Lei Organica Guarulhos

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LEI ORGNICA DO MUNICPIO DE GUARULHOS Estado de So Paulo P R E M B U L O

O Povo de Guarulhos, inspirado nos ideais democrticos e nos princpios das Constitu ies da Repblica e do Estado de So Paulo, objetivando assegurar, no Municpio, o exercc o dos direitos e liberdades fundamentais da pessoa humana e a construo de uma soci edade livre, justa e solidria, invocando a proteo de Deus, decreta e promulga, por seus representantes, a L E I O R G N I C A D O M U N I C P I O D E G U A R U L H O S

TTULO I DAS DISPOSIES PRELIMINARES

Art. 1 - So Poderes do Municpio, independentes e harmnicos entre si, o Legislativo e o Executivo. Pargrafo nico - O cidado, investido na funo de um dos Poderes, no poder exercer a de tro, salvo as excees previstas nesta Lei Orgnica e nas Constituies da Repblica e do E tado. Art. 2 - So smbolos do Municpio: a Bandeira, o Braso e o Hino. Pargrafo nico - obrigatrio o hasteamento da Bandeira do Municpio em prdios do Estado e unidades da administrao federal de qualquer tipo. Art. 3. - A fundao do Municpio ser comemorada no dia 8 de dezembro. TTULO II DAS GARANTIAS INDIVIDUAIS E SOCIAIS CAPTULO I DOS PRINCPIOS FUNDAMENTAIS Art. 4 - Os Poderes Pblicos asseguraro, no mbito municipal e no limite das respectiv as atribuies, o exerccio dos direitos sociais, coletivos e individuais e o cumprime nto dos objetivos fundamentais da Federao Brasileira, previstos na Constituio da Repb lica. Pargrafo nico - O crime do racismo previsto no art. 5., inciso XLII da Constituio Fed eral, quando devidamente comprovado, sem prejuzo de outras sanes previstas em lei, ser punido, no mbito municipal, com a cassao ao alvar de funcionamento expedido pela Prefeitura, quando o agente for proprietrio ou responsvel legal pelo estabelecime nto, ou agir por sua orientao. CAPTULO II DOS DIREITOS DO HABITANTE DO MUNCPIO

Art. 5 - assegurado a todo o habitante do Municpio, nos termos das Constituies Feder al e Estadual e desta Lei Orgnica, o direito educao, sade, ao trabalho, ao lazer, gurana, previdncia social, proteo maternidade e infncia. assistncia aos des ao transporte, habitao e ao ambiente equilibrado. Art. 6 - Todo poder naturalmente privativo do povo, que o exercer diretamente ou indiretamente, por seus representantes eleitos. Art. 7 - O Municpio de Guarulhos reger-se- por esta Lei Orgnica, atendidos os princpi os constitucionais. Pargrafo nico - A soberania popular se manifesta quando a todos so asseguradas cond ies dignas de existncia, e ser exercida: I - pelo sufrgio universal e pelo voto direto e secreto com valor igual para tod os; II - pelo plebiscito; III - pelo referendo; IV - pela iniciativa popular no processo legislativo;

V - pela participao popular nas decises do Municpio e no aperfeioamento democrtico de suas instituies; VI - pela ao fiscalizadora sobre a administrao pblica. Art. 8 - O Municpio de Guarulhos, conforme os princpios constitucionais, entidade integrante e autnoma da Repblica Federativa do Brasil, garantir vida digna aos seu moradores, e ser administrado: I - com transparncia de seus atos a aes; II - com moralidade; III - com participao popular nas decises; IV - com descentralizao administrativa. Art. 9 - garantido o direito de organizao estudantil no mbito do Municpio. TTULO III DO PODER LEGISLATIVO CAPTULO I DA CMARA MUNICIPAL

Art. 10 - O Poder Legislativo exercido pela Cmara Municipal, composta de Vereador es eleitos pelo sistema proporcional, dentre cidados maiores de dezoito anos no e xerccio dos direitos polticos, por meio do voto direto e secreto. Art. 11 - Cabe Cmara, com a sano do Prefeito, dispor sobre matrias de sua competncia e especialmente: I - legislar sobre assuntos de interesse local, inclusive suplementando a legisl ao federal e estadual , no que couber; II - legislar sobre tributos municipais, bem como autorizar isenes e anistias fisc ais e a remisso de dvidas; III - votar a lei de diretrizes oramentrias, o plano purianual e o oramento anual, bem como autorizar a abertura de crditos suplementares e especiais; IV - deliberar sobre a obteno e concesso de emprstimos e operaes de crdito, bem como forma e os meios de pagamento; V - autorizar a concesso de auxlios e subvenes; VI - autorizar a concesso de servios pblicos; VII - autorizar a concesso de direito real de uso de bens municipais; VIII - autorizar a concesso administrativa do uso de bens municipais; IX - autorizar a alienao de bens imveis; X - autorizar a aquisio de bens imveis, salvo quando se tratar de doao sem encargo; XI - dispor sobre a criao, organizao e supresso de distritos, atendidos os requisitos previstos em lei complementar estadual assegurada a participao popular; XII - criar, alterar e extinguir cargos pblicos e fixar os respectivos vencimento s; XIII - aprovar o plano diretor e a legislao de natureza edlica e urbanstica; XIV - autorizar convnios com entidades pblicas ou particulares e consrcios com outr os Municpios; XV - delimitar o permetro urbano; XVI - autorizar a alterao da denominao de prprios, vias e logradouros pblicos; e XVII - dar denominao a prprios, vias e logradouros pblicos. Art. 12 - Cmara compete, privativamente, as seguintes atribuies: I - eleger sua Mesa, bem como destitu-la na forma regimental; II - elaborar o regimento interno; III- organizar os seus servios administrativos; IV - dar posse ao Prefeito e ao Vice-Prefeito eleitos, conhecer de sua renncia e afast-los definitivamente do exerccio do cargo nas hipteses legais; V - conceder licena ao Prefeito, ao Vice-Prefeito e aos Vereadores para afastamen to do cargo; VI - autorizar o Prefeito, por necessidade de servio, a ausentar-se do Municpio po r mais de quinze dias; VII - fixar, no final de cada legislatura para a seguinte, os subsdios e a verba

de representao do Prefeito, Vice-Prefeito e Vereadores; VIII - criar comisses especiais de inqurito, sobre fato determinado que se inclua na competncia municipal, sempre que o requerer, pelo menos, um tero dos seus membr os, com aprovao de maioria absoluta; IX - solicitar informaes ao Prefeito sobre assuntos referentes administrao; X - convocar os Secretrios Municipais para prestarem informaes sobre a matria de sua competncia; XI - autorizar referendo e convocar plebiscito; XII - deliberar, mediante resoluo, sobre assuntos de sua economia interna, e, nos demais casos de sua competncia privativa, por meio de decreto legislativo; XIII - conceder ttulo de cidado honorrio pessoa que, reconhecidamente, tenha presta do servios relevantes ao Municpio, mediante decreto legislativo; XIV - julgar o Prefeito, o Vice-Prefeito e os Vereadores, nos casos previstos em lei; XV - tornar e julgar as contas do Prefeito e da Mesa, observados os seguintes pr eceitos: a) o parecer prvio, emitido pelo Tribunal de Contas do Estado, somente deixa r de prevalecer por deciso de dois teros dos membros da Cmara; b) rejeitadas as contas, estas sero imediatamente remetidas ao Ministrio Pblic o, para os devidos fins. XVI - zelar pela preservao de sua competncia, sustando os atos normativos do Execut ivo que exorbitem do poder regulamentar ou dos limites de delegao legislativa; e XVII - exercer, com auxlio do Tribunal de Contas do Estado, a fiscalizao co ntbil, financeira, oramentria, operacional e patrimonial do Municpio. Art. 13 - As associaes devidamente cadastradas podero obter gratuitamente cpia dos p rojetos de lei, decretos e atos legislativos. CAPTULO II DOS VEREADORES

Art. 14 - No incio de cada legislatura, em primeiro e janeiro, as dez horas, em s esso solene de instalao, independentemente de nmero, sob a presidncia do mais votado dentre os presentes, os Vereadores prestaro compromisso e tomaro posse. 1. - Perder o mandato o Vereador que no tomar posse dentro do prazo de quinze dias da data fixada para tanto, salvo motivo justificado, aceito pela Cmara. 2. - No ato da posse, os Vereadores devero desincompatibilizar-se, fazendo, na mes ma ocasio e ao trmino do mandato, declarao dos seus bens, que ser transcrita em livro prprio, constando de ata o seu resumo. Art. 15- O mandato do Vereador ser remunerado, na forma fixada pela Cmara, em cada legislatura para a subsequente. Art. 16 - O Vereador somente poder licenciar-se: I - por molstias devidamente comprovadas ou por licena gestante; II - para desempenhar misses temporrias em carter cultural ou de interesse do Municp io; III - para tratar de assuntos particulares, por prazo determinado, nunca inferio r a trinta dias, no podendo reassumir o exerccio do mandato antes do trmino da lice na. 1. - Para fins de remunerao, considerar-se- como em exerccio o Vereador licenciado n s termos dos incisos I e II. 2. - O Vereador, investido do cargo de Secretrio Municipal ou de dirigente de auta rquias, empresas pblicas, empresas de economia mista ou fundaes municipais, no perde r o mandato, considerando-se automaticamente licenciado, podendo optar pelos venc imentos de maior remunerao. Art. 17 - Os Vereadores so inviolveis por suas opinies, palavras e votos no exerccio do mandato e na circunscrio do Municpio. Art. 18 - Os Vereadores no podero: I - desde a expedio do diploma: firmar ou manter contrato com pessoa jurdica de dir eito pblico, autarquia, empresa pblica, sociedade de economia mista, empresa conce ssionria de servio pblico ou fundaes municipais, salvo quando o contrato obedecer a c lusulas uniformes;

II - desde a posse: a) ser proprietrios, controladores ou diretores de empresa que goze de favor decorrente de contrato com pessoa jurdica de direito municipal, ou nela exercer funo remunerada; b) ocupar cargo ou funo que sejam demissveis "ad nutum", nas entidades referid as no inciso I; c) patrocinar causa em que seja interessada qualquer uma das entidades a qu e se refere o inciso I; d) ser titular de mais de um cargo ou mandato eletivo federal, estadual ou municipal.

Art. 19 - Perder o mandato o Vereador: I - que infringir qualquer das proibies estabelecidas no artigo anterior; II - cujo procedimento for incompatvel com o decoro parlamentar; III - que deixar de comparecer em cada sesso legislativa tera parte das sesses ordi nrias da Cmara, salvo licena ou misso por esta autorizada; IV - que perder ou tiver suspensos os seus direitos polticos; V - quando o decretar a Justia Eleitoral, nos casos previstos na legislao pertinent e. 1. - incompatvel com o decoro parlamentar, alm dos casos definidos na Lei Orgnica e no Regimento Interno, o abuso das prerrogativas de Vereador e a percepo de vantage ns indevidas. 2.- Nos casos dos incisos I e II, a perda do mandato ser decidida pela Cmara, por v oto secreto e maioria de dois teros de seus membros, mediante provocao da Mesa ou d e partido poltico representado no Legislativo, assegurada ampla defesa. 3. - Nas hipteses dos incisos III, IV e V, a perda ser declarada pela Mesa, de ofcio ou mediante provocao de qualquer Vereador, ou de partido poltico representado na Cm ara, assegurada ampla defesa. Art. 20 - No perder o mandato o Vereador: I - investido no cargo de Secretrio Municipal ou de dirigente de autarquias, emp resas pblicas, sociedades de economia mista ou fundaes municipais; II - licenciado pela Cmara por motivo de doena ou licena gestante, ou para tratar, sem remunerao, de interesse particular, desde que, nesse caso, o afastamento no ult rapasse cento e vinte dias por sesso legislativa. 1. - O suplente ser convocado nos casos de vaga de investidura em cargos, funes ou m andatos previstos neste artigo, ou de licena. 2. - Convocado, o suplente dever tomar posse dentro do prazo de quinze dias, salvo por motivo justificado aceito pela Cmara. 3. - Ocorrendo vaga e no havendo suplente, a Mesa comunicar o fato, dentro de quare nta e oito horas, ao Tribunal Regional Eleitoral, para as providncias que coubere m. CAPTULO III DA MESA DA CMARA Art. 21 - Imediatamente depois da posse, os Vereadores reunir-se-o sob a presidnci a do mais votado dentre os presentes e, havendo maioria absoluta dos membros da Cmara, elegero os componentes da Mesa, que ficaro automaticamente empossados. Pargrafo nico - No havendo nmero legal, o Vereador mais votado dentre os presentes p ermanecer na presidncia e convocar sesses dirias, at que seja eleita a Mesa. Art. 22 - A eleio para a renovao da Mesa realizar-se- sempre no dia vinte de dezembro , s dez horas, e a posse dos eleitos, automtica, a partir do primeiro dia da sesso legislativa seguinte. Pargrafo nico - O regimento interno dispor sobre a forma de eleio da Mesa. Art. 23 - O mandato da Mesa ser de dois anos, vedada a reeleio de qualquer dos seus membros para o mesmo cargo. Pargrafo nico - Qualquer membro da Mesa poder ser destitudo, na forma do regimento i nterno, por dois teros dos integrantes da Cmara, assegurado o direito de defesa prv ia, quando comprovadamente faltoso, omisso ou ineficiente no cumprimento de suas funes.

Art. 24 - Mesa, dentre outras atribuies, compete: I - propor projetos de lei que criem ou extingam cargos dos servios da Cmara e fix em os respectivos vencimentos; II - elaborar e expedir, mediante ato, a discriminao analtica das dotaes oramentrias Cmara, bem como alter-las quando necessrio; III - apresentar projetos de lei dispondo sobre a abertura de crditos suplementar es ou especiais, indicando recursos; IV - suplementar, mediante ato, as dotaes do oramento da Cmara, observado o limite d a autorizao constante da lei oramentria, desde que os recursos para a sua cobertura sejam provenientes de anulao total ou parcial de suas dotaes oramentrias; V - devolver tesouraria da Prefeitura o saldo de caixa existente na Cmara no fina l do exerccio; VI - enviar ao Prefeito, at o dia primeiro de maro, as contas do exerccio anterior; VII - nomear, promover, comissionar, conceder gratificaes, licenas, por em disponib ilidade, exonerar, demitir, aposentar e punir funcionrios ou servidores da Cmara M unicipal, nos termos da lei; VIII - representar sobre inconstitucionalidade de lei ou ato municipal. Art. 25 - Ao presidente da Cmara, dentre outras atribuies, compete: I - representar a Cmara em juzo ou fora dele; II - dirigir e disciplinar os trabalhos legislativos e administrativos da Cmara; III - interpretar e fazer cumprir o regimento interno; IV - promulgar as resolues, os decretos legislativos, bem como as leis com sano tcita ou cujo veto tenha sido rejeitado pelo Plenrio; V - fazer publicar as resolues, os decretos legislativos e as leis por ele promulg ados; VI - declarar a perda do mandato ou vacncia do cargo do Prefeito, do Vice-Prefeit o e Vereadores, nos casos previstos em lei; VII - requisitar o numerrio destinado s despesas da Cmara e aplicar as disponibilid ades financeiras no mercado de capitais; VIII - apresentar ao Plenrio, at o dia vinte de cada ms, o balancete relativo aos r ecursos recebidos e s despesas do ms anterior; IX - solicitar a interveno no Municpio, nos casos admitidos na Constituio do Estado; X - manter a ordem no recinto da Cmara, podendo solicitar a fora necessria para ess e fim; XI - publicar, no final de cada sesso legislativa, consolidao municipal vigente, co m os respectivos ndices. CAPTULO IV DAS COMISSES

Art. 26 - A Cmara ter comisses permanentes e temporrias, constitudas de forma a asseg urar, no Municpio, o exerccio dos direitos e liberdades fundamentais da pessoa hum ana e a construo de uma sociedade livre, r Secretrios Municipais para prestarem inf ormaes sobre assuntos inerentes s suas atribuies; IV - receber peties, reclamaes, representaes ou queixas de qualquer pessoa co tra atos ou omisses das autoridades ou entidades pblicas; V - solicitar depoimento de qualquer autoridade ou cidado; VI - apreciar programas de obras e de planos municipais e sobre eles emi tir parecer.

Art. 27 - As comisses especiais de inqurito, que tero poderes de investigao prprios d s autoridades judiciais, alm de outros previstos no regimento interno, sero criada s pela Cmara, mediante requerimento de pelo menos um tero de seus membros, que dev er ser aprovado por maioria absoluta dos membros do Legislativo, para a apurao de f ato determinado e prazo certo, sendo suas concluses, se for o caso, encaminhadas ao Ministrio Pblico, objetivando a responsabilizao civil ou criminal dos infratores. 1. - A comisso especial de inqurito ser sempre presidida pelo autor do requerimento de formao da comisso. I - em caso de ser mais que um autor, os mesmos devero escolher o Preside

nte entre si. 2. - As comisses especiais de inqurito, no interesse da investigao, podero: I - proceder vistorias e levantamentos nas reparties pblicas municipais e e ntidades descentralizadas, onde tero livre ingresso e permanncia; II - requisitar de seus responsveis a exibio de documentos e a prestao dos es clarecimentos necessrios; III - transportar-se aos lugares onde se fizer mister a sua presena, ali realizando os atos que lhe competirem; e IV - proceder verificaes contbeis em livros, papis e documentos dos rgos da a ministrao direta e indireta. 3. - fixado em quinze dias, prorrogvel por igual perodo, desde que solicitado e dev idamente justificado, o prazo para que os responsveis pelos rgos da administrao diret a e indireta prestem as informaes e encaminhem os documentos requisitados. 4. - No exerccio de suas atribuies podero, ainda, por intermdio do seu Presidente: I - determinar as diligncias que reputarem necessrias; II - requerer a convocao de Secretrio Municipal; e III - tomar o depoimento de quaisquer autoridades, intimar testemunhas e inquir-las sob compromisso. 5. - O no atendimento s requisies no prazo estabelecido no 3. faculta ao Presiden comisso solicitar, na conformidade da legislao federal, a interveno do Poder Judicir o para fazer cumprir as determinaes. 6. - As testemunhas sero intimadas, de acordo com as prescries estabelecidas na legi slao criminal e, em caso de no comparecimento, sem motivo justificado, a intimao ser olicitada ao Juiz competente da localidade onde residam ou se encontrem, na form a prevista no Cdigo de Processo Penal. 7. - O disposto neste artigo aplica-se s autarquias , empresas pblicas sociedades d e economia mista e fundaes. Art. 28 - Durante o recesso, salvo convocao extraordinria, haver uma comisso represen tativa da Cmara com atribuies definidas no regimento interno, cuja composio reproduzi r, tanto quanto possvel, a proporcionalidade da representao dos partidos polticos no Legislativo. CAPTULO V DA SESSO LEGISLATIVA ORDINRIA

Art. 29 - Independentemente de convocao, a sesso legislativa desenvolve-se de prime iro de fevereiro a quinze de dezembro, com nmero de reunies semanais definido no r egimento interno. 1. - As reunies que coincidirem com feriados sero antecipadas para o dia til anteced ente. 2. - A sesso legislativa no ser interrompida sem a deliberao da lei de diretrizes o ntrias, do plano plurianual ou do oramento anual, quando em tramitao. 3. - A Cmara reunir-se- em sesses ordinrias, extraordinrias ou solenes, conforme di ser o regimento interno. Art. 30 - As sesses da Cmara so pblicas. Art. 31 - As sesses somente podero ser abertas com a presena de, no mnimo, um tero do s membros da Cmara. CAPTULO VI DA SESSO LEGISLATIVA EXTRAORDINRIA

Art. 32 - A convocao extraordinria da Cmara Municipal, nos perodos de recesso, far-se - : I - pelo Prefeito, quando este a entender necessria; II - por maioria absoluta dos membros da Cmara Municipal. 1. - A convocao ser feita mediante ofcio ao Presidente da Cmara par que este convoq sesso do Legislativo dentro de, no mximo, 48 horas. 2. - O Presidente da Cmara dar conhecimento da convocao aos Vereadores em sesso ou a dela, mediante, neste ltimo caso, notificao pessoal escrita, que lhes ser encaminh ada com prazo de 24 horas de antecedncia.

3. - Durante a sesso legislativa extraordinria, a Cmara deliberar, exclusivamente, obre a matria para qual foi convocada. Art. 33 - A convocao extraordinria da Cmara Municipal, no perodo de sesso legislativa ordinria, far-se-: I - pelo Presidente da Cmara, quando este a entender necessria; II - por maioria absoluta dos membros da Cmara Municipal. Pargrafo nico - A convocao extraordinria, neste caso, obedecer os critrios previstos s 1., 2. e 3. do Artigo 32. CAPTULO VII DO PROCESSO LEGISLATIVO Art. 34 - O processo legislativo compreende a elaborao de: I - emendas Lei Orgnica; II - leis ordinrias; III - leis delegadas; IV - decretos legislativos; e V - resolues. Art. 35 - A Lei Orgnica do Municpio poder ser emendada mediante proposta: I - de um tero, no mnimo, os membros da Cmara Municipal; II - de cidados, mediante iniciativa popular assinada, no mnimo, por cinco por cento dos eleitores; III - do Prefeito.

Art. 36 - So obrigatoriamente submetidas a referendo popular as leis e emendas Le i Orgnica at um ano aps a sua promulgao, quando assim requererem um por cento do elei torado. Art. 37 - Haver plebiscito quando assim requererem um por cento do eleitorado do Municpio. Pargrafo nico - O requerimento ser dirigido Cmara Municipal, que emitir parecer e e caminhar, em trinta dias, o pedido ao Tribunal Regional Eleitoral para organizar o plebiscito, a se realizar nos sessenta dias seguintes. Art. 38 - A iniciativa de lei cabe a qualquer Vereador. s comisses da Cmara, ao Pre feito e aos cidados. Art. 39 - So de iniciativa privativa do Prefeito os projetos de lei que disponham sobre: I - criao e extino de cargos, funes ou empregos pblicos na administrao dir utrquica, bem como a fixao da respectiva remunerao; II - servidores pblicos, seu regime jurdico, provimento de cargos, estabil idade e aposentadoria; III - criao, estrutura e atribuies de rgos da administrao pblica municipal IV - matria oramentria. Art. 40 - da competncia exclusiva da Mesa da Cmara a iniciativa de projetos de lei que disponham sobre: I - criao e extino de cargos ou empregos de seus servios; II - fixao ou aumento de remunerao de seus servidores; III - quadros de carreira, provimento de cargos, estabilidade e aposenta doria de seus servidores, observado o artigo 39 da Constituio da Repblica; e IV - organizao e funcionamento de seus servios. Art. 41 - A iniciativa popular poder ser exercida pela apresentao Cmara Municipal de projeto de lei em qualquer matria de interesse especfico do Municpio, da cidade ou de bairros conforme interesse e abrangncia da proposta. 1. - A proposta popular dever ser articulada, exigindo-se, par o seu recebimento, a subscrio do projeto por eleitores, representando pelo menos cinco por cento do e leitorado, indicados mediante a indicao do Ttulo de Eleitor, em listas organizadas por, pelo menos uma entidade legalmente constituda, com sede nesta Comarca, ou tr inta cidados com domiclio eleitoral no Municpio, que se responsabilizaro pela idonei dade das subscries. 2. - A tramitao dos projetos de lei obedecer s normas relativas ao processo legislat

vo estabelecido nesta lei, assegurando a defesa do projeto, por representantes d os respectivos responsveis, perante as comisses pelas quais tramitarem, bem como d urante a votao em Plenrio. 3. - No so suscetveis de iniciativa popular matrias de iniciativa exclusiva, definid s nesta lei. Art. 42 - Os projetos sero discutidos e votados no prazo mximo de noventa dias, a contar do seu recebimento, findo o qual o mesmo ser pautado para votao. Art. 43 - O Prefeito poder solicitar urgncia par apreciao de projetos de sua iniciat iva, os quais devero ser apreciados dentro do prazo de quarenta dias. 1. - Decorrido o prazo fixado neste artigo sem deliberao, o projeto dever ser obriga toriamente includo na ordem do dia. 2. - O prazo de quarenta dias no corre nos perodos de recesso da Cmara e no se aplic aos projetos de cdigo. Art. 44 - O projeto de lei, aprovado em dois turnos de votao ser, no prazo de dez d ias teis, enviado pelo Presidente da Cmara ao Prefeito que, concordando, o sancion ar. 1. - Se o Prefeito considerar o projeto, no todo ou em parte, inconstitucional, i legal ou contrrio ao interesse pblico, vet-lo-, total ou parcialmente, no prazo de q uinze dias teis, contados do primeiro dia til seguinte ao do protocolo e comunicar, aps, dentro de 48 horas, ao Presidente da Cmara, os motivos do veto. 2. - O veto parcial somente abranger texto integral de artigo, pargrafo, inciso, it em ou alnea. 3. - Decorrido o prazo previsto no 1., o silncio do Prefeito importar em sano. 4. - O veto ser apreciado dentro de trinta dias a contar do seu recebimento, s pode ndo ser rejeitado pela maioria absoluta dos membros da Cmara. 5. - Esgotado sem deliberao o prazo estabelecido no 4., o veto ser colocado na ore o dia da sesso imediata, sobrestadas as demais proposies at sua votao final. 6. - Se o veto no for mantido, o projeto ser enviado ao Prefeito, em 48 horas, para promulgao. 7. - Se a lei no for promulgada pelo Prefeito dentro de 48 horas, nos casos dos 3. 6., o Presidente da Cmara a promulgar, e, se no o fizer, em igual prazo, caber ao Vi ce-Presidente faze-lo, de imediato. 8. - A lei promulgada nos termos do pargrafo anterior entrar em vigor na data em qu e for publicada. 9. - Nos casos de veto parcial, as disposies aprovadas pela Cmara sero promulgadas p lo seu Presidente, com o mesmo nmero da lei original, observado o prazo estipulad o no 7.. 10 - O prazo previsto no 4. no corre nos perodos de recesso da Cmara. 11 - A manuteno do veto no restaura matria suprimida ou modificada pela Cmara. 12 - Na apreciao do veto a Cmara no poder introduzir qualquer modificao no texto a do. Art. 45 - As leis delegadas sero elaboradas pelo Prefeito, que dever solicitar a d elegao Cmara. 1. - No sero objeto de delegao os atos de competncia exclusiva da Cmara ou a legis re planos de diretrizes oramentrias, planos plurianuais e oramentos. 2. - A delegao ao Prefeito ter a forma de resoluo, que especificar seu contedo e os do seu exerccio. 3. - A resoluo determinar a apreciao do projeto pela Cmara e esta a far em vota da qualquer emenda. Art. 46 - A matria constante de projeto de lei rejeitado somente poder constituir objeto de novo projeto, na mesma sesso legislativa, mediante proposta de um tero d os membros da Cmara, ressalvadas as proposies de iniciativa do Prefeito. Art. 47 - Ressalvadas as excees previstas nos 1. e 2. deste artigo, as deliberaes ra sero tomadas por maioria de votos, presente a maioria de seus membros. 1. - Dependero do voto favorvel da maioria absoluta dos membros da Cmara a aprovao projetos que disponham sobre as seguintes matrias: I - estatuto dos servidores municipais; II - criao de cargos e aumento de vencimentos de servidores; III - regimento interno da Cmara; IV - cdigos;

V - concesso de servios pblicos; VI - aquisio de bens imveis por doao com encargo; VII - matria tributria; VIII - autorizao para obteno de emprstimo de particular, includas as autarqui s, fundaes e demais entidades controladas pelo Poder Pblico; IX - lei de diretrizes oramentrias, plano plurianual e lei oramentria anual ; e X - criao, organizao e supresso de distritos. 2. - Dependero do voto favorvel de dois teros dos membros da Cmara a deliberao sob seguintes assuntos: I - rejeio de parecer prvio do Tribunal de Contas do Estado; II - destituio de componentes da Mesa; III - julgamento do Prefeito, Vice-Prefeito e Vereadores; IV - concesso de ttulo de cidado honorrio; V - realizao de sesso secreta; VI - plano diretor; VII - plano de zoneamento; VIII - alterao da denominao de prprios, vias e logradouros pblicos; IX - alienao de bens municipais; X - concesso de direito real de uso; XI - isenes de tributos municipais; e XII - todo e qualquer tipo de anistia. 3. - A sesso da Cmara somente poder ser secreta quando o ocorrer motivo relevante de preservao do decoro parlamentar; Art. 48 - O Vereador que tiver interesse pessoal na deliberao no poder votar, sob pe na de nulidade da votao, se o seu voto for decisivo. Art. 49 - O voto ser sempre pblico nas deliberaes da Cmara, salvo os seguintes casos: I - no julgamento de seus pares, do Prefeito e do Vice-Prefeito; II - na eleio dos membros da Mesa e dos substitutos, bem como no preenchim ento de qualquer vaga; III- nas deliberaes sobre concesso de ttulo de cidado honorrio. Pargrafo nico - A votao nominal constitui regra, salvo se o Plenrio aprovar requerime nto determinando votao simblica; Art. 50 - A votao e discusso de matria constante da ordem do dia s podero ser efetuad s com a presena da maioria absoluta dos membros da Cmara. Art. 51 - O decreto legislativo destina-se a regular matria de competncia exclusi va da Cmara, que produza efeitos externos, independendo de sano do Prefeito. Pargrafo nico - O projeto de decreto legislativo, aprovado pelo Plenrio, em um s tur no de votao, ser promulgado pelo Presidente da Cmara. Art. 52 - A resoluo destina-se a regular matria poltico-administrativa, de economia interna da Cmara, independendo da sano do Prefeito. Art. 53 - No ser permitido aumento da despesa prevista nos projetos sobre organizao dos servios administrativos da Cmara ou nos de iniciativa exclusiva do Prefeito, r essalvado o disposto no artigo 166, 3. e 4.. da Constituio Federal. TTULO IV DO PODER EXECUTIVO CAPTULO I DO PREFEITO E DO VICE-PREFEITO Art. 54 - O Poder Executivo Municipal exercido pelo Prefeito, auxiliado por Secr etrios Municipais e dirigentes dos rgos e entidades da administrao indireta. Art. 55 - O Prefeito e o Vice-Prefeito tomaro posse e iniciaro o exerccio do mandat o, em sesso da Cmara Municipal, em seguida dos Vereadores, no dia primeiro de jane iro do ano subseqente eleio, prestando compromisso de cumprir a Lei Orgnica e as Co nstituies da Repblica e do Estado. 1. - Se, decorridos dez dias da data fixada para a posse, o Prefeito ou o Vice-Pr efeito, salvo motivo de fora maior, no tiver assumido o cargo, este ser declarado v ago pelo Presidente da Cmara.

2. - No ato da posse, o Prefeito dever desincompatibilizar-se e, na mesma ocasio e ao trmino do mandato, far declarao pblica de seus bens, a qual ser transcrita em livr prprio, constando de ata o seu resumo. 3. - O Vice-Prefeito, quando remunerado, desincompatibilizar-se- e far declarao pbl de bens no ato da posse e ao trmino do mandato e, quando no remunerado, no moment o em que assumir, pela primeira vez, o exerccio do cargo. Art. 56 - O Vice-Prefeito substituir o Prefeito no caso de impedimento e sucederlhe- no de vaga. Art. 57 - Em caso de impedimento do Prefeito e do Vice-Prefeito ou vacncia dos re spectivos cargos ser chamado, ao exerccio do Poder Executivo, o Presidente da Cmara . Art. 58 - Enquanto o substituto legal do Prefeito no assumir, responder pelo exped iente da Prefeitura o Secretrio de Assuntos Jurdicos. Art. 59 - Vagando os cargos de Prefeito e Vice-Prefeito, sero realizadas eleies nov enta dias depois de aberta a ltima vaga. 1. - Ocorrendo a vaga no ltimo ano do perodo de mandato, aplica-se o disposto no ar tigo 57. 2. - Em qualquer dos casos, os sucessores devero completar o perodo dos seus antec essores. Art. 60 - O Prefeito no poder ausentar-se do Municpio ou afastar-se do cargo por ma is de quinze dias sem licena da Cmara. Art. 61 - O Prefeito poder se licenciar: I - a servio ou misso de representao do Municpio; II - para tratamento de doena, devidamente comprovada, ou licena gestante. Art. 62 - O Prefeito e Vice-Prefeito devero ser residentes e domiciliados no Muni cpio de Guarulhos. CAPTULO II DAS ATRIBUIES DO PREFEITO

Art. 63 - Ao Prefeito compete, privativamente, entre outras atribuies: I - representar o Municpio, em juzo ou fora dele; II - nomear e exonerar os Secretrios Municipais e os dirigentes de rgos e e ntidades da administrao indireta; III- exercer, com auxlio do Vice-Prefeito e dos Secretrios Municipais, a a dministrao do Municpio segundo os princpios desta Lei Orgnica; IV - elaborar e encaminhar Cmara os projetos de lei de diretrizes oramentri as, plano plurianual e oramento anual; V - iniciar o processo legislativo, na forma e nos casos previstos nesta Lei Orgnica; VI - sancionar, promulgar e fazer publicar as leis aprovadas pela Cmara e expedir regulamentos para sua fiel execuo; VII - vetar, no todo ou em parte, os projetos de lei inconstitucionais ou cuja aplicabilidade no seja possvel; VIII - dispor sobre a estruturao, organizao e funcionamento da administrao mu icipal, observados os princpios igir e disciplinar os trabalhos legislativos e administrativos da Cmara; III - interpretar e fazer cumprir o regimento interno;ca ou interesse social e i nstituir servides administrativas; XIII - administrar os bens e as rendas municipais e promover o lanamento, a fiscalizao e a arrecadao de tributos e preos pblicos; XIV - expedir decretos, portarias e outros atos administrativos; XV - permitir ou autorizar o uso de bens municipais por terceiros, obede cidas as normas gerais fixadas em lei ordinria; XVI - permitir e autorizar a execuo de servios pblicos por terceiros; XVII - remeter mensagem e plano de governo Cmara, por ocasio da abertura d a sesso legislativa, expondo a situao do Municpio e solicitando as providncias que ju lgar necessrias; XVIII - encaminhar ao Tribunal de Contas do Estado, at o dia 31 de maro de

cada ano, a sua prestao de contas e a da Mesa da Cmara, bem como os balanos do exer ccio findo; XIX - fazer publicar os atos oficiais no boletim oficial do Municpio; XX - colocar disposio da Cmara a parcela correspondente ao duodcimo de sua d otao oramentria, em duas parcelas, na exata proporo de cinqenta por cento do valor d do, todos os dias 13 e 27 de cada ms; XXI - aplicar multas previstas em leis e contratos, bem como relev-las qu ando impostas irregularmente; XXII - resolver sobre requerimentos, reclamaes ou representaes que lhe forem dirigidos; XXIII - oficializar, obedecidas as normas urbansticas aplicveis, as vias e logradouros pblicos; XXIV - dar denominao a prprios, vias e logradouros pblicos; XXV - celebrar convnios, consrcios, contratos e ajustes, nos termos estabe lecidos nesta Lei Orgnica e na legislao competente; XXVI - solicitar o auxlio da polcia do Estado para a garantia do cumprimen to de seus atos; XXVII - superintender a guarda municipal; XXVIII - propor ao direta de inconstitucionalidade; XXIX - conferir condecoraes e distines honorficas; XXX - enviar, anualmente, Cmara Municipal os relatrios das atividades dos r gos da administrao direta e indireta; XXXI- decretar estado de calamidade pblica; e XXXII - exercer outras atribuies previstas nesta Lei Orgnica. CAPTULO III DA RESPONSABILIDADE DO PREFEITO

Art. 64- So infraes poltico-administrativas os atos de comprovada m f do Prefeito, qu atentarem contra a Constituio Federal, a Constituio Estadual e a Lei Orgnica do Muni cpio e, especialmente, contra: I - a existncia do Municpio; II - o livre exerccio do Poder Legislativo; III - o exerccio dos direitos polticos, individuais e sociais; IV - a probidade na administrao; V - a lei oramentria; e VI - o cumprimento da lei e das decises judiciais.

Art. 65 - O cometimento de infrao poltico-administrativa sujeita o Prefeito cassao d mandato, pela Cmara Municipal, por votao de dois teros de seus membros. I - qualquer cidado, Vereador ou comisso especial de inqurito parte legtima para oferecimento de denncia para apurao de infrao poltico-administrativa do Prefeito II - a denncia de que trata o inciso anterior dever ser dirigida ao Presid ente da Cmara e conter de forma clara e precisa os fatos imputados indicando prov as; III - havendo aceitao prvia da denncia, sero imediatamente escolhido, por ma ioria absoluta e em votao secreta, dentre os Vereadores no impedidos, os trs integra ntes da comisso processante: o Presidente, o Vice-Presidente e o Relator; IV - aplicam-se, ao processo de cassao, as garantias processuais constituc ionalmente previstas e, em especial, o princpio da ampla defesa; V - quando a denncia for oferecida por Vereador ou comisso especial de inq urito, os denunciantes ficaro impedidos de votar a aceitao prvia e a cassao do manda bem como participar da comisso processante; VI - depois que a Cmara Municipal declarar a admissibilidade da acusao, pel o voto da maioria absoluta de seus membros, o Prefeito ser submetido a julgamento . Art. 66 - Perder o mandato o Prefeito que assumir outro cargo ou funo na administr ao pblica direta ou indireta, ressalvada a posse em virtude de concurso pblico e obs ervado o disposto no artigo 38, incisos I, IV e V da Constituio Federal.

Art. 67 - O Prefeito, na vigncia de seu mandato, no poder ser responsabilizado por atos estranhos ao exerccio de suas funes. CAPTULO IV DOS SECRETRIOS MUNICIPAIS Art. 68 - Os Secretrios Municipais sero escolhidos dentre cidados brasileiros, maio res de dezoito anos, no exerccio dos direitos polticos, de ilibada idoneidade mora l, exercendo cargos de confiana do Prefeito. Art. 69 - Alm das atribuies estabelecidas em lei, compete aos Secretrios Municipais: I - orientar, coordenar e superintender as atividades dos rgos e entidades da administrao em sua rea de competncia; II - expedir resolues para a execuo de leis, regulamentos e atos pertinentes sua rea de competncia; III - referendar os atos normativos assinados pelo Prefeito, referentes sua rea de competncia; IV - comparecer Cmara, quando por esta convocados, para responder sobre a ssunto especfico; V - apresentar relatrio anual da secretaria ao Prefeito; e VI - praticar os atos relativos s atribuies que lhes forem delegadas pelo P refeito.

Art. 70 - Os Secretrios Municipais sero sempre nomeados em comisso, faro declarao pb a de bens, no ato da posse e ao final do exerccio do cargo, e tero os mesmos imped imentos do Prefeito e dos Vereadores enquanto nele permanecerem. TTULO V DA ADMINSTRAO PBLICA CAPTULO I DISPOSIES GERAIS

Art. 71 - A administrao pblica direta, indireta ou fundacional do Municpio obedecer a os princpios da legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade, razoabilidad e, finalidade, motivao, interesse pblico, participao popular e valorizao dos servido pblicos. Art. 72 - A administrao pblica municipal compreende: I - administrao direta: secretarias ou rgos equiparados; II - administrao indireta, que compreende as seguintes categorias de entid ades dotadas de personalidade jurdica prpria: autarquias, empresas pblicas, fundaes e sociedades de economia mista.

Art. 73 - Os rgos e entidades da administrao indireta e fundacional do Municpio vincu lam-se tecnicamente s secretarias municipais em cujas reas de competncia estiverem enquadradas as suas atividades, sem que desse fato decorra qualquer subordinao hie rrquica, sendo criados por lei especfica. Art. 74 - A administrao municipal instituir rgos de consulta que sero compostos por r presentantes comunitrios dos diversos segmentos da sociedade local. Pargrafo nico - Esses rgos podero ser constitudos por temas, reas ou para administra bal. Art. 75 - Todo rgo ou entidade municipal obrigado a fornecer a qualquer cidado, par a defesa de seus direitos e esclarecimentos de situao de interesse pessoal coletiv o ou geral, no prazo mximo de dez dias teis, certides de contratos, decises ou parec eres, sob pena de responsabilidade da autoridade ou servidor que negar ou retard ar sua expedio. No mesmo prazo dever atender as requisies judiciais, se outro no for ixado pela autoridade judiciria. 1. - As certides a que se refere o presente artigo e as peties em defesa de direitos ou contra ilegalidades ou abuso do poder so isentas de taxas. 2. - Se ao invs de certido, preferir o interessado cpia reprogrfica e documentos qu consubstanciem atos, contratos e decises, a autoridade ou servidor, tambm sob pen a de responsabilidade, dever fornece-la contra o pagamento do seu respectivo cust

o. Art. 76 - Qualquer Vereador poder requerer vista de processo administrativo, livr os, folhas de pagamento e demais documentos que devam constar de processos ou do s arquivos da Prefeitura, por 48 horas, mediante carga, ou, a critrio da adminis trao, cpias reprogrfica de inteiro teor. Art.77 - A administrao pblica municipal direta e indireta permitir vista dos process os administrativos no recinto das reparties em que estiverem tramitando e fornecer cpias e certides solicitadas pelos Vereadores. Art. 78 - A lei dever fixar prazos para a prtica dos atos administrativos e estabe lecer recursos adequados sua reviso, indicando os seus efeitos e forma de proce ssamento. Art. 79 - administrao pblica direta, indireta, fundacional, sociedades de economia mista e empresa pblica obrigatrio o cumprimento das seguintes normas: I - os cargos, empregos e funes pblicas so acessveis aos brasileiros que pree ncham os requisitos estabelecidos em lei; II - a investidura em cargo ou emprego pblico depende de prvia aprovao em co ncurso pblico de provas ou de provas e ttulos, ressalvadas as nomeaes para cargo em comisso, declarado em lei de livre nomeao e exonerao, e aquelas previstas nas Dispo sies Constitucionais Transitrias da Constituio Federal; III - todo concurso pblico dever ser organizado e realizado, preferencialm ente, por instituio especializada em concursos, de ilibada reputao e de comprovada i doneidade no mister, escolhida atravs de licitao; IV - o prazo e validade do concurso pblico ser de at dois anos, prorrogvel u ma vez por igual perodo, devendo a nomeao do candidato aprovado obedecer a ordem de classificao; V - durante o prazo improrrogvel previsto no edital de convocao, o aprovado em concurso pblico de provas e de provas e ttulos ser convocado com prioridade sob re novos concursados para assumir cargo ou emprego na carreira; VI - o concurso pblico dever ser homologado no prazo mximo de sessenta dias aps realizao das provas; VII - vedada a acumulao remunerada de cargos, empregos ou funes, ressalvado o disposto no art. 37, XVI, a, b e c, da Constituio da Repblica; VIII- garantido ao servidor o direito de livre associao sindical, obedecid o o disposto no art. 8. da Constituio da Repblica; IX- o servidor gozar de estabilidade no cargo, funo ou emprego desde o regi stro de sua candidatura para o exerccio de cargo de representao sindical, ou, no ca so de eleio para mandato legislativo, at um no aps o trmino do mandato, se eleito, sa lvo se cometer falta grave definida em lei; X - o direito de greve ser exercido nos termos e limites definidos em lei complementar federal; XI - lei reservar percentual dos cargos e empregos pblicos para os portad ores de deficincias, garantindo as adaptaes necessrias para sua participao nos concur os pblicos, e definir os critrios de sua admisso; XII - a lei estabelecer os casos de contratao por tempo determinado, para t ender a necessidade temporria de excepcional interesse pblico, no superior a cento e o oitenta dias; XIII - a reviso salarial dos servidores ser feita sempre na mesma data; XIV - a lei fixar o limite mximo e a relao de valores entre a maior e a meno r remunerao dos servidores pblicos, observado, como limite mximo, os valores percebi dos, em espcie, a qualquer ttulo, pelo Prefeito; XV - at que se atinja o limite a que se refere o inciso anterior, vedada a reduo de salrio que implique a supresso das vantagens de carter individual, adquiri das em razo de tempo de servio, previstas em lei, aplicando-se a reduo, atingindo o limite mencionado, independentemente da natureza das vantagens auferidas pelo se rvidor; XVI - os vencimentos de cargos ou funes assemelhados do Executivo e Legisl ativo sero equivalentes; XVII - ao servidor municipal que tiver sua capacidade de trabalho reduzi da em decorrncia de acidente, doena profissional ou idade definida em lei ser garan tida a transferncia para locais ou atividades compatveis coma sua situao;

XVIII - os rgos ou entidades da administrao direta e indireta ficam obrigado s a constituir Comisso Interna de Preveno de Acidentes - CIPA, visando a proteo da vi da, do meio e das condies de trabalho dos servidores na forma da lei; XIX - vedada a estipulao de limite de idade para ingresso por concurso pbli co na administrao direta, empresa pblica, sociedade de economia mista e fundaes munic ipais, respeitando-se apenas o limite constitucional para aposentadoria compulsr ia; XX - a criao, transformao, fuso, ciso, incorporao, privatizao ou extino pblicas, sociedades de economia mista, autarquias e fundaes dependero de prvia aprova da Cmara; XXI - depende de autorizao legislativa, em cada caso, a criao de subsidirias das entidades mencionadas no inciso anterior, assim como a participao de qualquer delas em empresa privada; XXII - ressalvados os casos especificados na legislao, as obras, servios, c ompras e alienaes sero contratados mediante processo de licitao pblica que assegure i ualdade de condies a todos os concorrentes, com clusulas que estabeleam obrigaes de p gamento, mantidas as condies efetivas da proposta nos termos da lei, a qual soment e permitir as exigncias de qualificao tcnica e econmica indispensveis garantia do imento das obrigaes; XXIII - as atividades permanentes tais como: limpeza, manuteno, conservao e vigilncia dos rgos pblicos, discriminados no caput do art. 79, devero ser executas pe los seus respectivos empregados e servidores, exceto em casos justificados; XXIV - ao servidor garantido pela administrao direta e indireta o adiantam ento salarial de quarenta por cento no dia 15 de cada ms. Art. 80 - O provimento inicial dos cargos de carreira jurdica, especialmente de P rocurador Municipal, dar-se- exclusivamente por concurso pblico de provas, com a p articipao da Ordem dos Advogados do Brasil, em todas as fases, obedecendo-se nas n omeaes a ordem de classificao. Art. 81 - As sociedades de economia mista so obrigadas a prestar informaes ao Legis lativo, no prazo de 15 dias, sob pena de destituio de seus responsveis pelo Executi vo, que, em no o fazendo, incorrer em crime de responsabilidade. CAPTULO II DA DESCENTRALIZAO ADMINISTRATIVA

Art. 82 - O Municpio, objetivando aproximar a administrao dos contribuintes e desce ntralizar as decises, dever dividir-se, territorial e administrativamente, em admi nistraes regionais, distritais ou sub-prefeituras, a serem criadas por iniciativa do Executivo, com aprovao do Legislativo, as quais no constituiro unidades oramentria autnomas. Art. 83 - As regionais ou distritais sero criadas em reas com populao no inferior a c inco por cento do total dos habitantes do Municpio e tero por finalidade atender a os interesses e reivindicaes dos muncipes, de modo a conferir maior eficincia ao ser vio pblico. Pargrafo nico- As solicitaes dos interessados, ressalvados os casos de emergncia, ser atendidas na ordem cronolgica de entrada no protocolo dos rgos descentralizados. Art. 84 - As regionais tero todo o material, equipamento, sistema de manuteno, patr imnio e pessoal necessrios para, dentro de si mesmas, atenderem as necessidades de sua regio. Art. 85 - Os rgos e entidades da administrao direta e indireta tero protocolos prprio para receber requerimentos, pedidos e documentos referentes a assuntos afetos a os mesmos. Art. 86 - As obras e servios eventualmente executados pelas regionais e distrita is estaro tcnica e operacionalmente subordinados s respectivas secretarias municipa is, as quais daro condies para o bom andamento dos trabalhos. Art. 87 - A administrao municipal assegurar a participao de associaes representativa o planejamento das atividades regionais e distritais. Art. 88 - Os dirigentes das regionais e distritais sero nomeados pelo Prefeito, e m comisso, aplicando-se aos mesmos, no que couber, as disposies relativas aos Secre

trios Municipais e responsveis pelos rgos e entidades da administrao indireta, inclus ve quanto a delegao de atribuies. CAPTULO III DOS SERVIDORES PBLICOS MUNICIPAIS

Art. 89 - So direitos dos servidores e empregados pblicos municipais, alm de outros estabelecidos em lei, que visem a melhoria de sua condio social: I - vencimentos, fixados em lei, capazes de atender s suas necessidades v itais bsicas e s de suas famlias com moradia, alimentao, educao, sade, lazer, vestu igiene, transporte e previdncia social, com reajustes peridicos que lhes preserve m o poder aquisitivo, sendo vedada a sua vinculao para qualquer fim, salvo os deco rrentes de deciso judicial; II - irredutibilidade de vencimentos, salvo o disposto em conveno ou acord o coletivo; III- irredutibilidade de salrio, com base na remunerao integral ou no valor da aposentadoria; IV - dcimo-terceiro salrio, com base na remunerao integral ou no valor da ap osentadoria; V - o trabalhador noturno ter remunerao superior do diurno e, para esse ef eito, sua remunerao ter acrscimo de 25%(vinte e cinco por cento), pelo menos, sobre a hora diurna; VII - salrio-famlia para os seus dependentes; VIII- durao do trabalho normal no superior a 8 (oito) horas dirias, facultad a a compensao de horrios e a reduo da jornada, mediante acordo ou conveno coletiva d rabalho; IX - repouso semanal remunerado, preferencialmente aos domingos; X- remunerao do servio extraordinrio superior, no mnimo, em 50% (cinqenta por cento) do normal; XI - gozo de frias anuais remuneradas com pelo menos, um tero a mais que o salrio normal, integralmente pagas antes do seu incio; XII - licena gestante, sem prejuzo do emprego e do salrio, com durao de 120 cento e vinte dias); XIII - licena paternidade, nos termos do fixado em lei; XIV - proteo e incentivo ao trabalho da mulher, na forma da lei; XV - reduo dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas de sade, hi giene e segurana; XVI - adicional de remunerao para as atividades penosas, insalubres ou per igosas, nos termos da lei; XVII - proibio de diferenas de remunerao, de exerccio de funes e de critri misso por motivo de sexo, idade, cor ou estado civil; XVIII - assistncia mdica pela Previdncia ou atravs de convnios; XIX- licena-prmio, nos termos fixados em lei; e XX- piso salarial proporcional extenso e comunidade do trabalho. Art. 90 - assegurado aos servidores pblicos municipais o direito creche mantida p elo Poder Pblico aos filhos e dependentes. Art. 91 - O Municpio proteger a criana adotada, concedendo por 120 (cento e vinte) dias, licena especial ao servidor pblico adotante. a partir do ato de adoo, sem prej uzo do salrio e demais vantagens. Art. 92 - O Municpio instituir regime jurdico nico e plano de carreira para os s ervidores da administrao pblica direta e indireta, com isonomia de direitos e dever es. 1. - O regime jurdico dispor sobre os direitos, deveres e disciplina, assegurar os direitos adquiridos dos servidores municipais e, juntamente com os planos de car reira, sero estabelecidos atravs de lei. 2. - assegurada a participao dos servidores na elaborao do projeto de lei. Art. 93 - obrigatria a fixao de quadro de lotao numrica de cargos e funes, sem o er permitida a nomeao dos servidores. Art. 94 - A lei assegurar, aos servidores da administrao direta, isonomia de vencim

entos para cargos e funes assemelhados do mesmo Poder ou entre servidores do Executivo e Legislativo, ressalvadas as vantagens de carter individual e as rela tivas a natureza ou local de trabalho. Art. 95 - Ao servidor estvel, desde que tenha completado 15(quinze) anos de servio prestados exclusivamente ao Municpio e s suas autarquias. sob quaisquer vnculos em pregatcios, ser computado, para efeito de aposentadoria, nos termos da lei, o temp o de servio prestado em atividade de natureza privada, urbana ou rural, hiptese em que os diversos sistemas de Previdncia Social se compensaro financeiramente, segu ndo critrios estabelecidos em lei. Art. 96 - As vantagens de qualquer natureza s podero ser institudas por lei e quan do atendam efetivamente ao interesse pblico e s exigncias do servio. Art. 97 - Ao servidor municipal assegurado o percebimento de adicional por tempo de servio, sempre concedido por quinqunio, bem como a sexta parte dos vencimentos integrais, concedido aps 20 (vinte) anos de servio exclusivamente municipal, que sero incorporados aos vencimentos, para todos os efeitos legais. Pargrafo nico - A sexta parte se transformar em quarta parte, quando da aposentador ia. Art. 98 - Os acrscimos pecunirios percebidos pelos servidores municipais no sero com putados nem acumulados para fins de concesso de acrscimos ulteriores sob o mesmo tt ulo ou idntico fundamento.

Art. 99 - Nenhum servidor, salvo se licenciado, poder ser diretor ou integrar con selho de empresa fornecedora do Municpio ou em que ele realize qualquer modalidad e de contrato, sob pena de demisso. Art. 100 - A lei fixar o padro de vencimentos dos servidores da administrao pblica di reta, autrquica e fundacional. Art. 101 - vedada a participao de servidores no produto da arrecadao de multas, incl usive as da dvida ativa, a qualquer ttulo. Art. 102 - Fica assegurado o direito de reunio em locais de trabalho aos servidor es e suas entidades representativas. Art. 103 - So assegurados, ao servidor municipal, o contraditrio e ampla defesa, c om os meios e recursos a ela inerentes, nas sindicncias e processos administrativ os, devendo o acusado ser acompanhado, em todos os atos, por advogado regularmen te constitudo. Art. 104 - Ficar sujeito a suspenso, sindicncia e at possvel demisso o secretrio, di or de departamento ou qualquer indivduo em cargo de chefia que utilizar para seus servios particulares funcionrios da administrao direta ou indireta. Art. 105 - assegurado a todos os servidores pblicos o direito de acesso, horizont al e vertical, e a substituio, no impedimento temporrio do ocupante de cargo efetiv o, ou em comisso, no caso de vacncia, por outro funcionrio do quadro permanente ocu pante de cargo hierarquicamente inferior. Pargrafo nico - Os casos de nomeao em substituio ou em comisso par cargos do quadro manente, no enquadrados no caput deste artigo, s sero aceitos desde que justificada a necessidade de servio. Art. 106- O servidor ser aposentado por: I - por invalidez permanente, sendo os proventos integrais quando decorr entes de acidentes em servio, molstia profissional ou doena grave, contagiosa ou in curvel, especificadas em lei, e proporcionais nos demais casos; II - compulsoriamente, aos 70 (setenta) anos de idade, com proventos pro porcionais ao tempo de servio; III - voluntariamente: a) aos 35 (trinta e cinco) anos de servio, se homem, e ao 30 (trinta) anos, se mulher, com proventos integrais; b) aos 30 (trinta) anos de servio em funes de magistrio, docentes e especialist as em educao, se homem, e aos 25 (vinte e cinco) anos, se mulher, com proventos pr oporcionais ao tempo de servio; c) aos 30 (trinta) anos de servio, se homem, e aos 25 (vinte e cinco) anos, se mulher, com proventos proporcionais ao tempo de servio. 1. - Lei complementar estabelecer excees ao disposto no inciso III, " a" "e "c", no caso de exerccio de atividades consideradas penosas, insalubres ou perigosas, na

forma do que dispuser a respeito a legislao federal; 2. - A lei dispor sobre a aposentadoria em cargos ou empregos temporrios. 3. - O tempo de servio pblico federal, estadual ou municipal ser computado integralm ente para efeito de aposentadoria e disponibilidade. 4. - A proporcionalidade da aposentadoria se refere to somente aos proventos base do cargo efetivo correspondente, no atingindo as vantagens pessoais j incorporadas ao patrimnio funcional do servidor, como adicionais por tempo de servio e sexta p arte, que sero pagos integralmente em todos os casos. 5. - Os proventos da aposentadoria sero revistos na mesma proporo ou na mesma data, sempre que se modificar a remunerao os servidores em atividade, e estendidos aos i nativos quaisquer benefcios ou vantagens posteriormente concedidos aos servidores em atividade, inclusive quando decorrentes de transformao ou reclassificao do cargo ou funo em que se deu a aposentadoria, na forma da lei. 6. - O benefcio da penso por morte corresponder totalidade dos vencimentos ou prove tos do servidor falecido at o limite estabelecido em lei, observado o disposto no pargrafo anterior. Art. 107 - Fica assegurado ao servidor pblico municipal eleito para ocupar cargo em sindicato de categoria e associao de classe o direito de afastar-se de suas funes durante o tempo em que durar o mandato, recebendo seus vencimentos e vantagens, nos termos da lei, sendo que o tempo de afastamento ser computado para todos os fins. Art. 108 - vedada a dispensa de servidor candidato, a partir do registro da cand idatura, a cargo ou representao sindical e se eleito, ainda que suplente, at um ano aps o final do mandato, salvo em casos de falta grave apurada em processo admini strativo. Art. 109 - assegurada a participao de representantes dos servidores municipais nos colegiados dos rgos pblicos em que seus (direitos?) profissionais ou previdencirios sejam objeto de discusso ou deliberao. Art. 110 - O Municpio no poder despender anualmente (mensalmente?) com pessoal, mai s de sessenta e cinco (65%) de suas receitas correntes, at a promulgao da lei compl ementar a que se refere o artigo 169 da Constituio da Repblica. TTULO VI DOS ATOS MUNICIPAIS CAPTULO I DA PUBLICAO

Art. 111- A publicao das leis e atos municipais ser feita em jornal local ou em rgo o ficial do Municpio. 1. - A publicao dos atos no normativos, pela imprensa, poder se resumida. 2. - Os atos de natureza externa somente produziro efeitos aps sua publicao. 3. - A escolha do rgo de imprensa para a divulgao das lei e atos municipais dever s feita por licitao, em que se levaro em conta no s as condies de preo, como as circu as de freqncia, horrio, tiragem e distribuio. Art. 112 - A publicidade de atos, programas, obras, servios e campanhas dos rgos e entidades da administrao municipal devero ter carter educativo, informativo ou de or ientao social, dela no podendo constar nomes, smbolos e imagens que caracterizem pro moo pessoal de autoridades ou servidores pblicos ainda que custeadas por entidade p rivada. Pargrafo nico - Restringir-se- ao territrio do Municpio, exceto aquela inserida em rg de comunicao de alcance regional, estadual ou nacional e das empresas pblicas ou s ociedades de economia mista que enfrentam a concorrncia de mercado, desde que lim itada ao seu objetivo social. Art.113 - O SAAE - Servio Autnomo de gua e Esgoto, a PROGUARU - Progresso e Desenv olvimento de Guarulhos e demais rgos da administrao indireta devero publicar os seus atos oficiais atravs de rgo oficial de imprensa do Municpio. Art. 114 - Verificada a violao de quaisquer das disposies do presente captulo relat ivas publicidade oficial, a Cmara determinar a instaurao das medidas cabveis para re ponsabilizao dos transgressores.

S u m r i o Prembulo ........................................................................ ................................................................................ .......1 Sumrio .......................................................................... ................................................................................ ......2/3 Ttulo I - DAS DISPOSIES PRELIMINARES .............................................. ...........................(Arts. 1. a 3.)....4 Ttulo II - DAS GARANTIAS INDIVIDUAIS E SOCIAIS Captulo I - Dos Princpios Fundamentais........................................... ..................................................(Art. 4.)....4 Captulo II - Dos Direitos do Habitante do Municpio.............................. ....................................(Arts. 5. a 9.)....5 Ttulo III - DO PODER LEGISLATIVO Captulo I - Da Cmara Municipal.................................................... ..........................................(Arts. 10 a 13)....5/6 Captulo II - Dos Vereadores...................................................... .................................................(Arts. 14 a 20)....07 Captulo III - Da Mesa da Cmara.................................................... ..........................................(Arts. 21 a 25)....00 Captulo IV - Das Comisses ........................................................ .............................................(Arts. 26 a 28)....00 Captulo V - Da Sesso Legislativa Ordinria ......................................... ...................................(Arts. 29 a 31)....00 Captulo VI - Da Sesso Legislativa Extraordinria.................................... ................................(Arts. 32 e 33)....00 Captulo VII - Do Processo Legislativo............................................ ............................................(Arts. 34 a 53)....00 Ttulo IV - DO PODER EXECUTIVO Captulo I - Do Prefeito e do Vice-Prefeito....................................... .......................................... (Arts. 54 a 62)....00 Captulo II - Das Atribuies do Prefeito............................................. ..................................................(Art. 63)....00 Captulo III - Da Responsabilidade do Prefeito.................................... .......................................(Arts. 64 a 67)....00 Captulo IV - Dos Secretrios Municipais ........................................... ........................................(Arts. 68 a 70)....00 Ttulo V - DA ADMINISTRAO PBLICA Captulo I - Disposies Gerais ...................................................... ............................................(Arts. 71 a 81)....00 Captulo II - Da Descentralizao Administrativa...................................... ..................................(Arts. 82 a 88)....00 Captulo III - Dos Servidores Pblicos Municipais................................... .................................(Arts. 89 a 110)....00 Ttulo VI - DOS ATOS MUNICIPAIS Captulo I - Da Publicao ........................................................... ..........................................(Arts. 111 a 114)....00 Captulo II - Do Registro ........................................................ ............................................................(Art. 115)....00 Captulo III - Da Forma .......................................................... ............................................................(Art. 116)....00 Ttulo VII - DOS BENS MUNICIPAIS ................................................. ...................................(Arts. 117 a 122)....00 Ttulo VIII - DO DESENVOLVIMENTO URBANO Captulo I - Da Produo de Bens e Servios ............................................

............................(Arts. 123 a 130)....00 Captulo II- Da Poltica Urbana .................................................... ..........................................(Arts. 131 a 146)....00 Captulo III - Do Abastecimento .................................................. .......................................................(Art. 147)....00 Captulo IV- Dos Recursos Hdricos ................................................. .....................................(Arts. 148 a 154)....00 Captulo V - Dos Recursos Naturais ............................................... .......................................(Arts. 172 a 181)....00 Captulo X - Do Saneamento Bsico .................................................. ...................................(Arts. 182 a 186)....00 Ttulo IX - DA ORDEM SOCIAL Captulo I - Da Educao.............................................................. .........................................(Arts. 187 a 215)....00 Captulo II - Da Cultura.......................................................... .................................................(Arts. 216 a 226)....00 Captulo III - Dos Direitos da Criana e do Adolescente Das Disposies Gerais............................................ ...................................................(Art. 227)....00 Captulo IV - Do Conselho Municipal de Defesa .................................... ................................(Arts. 228 a 230)....00 Captulo V - Do Conselho Tutelar ................................................. .........................................(Arts. 231 a 233)....00 Captulo VI - Da Sade ............................................................. .............................................(Arts. 234 a 252)....00 Captulo VII - Da Preveno........................................................... ........................................(Arts. 253 a 260)....00 Captulo VIII - Da Assistncia...................................................... ...........................................(Arts. 261 a 269)....00 Captulo IX - Do Desporto, Turismo e Lazer........................................ ...................................(Arts. 270 a 274)....00 Captulo X - Da Defesa do Consumidor ............................................. ....................................(Arts. 275 a 277)....00 Captulo XI - Do Meio Ambiente ................................................... ..........................................(Arts. 278 a 314)....00 Ttulo X - DA CRIAO DE DISTRITOS ................................................... ........................................(Art. 315)....00 Ttulo XI - DAS FINANAS E DOS ORAMENTOS Captulo I - Dos Tributos Municipais ............................................. .........................................(Arts. 316 a 319)....00 Captulo II- Das Limitaes do Poder de Tributar...................................... ..........................................(Art.320)....00 Captulo III - Da Receita Municipal ............................................. .......................................................(Art.321)....00 Captulo IV - Das Finanas e do Oramento ............................................ ...............................(Art. 322 a 333)....00 Captulo V - Da Fiscalizao Financeira, Oramentria e Patrimonial ...................... .............(Arts.334 a 337)....00 ATO DAS DISPOSIES TRANSITRIAS ..................................................... .........................(Arts. 1. a 29)....00 Artigo 1 a 29 .................................................................... ................................................................................ .77 CAPITULO II DO REGISTRO O Municpio ter os livros que forem necessrios aos seus servios, e, obrigato Art. 115 riamente, os de:

I termo de compromisso e posse; II declarao de bens; III atas das sesses da Cmaras; IV - registro de leis, decretos, resolues, regulamentos, instrues e portaria s; V -cpias de correspondncia oficial; VI - protocolo, ndice, de papis e livros arquivados; VII - licitaes e contratos para obras e servios; VIII - contrato de servidores; IX - contrato em geral; X - contabilidade e finanas; XI - concesses e permisses de bens mveis, imveis e servios; XII - tombamento de bens imveis; e XIII - registro de loteamentos aprovados e em andamento. & - Os livros referidos neste artigo sero abertos, rubricados e encerrados pelo Presidente da Cmara,conforme o caso, ou por funcionrio designado para tal fi m. & - Os livros podero ser substitudos por fichas ou outro sistema convenient emente autenticados. & - As informaes registradas estaro disposio de qualquer cidado, mediante rimento.

CAPITULO III DA FORMA

Art 116 - Os atos administrativos de competncia do Prefeito devem ser observncia das seguintes normas: I - decreto, numerado em ordem cronolgico, nos seguintes casos: a) regulamentao de lei; b) instituio, modificao e extino de atribuies no privativas de lei; c) aberturas de crditos especiais e suplementos , at o limite autorizado por lei, assim como de crdito extraordinrios; d) declarao de utilidade, necessidade pblica, ou de interesse social, para efeito de desapropriao ou de servido administrativa; e) aprovao de regulamento ou de regimento; f) permisso de uso de bens e servios municipais; g) medidas executrias do plano diretor; h) criao, extino, declao ou modificao de direitos dos administrados, no privativos ; i) normas de efeitos externo, no privativos de lei; j) fixao e alterao de preos; e l) outros casos previstos em lei. II - portaria, nos seguintes casos: a) promovimento e vacncia dos cargos pblicos e demais atos de efeitos individ uais; b) lotao e relotao nos quadros do pessoal; c) autorizao para contratado e dispensa de servidores no estatutrios; d) abertura de sindicncias e processos administrativos, aplicao de penalidades e demais atos individuais de efeito externo; e) outros casos determinado em decreto. PARAGRFO NICO - Os atos constante do inciso II deste artigo podero ser delegados. TTULO VII DOS BENS MUNICIPAIS Art. 117 - Constituem bens todas as coisas mveis e imveis, direitos e aes que, a qu alquer ttulo, pertenam ao Municpio.

Art. 118 - Cabe ao prefeito da administrao dos bens municipais, respeitada a comp etncia da Cmara quanto aqueles utilizados em sevios. Art. 119 -Todos os bens municipais devero ser cadastrados, com identificao respecti va, numerando-se os mveis segundo o que for estabelecido em regulamento. Art. 120 - A Alienao de bens municipais, subordinados existncia de interesse pblico devidamente justificado, ser sempre precedida de avaliao e obedecer as seguintes no rmas: I quando imveis, depender de autorizao legislativa e concorrncia, dispensada esta nos seguintes casos: a) doao, devendo constar obrigatoriamente do contrato os encargos do donatrio, o prazo de seu cumprimento e a clusula de retrocesso, sob pena de nulidade do ato , substituda a avaliao pelo valor venal de lanamento do exerccio; b) permuta; II quando mveis, depender de licitao, dispensada esta nos seguintes casos: a) doao, que ser permitida exclusivamente para fins de interesse social; b) permuta; e c) aes que sero vendidas em bolsa de valores.

1 - O Municpio, preferencialmente venda ou doao de seus bens imveis, outorgar con de direito real de uso, mediante prvia autorizao legislativa e concorrncia, podendo esta de servio pblico, a entidades assistnciais ou quando houver relevante interess e pblico devidamente justificado. 2 - A venda aos proprietrios de imveis lindeiros de reas urbanas remanescentes inapr oveitveis para edificao, resultante de obra pblica, depender de prvia avaliao e au ao legislativa, sendo alienadas nas mesmas condies as reas resultantes de modificao alinhamento, havendo porm licitao, caso exista mais de um proprietrio lindeiro. Art. 121 - A aquisio de bens imveis, por compra ou permuta, depender de prvia avalia autorizao legislativa. Art. 122 - O uso de bens municipais por terceiros, poder ser feito mediante conce sso, permisso ou autorizao, conforme o caso e o interesse pblico exigir. 1 - A concesso administrativa dos bens pblicos de uso especial e dominial depender d e lei e concorrncia e fa-se- mediante contrato, sob pena de nulidade do ato. 2 - A concesso administrativa de bens pblico de uso comum somente poder ser outorgda para finalidades escolares, de assistncia social ou turstica mediante autorizao leg islativa. 3 - A permisso, que poder incidir sobre qualquer bem pblico, ser feita a ttulo prec por decreto. 4 - A autorizao, que poder incluir sobre qualquer bem pblico, ser feita por portari para atividades ou usos especficos e transitrios, pelo prazo mximo de sessenta dias . TTULO VIII DO DESENVOLVIMENTO URBANO CAPTULO I DA PRODUO DE BENS E SERVIOS

Art. 123 - A administrao municipal, segundo legislao prpria, disciplinar as atividade de produo de bens e servios, quanto aos locais de instalao, respeitado os direitos a dquiridos dos exercentes de atividades j implantadas. Art. 124 - A lei apoiar e estimular o cooperativismo e a outras formas de associat ivismo. Art. 125 - O Municpio, nos limites de sua competncia, assegurar s microempresas, s em presas de pequeno porte, ao micro e pequeno produtor rural, assim definidos na l egislao prpria, simplificao de suas obrigaes administrativas e tributrias. Art. 126 - O Municpio exercer atividade permanente de planejamento, voltado para s uas peculiaridades e direcionado para um crescimento programado, observando, den tre outros, os seguintes princpios: I pleno desenvolvimento das funes sociais da cidade e garantia do bem-esta r de seus habitantes; II preservao, proteo e recuperao do meio ambiente, inclusive do trabalho;

III criao e manuteno de reas de proteo especial, devido a sua importncia , cultural, urbanstica, turstica e ambiental; IV observncia das normas de urbanismo, segurana, higiene e qualidade de vi da. Art. 127 - O planejamento municipal um processo contnuo e permanente, devendo se dar de forma descentralizada como instrumento de democratizao da gesto da cidade. 1 - Considera-se processo de planejamento a definio de objetivos determinados em fu no de realidade local, a preparao de meios para atingi-los, o controle de sua aplicao e avlaiao dos resultados obtidos. 2 - O planejamento municipal dever ter como objetivo propiciar uma distribuio equita tiva dos bens e servios urbanos de acordo com os princpios da poltica urbana. 3 - assegurada a participao de associaes representativas no planejamento municipal 4 - Os instrumentos de planejamento municipal devero ser elaborados de forma clara e em linguagem simples, de maneira a possibilitar seu amplo debate pelos cidados . 5 - O Municpio dever manter atualizadas as informaes necessrias no planejamento, di gando-as periodicamente e garantindo seu acesso aos cidados. Art. 128 - A poltica de desenvolvimento urbano do Municpio ser traada atravs da elabo rao de um plano diretor, aprovado por lei e revisto a cada quatro anos. Art. 129 - A zona rural do Municpio dever receber tratamento especial da administr ao, atravs de plano prprio aprovado por lei, que contemple os seguintes aspectos: I utilizao e parcelamento do solo; II orientao a ncleos residenciais existentes; III planejamento e racionalizao das atividades econmicas potenciais ou em d esenvolvimento; IV direcionamento da implantao de equipamentos urbanos; V cadastramento dos produtos rurais; VI incentivo ao cooperativismo; e VII apoio tcnico s culturas originais. Art. 130 - Cabe administrao municipal realizar, direta ou indiretamente, atravs de convncio com rgos federais ou estaduais, o levantamento aerofotogamtrico do territrio do Municpio ou a atualizao dos existentes. CAPULO III DA POLTICA URBANA

Art. 131 - A poltica de desenvolvimento urbano, executada pelo Poder Municipal, c onforme diretrizes gerais fixadas em lei, tem por objetivo ordenar o pleno desen volvimento das funes sociais da cidade e garantir o bm-estar de seus habitantes. 1 - A administrao municipal, instalar, progressivamente, equipamentos urbanos em qua ntidade, qualidade e distribuio espacial, de modo a permitir a todos os cidados o a cesso aos mesmos. 2 - A propriedade urbana cumpre sua funo social quando atende as exigncias fundament ais de ordenao da cidade expressas no plano diretor e nesta Lei Orgncica. 3 - Para os fins previstos no caput deste artigo, o Poder Pblico Municipal exigir do proprietrio de imvel urbano a adoo de medidas que visem a direcion-la para o uso soci almente adequado, de forma a assegurar: I a justa distribuio dos benefcios e nus decorrentes do processo de urbaniza II a preveno e correo das distores da valorizao da propriedade; III a adequao do direito de construir seguindo as normas urbansticas; e IV a proteo do meio ambiente ecologicamente equilibrado. Art. 132 - A poltica do desenvolvimento urbano e o estabelecimento de diretrizes e nromas relativas ao mesmo, tem como objetivos e devero assegurar: I a erradicao das condies infra-humanas de habilitao e o acesso moradia a s; II o combate aos determinismos de localizao da populao de baixa renda e aos processos expulsivos provocados pela especulao imobiliria; III a reduo dos custos de instalao de moradias e equipamentos para a popula e baixa renda; IV a reserva de reas para assentamento da populao de baixa renda;

V urbanizao e regularizao fundiria, nos termos da legislao prpria, das r adas e de baixa renda, mediante consulta obrigatria da populao envolvida e no caso de remoo em virtude de risco, garantindo, preferencialmente, o reassentamento da p opulao em reas prximas; VI a regularizao dos loteamentos clandestinos e irregulares no aspecto urb ansticos e jurdico; VII a manuteno, em termos de segurana das moradias coletivas, atravs das vis torias peridicas, sem remoo dos moradores, salvo em caso de risco, ocasio em que ser garantida a permanncia dessas pessoas em reas prximas; VIII as terras pblicas municipais no utilizadas, sub-utilizadas e as discr iminadas, sero prioritariamente destinadas a assentamentos da populao de baixa rend a e a instalao de equipamentos coletivos; IX a restrio utilizao de reas de riscos geolgicos; X a ordenao e o controle do uso do solo, de forma a evitar: a) a utilizao inadequada de imveis urbanos; b) a proximidade de usos incompatveis ou inconvenientes; c) o adensamento inadequado infra-estrutura urbana e aos equipamentos urban os e comunitrios existentes ou previstos; d) a ociosidade do solo urbano edificvel; e) a deteriorao das reas urbanizadas; f) a especulao imobiliria; g) a ocorrncia de desastres naturais; XI a preservao das reas de explorao agrcola e pecuria e o estmulo a essas ades primrias; XII a preservao, a proteo e a recuperao do meio ambiente natural e cultural XIII a criao das reas de especial interesse urbanstico, social, ambiental, t urstico ou de utilizao pblica; XIV a participao das entidades comunitrias no estudo, no encaminhamento e n a soluo dos problemas, planos e programas e projetos; XV s pessoas portadoras de deficincia, o livre acesso a edifcios plbicos e p articulares de freqncia ao pblico, a logradouros pblicos e ao transporte colteivo. Art. 133 - Para assegurar as funes sociais da cidade e da propriedade, o Poder Pbli co Municipal poder utilizar os seguintes instrumentos: I planejamento municipal, que compreende: a) o plano diretor; b) o plano de governo; c) os planos, polticas e programas setoriais; d) os oramentos; e e) a legislao urbanstica. II institutos tributrios e financeiros que compreendem: a) imposto predial e territorial urbano progressivo e diferenciado por zona s ou outros critrios; b) taxas e tarifas diferenciadas por zona segundo os servios pblicos oferecid os; c) contribuio de melhoria; d) incentivo e benefcios fiscais e financeiros; e) fundos destinados ao desenvolvimento urbano; III institutos jurdicos que compreendem: a) discriminaes de terras pblicas; b) desapropriao; c) parcelamento, edificao ou utilizao compulsrios; d) servido administrativa; e) restrio administrativa; f) tombamento de imveis; g) declarao de reas de preservao ou proteo ambiental; h) usucapio de imvel urbano; i) cesso ou permisso; j) concesso real de uso ou domnio; k) direito de superfcie; l) direito de perempo;

m) transferncia do direito de construir; n) reurbanizao consorciada; o) solo criado; e p) outras medidas previstas em lei. Art. 134 - O plano diretor incluir necessria e expressamente: I programa de expanso urbana; II programa de uso solo urbano; III programa de dotao urbana equipamentos urbanos e comunitrios; IV instrumentos e suporte jurdico de ao do Poder Pblico, em especial do cdig de obras e edificaes, alm de normas de preservao do ambiente natural construdo; V sistema de acompanhamento e controle. 1 - O programa de expanso urbano dever: I identificar e mencionar os eixos naturais de desenvolvimento da cidade , antecipando-se aos processos espontneos; II determinar os processos de incorporao de novas reas urbanas; III promover a formao de estoque de terrenos edificveis; IV estabelecer as condies para parcelamento, desmembramento e remembrament o do solo para fins urbanos; V orientar a converso do espao rural em urbano e outra mudana no desempenho da cidade; VI prever o atendimento integrado das necessidades de saneamento bsico em termos de abastecimento de gua e esgoto sanitrio, drenagem urbana, coleta e desti nao de resduos; VII estabelecer critrios para a expanso do sistema de transportes urbanos. 2 - O programa de uso do solo urbano ter em vista: I o aproveitamento racional de estoque local de terrenos edificveis, prom ovendo o parcelamento e o remembramento de terrenos no corretamente aproveitados; II a melhoria das condies de vivncia urbana, mormente das habitaes infra-hum nas; III a indicao de reas prioritrias de urbanizao; IV o estabelecimento de normas tcnicas e aproveitamento do potencial, inc luindo os limites ao direito de construir. 3 - O programa de dotao urbana incluir: I regulamentao dos usos dos equipamentos urbanos e comunitrios; II a prioridade para desenvolvimento da rede dos programas pblicos urbano s, observada a relao entre oferta de servios e local de moradia; III o sistema de operaes e cobertura dos cursos de habitao e transporte, na forma desta Lei; IV a indicao dos agents operadores dos equipamentos urbanos e comunitrios e dos rgos de gerenciamento. 4 - Os instrumentos de ao do Poder Pblico so os mencionados nesta Lei, acrescidos de outros que se adaptem realidade de local e as sanes so igualmente previstas nesta L ei, bem como em outros diplomas legais que digam respeito s atividades urbanas. 5 - O cdigo de obras e edificaes conter: I as normas tcnicas de construo individual ou coletiva, em condomnio horizon tal ou vertical; II as exigncias de natureza urbanstica, espacial, ambiental e sanitria, a d anificao do imvel a ser edificado e sua correlao com o uso previsto; III as condies para a conceso e os prazos de validade de licena para constru ir, os requisitos que caracterizem o incio, reincio e concluso da obra e as condies p ara renovao. Art. 135 - O parcelamento do solo contemplar em suas diversas formas, segundo as normas da legislao federal e especialmente: I nos loteamentos, reas destinadas ao sistema de circulao viria no poder se nferior a 15% da rea total e as reas destinadas a instalao de equipamentos comunitrio s e espao livre de uso pblico no podero ser inferior a 20%, perfazendo um total de 3 5% da rea total do loteamento; II as reas destinadas a espao livre de uso publico no podero apresentar decl ividade natural superior a 30%; III as reas destinadas implantao de equipamentos comunitrios devero aprese

r uma declividade natural mxima de 10%; IV em reas a serem parceladas com declividade natural, superior ou igual a 30% e inferior a 50%, fica expressamente proibida a retirada da vegetao existent e nas reas das quadras, lotes e reas pblicas, com exceo das ruas a serem abertas e re a ser edificada quando de sua licena; e V para loteamentos aprovados e no implantados ou em implantao, devero ser es tabelecidos planos de circulao viria municipal. 1 - A malha viria do Municpio dever ser planejada e executada considerando os seguin tes aspectos: I evitar macroeixos que separem regies, criando diferenas regionais e impl odindo o planejamento racional dos espaos urbanos; II priorizar os corredores de transporte coletivos e o escoamento de car gas e produtos; III a implantao de vias de ligao intermunicipais, devem ser aprovadas pela C ara Municipal, com um estudo de impacto ambiental; IV todo e qualquer empreendimento que venha a gerar um grande fluxo de p essoas ou trfego de veculos, dever ser precedido de diretrizes quanto ao sistema vir io local existente. 2 - Nos loteamentos, as reas destinadas instalao de equipamentos urbanos e espao l e de uso pblico devero ser demarcadas com prvia autorizao do Poder Pblico. Art. 136 - facultado ao Poder Pblico Municipal, mediante lei especfica para rea inc luda no plano diretor, exigir nos termos da lei federal, do proprietrio desolo urb ano no identificado, sub-utilizado ou no utilizado, que promova o seu adequado apr oveitamento, sob pena, sucessivamente, de: I parcelamento ou edificao compulsrios; II imposto sobre a propriedade predial e territorial urbana progressivo no tempo; III desapropriao com pagamento mediante ttulos da divida pblica de emisso pr viamente aprovada pelo Senado Federal, com prazo de resgate de at dez anos, em pa rcelas anuais, iguais e sucessivas, assegurados o valor real da indenizao e os jur os legais. 1 - O prazo para parcelamento, edificao ou utilizao no poder ser superior a dois a partir da notificao, salvo para as obras de grande porte, sendo de um ano, em tod os os casos, o prazo para incio das obras. 2 - O proprietrio ser notificado pela Prefeitura para o cumprimento da obrigao, deve do a notificao ser averbada no registro de imveis. Art. 137 - O no cumprimento da obrigao de parcelar, edificar ou utilizar, possibili tar ao Municpio a aplicao do imposto territorial urbano progressivo, pelo prazo de c inco anos. Art. 138 - Decorridos cinco anos de cobrana de imposto territorial progressivo se m que o proprietrio tenha cumprido as obrigaes previstas no artigo 136, o Municpio d eterminar sua desapropriao, com pagamentos em ttulos pblicos. Pargrafo nico Os ttulos da dvida pblica tero prvia aprovao pelo Senado Federal s ados no prazo de dez anos, em prestaes anuais, iguais e sucessivas, e no tero poder liberatrio para pagamento de tributos e tarifas pblicas. Art. 139 - A alienao do imvel, posterior data da notificao, transfere ao adquirente promissrio comprador as obrigaes de parcelamento, edificado ou utilizao prevista no Artigo 136. Art. 140 - O direito de propriedade territorial urbana no pressupe o direito de co nstruir, cujo exerccio dever ser autorizado pelo Poder Pblico, segundo critrios que forem estabelecidos em lei municipal. Art. 141 - Incumbe administrao municipal promover e executar programas de moradias populares e garantir, em nvel compatvel com dignidade da pessoa humana, condies hab itacionais, saneamento bsico e acesso ao transporte. Art. 142 - Configuram abuso de direito e da funo social da propriedade: I reteno especulativa do solo urbano no construdo ou qualquer outra forma de deix-lo sub-utilizado ou no utilizado; II manobras especulativas, diretamente ou por intermdio de terceiros que visem extroso de preos de venda ou locao. Art. 143 - O abuso de direito pelo proprietrio, sub-locador ou terceiros que tome

o lugar desses em imveis alugados que se constituam em habitaes coletivas precrias, acarretar ao proprietrio as sanes administrativas a serem definidas em lei. Pargrafo nico Considera-se para efeito desta Lei, habitao coletiva precria de alugue , a edificao alugada no todo ou em parte, utilizada como moradia coletiva multifam iliar, com acessos aos cmodos habitados e instalaes sanitrias comuns. Art. 144 - A poltica de participao comunitria e de contribuio social tem por objetivo assegurar aos moradores da cidade o controle sob a gerncia do espao urbano e a jus ta repartio dos custos e benefcios do processo de urbanizao. Art. 145 - Fica assegurado o amplo acesso da populao s informaes sobre cadastros das terras pblicas e referentes gesto de servios pblicos. Art. 146 - O ato de reconhecimento de logradouro de uso da populao no importa em ac eitao de obra ou aprovao de parcelamento do solo, nem dispensa das obrigaes previstas na legislao aos proprietrios, loteadores e demais responsveis. CAPTULO III DO ABASTECIMENTO

Art. 147 - A administrao municipal implantar, atravs de lei, um plano de controle de abastecimento, no mbito do Municpio, que complementar a atuao dos rgos federais e e duais no que concerne poltica de armazenagem, fiscalizao da rualidade e distribui s produtos alimentcios, visando especialmente: I reduzir o distanciamento entre o produtor e o consumidor; II incentivar o desenvolvimento de anis de produo de alimentos, de boa qual idade e quantitativamente diversificadas; III aumentar a produo agrcola; e IV buscar, progressivamente, a reduo dos custos e a absoro de mo-de-obra loc l. CAPTULO IV DOS RECURSOS HDRICOS

Art. 148 - A lei estabelecer reas de preservao dos mananciais e recursos hdricos supe rficiais e subterrneos utilizados para o abastecimento da populao do Municpio. Art. 149 - O Municpio dever colaborar com a Unio, o Estado e outros Municpios para: I a discriminao das reas de preservao de recursos hdricos destinados ao aba cimento de gua a serem considerados nos planos regionais e/ou metropolitanos; II a implantao de sistemas de alerta e defesa civil para garantir a segura na e a sade pblica, quando de eventos hidrolgicos indesejveis. Art. 150 - Dever ser elaborado pelo Poder Pblico o plano diretor de recursos hdrico s, visando ao aproveitamento mltiplo das guas do Municpio. Art. 151 - A administrao municipal proceder ao registro, acompanhamento e fiscalizao das concesses de direitos de pesquisa e explorao de recursos hdricos existentes. Art. 152 - A perfurao dos poos tubulares profundos s ser permitida com prvia autoriza o Executivo. Art. 153 - Fica vedado o lanamento de efluentes e de esgotos domsticos e industria is, sem o devido tratamento nos cursos de gua do Municpio. Pargrafo nico A lei definir critrios para tratamento e conceder prazo para que os re ponsveis pelo lanamento, atravs de instalaes j existentes, cumpram o disposto neste a tigo. Art. 154 - As guas dos reservatrios localizados no Municpio, utilizados pela admini strao para o abastecimento da populao, devero ser tratadas de modo a atingirem grau d e pureza ideal para o consumo, conforme estabelecido em lei. CAPTULO V DOS RECURSOS NATURAIS Art. 155 - cabe administrao realizar, de modo direto ou indireto, preferencialment e atravs de convnio com os rgos federais ou estaduais competentes, o levantamento ge olgico do territrio doMunicpio, precisando os locais e a natureza das jazidas miner ais, visando acompanhar as atividades extrativas de acordo com o interesse pblico

. Art. 156 - Quando houver prospees em jazidas minerais do Municpio por parte de rgos e staduais e federais, parte da arrecadao decorrente dessa explorao dever ficar no Muni cpio. Art. 157 - Anterior elaborao do plano diretor geral, devero ser elaborados os plano s diretores de recursos hdricos e de drenagem. CAPTULO VI DO PLANO DIRETOR

Art. 158 - O Municpio elaborar e executar o seu plano diretor, atravs de Secretaria de Programao e Planejamento, nos limites da competncia municipal, abrangendo os cam pos da habitao, trabalho, circulao e recreao, e considerando em conjunto os aspectos ico, econmi