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LEI ORGÂNICA DO MUNICÍPIO DE JOANÓPOLIS
CÂMARA MUNICIPAL DA ESTÂNCIA TURÍSTICA DE JOANÓPOLIS 2008
4ª Edição Legislação Complementar
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Sumário
Histórico do Município
Poder Executivo Municipal Poder legislativo Municipal
Lei Orgânica do Município de Joanópolis
TÍTULO I Das Disposições Preliminares
CAPÍTULO I Do Município (Arts. 1º a 6º)
CAPÍTULO II
Dos Objetivos Fundamentais do Município (Art. 7º)
TÍTULO II
Dos Direitos e Garantias Fundamentais (Arts. 8º e 9º)
TÍTULO III
Da Competência Municipal (Arts. 10 e 11)
TÍTULO IV
Do Governo Municipal
CAPÍTULO I Dos Poderes Municipais
(Art. 12)
CAPÍTULO II Do Poder Legislativo
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Seção I - Da Câmara Municipal (arts. 13 a 15) Seção II - Da Posse (art. 16) Seção III - Das Atribuições da Câmara Municipal (arts. 17 e 18) Seção IV - Do Exame Público das Contas Municipais (arts. 19 e 20) Seção V - Da Remuneração dos Agentes Políticos (arts. 21 a 26) Seção VI – Da Eleição da Mesa (art. 27) Seção VII - Das Atribuições da Mesa (art.28) Seção VIII - Das Sessões (arts. 29 e 34) Seção IX - Das Comissões (arts. 35 e 37) Seção X - Do Presidente da Câmara Municipal (arts. 38 e 39) Seção XI - Do Vice - Presidente da Câmara Municipal (art. 40) Seção XII - Do secretário da Câmara Municipal (art. 41) Seção XIII - Dos Vereadores Subseção I - Disposições Gerais (arts. 42 a 44) Subseção II - Das Incompatibilidades (arts. 45 e 46) Subseção III - Do Vereador Servidor Público (art. 47) Subseção IV - Das Licenças (art. 48) Subseção V - Da Convocação de Suplentes (art. 49) Seção XIV - Do Processo Legislativo Subseção I - Disposição Geral (art. 50) Subseção II - Das Emendas a Lei Orgânica Municipal (art.51) Subseção III - Das Leis (arts. 52 a 63)
CAPÍTULO III
Do Poder Executivo
Seção I - Do Prefeito Municipal ao Vice – Prefeito (arts. 64 a 71) Seção II - Da Perda ou Extinção de Mandato (arts. 72 a 76) Seção III - Das Licenças (arts. 77 e 78) Seção IV - Das Atribuições do Prefeito (art. 79) Seção V - Da Transição Administrativa (arts. 80 e 81) Seção VI - Dos Auxiliares Diretos do Prefeito Municipal (arts. 82 a 84) Seção VII - Da Consulta Popular (arts. 85 a 88)
TÍTULO V
Da Administração Municipal
CAPÍTULO I Disposições Gerais
(Arts. 89 a 97)
CAPÍTULO II Dos Atos Municipais
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Seção I - Da Publicidade dos Atos Municipais (arts. 98 e 99) Seção II - Dos Livros (art. 100) Seção III - Dos Atos Administrativos (art. 101) Seção IV - Das Proibições (arts. 102 e 103) Seção V - Das Certidões (art. 104)
CAPÍTULO III Dos Atributos Municipais
(Arts. 105 a 113)
CAPÍTULO IV Dos Preços Públicos
(Arts. 114 e 115)
CAPÍTULO V Dos Orçamentos
Seção I - Disposições Gerais (art. 116) Seção II - Das Vedações Orçamentárias (art. 119) Seção III - Das Emendas aos Projetos Orçamentários (art. 120) Seção IV - Da Execução Orçamentária (arts. 121 a 124) Seção V - Da Gestão da Tesouraria (arts. 125 a 127) Seção VI - Da Organização Contábil (arts. 128 e 129) Seção VII - Das Contas Municipais (art. 130) Seção VIII - Das Prestações e Tomadas de Contas (art. 131) Seção IX - Do Controle Integrado (art. 132)
CAPÍTULO VI
Da Administração Dos Bens Patrimoniais (Arts. 133 a 142)
CAPÍTULO VII
Das Obras e Serviços Públicos (Arts. 143 a 156)
CAPÍTULO VIII
Dos Distritos
Seção I - Disposições Gerais (arts. 157 a 161) Seção II - Do Administrador Distrital (arts. 162 e 163)
CAPÍTULO IX
Do Planejamento Municipal
Seção I - Disposições Gerais (arts. 164 a 169) Seção II - Da Cooperação das Associações no Planejamento Municipal (art. 170)
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CAPÍTULO X Da Ordem Econômica, Social e da Segurança Pública
Seção I - Disposições Gerais (arts. 171 a 177) Seção II - Da Política Econômica (arts. 178 a 187) Seção III - Da Política Urbana - (art. 188) Seção IV - Da Política Rural (arts. 189 e 190) Seção V - Da Saúde (arts. 191 a 193) Seção VI - Da Educação, Cultura e do Desporto (arts. 194 a 206) Seção VII - Da Previdência e Assistência Social (arts. 207 e 208) Seção VIII - Do Meio Ambiente (arts. 209 a 215) Seção IX - Da Guarda Municipal (art. 216)
TÍTULO VI
Disposições Finais e Transitórias (Arts. 217 a 223)
Sumário – Leis Complementares
Código Tributário Municipal (Lei Complementar 01/97)
Introdução (arts. 1º a 4º) Título I - Dos Impostos Capítulo I - Do IPTU Seção I - Do Fato Gerador e do Contribuinte (arts. 5º a 11) Seção II - Da Base de Cálculo e da Alíquota (arts. 12 a 15) Seção III - Da Inscrição (arts. 16 a 21) Seção IV - Do Lançamento (arts. 22 a 28) Seção V - Da Arrecadação (arts. 29 a 31) Seção VI - Das Penalidades (art. 32) Seção VII - Da Responsabilidade Tributária (art. 33) Seção VIII - Das Isenções (art. 34) Capítulo II - Do ISSQN Seção I - Do Fato Gerador e do Contribuinte (arts. 35 a 43) Seção II - Da Base de Cálculo e das Alíquotas (arts. 44 a 48) Seção III - Da Inscrição, do Lançamento e da Arrecadação (arts. 49 a 55) Seção IV - Das Obrigações do Contribuinte (arts. 56 a 58) Seção V - Da Isenção (arts. 59 e 60) Seção VI - Das Penalidades (arts. 61 a 71) Seção VII - Da Responsabilidade Tributária (arts. 72 e 73) Seção VIII – Do Pagamento Indevido (art. 74)
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Capítulo III - Do ITBI Seção I - Do Fato Gerador e do Contribuinte (arts. 75 a 81) Seção II - Da Base de Cálculo, da Alíquota e do recolhimento (arts. 82 a 96) Título II - Da Planta Genérica de Valores Capítulo I - Da Criação (art. 97) Capítulo II - Da Avaliação dos Terrenos Urbanos (arts. 98 a 108) Capítulo III - Da Avaliação dos Terrenos na Zona de Expansão Urbana (108a – 108g) Capítulo IV - Da Avaliação dos Imóveis Prediais Seção I - Dos Cálculos e das Definições (arts. 109 a 115) Seção II - Das Classificações (arts. 116 a 118) Título III - Das Contribuições de Melhorias (arts. 119 a 129) Título IV - Da Taxa de Coleta de Lixo (art. 130 a 136) Título V - Serviço de Inspeção Municipal – SIM Capítulo I – Disposições Preliminares (arts. 136-A a 136-J) Capítulo II – Das penalidades (art. 136-K) Capítulo III – Dos Preços Públicos (art. 136-L a 136-Q) Título VI - Disposições Gerais Capítulo I - Da Ação Fiscal (arts. 137 a 141) Capítulo II - Do Lançamento (arts. 142 a 146) Capítulo III - Do Procedimento Tributário (arts. 147 a 160) Capítulo IV - Das Penalidades (arts. 161 e 162) Capítulo V - Dos Regimes Especiais de Controle de Fiscalização (arts. 163 a 165) Capítulo VI - Da Apreensão de Livros e Documentos (arts. 166 a 169) Capítulo VII - Normas Comuns aos Documentos Fiscais (arts. 170 a 172) Disposições Finais (arts. 173 a 179)
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Lei Complementar nº 07/2005 - Institui o Plano de Carreira, Empregos e Remuneração do Magistério Público Municipal da Estância Turística de Joanópolis e dá outras providências. Lei Complementar nº 09/2006 - “Isenta de pagamento do Imposto Predial e Territorial Urbano, os imóveis atingidos por enchentes, no perímetro urbano do município de Joanópolis”.
Leis Ordinárias Municipais Lei nº 399 - 07 De Outubro de 1968 “Denominação de Vias Públicas”. Lei nº 451 - 27 De Março de 1971 “Regulamentação da Existência de Cães no Município e outras providências”. Lei nº 452 - 27 de Março de 1971 “Autoriza o Executivo a Declarar a Santa Casa de Misericórdia de Joanópolis, como Entidade de Utilidade Pública”. Lei nº 456 - 21 de Agosto de 1971 “Fixa a Contribuição do Município de Joanópolis, Estado de São Paulo Para o Programa de Formação do Patrimônio dos Servidores Públicos e dá outras providências”. Lei nº 499 - 02 de Junho de 1973 “Obrigatoriedade da Construção de Calçadão em Logradouro Beneficiado com Guias e Sarjetas”. Lei nº 505 - 04 de Agosto de 1973 “Cria a Comissão Municipal de Esportes e dá outras providências”. Lei nº 510 - 26 de Novembro de 1973 “Disciplina o Consumo de Água nesta Cidade e dá Outras Providências”. Lei nº 515 - 18 de Dezembro de 1973 “Cria o Serviço Extraordinário de Água e Esgoto e dá Outras Providências”. Lei nº 518 - 18 de Dezembro de 1973 “Doação ao Estado de Terreno para a Construção da Delegacia de Polícia e Cadeia Publica”. Lei nº 520 - 28 de Dezembro de 1973 “Concessão Perpétua de Terreno no Cemitério Municipal à Funcionários Efetivos e que faleceram ou vierem a falecer”. Lei nº 522 - 28 de Dezembro de 1973
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“Estatuto dos Funcionários Públicos do Município de Joanópolis”. Lei nº 547 - 12 de Setembro de 1974 “Doação de Terreno ao Estado, para Construção do Centro de Saúde”. Lei nº 568 - 05 de Novembro de 1975 “Concessão para a Execução e Exploração dos Serviços de Abastecimento de Água e Esgoto pela Sabesp”. Lei nº 580 - 06 de Abril de 1976 “Plano de Loteamento em nossa Cidade” Lei nº 592 - 23 de Novembro de 1976 “Autoriza a Prefeitura Municipal a receber por doação de Francisco Ribeiro Neto e S/Mulher uma Área de 3.136 M² para abertura de Rua de Servidão”. Lei nº 608 - 24 de Outubro de 1977 “Declara o Lar São Vicente de Paula como Entidade de Utilidade Pública”. Lei nº 626 - 10 de Maio de 1978 “Símbolos do Município de Joanópolis”. Lei nº 656 - 07 de Dezembro de 1979 “Declara a Assistência e Promoção Social de Joanópolis, Como Entidade de Utilidade Pública”. Lei nº 666 - 20 de Junho de 1980 “Servidão Administrativa a Título Gracioso com a Sabesp”. Lei nº 670 - 04 de Setembro de 1980 “Reforma/Ampliação Centro de Saúde”. Lei nº 674 - 07 de Novembro de 1980 “Criação do Perímetro Urbano de Joanópolis” Lei nº 721 - 22 de Junho de 1983 “Criação do Fundo Social de Solidariedade” Lei nº 724 - 05 de Outubro de 1983 “Revoga a Lei 530 – Feriados Municipais e Cria outros Feriados” Lei nº 731 - 06 de Junho de 1984 “Determina a Zona de Expansão Urbana do Município de Joanópolis”. Lei nº 732 - 06 de Junho de 1984 “Normas e Disciplinas de Planos de Loteamento nas áreas inseridas como Zonas de Expansão Urbana no Município”.
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Lei nº 742 - 18 de Outubro de 1984 “Serviço de Guarda Municipal de Joanópolis”. Lei nº 746 - 07 de Novembro de 1984 “Normas e Planos de Loteamento nas zonas inseridas dentro do Perímetro Urbano”. Lei nº 753 - 20 de Março de 1985 “Convênio para Retransmissão de Imagem e Som de TV” Lei nº 766 - 29 de Outubro de 1985 “Implantação de Unidades do Sistema de Coleta e Tratamento de Esgotos Sanitários” Lei nº 788 - 18 de Junho de 1986 “Denominação de Rua 17 de Agosto”. Lei nº 789 “Substituição de nomes de Ruas da Cidade”. Lei nº 799 - 20 de Agosto de 1986 “Criação da Feira do Produtor Rural de Joanópolis”. Lei nº 816 - 17 De Junho de 1987 “Determina da Zona de Expansão Urbana do Município de Joanópolis”. Lei nº 822 - 14 de Setembro de 1987 “Criação da Comissão Municipal de Esportes”. Lei nº 823 - 15 de Setembro de 1987 “Construção de Prédio para o Velório Municipal”. Lei nº 832 - 18 de Maio de 1988 “Declara de Utilidade Pública da Sociedade Amigos de Bairro do Can-Can”. Lei nº 839 - 02 de Novembro de 1988 “Denominação de Ruas” Lei nº 859 - 21 de Agosto de 1989 “Doação do Governo do Estado”. Lei nº 866 - 30 de Outubro de 1989 “Feriados Municipais”. Lei nº 869 - 30 de Outubro de 1989 “Quadro de Pessoal, Reenquadramento de Servidores”. Lei nº 879 - 17 de Janeiro de 1990
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“Cesta Básica” Lei nº 920 - 06 de Setembro de 1991 “Denominação de Via Pública”. Lei nº 921 - 06 de Setembro de 1991 “Retificação de nomes em uma mesma Rua” Lei nº 923 - 09 de Setembro de 1991 ‘Denominação de Vias Públicas de Loteamento Porto Danalis”. Lei nº 945 - 24 de Abril de 1992 “Construção de uma Creche”. Lei nº 952 - 25 e Junho e 1992 “Construção do Lar para Idosos”. Lei nº 953 - 25 de Junho de 1992 “Adaptação do Prédio do Velório Municipal” Lei nº 961 - 01 de Setembro de 1992 “Atendimento preferencial aos Idosos, às Gestantes e aos Deficientes Físicos”. Lei nº 970 - 08 de Dezembro de 1992 “Denominação ao Paço Municipal de Joanópolis”. Lei nº 971 - 29 de Dezembro de 1992 “Denominação a Pré-Escola Municipal”. Lei nº 974 - 25 de Fevereiro de 1993 “Estatuto do Magistério Público Municipal”. Lei nº 977 - 26 de Fevereiro de 1993 “Denominação de Via Pública” Lei nº 995 - 21 de Julho de 1993 “Torna Obrigatória a anotação do nome do responsável pela iniciativa do Projeto, os Registros e Publicações das Leis, Decretos e Resoluções”. Lei nº 998 - 23 de Agosto de 1993 “Denominação de Via Pública” Lei nº 1000 - 08 de Setembro de 1993 “Declara de Utilidade Pública a Entidade Lar Arnaldo de Carvalho”. Lei nº 1003 - 08 de Setembro de 1993 “Cestas Básicas para Aposentados e Pensionistas”.
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Lei nº 1024 - 23 de Março de 1994 “Recursos do MEC destinados a Construção de uma Biblioteca Municipal”. Lei nº 1025 - 23 de Março de 1994 “Construção e Instalação de Biblioteca”. Lei nº 1029 - 13 de Maio de 1994 “Proíbe o Represamento de Águas dos locais que Especifica”. Lei nº 1030 - 23 de Maio de 1994 “Transfere a Assistência e Promoção Social” Lei nº 1034 - 23 de Maio de 1994 “Denomina o Centro Esportivo Municipal” Lei nº 1039 - 11 de Agosto de 1994 “Disciplina o Plantio de Árvores no Município” Lei nº 1046 - 22 de Setembro de 1994 “Denominação de Via Pública”. Lei nº 1049 - 27 de Outubro de 1994 “Denominação de Via Pública”. Lei nº 1057 - 22 de Novembro de 1994 “Declara imune Corte de Árvore que Especifica”. Lei nº 1063 - 11 de Maio de 1995 “Cesta Básica Para Referência 07”. Lei nº 1066 - 13 de Junho de 1995 “Torna obrigatório o fechamento de terrenos não edificados, construção de muros e calçadas”. Lei nº 1069 - 06 de Outubro de 1995 “Regulamenta a Implantação de Ondulações Transversais nas Vias Públicas”. Lei nº 1072 - 22 de Novembro de 1995 “Denominação de Via Pública” Lei nº 1074 - 01 de Dezembro de 1995 “Denominação de Via Pública” Lei nº 1075 - 04 de Dezembro de 1995 “Denominação de Via Pública” Lei nº 1077 - 26 de Fevereiro de 1996
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“Denominação do Campo de Futebol do Jardim Bela Vista” Lei nº 1081 - 31 de Maio de 1996 “Altera Denominação de Via Pública” Lei nº 1082 - 11 de Junho de 1996 “Regulamenta o uso e conservação de Estradas Municipais do Município”. Lei nº 1083 - 15 de Julho de 1996 “Autoriza o Executivo Municipal a conceder prédios locados para o funcionamento dos serviços do fórum e do cartório eleitoral da Comarca; Firmar o respectivo Convênio com o Tribunal de Justiça”. Lei nº 1086 - 16 de Setembro de 1996 “Proíbe ocupação de Via Pública em área urbana central, em dias determinados que especifica”. Lei nº 1087 - 16 de Setembro de 1996 “Proíbe a permanência de animais que especifica nas Vias Públicas Urbanas do Município”. Lei nº 1090 - 28 de Novembro de 1996 “Autoriza a Câmara Municipal de Joanópolis a organizar e regulamentar seus serviços internos e administrar seu Orçamento, suas Finanças e seu Patrimônio”. Lei nº 1091 - 28 de Novembro de 1996 “Loteamento, Recuo de Ruas, alteração da Lei 732/84 (Planos de Loteamento)”. Lei nº 1100 – 27 de fevereiro de 1997 “Autoriza o Executivo Municipal a criar a Secretaria Municipal de Agricultura e Abastecimento e dá outras providências correlatas”. Lei nº 1109 – 26 de junho de 1997 “Declara de Utilidade Pública a Creche Nossa Senhora das Graças, com Sede no Município de Joanópolis”. Lei nº 1112 – 07 de agosto de 1997 “Proíbe a instalação de barracas e a utilização de amplificadores de som em ocasiões que especifica”. Lei nº 1113 – 07de agosto de 1997 “Isenta de Multa os devedores da Municipalidade” Lei nº 1118 – 15 de setembro 1997 “Denominação da Rua Severiano Gomes da Silva”. Lei nº 1121 – 27 de outubro 1997 “Extermínio de Formigas Cortadeiras”.
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Lei nº 1128 - 11 de Fevereiro de 1998 “Dispõe sobre a atuação do Policiamento de Trânsito nas Vias Municipais em Face da Lei nº 9.503, de 23 de Setembro de 1997”. Lei nº 1134 - 07 de Agosto de 1998 “Dispõe sobre a Política Municipal de Atendimento dos Direitos da Criança e do Adolescente e da outras providências”. Lei nº 1138 - 21 de Agosto de 1998 “Autoriza o Poder Executivo Municipal a Cobrar das Companhias Energéticas que atuam em Joanópolis, pelo uso de espaços ocupados por Postes, Linhas de Transmissão e Subestações de Energia Elétrica”. Lei nº 1144 - 11 de Novembro de 1998 “Obriga as Agências Bancárias, no âmbito do Município, a manter a disposição dos usuários, pessoal suficiente no setor de caixas, para que o atendimento seja efetivado em tempo razoável”. Lei nº 1148 - 18 de Dezembro de 1998 “Dispõe sobre os Atos de Limpeza Pública e dá outras providências”. Lei nº 1149 - 18 de Dezembro de 1998 “Dá Denominação de José Benedito De Salles Bayeux à Escola Municipal de Ensino Fundamental localizada no Jardim Bela Vista”. Lei nº 1156 - 06 de Maio de 1999 “Altera os Quadros de Empregos Públicos Permanentes, de Empregos Públicos em Comissão e de Referências do Poder Executivo Municipal de Joanópolis e dá outras providências”. Lei nº 1158 - 28 de Junho de 1999 “Dispõe sobre horário facultativo de funcionamento dos estabelecimentos comerciais no Município de Joanópolis e dá outras providências”. Lei nº 1159 - 28 de Junho de 1999. “Autoriza a concessão do benefício da Cesta Básica a Servidores Públicos que especifica”. Lei nº 1160 - 28 de Junho de 1999 “Dá Denominação de Rua Antonio Moretti a Via Pública que especifica”. Lei nº 1163 - 24 de Agosto de 1999 “Institui o Programa Municipal de Frentes de Trabalho e dá outras providências correlatas”. Lei nº 1167 - 24 de Setembro de 1999 “Revoga os artigos 26 e 27 da Lei Municipal nº 1134, de 07 de Agosto de 1998”.
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Lei nº 1168 - 24 de Setembro de 1999 “Institui o Programa de Garantia de Renda Mínima destinado às Famílias Carentes”. Lei nº 1170 - 18 de Outubro de 1999 “Dá Denominação de Rua Elizeu Marcondes Ribas, a logradouro de Joanópolis, que especifica”. Lei nº 1173 - 24 de Novembro de 1999 “Regulamenta o artigo 70, § 4º, da Lei Orgânica do Município de Joanópolis fixando atribuições para o Vice-Prefeito Municipal”. Lei nº 1182 - 21 de Fevereiro de 2000 “Confere Denominação de Rua Vereador Manoel Furtado de Almeida a logradouro que especifica”. Lei nº 1183 - 08 de Março de 2000 “Redefine a Extensão da Rua Sebastião Zappa”. Lei nº 1184 - 08 de Março de 2000. “Dá Denominação de Rua Pedro Thomazi a logradouro que especifica”. Lei nº 1185 - 08 de Março de 2000 “Dá Denominação de Praça Oscar Pedroso a logradouro urbano de Joanópolis que especifica”. Lei nº 1186 - 08 de Março de 2000 “Dá Denominação de Praça Julio Cezar da Silva Leme a logradouro urbano de Joanópolis que especifica”. Lei nº 1187 - 08 de Março de 2000 “Dá Denominação de Praça Alexandre Azevedo Alves a logradouro urbano de Joanópolis que especifica”. Lei nº 1189 - 22 de Março de 2000 “Dá Denominação de Caminho dos Revolucionários Constitucionalistas de 1932, a Estrada Rural do Município de Joanópolis, que especifica”. Lei nº 1190 - 22 de Março de 2000 “Dá Denominação de Praça Joaquim Andrade a logradouro que especifica”. Lei nº 1191 - 05 de Abril de 2000 “Autoriza o Poder Executivo a integrar o Consórcio Intermunicipal das Bacias Hidrográficas dos Rios Piracicaba, Capivari e respectivas Sub-Bacias e dá outras providências”. Lei nº 1195 - 08 de Maio de 2000 “Dispõe sobre autorização para doação de Terreno a Indústria e Comércio”.
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Lei nº 1196 - 08 de Maio de 2000 “Dispõe sobre a forma de pagamento e recebimento do 13º Salário dos Servidores Públicos Municipais e dá outras providências”. Lei nº 1198 - 24 de Maio de 2000 “Dá Denominação de Estrada dos Fontana a Estrada Rural do Município de Joanópolis que especifica”. Lei nº 1202 - 09 de Junho de 2000 “Desafeta Bem Público”. Lei nº 1205 - 22 de Agosto de 2000 “Redefine a extensão da Rua Pedro Nassif”. Lei nº 1206 - 22 de Agosto de 2000 “Dá Denominação de Rua Maestro José dos Reis a logradouro urbano de Joanópolis que especifica”. Lei nº 1207 - 22 de Agosto de 2000 “Dá Denominação de Estrada Oliveira (Preto), a Estrada Rural do Município de Joanópolis, que especifica”. Lei nº 1208 - 29 de Agosto de 2000 “Dispõe sobre a obrigatoriedade do replantio da Vegetação Arbórea Urbana”. Lei nº 1209 - 11 de Agosto de 2000 “Autoriza celebração de Convênio com Instituição de Ensino para realização de Estágio de Estudantes”. Lei nº 1214 - 29 de Novembro de 2000 “Afetação de Bem Público”. Lei nº 1220 - 23 de Fevereiro de 2001 “Altera a Lei nº 1.196 de 08 de Maio de 2000 e dá outras providências”. Lei nº 1221 - 23 de Fevereiro de 2001 “Dá Denominação de Cônego Eanes de Melo Cotias (Padre Cotias), a Estrada Municipal que Liga Joanópolis ao Bairro do Retiro (Jnp 020) até a Divisa do Distrito de São Francisco Xavier, Município de São José dos Campos – SP”. Lei nº 1249 - 01 de Março de 2001 “Altera a redação do Art. 1º da Lei Municipal nº 1207, de 22/08/2000”. Lei nº 1256 - 17 de Maio de 2001 “Dá Denominação de Rua Expedito da Costa a logradouro urbano de Joanópolis que especifica”.
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Lei nº 1257 - 17 de Maio de 2001 “Dá Denominação de Rua Lázaro de Moraes a logradouro que especifica”. Lei nº 1258 - 17 de Maio de 2001 “Dá Denominação de Estrada Municipal Manoel Lopes de Carvalho (Mané Soldado), a Estrada Rural do Município de Joanópolis que Especifica”. Lei nº 1259 - 29 de Maio de 2001 “Estabelece regras para a distribuição de Unidades Habitacionais, Lotes ou afins e dá outras providências”. Lei nº 1261 - 06 de Junho de 2001 “Institui Programa de garantia de Renda Mínima associada a Ações Sócio-Educativas e determina outras providências”. Lei nº 1269 - 17 de Outubro de 2001 “Obriga a anexação do texto ou da minuta de Convênio e/ou Contrato aos Projetos de Lei respectivos”. Lei nº 1271 - 07 de Novembro de 2001 “Dispõe sobre a rescisão de Contrato de Trabalho de Servidores que se aposentam espontaneamente”. Lei nº 1280 - 21 de Dezembro de 2001 “Institui a Semana de Prevenção às Deficiências e dá outras providências”. Lei nº 1285 - 21 de Março de 2002 “Dá Denominação de Geraldo Domingues (Aldo Bragion), a quadra de Bocha, localizada no Estádio Municipal”. Lei nº 1286 - 21 de Março de 2002. “Dá Denominação de Rua José dos Santos, a Logradouro”. Lei nº 1287 - 21 de Março de 2002 “Dá Denominação de Emília Ximenes Capozoli à Escola Municipal de Ensino Fundamental localizada no Jardim São Luiz” Lei nº 1288 - 21 de Março de 2002 “Dá Denominação de Dorotéia Fernandes Bertolini Romano ao Centro Comunitário”. Lei nº 1289 - 21 de Março de 2002 “Dá Denominação de Professora Bruna Caparica Filha à Creche Municipal”. Lei nº 1290 - 21 de Março de 2002 “Dá Denominação de Rua André Fernandes Bertolini a Logradouro”. Lei nº 1294 - 08 de Abril de 2002
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“Alteração do Regime de Concessão de Cestas Básicas”. Lei nº 1295 - 26 de Abril de 2002. “Dá Denominação de Rua Francisco Ribeiro Neto (Chico Santo) a logradouro”. Lei nº 1302 - 17 de Setembro de 2002 “Dá Denominação de Rua Dirceu Fernandes da Silveira, a Logradouro da Estância Turística de Joanópolis”. Lei nº 1303 - 17 de Setembro de 2002 “Dá a Denominação de Rua Primo José Delvechio, a Logradouro da Estância Turística de Joanópolis”. Lei nº 1304 - 19 de Setembro de 2002 “Regulamenta o Comércio de Ambulantes e dá outras providências”. Lei nº 1307 - 29 de Outubro de 2002 “Dá Denominação de Estrada Municipal José Ferreira de Oliveira (José Fernandes), a Estrada Rural do Município de Joanópolis”. Lei nº 1308 - 29 de Outubro de 2002 “Dá Denominação de Estrada Municipal Carolino Gonçalves Silveira Bueno, a Estrada Rural do Município de Joanópolis”. Lei nº 1309 - 29 de Outubro de 2002 “Dá Denominação de Estrada Municipal Heraldo Ramirez, a Estrada Rural do Município de Joanópolis”. Lei nº 1312 - 13 de Novembro de 2002 “Cria o Programa Especial de Formação, em Nível Superior, para os Professores Efetivos pertencentes à Rede Municipal de Ensino que possuam formação em Nível Médio”. Lei nº 1317 - 18 de Dezembro de 2002 “Dá Denominação de Rua Francisco Sanches Fernandes Filho a Logradouro da Estância Turística de Joanópolis que especifica”. Lei nº 1318 - 17 de Março de 2003 “Dá Denominação de Anísio Ribeiro Martins, a Quadra Poliesportiva construída ao lado da Quadra de Bocha Aldo Bragion, junto ao Ginásio de Esportes Airton Senna”. Lei nº 1319 - 03 de Abril de 2003 “Dá Denominação de Estrada Municipal Primo Verona, a Estrada Rural do Município”. Lei nº 1320 - 03 de Abril de 2003 “Dá Denominação de Lair Aparecido Martins, a Quadra Municipal de Esporte, localizada no Conjunto Habitacional Joanópolis – A – Jardim São José”.
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Lei nº 1321 - 05 de Maio de 2003 “Institui a Semana da Melhor Idade no âmbito do Município de Joanópolis” Lei nº 1322 - 19 de Maio de 2003 “Dá Denominação de Rua José Henrique Sanches à Via Pública Urbana”. Lei nº 1323 - 19 de Maio de 2003 “Dá Denominação de Rua Frederico Alves Pinto”. Lei nº 1324 - 19 de Maio de 2003 “Dá Denominação de Rua Vicente Rodrigues Marques (Vicente Tavico) à Via Pública Urbana”. Lei nº 1325 - 19 de Maio de 2003 “Dá Denominação de Rua Francisca Maria de Oliveira”. Lei nº 1328 - 23 de Maio de 2003 “Altera a redação e acrescenta alíneas no item A do inciso II do artigo 10 e revoga o item B, bem como, suas alíneas e o parágrafo único do referido inciso II do artigo 10 da Lei 746/84 de 07 de Novembro de 1984”. Lei nº 1329 - 05 de Junho de 2003 “Dá Denominação de Estrada Municipal Cecília Bertholini, a Estrada Rural do Município”. Lei nº 1330 - 05 de Junho de 2003 “Dá Denominação de Estrada Municipal Hélio Ricanelo, a Estrada Rural do Município". Lei nº 1331 - 05 de Junho de 2003 “Dá Denominação de José Carlos de Morais, a Logradouro do Município”. Lei nº 1334 - 06 de Agosto de 2003 “Dá Denominação de Estrada Municipal Francisco Pais, a Estrada Rural do Município”. Lei nº 1335 - 06 de Agosto de 2003 “Dá Denominação de Estrada Municipal Geraldo Máximo de Carvalho, a Estrada Rural do Município”. Lei nº 1336 - 06 de Agosto de 2003 “Dá Denominação de Estrada Municipal Dorotéia Ribeiro da Silva Souza, a Estrada Rural do Município”. Lei nº 1337 - 06 de Agosto de 2003 “Dá Denominação de Estrada Municipal Benedito Mariano de Oliveira, a Estrada Rural do Município”. Lei nº 1338 - 14 de Agosto de 2003
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Fica expressamente proibido o Tráfego de locomoção motorizada e não motorizada no centro da Praça Padre Domingos Segurado, Largo São João, Praça João José Batista Nogueira e outras Praças Que Venham a surgir e suas respectivas calçadas e dá outras providências. Lei nº 1339 - 28 de Agosto de 2003 “Institui a Semana dos Jogos Mirins no Município de Joanópolis”. Lei nº 1340 - 08 de Setembro de 2003 “Dá Denominação de Estrada Municipal Waldomiro José Gonçalves (conhecido como Waldomiro Migué), a Estrada Rural do Município”. Lei nº 1341- 08 de Setembro de 2003 “Dá Denominação de Floriza Wolhers Sanches a Logradouro do Município”. Lei nº 1342 - 08 de Setembro de 2003 “Dá Denominação de Luiz Gustavo Martins de Azevedo, a Pista de Bicicross Localizada no Campo do Jardim Bela Vista”. Lei nº 1344 - 17 de Setembro de 2003 “Dispõe sobre a criação da Corporação Musical Municipal Lira Joanopolense no Município”. Lei nº 1345 - 17 de Setembro de 2003 “Dá Denominação de Ênio Ricanelo ao Campo de Futebol localizado no Centro Esportivo Municipal Airton Senna”. Lei nº 1347 - 23 de Outubro de 2003 “Dispõe sobre a organização do Sistema Municipal de Ensino de Joanópolis”. Lei nº 1348 - 23 de Outubro de 2003 “Dispõe sobre as restrições ao uso de produtos fumígeros em veículos pertencentes e contratados pelo município”. Lei nº 1353 - 20 de Novembro de 2003 “Dá Denominação de Rua Geraldo Prado Pinheiro, a logradouro do Município”. Lei nº 1354 - 20 de Novembro de 2003 “Dá Denominação de Rua João Esótico a Via Pública Urbana que especifica e dá outras providências”. Lei nº 1355 - 20 de Novembro de 2003 “Dá Denominação de Cira Padilha a logradouro do Município de Joanópolis, que especifica”. Lei nº 1361 - 11 de Dezembro de 2003 “Dá Denominação de Antonio Garcia Banho a Estrada Municipal de Joanópolis, que especifica”. Lei nº 1362 - 11 de Dezembro de 2003
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“Dá Denominação de Rua Sebastiana Elias Cruz a Via Pública Urbana que especifica e dá outras providências”. Lei nº 1363 - 11 de Dezembro de 2003 “Dá Denominação de Rua João Silveira Cruz a Via Pública Urbana que especifica e dá outras providências”. Lei nº 1364 - 20 de Fevereiro de 2004 “Dá Denominação de Armando Ottolino Alberto Maroni (Armando Maroni), a Logradouro do Município de Joanópolis, que Especifica”. Lei nº 1365 - 03 de Março de 2004 “Dá Denominação de Rua Silvio Santana Franco, a Logradouro do Município de Joanópolis que especifica”. Lei nº 1366 - 24 de Março de 2004 “Dá Denominação de Humberto Moretti, a Estrada Rural do Município de Joanópolis, que especifica”. Lei nº 1367 - 07 de Abril de 2004 “Concede gratuidade em todos os eventos promovidos pela Administração Pública às pessoas portadoras de Deficiência e dá outras providências”. Lei nº 1370 - 29 de Abril de 2004 “Dá Denominação de Antonio Alberti, a Logradouro do Município de Joanópolis que especifica”. Lei nº 1371 - 26 de Maio de 2004 “Dá Denominação de Dirceu José Nogueira ao Portal Localizado na Rodovia José Augusto Freire”. Lei nº 1372 - 03 de Junho de 2004 “Dispõe sobre a concessão de Férias ao Prefeito, o Chefe de Gabinete do Prefeito e aos Secretários Municipais de Joanópolis e dá outras providências”. Lei nº 1375 - 03 de Junho de 2004 “Dá Denominação de Rua Virgínia Alberti Nogueira, a logradouros do Município de Joanópolis, que especifica”. Lei nº 1376 - 16 de Junho de 2004 “Fica garantida, aos idosos com mais de sessenta anos, a gratuidade do uso do sistema de transporte coletivo regular de passageiros dentro do Município de Joanópolis e dá outras providências”. Lei nº 1381 - 11 de Agosto de 2004 “Cria a Imprensa Oficial do Município de Joanópolis e dá outras providências”.
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Lei º 1382 - 11 de Agosto de 2004 “Autoriza o Poder Executivo Municipal a cobrar, das Companhias Telefônicas que atuam em Joanópolis, pelo uso de espaços ocupados por postes, torres, linhas de transmissão e subestações de telefonia”. Lei nº 1388 - 24 de Novembro de 2004 “Dá Denominação de Agostinho da Silva, a logradouro do Município de Joanópolis, que especifica”. Lei nº 1392 – 16 de março de 2005 “Rua Músico Pedro Bonilha”. Lei nº 1393 – 29 de março de 2005 “Institui o Programa de Adoção de Praças Públicas e de Esportes e Áreas Verdes – Pappe, estabelece seus objetivos e processos, suas espécies e limitações das responsabilidades e dos benefícios dos adotantes”. Lei nº 1394 – 13 de abril de 2005 “Dá Denominação a logradouros Públicos do Município de Joanópolis que especifica”. Lei nº 1395 – 20 de abril de 2005 “Transforma a Secretaria Municipal de Agricultura e Abastecimento em Secretaria Municipal de Agricultura, Comércio, Indústria e Meio Ambiente, e dá outras providências”. Lei nº 1398 – 27 de abril de 2005 “Cria a Biblioteca Pública Municipal”. Lei nº 1401 – 27 de maio de 2005 “Regulamenta a circulação e permanência de ônibus, e quaisquer outros veículos coletivos com destino a Cachoeira dos Pretos e suas adjacências, estabelece cobrança de taxa de ingresso e dá outras providências”. Lei nº 1404 – 29 de junho de 2005 “Altera dispositivos da Lei Municipal nº 1261 de 06 de Junho de 2001”. Lei nº 1414 – 03 de agosto de 2005 “Institui o dia das Coisas do Arco da Velha”. Lei nº 1423 – 09 de novembro de 2005 “Restringe o acesso de veículos na área de lazer da Cachoeira dos Pretos e dá outras providências”. Lei nº 1428 – 07 de dezembro de 2005 “Dispõe sobre: desafetação e doação de Bem Público”. Lei nº 1429 – 07 de dezembro de 2005
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“Dispõe sobre: Institui o Programa de Recuperação Fiscal – REFIS, no Município de Joanópolis e dá outras providências”. Lei nº 1430 - 07 de dezembro de 2005 “Acrescenta Parágrafo Único á Lei Municipal nº 746/84” Lei nº 1433 – 25 de janeiro de 2006 “Dispõe sobre ajustamento do Refis – Programa de Recuperação Fiscal – Lei nº 1429/2005” Lei nº 1434 – 15 de fevereiro de 2006 “Regulamenta o § 2º do art. 146, da Lei Orgânica do Município de Joanópolis, no que concerne aos serviços públicos de abastecimento de água e de esgotamento sanitário, e institui o sistema municipal de regulação dos serviços públicos de abastecimento de água e de esgotamento sanitário - SIRE, bem como o plano municipal de saneamento – PMS”. Lei nº 1438 - 05 de abril de 2006 “Declara a utilidade pública da Associação para o Desenvolvimento Social de Joanópolis- Pró-Joá”. Lei nº 1444 - 26 de setembro de 2006 “Autoriza o Poder Executivo a promover a cessão de uso da escola municipal rural do Bairro da Cachoeira dos Pretos, à Associação de Amigos do Bairro e dá outras providências”. Lei nº 1449 – 27 de outubro de 2006 “Declara a utilidade pública da Associação Comercial e Industrial de Joanópolis.” Lei nº 1450 - 22 de novembro de 2006 “Cria a Entidade de Trânsito e o Órgão Rodoviário Municipal de Joanópolis, estabelecendo normas de procedimentos e dá outras providências”. Lei nº 1452 – 30 de novembro de 2006 “Institui ‘O Dia do Aluno’ na Estância Turística de Joanópolis e dá outras providências”. Lei nº 1453 – 13 de dezembro de 2006 “Altera a redação de dispositivos que especifica da Lei Municipal nº 1372/2004”. (férias Prefeito) Lei nº 1459 – 07 de março de 2007 “Dispõe sobre o Conselho Municipal de Cultura e dá outras Providências”. Lei nº 1460 – 28 de março de 2007 “Autoriza o Poder Executivo a promover a cessão de uso dos lotes 04, 05 e 06 da Quadra ‘C’, do plano de loteamento denominado ‘Porto Danalis’ a ‘Associação Residencial Porto Danalis’, e dá providências”. Lei nº 1463 – 13 de abril de 2007 “Denomina via pública que especifica”. (Eliza Domingues de Oliveira)
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Lei nº 1464 – 13 de abril de 2007 “Redefine a extensão da Rua Cesário Padilha”. Lei nº 1467 – 23 de abril de 2007 “Autoriza o Poder Executivo a promover a cessão de uso das dependências do Campo de Futebol “Ênio Ricanelo” localizado no Centro Esportivo Municipal Airton Senna”. Lei nº 1470 – 05 de junho de 2007 “Dá denominação a logradouros públicos do município de Joanópolis, que especifica”. (Loteamento Residencial San Lourenzo) Lei nº 1472 – 08 de junho de 2007 “Dispõe sobre concessão para exploração de serviço público de transporte coletivo de passageiros por meio de ônibus e dá outras providências”. Lei nº 1480 – 09 de agosto de 2007 “Declara a utilidade pública do Projeto Acolher”. Lei nº 1482 – 12 de setembro de 2007 “Dispõe sobre: doação de área ‘non aedificandi’, destacada do plano de Loteamento Residencial San Lorenzo”. Lei nº 1483 – 12 de setembro de 2007 “Altera dispositivos da Lei Municipal nº 1.103 de 30 de abril de 1997”. Lei nº 1484 - 12 de setembro de 2007 “Altera dispositivos da Lei Municipal nº 1.104, de 30 de abril de 1997”. Lei nº 1485 - 12 de setembro de 2007 “Altera dispositivos da Lei Municipal nº 1456/07, que regulamenta o FUNDEB”. Lei nº 1487 – 28 de setembro de 2007 “Proíbe o tráfego de veículos pesados em via pública que especifica e dá outras providências”. Lei nº 1489 – 19 de novembro de 2007 “Dispõe sobre: concessão do Matadouro Municipal”. Lei nº 1494 – 10 de dezembro de 2007 “Declara o pão PRP como Bem Cultural da Estância Turística de Joanópolis”.
Histórico
Joanópolis, antiga São João do Curralinho, foi fundada no ano de 1878. Em território pertencente ao então município de Santo Antonio da Cachoeira, atual Piracaia. Deve - se sua fundação a um pugilo de habitantes do bairro que costumeiramente se reuniam junto a um grande cruzeiro, localizado onde se acha a matriz, para festejar, no dia 24
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de Junho, o transcurso do dia de São João Batista. Em 1878, por ocasião dos festejos, ficou resolvido que daquele ano em diante se nomeassem festeiros, em cada ano para o ano seguinte, sendo aclamados desde logo, patrocinadores da festa vindoura os senhores Anselmo Gonçalves Caparica e Ambrosina Pinto. Tiveram eles a idéia de levantar, uma pequena igreja nas proximidades do cruzeiro para melhor agasalhar as festividades. A idéia tomou forma, pois dentro em pouco todos cooperaram para o erguimento da capela que teve a invocação de São João Batista. Os senhores João José Batista Nogueira e Luiz Antônio Figueiredo ofereceram um terreno necessário, constituído de 4, 5 alqueires e o Sr. Anselmo Caparica, que nivelou e alinhou o terreno da futura praça seguindo - se a construção das demais casas que construíram o povoado. Apelando ao Bispo Diocesano, D. Lino Deodato de Carvalho, conseguiu - se ordem da missa por quatro anos e a nomeação do Padre Fernandes Deroza para pároco; nesse mesmo ano, no dia 24 de Junho, com grandes festividades, foi colocada no altar da nova Capela a imagem de São João Batista, padroeiro do lugar. O povoado foi elevado à categoria de distrito de paz pelo Decreto nº 135, de 03 de Março de 1891 revogado pela Lei nº 54, de 09 de Agosto de 1892; restaurado pela Lei nº 207, de 30 de Agosto de 1893 e pelo decreto nº 348 de 17 de Agosto de 1895 foi elevado a município, tendo sido instalado em 20 de Agosto de 1896. Teve seu nome mudado para Joanópolis pela Lei nº 1578, de 18 de Dezembro de 1917.
E no dia 23 de janeiro de 2001 o município de Joanópolis foi elevado à categoria de Estância Turística através da Lei Estadual nº 10.759.
Localização
Joanópolis está localizada entre as Serras da Mantiqueira e do Guirra,
na zona fisiográfica Cristalina do Norte e suas coordenadas geográficas são: 22”57’de Latitude Sul e 46”17’Longitude W GR.
Dista da capital 76Km em linha reta e 100Km pela Rodovia Fernão
Dias até Atibaia e pela Rodovia D. Pedro I até o início da SP - 36 que liga Piracaia a Joanópolis.
O Município de Joanópolis pertence a região de Campinas sub - região
de Bragança Paulista, limitando - se com o estado de Minas Gerais através dos municípios de Extrema e Camanducaia e Vila Monte Verde; com os Municípios paulistas de São José dos Campos, Piracaia e Bragança Paulista.
Possui uma área de 377Km quadrados, com altitude mínima de 850m
onde se localiza a represa do Sistema Cantareira - SABESP e altitude máxima de 2.070m.A cidade está a 1.000m de altitude. A temperatura média anual é de 19ºC e a pluviosidade anual média é de 1.600mm e seu clima é temperado, com inverno menos seco. Sua população aproximada é de 11.000 habitantes sendo: 7.000 na cidade e 4.000 na zona rural e conta com 8.282 eleitores.
Bacia Hidrográfica
O município é riquíssimo em águas através de rios próprios: Rio
Cachoeira, Rio Jacareí, Rio Correnteza, Rio Can - Can e dezenas de córregos e ribeirões que
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são nascentes da Bacia do Rio Piracicaba: sendo integrantes do Sistema Cantareira, ainda sem poluição, que fornecem suas águas para São Paulo, Capital.
Atrações Turísticas
Joanópolis tem um grande potencial turístico através de suas belezas
naturais, clima excelente e águas puras. A Represa dos Rios Jaguari e Jacareí com aproximadamente 2,5
bilhões de metros cúbicos de água e 50km quadrados de área coberta. Nos inúmeros rios de Joanópolis existem dezenas de cachoeiras em
águas límpidas e sem poluição, destacando-se entre elas a Cachoeira dos Pretos, com 154 m de quedas.
A cidade, de traçado moderno e belas praças, está situada na parte
menos acidentada do município, cercada por um Curral de Montanhas, de onde se avista o Pico do Lopo com 1.725 m de altitude, que forma a imagem do “Gigante Adormecido”.
Outros pontos turísticos são: Pedra do Carmo, com 1.900 m; Pico do
Selado, com 2.070m.
Economia do Município É baseada na agricultura e pecuária, comércio e turismo. O município
pertence a comarca de Piracaia. A cidade conta com o serviço da Telefônica integrado com a Capital (DDD); Sabesp com 100% de atendimento em águas e esgotos; Elektro atende a cidade e toda zona rural. Possui um hospital e um Centro de saúde; duas agências bancárias: Banco do Brasil e Nossa Caixa; uma escola estadual de 1ºe 2º graus, três escolas municipais de 1º grau; uma pré-escola; duas creches municipais, conta com sistema de TV com UHF e também recebe sinais diretos de São Paulo pelo sistema VHF.
Origem do Nome
Nome de fundação, São João do Curralinho, por estar situada num
curral de montanhas, posteriormente, Joanópolis que quer dizer cidade de João.
Prefeito José Garcia da Costa
Vice - Prefeito
Dr. Braz Giudice Netto
Mesa Diretora
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Presidente - Luis Carlos Nassif.
Vice – Presidente - Antonio Garcia da Costa. 1º Secretário - Benedito Ignácio Giudice.
2º Secretário - Armando de Oliveira.
Comissão do Poder Legislativo
Presidente - Nelson Lopes. Relator - Luis Júlio Custódio.
Membro - Sebastião Migliorini.
Comissão do Executivo e Administração Pública.
Presidente - Armando de Oliveira. Relator - João Carlos da Silva Torres. Membro - Antonio Garcia da Costa.
Comissão da Ordem Econômica e Social e dos Interesses das Pessoas do
Município e do Meio Ambiente.
Presidente - José Aparecido de Souza Bueno. Relator - Benedito Ignácio Giudice. Membro - Antonio Garcia da Costa.
Comissão de Sistematização.
Presidente - Armando de Oliveira.
Relator - Benedito Ignácio Giudice. Membro - Vera Sagraria Guimarães.
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Lei Orgânica do Município de
Joanópolis O Povo do Município de Joanópolis, consciente de sua
responsabilidade na efetiva realização do estado democrático de direito, por seus Vereadores investidos no Poder Constituinte, promulga, sob a proteção de Deus, a seguinte Lei Orgânica do Município de Joanópolis, Estado de São Paulo.
Promulgada em 3 de Abril de 1990.
TÍTULO I
Das Disposições Preliminares
CAPÍTULO I Do Município
Art. 1º O Município de Joanópolis, pessoa jurídica de direito público
interno, é unidade territorial que integra a organização político - administrativa da República Federativa do Brasil, dotado de autonomia política, administrativa, financeira e legislativa nos termos assegurados pela Constituição da República, pela Constituição do Estado e por esta Lei Orgânica.
Art. 2º O território do Município poderá ser dividido em distritos,
criados, organizados e suprimidos por lei municipal, observada a legislação estadual, a consulta plebiscitária e o disposto nessa Lei Orgânica.
Art. 3º O Município integra a divisão administrativa do Estado. Art. 4º A sede do Município dá - lhe o nome e tem a categoria de
cidade, enquanto a sede do Distrito tem a categoria de vila. Art. 5º Constituem bens do Município todas as coisas móveis e
imóveis, direitos e ações que a qualquer título lhe pertençam. Parágrafo único. O Município tem direito à participação no resultado
da exploração de petróleo ou gás natural, de recursos hídricos para quaisquer fins e de outros minerais de seu território.
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Art. 6º São símbolos do Município, o Brasão, a Bandeira e outros
estabelecidos em Lei Municipal.
CAPÍTULO II Dos Objetivos Fundamentais Do Município
Art. 7º São objetivos fundamentais do município: I - constituir uma sociedade livre, justa e solidária; II - garantir o desenvolvimento do município; III - erradicar a pobreza e a marginalidade; IV - reduzir as desigualdades sociais; V - promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, cor, sexo,
religião e quaisquer outras formas de discriminação; VI - garantir a efetivação dos direitos humanos, individuais e sociais.
TÍTULO II
Dos Direitos e Garantias Fundamentais
Art. 8º Todos são iguais perante a lei, sem nenhuma distinção, garantindo - se aos brasileiros e estrangeiros residentes no Município a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade nos termos da Constituição Federal.
Art. 9º São direitos sociais dos munícipes, na forma estabelecida pela
Constituição Federal: I – a educação; II – a saúde; III – o trabalho; IV – o lazer; V – a segurança; VI – a previdência; VII – a proteção à maternidade e à infância;
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VIII – a assistência aos desamparados.
TÍTULO III
Da Competência Municipal
Art. 10. Compete ao Município;
I – legislar sobre assuntos do interesse local; II – suplementar a legislação federal e estadual no que couber; III - instituir e arrecadar os tributos de sua competência, bem como
aplicar as suas rendas sem prejuízo da obrigatoriedade de prestar contas e publicar balancetes nos prazos fixados em lei;
IV - criar, organizar e suprimir distritos, observado o disposto nesta
Lei Orgânica e na legislação estadual pertinente; V - instituir a guarda municipal destinada a proteção de seus bens,
serviços e instalações, conforme dispuser a lei; VI – organizar e prestar, diretamente ou sob regime de concessão ou
permissão, entre outros, os seguintes serviços: a) transporte coletivo urbano e intermunicipal, que terá caráter
essencial; b) abastecimento de água e esgotos sanitários; c) mercados, feiras e matadouros locais; d) cemitérios e serviços funerários; e) iluminação pública; f) limpeza pública, coleta domiciliar e destinação final do lixo.
VII – manter, com a cooperação técnica e financeira da União e do
Estado, programas de educação pré - escolar e ensino fundamental; VIII – prestar, com a cooperação técnica e financeira da União e do
Estado, serviços de atendimento à saúde da população; IX - promover a proteção dos patrimônios histórico, cultural, artístico,
turístico e paisagístico local, observada a legislação e a ação fiscalizadora federal e estadual; X - promover a cultura e a recreação; XI - fomentar a produção agropecuária e demais atividades
econômicas, inclusive a artesanal;
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XII - preservar as florestas, a fauna e a flora; XIII – realizar serviços de assistência social, diretamente ou por meio
de instituição privadas, conforme os critérios e condições fixadas em Lei Municipal; XIV - realizar programas de apoio às práticas desportivas; XV - realizar programas de alfabetização; XVI - realizar atividades de defesa civil, inclusive a de combate a
incêndios e prevenção de acidentes naturais em coordenação com a União e o Estado; XVII - promover, no que couber, adequado ordenamento territorial,
mediante planejamento e controle do uso, do parcelamento e da ocupação do solo urbano; XVIII - elaborar e executar o plano diretor; XIX - executar obras de: a) abertura, pavimentação e conservação de vias; b) drenagem pluvial; c) construção e conservação de estradas, parques, jardins e hortos
florestais; d) construção e conservação de estradas vicinais e caminhos
municipais; e) edificação e conservação de prédios públicos municipais; XX - fixar: a) tarifas de serviços públicos, inclusive o dos serviços de táxis; b) horário de funcionamento dos estabelecimentos industriais,
comerciais e dos serviços;
XXI - sinalizar as vias públicas urbanas e rurais; XXII – regulamentar a utilização de vias e logradouros públicos; XXIII – conceder licença para: a) localização, instalação e funcionamento de estabelecimentos
industriais, comerciais e de serviços; b) afixação de cartazes, letreiros, anúncios, faixas, emblemas e
utilização de altos - falantes para fins de publicidade e propaganda. c) exercício de comércio eventual ou ambulante. d) realização de jogos, espetáculos e divertimentos públicos,
observadas as prescrições legais; e) prestação de serviços de táxis;
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XXIV - dispor sobre administração, utilização e alienação dos bens
públicos; XXV - adquirir bens, inclusive mediante desapropriação; XXVI - organizar e manter os serviços de fiscalização necessários ao
exercício de seu poder de polícia administrativa; XXVII – executar programas de construção de moradias populares; XXVIII – incentivar a instalação de indústrias não poluentes no
território do Município; XXIX - fomentar o turismo; XXX – estabelecer e impor penalidades por infração de suas leis e
regulamentos.
Art. 11. Além das competências previstas no artigo anterior, o Município atuará em cooperação com a União e o Estado para o exercício das competências enumeradas no Art.23 da Constituição Federal, desde que as condições sejam de interesse do Município.
TÍTULO IV Do Governo Municipal
CAPÍTULO I
Dos Poderes Municipais
Art. 12. O Governo Municipal é constituído pelos poderes Legislativo e Executivo, independentes e harmônicos entre si.
Parágrafo único. É vedada aos poderes Municipais a delegação recíproca de atribuições, salvo nos casos previstos nesta Lei Orgânica.
CAPÍTULO II Do Poder Legislativo
Seção I
Da Câmara Municipal
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Art. 13. O Poder Legislativo é exercido pela Câmara Municipal de Joanópolis, composta de nove Vereadores, eleitos para cada legislatura entre cidadãos maiores de dezoito anos, no exercício dos direitos políticos, pelo voto direto e secreto. 1
Parágrafo único. Cada legislatura terá a duração de 04 (quatro) anos. Art. 14. Revogado2 Art. 15. As deliberações da Câmara Municipal de Joanópolis, bem
como de suas comissões, serão tomadas por maioria de votos, perante a maioria absoluta de seus membros, salvo disposição em contrário de seu Regimento Interno ou desta Lei Orgânica. 3
Parágrafo único. É vedado o voto secreto nas deliberações da Câmara Municipal. 4
Seção II Da Posse
Art. 16. A Câmara Municipal de Joanópolis, instalar - se - á no
primeiro ano de cada legislatura, no dia 1º de janeiro, às 17 horas, em Sessão Solene, independentemente de número, sob a presidência do Vereador mais votado dentre os presentes. 5
§ 1º O Vereador que presidir os trabalhos será automaticamente
considerado empossado ao prestar o seguinte compromisso: 6 “Prometo cumprir a Constituição Federal, a Constituição do
Estado de São Paulo e a Lei Orgânica do Município de Joanópolis, observar as Leis, desempenhar o mandato que me foi confiado e trabalhar pelo progresso do Município e bem estar de seu povo”.
§ 2º Em ato contínuo, feita a chamada, cada Vereador regularmente
diplomado, em pé, ratificará o compromisso prestado pelo Presidente dos trabalhos, dizendo: “Assim o prometo”, permanecendo os demais sentados e em silêncio. 7
§ 3º O Presidente dos trabalhos dará posse aos Vereadores que
prestarem o referido compromisso. 8
1 Alterado o caput do art. 13, conforme Emenda nº 14/2004 2 Revogado o art.14, conforme Emenda nº 06/99 3 Alterado art.15, conforme Emenda nº 02/99 4 Incluso parágrafo único ao art.15, conforme Emenda nº 11/2001 5 Alterado o art.16, conforme Emenda nº 01/99 6 Alterado o §1º do art. 16, conforme Emenda nº 01/99 7 Alterado o §2º do art. 16, conforme Emenda nº 01/99 8 Alterado o §3º do art. 16, conforme Emenda nº 01/99
33
§ 4º Na hipótese de não se verificar a posse na data prevista neste artigo, deverá ela ocorrer até a primeira sessão ordinária, salvo o motivo justificado, aceito pela Câmara Municipal, aplicando–se, no caso, as estatuições deste artigo, no que couberem. 9
§ 5º No ato da posse, os Vereadores deverão desincompatibilizar-se e,
na mesma ocasião e ao término do mandato, deverão apresentar declaração de seus bens, que será transcrita em livro próprio, constando de ata seu resumo. 10
Seção III
Das Atribuições da Câmara Municipal
Art. 17. Cabe a Câmara Municipal, com a sanção do Prefeito, legislar sobre as matérias de competência do Município, especialmente no que refere ao seguinte:
I – assuntos de interesse local, inclusive suplementando a legislação
federal estadual, notadamente no que diz respeito: a) à saúde, à assistência pública e à proteção e garantia das pessoas
portadoras de deficiência; b) à proteção de documentos, obras e outros bens de valor histórico,
artístico e cultural, como os monumentos, as paisagens naturais notáveis e os sítios arqueológicos do Município;
c) a impedir a evasão, a destruição e descaracterização de obras de arte e outros bens de valor histórico artístico e cultural do Município;
d) à abertura de meios de acesso à cultura, à educação e à ciência; e) à proteção ao meio ambiente e ao combate à poluição; f) ao incentivo à indústria não poluente e ao comércio; g) à criação de distritos industriais; h) ao fomento da produção agropecuária e à organização do
abastecimento alimentar; i) à produção de programas de construção de moradias, melhorando as
condições habitacionais e de saneamento básico. j) ao combate às causas da pobreza e aos fatores de marginalização,
promovendo a integração social dos setores desfavorecidos; l) ao registro, ao acompanhamento e à fiscalização das concessões de
pesquisa e exploração dos recursos hídricos e minerais em seu território; m) ao estabelecimento e à implantação da política de educação para
trânsito; n) à cooperação com a União e o Estado, tendo em vista o equilíbrio
do desenvolvimento e do bem - estar, atendidas as normas fixadas em lei complementar federal;
o) ao uso e ao armazenamento de agrotóxicos, seus componentes e a fins;
p) às políticas públicas do Município.
9 Alterado o §4º do art. 16, conforme Emenda nº 01/99 10 Alterado o §5º do art. 16, conforme Emenda nº 01/99
34
II - tributos municipais, bem como autorizar isenções e anistias fiscais
e a remissão de dívidas, desde que justificado o interesse público, sob pena da nulidade do ato;
III – orçamento anual, ano plurianual e diretrizes orçamentárias, bem
como autorizar a abertura de créditos suplementares e especiais; IV – obtenção e concessão de empréstimos e operações de créditos,
bem como sobre a forma e os meios de pagamento; V - concessão de auxílios e subvenções; VI – concessão e permissão de serviços públicos; VII – concessão de direito real de uso de bens municipais; VIII – alienação e concessão de bens imóveis; IX – aquisição de bens imóveis, quando se tratar de doação; X - criação, organização e supressão de distritos, observada a
legislação estadual; XI – criação, alteração e extinção de cargos, empregos e funções
públicas e fixação da respectiva remuneração; XII – plano diretor de desenvolvimento integrado; XIII – guarda municipal destinada a proteger bens, serviços e
instalações do Município; XIV – ordenamento, parcelamento, uso e ocupação do solo urbano; XV – organização e prestação de serviços públicos; XVI – ao incentivo ao turismo.
Art. 18. Compete a Câmara Municipal, privativamente, entre outras,
as seguintes atribuições: I – eleger a sua Mesa Diretora, bem como destruí-la na forma desta
Lei Orgânica e do Regimento Interno; II – elaborar o seu Regimento Interno;
35
III - apresentar Projetos de Lei fixadores dos subsídios do Prefeito, do Vice-Prefeito, dos Secretários Municipais, dos Vereadores e do Vereador Presidente da Câmara, observadas as disposições da Constituição Federal e desta Lei Orgânica; 11
IV – exercer, com auxílio do Tribunal de Contas ou órgão estadual
competente, a fiscalização financeira, orçamentária, operacional e patrimonial do Município; V – julgar as contas anuais do Município e apreciar os relatórios sobre
a execução dos planos de governo; VI – sustar os atos normativos do Poder Executivo que exorbitem do
poder regulamentar ou dos limites de delegação legislativa; VII – dispor sobre a organização, funcionamento, polícia, criação,
transformação ou extinção de cargos, empregos e funções de seus serviços e fixar a respectiva remuneração;
VIII – autorizar o Prefeito a se ausentar do Município, quando a
ausência exceder a 15(quinze) dias; IX – mudar temporariamente a sua sede; X - fiscalizar e controlar, diretamente, os atos do Poder Executivo,
incluídos os da Administração indireta e fundacional; XI – proceder à tomada de contas do Prefeito Municipal, quando não
apresentadas à Câmara Municipal dentro do prazo de 60(sessenta) dias após a abertura da sessão legislativa;
XII – processar e julgar os Vereadores, na forma desta Lei Orgânica; XIII – representar ao Procurador Geral de Justiça, mediante aprovação
de dois terços de seus membros, contra o Prefeito, o Vice - Prefeito e Secretários Municipais ou ocupantes de cargos da mesma natureza, pela prática de crimes contra a Administração Pública que tiver conhecimento;
XIV – dar posse ao Prefeito e ao Vice - Prefeito conhecer de sua
renúncia e afastá-los definitivamente do cargo, nos termos previstos em Lei; XV – conceder a licença ao Prefeito, ao Vice-Prefeito e aos
Vereadores para afastamento do cargo; XVI – criar comissões especiais de inquérito sobre fato determinado
que se inclua na competência da Câmara Municipal, sempre que o requerer pelo menos um terço dos membros da Câmara;
11 Alterado Inciso III do art.18, conforme Emenda nº 07/2000
36
XVII – convocar os Secretários Municipais ou ocupantes de cargo da
mesma natureza para prestar informações sobre matéria de sua competência; XVIII – solicitar informações ao Prefeito Municipal sobre assuntos
referentes à Administração; XIX – autorizar referendo e convocar plebiscito; XX - decidir sobre a perda de mandato de Prefeito, Vice- Prefeito e
Vereador; 12 XXI – conceder título honorífico a pessoas que tenham
reconhecidamente prestado serviços ao Município, mediante decreto legislativo, aprovado pela maioria de dois terços de seus membros;
XXII – dar denominação aos próprios municipais, vias públicas e
logradouros públicos; XXIII – deliberar sobre o parecer do Tribunal de Contas do Estado de
São Paulo quanto às contas do Prefeito, no prazo de 120 (cento e vinte) dias de seu recebimento, observados os seguintes preceitos:13
a) o parecer do Tribunal somente deixará de prevalecer por decisão
de dois terços de seus membros da Câmara; b) decorrido o prazo estabelecido no caput deste inciso, sem
deliberação pela Câmara, serão convocadas Sessões Extraordinárias até que a deliberação das contas esteja concluída;14
c) O prazo para deliberação das contas ficará suspenso durante o período de aguardo de parecer, jurídico ou contábil, solicitado por Comissão Permanente ou pela maioria absoluta dos Vereadores.15
d) rejeitadas as contas, serão estas, imediatamente, remetidas ao Ministério Público para os fins de direito.16
§ 1º É fixado em 30 (trinta) dias, prorrogável por igual período, desde que solicitado e devidamente justificado, o prazo para que responsáveis pelos órgãos da Administração direta e indireta do Município prestem informações e encaminhem os documentos requisitados pela Câmara Municipal na forma desta Lei Orgânica.
12 Alterado Inciso XX do art.18, conforme Emenda à LOM nº 11/2001 13 Alterada a redação do inciso XXIII do art. 18, conforme Emenda à LOM nº 23/2010. 14 Alterada a redação da alínea “b” do inciso XXIII do art. 18, conforme Emenda à LOM nº 23/2010. 15 Incluída alínea ao inciso XXIII do art. 18, conforme Emenda à LOM 23/2010. 16 Alínea “c” passou a constar a como alínea “d”, do inciso XXIII do art. 18, conforme Emenda à LOM 23/2010.
37
§ 2º O não atendimento no prazo estipulado no parágrafo anterior faculta ao Presidente da Câmara solicitar, na conformidade da legislação vigente, a intervenção do Poder Judiciário para fazer cumprir a legislação.
Seção IV
Do Exame Público das Contas Municipais
Art. 19. As contas do Município ficarão à disposição dos cidadãos durante 60(sessenta) dias, a partir de 15(quinze) de abril de cada exercício, no horário de funcionamento da Câmara Municipal, em local de fácil acesso ao público.
§ 1º A consulta às contas municipais poderá ser feita por qualquer
cidadão, independentemente de requerimento, autorização ou despacho de qualquer autoridade.
§ 2º A consulta só poderá ser feita no recinto da Câmara Municipal e
haverá pelo menos 3 (três) cópias à disposição do público. § 3º A reclamação apresentada deverá: I – ter a identificação e a qualificação do reclamante; II – ser apresentada em 4(quatro) vias no protocolo da Câmara; III – conter elementos e provas nas quais se fundamenta o reclamante.
§ 4º As vias da reclamação apresentadas no protocolo da Câmara terão
a seguinte destinação: I – a primeira via deverá ser encaminhada pela Câmara ao Tribunal de
Contas ou órgão equivalente, mediante ofício; II – a segunda via deverá ser anexada às contas à disposição do
público pelo prazo que restar ao exame e apreciação; III – a terceira via constituir-se-á em recibo do reclamante e deverá ser
autenticada pelo servidor que a receber no protocolo; IV – a quarta via será aprovada na Câmara Municipal.
§ 5º A anexação da segunda via, de que trata o inciso II do §4º deste
artigo, independerá do despacho de qualquer autoridade e deverá ser feita no prazo de 48(quarenta e oito) horas pelo servidor que a tenha recebido no protocolo da Câmara, sob pena de suspensão, sem vencimentos, pelo prazo de 15(quinze) dias.
Art. 20. A Câmara Municipal enviará ao reclamante cópia de correspondência que encaminhou ao Tribunal de Contas ou órgão equivalente.
38
Seção V
Dos subsídios dos Agentes Políticos
Art. 21. Os subsídios do Prefeito, Vice Prefeito, dos Secretários Municipais, dos Vereadores e do Vereador Presidente da Câmara serão fixados por Lei Municipal, de iniciativa da Câmara Municipal, no último ano de cada legislatura, até 60 (sessenta) dias antes das eleições municipais, vigorando para a legislatura seguinte, observado o disposto na Constituição Federal. 17
§ 1º Para os efeitos de fixação de subsídio, o Chefe de Gabinete do Prefeito é considerado agente político com as mesmas prerrogativas de Secretário Municipal.18
§ 2º A não fixação do subsídio de qualquer dos agentes políticos
implicará na manutenção do valor referente ao mês de dezembro do último ano de legislatura, assegurada a revisão anual prevista no parágrafo único do artigo 22 desta lei. 19
Art. 22. Os subsídios dos agentes políticos mencionados no artigo
anterior serão fixados em parcela única, vedado o acréscimo de qualquer gratificação, adicional, abono, prêmio, verba de apresentação ou outra espécie remuneratória, obedecido, em qualquer caso, o disposto na Constituição Federal. 20
Parágrafo único. Os subsídios de que trata este artigo somente poderão ser alterados por lei específica, observada a iniciativa privativa da Câmara Municipal, assegurada a revisão geral anual, sempre na mesma data e sem distinção de índices em relação aos servidores públicos municipais.
Art. 23. Havendo convocação extraordinária da Câmara Municipal durante o período de recesso legislativo, os Vereadores receberão parcela indenizatória equivalente ao valor do subsídio mensal, observada a proporcionalidade com o número de dias de convocação. 21
Art. 24. Serão estabelecidos descontos no valor do subsídio dos Vereadores e do Vereador Presidente da Câmara, incidentes quando da constatação da ausência Parlamentar nas Sessões Ordinárias ou Extraordinárias e nas Reuniões da Mesa e das Comissões Permanentes ou Temporárias. 22
Art. 25. A não aprovação dos Projetos de Lei que fixam os subsídios
do Prefeito, do Vice Prefeito, dos Secretários Municipais (inclusive o chefe de Gabinete do Prefeito), dos Vereadores e/ou do Vereador Presidente da Câmara até 120 (cento e vinte) dias
17 Alterado o caput do art.21, conforme Emenda nº 07/2000 18 Incluso §1º ao art.21, conforme Emenda nº 07/2000 19 Incluso §2º ao art.21, conforme Emenda nº 07/2000 20 Alterado o caput do art.22, conforme Emenda nº 07/2000 21 Alterado o caput do art.23, conforme Emenda nº 08/2000 22 Alterado o caput do art.24, conforme Emenda nº 08/2000
39
antes das eleições municipais implicará na suspensão do pagamento do subsídio dos Vereadores e do Vereador Presidente da Câmara pelo restante do mandato. 23
Art. 26. A lei fixará critérios de indenização de despesas de viagens
do Prefeito, do Vice Prefeito e dos Secretários Municipais (inclusive o Chefe do Gabinete do Prefeito), dos Vereadores e do Vereador Presidente da Câmara. 24
Seção VI
Da Eleição da Mesa
Art. 27. Imediatamente após a posse, ainda sobre a presidência do Vereador mais votado dentre os presentes, verificada a presença da maioria absoluta dos membros da Câmara, proceder-se-á à eleição dos componentes da Mesa, que ficarão automaticamente empossados. 25
§ 1º Não havendo número suficiente para a eleição da Mesa, o
Vereador que dirigiu a sessão de instalação e posse permanecerá na presidência e convocará sessões diárias, até que seja eleita a Mesa. 26
§ 2º O mandato da Mesa será de dois anos, vedada a recondução para o
mesmo cargo na eleição imediatamente subseqüente, ainda que em outra legislatura. 27 28 § 3º A eleição para renovação da Mesa dar-se-á na última sessão
ordinária da segunda sessão legislativa de cada legislatura, considerando-se automaticamente empossados os eleitos no dia primeiro de janeiro subseqüente.29 30
§ 4º A Mesa da Câmara Municipal compõe-se de um Presidente, um
Vice-Presidente e um Secretário. 31 § 5º Qualquer componente da Mesa poderá ser destituído pelo voto da
maioria absoluta dos membros da Câmara Municipal, quando faltoso, omisso ou ineficiente no desempenho de suas atribuições, devendo o Regimento Interno da Câmara Municipal dispor sobre o processo de destituição e sobre a substituição do membro. 32
Seção VII Das Atribuições da Mesa
23 Alterado o caput do art.25, conforme Emenda nº 07/2000 24 Alterado o caput do art.26, conforme Emenda nº 07/2000 25 Alterado o caput do art.27, conforme Emenda nº 05/99 26 Alterado o §1º do art. 27, conforme Emenda nº 05/99 27 Alterado o §2º do art. 27, conforme Emenda nº 05/99 28 Alterado o §2º do art. 27, conforme Emenda nº 19/08 29 Alterado o §3º do art. 27, conforme Emenda nº 05/99 30 Alterado o §3º do art. 27, conforme Emenda nº 19/08 31 Alterado o §4º do art. 27, conforme Emenda nº 05/99 32 Alterado o §5º do art. 27, conforme Emenda nº 05/99
40
Art. 28. Compete à Mesa da Câmara Municipal, além de outras atribuições estipuladas no Regimento Interno:
I – enviar ao Prefeito Municipal, até 1º de março, as contas do exercício anterior;
II – propor ao Plenário projeto de Resolução que criem, transformem e
extingam cargos, empregos ou funções da Câmara Municipal, bem como a fixação da respectiva remuneração observadas as determinações legais;
III – declarar a perda de mandato de Vereador, de ofício ou por
provocação de qualquer dos membros da Câmara, nos casos previstos nos incisos I à VIII do Art. 46 desta Lei Orgânica, assegurada ampla defesa, nos termos do Regimento Interno;
IV – elaborar e encaminhar ao Prefeito, até o dia 15 de agosto, a
proposta parcial do orçamento da Câmara para ser incluída na proposta geral do Município, dando conhecimento de seu teor ao Plenário. 33
Parágrafo único. A Mesa decidirá sempre por maioria de seus
membros.
Seção VIII Das Sessões
Art. 29. A sessão legislativa anual desenvolve - se de 1º de fevereiro a
15 de dezembro, independentemente de convocação. 34 § 1º Revogado 35 Art. 30. As sessões da Câmara Municipal deverão ser realizadas em
recinto destinado ao seu funcionamento, considerando - se nulas as que se realizarem fora dele.
§ 1º Comprovada a possibilidade de acesso àquele recinto ou outra
causa que impeça a sua utilização, poderão ser realizadas sessões em outro local, por decisão do Presidente da Câmara.
§ 2º As sessões solenes poderão ser realizadas fora do recinto da
Câmara. Art. 31. As Sessões da Câmara serão públicas.36
33 Alterado o Inciso IV do art.28, conforme Emenda nº 04/99 34 Alterado o art. 29, conforme Emenda nº 13/2004 35 Revogado o §1º do art. 29, conforme Emenda nº 12/2003 36 Excluída expressão do art. 31, conforme Emenda nº 18/2007.
41
Art. 32. As Sessões serão abertas pelo Presidente da Câmara ou por outro membro da Mesa, com a presença mínima de um terço dos Vereadores em exercício, verificada a ausência de todos os membros da Mesa, o Vereador mais votado dentre os presentes assumirá a presença dos trabalhos, escolhendo, entre seus pares, um Secretário. 37
Parágrafo único. Considerar - se - á presente à Sessão o Vereador que
assinar o livro ou as folhas de presença até o início da ordem do dia e participar das votações. Art. 33. A convocação extraordinária da Câmara Municipal dar-se-á: I – pelo Prefeito Municipal, quando este a entender necessária; II – pelo Presidente da Câmara; III – a requerimento da maioria absoluta dos membros da Câmara. Parágrafo único. Na sessão legislativa extraordinária, a Câmara
Municipal deliberará somente sobre a matéria para qual foi convocada. Art. 34. Nas sessões ordinárias será assegurado o uso da Tribuna
Livre, nos termos da Lei.
Seção IX Das Comissões
Art. 35. A Câmara Municipal terá Comissões Permanentes e
Temporárias, constituídas na forma e com as atribuições definidas no Regimento Interno da Câmara Municipal de Joanópolis ou no ato de que resultar sua criação. 38
§ 1º Em cada comissão será assegurada, tanto quanto possível, a
representação proporcional dos partidos ou dos blocos parlamentares que participam da Câmara.
§ 2º Às comissões em razão da matéria de sua competência, cabe: 39 I - discutir e dar parecer à proposições, na forma de Regimento
Interno; II – realizar audiências públicas com entidades da sociedade civil; III – convocar secretários Municipais ou ocupantes de cargo da
mesma natureza para prestar informações sobre assuntos inerentes à suas atribuições;
37 Alterado o caput do art.32, conforme Emenda nº 09/2000 38 Alterado o caput do art.35, conforme Emenda nº 03/99 39 Alterado §2º do art. 35, conforme Emenda nº 03/99
42
IV – receber petições, reclamações, representações ou queixas de qualquer pessoa contra atos ou emissões das autoridades ou entidades públicas;
VI – apreciar programas de obras e planos, e sobre eles emitir parecer; VII – acompanhar junto à Prefeitura Municipal a elaboração da
proposta orçamentária, nem como a sua posterior execução.
Art. 36. As comissões especiais de inquérito, que terão poderes de investigação próprios de autoridade judiciais, além de outros previstos no Regimento Interno, serão criadas pela Câmara Municipal mediante requerimento de um terço de seus membros, para a apuração de fato determinado e por prazo certo, sendo suas conclusões, se for o caso, encaminhadas ao Ministério Público para que este promova a responsabilidade civil ou criminal dos infratores.
Art. 37. Qualquer entidade da sociedade civil poderá solicitar ao Presidente da Câmara que lhe permita emitir conceitos ou opiniões, junto as comissões, sobre projetos que nela se encontrem para estudo.
Parágrafo único. O Presidente da Câmara enviará o pedido ao Presidente da respectiva comissão, a quem caberá deferir ou indeferir o requerimento, indicando, se for o caso, dia e hora para pronunciamento e seu tempo de duração.
Seção X Do Presidente da Câmara Municipal
Art. 38. Compete ao Presidente da Câmara, além de outras atribuições
estipuladas no Regimento Interno: I – representar a Câmara Municipal em juízo ou fora dele; II – dirigir, executar e disciplinar os trabalhos legislativos e
administrativos da Câmara; III – interpretar e fazer cumprir o Regimento Interno; IV – promulgar as resoluções e os decretos legislativos, bem como as
leis que receberem sanção tácita e as cujo veto tenha sido rejeitada pelo Plenário e não tenham sido promulgadas pelo Prefeito Municipal;
V – fazer publicar os atos da Mesa, bem como as resoluções, os
decretos legislativos e as leis por ele promulgadas; VI – declarar extinto o mandato do Prefeito, do Vice-Prefeito e dos
Vereadores, nos casos previstos em lei;
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VII – apresentar ao Plenário, até 20 o dia (vinte) de cada mês, o balanço relativo aos recursos recebidos e as despesas realizadas no mês anterior;
VIII – requisitar o numerário destinado às despesas da Câmara; IX – exercer, em substituição, a chefia do Executivo Municipal nos
casos previstos em lei; X – designar comissões especiais nos termos regimentais, observadas
as indicações partidárias; XI – mandar prestar informações por escrito e expedir certidões
requeridas para a defesa de direitos e esclarecimentos de situações; XII – realizar audiências públicas com entidades da sociedade civil e
com membros da comunidade; XIII – administrar os serviços da Câmara Municipal, fazendo lavrar os
atos pertinentes a essa área de gestão.
Art. 39. O Presidente da Câmara, ou quem o substituir, somente manifestará o seu voto nas seguintes hipóteses:
I – na eleição da Mesa Diretora; II – quando a matéria exigir, para a sua aprovação, o voto favorável de
dois terços ou de maioria absoluta dos membros da Câmara; III – quando ocorrer empate em qualquer votação no Plenário.
Seção XI
Do Vice-Presidente da Câmara Municipal
Art. 40. Ao Vice-Presidente compete, além das atribuições contidas no Regimento Interno, as seguintes:
I – substituir o Presidente da Câmara em suas faltas, ausências,
impedimentos ou licenças; II – promulgar e fazer publicar, obrigatoriamente, as resoluções e os
decretos legislativos sempre que o Presidente, ainda que se ache em exercício, deixar de fazê-lo no prazo estabelecido;
III – promulgar e fazer publicar, obrigatoriamente, as leis quando o
Prefeito Municipal e o Presidente da Câmara, sucessivamente, tenham deixado de fazê-lo, sob a pena da perda do mandato de membro da Mesa.
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Seção XII Do Secretário da Câmara Municipal
Art. 41. Ao Secretário compete, além das atribuições contidas no
Regimento Interno, as seguintes: I – redigir a ata das reuniões da Mesa; 40 II – acompanhar e supervisionar a redação das atas das demais sessões
e proceder a sua leitura; III – fazer a chamada dos Vereadores; IV – registrar, em livro próprio, os precedentes firmados na aplicação
do Regimento Interno; V – fazer a inscrição dos oradores na pauta dos trabalhos; VI – substituir os demais membros da Mesa, quando necessário.
Seção XIII
Dos Vereadores
Subseção I Disposições Gerais
Art. 42. Os Vereadores gozam de inviolabilidade por suas opiniões,
palavras e votos no exercício do mandato e na circunscrição do Município. Art. 43. Os Vereadores não serão obrigados a testemunhar, perante a
Câmara, sobre informações recebidas ou prestadas em razão do exercício do mandato, nem sobre as pessoas que lhes confiaram ou deles receberam informações.
Art. 44. É incompatível com o decoro parlamentar, além dos casos
definidos no Regimento Interno, o abuso das prerrogativas, asseguradas aos Vereadores ou a percepção, por estes, de vantagens indevidas.
Subseção III Das Incompatibilidades
Art. 45. Os Vereadores não poderão:
I - desde a expedição do diploma:
40 Excluída expressão do inciso I do art. 41, conforme Emenda nº 18/2007.
45
a) firmar ou manter contrato com o município, suas autarquias, empresas públicas, sociedades de economia mista, fundações ou empresas concessionárias de serviços públicos municipais. (Expressão revogada) 41
b) aceitar ou exercer cargo, função ou emprego remunerado, inclusive os de que sejam demissíveis ad nutum nas entidades constantes da alínea anterior.
II - desde a posse: a) ser proprietários, controlados ou diretores de empresa que goze
de favor decorrente de contrato celebrado com o município ou nela exercer função remunerada;
b) ocupar cargo ou função de que sejam demissíveis ad nutum nas entidades referidas da alínea a do inciso I, salvo o cargo de Secretário Municipal ou equivalente;
c) patrocinar causas em que seja interessada qualquer das entidades a que se refere à alínea a do inciso I;
d) ser titulares de mais de um cargo ou mandato público eletivo.
Art. 46. Poderá o mandato o vereador: I – que infringir qualquer das proibições estabelecidas no artigo
anterior; II – cujo procedimento for declarado incompatível com o decoro
parlamentar; III – que deixar de comparecer, em cada sessão legislativa, a terça
parte das sessões ordinárias da Câmara, salvo em caso de licença ou de missão oficial autorizada;
IV – que perder ou tiver suspensos os direitos políticos; V – quando o decretar a Justiça Eleitoral, nos casos previstos na
Constituição Federal; VI – que sofrer condenação criminal em sentença transitada em
julgado; VII – que deixar de residir no Município; VIII – que deixar de tomar posse, sem motivo justificado, dentro do
prazo estabelecido nesta Lei Orgânica.
§ 1º Extingue-se o mandato, e assim será declarado pelo Presidente da Câmara, quando ocorrer falecimento ou renúncia por escrito do Vereador.
41 Expressão Revogada da alínea “a” do Inciso I do art. 45, conforme redação dada pela Emenda nº 01/96
46
§ 2º Nos casos dos incisos I, II, VI e VII deste artigo, a perda do
mandato será decidida pela Câmara, por dois terços, mediante provocação da Mesa ou do partido político representado na Câmara, assegurada ampla defesa. (Expressão Revogada) 42
§ 3º Nos casos de incisos II, IV, V e VIII, a perda do mandato será declarada pela Mesa da Câmara, de ofício ou mediante provocação de qualquer Vereador ou de partido político representado na Câmara, assegurada ampla defesa.
Subseção III Do Vereador Servidor Público
Art. 47. O exercício de vereança por servidor público dar-se-á de
acordo com as determinações da Constituição Federal. Parágrafo único. O Vereador ocupante de cargo, emprego ou função
pública municipal é inamovível de ofício pelo tempo de duração de seu mandato.
Subseção IV Das Licenças
Art. 48. O Vereador licenciar-se-á: I – por motivos de saúde ou licença gestante, devidamente
comprovados; II – para tratar de interesse particular, por prazo determinado,
desde que não seja inferior a 30 (trinta) dias ou superior a 120 (cento e vinte) dias por sessão legislativa, não podendo reassumir o exercício do mandato antes que tenha escoado o prazo de sua licença;
III – para desempenhar missões temporárias de caráter oficial,
de interesse do Município. § 1º Para fins de remuneração, considerar-se-á como em
exercício o Vereador licenciado nos termos dos incisos I e III deste artigo. O Vereador licenciado nos termos do inciso II não receberá subsídio durante o período de licença.
§ 2° O Vereador investido em cargo ou emprego em comissão
na administração pública direta ou indireta, será considerado automaticamente licenciado e não fará jus à remuneração da vereança.
§ 3º Independentemente de requerimento, considerar-se-á como
licenciado o Vereador que não compareça às sessões plenárias, quando privado de sua liberdade.(NR)43
42 Expressão Revogada do §2º do art.46, conforme redação dada pela Emenda nº 11/2001
47
Subseção V
Da Convocação dos Suplentes
Art. 49. No caso de vaga ou licença, far-se-á convocação de suplente pelo Presidente da Câmara.44
§ 1º O suplente convocado deverá tomar posse dentro do prazo de 15
(quinze) dias, salvo motivo justo aceito pela Câmara, sob pena de ser considerado renunciante.
§ 2º Ocorrendo vaga e não havendo suplente, o Presidente da Câmara
comunicará o fato, dentro de 48 (quarenta e oito) horas, ao Tribunal Regional Eleitoral. § 3 º Enquanto a vaga a que se refere o parágrafo anterior não for
preenchida, calcular-se-á o quorum em função dos Vereadores remanescentes.
Seção XIV Do Processo Legislativo
Subseção I
Disposição Geral
Art. 50. O processo legislativo municipal compreende a elaboração de:
I – emendas à Lei Orgânica Municipal; II – leis complementares; III – leis ordinárias; IV – leis delegadas ; V – decretos legislativos; VI – resoluções.
Subseção II
Das Emendas à Lei Orgânica Municipal
43 Modificada a redação do art. 48 e seus dispositivos, conforme Emenda nº 21/2009. 44 Modificada a redação do caput do art. 49, conforme Emenda nº 21/2009.
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Art. 51. A Lei Orgânica Municipal poderá ser emendada mediante proposta:
I – de um terço, no mínimo, dos membros da Câmara Municipal; II – do Prefeito Municipal; III – da iniciativa popular.
§ 1º A proposta de emenda à Lei Orgânica Municipal será discutida e
votada em dois turnos de votação e discussão, considerando - se aprovada quando obtiver, em ambos, dois terços dos votos dos membros da Câmara.
§ 2º A emenda à Lei Orgânica Municipal será promulgada pela Mesa
da Câmara Municipal com o respectivo número de ordem.
Subseção III Das Leis
Art. 52. A iniciativa das leis complementares e ordinárias cabe a
qualquer Vereador ou comissão da Câmara, ao Prefeito Municipal e aos cidadãos, na forma e nos casos previstos nesta Lei Orgânica.
Art. 53. Compete privativamente ao Prefeito Municipal a iniciativa das leis que versem sobre:
I – regime jurídico dos servidores; II – criação de cargos, empregos e funções na Administração direta e
autárquica do Município, ou aumento de sua remuneração; III – orçamento anual, diretrizes orçamentárias e plano plurianual; IV – criação, estruturação e atribuições dos órgãos da Administração
direta do Município.
Art. 54. A iniciativa popular será exercida pela apresentação, à Câmara Municipal, de projeto de lei subscrito por, no mínimo, 5%(cinco por cento) dos eleitores inscritos no Município, contendo assunto de interesse específico do Município, da cidade ou dos bairros.
§ 1º A proposta popular deverá ser articulada, exigindo - se, para seu recebimento pela Câmara, a identificação dos assinantes, mediante indicação do número de respectivo título eleitoral, bem como a certidão expedida pelo órgão eleitoral competente, contendo a informação do número total de eleitores do Município.
49
§ 2º A tramitação dos projetos de lei de iniciativa popular obedecerá às normas relativas ao processo legislativo.
§ 3º Caberá ao Regimento Interno da Câmara assegurar e dispor sobre
o modo pelo qual os projetos de iniciativa popular serão defendidos na Tribuna da Câmara. Art. 55. São objetos de leis complementares as seguintes matérias: I – código tributário municipal; II – código de obras ou de edificações; III – código de posturas; IV – código de zoneamento; V – código de parcelamento do solo; VI – plano diretor de desenvolvimento integrado; VII – regime jurídico dos servidores.
Parágrafo único. As leis complementares exigem para a sua
aprovação o voto favorável da maioria absoluta dos membros da Câmara.
Art. 56. As leis delegadas serão elaboradas pelo Prefeito Municipal que deverá solicitar a delegação à Câmara Municipal.
§ 1º Não serão objeto de delegação os atos de competência privativa
da Câmara Municipal e a legislação sobre planos plurianuais, orçamentos e diretrizes orçamentárias.
§ 2º A delegação ao Prefeito Municipal terá a forma de decreto
legislativo da Câmara Municipal, que especificará seu conteúdo e os termos de seu exercício. § 3º Se o decreto legislativo determinar a apreciação da lei delegada
pela Câmara, esta fará em votação única, vedada qualquer emenda.
Art. 57. Não será admitido aumento de despesa prevista: I – nos projetos de iniciativa popular e nos de iniciativa exclusiva do
Prefeito Municipal ressalvados, neste caso, os projetos de lei orçamentária; II – nos projetos sobre organização dos serviços administrativos da
Câmara Municipal.
50
Art. 58. O Prefeito Municipal poderá solicitar urgência para apreciação dos projetos de sua iniciativa, considerados relevantes, os quais deverão ser apreciados no prazo de 30 (trinta) dias.
§ 1º Decorrido sem deliberação, o prazo fixado no caput deste artigo o projeto será obrigatoriamente incluído na ordem do dia, para que se ultime sua votação, sobrestando-se a deliberação sobre qualquer outra matéria, exceto veto e lei orçamentários.
§ 2º O prazo referido neste artigo não corre no período de recesso da Câmara e nem se aplica aos projetos de codificação.
Art. 59. O projeto de lei aprovado pela Câmara será, no prazo de 10 (dez) dias úteis, enviado pelo seu Presidente do Prefeito Municipal que, concordando, o sancionará no prazo de 15 (quinze) dias úteis.
§ 1º Decorrido o prazo de 15 (quinze) dias úteis, o silêncio do Prefeito Municipal importará em sanção.
§ 2º Se o Prefeito considerar o projeto, no todo ou em parte, inconstitucional ou contrário ao interesse público, vetá-lo total ou parcialmente, no prazo de 15 (quinze) dias úteis, contado da data de recebimento, e comunicará, dentro de 48 (quarenta e oito) horas, ao Presidente da Câmara, os motivos do veto.
§ 3º O veto parcial somente abrangerá texto integral de artigo de parágrafo, de inciso ou de alínea.
§ 4º O veto será apreciado no prazo de 15 (quinze) dias, contados do seu recebimento, com ou sem parecer, em uma única discussão e votação.
§ 5º (Expressão Revogada) 45
§ 6º Esgotado sem deliberação o prazo previsto no §4º deste artigo, o veto será colocado na ordem do dia da sessão imediata, sobrestados as demais proposições até a sua votação final.
§ 7º Se o veto for rejeitado, o projeto será enviado ao Prefeito Municipal, 48 (quarenta e oito) horas, para promulgação.
§ 8º Se o Prefeito Municipal não promulgar a lei nos prazos previstos, e ainda no caso de sanção tácita, o Presidente da Câmara a promulgará e, se este não o fizer no prazo de 48 (quarenta e oito) horas, caberá ao Vice-Presidente obrigatoriamente fazê-lo.
§ 9º A manutenção do veto não restaura matéria suprimida ou
modificada pela Câmara.
4535 Expressão Revogada do §5º do art.59, conforme redação dada pela Emenda nº 11/2001
51
Art. 60. A matéria constante de projeto de lei rejeitado somente
poderá constituir objeto de novo projeto, na mesma sessão legislativa, mediante proposta da maioria absoluta dos membros da Câmara.
Art. 61. A resolução destina - se a regular matéria político- administrativa da Câmara, de sua competência exclusiva, não dependendo de sanção do Prefeito Municipal.
Art. 62. O decreto legislativo destina-se a regular matéria de competência exclusiva da Câmara que produza efeitos externos, não dependendo de sanção ou veto do Prefeito Municipal.
Art. 63. O processo legislativo das resoluções e dos decretos legislativos dar-se-á conforme determinado no Regimento Interno da Câmara, observado, no que couber, o disposto nesta Lei Orgânica.
CAPÍTULO III Do Poder Executivo
Seção I
Do Prefeito Municipal e do Vice-Prefeito
Art. 64. O Poder Executivo é exercido pelo Prefeito, com funções políticas, executivas e administrativas.
Art. 65. O Prefeito e o Vice - Prefeito serão eleitos simultaneamente,
para cada legislatura, por eleição direta, em sufrágio universal e secreto. Art. 66. A eleição para Prefeito e Vice - Prefeito será até 90(noventa)
dias antes do término do mandato dos que deverão sucedê-los. Art. 67. Computado o número de eleitores do Município, será
considerado eleito pelo Prefeito o Candidato registrado por partido político ou coligação partidária que:
I – obtiver maioria dos votos válidos, enquanto o Município não ultrapassar o limite de 200(duzentos) mil eleitores;
II – obtiver a maioria absoluta dos votos válidos, a partir do momento
em que o número de eleitores do Município seja superior a 200 (duzentos) mil.
§ 1º Atingindo o número de 200 (duzentos) mil eleitores no Município, se nenhum candidato alcançar maioria absoluta, proceder–se-á nova eleição em até 20 (vinte) dias após a proclamação do resultado, concorrendo os dois mais votados, considerando-se eleito àquele que obtiver a maioria dos votos válidos.
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§ 2º Se antes realizado o segundo turno, ocorrer morte, desistência ou impedimento legal do candidato, convocar-se-á, dentre os remanescentes, o de maior votação.
Art. 68. A idade eleitoral mínima dos candidatos a Prefeito e Vice-
Prefeito é de 21(vinte e um) anos.
Parágrafo único. Para concorrer a outro cargo, o Prefeito deve renunciar ao mandato até 6 (seis) meses antes do pleito.
Art. 69. São inelegíveis, no Município, o cônjuge e os parentes consangüíneos ou afins, até o segundo grau, ou por adoção, do Prefeito ou de quem tenha o substituído nos 6(seis) meses anteriores ao pleito, salvo se já titular de mandato e candidato à reeleição.
Art. 70. O Prefeito e o Vice-Prefeito tomarão posse no dia 1º de
janeiro do ano subseqüente à eleição, em sessão solene da Câmara Municipal ou, se esta não estiver reunida, perante a autoridade jurídica competente, ocasião em que prestarão o seguinte compromisso:
“Prometo cumprir a Constituição Federal, a Constituição
Estadual e a Lei Orgânica Municipal, observar as leis, promover o bem geral dos munícipes e exercer o cargo sob a inspiração da democracia, da legitimidade e da legalidade”.
§ 1º Se até o dia 10 (dez) de janeiro o Prefeito e o Vice - Prefeito,
salvo motivo de força maior devidamente comprovado e aceito pela Câmara Municipal não tiver assumido o cargo, este será declarado vago.
§ 2º Enquanto não ocorrer a posse do Prefeito, assumirá o cargo o
Vice-Prefeito, e, na falta ou impedimento deste, o Presidente da Câmara Municipal. § 3º No ato da posse e ao término do mandato, o Prefeito e o Vice-
Prefeito farão declaração público de seus bens, a qual será transcrita em livro próprio, resumidas em atas e divulgadas para o conhecimento público.
§ 4º O Vice-Prefeito, além de outras atribuições que lhe forem
conferidas pela legislação local, auxiliará o Prefeito sempre que por ele convocado para missões especiais, o substituirá nos casos de licença e o sucederá no caso de vacância do cargo.
Art. 71. Em caso de impedimento do Prefeito e do Vice-Prefeito ou
vacância dos respectivos cargos, será chamado ao exercício do cargo de Prefeito o Presidente da Câmara Municipal.
Parágrafo único. A recusa do Presidente em assumir a Prefeitura
implicará em perda do mandato que ocupa na Mesa Diretora.
53
Seção II Da Perda ou Extinção de Mandato
Art. 72. O Prefeito e o Vice-Prefeito não poderão, desde a posse, sob
pena de perda do mandato: I – firmar ou manter contrato com o Município ou com suas
autarquias, empresas públicas, sociedades de economia mista, fundações ou empresas concessionárias de serviço público municipal, salvo quando o contrato obedecer a cláusulas uniformes;
II – ser titular de mais de um mandato eletivo; III – patrocinar causas em que seja interessada qualquer das entidades
mencionadas no inciso I deste artigo; IV – ser proprietário, controlador ou diretor de empresa que goze de
favor decorrente de contrato celebrado com o Município ou nela exercer função remunerada; V – fixar residência fora do Município. Art. 73. É vedado ao Prefeito assumir outro cargo ou função na
Administração Pública direta ou indireta ressalvada a posse em virtude de concurso público, aplicando-se, nesta hipótese, o disposto no Art.38 da Constituição Federal.
Art. 74. São crimes de responsabilidade do Prefeito os previstos em
Lei Federal. Parágrafo único. O Prefeito será julgado, pela prática de crime de
responsabilidade, perante o Tribunal de Justiça do Estado. Art. 75. São infrações político-administrativas do Prefeito as previstas
em Lei Federal. Parágrafo único. O Prefeito será julgado, pela prática de infrações
político-administrativas, perante a Câmara. Art. 76. Será declarado vago, pela Câmara Municipal, o cargo de
Prefeito quando: I – ocorrer falecimento, renuncia ou condenação por crime funcional
ou eleitoral; II – deixar de tomar posse, sem motivo justo aceito pela Câmara,
dentro do prazo e 10 (dez) dias; III – infringir as normas do Art.72, desta Lei Orgânica;
54
IV – ausentar-se do Município, por prazo superior a 15 (quinze) dias,
sem licença da Câmara.
Seção III Das Licenças
Art. 77. O Prefeito não poderá ausentar-se do Município, sem licença
da Câmara Municipal, sob a pena de perda do mandato, salvo por período inferior a 15 (quinze) dias.
Art. 78. O Prefeito poderá licenciar-se quando impossibilitado de
exercer o cargo, por motivo de doença devidamente comprovada. Parágrafo único. No caso deste artigo e de ausência em missão
oficial, o Prefeito licenciado fará jus à sua remuneração integral.
Seção IV Das Atribuições do Prefeito
Art. 79. Compete privativamente ao Prefeito: I – representar o Município em juízo ou fora dele; II – exercer a direção superior da Administração Pública Municipal; III – iniciar o processo legislativo, na forma e nos casos previstos
nesta Lei Orgânica; IV – sancionar, promulgar e fazer publicar as leis aprovadas pela
Câmara e expedir decretos e regulamentos para sua fiel execução; V – vetar projetos de lei, total ou parcialmente; VI – enviar a Câmara Municipal o plano plurianual, as diretrizes
orçamentárias e o orçamento anual do Município; VII – dispor sobre a organização e o funcionamento da Administração
Municipal, na forma de lei; VIII – remeter mensagem e plano de governo á Câmara Municipal,
por ocasião da abertura da sessão legislativa, expondo a situação do Município e solicitando providências que julgar necessárias;
IX – prestar, anualmente, à Câmara Municipal, dentro do prazo legal,
as contas do Município referente ao exercício anterior;
55
X – prover e extinguir cargos, os empregos e as funções públicas municipais, na forma da lei;
XI – decretar, nos termos legais, desapropriação por necessidade ou
utilidade pública ou por interesse social; XII – celebrar convênios e consórcios com entidades públicas ou
privadas para a realização de objetivos de interesse do Município. XIII - prestar a Câmara, dentro de 15 (quinze) dias, as informações
solicitadas, podendo o prazo ser prorrogado a pedido, pela complexibilidade da matéria ou pela dificuldade de obtenção de dados solicitados;
XIV – publicar, até 30 (trinta) dias após o encerramento de cada
bimestre, relatório resumido de execução orçamentária; XV – entregar a Câmara Municipal, no prazo legal os recursos
correspondentes às suas dotações orçamentárias; XVI – solicitar o auxílio das forças policiais para garantir o
cumprimento de seus atos, bem como fazer uso da guarda municipal, na forma da lei; XVII – decretar calamidade pública quando ocorrer fatos que a
justifiquem; XVIII – convocar extraordinariamente a Câmara; XIX – fixar as tarifas de serviços públicos concedidos e permitidos,
bem como daqueles explorados pelo próprio Município, conforme critérios estabelecidos na legislação municipal;
XX – requerer a autoridade competente a prisão administrativa de
servidor público municipal omisso ou remisso na prestação de contas de dinheiro público; XXI – superintender a arrecadação dos tributos e preços, bem como a
guarda e a aplicação da receita, autorizando as despesas e os pagamentos, dentro das disponibilidades orçamentárias ou de créditos autorizados pela Câmara;
XXII – aplicar as multas previstas na legislação e nos contratos ou
convênios, bem como relevá-los quando for o caso; XXIII – realizar audiências públicas com entidades da sociedade civil
e os membros da comunidade; XXIV – resolver sobre os requerimentos, as reclamações ou as
representações que lhe forem dirigidos;
56
XXV - encaminhar resposta, dentro de 15 (quinze) dias, quanto às indicações encaminhadas pelo Poder Legislativo, podendo ser prorrogado por no máximo dez dias, a pedido, pela complexidade da matéria ou pela dificuldade de obtenção de dados solicitados. 46
XXVI – comunicar, ao Poder Legislativo, a execução de obra pública
licitada, com antecedência mínima de 20 (vinte) dias, disponibilizando, aos Vereadores, o acesso ao respectivo projeto.47
§ 1º O Prefeito Municipal poderá delegar as atribuições previstas nos incisos XII, XXI, XXII, XXIV, XXV e XXVI deste artigo. 48 49
§ 2º O Prefeito Municipal poderá, a qualquer momento, segundo seu
único critério, avocar a si a competência delegada. § 3º Na hipótese do inciso XIII deste artigo, caso as informações
requeridas se restrinjam ao encaminhamento de cópias reprográficas de documentos existentes na Prefeitura, a resposta deve ser fornecida no prazo de 3 (três) dias úteis, exceto se o número de cópias extrapolar a 100 (cem). 50
Seção V Da Transição Administrativa
Art. 80. Até 30 (trinta) dias antes das eleições municipais, o Prefeito
Municipal deverá preparar, para a entrega ao sucessor e para publicação imediata, relatório da situação da Administração Municipal que conterá, entre outras, informações atualizadas sobre:
I – dívidas do Município, por credor, com as datas de respectivos
vencimentos, inclusive das dívidas em longo prazo e encargos decorrentes de operações de crédito, informando sobre a capacidade da Administração Municipal realizar operações de crédito de qualquer natureza;
II – medidas necessárias à regularização das contas municipais perante
o Tribunal de Contas ou órgão equivalente, se for o caso; III – prestações de contas de convênios celebrados com órgãos da
União e do Estado, bem como do recebimento de subvenções ou auxílios; IV – situação de contratos com concessionárias e permissionárias de
serviços públicos;
46 Inciso XXV do Art. 79 inserido pela Emenda nº 16/2005. 47 Incluído o inciso XXVI no art. 79, pela Emenda nº 20/2008. 48 Modificado o § 1º do Art. 79 pela Emenda 16/2005. 49 Modificado o § 1º do art. 79, pela Emenda nº 20/2008 50 Incluso §3º ao Art. 79, conforme Emenda nº 15/2005.
57
V – estado de contratos de obras e serviços em execução ou apenas formalizados, informando sobre o que foi realizado e pago e o que há por executar e pagar, com prazos respectivos;
VI – transferências a serem recebidas da União e do Estado por força
de mandamento constitucional ou de convênios; VII – projetos de lei de iniciativa do Poder Executivo em curso na
Câmara Municipal, para permitir que a nova Administração decida quanto à conveniência de lhes dar prosseguimento, acelerar seu andamento ou retirá-los;
VIII – situação dos servidores do Município, seu custo, quantidade e
órgãos em que estão lotados e em exercício.
Art. 81. É vedado ao Prefeito Municipal assumir, por qualquer forma, compromissos financeiros para execução de programas ou de projetos após o término de seu mandato, não previstos na legislação orçamentária.
§ 1º O disposto neste artigo não se aplica nos casos comprovados de
calamidade pública. § 2º Serão nulos e não produzirão nenhum efeito os empenhos e atos
praticados em desacordo neste artigo, sem prejuízo de responsabilidade do Prefeito Municipal.
Seção VI Dos Auxiliares Diretos do Prefeito Municipal
Art. 82. O Prefeito Municipal, por intermédio de ato administrativo,
estabelecerá as atribuições dos seus auxiliares direto, definindo - lhe competências, deveres e responsabilidades.
Art. 83. Os auxiliares diretos do Prefeito Municipal são
solidariamente responsáveis, junto com este, pelos atos que assinarem, ordenarem ou praticarem.
Art. 84. Os auxiliares diretos do Prefeito Municipal deverão fazer
declaração pública de seus bens no ato de sua posse em cargo ou função pública municipal e quando de sua exoneração. 51
§ 1º Para os efeitos desta lei, entende - se por auxiliares diretos do
Prefeito Municipal todos os ocupantes de emprego de comissão na Prefeitura Municipal de Joanópolis. 52
51 Alterado art.84, conforme Emenda nº 03/97 52 Incluso §1º ao art. 84, conforme Emenda nº 03/97
58
§ 2º Os empregados da Prefeitura Municipal que se encontrem na situação descrita neste artigo à data de sua publicação deverão, se já não o fizeram, providenciar declarações de bens no prazo de até dez dias. 53
Seção VII Da Consulta Popular
Art. 85. O Prefeito Municipal poderá realizar consultas populares para
decidir sobre assuntos de interesse específico do Município, de bairro ou de distrito, cujas medidas deverão ser tomadas diretamente pela Administração Municipal.
Art. 86. A consulta popular poderá ser realizada sempre que a maioria absoluta dos membros da Câmara ou pelo menos 5%(cinco por cento) do eleitorado inscrito no Município, com a identificação do título eleitoral, apresentarem proposição neste sentido.
Art. 87. A votação será organizada pelo Poder Executivo no prazo de 2(dois) meses após a apresentação da proposição, adotando - se a cédula oficial que conterá as palavras SIM ou NÃO, indicando, respectivamente, aprovação ou rejeição da proposição.
§ 1º A proposição será considerada aprovada se o resultado lhe tiver sido favorável pelo voto da maioria dos eleitores que comparecerem ás urnas, em manifestação a que se tenham apresentado pelo menos 50%(cinqüenta por cento) da totalidade dos eleitores do Município.
§ 2º Serão realizadas no máximo 2(duas) consultas por ano. § 3º É vedada a realização de consulta popular nos 4 (quatro) meses
que antecederem as eleições para qualquer nível de Governo.
Art. 88. O Prefeito Municipal proclamará o resultado da consulta popular, que será considerada como decisão sobre a questão proposta, devendo o Governo Municipal, quando couber, adotar as providências legais para sua consecução.
TÍTULO V Da Administração Municipal
Capítulo I Disposições Gerais
Art. 89. A Administração Pública direta, indireta ou fundacional do
Município obedecerá, no que couber o disposto no Capítulo VII do Título III da Constituição Federal e nesta Lei Orgânica.
Art. 90. Os planos de cargos e carreiras do serviço público municipal
serão elaborados de forma a assegurar aos servidores municipais remuneração compatível
53 Incluso §2º ao art. 84, conforme Emenda nº 03/97
59
com o mercado de trabalho para a função respectiva, oportunidade de progresso funcional e acesso a cargos de escalão superior.
§ 1º O Município proporcionará aos servidores oportunidades de
crescimento profissional através de programas de formação de mão - de - obra, aperfeiçoamento a reciclagem.
§ 2º Os programas mencionados no parágrafo anterior terão caráter
permanente. Para tanto, o Município poderá manter convênios com instituições especialistas especializadas.
Art. 91. O Prefeito Municipal, ao prover os cargos em comissão e as
funções de confiança, deverá fazê-lo de forma a assegurar que pelo menos 50%(cinqüenta por cento) destes cargos sejam ocupados por servidor de carreira técnica ou profissional do próprio Município.
Art. 92. Um percentual não inferior a 1% (um por cento) dos cargos e
empregos do Município serão destinados a pessoas portadoras de deficiências físicas, devendo os critérios para o seu preenchimento serem definidos em Lei Municipal.
Art. 93. É vedada a conversão de férias ou licenças em dinheiro,
ressalvadas a absoluta necessidade do serviço e demais casos previstos na Legislação Federal. Art. 94. O Município assegurará, dentro de suas possibilidades, a seus
servidores e dependentes, na forma da Lei Municipal, serviço de atendimento médico, odontológico e assistência social.
Parágrafo único. Os serviços referidos neste artigo são extensivos aos
aposentados e aos pensionistas do Município. Art. 95. O Município poderá instituir contribuição, cobrada de seus
servidores, para custeio, em benefício destes, de sistemas de previdência e assistência social. Art. 96. Os concursos públicos para preenchimentos de cargos,
empregos ou funções da Administração Municipal não poderão ser realizados antes de decorridos 30 (trinta) dias de encerramento das inscrições, as quais deverão estar abertas por pelo menos 15 (quinze) dias.
Art. 97. O Município, suas entidades da Administração indireta e
fundacional, bem como as concessionárias e as permissionárias de serviços públicos, responderão pelos danos que seus agentes, nesta qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa.
CAPÍTULO II Dos Atos Municipais
Seção I
60
Da Publicidade dos Atos Municipais
Art. 98. A publicação das leis e atos municipais far-se-á em órgão da imprensa local ou regional por afixação na sede da Prefeitura ou Câmara Municipal, conforme o caso.
§ 1º A escolha do órgão de imprensa para a divulgação das leis e atos
administrativos far-se-á através de licitação, em que se levarão em conta não só as condições de preço, como as circunstâncias de freqüência, horário, tiragem a distribuição.
§ 2º Nenhum ato produzirá efeito antes de sua publicação. § 3º A publicação dos atos não normativos, pela imprensa, poderá ser
resumida. Art. 99. O Prefeito fará publicar: I – diariamente, por edital, o movimento de caixa do dia anterior; II – mensalmente, o balancete resumido da receita e da despesa; III – mensalmente, os montantes de cada um dos tributos arrecadados
e os recursos recebidos; IV – anualmente, até 15 (quinze) de março, pelo órgão oficial do
Estado, as contas de administração, constituídas do balanço financeiro, do balanço patrimonial, do balanço orçamentário e demonstração das variações patrimoniais, em forma de sintética.
Seção II
Dos Livros Art. 100. O Município manterá os livros que forem necessários ao
registro de seus serviços. § 1º Os livros serão abertos, rubricados e encerrados pelo Prefeito ou
pelo Presidente da Câmara, conforme o caso, ou por funcionário designado para tal fim. § 2º Os livros referidos neste artigo poderão ser substituídos por fichas
ou outro sistema, convenientemente autenticados.
Seção III Dos Atos Administrativos
Art. 101. Os atos administrativos de competência do Prefeito devem
ser expedidos com obediência ás seguintes normas:
61
I – decreto, numerado em ordem cronológica, nos seguintes casos:
a) regulamentação de lei; b) instituição, modificação ou extinção de atribuições não constantes
de lei; c) regulamentação interna dos órgãos que forem criados na
administração municipal; d) abertura de créditos especiais e suplementares, até o limite
autorizado por lei, assim como de créditos extraordinários; e) declaração de utilidade pública ou necessidade social para fins de
desapropriação ou de servidão administrativa; f) aprovação de regulamento ou de regimento das entidades que
compõem a administração municipal; g) permissão de uso de bens municipais; h) medidas executórias do Plano Diretor de Desenvolvimento
Integrado; i) normas de efeitos externos, não privativos da lei; j) fixação e alteração de preços. II – portaria, nos seguintes casos; a) provimento e vacância de cargos públicos e demais atos de
efeitos individuais; b) lotação e relotação nos quadros de pessoal; c) abertura de sindicância e processos administrativos, aplicação de
penalidades e demais atos individuais de efeitos internos; d) outros casos determinados em lei ou decreto.
III – contrato nos seguintes casos: a) admissão de servidores para serviços de caráter temporário,
visando atender a necessidade emergente de excepcional interesse público, nos termos da lei; b) execução de obras e serviços municipais, nos termos da lei. § 1º Os atos constantes dos itens II e II, deste artigo, poderão ser
delegados. § 2º A contratação feita pelo Poder Executivo nos termos do inciso III,
letra “a”, deve ser comunicada à Câmara Municipal no prazo de 15 (quinze) dias.
Seção IV Das Proibições
Art. 102. O Prefeito, o Vice-Prefeito, os Vereadores e os servidores
municipais, bem como as pessoas ligadas a qualquer deles por matrimônio ou parentesco, afim ou consangüíneo, até o segundo grau, ou por adoção, não poderão contratar com o Município, subsistindo a proibição de até 6 (seis) meses após findas as respectivas funções.
62
Parágrafo único. Não se incluem nesta proibição os contratos cujas
cláusulas e condições sejam uniformes para todos os interessados.
Art. 103. As pessoas jurídicas em débito com o sistema de seguridade social, como estabelecido em Lei Federal, não poderão contratar com o Poder Público Municipal nem dele receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios.
Seção V Das Certidões
Art. 104. A Prefeitura e a Câmara são obrigadas a fornecer qualquer
interessado, no prazo de no máximo 15 (quinze) dias, certidões dos atos, contratos e decisões, desde que referidas para fim de direito determinado, sob pena de responsabilidade da autoridade ou servidor que negar ou retardar a sua expedição. No mesmo prazo deverão atender às requisições judiciais se outro não for fixado pelo juiz.
Parágrafo único. As certidões relativas ao Poder Executivo serão fornecidas pelo Prefeito, Secretário ou Diretor da administração da Prefeitura, exceto as declaratórias de efetivo exercício do Prefeito, que serão fornecidas pela Presidência da Câmara.
CAPÍTULO III Dos Tributos Municipais
Art. 105. Compete ao Município instituir os seguintes tributos: I – impostos sobre: a) propriedades predial e territorial urbana; b)transmissão “inter vivos”, a qualquer título, por ato oneroso, de bens
imóveis, por natureza ou cessão física, e de direitos reais sobre imóveis, exceto os de garantia, bem como direitos a sua aquisição;
c) vendas à varejo e combustíveis líquidos e gasosos, exceto óleo diesel;
d) serviços de qualquer natureza, definidos em lei complementar. II – taxas, em razão do exercício do poder de polícia ou pela
utilização, efetiva ou potencial, de serviços públicos específicos ou divisíveis, prestados ao contribuinte ou postos a sua disposição;
III – contribuição de melhoria, decorrente de obras públicas.
Art. 106. A Administração tributária é atividade vinculada, essencial
ao Município e deverá estar dotada de recursos humanos e materiais necessários ao fiel exercício ou de suas atribuições, principalmente no que se refere a:
63
I – cadastramento dos contribuintes e das atividades econômicas; II – lançamento dos tributos; III – fiscalização do cumprimento das obrigações tributárias; IV – inscrições dos inadimplentes em dívida ativa e respectiva
cobrança amigável ou encaminhamento para cobrança judicial.
Art. 107. O Município poderá criar colegiado constituído partidariamente por servidores designados pelo Prefeito Municipal e contribuintes indicados por entidades representativas de categorias econômicas e profissionais, com atribuição de decidir, em grau de recurso, as reclamações sobre lançamentos e demais questões tributárias.
Parágrafo único. Enquanto não for criado o órgão previsto neste artigo, os recursos serão decididos pelo Prefeito Municipal.
Art. 108. O Prefeito Municipal promoverá, periodicamente, a atualização da base de cálculo dos tributos municipais.
§ 1º A base de cálculo do imposto predial e territorial urbano – IPTU,
será atualizada anualmente, antes do término do exercício, podendo para tanto ser criada comissão da qual participarão, além dos servidores do Município, representantes dos contribuintes, de acordo com decreto do Prefeito Municipal.
§ 2º A atualização da base de cálculo do imposto municipal sobre
serviços de qualquer natureza, cobrado de autônomos e sociedades civis, obedecerá aos índices oficiais de atualização monetária e poderá ser realizada mensalmente.
§ 3º A atualização da base de cálculo das taxas decorrentes do
exercício do poder de polícia municipal obedecerá aos índices oficiais de atualização monetária e poderá ser realizada mensalmente.
§ 4º A atualização de base do cálculo das taxas de serviços levará em
consideração a variação de custos dos serviços prestados ao contribuinte ou colocados a sua disposição, observados os seguintes critérios:
I – quando a variação de custos for interior ou igual aos índices
oficiais de atualização monetária, poderá ser realizada mensalmente; II – quando a variação de custos for superior aqueles índices, a
atualização poderá ser feita mensalmente até este limite, ficando o percentual restante para ser atualizado por meio de lei que deverá estar em vigor antes do início do exercício subseqüente;
Art. 109. A concessão de isenção e de anistia de tributos municipais dependerá de autorização legislativa, aprovada por maioria de dois terços dos membros da Câmara Municipal.
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Art. 110. A remissão de créditos tributários somente poderá ocorrer
nos casos de calamidade pública ou notória pobreza do contribuinte, devendo a lei que autorize a ser aprovada por maioria de dois terços dos membros da Câmara Municipal.
Art. 111. A concessão de isenção, anistia ou moratória não gera direito adquirido e será revogada de ofício sempre que se apure que o beneficiário não satisfazia ou deixou de satisfazer as condições, não cumpria ou deixou de cumprir os requisitos para a concessão.
Art. 112. É de responsabilidade do órgão competente da Prefeitura Municipal a inscrição em dívida ativa dos créditos provenientes de impostos, taxas, contribuição de melhoria e multas de qualquer natureza, decorrentes de infrações à legislação ou por decisão preferida em processo regular de fiscalização.
Art. 113. Ocorrendo a decadência do direito de constituir o crédito tributário ou a prescrição da ação de cobrá-lo, abrir-se-á inquérito administrativo para apurar as responsabilidades, na forma da lei.
Parágrafo único. A autoridade municipal, qualquer que seja o cargo, emprego ou função e independentemente do vínculo que possuir com o Município responderá civil, criminal e administrativamente pela prescrição ou decadência ocorrida sob sua responsabilidade, cumprindo - lhe indenizar o Município do valor dos créditos prescritos ou não lançados.
CAPÍTULO IV
Dos Preços Públicos
Art. 114. Para obter o ressarcimento da prestação de serviços de natureza comercial ou industrial ou de sua atuação na organização e exploração de atividades econômicas, o Município poderá cobrar preços públicos.
Parágrafo único. Os preços devidos pela utilização de bens e serviços municipais deverão ser fixados de modo a cobrir os custos dos respectivos serviços a serem reajustados quando se tornarem deficitários.
Art. 115. Lei Municipal estabelecerá outros critérios para a fixação de preços públicos.
CAPÍTULO V Dos Orçamentos
Art. 116. Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão: I – o plano plurianual; II – as diretrizes orçamentárias; III – os orçamentos anuais.
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§ 1º O plano plurianual compreenderá: I – diretrizes, objetivos e metas para ações municipais de execução
plurianual; II – investimentos da execução plurianual; III – gastos com a execução de programas de duração continuada. § 2º As diretrizes orçamentárias compreenderão: I – as propriedades da Administração Pública Municipal, quer de
órgãos da Administração direta, quer da Administração indireta, com as respectivas metas, incluindo a despesa de capital para o exercício financeiro subseqüente;
II – orientações para a elaboração da lei orçamentária anual; III – alterações na legislação tributária; IV – autorização para a concessão de qualquer vantagem ou aumento
de remuneração, criação de cargos ou alterações de estrutura de carreiras, bem como a demissão de pessoal a qualquer título, pelas unidades governamentais da Administração direta ou indireta, inclusive a fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público Municipal, ressalvadas em empresas públicas e as sociedades de economia mista.
§ 3º O orçamento anual compreenderá: I – o orçamento fiscal da Administração indireta municipal, incluindo
os fundos especiais; II – os orçamentos das entidades de Administração indireta, inclusive
das fundações instituídas pelo Poder Público Municipal; III – o orçamento de investimentos das empresas em que o Município,
direta ou indiretamente, detenha a maioria do capital social com direito a voto; IV – o orçamento da seguridade social, abrangendo todas as entidades
e órgãos a ela vinculadas, da Administração direta ou indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo Pode Público Municipal, ressalvadas as empresas públicas e as sociedades de economia mistas.
Art. 117. Os planos e programas municipais de execução plurianual
ou anual serão elaborados em consonância com o plano plurianual e com as diretrizes orçamentárias, respectivamente, e apreciados pela Câmara Municipal.
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Art. 117-A. Os Projetos propondo modificações no PPA, na LDO e/ou na LOA, deverão ser encaminhados à Câmara com indicação expressa de cada um dos tópicos dos anexos atingidos pela proposta, bem como a demonstração comparativa entre a situação vigente e a modificação pretendida.54
Art. 118. Os orçamentos previstos no §3º do Art. 116 serão
compatibilizados com o plano plurianual e as diretrizes orçamentárias, evidenciando os programas e políticas do Governo Municipal.
Seção II
Das Vedações Orçamentárias
Art. 119. São vedados: I – a inclusão de dispositivos estranhos à previsão da receita e a
fixação da despesa, excluindo - se as autorizações para abertura de créditos adicionais suplementares e contratações de crédito de qualquer natureza e objetivo;
II – o início de programas ou projetos não incluídos no orçamento
anual; III – a realização de despesas ou a assunção de obrigações diretas que
excedam os créditos orçamentários originais ou adicionais; IV – a realização de operações de crédito que excedam o montante das
despesas de capital, ressalvadas as autorizadas mediante créditos suplementares ou especiais, aprovados pela Câmara Municipal por maioria absoluta;
V – a vinculação de receita de impostos a órgãos ou fundos especiais,
ressalvadas a que se destine à prestação de garantia às operações de crédito por antecipação de receita;
VI – a abertura de créditos adicionais suplementares ou especiais sem
prévia autorização legislativa e sem indicação dos recursos correspondentes; VII – a concessão ou utilização de créditos ilimitados; VIII – a utilização, sem autorização legislativa específica, de recursos
do orçamento fiscal e da seguridade social para suprir necessidade ou cobrir déficit de empresas, fundações e fundos especiais;
IX – a instituição de fundos especiais de qualquer natureza, sem prévia
autorização legislativa.
54 Incluído art. 117-A, conforme Emenda à LOM nº 22/2010.
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§ 1º Os créditos adicionais especiais e extraordinários terão vigência no exercício financeiro que forem autorizados, salvo se o ato de autorização for promulgado nos últimos 4 (quatro) meses daquele exercício, caso em que, reaberto no limite de seus saldos, serão incorporados ao orçamento do exercício financeiro subseqüente.
§ 2º A abertura de crédito extraordinário somente será admitido para
atender as despesas imprevisíveis e urgentes, como as decorrentes de calamidade pública.
Seção III Das Emendas aos Projetos Orçamentários
Art. 120. Os projetos de lei relativos ao plano plurianual, às diretrizes
orçamentárias, ao orçamento anual e aos créditos adicionais suplementares e especiais serão apreciados pela Câmara Municipal, na forma de Regimento Interno.
§ 1º Caberá a comissão da Câmara Municipal: I – examinar e emitir parecer sobre os projetos de plano plurianual
diretrizes orçamentárias e orçamento anual e sobre as contas do Município apresentadas anualmente pelo Prefeito;
II – examinar e emitir parecer sobre os planos e programas
municipais, acompanhar e fiscalizar as operações resultantes ou não de execução do orçamento, sem prejuízo das demais comissões criadas pela Câmara Municipal.
§ 2º As emendas serão apresentadas na comissão de orçamento e finanças, que sobre elas emitirá parecer, e apreciadas, na forma de Regimento Interno, pelo Plenário da Câmara Municipal.
§ 3º As emendas ao projeto de lei do orçamento anual ou aos projetos
que modifiquem somente poderão ser aprovados caso: I – sejam compatíveis com o plano plurianual e com a lei de diretrizes
orçamentárias; II – indiquem os recursos necessários, admitidos apenas os
provenientes de anulação de despesas, excluídas as que indicam sobre: a) dotações para pessoal e encargos; b) serviço da dívida; c) transferências tributárias para autarquias e fundações instituídas
e mantidas pelo Poder Público Municipal; III – sejam relacionadas: a) à correção dos erros ou emissões; b) aos dispositivos do texto do projeto de lei.
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§ 4º As emendas ao projeto de lei de diretrizes orçamentárias não
poderão ser aprovadas quando incompatíveis com o plano plurianual. § 5º O Prefeito Municipal poderá enviar mensagem à Câmara
Municipal para propor modificação nos projetos a que se refere este artigo enquanto não emitido a parecer pela comissão de orçamento e finanças, da parte cuja alteração será proposta.
§ 6º Os projetos de lei do Plano Plurianual, de Diretrizes
Orçamentárias e Orçamento Anual, serão enviados à Câmara Municipal pelo Poder Executivo, observando os seguintes prazos: 55
I - O Projeto do Plano Plurianual deverá ser enviado à Câmara
pelo Poder Executivo até o dia 31 de agosto do primeiro ano do mandato executivo; II - O Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias deverá ser
enviado à Câmara pelo Poder Executivo até o dia 30 de abril de cada ano. III - O Projeto de Lei do Orçamento Anual deverá ser enviado à
Câmara pelo Poder Executivo até o dia 30 de setembro de cada ano. § 7º Aplicam - se aos projetos referidos neste artigo, no que não
contrariar o disposto nesta seção, as demais normas relativas ao processo legislativo. § 8º Os recursos, que em decorrência de veto, emenda ou rejeição do
projeto de lei orçamentária anual ficarem sem despesas correspondentes, poderão ser utilizados, conforme o caso, mediante abertura de créditos adicionais suplementares ou especiais com prévia e específica autorização legislativa.
Seção IV Da Execução Orçamentária
Art. 121. A execução do orçamento do Município refletir-se-á na
obtenção de suas receitas próprias, transferidas e outras, bem como na utilização das dotações consignadas ás despesas para a execução dos programas neles determinados, observado sempre o princípio do equilíbrio.
Art. 122. O Prefeito Municipal fará publicar até 30(trinta) dias após o encerramento de cada bimestre, relatório resumido da execução orçamentária.
Art. 123. As alterações orçamentárias durante o exercício representar-se-ão:
55 Alterado o § 6º do art. 120 e inclusos incisos I, II e III, conforme Emenda à LOM nº 17/2006.
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I – pelos créditos adicionais, suplementares, especiais e extra - ordinários;
II – pelos remanejamentos, transferências e transposições de recursos
de uma categoria de programação para outra.
Parágrafo único. O remanejamento, a transferência e a transposição somente realizar-se-ão quando autorizados em lei específica que contenha a justificativa.
Art. 124. Na efetivação dos empenhos sobre as dotações fixadas para cada despesa será emitido documento Nota de Empenho, que conterá as características já determinadas nas normas gerais de Direito Financeiro.
§ 1º Fica dispensada a emissão da Nota de Empenho nos seguintes casos:
I – despesas relativas a pessoal e seus encargos; II – contribuições para o PASEP; III – amortização, juros e serviços de empréstimos e financiamentos
obtidos; IV – despesas relativas a consumo de água, energia elétrica, utilização
dos serviços de telefones, postais e telegráficos e outros que vierem a ser definidos por atos normativos próprios.
§ 2º Nos casos previstos no parágrafo anterior, os empenhos e os
procedimentos de contabilidade terão a base legal dos próprios documentos que originem o empenho.
Seção V Da Gestão da Tesouraria
Art. 125. As receitas e as despesas orçamentárias serão movimentadas
através de caixa único, regularmente instituídas.
Parágrafo único. A Câmara Municipal poderá ter sua própria tesouraria, por onde movimentará os recursos que lhe forem liberados.
Art. 126. As disponibilidades de caixa do Município e de suas entidades de Administração indireta, inclusive dos fundos especiais e fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público Municipal, serão depositadas em instituições financeiras.
Parágrafo único. As arrecadações das receitas próprias do Município e de suas entidades de Administração indireta poderão ser feitas através da rede bancária mediante convênio.
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Art. 127. Poderá ser constituído regime de adiantamento em cada uma
das unidades da Administração direta, nas autarquias, nas fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público Municipal e na Câmara Municipal para ocorrer ás despesas miúdas de pronto pagamento definidas em lei.
Seção VI Da Organização Contábil
Art. 128. A contabilidade do Município obedecerá, na organização de
seu sistema administrativo e informativo e nos seus procedimentos, aos princípios fundamentais de contabilidade e às normas estabelecidos na legislação pertinente.
Art. 129. A Câmara Municipal poderá ter a sua própria contabilidade.
Parágrafo único. A contabilidade da Câmara Municipal encaminhará
as suas demonstrações até o dia (quinze) de cada mês, para fins de incorporação á contabilidade central da Prefeitura.
Seção VII Das Contas Municipais
Art. 130. Até 60 (sessenta) dias após o início da sessão legislativa de
cada ano, o Prefeito Municipal encaminhará ao Tribunal de Contas do Estado ou órgão equivalente as contas do Município, que se comporão de:
I – demonstrações contábeis, orçamentárias e financeiras de
Administração direta e indireta, inclusive os fundos especiais e das fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público;
II – demonstrações contábeis, orçamentárias e financeiras
consolidadas dos órgãos da Administração direta e dos fundos especiais, das fundações e das autarquias, instituídos e mantidos pelo Poder Público Municipal;
III – demonstrações contábeis, orçamentárias e financeiras
consolidadas das empresas municipais; IV – notas explicativas às demonstrações de que trata este artigo; V – relatório circunstanciado da gestão de recursos públicos
municipais no exercício demonstrado.
Seção VIII Da Prestação e Tomada de Contas
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Art. 131. São sujeitos à tomada ou prestações de contas os agentes da Administração Municipal responsáveis por bens e valores pertencentes ou confiados à fazenda Pública Municipal.
§ 1º O tesoureiro do Município ou servidor que exerça a função, fica obrigado á apresentação de boletim diário de tesouraria, que será afixado em local próprio na sede da Prefeitura Municipal.
§ 2º Os demais agentes municipais apresentarão as suas respectivas
prestações de contas até 15(quinze) do mês subseqüente àquele em que o valor tenha sido recebido.
Seção IX Do Controle Integrado
Art. 132. Os Poderes Executivo e Legislativo manterão, der forma
integrada, um sistema de controle interno, apoiado nas informações contábeis, com objetivo de:
I – avaliar o cumprimento das metas previstas no plano plurianual e a
execução dos programas do Governo Municipal; II – comprovar a legalidade e avaliar os resultados, quando a eficácia e
eficiência, da gestão orçamentária, financeira e patrimonial nas entidades da Administração Municipal bem como a aplicação de recursos públicos municipais por entidades de direito privado;
III – exercer o controle dos empréstimos e dos financiamentos, avais e
garantias, bem como dos direitos e haveres do Município.
CAPÍTULO VI Da Administração dos Bens Patrimoniais
Art. 133. Compete ao Prefeito Municipal a administração dos bens
municipais, respeitada a competência da Câmara quanto àqueles empregados nos serviços desta.
Art. 134. A alienação dos bens municipais se fará de conformidade e
legislação pertinente. Art. 135. A aquisição de bens pelo Poder Público Municipal, será
precedida de processo licitatório, observando - se as legislações federal e estadual pertinentes. Art. 136. A afetação e a desafetação de bens municipais dependerá de
lei.
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Parágrafo único. As áreas transferidas ao Município em decorrência da aprovação de loteamentos serão consideradas bens dominais enquanto não se efetivarem benfeitorias que lhe dêem outra destinação.
Art. 137. O uso de bens municipais por terceiros poderá ser feito
mediante concessão, permissão ou autorização, conforme o interesse público a exigir. Parágrafo único. O Município poderá ceder seus bens a outros entes
públicos, inclusive os da Administração indireta, desde que atendido o interesse público.
Art. 138. O Município poderá ceder a particulares, para serviços de caráter transitório, conforme regulamentação a ser expedida pelo Prefeito Municipal, máquinas e operadores da Prefeitura, desde que os serviços da municipalidade não sofram prejuízo e o interessado recolha, previamente, a remuneração arbitrada e assine termo de responsabilidade pela conservação e devolução dos bens cedidos.
Art. 139. A concessão administrativa dos bens municipais de uso
especial e dominial dependerá de lei e de licitação e far-se-á mediante contrato por prazo determinado, sob pena de nulidade do ato.
§ 1º A licitação poderá ser dispensada nos casos permitidos na
legislação aplicável. § 2º A permissão, que poderá incidir sobre qualquer bem público será
feita mediante licitação, a título precário e por decreto. § 3º A autorização que poderá incidir sobre qualquer bem público, será
feita por portaria, para atividades ou usos específicos e transitórios. Art. 140. Nenhum servidor será dispensado, transferido ou exonerado,
ou terá aceitado seu pedido de exoneração ou rescisão sem que o órgão responsável pelo controle de bens patrimoniais da Prefeitura ou da Câmara ateste que o mesmo devolveu os bens móveis do Município que estavam sob sua guarda.
Art. 141. O órgão competente do Município será obrigado,
independentemente de despacho de qualquer autoridade, a abrir inquérito e a propor, se for o caso, a competente ação civil e comunicar a autoridade competente a infração penal, contra qualquer servidor, sempre que forem apresentadas denúncias contra o extravio ou danos de bens municipais.
Art. 142. O Município, preferentemente à venda ou à doação de bens
imóveis, concederá direito real de uso, mediante concorrência. Parágrafo único. A concorrência poderá ser dispensada quando o uso
se destinar a concessionário de serviço público, a entidades assistenciais, ou verificar-se relevante interesse público na concessão, devidamente justificado.
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CAPÍTULO VII Das Obras e Serviços Públicos
Art. 143. É de responsabilidade do Município, mediante licitação e de
conformidade com os interesses e as necessidades da população, prestar serviços públicos, diretamente ou sob o regime de concessão ou permissão, bem como realizar obras públicas, podendo contratá-las com particulares através de processo licitatório.
Art. 144. As licitações realizadas pelo Município para execução de obras e serviços públicos, serão procedidas com observância das legislações federal e estadual pertinentes.
Art. 145. Nenhuma obra pública salvo os casos de extrema urgência devidamente justificados, será realizada sem que conste:
I – o respectivo projeto; II – o orçamento do seu custo; III – a indicação de recursos financeiros para o atendimento das
respectivas despesas; IV – a viabilidade do empreendimento, sua conveniência e
oportunidade para o interesse público; V – os prazos para seu início e término. Parágrafo único. O Poder Executivo deverá comunicar à Câmara
Municipal, com antecedência mínima de 20 (vinte) dias, a execução de obra pública licitada, disponibilizando, aos Vereadores, o acesso ao respectivo projeto.56
Art. 146. A concessão ou permissão de serviços públicos somente será efetivada com a autorização da Câmara Municipal e mediante contrato, precedido de licitação.
§ 1º Serão nulas de pleno direito as concessões e as permissões, bem
como qualquer autorização para a exploração de serviço público, feitas em desacordo ao estabelecido neste artigo.
§ 2º Os serviços concedidos ou permitidos ficarão sujeitos à
regulamentação e à fiscalização da Administração Municipal, cabendo ao Prefeito Municipal aprovar as tarifas respectivas.
56 Incluído o parágrafo único no art. 145, conforme Emenda nº 20/2008
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Art. 147. Os usuários estarão representados nas entidades prestadoras de serviço público na forma que dispuser a legislação municipal, assegurando - se sua participação em decisões relativas a:
I – planos e programas de expansão dos serviços; II – revisão da base de cálculo dos custos operacionais; III – política tarifária; IV – nível de atendimento da população em termos de quantidade e
qualidade; V – mecanismo para atenção de pedidos e reclamações dos usuários,
inclusive para apuração de danos causados a terceiros. Parágrafo único. Em se tratando de empresas concessionárias ou
permissionárias de serviços públicos, a obrigatoriedade mencionada neste artigo deverá constar do contrato de concessão ou permissão.
Art. 148. As entidades prestadoras de serviços públicos são obrigadas,
pelo menos uma vez no ano, a dar divulgação de suas atividades, informando, em especial, sobre os planos de expansão, aplicação de recursos financeiros e a realização de programas de trabalho.
Art. 149. Nos contratos de concessão ou permissão de serviços
públicos estabelecer-se-ão, entre outros: I – os direitos dos usuários, inclusive as hipóteses de gratuidade; II – as regras para a remuneração do capital é para garantir o equilíbrio
econômico e financeiro do contrato; III – as normas que possam comprovar eficiência no atendimento do
interesse público, bem como permitir a fiscalização pelo Município, de modo a manter o serviço contínuo, adequado e acessível;
IV – as regras para orientar a revisão periódica das bases de cálculo
dos custos operacionais e da remuneração do capital, ainda que estipulada em contrato anterior;
V – a remuneração dos serviços prestados aos usuários diretos, assim
como a possibilidade de cobertura dos custos por cobranças a outros agentes beneficiados pela existência de serviços;
VI - as condições de prorrogação, caducidade, rescisão e reversão da
concessão ou permissão.
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Parágrafo único. Na concessão ou permissão de serviços públicos, o
Município reprimirá qualquer forma de abuso do poder econômico, principalmente as que visem à dominação do mercado, à exploração monopolista e ao aumento abusivo dos lucros.
Art. 150. O Município poderá revogar a concessão ou permissão dos
serviços que forem executados em desconformidade ao contrato ou ato pertinente, bem como daqueles que se revelarem manifestamente insatisfatórios para os atendimentos dos usuários.
Art. 151. As licitações para a concessão ou a permissão de serviços
públicos deverão ser precedidas de ampla publicidade. Art. 152. As tarifas dos serviços públicos prestados diretamente pelo
Município ou por órgãos de sua administração descentralizada serão fixadas pelo Prefeito Municipal, cabendo à Câmara Municipal, definir os serviços que serão remunerados pelo custo, acima do custo e abaixo do custo, tendo em vista seu interesse econômico e social.
Parágrafo único. Na formação do custo dos serviços de natureza
industrial computar-se-ão, além das despesas operacionais e administrativas, as reservas para depreciação e reposição dos equipamentos e instalações, bem como previsão para expansão de serviços.
Art. 153. O Município poderá consorciar - se com outros municípios para a realização de obras ou prestações de serviços públicos de interesse comum.
Parágrafo único. O Município deverá propiciar meios para criação,
nos consórcios, de órgão consultivo constituído por cidadãos não pertencentes ao serviço público municipal.
Art. 154. Ao Município é facultado conveniar com a União ou com o
Estado a prestação de serviços públicos de sua competência privativa, quando lhe faltarem recursos técnicos e financeiros para a execução do serviço em padrões adequados, ou quando houver interesse mútuo para a celebração do convênio.
Parágrafo único. Na celebração de convênios de que se trata este
artigo deverá o Município: I – propor os planos de expansão dos serviços públicos; II – propor critérios para a fixação de tarifas; III – realizar avaliação periódica da prestação dos serviços. Art. 155. A criação pelo Município de entidade de Administração
indireta para a execução de obras ou prestação de serviços públicos só será permitida caso a entidade possa assegurar sua auto sustentação financeira.
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Art. 156. Os órgãos colegiados das entidades de administração indireta do Município terão a participação obrigatória de um representante de seus servidores, eleito por estes mediante voto direto e secreto, conforme regulamentação a ser expedida por ato do Prefeito Municipal.
CAPÍTULO VIII
Dos Distritos
Seção I Disposições Gerais
Art. 157. O Município poderá dividir-se, para fins administrativos, em
distritos a serem criados, organizados, supridos ou fundidos por lei após consulta plebiscitária à população diretamente interessada, observada a legislação estadual e o atendimento aos requisitos estabelecidos no Art.158, desta Lei Orgânica.
§ 1º A criação do Distrito poderá efetuar - se mediante fusão de dois
ou mais Distritos, que serão suprimidos, sendo dispensada, nesta hipótese, a verificação dos requisitos do Art.158, desta Lei Orgânica.
§ 2º O Distrito terá nome da respectiva sede, cuja categoria será a de
vila. § 3º A extinção do Distrito somente efetuar-se-á mediante consulta
plebiscitária à população da área interessada.
Art. 158. São requisitos para a criação de Distrito: I – população, eleitorado e arrecadação não inferior à quinta parte
exigida para a criação do Município; II – existência, na povoação - sede, de pelo menos, 50(cinqüenta)
moradias, escola pública, postos de saúde e policial. Parágrafo único. A comprovação do atendimento às exigências
enumeradas neste artigo far-se-á mediante: a) declaração emitida pela Fundação do Instituto Brasileiro de
Geografia Estatística, de estimativa de população; b) certidão, emitida pelo Tribunal Regional Eleitoral, certificando o
número de eleitores; c) certidão, emitida pelo agente municipal de estatística ou pela
repartição fiscal do Município, certificando o número de moradias; d) certidão do órgão fazendário estadual e do municipal
certificando a arrecadação na respectiva área territorial;
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e) certidão, emitida pela Prefeitura Municipal ou pelas Secretárias da Educação, de Saúde e de Segurança Pública do Estado, certificando a existência da escola pública e dos postos de saúde e policial na povoação - sede.
Art. 159. Na fixação das dívidas distritais serão observadas as seguintes normas:
I – evitar-se-ão, tanto quanto possível formas assimétricas,
estrangulamentos e alongamentos exagerados; II – dar-se-á preferência, para a delimitação, às linhas naturais
facilmente identificáveis; III – na inexistência de linhas naturais, utilizar-se-á linha reta, cujos
extremos, pontos naturais ou não, sejam facilmente identificáveis e tenham condições de fixidez;
IV – é vedada a interrupção de continuidade territorial do Município
ou Distrito de origem;
Parágrafo único. As divisas distritais serão descritas trecho a trecho, salvo, para evitar duplicidade, nos trechos que coincidirem aos limites municipais.
Art. 160. A alteração de divisão administrativa do Município somente poderá ser feita quadrienalmente no ano anterior ao das eleições municipais.
Art. 161. A instalação do Distrito far-se-á perante o Juiz de Direito da Comarca, na sede do Distrito.
Seção II Do Administrador Distrital
Art. 162. O Administrador Distrital, nomeado pelo Prefeito
Municipal, terá a remuneração que for fixada na legislação municipal.
Parágrafo único. Criado o Distrito, fica o Prefeito Municipal autorizado a criar o respectivo cargo de Administrador Distrital.
Art. 163. Compete ao Administrador Distrital: I – executar e fazer executar, na parte que lhe couber, as leis e os
demais atos emanados dos Poderes competentes; II – coordenar e supervisionar os serviços públicos distritais de acordo
ao que for estabelecido nas leis e nos regulamentos;
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III – propor ao Prefeito Municipal a admissão e dispensa dos servidores lotados na Administração Distrital;
IV – prestar contas das importâncias recebidas para fazer face às
despesas da Administração Distrital, observadas as normas legais; V – promover a manutenção dos bens públicos municipais localizados
no Distrito; VI – prestar as informações que lhe forem solicitadas pelo Prefeito
Municipal ou pela Câmara Municipal; VII – solicitar ao Prefeito as providências necessárias á boa
administração do Distrito; VIII – executar outras atividades que lhe forem cometidas pelo
Prefeito Municipal e pela legislação pertinente.
CAPÍTULO IX Do Planejamento Municipal
Seção I
Disposições Gerais
Art. 164. O Governo Municipal manterá processo permanente de planejamento, visando promover o desenvolvimento do Município, o bem estar da população e a melhoria da prestação dos serviços públicos municipais.
Parágrafo único. O desenvolvimento do Município terá por objetivo a realização plena de seu potencial econômico e a redução das desigualdades sociais no acesso aos bens e serviços, respeitadas as vocações, as peculiaridades e as culturas locais e preservado o seu patrimônio ambiental, natural e construído.
Art. 165. O processo de planejamento municipal deverá considerar os aspectos técnicos e políticos envolvidos na fixação de objetivos, diretrizes e metas para a ação municipal, propiciando que autoridades, técnicos de planejamento, executores e representantes da sociedade civil participem dos debates sobre os problemas locais e as alternativas para o seu enfrentamento, buscando conciliar interesses e solucionar conflitos.
Art. 166. O planejamento municipal deverá orientar-se pelos seguintes princípios básicos:
I – democracia e transparência no acesso às informações disponíveis; II – eficiência e eficácia na utilização dos recursos financeiros,
técnicos e humanos disponíveis;
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III – complementaridade e integração de políticas, planos e programas setoriais;
IV – viabilidade técnica e econômica das proposições, avaliada a partir
do interesse social da solução e dos benefícios públicos; V – respeito à adequação da realidade local e regional e consonância
com os planos e programas estaduais e federais existentes. Art. 167. A elaboração e a execução dos planos e dos programas do
Governo Municipal obedecerão as diretrizes do plano diretor e terão acompanhamento e avaliação permanentes, de modo a garantir o seu êxito e assegurar sua continuidade no horizonte de tempo necessário.
Art. 168. O planejamento das atividades do Governo Municipal
obedecerá às diretrizes deste capítulo e será feito por meio de elaboração e manutenção atualizada, entre outros, dos seguintes instrumentos:
I – plano diretor; II – plano de governo; III – lei de diretrizes orçamentárias; IV - orçamento anual V – plano plurianual. Art. 169. Os instrumentos de planejamento municipal mencionados no
artigo anterior deverão incorporar as propostas constantes dos planos e dos programas setoriais do Município, dadas as suas implicações para o desenvolvimento local.
Seção II
Da Cooperação das Associações no Planejamento Municipal
Art. 170. O Município buscará, por todos os meios ao seu alcance, a
cooperação das associações representativas no planejamento municipal.
Parágrafo único. Para fins de artigo, entende-se como associação representativa qualquer grupo organizado de fins lícitos, que tenha legitimidade para representar seus filiados independentemente de seus objetivos ou natureza jurídica.
CAPÍTULO X Da Ordem Econômica, Social e da Segurança Pública
Seção I
80
Disposições Gerais
Art. 171. O Município dentro de sua competência organizará a ordem econômica e social, conciliando a liberdade de iniciativa com os superiores interesses da coletividade.
Art. 172. A intervenção do Município, no domínio econômico, terá por objetivo estimular e orientar a produção, defender os interesses do povo e promover a justiça e solidariedade social.
Art. 173. O trabalho é obrigação social, garantido a todos o direito ao emprego e a justa remuneração, que proporcione existência digna na família e na sociedade.
Art. 174. O Município considerará o capital não apenas como instrumento produtor de lucro, mas também como meio de expansão econômica e de bem estar coletivo.
Art. 175. O Município assistirá os trabalhadores rurais e suas organizações legais, procurando proporciona - lhes, entre outros benefícios, meios de produção e de trabalho, crédito fácil e preço justo, saúde e bem estar social.
Parágrafo único. São isentas de impostos as respectivas Cooperativas.
Art. 176. O município poderá manter órgãos especializados,
incumbidos de exercer ampla fiscalização dos serviços públicos por ele concedidos e de revisão de suas tarifas.
Parágrafo único. A fiscalização de que trata este artigo compreende a exame contábil e as perícias necessárias a apuração das inversões de capital e dos lucros auferidos pelas empresas concessionárias.
Art. 177. O Município dispensará a micro - empresa e à empresa de pequeno porte, assim definidas em Lei Federal, tratamento jurídico diferenciado, visando incentivá-las pela simplificação de suas obrigações administrativas, tributárias, previdenciárias e creditícias ou pela eliminação ou redução destas, por meio da lei.
Seção II Da Política Econômica
Art. 178. O Município promoverá o seu desenvolvimento econômico,
agindo de modo que as atividades econômicas realizadas em seu território contribuam para elevar o nível de vida e o bem - estar da população local, bem como para valorizar o trabalho humano.
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Parágrafo único. Para a consecução do objetivo mencionado neste artigo, o Município atuará de forma exclusiva ou em articulação com a União ou com o Estado.
Art. 179. Na promoção do desenvolvimento econômico, o Município agirá, sem prejuízos de outras iniciativas, no sentido de:
I – fomentar a livre iniciativa; II – privilegiar a criação de empregos; III – utilizar tecnologias de uso intensivo de mão-de-obra; IV – racionalizar a utilização de recursos naturais; V – proteger o meio - ambiente; VI – proteger os direitos dos usuários dos serviços públicos e dos
consumidores; VII – dar tratamento diferenciado à pequena produção artesanal ou
mercantil, às microempresas e às pequenas empresas locais, considerando sua contribuição para a democratização de oportunidades econômicas, inclusive para grupos sociais mais carentes;
VIII – estimular o associativismo, o cooperativismo e as
microempresas; IX – eliminar entraves burocráticos que possam limitar o exercício da
atividade econômica; X – desenvolver ação direta ou reivindicativa junto a outras esferas de
governo, de modo a que sejam entre outros, efetivados: a) assistência médica; b) crédito especializado ou subsidiado; c) estímulos fiscais e financeiros; d) serviços de suporte informativo ou de mercado.
Art. 180. É de responsabilidade do Município, no campo de sua
competência, a realização de investimentos para formar e manter a infra-estrutura básica capaz de atrair, apoiar ou incentivar o desenvolvimento de atividades produtivas, seja diretamente ou mediante delegação do setor privativo para este fim.
Parágrafo único. A atuação do Município dar-se-á, inclusive, no meio rural, para a fixação de contingentes populacionais, possibilitando - lhes acesso aos meios de
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produção e geração de renda, e estabelecendo a necessária infra-estrutura destinada a viabilizar este propósito.
Art. 181. O Município poderá consorciar-se com outras municipalidades com vistas ao desenvolvimento de atividades econômicas de interesse comum, bem como integrar-se em programas de desenvolvimento regional a cargo de outras esferas de Governo.
Art. 182. O Município desenvolverá esforços para proteger o consumidor através de:
I – orientação gratuita de assistência jurídica, independentemente da
situação social e econômica do reclamante; II – criação de órgãos no âmbito da Prefeitura ou da Câmara
Municipal para defesa do consumidor; III – atuação coordenada com a União e o Estado.
Art. 183. O Município dispensará tratamento jurídico diferenciado à
microempresa e à empresa de pequeno porte, assim definida em legislação municipal.
Art. 184. Às microempresas e às empresas de pequeno porte municipais serão concedidos os seguintes favores fiscais:
I – isenção de impostos sobre serviços de qualquer natureza – ISS; II – isenção de taxa de licença para a localização de estabelecimento; III – dispensa de escrituração dos livros fiscais estabelecidos pela
legislação tributária do Município, ficando obrigadas a manter arquivada a documentação relativa aos atos negociais que praticarem ou em que intervirem;
IV – autorização para utilizarem modelo simplificado de notas fiscais
de serviços ou cupom de máquina registradora, na forma definida por instrução do órgão fazendário da Prefeitura.
Parágrafo único. O tratamento diferenciado previsto neste artigo será dado aos contribuintes citados, desde que atendam às condições estabelecidas na legislação específica.
Art. 185. O Município, em caráter precário e por prazo limitado em
ato do Prefeito, permitirá as microempresas se estabelecerem na residência de seus titulares, desde que não prejudiquem as normas ambientais, de segurança, de silêncio, de trânsito e de saúde pública.
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Parágrafo único. As microempresas, desde que trabalhadas exclusivamente pela família, não terão seus bens ou de seus proprietários sujeito à penhora pelo Município para pagamento de débito decorrente de sua atividade produtiva.
Art. 186. Fica assegurada às microempresas ou de pequeno porte a simplificação ou de eliminação, através de ato do Prefeito, de procedimentos administrativos em seu relacionamento à Administração Municipal, direta ou indireta, especialmente em exigências relativas as licitações.
Art. 187. Os portadores de deficiência física e de limitação sensorial, assim como as pessoas idosas, terão prioridade para exercer o comércio eventual ou ambulante no Município.
Seção III Da Política Urbana
Art. 188. Seguindo os princípios dos artigos 182 e 183 da
Constituição Federal e os artigos 180 a 183 da Constituição Estadual, o Poder Público Municipal estabelecerá o pleno desenvolvimento das funções sociais da cidade, objetivando o bem estar de seus habitantes, respeitando-se:
I – Plano Diretor de Desenvolvimento Integrado, aprovado pela
Câmara Municipal; II – lei de zoneamento, determinando áreas residenciais, comerciais,
industriais, mistas e de lazer, com as devidas restrições a serem previstas em lei especial.
Seção IV Da Política Rural
Art. 189. A atuação do Município na zona rural terá como principais
objetivos: I – oferecer meios para assegurar ao pequeno produtor e trabalhador
rural condições de trabalho e de mercados para os produtos, a rentabilidade dos empreendimentos e melhoria do padrão de vida de família rural;
II – garantir o escoamento da produção, sobretudo o abastecimento
alimentar; III – garantir a utilização racional dos recursos naturais. Art. 190. Como principais instrumentos para o fomento da produção
da zona rural, o Município utilizará a assistência técnica, a extensão rural, o armazenamento, o transporte, o associativismo e a divulgação das oportunidades de crédito e de incentivos fiscais.
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Seção V Da Saúde
Art. 191. Sempre que possível, o Município promoverá: I – formação de consciência sanitária individual nas primeiras idades,
através de ensino primário; II – serviços hospitalares e dispensários, cooperando com a União e
com o Estado, bem como as iniciativas particulares e filantrópicas; III –combate as moléstias específicas, contagiosas e infecto -
contagiosas; IV – combate ao uso de tóxicos; V – serviços de assistência à maternidade e à família; VI – serviços de atendimento e assistência médica nos bairros de zona
rural do Município.
Parágrafo único. Compete ao Município suplementar, se necessário, a legislação federal e a estadual que disponham sobre a regulamentação, fiscalização e controle das ações e serviços de saúde, que constituem um sistema único.
Art. 192. A inspeção médica, nos estabelecimentos de ensino
municipal terá caráter obrigatório.
Art. 193. O Município cuidará do desenvolvimento das obras e serviços relativos ao saneamento e urbanismo, com a assistência da União e do Estado, sob condições estabelecidas na lei complementar federal.
Seção VI
Da Educação, da Cultura e do Desporto
Art. 194. O ensino ministrado nas escolas municipais será gratuito.
Art. 195. O Município manterá: I – ensino fundamental, obrigatório, inclusive para os que não tiveram
acesso na idade própria; II – atendimento educacional especializado aos portadores de
deficiência física e mental, diretamente ou através de subsídios a entidades especializadas ou de convênios com essas mesmas entidades. 57
57 Alterado Inciso II do art.195, conforme redação dada pela Emenda nº 10/2001
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III – atendimento em creche e pré-escola às crianças de 0 (zero) a 6
(seis) anos de idade; IV – ensino noturno regular, adequado às condições do educando; V – atendimento ao educando, no ensino fundamental, por meio de
programas suplementares de fornecimento de material didático, transporte escolar, alimentação e assistência à saúde;
Art. 196. O Município promoverá, anualmente, o recenseamento da
população escolar e fará a chamada dos educandos. Art. 197. O Município zelará, por todos os meios ao seu alcance, pela
permanência do educando na escola. Art. 198. O Calendário escolar municipal será flexível e adequado às
peculiaridades climáticas e as condições sociais e econômicas dos alunos. Art. 199. Os currículos escolares serão adequados às peculiaridades do
Município e valorização a sua cultura e seu patrimônio histórico, artístico cultural e ambiental.
Art. 200. O Município não manterá escolas de segundo grau até que
sejam todas as crianças de idade até 14 (catorze) anos atendidas, bem como não manterá nem subvencionará estabelecimentos de ensino superior.
Art. 201. O Município aplicará anualmente, nunca menos de 25%
(vinte e cinco por cento) da receita resultante de impostos e das transferências recebidas do Estado e da União na manutenção e no desenvolvimento do ensino.
Parágrafo único. Serão considerados gastos com a manutenção e
desenvolvimento do ensino, entre outros os seguintes casos: 58 I – financiamento do sistema municipal do ensino na área da pré–
escola; 59 II – colaboração financeira com o sistema estadual de ensino
fundamental; 60 III – programa de alfabetização de jovens e adultos; 61
58 Incluso parágrafo único no art. 201, conforme Emenda nº 10/2001 59 Incluso Inciso I ao parágrafo único do art. 201, conforme Emenda nº 10/2001 60 Incluso Inciso II ao parágrafo único do art. 201, conforme Emenda nº 10/2001 61 Incluso Inciso III ao parágrafo único do art. 201, conforme Emenda nº 10/2001
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IV – atendimento educacional especializado aos portadores de deficiência física ou mental, na forma do Art.195, inciso II, desta Lei Orgânica. 62
Art. 202. O Município no exercício de sua competência: I – apoiará as manifestações da cultura local; II – protegerá, por todos os meios de seu alcance, obras, objetos
documentos e imóveis de valor histórico, artístico, cultural e paisagístico. Art. 203. O Município fomentará as práticas desportivas,
especialmente nas escolas a ele pertencente. Art. 204. É vedado ao Município a subvenção de entidades
desportivas profissionais. Art. 205. O Município incentivará o lazer como forma de promoção
social. Art. 206. O Município deverá estabelecer e implantar políticas de
educação para segurança do trânsito, em articulação com o Estado.
Seção VII Da Previdência e Assistência Social
Art. 207. O Município, dentro de sua competência regulará o serviço
social, favorecendo o coordenamento as iniciativas particulares que visem a este objetivo. § 1º Caberá ao Município promover e executar as obras que, por sua
natureza e extensão, não possam ser atendidas pelas instituições de caráter privado. § 2º O plano de assistência social do Município nos termos que a lei
estabelecer, terá por objetivo a correção dos desequilíbrios do sistema social e a recuperação dos elementos desajustados, visando a um desenvolvimento social harmônico, consoante previsto no Art.203 da Constituição Federal.
Art. 208. Compete ao Município suplementar, se for o caso, os planos de previdência social, estabelecidos na Lei Federal.
Seção VIII Do Meio Ambiente
Art. 209. Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente
equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, e preservá-lo para as presentes e futuras gerações.
62 Incluso Inciso IV ao parágrafo único do art. 201, conforme Emenda nº 10/2001
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Parágrafo único. Para assegurar efetividade a este direito, o
Município deverá articular-se com os órgãos estaduais, regionais e federais competentes e ainda, quando for o caso, com outros Municípios, objetivando a solução de problemas comuns relativos à proteção ambiental.
Art. 210. O Município poderá atuar mediante planejamento, controle e fiscalização das atividades públicas ou privadas, causadoras efetivas ou potenciais de alterações significativas no meio ambiente.
Art. 211. O Município, ao promover a ordenação de seu território, definirá zoneamento e diretrizes gerais de ocupação que assegurem a proteção dos recursos naturais, em consonâncias com o disposto na legislação estadual pertinente.
Art. 212. A política urbana do Município e o seu plano diretor de
desenvolvimento integrado deverão contribuir para a proteção do meio ambiente, através da adoção de diretrizes adequadas de uso e ocupação do solo urbano.
Art. 213. Nas licenças de parcelamento, loteamento e localização o
Município exigirá o cumprimento da legislação de proteção ambiental emanada da União e do Estado.
Art. 214. As empresas concessionárias ou permissionárias de serviços
públicos deverão atender rigorosamente aos dispositivos de proteção ambiental em vigor, sob a pena de não ser renovada a concessão ou permissão pelo Município.
Art. 215. O Município assegurará a participação das entidades
representativas da comunidade no planejamento e na fiscalização de proteção ambiental, garantindo o amplo acesso dos interessados às informações sobre as fontes de poluição e degradação ambiental ao seu dispor.
Seção IX
Da Guarda Municipal Art. 216. O Município poderá constituir guarda municipal, destinada à
proteção de seus bens, serviços e instalações e, nos termos do Art.144, caput da Constituição Federal, em concurso com os demais órgãos públicos, à concorrer para a preservação da incolumidade pública e do patrimônio.
§ 1º A lei complementar de criação da guarda municipal disporá sobre acesso, direitos, deveres, vantagens e regime de trabalho, com base hierarquia e disciplina.
§ 2º A investidura nos cargos da guarda municipal far-se-á mediante
concurso público de provas ou de provas e títulos.
TÍTULO VI Disposições Finais e Transitórias
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Art. 217. A Remuneração do Prefeito Municipal não poderá ser inferior à remuneração paga a um servidor do Município, na data de sua fixação.
Art. 218. Os recursos correspondentes às dotações destinadas à Câmara Municipal, inclusive os créditos suplementares e especiais, ser-lhe-ão entregues até o dia 20 (vinte) dias de cada mês, na forma que dispuser a lei complementar a que se refere o Art.165 §9º da Constituição Federal.
Parágrafo único. Até que seja editada a lei complementar referida neste artigo, os recursos da Câmara Municipal ser-lhe-ão entregues:
I – até o dia 20 (vinte) de cada mês, os destinados ao custeio da
Câmara; II – dependendo do comportamento da receita, os destinados às
despesas de capital.
Art. 219. Nos 10 (dez) primeiros anos de promulgação da Constituição Federal, o Município desenvolverá esforços, com a mobilização de todos os setores organizados da sociedade e com a aplicação de pelo menos, 50%(cinqüenta por cento) dos recursos a que se refere o Art.212 da Constituição Federal para eliminar o analfabetismo e universalizar o ensino fundamental, como determina o Art.60 das Disposições Constitucionais Transitórias.
Art. 220. A regra do Art.14, I desta Lei Orgânica, somente terá aplicação para a legislatura a iniciar-se em 1º de janeiro de 1993.
Art. 221. O Poder Público Municipal, encerrará esforços no sentido de que o Art.207 da Constituição Estadual seja aplicado o mais rapidamente possível.
Art. 222. O Município mandará imprimir esta Lei Orgânica para a distribuição nas escolas e entidades representativas da comunidade, gratuitamente, de modo que se faça a mais ampla divulgação do seu conteúdo.
Art. 223. Esta Lei Orgânica, aprovada pela Câmara Municipal de
Joanópolis, será por ela promulgada e entrará em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário.
Sala das Sessões, Câmara Municipal de Joanópolis do Estado de São Paulo, em 03 de Abril de 1990.
Luiz Carlos Nassif - Presidente Antonio Garcia da Costa - Vice-Presidente Benedito Ignácio Giudice - 1º Secretário Armando de Oliveira - 2º Secretário José Aparecido de Souza Bueno - Vereador Nelson Lopes - Vereador Sebastião Migliorini - Vereador
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Dalilo Bueno de Souza - Vereador Vera Sagraria Guimarães - Vereador João Carlos da Silva Torres - Vereador Luiz Custódio Pinto - Vereador
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Lei Complementar nº 01/97. De 30 de dezembro de 1997.
“Revoga leis e disposições anteriores e institui o Código Tributário do Município de Joanópolis.”
José Garcia da Costa, Prefeito Municipal de Joanópolis, Estado de São Paulo, usando de suas atribuições legais, faz saber que a Câmara Municipal de Joanópolis aprovou e ele promulga e sanciona a seguinte Lei:
INTRODUÇÃO
Art. 1º Esta Lei institui o Código Tributário do Município de Joanópolis, dispõe sobre os fatos geradores, contribuintes, bases de cálculo, alíquotas, lançamentos e arrecadação de cada tributo, disciplina a aplicação de penalidades, a concessão de isenções, a apresentação de reclamações, a interposição de recursos e define as obrigações acessórias e a responsabilidade dos contribuintes.
Art. 2º Aplicam-se às relações entre a Fazenda Municipal e os
contribuintes, as Normas Gerais de Direito Tributário, constantes do Código Tributário Nacional e de legislação posterior que as modifique.
Art. 3º Compõem o Sistema Tributário Municipal: I - os impostos sobre: a) a propriedade predial e territorial urbana - IPTU; b) serviços de qualquer natureza - ISS; c) a transmissão de bens imóveis e de direitos a eles relativos -
ITBI; II - contribuições de melhoria; III - a taxa de coleta de lixo. IV - Serviço de Inspeção Municipal – SIM.
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Art. 4º Para serviços prestados pelo Poder Público, poderão ser estabelecidos, pelo Executivo Municipal, preços públicos não submetidos à disciplina jurídica dos tributos.
TÍTULO I Dos Impostos
CAPÍTULO I
Do Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana - IPTU
Seção I Do fato Gerador e do Contribuinte
Art. 5º O Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana -
IPTU tem como fato gerador a propriedade, o domínio útil ou a posse do imóvel localizado na zona urbana ou de expansão urbana, e das chácaras e sítios de recreio na zona rural do Município, observando-se o disposto no Art. 7º deste Código.
§ 1º Considera-se ocorrido o fato gerador, para todos os efeitos legais,
em 1º de janeiro de cada ano. § 2º Para os efeitos desta Lei, consideram-se sítios e chácaras de
recreio aqueles imóveis destinados a lazer e cuja eventual produção não se destine ao comércio.
Art. 6º O contribuinte do IPTU é o proprietário, o compromissário
comprador ou cessionário, o titular do domínio útil ou o possuidor do imóvel, a qualquer título.
Art. 7º O IPTU não é devido pelos proprietários, titulares de domínio útil ou compromissários a qualquer título, de imóveis que, mesmo localizados na zona urbana, sejam utilizados, comprovadamente, em exploração extrativa vegetal, agrícola, pecuária ou agro-industrial.
Art. 8º O IPTU será devido pelos proprietários, titulares de domínio útil ou compromissários, a qualquer título, de imóveis que, mesmo localizados fora da zona urbana, sejam utilizados como chácaras ou sítios de recreio.
Art. 9º As zonas urbanas, para efeito deste imposto, são aquelas,
fixadas periodicamente por lei municipal. Art. 10. Também são consideradas zonas urbanas as áreas
urbanizáveis ou de expansão urbana, de acordo com a Lei 0816/87 de 17 de junho de 1987, com desmembramento de loteamentos aprovados pelos órgãos competentes, destinados à habitação, ao comércio e à indústria.
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Art. 11. Para os efeitos do IPTU, considera-se: I - terreno, o solo sem benfeitoria, sem edificação ou que contenha: a) construção provisória que possa ser removida sem sua destruição
ou alteração; b) construção em andamento ou paralisada; c) construção em ruínas, em demolição, condenada ou interditada; d) construção que a autoridade competente considere inadequada,
quanto à área ocupada, à destinação ou à utilização pretendida;
II - imóvel predial, o terreno com as respectivas construções permanentes, que sirvam de habitação, uso, recreio, para o exercício de quaisquer atividades, lucrativas ou não, seja qual for a sua forma ou destino aparente ou declarado, ressalvadas as construções a que se refere inciso I deste artigo.
Seção II
Da Base de Cálculo e da Alíquota
Art. 12. A base de cálculo do IPTU é o valor venal do terreno ou do imóvel predial.
Art. 13. O valor venal de imóveis, sobre os quais incidirá a cobrança do IPTU, será calculado de acordo com o método e critérios estabelecidos no Título II deste Código e com as tabelas constantes em Lei. 63
Art. 14. Para apuração do valor venal dos imóveis não constantes da Planta Genérica de Valores, poderão ser considerados os seguintes elementos, em conjunto ou isoladamente, a critério do órgão lançador:
I - declaração correta do contribuinte; II - preços correntes de terrenos, estabelecidos em transações
realizadas nas proximidades do terreno considerado para lançamento; III - índices médios de valorização de terrenos no setor em que esteja
situado o terreno considerado; IV- fator de pedologia, de topografia, de profundidade e existência de
benfeitorias, tais como:
a) rede de energia elétrica e/ou iluminação; b) rede de água; c) rede de esgotos;
63 Alterado pela Lei Complementar 02/98.
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d) guias e sarjetas; e) pavimentação; V - outros elementos informativos obtidos pelo órgão lançador e que
possam ser tecnicamente admitidos. § 1º Não serão considerados, ainda que para apuração do valor venal
do terreno, os bens móveis nele mantidos, em caráter permanente ou temporário, para efeito de sua utilização, exploração, embelezamento ou comodidade.
§ 2º O Executivo Municipal fixará e regulamentará o processo de
apuração do valor venal dos imóveis. § 3º O valor venal dos imóveis poderá ser atualizado anualmente por
lei municipal, antes do lançamento do IPTU.
Art. 15. As alíquotas a serem aplicadas sobre os valores venais dos imóveis, para cálculo do valor do IPTU, serão:
a) de 1% (um por cento) para terrenos; b) de 0,5% (meio por cento) para imóveis prediais.
Seção III
Da Inscrição
Art. 16. A inscrição no Cadastro Fiscal Imobiliário é obrigatória, devendo ser requerida, separadamente, para cada imóvel de que o contribuinte seja proprietário, compromissário comprador ou cessionário, titular do domínio útil ou possuidor a qualquer título, mesmo que seja beneficiado por imunidade constitucional ou isenção fiscal.
Parágrafo único. São sujeitos a uma só inscrição, requerida com a apresentação de planta ou “croquis”:
I - as glebas sem qualquer melhoramento, que só poderão ser
utilizadas após a realização de obras de urbanização; II - as quadras indivisas das áreas arruadas; III - o lote isolado.
Art. 17. O contribuinte, definido na forma desta Lei, é obrigado a
requerer a inscrição em formulário especial, no qual, sob sua responsabilidade e sem prejuízo de outras informações que poderão ser exigidas pela Prefeitura, declarará:
I - o seu nome e qualificação; II - número anterior, no Registro de Imóveis, de transcrição,
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matrícula, ou da inscrição do título relativo ao imóvel; III - localização, dimensões, área e confrontações do imóvel; IV - uso a que, efetivamente, está sendo destinado o imóvel; V - indicação da natureza do título aquisitivo da propriedade ou
domínio útil, e do número de sua transcrição, da matrícula ou inscrição no Registro de Imóveis competente;
VI - o valor estimado do terreno; VII - o valor estimado da edificação, se existir; VIII - informações sobre o tipo de edificação, se existir; IX - dimensões e área da edificação, se existir; X - área do pavimento térreo; XI - número de pavimentos; XII - número e natureza dos cômodos; XIII - data de conclusão da edificação; XIV - em se tratando de posse, indicação do título que a justifique, se
existir; XV - endereço para entrega de correspondências.
Art. 18. O contribuinte é obrigado a requerer sua inscrição no prazo
de trinta dias, contados da: I - convocação que eventualmente seja feita pela Prefeitura; II - demolição ou perecimento das edificações ou construções
existentes no terreno; III - aquisição ou promessa de compra do imóvel ou parte do imóvel,
seja ela desmembrada ou parte ideal; IV - posse do imóvel, exercida a qualquer título; V - conclusão ou ocupação de edificação.
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Art. 19. Até trinta dias contados da data do ato ou dos fatos, devem ser comunicados à Prefeitura:
I - pelo adquirente, a transcrição ou matrícula no Registro de Imóveis,
do título aquisitivo de propriedade ou do domínio útil, de qualquer imóvel sujeito à cobrança do IPTU, nos termos deste Código;
II - pelo promitente vendedor ou pelo cedente, a transcrição ou
matrícula no Registro de Imóveis, na celebração do respectivo contrato, de qualquer imóvel sujeito à cobrança do IPTU, nos termos deste Código;
III - pelo proprietário, pelo titular de domínio útil, pelo
compromissário ou pelo possuidor a qualquer título, as ocorrências, relacionadas com o imóvel, que possam influir sobre o lançamento do IPTU, inclusive as reformas, ampliações ou modificações de uso.
Art. 20. O contribuinte omisso será inscrito de ofício. Parágrafo único. Equipara-se ao contribuinte omisso, o que
apresentar formulário de inscrição com informações falsas, erros ou omissões.
Art. 21. A inscrição no Cadastro Fiscal Imobiliário, sob qualquer forma, não implica no reconhecimento, pela Prefeitura Municipal, para quaisquer fins, da legitimidade da propriedade, do domínio útil ou da posse do imóvel.
Seção IV
Do Lançamento
Art. 22. O IPTU é lançado anualmente, observando-se o estado do imóvel na época em que corresponder o lançamento.
§ 1º Tratando-se de terreno no qual sejam concluídas obras durante o
exercício, o imposto será devido, na forma originalmente lançada, até o final do ano em que seja expedido o "Habite-se", em que seja obtido o "Auto de Vistoria", ou em que as construções sejam efetivamente ocupadas.
§ 2º Tratando-se de terreno cuja construção ou edificação conclua-se
durante o exercício seguinte àquele em que tenha sido obtido o "Auto de Vistoria" ou o "Habite-se", ou em que as edificações sejam parcial ou totalmente ocupadas, o lançamento do IPTU no próximo exercício dar-se-á na condição de imóvel predial.
§ 3º O disposto no parágrafo anterior aplica-se aos casos de ocupação
de construções ou edificações ainda não concluídas, bem como, aos casos de ocupação de unidade concluída e autônoma de condomínio.
§ 4º Tratando-se de construções ou edificações demolidas durante o
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exercício, o imposto será devido até o final do exercício.
Art. 23. O IPTU será lançado em nome do contribuinte que constar da inscrição.
§ 1º No caso de imóvel objeto de compromisso de compra e venda, o
lançamento será mantido em nome do promitente vendedor, até a inscrição do compromissário comprador.
§ 2º Tratando-se de imóvel que seja objeto de aforamento, usufruto
ou fideicomisso, o lançamento será feito em nome do foreiro, do usufrutuário ou do fiduciário.
§ 3º Existindo, em condomínio, unidade autônoma de propriedade de
mais de uma pessoa, o imposto será lançado em nome de um, de alguns ou de todos, sem prejuízo da responsabilidade solidária dos co-proprietários pelo pagamento do tributo.
Art. 24. O lançamento do IPTU será distinto para cada unidade
autônoma, ainda que contíguas ou vizinhas e de propriedade do mesmo contribuinte.
Art. 25. Será feito o cálculo do IPTU ainda que não seja conhecido o contribuinte.
Art. 26. Enquanto não extinto o direito da Fazenda Municipal, o lançamento do IPTU poderá ser revisto, de ofício, aplicando-se, para a revisão, as normas previstas no Art. 2º deste Código.
§ 1º O pagamento da obrigação tributária resultante de lançamento
anterior será considerado como pagamento parcial do total devido, em conseqüência da revisão de que trata este artigo.
§ 2º Os lançamentos adicionais ou complementares não invalidam o
lançamento anterior.
Art. 27. O IPTU será lançado independentemente da regularidade jurídica dos títulos de propriedade, domínio útil ou posse do imóvel, ou da satisfação de qualquer exigência administrativa para sua utilização.
Art. 28. O aviso de lançamento será entregue no domicílio tributário do contribuinte, considerando-se como tal o local indicado nesse aviso.
Parágrafo único. A notificação será feita diretamente, pela Prefeitura
ou por via postal, a familiar representante, preposto, inquilino ou empregado do contribuinte, bem como em portarias de edifícios ou de empresas.
Seção V Da Arrecadação
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Art. 29. O pagamento do IPTU será feito em até dez prestações iguais
expressas em moeda corrente, nas épocas e nos locais indicados nos avisos de lançamento, conforme regulamentado por Decreto do Poder Executivo Municipal.
Art. 30. Na hipótese de divisão do valor do IPTU em parcelas, a falta de pagamento de três parcelas consecutivas implica no vencimento integral do débito do contribuinte.
Art. 31. O ato do pagamento do IPTU não implica em
reconhecimento, pela Prefeitura, para quaisquer fins, da legitimidade da propriedade, do domínio útil ou da posse do imóvel.
Seção VI
Das Penalidades
Art. 32. A infração ao disposto nos artigos 18 ou 19 deste Código ensejará na aplicação, ao contribuinte, de multa equivalente a duas Unidades Fiscais do Município.
Seção VII
Da Responsabilidade Tributária
Art. 33. Além dos contribuintes definidos neste Código, são responsáveis pelo Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana - IPTU:
I - o adquirente do imóvel pelos tributos a ele correspondentes,
devidos pelo alienante até a data do título de transmissão da propriedade, de domínio útil ou da posse, limitada essa responsabilidade, nos casos de arrematação em hasta pública, ao montante do respectivo preço;
II - o remitente, pelos tributos relativos ao imóvel remido; III - o espólio, pelos tributos relativos à propriedade em sucessão,
devidos pelo "de cujus" até a data da abertura dessa sucessão; IV - o sucessor a qualquer título e o cônjuge meeiro, pelos tributos
relativos à propriedade em sucessão, devidos pelo "de cujus" até a data da partilha ou da adjudicação, limitada essa responsabilidade ao montante do quinhão, do legado ou da meação;
V - a pessoa jurídica de direito privado que resultar da fusão,
transformação ou incorporação de outra ou em outra, pelos tributos devidos pelas pessoas jurídicas fundidas, transformadas ou incorporadas, até a data desses atos.
Seção VIII Das Isenções
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Art. 34. São isentos do pagamento do IPTU, sob a condição de
cumprirem as exigências da Legislação Tributária do Município: I - os proprietários, compromissários, compradores ou cessionários,
titulares de domínio útil ou possuidores a qualquer título, de imóvel que tenham cedido ou venham a ceder, em sua totalidade, gratuitamente, para uso exclusivo da União, do Estado, do Município ou de suas Autarquias.
II - os imóveis pertencentes ao patrimônio de associações culturais,
cívicas ou beneficentes; III - as sedes próprias de entidades religiosas, os conventos,
seminários e as residências paroquiais de propriedade de entidades religiosas de qualquer culto;
IV - os imóveis destinados ou pertencentes a: a) teatros; b) entidades sem fins lucrativos;
V - os proprietários, os titulares do domínio útil ou os possuidores de
um único imóvel, desde que seja utilizado como residência desses contribuintes e seus familiares e que atendam às seguintes condições:
a) possuam, no máximo, sessenta e cinco metros quadrados de área
construída; b) tenham suas edificações em terreno cuja área não ultrapasse a
trezentos metros quadrados; c) tenham renda familiar que não ultrapasse a três salários mínimos.
§ 1º As isenções de que trata o inciso I deste artigo abrangerão apenas
a área cedida e serão concedidas apenas para o IPTU devido durante o período da cessão. § 2º Todas as isenções deverão ser solicitadas ao Chefe do Executivo
Municipal por requerimento instruído com as provas do cumprimento das exigências necessárias para a sua concessão.
§ 3º A isenção prevista no inciso V deste artigo será concedida
mediante requerimento do contribuinte, específico para cada caso, acompanhado de declaração em formulário próprio, fornecido pela Prefeitura Municipal de Joanópolis, assinada e com firma reconhecida em Cartório, de que preenche os requisitos exigidos para a concessão da isenção.
99
§ 4º Comprovada a falsidade da declaração citada no parágrafo
anterior, será indeferida a solicitação ou cancelada a isenção concedida, além da tomada de outras medidas previstas neste Código, sem prejuízo das medidas judiciais cabíveis.
§ 5º Os contribuintes que já obtiveram a isenção de que trata este
artigo, ficam desobrigados de requerê-la novamente, exceto se as condições que lhe permita requerer a isenção forem alteradas. 64
§ 6º O Poder Executivo Municipal poderá, a qualquer tempo, notificar
o contribuinte isento a apresentar demonstração atualizada do preenchimento das condições autorizadoras da isenção. O não atendimento à notificação implica no cancelamento da isenção para o exercício subseqüente. 65
CAPÍTULO II 66
Dos Impostos sobre Serviços de Qualquer Natureza - ISSQN Seção I
Do Fato Gerador e do Contribuinte
Art. 35. O Imposto Sobre serviços de Qualquer Natureza - ISSQN, excluídos os compreendidos na competência exclusiva de Estados e da União, tem como fato gerador a prestação, por empresa ou profissional autônomo, com ou sem estabelecimento fixo, de serviços constantes da Lista de Serviços – Anexo I, desta Lei, ainda que esses não se constituam como atividade preponderante do prestador.
§ 1º O imposto incide também sobre o serviço proveniente do exterior
do país ou cuja prestação se tenha iniciado no exterior do país.
§ 2º Ressalvadas as exceções expressas na lista anexa, os serviços nela mencionados não ficam sujeitos ao Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicações – ICMS, ainda que sua prestação envolva o fornecimento de mercadorias.
§ 3º O ISSQN incide ainda sobre os serviços prestados mediante a
utilização de bens e serviços públicos explorados economicamente mediante autorização, permissão ou concessão, com o pagamento de tarifa, preço ou pedágio pelo usuário final do serviço.
§ 4º A incidência do ISSQN não depende da denominação dada ao
serviço prestado. Art. 36. O ISSQN não incide sobre:
64 Inserido o § 5º, conforme Lei Complementar nº 10/2007. 65 Inserido o § 6º, conforme Lei Complementar nº 10/2007. 66 Alterada a redação do Capítulo II, seções de I a VII, conforme Lei Complementar nº 06/2003.
100
I – as exportações de serviços para o exterior do país; II – o valor intermediário no mercado de títulos e valores mobiliários,
o valor dos depósitos bancários, o principal, juros e acréscimos moratórios relativos a operações de crédito realizadas por instituições financeiras.
Parágrafo Único. Não se enquadram no disposto no inciso I os
serviços desenvolvidos no Brasil, cujo resultado aqui se verifique, ainda que o pagamento seja feito por residente no exterior.
Art. 37. O imposto será devido nos casos caracterizados na tabela a
seguir em que os serviços descritos, referenciados a itens da Lista de Serviços – Anexo I, forem prestados no território do Município, ainda que o tomador do serviço e/ou o estabelecimento prestador caracterizado no artigo 38 desta Lei, se localizem fora do município:
INCISOS
ITENS DA LISTA DE SERVIÇOS (Anexo I)
DESCRIÇÃO DOS SERVIÇOS
I 3.04 Instalação dos andaimes, palcos, coberturas e outras estruturas. II 7.02 e 7.17 Execução da obra. III 7.04 Demolição. IV 7.05 Edificações em geral, estradas, pontes e congêneres. V 7.09 Execução da varrição, coleta, remoção, incineração, tratamento,
reciclagem, separação e destinação final do lixo, rejeitos e outros resíduos quaisquer.
VI 7.10 Execução da limpeza, manutenção e conservação de vias e logradouros públicos, imóveis, chaminés, piscina, parques, jardins e congêneres.
VII 7.11 Execução da decoração e jardinagem, do corte e poda de árvores. VIII 7.12 Controle e tratamento do efluente de qualquer natureza e de
agentes físicos, químicos e biológicos. IX 7.14 Florestamento, reflorestamento semeadura, adubação e
congêneres. X 7.15 Execução dos serviços de escoramento, contenção de encostas e
congêneres. XI 7.16 Limpeza e dragagem. XII 11.01 Guarda e estacionamento de veículos terrestres automotores, de
aeronaves e de embarcações, guardados ou estacionados em território do município.
XIII 11.02 Vigilância, segurança ou monitoramento de bens localizados no município ou de pessoas domiciliadas no município.
XIV 11.04 Armazenamento, depósito, carga, descarga, arrumação e guarda do bem.
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XV Subitens do item 12.00 exceto 12.13
Execução dos serviços de diversão, lazer, entretenimento e congêneres.
XVI 16.01 Transporte de natureza municipal. XVII 17.05 Estabelecimento do tomador da mão-de-obra, mesmo em caráter
temporário, inclusive de empregados ou trabalhadores, avulsos ou temporários, localizado no município ou, na falta de estabelecimento, se ele estiver domiciliado no Município.
XVIII 17.10 Feira, exposição, congresso ou congênere a que se referir o planejamento, organização e administração, for localizado ou executado no território do Município.
XIX 20.00 Terminal rodoviário onde os serviços forem prestados, se localizar em território do Município.
§ 1º No caso dos serviços a que se refere o subitem 3.03 da lista anexa,
considera-se ocorrido o fato gerador e devido o imposto em extensões de rodovia, postes, cabos, dutos e condutos de qualquer natureza, localizados em território do município e que sejam objetos de locação, sublocação, arrendamento, direito de passagem ou permissão de uso, compartilhado ou não.
§ 2º No caso dos serviços a que se refere o subitem 22.01 da lista
anexa, considera-se ocorrido o fato gerador e devido o imposto na exploração de ponte ou rodovia com extensão localizada em território do Município.
§ 3º Na hipótese do parágrafo 1º do artigo 35 desta Lei o imposto
também será devido quando o estabelecimento do tomador ou intermediário do serviço ou, na falta de estabelecimento, seu domicílio, for localizado no território do Município.
Art. 38. Considera-se estabelecimento prestador o local onde o
contribuinte desenvolva a atividade de prestar serviços, de modo permanente ou temporário, e que configure unidade econômica ou profissional, sendo irrelevantes para caracterizá-lo sua categoria ou as denominações de sede, filial, posto de atendimento, sucursal, escritório de representação ou contato ou quaisquer outras que venham a ser utilizadas, bem como a circunstância do serviço a ser prestado, habitual ou eventualmente, em outro local.
Parágrafo Único. A existência de estabelecimento prestador de
serviço é indicada pela conjunção, total ou parcial, dos seguintes elementos: I - Manutenção de pessoal, materiais, máquinas, instrumentos ou
equipamentos necessários à prestação dos serviços;
II - Estrutura organizacional ou administrativa; III - Inscrição nos órgãos previdenciários; IV - Indicação, como domicílio fiscal, para efeitos de tributos
Federais, Estaduais e Municipais;
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V - Permanência ou ânimo de permanecer no local, para a exploração
econômica de prestação de serviços, exteriorizada através da indicação do endereço, em impressos ou formulários, locação ou título de propriedade de imóvel, independente de estar ou não, regularizado junto ao Município; Propaganda ou publicidade, fornecimento de energia elétrica ou água em nome do prestador, de seu representante ou do proprietário do imóvel, no caso de imóveis alugados.
Art. 39. A incidência do Imposto independe: I - Da existência do estabelecimento fixo; II - Do cumprimento de quaisquer outras exigências legais,
regulamentares ou administrativas, relativas à prestação dos Serviços; III - Do recebimento do preço ou resultado econômico, do serviço
prestado. Art. 40. O Contribuinte do Imposto, é o prestador dos serviços
especificados na Lista de Serviços - Anexo I desta Lei, a que se refere o artigo 35. § 1º Serão considerados contribuintes, ainda, os prestadores de
serviços como autônomos ou profissionais liberais, na forma do CNT - Cadastro Nacional do Trabalhador do MTPS - Ministério do Trabalho e da Previdência Social e regularmente cadastrados no Município, cujos serviços estejam previstos na Lista de Serviços – Anexo I desta Lei.
§ 2º Não serão considerados como contribuintes e, portanto, não
sujeitos ao ISSQN, os que prestam serviços em relação de emprego, os trabalhadores avulsos e os diretores e membros de conselhos consultivos ou fiscal de sociedades e fundações, bem como os sócios gerentes e os gerentes-delegados.
Art. 41. Atribui-se a responsabilidade pelo crédito tributário, inclusive
o que se refere à multa e aos acréscimos legais, à terceira pessoa vinculada ao fato gerador da respectiva obrigação como tomadora ou intermediária dos serviços, quando:
I - o serviço for proveniente do exterior do país ou cuja prestação se
tenha iniciado no exterior do país;
II – pessoa jurídica, ainda que imune ou isenta, for tomadora dos serviços descritos nos subitens 3.04, 7.02, 7.04, 7.05, 7.09, 7.10, 7.12, 7.14, 7.15, 7.17, 11.02, 17.05 e 17.09 da Lista de Serviços – Anexo I desta Lei.
§ 1º Os responsáveis a que se refere este artigo estão obrigados ao
recolhimento integral do imposto devido, multa e acréscimos legais, podendo para isso reter na fonte o ISSQN devido pelo prestador do serviço.
103
§ 2º Os responsáveis a que se refere este artigo continuam obrigados ao recolhimento integral do imposto devido, multa e acréscimos legais, mesmo que não tenham feito sua retenção na fonte, como previsto no parágrafo anterior.
§ 3º Para a retenção do imposto nos casos de que trata este artigo, a
base de cálculo é o preço dos serviços, aplicando-se a alíquota prevista para cada item na Lista dos Serviços – Anexo I desta Lei.
§ 4º O responsável, ao efetuar a retenção do imposto, deverá fornecer
comprovante ao prestador de serviços. § 5º Atribui-se ao contribuinte prestador do serviço em caráter
supletivo a responsabilidade pelo cumprimento total da referida obrigação. § 6º É responsável solidariamente com o prestador, o tomador dos
serviços relacionados no inciso II deste artigo, que lhe forem prestados sem a documentação fiscal correspondente, ou sem a prova de pagamento do imposto pelo prestador dos serviços.
§ 7º São igualmente solidariamente responsáveis conjuntamente com o
contratante e o empreiteiro da obra, o proprietário do bem imóvel, quanto aos serviços de construção, reforma, demolição e afins, prestados sem a documentação fiscal correspondente e sem prova de pagamento do imposto.
Art. 42. O imposto é devido a critério da repartição competente: I – pelo proprietário do estabelecimento ou do veículo de aluguel ou
de transporte coletivo, no território do município; II – pelo locador ou cedente do uso de bens móveis ou imóveis; Art. 43. Cada estabelecimento do mesmo sujeito passivo é
considerado autônomo para o efeito exclusivo de manutenção de livros e documentos fiscais e para recolhimento do imposto relativo aos serviços nele prestados, respondendo a empresa pelos débitos, acréscimos e multas referentes a quaisquer deles.
Seção II
Da Base de Cálculo e das Alíquotas Art. 44. A base de cálculo do imposto é o preço do serviço e será
calculado aplicando-se ao valor do serviço a alíquota indicada para cada um dos itens constantes da Lista de Serviços - Anexo I desta Lei.
Parágrafo Único. Quando os serviços descritos pelo item 3.04 da
Lista de Serviços - Anexo I desta Lei forem prestados também em território de outro ou outros municípios sob um mesmo contrato e em que não houver valor ou quantidade de serviços indicados especificamente para este Município, a base de cálculo será proporcional,
104
conforme o caso, à extensão da rodovia, dutos e condutos de qualquer natureza, ou ao número de postes, existentes em cada município.
Art. 45. Para a determinação do preço do serviço considera-se a
receita bruta a ele correspondente, sem nenhuma dedução, excetuados os descontos ou abatimentos concedidos independentemente de qualquer condição.
§ 1º Não se inclui na base de cálculo do ISSQN o valor do
fornecimento de mercadorias produzidas pelo prestador de serviços fora do local da prestação dos serviços, que fica sujeito ao ICMS, no caso dos serviços previstos nos subitens 7.02 e 7.05 da Lista de Serviços – Anexo I.
§ 2º A comprovação do valor do fornecimento de mercadorias
produzidas pelo prestador de serviços fora do local da prestação dos serviços, para efeito de sua não inclusão na base de cálculo do ISSQN, conforme § 1º deste artigo, deve ser feita, mediante a apresentação pelo prestador dos serviços, de cópias de notas fiscais emitidas para o fornecimento dessas mercadorias, com indicação do endereço da obra como endereço de destino das mercadorias.
§ 3º Os procedimentos nos casos de falta do preço indicado no caput
deste artigo, ou não sendo ele desde logo conhecido, serão definidos em regulamento. § 4º Nos casos em que o valor declarado na guia de recolhimento do
ISSQN indicar a utilização de preços notoriamente inferiores aos vigentes no mercado, a Fazenda Pública Municipal sem prejuízo das penalidades cabíveis poderá:
I - apurá-los, diante de dados ou elementos em poder do sujeito
passivo; II – arbitrá-los, nos termos do artigo 46. Art. 46. O preço dos serviços poderá ser arbitrado, mediante processo
regular, e nos termos regulamentares, nos casos em que a base de cálculo do imposto for incerta, não merecer crédito, não ter referências de mercado, a critério da fazenda pública municipal, sem prejuízo das penalidades cabíveis.
Art. 47. Quando o volume ou a modalidade da prestação de serviços
aconselhar, tratamento fiscal mais adequado, a critério da Prefeitura, o imposto poderá ser calculado por estimativa, mediante processo regular e nos termos do regulamento.
Art. 48. Os contribuintes enquadrados nos regimes previstos nos
artigos 46 e 47 serão comunicados na forma legal, ficando-lhes reservado, o direito de interposição de recurso no prazo de 30 (trinta) dias, contados do recebimento da comunicação.
Seção III
Da Inscrição, do Lançamento e da Arrecadação
105
Art. 49. O contribuinte deve promover sua inscrição no cadastro fiscal de prestadores de serviços, antes do início de suas atividades, fornecendo à Prefeitura os elementos e informações necessárias para a correta fiscalização do tributo, nos formulários oficiais próprios, na forma prevista em regulamento.
Art. 50. O contribuinte deve comunicar à Prefeitura, dentro do prazo
de 30 (trinta) dias corridos, contados da data de sua ocorrência, as alterações ou a cessação das atividades, para fins de atualização cadastral ou baixa de sua inscrição, só deferindo-se o pedido após a verificação da procedência da comunicação, sem prejuízo da cobrança dos tributos devidos ao Município.
Art. 51. A Prefeitura exigirá dos contribuintes, quando for o caso, a
emissão de Nota Fiscal de Serviços e a utilização de livros, formulários ou outros documentos necessários ao registro, controle e fiscalização dos serviços ou atividades tributáveis, sempre que tal exigência se fizer necessária em razão da peculiaridade da prestação, nos termos do Regulamento do Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza – ISSQN.
Parágrafo Único. A Prefeitura poderá exigir ainda, dos responsáveis
pelos serviços onde houver contratações ou sub-contratações, sejam elas através de Empreiteiras, de Profissionais Liberais ou Autônomos, a apresentação da relação destes, bem como os contratos firmados com os mesmos, a relação dos pagamentos efetuados e cópias de documentos de pagamento.
Art. 52. O recolhimento do Imposto Sobre Serviços de Qualquer
Natureza – ISSQN se dará mensalmente, até o décimo dia útil de cada mês subseqüente ao vencido, independentemente de prévio exame da autoridade administrativa, através de guias de recolhimento da Fazenda Pública Municipal.
Parágrafo Único. Nos casos de diversões públicas e outras, quando o
prestador do serviço não tiver estabelecimento fixo e permanente no Município, cujo preço seja cobrado mediante bilhetes ou ingressos, o ISSQN será recolhido antecipadamente, com base no valor total dos mesmos, preenchendo-se formulários próprios ou, em caso excepcional, no próprio local, através de fiscais credenciados para recebimentos, com base no valor dos ingressos ou bilhetes vendidos.
Art. 53. O contribuinte poderá ser lançado de ofício, a juízo da
Fazenda Pública Municipal, caso incida nas situações previstas no § 3º do artigo 45, nos artigos 46 e 47, devendo recolher aos cofres da Fazenda Pública Municipal, nos valores e prazos previstos no aviso de lançamento.
Parágrafo Único. Os lançamentos de ofício serão comunicados ao
contribuinte, no seu domicílio tributário acompanhados do auto de infração e imposição de multa, se houver.
Art. 54. Quando o contribuinte quiser comprovar com documentação
hábil, a critério da Fazenda Pública Municipal, a inexistência de resultado econômico, por não
106
ter prestado serviços tributáveis pelo Município no período, deve fazer a comprovação no prazo estabelecido por este Código para o recolhimento do Imposto.
Art. 55. O prazo para homologação do cálculo do contribuinte é de 5
(cinco) anos contados da data da ocorrência do fato gerador, salvo se comprovada a existência de dolo, fraude ou simulação do contribuinte.
§ 1º Em ocorrendo ação fiscal para verificação da regularidade dos
recolhimentos efetuados para fins de homologação, o período de 5 (cinco) anos a ser fiscalizado previsto no caput deste artigo se inicia na data da ocorrência do fato gerador e termina na data de notificação ao sujeito passivo de qualquer medida inicial preparatória à ação fiscal com a finalidade de apurar eventual crédito tributário devido ou cumprimento de obrigações acessórias e indispensáveis ao respectivo lançamento, nos termos do artigo 137 do Código Tributário do Município.
§ 2º O Termo de Início de Fiscalização é o documento apto de
notificação ao contribuinte do início da ação fiscal prevista no parágrafo 1º acima. § 3º As diferenças de ISSQN apuradas em levantamento fiscal nas
situações previstas no § 1º, constarão de auto de infração e deverão ser recolhidas dentro do prazo de 30 (trinta) dias contínuos, contados da data do recebimento da respectiva notificação, sem prejuízo das penalidades cabíveis.
Seção IV
Das Obrigações do Contribuinte
Art. 56. As empresas e sociedades contribuintes do ISSQN deverão manter livros, documentos, talonários de notas fiscais e outros elementos necessários ao registro, controle e fiscalização dos serviços ou atividades tributáveis, nos termos do Regulamento do Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza – ISSQN.
Art. 57. O contribuinte deverá manter a escrituração correta de suas
atividades sujeitas à cobrança do ISSQN, nos termos desta Lei, de forma a permitir a diferenciação das receitas específicas do ISSQN de eventuais outras atividades.
Art. 58. O contribuinte deverá obrigatoriamente e antecipadamente,
solicitar ao órgão fazendário municipal autorização para confecção de talões de notas fiscais de prestação de serviço.
Seção V
Da Isenção Art. 59. São isentos do Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza
- ISSQN: I - as entidades de filantropia e benemerência;
107
II - as promoções, espetáculos ou festivais promovidos por entidades de fins culturais e assistenciais, sem fins lucrativos, cuja renda destina-se às suas próprias atividades;
III - os hospitais que mantenham mensalmente à disposição da
administração municipal sem ônus, no mínimo 10% (dez por cento) dos leitos existentes; IV - as atividades individuais de rendimento mensal não superior a 01
(um) salário mínimo vigente; V - Os espetáculos beneficentes promovidos por amadores. Art. 60. As isenções de que trata o artigo anterior, deverão ser
solicitadas ao Chefe do Poder Executivo Municipal, por requerimento instruído com as provas do cumprimento das exigências necessárias para a sua concessão. 67
§ 1º A isenção prevista no inciso IV do artigo anterior, será concedida
mediante requerimento do contribuinte, específico para cada caso, acompanhado de declaração em formulário próprio, fornecido pela Prefeitura Municipal de Joanópolis, de que preenche os requisitos exigidos para a concessão da isenção, assinada e com firma reconhecida em Cartório. 68
§ 2º Comprovada a falsidade da declaração citada no parágrafo
anterior, será indeferida a solicitação ou cancelada a isenção concedida, além da tomada de outras medidas previstas neste Código, sem prejuízo das medidas judiciais cabíveis. 69
§ 3º Os contribuintes que já obtiveram a isenção de que trata este
artigo, ficam desobrigados de requerê-la novamente, exceto se as condições que lhe permita requerer a isenção forem alteradas. 70
§ 4º O Poder Executivo Municipal poderá, a qualquer tempo, notificar
o contribuinte isento a apresentar demonstração atualizada do preenchimento das condições autorizadoras da isenção. O não atendimento à notificação implica no cancelamento da isenção para o exercício subseqüente. 71
Seção VI
Das Penalidades Art. 61. Ao contribuinte que não cumprir o disposto no Artigo 49,
será imposta a multa equivalente a 5% (cinco por cento) do valor do imposto devido, desde o início de suas atividades, até a data da regularização da inscrição voluntária ou de ofício.
67 Redação alterada conforme Lei Complementar nº 11/2007. 68 Redação alterada conforme Lei Complementar nº 11/2007. 69 Redação alterada conforme Lei Complementar nº 11/2007.
70 § 3º inserido conforme Lei Complementar nº 11/2007. 71 § 4º inserido conforme Lei Complementar nº 11/2007.
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Art. 62. Ao contribuinte, enquadrado nos regimes previstos no
parágrafo 3º do artigo 45, nos artigos 46 e 47, que não cumprir o disposto no artigo 49, será imposta a multa equivalente a 5% (cinco por cento) do valor anual do imposto estimado ou arbitrado, até a data da regularização da inscrição voluntária ou de ofício.
Art. 63. O não cumprimento, por parte do contribuinte, das
determinações previstas nos artigos 61 e 62 desta Lei, estará este sujeito à imposição da cessação e suspensão de suas atividades pela Administração.
Art. 64. Pelo descumprimento do disposto no Artigo 50, será imposta
a multa equivalente a 5% (cinco por cento) do valor do imposto devido no mês da ocorrência, ou no ano em que se verificaram as alterações ou a cessação de atividades, conforme a omissão das obrigações tributárias acessórias praticadas, pelo contribuinte.
Art. 65. Ao contribuinte que não possuir a documentação fiscal a que
se refere o Artigo 51, será imposta a multa equivalente a 5% (cinco por cento) do valor do imposto devido, que seja apurado pela fiscalização em decorrência de arbitramento do preço de acordo com as suas atividades.
Art. 66. A falta de pagamento do imposto, no prazo fixado no Artigo
52 e seu Parágrafo Único, ou, quando for o caso, no prazo fixado no Artigo 53, ou quando ainda ocorrer pagamento do imposto em importância menor que a efetivamente devida, em sendo a infração corrigida por iniciativa do contribuinte e não apurada através de ação fiscal, sujeitará o contribuinte:
I - a correção do débito, calculada mediante a aplicação de índice de
preços reconhecido pelo Governo Federal, para a atualização do valor dos créditos tributários; II - à multa de 5% (cinco por cento) sobre o valor do débito corrigido; III - juros moratórios à razão de 1% (um por cento) ao mês ou fração,
incidente sobre o valor originário. Parágrafo Único. Quando a falta de pagamento caracterizada no
caput deste artigo for apurada através de ação fiscal, a multa prevista no inciso II passará a ser de 50% (cinqüenta por cento) sobre o valor do débito corrigido, além de serem mantidos a correção do débito e o pagamento dos juros previstos nos seus demais incisos.
Art. 67. Ao responsável que descumprir o que determina o artigo 41
será aplicada multa de 10% (dez por cento) do imposto devido pelo prestador do serviço que deixou de reter na fonte, quando este também não o tenha recolhido à Fazenda Publica Municipal.
Art. 68. Ao responsável previsto no artigo 41 que retiver na fonte o
ISSQN devido pelo prestador de serviços e deixar de recolhê-lo à Fazenda Pública Municipal no prazo de 5 (cinco) dias, será aplicada multa de 50% (cinqüenta por cento) do valor do
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imposto retido e não recolhido no prazo previsto, além da obrigação do recolhimento imediato do valor retido e de outras cominações legais que lhe forem imputáveis.
Art. 69. Ao contribuinte que incorrer nas situações previstas no
parágrafo 4º do artigo 45, será aplicada multa de 20% (vinte por cento) do imposto correto devido que for apurado, além do pagamento integral deste.
Art. 70. Ao contribuinte que incorrer em qualquer infração ao artigo
56 e a qualquer dos procedimentos estabelecidos no Regulamento do Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza – ISSQN a ele atinentes, será imposta multa de 2 (duas) Unidades Fiscais do Município por infração verificada até o limite de 10 (dez) Unidades Fiscais do Município.
Art. 71. A aplicação de penalidade não isenta o contribuinte do
pagamento do imposto eventualmente apurado, nem impede a Fazenda Pública Municipal de praticar outros atos necessários à correção da falta cometida.
Seção VII
Da Responsabilidade Tributária Art. 72. A pessoa física ou jurídica de direito privado que adquirir de
outra, por qualquer título, estabelecimento profissional de prestação de serviços, e continuar a exploração do negócio, sob a mesma ou outra razão social, ou sob firma ou nome individual, será responsável pelo imposto adquirido, devido até a data desse ato:
I – integralmente, se o alienante cessar a exploração da atividade; II – subsidiariamente, com o alienante, se este prosseguir na
exploração ou iniciar, dentro de seis meses a contar da data da alienação, nova atividade, do mesmo ou de outro ramo de prestação de serviços.
Parágrafo Único. O disposto neste artigo aplica-se aos casos de
extinção de pessoas jurídicas de direito privado, quanto a exploração da respectiva atividade seja continuada por qualquer sócio remanescente, ou seu espólio, sob a mesma ou outra razão social, ou sob firma individual.
Art. 73. A pessoa jurídica de direito privado que resultar da fusão,
transformação ou incorporação de outra ou em outra, será responsável pelo imposto devido pelas pessoas jurídicas fundidas, transformadas ou incorporadas, até a data dos atos que geraram essa alteração.
Seção VIII
Do Pagamento Indevido Art. 74. O sujeito passivo tem direito, independentemente de prévio
protesto, à restituição total ou parcial do tributo, seja qual for à modalidade do seu pagamento, nos seguintes casos:
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I - cobrança ou pagamento espontâneo de tributo indevido ou maior
que o devido em face da legislação tributária aplicável, ou da natureza ou circunstância materiais do fato gerador efetivamente ocorrido;
II – erro na identificação do sujeito passivo, na determinação da
alíquota aplicável, no cálculo do montante do débito ou na elaboração ou conferência de qualquer documento relativo ao pagamento;
III – reforma, anulação, revogação ou rescisão de decisão
condenatória. § 1º A restituição de tributos que comporte, por sua natureza,
transferência do respectivo encargo financeiro somente será feita a quem prove haver assumido o referido encargo, ou, no caso de tê-lo transferido a terceiro, estar por esse expressamente autorizado a fazê-lo.
§ 2º A restituição total ou parcial dos tributos dá lugar à restituição, na
mesma proporção, dos juros de mora e das penalidades pecuniárias, salvo as referentes às infrações de caráter formal não prejudicada pela causa da restituição.
§ 3º O direito de pleitear a restituição extingue-se com o decurso do
prazo de 5 (cinco) anos, contados: I – nas hipóteses dos incisos I e II deste artigo, da data da extinção do
crédito tributário; II - na hipótese do inciso III deste artigo, da data em que se tornar
definitiva a decisão administrativa ou passar em julgado a decisão judicial que tenha reformado, anulado, revogado ou rescindido a decisão condenatória.
CAPÍTULO III
Do Imposto sobre a Transmissão de Bens Imóveis e de Direitos a eles Relativos - ITBI
Seção I Do Fato Gerador e do Contribuinte
Art. 75. O ITBI, imposto sobre a transmissão "inter vivos", a qualquer
título, por ato oneroso, de bens imóveis e de direitos reais sobre eles, tem como fato gerador: I - a transmissão de bem imóvel por natureza ou por acessão física; II - a transmissão de direitos reais sobre bens imóveis, exceto os
direitos reais de garantia; III - a cessão de direitos relativos à aquisição de bens imóveis.
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Art. 76. O fato gerador do ITBI ocorrerá no território do Município da
situação do bem e no ato de ocorrência prevista no artigo anterior.
Art. 77. O imposto incidirá, especificamente, sobre: I - a compra e venda;
II - a dação em pagamento;
III - a permuta;
IV - o mandato em causa própria, ou com poderes equivalentes, para a
transmissão de bem imóvel e respectivo subestabelecimento, ressalvado o caso em que o mandatário receber a escritura definitiva do imóvel;
V - a arrematação, a adjudicação e a remissão;
VI - as divisões de patrimônio comum ou partilha, quando for atribuído a um dos cônjuges, separado ou divorciado, valor dos bens imóveis acima da respectiva meação;
VII - as divisões para extinção de condomínio de bem imóvel, quando for recebida, por qualquer condômino, quota-parte material cujo valor seja maior que o de sua quota-parte ideal;
VIII - o usufruto, a enfiteuse e a subenfiteuse;
IX - as rendas expressamente constituídas sobre bens imóveis;
X - a cessão de direito do arrematante ou adjudicatário, depois de assinado o auto de arrematação ou adjudicação;
XI - a cessão de direito decorrente de compromisso de compra e venda de promessa de cessão;
XII - a cessão de direito de concessão real de uso;
XIII - a cessão de direitos a usucapião;
XIV - a cessão de direitos a usufruto;
XV - a cessão de direitos a sucessão;
112
XVI - a cessão de benfeitorias e construções em terreno
compromissado a venda ou alheio;
XVII - a cessão física, quando houver pagamento de indenização;
XVIII - a cessão de direitos possessórios;
XIX - a promessa de transmissão de propriedade, por intermédio de compromisso devidamente quitado;
XX - a constituição de rendas sobre bens imóveis;
XXI - todos os demais atos onerosos translativas de bens imóveis, por natureza ou acessão física, e constitutivos de direitos reais sobre bens imóveis e demais cessões de direitos a eles relativos.
Art. 78. O ITBI não incide sobre a transmissão de bens imóveis ou
direitos a eles relativos quando:
I - o adquirente for a União, os Estados, o Distrito Federal, os Municípios e respectivas Autarquias e Fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público para atendimento de suas finalidades essenciais;
II - o adquirente for entidade religiosa, e ocorrer para atendimento de suas finalidades essenciais;
III - o adquirente for partido político ou suas fundações, entidades sindicais de trabalhadores, instituições de educação e assistência social sem fins lucrativos que preencham os requisitos do § 7º deste artigo, e o façam para atendimento de suas finalidades essenciais;
IV - efetuada para incorporação ao patrimônio de pessoa jurídica em
realização de capital;
V - decorrente de fusão, incorporação, cisão ou extinção de pessoa jurídica;
VI - efetuada a transferência de imóveis desapropriados para fins de reforma agrária;
VII - o bem imóvel voltar ao domínio do antigo proprietário por força de retrovenda, retrocessão, pacto de melhor comprador ou condição resolutiva, caso em que
113
não será restituído o imposto que tenha sido pago pela transmissão originária;
VIII - da lavratura, pelo Cartório de Notas, da escritura de compra e venda definitiva, posteriormente ao compromisso de compra e venda previsto no inciso XI do Art. 77 desta Lei, do processo de usucapião ou do inventário, posteriormente à cessão de direitos previstos nos incisos XIII, XV e XVIII do Art. 77, desde que relativos ao mesmo negócio e que o ITBI já tenha sido recolhido no momento da cessão de direitos previstos nos citados incisos, devendo ser cobrada a diferença do imposto caso esse valor recolhido seja menor do que o previsto para o imóvel, nos termos deste Código, no momento da lavratura da escritura de compra e venda, da concessão definitiva do usucapião ou da efetivação do inventário.
§ 1º O ITBI não incide sobre a transmissão, aos mesmos alienantes, dos bens e direitos adquiridos na forma do inciso IV deste artigo, em decorrência da sua desincorporação do patrimônio da pessoa jurídica a que foram conferidos.
§ 2º O disposto nos incisos IV e V deste artigo não se aplica quando a
pessoa jurídica adquirente tenha como atividade preponderante a compra e venda de bens imóveis ou direitos, locação de bens imóveis ou arrendamento mercantil.
§ 3º Considera-se caracterizada a atividade preponderante, referida no
parágrafo anterior, quando mais de 50% (cinqüenta por cento) da receita operacional da pessoa jurídica adquirente, nos dois anos anteriores e nos dois anos subsequentes à aquisição, decorrer de transações mencionadas no parágrafo anterior.
§ 4º Se a pessoa jurídica adquirente iniciar suas atividades após a
aquisição ou menos de dois anos antes dela, apurar-se-á a preponderância, referida nos parágrafos anteriores, levando-se em conta os três primeiros anos seguintes à data da aquisição.
§ 5º Verificada a preponderância a que se referem os parágrafos
anteriores, tornar-se-á devido o ITBI, nos termos da lei vigente, à data da aquisição e sobre o valor atualizado do bem imóvel ou dos direitos sobre ele.
§ 6º Não se considera preponderante a atividade, para os efeitos do §
2º deste artigo, quando a transmissão de bens ou direitos for realizada em conjunto com a da totalidade do patrimônio da pessoa jurídica alienante.
§ 7º As instituições de educação e assistência social deverão observar
os seguintes requisitos: a) não distribuir qualquer parcela de seu patrimônio ou de suas rendas
a título de lucro ou participação no resultado;
114
b) aplicar integralmente no Brasil os seus recursos, na manutenção e no desenvolvimento dos seus objetivos sociais;
c) manter escrituração de suas respectivas receitas e despesas em livros revestidos de formalidades capazes de assegurar perfeita exatidão.
Art. 79. Será devido novo ITBI quando as partes resolverem a retratação do contrato que já houver sido celebrado.
Art. 80. O contribuinte do ITBI é o adquirente ou cessionário de bem
imóvel ou do direito a ele relativo. Art. 81. São solidariamente responsáveis pelo pagamento do imposto
devido: I - o transmitente e o cedente nas transmissões que se efetuarem sem o
pagamento do ITBI; II - os tabeliães, escrivães e demais serventuários de ofício, desde que
o ato de transmissão tenha sido praticado por eles ou perante eles.
Seção II Da Base de Cálculo, da Alíquota e do Recolhimento
Art. 82. A base de cálculo do imposto é o valor venal dos bens ou
direitos transmitidos, conforme estabelecido no Título II deste Código. 72 § 1º Não serão abatidas do valor venal quaisquer dívidas que onerem o
imóvel transmitido. § 2º Nas cessões de direito à aquisição será deduzido, da base de
cálculo, o valor ainda não pago pelo cedente. Art. 83. A base de cálculo do ITBI relativo a imóveis urbanos, deverá
ser o valor constante do instrumento de transmissão ou cessão. § 1º Prevalecerá o valor venal do imóvel, apurado no exercício com
base nos dispositivos deste Código, quando o valor referido no "caput" deste artigo for inferior a ele.
§ 2º Na arrematação, na adjudicação e na remissão de bens imóveis, a
base de cálculo do ITBI será o valor estabelecido pela avaliação ou o preço pago, se este for maior.
72 Alterado pela Lei Complementar 02/98.
115
§ 3º Nos casos de divisão do patrimônio comum, de partilha ou de
extinção de condomínio, a base de cálculo do ITBI será o valor da fração ideal superior à meação ou à parte ideal.
§ 4º Nas rendas expressamente constituídas sobre imóveis, usufruto,
enfiteuse, subenfiteuse e na cessão de direitos e acessão física, a base de cálculo do ITBI será o valor do negócio jurídico.
§ 5º O valor mínimo fixado como base de cálculo do ITBI, para os
imóveis referidos no parágrafo anterior, será: a) nas rendas expressamente constituídas sobre imóveis, o valor do
negócio ou 30% (trinta por cento) do valor venal do imóvel, se maior; b) no usufruto e na cessão de seus direitos, o valor do negócio jurídico
ou 70% (setenta por cento) do valor venal do imóvel, se maior; c) na enfiteuse e subenfiteuse, o valor do negócio jurídico ou 80%
(oitenta por cento) do valor venal do imóvel, se maior; d) no caso de acessão física, o valor da indenização; e) na concessão de direito real de uso, a base de cálculo será o valor
do negócio jurídico ou 40% (quarenta por cento) do valor venal do imóvel, se maior.
Art. 84. Para efeito de recolhimento do ITBI relativo a imóveis rurais, deverá ser utilizado o valor constante do instrumento de transmissão ou cessão.
§ 1º Prevalecerá o valor do imóvel apurado pelos métodos
estabelecidos neste Código, quando o valor referido no “caput” for inferior a este. § 2º Os valores das construções na zona rural, ou na área de expansão
urbana, serão os mesmos estabelecidos para as construções urbanas, de acordo com os critérios estabelecidos neste Código.
§ 3º Os valores referidos no "caput" deste artigo não poderão ser
inferiores ao valor fundiário devidamente atualizado, aplicando-se, se for o caso, os índices da correção monetária à data do recolhimento do ITBI.
§ 4º Na arrematação, na adjudicação e na remição de bens imóveis, a
base de cálculo será o valor estabelecido pela avaliação ou o preço pago, se este for maior. § 5º Nos casos de divisão do patrimônio comum, partilha ou extinção
de condomínio, a base de cálculo será o valor da fração ideal superior à meação ou à parte ideal.
§ 6º Nas rendas expressamente constituídas sobre imóveis, usufruto,
116
enfiteuse, subenfiteuse e na cessão de direitos e acessão física, a base de cálculo será o valor do negócio jurídico ou:
a) 30% (trinta por cento) do valor venal do imóvel, se maior, no caso
de rendas expressamente constituídas sobre imóveis; b) 70% (setenta por cento) do valor venal do imóvel, se maior, no
caso de usufruto e na cessão de seus direitos; c) 80% (oitenta por cento) do valor venal do imóvel, se maior, no caso
de enfiteuse e subenfiteuse; d) 40% (quarenta por cento) do valor venal do imóvel, se maior, no
caso de concessão de direito real de uso.
Art. 85. Para determinação do ITBI, em qualquer situação, será aplicada a alíquota de 2% (dois por cento) sobre a base de cálculo. 73 74
Parágrafo único. Do valor total do imposto arrecadado, fica o
Executivo Municipal obrigado a transferir 9% (nove por cento), para a Secretaria Municipal de Agricultura, Abastecimento e Meio Ambiente, especificamente, para o custeio de despesas relacionadas ao meio ambiente. 75 76
Art. 86. O ITBI será pago antes da data do ato de lavratura do
instrumento de transmissão dos bens imóveis e direitos a eles relativos. Parágrafo único. Recolhido o imposto, os atos ou contratos
correspondentes deverão ser efetivados no prazo de noventa dias, sob pena de caducidade do documento de arrecadação.
Art. 87. Na arrematação, adjudicação ou remição, o ITBI será pago
dentro de trinta dias desses atos, antes da assinatura da respectiva carta e mesmo que esta não seja extraída.
Art. 88. Nas transmissões decorrentes de termo e de sentença
judiciais, o ITBI será recolhido trinta dias após a data da assinatura do termo ou do trânsito em julgado da sentença.
Art. 89. Nas promessas ou compromissos de compra e venda, é
facultado efetuar-se o pagamento do ITBI a qualquer tempo, desde que dentro do prazo fixado para o pagamento do preço do bem imóvel.
§ 1º Optando-se pela antecipação do pagamento a que se refere este
artigo, tomar-se-á por base o valor do bem imóvel, calculado pelos critérios estabelecidos
73 Artigo alterado pela Lei Complementar nº 08/2005 74 Artigo alterado pela Lei Complementar nº 14/2009 75 Parágrafo único inserido pela Lei Complementar nº 08/2005 76 Parágrafo único do art. 85 alterado pela Lei Complementar nº 13/2009
117
neste Código ou o que for registrado no negócio, se maior, na data em que for efetuada a antecipação, ficando o contribuinte exonerado do pagamento do ITBI sobre o acréscimo do valor verificado no momento da escritura definitiva.
§ 2º Na situação prevista no parágrafo anterior, verificada a redução
do valor do bem imóvel, não se restituirá a diferença do ITBI correspondente. Art. 90. O ITBI será restituído quando indevidamente recolhido ou
quando não se efetivar o ato ou contrato, por força do qual tenha sido pago.
Art. 91. A arrecadação do ITBI far-se-á mediante guia, conforme modelo aprovado pela Administração Municipal.
Parágrafo único. O contribuinte é obrigado, no ato da lavratura do
instrumento de transmissão dos bens imóveis e direitos a eles relativos, a preencher a Declaração Cadastral sobre Operações Imobiliárias - DCOI, conforme o modelo oficial fornecido pelo Município e encaminhá-lo ao órgão de arrecadação municipal no prazo de quinze dias dessa data.
Art. 92. Os tabeliães, escrivães e demais serventuários de ofício não
praticarão quaisquer atos atinentes a seu ofício, nos instrumentos públicos ou particulares relacionados com a transmissão de bens imóveis ou de direitos a eles relativos, sem a prova do pagamento do imposto instituído.
§ 1º Os tabeliães, escrivães e demais serventuários de ofício, são
obrigados a comunicar, até o décimo dia do mês subsequente à prática do ato, todos os translativos de domínio imobiliário, mediante o preenchimento de impresso próprio, segundo modelo aprovado pela Administração Municipal e transcreverão o respectivo recibo no instrumento, termo ou escritura, que lavrarem.
§ 2º Na hipótese de transmissão por instrumento particular, as guias
serão preenchidas pelo próprio contribuinte. § 3º As guias serão expedidas mesmo em caso de não incidência,
imunidade ou isenção, devendo ser assinadas pelos serventuários que as preencherem ou pelos contribuintes.
§ 4º Anteriormente aos atos, em qualquer uma das hipóteses previstas
nos parágrafos anteriores, as guias serão apresentadas ao setor competente da Municipalidade, para a conferência e autorização de seu recolhimento.
§ 5º O modelo padrão da guia de recolhimento do ITBI, bem como as
revisões eventualmente necessárias, serão determinados por ato do Poder Executivo Municipal.
Art. 93. O ITBI será recolhido com base no valor constante da
escritura, termo ou instrumento particular de transmissão ou cessão, observado o disposto nos parágrafos seguintes.
118
§ 1º Na hipótese de cessão de direitos decorrentes de compromisso de compra e venda, a parte do preço ainda não paga pelo cedente será deduzida da base de cálculo.
§ 2º Para efeito de recolhimento do ITBI, o valor referido no "caput"
deste artigo não poderá ser inferior ao valor utilizado, no exercício, para base de cálculo do Imposto Predial e Territorial Urbano, atualizado monetariamente de acordo com a variação dos índices oficiais correspondentes ao período de 1º de janeiro à data em que for lavrada a escritura ou instrumento particular.
§ 3º Se o contribuinte não houver ainda sido notificado do lançamento
do IPTU no exercício, deverá apresentar certidão de valor venal expedida pelo órgão próprio da Prefeitura, devendo tal circunstância constar da respectiva escritura ou instrumento de transmissão.
§ 4º Se não houver lançamento do IPTU relativo ao imóvel objeto de
transmissão ou cessão, os atos translativos somente serão celebrados mediante apresentação de certidão dessa circunstância, expedida pelo órgão próprio da Prefeitura, devendo seu teor constar da respectiva escritura ou instrumento.
§ 5º Para efeito de custas e emolumentos, o valor venal será o
constante do recibo certificado no cadastro do INCRA ou no cadastro do IPTU, conforme o caso.
Art. 94. Sem prejuízo das penalidades cabíveis, o valor tomado como
base para recolhimento do ITBI poderá ser arbitrado, sempre que os esclarecimentos e as declarações prestadas, os documentos expedidos e os recolhimentos efetuados pelo sujeito passivo ou por sujeito legalmente obrigado, sejam omissos ou não mereçam fé.
Parágrafo único. Para determinação do valor arbitrado e conseqüente
cálculo do ITBI, serão consideradas, isolada ou conjuntamente, as informações a seguir: a) preços correntes das transações e das ofertas de venda no mercado
imobiliário; b) custos de construção; c) locações correntes;
d) características da região em que se situa o imóvel; e) outros dados informativos, tecnicamente reconhecidos.
Art. 95. O setor de arrecadação municipal expedirá, na forma própria,
as instruções que se fizerem necessárias ao recolhimento do ITBI. Art. 96. Os serventuários de justiça estão obrigados a facultar, aos
encarregados da fiscalização municipal, o exame, em cartório, dos livros, autos e papéis que interessem à arrecadação do ITBI.
TÍTULO II Da Planta Genérica de Valores
CAPÍTULO I
Da Criação
119
Art. 97. Fica instituída a Planta Genérica de Valores que servirá de base para cálculo dos valores dos imóveis no município de Joanópolis, conforme as regras estabelecidas neste Título e valores constantes em Lei. 77
CAPÍTULO II Da Avaliação dos Terrenos Urbanos
Art. 98. Na avaliação dos terrenos, definidos no inciso I do Art. 11
deste Código, deverão ser levados em consideração os seguintes fatores, a eles relacionados: I - f1, relativo à profundidade; II - f2, relativo ao tamanho da frente; III - f3, relativo à topografia; IV - f4, relativo à consistência do solo; V - f5, relativo à existência de melhoramento público; VI - f6, relativo à localização em esquina; VII - f7, relativo à localização em área de influência comercial.
Art. 99. Ao fator relativo à profundidade - f1, serão atribuídos os
seguintes valores, de acordo com a distância máxima - P, entre a frente e o fundo do terreno avaliado:
I - para terrenos com P menor que dez metros, f1 será igual a 0,70
(setenta centésimos);
II - para terrenos com P maior ou igual a dez metros e menor que vinte metros, f1 será igual a 0,85 (oitenta e cinco centésimos);
III - para terrenos com P maior ou igual a vinte metros e menor ou igual a quarenta metros, f1 será igual a um;
IV - para terrenos com P maior que quarenta metros e menor ou igual a oitenta metros, f1 será igual a 0,85 (oitenta e cinco centésimos);
V - para terrenos com P maior que oitenta metros, f1 será igual a 0,70 (setenta centésimos).
Art. 100. Ao fator relativo ao tamanho da frente - f2, serão atribuídos
77 Alterado pela Lei Complementar 02/98.
120
os seguintes valores, de acordo com o tamanho da frente do terreno avaliado, assim definido em escritura pública:
I - para terrenos com frente inferior a 50% (cinqüenta por cento) da
frente-padrão para referência da área em que se localiza, f2 será igual a 0,85 (oitenta e cinco centésimos);
II - para terrenos com frente maior ou igual a 50% (cinqüenta por cento) e menor que 75% (setenta e cinco por cento) da frente-padrão para referência da área em que se localiza, f2 será igual a 0,90 (noventa centésimos);
III - para terrenos com frente maior ou igual a 75% (setenta e cinco por cento) e menor que 95% (noventa e cinco por cento) da frente-padrão para referência da área em que se localiza, f2 será igual a 0,95 (noventa e cinco centésimos);
IV - para terrenos com frente maior ou igual a 95% (noventa e cinco por cento) e menor que 105% (cento e cinco por cento) da frente-padrão para referência da área em que se localiza, f2 será igual a um;
V - para terrenos com frente maior ou igual a 105% (cento e cinco por cento) e menor que 125% (cento e vinte e cinco por cento) da frente-padrão para referência da área em que se localiza, f2 será igual a 1,05 (um inteiro e cinco centésimos);
VI - para terrenos com frente maior ou igual a 125% (cento e vinte e cinco por cento) e menor que 150% (cento e cinqüenta por cento) da frente-padrão para referência da área em que se localiza, f2 será igual a 1,10 (um inteiro e dez centésimos);
VII - para terrenos com frente maior ou igual a 150% (cento e cinqüenta por cento) da frente-padrão para referência da área em que se localiza, f2 será igual a 1,15 (um inteiro e quinze centésimos).
Parágrafo único. As frentes-padrão para referência, a que se refere este artigo, serão de:
a) dez metros no Jardim Bela Vista, Jardim Cruzeiro, Jardim São
João, Conjunto Habitacional Joanópolis A e Conjunto Habitacional Joanópolis B, Centro Zona 1 e Centro Zona 2;
b) doze metros no Jardim São Luiz; c) vinte e cinco metros no loteamento Porto Danalis. Art. 101. Ao fator relativo à topografia - f3, serão atribuídos valores,
de acordo com a situação do terreno avaliado, conforme segue: I - para terrenos planos f3 será igual a um;
II - para terrenos caído para os fundos com inclinação de até 5%
(cinco por cento), f3 será igual a 0,95 (noventa e cinco centésimos);
III - para terrenos caído para os fundos com inclinação superior a 5%
121
(cinco por cento) e inferior ou igual a 10% (dez por cento), f3 será igual a 0,90 (noventa centésimos);
IV - para terrenos caídos para os fundos com inclinação superior a 10% (dez por cento), f3 será igual a 0,80 (oitenta centésimos);
V - para terrenos caídos para a frente com inclinação de até 5% (cinco por cento), f3 será igual a 0,95 (noventa e cinco centésimos);
VI - para terrenos caídos para a frente com inclinação superior a 5% (cinco por cento), f3 será igual a 0,90 (noventa centésimos).
Art. 102. Ao fator relativo à consistência do solo - f4, serão atribuídos valores, de acordo com a situação do terreno avaliado, conforme segue:
I - para terrenos com solo seco, f4 será igual a um;
II - para terrenos brejosos ou pantanosos, f4 será igual a 0,60 (sessenta
centésimos);
III - para terrenos inundáveis, f4 será igual a 0,70 (setenta centésimos);
IV - para terrenos pedregosos, f4 será igual a 0,80. Art. 103. O valor do fator relativo à existência de melhoramento
público - f5, será composto pela soma dos valores atribuídos a cada um dos melhoramentos disponíveis no ponto em que se localiza o terreno avaliado, conforme relação a seguir:
I - sistema para fornecimento de água: 0,15 (quinze centésimos);
II - sistema de escoamento de águas pluviais: 0,05 (cinco centésimos);
III - sistema para coleta de esgoto: 0,10 (dez centésimos);
IV - guias e sarjetas: 0,10 (dez centésimos);
V - sistema para fornecimento de energia elétrica domiciliar: 0,15
(quinze centésimos);
VI - sistema de iluminação pública: 0,10 (dez centésimos);
VII - pavimentação: 0,25 (vinte e cinco centésimos);
122
VIII - sistema de telefonia: 0,05 (cinco centésimos);
IX - arborização: 0,05 (cinco centésimos).
Parágrafo único. Para os fins deste artigo, considera-se beneficiado
por arborização o imóvel que se situe em quarteirão que conte com, em média, pelo menos uma árvore a cada cinqüenta metros, cujo diâmetro do caule à altura de um metro e trinta centímetros do solo seja igual ou superior a dez centímetros.
Art. 104. O valor do fator relativo à localização em esquina - f6, será de 1,10 (um inteiro e dez centésimos) caso o terreno tenha mais de uma frente, e de um, em caso contrário.
Art. 105. O valor do fator relativo à localização em área de influência
comercial - f7, será de 1,10 (um inteiro e dez centésimos) para os terrenos localizados em áreas sujeitas à influência de comércio, as quais são indicados a seguir, e de um nos demais casos:
I - Rua Antonio Ferreira de Almeida, inteira;
II - Largo São João, inteiro;
III - Rua Luiz Figueiredo, inteira;
IV - Praça Padre Domingos Segurado, inteira;
V - Rua Fioravante Tucci, inteira;
VI - Rua Anselmo Caparica, do nº 17 ao nº 72, de ambos os lados;
VII - Rua João Tibúrcio, inteira;
VIII - Rua Francisco Wohlers, do nº 57 ao nº 756, de ambos os lados;
IX - Rua Jorge Honorato Montenegro, do nº 34 ao nº 143, de ambos
os lados;
Art. 106. Na avaliação de terrenos que apresentem variação das condições dos fatores f3, descritas no Art. 101, e/ou f4, descritas no Art. 102, deverá ser considerada a situação predominante, para atribuição de valor ao respectivo fator.
§ 1º Será considerada predominante a situação cuja área de influência
123
verifique-se em mais de 80% (oitenta por cento) da área total do terreno avaliado. § 2º Caso não seja possível determinar a predominância, deverá ser
feita a composição de valores dos fatores relativos a cada situação verificada, proporcionalmente à área de influência dessas situações no terreno avaliado.
Art. 107. O valor do terreno - Vt, será obtido da multiplicação de sua
área - S, em metros quadrados, pelos fatores indicados nos artigos 98 a 105 e pelo valor-padrão do metro quadrado - Vp, indicado em Lei e obtido de acordo com sua localização, conforme indica a fórmula a seguir: Vt=S∗f1∗f2∗f3∗f4∗f5∗f6∗f7∗Vp. 78
Art. 108. O valor do terreno - Vt, indicado no Art. 107 será utilizado
como base de cálculo para o Imposto Predial e Territorial Urbano - IPTU e para o Imposto sobre Transmissão de Bens Imóveis e Direitos a eles relativos - ITBI.
CAPÍTULO III 79 Da Avaliação dos Terrenos na Zona de Expansão Urbana
Art. 108a. Na avaliação dos terrenos, definidos no Art. 10 deste
Código, deverão ser levados em consideração os seguintes fatores, a eles relacionados:
I - f1, relativo à topografia;
II - f2, relativo à Consistência do Solo; III - f3, relativo à existência de melhoramento público; Art. 108b. Ao fator relativo à topografia - f2, serão atribuídos valores,
de acordo com a situação do terreno avaliado, conforme segue: I - para terrenos com declive ou aclive de até 5% (cinco por cento), f2
será igual a um; II - para terrenos com ondulação leve, ou seja com declive ou aclive
maior que 5% (cinco por cento) até 15% (quinze por cento), f2 será igual a 0.95; III - para terrenos ondulados ou seja com declive ou aclive maior que
15% (quinze por cento) até 30% (trinta por cento), f2 será igual a 0,90; IV - para terrenos acidentados com aclive ou declive superior a 30%,
f2 será igual a 0,50; Art. 108c. Ao fator relativo à consistência do solo - f3, serão
78 Alterado pela Lei Complementar 02/98. 79 Capítulo III, artigos 108a a 108g, acrescentado pela Lei Complementar 02/98.
124
atribuídos valores, de acordo com a situação do terreno avaliado, conforme segue:
I - para terrenos com solo seco, f4 será igual a um; II - para terrenos brejosos ou pantanosos, f3 será igual a 0,40
(quarenta centésimos); III - para terrenos inundáveis, f3 será igual a 0,30 (trinta centésimos); IV - para terrenos pedregosos, ou coberto de mata, f3 será igual a 0,20
(vinte centésimos); Art. 108d. O valor do fator relativo à existência de melhoramento
público - f4, será atribuído, de acordo com a cada um dos melhoramentos disponíveis no ponto em que se localiza o terreno avaliado, conforme relação a seguir:
I - sistema para fornecimento de energia elétrica domiciliar: 0,75
(setenta e cinco centésimos); II - sistema de telefonia: 0,95 (noventa e cinco centésimos); Art. 108e. Na avaliação de terrenos que apresentem variação das
condições dos fatores f2, descritas no Art. 108b, e/ou f3, descritas no Art. 108c, deverá ser considerada a situação predominante, para atribuição de valor ao respectivo fator.
§ 1º Será considerada predominante a situação cuja área de influência
verifique-se em mais de 80% (oitenta por cento) da área total do terreno avaliado. § 2º Caso não seja possível determinar a predominância, deverá ser
feita a composição de valores dos fatores relativos a cada situação verificada, proporcionalmente à área de influência dessas situações no terreno avaliado.
Art. 108f. O valor do terreno - Vt, será obtido da multiplicação de sua
área - S, em metros quadrados, pelos fatores indicados nos artigos 108b ao 108d e pelo valor-padrão do metro quadrado - Vp, indicado em Lei e obtido de acordo com sua localização, conforme indica a fórmula a seguir: Vt=S*f1*f2*f3*Vp.
Art. 108g. O valor do terreno - Vt, indicado no Art. 6º será utilizado
como base de cálculo para o Imposto Predial e Territorial Urbano - IPTU e para o Imposto sobre Transmissão de Bens Imóveis e Direitos a eles relativos - ITBI.
CAPÍTULO IV 80
Da Avaliação dos Imóveis Prediais
Seção I
80 Renumerado pela Lei Complementar 02/98.
125
Dos Cálculos e das Definições
Art. 109. Para os efeitos deste Código, unidades edificadas são as edificações isoladas existentes em um mesmo imóvel, como edículas, telheiros, moradias ou outras.
Art. 110. Cada unidade edificada existente no imóvel objeto de
avaliação será classificada isoladamente, de acordo com as regras estabelecidas neste capítulo. Art. 111. As construções que contarem com mais de um pavimento
terão cada um deles analisados individualmente, para efeito de medição de área construída e enquadramento em classe estabelecida na Seção II deste capítulo.
Art. 112. Os imóveis prediais terão seu valor - Vi obtido pela soma do
valor do terreno - Vt, conforme estabelecido no capítulo anterior, ao valor das edificações - Ve nele erigidas e sujeitas à incidência do imposto, obedecido o que dispõe o Art. 11 deste Código.
Art. 113. O valor do imóvel predial - Vi, indicado no Art. 119, será utilizado como base de cálculo para o Imposto Predial e Territorial Urbano - IPTU e para o Imposto sobre Transmissão de Bens Imóveis e Direitos a eles relativos - ITBI.
Art. 114. O valor das edificações - Ve, será obtido da soma dos
valores atribuídos a cada unidade edificada existente no imóvel avaliado.
Art. 115. O valor de cada unidade edificada será obtido pela multiplicação de sua área, em metros quadrados, pelo valor do metro quadrado, estipulado em Lei, correspondente à categoria de edificação em que se enquadra, de acordo com as regras estabelecidas neste capítulo. 81
§ 1º A área da unidade edificada terá como limite o contorno externo
de suas paredes ou pilares, abrangendo também as superfícies ocupadas por terraços cobertos. § 2º Apurada a área edificada, serão desprezadas as frações inferiores
a um metro quadrado.
Seção II Das Classificações
Art. 116. Ficam estabelecidas as seguintes classes de edificações:
81 Alterado pela Lei Complementar 02/98.
126
I - Telheiro: salão construído com esteios de madeira ou colunas de tijolos comuns, coberto de telhas cerâmicas ou de fibrocimento, sem piso ou com piso cimentado rústico ou pigmentado;
II - Salão tipo A: salão construído em blocos de concreto ou cerâmica ou alvenaria de tijolos assentados com barro ou massa mista, sem revestimento ou revestido com massa grossa, pintado com cal, sem azulejos, coberto de telhas cerâmicas ou de fibrocimento, sem forros, com pisos em cimentado rústico ou pigmentado e com esquadrias de baixa qualidade;
III - Salão tipo B: salão construído em alvenaria de tijolos assentados com massa mista, revestido com massa grossa e pintado com tinta do tipo látex, podendo ter azulejos, coberto de telhas cerâmicas ou de fibrocimento, forrado com madeira e podendo ter partes com forro de laje, com pisos de cacos de cerâmica esmaltada, podendo ter partes em cerâmica esmaltada de qualidade comercial, ardósia ou similares e com esquadrias de madeira, ferro ou alumínio, de qualidade comercial;
IV - Salão tipo C: salão construído em alvenaria de tijolos assentados com argamassa constituída de cal, cimento e areia, revestido com massa fina e pintado com tinta do tipo látex, coberto de telhas cerâmicas com forro em laje e/ou forro acrílico ou outro material isolante térmico, com piso em cerâmica esmaltada, do tipo paviflex, carpete ou forração, com esquadrias em madeira, ferro ou alumínio, de boa qualidade e com vidros do tipo blindex;
V - Residência tipo A: edificação destinada a finalidades residenciais, construída com blocos de concreto, blocos de cerâmica ou tijolos assentados com barro, sem revestimento, revestida com barro ou revestida apenas internamente com massa grossa, sem pintura ou pintada com cal e podendo ter partes pintadas com tinta do tipo látex de baixa qualidade, sem azulejos, coberta de telhas cerâmicas ou de fibrocimento, sem forro, com pisos de cimentado rústico ou pigmentado, com esquadrias de madeira de baixa qualidade ou folha de ferro, com instalações elétricas e hidráulicas aparentes e incompletas ou precárias, sem armários embutidos;
VI - Residência tipo B: edificação destinada a finalidades residenciais, construída em blocos de concreto, blocos de cerâmica ou alvenaria de tijolos comuns assentados com barro ou argamassa constituída de cimento, areia e cal, revestida internamente com massa grossa, podendo ter revestimento externo em massa grossa, pintada com tinta do tipo látex de baixa qualidade, sem azulejos, coberta de telhas cerâmicas, sem forro ou forrada com madeira comum, com pisos de cimento rústico, cimento pigmentado ou cacos de cerâmica, com esquadrias de madeira comum ou ferro de qualidade inferior, com instalações elétricas e hidráulicas parcialmente aparentes ou embutidas e de qualidade média, e sem armários embutidos;
127
VII - Residência tipo C: edificação destinada a finalidades residenciais, construída em alvenaria de tijolos assentados com argamassa constituída de cimento, areia e cal, revestida interna e externamente com massa grossa e pintada com tinta do tipo látex de boa qualidade, com barrado de azulejos comuns até um metro e meio de altura no banheiro e na cozinha, podendo ter partes com azulejo até o teto, coberta de telhas cerâmicas, forrada com laje, apresentando pisos em cerâmica esmaltada de qualidade comercial e/ou forração de carpete e/ou assoalho ou tacos de madeira comum com revestimento do tipo sinteko, com esquadrias de madeira comum ou ferro de qualidade inferior ou boa, tendo instalações elétricas e hidráulicas embutidas e de média ou boa qualidade e acabamento comum, sem armários embutido ou com armários embutidos de baixa qualidade ou sem portas;
VIII - Residência tipo D: edificação destinada a finalidades residenciais, construída em alvenaria de tijolos assentados com argamassa constituída de cimento, areia e cal, revestida internamente com massa fina ou corrida e exterior de massa grossa, pintada com tinta do tipo látex de boa qualidade, com azulejos comuns até o teto na cozinha e nos banheiros, coberta de telhas cerâmicas, forrada com laje, apresentando pisos em cerâmica esmaltada de qualidade comercial e/ou assoalho ou tacos de madeira comum com revestimento do tipo sinteko e/ou forração de carpete, com esquadrias de madeira, ferro ou alumínio, de boa qualidade, tendo instalações elétricas e hidráulicas embutidas, de boa qualidade e em acabamento comum, armários embutido com portas em madeira e acabamento de boa qualidade;
IX - Residência tipo E: edificação destinada a finalidades residenciais, construída em alvenaria de tijolos assentados com argamassa constituída de cimento, areia e cal, revestida interna e externamente em massa fina ou corrida, pintada com tinta do tipo látex de boa qualidade, apresentando revestimento em cerâmica esmaltada nos banheiros e na cozinha, coberta com telhas de cerâmica, forrada com laje, tendo pisos em cerâmica esmaltada de qualidade superior e/ou carpete de material sintético e/ou carpete de madeira, com esquadrias de madeira, ferro ou alumínio de boa qualidade e de madeira de lei em algum ponto, contando com instalações hidráulicas e elétricas embutidas e de boa qualidade, com acabamento de boa qualidade, com armários embutidos em madeira e acabamento de boa qualidade;
X - Residência tipo F: edificação destinada a finalidades residenciais, construída em alvenaria de tijolos comuns ou especiais, assentados com argamassa constituída de cimento, areia e cal ou outro tipo de material superior, revestida interna e externamente em massa fina ou corrida ou material de alto padrão, pintada com tinta do tipo látex de boa qualidade ou material de qualidade superior, apresentando revestimento em cerâmica esmaltada ou de alto padrão, coberta com telhas acrílicas, forrada com laje, apresentando piso de mármore, granito ou outro de qualidade similar e/ou carpetes de alto padrão e/ou assoalho de madeira de lei, com esquadrias de madeira de lei ou aço de alto padrão ou material de qualidade similar, contando com instalações hidráulicas e elétricas embutidas, de boa
128
qualidade e acabamento de alto padrão, contando com armários embutidos com portas em madeira de lei e acabamento de alto padrão.
Parágrafo único. As casas pré-fabricadas em madeira serão enquadradas na classificação de residência tipo D, constante do inciso VIII deste artigo.
Art. 117. A classificação de unidade edificada far-se-á comparando-se seus elementos construtivos aos elementos relacionados nas classes estabelecidas no Art. 122.
§ 1º O enquadramento provisório de unidade edificada será feito na
classe em que houver o maior número de itens coincidentes. § 2º O enquadramento definitivo de unidade edificada será feito: a) na classe imediatamente posterior àquela em que foi classificada
provisoriamente, caso se verifique, em sua construção, três ou mais elementos exclusivos de classes seguintes;
b) na classe em que foi classificado provisoriamente, caso não se constate a situação descrita na alínea anterior.
§ 3º A classe em que a unidade edificada enquadrar-se definitivamente será utilizada para sua avaliação, conforme valores estipulados em Lei. 82
Art. 118. Caso a unidade edificada apresente elementos não descritos nas categorias estabelecidas no Art. 122, serão enquadradas naquelas classes por critério de semelhança da qualidade, da durabilidade e do valor, em relação aos elementos previstos nesta seção.
TÍTULO III Das Contribuições de Melhorias
Art. 119. As Contribuições de Melhoria tem como fato gerador o
acréscimo do valor do imóvel localizado nas áreas beneficiadas direta ou indiretamente por obras públicas.
Art. 120. Será devida da contribuição de melhoria no caso de
valorização de imóveis de propriedade privada, em virtude de qualquer das obras públicas: I - abertura, alargamento, pavimentação, iluminação, arborização,
esgotos pluviais e outros melhoramentos de praças e vias públicas;
82 Alterado pela Lei Complementar 02/98.
129
II - construção e ampliação de parques, campos de desportos, pontes, túneis e viadutos;
III - construção ou ampliação de sistema de trânsito rápido, inclusive todas as obras e edificações necessárias ao funcionamento do sistema;
IV - serviços e obras de abastecimento de água potável, esgotos, instalações de redes elétricas, telefônicas, transportes e comunicações em geral ou de suprimento de gás, funiculares, ascensores e instalações de comodidade pública;
V - proteção contra secas, inundações, erosão, e de saneamento e drenagem em geral, diques, desobstrução de canais, retificação e regularização de cursos de água e irrigação;
VI - construção de estradas de ferro e construção, pavimentação e melhoramento de estradas de rodagem;
VII - construção de aeródromos e aeroportos e seus acessos;
VIII - aterros e realizações de embelezamento em geral, inclusive desapropriações em desenvolvimento de plano de aspecto paisagístico.
Art. 121. A contribuição de melhoria, a ser exigida pelo Município, adotará como critério o benefício resultante da obra, conforme fixado pelo Executivo Municipal.
§ 1º A apuração, dependendo da natureza das obras, far-se-á levando
em conta a situação do imóvel na zona de influência, sua testada, área, finalidade de exploração econômica e outros elementos a serem considerados isolada ou conjuntamente.
§ 2º A determinação da contribuição de melhoria far-se-á rateando,
proporcionalmente, o custo parcial ou total das obras entre todos os imóveis incluídos nas respectivas zonas de influência.
§ 3º A contribuição de melhoria será cobrada dos proprietários de
imóveis do domínio privado, situados nas áreas direta ou indiretamente beneficiadas pela obra.
Art. 122. A cobrança da contribuição de melhoria terá como limite o custo das obras, computadas as despesas de estudos, projetos, fiscalização, desapropriações, administração, execução e financiamento, inclusive prêmios de reembolso e outros de praxe em financiamentos e empréstimos, e terá sua expressão monetária atualizada na época do lançamento mediante a aplicação de coeficientes de correção monetária.
130
Parágrafo único. A percentagem do custo real, a ser cobrada mediante contribuição de melhoria, será fixada tendo em vista a natureza da obra, os benefícios para os usuários, as atividades econômicas predominantes e o nível de desenvolvimento da região.
Art. 123. Para cobrança da contribuição de melhoria a Administração
Municipal deverá publicar edital, contendo, entre outros, os seguintes elementos: I - delimitação das áreas direta e indiretamente beneficiadas e a
relação dos imóveis nelas compreendidos;
II - memorial descritivo do projeto;
III - orçamento total ou parcial do custo das obras;
IV - determinação da parcela do custo das obras a ser ressarcida pela contribuição, com o correspondente plano de rateio entre os imóveis beneficiados.
Parágrafo único. O disposto neste artigo aplica-se, também, aos casos de cobrança da contribuição de melhoria por obras públicas em execução, constante de projetos ainda não concluídos.
Art. 124. Os proprietários de imóveis situados nas zonas beneficiadas
pelas obras públicas têm o prazo de trinta dias, a começar da data de publicação do edital referido no Art. 129 deste Código, para impugnação de qualquer dos elementos dele constantes, cabendo ao impugnante o ônus da prova.
Art. 125. A impugnação deverá ser dirigida ao Prefeito Municipal,
através de petição, que servirá para o início do processo administrativo. Art. 126. Responde pelo pagamento da contribuição de melhoria o
proprietário do imóvel ao tempo do seu lançamento, e essa responsabilidade se transmite aos adquirentes e sucessores, a qualquer título, do domínio do imóvel.
§ 1º No caso de enfiteuse, responde pela contribuição de melhoria o
enfiteuta. § 2º Os bens indivisos serão considerados como pertencentes a um só
proprietário e aquele que for lançado terá direito de exigir dos condôminos as parcelas que lhes couberem.
Art. 127. O órgão fazendário municipal deverá escriturar, em registro
próprio, o débito da contribuição de melhoria correspondente a cada imóvel, notificando o proprietário, diretamente ou por edital, do:
131
I - valor da contribuição de melhoria lançada;
II - prazo para o seu pagamento, suas prestações e vencimento;
III - prazo para a impugnação;
IV - local de pagamento.
Parágrafo único. Dentro do prazo que lhe for concedido na
notificação do lançamento, que não será inferior a trinta dias, o contribuinte poderá reclamar, ao órgão lançador, contra:
a) erro na localização e dimensões do imóvel; b) o cálculo dos índices atribuídos; c) o valor da contribuição; d) o número de prestações.
Art. 128. As reclamações e os requerimentos de impugnação, bem
como quaisquer recursos administrativos, não suspendem o início ou prosseguimento das obras e nem terão o efeito de obstar a Administração Municipal na prática dos atos necessários ao lançamento e cobrança da contribuição de melhoria.
Art. 129. A contribuição de melhoria será paga pelo contribuinte de
forma que sua parcela anual não exceda a 3% (três por cento) do maior valor fiscal do seu imóvel, atualizado à época da cobrança.
§ 1º O ato da Administração Municipal, que determinar o lançamento,
poderá fixar descontos para o pagamento à vista, ou em prazos menores do que o lançado.
§ 2º As prestações da contribuição de melhoria serão corrigidas monetariamente, de acordo com os coeficientes aplicáveis na correção dos débitos fiscais.
§ 3º No caso de serviço público concedido, o poder concedente poderá lançar e arrecadar a contribuição.
TÍTULO IV Da Taxa de Coleta de Lixo
Art. 130. A Taxa de Coleta de Lixo tem como fato gerador a
utilização efetiva ou a simples disponibilização, ao contribuinte, do serviço municipal de coleta de lixo.
Art. 131. O contribuinte da Taxa de Coleta de Lixo é o proprietário, o
132
compromissário comprador ou o cessionário, o titular de domínio útil ou o possuidor, a qualquer título, de imóvel predial, conforme definido no inciso II do Art. 11 deste Código, que esteja situado em logradouro público ou particular, onde a Prefeitura Municipal mantenha o serviço de coleta de lixo com regularidade, diretamente ou por intermédio de terceiros.
Art. 132. Para efeito de cobrança da Taxa de Coleta de Lixo, ficam
criadas as seguintes faixas de classificação, de acordo com a área construída, resultado do somatório das áreas de todas as unidades edificadas existentes no imóvel:
a) faixa I: imóveis com área construída menor ou igual a sessenta e
cinco metros quadrados; b) faixa II: imóveis com área construída maior que sessenta e cinco
metros quadrados e menor ou igual a cento e vinte metros quadrados; c) faixa III: imóveis com área construída maior que cento e vinte
metros quadrados.
Art. 133. A base de cálculo para a Taxa de Coleta de Lixo de imóveis exclusivamente residenciais será estabelecida de acordo com as faixas constantes do Art. 132 deste Código e os valores serão os seguintes:
a) imóveis enquadrados na faixa I pagarão taxa equivalente a 0,60
UFM (sessenta centésimos da Unidade Fiscal do Município); b) imóveis enquadrados na faixa II pagarão taxa equivalente a 1,00
UFM (uma Unidade Fiscal do Município); c) imóveis enquadrados na faixa I pagarão taxa equivalente a 1,50
UFM (um inteiro e cinquenta centésimos da Unidade Fiscal do Município). Art. 134. A base de cálculo para a Taxa de Coleta de Lixo de imóveis
destinados a uso comercial, no todo ou em parte, será estabelecida de acordo com as faixas constantes do Art. 132 deste Código e os valores serão os seguintes:
a) imóveis enquadrados na faixa I pagarão taxa equivalente a 0,78
UFM (setenta e oito centésimos da Unidade Fiscal do Município); b) imóveis enquadrados na faixa II pagarão taxa equivalente a 1,30
UFM (um inteiro e trinta centésimos da Unidade Fiscal do Município); c) imóveis enquadrados na faixa I pagarão taxa equivalente a 1,95
UFM (um inteiro e noventa e cinco centésimos da Unidade Fiscal do Município).
Art. 135. A Taxa de Coleta de Lixo poderá ser lançada isoladamente ou em conjunto com outros tributos, desde que os avisos-recibos contenham a indicação dos elementos distintos de cada tributo e os respectivos valores.
Art. 136. A cobrança da Taxa de Coleta de Lixo poderá ser feita de
uma única vez ou em até doze parcelas mensais, nas datas e locais fixados nos avisos-recibos emitidos pela Prefeitura Municipal de Joanópolis.
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TÍTULO V 83 SERVIÇO DE INSPEÇÃO MUNICIPAL – SIM
CAPITULO I
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
Art. 136-A O Serviço de Inspeção Municipal – SIM, será vinculado a
Secretaria Municipal de Agricultura e Meio Ambiente e tem por objetivo, a fiscalização prévia, sob o ponto de vista industrial e sanitário, elaboração em pequena escala dos produtos comestíveis de origem animal e vegetal no âmbito do Município de Joanópolis – SP, na forma estabelecida nesta Lei e regulamento próprio.
Art. 136-B O Serviço de inspeção Municipal será implantado no prazo de 120 dias, contados da data de publicação da presente Lei, devendo contar com estrutura física e técnica necessária para o efetivo funcionamento do serviço de inspeção sanitária.
Art. 136-C São passíveis de beneficiamento e elaboração de produtos
comestíveis de origem animal e vegetal, em pequena escala, as seguintes matérias-primas, seus derivados e subprodutos:
I - os animais destinados ao abate, seus produtos, subprodutos e
matérias primas;
II - o pescado e seus derivados;
III - o ovo e seus derivados;
IV - produtos apícolas;
V - frutas;
VI - o Leite;
VII - carnes;
VIII - cereais;
IX - outros produtos de origem animal e vegetal. Parágrafo único. Para fins de enquadramento na presente Lei, o
limite máximo de produção por estabelecimento será fixado em regulamento próprio.
Art. 136-D A fiscalização far-se-á nos termos da legislação em vigor, e será exercida:
83 Título V inserido pela Lei Complementar 15/2010
134
I - nas propriedades rurais ou fontes produtoras que industrializem seus produtos bem como no transito de produtos de origem animal e vegetal;
II - nos estabelecimentos industriais especializados; III - nos entrepostos que recebam, armazenem, manipulem,
conservem e acondicionem produtos de origem animal e vegetal; IV - nas casas atacadistas e nos estabelecimentos varejistas que
exponham ao comercio produtos de origem animal e vegetal, destinados à alimentação humana e/ou animal.
Parágrafo único. Entende-se por estabelecimentos de produtos de
origem animal ou vegetal, para os fins desta Lei, qualquer instalação ou local nos quais são utilizados matérias primas ou produtos provenientes da produção animal e vegetal, bem como quaisquer locais onde são recebidos, manipulados, elaborados, preparados, transformados, conservados, armazenados, acondicionados, depositados, embalados, rotulados e transportados com finalidades industriais e comerciais de origem animal e vegetal.
Art. 136-E Os produtos resultantes do processamento de que trata esta Lei deverão ser embalados, quando necessário, com embalagens adequadas e produzidas por empresa credenciada junto ao órgão competente.
§ 1º O rótulo das embalagens deverá conter: I - as informações preconizadas no Código de Defesa do Consumidor; II - indicação de que o produto é produzido em pequena escala; III - o número da inscrição junto ao Serviço de Inspeção Municipal; § 2º Quando comercializados a granel, os produtos serão expostos ao
consumo, acompanhados de folhetos e cartazes, contendo as informações previstas no parágrafo anterior.
Art. 136-F As pessoas envolvidas na manipulação e processamento de
alimentos deverão portar carteira de saúde e usar uniformes próprios e limpos, inclusive botas impermeáveis e gorros, além de outras exigências estabelecidas no ato regulamentar.
Art. 136-G Os produtos de que trata esta Lei deverão ser armazenados
e transportados em condições adequadas para a preservação de sua qualidade.
Art. 136-H Nenhum estabelecimento que se enquadre nos termos desta Lei, poderá funcionar no Município sem que esteja devidamente registrado no órgão competente da Prefeitura Municipal.
135
Art. 136-I O Poder Executivo poderá baixar regulamentos complementares, que se fizerem necessários, sobre a inspeção industrial e sanitária dos estabelecimentos referidos nesta Lei.
Parágrafo único. A regulamentação de que trata este artigo,
abrangerá:
I - as condições higiênico-sanitárias e tecnológicas de produção, beneficiamento, armazenamento, transporte e comercialização dos produtos de origem animal e vegetal, suas matérias primas, adicionadas ou não de componentes vegetais;
II - a fiscalização e o controle do uso de aditivos empregados na
industrialização dos produtos de origem animal e vegetal; III - os exames tecnológicos, microbiológicos, histológicos e físico-
químicos de matéria-prima e de produtos de origem animal e vegetal; IV - a fiscalização e o controle de todo o material utilizado para
manipulação, acondicionamento e embalagem dos produtos; V - a qualidade e as condições técnico-sanitárias dos estabelecimentos
em que são produzidos, manipulados, preparados, beneficiados, acondicionados, armazenados, transportados e comercializados os produtos de origem animal e vegetal;
VI - a fiscalização das condições de higiene e saúde das pessoas que
trabalham nos estabelecimentos referidos no item anterior;
VII - os meios de transporte dos produtos de origem vegetal e animal, seus derivados e de suas matérias-primas destinadas à alimentação humana e/ou animal;
VIII - quaisquer outros detalhes necessários à eficiência dos serviços.
Art. 136-J Fica adotada no Município de Joanópolis a legislação
estadual específica como instrumento legal para execução desta Lei, enquanto não houver legislação municipal própria.
CAPÍTULO II DAS PENALIDADES
Art. 136-K Sem prejuízo da responsabilidade civil cabível, a infração
a presente Lei acarretará, isolada ou cumulativamente, as seguintes sanções: I - advertência escrita; II - multa;
136
III - apreensão ou condenação das matérias-primas, produtos,
subprodutos e derivados de origem animal, quando não apresentarem condições higiênico-sanitárias adequadas ao fim a que se destinam ou forem adulteradas.
IV - interdição parcial ou total do estabelecimento, quando a infração
consistir na adulteração ou falsificação do produto, ou se verificar, a inexistência de condições higiênico-sanitárias adequadas;
V - interdição de atividades que causem risco ou ameaça de natureza
higiênico-sanitária, ou, no caso de embaraço à ação fiscalizadora.
§ 1º Para graduação da sanção ou sanções serão consideradas a primariedade, a intensidade do dolo ou a má-fé, respeitando-se o princípio da proporcionalidade.
§ 2º As multas previstas neste artigo serão agravadas até o grau
máximo nos casos de artifícios, ardil, simulação, embaraço, ou resistência à ação fiscalizadora, levando-se em consideração as circunstâncias atenuantes ou agravantes.
§ 3° A interdição de que trata o item “IV” deste artigo poderá ser
suspensa após o atendimento das exigências que motivaram a sanção.
§ 4º Se a interdição não for suspensa nos termos do parágrafo anterior,
no prazo de 12 (doze) meses, será cassado o alvará de funcionamento do estabelecimento.
CAPÍTULO III DOS PREÇOS PÚBLICOS
Art. 136-L Ficam instituídos os preços públicos de classificação relativos a produtos de origem animal e vegetal.
Art. 136-M Os valores dos preços públicos serão determinados de
acordo com a origem dos serviços, em UFESP, conforme regulamentação por Decreto Municipal.
Art. 136-N O sujeito passivo é o usuário a quem o serviço foi
prestado ou posto à disposição, ou o paciente do poder de polícia cada vez que seja efetivamente exercido.
Art. 136-O A falta ou insuficiência de recolhimento dos preços
públicos, acarretará ao infrator a aplicação de multa igual ao dobro da importância devida.
137
Art. 136-P Os débitos não liquidados na data do vencimento, terão acréscimo de 10% (dez por cento) de multa, acrescidos em 1% (um por cento) ao mês, como juro de mora e encaminhamento à “DÍVIDA ATIVA” para cobrança.
Art. 136-Q As despesas decorrentes desta Lei correrão por conta de
dotações próprias e transferências da União e do Estado, suplementadas se necessário.
TÍTULO VI Disposições Gerais
CAPÍTULO I Da Ação Fiscal
Art. 137. Considera-se iniciada a ação fiscal com a prática, pela
Administração Municipal, de qualquer ato tendente à apuração do crédito tributário ou do cumprimento de obrigações acessórias, cientificado o contribuinte.
Art. 138. Verificada qualquer infração este Código, será lavrado auto
de infração, cuja lavratura compete privativamente aos funcionários fiscais da Prefeitura Municipal de Joanópolis.
§ 1º Uma via do auto de infração será entregue pessoalmente,
mediante recibo, ou remetida por intermédio de serviço postal, sob registro e com aviso de recebimento, ao autuado, não implicando sua recusa em recebê-lo, ou a ausência de testemunha, na invalidade da ação fiscal.
§ 2º Incorreções ou omissões no auto de infração não acarretarão em
sua nulidade, quando nele constarem elementos suficientes para que se determinem a infração e a pessoa do infrator, podendo ser corrigidos os erros ou incorreções pelo autuante ou seu chefe imediato, notificando-se por escrito, o autuado, das correções efetuadas, e procedendo-se a reabertura do prazo para apresentação da defesa ou pagamento do débito fiscal.
§ 3º O prazo para interposição de defesa contra o auto de infração, ou
para cumprimento de exigência em relação à ação fiscal, contar-se-á, conforme o caso: a) do dia da assinatura do interessado de seu representante legal,
preposto ou empregado, no auto de infração; b) do dia da entrega pessoal de notificação ao interessado ou seu
representante legal, mediante aposição de data e assinatura na via da notificação que será juntada no auto do processo;
c) do terceiro dia útil posterior ao do registro postal, quando houver o encaminhamento de via do auto de infração ou de notificação por intermédio de serviço postal.
138
§ 4º Os prazos fixados neste Código Tributário serão contínuos, iniciando-se ou vencendo em dia de expediente normal na repartição em que tramite o processo ou deva ser praticado o ato, excluído, da contagem, o dia de seu início e incluído o de vencimento.
Art. 139. No processo iniciado por auto de infração, será o autuado,
desde logo, notificado a pagar o débito fiscal ou apresentar defesa por escrito no prazo de trinta dias, durante o qual o processo permanecerá no órgão arrecadador da Prefeitura Municipal de Joanópolis.
§ 1º Apresentada defesa dentro do prazo estabelecido no “caput” deste
artigo, esta deverá ser juntada ao processo, que será encaminhado ao funcionário fiscal autuante para prévia manifestação, sendo, em seguida, remetido para julgamento.
§ 2º Caso não seja apresentada defesa dentro do prazo estabelecido
neste artigo e sem que haja quitação do débito fiscal correspondente, o processo será encaminhado para execução fiscal.
Art. 140. Fica criada a Sessão Julgadora da Prefeitura Municipal de Joanópolis, que se constituirá de três membros, a saber:
I - um representante da Prefeitura Municipal de Joanópolis; II - um representante da sociedade, indicado pela Câmara Municipal
de Joanópolis; III - um membro escolhido pelo Prefeito Municipal entre os
advogados do Município, militantes na Comarca de Piracaia. § 1º Os membros da Sessão Julgadora serão nomeados por ato do
Prefeito Municipal de Joanópolis. § 2º A função de membro da Sessão Julgadora não será remunerada,
por tratar-se de serviço de relevante interesse público. § 3º O mandato da Sessão Julgadora será de dois anos e os membros,
em sua reunião inicial, escolherão, entre si, o presidente e o relator. § 4º A Sessão Julgadora reunir-se-á sempre que houverem processos
em condições de julgamento ou uma vez a cada três meses, para estudo da legislação tributária municipal, podendo apresentar sugestões ao Prefeito Municipal de Joanópolis ou à Câmara Municipal de Joanópolis.
139
Art. 141. Proferida a decisão pela Sessão Julgadora, o autuado será notificado para, no prazo de trinta dias, sob pena de inscrição na dívida ativa, efetuar o recolhimento do débito fiscal ou apresentar recurso ao Prefeito Municipal de Joanópolis.
Parágrafo único. Da decisão contrária à Fazenda Pública do
Município, proferida pela Sessão Julgadora, será interposto recurso de ofício, com efeito suspensivo, ao Prefeito Municipal de Joanópolis que, caso confirme a decisão da referida Sessão Julgadora, determinará o arquivamento do processo.
CAPÍTULO II Do Lançamento
Art. 142. O lançamento do tributo recolhido nos termos desta Lei dar-
se-á, por homologação, quando: a) a Administração Municipal manifestar-se, expressamente, pela
exatidão dos recolhimentos efetuados; b) decorridos cinco anos, contados da ocorrência do fato gerador, a
Administração Municipal não se tenha pronunciado, ressalvada a comprovação de dolo, fraude ou simulação.
Art. 143. Serão lançados de ofício, quando apurados através de ação fiscal:
a) o valor do tributo e dos acréscimos legais devidos, quando não
houver recolhimento; b) as diferenças em favor da Fazenda Municipal, quando incorreto o
recolhimento; c) o valor das multas previstas para os casos de descumprimento de
obrigações acessórias; d) o valor arbitrado para o tributo quando os esclarecimentos e as
declarações prestadas, os documentos expedidos e os recolhimentos efetuados, pelo sujeito passivo ou legalmente obrigado, sejam omissos, errôneos ou não mereçam fé.
Art. 144. A notificação de lançamento procedido de ofício deve
conter: a) o nome do contribuinte e respectivo domicílio tributário; b) a identificação do imóvel; c) o valor do crédito tributário e, sendo o caso, os elementos de
cálculo do tributo, inclusive sua atualização monetária; d) a disposição legal sobre o crédito tributário; e) a indicação das infrações e penalidades pecuniárias
140
correspondentes e o seu valor; f) o prazo para recolhimento do crédito tributário ou para
apresentação de impugnação do lançamento. Art. 145. A notificação do lançamento de ofício será feita ao
contribuinte pessoalmente ou através de seus familiares, empregados, representantes ou prepostos, no endereço de seu domicílio.
Parágrafo único. Na impossibilidade de entrega da notificação ou no caso de recusa de seu recebimento no endereço mencionado, o contribuinte será notificado do lançamento do imposto por edital.
Art. 146. Não serão efetuados lançamentos complementares para
diferenças verificadas no imposto devido, quando inferiores a 0,10 UFM (dez centésimos da Unidade Fiscal do Município).
Art. 146-A. O contribuinte terá direito à restituição total ou parcial do
tributo nos casos e condições estabelecidas no Código Tributário Nacional. 84
§ 1º A restituição total ou parcial de tributos abrangerá, também, na mesma proporção, os acréscimos que tiverem sido recolhidos salvo os referentes às infrações de caráter formal não prejudicada pela causa da restituição.
§ 2º As restituições dependerão de requerimento da parte interessada,
dirigido ao Prefeito Municipal. § 3º Para o disposto no parágrafo anterior, serão anexados ao
requerimento os comprovantes dos pagamentos efetuados.
Art. 146-B. Atendendo à natureza e ao montante do tributo a ser restituído, poderá o Prefeito Municipal determinar que a restituição se processe na forma de compensação de crédito. 85
§ 1º O Prefeito Municipal, atendendo ao interesse e a conveniência do
Município poderá autorizar a compensação de crédito tributário com créditos líquidos e certos, vencidos ou vincendos, do sujeito passivo contra a Fazenda Municipal, mediante estipulação de condições e garantias para cada caso.
§ 2º Sendo vincendo o crédito do sujeito passivo, seu montante poderá
ser apurado com redução correspondente aos juros de 1% (um por cento) ao mês ou fração, pelo tempo a decorrer entre a data da compensação e a do vencimento.
CAPÍTULO III
84 Art. 146-A, §§ 1º, 2º e 3º inclusos conforme Lei Complementar nº 05/2002. 85 Art. 146-B, §§ 1º e 2º inclusos conforme Lei Complementar nº 05/2002.
141
Do Procedimento Tributário
Art. 147. O procedimento tributário terá início com a impugnação, pelo contribuinte, do lançamento de tributo ou ato administrativo dele decorrente.
Art. 148. Serão aplicadas, no que couber, aos pedidos de
reconhecimento de imunidade constitucional, as disposições sobre isenções. Art. 149. O contribuinte, no prazo de trinta dias contados da data de
notificação do lançamento, deverá efetuar o pagamento ou impugná-lo, independentemente de prévio depósito, através de reclamação tributária, juntando os documentos comprobatórios necessários.
Parágrafo único. A impugnação do lançamento mencionará:
a) a autoridade julgadora a quem é dirigida; b) a qualificação do contribuinte, seu endereço e a localização do
imóvel; c) as razões de fato e de direito em que se fundamente; d) as provas do alegado e a indicação das diligências que o
contribuinte pretenda sejam efetuadas, desde que justificadas as suas razões; e) o objetivo visado, formulado de modo claro e preciso. Art. 150. A autoridade administrativa determinará, de ofício ou a
requerimento do contribuinte, a realização das diligências necessárias, fixando prazo não superior a trinta dias para tal, e indeferirá as consideradas prescindíveis, impraticáveis ou protelatórias.
Art. 151. O contribuinte poderá reclamar, no prazo de quinze dias
contínuos, contados da data da entrega do aviso de lançamento ou notificação sobre infração.
Art. 152. O despacho que decidir a reclamação será objeto de notificação ao reclamante, por via postal, acompanhada de cópia da decisão.
Art. 153. Dos despachos de primeira instância administrativa caberá
recurso voluntário ao Prefeito Municipal, no prazo de trinta dias contados da notificação da decisão, se o valor lançado dos tributos impugnados for igual ou superior a cinco vezes o valor da Unidade Fiscal do Município, na época de sua interposição.
Art. 154. Na instrução das reclamações e dos recursos, a autoridade competente poderá chamar os interessados, sempre que necessário o seu comparecimento, para a correção de dados, oferta de esclarecimentos ou cumprimento de qualquer ato essencial ao processo.
§ 1º A chamada será feita por carta registrada, com aviso de
142
recebimento. § 2º O pedido de recurso será indeferido por abandono se, decorridos
dez dias da entrega da chamada pelos Correios, não houver atendimento por parte do contribuinte.
Art. 155. As reclamações e recursos apresentados fora dos prazos
estabelecidos nesta Lei não serão conhecidos. Art. 156. As decisões proferidas pelo Prefeito Municipal de
Joanópolis encerrarão a instância administrativa. Art. 157. As reclamações e os recursos não gerarão efeito suspensivo
da exigibilidade do crédito tributário, salvo se o contribuinte fizer o depósito prévio da terça parte do montante do tributo cujo lançamento se discute, nos prazos previstos nos artigos 157 e 159.
Art. 158. O contribuinte poderá fazer cessar, no todo ou em parte, a aplicação dos acréscimos referidos no Art. 167 deste Código, desde que efetue o depósito administrativo da importância questionada.
§ 1º Na hipótese de depósito parcial, os acréscimos incidirão sobre a
parcela não depositada. § 2º O depósito devolvido, por ter sido julgada procedente a
reclamação ou o recurso, será atualizado monetariamente, na forma da legislação própria. § 3º Não sendo provido o recurso dirigido ao setor de arrecadação da
Prefeitura Municipal e/ou ao Prefeito, a quantia depositada converter-se-á em receita, obedecendo o disposto no "caput" deste artigo.
Art. 159. Os débitos resultantes de tributos municipais, não pagos nos vencimentos, poderão ser objeto de parcelamento, desde que as prestações mensais, iguais e sucessivas, não ultrapassem o número de doze e nenhuma delas seja inferior a 0,50 UFM (cinqüenta centésimos da Unidade Fiscal do Município).
§ 1º O débito será consolidado em moeda corrente por ocasião da
assinatura do acordo. § 2º A primeira prestação será paga no ato da assinatura do acordo,
que deverá conter declaração do interessado reconhecendo a legitimidade da cobrança e desistindo de reclamações futuras, vencendo-se as demais parcelas mensalmente, a contar da data da primeira.
§ 3º O não pagamento, no prazo previsto, de qualquer prestação,
acarretará no vencimento antecipado das restantes, que deverão ser imediatamente inscritas
143
como dívida ativa para cobrança judicial. Art. 160. No caso de não pagamento do tributo, esgotados os prazos
sem apresentação de reclamação ou recurso, o débito será remetido à cobrança executiva. Art. 160 - A - Fica o Poder Executivo autorizado a compensar a seu
critério, créditos tributários com créditos líquidos e certos, vencidos ou vincendos, do sujeito passivo contra a Fazenda Municipal, mediante estipulação e garantias convenientes a cada caso. 86
Parágrafo único. Sendo vincendo o crédito do sujeito passivo, seu
montante será reduzido, a título de juros, na proporção de 1% (um por cento) ao mês que decorrer entre a data da compensação e a do vencimento. 87
CAPÍTULO IV Das Penalidades
Art. 161. A falta de pagamento de tributo nos vencimentos fixados
nos avisos de lançamento, sujeitará o contribuinte à multa de 10% (dez por cento) sobre o seu valor originário, à cobrança de juros de mora de 1% (um por cento) ao mês, à atualização monetária calculada mediante os índices oficiais, aplicados "pro-rata temporis", e honorários de advogado à razão de 20% (vinte por cento) sobre o montante assim apurado, inscrevendo-se o crédito na Fazenda Municipal, imediatamente após o seu vencimento, para execução judicial que se fará com a certidão da dívida ativa.
Art. 162. A omissão ou inexatidão fraudulenta de declaração relativa
a elementos que possam influir no cálculo de tributo, sujeitará o contribuinte a multa de 100% (cem por cento) sobre o valor do imposto sonegado, atualizado monetariamente, sem prejuízo de outras medidas cabíveis, conforme legislação vigente.
Parágrafo único. Igual multa será aplicada a qualquer pessoa que
intervenha no negócio jurídico ou que, por qualquer forma, contribua para a inexatidão ou omissão praticada.
CAPÍTULO V Dos Regimes Especiais de Controle de Fiscalização
Art. 163. O setor de arrecadação do Município, no interesse do fisco
ou dos contribuintes, pode estabelecer, de ofício ou a requerimento do interessado, regime especial, tanto para o pagamento de tributos e taxas, como para a emissão de documentos e escrituração de livros fiscais.
86 Instituído o art. 160-A, conforme Lei Complementar nº 12/2007 87 Instituído o parágrafo único ao art. 160-A, conforme Lei Complementar nº 12/2007
144
Parágrafo único. O despacho que conceder regime especial
esclarecerá quais as normas especiais a serem observadas pelo contribuinte, advertindo, ainda, que o regime poderá ser, a qualquer tempo e a critério do fisco, alterado ou suspenso.
Art. 164. Quando o contribuinte deixar, reiteradamente, de cumprir as
obrigações fiscais, o setor de arrecadação do Município poderá impor-lhe regime especial para cumprimento dessas obrigações, determinando as medidas julgadas necessárias para compelir o contribuinte à observância da legislação municipal.
Parágrafo único. O ato que instituir o regime especial fixará o
período de sua vigência, alertando que as regras impostas poderão ser alteradas, agravadas ou abrandadas, a critério do fisco.
Art. 165. Sendo insatisfatórios os meios normais de fiscalização, o
Executivo Municipal poderá exigir a adoção de instrumentos ou documentos especiais necessários à perfeita apuração das vendas realizadas, da receita auferida e do imposto devido.
CAPÍTULO VI Da Apreensão de Livros e Documentos
Art. 166. Poderão ser apreendidos livros e documentos fiscais e
contábeis, existentes em poder do contribuinte ou de terceiros, desde que constituam prova de infração da legislação tributária, ou de fraude, simulação, adulteração ou falsificação.
Parágrafo único. Somente poderão apreender os livros e documentos
fiscais ou contábeis, os funcionários fiscais da Prefeitura Municipal de Joanópolis, mediante lavratura do competente termo de apreensão, do qual será dada ciência ao contribuinte ou seu representante legal, nos termos do artigo 174 desta Lei.
Art. 167. A apreensão será objeto de lavratura do termo respectivo,
com a indicação dos dispositivos da legislação em que se fundamenta, contendo a descrição dos documentos apreendidos, a indicação do lugar onde ficarão depositados e do nome do depositário, se for o caso, a descrição clara e precisa do fato, além dos demais elementos indispensáveis à identificação do contribuinte.
Art. 168. O autuado será intimado da lavratura do termo de apreensão,
por uma das seguintes modalidades: I - pessoalmente, no ato da lavratura, mediante entrega de cópia do
auto de infração ao próprio autuado, seu representante, mandatário ou preposto, contra assinatura de recibo datado no original, ou menção da circunstância de que houve impossibilidade ou recusa de assinatura;
145
II - por via postal registrada, com aviso de recebimento a ser datado,
firmado e devolvido pelo destinatário ou pessoa de seu domicílio, acompanhada de cópia do auto de infração;
III - por edital afixado em local de grande circulação de público, que
deve conter o número do auto de infração, nome e endereço do autuado, número de inscrição no Cadastro de Contribuintes do Município, se houver, valor do tributo e da multa exigidos e o prazo para pagamento ou apresentação de defesa.
Art. 169. A devolução dos livros e documentos apreendidos poderá
ser feita quando, a critério do fisco, não houver inconveniente para a comprovação da infração, deles extraindo-se, se for o caso, cópia autêntica.
Parágrafo único. A restituição dos documentos e livros apreendidos
será feita mediante lavratura do respectivo termo.
CAPÍTULO VII Normas Comuns aos Documentos Fiscais
Art. 170. Os documentos fiscais, obedecidas as disposições da
presente Lei, serão extraídos por decalque e carbono ou em papel carbonado, com os dizeres e indicações facilmente legíveis em todas as vias.
Parágrafo único. São considerados inidôneos os documentos fiscais
que contenham indicações inexatas, emendas ou rasuras que prejudiquem a sua clareza. Art. 171. As diversas vias dos documentos fiscais não se substituem
em suas respectivas funções. Art. 172. Os documentos fiscais serão numerados por espécie, em
ordem crescente de 1 a 999.999, e enfeixados em blocos uniformes de vinte, no mínimo, e cinqüenta, no máximo.
§ 1º Atingindo o número limite, a numeração deve ser recomeçada,
precedida da letra "A", e, sucessivamente, com a inserção de outra letra na ordem alfabética.
§ 2º A emissão dos documentos, em cada bloco, será feita pela ordem de numeração referida neste artigo.
§ 3º Os blocos serão usados pela ordem de numeração dos documentos.
146
§ 4º Nenhum bloco será utilizado sem que estejam simultaneamente em uso, ou tenham sido utilizados, os de numeração inferior.
§ 5º Cada estabelecimento seja matriz, filial, sucursal, agência, depósito ou qualquer outro, terá talonário próprio.
§ 6º Os contribuintes que realizarem, simultaneamente, operações tributadas e não sujeitas a impostos, manterão talonário especial para cada espécie de operação.
§ 7º Nos estabelecimentos onde o serviço de contabilidade for mecanizado, podem ser usados, independentemente de autorização fiscal, jogos soltos de documentos, incluídas as notas fiscais de serviços numeradas tipograficamente, desde que a via destinada ao fisco seja arquivada disposta em ordem cronológica.
§ 8º É permitido o uso de uma ou mais séries de cada espécie de documento fiscal, desde que sejam diferenciadas por letras maiúsculas, em ordem alfabética, posteriormente ao número do documento.
§ 9º O fisco pode, notificado o contribuinte, restringir o número de séries em uso.
Disposições Finais
Art. 173. Substituído pela tabela constante do Art. 3º da Lei n.º 1146
de 09 de dezembro de 1998, em conformidade com o Art. 108f. Art. 174. Substituído pelo Art. 4º da Lei nº 1146 de 09 de dezembro
de 1998, em conformidade com o Art. 108f. Art. 175. A base de cálculo para o IPTU e ITBI de sítios e chácaras
de recreio será obtida da soma do valor de seu terreno, calculado com base na tabela do Art.173, com valor das edificações nele encontradas, com base nas regras estabelecidas em Lei.
Art. 176. O valor do terreno de chácaras e sítios de recreio será obtido
da multiplicação de sua área, em metros quadrados, pelo valor-base do metro quadrado correspondente à zona em que se localiza o imóvel, conforme estabelecido nos artigos 173 e 174 desta Lei.
Art. 177. A Prefeitura Municipal de Joanópolis incluirá todos os
imóveis da zona rural na Planta Genérica de Valores, mediante lei específica, durante o exercício de 1998.
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Art. 178. O valor venal dos imóveis poderá ser reajustado
anualmente, em conformidade com os critérios estabelecidos neste Código, por lei municipal. Art. 179. Este Código entra em vigor na data de sua publicação,
revogadas as disposições em contrário, especialmente as contidas nas Leis de n.ºs: 148/57; 275/64; 281/64; 339/66; 385/67; 446/70; 481/72; 512/73; 573/75; 611/77; 736/84; 809/86; 844/89; 846/89; 849/89; 919/91; 938/91; 979/93; 982/93; 1022/94; 1061/94; 927/97; 1113/97.
Joanópolis, 30 de dezembro de 1997.
José Garcia da Costa Prefeito Municipal
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Lei Complementar nº 07 De 01 de dezembro de 2005
“Institui o Plano de Carreira, Empregos e Remuneração do Magistério Público Municipal da Estância Turística de Joanópolis e dá outras providências”.
José Garcia da Costa, Prefeito Municipal da Estância Turística de Joanópolis, Estado de São Paulo, no uso de suas atribuições legais, faz saber que a Câmara Municipal aprovou e ele sanciona e promulga a seguinte Lei:
CAPÍTULO I
Das Disposições Preliminares
Art. 1º Fica instituído, nos termos desta Lei Complementar, o Plano de Carreira, Empregos e Remuneração do Magistério Público Municipal de Joanópolis, nos termos dos artigos 9º e 10 da Lei Federal nº 9424/96, de 24 de dezembro de 1.996, Resolução CNE/CEB nº 03 de 8 de outubro de 1997 e demais legislações pertinentes.
Parágrafo único. Constitui objetivo do Plano de Carreira, Empregos
e Remuneração do Magistério Público de Joanópolis e a valorização dos seus profissionais. Art. 2º Para os efeitos desta Lei Complementar, integram a Carreira
do Magistério Público de Joanópolis os profissionais de ensino que exerçam atividades de docência e os que oferecem suporte pedagógico direto a tais atividades, incluídas as de direção ou administração escolar, planejamento, inspeção, supervisão e orientação educacional.
Art. 3º O vínculo empregatício dos servidores abrangidos por esta Lei
Complementar é o contratual trabalhista regido pela Consolidação das Leis do Trabalho, nos termos do art. 3º da Lei Municipal nº 869/89.
Art. 4º Para os efeitos desta Lei Complementar considera-se:
I – Rede Municipal de Ensino: conjunto de órgãos que realiza
atividades de Educação sob a coordenação da Secretaria Municipal de Educação; II – Magistério Público Municipal: Conjunto de profissionais da
Educação, ocupantes de empregos permanentes, temporários e em comissão do Ensino Público Municipal;
149
III – Emprego do Magistério: conjunto de atribuições e responsabilidades conferidas ao profissional do magistério;
IV – Classe: conjunto de empregos da mesma denominação;
V – Grau: posição indicativa da situação do servidor na Tabela de
Vencimentos; VI – Faixa: subdivisão dos empregos e funções existentes nas classes,
escalonadas de acordo com a jornada semanal de trabalho; VII - Carreira do Magistério: o conjunto de empregos do quadro do
magistério previstos nesta Lei Complementar, da mesma natureza, escalonados de acordo com o nível de complexidade e o grau de responsabilidade, caracterizados pelo exercício de atividades de docência e de suporte pedagógico;
VIII - Quadro do Magistério: é a expressão da estrutura
organizacional, definida por empregos públicos permanentes de investidura mediante concurso público de provas e títulos e em comissão, estabelecido com base nos recursos humanos necessários à obtenção dos objetivos da Administração Municipal na área da Educação.
CAPÍTULO II
Da Carreira do Magistério Público Municipal
Seção I Dos Princípios Básicos
Art. 5º A Carreira do Magistério Público Municipal tem como
princípios básicos: I – a profissionalização, que pressupõe vocação e dedicação ao
magistério e qualificação profissional, com remuneração condigna e condições adequadas de trabalho;
II – a valorização do desempenho, da qualificação e do conhecimento; III - a progressão através de mudança de nível de habilitação e de
promoções periódicas.
Seção II Da Estrutura da Carreira
Art. 6º O Quadro do Magistério Público Municipal de Joanópolis,
conforme Anexo I desta Lei Complementar, é constituído: I – Classes de Docentes:
150
a) Professor de Educação Básica I; b) Professor de Educação Básica II; c) Professor de Educação Básica III. II – Classes de Suporte Pedagógico: a) Diretor de Escola; b) Vice – Diretor; c) Assessor de Coordenação Pedagógica; d) Assessor de Planejamento e Supervisão Escolar; e) Chefe da Assessoria Pedagógica. Parágrafo único. Os integrantes da classe de docentes e de suporte
pedagógico serão remunerados conforme Tabela de Vencimentos, nos termos do Anexo II desta Lei Complementar.
Art. 7º O campo de atuação da classe de docentes compreende: I – Professor de Educação Básica I: na educação infantil; II – Professor de Educação Básica II: nas séries iniciais do ensino
fundamental, na educação de jovens e adultos equivalentes a essas séries do ensino fundamental e na educação especial;
III – Professor de Educação Básica III: nas séries finais do ensino
fundamental, na educação de jovens e adultos equivalentes a essas séries e nas séries iniciais do ensino fundamental, quando se optar pela presença de portador de habilitação específica em área própria.
Art. 8º Os ocupantes dos empregos de suporte pedagógico exercerão
suas atividades nos diferentes níveis da Educação Básica, estabelecidos no Anexo III, que faz parte integrante desta Lei Complementar.
Seção III Das Formas de Provimentos de Empregos
Art. 9º Os requisitos para o provimento dos empregos da classe de
docentes e de suporte pedagógico ficam estabelecidos em conformidade com o Anexo IV desta lei complementar.
Art. 10. Os provimentos de empregos da classe de docentes e de
suporte pedagógico se darão na seguinte conformidade: I – Professor de Educação Básica I, Professor de Educação Básica II e
Professor de Educação Básica III: Concurso Público de Provas e Títulos e contratação;
151
II – Diretor de Escola: em Comissão mediante designação do Prefeito Municipal;
III – Vice Diretor: indicação do Diretor de Escola, nomeado em
Comissão pelo Prefeito Municipal; IV – Assessor de Coordenação Pedagógica: indicação do Diretor de
Escola e nomeado em comissão, pelo Prefeito Municipal; V – Assessor de Planejamento e Supervisão Escolar: em comissão,
mediante designação do Prefeito Municipal; VI – Chefe da Assessoria Pedagógica: em comissão, mediante
designação do Prefeito Municipal.
Seção IV Dos Concursos Públicos
Art. 11. O provimento dos empregos permanentes da carreira do
magistério far-se-á através de concurso público de provas e títulos. Art. 12. O prazo de validade do concurso público será de até 02 (dois)
anos, a contar da data de sua homologação, podendo ser prorrogado por igual período. Art. 13. Os concursos públicos serão realizados pela Prefeitura
Municipal, e reger-se-ão por instruções especiais contidas nos respectivos regulamentos.
Seção V Da contratação por tempo determinado de docentes
Art. 14. A contratação por tempo determinado da classe de docentes
será efetuado nas seguintes hipóteses: I – para reger classes e/ou ministrar aulas cujo número reduzido não
justifique o provimento de emprego; II – para reger classes e/ou ministrar aulas atribuídas a ocupantes de
empregos ou funções, com afastamentos estabelecidos pela legislação vigente em caráter de substituição;
III – para reger classe e/ou ministrar aulas provenientes de empregos
vagos ou que ainda não tenham sido criados. Art. 15. A qualificação mínima para a contratação do docente
obedecerá às mesmas exigências estabelecidas no Anexo IV desta Lei Complementar.
152
Art. 16. A contratação por tempo determinado da classe de docentes do Quadro do Magistério far-se-á de acordo com a legislação municipal própria precedida de processo seletivo simplificado.
Parágrafo único. A contratação por tempo determinado, sempre que
possível, deverá ser feita anteriormente ao período de planejamento das classes que já estiverem previstas.
Art. 17. O processo seletivo de que trata o artigo anterior, será
realizado pela Secretaria Municipal de Educação, na forma da lei e com peculiaridades estabelecidas em regulamento.
Parágrafo único. Quando houver concurso público vigente, o
processo seletivo poderá consistir na utilização da lista de aprovados.
Art. 18. A retribuição pecuniária dos docentes contratados por tempo determinado será sempre calculada com base no grau inicial da Tabela de Vencimentos, respeitada a jornada semanal de trabalho.
CAPÍTULO III
Da Jornada de Trabalho
Seção I Da Constituição da Jornada de Trabalho
Art. 19. A jornada de trabalho do professor em função docente inclui
uma parte de horas aula e uma parte de horas atividades. Parágrafo único. As horas atividades serão destinadas à preparação e
avaliação do trabalho didático, a colaboração com a administração da escola, a reuniões pedagógicas, a articulação com a comunidade a ao aperfeiçoamento profissional, de acordo com a proposta pedagógica da escola.
Art. 20. Os ocupantes de empregos de docentes ficam sujeitos as
seguintes jornadas de trabalho: I – Professor de Educação Básica I e Professor de Educação Básica II:
30 (trinta) horas semanais, sendo 25 (vinte e cinco) horas com alunos, 02 (duas) horas de trabalho pedagógico coletivo e 03 (três) horas de trabalho pedagógico individual.
II – Professor de Educação Básica III:
a) Jornada Parcial de Trabalho Docente: 24 (vinte e quatro) horas
semanais, sendo 20 (vinte) horas em atividades regulares com alunos, 2 (duas) horas de trabalho pedagógico coletivo e 2 (duas) horas de trabalho pedagógico individual.
153
b) Jornada Integral de Trabalho Docente: 30 (trinta) horas semanais, sendo 25 (vinte e cinco) horas em atividades regulares com alunos, 2 (duas) horas de trabalho pedagógico coletivo e 3 (três) horas de trabalho pedagógico individual.
§ 1º A hora-aula e a hora de trabalho pedagógico terão duração de 60
minutos;
§ 2º Fica assegurado ao docente no mínimo 15 (quinze) minutos consecutivos de descanso por período letivo.
§ 3º Para aferição de jornada de trabalho mensal, considera-se, para os
efeitos desta lei, o mês equivalente a quatro (4) semanas e meia (½). § 4º É garantida aos docentes ocupantes de emprego permanente a
remuneração correspondente ao repouso semanal remunerado, considerando-se, para este fim um sexto do total de aulas dadas na semana.
§ 5º Anualmente por ocasião da inscrição de atribuição de classes e
aulas, os professores poderão optar por jornada de trabalho diferente da qual se encontram. Art. 21. Os ocupantes de empregos de suporte pedagógico exercerão
as respectivas funções em jornada de trabalho de 44 (quarenta e quatro) horas semanais.
Seção II Da Carga Horária, Horas de Trabalho Pedagógico e Carga Suplementar
Art. 22. Entende-se por carga horária o conjunto de horas em
atividades com alunos e horas de trabalho pedagógico. Parágrafo único. Quando o conjunto de horas em atividades com
alunos for diferente do previsto no artigo 20 desta Lei Complementar, a esse conjunto corresponderão horas de trabalho pedagógico, na forma indicada no Anexo V desta Lei Complementar.
Art. 23. As horas de trabalho pedagógico na escola deverão ser
utilizadas para reuniões e outras atividades pedagógicas e de estudo, de caráter coletivo, organizadas pela Unidade Escolar, bem como atendimento a pais de alunos.
Parágrafo único. O docente afastado para exercer atividades de
suporte pedagógico não fará jus às horas de trabalho pedagógico. Art. 24. Os docentes poderão exercer carga suplementar de trabalho
em outro campo de atuação desde que devidamente habilitado. Parágrafo único. A carga suplementar de trabalho será deferida após
a constituição de jornada de trabalho docente.
154
Art. 25. Entende-se por carga suplementar de trabalho o número de horas prestadas pelo docente, além daquelas fixadas para a jornada de trabalho a que estiver sujeito.
§ 1º As horas prestadas a título de carga suplementar de trabalho são
constituídas de horas em atividades com alunos e horas de trabalho pedagógico; § 2º O número de horas semanais da carga suplementar de trabalho
corresponderá à diferença entre o limite de 40 (quarenta) horas e o número de horas previsto nas jornadas de trabalho a que se refere esta Lei Complementar;
§ 3º A jornada diária do professor não poderá ultrapassar o limite de 6
(seis) aulas consecutivas ou 8 (oito) intercaladas no mesmo estabelecimento de ensino; § 4º A retribuição pecuniária do ocupante de emprego, por hora
prestada a título de carga suplementar de trabalho docente, corresponderá ao valor de hora aula fixado para sua jornada de trabalho docente da escala de vencimentos da classe a que pertence;
§ 5º Quando a carga suplementar se referir ao campo de atuação
distinto do campo de atuação do docente, esta será remunerada com base no grau inicial daquele campo de atuação.
Art. 26. Poderão ser atribuídas aos ocupantes de emprego de
docência, a título de carga suplementar, horas-aulas semanais para o desenvolvimento de projetos desenvolvidos pela Secretaria Municipal de Educação.
Seção III
Da Acumulação de Empregos
Art. 27. Na hipótese de acúmulo de dois empregos docentes ou de um emprego de suporte pedagógico com um emprego docente, a carga horária não poderá ultrapassar ao limite de 64 (sessenta e quatro) horas semanais, além da obrigatoriedade de cumprimento dos seguintes requisitos:
I – compatibilidade de horários; II – comprovação de viabilidade de acesso aos locais de trabalho por
meios normais de transporte; III – intervalos entre o término de um e início de outro de, no mínimo
1 (uma) hora; IV – seja previamente publicado ato decisório favorável ao acúmulo
nos termos da legislação específica.
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Parágrafo único. O intervalo constante do inciso III deverá ser reduzido para 15 (quinze) minutos quando as unidades escolares situarem dentro do município, desde que não haja qualquer prejuízo para o serviço publico.
CAPÍTULO IV Da Carreira do Magistério e sua Remuneração
Seção I
Da Carreira
Art. 28. A carreira do Quadro do Magistério da Estância Turística de Joanópolis permitirá movimentação horizontal dos profissionais de magistério, enquadrados em suas respectivas faixas e graus.
Seção II Da Remuneração
Art. 29. A remuneração dos integrantes do Quadro do Magistério será
constituída do piso salarial ou salário base contemplado com evolução funcional, limitada a amplitude de graus prevista na Tabela de Vencimentos constante do Anexo II desta Lei Complementar.
Art. 30. O reajuste salarial dos integrantes do quadro do magistério do
município de Joanópolis, será feito com base nos recursos financeiros aplicados na educação, nos termos da Constituição Federal e da Lei Federal nº 9.424/96 e será definido pelo Poder Executivo, mediante autorização Legislativa.
Art. 31. Quando houver resíduos provenientes do Fundo de
Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério ou de qualquer outro fundo que vier a sucedê-lo, o mesmo deverá ser repassado aos componentes do Quadro de Magistério, como prêmio de valorização funcional, na forma a ser regulamentada.
Seção III Da Evolução Funcional
Art. 32. A Evolução Funcional é a passagem do integrante do quadro
do magistério do grau de vencimento em que se encontre enquadrado para grau retribuitório superior da classe a que pertence, dentro da amplitude de graus prevista na Tabela de Vencimentos, mediante avaliação de indicadores de crescimento da sua capacidade profissional e se dará através das seguintes modalidades:
I – pela via acadêmica, ou seja, títulos acadêmicos obtidos em grau
superior de ensino; II – pela via não-acadêmica, considerando-se a qualificação em cursos
de atualização e aperfeiçoamento, dedicação exclusiva no emprego e mérito por assiduidade;
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III – por antiguidade. Art. 33. A evolução funcional pela via acadêmica será concretizada
mediante enquadramento automático em graus retribuitórios superiores aquele em que o servidor se encontrava, dispensados quaisquer interstícios de tempo, mediante apresentação de diploma ou certificado de conclusão, na seguinte conformidade:
I – Professor de Educação Básica I e Professor de Educação Básica II: a) Curso superior de ensino de graduação correspondente à
licenciatura plena: dois graus; b) Curso de pós-graduação em área de educação, com duração
mínima de 360 (trezentas e sessenta) horas: dois graus; c) Curso de mestrado: três graus; d) Curso de doutorado: quatro graus. II – Professor de Educação Básica III: a) Curso de pós-graduação em área de educação, com duração
mínima de 360 (trezentas e sessenta) horas: dois graus; b) Curso de mestrado: três graus; c) Curso de doutorado: quatro graus; III – Classes de Suporte Pedagógico:
a) Curso de pós-graduação em área de educação, com duração
mínima de 360 (trezentas e sessenta) horas: dois graus; b) Curso de mestrado: três graus; c) Curso de doutorado: quatro graus. § 1º Será concedida a evolução funcional por via acadêmica ainda que
o curso tenha sido concluído antes da vigência do contrato de trabalho. § 2º Será concedida apenas uma única evolução funcional de
vencimentos para cada nível de graduação concluído, mencionado no “caput” deste artigo, vedada à acumulação de evolução por conclusão de curso de um mesmo nível de graduação já alcançado anteriormente pelo servidor.
Art. 34. A evolução funcional por via não-acadêmica ocorrerá na
seguinte conformidade: I – qualificação em cursos de atualização e aperfeiçoamento; II – dedicação exclusiva no emprego na rede municipal de ensino;
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§ 1º Consideram-se cursos e treinamentos no respectivo campo de atuação, todos aqueles realizados pela Prefeitura Municipal de Joanópolis ou instituições reconhecidas pela Secretaria Municipal de Educação, aos quais serão atribuídos pontos na seguinte conformidade:
a) quando se tratar de cursos de especialização no emprego e no
campo de atuação, com duração mínima de 180 (cento e oitenta) horas: 3,0 (três) pontos; b) quando se tratar de cursos de extensão cultural específico na área
de atuação, a cada bloco de 30 (trinta) horas: 0,5 (meio) ponto; c) quando se tratar de cursos de extensão cultural, em áreas correlatas
a do emprego, a cada bloco de 30 (trinta) horas: 0,25 (vinte e cinco centésimos) de ponto. § 2º Para fins de atribuição de pontos previstos no parágrafo anterior,
só serão considerados os cursos e/ou treinamentos realizados a partir dos últimos 5 (cinco) anos anteriores a vigência desta Lei Complementar;
§ 3º Os cursos previstos neste artigo serão considerados uma única
vez, vedada a sua acumulação; § 4º A dedicação exclusiva no emprego na rede municipal de ensino
será apurada anualmente, atribuindo-se 2,0 (dois) pontos no final de cada ano letivo; § 5º O regime de dedicação exclusiva implica, além da obrigação de
prestar no mínimo 30 (trinta) horas de trabalho semanal, o impedimento do exercício de outra atividade remunerada pública ou privada, ainda que seja outro emprego ou função pertencente ao Quadro do Magistério de Joanópolis;
§ 6º A dedicação exclusiva será avaliada a partir do ano subseqüente à
vigência da presente Lei Complementar; § 7º Feita à apuração, os pontos atribuídos serão consignados sob a
denominação de “pontos progressão”; § 8º A cada 20 (vinte) pontos progressão atribuídos, deverá ocorrer o
enquadramento do servidor no grau imediatamente superior àquele em que o mesmo se encontrava;
§ 9º Para fins da evolução funcional previsto no caput deste artigo
deverão ser cumpridos interstícios mínimos de 3 (três) anos, computado sempre o tempo de efetivo exercício do servidor entre cada evolução por via não acadêmica.
Art. 35. Interromper-se-á o interstício a que se refere o artigo anterior
quando o servidor estiver por prazo igual ou superior a 6 (seis) meses afastado: I – para prestar serviços junto a órgãos da União, do Estado ou de
outro Município;
158
II – para prestar serviços junto a órgãos da Prefeitura Municipal que não caracterizem docência ou função de suporte pedagógico.
Art. 36. A evolução funcional por antiguidade é a passagem do
ocupante de emprego do Magistério Público Municipal do grau de vencimentos em que se encontre enquadrado para o imediatamente superior, e se efetivará em decorrência do interstício temporal correspondente a 5 (cinco) anos de serviços efetivamente prestados.
§ 1º Fica assegurado, na evolução funcional por antiguidade, o
reenquadramento automático e imediato do pessoal do quadro do magistério em novo grau de vencimentos, cumpridas as exigências deste artigo;
§ 2º Não fará jus à evolução funcional por antiguidade o servidor que
durante o interstício temporal previsto no caput tiver apresentado mais que 30 (trinta) faltas; § 3º Para os efeitos da evolução funcional por antiguidade, nos termos
desta Lei Complementar, não serão consideradas faltas às ausências decorrentes de licenças maternidade, adotante, paternidade, acidente de trabalho, doença profissional, compulsória, gala, nojo e convocações do Poder Judiciário.
§ 4º Verificada a ocorrência constate no § 2º deste artigo, no dia
posterior à data da trigésima primeira falta, começa a fluir novo prazo de 5 (cinco) anos para obtenção da evolução funcional por antiguidade.
Seção IV
Dos Programas de Desenvolvimento Profissional
Art. 37. A Prefeitura Municipal da Estância Turística de Joanópolis, no cumprimento do disposto nos artigos 67 e 87 da Lei Federal nº 9394/96, implementará programas de desenvolvimento e aperfeiçoamento para os profissionais do magistério em exercício, através de cursos de capacitação e atualização no serviço.
§ 1º Os programas de que trata o “caput” deste artigo poderão ser
ministrados em parceria com instituições que desenvolvam atividades na área; § 2º Deverão levar em consideração as prioridades das áreas
curriculares, a situação funcional dos professores e a atualização de metodologias diversificadas, inclusive as que utilizam recursos de educação à distância.
Seção V Dos Vencimentos
Art. 38. Os integrantes do Quadro do Magistério Público Municipal
terão seus vencimentos fixados na Tabela de Vencimentos, constantes do Anexo II desta Lei Complementar, na seguinte conformidade:
I – Tabela I: aplicável às classes de docentes;
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II – Tabela II: aplicável às classes de suporte pedagógico. Parágrafo único. A Tabela de Vencimentos é composta de faixas de
vencimentos e 11 (onze) graus, correspondendo o primeiro grau ao vencimento inicial da classe e os demais à evolução funcional prevista por esta Lei Complementar.
Seção VI Das Vantagens
Art. 39. Além do vencimento, o ocupante de emprego permanente
fará jus às seguintes vantagens: I – adicional por tempo de serviço, concedido à razão de 5% (cinco
por cento) por qüinqüênio de serviço público municipal; II – gratificação pelo exercício em local de difícil acesso,
correspondente a 10% (dez por cento) do valor do grau em que o servidor se encontre enquadrado;
III – gratificação pelo trabalho noturno, a partir das 19 horas, em
classes/aulas da Educação de Jovens e Adultos, correspondente a 20% (vinte por cento) do valor do grau em que o servidor se encontre enquadrado, quando constituir carga suplementar de trabalho, calculada sobre as aulas efetivamente cumpridas no horário noturno;
§ 1º O adicional por tempo de serviço incidirá, também, sobre o valor
correspondente da carga suplementar de trabalho; § 2º Para os efeitos desta Lei Complementar é considerado local de
difícil acesso às unidades escolares localizadas na zona rural, distantes, no mínimo, 9 (nove) quilômetros da sede do município.
Seção VII
Dos Afastamentos e Substituições
Art. 40. Os integrantes do Quadro do Magistério Público Municipal poderão afastar-se do exercício do emprego, respeitando o interesse da Administração, nas seguintes situações:
I – prover empregos em comissão; II – exercer atividades inerentes ou correlatas ao magistério em
empregos ou funções nas unidades ou órgãos da educação no município; III – freqüentar cursos de formação, aperfeiçoamento ou
especialização, bem como participar de congressos, simpósios ou similares, referentes à educação e ao magistério, quando houver incompatibilidade de horários.
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§ 1º Consideram-se atividade correlata à do Magistério, aquelas
relacionadas com a docência em outras modalidades de ensino, bem como as de natureza técnica relativa ao desenvolvimento de estudos, planejamentos, pesquisas, supervisão e orientação em currículos, administração escolar, orientação educacional, capacitação de docentes, direção, assessoramento e assistência;
§ 2º Consideram-se atribuições inerentes às do magistério, aquelas
que são próprias do Quadro do Magistério. Art. 41. Os afastamentos previstos nos incisos I e II do artigo anterior
serão concedidos sem prejuízos e demais vantagens do cargo e poderão ser autorizados, no interesse da Administração.
§ 1º Os referidos afastamentos deverão ser exercidos sem prejuízo na
contagem de tempo de serviço, na classificação para fins de atribuição de aula; § 2º O afastamento previsto no inciso III do artigo anterior, será
concedido sem prejuízo dos vencimentos e demais vantagens do emprego, e poderá ser autorizado no interesse da Administração, após cada quatriênio de efetivo exercício;
Art. 42. Quando o afastamento se der para provimento de emprego
não relacionado com a educação, será concedido sem ônus para o Ensino Municipal.
Parágrafo único. O disposto no caput deste artigo será concedido ao ocupante de emprego permanente após 2 (dois) anos de efetivo exercício no emprego.
Art. 43. Observados os requisitos legais haverá substituições durante
o impedimento legal e temporário dos docentes e profissionais de suporte pedagógico. § 1º A substituição poderá ser exercida por ocupante de emprego do
quadro do magistério ou mediante contratação em caráter temporário. § 2º As substituições serão remuneradas com base no grau inicial da
Tabela de Vencimentos do emprego substituído. § 3º Os empregos de suporte pedagógico comportarão substituição nos
afastamentos legais por período igual ou superior a 30 (trinta) dias, atendido o interesse da Administração.
Seção VIII Das Licenças e Concessões
Art. 44. A critério da Administração, poderá ser concedida licença ao
ocupante de emprego permanente do Quadro do Magistério, para tratar de assunto de interesse particular pelo prazo máximo de 2 (dois) anos, mediante suspensão do contrato de trabalho, desde que conte com 5 (cinco) anos de exercício e não prejudique os serviços.
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§ 1º A licença de que trata o caput deste artigo será concedida sem
remuneração e demais vantagens do emprego, devendo-se aguardar a concessão em exercício; § 2º O integrante do Quadro do Magistério poderá desistir da licença
no seu decurso, comunicando a Administração e reassumindo seu emprego, antes do término do prazo inicial;
§ 3º Nova licença somente poderá ser concedida após o período de 5
(cinco) anos do término ou cessação da anterior. Art. 45. Quando se tratar de licença médica o servidor, não poderá
dedicar-se a nenhuma outra atividade remunerada, sob pena de responder processo administrativo disciplinar de acordo com a legislação vigente.
CAPÍTULO V Da Readaptação
Art. 46. O integrante do Quadro do Magistério que tenha sofrido
limitação em sua capacidade física ou mental poderá ser readaptado de acordo com a lei previdenciária vigente:
CAPÍTULO VI Da Contratação e Remoção
Seção I
Das normas para contratação
Art. 47. Ao ser contratado na Rede Municipal de Ensino, para ocupar emprego permanente, o integrante do Quadro do Magistério participará de atribuição de classes e/ou aulas, obedecida a sua classificação no Concurso Público Municipal.
§ 1º Compete a Secretaria Municipal de Educação viabilizar o
processo de atribuição de classes e/ou aulas em Unidade Escolar e constituir a Unidade Sede de Trabalho;
§ 2º Os integrantes do Quadro do Magistério terão direito de escolha
de sede de trabalho obedecida rigorosamente à escala de classificação; § 3º Somente poderá mudar sua Unidade Sede através de Concurso de
Remoção.
Seção II Da Remoção
Art. 48. Terão direito à remoção por inscrição os integrantes do
Quadro do Magistério ocupantes de empregos permanentes.
162
Art. 49. A participação no concurso de remoção ocorrerá na vacância
ou criação de empregos permanentes do Quadro do Magistério. Art. 50. A remoção ocorrerá a pedido ou “ex-ofício” e só poderá ser
feita de uma para outra unidade escolar do Município.
Parágrafo único. A remoção a pedido será feira por permuta ou por concurso de títulos e/ou tempo de serviço.
Art. 51. A remoção por concurso de títulos e/ou tempo de serviço dar-
se-á respeitando rigorosamente a classificação geral, mediante indicação de vagas reais e potenciais existentes nas Unidades Escolares.
Art. 52. A remoção por permuta será concretizada mediante pedido
escrito de ambos os interessados, sendo permitida somente entre docentes que tenham sede de trabalho distintas.
Parágrafo único. O docente que for removido por permuta fica
impedido de participar de remoção por concurso de títulos e/ou tempo de serviço pelo período de 3 (três) anos.
Art. 53. O docente ocupante de emprego permanente que por sua
classificação na Unidade Escolar ficar sem classe/ou aula entrará em processo de remoção “ex-ofício”, devendo indicar todas as vagas por ordem de sua preferência.
Parágrafo único. No caso de não haver vaga suficiente na Rede
Municipal de Ensino o ocupante de emprego permanente será colocado em disponibilidade, nos termos da Constituição Federal.
CAPÍTULO VII Da Atribuição de Classes e/ou Aulas e das Férias
Seção I
Da classificação e atribuição
Art. 54. Para fins de atribuição de classes e/ou aulas os docentes serão classificados, dentro do campo de atuação de cada qual, pelo critério de pontuação, observadas as seguintes regras:
I – será computado um ponto para cada dia de efetivo exercício em
emprego permanente de docente no Magistério Público Municipal de Joanópolis, considerados 365 (trezentos e sessenta e cinco) dias por ano;
II – será computado 1 (um) ponto para cada dia de efetivo exercício
prestado na Unidade Sede, a partir da constituição da mesma; III - serão computados 548 (quinhentos e quarenta e oito) pontos para
habilitação específica de nível superior em curso de licenciatura plena na área da educação;
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IV – serão computados 365 (trezentos e sessenta e cinco) pontos para
pós-graduação na área da educação; V – serão computados 365 (trezentos e sessenta e cinco) pontos para
título de mestre com dissertação defendida na área da educação; VI – serão computados 365 (trezentos e sessenta e cinco) pontos para
título de doutor com tese defendida na área da educação; VII – serão computados 0,25 (vinte e cinco centésimos) de ponto por
hora de curso em extensão na área da educação, realizados nos cinco anos que antecederem a data marcada para a escolha de classes e/ou aulas em cada ano.
§ 1º Em caso de empate na escala de classificação terá preferência o
docente que somar o maior número de pontos no tópico referente ao tempo de serviço, constante do inciso I e, persistindo o empate, a prioridade será do professor de maior número de filhos dependentes, idade, respectivamente;
§ 2º Serão levados em conta, para fins de pontuação, os dias
correspondentes a descanso semanal remunerado, recesso, férias, nojo, gala, serviço obrigatório por lei e licença gestante;
§ 3º Para que os cursos de extensão na área de educação possam ser
pontuados nos termos do inciso VII deste artigo, deverão ser reconhecidos pela Secretaria Municipal de Educação de Joanópolis;
§ 4º Não será considerado para efeito da pontuação prevista no inciso
I deste artigo, o tempo de serviço já utilizado pelo docente para obtenção de aposentadoria; § 5º Compete à Secretaria Municipal de Educação o encaminhamento
do processo de atribuição de classes e/ou aulas para todos os estabelecimentos do Sistema Municipal de Ensino, respeitados os prazos legais;
§ 6º A atribuição de classes e/ou aulas será na Unidade Escolar sob a
responsabilidade do Diretor de Escola e obedecerá a classificação da Unidade Sede. Art. 55. É responsabilidade do interessado acompanhar todas as fases
do processo de atribuição de classes e/ou aulas, e se fazer presente no ato da atribuição, ou ser representado por procuração, caso contrário o Diretor atribuirá a sua respectiva jornada de trabalho compulsoriamente.
Seção II Das Férias e do Recesso Escolar
Art. 56. Os docentes do magistério público municipal usufruirão 30
(trinta) dias de férias anuais de acordo com o calendário escolar.
164
Art. 57. Os ocupantes de empregos de suporte pedagógico gozarão
férias conforme escala a ser elaborada e aprovada pelo órgão competente. Art. 58. O recesso escolar, nunca inferior a 10 (dez) dias, será
previsto no calendário escolar e suspenderá as atividades docentes com os alunos.
Parágrafo único. O disposto neste artigo não se aplica aos docentes que atuarem na Educação Infantil na modalidade Creche.
CAPÍTULO VIII Da Aposentadoria
Seção I
Da Aposentadoria
Art. 59. Os integrantes do Quadro do Magistério, ao passarem a inatividade, terão seus proventos calculados de acordo com a lei previdenciária vigente.
CAPÍTULO IX
Disposições Gerais e Finais Art. 60. Os atuais integrantes do Quadro do Magistério ficam
reenquadrados conforme constante do anexo I, que integra esta Lei Complementar. Art. 61. A vacância de emprego do Quadro do Magistério ocorrerá
nas hipóteses de exoneração, dispensa, aposentadoria e falecimento. Art. 62. O emprego de Diretor de Escola provido em concurso
público será extinto na vacância, conforme Sub-Anexo II do Anexo I da Presente Lei Complementar.
Parágrafo único. A evolução funcional e as vantagens funcionais
previstas na presente Lei Complementar aplicam-se ao emprego constante do “caput” deste artigo.
Art. 63. Os atuais ocupantes do emprego de Professor de Pré-Escola, redenominados por esta lei complementar para Professor de Educação Básica I, que mantém jornada diária de trabalho de 8 (oito) horas, permanecerão na referida jornada, desde que atuem em Unidade Escolar que atenda crianças de 0 (zero) a 3 (três) anos de idade ou desde que completem sua jornada atuando em projetos em qualquer das unidades escolares, inclusive naqueles que exijam habilitação em área própria, compatível com a habilitação do docente.
Parágrafo único. Os ocupantes dos empregos referidos no caput
deste artigo, mediante expressa concordância, poderão ser reenquadrados na jornada estabelecida no inciso I do artigo 20 da presente Lei Complementar.
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Art. 64. Ficam extintos todos os empregos do Quadro do Magistério
que não constem da presente Lei Complementar resguardados os possíveis direitos de seus ocupantes.
Art. 65. A Secretaria de Educação da Estância Turística de Joanópolis apostilará os títulos, e encaminhará para respectiva Unidade Sede que fará as devidas anotações nos prontuários dos profissionais de educação abrangidos por esta Lei Complementar e comunicará ao Departamento Pessoal da Prefeitura, para fins da Evolução Funcional.
Art. 66. A constituição de Unidade Sede far-se-á no ato de atribuição
de classe e/ou aulas do ano subseqüente à aprovação desta Lei Complementar. Art. 67. Não se aplica aos integrantes do Quadro do Magistério a
promoção constante dos artigos 14 e 15 da Lei nº 869/89, de 30 de outubro de 1998, aplicando-se, contudo, a evolução funcional por antiguidade prevista no artigo 36 da presente Lei Complementar.
Art. 68. Designado servidor titular de cargo da Secretaria Estadual de
Educação, em atividade na rede municipal em razão de convênio de parceria Estado-Município, para responder por empregos da classe de suporte pedagógico, referido servidor receberá gratificação correspondente à diferença existente entre o vencimento básico de seu cargo e a faixa e grau inicial do emprego para o qual for designado.
Art. 69. As despesas decorrentes da execução da presente Lei
Complementar correrão por conta de dotação própria consignada em orçamento, suplementada, se necessário.
Art. 70. Esta Lei Complementar entra em vigor no primeiro dia do
mês subseqüente ao de sua publicação, revogando-se às disposições em contrário, em especial a Lei nº 1.153, de 06 de maio de 1999, Lei nº 1.178, de 18 de janeiro de 2000 e Lei nº 1.282, de 14 de janeiro de 2002.
Joanópolis, 01 de dezembro de 2005.
José Garcia da Costa Prefeito Municipal
166
Lei Complementar nº 09/2006 De 11 de maio de 2006
“Isenta de pagamento do Imposto Predial e Territorial Urbano, os imóveis atingidos por enchentes, no perímetro urbano do município de Joanópolis”.
O Prefeito Municipal da Estância Turística de Joanópolis, Estado de São Paulo, usando de suas atribuições legais, faz saber que a Câmara Municipal aprovou e ele sanciona e promulga a seguinte Lei Complementar:
Art. 1º Ficam isentos de pagamento do Imposto Predial e
Territorial Urbano todos os imóveis edificados, devidamente regularizados junto ao Poder Executivo Municipal, atingidos por enchentes, inseridos no perímetro urbano do município de Joanópolis.
§ 1º Para aplicação desta Lei Complementar, o imóvel atingido
deverá obrigatoriamente, respeitar o recuo mínimo para edificação, estabelecidos na Lei Federal nº 6.766, de 19 de dezembro de 1979.
§ 2º A isenção de que trata esta Lei Complementar recairá sobre o primeiro Imposto Predial e Territorial Urbano lançado subseqüentemente ao evento.
Art. 2º A isenção de que trata esta Lei Complementar, será concedida mediante requerimento do contribuinte, munido dos seguintes documentos:
I - cópia do Cic e RG do proprietário ou responsável pelo
imóvel; II - cópia do ultimo Carnê do IPTU; III - documento que comprove a inundação do imóvel.
Art. 3º Serão considerados imóveis atingidos aqueles que
tiverem comprovadamente seu imóvel inundado. Art. 4º Esta lei entra em vigor na data de sua publicação,
revogadas as disposições em contrário, em especial a Lei Complementar nº 03 de 29 de maio de 2000.
Joanópolis, 11 de maio de 2006.
José Garcia da Costa Prefeito Municipal