cargo a cada dois anos, pela maioria absoluta dos Vereadores.

  • 18

    1 A Mesa ser eleita na sesso de posse, presidida pelo Vereador mais votado dentre os presentes, e sua renovao se dar no primeiro dia da sesso legislativa sob a direo do Presidente em fim de mandato, e sua posse ser sempre imediata.

    2 A Mesa ser pluripartidria, composta de cinco (5) Vereadores e dos seguintes cargos: Presidente, 1 Vice-Presidente, 2 Vice-Presidente, 1 Secretrio, 2 Secretrio cujas atribuies, exceo do Presidente, sero definidas pelo Regimento Interno, proibida a reeleio para o mesmo cargo.

    Art. 30. Mesa, dentre outras atribuies, compete: I propor projetos de resoluo que criem ou extingam

    cargos dos servios da Cmara e fixem os respectivos vencimentos;

    II elaborar as tabelas explicativas da despesa da Cmara para o ano seguinte, remetendo-as ao Executivo at quinze (15) dias antes do encerramento do prazo determinado para o encaminhamento da proposta oramentria, pelo Prefeito;

    III apresentar projetos de lei dispondo sobre a abertura de crditos suplementares ou especiais;

    IV solicitar ao Executivo a expedio de decreto para suplementao de dotaes do oramento da Cmara, observado o limite de autorizao constante da Lei Oramentria;

    V devolver Fazenda Municipal o saldo de caixa existente na Cmara ao final do exerccio;

    VI enviar ao Prefeito, at o dia primeiro (1) de maro, as contas do exerccio anterior;

    VI enviar ao Prefeito, at o dia trinta de janeiro, as contas do exerccio anterior; (NR - Emenda N 06, de 26 de maro de 1999)

    VII promulgar a Lei Orgnica e suas emendas.

  • 19

    SEO V DO PRESIDENTE DA CMARA

    Art. 31. Compete ao Presidente da Cmara: I representar a Cmara em juzo e fora dele; II dirigir os trabalhos do Plenrio; III interpretar e fazer cumprir o Regimento Interno; IV promulgar as resolues e os Decretos Legislativos, bem

    como as leis com sano tcita ou cujo veto tenha sido rejeitado pelo Plenrio;

    V declarar extinto o mandato dos Vereadores nos casos previstos em lei;

    VI requisitar o numerrio destinado s despesas da Cmara; VII apresentar ao Plenrio, at o dia dez (10) de cada ms, o

    balancete relativo s verbas recebidas e s despesas do ms anterior;

    VIII manter a ordem no recinto da Cmara, podendo solicitar a fora necessria para esse fim.

    Pargrafo nico. Cabe ao Presidente da Cmara a exclusiva responsabilidade pelo pagamento das despesas e pela guarda das parcelas mensais correspondentes ao duodcimo das dotaes oramentrias do rgo Legislativo.

    SEO VI DAS COMISSES

    Art. 32. A Cmara Municipal ter comisses permanentes e

    temporrias, constitudas na forma e com atribuies previstas no Regimento ou no ato de que resultar a sua criao.

    1 Na Constituio de cada comisso ser assegurada, tanto quanto o possvel, a representao de todos os partidos.

    2 s comisses, em razo de sua competncia, cabe:

  • 20

    I emitir pareceres sobre projetos de lei e outros expedientes;

    II realizar audincias pblicas com entidades da sociedade civil;

    III convocar, atravs do Presidente da Mesa, Secretrios do Municpio para prestarem informaes sobre assuntos inerentes a suas atribuies;

    IV receber peties, reclamaes, representaes ou queixas de qualquer pessoa contra atos ou omisses das autoridades ou entidades pblicas;

    V solicitar depoimento de qualquer autoridade ou cidado; VI apreciar programas de obras, planos de desenvolvimento

    e sobre eles emitir pareceres. Art. 33. As comisses parlamentares de inqurito, que tero

    poderes de investigao prprios das autoridades judiciais, alm de outros previstos no Regimento Interno, sero criadas pela Cmara Municipal mediante requerimento de um tero de seus membros, para a apurao de fato determinado e por prazo certo, sendo suas concluses, se for o caso, encaminhadas ao Ministrio Pblico, para que promova a responsabilidade civil ou criminal dos indiciados.

    SEO VII DA COMISSO REPRESENTATIVA

    Art. 34. Ao termo de cada sesso legislativa, a Cmara eleger

    dentre seus membros, uma Comisso Representativa que funcionar no recesso da Cmara Municipal e tem as seguintes atribuies:

    I zelar pelas prerrogativas do Poder Legislativo; II zelar pela observncia da Lei Orgnica; III autorizar o Prefeito e o Vice-Prefeito a se ausentar do

    Municpio e do Estado; IV convocar extraordinariamente a Cmara;

  • 21

    V tomar medidas urgentes de competncia da Cmara Municipal;

    1 A Comisso Representativa, constituda por nmero mpar de Vereadores, composta pelo Presidente da Mesa e pelos demais membros eleitos com os respectivos suplentes.

    2 O nmero de membros eleitos da Comisso Representativa deve perfazer no mnimo, um tero (1/3) dos membros, observada, quando possvel, a proporcionalidade da representao partidria.

    3 A Comisso Representativa deve apresentar relatrios dos trabalhos por ela realizados, quando do reincio do perodo de funcionamento ordinrio da Cmara.

    4 As normas relativas ao desempenho das atribuies da Comisso Representativa so estabelecidas no Regimento Interno da Cmara.

    SEO VIII DAS REUNIES

    Art. 35. Caber a convocao extraordinria da Cmara: a) ao Prefeito, quando houver relevante interesse pblico; b) ao Presidente ou Comisso Representativa, para a posse

    dos Vereadores, do Prefeito e do Vice-Prefeito e, em casos de decretao de estado de stio, de urgncia ou de interesse pblico relevante;

    c) maioria qualificada de seus membros. Art. 36. Alm da remunerao fixada nos termos do pargrafo

    2 do artigo 14, os Vereadores faro jus s dirias e remunerao por sesso extraordinria, desde que esta seja convocada pelo Prefeito Municipal ou pelo Presidente da Cmara.

    Pargrafo nico. O recebimento dos valores relativos sesso extraordinria remunerada ser optativo, a critrio do Vereador.

    Art. 37. A Cmara reunir-se-, alm de outros casos previstos no Regimento Interno, para o seguinte:

  • 22

    I elaborar o Regimento Interno e regular a criao de servios;

    II receber o compromisso do Prefeito e Vice-Prefeito; III tomar conhecimento de veto e sobre ele deliberar; IV eleger os membros da Mesa, com mandato de dois anos

    e dar-lhes posse, no dia primeiro de janeiro do primeiro (1) e terceiro (3) ano da legislatura.

    SEO IX DAS DELIBERAES

    Art. 38. Todos os atos da Mesa, da Presidncia e das

    Comisses esto sujeitos ao imprio do Plenrio, desde que exorbitem das atribuies, normas gerais e regimentais por ele estabelecidas.

    Pargrafo nico. O Plenrio pode avocar, pelo voto da maioria absoluta de seus membros, qualquer matria ou ato submetido Mesa, Presidncia ou Comisses, para sobre eles deliberar de acordo com o disposto no Regimento Interno e com as normas e atribuies previamente estabelecidas.

    Art. 39. As deliberaes, excetuados os casos previstos nesta Lei, sero tomadas por maioria de votos, presente a maioria dos seus membros.

    1 No poder votar o Vereador que tiver, ele prprio ou parente afim ou consangneo, at terceiro (3) grau, inclusive, interesse manifesto na deliberao, sob pena de nulidade da votao quando seu voto for decisivo.

    2 O Presidente da Cmara s ter voto: na eleio da Mesa, nas votaes secretas e quando houver empate, aplicando-se o mesmo princpio ao Vereador que o substituir.

    3 Depender do voto favorvel de, no mnimo, dois teros dos membros da Cmara a autorizao para:

    a) outorgar a concesso de servios pblicos;

  • 23

    b) outorgar o direito real de concesso de uso de bens mveis;

    c) alienar bens imveis; d) adquirir bens imveis por doao com encargo; e) aprovar e alterar a Lei do Plano Diretor de

    Desenvolvimento Integrado; f) contrair emprstimos. 4 Dependero do voto favorvel da maioria absoluta dos

    membros da Cmara a aprovao e as alteraes das seguintes normas:

    a) Regimento Interno da Cmara; b) Cdigo de Obras; c) Estatuto dos Servidores Municipais; d) Cdigo Tributrio do Municpio; e) Autorizar a alterao da denominao de vias e

    logradouros pblicos; 5 Os projetos previstos no pargrafo 3 e 4 deste artigo,

    bem como das respectivas exposies de motivos, antes de submetidos discusso da Cmara, ser dada divulgao com a maior amplitude possvel.

    6 Dentro de quinze (15) dias, contados da data em que se publicarem os projetos referidos no pargrafo anterior, qualquer entidade da sociedade civil organizada, poder apresentar emendas ao Poder Legislativo.

    Art. 40. Nas deliberaes da Cmara, o voto ser pblico, salvo deciso contrria da maioria absoluta de seus membros.

    Pargrafo nico. Ser obrigatoriamente secreto o voto, nos seguintes casos: a) eleio da Mesa; b) deliberao sobre as contas do prefeito e da Mesa; c) julgamento do Prefeito e dos Vereadores; d) deliberao sobre vetos do Prefeito.

  • 24

    SEO X DO PROCESSO LEGISLATIVO

    SUBSEO I DAS DISPOSIES GERAIS

    Art. 41. O processo legislativo compreende a elaborao de: I emendas Lei Orgnica Municipal; II leis ordinrias; III decretos legislativos; IV resolues; V leis complementares Lei Orgnica. Art . 42. As matrias de competncia da Cmara sero objeto

    de decreto legislativo, salvo as que regularem matrias de sua economia interna que sero objeto de resoluo, ambas promulgadas pelo Presidente e referendadas pelo Secretrio.

    Art. 43 So, ainda, entre outras, objeto de deliberao da Cmara Municipal, na forma do Regimento Interno:

    I autorizaes; II indicaes; III requerimentos; IV moes.

    SUBSEO II

    DAS EMENDAS LEI ORGNICA

    Art. 44. A Lei Orgnica pode ser emendada mediante proposta:

    a) de Vereadores; b) do Prefeito; c) de eleitores do Municpio. 1 No caso da letra a, a proposta dever ser subscrita, no

    mnimo, por um tero (1/3) dos membros da Cmara Municipal.

  • 25

    2 No caso da letra c, a proposta dever ser subscrita, no mnimo, por cinco por cento (5%) dos eleitores do municpio.

    Art. 45. Em qualquer dos casos do artigo anterior, a proposta ser discutida e votada em dois turnos, dentro de sessenta dias, a contar de sua apresentao ou recebimento, e ter-se- por aprovada quando obtiver em ambas as votaes, dois teros dos votos dos membros da Cmara Municipal.

    1 Aprovada a emenda, ser a mesma promulgada pela Mesa da Cmara e publicada com as assinaturas de seus membros e anexada, com o respectivo nmero de ordem, no texto da Lei Orgnica.

    2 O prazo deste artigo no corre no perodo de recesso da Cmara.

    SUBSEO III DAS LEIS

    Art. 46. A iniciativa de lei cabe a qualquer Vereador, s

    Comisses da Cmara, ao Prefeito e aos cidados. Pargrafo nico. So de iniciativa privativa do Prefeito

    Municipal as leis que disponham sobre: I criao de cargos, funes ou empregos pblicos no

    mbito da administrao direta e autrquica, regime jurdico dos servidores, aumento de sua remunerao e vantagens, estabilidade e aposentadoria;

    II organizao administrativa do Poder Executivo e matria tributria e oramentria.

    Art. 47. Os projetos de lei, de origem do Legislativo ou do Executivo, devero conter, na sua justificativa, as informaes mnimas e indispensveis para a sua anlise e discusso.

    Pargrafo nico. Constatada a ausncia das informaes, atravs de requerimento de Vereador ou Comisso, o Presidente da Cmara remeter o mesmo ao autor para complementao com dados e informaes necessrias.

  • 26

    Art. 48. No incio ou em qualquer fase da tramitao de projeto de lei de iniciativa exclusiva do Prefeito, este poder solicitar Cmara Municipal que aprecie no prazo de quarenta e cinco (45) dias a contar do pedido.

    1 Se a Cmara Municipal no se manifestar sobre o projeto, no prazo estabelecido no caput deste artigo, ser este includo na Ordem do Dia, sobrestando-se a deliberao sobre os demais assuntos para que se ultime a votao.

    2 Os prazos deste artigo e seus pargrafos no correro nos perodos de recesso da Cmara Municipal.

    Art. 49. A requerimento de Vereador autor, os projetos de lei, decorridos trinta dias de seu recebimento, sero includos na Ordem do Dia, mesmo sem parecer.

    Pargrafo nico. O Projeto somente pode ser retirado da Ordem do Dia a requerimento do autor.

    Art. 50. A Cmara Municipal, mediante requerimento subscrito pela maioria de seus membros, pode retirar da Ordem do Dia, em caso de convocao extraordinria, projeto de lei que no tenha tramitado no Poder Legislativo por, no mnimo, trinta (30) dias.

    Art. 51. Os projetos de lei, em regime de urgncia, em perodo ordinrio ou extraordinrio, devero tramitar por, no mnimo, duas sesses, sendo includos na pauta da primeira sesso e na Ordem do Dia da segunda, para discusso e votao, obedecido o prazo mnimo de quarenta e oito (48) horas, salvo a requerimento de dois teros (2/3) dos membros da Cmara.

    Art . 52. No ser admitido o aumento da despesa prevista: I nos projetos de iniciativa privativa do Prefeito; II nos projetos de iniciativa privativa da Cmara. Art. 53. O projeto de lei com parecer contrrio da Comisso

    de Justia, ser submetido apreciao do Plenrio. Se acolhido o parecer, ser arquivado e, se rejeitado, ser remetido s demais comisses.

    Art. 54. Os projetos de lei, aprovados pela Cmara Municipal, sero enviados ao Prefeito que, aquiescendo, os sancionar.

  • 27

    1 Se o Prefeito julgar o projeto, no todo ou em parte, inconstitucional ou contrrio ao interesse pblico, vet-lo-, total ou parcialmente, dentro de quinze dias teis, contados daquele em que o recebeu, comunicando os motivos do veto ao Presidente da Cmara, dentro de quarenta e oito (48) horas.

    2 Vetado o projeto e devolvido Cmara, ser ele submetido, dentro de trinta (30) dias, contados da data de seu recebimento, com ou sem parecer, discusso nica, considerando-se aprovado se, em votao secreta, obtiver o voto favorvel da maioria absoluta da Cmara, caso em que ser enviado ao Prefeito, para promulgao.

    3 O veto parcial somente abranger texto integral do artigo, pargrafo, inciso ou alnea.

    4 O silncio do Prefeito, decorrido o prazo de que trata o pargrafo primeiro, importa em sano, cabendo ao Presidente da Cmara promulg-lo.

    5 Esgotado, sem deliberao, o prazo estabelecido no pargrafo segundo, o veto ser colocado na Ordem do Dia da sesso imediata, sobrestadas as demais proposies, at sua votao final.

    6 No sendo a lei promulgada dentro de quarenta e oito (48) horas pelo Prefeito, nos casos dos pargrafos 2 e 4 deste artigo, o Presidente da Cmara a promulgar em igual prazo.

    7 As leis devero ser publicadas no prazo de quinze (15) dias de sua promulgao ou sano.

    Art. 55. A matria constante de projeto de lei rejeitado ou no sancionado, assim como a de proposta de emenda Lei Orgnica, rejeitada ou havida por prejudicada, somente poder constituir objeto de novo projeto, na mesma sesso legislativa, mediante proposta da maioria absoluta dos membros da Cmara.

    Art. 56. vedada a delegao legislativa.

    SUBSEO IV DA INICIATIVA POPULAR

  • 28

    Art. 57. A iniciativa popular no processo legislativo ser

    exercida mediante a apresentao de: I projeto de lei; II proposta de emenda Lei Orgnica; III proposta de emenda de projeto de lei oramentria e de

    lei de plano plurianual. 1 A iniciativa popular ser tomada por, no mnimo, cinco

    por cento (5%) do eleitorado que tenha votado nas ltimas eleies do Municpio.

    2 Recebido o requerimento, a Cmara Municipal verificar o cumprimento dos requisitos previstos no pargrafo 1, dando-lhes tramitao idntica a dos demais projetos.

    3 Na discusso dos projetos, propostas ou emendas de iniciativa popular, ficar garantida a sua defesa em plenrio por um dos cinco (5) primeiros signatrios.

    4 Os projetos de iniciativa popular, quando rejeitados pela Cmara Municipal, sero submetidos a referendo popular se, no prazo de cento e vinte (120) dias, dez por cento (10%) do eleitorado que tenha votado nas ltimas eleies do Municpio, o requerer.

    5 Os resultados das consultas referendrias sero promulgadas pelo Presidente da Cmara Municipal.

    Art. 58. A Cmara Municipal, no mbito de sua competncia, poder promover consultas referendrias e plebiscitrias sobre atos, autorizaes ou concesses do Poder Executivo e sobre matria legislativa sancionada ou vetada, nos termos da lei.

    Pargrafo nico. Atravs da solicitao da maioria absoluta de seus membros, ou cinco por cento (5%) do eleitorado, a Cmara Municipal avaliar, com a deciso de dois teros (2/3) de seus membros, a necessidade ou no de plebiscito sobre medidas e decises de grande relevncia para o Municpio, buscando auferir a opinio, legitimidade e aceitabilidade por parte da comunidade.

  • 29

    CAPTULO III

    DA ORGANIZAO E ATRIBUIES DO PODER EXECUTIVO

    SEO I DO PREFEITO E DO VICE-PREFEITO

    Art. 59. O Poder Executivo exercido pelo Prefeito, auxiliado

    pelos secretrios do Municpio e os responsveis pelos rgos da administrao direta e indireta.

    Art. 60. O Prefeito e o Vice-Prefeito sero eleitos para mandato de quatro (4) anos, devendo a eleio realizar-se at noventa (90) dias antes do trmino do mandato daqueles a quem devam suceder.

    Pargrafo nico. No caso de o Municpio atingir mais de duzentos mil eleitores ser observado o disposto no artigo 77 da Constituio Federal.

    Art. 61. O Prefeito e o Vice-Prefeito tomaro posse no dia 1 de janeiro do ano subseqente ao da eleio, na Sesso Solene de instalao da Cmara Municipal, aps a posse dos Vereadores e prestaro o compromisso de manter, defender e cumprir a Lei Orgnica do municpio, as Constituies Estadual e Federal, defender a justia social, a paz e a eqidade de todos os cidados e administrar o Municpio ao bem geral dos muncipes.

    Pargrafo nico. Se o Prefeito ou o Vice-Prefeito no tomar posse, decorridos dez (10) dias da data fixada, salvo motivo de fora maior, o cargo ser declarado vago.

    Art. 62. O Vice-Prefeito substituir o Prefeito em seus impedimentos e ausncias e suceder-lhe- no caso de vaga.

    Pargrafo nico. Em caso de impedimento do Prefeito ou do Vice-Prefeito, ou vacncia dos respectivos cargos sero sucessivamente chamados ao exerccio da chefia do Executivo Municipal o Presidente da Cmara Municipal e o Diretor do Foro.

    Art. 63. Vagando os cargos de Prefeito e Vice-Prefeito, far-se-o eleies noventa (90) dias depois da abertura da ltima vaga.

  • 30

    Art. 64. O Prefeito poder licenciar-se: I quando a servio ou em misso de representao do

    Municpio; II quando impossibilitado do exerccio do cargo, por motivo

    de doena devidamente comprovada ou em licena-gestante, ou em licena-paternidade.

    1 No caso do inciso I, o pedido de licena, amplamente motivado, indicar, especialmente, as razes da viagem, o roteiro e a previso dos gastos.

    2 O Prefeito licenciado, nos casos dos incisos I e II, receber a remunerao integral.

    Art. 65. So condies de elegibilidade para Prefeito e Vice-Prefeito, na forma de lei:

    I a nacionalidade brasileira; II o pleno exerccio dos direitos polticos; III o alistamento eleitoral; IV o domiclio eleitoral na circunscrio; V a filiao partidria; VI a idade mnima de 21 anos; 1 So inelegveis para os mesmos cargos, no perodo

    subseqente, o Prefeito e quem o houver sucedido ou substitudos nos seis (6) meses anteriores ao pleito.

    2 Para concorrer a outro cargo, o Prefeito deve renunciar ao respectivo mandato at seis (6) meses antes do pleito.

    3 So inelegveis, no territrio de jurisdio do titular, o cnjuge e os parentes consangneos ou afins at o segundo grau ou por adoo, de Prefeito ou de quem o haja substitudo dentro dos seis (6) meses anteriores ao pleito, salvo se j titular de mandato eletivo e candidato reeleio.

    SEO II DA COMPETNCIA DO PREFEITO

    Art. 66. Compete privativamente ao Prefeito:

  • 31

    I representar o Municpio em juzo e fora dele; II nomear e exonerar os Secretrios Municipais, os Diretores

    de Autarquias e Departamentos, alm de titulares de instituies de que participe o Municpio, na forma de lei;

    III iniciar o processo legislativo na forma e nos casos previstos nesta Lei;

    IV sancionar, promulgar e fazer publicar as leis, bem como expedir decretos e regulamentos para a sua fiel execuo;

    V vetar projetos de lei, total ou parcialmente; VI dispor sobre a organizao e o funcionamento da

    administrao municipal, na forma de lei; VII declarar a utilidade ou necessidade pblica, ou o

    interesse social de bens, para fins de desapropriao ou servido administrativa;

    VIII expedir atos prprios de sua atividade administrativa; IX contratar a prestao de servios e obras, observado o

    processo licitatrio; X planejar e promover a execuo dos servios pblicos

    municipais; XI prover os cargos pblicos e expedir os demais atos

    referentes situao funcional dos servidores, no mbito da administrao direta e autrquica;

    XII enviar ao Poder Legislativo o plano plurianual, o projeto de lei de diretrizes oramentrias e as propostas de oramento previstos nesta lei;

    XIII- prestar, anualmente, ao Poder Legislativo, dentro de 60 (sessenta) dias, aps a abertura do ano legislativo, as contas referentes ao exerccio anterior e remet-las, em igual prazo, ao Tribunal de Contas do Estado;

    XIII - prestar, anualmente, ao Poder Legislativo, dentro de sessenta (60) dias, do incio de cada ano, as contas referentes ao exerccio anterior e remet-las, em igual prazo, ao Tribunal de Contas do Estado; (NR Emenda LOM n 05, de 17.07.1998)

    XIII - prestar, anualmente, ao Poder Legislativo, at o dia 31 de maro, as contas referentes ao exerccio anterior e remet-

  • 32

    las, em igual prazo, ao Tribunal de Contas do Estado; (NR Emenda LOM n 07, de 28 de abril de 1999).

    XIV prestar Cmara Municipal, dentro de quinze (15) dias, as informaes solicitadas, sobre fatos relacionados ao Poder Executivo e sobre matria legislativa em tramitao na Cmara, ou sujeito fiscalizao de Poder Legislativo;

    XV colocar disposio da Cmara Municipal, dentro de cinco (5) dias de sua requisio, as quantias que devam ser despendidas, de uma s vez, e, at o dia dez (10) de cada ms, a parcela correspondente ao duodcimo de sua dotao oramentria;

    XVI resolver sobre os requerimentos, reclamaes ou representaes que lhes forem dirigidos em matria da competncia do Executivo Municipal;

    XVII oficializar, obedecidas s normas urbansticas aplicveis, as vias e logradouros pblicos;

    XVIII aprovar projetos de edificaes e planos de loteamento, arruamento e zoneamento urbano ou para fins urbanos;

    XIX solicitar o auxlio da polcia do Estado, para a garantia de cumprimento de seus atos;

    XX revogar atos administrativos por razes de interesse pblico e anul-los por ilegalidade, observado o devido processo legal;

    XXI administrar os bens e as rendas municipais, promover o lanamento, a fiscalizao e a arrecadao de tributos;

    XXII providenciar sobre o ensino pblico; XXIII propor ao Poder Legislativo o arrendamento, o

    aforamento ou a alienao de prprios municipais, bem como a aquisio de outros;

    XXIV propor a diviso administrativa do Municpio de acordo com a lei;

    XXV expor, em mensagem que remeter Cmara por ocasio da abertura do perodo legislativo anual, a situao dos

  • 33

    negcios, atividades e servios municipais, e o programa da administrao para o ano seguinte;

    XXVI fazer publicar os atos oficiais; XXVII prover sobre os servios e obras da administrao

    pblica; XXVIII conceder auxlios, prmios e subvenes, dentro dos

    critrios e limites que a lei estabelecer; XXIX solicitar licena Cmara quando tiver de afastar-se do

    Municpio ou do cargo por mais de sete (7) dias, ou do Estado, por qualquer tempo;

    XXX impor e relevar as multas previstas em lei e contratos municipais;

    XXXI convocar extraordinariamente a Cmara quando o interesse da administrao o exigir;

    XXXII decretar estado de calamidade pblica.

    SEO III

    DAS RESPONSABILIDADES DO PREFEITO

    Art. 67. So crimes de responsabilidades os atos do Prefeito que atentarem contra a Constituio Federal, Constituio Estadual e Lei Orgnica do Municpio e, especialmente, contra:

    I a existncia do Municpio; II o livre exerccio da Cmara Municipal e dos conselhos

    populares; III o exerccio de direitos polticos, individuais e sociais; IV a probidade na administrao; V a lei oramentria; VI o cumprimento das leis e decises judiciais. Art. 68. O Prefeito e seu substituto legal, em exerccio, no

    podero exercer atividade pblica nem favorecer direta ou indiretamente qualquer organizao partidria, sob pena de responsabilidade funcional, promovida por um tero (1/3) dos componentes da Cmara.

  • 34

    SEO IV DO VICE-PREFEITO

    Art. 69. O Vice-Prefeito o substituto legal do Prefeito e, em

    caso de vaga ou impedimento temporrio deste, assumir o cargo.

    1 Alm de ser substituto legal do Prefeito, compete ao Vice-Prefeito:

    I assessorar o Prefeito nas suas relaes oficiais, nos contatos com a imprensa, com as autoridades civis, militares, religiosas, polticas, com os muncipes e com o Poder Legislativo Municipal;

    II coordenar reunies de secretariado, quando solicitado, tendo em vista a elaborao de projetos e atos normativos e a mensagem anual do Prefeito ao Legislativo;

    III auxiliar o Prefeito Municipal na articulao das relaes entre os Poderes Executivo e Legislativo e a divulgao das realizaes do Governo Municipal;

    IV quando solicitado, representar o Prefeito em atos oficiais e coordenar diferentes rgos nos assuntos relacionados com a observncia de prazos correspondentes a vetos e pedidos de informaes da Cmara, bem como intermediar o relacionamento do Prefeito com as lideranas do Governo Municipal;

    V exercer outras atividades que lhe forem delegadas. 2 Os subsdios e a verba de representao do Vice-Prefeito

    nos exerccios do respectivo cargo, no podero ser fixados em valores superiores a cinqenta por cento (50%) dos valores atribudos ao Prefeito Municipal.

    3 Caso o Vice-Prefeito vier a exercer cargo em comisso na administrao pblica, dever optar entre a remunerao do cargo em comisso e a prevista no pargrafo anterior, cabendo, em qualquer hiptese, a verba de representao se instituda pela Cmara Municipal.

  • 35

    SEO V DO SUBPREFEITO

    Art. 70. Compete ao subprefeito: I cumprir e fazer cumprir, de acordo com as instrues

    recebidas do Prefeito, as leis, resolues, regulamentos e demais atos do Prefeito e da Cmara;

    II fiscalizar os servios distritais; III atender as reclamaes das partes e encaminh-las ao

    Prefeito quando se tratar de matria estranha as suas atribuies ou quando lhes for favorvel a deciso proferida;

    IV indicar ao Prefeito as providncias necessrias ao distrito; V prestar contas de sua administrao mensalmente ao

    Prefeito, ou quando lhe for solicitado. Pargrafo nico. O subprefeito no poder exercer atividade

    poltica ou favorecer direta ou indiretamente qualquer organizao partidria, sob pena de demisso.

    Art. 71. O subprefeito, em caso de licena ou impedimento, ser substitudo por pessoa de livre escolha do Prefeito, preferencialmente morador do Distrito.

    Art. 72. Os moradores do Distrito, atravs de lista de cidados subscrita pela maioria absoluta dos eleitores inscritos na regio, podero solicitar a substituio do Subprefeito.

    Pargrafo nico. O Prefeito, no prazo de trinta (30) dias da apresentao da solicitao, dever indicar um novo nome, de sua confiana, para o cargo de Subprefeito.

    SEO VI DOS SECRETRIOS MUNICIPAIS

    Art. 73. Os Secretrios do Municpio, de livre nomeao e

    demisso do Prefeito, so escolhidos dentre brasileiros, maiores

  • 36

    de dezoito (18) anos, de gozo dos direitos polticos e esto sujeitos, desde a posse, s mesmas incompatibilidades e proibies estabelecidos para os Vereadores, no que couber.

    Art. 74. Alm das atribuies fixadas em lei ordinria, compete aos Secretrios do Municpio:

    I orientar, coordenar e executar as atividades dos rgos e entidades da administrao municipal, na rea de sua competncia;

    II referendar os atos e decretos do Prefeito e expedir instrues para a execuo das leis, decretos e regulamentos relativos aos assuntos de suas secretarias;

    III apresentar ao Prefeito relatrio anual dos servios realizados por suas secretarias;

    IV comparecer Cmara Municipal nos casos previstos nesta Lei Orgnica;

    V praticar os atos pertinentes s atribuies que lhes forem delegadas pelo Prefeito.

    Pargrafo nico. Os decretos, atos e regulamentos referentes aos servios autnomos sero subscritos pelo Secretrio de Administrao.

    Art. 75. Aplica-se aos titulares de autarquias e de instituies de que participe o Municpio o disposto nesta Seo, no que couber.

    TTULO II

    DA ADMINISTRAO MUNICIPAL, FINANAS E ORAMENTO

    CAPTULO I

    DA ORGANIZAO DA ADMINISTRAO MUNICIPAL

    SEO I

  • 37

    DISPOSIES GERAIS

    Art. 76. A administrao pblica direta e indireta obedecer aos princpios da legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade, razoabilidade, transparncia e participao popular, bem como aos demais princpios constantes nas Constituies Federal e Estadual e, principalmente, ao seguinte: (regulamentado pela Lei Complementar n 01/1998)

    I os cargos, empregos e funes pblicas municipais so acessveis aos brasileiros que preencham os requisitos estabelecidos em lei;

    II a investidura em cargo ou emprego pblico depende de aprovao prvia em concurso pblico de provas e ttulos ou de provas, alternadamente, ressalvadas as nomeaes para cargos em comisso declarados em lei de livre nomeao e exonerao;

    III o prazo de validade do concurso pblico ser de at dois anos, prorrogvel uma vez, por igual perodo;

    IV durante o prazo improrrogvel previsto no edital de convocao, aquele aprovado em concurso pblico de provas e ttulos ou de provas ter prioridade sobre os novos concursados para assumir cargo ou emprego, na carreira;

    V o direito de greve ser exercido nos termos e nos limites definidos em lei complementar;

    VI a lei reservar at dois por cento (02%) dos cargos e empregos pblicos para pessoas portadoras de deficincias, consideradas aptas para o exerccio dos mesmos;

    VI fica reservado at dez por cento das vagas nos concursos pblicos para pessoas portadoras de deficincias, consideradas aptas para o exerccio da funo, nos termos da lei; (NR Emenda LOM n 02, de 17.12.1991).

    VII a lei estabelecer os casos de contratao por tempo determinado para atender a necessidade temporria de excepcional interesse pblico;

  • 38

    VIII a lei estabelecer o valor do limite mximo da remunerao dos servidores pblicos, observados como limites mximos e no mbito dos respectivos poderes, os valores percebidos como remunerao, em espcie, pelo Prefeito;

    IX o vencimento dos cargos do Poder Legislativo no poder ser superior ao pago pelo Poder Executivo;

    X vedada a vinculao ou equiparao de vencimentos, para o efeito de remunerao de pessoal do servio pblico, ressalvado o disposto no inciso anterior e no artigo 39, pargrafo 1 da Constituio Federal;

    XI os acrscimos pecunirios percebidos por servidor pblico no sero computados nem acumulados, para fins de concesso de acrscimos ulteriores, sob o mesmo ttulo ou idntico fundamento;

    XII- os vencimentos dos servidores pblicos so irredutveis e a remunerao observar o que dispe este artigo, incisos IX e X, desta Lei e os artigos, 150, II, 153, III e 153 2, I, da Constituio Federal;

    XIII a reviso geral da remunerao dos servidores pblicos ativos, inativos e dos pensionistas far-se- sempre na mesma data e nos mesmos ndices no podendo ser inferior a variao da inflao; (ADIN 591054333 suprimiu expresso taxada)

    XIV o vencimento ou salrio bsico pago ao servidor pblico municipal nunca poder ser inferior ao salrio mnimo nacional garantindo tambm aos servidores de formao universitria, ocupantes de cargos de nvel superior, vencimento bsico inicial no inferior ao salrio profissional estabelecido em legislao federal, para respectiva categoria, observada a carga horria de trabalho; (ADIN 591054333 suprimiu a expresso taxada)

    1 A no observncia do disposto nos incisos II e III implicar na nulidade do ato e a punio da autoridade responsvel, nos termos da lei.

    2 As reclamaes relativas prestao de servios pblicos sero disciplinadas em lei.

  • 39

    3 A lei estabelecer os prazos de prescrio para atos ilcitos, praticados por qualquer agente, servidor ou no, que causem prejuzos ao errio, ressalvadas as respectivas aes de ressarcimento.

    4 As pessoas jurdicas de direito pblico e as de direito privado prestadoras de servios pblicos respondero pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurados o direito de regresso contra o responsvel nos casos de dolo ou culpa.

    Art. 77. O Municpio organizar sua administrao e planejar as suas atividades atendendo a peculiaridades locais e aos princpios tcnicos convenientes ao desenvolvimento integral da comunidade.

    Art. 78. Ao Prefeito e ao Presidente da Cmara cumpre providenciar a expedio das certides que lhes forem solicitadas, no prazo mnimo de quinze dias. No mesmo prazo, devero atender s requisies judiciais, se outro no for fixado pelo Juiz ou pela lei.

    Pargrafo nico. A certido relativa ao exerccio do cargo do Prefeito ser fornecida pelo Presidente da Cmara, sob pena de responsabilidade.

    Art. 79. O Prefeito, os Vereadores e os servidores municipais bem como as pessoas ligadas a quaisquer deles, por matrimnio ou parentesco afim ou consangneo, at o terceiro grau, inclusive, no podero contratar com o Municpio, subsistindo a proibio at seis meses depois de findas as respectivas funes.

    Pargrafo nico. No se incluem nesta proibio os contratos cujas clusulas e condies sejam uniformes para todos os interessados.

    Art. 80. A administrao municipal instituir rgos de consulta, assessoramento e deciso que sero compostos por representantes comunitrios dos diversos segmentos da sociedade local.

    Pargrafo nico. Esses rgos podero se constituir por temas, reas ou para administrao global.

  • 40

    Art. 81. Podero ser criados, por iniciativa do Prefeito, aprovado pela Cmara Municipal, Distritos, subprefeituras, administraes regionais ou equivalentes.

    1 As regies administrativas, alm de buscarem a descentralizao, devem potencializar o gerenciamento e uso pleno dos equipamentos prprios e pessoal disponveis na regio, atravs de administrao regional.

    2 Os Distritos tm a funo de descentralizar os servios da administrao municipal, possibilitando maior eficcia e controle por parte da populao beneficiada.

    Art. 82. As autarquias, empresas pblicas, sociedades de economia mista e fundaes controladas pelo Municpio:

    I dependem de lei para serem criadas, transformadas, incorporadas, privatizadas ou extintas;

    II dependem de lei para serem criadas subsidirias, assim como a participao destas em empresa pblica;

    III tero um de seus diretores indicados pelo sindicato dos trabalhadores da categoria, cabendo lei definir os limites de sua competncia e atuao.

    III - tero, no mnimo, um de seus diretores indicados dentre os que compem o quadro dos servidores efetivos do Municpio de Canoas, cabendo Lei definir a forma e os limites de sua competncia e atuao (NR Emenda LOM n 11, de 30.05.2003).

    SEO II DA FISCALIZAO POPULAR

    Art. 83. Todo cidado ou entidade da sociedade civil tem o

    direito de ser informado dos atos da administrao municipal, podendo, para isso utilizar-se do pedido de informao.

  • 41

    SEO III

    DOS CONSELHOS MUNICIPAIS

    Art. 84. Os Conselhos Municipais so rgos governamentais, que tm por finalidade auxiliar a administrao na orientao, planejamento, interpretao e julgamento da matria de sua competncia, na forma da lei.

    Art. 85. O Municpio dispe de cinco (5) conselhos municipais. I Conselho Municipal de Contribuintes, Planejamento e

    Desenvolvimento Municipal; II Conselho Municipal de Educao, Cultura e Desporto; III - Conselho Municipal de Sade; IV - Conselho Municipal de Urbanismo, Habitao e Meio

    Ambiente; V - Conselho Municipal de Transportes, Segurana e Servios

    Pblicos. Art. 85. O Municpio dispe de seis (06) conselhos municipais. I Conselho Municipal de Contribuintes, Planejamento e

    Desenvolvimento Municipal; II Conselho Municipal de Educao, Cultura e Desporto; III - Conselho Municipal de Sade; IV - Conselho Municipal de Urbanismo, Habitao e Meio

    Ambiente; V - Conselho Municipal de Transportes, Segurana e Servios

    Pblicos; VI Conselho Municipal de Meio Ambiente (NR Emenda

    LOM N 04, DE 23.04.1997). Art. 85. O Municpio dispe dos seguintes Conselhos

    Municipais:

  • 42

    I Conselho Municipal de Contribuintes, Planejamento e Desenvolvimento Municipal;

    II Conselho Municipal de Educao; III - Conselho Municipal de Sade; IV - Conselho Municipal de Urbanismo e Habitao; V - Conselho Municipal de Transportes, Segurana e Servios

    Pblicos; VI Conselho Municipal de Meio Ambiente; VII Conselho Municipal de Cultura; VIII Conselho Municipal de Desporto (Emenda LOM n 08,

    de 15.10.2001). Art. 85. O Municpio dispe dos seguintes Conselhos

    Municipais: I Conselho Municipal de Contribuintes, Planejamento e

    Desenvolvimento Municipal; II Conselho Municipal de Educao; III - Conselho Municipal de Sade; IV - Conselho Municipal de Urbanismo e Habitao; V - Conselho Municipal de Transportes, Segurana e Servios

    Pblicos; VI Conselho Municipal de Meio Ambiente; VII Conselho Municipal de Cultura; VIII Conselho Municipal de Desporto; IX Conselho Municipal dos Direitos da Mulher (Emenda

    LOM n 09, de 17.04.2002). Art. 85. O Municpio dispe dos seguintes Conselhos

    Municipais: I Conselho Municipal de Contribuintes, Planejamento e

    Desenvolvimento Municipal; II Conselho Municipal de Educao; III - Conselho Municipal de Sade;

  • 43

    IV - Conselho Municipal de Urbanismo e Habitao; V - Conselho Municipal de Transportes, Segurana e Servios

    Pblicos; VI Conselho Municipal de Meio Ambiente; VII Conselho Municipal de Cultura; VIII Conselho Municipal de Desporto; IX Conselho Municipal dos Direitos da Mulher; X Conselho Municipal da Famlia. (Emenda LOM n 10, de

    17.04.2002) Art. 85. O Municpio dispe dos seguintes Conselhos

    Municipais: I Conselho Municipal de Contribuintes, Planejamento e

    Desenvolvimento Municipal; II Conselho Municipal de Educao; III - Conselho Municipal de Sade; IV - Conselho Municipal de Urbanismo e Habitao; V - Conselho Municipal de Transportes, Segurana e Servios

    Pblicos; VI Conselho Municipal de Meio Ambiente; VII Conselho Municipal de Cultura; VIII Conselho Municipal de Desporto; IX Conselho Municipal dos Direitos da Mulher; X Conselho Municipal da Famlia; Xi Conselho Municipal de Segurana Alimentar e Nutricional.

    (NR Emenda LOM n 12, de 16 de julho de 2003)

    Art. 86. Os Conselhos Municipais sero compostos de nmero varivel de membros, sendo um tero (1/3) de representantes da administrao municipal e os demais da sociedade civil organizada, a quem caber a indicao de seus representantes, observada a especialidade de cada um.

  • 44

    Pargrafo nico. A lei especificar as competncias de cada Conselho e sua organizao, composio, funcionamento, forma de nomeao e prazo de durao do mandato.

    SEO IV DAS OBRAS E SERVIOS MUNICIPAIS

    Art. 87. A execuo das obras pblicas dever ser, sempre,

    precedida de projeto elaborado segundo as normas tcnicas adequadas.

    Pargrafo nico. As obras pblicas devero ser executadas pela Prefeitura, por suas autarquias e entidades paraestatais ou mediante licitao por terceiros.

    Art. 88. Para execuo de obra pblica estar sujeito a licitao a empresa para cuja formao de capital haja contribudo o Municpio, por qualquer forma.

    Art. 89. A permisso de servio pblico, sempre a ttulo precrio, depender de ato unilateral do Prefeito, aps edital de chamamento dos interessados para escolha do melhor pretendente e a concesso se dar mediante autorizao legislativa, atravs de contrato, precedido de concorrncia pblica.

    1 Sero nulas de pleno direito as permisses, as concesses, bem como quaisquer outros ajustes feitos em desacordo com este artigo.

    2 Os servios permitidos ou cedidos ficaro sempre sujeitos regulamentao e fiscalizao do Municpio, incumbindo aos que o executam, sua permanente atualizao e adequao s necessidades dos usurios.

    3 o Municpio poder retomar os servios permitidos ou cedidos, desde que executados em desconformidade com o ato ou contrato, bem como aqueles que se revelarem insuficientes para o atendimento dos usurios, sem indenizao.

  • 45

    4 As concorrncias para concesso de servios pblicos devero ser precedidas de ampla publicidade, inclusive em jornais da capital, mediante edital ou comunicado resumido.

    5 - As concorrncias para concesso de servios pblicos sero procedidas em todos os seus atos e fases, por comisso mista de representantes dos Poderes Executivo e Legislativo, em igual nmero. ( suprimido pela ADIN 592005912).

    Pargrafo 6- Os representantes do Poder Legislativo sero escolhidos dentre os Vereadores, em sesso Plenria da Cmara Municipal, especialmente convocada. ( suprimido pela ADIN 592005912).

    7 Atravs da manifestao de cinco por cento (5%) dos eleitores, alegando atendimento insuficiente e inadequado de servio concedido, a Cmara Municipal avaliar a convenincia ou no da retomada da concesso, por deciso de dois teros (2/3) de seus membros.

    Art. 90. As tarifas dos servios pblicos devero ser fixadas pelo Executivo, tendo em vista a prestao do servio pelo custo.

    Art. 91. Os limites de licitao para obras, servios e fornecimentos no Municpio, bem como para a alienao de bens mveis ou imveis observar o que a respeito dispuser a legislao federal.

    Art. 92. O Municpio poder realizar obras e servios de interesse comum, mediante convnio com o Estado, a Unio, ou entidades particulares e, atravs de consrcio, com outros municpios.

    CAPTULO II DOS ATOS MUNICIPAIS

    Art. 93. A publicao das leis e atos municipais ser feita pela

    imprensa oficial do Municpio, quando houver, e por afixao na sede da Prefeitura ou da Cmara, conforme o caso.

  • 46

    1 A publicao dos atos no normativos, pela imprensa, poder ser resumida.

    2 No havendo imprensa oficial e havendo imprensa local, nesta sero publicadas as leis e atos municipais, mediante licitao em que se levaro em conta no s as condies de preo, como as circunstncias de freqncia, horrio, tiragem e distribuio.

    Art. 94. O Poder Executivo publicar, at trinta (30) dias aps o encerramento de cada ms, relatrio resumido da execuo oramentria, bem como apresentar ao Poder Legislativo a caracterizao sobre o Municpio, suas finanas pblicas, devendo constar do demonstrativo:

    I as receitas e despesas da administrao direta e indireta; II os valores ocorridos desde o incio do exerccio at o

    ltimo ms objeto da anlise financeira; III a comparao mensal entre os valores do inciso II acima

    com seus correspondentes previstos no oramento j atualizado por suas alteraes;

    IV as previses atualizadas de seus valores at o final do exerccio financeiro.

    Art. 95. Anualmente, o Poder Executivo publicar relatrio da execuo financeira de despesa em educao, por fontes de recursos, discriminando os gastos mensais.

    1 Ser fornecido ao Conselho Municipal de Educao, Cultura e Desporto, semestralmente, relatrio da execuo financeira da despesa em educao, discriminando os gastos mensais, em especial, os aplicados na construo, reforma, manuteno ou conservao das escolas, as fontes e critrios de distribuio dos recursos e os estabelecimentos beneficiados.

    2 A autoridade competente ser responsabilizada pelo no cumprimento do disposto neste artigo.

    Art. 96. A publicidade dos atos, programas, obras, servios e campanhas dos rgos pblicos dever ter carter educativo, informativo ou de orientao social, dela no podendo constar

  • 47

    nomes, smbolos ou imagens que caracterizem promoo pessoal de autoridades ou de servidor pblico.

    CAPTULO III DOS BENS MUNICIPAIS

    Art. 97. Constituem bens municipais todas as coisas mveis e

    imveis, direitos e aes que, a qualquer ttulo, pertenam ao Municpio.

    Art. 98. Cabe ao Prefeito a administrao dos bens municipais, respeitada a competncia da Cmara quanto queles empregados em seus servios.

    Art. 99. A alienao de bens municipais obedecer as seguintes normas:

    I quando imveis, depender de autorizao legislativa e concorrncia pblica, dispensada esta nos casos de doao e permuta;

    II quando mveis, depender de autorizao legislativa e concorrncia pblica, dispensada esta nos casos de doao que ser permitida exclusivamente para fins assistenciais, ou quando houver interesse pblico relevante, justificado pelo Executivo.

    1 O Municpio, preferentemente venda ou doao de seus bens imveis, outorgar o direito real de concesso de uso mediante prvia autorizao legislativa e concorrncia pblica. A concorrncia poder ser dispensada por lei, quando o uso se destinar concessionria de servio pblico, a entidades assistenciais ou quando houver relevante interesse pblico.

    2 A venda aos proprietrios de imveis lindeiros de reas urbanas remanescentes e inaproveitveis para edificaes resultantes de obras pblicas depender de prvia avaliao e autorizao legislativa, dispensada, porm, a licitao. As reas resultantes de modificao de alinhamento sero alienadas nas mesmas condies, quer sejam aproveitveis ou no.

  • 48

    3 proibida a doao, venda ou concesso de uso de qualquer frao dos parques, praas, jardins e lagos pblicos, salvo a concesso de uso de pequenos espaos, no excedentes a cinco por cento (5%) da respectiva rea, destinados implantao de equipamentos sociais, mediante prvia autorizao legislativa.

    Art. 100. A aquisio de bens imveis, por compra ou permuta, depender de prvia avaliao e autorizao legislativa.

    Art. 101. O uso de bens municipais por terceiros poder ser feito mediante concesso, permisso ou autorizao, conforme o caso, e o interesse pblico exigir.

    1 A concesso administrativa dos bens pblicos de uso especial e dominiais depender de lei e concorrncia e far-se- mediante contrato, sob pena de nulidade do ato. A concorrncia poder ser dispensada, mediante lei, quando o uso se destinar a entidades assistenciais, ou quando houver interesse pblico relevante, devidamente justificado.

    2 A concesso administrativa de bens pblicos de uso comum somente poder ser outorgada para finalidades escolares, de assistncia social ou tursticas, mediante autorizao legislativa.

    3 A permisso, que poder incidir sobre qualquer bem pblico, ser feita por portaria, para atividades ou usos especficos e transitrios, pelo prazo mximo de sessenta (60) dias.

    Art. 102. Podero ser cedidos a particulares, para servios transitrios, mquinas e operadores da Prefeitura, desde que no haja prejuzo para os trabalhos do Municpio e o interessado recolha previamente a remunerao arbitrada e assine termo de responsabilidade pela conservao e devoluo dos bens recebidos.

    Art. 103. Todos os bens municipais devero ser cadastrados, com a identificao respectiva, numerando-se os mveis, segundo o que for estabelecido em regulamento.

    Art. 104. Pertencem ao patrimnio municipal as terras devolutas que se localizam dentro de seus limites.

  • 49

    CAPTULO IV DOS SERVIDORES PBLICOS MUNICIPAIS

    Art. 105. So servidores pblicos todos quantos percebam pelos cofres pblicos municipais, de conformidade com a Constituio Federal.

    Art. 106. O regime jurdico nico do Municpio o regime estatutrio e os planos de carreira para os servidores da administrao direta e indireta institudos na forma de lei, de acordo com as necessidades do Municpio.

    Art. 107. So estveis, aps dois anos de efetivo exerccio, os servidores nomeados em virtude de concurso pblico.

    1 O servidor pblico estvel s perder o cargo em virtude de sentena judicial transitada em julgado ou mediante processo administrativo em que lhe seja assegurada ampla defesa.

    2 Invalidada por sentena judicial a demisso do servidor estvel, ser ele reintegrado, e o eventual ocupante da vaga reconduzido ao cargo de origem, sem direito indenizao, aproveitado em outro cargo ou posto em disponibilidade.

    3 Extinto o cargo ou declarada sua desnecessidade, o servidor estvel ficar em disponibilidade remunerada, at seu adequado aproveitamento em outro cargo.

    Art. 108. O servidor municipal ser responsvel, civil, criminal e administrativamente pelos atos que praticar no exerccio de cargo ou funo ou a pretexto de exerc-los.

    Art. 109. A lei assegurar ao servidor investido em cargo de provimento efetivo ou em comisso que, por um qinqnio completo no houver interrompido a prestao de servios ao Municpio e revelar assiduidade, licena-prmio de trs meses, que poder ser gozada, convertida em tempo dobrado de servio, para os efeitos nela previstos ou convertida em vantagem pecuniria, conforme o Estatuto do Funcionalismo Municipal.

  • 50

    Art. 110. Os reajustes de vencimentos e salrios do funcionalismo municipal ser feito, mensalmente, em percentual nunca inferior inflao verificada no ms imediatamente anterior.

    Art. 111. Ao servidor pblico em exerccio de mandato eletivo aplicam-se as seguintes disposies:

    I tratando-se de mandato eletivo federal, estadual ou distrital, ficar afastado de seu cargo, emprego ou funo;

    II investido no mandato de Prefeito, ser afastado do cargo, emprego ou funo, sendo-lhe facultado optar pela sua remunerao;

    III investido do mandato de Vereador, havendo compatibilidade de horrios, perceber as vantagens de seu cargo, emprego ou funo, sem prejuzo da remunerao do cargo eletivo e, no havendo compatibilidade, ser aplicada a norma do inciso anterior;

    IV em qualquer caso que exija o afastamento para o exerccio de mandato eletivo, seu tempo de servio ser contado para todos os efeitos legais, exceto para promoo por merecimento;

    V para efeito de benefcio previdencirio, no caso de afastamento, os valores sero determinados como se no exerccio estivesse.

    Art. 112. O Municpio manter rgo ou entidade de previdncia e assistncia mdica, odontolgica e hospitalar para seus servidores e dependentes mediante contribuio, nos termos da lei.

    1 A direo da entidade previdenciria dos servidores municipais ser composta paritariamente por representantes dos assegurados e do Municpio, na forma de lei.

    2 A contribuio dos servidores, descontada em folha de pagamento, bem como a parcela devida pelo Municpio ao rgo ou entidade de previdncia, devero ser repassados at o dia cinco (5) do ms seguinte ao de competncia.

  • 51

    3 O rgo ou entidade ser fiscalizado atravs de comisso dos usurios indicados pelo rgo de classe.

    Art. 113. vedada a acumulao remunerada de cargos e funes pblicas exceto as previstas no artigo 37, incisos XVI e XVII, da Constituio Federal. Art. 114. O Servidor ser aposentado:

    I por invalidez permanente, sendo os proventos integrais quando decorrentes de acidente de servio, molstia profissional ou doena grave, contagiosa ou incurvel, especificadas em lei, e proporcionais nos demais casos;

    II compulsoriamente, aos setenta (70) anos de idade, com proventos proporcionais ao tempo de servio;

    III voluntariamente: a) aos trinta e cinco (35) anos de servio, se homem, e aos

    trinta (30), se mulher, com proventos integrais; b) aos trinta (30) anos de efetivo exerccio em funes de

    magistrio, se professor, e vinte e cinco (25), se professora, com proventos integrais;

    c) aos trinta (30) anos de servio, se homem, e aos vinte e cinco (25) anos, se mulher, com proventos proporcionais a esse tempo;

    d) aos sessenta e cinco (65) anos de idade, se homem, e aos sessenta (60), se mulher, com proventos proporcionais ao tempo de servio.

    1 Lei Complementar poder estabelecer excees ao disposto no inciso III, a e c, no caso de exerccio de atividades consideradas penosas, insalubres ou perigosas.

    2 A lei dispor sobre a aposentadoria em cargos ou empregos temporrios.

    3 O tempo de servio pblico federal, estadual e municipal, inclusive os perodos no concomitantes, de exerccio de mandato eletivo gratuito de vereador sero computados integralmente para os efeitos de aposentadoria, disponibilidade, bem como para avanos e adicionais de quinze por cento (15%) e vinte e cinco por

  • 52

    cento (25%) e trinta e cinco por cento (35%). (A expresso taxada foi suprimida pela ADIN 591054333).

    4 Para efeito de aposentadoria assegurada a contagem recproca do tempo de contribuio na administrao pblica e na atividade privada, rural e urbana, hiptese em que os diversos sistemas de previdncia social se compensaro financeiramente, segundo critrios estabelecidos em lei.

    5 Na contagem do tempo para aposentadoria do servidor aos trinta e cinco (35) anos de servios e da servidora aos trinta (30), o perodo de exerccio de atividades que assegurem direito aposentadoria especial ser acrescido de um sexto (1/6) e de um quinto (1/5), respectivamente.

    6 Os proventos de aposentadoria sero revistos, na mesma proporo e na mesma data, sempre que se modificar a remunerao dos servidores em atividade, sendo tambm estendidos aos inativos quaisquer benefcios ou vantagens posteriormente concedidos aos servidores em atividade, inclusive quando decorrente da transformao ou reclassificao do cargo, funo ou emprego em que se deu a aposentadoria, na forma da lei.

    7 O benefcio de penso por morte corresponder integralidade dos vencimentos ou proventos do servidor falecido, at o limite estabelecido em lei, observando o disposto no pargrafo anterior.

    8 Alm dos benefcios assegurados nos pargrafos anteriores, a lei garantir penso por morte:

    I do servidor para a mulher, servidora ou no, e seus dependentes;

    II da servidora para o marido, servidor ou no, e seus dependentes.

    9 Se dentro de trinta (30) dias no houver manifestao por parte dos rgos competentes, o funcionrio que houver solicitado aposentadoria por tempo de servio aguardar na inatividade a publicao do referido ato, sem a perda de seus

  • 53

    vencimentos e demais vantagens. (este artigo foi alterado pela Constituio Federal).

    Art. 115. A lei assegurar aos servidores da administrao direta e indireta, isonomia de vencimento para cargos e empregos de atribuies iguais ou assemelhados do mesmo poder, ou entre servidores dos Poderes Executivo e Legislativo, ressalvadas as vantagens de carter individual e as relativas natureza ou ao local de trabalho.

    Art. 116 So direitos dos servidores pblicos da administrao direta, das fundaes pblicas, alm de outros que visem melhoria de sua condio social:

    Art. 116. So direitos dos servidores pblicos da administrao direta, indireta ou funcional, de qualquer dos Poderes do Municpio, alm de outros que visem melhoria de sua condio social: (NR Emenda LOM 01/91, de 28.06.1991)

    I irredutibilidade de vencimentos ou salrios, salvo o disposto em conveno ou acordo coletivo;

    II dcimo terceiro (13) vencimento com base na remunerao integral ou no valor da aposentadoria ou penso;

    III remunerao do trabalho noturno superior a do diurno nos termos da lei;

    IV - salrio-famlia para os seus dependentes correspondente a dez por cento (10%) do total do vencimento bsico ou salrio bsico;

    IV - salrio-famlia para os seus dependentes correspondente a cinco por cento (05%) do vencimento bsico do menor padro do Quadro Geral dos funcionrios do Municpio, do Executivo (Emenda LOM 01/91, de 28.06.1991);

    IV salrio-famlia para os seus dependentes correspondente a trs por cento (3%) do vencimento bsico do menor padro do Quadro Geral dos Funcionrios Municipais, do Executivo. (NR Emenda LOM n 02, 17.12.1991).

    V durao do trabalho normal no superior a oito (8) horas dirias e quarenta (40) semanais, facultada a compensao de horrios e a reduo da jornada, nos termos da lei;

  • 54

    VI repouso semanal remunerado, preferencialmente aos domingos;

    VII remunerao do servio extraordinrio superior, no mnimo, em cinqenta por cento (50%) a do normal;

    VIII gozo de frias anuais remuneradas com, pelo menos, um tero (1/3) a mais do que a remunerao normal;

    IX licena gestante sem prejuzo do emprego e do salrio, com durao de cento e vinte (120) dias;

    X licena-paternidade, nos termos fixados em lei; XI proteo do mercado de trabalho da mulher mediante

    incentivos especficos, nos termos da lei; XII reduo dos riscos inerentes ao trabalho por meio de

    normas de sade, higiene e segurana, fiscalizada por uma comisso paritria de preveno, conforme previsto em lei;

    XIII adicional de remunerao para as atividades penosas, insalubres ou perigosas, na forma de lei;

    XIV proibio de diferena de remunerao, de exerccio de funes e de critrio de admisso por motivo de sexo, idade, cor ou estado civil;

    XV avanos trienais, sem limites quanto ao nmero, a cada trs (3) anos de efetivo servio pblico, de dez por cento (10%), incidente sobre o vencimento bsico do cargo, funo ou emprego ocupado; (ADIN 591054333 suprimiu a expresso taxada)

    XVI adicional de quinze por cento (15%), vinte e cinco por cento (25%) e trinta e cinco (35%) no cumulativo, pago ao servidor aos quinze (15), vinte e cinco (25) e trinta e cinco (35) anos de tempo de servio pblico, nos termos da Constituio federal; (ADIN 591054333 suprimiu as expresses taxadas)

    XVII ingresso na classe inicial de cada carreira somente por concurso pblico de provas e ttulos ou de provas, alternadamente, nos termos da lei;

    XVIII acesso s classes intermedirias e final somente mediante promoo pelos critrios do merecimento e da antiguidade no servio pblico.

  • 55

    XIX assegurada a participao de representante sindical nas comisses de sindicncias e inqurito que apurem falta funcional. (Inciso suprimido pelo TJ ADIN 592005847);

    1 A reviso geral da remunerao dos servidores pblicos ativos, inativos e dos pensionistas far-se- sempre na mesma data e nos mesmos ndices, no podendo ser inferior variao da inflao (expresso suprimida pelo TJ ADIN 592005847);

    2 O vencimento bsico ou salrio bsico nunca poder ser inferior ao salrio mnimo nacional.

    Art. 117. Lei ordinria implantar o plano de carreira do magistrio pblico municipal.

    Art. 118. Os cargos em comisso, criados por lei em nmero e com remunerao certos e com atribuies definidas de chefia, assistncia ou assessoramento, so de livre nomeao e exonerao, observados os requisitos gerais de provimento em cargos municipais.

    1 Os cargos em comisso no sero organizados em carreira.

    2 Ao ocupante de cargo em comisso ser assegurado, quando exonerado, o direito a uma remunerao integral do valor do ms da exonerao, por ano continuado na funo, desde que no titule outro cargo ou funo pblica no municpio de Canoas; (Inciso suprimido pelo TJ ADIN 591018991)

    3 No tero direito s vantagens do artigo anterior os Secretrios Municipais, Presidentes, Diretores e Superintendentes da Administrao direta, autrquica e de fundaes pblicas municipais; (Inciso suprimido pelo TJ ADIN 591018991)

    4 O servidor pblico que se beneficiar das vantagens do 2, deste artigo e, num prazo inferior a dois anos, for reconduzido a cargo de provimento em comisso, perder o direito a estes benefcios. (Inciso suprimido pelo TJ ADIN 591018991)

    Art. 119. O pagamento da remunerao mensal dos servidores pblicos municipais ser efetuado at o ltimo dia do ms de trabalho efetivado.

  • 56

    Pargrafo nico. O pagamento da gratificao natalina ou dcimo terceiro salrio ter de ser efetuado cinqenta por cento (50%) do salrio vigente at trinta (30) de junho e o restante dever ser pago at o dia vinte (20) de dezembro, descontando a parcela inicialmente paga.

    Art. 120. As obrigaes pecunirias para com seus servidores ativos, inativos ou pensionistas do Municpio no cumpridas at o ltimo dia do ms da aquisio do direito, devero ser liquidadas com os valores atualizados pelos ndices aplicados para reviso geral das remuneraes dos servidores pblicos municipais.

    Art. 121. O Municpio garantir proteo especial servidora pblica gestante, adequando e ou mudando temporariamente suas atividades, quando o trabalho que exerce comprovadamente prejudicial a sua sade e a do nascituro.

    Art. 122. Nenhum servidor poder ser diretor ou integrar conselho de empresas fornecedoras ou prestadoras de servios ou que realizem qualquer modalidade de contrato com o Municpio, sob pena de demisso do servio pblico.

    Art. 123. garantido ao servidor pblico municipal o direito livre associao sindical, sendo assegurado:

    I entidade sindical dos servidores pblicos municipais: a) participar das decises de interesse da categoria; b) descontar em folha de pagamento as mensalidades de seus

    associados e demais parcelas, a favor da entidade, desde que aprovadas em assemblia geral;

    c) eleger delegado sindical. II aos representantes da entidade mencionada no inciso

    anterior, nos casos previstos em lei, o desempenho de mandato, com dispensa de suas atividades funcionais, sem qualquer prejuzo para sua situao funcional ou remuneratria, exceto promoo por merecimento;

    III aos servidores pblicos e empregados da administrao indireta, estabilidade a partir do registro da candidatura at um ano aps o trmino do mandato sindical, salvo demisso precedida de processo administrativo-disciplinar ou judicial.

  • 57

    Art. 124. O servidor pblico municipal que suspeitar ou identificar perseguio poltica na sua remoo de uma para outra repartio poder solicitar a formao de uma Comisso de Avaliao, no prazo mximo de dez (10) dias da oficializao de seu deslocamento, no forma de Lei.

    Art. 125. Ficam estendidos servidora municipal, na condio de me adotiva, os benefcios concedidos me biolgica, na forma a ser regulamentada por lei.

    CAPTULO V DOS TRIBUTOS E RECEITAS PBLICAS

    SEO I

    DISPOSIES GERAIS

    Art. 126. Qualquer anistia ou remisso, que envolva matria tributria municipal, s poder ser concedida por lei especfica.

    Art. 127. O contribuinte municipal ser previamente notificado sobre qualquer tributo lanado pela Prefeitura.

    Pargrafo nico. Considerar-se- notificao a entrega de aviso de lanamento no domiclio tributrio do contribuinte, nos termos da legislao federal pertinente. Quando residente fora do Municpio, considerar-se- notificado o contribuinte, com a remessa de aviso via postal registrada.

    SEO II

    DA RECEITA

    Art. 128. A receita pblica constitui-se das rendas locais e demais recursos obtidos fora de suas fontes ordinrias.

    Pargrafo nico. As rendas abrangem os tributos e os preos, aqueles representados por impostos, taxas e contribuio de melhoria a este, resultante da utilizao de seus bens, servios e atividades.

  • 58

    Art. 129. So tributos da competncia municipal: I imposto sobre: a) propriedade predial e territorial urbana; b) transmisso inter vivos, a qualquer ttulo por ato oneroso,

    de bens mveis, por natureza ou acesso fsica, de direitos reais sobre imveis, exceto os de garantia, bem como cesso de direitos a sua aquisio;

    c) venda e varejo de combustveis lquidos e gasosos, exceto leo diesel;

    d) servios de qualquer natureza, no compreendidos no art. 155, I, b, da Constituio da Repblica, definidos em lei complementar federal.

    II taxas, arrecadadas em razo do exerccio do poder de polcia ou pela utilizao efetiva ou potencial de servios especficos e divisveis, prestados ao contribuinte ou postos sua disposio.