Lei Organica - Carapebus

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Lei Orgnica Municipal de Carapebus de 20 de maio de 1998 Cmara Municipal de Carapebus Estado do Rio de Janeiro

LEI ORGNICA DO MUNICPIO DE CARAPEBUSndice Prembulo Ttulo I Princpios e Direitos Fundamentais Ttulo II Organizao Municipal Ttulo III Organizao dos Poderes do Municpio Ttulo IV Administrao Pblica Ttulo V Patrimnio do Municpio Ttulo VI Finanas, Oramento e Sistema Tributrio do Municpio Ttulo VII Ordem Econmica e Social Ato das Disposies Transitrias

Prembulo Ns, representantes do povo do Municpio de Carapebus, reunidos na sede da Cmara Municipal, no exerccio de nossos mandatos, em perfeito acordo com a vontade poltica dos cidados do Municpio quanto necessidade de ser constituda uma ordem jurdica democrtica, voltada mais ampla defesa da liberdade, da igualdade, da justia social, do desenvolvimento e do bem-estar social, numa sociedade solidria, democrtica, policultural, pluritnica, sem preconceitos nem discriminao, no exerccio das atribuies que nos conferem o art. 29 da Constituio da Repblica Federativa do Brasil e o art. 345 da Constituio do Estado do Rio de Janeiro, sob a proteo de DEUS, PROMULGAMOS a seguinte LEI ORGNICA DO MUNICPIO DE CARAPEBUS.

TTULO I Princpios e Direitos Fundamentais Fonte do Poder Art. 1 - Todo o poder emana do povo, que o exerce diretamente ou pr meio de representantes eleitos, nos termos da Constituio da Repblica, da Constituio do Estado do Rio de Janeiro e desta Lei Orgnica. Pargrafo nico:- O exerccio do poder s legtimo quando no interesse do povo. Soberania Popular Art. 2 - A soberania popular se manifesta quando a todos so asseguradas condies dignas de existncia, e ser exercida: I - pelo sufrgio universal e pelo voto direto e secreto com valor igual para todos; II - pelo plebiscito e pelo referendo; III - pela iniciativa popular no processo legislativo; IV - pela participao nas decises do Municpio; V - pela ao fiscalizada sobre a administrao pblica. Princpios e Objetivos Art. 3 - O Municpio de Carapebus tem como princpios e objetivos fundamentais os inscritos na Constituio Federal ou inerentes ao seu regime poltico. 1 - O Municpio promover os valores que fundamentam a existncia do Estado brasileiro, resguardando a soberania da Nao e de seu povo, a dignidade da pessoa humana, a livre iniciativa, o carter social do trabalho e o pluralismo, visando a edificao de sociedade livre, justa e fraterna, isenta de arbtrio e preconceitos, assentada no regime democrtico. 2 - Atravs da lei e dos demais atos de seus rgos, o Municpio buscar assegurar imediata e plena efetividade dos direitos e franquias individuais e coletivos sancionados na Constituio da Repblica, bem como de quaisquer outros decorrentes do regime e dos princpios que ela adota e daqueles constantes dos atos internacionais firmados pelo Brasil. 3 - Ningum ser discriminado, prejudicado ou privilegiado em razo de nascimento, idade, etnia, cor, estado civil, orientao sexual, atividade fsica, mental ou sensorial, ou qualquer particularidade, condio social ou, ainda, pr ter cumprido pena ou pelo fato de haver litigado ou estar litigando com rgos municipais na esfera administrativa ou judicial. 4 - inviolvel a liberdade de conscincia e de crena, sendo assegurado o livre exerccio de culto e sua liturgia, na forma da legislao. 5 - O Municpio estabelecer sanes de natureza administrativa a quem pregar a intolerncia religiosa ou incorrer em qualquer tipo de discriminao, independentemente das sanes criminais. 6 - assegurado a todo cidado, indiscriminadamente, o direito prestao de concurso pblico, de provas. Aes e Omisses do Poder Pblico Art. 4 - As aes e omisses do Poder Pblico que tornem invivel o exerccio dos direitos constitucionais sero sanadas na esfera administrativa, no prazo de trinta dias, contados do recebimento de requerimento pr escrito do interessado, sob pena de responsabilidade da autoridade competente.

Direito de Informao Art. 5 - Todos tm direito de tomar conhecimento, gratuitamente, do que constar a seu respeito nos registros ou bancos de dados pblicos municipais, bem como do fim a que se destinam essas informaes, podendo exigir a qualquer tempo retificao e atualizao das mesmas, mediante requerimento pr escrito. Dados Individuais Art. 6 - No podero ser objeto de registro os dados referentes a convices filosficas, polticas e religiosas, e a filiaes partidrias e sindicais, nem os que digam respeito vida privada e intimidade pessoal, salvo quando se tratar de processamento estatstico no individualizado. Participao da Coletividade Art. 7 - O Municpio assegurar e estimular, em rgos colegiados, constitudos pr lei, a participao da coletividade na formulao e execuo de polticas pblicas e na elaborao de planos, programas e projetos municipais. Direitos Liberdade e Greve Art. 8 - O municpio assegurar, nos limites de sua competncia: I - a liberdade de associao profissional ou sindical; II - o direito de greve; competindo aos trabalhadores decidirem sobre a oportunidade de exerce-la e sobre os interesses que devam, por meio dele, defender. Idosos e Adolescentes Art. 9 - O Municpio buscar assegurar: I - criana, ao adolescente e ao idoso, com absoluta prioridade, o direito vida, moradia, sade, alimentao, educao, dignidade, ao respeito, liberdade, convivncia familiar comunitria e primazia no recebimento de proteo e socorro, alm de coloc-los a salvo de toda forma de negligncia, discriminao explorao, violncia, crueldade e opresso . II - s pessoas portadoras de qualquer deficincia e plena insero na vida econmica e social e o total desenvolvimento de suas potencialidades, assegurando a todos uma qualidade de vida compatvel com a dignidade humana, a educao especializada, servios de sade, trabalho, esporte e lazer.

TTULO II Organizao Municipal

CAPTULO I Disposies Preliminares Autonomia do Municpio Art. 10 - O Municpio de Carapebus, pessoa jurdica de direito pblico interno, unidade territorial integrante da organizao poltico-administrativa da Repblica Federativa do Brasil, dotada, nos termos assegurados pela Constituio da Repblica, pela Constituio do Estado do Rio de Janeiro e pr esta Lei Orgnica, de autonomia:

I - poltica, pela eleio direta do Prefeito, do Vice-Prefeito e dos Vereadores; II - financeiras pela instituio e arrecadao de tributos de sua competncia e aplicao de suas rendas; III - administrativa, pela organizao dos servios pblicos locais e administrao prpria dos assuntos de interesse local; IV - legislativa, atravs do exerccio pleno pela Cmara Municipal das competncias e prerrogativas que lhe so conferidas pela Constituio da Repblica, pela Constituio do Estado do Rio de Janeiro e pr esta Lei Orgnica. 1 - O Municpio rege-se pr esta Lei Orgnica e pela legislao que adotar, observados os princpios estabelecidos na Constituio da Repblica e na Constituio do Estado do Rio de Janeiro. 2 - O Municpio poder celebrar convnios ou consrcios com a Unio, Estados e Municpios ou respectivos entes da administrao indireta e fundacional, para execuo de suas leis, servios ou decises administrativas pr servidores federais, estaduais ou municipais. 3 - Da celebrao do convnio ou consrcio e seu inteiro teor ser dada cincia Cmara Municipal, ao Tribunal de Contas do Estado e Procuradoria-Geral do Municpio se houver; a Cmara e a Procuradoria-Geral mantero registros especializados e formais desses instrumentos jurdicos. 4 - Restries impostas pela legislao municipal em matria de interesse local prevalecem sobre disposies de qualquer ente federativo, quando anteriores a estas e desde que no revogadas expressamente ou atentatria s Constituies Federal e Estadual. Seo I Territrio e Diviso Administrativa Territrio do Municpio Art. 11 - O territrio do Municpio tem os seguintes limites: I - com o Municpio de Quissam comeando na Estrada do Rumo (BR-101), no ponto comum s divisas do Municpio de Carapebus, o distrito de Macabuzinho e pelos Brejos do Rio do Melo e Brejo do Arrozal, da em reta ao brejo do Imbi, por este at alcanar o Rio Carrapato, por este at o canal Maca-Campos na Lagoa Paulista. Deste ponto contornando o Oceano Atlntico at atingir a Lagoa Jurubatiba (ou Cabinas); II - com o Municpio de Maca comeando na Logoa de Jurubatiba (ou Cabinas), no Rio do mesmo nome e segue por este at a sua nascente principal e da segue em reta at a nascente principal do Crrego Ubs; III - com o Municpio de Conceio de Macab comeando na nascente principal do Crrego de Ubs, da em reta ao ponto comum s divisas do Municpio de Carapebus, o distrito de Macabuzinho e com o Municpio de Quissam. 1 - O territrio do Municpio estende-se ao longo da linha que limita as guas territoriais brasileiras, em frente ao ponto da costa . 2 - Integram o territrio do Municpio as projees areas e martimas de sua rea continental, especialmente as correspondentes partes da plataforma continental, do mar territorial e da zona econmica exclusiva. 3 - Os limites do Municpio, previsto neste artigo em consonncia com a Lei Estadual n. 2.417, de 19 de julho de 1995, s podero ser alterados mediante aprovao prvia da Cmara Municipal e de sua populao, esta manifestada em plebiscito, e nos termos de lei complementar estadual.

Bairros Art. 12 - O territrio do Municpio poder ser dividido, para fins exclusivamente administrativos, em bairros. 1 - Bairro poro contnua e contgua do territrio da sede do Municpio, com denominao prpria, representando mera diviso geogrfica, e ser denominada por Lei. 2 - facultada a descentralizao administrativa com a criao nos Bairros de Subsedes da Prefeitura atravs de Regies Administrativas, segundo disposto em lei de iniciativa do Poder Executivo. 3 - A delimitao de Bairro ser fixado tomando por base os limites pelas vias pblicas ou por marcos naturais nele existente, na forma do pargrafo 1 deste Artigo.

Seo II Indivisibilidade e Jurisdio do Municpio Indivisibilidade Territorial Art. 13 - O Municpio no ser objeto de desmembramento de seu territrio e nem se fundir com outro Municpio, dada a existncia de continuidade e de unidade histricocultural em seu ambiente urbano, conforme o disposto no art. 357 da Constituio do Estado. 1 - Para fins de manuteno da continuidade de unidade histrico cultural de que trata este artigo, o Municpio poder incorporar reas adjacentes. 2 - Ressalva-se do disposto no pargrafo anterior a conceituao do Municpio para fins geogrficos, cartogrficos, estatsticos e censitrios pela Unio. Legislao Municipal Art. 14 - Esto sujeitos legislao do Municpio, nas competncias especficas que lhe cabem e, em especial, nas pertinentes ao uso e ocupao do solo, preservao e proteo do patrimnio urbanstico, arquitetnico, paisagstico e ambiental, os bens imveis situados no territrio municipal, inclusive aqueles pertencentes a outros entes federativos. Sistema Virio Art. 15 - da competncia do Municpio a administrao das vias urbanas e pontes, situados em seu territrio, ainda quando integrem plano rodovirio federal ou estadual. 1 - O Municpio tem direito aos recursos destinados pela Unio e pelo Estado conservao, manuteno e restaurao das vias e demais equipamentos urbanos referidos neste artigo, quando integrarem plano rodovirio federal ou estadual. 2 - O Municpio poder deferir a administrao desses bens Unio e ao Estado, mediante convnio que fixar a natureza e os limites das aes desses entes federativos.

Seo III Sede, Celebraes e Smbolos do Municpio Sede Art. 16 - A Cidade de Carapebus a sede do Municpio.

Padroeira Art. 17 - A padroeira da Cidade a Nossa Senhora da Glria, que ser festejada com feriado municipal a 15 de agosto. Aniversrio da Cidade Art. 18 - O aniversrio da Cidade celebrado a 13 de maro, em comemorao a emancipao poltico - administrativa do Municpio. Smbolos do Municpio Art. 19 - So smbolos do Municpio: I - o Braso; II a Bandeira; III o Hino. 1 - O Braso e a Bandeira so aqueles institudos pela Lei Municipal n 35, de 24 de junho de 1997. 2 - O Hino do Municpio ser escolhido em concurso pblico, na forma da lei, e considerado oficial por lei ordinria. Seo IV Poderes do Municpio Poderes Legislativo e Executivo Art. 20 - So poderes do Municpio, independentes e harmnicos entre si, o Legislativo e o Executivo. Pargrafo nico - vedado aos Poderes Municipais a delegao recproca de atribuies, salvo nos casos previstos nesta Lei Orgnica. Designaes Art. 21 - As designaes do Municpio, do Poder Legislativo e do Poder Executivo sero, respectivamente, as de Municpio de Carapebus, Cmara Municipal de Carapebus e Prefeitura da Cidade de Carapebus. Pargrafo nico - Na promoo da Cidade, o Municpio poder utilizar tambm as denominaes Cidade de Carapebus e Carapebus.

CAPTULO II Competncia do Municpio e Vedaes Competncia Art. 22 - Compete ao Municpio: I - legislar sobre assuntos de interesse local; II - suplementar a legislao federal e a estadual, no que couber; III - instituir e arrecadar os tributos de sua competncia, bem como aplicar as suas rendas, sem prejuzo da obrigatoriedade de prestar contas e publicar balancetes nos prazos fixados nesta Lei Orgnica; IV - dispor sobre: a) plano plurianual de governo, plano diretor e planos locais e setoriais de desenvolvimento municipal;

b) oramento plurianual de investimentos, lei de diretrizes oramentrias, oramento anual, operaes de crdito e dvida pblica municipal; c) concesso de isenes e anistias fiscais, e remisso de dvidas e crditos tributrios; d) irmanao com cidades do Brasil e de outros pases, a destes ltimos com audincia prvia dos rgos competentes da Unio; e) concesso de incentivos s atividades de pesca, pscicultura, industriais, agrcolas, tecnolgicas e de pesquisas cientficas, ranicultura, tursticas, comerciais, pecurias, de servios artesanais, culturais e artsticas, e congneres; f) criao, organizao e supresso de localidades, bem como regies administrativas; g) criao de distritos industriais comerciais e tursticos e plo de desenvolvimento; h) organizao do quadro de seus servidores, instituies de planos de carreira, cargos e remunerao e regime jurdico; i) criao extino e definio de estrutura e atribuies das Secretarias e rgos da administrao direta, indireta e funcional j) depsito e venda de animais apresados e mercadorias apreendidas em decorr6encia de transgresso da legislao municipal; l) registro, guarda, vacinao e captura de animais, com a finalidade precpua de controlar e erradicar molstias de que possa ser portadores ou transmissores; m) comercializao, industrializao armazenamento e uso de produtos nocivos sade; n) denominao de prprios, bairros vias e logradouros pblicos; o) as demais matrias de sua competncia, nos termos da Constituio da Repblica, da Constituio do Estado do Rio de Janeiro e desta Lei Orgnica. V - planejar, regulamentar, conceder e cassar licenas, fixar, fiscalizar e cobrar preos ou tarifas pela prestao de servios pblicos; VI - organizar e prestar, diretamente ou sob regime de concesso ou permisso, entre outros, os seguintes servios: a) abastecimento de gua e esgotamento sanitrio; b) mercados, feiras e matadouros locais; c) cemitrios, fornos crematrios e servios funerrios; d) iluminao pblica; e) limpeza pblica, coleta domiciliar de lixo, remoo de resduos slidos, combate a vetores, inclusive em reas de ocupao irregular e encostas de morros, e destinao final do lixo; f) transporte coletivo. VII - instituir, conforme a lei dispuser, guardas municipais especializadas, que no faam uso de armas, destinadas a: a) proteger seus bens, servios e instalaes; b) organizar, dirigir e fiscalizar o trfego de veculos em seu territrio; c) assegurar o direito da comunidade de desfrutar ou utilizar os bens pblicos, obedecidas as prescries legais; d) proteger o meio ambiente e o patrimnio histrico, cultural e ecolgico do Municpio; e) oferecer apoio aos turistas nacionais e estrangeiros, atravs de postos de atendimento com ampla divulgao. VIII - instituir servides administrativas necessrias realizao de seus servios e dos de seus concessionrios; IX - proceder a desapropriaes, nos limites e em conformidade com a Constituio Federal e legislaes pertinentes a matria;

X - organizar e manter os servios de fiscalizao necessrios ao exerccio do seu poder de polcia administrativa; XI - fiscalizar, nos locais de venda, tanto a varejo como por atacado, alm das condies de higiene do ambiente fsico, o peso, as medidas e as condies sanitrias dos gneros alimentcios, observada as legislaes vigentes; XII - legislar sobre sistema de transporte urbano, determinar itinerrios e os pontos de parada obrigatria de veculos de transporte coletivo e os pontos de estacionamento de txis e demais veculos, e definir planilhas de custos de operao, horrios e itinerrios nos pontos terminais de linhas de nibus; XIII - organizar, dirigir e fiscalizar o trfego de veculos em seu territrio e exercer o respectivo poder de polcia, diretamente ou em convnio com o Estado do Rio de Janeiro, podendo com esse fim: a) regular, licenciar e fiscalizar o servio de transporte, a taxmetro, de doentes e feridos; b) disciplinar os servios de carga e descarga, bem como fixar a tonelagem mxima permitida e o horrio de circulao de veculos por vias urbanas cuja conservao seja da competncia do Municpio; c) organizar e sinalizar as vias pblicas, regulamentar e fiscalizar a sua utilizao e definir as zonas de silncio e de trfego em condies especiais, notadamente em relao ao transporte de cargas txicas e de materiais que ofeream risco s pessoas e ao meio ambiente; d) regulamentar a utilizao dos logradouros pblicos. XIV - regular, licenciar, conceder, permitir ou autorizar e fiscalizar os servios de veculos de aluguel; XV - regulamentar e fiscalizar o transporte de excursionistas no mbito de seu territrio; XVI - estabelecer e implantar, diretamente ou em cooperao com a Unio e o Estado, poltica de educao para segurana do trnsito; XVII - instituir normas de zoneamento, edificao, loteamento e arruamento, bem como as limitaes urbansticas convenientes ordenao do territrio municipal, observadas as diretrizes da legislao federal e garantida a reserva de reas destinadas a: a) zonas verdes e logradouros pblicos; b) vias de trfego e de passagem de canalizaes pblicas de esgotos e de guas pluviais; c) passagem de canalizaes pblicas de esgotos e de guas pluviais nos fundos dos lotes, obedecidas as dimenses e demais condies estabelecidas na legislao. XVIII - exercer seu poder de polcia urbanstica, especialmente quanto a: a) controle dos loteamentos e condomnios; b) licenciamento e fiscalizao de obras em geral, includas as obras pblicas e as obras de bens imveis e as instalaes de outros entes federativos e de seus rgos civis e militares; c) utilizao dos bens pblicos de uso comum para a realizao de obras de qualquer natureza; d) utilizao de bens imveis de uso comum do povo. XIX - executar, diretamente, com recursos prprios ou em cooperao com o Estado ou a Unio, obras de: a) abertura, pavimentao e conservao de vias, drenagem pluvial, saneamento bsico e reflorestamento; b) microdrenagem, mesodrenagem, regularizao e canalizao de rios, valas, vales e crregos no Municpio;

c) conteno de encostas e iluminao pblica; d) construo e conservao de estradas, parques, jardins e hortos florestais; e) construo, reforma, ampliao e conservao de prdios pblicos municipais. XX - fixar dia e horrio de funcionamento dos estabelecimentos industriais, comerciais e de servios, assegurada a participao das entidades representativas dos empregados e empregadores em todas as fases desse processo; XXI - conceder e cancelar licena para: a) localizao, instalao e funcionamento de estabelecimentos industriais, comerciais e de servios e outros onde se exeram atividades econmicas, de fins lucrativos ou no, e determinar, no exerccio do seu poder de polcia, a aplicao de penalidade e o fechamento temporrio ou definitivo de estabelecimentos, com a conseqente suspenso da licena, quando estiverem descumprindo a legislao ou prejudicando a sade, a higiene, a segurana, o sossego ou os bons costumes, ou, ainda, praticando, de forma reiterada, abusos contra os direitos do consumidor ou usurio; b) exerccio de comrcio eventual ou ambulante; c) realizao de jogos, espetculos e divertimentos pblicos, observadas as prescries legais. XXII - manter, com a cooperao tcnica e financeira da Unio e do Estado, programas de educao pr-escolar e ensino fundamental, de alfabetizao e de atendimento especial aos que no freqentaram a escola na idade prpria, de alimentao aos educandos e de sade nas escolas; XXIII - proporcionar populao meios de acesso cultura e educao; XXIV - promover a cultura, o lazer e a recreao; XXV - realizar servios de assistncia social, diretamente ou por meio de instituies privadas, conforme critrios e condies fixados em lei; XXVI - promover, com recursos prprios ou com a cooperao da Unio e do Estado, programas de construo de moradias, de melhoramento das condies habitacionais e de saneamento bsico; XXVII - proteger os documentos, as obras e outros bens de valor histrico, artstico, cultural, turstico e paisagstico, as paisagens e os monumentos naturais notveis e os stios arqueolgicos, observadas a legislao e ao fiscalizadora federal e estadual; XXVIII - impedir a evaso, a destruio e descaracterizao de obras de arte e de outros bens de valor histrico, artstico, cultural, turstico e paisagstico; XXIX - proceder ao tombamento de bens mveis e imveis, para os fins definidos nos incisos XXVII e XXVIII deste artigo; XXX - realizar atividades de defesa civil, includas as de combate e preveno a incndios e preveno de acidentes, naturais ou no, em coordenao com a Unio e o Estado; XXXI - assegurar a expedio de certides pelas reparties municipais, para defesa de direitos e esclarecimento de situaes de interesse pessoal; XXXII - autorizar, registrar, acompanhar e fiscalizar as concesses de direitos e as licenas para pesquisa, lavra e explorao de recursos hdricos e minerais no territrio municipal; XXXIII - fomentar as atividades econmicas no seu territrio, especialmente a pesqueira e turstica, e definir a poltica de abastecimento alimentar, em cooperao com a Unio e o Estado; XXXIV - preservar o meio ambiente, as florestas, a fauna, a flora, a orla martima e os cursos d'gua do Municpio;

XXXV - instituir programas de incentivo a projetos de organizao comunitria nos campos social, urbanstico e econmico, cooperativas de produo e mutires; XXXVI - proporcionar instrumentos defesa do contribuinte, do cidado, da pessoa, do consumidor e do usurio de servios pblicos; XXXVII - as demais atividades e iniciativas previstas nesta Lei Orgnica. Servios de gua e Esgoto Art. 23 - A competncia para explorao de servios de gua e esgoto, referida no art. 22, VI, a, ser exercida pelo Municpio diretamente, atravs de organismo prprio, ou mediante concesso iniciativa privada. Armas de Fogo Art. 24 - No sero permitidas a fabricao e comercializao de armas de fogo ou de munio nem de fogos de artifcio no Municpio, sendo a utilizao destes ltimos permitida em casos especiais, sempre por instituies e nunca por indivduos e isolados, na forma que estabelecer ato do Prefeito. Comrcio Ambulante Art. 25 - O comrcio ambulante ou eventual ser praticado no Municpio com carter de extraordinariedade, respeitado o comrcio permanente. Pargrafo nico - A lei dispor sobre o comrcio ambulante ou eventual no Municpio, inclusive feiras de arte, de artesanato e de antigidades. Dano ao Patrimnio Municipal Art. 26 - O Municpio impor penas pecunirias elevadas queles que, de forma direta ou por meio da incitao de outrem, causarem danos ao patrimnio municipal, independentemente de outras sanes administrativas ou legais cabveis. Consrcios Intermunicipais Art. 27 - O Municpio poder, mediante aprovao da Cmara Municipal, participar da formao de consrcios intermunicipais para o atendimento de problemas comuns, inclusive visando contratao de emprstimos e financiamentos junto a organismos e entidades nacionais e internacionais. Vedaes ao Municpio Art. 28 - vedado ao Municpio, alm de outros casos previstos nesta Lei Orgnica: I - estabelecer cultos religiosos ou igrejas, subvencion-los, embaraar-lhes o funcionamento ou manter com eles ou seus representantes relaes de dependncia ou aliana, ressalvada, na forma da lei, a colaborao de interesse pblico; II - recusar f aos documentos pblicos; III - criar distines ou preferncias entre brasileiros; IV - favorecer, atravs de quaisquer recursos ou meios, propaganda poltico-partidria ou estranha lei e ao interesse pblico geral, inclusive que promova, explcita ou implicitamente, personalidade poltica ou partido; V - pagar mais de um provento de aposentadoria ou outro encargo previdencirio a ocupante de funo ou cargo pblico, inclusive eletivo, salvo os casos de acumulao permitida por lei, incluindo-se tambm os casos de servidores ativos que j percebam dos cofres pblicos de outros rgos, executando-se os casos admitidos em lei;

VI - criar ou manter, com recursos pblicos, carteiras especiais de previdncia social para ocupantes de cargo eletivo; VII - dar em concesso ou permisso reas e bens imveis sem a aprovao da maioria dos membros da Cmara Municipal; VIII - alienar, permutar, receber em dao de pagamento ou promover investidura, reas e bens imveis sem a aprovao da maioria dos membros da Cmara Municipal. Pargrafo nico - As concesses ou permisses a que se refere o Inciso VII deste Artigo, no podero ultrapassar o perodo de 60 (sessenta) meses, podendo ser renovado por igual perodo.

TITULO III Organizao dos Poderes do Municpio CAPTULO I Poder Legislativo Seo I Cmara Municipal Exerccio do Poder Legislativo Art. 29 - O Poder Legislativo exercido pela Cmara Municipal, composta de Vereadores, eleitos para cada legislatura. Pargrafo nico - So condies de elegibilidade para o cargo de vereador: I - a nacionalidade brasileira; II - o domiclio eleitoral na circunscrio; III - a filiao partidria; IV - a idade mnima de 18 (dezoito) anos. Legislatura Art. 30 - Cada legislatura ter durao de quatro anos, correspondendo cada ano a uma sesso legislativa. Nmero de Vereadores Art. 31 - A Cmara Municipal, guardada a proporcionalidade com a populao do Municpio composta de 9 vereadores. Pargrafo nico - A populao do Municpio ser apurada pelo rgo federal competente, at 31 de dezembro, do ano anterior a eleio municipal. Quorum de Deliberaes Art. 32 - Salvo disposies em contrrio desta Lei Orgnica, as deliberaes da Cmara Municipal e de suas comisses sero adotadas por maioria de votos, presente a maioria absoluta de seus membros. Sede da Cmara Art. 33 - A sede da Cmara Municipal ser definida em lei. Subseo I Atribuies da Cmara Municipal

Competncia Legislativa Art. 34 - Cabe Cmara Municipal, com a sano do Prefeito, legislar sobre todas as matrias de competncia do Municpio, especialmente sobre: I - sistema tributrio, arrecadao e aplicao de rendas; II - plano de governo, diretrizes oramentrias, oramentos anual e plurianual de investimentos, operaes de crdito e dvida pblica; III - polticas, planos e programas municipais, locais e setoriais de desenvolvimento; IV - concesso de isenes e anistias fiscais, remisso de dvidas de crditos tributrios e outorga de auxlios e subvenes; V - criao e organizao da Procuradoria-Geral do Municpio; VI - criao, transformao e extino de cargos, empregos e funes pblicas; VII - matria financeira e oramentria; VIII - montante da dvida mobiliria municipal; IX - normas gerais sobre a explorao de servios pblicos; X - autorizao para proceder encampao, reverso ou expropriao dos bens de concessionrias ou permissionrias, para a prtica de ato de retomada ou interveno; XI - tombamento de bens mveis ou imveis e criao de reas de especial interesse; XII - fixao e modificao do efetivo da guarda municipal; XIII - alienao de bens imveis do Municpio; XIV - aquisio de bens imveis pelo Municpio, salvo quando se tratar de doao sem encargos. XV criao, organizao e supresso de bairros e regies administrativas. Competncia Privativa Art. 35 - da competncia privativa da Cmara Municipal: I - elaborar seu regimento interno; II - eleger sua Mesa Diretora, bem como destitu-la na forma desta Lei Orgnica e do regimento interno; III - dispor sobre sua organizao, funcionamento, polcia, criao, transformao ou extino dos cargos, empregos e funes de seus servios e fixao da respectiva remunerao, observados os parmetros estabelecidos na lei de diretrizes oramentrias; IV - mudar temporariamente a sua sede; V - fixar a remunerao dos Vereadores, do Prefeito e do Vice-Prefeito, em cada legislatura, para a subseqente, no primeiro perodo legislativo ordinrio do ltimo ano de cada legislatura, observado o disposto na Constituio Federal; VI - decidir sobre a perda de mandato de Vereador, pelo voto secreto de dois teros dos seus membros, nas hipteses previstas nesta Lei Orgnica; VII - receber renncia de mandato de Vereador, em documento redigido de prprio punho; VIII - exercer a fiscalizao contbil, financeira, oramentria, operacional e patrimonial do Municpio; IX - julgar as contas do Prefeito no prazo mximo de noventa dias do seu recebimento, observados os seguintes preceitos: a) decorrido o prazo de noventa dias sem deliberao da Cmara, as contas do Prefeito sero consideradas aprovadas; b) no decurso do prazo fixado neste artigo, as contas do Prefeito ficaro disposio para exame e apreciao de qualquer contribuinte do Municpio, que poder questionar sua legitimidade, nos termos da lei;

c) rejeitadas, as Contas sero imediatamente remetidas ao Ministrio Pblico para os fins legais. X - proceder tomada de contas do Prefeito, quando no apresentadas Cmara Municipal dentro de noventa dias aps a abertura da sesso legislativa; XI - criar comisses parlamentares de inqurito sobre fato determinado que se inclua na competncia da Cmara Municipal, sempre que o requerer pelo menos um tero dos seus membros; XII - sustar os atos normativos do Poder Executivo que exorbitem do poder regulamentar ou dos limites de delegaes legislativas; XIII - suspender a execuo, no todo ou em parte, de lei municipal declarada inconstitucional por deciso definitiva do Tribunal de Justia do Estado; XIV - requerer interveno estadual, quando necessrio, na forma do art. 36, I, da Constituio da Repblica, para assegurar o livre exerccio de suas funes; XV - conceder ttulo honorfico a pessoas que tenham reconhecidamente prestado servios ao Municpio, ao Estado, Unio, democracia ou causa da Humanidade, mediante decreto legislativo aprovado por dois teros dos seus membros; XVI - apreciar convnios, acordos, convenes coletivas, contratos ou outros instrumentos jurdicos celebrados com a Unio, Estados, e outros Municpios ou com instituies pblicas e privadas de que resultem para o Municpio encargos no previstos na lei oramentria; XVII - emendar esta Lei Orgnica, com dois teros de seus membros, promulgar leis no caso de silncio do Prefeito e expedir decretos legislativos; XVIII - autorizar referendo e convocar plebiscito; XIX - zelar pela preservao de sua competncia legislativa em face da atribuio normativa do Poder Executivo; XX - dar posse ao Prefeito e ao Vice-Prefeito e receber os respectivos compromissos ou renncias; XXI - conceder licena ao Prefeito, ao Vice-Prefeito e aos Vereadores, para afastamento do cargo; XXII autorizar o Prefeito e o Vice-Prefeito a se ausentarem do Municpio, quando a ausncia exceder quinze dias; XXIII - solicitar informaes ao Prefeito sobre assuntos referentes administrao; XXIV - convocar os Secretrios Municipais, o Procurador-Geral do Municpio, e os dirigentes de autarquias, empresas pblicas, sociedades de economia mista e fundaes mantidas pelo Municpio; XXV - representar ao Tribunal de Justia, mediante aprovao de dois teros dos seus membros, contra o Prefeito, pela prtica de crime contra a administrao pblica de que tiver conhecimento; XXVI - fixar, por proposta do Prefeito, limites globais para o montante da dvida consolidada do Municpio; XXVII - dispor sobre limites globais e condies para operaes de crdito externo e interno do Municpio; XXVIII dispor sobre limites e condies para a concesso de garantia do Municpio em operaes de crdito externo e interno; XXIX - estabelecer limites globais e condies para o montante da dvida mobiliria do Municpio; XXX apreciar os atos do interventor nomeado pelo Governador do Estado, na hiptese de interveno estadual; XXXI - as demais atribuies previstas nesta Lei Orgnica.

1- de trinta dias, prorrogvel por igual perodo, desde que solicitado e fundamentado, o prazo para o cumprimento ao disposto no inciso XXIII; e de quinze dias, prorrogvel por igual perodo, desde que por solicitao justificada, o prazo para o atendimento ao disposto no inciso XXIV. 2 - No caso de no atendimento no prazo estabelecido no pargrafo anterior, ou de prestao de informao falsa ou dolosamente omissa, ser o Prefeito denunciado por infrao poltico - administrativa, na forma da legislao federal aplicvel. Subseo II Organizao e Funcionamento da Cmara Municipal Instalao e Posse Art. 36 - A Cmara Municipal reunir-se- em sesses preparatrias, a partir de 1 de janeiro, no primeiro ano da legislatura, para a posse dos seus membros e eleio da Mesa. 1- Sob a presidncia do Vereador mais votado, os demais Vereadores prestaro compromisso e tomaro posse. 2 - Caber ao Presidente da sesso prestar o compromisso de cumprir a Constituio da Repblica, a Constituio do Estado, a Lei Orgnica do Municpio e o Regimento Interno da Cmara Municipal, observar as leis, desempenhar com retido o mandato que lhe foi confiado, e trabalhar pelo progresso social e econmico do Municpio e pelo bem-estar do povo carapebuense. 3- Lido o compromisso pelo Presidente, os Vereadores declararo, aps chamada nominal assim o prometo. 4- O Vereador que no tomar posse na sesso prevista no 1 dever faz-lo dentro do prazo de 15 dias, sob pena de perda do mandato, salvo motivo justo, aceito pela maioria absoluta dos seus membros. 5 - Findo o prazo previsto no pargrafo anterior no tendo o Vereador faltoso sesso de instalao e posse justificado sua ausncia, dever a Mesa Diretora declarar extinto o seu mandato. 6 - No ato da posse, os Vereadores devero desincompatibilizar-se e fazer declarao de bens, includos os dos cnjuges e seus dependentes econmicos, repetida sessenta dias antes das eleies da legislatura seguinte para transcrio em livro prprio, resumo em ata e divulgao para o conhecimento pblico. Eleio da Mesa Diretora Art. 37 - Imediatamente aps a sesso de posse, os Vereadores reunir-se-o sob a presidncia do mais votado entre os presentes e, havendo maioria absoluta dos seus membros, elegero os componentes da Mesa, por escrutnio secreto e maioria de votos, considerando-se automaticamente empossados os eleitos. 1 - O Mandato da Mesa ser de dois anos, cabendo a reeleio. 2 - Na hiptese de no haver nmero suficiente para eleio da Mesa, o Vereador que tiver assumido a direo dos trabalhos permanecer na presidncia e convocar sesses dirias, at que seja eleita a Mesa. 3 - No havendo nmero legal, o Vereador que estiver investido nas funes de Presidente dos Trabalhos convocar sesses dirias at que haja o quorum exigido e seja eleita a mesa. 4 - A eleio da Mesa da Cmara para o segundo binio, far-se- na ltima sesso ordinria referente ao primeiro binio, sendo os eleitos automaticamente empossados em 1 de janeiro do ano seguinte.

Composio da Mesa Diretora Art. 38 - O regimento interno dispor sobre a composio da Mesa da Cmara Municipal e, subsidiariamente, sobre a sua eleio. 1 - Na constituio da Mesa Diretora assegurada, tanto quanto possvel, a representao proporcional dos partidos ou dos blocos parlamentares que participarem da Cmara Municipal. 2 - No caso de vacncia de cargos da Mesa Diretora, ser realizada eleio para preenchimento de vaga dentro do prazo de cinco dias teis. 3 - Qualquer membro da Mesa poder ser destitudo, pelo voto de maoria simples dos membros da Cmara Municipal, quando faltoso, omisso ou comprovadamente ineficiente no desempenho de suas atribuies ou quando transgredir o disposto no art. 67, Inciso I e seu 1. 4 - Cabe ao regimento interno da Cmara Municipal dispor sobre o processo de destituio e sobre a substituio do membro da Mesa destitudo. Natureza da Mesa Diretora Art. 39 - A Mesa Diretora da Cmara Municipal rgo de deliberao colegiada e decidir sempre pela maioria dos seus membros. Competncia da Mesa Diretora Art. 40 - Compete Mesa Diretora da Cmara Municipal, alm de outras atribuies previstas nesta Lei Orgnica e no regimento interno: I - elaborar e encaminhar ao Prefeito at o dia 15 de agosto, aps a aprovao pelo Plenrio, a proposta oramentria da Cmara Municipal, a ser includa na proposta do Municpio; na hiptese de no apreciao pelo Plenrio, prevalecer a proposta da Mesa; II propor ao Plenrio projetos de Resolues que criem, transformem e extingam cargos, empregos ou funes da Cmara Municipal, bem como a fixao da respectiva remunerao, observadas as prescries legais; III - declarar a perda de mandato de Vereador, de ofcio ou por provocao de qualquer dos membros da Cmara Municipal, nos casos previstos no art. 67, 3, desta Lei Orgnica; IV - expedir resolues; V - autorizar a aplicao dos recursos pblicos disponveis, na forma do artigo 82 e seus pargrafos, desta Lei Orgnica; VI - tomar todas as providncias necessrias regularidade dos trabalhos legislativos; VII - designar Vereadores para a misso de representao da Cmara Municipal; VIII - propor ao direta de inconstitucionalidade de lei ou ato normativo municipal; IX - suplementar, mediante ato, as dotaes do oramento da Cmara Municipal, observado o limite da autorizao constante da Lei Oramentria, desde que os recursos para a sua cobertura sejam provenientes de anulao total ou parcial de suas dotaes. Pargrafo nico - O resultado das aplicaes referidas no inciso V ser levado conta da Cmara Municipal. Competncia do Presidente da Cmara Art. 41 - Compete ao Presidente da Cmara Municipal, alm de outras atribuies estabelecidas no regimento interno: I - representar a Cmara Municipal em juzo e fora dele; II - dirigir os trabalhos legislativos e administrativos da Cmara Municipal;

III - fazer cumprir o regimento interno e interpret-lo nos casos omissos; IV - promulgar as resolues, os decretos legislativos, as leis que receberem sano tcita e aquelas cujo veto tenha sido rejeitado pela Cmara Municipal e no tenham sido promulgadas pelo Prefeito; V - fazer publicar os atos da Mesa Diretora, as resolues, os decretos legislativos e as leis por ele promulgadas; VI - declarar extinto o mandato do Prefeito, do Vice-Prefeito e dos Vereadores, nos casos previstos em lei; VII - apresentar ao Plenrio e fazer publicar, at o dia 20 de cada ms, o boletim da receita e das despesas da execuo oramentria da Cmara Municipal; VIII - requisitar o numerrio destinado s despesas da Cmara Municipal; IX - exercer, em substituio, a Chefia do Poder Executivo, nos casos previstos em lei; X - designar comisses parlamentares nos termos regimentais, observadas as indicaes partidrias; XI - mandar prestar informaes por escrito e expedir certides requeridas para defesa de direitos e esclarecimento de situaes de interesse pessoal; XII - encaminhar requerimentos de informao aos destinatrios no prazo mximo de cinco dias; XIII - responder aos requerimentos enviados Mesa Diretora pelos Vereadores, no prazo mximo de dez dias, prorrogvel somente uma vez pelo mesmo perodo. Voto do Presidente da Cmara Art. 42 - O Presidente da Cmara Municipal, ou quem o substituir, somente manifestar o seu voto nas seguintes hipteses: I - na eleio da Mesa Diretora; II - quando a matria exigir, para sua aprovao, o voto favorvel de dois teros ou da maioria absoluta dos membros da Cmara Municipal; III - quando ocorrer empate em qualquer votao no Plenrio. Pargrafo nico - O Presidente no presidir a votao e discusso de proposio de sua autoria. Reunies da Cmara Municipal Art. 43 - A Cmara Municipal reunir-se-, anualmente, de 15 de fevereiro a 30 de junho e de 1 de agosto a 15 de dezembro. 1 - As reunies marcadas para essas datas sero transferidas para o primeiro dia til subseqente, quando recarem em sbados, domingos ou feriados. 2- A sesso legislativa no ser interrompida sem a aprovao do projeto de lei de diretrizes oramentrias e do projeto de lei oramentria. 3- As sesses da Cmara Municipal sero ordinrias, extraordinrias e solenes, conforme dispuser o seu regimento interno, e sero remuneradas conforme o estabelecido no regimento interno; 4- As sesses da Cmara Municipal sero realizadas em sua sede; comprovada a impossibilidade de acesso sede da Cmara Municipal ou outra causa que impea a sua utilizao, podero ser realizadas sesses em outro local, por deciso majoritria dos vereadores. 5 - As sesses solenes podero ser realizadas fora da sede da Cmara Municipal. 6 - As sesses da Cmara Municipal sero pblicas. Salvo deliberao em contrrio, na forma do regimento interno, tomada pela maioria absoluta dos seus membros, quando ameaadas a autonomia e a liberdade de palavra e voto dos Vereadores.

7 - As sesses s podero ser abertas pelo Presidente da Cmara Municipal, pelo Vice-Presidente, por outro membro da Mesa ou, na ausncia destes, pelo Vereador mais idoso, com a presena mnima de um tero dos seus membros. 8 - Ser considerado presente sesso o Vereador que assinar o livro de presena at o inicio da ordem do dia e participar das votaes. 9 - No se realizando sesso por falta de nmero legal, ser considerado presente o Vereador que assinar o livro de presena at trinta minutos aps a hora regimental para o incio da sesso. Convocao Extraordinria Art. 44 - A convocao extraordinria da Cmara Municipal far-se-: I- pelo Prefeito, quando este a entender necessria; II- pelo Presidente da Cmara Municipal, ou a requerimento da maioria absoluta dos Vereadores, em caso de urgncia ou para apreciao de matrias do interesse pblico; III- pelo Presidente da Cmara Municipal, para apreciao de ato do Prefeito que importe em infrao poltico - administrativa; IV- pelo Presidente da Cmara Municipal, no caso de decretao de interveno no Municpio, ou para o compromisso e a posse do Prefeito e do Vice-Prefeito. 1- Ressalvado o disposto nos incisos III e IV deste artigo, a Cmara Municipal s ser convocada, por prazo certo, para apreciao de matria determinada. 2 - No perodo extraordinrio de reunies, a Cmara Municipal deliberar somente sobre matria para a qual foi convocada. Subseo III Comisses da Cmara Municipal Comisses Permanentes e Temporrias Art. 45 - A Cmara Municipal ter comisses permanentes e temporrias, constitudas na forma e com as atribuies previstas no regimento interno ou no ato de que resultar sua criao. 1 - Na constituio de cada comisso, assegurada, tanto quanto possvel, a representao proporcional dos partidos ou dos blocos parlamentares que participam da Cmara Municipal. 2 - Inexistindo acordo para o cumprimento do disposto no pargrafo anterior, a composio das comisses ser decidida pelo Plenrio. Atribuies das Comisses Art. 46 - Em razo da matria de sua competncia, so atribuies das Comisses: I - apresentar proposies Cmara Municipal; II - discutir e dar parecer, atravs do voto da maioria dos seus membros, s proposies a elas submetidas; III - realizar audincias pblicas com entidades da sociedade civil; IV - receber peties, reclamaes, representaes ou queixas de qualquer pessoa contra atos ou omisses das autoridades pblicas; V - colher depoimentos de qualquer autoridade ou cidado. Comisso Representativa Art. 47 - No segundo perodo de cada sesso legislativa eleger-se- uma Comisso representativa da Cmara Municipal, composta de trs membros, que ter por atribuio dar continuidade aos seus trabalhos no perodo de recesso parlamentar.

1 - A Comisso representativa ser eleita em escrutnio secreto, por chapa, observadas, no que couber, as disposies da Lei Orgnica e do regimento interno da Cmara Municipal pertinentes eleio da Mesa Diretora. 2 - A Comisso representativa se instalar no dia subseqente ao dia da eleio e escolher por maioria de votos seus Presidente, Vice-Presidente e Secretrio. 3- As atribuies da Comisso representativa e as normas relativas ao seu funcionamento sero definidas pelo regimento interno da Cmara Municipal. 4 - Exclui-se das atribuies a serem conferidas Comisso representativa, nos termos do pargrafo anterior, a competncia para legislar. Comisso de Inqurito Art. 48 - As comisses parlamentares de inquritos tero poderes de investigao prprios das autoridades judiciais, alm de outros previstos no regimento da Cmara Municipal, e sero criadas mediante requerimento de um tero de seus membros para apurao de fato determinado e por prazo certo, no superior a 180 (cento e oitenta) dias. 1 - O ato de criao de comisso parlamentar de inqurito: a) especificar o fato objeto da investigao e definir os poderes delegados comisso; b) fixar o prazo da comisso, que poder ser prorrogado pela metade uma nica vez. 2 - As comisses parlamentares de inqurito esto sujeitas aos seguintes princpios: a) a investigao no poder ser estendida a fato estranho ao especificado no ato de criao da comisso, salvo mediante aditamento desse ato; b) vedada a investigao de negcios privados, salvo quando envolverem recursos ou servios pblicos municipais; c) dever da comisso tratar com urbanidade as pessoas convocadas para depor ou prestar esclarecimentos; d) vedado a imputao de fato que possa constituir ilcito pessoa que no tenha sido convocada para depor perante comisso. 3 - O ato de aditamento est sujeito ao mesmo quorum de aprovao do ato de criao da comisso. 4 - As concluses de comisso parlamentar de inqurito sero, quando for o caso, encaminhadas ao Ministrio Pblico, para que promova a responsabilidade civil ou criminal dos infratores.

Seo II Processo Legislativo Disposies Preliminares Art. 49 - O processo legislativo compreende a elaborao de: I - emendas Lei Orgnica; II - leis complementares; III - leis ordinrias; IV - leis delegadas; V - decretos legislativos; VI - resolues. 1 - Lei complementar dispor sobre a elaborao, redao, alterao e consolidao das leis municipais.

2 - Sobrevindo legislao complementar federal ou estadual dispondo diferentemente, a lei complementar municipal ser a ela adaptada no prazo de trinta dias, sob pena de automtica suspenso de seus dispositivos que contrariem a legislao federal ou estadual. Emendas Lei Orgnica Art. 50 - A Lei Orgnica poder ser emendada mediante proposta: I - de um tero, no mnimo, dos membros da Cmara Municipal; II - do Prefeito; III - da populao, subscrita por cinco por cento do eleitorado do Municpio, registrado na ltima eleio, com dados dos respectivos ttulos de eleitores. 1 - A Lei Orgnica no poder ser emendada na vigncia de interveno estadual, de estado de defesa ou de estado de stio. 2 - A proposta de emenda ser discutida e votada em dois turnos, com intervalo de dez dias, e considerada aprovada se obtiver, em cada um dos turnos, dois teros dos votos dos membros da Cmara Municipal. 3 - A emenda Lei Orgnica ser promulgada pela Mesa Diretora, com o respectivo nmero. 4 - No ser objeto de deliberao a proposta de emenda tendente a: a) arrebatar ao Municpio qualquer poro de seu territrio; b) abolir a autonomia do Municpio; c) alterar a denominao do Municpio, salvo para adoo da denominao de Municpio de Carapebus. 5 - A matria constante de proposta de emenda Lei Orgnica rejeitada ou havida por prejudicada no pode ser objeto de nova proposta na mesma sesso legislativa. Iniciativa Legislativa Art. 51 - A iniciativa das leis complementares e ordinrias cabe a qualquer membro ou comisso da Cmara Municipal, ao Prefeito e aos cidados, nos casos e na forma previstos nesta Lei Orgnica. Leis Complementares Art. 52 - As leis complementares sero aprovadas por maioria absoluta, em dois turnos, com intervalo de quarenta e oito horas, e recebero numerao distinta das leis ordinrias. Pargrafo nico - So leis complementares, entre outras previstas nesta Lei Orgnica: a) Cdigo Tributrio; b) Cdigo de Obras e Edificaes; c) Cdigo de Posturas d) Cdigo de Saneamento; e) Plano Diretor do Municpio; f) Lei de Uso de Solo; g) Lei Orgnica da Guarda Municipal. h) Lei Instituidora do Regime Jurdico dos Servidores Municipais. Matrias de Iniciativa do Executivo Art. 53 - So de iniciativa privativa do Prefeito as leis que disponham sobre as seguintes matrias: I - quantitativos de cargos, empregos e funes pblicas na administrao municipal, ressalvado o disposto no art. 40, Inciso II desta Lei Orgnica;

II - criao de cargos, funes ou empregos pblicos na administrao direta e autrquica, ou aumento ou reajuste de sua remunerao; III - criao, extino e definio de estrutura e atribuies das secretarias e rgos de administrao direta, indireta e fundacional; IV - concesso de subveno ou auxlio, ou que, de qualquer modo, aumentem a despesa pblica; V - regime jurdico dos servidores municipais. 1 - A iniciativa privativa do Prefeito na proposio de leis no elide o poder de emenda da Cmara Municipal. 2 - A sano do Prefeito no convalida a iniciativa da Cmara Municipal nas proposies enunciadas neste artigo. Vedao de Aumento de Despesa Art. 54 - Nos projetos de iniciativa exclusiva do Prefeito no ser admitido aumento de despesa prevista, ressalvados os casos em que: I - sejam compatveis com o plano plurianual de investimentos e com a lei de diretrizes oramentrias; II - indiquem os recursos necessrios, admitidos apenas os provenientes de anulao de despesas, excludas as que incidam sobre: a) cotaes para pessoal e seus encargos; b) servio da dvida ativa; c) transferncias tributrias para autarquias e fundaes institudas ou mantidas pelo Poder Pblico; d) convnios, projetos, contratos e acordos feitos com o Estado, a Unio e rgos internacionais cujos recursos tenham destinao especfica. Pargrafo nico - Nos projetos que impliquem despesas, a Mesa Diretora e o Prefeito encaminharo com a proposio demonstrativos do montante das despesas e suas respectivas parcelas. Urgncia de Projeto Art. 55 - O Prefeito poder solicitar urgncia para a apreciao de projetos de sua iniciativa. 1 - Se a Cmara Municipal no se manifestar em at quarenta e cinco dias sobre a proposio, ser esta includa na ordem do dia, sobrestando-se a deliberao quanto aos demais assuntos, para que se ultime a votao. 2 - O prazo do pargrafo anterior no corre nos perodos de recesso da Cmara Municipal, nem se aplica aos projetos de cdigo ou de alterao de codificao. Novo Projeto de Lei Art. 56 - A matria constante de projeto de lei rejeitado somente poder constituir objeto de novo projeto, na mesma sesso legislativa, mediante proposta da maioria absoluta dos membros da Cmara Municipal. 1 - Inclui-se no disposto do caput deste artigo as proposies de iniciativa do Prefeito. 2 - O projeto que receber, quanto ao mrito, parecer contrrio de todas as comisses, a que tiver sido submetido, tido como rejeitado. 3 - Os projetos que criem, alterem ou extingam cargos nos servios da Cmara Municipal e fixem ou modifiquem a respectiva remunerao sero votados em dois turnos, com intervalo mnimo de quarenta e oito horas entre ambos.

4 - Os projetos de lei com prazo de apreciao, assim como vetos, devero constar obrigatoriamente da ordem do dia, independente de parecer das comisses, para discusso e votao, pelo menos nas trs ltimas sesses antes do trmino do prazo. 5 - Nos dois ltimos dias da sesso legislativa, a Cmara Municipal aprovar apenas redaes finais. Leis Delegadas Art. 57 - As leis delegadas sero elaboradas pelo Prefeito, que dever solicitar delegao Cmara Municipal. 1 - No sero objeto de delegao ato de competncia exclusiva da Cmara Municipal, matria reservada lei complementar e legislao sobre: I - matria tributria; II - diretrizes oramentrias, oramentos, operaes de crdito e dvida pblica municipal; III - aquisio e alienao de bens imveis; IV - desenvolvimento urbano, zoneamento e edificaes, uso e parcelamento do solo e licenciamento e fiscalizao de obras em geral; V - localizao, instalao e funcionamento de estabelecimentos industriais, comerciais e de servios, bem como seus horrios de funcionamento; VI - meio ambiente. 2 - A delegao ao Prefeito ter a forma de decreto legislativo da Cmara Municipal, que especificar seu contedo e os termos de seu exerccio. 3 - A delegao dever ser exercida no prazo fixado no decreto, quando for o caso. 4 - Se o decreto legislativo determinar a apreciao de projeto pela Cmara Municipal, esta o far em votao nica, vedada qualquer emenda;. 5 - Na hiptese do pargrafo anterior, a aprovao dar-se- por maioria absoluta. Decretos Legislativos Art. 58 - Os decretos legislativos se destinam a regular, entre outras, as seguintes matrias de exclusiva competncia da Cmara Municipal que tenham efeito externo: I - concesso de licena ao Prefeito e ao Vice-Prefeito para afastamento do cargo ou ausncia do Municpio por mais de quinze dias, ou para fora do pas por qualquer perodo; II - convocao de Secretrio Municipal para prestar informaes sobre matria de sua competncia; III - aprovao ou rejeio das contas do Municpio; IV - aprovao de lei delegada; V - modificao da estrutura e dos servios da Cmara Municipal; VI - formalizao de resultado de plebiscito na forma do art. 63 e seu 3 desta Lei Orgnica; VII - ttulos honorficos; VIII - fixao da remunerao do Prefeito e Vice-Prefeito. Resolues da Cmara Art. 59 - As resolues da Cmara Municipal se destinam a regular matrias de sua administrao interna e, nos termos desta Lei Orgnica, de seu processo legislativo. 1 - Dividem-se as Resolues da Cmara Municipal em: a) resolues da Mesa Diretora, dispondo sobre matria de sua competncia, na forma dos artigos 39 e 40 desta Lei Orgnica; b) resolues do Plenrio.

2 - As resolues do Plenrio podem ser propostas por Vereador ou comisso. Deliberaes Art. 60 - As deliberaes da Cmara Municipal passaro por trs discusses, excetuando-se os requerimentos, indicaes e moes que tero votao nica. Sano e Veto do Prefeito Art. 61 - Concluda a votao do projeto de lei, a Cmara Municipal no prazo de 10 (dez) dias o enviar ao Prefeito, que, aquiescendo, o sancionar. 1 - Se considerar o projeto, no todo ou em parte, inconstitucional ou contrrio ao interesse pblico, o Prefeito vet-lo- total ou parcialmente, no prazo de quinze dias, contados da data do recebimento, e comunicar ao Presidente da Cmara Municipal, dentro de quarenta e oito horas, os motivos do veto. 2 - O veto parcial somente abranger texto integral de artigo, de pargrafo, de inciso, de alnea ou de item. 3- Decorrido o prazo de quinze dias, o silncio do Prefeito importar sano. 4 - O veto ser apreciado pela Cmara Municipal dentro de trinta dias a contar do seu recebimento e s poder ser rejeitado pelo voto da maioria absoluta dos Vereadores, em escrutnio secreto. 5 - Se o veto no for mantido, o projeto ser enviado ao Prefeito para promulgao. 6 - Esgotado sem deliberao o prazo estabelecido no 4, o veto ser colocado na ordem do dia da sesso imediata, sobrestadas as demais proposies, at sua votao final. 7 - Se a lei no for promulgada dentro de quarenta e oito horas pelo Prefeito, nos casos dos 3 e 5, o Presidente da Cmara a promulgar; se este no o fizer em igual prazo, caber ao Vice-Presidente da Cmara Municipal faz-lo. 8 - Se a sano for negada quando estiver finda a sesso legislativa, o Presidente da Cmara Municipal publicar o veto no rgo oficial do Municpio. Iniciativa Popular Art. 62 - A iniciativa popular ser exercida pela apresentao Cmara Municipal de projeto de lei subscrito por cinco por cento, no mnimo, do eleitorado do Municpio. Plebiscito Art. 63 - Mediante proposio devidamente fundamentada de dois tero dos Vereadores ou de cinco por cento dos eleitores do Municpio, e com aprovao da maioria absoluta dos membros da Cmara Municipal, ser submetida a plebiscito questo relevante para os destinos do Municpio. 1 - A votao ser organizada pelo Tribunal Regional Eleitoral, no prazo de trs meses aps a aprovao da proposta, assegurando-se formas de publicidade gratuita para os partidrios e os opositores da proposio. 2 - Sero realizadas, no mximo, duas consultas plebiscitrias por ano, admitindo-se at cinco proposies por consulta, sendo vedada a sua realizao nos quatro meses que antecederem realizao de eleies municipais, estaduais e nacionais. 3 - O Tribunal Regional Eleitoral proclamar o resultado do plebiscito, que ser considerado como deciso definitiva sobre a questo proposta e formalizado em decreto legislativo, nas quarenta e oito horas subseqentes proclamao. 4 - A proposio que j tenha sido objeto de plebiscito somente poder ser apresentada com intervalo mnimo de trs anos.

5 - O Municpio assegurar ao Tribunal Regional Eleitoral os recursos humanos necessrios realizao das consultas plebiscitrias.

Seo III Vereadores Inviolabilidade Art. 64 - Os Vereadores so inviolveis por suas opinies, palavras e votos no exerccio do mandato e na circunscrio do Municpio. 1 - Desde a expedio do diploma, os Vereadores no podero ser presos salvo em flagrante de crime inafianvel. 2 - Os Vereadores no sero obrigados a testemunhar sobre informaes recebidas ou prestadas em razo do exerccio do mandato, nem sobre as pessoas que lhes confiaram ou deles receberam informaes. 3 - Poder o Vereador, mediante licena da Cmara Municipal, desempenhar misses temporrias de carter diplomtico ou cultural. 4 - As imunidades dos Vereadores subsistiro durante estado de sitio, s podendo ser suspensas mediante o voto de dois teros dos membros da Cmara Municipal, no caso de atos praticados fora de seu recinto, que sejam incompatveis com a execuo da medida. Livre Acesso Art. 65 - No exerccio de seu mandato, o Vereador ter livre acesso s reparties pblicas municipais e a reas sob jurisdio municipal onde se registre conflito ou o interesse pblico esteja ameaado. 1 - O Vereador poder diligenciar, inclusive com acesso a documentos, junto a rgos da administrao pblica direta, indireta e fundacional, devendo ser atendido pelos respectivos responsveis, na forma da lei. 2 - O Vereador dever manter sigilo das informaes e elementos obtidas pelo exerccio do direito previsto neste artigo, somente podendo us-las perante Cmara Municipal e suas comisses. Vedaes Art. 66 - Os Vereadores no podero: I - desde a expedio do diploma: a) firmar ou manter contrato com pessoa jurdica de direito pblico, autarquia, empresa pblica, sociedade de economia mista ou empresa concessionria ou permissionria de servio pblico, salvo no caso de contrato de adeso; b) aceitar ou exercer cargo, funo ou emprego remunerado, inclusive os demais de que sejam demissveis sem causa justificada, nas entidades constantes da alnea anterior; II - desde a posse: a) ser proprietrios, controladores, administradores, conselheiros ou mandatrios de empresa que mantenha contrato com pessoa jurdica de direito pblico, ou nela exercer funo remunerada; b) ocupar cargo ou funo de que sejam demissveis sem causa justificada, nas entidades referidas na alnea a do inciso I, sem que haja compatibilidade de horrio; c) patrocinar causa que seja interessada qualquer das entidades a que se refere na aliena a do inciso I, deste artigo; d) ser titulares de mais de um cargo ou mandato pblico eletivo.

Perda do Mandato Art. 67 - Perder o mandato o Vereador: I - que infringir qualquer das proibies estabelecidas no artigo anterior; II - cujo procedimento for declarado incompatvel com o decoro parlamentar; III - que deixar de comparecer, em cada sesso legislativa, tera parte das sesses ordinrias, salvo licena ou misso autorizada pela Mesa Diretora da Cmara Municipal: a) a justificao das faltas far-se- por ofcio fundamentado ao Presidente da Cmara Municipal. IV - que perder ou tiver suspensos os direitos polticos; V - quando o decretar a Justia Eleitoral, nos casos previstos na Constituio da Repblica; VI - que sofrer condenao criminal em sentena transitada em julgado; VII - que se utilizar do mandato para prtica de atos de corrupo ou de improbidade administrativa. 1 - incompatvel com o decoro parlamentar, alm dos casos definidos no regimento interno, o abuso das prerrogativas asseguradas a membros da Cmara Municipal ou a percepo de vantagens indevidas. 2 - Nos casos dos incisos I, II, VI e VII, deste artigo, a perda do mandato ser decidida pela Cmara Municipal, pelo voto secreto de dois teros dos seus membros, mediante provocao da Mesa Diretora, de partido poltico com representao na Casa ou de um tero dos Vereadores, assegurada ampla defesa. 3 - Nos casos previstos nos incisos III, IV e V, a perda ser declarada pela Mesa, de ofcio ou mediante provocao de qualquer dos Vereadores ou de partido poltico representado na Cmara Municipal, assegurada ampla defesa. 4 - No perder o mandato o Vereador: a) investido no cargo de Secretrio Municipal ou Diretor de rgo da Administrao Pblica Direta ou Indireta do Municpio; investido no cargo de Ministro de Estado, Secretrio Estadual, Secretrio do Distrito Federal, Secretrio da Prefeitura da Capital ou Chefe de Misso Diplomtica, podendo optar pela remunerao do mandato sendo o nus sob a responsabilidade do rgo em que assumir o cargo; b) em gozo de licena-natalina ou licenciado por motivo de doena, ou para tratar, sem remunerao, de interesse particular, desde que, neste caso, o afastamento no ultrapasse cento e vinte dias por sesso legislativa. 5- O suplente ser convocado nos casos de vaga, de investidura nos cargos ou funes previstas neste artigo ou de licena superior a cento e vinte dias. 6 - Ocorrendo vaga e no havendo suplente, far-se- eleio para preench-la se faltarem mais de quinze meses para o trmino do mandato. 7- Na hiptese da alnea a do 4, deste artigo, o pedido de licena do Vereador ser aplicado e votado pelo Plenrio, nos termos em que o Regimento Interno dispuser, estando o requerimento acompanhado do Ato de sua nomeao. 8 - Ocorrendo a hiptese de licena por doena prevista na alnea b do pargrafo 4, deste artigo, a solicitao dever ser requerida acompanhada de laudo mdico, assinado por mdico especialista, garantida a remunerao do mandato: a) os pedidos de licena se daro no Expediente das Sesses, atravs de requerimento; b) a proposio ter preferncia sobre qualquer outra matria, e somente poder ser rejeitada pelo voto de 2/3 (dois teros) dos vereadores presentes. 9 - A renncia do Vereador far-se- por ofcio de prprio punho dirigido Cmara Municipal, com firma reconhecida, reputando-se aberta a vaga a partir da sua protocolizao.

Remunerao Art. 68 - A remunerao dos Vereadores, Prefeito e Vice-Prefeito, ser fixada em cada legislatura para a subseqente, pela Cmara Municipal, observado o disposto no Artigo 29, V, VI e VII, da Constituio Federal. 1 - A remunerao dos Vereadores ser composta de: I - parte fixa, ser de 60% (sessenta por cento) da remunerao fixada no caput deste Artigo, que corresponde ao exerccio do mandato; II - parte varivel, ser de 40% (quarenta por cento) da remunerao fixada no caput deste Artigo compondo-se de 08 (oito) parcelas unitrias, correspondendo a igual nmero de sesses ordinrias cuja realizao prevista regimentalmente: a) cada uma das parcelas que compem a parte varivel do subsdio ser devida ao Vereador por sesso ordinria a que efetivamente comparecer, tomando parte nas votaes; b) no prejudicaro o pagamento das parcelas componentes da parte varivel da remunerao, a ausncia de matria a ser votada, a no realizao da sesso por falta de quorum, relativamente aos Vereadores presentes, e o recesso parlamentar. 2 - Por sesso extraordinria no perodo ordinrio, at o mximo de 04 (quatro) por ms, os Vereadores recebero 1/30 (hum trinta avos) do valor fixados nos termos deste artigo. 3 - Em nenhuma hiptese poder ser remunerada mais de uma sesso extraordinria por dia, qualquer que seja a natureza. 4 - Por sesso extraordinria nos perodos de recesso parlamentar, a remunerao de 1/30 (hum trinta avos) do valor fixado nos termos desta Lei Orgnica Municipal, ser paga por dia a partir da data do Ato convocatrio do Presidente, at a definio pelo Plenrio da Cmara da matria que motivou a convocao. 5 - Ao Prefeito Municipal e aos Vereadores em pleno exerccio de seus mandatos, ser devido 02 (duas) parcelas de Ajuda de Custo correspondente cada uma o equivalente ao fixado nos termos deste artigo, sendo a primeira a ser paga at o dia 30 (trinta) de maro e a segunda at 30 (trinta) de novembro de cada ano, a ttulo indenizatrio. 6 - Os recursos a que se refere o 5 deste artigo, corresponde exclusivamente a Ajuda de Custo para despesas de: Auxilio transporte; Auxlio comunicao; Auxlio para encargos gerais de gabinete; Auxlio para impresso, publicao, jornais e legislaes e Auxlio para materiais de expedientes, dispensado o Vereador da prestao de contas. 7 - Ao Presidente da Cmara, ao Prefeito Municipal e ao Vice-Prefeito, em exerccio efetivo do Cargo, ser destinado Verba de Representao a ser fixada nos termos deste artigo, dispensado da prestao de contas. 8 - Caber a cada Vereador e ao Prefeito e Vice-Prefeito o 13 (dcimo terceiro) salrio. Seo IV Fiscalizao Contbil, Financeira e Oramentria Natureza e Formas de Fiscalizao Art. 69 - A fiscalizao contbil, financeira, oramentria, operacional e patrimonial do Municpio e das entidades da administrao direta, indireta e fundacional quanto legalidade, legitimidade, economicidade, razoabilidade, aplicao das subvenes e renncias de receitas, ser exercida pela Cmara Municipal, mediante controle externo e pelos sistemas de controle interno de cada Poder, institudos em lei.

Pargrafo nico - O controle externo da Cmara Municipal ser exercido com o auxlio do Tribunal de Contas do Estado e compreender apreciao das contas do Poder Executivo e da Mesa da Cmara, o acompanhamento das atividades financeiras e oramentrias e o julgamento das contas dos administradores e responsveis por bens e recursos pblicos. Dever de Prestar Contas Art. 70 - Prestar contas qualquer pessoa fsica ou entidade pblica que utilize, arrecade, guarde, gerencie ou administre dinheiro, bens e valores pblicos ou pelos quais o Municpio responda, ou que, em nome deste, assuma obrigaes de natureza pecuniria. 1 - A Comisso de Finanas, Oramento e Licitao da Cmara Municipal, diante de indcios de despesas no autorizadas, ainda que sob forma de investimentos no programados ou de subsdios no aprovados, poder solicitar autoridade governamental responsvel que, no prazo de cinco dias, preste os esclarecimentos necessrios. 2 - As contas relativas aplicao de recursos transferidos pela Unio ou pelo Estado sero prestadas na forma da Legislao federal ou estadual, podendo o Municpio suplement-la por lei, sem prejuzo de sua incluso na prestao anual de contas. CAPTULO II Poder Executivo Seo I Prefeito e Vice-Prefeito Exerccio do Poder Executivo Art. 71 - O Poder Executivo exercido pelo Prefeito, auxiliado pelos Secretrios Municipais. Eleio do Prefeito e Vice-Prefeito Art. 72 - O Prefeito e o Vice-Prefeito sero eleitos simultaneamente dentre brasileiros maiores de vinte e um anos e no exerccio de seus direitos polticos, na forma da legislao. Prazo dos Mandatos Art. 73 - Os mandatos do Prefeito e do Vice-Prefeito sero de quatro anos, e tero incio em 1 de janeiro do ano seguinte ao da sua eleio. Pargrafo nico - O Prefeito e quem o houver sucedido ou substitudo no curso do mandato poder ser reeleito, nos termos e de acordo com as artigos 14, 5 e 29, II da Constituio da Repblica com a redao que lhes foi dada pela Emenda Constitucional n 16 de 4 de junho de 1997. Posse do Prefeito e do Vice-Prefeito Art. 74 - O Prefeito e o Vice-Prefeito tomaro posse em sesso da Cmara Municipal, prestando o seguinte compromisso: PROMETO MANTER, DEFENDER E CUMPRIR A CONSTITUIO DA REPBLICA, A CONSTITUIO DO ESTADO E A LEI ORGNICA DO MUNICPIO, OBSERVAR AS LEIS, PROMOVER O BEM GERAL DO POVO CARAPEBUENSE E SUSTENTAR A UNIO, A INTEGRIDADE E A AUTONOMIA DO MUNICPIO.

1 - Se, decorridos dez dias da data fixada para a posse, o Prefeito ou o Vice-Prefeito, salvo motivo de fora maior, no tiver assumido o cargo, este ser declarado vago. 2 - No ato da posse, o Prefeito e o Vice-Prefeito apresentaro declarao de bens, includos os do cnjuge, repetida anualmente, em data coincidente com o da apresentao de declarao para fins de imposto de renda. Substituio do Prefeito Art. 75 - Substituir o Prefeito, no caso de impedimento, e suceder-lhe-, no de vaga, o Vice-Prefeito. 1 - O Vice-Prefeito, alm de outras atribuies que lhe forem conferidas por lei complementar, auxiliar o Prefeito sempre que for por ele convocado para misses especiais. 2 - livre o exerccio do cargo de Secretrio Municipal pelo Vice-Prefeito, que optar pela remunerao de um dos cargos. Impedimento Art. 76 - Em caso de impedimento do Prefeito e do Vice-Prefeito, ou de vacncia dos respectivos cargos, sero sucessivamente chamados para o exerccio da Prefeitura o Presidente e o Vice-Presidente da Cmara Municipal. Vaga e Cargo Art. 77 - Vagando o cargo de Prefeito, far-se- eleio noventa dias depois de aberta a ltima vaga. 1 - Ocorrendo vacncia nos ltimos doze meses do mandato, a eleio ser realizada trinta dias depois da ltima vaga, pela Cmara Municipal, na forma da legislao. 2- Em qualquer dos casos, os eleitos devero completar o mandato de seus antecessores. Residncia Art. 78 - O Prefeito e o Vice-Prefeito residiro no Municpio. 1 - O Prefeito e o Vice-Prefeito no podero ausentar-se do Municpio por mais de quinze dias consecutivos, nem do territrio nacional por qualquer prazo, sem prvia autorizao da Cmara Municipal, sob pena de perda do mandato. 2 - Tratando-se de viagem oficial, o Prefeito ou o Vice-Prefeito, no prazo de quinze dias a partir da data do retorno, enviar Cmara Municipal relatrio sobre os resultados da viagem. Atribuies do Prefeito Art. 79 - Compete privativamente ao Prefeito: I - nomear e exonerar os Secretrios Municipais, o Procurador-Geral do Municpio e os dirigentes dos rgos da administrao direta, indireta e fundacional; II - exercer, com auxlio dos Secretrios Municipais, a direo superior da administrao municipal; III - iniciar o processo legislativo na forma e nos casos previstos nesta Lei Orgnica; IV - sancionar e fazer publicar as leis, bem como expedir decretos e regulamentos para sua fiel execuo; V - vetar projetos de lei, total ou parcialmente; VI - dispor sobre a organizao e o funcionamento da administrao municipal, na forma da lei;

VII - celebrar acordos, convnios, ajustes e outros instrumentos jurdicos e delegar competncia aos Secretrios Municipais para faz-lo, quando cabvel; VIII - remeter mensagem e plano de governo Cmara Municipal por ocasio da abertura da sesso legislativa, expondo a situao do Municpio e solicitando as providncias que julgar necessrias; IX - enviar Cmara Municipal o projeto de lei de diretrizes oramentrias, o oramento plurianual de investimentos e as demais propostas de oramento previstas nesta Lei Orgnica; X - enviar Cmara Municipal os projetos de planos setoriais, regionais e locais, conforme o disposto nesta Lei Orgnica; XI enviar a Cmara Municipal e fazer publicar at o dia 20 de cada ms, o Balancete mensal das receitas e das Despesas por categorias econmicas do Poder Executivo Municipal: a) os Boletins das Despesas dos Balancetes mensais contero: 1 nmero e data dos Processos Administrativos; 2 nmero e data dos Empenhos das despesas; 3 nmero e data das Ordens de Pagamentos; 4 especificao dos servios ou compras; 5 nome do credor favorecido. XII - prestar, anualmente, Cmara Municipal, dentro de sessenta dias aps a abertura da sesso legislativa, as contas referentes ao exerccio anterior; XIII - prover os cargos pblicos municipais, na forma da lei; XIV - autorizar a contratao e a dispensa de pessoal da administrao indireta e fundacional, na forma da lei; XV - demitir funcionrios pblicos, na forma da lei; XVI - prestar Cmara Municipal, dentro de trinta dias, as informaes por ela solicitadas, podendo o prazo ser prorrogado por igual perodo, em face da complexidade da matria ou da dificuldade de obteno dos dados solicitados; XVII - fixar as tarifas dos servios pblicos municipais concedidos ou permitidos, observado o disposto em lei complementar; XVIII - solicitar auxlio de foras policiais para garantir o cumprimento de seus atos; XIX - contrair emprstimos internos e externos autorizados pela Cmara Municipal, observado o disposto na legislao federal; XX - autorizar a aquisio, a alienao e a utilizao de bens pblicos municipais, observado o disposto nesta Lei Orgnica; XXI - decretar calamidade pblica quando ocorrerem fatos que a justifiquem; XXII - decretar, nos termos da lei, desapropriao por interesse social e utilidade pblica; XXIII - representar o Municpio em juzo, atravs da Procuradoria-Geral do Municpio ou do rgo que exercer a funo da Procuradoria-Geral; XXIV - convocar extraordinariamente a Cmara Municipal; XXV - exercer outras atribuies previstas nesta Lei Orgnica. Delegao de Atribuio Art. 80 - O Prefeito poder delegar as atribuies mencionadas no inciso XIII do artigo anterior aos Secretrios Municipais e ao Procurador-Geral do Municpio. Divulgao de Contas Art. 81 - A prestao de contas de que trata o artigo 79, XII, ser divulgada no rgo oficial de imprensa do municpio, ou jornal de circulao local, at 05 de abril de cada ano.

Aplicaes Financeiras Art. 82 - Compete ao Prefeito autorizar aplicaes, no mercado aberto, dos recursos pblicos disponveis no mbito do Poder Executivo. 1 - As aplicaes de que trata este artigo far-se-o prioritariamente em ttulos da dvida pblica do Municpio ou de responsabilidade do Estado do Rio de Janeiro, ou de suas instituies financeiras, ou em outros ttulos de dvida pblica, sempre por intermdio de instituies financeiras oficiais. 2 - As aplicaes referidas no pargrafo anterior no podero ser realizadas em detrimento da execuo oramentria programada e do andamento de obras ou do funcionamento de servios pblicos, nem determinar atraso no processo de pagamento da despesa pblica, conta dos mesmos recursos. 3 - O resultado das aplicaes efetuadas na forma deste artigo ser levado conta do Tesouro Municipal. Dvida Fundada Art. 83 - No caso de no pagamento por seu antecessor, sem motivo de fora maior, por dois anos consecutivos, da dvida fundada do Municpio, o Prefeito solicitar auditoria ao Tribunal de Contas do Estado, dentro de noventa dias aps sua investidura no cargo, a fim de evitar a interveno estadual, na forma do art. 35, I, da Constituio da Repblica e do art. 355, pargrafo nico, da Constituio do Estado. 1 - Comprovado o fato ou a conduta prevista no art. 35, I, II, III e IV, da Constituio da Repblica, a Cmara Municipal poder requerer ao Governador a interveno no Municpio, por deciso de dois teros dos seus membros. 2 - Sem sacrifcio da competncia do Governador, cabe Cmara Municipal apreciar os atos do interventor por ele nomeado. Crimes de Responsabilidade Art. 84 - So crimes de responsabilidade os atos do Prefeito que atentem contra a Constituio da Repblica, a Constituio do Estado, a Lei Orgnica do Municpio e, especialmente, contra: I - a existncia da Unio, do Estado ou do Municpio; II - o livre exerccio do Poder Legislativo; III - o exerccio dos direitos polticos, individuais e sociais; IV - a segurana interna do Pas, do Estado ou do Municpio; V - a probidade na administrao; VI - a lei oramentria; VII - o cumprimento das leis e das decises judiciais. Pargrafo nico - As normas de processo e julgamento, bem como a definio desses crimes, so as estabelecidas pela legislao federal. Julgamento do Prefeito Art. 85 - Admitida a acusao contra o Prefeito, por dois teros da Cmara Municipal, ser ele submetido a julgamento pelo Tribunal de Justia do Estado, nas infraes penais comuns e nos crimes de responsabilidade. 1 - O Prefeito ficar suspenso de suas funes: I - nas infraes penais comuns, se recebida a denncia ou queixa-crime pelo Tribunal de Justia do Estado; II - nos crimes de responsabilidade, aps a instaurao do processo pela Cmara Municipal.

2 - Se, decorrido o prazo de cento e oitenta dias, o julgamento no estiver concludo, cessar o afastamento do Prefeito, sem prejuzo do regular andamento do processo. 3 - Enquanto no sobrevier sentena condenatria nas infraes comuns, o Prefeito no estar sujeito priso. 4 - O Prefeito, na vigncia do seu mandato, no pode ser responsabilizado por atos estranhos ao exerccio de suas funes. Infraes Poltico-Administrativas Art. 86 - So infraes poltico-administrativas do Prefeito aquelas definidas em lei federal e tambm: I - deixar de fazer declarao de bens, nos termos do art. 74, 2 desta Lei Orgnica; II - impedir o livre e regular funcionamento da Cmara Municipal; III - deixar de repassar, no prazo devido, o duodcimo da Cmara Municipal; IV - impedir o exame de livros folhas de pagamento ou documentos que devam ser do conhecimento da Cmara Municipal ou constar dos arquivos desta, e a verificao de obras e servios por comisses de investigao da Cmara Municipal e suas comisses permanentes, assim como de auditorias regularmente constitudas; V - retardar a publicao ou deixar de publicar leis e atos sujeitos a essa formalidade; VI - deixar de enviar Cmara Municipal, no prazo devido, os projetos de lei relativos ao plano plurianual de investimentos, s diretrizes oramentrias e ao oramento anual; VII - descumprir o oramento aprovado para o exerccio financeiro; VIII - praticar pessoalmente ato contra expressa disposio de lei, ou omitir-se na prtica daqueles de sua competncia; IX - deixar de prestar contas nos termos dos Incisos XI e XII e XVI do artigo 79 desta Lei Orgnica; X - omitir-se ou negligenciar na defesa de dinheiro, bens, rendas, direitos ou interesses do Municpio, sujeitos administrao da Prefeitura; XI - ausentar-se do Municpio, por tempo superior ao permitido nesta Lei Orgnica, sem obter licena da Cmara Municipal; XII - proceder de modo incompatvel com a dignidade e o decoro do cargo. Pargrafo nico - Sobre o Vice-Prefeito, ou quem vier a substituir o Prefeito, incidem as infraes poltico-administrativas de que trata este artigo, sendo-lhe aplicvel o processo pertinente, ainda que cessada a substituio. Apurao de Responsabilidade do Prefeito Art. 87 - A apurao da responsabilidade do Prefeito, do Vice-Prefeito e de quem vier a substitu-lo, na hiptese do pargrafo nico do artigo anterior, ser promovida nos termos da legislao federal, desta Lei Orgnica e do regimento interno da Cmara Municipal, observando-se: I - a iniciativa da denncia por qualquer vereador; II - o recebimento da denncia por dois teros dos membros da Cmara Municipal; III - a garantia de amplo direito de defesa e acompanhamento de todos os atos do procedimento; IV - a concluso do processo em at noventa dias a contar do recebimento da denncia, findos os quais o processo ser includo na ordem do dia, sobrestando-se deliberao quanto a qualquer outra matria; V - a perda do mandato pelo voto favorvel de dois teros dos membros da Cmara Municipal.

Suspenso do Mandato Art. 88 - Nos crimes comuns, nos de responsabilidade e nas infraes polticoadministrativas, facultado Cmara Municipal, uma vez recebida a denncia pela autoridade competente, suspender o mandato do Prefeito, pelo voto de dois teros dos seus membros. Perda de Mandato Art. 89 - O Prefeito perder o mandato: I - por extino, quando: a) perder ou tiver suspensos seus direitos polticos; b) o decretar a Justia Eleitoral; c) sentena definitiva o condenar por crime de responsabilidade; d) assumir outro cargo ou funo na administrao pblica direta, indireta ou fundacional, ressalvada a posse em virtude de concurso pblico; II - por cassao, quando: a) sentena definitiva o condenar por crime comum; b) incidir em infrao poltico-administrativa, nos termos do art. 86. Transio Administrativa Art. 90 - Antes do trmino da ltima sesso legislativa e logo aps a divulgao pelo Tribunal Regional Eleitoral dos resultados das eleies municipais, o Presidente da Mesa Diretora da Cmara Municipal elaborar relatrio a ser entregue ao seu sucessor pela Diretoria-Geral de Administrao da Cmara Municipal. Pargrafo nico - O relatrio a que se refere este artigo dever conter, entre outros dados: a) relao detalhada das dvidas contradas pela Cmara Municipal, com identificao dos credores, explicitao das respectivas datas de vencimento e das condies de amortizao da dvida; b) receita e despesa previstas para o exerccio; c) quadro do quantitativo de pessoal da Cmara Municipal, por unidade administrativa, e dos cargos e funes de confiana; d) inventrio dos bens mveis, imveis e semoventes sob administrao da Cmara Municipal; e) projetos de lei em tramitao que tenham relevncia especial para a administrao municipal; f) projetos de lei enviados ao Prefeito e respectivos prazos para pronunciamento deste.

Seo II Auxiliares Diretos do Prefeito

Subseo I Dos Secretrios Municipais e suas Atribuies Nomeao e Atribuies Art. 91 - Os Secretrios Municipais sero escolhidos dentre brasileiros maiores de vinte e um anos e no exerccio dos direitos polticos.

Pargrafo nico - Compete ao Secretrio Municipal, alm de outras atribuies previstas nesta Lei Orgnica e na lei: I - exercer a orientao, coordenao e superviso dos rgos e entidades da administrao municipal na rea de sua competncia e referendar os atos e decretos assinados pelo Prefeito; II - expedir instrues para a execuo das leis, decretos e regulamentos; III - apresentar ao Prefeito o relatrio anual de sua gesto na Secretaria; IV - praticar os atos pertinentes s atribuies que lhe forem outorgadas ou delegadas pelo Prefeito. Das Infraes Art. 92 Incorrem em infraes poltica-administrativa e sero destitudos, sem sacrifcio das sanes cabveis, os Secretrios Municipais que praticarem os descritos nos Incisos I, VII, VIII, IX, X e XII do artigo 86 desta Lei Orgnica. 1 - Equiparam-se aos Secretrios Municipais, para efeito do disposto neste artigo, os Presidentes e os Diretores de autarquias, empresas pblicas, sociedades de economia mista e fundaes mantidas pelo Municpio.

Subseo II Dos Administradores Regionais e suas Atribuies Das Atribuies Art. 93 A Administrao Regional o rgo de representao do Prefeito e de coordenao e superviso da atuao dos demais rgos do Poder Executivo na rea de sua circunscrio. 1 - A Regio Administrativa dirigida por um Administrador Regional, de livre nomeao do Prefeito. 2 - Independente das competncias especficas dos rgos locais e de seus agentes o Administrador Regional exerce o poder de polcia da competncia do Municpio na circunscrio da respectiva Regio Administrativa. 3 - Cabe ao Administrador Regional representar ao Prefeito contra dirigentes e servidores de rgo da circunscrio da respectiva Regio Administrativa, por omisso ou negligncia em seu desempenho funcional. 4 - O Administrador Regional encaminhar anualmente ao Prefeito relatrio circunstanciado das necessidades da Regio Administrativa, para instruir a elaborao da proposta oramentria do exerccio subseqente. 5 - Da elaborao do relatrio participaro obrigatoriamente os dirigentes de rgos locais da prefeitura, que, com auxlio de tcnicos em oramento, faro estimativa dos recursos necessrios execuo dos projetos, programas e obras propostos pela Administrao Regional. 6 - Constituem falta grave dos dirigentes locais de rgos da Prefeitura a recusa a participar da elaborao do relatrio e a sonegao de informaes essenciais elaborao deste.

Seo III Dos Conselhos Municipais e suas Atribuies

Do Conselho Art. 94 - O Municpio poder manter Conselhos como rgos de assessoramento administrao pblica. Pargrafo nico - A lei definir a composio, atribuies, deveres e responsabilidades dos Conselhos, nos quais se assegurar a participao de entidades representativas da sociedade civil. Da Finalidade Art. 95 Os Conselhos tero por finalidade auxiliar a administrao pblica na anlise, planejamento, formulao e aplicao de polticas, na fiscalizao das aes governamentais e nas decises de matria de sua competncia. 1 - Os Conselhos tero carter exclusivamente consultivo, salvo quando a lei lhes atribuir competncia normativa, deliberativa ou fiscalizadora. Vedao de Remunerao Art. 96 Fica vedada a remunerao, a qualquer ttulo, pela participao nos Conselhos Municipais, considerando como servio pblico relevante, com exceo aos membros do Conselho Tutelar do Municpio de Carapebus, que ser definido nos termos da Lei de sua instituio.* *Nova Redao dada pela Emenda n 001 de 08.08.00. Subseo IV Da Procuradoria-Geral do Municpio e suas Atribuies Dos Procuradores Art. 97 A representao judicial e a consultoria jurdica do Municpio, ressalvadas as competncias da Procuradoria-Geral da Cmara Municipal, so exercidas pelos Procuradores do Municpio, membros da Procuradoria-Geral, instituio essencial Justia, diretamente vinculada ao Prefeito, com funes, como rgo central do sistema jurdico municipal, de supervisionar os servios jurdicos da administrao direta, indireta e fundacional no mbito do Poder Executivo. Pargrafo nico A Lei Complementar disciplinar a competncia, a organizao e o funcionamento da Procuradoria-Geral, bem como a carreira e o regime jurdico dos Procuradores. Competncia Privativa Art. 98 Alm de outras competncias estabelecidas em lei, compete privativamente Procuradoria-Geral do Municpio a cobrana judicial e extrajudicial da dvida ativa do Municpio. Do Sistema Jurdico Art. 99 Integram o sistema jurdico municipal as Assessorias Jurdicas da administrao direta, autrquica e fundacional do Municpio, as quais sero chefiadas preferencialmente por Procurador do Municpio ou por Assistente Jurdico. 1 - Os Assistentes Jurdicos do Poder Executivo e dos rgos a estes vinculados exercem suas funes, sob superviso da Procuradoria-Geral do Municpio no sistema jurdico municipal, sem representao judicial. 2 - Ao Assistente Jurdico so reservadas as funes de assessoramento jurdico, atividade da advocacia cujo exerccio lhe inerente, podendo ser composta de advogados.

TTULO IV Administrao Pblica CAPTULO I Disposies Gerais Princpios Fundamentais Art. 100 - A Administrao Pblica do Municpio sujeita-se aos seguintes princpios: I - os rgos e entidades da administrao municipal atuaro de acordo com as tcnicas de planejamento, coordenao, descentralizao e desconcentrao; II - as aes governamentais obedecero a processo permanente de planejamento, com o fim de integrar os objetivos institucionais dos rgos e entidades municipais entre si, bem como as aes federais, estaduais e regionais que se relacionem com o desenvolvimento do Municpio; III - a execuo dos planos e programas governamentais ser objeto de permanente coordenao, com o fim de assegurar a eficcia na consecuo dos objetivos e metas fixados. Aes Governamentais Art. 101 - A execuo das aes governamentais poder ser descentralizada ou desconcentrada, para: I - outros entes pblicos ou entidades a eles vinculadas, mediante convnio; II - rgos subordinados da prpria administrao municipal; III - entidades criadas mediante autorizao legislativa e vinculadas administrao municipal; IV - empresas privadas, mediante concesso ou permisso. 1 - iniciativa privada ser preferencialmente delegada, em regime de concesso ou permisso, a prestao de servios pblicos. 2 - Cabe aos rgos de direo o estabelecimento dos critrios e normas que sero observados pelos rgos e entidades pblicas e privadas incumbidos da execuo, de acordo com o previsto em lei. 3 - Haver responsabilidade administrativa dos rgos de direo, quando os rgos e entidades de execuo descumprirem os critrios e normas gerais referidos no pargrafo anterior. 4 - A concesso ou permisso a que se refere o inciso IV, deste artigo, ser regulada em lei e o prazo de durao ser determinado pela Cmara Municipal atravs de Comisso que estudar as caractersticas de cada caso, cabendo aos rgos de direo o acompanhamento e a fiscalizao da execuo, observado, no que couber esta Lei Orgnica. 5 - Somente por lei especfica sero criadas autarquias, empresas pblicas, sociedades de economia mista, e fundaes mantidas pelo Poder Pblico.

CAPTULO II Administrao e rgos Seo I Administrao Direta

Definio Art. 102 - Constituem a administrao direta os rgos sem personalidade jurdica prpria, integrantes da estrutura administrativa de qualquer dos Poderes do Municpio. Espcie dos rgos Art. 103 - Os rgos integrantes da administrao direta so de: I - direo e assessoramento superior; II - direo e assessoramento intermedirio; III - execuo. 1 - So rgos de direo superior, providos de respectivo assessoramento, as Secretarias Municipais, a Procuradoria-Geral do Municpio, a Secretaria-Geral e a Diretoria-Geral de Administrao da Cmara Municipal. 2- So rgos de direo intermediria, providos de respectivo assessoramento, as autarquias e fundaes. 3 - So rgos de execuo aqueles incumbidos da realizao dos programas e projetos determinados pelos rgos de direo.

Seo II Administrao Indireta Definio Art. 104 - Constituem a administrao indireta as autarquias, empresas pblicas e sociedades de economia mista criadas por lei. Vinculao Art. 105 - As entidades da administrao indireta so vinculadas Secretaria Municipal em cuja rea de competncia enquadra-se sua atividade institucional, sujeitando-se correspondente tutela administrativa. 1 - As empresas pblicas e sociedades de economia mista, criadas para a prestao de servios pblicos ou como instrumentos de atuao no domnio econmico, esto sujeitas s normas de licitao e contratao de pessoal definidas na Constituio da Repblica e nesta Lei Orgnica. 2 - As autarquias tero seu oramento anual aprovado pela Cmara Municipal.

Seo III Administrao Fundacional e Organismos de Cooperao Definio Art. 106 - Constituem a administrao fundacional as fundaes pblicas. Organismos de Cooperao Art. 107 - So organismos de cooperao do Poder Pblico as fundaes e associaes privadas, sem fins lucrativos, que realizem atividades de utilidade pblica. 1 - As fundaes e associaes de que trata este artigo, reconhecidas como de utilidade pblica pelo Poder Pblico, na forma da lei, tero precedncia na destinao de subvenes ou transferncias conta do oramento municipal de auxlios de qualquer natureza.

2 - As fundaes e associaes que receberem subveno ou auxlio do Poder Pblico esto suje