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CÂMARA MUNICIPAL DE VIRGÍNIA Estado de Minas Gerais Rua Crispim Gomes Pinto, 28 Centro Fone/Fax: (35) 3373-1371 CEP: 37.465-000 HISTÓRICO DE VIRGÍNIA Em 1.856, passando por aqui o Padre Custódio Oliveira Monte Raso, que seguia para Cristina, tanto se deliciou com o panorama e tais foram as expansões de sua admiração que os proprietários daquelas terras, Diogo José Labat Uchôas e Francisco Ribeiro Pires lhes doaram cinco alqueires de terra, para que nessa área erguesse uma capela. Terminadas as obras da capela, esta foi dedicada à Nossa Senhora da Conceição, tendo o fundador escolhido para a nova povoação o nome de Virgínea em homenagem à Virgem Santíssima e em alusão à mata virgem que cobria o local. Da palavra Virgínea veio a corrutela VIRGÍNIA. Os primeiros povoadores da nova localidade foram as famílias Gonçalves, Fonseca, Pinto, Brito, Uchôas, Ribeiro, Alves e Musa. Por Lei Provincial de 27 de dezembro de 1.861, o povoado foi elevado à categoria de freguesia ou termo de paz, como parte integrante do município de Cristina. Alguns anos depois, a freguesia foi entregue aos cuidados paroquiais do Padre José de Calazans Nogueira que faleceu em 1.869. Veio substituí-lo Monsenhor Manuel Carlos de Seixas Rabello, que dirigiu a paróquia até 21 de novembro de 1.921, quando faleceu. Assumiu o paroquiano, o então coadjutor Monsenhor Dalísio Batista Dini, que até 05 de novembro de 1.978, esteve com os virginenses, doutrinando-os e incentivando-os a lutar sempre confiantes em Deus. A presença do Monsenhor Dalísio em Virgínia é lembrada da mesma forma com que é tradicionalmente respeitada a presença, em passado remoto, do Padre Custódio de Oliveira Monte Raso, o pioneiro. O Distrito foi criado pela Lei Provincial n.º 1.306 de 05 de novembro de 1.866. Foi desmembrado do Termo de Cristina pela Lei n.º 2.527 de 6 de janeiro de 1870. Desde esta data passou a pertencer a Pouso Alto até a Lei n.º 2.650 de 4 de novembro de 1880, quando voltou a pertencer à Cristina. Pela Lei Estadual n.º 2 de 14 de setembro de 1891, foi desmembrado do município de Cristina, passando novamente a pertencer a Pouso Alto. Emancipação Política Pela Lei Estadual n.º 556 de 30 de agosto de 1911, o Município foi desmembrado do município de Pouso Alto, passando a ser denominado Distrito de Virgínia. A Sede Municipal foi elevada à categoria de cidade pelo Decreto- Lei Federal n.º 311, de 2 de março de 1938.

Lei Organica de Virginia

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Lei Organica Municipio de Virginia

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    CEP: 37.465-000

    HISTRICO DE VIRGNIA

    Em 1.856, passando por aqui o Padre Custdio Oliveira Monte Raso,

    que seguia para Cristina, tanto se deliciou com o panorama e tais foram as expanses de sua

    admirao que os proprietrios daquelas terras, Diogo Jos Labat Uchas e Francisco Ribeiro

    Pires lhes doaram cinco alqueires de terra, para que nessa rea erguesse uma capela.

    Terminadas as obras da capela, esta foi dedicada Nossa Senhora da Conceio, tendo o

    fundador escolhido para a nova povoao o nome de Virgnea em homenagem Virgem

    Santssima e em aluso mata virgem que cobria o local. Da palavra Virgnea veio a corrutela

    VIRGNIA.

    Os primeiros povoadores da nova localidade foram as famlias

    Gonalves, Fonseca, Pinto, Brito, Uchas, Ribeiro, Alves e Musa.

    Por Lei Provincial de 27 de dezembro de 1.861, o povoado foi elevado

    categoria de freguesia ou termo de paz, como parte integrante do municpio de Cristina.

    Alguns anos depois, a freguesia foi entregue aos cuidados paroquiais do Padre Jos de

    Calazans Nogueira que faleceu em 1.869. Veio substitu-lo Monsenhor Manuel Carlos de

    Seixas Rabello, que dirigiu a parquia at 21 de novembro de 1.921, quando faleceu. Assumiu

    o paroquiano, o ento coadjutor Monsenhor Dalsio Batista Dini, que at 05 de novembro de

    1.978, esteve com os virginenses, doutrinando-os e incentivando-os a lutar sempre confiantes

    em Deus.

    A presena do Monsenhor Dalsio em Virgnia lembrada da mesma

    forma com que tradicionalmente respeitada a presena, em passado remoto, do Padre

    Custdio de Oliveira Monte Raso, o pioneiro.

    O Distrito foi criado pela Lei Provincial n. 1.306 de 05 de novembro

    de 1.866. Foi desmembrado do Termo de Cristina pela Lei n. 2.527 de 6 de janeiro de 1870.

    Desde esta data passou a pertencer a Pouso Alto at a Lei n. 2.650 de 4 de novembro de

    1880, quando voltou a pertencer Cristina. Pela Lei Estadual n. 2 de 14 de setembro de

    1891, foi desmembrado do municpio de Cristina, passando novamente a pertencer a Pouso

    Alto.

    Emancipao Poltica

    Pela Lei Estadual n. 556 de 30 de agosto de 1911, o Municpio foi

    desmembrado do municpio de Pouso Alto, passando a ser denominado Distrito de Virgnia.

    A Sede Municipal foi elevada categoria de cidade pelo Decreto- Lei Federal n. 311, de 2 de

    maro de 1938.

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    Diviso Administrativa e Organizao do Espao Urbano

    A edificao obedeceu os traados modernos possuindo ruas retas,

    paralelas e algumas praas de bonito aspecto, sendo todas elas arborizadas e floridas.

    Nossa cidade divide-se em Centro e Bairros Rurais:

    Centro: No centro da cidade edificam-se: Igreja de Nossa Senhora da

    Conceio, Casa Paroquial, Igreja de So Jos, Igreja Santa Cabea, Igreja Evanglica

    Assemblia de Deus, Igreja Crist do Brasil, Assemblia de Deus Belm II, Centro de

    Sade, Casa de Caridade Santo Antonio, Correio, Caixa Econmica Federal, Parque de

    Exposies Jos Bernardino Neto, Telemig, Cemig, Escola Estadual Delfim Moreira de 1. e

    2. graus, Escola Municipal Christovam Chiaradia, Prdio da Prefeitura, Cmara Municipal,

    Quadra de Esportes, Quartel da Polcia Militar, Estdio Municipal Jos Gasto de Carvalho

    Brito, Parque Infantil, Bares, Restaurantes, Supermercados, Jardins Pblicos.

    Bairros Rurais: gua Limpa, Mato Dentro, Moreiras, Pereiras,

    Mendes, Retirinho, Palmeiras, Virgem do Socorro, So Jos, Muquem, Ribeiro, Porto,

    Vargem Grande, Sertozinho, Mogiano, Campo Feio, So Francisco, Correias, Fazendinha,

    Mendanha, Caet, Rio Acima I, Serra Verde, Roseirinha, Vargem Alegre, Retiro dos Marins,

    Quilombo, Rio Acima II, So Jos da Mantiqueira, Torres, Marques, Roseira, Morangal,

    Gonalves, Estiva, Pimentas, Fortaleza, Padres I e II.

    Sistema Econmico

    Possui aproximadamente 1150 estabelecimentos de propriedade de

    terras entre terras individuais e condomnio ou pessoas, totalizando aproximadamente 30 mil

    hectares de rea.

    Referente agricultura, daremos algumas conceituaes para melhor

    compreenso: subentendemos como culturas temporrias, culturas de curta durao com via

    de regra menor que um ano, necessitando geralmente de um novo plantio aps a colheita. So

    consideradas culturas temporrias, a cana-de-acar e a cana de forragem. As culturas

    permanentes so de longa durao que podem proporcionar colheitas por vrios anos

    sucessivos sem necessidade de novo plantio.

    Em Virgnia, na rea da agricultura destaca-se a produo de milho,

    feijo e batata inglesa. A comercializao desses produtos feita no prprio municpio, em

    mercearias, em mercados extras municipais, com destaque para a batata inglesa que

    comercializada tambm em outros estados.

    Alm destes, temos o cultivo do arroz que para o consumo prprio.

    A Cana forrageira, capim napier, capim gordura, so utilizados tambm pelos prprios

    produtores para alimentao do gado.

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    Na pecuria destacamos, principalmente, a produo de leite utilizada

    pela populao e comercializado em laticnios como produtos de forma in-natura.

    Na atividade agrcola, alm da lavoura de subsistncia, sobressai o

    cultivo de frutos.

    Destaca-se na fruticultura, a produo de ameixa, pssego, pra e figo,

    que so comercializados e industrializados no prprio municpio, na produo de polpa e

    doces, e mercados de outros municpios e estados.

    Indstria as indstrias de Virgnia apiam-se basicamente na

    transformao de produtos agropecurios. So laticnios, estabelecimentos de produo de

    polpas e fbricas de doces. Possui 7 confeces de roupas que empregam em torno de 350

    pessoas.

    Comrcio bastante diversificado, com destaque para bares e

    mercearias.

    O Municpio conta tambm com uma transportadora, um Sindicato de

    Trabalhadores Rurais, servios bancrios (CEF), funcionrios pblicos municipais, estaduais

    e federais, contribuindo para a economia do municpio.

    Lazer e Turismo

    Virgnia, por ser uma cidade do interior, oferece opes para quem

    gosta de viver em contato com a natureza. Possui lugares de uma beleza incomparvel. Est

    investindo, atualmente, no turismo, com construes de hotis-fazendas e pousadas.

    BRASO DE VIRGNIA

    O Braso do Municpio de Virgnia foi escolhido pela Cmara

    Municipal em sesso ordinria realizada no dia 02 de Abril de 1990.

    O seu autor se chama Francisco Jos Brito Pinto.

    Desenhos e smbolos que representam:

    Torre Defesa Todos os cidados virginenses so responsveis pela defesa de sua cidade, da ecologia, do patrimnio histrico-cultural, das tradies, dos bons costumes.

    Serra Localizao geogrfica de Virgnia na Serra da Mantiqueira. No seu pico mais proeminente foi colocado o Santo Cruzeiro, smbolo da f crist de seu povo.

    Mata Lembrando a tradio de que o nome de Virgnia vem da mata virgem aqui existente.

    Flor-de-Lis Smbolo da pureza de Maria. Segundo alguns historiadores, Virgnia deve seu nome Virgem Maria, numa homenagem de seu fundador. Por isso este smbolo

    teve um destaque maior.

    Cabea de Vaca atividade econmica do municpio.

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    Ramo de ameixa principal fruta produzida no municpio.

    Ramo de Milho principal cereal produzido no municpio.

    Faixa cores da Bandeira Mineira e do Virgnia Futebol Clube.

    EMENDA DE REVISO DA LEI ORGNICA MUNICIPAL N 1/2006

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    SUMRIO:

    PREMBULO

    TTULO I - Disposies Preliminares

    TTULO II Dos Direitos e Garantias Fundamentais

    TTULO III Da Organizao Municipal

    CAPTULO I Do Municpio

    SEO I Disposies Gerais

    SEO II Da Diviso Administrativa do Municpio

    CAPTULO II Da Competncia do Municpio

    SEO I Da Competncia Privativa

    SEO II - Da Competncia Comum

    SEO III Da Competncia Suplementar

    CAPTULO III Das Vedaes

    TTULO IV Da Organizao dos Poderes

    CAPTULO I Do Poder Legislativo

    SEO I Da Cmara Municipal

    SEO II Do Funcionamento da Cmara

    SEO III Das Atribuies da Cmara Municipal

    SEO IV - Dos Vereadores

    SEO V Do Processo Legislativo

    SEO VI Da Fiscalizao Contbil, Financeira e Oramentria

    CAPTULO II - Do Poder Executivo

    SEO I Do Prefeito e do Vice Prefeito

    SEO II Das Atribuies do Prefeito

    SEO III Da Perda e Extino do Mandato

    SEO IV Dos Auxiliares Diretos do Prefeito

    SEO V Da Administrao Pblica

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    SEO VI Dos Servidores Pblicos

    SEO VII Da Segurana Pblica

    TTULO V Da Organizao Administrativa Municipal

    CAPTULO I Da Estrutura Administrativa

    CAPTULO II Dos Atos Municipais

    SEO I Da Publicidade dos Atos Municipais

    SEO II Dos Livros

    SEO III Dos Atos Administrativos

    SEO IV Das Proibies

    SEO V Das Certides

    CAPTULO III Dos Bens Municipais

    CAPTULO IV Das Obras e Servios Municipais

    CAPTULO V Da Administrao Tributria e Financeira

    SEO I Dos Tributos Municipais

    SEO II Da Receita e da Despesa

    SEO III Do Oramento

    TTULO VI Da Ordem Econmica e Social

    CAPTULO I Das Disposies Gerais

    CAPTULO II Da Assistncia Social

    CAPTULO III Do Saneamento Bsico

    CAPTULO IV Da Sade

    CAPTULO V Da Educao, da Cultura, do Desporto e do Lazer, do

    Meio Ambiente e do Turismo

    SEO I Da Educao

    SEO II Da Cultura

    SEO III Do Desporto e do Lazer

    SEO IV Do Meio Ambiente

    SEO V Do Turismo

    CAPTULO VI - Da Famlia, da Criana, do Adolescente,

    do Portador de Deficincia e do Idoso

    CAPTULO VII Da Poltica Urbana

    CAPTULO VIII - Da Poltica Rural

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    TTULO V Das Disposies Finais e Transitrias

    EMENDA DE REVISO LEI ORGNICA MUNICIPAL

    DE VIRGNIA N. 1/2006

    A Cmara Municipal de Virgnia, em conformidade com o art. 3 do

    Ato das Disposies Transitrias da Constituio Estadual de Minas Gerais, promulga a

    seguinte reviso parcial da Lei Orgnica Municipal, na forma de Emenda Revisional Lei

    Orgnica n. 1/2006.

    Art. 1 Fica a Lei Orgnica Municipal de Virgnia, promulgada em 14

    de julho de 1.990, modificada com inseres e alteraes, na forma de reviso, na redao de

    seu texto original, conforme a presente Emenda.

    LEI ORGNICA DO MUNICPIO DE VIRGNIA

    PREMBULO

    Ns, representantes do povo de Virgnia, cientes da relevncia da

    funo que nos foi delegada pela Constituio Federal da Repblica de 1988 que a de

    instituir, com base nos ideais democrticos, sob a proteo de DEUS, a ordem jurdica

    autnoma destinada a completar a Carta Magna para a contemplao das solues mais

    adequadas ao atendimento dos anseios e interesses dos muncipes, garantindo o exerccio dos

    direitos sociais e individuais, a liberdade, a segurana, o bem-estar, o desenvolvimento, a

    igualdade, enfim, direitos de uma plena cidadania numa sociedade digna, fraterna, pluralista

    e sem preconceitos, fundada na justia social, promulgamos a seguinte reviso LEI

    ORGNICA:

    TTULO I

    DISPOSIES PRELIMINARES

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    CEP: 37.465-000

    Art. 1 O Municpio de Virgnia, Estado de Minas Gerais, criado pela

    Lei Estadual n. 556, de 30 de Agosto de 1911, integra, com autonomia poltico-

    administrativa, a Repblica Federativa do Brasil.

    Pargrafo nico. O Municpio se organiza e se rege por esta Lei

    Orgnica e demais Leis que adotar, observados os princpios constitucionais da Repblica e

    do Estado.

    Art. 2 Todo o poder do Municpio emana do povo, que o exerce

    diretamente ou por meio de seus representantes eleitos, nos termos da Constituio da

    Repblica, do Estado e do Municpio.

    1 O exerccio direto do poder pelo povo no Municpio se d, na

    forma da Lei Orgnica, mediante:

    I - plebiscito;

    II - referendo;

    III - iniciativa popular no processo legislativo;

    IV - participao em deciso da administrao pblica;

    V - ao fiscalizadora sobre a administrao pblica.

    2 O exerccio indireto do poder pelo povo no Municpio se d por

    representantes eleitos pelo sufrgio universal e pelo voto direto e secreto, com igual valor para

    todos, na forma da legislao federal, e por representantes indicados pela comunidade, nos

    termos desta Lei Orgnica.

    Art. 3 mantido o atual territrio do Municpio, cujos limites s

    podem ser alterados nos termos da Constituio do Estado, possuindo atualmente as seguintes

    confrontaes:

    I - ao sul: Delfim Moreira e Maria da F

    II - a leste: Marmelpolis

    III - a oeste: So Sebastio do Rio Verde e Dom Vioso

    IV - ao norte: Itanhandu e Passa Quatro

    Art. 4 So objetivos prioritrios do Municpio, nos limites de sua

    competncia:

    I - assegurar a permanncia da cidade enquanto espao vivel e de vocao histrica,

    que possibilite o efetivo exerccio da cidadania;

    II - preservar a sua identidade, adequando as exigncias do desenvolvimento

    preservao de sua memria, tradio e peculiaridades;

    III - proporcionar aos seus habitantes condies de vida compatveis com a dignidade da

    pessoa humana, a justia social e o bem comum;

    IV - criar condies para a segurana e a ordem pblica;

    V - priorizar o atendimento das demandas sociais de educao, sade, transporte,

    moradia, abastecimento, lazer e assistncia social;

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    VI - promover condies necessrias para a fixao do homem no campo;

    VII - promover o bem-estar de todos, sem preconceitos de origem, raa, sexo, cor, idade

    e quaisquer outras formas de discriminao.

    TTULO II

    DOS DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS

    Art. 5 O Municpio assegura, no seu territrio e nos limites de sua

    competncia, os direitos e garantias fundamentais que as Constituies da Repblica e do

    Estado conferem aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no Pas.

    1 Nenhuma pessoa ser discriminada, ou de qualquer forma

    prejudicada, pelo fato de litigar com rgo ou entidade municipal, no mbito administrativo

    ou judicial.

    2 Incide na penalidade de destituio de mandato administrativo ou

    de cargo ou funo de direo, em rgo ou entidade da administrao pblica, o agente

    pblico que deixar injustificadamente de sanar, dentro de sessenta dias da data do

    requerimento do interessado, omisso que inviabiliza o exerccio de direito constitucional.

    3 Nos processos administrativos, qualquer que seja o objeto e o

    procedimento, observar-se-o, entre outros requisitos de validade, a publicidade, o

    contraditrio, a defesa ampla e o despacho ou a deciso motivados.

    4 Todos tm o direito de requerer e obter informao sobre o

    projeto do Poder Pblico, ressalvada aquela cujo sigilo seja, temporariamente, imprescindvel

    segurana da sociedade e do Municpio, nos termos da lei, que fixar tambm o prazo em

    que deva ser prestada a informao.

    5 Independe de pagamento de taxa ou de emolumentos ou de

    garantia de instncia o exerccio do direito de petio ou representao, bem como a obteno

    de certido, no prazo mximo de trinta dias, para a defesa de direitos ou esclarecimentos de

    interesse pessoal ou coletivo.

    6 direito de qualquer cidado e entidade legalmente constituda

    denunciar s autoridades competentes a prtica, por rgo ou entidade pblica ou por

    empresas concessionrias ou permissionrias de servios pblicos, de atos lesivos aos direitos

    dos usurios, cabendo ao Poder Pblico apurar sua veracidade ou no e aplicar as sanes

    cabveis, sob pena de responsabilidade.

    7 Ser punido, nos termos da lei, o agente pblico que, no exerccio

    de suas atribuies e independentemente da funo que exera, violar direito constitucional do

    cidado.

    8 Todos podem reunir-se pacificamente, sem armas em locais

    abertos ao pblico, independentemente de autorizao, desde que no frustrem outra reunio

    anteriormente convocada para o mesmo local, sendo apenas exigido prvio aviso autoridade

    competente que, no Municpio, o Prefeito ou aquele a quem delegar a atribuio.

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    9 O Poder Pblico Municipal coibir todo e qualquer ato

    discriminatrio em seus rgos e entidades, e estabelecer formas de punio, como cassao

    de alvar, a clubes, bares e outros estabelecimentos que o pratiquem.

    10 So direitos sociais: o direito educao, ao trabalho, cultura,

    moradia, assistncia, a proteo maternidade, gestao, infncia, ao idoso e ao

    deficiente, ao lazer, ao meio ambiente, sade e segurana, que significam uma existncia

    digna.

    11 Todos so iguais perante a lei, sem distino de qualquer

    natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no Municpio a

    inviolabilidade do direito vida, liberdade, igualdade, segurana, propriedade, nos

    termos do Art. 5 da Constituio da Repblica Federativa do Brasil.

    12 Ao Municpio vedado:

    I - estabelecer culto religioso ou igreja, subvencion-los, embaraar-

    lhes o funcionamento ou manter com eles ou com seus representantes relaes de dependncia

    ou de aliana, ressalvada, na forma da lei, a colaborao de interesse pblico;

    II - recusar f a documento pblico;

    III - criar distino entre brasileiros ou preferncia em relao s

    demais unidades da Federao.

    TTULO III

    DA ORGANIZAO MUNICIPAL

    CAPTULO I

    DO MUNICPIO

    SEO I

    DISPOSIES GERAIS

    Art. 6 O Municpio de Virgnia, pessoa jurdica de direito pblico

    interno, no pleno uso de sua autonomia poltica, administrativa e financeira, reger-se- por

    esta Lei Orgnica, votada e aprovada por sua Cmara Municipal, observado os princpios

    constitucionais da Repblica e do Estado.

    Art. 7 So poderes do Municpio, independentes e harmnicos entre

    si, o Legislativo e o Executivo.

    Pargrafo nico. So smbolos do Municpio, a Bandeira, o Hino e o

    Braso, representativos de sua cultura e histria.

    Art. 8 Constituem bens do Municpio todas as coisas mveis e

    imveis direitos e aes que a qualquer ttulo lhe pertenam.

    Art. 9 sede do Municpio d-lhe o nome de Virgnia e tem a

    categoria de cidade.

    SEO II

    DA DIVISO ADMINISTRATIVA DO MUNICPIO

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    Art. 10. O Municpio poder dividir-se, para fins administrativos, em

    Distritos a serem criados, organizados, suprimidos ou fundidos por lei aps consulta

    plebiscitria populao diretamente interessada, observada a legislao estadual e o

    atendimento aos requisitos estabelecidos no art. 11 desta Lei Orgnica.

    1 A criao do Distrito poder efetuar-se mediante fuso de dois ou

    mais Distritos, que sero suprimidos, sendo dispensada, nessa hiptese, a verificao dos

    requisitos do art. 11 dessa Lei Orgnica.

    2 A extino do Distrito somente se efetuar mediante consulta

    plebiscitria populao da rea interessada.

    3 O Distrito ter o nome da respectiva sede, cuja categoria ser a

    de Vila.

    Art. 11. So requisitos para a criao do Distrito:

    I - populao, eleitorado e arrecadao no inferiores quinta parte

    exigida para a criao de Municpio;

    II - existncia, na povoao sede, de pelo menos, cinqenta moradias,

    escola pblica, posto de sade e posto policial.

    Pargrafo nico. A comprovao do atendimento s exigncias

    enumeradas neste artigo far-se- mediante:

    a) declarao, emitida pela Fundao Instituto Brasileiro de Geografia e Estatstica, de estimativa de populao;

    b) certido, emitida pelo Tribunal Regional Eleitoral, certificando o nmero de eleitores;

    c) certido, emitida pelo agente municipal de estatstica ou pela repartio fiscal do municpio, certificando o nmero de moradias;

    d) certido do rgo fazendrio Estadual e do Municpio certificando a arrecadao na respectiva rea territorial;

    e) certido emitida pela Prefeitura ou pelas Secretarias de Educao, de Sade e de Segurana Pblica do Estado, certificando a existncia de escola pblica e dos postos de

    sade e policial na povoao sede.

    Art.12. Na fixao das divisas distritais sero observadas as seguintes normas:

    I - evitar-se-o, tanto quanto possvel, formas assimtricas, estrangulamentos e

    alongamentos exagerados;

    II - dar-se- preferncia, para a delimitao, s linhas naturais, facilmente identificveis;

    III - na inexistncia de linhas naturais, utilizar-se- linha reta, cujos extremos, pontos

    naturais ou no, sejam facilmente identificveis e tenham condies de fixidez;

    IV - vedada a interrupo de continuidade territorial do Municpio ou Distrito de

    origem.

    Pargrafo nico. As divisas distritais sero descritas trecho a trecho, salvo para evitar

    duplicidade, nos trechos que coincidirem com os limites municipais.

    Art.13. A alterao da diviso administrativa do municpio somente

    pode ser feita quadrienalmente, no ano anterior ao das eleies municipais.

    Art. 14. A instalao do Distrito ser de conformidade com a Lei

    Municipal instituidora.

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    CAPTULO II

    DA COMPETCIA DO MUNICPIO

    SEO I

    DA COMPETNCIA PRIVATIVA

    Art. 15. Ao Municpio compete prover a tudo quanto diga respeito a

    seu peculiar interesse e ao bem estar de sua populao, cabendo-lhe, privativamente, dentre

    outras, as seguintes atribuies:

    I - legislar sobre assuntos de interesse local;

    II - suplementar a legislao federal e estadual, no que couber;

    III - criar, organizar e suprimir Distritos observada a legislao estadual;

    IV- manter com a cooperao tcnica e financeira da Unio e do Estado, programas de

    educao pr-escolar e de ensino fundamental;

    V - elaborar o oramento anual e plurianual de investimentos;

    VI instituir, decretar e arrecadar os tributos de sua competncia e aplicar suas

    receitas, sem prejuzo da obrigatoriedade de prestar contas e publicar balancetes;

    VII - fixar, fiscalizar e cobrar tarifas ou preos pblicos;

    VIII - dispor sobre organizao, administrao e execuo dos servios locais;

    IX - dispor sobre administrao, utilizao e alienao dos bens pblicos;

    X - organizar o quadro e estabelecer o regime jurdico nico dos servidores pblicos;

    XI - organizar e prestar, diretamente, ou sob regime de concesso ou permisso, os

    servios pblicos locais;

    XII - planejar o uso e a ocupao do solo em seu territrio, especialmente na zona

    urbana;

    XIII - estabelecer normas de edificao, de loteamento, de arruamento e de

    zoneamento urbano e rural, bem como as limitaes urbansticas convenientes ordenao do

    seu territrio, observada a lei federal;

    XIV - conceder e renovar licena para localizao e funcionamento de

    estabelecimentos industriais, comerciais, prestadores de servio e quaisquer outros;

    XV - cassar a licena que houver concedido ao estabelecimento que se tornar prejudicial

    sade, a higiene, ao sossego, segurana ou aos bons costumes, fazendo cessar a atividade

    ou determinando o fechamento do estabelecimento;

    XVI - estabelecer servides administrativas necessrias realizao de seus servios,

    inclusive dos seus concessionrios;

    XVII - adquirir bens, inclusive mediante desapropriao;

    XVIII - regular a disposio, o traado e as demais condies dos bens pblicos e de

    uso comum;

    XIX - regulamentar a utilizao dos logradouros pblicos e, especialmente o permetro

    urbano, determinar o itinerrio e os pontos de parada dos transportes coletivos;

    XX - fixar os locais de estacionamento de txis, quando houver, e demais veculos;

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    XXI - organizar e prestar, diretamente ou sob regime de concesso ou permisso, os

    servios pblicos de interesse local, includo o de transporte coletivo, que tem carter

    essencial;

    XXII - fixar e sinalizar as zonas de silncio e de trnsito e trfego em condies

    especiais;

    XXIII - disciplinar os servios de carga e descarga e fixar a tonelagem mxima

    permitida a veculos que circulem em vias pblicas municipais;

    XXIV - tornar obrigatria a utilizao da estao rodoviria, quando houver;

    XXV - sinalizar as vias urbanas e as estradas municipais, bem como regulamentar e

    fiscalizar sua utilizao;

    XXVI - prover sobre a limpeza das vias e logradouros pblicos, remoo e destino do

    lixo domiciliar e de outros resduos de qualquer natureza;

    XXVII - ordenar as atividades urbanas, fixando condies e horrios para

    funcionamento de estabelecimentos industriais, comerciais e de servios, observada as normas

    federais pertinentes;

    XXVIII - dispor sobre servios funerrios e de cemitrios;

    XXIX - regulamentar, licenciar, permitir, autorizar e fiscalizar a fixao de cartazes e

    anncios, bem como a utilizao de quaisquer outros meios de publicidade e propaganda, nos

    locais sujeitos ao poder de polcia municipal;

    XXX - prestar assistncias nas emergncias mdico-hospitalares de pronto-socorro, por

    seus prprios servios ou mediante convnio com instituio especializada;

    XXXI - organizar e manter os servios de fiscalizao necessrios ao exerccio ao seu

    poder de polcia administrativa;

    XXXII - fiscalizar, nos locais de vendas, peso, medidas e condies sanitrias dos

    gneros alimentcios;

    XXXIII - dispor sobre o depsito e venda de animais e mercadorias apreendidos em

    decorrncia de transgresso da legislao municipal;

    XXXIV - dispor sobre registro de vacinao e captura de animais, com a finalidade

    precpua de erradicar as molstias de que possam ser portadores ou transmissores;

    XXXV - estabelecer e impor penalidades por infrao de suas leis e regulamentos;

    XXXVI - promover os seguintes servios:

    a) mercados, feiras e matadouros; b) construo e conservao de estradas e caminhos municipais; XXXVII - regulamentar os servios de carros de aluguel, inclusive o uso de

    taxmetros;

    XXXVIII difundir a seguridade social, a educao, a cultura, o desporto, a cincia e

    a tecnologia;

    XXXIX proteger o meio ambiente;

    XL - assegurar a expedio de certides requeridas s reparties administrativas

    municipais, para defesa de direitos e esclarecimento de situaes, estabelecendo os prazos de

    atendimento.

    1 As normas de arruamento e loteamento a que se refere o inciso XIII deste artigo

    devero exigir reserva de reas destinadas a:

    a) zonas verdes e demais logradouros pblicos;

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    b) vias de trfego e de passagem de canalizaes pblicas de esgoto e de guas pluviais nos fundos dos Vales;

    c) passagem de canalizao pblicas de esgotos e de guas pluviais com largura mnima de dois metros nos fundos de lotes, cujo desnvel seja superior a um metro da frente

    ao fundo;

    2 A lei complementar de criao da guarda municipal estabelecer

    a organizao e competncia dessa fora auxiliar na proteo dos bens, servios e instalaes

    municipais.

    SEO II

    DA COMPETNCIA COMUM

    Art. 16. da competncia administrativa comum do Municpio, da

    Unio e do Estado, observada a lei complementar federal o exerccio das seguintes medidas:

    I zelar pela guarda da Constituio das leis e das instituies democrticas e conservar o patrimnio pblico;

    II cuidar da sade e assistncia pblica da proteo e garantia das pessoas portadoras de deficincia;

    III proteger os documentos, as obras e outros bens de valor histrico artstico e cultural, os monumentos, as paisagens naturais notveis e os stios arqueolgicos;

    IV impedir a evaso, a destruio e a descaracterizao de obras de arte e de outros bens de valor histrico, artstico ou cultural;

    V proporcionar os meios de acesso cultura, educao e cincia; VI proteger o meio ambiente e combater a poluio em qualquer de suas formas; VII preservar as florestas, a fauna e a flora; VIII fomentar a produo agropecuria e organizar o abastecimento alimentar; IX promover programas de construo de moradias e a melhoria das condies

    habitacionais e de saneamento bsico;

    X combater as causas da pobreza e os fatores de marginalizao promovendo a integrao social dos setores desfavorecidos;

    XI registrar, acompanhar e fiscalizar as concesses de direitos de pesquisa e explorao de recursos hdricos e minerais em seus territrios;

    XII estabelecer e implantar poltica de educao para a segurana do trnsito; XIII - fomentar as atividades econmicas e estimular, particularmente, o melhor

    aproveitamento da terra.

    SEO III

    DA COMPETNCIA SUPLEMENTAR

    Art. 17. Ao Municpio compete suplementar a legislao federal e a

    estadual no que couber e naquilo que disser respeito ao seu peculiar interesse.

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    Pargrafo nico. A competncia prevista neste artigo, ser exercida

    em relao s legislaes federal e estadual no que digam respeito ao peculiar interesse

    municipal, visando a adapt-las a realidade local.

    CAPTULO III

    DAS VEDAES

    Art. 18. Ao Municpio vedado:

    I - estabelecer cultos religiosos ou igrejas, subvencion-los, embaraar-lhes o

    funcionamento ou manter com eles ou com seus representantes relaes de dependncia ou

    aliana, ressalvada na forma da lei a colaborao de interesse pblico;

    II - recusar f aos documentos pblicos;

    III - criar distines entre brasileiros ou preferncias entre si;

    IV - subvencionar ou auxiliar de qualquer modo com recursos pertencentes aos cofres

    pblicos, quer pela imprensa, rdio, televiso, servios de alto falante, ou qualquer outro meio

    de comunicao, propaganda poltico-partidria ou fins estranhos administrao;

    V - manter a publicidade de atos, propagandas, obras, servios e campanhas de rgos

    pblicos que no tenham carter educativo ou de orientao social, assim como a publicidade

    da qual constem nomes, smbolos ou imagens que caracterizem promoo pessoal de

    autoridades ou servidores pblicos;

    VI - outorgar isenes ou anistias fiscais ou permitir a remisso de dvidas sem interesse

    pblico justificado, sob pena de nulidade do ato;

    VII - exigir ou aumentar tributo sem lei que o estabelea;

    VIII - instituir tratamento desigual entre contribuintes que encontrem em situao

    equivalente, proibida qualquer distino em razo de ocupao profissional ou funo por eles

    exercida, independentemente da denominao jurdica dos rendimentos, ttulos ou direitos;

    IX - estabelecer diferena tributria entre bens e servios de qualquer natureza em razo

    de sua procedncia ou destino;

    X - cobrar tributos:

    a) em relao a fatos geradores ocorridos antes do incio da vigncia da lei que os houver institudo ou aumentado;

    b) no mesmo exerccio financeiro em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou;

    XI - utilizar tributos com efeito de confisco;

    XII - estabelecer limitaes ao trfego de pessoas ou bens por meio de tributos

    ressalvada a cobrana de pedgio pela utilizao de vias conservadas pelo Poder Pblico;

    XIII - instituir imposto sobre:

    a) patrimnio, renda ou servios da Unio, do Estado e de outros Municpios; b) templos de qualquer culto; c) patrimnio, renda ou servios dos partidos polticos, inclusive suas fundaes, das

    entidades sindicais dos trabalhadores, das instituies de educao e de assistncia social sem

    fins lucrativos, atendidos os requisitos da lei federal;

    d) livros, jornais, peridicos e o papel destinado a sua impresso;

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    1 A vedao do inciso XIII a extensiva s autarquias e s

    fundaes institudas e mantidas pelo Poder Pblico, no que se refere ao patrimnio, renda e

    aos servios vinculados s suas finalidades essenciais ou as delas decorrentes;

    2 A vedaes do inciso XIII a e do pargrafo anterior no se

    aplicam ao patrimnio, renda e aos servios relacionados com as exploraes de atividades

    econmicas regidas pelas normas aplicveis a empreendimentos privados ou em que haja

    contraprestao ou pagamento de preos ou tarifas pelo usurio nem exonera o promitente

    comprador da obrigao de pagar imposto relativamente ao bem imvel.

    3 As vedaes expressas no inciso XIII, alneas b e c,

    compreendem somente o patrimnio, a renda e os servios relacionados com as finalidades

    essenciais das entidades nelas mencionadas;

    4 As vedaes expressas nos incisos VII e XIII sero

    regulamentadas em lei complementar federal.

    TTULO IV

    DA ORGANIZAO DOS PODERES

    CAPTULO I

    DO PODER LEGISLATIVO

    SEO I

    DA CMARA MUNICIPAL

    Art. 19. O Poder Legislativo do Municpio exercido pela Cmara

    Municipal.

    Pargrafo nico. Cada legislatura ter a durao de quatro anos,

    compreendendo cada ano uma sesso legislativa.

    Art. 20. A Cmara Municipal composta de Vereadores eleitos pelo

    sistema proporcional, como representante do povo, com mandato de quatro anos.

    1 So condies de elegibilidade para o mandato de Vereador, na

    forma da lei federal:

    I - a nacionalidade brasileira;

    II - o pleno exerccio dos diretos polticos;

    III - o alistamento eleitoral;

    IV - o domiclio eleitoral na circunscrio;

    V - a filiao partidria;

    VI - a idade mnima de dezoito anos;

    VII - ser alfabetizado.

    2 O nmero de Vereadores da Cmara Municipal fica fixado em:

    I at 47.619 habitantes em 09 (nove) Vereadores;

    II de 47.620 at 95.238 habitantes em 10 (dez) Vereadores;

    III 95.239 at 142.857 habitantes em 11 (onze) Vereadores;

    IV de 142.858 at 190.476 habitantes em 12 (doze) Vereadores;

    V de 190.477 at 238.095 habitantes em 13 ( treze)Vereadores.

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    3 O total da despesa do Poder Legislativo Municipal, includos os

    subsdios dos Vereadores e excludos os gastos com inativos, no poder ultrapassar os

    percentuais definidos pelo artigo 29-A da Constituio Federal, relativos aos somatrios da

    receita tributria e das transferncias previstas no 5. do artigo 153 e nos artigos 158 e 159

    do texto da Constituio Federal, efetivamente realizado no exerccio anterior.

    4 A Cmara Municipal no gastar mais de 70% (setenta por cento)

    de sua receita com a folha de pagamento, includo o gasto com o subsdio de seus vereadores,

    no limite de 8% (oito por cento).

    5 Constitui crime de responsabilidade do Prefeito Municipal:

    I - efetuar repasse que supere os limites definidos no artigo 29-A da Constituio

    Federal;

    II - no enviar o repasse at o dia vinte de cada ms; ou

    III - envi-lo a menor em relao proporo fixada na Lei Oramentria.

    6. Constitui crime de responsabilidade do Presidente da Cmara

    Municipal o desrespeito ao 2. deste artigo.

    Art. 21. No incio de cada legislatura, a Cmara, sob a presidncia do

    Vereador mais idoso, reunir-se- em 01 de janeiro, em sesso solene, para dar posse aos

    Vereadores aps compromisso, e eleger sua Mesa Diretora para mandato de dois anos.

    1 A eleio da Mesa Diretora observar os procedimentos

    constantes no Regimento Interno.

    2 Os membros da Mesa Diretora no podero ser reconduzidos para

    o mesmo cargo na eleio subseqente.

    3 No ato de posse os Vereadores prestaro o seguinte

    compromisso:

    Prometo manter, defender e cumprir a Lei Orgnica, observar a

    Constituio Federal e Estadual, as leis da Unio, do Estado e do Municpio, promover o

    bem geral dos muncipes e exercer o cargo sob a inspirao da democracia, da legitimidade

    e da legalidade

    4 A eleio da Mesa Diretora se dar por chapa, que poder ou no

    ser completa e inscrita at a hora da eleio por qualquer Vereador, nos temos do Regimento

    Interno.

    5 O Vereador que no tomar posse, dever faz-lo dentro do prazo

    de (15) quinze dias do incio do funcionamento normal da Cmara, sob pena de perda do

    mandato, salvo motivo justo, aceito pela maioria absoluta dos membros da Cmara.

    Art. 22. A Cmara Municipal, reunir-se- anualmente, na sede do

    Municpio, de primeiro de janeiro a trinta de junho e de primeiro de agosto a quinze de

    dezembro.

    1 As reunies marcadas para estas datas sero transferidas para o

    primeiro dia til subseqente, quando recarem em sbados, domingos ou feriados.

    2 A Cmara se reunir em sesses ordinrias, extraordinrias ou

    solenes, conforme dispuser o seu Regimento Interno.

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    3 A convocao extraordinria da Cmara Municipal far-se-:

    I - pelo Prefeito, quando este a entender necessria;

    II - pelo Presidente da Cmara para o compromisso e a posse do Prefeito e do Vice-

    Prefeito;

    III - pelo Presidente da Cmara ou a requerimento da maioria dos membros da Casa, em

    caso de urgncia ou de interesse pblico relevante;

    IV - pela Comisso representativa da Cmara, conforme previsto no art. 41, V, desta Lei

    Orgnica.

    4 Na sesso legislativa extraordinria, a Cmara Municipal

    somente deliberar sobre a matria para a qual foi convocada.

    Art. 23. As deliberaes da Cmara sero tomadas por maioria de

    votos, presente a maioria de seus membros, salvo disposio em contrrio constante na

    Constituio Federal e nesta Lei Orgnica.

    Art. 24. A sesso legislativa ordinria no ser interrompida sem a

    deliberao do projeto de lei de diretrizes oramentria e do projeto de lei do oramento do

    Municpio.

    Art. 25. As sesses da Cmara devero ser realizadas em recinto

    destinado ao seu funcionamento, observado o disposto no art. 40, XI, desta Lei Orgnica.

    1 Comprovada a impossibilidade de acesso ao recinto da Cmara,

    ou outra causa que impea a sua utilizao, podero ser realizadas em outro local designado

    pelo Presidente da Cmara no ato de verificao da ocorrncia.

    2 As sesses solenes podero ser realizadas fora do recinto da

    Cmara.

    Art. 26. As sesses sero pblicas, salvo deliberao em contrrio, de

    dois teros (2/3) dos Vereadores, adotada em razo de motivo relevante, quando secretas;

    Art. 27. As sesses somente podero se abertas com a presena de, no

    mnimo, de um tero (1/3) dos membros da Cmara.

    Pargrafo nico. Considerar-se- presente sesso o Vereador que

    assinar o livro de presena at o incio da Ordem do Dia, participar dos trabalhos do Plenrio

    e das votaes.

    SEO II

    DO FUNCIONAMENTO DA CMARA

    Art. 28. A Cmara reunir-se-, em sesso ordinria,

    independentemente de convocao, nos dias teis de cada ms, fixados em Resoluo.

    1 A eleio da mesa se dar por chapa, que poder ou no ser

    completa e inscrita at a hora da eleio por qualquer dos Vereadores.

    2 Inexistindo nmero legal, o Vereador mais idoso dentre os

    presentes permanecer na presidncia e convocar sesses dirias, at que seja eleita a Mesa.

    3 A eleio da Mesa, para o segundo binio, far-se- na ltima

    sesso ordinria do ms de dezembro do segundo ano de cada legislatura, considerando-se

    automaticamente empossados os eleitos.

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    4 No ato da posse e ao trmino do mandato os Vereadores devero

    fazer declarao de seus bens, a qual ficar arquivada na Cmara, constando das respectivas

    atas o seu resumo.

    Art. 29. A Mesa da Cmara ser composta do Presidente, Vice-

    Presidente e Secretrio, os quais se substituiro nessa ordem.

    1 Na constituio da Mesa assegurada, tanto quanto possvel, a

    representao proporcional dos partidos ou dos blocos parlamentares que participam da Casa.

    2 Na ausncia dos membros da Mesa o Vereador mais idoso

    assumir a Presidncia.

    3 Qualquer componente da Mesa poder ser destitudo da mesma,

    pelo voto de dois teros (2/3) dos membros da Cmara, assegurada ampla defesa, quando

    faltoso, omisso ou ineficiente no desempenho de suas atribuies regimentais, sendo

    substitudo pelo suplente para a complementao do mandato.

    4 Na falta do suplente far-se- eleio.

    Art. 30. A Cmara ter comisses permanentes e especiais.

    1 s comisses permanentes em razo da matria de sua

    competncia, cabe:

    I - discutir e votar o projeto de lei que dispensar, na forma do Regimento Interno, a

    competncia do Plenrio, salvo se houver recurso de uma maioria simples dos membros da

    Casa;

    II - realizar audincias pblicas com entidades da sociedade civil;

    III - convocar os Secretrios Municipais ou Diretores equivalentes, para prestar

    informaes sobre assuntos inerentes a suas atribuies;

    IV - receber peties, reclamaes, representaes ou queixas de qualquer pessoa contra

    atos ou omisses das autoridades ou entidades pblicas;

    V - solicitar depoimento de qualquer autoridade ou cidado;

    VI - exercer no mbito de sua competncia, a fiscalizao dos atos do Executivo e da

    Administrao Indireta;

    2 As comisses especiais, criadas por deliberao do Plenrio,

    sero destinadas ao estudo de assuntos especficos e representao da Cmara em

    congressos, solenidades ou outros atos pblicos;

    3 Na formao das comisses, assegurar-se- tanto quanto

    possvel, a representao proporcional dos Partidos ou dos blocos parlamentares que

    participem da Cmara.

    4 As comisses parlamentares de inqurito, que tero poderes de

    investigao prprios das autoridades judiciais, alm de outros previstos no Regimento

    Interno da Casa, sero criadas pela Cmara Municipal, mediante requerimento de um tero

    dos seus membros, para a apurao de fato determinado e por prazo certo, sendo suas

    concluses, se for o caso, encaminhadas ao Ministrio Pblico, para que promova a

    responsabilidade civil ou criminal dos infratores.

    Art. 31. A Maioria, a Minoria, as Representaes Partidrias com

    nmero de membros superior a 1/10 (um dcimo) da composio da Casa, e os blocos

    parlamentares tero Lder e Vice-Lder.

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    1 A indicao dos Lderes ser feita em documento subscrito pelos

    membros das representaes majoritrias, minoritrias, blocos parlamentares ou Partidos

    Polticos Mesa, nas vinte e quatro horas que se seguirem instalao do primeiro perodo

    legislativo anual.

    2 Os Lderes indicaro os respectivos Vice-Lderes, dando

    conhecimento Mesa da Cmara dessa designao.

    Art. 32. Alm de outras atribuies previstas no Regimento Interno,

    os Lderes indicaro os representantes partidrios nas Comisses da Cmara.

    Pargrafo nico. Ausente ou impedido o Lder, suas atribuies sero

    exercidas pelo Vice-Lder.

    Art. 33. Cmara Municipal, observado o disposto nesta Lei

    Orgnica, compete elaborar o seu Regimento Interno, dispondo sobre sua organizao, polcia

    e provimento de cargos de seus servios e, especialmente, sobre:

    I - sua instalao e funcionamento;

    II - posse de seus membros;

    III - eleio da Mesa, sua composio e suas atribuies;

    IV - nmero de reunies mensais;

    V - comisses;

    VI - sesses;

    VII - deliberaes;

    VIII - todo e qualquer assunto de sua administrao interna.

    Art. 34. Por deliberao da maioria simples de seus membros, a

    Cmara poder convocar Secretrio Municipal ou Diretor equivalente para, pessoalmente,

    prestar informaes a cerca de assuntos previamente estabelecidos.

    Pargrafo nico. A falta de comparecimento do Secretrio Municipal

    ou Diretor equivalente, sem justificativa razovel, ser considerado desacato Cmara, e , se

    o Secretrio ou Diretor for Vereador licenciado, o no comparecimento nas condies

    mencionadas caracterizar procedimento incompatvel com a dignidade da Cmara, para

    instaurao do respectivo processo, na forma da Lei Federal, e conseqente cassao do

    mandato.

    Art. 35. O Secretrio Municipal ou Diretor equivalente, a seu pedido,

    poder comparecer perante o Plenrio ou qualquer comisso da Cmara para expor assunto e

    discutir projeto de lei ou qualquer ato normativo relacionado com o seu servio

    administrativo.

    Art. 36. A Mesa da Cmara poder encaminhar pedidos escritos de

    informao aos Secretrios Municipais ou Diretores equivalentes, importando em processo

    disciplinar, a ser instaurado pela autoridade hierarquicamente superior pela recusa ou o no

    atendimento no prazo de quinze dias, bem como a prestao de informao falsa.

    Art. 37. Mesa, dentre outras atribuies, compete:

    I - tomar todas as medidas necessrias regularidade dos trabalhos legislativos;

    II - propor projetos que criem ou extingam cargos no servio da Cmara e fixem os

    respectivos vencimentos;

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    III - apresentar projetos de lei dispondo sobre aberturas de crditos suplementares ou

    especiais, atravs do aproveitamento do total ou parcial das consignaes oramentrias da

    Cmara;

    IV - promulgar a Lei Orgnica e suas emendas;

    V - representar, junto ao Executivo, sobre necessidade de economia interna;

    VI - contratar, na forma da lei, por tempo determinado, para atender a necessidade

    temporria de excepcional interesse pblico.

    Art. 38. Dentre outras atribuies, compete ao Presidente da Cmara:

    I - representar a Cmara em juzo e fora dele;

    II - dirigir, executar e disciplinar os trabalhos legislativos e administrativos da Cmara;

    III - interpretar e fazer cumprir o Regimento Interno;

    IV - promulgar as resolues e decretos legislativos;

    V - promulgar as leis com sano tcita ou cujo veto tenha sido rejeitado pelo Plenrio,

    desde que no aceita esta deciso, em tempo hbil, pelo Prefeito.

    VI - fazer publicar os atos da Mesa, as resolues, decretos legislativos e as leis que vier

    promulgar;

    VII - autorizar as despesas da Cmara;

    VIII - representar por deciso da Cmara, sobre a inconstitucionalidade de lei ou ato

    municipal;

    IX - solicitar, por deciso da maioria absoluta da Cmara, a interveno no Municpio

    nos casos admitidos pela Constituio Federal e pela Constituio Estadual;

    X - manter a ordem no recinto da Cmara, podendo solicitar a fora necessria para esse

    fim;

    XI - encaminhar, para parecer prvio, a prestao de contas da Mesa Diretora ao

    Tribunal de Contas do Estado, ou rgo a que for atribuda tal competncia.

    SEO III

    DAS ATRIBUIES DA CMARA MUNICIPAL

    Art. 39. Compete Cmara Municipal, com a sano do Prefeito,

    dispor sobre todas as matrias de competncia do Municpio e, especialmente:

    I - instituir e arrecadar tributos de sua competncia, bem como aplicar suas rendas;

    II - autorizar isenes e anistias fiscais e a remisso de dvidas;

    III - votar a lei de diretrizes oramentrias, o oramento anual e o plurianual, bem como

    autorizar abertura de crditos suplementares e especiais;

    IV - deliberar sobre obteno e concesso de emprstimos e operaes de crditos, bem

    como a forma e os meios de pagamento;

    V - autorizar a concesso de auxlios e subvenes;

    VI - autorizar a concesso de servios pblicos;

    VII - autorizar a concesso do direito real de uso de bens municipais;

    VIII - autorizar a concesso administrativa de uso de bens municipais;

    IX - autorizar a alienao de bens imveis;

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    X - autorizar a aquisio de bens imveis, salvo quando se tratar de doao sem

    encargo;

    XI criao, transformao e extino de cargo, emprego e funes pblicas na

    Administrao direta, autrquica, fundacional e fixao de remunerao, observados os

    parmetros estabelecidos na Lei de Diretrizes Oramentrias;

    XII - criar, estruturar e conferir atribuies a Secretrios ou Diretores equivalentes e

    rgos da administrao pblica;

    XIII - delimitar o permetro urbano;

    XIV - autorizar a alterao da denominao de prprios, vias e logradouros pblicos;

    XV - estabelecer normas urbansticas, particularmente as relativas a zoneamento e

    loteamento;

    XVI plano diretor, observando-se a legislao aplicvel;

    XVII plano plurianual e oramentos anuais;

    XVIII diretrizes oramentrias;

    XIX dvida pblica, abertura e operaes de crdito;

    XX fixao e modificao dos efetivos da Guarda Municipal, se criada por lei;

    XXI fixao do quadro de empregos das empresas pblicas, sociedade de economia

    mista e demais entidades sob controle direto ou indireto do Municpio.

    XXII organizao da Defensoria do Povo, da Procuradoria do Municpio, da Guarda

    Municipal e dos demais rgos e entidades da Administrao Pblica, nos termos da Lei;

    XXIII diviso distrital da Administrao Pblica;

    XXIV bens do domnio pblico;

    XXV matria decorrente da competncia comum prevista no art. 23 da Constituio

    Federal.

    Art. 40. Compete privativamente Cmara Municipal exercer as

    seguintes atribuies, dentre outras:

    I - eleger sua Mesa e constituir as comisses;

    II - elaborar o Regimento Interno;

    III - organizar os servios administrativos internos e prover os cargos respectivos;

    IV - dispor sobre a criao ou extino de cargos dos servios administrativos internos e

    a fixao dos respectivos vencimentos;

    V - conceder licena ao Prefeito, Vice-Prefeito e aos Vereadores;

    VI - autorizar o Prefeito a ausentar-se do Municpio, por mais de vinte dias, por

    necessidade do servio;

    VII - tomar e julgar as contas do Prefeito, deliberando sobre o parecer do Tribunal de

    Contas do Estado, no prazo mximo de noventa (90) dias de seu recebimento, observados os

    seguintes preceitos:

    a) o parecer do Tribunal somente deixar de prevalecer por deciso de 2/3 (dois teros) dos membros da Cmara;

    b) decorrido o prazo de cento e vinte (120) dias, sem deliberao pela Cmara, as contas sero includas na Ordem do Dia, sobrestando as demais matrias a serem deliberadas

    at a concluso final;

    c) rejeitadas as contas, sero estas, imediatamente, remetidas ao Ministrio Pblico para os fins de direito;

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    VIII - decretar a perda do mandato do Prefeito e dos Vereadores, nos casos indicados na

    Constituio Federal, nesta Lei Orgnica e na Legislao Federal aplicvel;

    IX - autorizar a realizao de emprstimos, operao ou acordo externo de qualquer

    natureza, de interesse do municpio;

    X - proceder tomada de contas do Prefeito, atravs de comisso especial, quando no

    apresentadas Cmara, dentro de noventa (90) dias aps a abertura da sesso legislativa;

    XI - estabelecer e mudar temporariamente o local de suas reunies;

    XII - convidar o Prefeito e convocar o Secretrio do municpio ou Diretor equivalente

    para prestar esclarecimentos, aprazando dia e hora para o comparecimento;

    XIII - deliberar sobre o adiantamento e a suspenso de suas reunies;

    XIV - criar comisso parlamentar de inqurito sobre fato determinado e prazo certo,

    mediante requerimento de um tero (1/3) de seus membros;

    XV - conceder ttulo de cidado honorrio ou conferir homenagens a pessoas que

    reconhecidamente tenham prestado relevantes servios ao municpio ou nele se destacado pela

    atuao exemplar na vida pblica e particular, mediante proposta pelo voto de dois teros

    (2/3) de membros da Cmara;

    XVI - solicitar a interveno do Estado no municpio;

    XVII processar e julgar o Prefeito, o Vice-Prefeito e os vereadores nos casos previstos

    em lei;

    XVII - fiscalizar e controlar os atos do Poder Executivo, includos os da Administrao

    Indireta;

    XIX fixar em parcela nica, observado o que dispem os arts. 37, XI, 150, II, 153, III

    e 153, 2, I da Constituio Federal, o subsdio dos Vereadores, em cada legislatura para a

    subseqente, sobre a qual incidir imposto sobre renda e proventos de qualquer natureza;

    XX fixar em parcela nica, observado o que dispem os arts. 37, XI, 150, II, 153, III e

    153, 2, I da Constituio Federal, em cada legislatura para a subseqente, o subsdio do

    Prefeito, do Vice-Prefeito e Secretrios municipais ou Diretores equivalentes, sobre a qual

    incidir o imposto sobre rendas e proventos de qualquer natureza;

    XXI - eleger, pelo voto de dois teros de seus membros, aps arguio pblica, o

    Defensor do Povo;

    XXII - suspender, no todo ou em parte, a execuo de qualquer ato normativo

    municipal, que haja sido, por deciso definitiva do Poder Judicirio, declarado infringente das

    Constituies ou da Lei Orgnica;

    XXIII - sustar os atos normativos do Poder Executivo que exorbitem do poder

    regulamentar;

    XXIV - fiscalizar e controlar os atos do Poder Executivo, includos os da administrao

    indireta;

    XXV - dispor sobre limites e condies para a concesso de garantia do Estado em

    operaes de crdito;

    XXVI - autorizar a realizao de emprstimos, operaes ou acordo externo, de

    qualquer natureza, de interesse do Municpio, regulando as suas condies e respectiva

    aplicao, observada a legislao federal;

    XXVII - zelar pela preservao de sua competncia legislativa em face da atribuio

    normativa do Poder Executivo;

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    XXVIII - aprovar, previamente a alienao ou a concesso de bem imvel pblico;

    XIX mudar, temporariamente, ou definitivamente a sua sede.

    1 No caso previsto no inciso VIII, a condenao, que somente ser

    proferida por dois teros dos votos da Cmara, se limitar perda do cargo, com inabilitao,

    por oito anos, para o exerccio de funo pblica, sem prejuzo das demais sanes judiciais

    cabveis.

    2 A representao judicial da Cmara ser exercida por seu

    Presidente.

    Art. 41. Ao trmino de cada sesso legislativa a Cmara eleger

    dentre seus membros, em escrutnio pblico, caso necessrio, uma Comisso representativa,

    cuja composio reproduzir, tanto quanto possvel, a proporcionalidade da representao

    partidria ou dos parlamentares na Casa que funcionar nos interregnos das sesses

    legislativas ordinrias, com as seguintes atribuies:

    I - reunir-se ordinariamente, quando necessrio, uma vez por semana e

    extraordinariamente sempre que convocada pelo Presidente;

    II - zelar pelas prerrogativas do Poder Legislativo;

    III - zelar pela observncia da Lei Orgnica e dos direitos e garantias individuais;

    IV - autorizar o Prefeito a se ausentar do municpio por mais de vinte (20) dias;

    V - convocar extraordinariamente a Cmara em caso de urgncia ou interesse pblico

    relevante.

    Pargrafo nico. A Comisso Representativa dever apresentar

    relatrio dos trabalhos por ela realizados, quando do reincio do perodo de funcionamento

    ordinrio da Cmara.

    SEO IV

    DOS VEREADORES

    Art. 42. Os Vereadores so inviolveis no exerccio do mandato, e na

    circunscrio do municpio, por suas opinies, palavras e votos.

    Art. 43. vedado ao Vereador:

    I - desde a expedio do diploma:

    a) firmar ou manter contrato com o municpio, com suas autarquias, fundaes, empresas pblicas, sociedades de economia mista ou suas empresas concessionrias de

    servio pblico, salvo quando o contrato obedecer s clusulas uniformes

    b) aceitar cargo, emprego ou funo, no mbito da administrao pblica direta ou indireta municipal, salvo mediante aprovao em concurso pblico e observado o disposto

    no art. 88, I, IV e V desta Lei Orgnica.

    II - desde a posse:

    a) ocupar cargo, funo ou emprego, na Administrao pblica direta ou indireta do municpio, de que seja exonervel ad nutum, salvo o cargo de Secretrio Municipal ou

    Diretor equivalente, desde que se licencie do exerccio do mandato;

    b) ser titular de mais de um cargo ou mandato pblico eletivo;

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    c) ser proprietrio, controlador ou diretor de empresa que goze de favor decorrente de contrato com pessoa jurdica de direito pblico do municpio, ou nela exercer

    funo remunerada;

    d) patrocinar causa junto ao municpio em que seja interessada qualquer das entidades a que se refere a alnea a do inciso I.

    Art. 44. Perder o mandato o Vereador:

    I - que infringir qualquer das proibies estabelecidas no art. Anterior;

    II que proceder de modo incompatvel com a dignidade da Cmara ou faltar com o

    decoro na sua conduta pblica e particular;

    III - que se utilizar do mandato para a prtica de atos de corrupo ou de improbidade

    administrativa;

    IV - que deixar de comparecer, em cada sesso legislativa anual, tera parte das

    sesses ordinrias da Cmara, salvo doena comprovada, licena ou misso autorizada pela

    edilidade;

    V - que fixar residncia fora do municpio;

    VI - que perder ou tiver suspensos os direitos polticos;

    1 Alm de outros casos definidos no Regimento Interno da Cmara

    Municipal, considerar-se- incompatvel com o decoro parlamentar o abuso das prerrogativas

    asseguradas ao Vereador ou a percepo de vantagens ilcitas ou imorais.

    2 Nos casos do inciso I e II a perda do mandato ser declarada pela

    Cmara por escrutnio pblico mediante maioria absoluta, por provocao da Mesa ou de

    Partido poltico representado na Cmara, assegurada ampla defesa.

    3 Nos casos previstos no inciso III e VI, a perda ser declarada pela

    Mesa da Cmara, atravs de ofcio ou mediante provocao de qualquer de seus membros ou

    de Partido Poltico representado na Casa, assegurada ampla defesa.

    Art. 45 O Vereador poder licenciar-se:

    I - por motivo de doena;

    II - para tratar, sem remunerao, de interesse particular, desde que o afastamento no

    ultrapasse cento e vinte (120) dias por sesso legislativa;

    III - para desempenhar misses temporrias, de carter cultural ou de interesse do

    municpio.

    1 No perder o mandato considerando-se automaticamente

    licenciado, o Vereador investido no cargo de Secretrio Municipal ou Diretor equivalente,

    conforme previsto no art. 43, inciso II, alnea a desta Lei Orgnica.

    2 A Cmara pagar ao Vereador licenciado, nas hipteses do inciso

    I, at o 15 (dcimo quinto) dia, o valor do subsdio correspondente a esse perodo, sendo os

    demais por conta do regime previdencirio prprio e, nos casos do inciso III, determinar o

    pagamento de diria com apresentao dos comprovantes de despesas.

    3 O auxlio de que se trata o pargrafo anterior poder ser fixado

    no curso de Legislatura.

    4 A licena para tratar de interesse particular no ser inferior a

    trinta (30) dias e o Vereador no poder reassumir o exerccio do mandato antes do trmino

    da licena.

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    5 Independentemente do requerimento, considerar-se- como

    licena o no comparecimento s reunies de Vereador privado, temporariamente, de sua

    liberdade, em virtude de processo criminal em curso.

    6 Na hiptese do 1, o Vereador poder optar pela remunerao

    do mandato.

    Art.46. Dar-se- convocao do Suplente de Vereador nos casos de

    vaga ou de licena.

    1 O suplente convocado dever tomar posse no prazo de quinze

    (15) dias, contados da data da convocao, salvo justo motivo aceito pela Cmara, quando se

    prorrogar o prazo.

    2 Enquanto a vaga a que se refere o pargrafo anterior no for

    preenchida, calcular-se- quorum em funo dos vereadores remanescentes.

    SEO V

    DO PROCESSO LEGISLATIVO

    Art. 47. O processo legislativo municipal compreende a elaborao

    de:

    I - emendas Lei Orgnica Municipal;

    II - leis complementares;

    III - leis ordinrias;

    IV - leis delegadas;

    V - resolues; e

    VI - decretos legislativos.

    Pargrafo nico. So ainda objeto de deliberao da Cmara, na

    forma do Regimento Interno:

    I autorizao;

    II indicao;

    III requerimento;

    IV moo.

    Art. 48. A Lei Orgnica Municipal poder ser emendada mediante

    proposta:

    I - de um tero, no mnimo, dos membros da Cmara Municipal;

    II - do Prefeito Municipal.

    1 A proposta ser votada em dois turnos com interstcio mnimo de

    dez dias, e aprovada por dois teros dos membros da Cmara Municipal.

    2 A emenda Lei Orgnica Municipal ser promulgada pela Mesa

    da Cmara com o respectivo nmero de ordem.

    3 A Lei Orgnica no poder ser emendada na vigncia de estado

    de stio ou de interveno do municpio.

    Art. 49. A iniciativa das leis cabe a qualquer Vereador, ao Prefeito e

    ao eleitorado que a exercer sob a forma de moo articulada, subscrita, no mnimo, por cinco

    por cento do total de nmero de eleitores do Municpio.

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    Art. 50. A leis complementares somente sero aprovadas, se

    obtiverem maioria absoluta dos votos dos membros da Cmara Municipal, observados os

    demais termos de votao das leis ordinrias.

    Pargrafo nico. Sero leis complementares, dentre outras previstas

    nesta Lei Orgnica:

    I - Cdigo Tributrio do Municpio;

    II - Cdigo de Obras;

    III - Cdigo de Postura;

    IV - lei instituidora do regime jurdico nico dos servidores municipais;

    V - lei orgnica instituidora da Defensoria do Povo e da Guarda Municipal;

    VI - lei de criao de cargos, funes ou empregos pblicos;

    VII plano diretor;

    XI estatuto dos servidores pblicos;

    X lei de parcelamento, ocupao e uso do solo;

    XI lei de organizao administrativa.

    Art. 51. So de iniciativa exclusiva do Prefeito as leis que disponham

    sobre:

    I - criao, transformao ou extino de cargos, funes ou empregos pblicos na

    Administrao direta ou autrquica ou aumento de sua remunerao;

    II - servidores pblicos, seu regime jurdico, provimento de cargos, estabilidade e

    aposentadorias;

    III - criao, estruturao e atribuies das Secretarias ou Departamentos equivalentes e

    rgos da Administrao Pblica;

    IV - a organizao da Guarda Municipal e dos demais rgos da administrao pblica;

    V - o plano plurianual;

    VI - as diretrizes oramentrias;

    VII - os oramentos anuais;

    VIII - a matria tributria que implique em reduo da receita pblica.

    Pargrafo nico. No ser admitido aumento da despesa

    prevista nos projetos de iniciativa exclusiva do Prefeito Municipal, ressalvado o disposto na

    Constituio Federal.

    Art. 52. da competncia exclusiva da Mesa da Cmara a

    iniciativa das leis que disponham sobre:

    I - autorizao para abertura de crditos suplementares ou especiais, atravs do

    aproveitamento total ou parcial das consignaes oramentrias da Cmara;

    II - o regulamento geral, que dispor sobre a organizao da Secretaria da Cmara, seu

    funcionamento, sua polcia, criao, transformao ou extino de cargo, emprego ou funo,

    regime jurdico de seus servidores e fixao da respectiva remunerao, observados os

    parmetros estabelecidos na Lei de Diretrizes Oramentrias e o disposto nos Arts. 87, X e XI

    e Art. 89, 1.

    III - a autorizao para o Prefeito ausentar-se do Municpio:

    IV - a mudana temporria da sede da Cmara.

    Pargrafo nico. Nos projetos da competncia exclusiva da Mesa

    Diretora da Cmara no sero admitidas emendas que aumentem a despesa prevista,

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    ressalvado o disposto na parte final do inciso II deste artigo, assinada pela maioria absoluta

    dos membros da Cmara de Vereadores, desde que dentro dos parmetros legais.

    Art. 53. O Prefeito poder solicitar urgncia para apreciao de

    projetos de sua iniciativa.

    1 Solicitada a urgncia, a Cmara dever se manifestar em at

    noventa (90) dias sobre a proposio, contados da data que for feita a solicitao.

    2 Esgotado o prazo previsto no pargrafo anterior sem deliberao

    pela Cmara, ser a proposio includa na Ordem do Dia, sobrestando-se as demais

    proposies, para que se ultime a votao.

    3 O prazo do 1 no corre no perodo de recesso da Cmara nem

    se aplica aos projetos de lei complementar.

    Art. 54. Aprovado o projeto de lei ser este enviado ao Prefeito, que

    aquiescendo, o sancionar.

    1 O Prefeito considerando o projeto, no todo ou em parte,

    inconstitucional ou contrrio ao interesse pblico vet-lo- total ou parcialmente, no prazo de

    quinze (15) dias teis, contados da data de recebimento s podendo ser rejeitado pelo voto da

    maioria absoluta dos Vereadores, em escrutnio pblico.

    2 O veto parcial somente abranger texto integral de artigo, de

    pargrafo, de inciso ou de alnea.

    3 Decorrido o prazo do 1, o silncio do Prefeito importara

    sano.

    4 A apreciao do veto pelo Plenrio da Cmara ser, dentro de

    trinta (30) dias a contar do seu recebimento, em uma s discusso e votao, com parecer ou

    sem ele, considerando-se rejeitado pelo voto da maioria absoluta dos Vereadores, em

    escrutnio pblico.

    5 rejeitado o veto, ser o projeto enviado ao Prefeito para a

    promulgao.

    6 Esgotado sem deliberao o prazo estabelecido no 4, o veto

    ser colocado na Ordem do Dia da Sesso imediata, sobrestadas as demais proposies, at a

    sua votao final, ressalvadas as matrias de que trata o art. 53 desta Lei Orgnica.

    7 A no promulgao da lei no prazo de quarenta e oito (48) horas

    pelo Prefeito, criar para o Presidente da Cmara a obrigao de faz-lo em igual prazo.

    8 A no promulgao a que se refere o pargrafo anterior, implicar

    na destituio automtica na funo de Presidente da Cmara Municipal.

    Art. 55. As leis delegadas sero elaboradas pelo Prefeito, que dever

    solicitar a delegao Cmara Municipal, aprovada pela maioria absoluta de seus membros.

    1 Os atos da competncia privativa da Cmara, a matria reservada

    lei complementar, a lei de diretrizes oramentrias e o plano plurianual e o oramento no

    sero objetos de delegao.

    2 A delegao ao Prefeito ser efetuada sob a forma de decreto

    legislativo, que especificar seu contedo e os termos de seu exerccio.

    3 O decreto legislativo poder determinar a apreciao do projeto

    pela Cmara que a far em votao nica, vedada a apresentao de emenda.

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    Art. 56. Os projetos de resoluo disporo sobre matrias de interesse

    interno da Cmara e os projetos de decreto legislativo sobre os demais casos de sua

    competncia privativa.

    Pargrafo nico. Nos casos de projeto de resoluo e de projeto de

    decreto legislativo, considerar-se- encerrada com a votao final a elaborao da norma

    jurdica que ser promulgada pelo Presidente da Cmara.

    Art. 57. A matria constante de projeto de lei rejeitado somente poder

    constituir objeto de novo projeto, na mesma sesso legislativa, mediante proposta da maioria

    absoluta dos membros da Cmara.

    SEO VI

    DA FISCALIZAO CONTBIL, FINANCEIRA E ORAMENTRIA

    Art. 58. A fiscalizao contbil, financeira e oramentria do

    municpio ser exercida pela Cmara Municipal, mediante controle externo, e pelo sistema de

    controle interno do Executivo, institudos em Lei.

    1 O controle externo da Cmara ser exercido com o auxlio do

    Tribunal de Contas do Estado ou rgo estadual a que for atribuda esta incumbncia, e

    compreender a apreciao das contas do Prefeito e da Mesa da Cmara, o acompanhamento

    das atividades financeiras e oramentrias do municpio, desempenho das funes de

    auditoria financeira e oramentria, bem como o julgamento das contas dos administradores e

    demais responsveis por bens e valores pblicos.

    2 As contas do Prefeito, prestadas anualmente, sero julgadas pela

    Cmara Municipal, dentro de noventa (90) dias, aps o recebimento do parecer prvio do

    Tribunal de Contas; esgotado este prazo sem deliberao pela Cmara, as contas sero

    includas na Ordem do Dia, sobrestando as demais matrias a serem deliberadas at a

    concluso final.

    3 Somente por deciso de dois teros dos membros da Cmara

    Municipal, deixar de prevalecer o parecer emitido pelo Tribunal de Contas do Estado ou

    rgo estadual incumbido dessa misso.

    4 As contas relativas aplicao dos recursos transferidos pela

    Unio e Estado sero prestadas na forma da legislao federal e estadual em vigor, podendo o

    municpio suplementar esta conta, sem prejuzo de incluso na prestao anual de contas.

    Art. 59. Os Poderes Legislativo e Executivo e as Entidades da

    Administrao indireta mantero sistema de controle interno de forma integrada, com a

    finalidade de de:

    I - criar condies indispensveis para assegurar eficcia ao controle externo e

    regularidade realizao da receita e despesa;

    II - acompanhar as execues de programas de trabalho e do oramento;

    III - avaliar os resultados alcanados pelos administradores;

    IV - verificar a execuo dos contratos;

    V - avaliar o cumprimento das metas prevista nos respectivos planos plurianuais e a

    execuo dos programas de governo e oramento;

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    VI - comprovar a legalidade e avaliar os resultados, quanto eficcia e eficincia da

    gesto oramentria, financeira e patrimonial dos rgos da administrao direta e das

    entidades da administrao indireta, e da aplicao de recursos pblicos por entidades de

    direito privado;

    VII - exercer o controle de operaes de crdito, avais e garantias, e seus direitos e

    haveres;

    VIII - apoiar o controle externo no exerccio de sua misso institucional.

    Pargrafo nico. Os responsveis pelo controle interno, ao tomarem

    conhecimento de qualquer irregularidade ou ilegalidade, dela daro cincia ao Tribunal de

    Contas e ao Defensor do Povo, sob pena de responsabilidade solidria.

    Art. 60. As contas do municpio ficaro, durante sessenta dias,

    anualmente, disposio de qualquer contribuinte, para exame e apreciao, o qual poder

    questionar-lhes a legitimidade, nos termos da lei.

    CAPTULO II

    DO PODER EXECUTIVO

    SEO I

    DO PREFEITO E VICE-PREFEITO

    Art. 61. O Poder Executivo municipal exercido pelo Prefeito,

    auxiliado pelos secretrios municipais ou Diretores equivalentes.

    Pargrafo nico. Aplica-se a elegibilidade para Prefeito e Vice-

    Prefeito o disposto no 1 do art. 20 desta Lei Orgnica e a idade mnima de vinte e um anos.

    Art. 62. A eleio do Prefeito e do Vice-Prefeito realizar-se-

    simultaneamente, nos termos estabelecidos no art. 29, incisos I e II da Constituio Federal.

    1 A eleio do Prefeito importar a do Vice-Prefeito com ele

    registrado.

    2 Ser considerado eleito Prefeito o candidato que, registrado por

    partido poltico, obtiver a maioria absoluta de votos, no computados os em brancos e os

    nulos.

    3 Na hiptese de haver empate entre os dois candidatos mais

    votados, qualificar-se- o mais idoso.

    Art. 63. O Prefeito e o Vice-Prefeito em sesso solene da Cmara

    Municipal tomaro posse no dia primeiro de janeiro do ano subseqente eleio, prestando o

    compromisso de manter, defender e cumprir a Lei Orgnica, observar a Constituio Federal e

    Estadual, as leis da Unio, do Estado e do Municpio, promover o bem geral dos muncipes e

    exercer o cargo sob a inspirao da democracia, da legitimidade e da legalidade.

    Pargrafo nico. Decorridos dez dias da data fixada para a posse, o

    Prefeito ou o Vice-Prefeito, que salvo motivo de fora maior, no tiver assumido o cargo, este

    ser declarado vago.

    Art. 64. Substituir o Prefeito, no caso de impedimento e suceder-lhe-

    , no de vaga, o Vice-Prefeito.

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    1 O Vice-Prefeito no poder se recusar a substituir o Prefeito, sob

    pena de extino do mandato.

    2 O Vice-Prefeito, alm de outras atribuies que lhe forem

    conferidas por lei, auxiliar o Prefeito, sempre que por ele for convocado para misses

    especiais.

    Art. 65. Em caso de impedimento do Prefeito e do Vice-Prefeito ou

    vacncia do cargo, assumir a Administrao Municipal o Presidente da Cmara.

    Pargrafo nico. O Presidente da Cmara recusando-se, por qualquer

    motivo, a assumir o cargo do Prefeito, renunciar, incontinente, sua funo de dirigente do

    Legislativo, ensejando, assim, a eleio de outro membro para ocupar, como Presidente da

    Cmara, a chefia do Poder Executivo.

    Art. 66. Verificando-se a vacncia do cargo de Prefeito e inexistindo o

    Vice-Prefeito, observar-se- o seguinte:

    I - ocorrendo a vacncia nos trs primeiros anos do mandato dar-se- eleio noventa

    dias aps a sua abertura, cabendo aos eleitos completar o perodo dos seus antecessores;

    II - ocorrendo a vacncia no ltimo ano do mandato, assumir o Presidente da Cmara

    que completar o perodo.

    Art. 67. O mandato do Prefeito de quatro anos, podendo ser reeleito

    para um nico perodo subseqente, e ter incio em primeiro de janeiro do ano seguinte ao da

    sua eleio.

    Art. 68. O Prefeito e o Vice-Prefeito, quando no exerccio do cargo,

    no podero, sem licena da Cmara Municipal, ausentar-se do municpio por perodo

    superior a vinte dias, sob pena de perda do cargo ou de mandato.

    Pargrafo nico. O Prefeito regularmente licenciado ter direito a

    perceber subsdio quando:

    I - impossibilidade de exercer o cargo, por motivo de doena devidamente comprovada;

    II - em gozo de frias;

    III - a servio ou em misso de representao do municpio.

    1 O Prefeito gozar frias anuais de trinta (30) dias, sem

    prejuzo do subsdio, ficando a seu critrio a poca para usufruir o descanso, vedada a

    indenizao em espcie caso no gozada.

    2 O subsdio do Prefeito ser fixado na forma do inciso XX do art.

    40 desta Lei Orgnica.

    Art. 69. Na ocasio da posse e ao trmino do mandato, o Prefeito far

    declarao de seus bens, a qual ficar arquivada na Cmara, contando das respectivas atas o

    seu resumo.

    Pargrafo nico. O Vice-Prefeito far declarao de bens no

    momento que assumir, pela primeira vez, o exerccio do cargo.

    SEO II

    DAS ATRIBUIES DO PREFEITO

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    Art. 70. Ao Prefeito como chefe da administrao, compete dar

    cumprimento s deliberaes da Cmara, dirigir, fiscalizar e defender os interesses do

    municpio, bem como adotar, de acordo com a lei, todas as medidas administrativas de

    utilidade pblica, sem exceder as verbas oramentrias.

    Art. 71. Compete ao Prefeito, entre outras atribuies:

    I - a iniciativa das leis, na forma e casos previstos nesta Lei Orgnica;

    II - representar o municpio em juzo e fora dele;

    III - sancionar, promulgar e fazer publicar as leis aprovadas pela Cmara e expedir os

    regulamentos para sua fiel execuo;

    IV - vetar no todo ou parte, os projetos de lei aprovados pela Cmara;

    V - decretar, nos termos da lei, a desapropriao por necessidade ou utilidade pblica,

    ou por interesse social;

    VI - expedir decretos, portarias e outros atos administrativos;

    VII - permitir ou autorizar o uso de bens municipais, por terceiros, mediante prvia

    aprovao pela Cmara;

    VIII - permitir ou autorizar a execuo de servios pblicos, por terceiros;

    IX - prover os cargos pblicos e expedir os demais atos referentes situao funcional

    dos servidores;

    X - enviar Cmara os projetos de lei relativos lei de diretrizes oramentrias, ao

    oramento anual e ao plano plurianual do municpio e da suas autarquias;

    XI - encaminhar Cmara Municipal os balancetes mensais de receita e despesa no

    prazo mximo de at (30) trinta dias aps o encerramento do ms findo, e at trinta de maro,

    a prestao de contas;

    XII - encaminhar aos rgos competentes os planos de aplicao e as prestaes de

    contas exigidas em lei;

    XIII - fazer publicar os atos oficiais;

    XIV - prestar Cmara, dentro de quinze (15) dias, as informaes pela mesma

    solicitada, salvo prorrogao, a seu pedido e por prazo determinado, em face da complexidade

    da matria ou da dificuldade de obteno nas respectivas fontes dos dados pleiteados;

    XV - prover os servios e obras da administrao pblica;

    XVI - superintender a arrecadao dos tributos, bem como a guarda e aplicao da

    receita, autorizando as despesas e pagamentos dentro das disponibilidades oramentrias ou

    dos crditos votados pela Cmara;

    XVII - aplicar multas previstas em lei e contratos, bem como rev-las quando impostas

    regularmente;

    XVIII - resolver sobre os requerimentos, reclamaes ou representaes que lhe forem

    dirigidas;

    XIX - oficializar, obedecidas as normas urbansticas aplicveis, as vias e logradouros

    pblicos, mediante denominao aprovada pela Cmara;

    XX - convocar extraordinariamente a Cmara quando o interesse da administrao o

    exigir;

    XXI - aprovar projetos de edificao e planos de loteamento, arruamento e zoneamento

    urbano ou para fins urbanos;

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    XXII - apresentar, anualmente, Cmara, relatrio circunstanciado sobre o estado das

    obras e dos servios municipais, bem assim o programa da administrao para o ano seguinte;

    XXIII - organizar os servios internos das reparties criadas por lei, sem exceder as

    verbas para tal destinadas;

    XXIV - contrair emprstimos e realizar operaes de crdito, mediante prvia

    autorizao da Cmara;

    XXV - providenciar sobre a administrao dos bens do municpio e sua alienao, na

    forma da lei;

    XXVI - organizar e dirigir, nos termos da lei, os servios relativos s terras do

    municpio;

    XXVII - desenvolver o sistema virio do municpio;

    XXVIII - conceder auxlios, prmios e subvenes, nos limites das respectivas verbas

    oramentrias e do plano de distribuio, que so aprovados pela Cmara anualmente;

    XXIX - providenciar sobre o incremento do ensino;

    XXX - estabelecer a diviso administrativa do municpio, de acordo com a lei;

    XXXI - solicitar o auxlio das autoridades policiais do Estado para garantia do

    cumprimento de seus atos;

    XXXII - solicitar, obrigatoriamente autorizao Cmara para ausentar-se do municpio

    por tempo superior a vinte (20) dias;

    XXXIII - adotar providncias para conservao e salvaguarda do patrimnio municipal;

    XXXIV - publicar, at trinta (30) dias aps o encerramento de cada bimestre, relatrio

    resumido da execuo oramentria.

    Art. 72. O Prefeito poder delegar, por decreto, a seus auxiliares, a

    funo administrativa prevista no incisos XV do artigo 71 desta Lei Orgnica.

    SEO III

    DA PERDA E EXTINO DO MANDATO

    Art. 73. vedado ao Prefeito assumir outro cargo ou funo

    Administrativa Pblica direta ou indireta, ressalvada a posse em virtude de concurso pblico e

    observado o disposto no artigo 88, I, IV e V desta Lei Orgnica.

    1 igualmente vedada ao Prefeito e Vice-Prefeito desempenhar

    funo de administrao em qualquer empresa privada.

    2 A infringncia ao disposto neste artigo em seu 1 importar em

    perda do mandato.

    Art. 74. As incompatibilidades declaradas no art. 43, incisos e alneas

    desta Lei Orgnica, estende-se no que forem aplicveis, ao Prefeito e aos Secretrios

    Municipais ou Diretores equivalentes.

    Art. 75. So crimes de responsabilidade do Prefeito os previstos em

    lei federal.

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    Pargrafo nico. O Prefeito ser julgado, pela prtica de crime de

    responsabilidade, perante o Tribunal de Justia do Estado.

    Art. 76. So infraes poltico-administrativas do Prefeito as previstas

    em lei federal.

    Pargrafo nico. O Prefeito ser julgado, pela prtica de infraes

    poltico-administrativas, perante a Cmara.

    Art. 77. Ser declarado vago, pela Cmara Municipal, o cargo de

    Prefeito quando:

    I - ocorrer falecimento, renncia ou condenao por crime funcional ou eleitoral;

    II - deixar de tomar posse, sem motivo justo aceito pela Cmara, dentro do prazo de dez

    (10) dias;

    III - infringir as normas do art. 43 desta Lei Orgnica;

    IV - perder ou tiver suspensos os direitos polticos.

    SEO IV

    DOS AUXILIARES DIRETOS DO PREFEITO

    Art. 78. So auxiliares diretos do Prefeito:

    I - Os Secretrios Municipais;

    II - Os Subprefeitos, quando couber.

    Pargrafo nico. Os cargos so de livre nomeao e exonerao do Prefeito.

    Art. 79. A lei municipal estabelecer as atribuies dos auxiliares

    diretos do prefeito, definindo-lhes a competncia, deveres e responsabilidades.

    Art. 80. So condies essenciais para a investidura no cargo de

    Secretrio Municipal:

    I - ser brasileiro;

    II - estar no exerccio dos direitos polticos;

    III - ser maior de vinte e um anos.

    Art. 81. Alm das atribuies fixadas em lei, compete ao Secretrio

    Municipal:

    I exercer orientao, coordenao e superviso de suas secretarias;

    II - expedir instrues para boa execuo das leis, decretos e regulamentos;

    III - apresentar ao Prefeito relatrio anual dos servios realizados por suas reparties;

    IV - comparecer Cmara Municipal, nos casos e para os fins indicados nesta Lei

    Orgnica;

    V praticar atos pertinentes s atribuies que lhe forem outorgadas pelo prefeito.

    1 Os decretos, atos e regulamentos referentes aos servios

    autnomos ou autrquicos esto referendados pelos Secretrios Municipais da Administrao.

    2 A infringncia ao inciso IV deste artigo, sem justificao,

    importar em infrao disciplinar, estabelecido no Estatuto do Servidor Pblico Municipal.

    3 A omisso e a negligncia da Autoridade em