Lei Organica Do Municipio de Valinhos Atualizada Ate Emenda 51

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  • Atualizada at Emenda n 51, de 26 de novembro de 2013.

    LEI ORGNICA DO MUNICPIO DE VALINHOS

    TTULO I DOS FUNDAMENTOS DO MUNICPIO

    CAPTULO I DOS PRINCPIOS

    Artigo 1 - O Municpio de Valinhos, como clula base da Repblica Federativa do Brasil, tem como princpios fundamentais: I - respeito aos Poderes Legislativo, Executivo e Judicirio independentes e har-mnicos e entre si; II - respeito dignidade da pessoa humana; III - defesa dos valores sociais do trabalho e da livre iniciativa; IV - reconhecimento e respeito ao pluralismo poltico; V - construo de uma sociedade livre, justa e solidria; VI - garantia da liberdade de culto religioso; VII - proteo famlia como instituio fundamental e essencial para o desenvolvimento e equilbrio da nossa sociedade;

    VIII - erradicao da pobreza e causas de marginalizao com reduo das desi-gualdades sociais;

    IX - promoo do bem de todos, sem preconceito de origem, raa, sexo, cor, idade e quaisquer formas de discriminao;

    X - repdio aos atos de terrorismo e ao racismo; XI - defesa intransigente da soluo pacfica dos conflitos; XII - defesa do meio ambiente, entendido no pleno sentido do termo; XIII - defesa da criana, do idoso e do excepcional.

    CAPTULO II DO MUNICPIO

  • LEI ORGNICA DO MUNICPIO DE VALINHOS FL-2-

    Artigo 2 - O Municpio de Valinhos uma unidade do territrio do Estado de So Paulo, com autonomia poltica, legislativa, administrativa e financeira, nos termos assegu-rados por esta Lei Orgnica.

    Artigo 3 - So Poderes do Municpio, independentes e harmnicos entre si, o Le-gislativo e o Executivo.

    Pargrafo nico - So smbolos do Municpio, a Bandeira, o Braso de Armas e o Hino.

    Artigo 4 - A soberania popular no Municpio de Valinhos se manifesta quando a todos so asseguradas condies dignas de existncia e ser exercida: I - pelo sufrgio universal e pelo voto direto e secreto com valor igual para todos;

    II - pelo plebiscito; III - pelo referendo; IV - pela iniciativa popular no processo legislativo;

    V - pela participao popular nas decises do Municpio e no aperfeioamento de-mocrtico de suas instituies;

    VI - pela ao fiscalizadora sobre a administrao pblica.

    CAPTULO III DA COMPETNCIA

    Artigo 5 - Compete ao Municpio, no exerccio de sua autonomia legislar sobre tu-do quanto respeite ao interesse local, tendo como objetivo o pleno desenvolvimento de suas funes sociais e garantir o bem-estar de seus habitantes, cabendo-lhe privativamen-te entre outras, as seguintes atribuies:

    I - elaborar o plano plurianual, as diretrizes oramentrias e os oramentos anuais; II - instituir e arrecadar os tributos de sua competncia, fixar e cobrar preos pbli-

    cos, bem como aplicar suas rendas, sem prejuzo da obrigatoriedade de prestar contas e publicar balancetes nos prazos fixados em lei;

    III - criar, organizar e suprimir distritos, observada a legislao estadual, garantida a participao popular;

    IV - organizar e prestar servios pblicos, diretamente ou por concesso, permisso ou autorizao;

    V - disciplinar a utilizao dos logradouros pblicos e em especial, quanto ao trnsi-to e trfego, provendo sobre:

  • LEI ORGNICA DO MUNICPIO DE VALINHOS FL-3-

    a) o transporte coletivo urbano, seu itinerrio, seu horrio, os pontos de parada e as tarifas, localizao e operao dos terminais de passageiros; b) os servios de txis, seus pontos de estacionamento e as tarifas; c) a sinalizao, os limites das "zonas de silncio", os servios de carga e descar-ga, a tonelagem mxima permitida aos veculos, assim como os locais de estacionamento; d) os servios de transporte particular coletivo, tais como transportes escolares, turismo, fretamento e autorizao, controle e fiscalizao destes servios, visando mant-los adequados e seguros; VI - quanto aos bens: a) que lhe pertena: dispor sobre sua administrao, utilizao e alienao; b) de terceiros: adquiri-los, mediante compra, permuta ou doao, inclusive atravs de desapropriao, instituir servido administrativa ou efetuar ocupao temporria, em caso de calamidade pblica; VII - manter, com a cooperao tcnica e financeira da Unio e do Estado, progra-mas de educao pr-escolar e de ensino fundamental;

    VIII - prestar, com a cooperao tcnica e financeira da Unio e do Estado, servios de atendimento sade da populao;

    IX - promover adequado ordenamento territorial, mediante planejamento e controle quer do uso como do parcelamento e ocupao do solo, estabelecendo normas de edifica-es, de loteamento e arruamento;

    X - promover a proteo do patrimnio histrico-cultural local, observada a legisla-o e a ao fiscalizadora federal e estadual;

    XI - cuidar da limpeza das vias e logradouros pblicos, dos resduos das ativi-dades de saneamento e da remoo e destinao dos resduos slidos domiciliares, disciplinando a destinao dos demais resduos slidos urbanos como os de servi-os de sade, da construo civil, industrial, de grandes geradores, entre outros, promovendo e incentivando a reduo, a reutilizao e a reciclagem dos resduos gerados no Municpio; (Em. 18/11)

    XII- conceder aos estabelecimentos industriais, comerciais e prestadores de servi-os, licena para sua instalao e horrio e condies de funcionamento, observadas as normas federais e estaduais pertinentes, e cass-la quando suas atividades se tornarem prejudiciais sade, higiene, sossego pblico, aos bons costumes e outros mais, no inte-resse da comunidade; XIII - dispor sobre o servio funerrio e cemitrios;

    XIV - administrar os cemitrios pblicos e fiscalizar os pertencentes a entidades particulares;

  • LEI ORGNICA DO MUNICPIO DE VALINHOS FL-4-

    XV - regulamentar, autorizar e fiscalizar a fixao de cartazes e anncios, bem co-mo a utilizao de quaisquer outros meios de publicidade e propaganda, nos locais sujeitos ao poder de polcia municipal;

    XVI - dispor sobre o registro, captura, castrao, guarda, tratamento e destino dos animais apreendidos, assim como sua vacinao com a finalidade de prevenir molstias, visando a sua erradicao; (Em. 19/11)

    XVII - dar destinao s mercadorias apreendidas em decorrncia de transgresso legislao municipal;

    XVIII - manter a Guarda Municipal, destinada proteo de seus bens, servios e instalaes, obedecidos os preceitos da lei;

    XIX - Instituir regime jurdico nico para os servidores da administrao pblica di-reta, das autarquias e das fundaes pblicas, bem como planos de carreira;

    XX - estabelecer e impor penalidades por infrao de suas leis e regulamentos; XXI - interditar edificaes em runa ou em condies de insalubridade e fazer de-

    molir construes que ameaam ruir; XXII - regulamentar e fiscalizar as prticas esportivas, os espetculos e os diverti-

    mentos pblicos; XXIII - dispor sobre preveno e extino de incndios; XXIV - integrar consrcios com outros municpios para a soluo de problemas co-

    muns;

    XXV - participar de entidades que congreguem outros municpios integrados na mesma regio metropolitana na forma estabelecida em lei;

    XXVI - elaborar o Plano Diretor de Desenvolvimento Integrado e definir sua poltica de desenvolvimento urbano.

    Pargrafo nico - O Municpio poder, no que couber, suplementar a legislao federal e estadual, principalmente:

    I - dispensar s microempresas e s empresas de pequeno porte, tratamento dife-renciado;

    II - promover e incentivar o turismo como fator de desenvolvimento social e econ-mico;

    III - fiscalizar, nos locais de comrcio, o uso de pesos e medidas, a cobrana de preos e as condies sanitrias dos gneros alimentcios; IV - estimular a educao fsica e a prtica do desporto;

    V - colaborar no amparo maternidade, infncia, aos idosos, aos desvalidos, bem como a promoo dos menores abandonados;

    VI - tomar as medidas necessrias para restringir a mortalidade e morbidade infan-til, bem como as de higiene social que impeam a propagao de doenas transmissveis.

  • LEI ORGNICA DO MUNICPIO DE VALINHOS FL-5-

    Artigo 6 - Compete ao Municpio, em comum com a Unio e o Estado, entre ou-tras, as seguintes atribuies:

    I - zelar pela guarda das Constituies Estadual e Federal, das leis e das institui-es democrticas e conservar o patrimnio pblico;

    II - cuidar da sade, higiene e assistncia pblica e dar proteo s pessoas porta-doras de deficincia;

    III - proteger os documentos, as obras e outros bens de valor histrico, artstico e cultural, os monumentos, as paisagens naturais notveis e os stios arqueolgicos; IV - impedir a evaso, a destruio e a descaracterizao de obras de arte e de outros bens de valor histrico, artstico ou cultural; V - proporcionar os meios de acesso cultura, educao e cincia;

    VI - proteger o meio ambiente urbano e rural e combater a poluio em qualquer de suas formas; VII - preservar as florestas, a fauna e a flora; VIII - fomentar a produo agropecuria e organizar o abastecimento alimentar; IX - promover e executar programas de construo de moradias populares e garan-tir, em nvel compatvel com a dignidade da pessoa humana, a melhoria das condies habitacionais e de saneamento bsico;

    X - combater as causas da pobreza e os fatores de marginalizao, promovendo a integrao social dos setores desfavorecidos;

    XI - registrar, acompanhar e fiscalizar as concesses de direitos de pesquisa e ex-plorao de recursos hdricos e minerais em seu territrio;

    XII - estabelecer e implantar poltica de educao para a segurana do trnsito; XIII - combater, de todas as formas, o trfico de txicos, principalmente nas imedia-

    es das escolas; XIV - promover cursos e campanhas que tenham por finalidade alertar os jovens

    sobre a nocividade do uso de txicos.

    TTULO II DA ORGANIZAO MUNICIPAL

    CAPTULO I DA FUNO LEGISLATIVA

    SEO I DA CMARA MUNICIPAL

  • LEI ORGNICA DO MUNICPIO DE VALINHOS FL-6-

    Artigo 7 - A funo legislativa exercida pela Cmara Municipal, composta de Ve-readores eleitos atravs de sistema proporcional, dentre cidados maiores de dezoito a-nos, no exerccio dos direitos polticos, pelo voto direto e secreto.

    1 - Cada legislatura ter a durao de quatro anos. 2 - A Cmara Municipal composta de 17 (dezessete) vereadores. (Em. 20/11)

    SEO II DAS ATRIBUIES DA CMARA MUNICIPAL

    Artigo 8 - Cabe Cmara, com a sano do Prefeito, observadas as determina-es e a hierarquia constitucional, suplementar a legislao Federal e Estadual e fiscalizar, mediante controle externo, a administrao direta ou indireta, as fundaes e as empresas em que o Municpio detenha a maioria do capital social com direito a voto, especialmente: I - legislar sobre assuntos de interesse local;

    II - dispor sobre o sistema tributrio municipal, bem como autorizar isenes, anisti-as e a remisso de dvidas;

    Ill - votar o plano plurianual, a lei de diretrizes oramentrias, o oramento anual e autorizar a abertura de crditos adicionais;

    IV - deliberar sobre obteno e concesso de emprstimos e operaes de crdi-tos, sobre a forma e os meios de pagamento; V - autorizar a concesso de auxlios e subvenes; VI - autorizar a concesso de servios pblicos; VII - autorizar, quanto aos bens municipais imveis:

    a) o seu uso, mediante concesso administrativa de direito real; b) a sua alienao; VIII - autorizar a aquisio de bens imveis, salvo quando se tratar de doao sem

    encargos; IX - dispor sobre a criao, organizao e supresso de distritos, mediante plebisci-

    to;

    X - autorizar a criao, transformao e extino de cargos, empregos e funes na administrao direta, autrquica e fundaes pblicas, assim como a fixao dos respecti-vos vencimentos, observados os parmetros da lei de diretrizes oramentrias;

    XI - autorizar a criao, estruturao e atribuies das Secretarias e rgos da Ad-ministrao; XII - aprovar o Plano Diretor de Desenvolvimento Integrado;

  • LEI ORGNICA DO MUNICPIO DE VALINHOS FL-7-

    XIII - dispor, a qualquer ttulo, no todo ou em parte, de aes ou capital que tenha subscrito, realizado ou aumentado;

    XIV - autorizar ou aprovar convnios, acordos ou contratos de que resultem encar-gos para o Municpio;

    XV - delimitar o permetro urbano; XVI - legislar sobre a denominao de prprios, bairros, vias e logradouros pbli-

    cos;

    XVII - aprovar o regime jurdico dos servidores municipais; XVIII - aprovar as leis complementares Lei Orgnica. Pargrafo nico - Em defesa do bem comum, a Cmara se pronunciar sobre

    qualquer assunto de interesse pblico.

    Artigo 9 - Compete Cmara Municipal, privativamente, as seguintes atribuies, entre outras:

    I - eleger a Mesa e constituir suas Comisses; II - elaborar o Regimento Interno; III - dispor sobre a sua estrutura e organizao, polcia, criao, transformao ou

    extino dos cargos, empregos e funes de seus servios e fixao da respectiva remu-nerao, observados os parmetros estabelecidos na lei de diretrizes oramentrias;

    IV - dar posse ao Prefeito e ao Vice-Prefeito eleitos, conhecer de suas renncias e afast-los definitivamente do exerccio dos cargos;

    V - conceder licena aos Vereadores, ao Prefeito e ao Vice-Prefeito para afasta-mento do cargo;

    VI - conceder licena ao Prefeito e ao Vice-Prefeito para ausentar-se do Municpio por mais de quinze dias;

    VII fixar: a) os subsdios do Prefeito, Vice-Prefeito e Secretrios Municipais, ob-

    servado o que dispe o inciso V, art. 29 da Constituio Federal; b) o subsdio dos Vereadores, observado o que dispe o inciso VI, art.

    29 da Constituio Federal. (Em. 10/06) VIII - tomar e julgar, anualmente, as contas prestadas pela Mesa da Cmara Muni-

    cipal, pelo Prefeito e pelas autarquias e apreciar o relatrio sobre a execuo dos planos de governo;

    IX - fiscalizar e controlar os atos do Executivo, inclusive os da administrao indire-ta;

  • LEI ORGNICA DO MUNICPIO DE VALINHOS FL-8-

    X - convocar Secretrios Municipais, Diretores de autarquias e empresas que o Municpio tenha controle acionrio para prestar, pessoalmente, informaes sobre assun-tos previamente determinados;

    XI - requisitar informaes aos dirigentes de autarquias e de empresas que o Muni-cpio detenha controle acionrio, sobre assunto relacionado com seus rgos, cujo atendi-mento dever ser feito no prazo de quinze dias; XII - declarar a perda do mandato do Prefeito; XIII - autorizar referendo e convocar plebiscito;

    XIV - zelar pela preservao de sua competncia legislativa em face da atribuio normativa do Executivo;

    XV - criar comisses especiais de inqurito, sobre fato determinado que se inclua na competncia municipal, por prazo certo, sempre que o requerer, pelo menos, um tero de seus membros;

    XVI - solicitar ao Prefeito, na forma do Regimento Interno, informaes sobre atos de sua competncia privativa;

    XVII - julgar os Vereadores, o Prefeito e o Vice-Prefeito; (Em. 05/01) XVIII - conceder ttulo de Cidado Honorrio ou Cidado Benemrito a pessoas

    que, reconhecidamente, tenham prestado servios ao Municpio, devendo o respecti-vo decreto legislativo ser aprovado pelo voto de dois teros de seus membros. (Em. 21/11)

    XIX - zelar pela preservao de sua competncia, sustando os atos normativos do Poder Executivo que exorbitem o poder regulamentador;

    XX - aprovar ou vetar iniciativas do Poder Executivo que repercutam sobre o meio ambiente.

    Pargrafo nico - A Cmara Municipal delibera mediante resoluo, sobre assun-tos de sua economia interna e nos demais casos de sua competncia privativa, por meio de decreto legislativo.

    Artigo 10 - O Regimento Interno disciplinar a participao de representantes po-pulares em "Tribuna Livre" nas sesses, assim como assegurar o imediato acesso a re-presentantes de entidades legalmente constitudas e registradas no Municpio, a qualquer documento do Legislativo ou do Executivo protocolado na Cmara Municipal.

    SEO III DOS VEREADORES

  • LEI ORGNICA DO MUNICPIO DE VALINHOS FL-9-

    SUBSEO I DA POSSE

    Art. 11. No primeiro ano de cada legislatura, no dia 1 de janeiro, s 10 horas, em Sesso Solene de Instalao, independente de nmero, sob a presidncia do ve-reador mais votado dentre os presentes, os Vereadores prestaro compromisso e tomaro posse. (Em. 22/11) 1 - O Vereador que no tomar posse, na sesso prevista neste artigo, dever faz-lo no prazo de quinze dias, salvo motivo justo e aceito pela Cmara. 2- No ato da posse, os Vereadores devero: I - desincompatibilizar-se, nos termos do artigo 15 desta Lei; II - fazer declarao de seus bens, a qual ser transcrita em livro prprio, constando de ata o seu resumo. 3- Ao trmino do mandato, cumpre, aos Vereadores, a mesma obrigao cons-tante do inciso II do pargrafo anterior.

    SUBSEO II DO SUBSDIO

    Artigo 12 Os Vereadores, no exerccio do cargo, sero remunerados exclusi-vamente por subsdio fixado em parcela nica, mensal, vedado o acrscimo de qual-quer gratificao, adicional, abono, prmio, verba de representao ou outra espcie remuneratria, respeitadas as disposies e limites da Constituio Federal.

    Pargrafo nico Os subsdios de que trata este artigo sero fixados por lei especfica, de iniciativa da Cmara de Vereadores, assegurada a reviso geral anual, sempre na mesma data e sem distino de ndices. (Em. 01/98)

    SUBSEO III DA LICENA

    Artigo 13 - O Vereador poder licenciar-se somente: I - para desempenhar misso oficial de carter transitrio; II - por molstia devidamente comprovada ou em licena-gestante;

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    Ill - para tratar de interesse particular, por prazo determinado, nunca inferior a quinze dias, podendo reassumir o exerccio do mandato antes de completar o pero-do. (Em. 23/11)

    1 - A licena depende de requerimento fundamentado, lido na primeira ses-so aps o seu recebimento. (Em. 23/11)

    2 - A licena prevista no inciso I depende da aprovao do Plenrio e nos demais casos ser concedida pelo Presidente. (Em. 23/11)

    3 - O Vereador, licenciado nos termos dos incisos I e II, recebe o subsdio integral; no caso do inciso III, nada recebe. (Em. 23/11)

    SUBSEO IV DA INVIOLABILIDADE

    Artigo 14 - Os Vereadores gozam de inviolabilidade por suas opinies, palavras e votos no exerccio do mandato, na circunscrio do Municpio. Pargrafo nico - Os Vereadores no sero obrigados a testemunhar sobre infor-maes recebidas ou prestadas em razo do exerccio do mandato, nem sobre as pessoas que lhes confiarem ou delas receberem informaes.

    SUBSEO V DAS PROIBIES E INCOMPATIBILIDADE

    Artigo 15 - O Vereador no poder: I - desde a expedio do diploma: a) firmar ou manter contrato com pessoa jurdica de direito pblico, autarquia, em-presa pblica, sociedade de economia mista ou empresa concessionria de servio pbli-co, salvo quando o contrato obedecer clusulas uniformes; b) aceitar ou exercer cargo, funo ou emprego remunerado, inclusive os que se-jam demissveis "ad nutum", nas entidades constantes da alnea anterior; II - desde a posse: a) ser proprietrio, diretor ou exercer o controle de empresa que goze de favor de-corrente de contrato com pessoa jurdica de direito pblico, ou nela exercer funo remu-nerada; b) ocupar cargo ou funo que sejam demissveis "ad nutum", nas entidades referi-das na alnea "a" do inciso I;

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    c) assumir cargo, funo ou emprego, na forma estabelecida no inciso I, alnea "b" ; d) patrocinar causa em que seja interessada qualquer das entidades a que se refe-re a alnea "a" do inciso I; e) ser titular de mais de um cargo ou mandato eletivo federal, estadual ou munici-pal.

    SUBSEO VI DA PERDA DO MANDATO

    Artigo 16 - Perder o mandato o Vereador: I - que infringir qualquer das proibies estabelecidas no artigo anterior; II - cujo procedimento for declarado incompatvel com o decoro parlamentar; III - que deixar de comparecer, em cada sesso legislativa, tera parte das ses-ses ordinrias, salvo licena ou misso autorizada pela Cmara Municipal; IV - que se utilizar do mandato para a prtica de atos de corrupo ou de improbi-dade administrativa; V - que perder ou tiver suspensos os direitos polticos; VI - quando o decretar a Justia Eleitoral, nos casos previstos na Constituio Fe-deral; VII - que sofrer condenao criminal em sentena transitada em julgado; VIII - que fixar residncia fora do Municpio. 1 - incompatvel com o decoro do Legislativo, alm dos casos definidos no Regimento Interno, o abuso das prerrogativas asseguradas ao Vereador ou a percepo de vantagens indevidas. 2 - Nos casos dos incisos I, II, VI, Vll e VIII deste artigo, a perda do mandato ser decidida pela Cmara Municipal por maioria de dois teros, mediante provoca-o da Mesa ou de partido poltico representado no Legislativo, assegurada ampla defesa. (Em. 05/01) 3 - Nos casos previstos nos incisos III, IV e V a perda ser declarada pela Mesa, de ofcio ou mediante provocao de qualquer dos membros da Cmara Municipal ou de partido poltico nele representado, assegurada ampla defesa. Artigo 17 - No perder o mandato o Vereador: I - investido na funo de Secretrio Municipal; II - licenciado pela Cmara: a) por motivo de doena ou licena-gestante;

  • LEI ORGNICA DO MUNICPIO DE VALINHOS FL-12-

    b) para tratar de interesse particular, desde que o afastamento no ultrapasse cento e vinte dias por sesso legislativa. Artigo 18 - O suplente ser convocado nos casos de: I - vaga; II - investidura do titular na funo de Secretrio Municipal; III - licena do titular por perodo superior a trinta dias. Pargrafo nico - Ocorrendo vaga e no havendo suplente, comunicar-se- o fato Justia Eleitoral. Artigo 19 - Nos casos prescritos no artigo anterior, o Presidente convocar imedia-tamente o suplente. Pargrafo nico - O suplente convocado dever tomar posse dentro do prazo de dez dias, salvo motivo justo aceito pela Cmara. Artigo 20 - assegurado ao Vereador livre acesso, verificao e consulta a todos os documentos oficiais de qualquer rgo do Legislativo, da administrao direta, indireta, de fundaes ou empresas de economia mista com participao acionaria majoritria, da Municipalidade.

    SEO IV DA MESA DA CMARA

    SUBSEO I DA ELEIO

    Artigo 21 - Imediatamente depois da posse, os Vereadores reunir-se-o sob a pre-sidncia do mais votado dentre os presentes e, havendo maioria absoluta dos membros da Cmara, elegero os componentes da Mesa, que ficaro automaticamente empossados. Pargrafo nico - No havendo nmero legal, o Vereador mais votado dentre os presentes permanecer na presidncia e convocar sesses dirias, at que seja eleita a Mesa. Artigo 22 - Os membros da Mesa sero eleitos para um mandato de dois anos, proibida a reeleio de qualquer de seus Membros para o mesmo cargo.

    Artigo 23 - A sesso para eleio de renovao da Mesa realizar-se- na tercei-ra tera-feira do ms de dezembro, do segundo ano da legislatura, com incio s 19h30min e os eleitos tomaro posse no primeiro dia til do ms de janeiro do ano seguinte. (Em. 24/11)

  • LEI ORGNICA DO MUNICPIO DE VALINHOS FL-13-

    Pargrafo nico No havendo nmero legal o Presidente convocar sesses dirias at que seja eleita a Mesa. (Em. 24/11) Artigo 24 - Em toda eleio de membros da Mesa, os candidatos a um mesmo cargo que obtiverem igual nmero de votos concorrero a um segundo escrutnio e, se persistir o empate, ser escolhido aquele que foi eleito por maior nmero de votos. Artigo 25 - Na constituio da Mesa assegurar-se-, tanto quanto possvel, a re-presentao proporcional dos partidos polticos com assento na Cmara Municipal.

    SUBSEO II DA DESTITUIO DE MEMBRO DA MESA

    Artigo 26 - Qualquer componente da Mesa poder ser destitudo, justificadamente e com direito de defesa prvia, pelo voto de dois teros dos membros da Cmara, quando faltoso, omisso ou ineficiente no desempenho de suas atribuies regimentais, elegendo-se outro Vereador para completar o mandato. Pargrafo nico - O Regimento Interno dispor sobre o processo de destituio.

    SUBSEO III DAS ATRIBUIES DA MESA

    Artigo 27 - Compete Mesa, dentre outras atribuies: I - baixar, mediante ato, as medidas que digam respeito aos Vereadores; II - baixar, mediante portaria, as medidas referentes aos servidores da Cmara Mu-nicipal, bem como provimento e vacncia dos cargos pblicos, abertura de sindicncia, processos administrativos e aplicao de penalidades; III - propor projeto de resoluo que disponha sobre: a) rgos da Cmara e suas alteraes; b) atos de polcia da Cmara; c) criao, transformao ou extino dos cargos, empregos e funes de seus servios e fixao da respectiva remunerao, observados os parmetros estabelecidos na lei de diretrizes oramentrias; IV - elaborar e expedir mediante ato, quadro de detalhamento das dotaes obser-vado o disposto na lei oramentria e nos crditos adicionais abertos em favor da Cmara;

  • LEI ORGNICA DO MUNICPIO DE VALINHOS FL-14-

    V - apresentar projetos de lei dispondo sobre autorizao para abertura de crdi-tos adicionais, quando o recurso a ser utilizado for proveniente da anulao de dotao da Cmara; VI - solicitar ao Prefeito, a abertura de crditos adicionais para a Cmara; Vll - devolver Prefeitura, at o ltimo dia do ano, o saldo de caixa existente; Vlll - enviar ao Prefeito, at o dia primeiro de maro, as contas do exerccio anterior; IX - declarar a perda do mandato de Vereador, de ofcio ou por provocao de qualquer de seus membros ou de partido poltico representado na Cmara, nas hipte-ses previstas nos incisos lll, IV e V do artigo 16 desta Lei, assegurada ampla defesa; X - propor ao direta de inconstitucionalidade; XI - elaborar os oramentos anuais, prevendo para cada sesso legislativa recursos financeiros suficientes para atendimento do pleno desenvolvimento da funo legislativa. 1 - A Mesa da Cmara decide pelo voto da maioria de seus membros. 2 - Qualquer ato praticado no exerccio destas atribuies, dever ser reaprecia-do por solicitao de Vereador ou de trs entidades legalmente registradas no Municpio, a quem a Mesa justificar por escrito a revogao ou manuteno do ato.

    SUBSEO IV DO PRESIDENTE

    Artigo 28 - Compete ao Presidente da Cmara, dentre outras atribuies: I - representar a Cmara em juzo e fora dele; II - dirigir, executar e disciplinar os trabalhos legislativos e administrativos, em con-junto com os demais membros da Mesa, conforme atribuies definidas no Regimento In-terno;

    III - interpretar e fazer cumprir o Regimento Interno; IV - promulgar as resolues e os decretos legislativos, bem como as leis com san-o tcita ou cujo veto tenha sido rejeitado pelo Plenrio; V - fazer publicar as portarias e os atos da Mesa, bem como as resolues, os de-cretos legislativos e as leis por ele promulgados; VI - conceder licena aos Vereadores nos casos previstos nos incisos II e III do artigo 13; VII - declarar a perda do mandato de Vereadores, do Prefeito e do Vice-Prefeito, nos casos previstos em lei; VIII - requisitar o numerrio destinado s despesas da Cmara e aplicar as disponi-bilidades financeiras no mercado de capitais;

  • LEI ORGNICA DO MUNICPIO DE VALINHOS FL-15-

    IX - apresentar ao Plenrio, at o dia vinte de cada ms, o balancete relativo aos recursos recebidos e as despesas do ms anterior;

    X - manter a ordem no recinto da Cmara, podendo solicitar a fora necessria pa-ra esse fim;

    XI - convocar sesses extraordinrias. (Em. 25/11) XII prestar, dentro de quinze dias, as informaes solicitadas pelos vereado-

    res por entidades representativas da populao e de classes trabalhadoras do Muni-cpio, referentes aos negcios do legislativo e de documentos oficiais protocolados na Cmara, de qualquer rgo da Administrao Direta ou Indireta, de fundaes ou empresas de economia mista com participao acionria, majoritria, da Municipali-dade. (Em. 26/11) Pargrafo nico - O Presidente da Cmara ou seu substituto s ter voto: I - na eleio da Mesa; II - quando a matria exigir, para sua aprovao, o voto favorvel da maioria abso-luta ou de dois teros dos membros da Cmara; III - quando houver empate em qualquer votao do Plenrio; IV (Revogado Em. 05/01)

    SEO V DAS SESSES SUBSEO I DISPOSIES GERAIS

    Artigo 29 - As sesses da Cmara, que sero pblicas, s podero ser abertas com a presena de, no mnimo, um tero de seus membros. 1 - As sesses sero realizadas no recinto da Cmara Municipal ou em qualquer outro local de carter pblico, na forma regimental. 2 - Nas sesses da Cmara os presentes podero manifestar-se, desde que no oponham obstculos ao seu desenvolvimento, na forma regulamentada pelo Regimento Interno. Artigo 30 - A discusso e a votao da matria constante da Ordem do Dia s po-dero ser efetuadas com a presena da maioria absoluta dos membros da Cmara Munici-pal.

  • LEI ORGNICA DO MUNICPIO DE VALINHOS FL-16-

    Pargrafo nico - A aprovao da matria colocada em discusso depender do voto favorvel da maioria dos Vereadores presentes sesso, ressalvados os casos pre-vistos nesta Lei. Artigo 31 - O Vereador que tiver interesse pessoal na deliberao no poder vo-tar, sob pena de nulidade da votao, se o seu voto for decisivo. Artigo 32 Os processos de votao so dois, simblico e nominal e o voto ser obrigatoriamente pblico. (Em. 05/01)

    SUBSEO II DA SESSO LEGISLATIVA ORDINRIA

    Artigo 33 - A legislatura compreende quatro sesses legislativas anuais, de 1 de fevereiro a 15 de dezembro. (Em. 06/01)

    Pargrafo nico - As sesses marcadas dentro desse perodo podero ser suspensas pela Mesa ou transferidas para o primeiro dia til subsequente, quando coincidirem em feriados. (Em. 27/11) Artigo 34 So considerados como recesso legislativo os perodos de 16 de dezembro a 31 de janeiro e de 1 a 31 de julho. (Em. 07/02) Pargrafo nico - A sesso legislativa no ser interrompida para incio do reces-so, sem aprovao do projeto de lei de diretrizes oramentrias e do projeto de lei do or-amento. Artigo 35 - As sesses do Legislativo sero:

    I - ordinrias, realizadas semanalmente; (Em. 08/03) II - extraordinrias, convocadas pelo Presidente da Cmara na forma do Re-gimento Interno e aquelas convocadas na forma do artigo 36 desta Lei Orgnica; (Em. 06/01) III - solenes.

    SUBSEO III DA SESSO LEGISLATIVA EXTRAORDINRIA

    Artigo 36 - A sesso legislativa extraordinria, no recesso da Cmara, poder ser convocada: I - pela maioria absoluta dos membros da Cmara Municipal; II - pelo Prefeito, em caso de urgncia, ou interesse pblico relevante;

  • LEI ORGNICA DO MUNICPIO DE VALINHOS FL-17-

    III - pelo Presidente, ouvidas as lideranas. Pargrafo nico - Na sesso extraordinria, a Cmara somente deliberar so-bre a matria para a qual foi convocada, vedado o pagamento de parcela indenizat-ria em valor a um quarto do subsdio mensal por sesso. (Em. 06/01 )

    SEO VI DAS COMISSES

    Artigo 37 - A Cmara ter comisses permanentes e temporrias, constitudas na forma e com as atribuies previstas no Regimento Interno. Pargrafo nico - Na constituio das Comisses assegurar-se-, tanto quanto possvel, a representao proporcional dos partidos polticos com assento Cmara Muni-cipal. Artigo 38 - Cabe s Comisses, em matria de sua competncia: I - convocar, para prestar pessoalmente, no prazo de quinze dias, informaes so-bre assunto previamente determinado: a) Secretrio Municipal; b) dirigentes de autarquias, empresas pblicas, sociedades de economia mista e fun-daes institudas e mantidas pelo Municpio; II - acompanhar a execuo oramentria; III - realizar audincias pblicas; IV - receber peties, reclamaes, representaes ou queixas de qualquer pessoa contra atos ou omisses das autoridades ou entidades pblicas municipais; V - zelar pela completa adequao dos atos do Executivo que regulamentem dispo-sitivos legais; VI - tomar o depoimento de autoridade municipal e solicitar o de cidado; VII - fiscalizar e apreciar programas de obras e planos municipais de desenvolvi-mento e, sobre eles, emitir parecer. Pargrafo nico - A recusa ou no atendimento das convocaes previstas no inciso I deste artigo caracterizar infrao administrativa de acordo com a lei.

    Artigo 39 As comisses parlamentares de inqurito tero poderes de inves-tigao prprios das autoridades judiciais, alm de outros previstos no Regimento Interno, e sero criadas mediante requerimento de vereadores na forma do inciso XV, do art. 9, desta Lei, para apurao de fato determinado, por prazo certo e instalao imediata, sendo suas concluses, quando for o caso, encaminhadas ao Ministrio

  • LEI ORGNICA DO MUNICPIO DE VALINHOS FL-18-

    Pblico para que promova a responsabilidade civil ou criminal dos infratores. (Em. 28/11) 1 - Alm das atribuies previstas no "caput", as comisses podero: I - proceder vistorias e levantamento nas reparties pblicas municipais da admi-nistrao direta e indireta, onde tero livre acesso e permanncia; II - requisitar de seus responsveis a exibio e fornecimento de cpias de documentos e a prestao dos esclarecimentos necessrios. (Em. 01/93) 2 - A composio da Comisso de Inqurito atribuio da Mesa da Cmara Municipal, garantida a participao de um Vereador de cada partido. Artigo 40 R E V O G A D O (Em. 29/11)

    SEO Vll DO PROCESSO LEGISLATIVO

    SUBSEO I DISPOSIO GERAL

    Artigo 41 - O processo legislativo compreende a elaborao de: I - emendas Lei Orgnica; II - leis complementares; III - leis ordinrias; IV - decretos legislativos; V - resolues.

    SUBSEO II DAS EMENDAS LEI ORGNICA Artigo 42 -- A Lei Orgnica do Municpio poder ser emendada mediante proposta: I - de um tero, no mnimo, dos membros da Cmara Municipal; II - do Prefeito; III - de cidados, mediante iniciativa popular assinada, no mnimo, por cinco por cento dos eleitores do Municpio, identificados pelo respectivo endereo e nmero do Ttulo de Eleitor. 1 - A proposta ser discutida e votada em dois turnos, considerando-se aprovada quando obtiver, em ambas as votaes, o voto favorvel de dois teros dos membros da Cmara Municipal.

  • LEI ORGNICA DO MUNICPIO DE VALINHOS FL-19-

    2 - A emenda Lei Orgnica ser promulgada pela Mesa da Cmara, com o respectivo nmero de ordem. 3 - A matria constante de proposta de emenda rejeitada s poder ser objeto de nova proposta na mesma sesso legislativa se subscrita por dois teros dos Vereadores ou por cinco por cento do eleitorado do Municpio, na forma do inciso III. Artigo 42 - A Lei Orgnica do Municpio poder ser emendada mediante proposta: (Em. 36/11 - declarada inconstitucional pelo TJ/SP ADIN n 0292242 14.2011.8.26.0000, transitada em julgado em 21/09/2011); I - de um tero, no mnimo, dos membros da Cmara Municipal; (Em. 36/11 - de-clarada inconstitucional pelo TJ/SP ADIN n 0292242 14.2011.8.26.0000, transita-da em julgado em 21/09/2011); II - do Prefeito; (Em. 36/11 - declarada inconstitucional pelo TJ/SP ADIN n 0292242 14.2011.8.26.0000, transitada em julgado em 21/09/2011); III - de cidados, mediante iniciativa popular assinada, no mnimo, por um por cento dos eleitores do Municpio, identificados pelo respectivo endereo e nmero do Ttulo de Eleitor. (Em. 36/11 - declarada inconstitucional pelo TJ/SP ADIN n 0292242 14.2011.8.26.0000, transitada em julgado em 21/09/2011); 1 - A proposta ser discutida e votada em dois turnos, considerando-se aprovada quando obtiver, em ambas as votaes, o voto favorvel de trs quintos dos membros da Cmara Municipal. (Em. 36/11 - declarada inconstitucional pelo TJ/SP ADIN n 0292242 14.2011.8.26.0000, transitada em julgado em 21/09/2011); 2 - A emenda Lei Orgnica ser promulgada pela Mesa da Cmara, com o respectivo nmero de ordem. (Em. 36/11 - - declarada inconstitucional pelo TJ/SP ADIN n 0292242 14.2011.8.26.0000, transitada em julgado em 21/09/2011); 3 - A matria constante de proposta de emenda rejeitada ou havida por prejudi-cada s poder ser objeto de nova proposta na mesma sesso legislativa se subscrita por trs quintos dos Vereadores ou por um por cento do eleitorado do Municpio, na forma do inciso III. (Em. 36/11 - declarada inconstitucional pelo TJ/SP ADIN n 0292242 14.2011.8.26.0000, transitada em julgado em 21/09/2011); Artigo 43 - O referendo emenda da Lei Orgnica obrigatrio quando requerido, dentro do prazo de noventa dias da publicao da mesma, por cinco por cento do eleitora-do do Municpio. 1 - O referendo depender de aprovao da Cmara quando requerido por um por cento do eleitorado. 2 - Em ambos os casos o requerimento dever ser instrudo com as assinaturas dos eleitores, mencionando endereo e respectivo nmero do Ttulo de Eleitor.

  • LEI ORGNICA DO MUNICPIO DE VALINHOS FL-20-

    Artigo 44 - Ouvida a Cmara Municipal, cinco por cento do eleitorado poder re-querer Justia Eleitoral plebiscito sobre questes relevantes aos interesses do Municpio. Pargrafo nico - Aplicam-se ao disposto no "caput" as exigncias contidas no 2 do artigo 43. Artigo 45 - A funo legislativa indelegvel.

    SUBSEO III DAS LEIS

    Artigo 46 - A Cmara Municipal deliberar pela maioria de votos, presente a maio-ria absoluta dos Vereadores, salvo as excees contidas nos pargrafos deste artigo. 1 - Depender do voto favorvel da maioria absoluta dos membros da Cmara a aprovao e alteraes das seguintes matrias: I - Cdigo Tributrio do Municpio; II - Cdigo de Obras e Edificaes; Ill - Estatuto dos Servidores Municipais; IV - Regimento Interno da Cmara; V - criao de cargos, funes ou empregos pblicos, aumento de remunerao, vantagens, estabilidade e aposentadoria dos servidores; VI Plano Diretor de Desenvolvimento Integrado; VI R E V O G A D O; (Em. 30/11 - declarada inconstitucional pelo TJ/SP ADIN n 0292242 14.2011.8.26.0000, transitada em julgado em 21/09/2011); Vll - alterao de denominao de prprios, vias e logradouros pblicos; VIII - obteno de emprstimos de instituio oficial; IX - rejeio de veto. 2 - Dependero do voto favorvel de dois teros dos membros da Cmara as leis concernentes a:

    I zoneamento urbano; I - Plano Diretor e zoneamento urbano; (Em. 31/11 - declarada inconstitucional pelo TJ/SP ADIN n 0292242 14.2011.8.26.0000, transitada em julgado em 21/09/2011); II - concesso de servios pblicos; III - concesso de direito real de uso; IV - alienao de bens imveis; V - aquisio de bens imveis por doao com encargo; VI - rejeio do projeto da lei oramentria;

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    VII - rejeio do parecer prvio do Tribunal de Contas; Vlll - destituio de componentes da Mesa; IX - concesso de Ttulo de Cidado Honorrio; X - obteno de emprstimo de particular. Artigo 47 - A iniciativa dos projetos de leis complementares e ordinrias compete: I - ao Vereador; II - Comisso da Cmara; III - ao Prefeito; IV - aos cidados. Artigo 48 - Compete, exclusivamente, ao Prefeito a iniciativa dos projetos de lei que disponham sobre: I - criao e extino de cargos, funes ou empregos pblicos na administrao direta e autrquica, bem como a fixao da respectiva remunerao; II - criao, estruturao e atribuies das Secretarias Municipais e rgos da ad-ministrao pblica; III - servidores pblicos do Municpio, seu regime jurdico, provimento de cargos, estabilidade e aposentadoria; IV - abertura de crditos adicionais. Artigo 49 - A iniciativa popular poder ser exercida pela apresentao Cmara Municipal de projeto de lei subscrito por, no mnimo, cinco por cento do eleitorado do Muni-cpio, identificados pelo respectivo endereo e nmero do Ttulo de Eleitor. Pargrafo nico - Os projetos de lei apresentados atravs de iniciativa popular sero inscritos prioritariamente na Ordem do Dia da Cmara. Artigo 50 - No ser admitido o aumento da despesa prevista nos projetos de inici-ativa exclusiva do Prefeito, ressalvado o disposto nos 1 e 2 do artigo 153. Artigo 51 - Nenhum projeto de lei, que implique a criao ou aumento de despesa pblica, ser sancionado sem que dele conste a indicao dos recursos disponveis, pr-prios para atender aos novos encargos. Pargrafo nico - O disposto neste artigo no se aplica a crditos extraordinrios. Artigo 52 - O Prefeito poder solicitar regime de urgncia para projeto de sua inici-ativa considerado de relevante interesse pblico, devendo a Cmara apreci-lo dentro do prazo de trinta dias. 1 - Se a Cmara no deliberar naquele prazo, o projeto ser includo na Ordem do Dia, sobrestando-se a deliberao quanto aos demais, at que se ultime sua votao. 2 - Por exceo, no ficar sobrestado o exame do veto cujo prazo de delibera-o tenha se esgotado.

  • LEI ORGNICA DO MUNICPIO DE VALINHOS FL-22-

    3 - Na forma regimental, os pedidos de urgncia sero apreciados pela Comis-so de Justia e Redao e submetidos aprovao do Plenrio. 4 - A projeto de codificao no se aplica o disposto no "caput" do artigo. Artigo 53 - O projeto aprovado na forma regimental ser, no prazo de dez dias -teis, enviado ao Prefeito que adotar uma das decises seguintes: I - sancionar e promulgar no prazo de quinze dias teis; II - deixar decorrer o prazo, importando o seu silncio em sano, sendo obrigat-ria, dentro de dez dias, a sua promulgao pelo Presidente da Cmara; III - vetar total ou parcialmente. Artigo 54 - O Prefeito, entendendo ser o projeto, no todo ou em parte, inconstitu-cional ou contrrio ao interesse pblico, vet-lo- total ou parcialmente, em quinze dias teis, contados da data do recebimento, comunicando dentro de quarenta e oito horas, ao Presidente da Cmara, o motivo do veto. 1 - O veto dever ser justificado e, quando parcial, abranger o texto integral de artigo, pargrafo, inciso, alnea ou item. 2 - O Prefeito, sancionando e promulgando a matria no vetada, dever enca-minh-la para publicao. 3 - A Cmara deliberar sobre a matria vetada, em um nico turno de dis-cusso e votao, no prazo de trinta dias de seu recebimento, considerando-se a-provada quando obtiver o voto favorvel da maioria absoluta de seus membros. (Em. 05/01) 4 - Esgotado, sem deliberao, o prazo estabelecido no pargrafo anterior, o veto ser includo na Ordem do Dia da sesso imediata, sobrestadas as demais proposi-es, at sua votao final. 5 - Se o veto for rejeitado, o projeto ser enviado ao Prefeito, para que promul-gue a lei em quarenta e oito horas, caso contrrio, dever faz-lo o Presidente da Cmara em igual prazo. 6 - A manuteno do veto no restaura matria suprimida ou modificada pela Cmara. Artigo 55 - Os prazos para discusso e votao dos projetos de lei, assim como para o exame de veto, no correm no perodo de recesso. Artigo 56 - A lei promulgada pelo Presidente da Cmara em decorrncia de: I - sano tcita pelo Prefeito, ou de rejeio de veto total, tomar o nmero em seqncia s existentes; II - veto parcial, tomar o mesmo nmero j dado a parte no vetada.

  • LEI ORGNICA DO MUNICPIO DE VALINHOS FL-23-

    Artigo 57 - A matria, constante de projeto de lei rejeitado, somente poder consti-tuir objeto de novo projeto, na mesma sesso legislativa, mediante proposta da maioria absoluta dos membros da Cmara. Pargrafo nico - O disposto neste artigo no se aplica aos projetos de iniciativa do Prefeito.

    SUBSEO IV DOS DECRETOS LEGISLATIVOS E DAS RESOLUES

    Artigo 58 - As proposies destinadas a regular matria poltico-administrativa de competncia exclusiva da Cmara so: I - decreto legislativo, de efeitos externos; II - resoluo, de efeitos internos. Pargrafo nico - Os projetos de decreto legislativo e de resoluo aprovados no dependem de sano do Prefeito, sendo promulgados pelo Presidente da Cmara. Artigo 59 - O Regimento Interno da Cmara disciplinar os casos de decreto legis-lativo e de resoluo cuja elaborao, redao, alterao e consolidao sero feitas com observncia das mesmas normas tcnicas relativas s leis.

    SEO VIII DA FISCALIZAO CONTBIL, FINANCEIRA,

    ORAMENTRIA, OPERACIONAL E PATRIMONIAL

    Artigo 60 - A fiscalizao contbil, financeira, oramentria, operacional e patrimo-nial do Municpio e de todas as entidades da administrao direta e indireta, quanto lega-lidade, legitimidade, economicidade, finalidade, motivao, moralidade, publicidade e inte-resse pblico, aplicao de subvenes e renncia de receitas, ser exercida pela Cmara Municipal, mediante controle externo, e pelos sistemas de controle interno do Executivo, na forma desta Lei, em conformidade com o disposto no artigo 31 da Constituio Federal. Pargrafo nico - O controle externo ser exercido com o auxilio do Tribunal de Contas do Estado. Artigo 61 - Prestar contas qualquer pessoa fsica ou jurdica, de direito pblico ou de direito privado que utilize, arrecade, guarde, gerencie ou administre dinheiro, bens e

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    valores pblicos ou pelos quais o Municpio responda, ou que, em nome deste, assuma obrigaes de natureza pecuniria. 1 - As contas do Municpio ficaro, durante sessenta dias, anualmente, para exame e apreciao, disposio de qualquer muncipe, que poder questionar-lhe a legi-timidade. 2 - As contas do Municpio devero ser apresentadas tambm em documentos de fcil entendimento que ficaro disposio das entidades populares que podero pedir cpias dos mesmos para apreciao. 3 - O Poder Executivo prestar contas, na forma da lei, em reunies pblicas, no recinto de um prprio da Municipalidade, quando solicitado por, no mnimo, duas entidades registradas legalmente no Municpio, com mais de dois anos de atividade comprovada. Artigo 62 - O Legislativo e o Executivo mantero, de forma integrada, sistema de controle interno com a finalidade de: I - avaliar o cumprimento das metas previstas no plano plurianual, a execuo dos programas de governo e dos oramentos do Municpio; II - comprovar a legalidade e avaliar os resultados quanto eficcia e eficincia da gesto oramentria, financeira e patrimonial nos rgos e entidades da administrao municipal, bem como da aplicao de recursos pblicos por entidade de direito privado; III - exercer controle sobre o deferimento de vantagens e a forma de calcular qual-quer parcela integrante da remunerao, vencimento ou salrio de seus membros e servi-dores; IV - exercer o controle das operaes de crdito, avais e garantias, bem como dos direitos e haveres do Municpio; V - apoiar o controle externo, no exerccio de sua misso institucional. I - Os responsveis pelo controle interno, ao tomarem conhecimento de qualquer irregularidade, ilegalidade ou ofensas aos princpios do artigo 37 da Constituio Federal, dela daro cincia ao Tribunal de Contas do Estado, sob pena de responsabilidade solid-ria. 2 - Qualquer cidado, partido poltico, associao ou entidade sindical, parte legtima para, na forma da lei, denunciar irregularidade ao Tribunal de Contas do Estado ou Cmara Municipal.

    SEO IX DA FISCALIZAO POPULAR

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    Artigo 63 - Todo cidado tem direito de ser informado dos atos da Administrao Municipal. Pargrafo nico - Compete Administrao Municipal garantir os meios para que essa informao se realize. Artigo 64 - s entidades representativas da populao ser franqueado o acesso a toda documentao e informao sobre qualquer ato, fato, ou projeto da administrao pblica. Artigo 65 - O descumprimento das normas previstas na presente seo implica crime de responsabilidade.

    CAPTULO II DA FUNO EXECUTIVA

    SEO I DO PREFEITO E DO VICE-PREFEITO

    SUBSEO I DA ELEIO

    Artigo 66 - A funo executiva exercida pelo Prefeito, eleito para um mandato de quatro anos, na forma estabelecida pela Constituio Federal. Artigo 67 - A eleio do Prefeito e do Vice-Prefeito realizar-se- at noventa dias antes do trmino do mandato dos que devam suceder, e a posse ocorrer no dia 1 de janeiro do ano subsequente, observadas as regras dispostas na Legislao e na Constituio Federal. (Em. 32/11)

    SUBSEO II DA POSSE

    Artigo 68 - O Prefeito e o Vice-Prefeito tomaro posse perante a Cmara, prestan-do compromisso de cumprir e fazer cumprir a Constituio Federal, a do Estado e esta Lei Orgnica, assim como observar a legislao em geral. 1 - Se, decorridos dez dias da data fixada para a posse, o Prefeito ou o Vice-Prefeito, salvo motivo de fora maior, no tiver assumido o cargo, este ser declarado va-go.

  • LEI ORGNICA DO MUNICPIO DE VALINHOS FL-26-

    2 - O Prefeito e o Vice-Prefeito devero fazer declarao pblica de bens no ato da posse e no trmino do mandato.

    SUBSEO III DA DESINCOMPATIBILIZAO

    Artigo 69 - O Prefeito e o Vice-Prefeito devero desincompatibilizar-se desde a posse, no podendo, sob pena de perda do cargo: I - firmar ou manter contrato com pessoa jurdica de direito pblico, autarquia, empresa pblica, sociedades de economia mista ou concessionria de servio p-blico, salvo quando o contrato obedecer a clusulas uniformes; II - ser titular de mais de um cargo ou mandato pblico eletivo; III - patrocinar causas em que seja interessada qualquer das entidades referi-das no inciso I; IV - ser proprietrio, controlador ou diretor de empresa que goze de favor de-corrente de contrato com pessoa jurdica de direito pblico, ou nela exercer funo remunerada. Pargrafo nico. O Vice-Prefeito poder aceitar ou exercer cargo ou funo de Secretrio ou Presidente de Autarquia Municipal, sendo-lhe facultado optar pelo subsdio ou remunerao do cargo. (Emenda 49/2012).

    SUBSEO IV DA INELEGIBILIDADE

    Artigo 70 R E V O G A D O. (Em. 33/11) Artigo 71 R E V O G A D O. (Em. 33/11)

    SUBSEO V DA SUBSTITUIO

    Artigo 72 - O Prefeito ser substitudo no caso de impedimento, e sucedido, no caso de vaga ocorrida aps a diplomao, pelo Vice-Prefeito. Pargrafo nico - O Vice-Prefeito, alm de outras atribuies que lhe forem confe-ridas por lei complementar, auxiliar o Prefeito, sempre que por ele for convocado para misses especiais.

  • LEI ORGNICA DO MUNICPIO DE VALINHOS FL-27-

    Artigo 73 - Vagando os cargos de Prefeito e Vice-Prefeito, nos primeiros trs anos do perodo governamental, comunicar-se- o fato Justia Eleitoral. Pargrafo nico - At a posse do novo Prefeito eleito exercer o cargo o Presidente da Cmara, o seu Vice-Presidente ou o Vereador mais idoso, sucessivamente. Artigo 74 - Em caso de impedimento do Prefeito e do Vice-Prefeito, ou vacncia dos respectivos cargos, no ltimo ano do perodo governamental, assumir o Presidente da Cmara, o seu Vice-Presidente ou o Vereador mais idoso, sucessivamente, que com-pletar o perodo governamental restante. Artigo 75 - Enquanto o substituto legal no assumir, responder pelo expedi-ente da Prefeitura o Secretrio Municipal da pasta Jurdica. (Em. 34/11)

    SUBSEO VI DA LICENA

    Artigo 76 - O Prefeito e o Vice-Prefeito no podero, sem licena da Cmara Muni-cipal, ausentar-se do Municpio, por perodo superior a quinze dias, sob pena de perda do cargo. Artigo 77 - O Prefeito poder licenciar-se: I - quando a servio ou em misso de representao do Municpio, no territrio na-cional, por perodo que exceda o previsto no artigo anterior; II - quando impossibilitado de exercer o cargo, por motivo de doena devidamente comprovado ou no perodo de licena-gestante; III - por motivos particulares. 1 - No caso do inciso I, o pedido de licena, amplamente motivado, indicar, es-pecialmente, as razes da viagem, o roteiro e a previso de gastos. 2 - Nos casos dos incisos I e II, o Prefeito licenciado receber a remunerao integral; no caso do inciso III,nada receber.

    SUBSEO VII DO SUBSDIO

    Artigo 78 O Prefeito, o Vice-Prefeito, os Secretrios Municipais sero remu-nerados exclusivamente por subsdios fixados em parcela nica, vedado o acrsci-mo de qualquer gratificao, adicional, abono, prmio, verba de representao ou outra espcie remuneratria obedecido o disposto no artigo 37, inciso X da Constitu-io Federal.

  • LEI ORGNICA DO MUNICPIO DE VALINHOS FL-28-

    Pargrafo nico Os subsdios de que trata este artigo sero fixados por lei especfica, de iniciativa da Cmara de Vereadores, assegurada a reviso geral anual, sempre na mesma data e sem distino de ndices. (Em. 01/98)

    SUBSEO VIII DO LOCAL DE RESIDNCIA

    Artigo 79 - O Prefeito e o Vice-Prefeito ou quem os substituir devero residir no Municpio de Valinhos.

    SEO II DAS ATRIBUIES DO PREFEITO

    Artigo 80 - Compete privativamente ao Prefeito, alm de outras atribuies previs-tas nesta Lei Orgnica: I - representar o Municpio nas suas relaes jurdicas, polticas e administrativas; II - exercer, com o auxilio do Vice-Prefeito, dos Secretrios Municipais, Diretores, a direo superior da administrao pblica, segundo os princpios desta Lei Orgnica; III - sancionar, promulgar e fazer publicar as leis, bem como expedir decretos para a sua fiel execuo; IV - vetar projetos de lei, total ou parcialmente; V - prover os cargos pblicos e expedir os demais atos referentes situao fun-cional dos servidores, salvo os de competncia da Cmara; VI - nomear e exonerar os Secretrios Municipais, os dirigentes de autarquias e fundaes e demais cargos de confiana, assim como indicar os diretores de empresas pblicas e sociedades de economia mista; VII - decretar desapropriaes por necessidade ou utilidade pblica, ou por interes-se social; VIII - expedir decretos, portarias e outros atos administrativos; IX - prestar, dentro de quinze dias, as informaes solicitadas pela Cmara, por entidades representativas da populao, de classe de trabalhadores do Municpio, referen-tes aos negcios pblicos, podendo prorrogar o prazo, justificadamente, por igual perodo; X - apresentar Cmara Municipal, na sua sesso inaugural, mensagem sobre a situao do Municpio, solicitando medidas de interesse do Governo;

  • LEI ORGNICA DO MUNICPIO DE VALINHOS FL-29-

    XI - iniciar o processo legislativo, na forma e nos casos previstos nesta Lei Orgni-ca;

    Xll - permitir ou autorizar o uso de bens municipais por terceiros; XIII - mediante autorizao legislativa, subscrever ou adquirir aes, realizar ou aumentar capital de sociedade de economia mista ou de empresa pblica; XIV - delegar, por decreto, autoridade do Executivo, funes administrativas que no sejam de sua exclusiva competncia; XV - enviar Cmara Municipal projetos de lei relativos ao plano plurianual, diretri-zes oramentrias, oramento anual, dvida pblica, operaes de crdito e tributos muni-cipais; XVI - enviar Cmara Municipal projeto de lei sobre o regime de concesso ou permisso de servios pblicos; XVII - encaminhar ao Tribunal de Contas do Estado, at trinta e um de maro de cada ano, sua prestao de contas, a das autarquias e da Mesa da Cmara, bem como os balanos do exerccio findo; XVIII - fazer publicar os atos oficiais; XIX - colocar numerrio disposio da Cmara nos termos do artigo 149; XX - aprovar projetos de edificao, planos de loteamento e arruamento;

    XXI - apresentar Cmara Municipal o projeto do Plano Diretor do Municpio; (Em. 35/11)

    XXII - decretar estado de calamidade pblica; XXIII - solicitar o auxilio da polcia estadual para garantia de cumprimentos de seus atos;

    XXIV - criar subprefeituras, administraes regionais, ou equivalentes, mediante autorizao legislativa; XXV - apresentar anualmente relatrio sobre o estado das obras e servios munici-pais, Cmara de Vereadores obrigatoriamente, e s entidades representativas da popu-lao que o exigirem; XXVI - apresentar semestralmente ao Legislativo, demonstrativo das aquisies efetuadas pelo Executivo, atravs das diversas modalidades previstas no instituto da licita-o, compreendendo o fornecimento de materiais, servios e execuo de obras, com seus respectivos custos; XXVII - praticar os demais atos de administrao, nos limites da sua competncia; XXVIII - remeter Cmara Municipal, no prazo de quinze dias, cpias dos do-cumentos por ela solicitados. (Em. 01/93) Pargrafo nico - A representao a que se refere o inciso I poder ser delegada.

  • LEI ORGNICA DO MUNICPIO DE VALINHOS FL-30-

    SEO III DA RESPONSABILIDADE DO PREFEITO

    SUBSEO I DA RESPONSABILIDADE PENAL

    Artigo 81 - Os crimes de responsabilidade do Prefeito e o processo de julgamento so os definidos na legislao federal.

    SUBSEO II DA RESPONSABILIDADE POLTICO-ADMINISTRATIVA

    Artigo 82 - So crimes de responsabilidade os atos do Prefeito que atentarem con-tra a Constituio Federal, Constituio Estadual e Lei Orgnica do Municpio, e, especial-mente contra:

    I - a existncia do Municpio; II - o livre exerccio da Cmara Municipal e das entidades representativas da popu-lao; III - o exerccio de direitos polticos, individuais e sociais; IV - a probidade na administrao; V - a lei oramentria; VI - o cumprimento das leis e decises judiciais. Pargrafo nico - As infraes poltico-administrativas do Prefeito sero submeti-das ao exame da Cmara obedecida a legislao federal.

    SEO IV DOS AUXILIARES DIRETOS DO PREFEITO

    SUBSEO I DOS SECRETRIOS MUNICIPAIS

    Artigo 83 - Os Secretrios Municipais e ocupantes de cargos equivalentes na Administrao Direta ou Indireta, sero escolhidos entre brasileiros com capacidade civil e no exerccio de seus direitos polticos, sendo responsveis pelos atos que praticarem ou referendarem no exerccio do cargo. 1 - No poder ser nomeado ou exercer as funes de Secretrio Municipal ou de cargos equivalentes da Administrao:

  • LEI ORGNICA DO MUNICPIO DE VALINHOS FL-31-

    I - o que for condenado, em deciso transitada em julgado ou proferida por rgo judicial colegiado, desde a condenao at o transcurso do prazo de oito (8) anos aps o cumprimento da pena, pelos crimes: a) contra a economia popular, a f pblica, a administrao pblica e o patrimnio pblico; b) eleitorais, para os quais a lei comine pena privativa de liberdade; c) de abuso de autoridade, nos casos em que houver condenao perda do cargo ou inabilitao para o exerccio de funo pblica; d) de lavagem ou ocultao de bens, direitos e valores; e) de trfico de entorpecentes e drogas afins, racismo, tortura, e terro-rismo; f) contra a vida; g) praticados por organizao criminosa, quadrilha ou bando; II - o que for declarado indigno do oficialato, ou com ele incompatvel, pelo prazo de 8 (oito) anos; III - o que tiver suas contas relativas ao exerccio de cargos ou funes pbli-cas rejeitadas por irregularidade insanvel que configure ato doloso de improbidade administrativa, e por deciso irrecorrvel do rgo competente, salvo se esta houver sido suspensa ou anulada pelo Poder Judicirio, pelo prazo de 8 (oito) anos; IV- o detentor de cargo na administrao pblica direta, indireta ou fundacio-nal, que beneficiar a si ou a terceiros, pelo abuso do poder econmico ou poltico, que for condenado em deciso transitada em julgado ou proferida por rgo judicial colegiado, pelo prazo de 8 (oito) anos; V- o que for condenado, em deciso transitada em julgado ou proferida por rgo colegiado, pela Justia Eleitoral por corrupo, por captao ilcita de sufrgio que impliquem cassao do registro ou do diploma, pelo prazo de 8 (oito) anos a contar da eleio; VI - o que renunciar a seu mandato desde o oferecimento de representao ou petio capaz de autorizar a abertura de processo por infringncia a dispositivo da Constituio Federal, da Constituio Estadual ou desta Lei Orgnica, durante o pe-rodo remanescente do mandato para o qual foi eleito e nos 8 (oito) anos subsequen-tes ao trmino da legislatura; VII - o que for condenado suspenso dos direitos polticos, em deciso transitada em julgado ou proferida por rgo judicial colegiado, por ato doloso de improbidade administrativa que importe leso ao patrimnio pblico e enriquecimen-to ilcito, desde a condenao ou o trnsito em julgado at o transcurso do prazo de 8 (oito) anos aps o cumprimento da pena;

  • LEI ORGNICA DO MUNICPIO DE VALINHOS FL-32-

    VIII - o que for demitido do servio pblico em decorrncia de processo admi-nistrativo ou judicial, pelo prazo de 8 (oito) anos contado da deciso, salvo se o ato houver sido suspenso ou anulado pelo Poder Judicirio; IX - o magistrado e o membro do Ministrio Pblico que for aposentado com-pulsoriamente por deciso sancionatria, que tenha perdido o cargo por sentena ou que tenha pedido exonerao ou aposentadoria voluntria na pendncia de pro-cesso administrativo disciplinar, pelo prazo de 8 (oito) anos. 2 - Os impedimentos previstos no inciso I deste artigo no se aplicam aos crimes culposos e queles definidos em lei como de menor potencial ofensivo, nem aos crimes de ao penal privada. 3 - A renncia para atender desincompatibilizao com vistas a candida-tura a cargo eletivo ou para assuno de mandato no gerar o impedimento previs-to no inciso VI, do 1. 4 - No ato da posse e no trmino do exerccio do cargo os Secretrios faro declarao pblica de bens, publicada em resumo no rgo oficial do Municpio e tero os mesmos impedimentos estabelecidos para os Vereadores. (Emenda 47/2012).

    Artigo 84 - Alm das atribuies fixadas em leis ordinrias, compete ao Secretrio, especialmente: I - orientar, dirigir e fazer executar os servios que lhe so afetos; II - referendar os atos assinados pelo Prefeito; III - expedir atos e instrues para a boa execuo das leis e regulamentos; IV - propor, anualmente, o oramento e apresentar relatrio dos servios de sua Secretaria; V - comparecer, perante a Cmara Municipal, ou qualquer de suas comisses, para prestar esclarecimentos, espontaneamente ou quando regularmente convocado; VI - delegar atribuies, por ato expresso, aos seus subordinados; VII - praticar atos pertinentes s atribuies que lhe forem outorgadas pelo Prefeito; VIII - apresentar anualmente ao Prefeito, Cmara Municipal e s entidades repre-sentativas da populao que assim o solicitarem, relatrio anual dos servios realizados na sua Secretaria. Artigo 85 - Os cargos de dirigentes de autarquias, de sociedades de economia mista e de fundaes pblicas equiparam-se ao de Secretrio Municipal aplicando-se aos mesmos os direitos e obrigaes contidas nos artigos 83 e 84 desta Lei. TITULO III DA ORGANIZAO DO MUNICPIO

  • LEI ORGNICA DO MUNICPIO DE VALINHOS FL-33-

    CAPTULO I DA ADMINISTRAO MUNICIPAL

    SEO I DISPOSIES GERAIS

    SUBSEO I DOS PRINCPIOS

    Artigo 86 - O Municpio dever organizar a sua administrao e exercer suas ativi-dades dentro de um processo de planejamento permanente, atendendo s peculiaridades locais e aos princpios tcnicos convenientes ao desenvolvimento integrado da comunida-de. Pargrafo nico - Considera-se processo de planejamento a definio de objeti-vos, determinados em funo da realidade local, a preparao dos meios para atingi-los, o controle de sua aplicao e a avaliao dos resultados obtidos. Artigo 87 - O Municpio iniciar o seu processo de planejamento, elaborando o Plano Diretor de Desenvolvimento Integrado, no qual considerar, em conjunto, os aspec-tos fsicos, econmicos, sociais e administrativos. Pargrafo nico - O Plano Diretor de Desenvolvimento Integrado dever ser ade-quado aos recursos financeiros do Municpio e s suas exigncias administrativas. Artigo 88 - A administrao pblica direta, indireta ou fundacional, de qualquer dos Poderes do Municpio, obedecer aos princpios da legalidade, impessoalidade, moralida-de, publicidade, razoabilidade, finalidade e motivao.

    SUBSEO II DAS LEIS E DOS ATOS ADMINISTRATIVOS

    Artigo 89 - As leis e os atos administrativos externos devero ser publicados em rgo oficial do Municpio, para que produzam os seus efeitos regulares. 1 - A publicao dos atos no normativos poder ser resumida. 2 - Os atos de efeitos externos s produziro eficcia aps a sua publicao. Artigo 90 - A lei dever fixar prazos para a prtica dos atos administrativos e esta-belecer recursos adequados sua reviso, indicando seus efeitos e forma de processa-mento.

  • LEI ORGNICA DO MUNICPIO DE VALINHOS FL-34-

    SUBSEO III DA PRESTAO DE CONTAS

    Artigo 91 - Os rgos e pessoas que recebam dinheiro ou valores pblicos ficam obrigados prestao de contas de sua aplicao ou utilizao, nos prazos e na forma que a lei estabelecer.

    SUBSEO IV DO FORNECIMENTO DE CERTIDES

    Artigo 92 - Os rgos da administrao direta e indireta so obrigados a fornecer a qualquer cidado, para a defesa de seus direitos e esclarecimentos de situao de seu interesse pessoal, no prazo mximo de quinze dias, certido de atos, contratos, decises ou pareceres, sob pena de responsabilidade da autoridade ou servidor que negar ou retar-dar a sua expedio. 1 - As requisies judiciais devero ser atendidas no mesmo prazo, se outro no for fixado pela autoridade Judicial. 2 - As certides e demais documentos, mencionados no caput deste arti-go, sero fornecidos gratuitamente a servidores e ex-servidores do Municpio para defesa de seus direitos e esclarecimentos de situao de interesse pessoal. (Em. 37/11)

    SUBSEO V DA ADMINISTRAO INDIRETA E FUNDAES

    Artigo 93 - As autarquias, empresas pblicas, sociedades de economia mista e fundaes controladas pelo Municpio: I - dependem de lei: a) para sua criao, transformao, fuso, ciso, incorporao, privatizao ou ex-tino; b) para serem criadas subsidirias, assim como a participao destas em empresa pblica; II - devero estabelecer a obrigatoriedade da declarao pblica de bens, pelos seus diretores, na posse e no desligamento;

  • LEI ORGNICA DO MUNICPIO DE VALINHOS FL-35-

    III - devero, bimestralmente, apresentar balancetes financeiros apreciao da Cmara Municipal.

    SUBSEO VI DA CIPA e CCA

    Artigo 94 - Os rgaos da administrao direta e indireta ficam obrigados a constitu-ir Comisso Interna de Preveno de Acidentes - CIPA, e, quando assim o exigirem suas atividades, a Comisso de Controle Ambiental - CCA, visando a proteo da vida, do meio ambiente e das condies de trabalho dos seus servidores na forma da lei.

    SUBSEO VII DA DENOMINAO

    Artigo 95 - vedado dar denominao a prprios municipais, vias e logradouros pblicos, com o nome de pessoas vivas.

    SUBSEO VIII DO REGISTRO

    Artigo 96 - O Municpio ter os livros que forem necessrios aos seus servios e, obrigatoriamente, os de: I - termo de compromisso e posse;

    II - declarao de bens; III - atas das sesses da Cmara;

    IV - registros de leis, decretos, resolues, regulamentos, instrues e portarias; V - cpia de correspondncia oficial; VI - protocolo, ndice de papis e livros arquivados; Vll - licitaes e contratos para obras e servios; VIII - contrato de trabalho de servidores; IX - contratos em geral; X - contabilidade e finanas; XI - concesses e permisses de bens imveis e de servios; Xll - tombamento de bens imveis;

  • LEI ORGNICA DO MUNICPIO DE VALINHOS FL-36-

    XIII - registro de loteamentos aprovados. 1 - Os livros sero abertos, rubricados e encerrados pelo Prefeito e pelo Presi-dente da Cmara, conforme o caso, ou por funcionrio designado para tal fim. 2 - Os livros referidos neste artigo, podero ser substitudos por fichas ou outro sistema, convenientemente autenticados.

    SUBSEO IX DA PUBLICIDADE

    Artigo 97 - A publicidade dos atos, programas, obras, servios e campanhas de rgos pblicos, ainda que custeados por entidades privadas:

    I - dever ter carter educativo, informativo ou de orientao social e ser realizada de forma a no abusar de confiana do cidado, no explorando sua falta de conhecimento ou experincia e no se beneficiar da sua credibilidade;

    II - no poder conter nomes, smbolos, expresses, sons ou imagens que caracte-rizem promoo pessoal de autoridades ou servidores pblicos.

    1 - A veiculao da publicidade a que se refere este artigo restrita ao territrio do Municpio, exceto aquelas inseridas em rgo de comunicao e de divulgao nacional e as autorizadas por lei.

    2 - A Administrao Municipal publicar e enviar Cmara Municipal e s enti-dades representativas da populao que o exigirem, aps cada trimestre, relatrio comple-to sobre os gastos em publicidade realizada pela administrao direta, indireta, fundaes e rgos controlados pelo Municpio, na forma da lei.

    3 - Verificada a violao ao disposto neste artigo, caber Cmara Municipal de-terminar a suspenso imediata da propaganda e publicidade, na forma da lei.

    4 - O no cumprimento do disposto neste artigo implicar crime de responsabili-dade, sem prejuzo da suspenso e da instaurao imediata de processo administrativo para sua apurao.

    SUBSEO X DOS ATOS DE IMPROBIDADE

    Artigo 98 - Aos atos de improbidade administrativa importaro a suspenso dos di-reitos polticos, a perda da funo pblica, a indisponibilidade dos bens e o ressarcimento ao errio, na forma e gradao previstas em lei, sem prejuzo da ao penal cabvel.

  • LEI ORGNICA DO MUNICPIO DE VALINHOS FL-37-

    SUBSEO XI DOS PRAZOS DE PRESCRIO

    Artigo 99 - Os prazos de prescrio para ilcitos praticados por qualquer agente, servidor ou no, que causem prejuzos ao errio, sero os fixados em lei federal, ressalva-das as respectivas aes de ressarcimento.

    SUBSEO XII DOS DANOS

    Artigo 100 - As pessoas jurdicas de direito pblico e as de direito privado, presta-doras de servios pblicos, respondero pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso contra o responsvel nos casos de dolo e culpa.

    SEO II DAS OBRAS, SERVIOS PBLICOS, AQUISIES E ALIENAES

    SUBSEO I DISPOSIO GERAL

    Artigo 101 - Ressalvados os casos especificados na legislao, as obras, servios, aquisies e alienaes sero contratados mediante processo de licitao pblica que: I - assegure igualdade de condies a todos os concorrentes, com clusulas que estabelea obrigaes de pagamento, mantidas s condies efetivas da proposta, nos termos da lei; II - permita somente as exigncias de qualificao tcnica e econmica indispens-veis garantia do cumprimento das obrigaes.

    SUBSEO II DAS OBRAS E SERVIOS PBLICOS

  • LEI ORGNICA DO MUNICPIO DE VALINHOS FL-38-

    Artigo 102 - A Administrao Pblica, na realizao de obras e servios, no pode contratar empresas que desatendam as normas relativas sade e segurana no trabalho. Artigo 103 - As licitaes de obras e servios pblicos devero ser precedidas da indicao do local onde sero executados e do respectivo projeto tcnico, que permita a definio de seu objeto e previso de recursos oramentrios, sob pena de invalidade da licitao. Pargrafo nico - Na elaborao do projeto devero ser atendidas as exigncias de proteo do patrimnio histrico-cultural e do meio ambiente. Artigo 104 - O municpio poder realizar obras e servios de interesse comum me-diante: I - convnio com o Estado, a Unio ou entidades privadas; II - consrcio com outros municpios; III - plano comunitrio de melhoramentos. Artigo 105 - Incumbe ao Poder Pblico, na forma da lei, diretamente ou sob regime de concesso ou permisso, sempre mediante processo licitatrio, a prestao de servios pblicos. 1 - A permisso de servio pblico, estabelecida mediante lei, ser outorgada: I - atravs de licitao; II - a ttulo precrio. 2 - A concesso de servio pblico, estabelecida mediante contrato, depender de:

    I - autorizao legislativa; II - licitao.

    Artigo 106 - Os servios permitidos ou concedidos esto sujeitos a regulamentao e permanente fiscalizao por parte do Executivo e podem ser retomados quando no mais atendam aos seus fins ou s condies do contrato.

    Pargrafo nico - Os servios permitidos ou concedidos sero determinados por lei e quando prestados por particulares no sero subsidiados pelo Municpio.

    Artigo 107 - A tarifa e o preo pblico, conforme o caso, dos servios pblicos e de utilidade pblica sero fixados pelo Executivo, tendo em vista a justa remunerao.

    SUBSEO III DAS AQUISIES

    Artigo 108 - A aquisio de bens imveis, na base de permuta, desde que o inte-resse pblico seja manifesto, depende de prvia avaliao dos bens a serem permutados.

  • LEI ORGNICA DO MUNICPIO DE VALINHOS FL-39-

    Artigo 109 - A aquisio de bem imvel, por compra, recebimento em doao com encargo ou permuta, depende de prvia avaliao e autorizao legislativa.

    SUBSEO IV DAS ALIENAES

    Artigo 110 - A alienao de bem mvel do Municpio, mediante doao, venda ou permuta, depender de interesse pblico manifesto e de prvia avaliao.

    1 - No caso de doao, ser permitida para: I - entidades que cumpram funo social; II - pessoas fsicas, mediante a presena de interesse social, nos termos da

    Lei que criou o Projeto Solidariedade - PROSOL. (Em. 12/07) 2 - No caso de venda, haver necessidade de licitao.

    3 - No caso de aes, a negociao far-se- por intermdio de corretor oficial da Bolsa de Valores.

    Artigo 111 - A alienao de bem imvel do Municpio mediante venda, doao com encargo ou permuta, depende de interesse pblico manifesto, prvia avaliao e autoriza-o legislativa.

    Pargrafo nico - No caso de venda, haver necessidade, tambm, de licitao. Artigo 112 - O Municpio, preferentemente venda ou doao de seus bens im-

    veis, outorgar concesso de direito real de uso, mediante autorizao legislativa prvia e concorrncia.

    1 - A concorrncia poder ser dispensada por lei quando o uso se destinar a concessionria de servio pblico, a entidade assistencial, ou quando houver relevante interesse pblico, devidamente justificado. 2 - a venda aos proprietrios de imveis lindeiros de reas urbanas remanescen-tes e inaproveitveis para edificao, resultantes de obras pblicas, depender apenas de prvia avaliao e autorizao legislativa. 3 - As reas resultantes de modificao de alinhamento sero alienadas nas mesmas condies estabelecidas no pargrafo anterior.

    CAPITULO II DOS BENS MUNICIPAIS

    Artigo 113 - Constituem bens municipais todas as coisas mveis e imveis, direitos e aes que, a qualquer ttulo, pertenam ao Municpio.

  • LEI ORGNICA DO MUNICPIO DE VALINHOS FL-40-

    Artigo 114 - Pertencem ao patrimnio municipal as terras devolutas que se locali-zem dentro de seus limites excludas as da Unio e as do Estado. Artigo 115 - Todos os bens municipais devero ser cadastrados com a identifica-o respectiva, numerando-se os mveis, segundo o que for estabelecido em regulamento. Pargrafo nico - Os bens patrimoniais do Municpio devero ser classificados: I - pela sua natureza; II - em relao a cada servio. Artigo 116 - A administrao dos bens municipais cabe ao Prefeito, ressalvada a competncia da Cmara quanto queles utilizados em seus servios e sob sua guarda. Artigo 117 - O uso de bem imvel municipal por terceiros far-se- mediante autori-zao, permisso ou concesso. 1 - A autorizao ser outorgada pelo prazo mximo de noventa dias, salvo no caso de formao de canteiro de obra pblica, quando ento corresponder ao de sua du-rao. 2 - A permisso ser outorgada a titulo precrio, mediante decreto. 3 - A concesso administrativa depender de autorizao legislativa e licitao, formalizando-se mediante contrato. 4 - A lei estabelecer o prazo de concesso e a sua gratuidade ou remunerao, podendo dispensar a licitao no caso de se destinar concessionria de servio pblico, entidade assistencial ou quando houver interesse pblico relevante, devidamente justifi-cado. 5 - A concesso administrativa de bens pblicos de uso comum, somente pode ser outorgada para finalidades escolares, de assistncia social ou turstica, mediante auto-rizao legislativa. Artigo 118 - A concesso de direito real de uso, sobre um bem imvel do Munic-pio, depender de prvia avaliao, autorizao legislativa e licitao. Pargrafo nico - A lei municipal poder dispensar a licitao quando o uso se destinar concessionria de servio pblico, entidade assistencial, ou quando houver relevante interesse pblico, devidamente justificado.

    CAPTULO III DOS SERVIDORES MUNICIPAIS

    SEO I DO REGIME JURDICO NICO

  • LEI ORGNICA DO MUNICPIO DE VALINHOS FL-41-

    Artigo 119 - O Municpio instituir regime jurdico nico e planos de carreira para os servidores da administrao pblica direta, das autarquias e fundaes pblicas.

    SEO II DOS DIREITOS E DEVERES DOS SERVIDORES

    SUBSEO I DOS CARGOS PBLICOS

    Artigo 120 - Os cargos, empregos e funes pblicas so acessveis aos brasilei-ros que preencham os requisitos estabelecidos em lei. 1 - Os cargos em comisso e as funes de confiana sero exercidos, prefe-rencialmente, por servidores ocupantes de cargos de carreira tcnica ou profissional, nos casos e condies previstos em lei. 2 - A lei reservar percentual dos cargos e empregos pblicos para as pessoas portadoras de deficincia e definir os critrios de sua admisso. 3 - Nenhum servidor poder ser diretor ou integrar conselho de empresa forne-cedora, ou que realize qualquer modalidade de contrato com o Municpio, sob pena de demisso do servio pblico.

    SUBSEO II DA INVESTIDURA

    Artigo 121 - A investidura em cargo ou emprego pblico depende de aprovao prvia em concurso pblico de provas ou provas e ttulos, ressalvadas as nomeaes para cargo em comisso declarado em lei de livre nomeao e exonerao. 1 - O prazo de validade do concurso ser de at dois anos, prorrogvel, uma vez, por igual perodo. 2 - Durante o prazo improrrogvel previsto no edital de convocao, o candidato aprovado em concurso pblico ser convocado com prioridade sobre novos concursados para assumir cargo ou emprego, na carreira. Artigo 122 - As comisses organzadoras ou as julgadoras de Concursos Pblicos do Municpio no podero ser compostas por servidores nem por agentes polticos.

  • LEI ORGNICA DO MUNICPIO DE VALINHOS FL-42-

    SUBSEO III DA CONTRATAO POR TEMPO DETERMINADO

    Artigo 123 - A lei estabelecer os casos de contratao por tempo determinado para atender a necessidade temporria de excepcional interesse pblico. Pargrafo nico - Previamente contratao de servios temporrios, devero ser criados por lei os empregos e funes referentes que sero automaticamente extintos ao trmino do contrato.

    SUBSEO IV DA REMUNERAO

    Artigo 124 - A reviso geral da remunerao dos servidores pblicos far-se- sem-pre na mesma data. 1 - A lei fixar o limite mximo e a relao de valores entre a maior e menor re-munerao dos servidores pblicos, observados, como limite mximo, o valores percebi-dos como remunerao, em espcie, pelo Prefeito. 2 - O vencimento dos cargos do Legislativo no poder ser superior ao pago pelo Executivo.

    3 - A lei assegurar aos servidores da administrao direta, autarquias e fundaes pblicas isonomia de vencimentos para cargos de atribuies iguais ou assemelhados ou entre servidores do Executivo e Legislativo, ressalvadas as vantagens de carter individual e as relativas natureza. (Em. 38/11) 4 - vedada a vinculao ou equiparao de vencimento, para efeito de remu-nerao de pessoal do servio pblico, ressalvado o disposto nos 2 e 19 deste artigo e na legislao federal. 5 - Os acrscimos pecunirios percebidos por servidor pblico no sero compu-tados nem acumulados, para fins de concesso de acrscimos ulteriores, sob mesmo ttulo ou idntico fundamento. 6 - O vencimento irredutvel. 7 - O Dcimo Terceiro Salrio ser calculado com base na remunerao integral ou sobre o valor da aposentadoria. 8 - A retribuio pecuniria do trabalho noturno ser superior do diurno. 9 - O vencimento ter um adicional para as atividades penosas, insalubres ou perigosas, na forma da lei.

  • LEI ORGNICA DO MUNICPIO DE VALINHOS FL-43-

    10 - O vencimento no poder ser diferente, no exerccio de funes e no critrio de admisso por motivo de sexo, idade, cor ou estado civil. 11 - O servidor dever receber salrio-famlia em razo de seus dependentes. 12 - A durao do trabalho normal no poder ser superior a oito horas dirias e quarenta e quatro semanais, facultada a compensao de horrios e a reduo da jornada na forma da lei. 13 - A lei estabelecer excees quanto jornada de trabalho nas atividades consideradas penosas, insalubres ou perigosas. 14 - O repouso semanal remunerado ser concedido preferencialmente aos do-mingos. 15 - O servio extraordinrio dever corresponder a uma retribuio pecuniria superior, no mnimo, em cinqenta por cento do normal. 16 - O vencimento, vantagens ou qualquer parcela remuneratria, pagos com atraso, devero ser corrigidos monetariamente, de acordo com os ndices oficiais aplic-veis espcie. 17 - vedada a participao dos servidores pblicos municipais no produto da arrecadao de tributos, multas, inclusive as da dvida ativa, a qualquer ttulo. 18 - As vantagens de qualquer natureza s podero ser concedidas por lei e quando atendam efetivamente o interesse pblico e as exigncias do servio. 19 - Ao servidor pblico municipal assegurado o percebimento do adicional por tempo de servio, concedido nos termos da lei e vedada sua limitao, bem como da sex-ta-parte de sua remunerao, concedida aos vinte anos de efetivo exerccio, que se incor-poraro aos vencimentos para todos os efeitos, observado o limite previsto no pargrafo primeiro deste artigo.

    SUBSEO V DAS FRIAS

    Artigo 125 - O servidor gozar frias anuais remuneradas com, pelo menos, um tero a mais do que a remunerao normal.

    SUBSEO VI DAS LICENAS

  • LEI ORGNICA DO MUNICPIO DE VALINHOS FL-44-

    Artigo 126 - A licena-gestante, sem prejuzo do emprego e da remunerao, ter a durao de cento e oitenta dias. (Em.13/08)

    1 - Fica acrescido ao perodo da licena maternidade de que trata o caput, o perodo correspondente a diferena entre o nascimento prematuro e a idade gesta-cional esperada do recm-nascido, devidamente comprovado atravs de exames clnicos, com laudo expedido por Mdico Pediatra, do qual constaro as classifica-es do beb como recm-nascido pr-termo e a indicao de semanas de idade gestacional apurado. (Em.13/08)

    2 - Em ambos os casos a licena ser concedida com vencimentos integrais, iniciando-se na data do nascimento. (Em.13/08)

    3 - Os benefcios de que trata o caput e seus pargrafos sero estendidos quelas que atravs de processo legal tenham feito adoo, iniciando-se a licena na data de expedio, pela Justia, da guarda definitiva, observados os seguintes crit-rios: (Em. 39/11)

    I adoo ou guarda judicial de criana at um ano de idade, o perodo de li-cena ser de 180 (cento e oitenta) dias; (Em. 39/11)

    II adoo ou guarda judicial de criana a partir de um ano at quatro anos de idade, o perodo de licena ser de 90 (noventa) dias; (Em. 39/11)

    III adoo ou guarda judicial de criana a partir de quatro anos at oito anos de idade, o perodo de licena ser de 60 (sessenta) dias. (Em. 39/11)

    4 - Far jus a licena-paternidade, por perodo de 10 dias, contados a partir da data do nascimento ou adoo, o cnjuge ou o companheiro estvel. (Em. 39/11)

    Artigo 127 - O servidor poder obter licena por motivo de doena em cnju-ge, companheiro estvel, filhos ou pais, desde que comprove ser indispensvel a sua assistncia pessoal e esta no possa ser prestada simultaneamente com o exer-ccio do cargo, o que dever ser apurado atravs de acompanhamento social. (Em.13/08)

    Pargrafo nico - A licena de que trata o caput no poder ser superior a me-tade da carga horria diria do servidor, sem prejuzo do emprego e da remunerao, limitando-se a no mximo 60 dias por ano, prorrogvel por igual perodo, aps ouvi-da a rea social prazo da licena-paternidade ser fixado em lei. (Em. 13/08).

    SUBSEO VII DAS NORMAS DE SEGURANA

  • LEI ORGNICA DO MUNICPIO DE VALINHOS FL-45-

    Artigo 128 - A reduo dos riscos inerentes ao trabalho far-se- por meio de nor-mas de sade, higiene e segurana. Pargrafo nico - Ao servidor pblico que tiver sua capacidade de trabalho reduzi-da em decorrncia de acidente de trabalho ou doena do trabalho ser garantida a transfe-rncia para locais ou atividades compatveis com sua condio de sade, sem prejuzo da remunerao e das promoes.

    SUBSEO VIII DO DIREITO DE GREVE

    Artigo 129 - O direito de greve ser exercido nos termos e nos limites definidos em lei complementar federal.

    SUBSEO IX DA ASSOCIAO SINDICAL

    Artigo 130 - garantido ao servidor pblico municipal o direito livre associao sindical, obedecidas as disposies contidas no artigo 8 da Constituio Federal. 1 - assegurado o direito de reunio, devidamente regulamentado, em locais de trabalho, aos servidores pblicos e sua associao sindical. 2 - O servidor gozar de estabilidade no cargo ou emprego desde o registro de sua candidatura para o exerccio de cargo de representao sindical, at um ano aps o trmino do mandato, se eleito, salvo se cometer falta grave definida em lei.

    3. Fica assegurado ao servidor pblico, eleito para ocupar cargo em sindi-cato de categoria, na for