Lei Orgânica MP - CE

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PODER EXECUTIVOLEI COMPLEMENTAR N72, de 12 de dezembro de 2008. INSTITUI A LEI ORGNICA E O ESTATUTO DO MINISTRIO PBLICO DO ESTADO DO CEAR E D OUTRAS PROVIDNCIAS. O GOVERNADOR DO ESTADO DO CEAR. Fao saber que a Assemblia Legislativa decretou e eu sanciono a seguinte Lei Complementar: LIVRO I DA AUTONOMIA, DA ORGANIZAO E DAS ATRIBUIES DO MINISTRIO PBLICO TTULO I DAS DISPOSIES GERAIS E DA AUTONOMIA DO MINISTRIO PBLICO CAPTULO I DAS DISPOSIES GERAIS Art.1 O Ministrio Pblico instituio permanente, essencial funo jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe a defesa da ordem jurdica, do regime democrtico e dos interesses sociais e individuais indisponveis. Pargrafo nico. So princpios institucionais do Ministrio Pblico a unidade, a indivisibilidade e a independncia funcional. CAPTULO II DA AUTONOMIA DO MINISTRIO PBLICO Art.2 Ao Ministrio Pblico assegurada autonomia funcional, administrativa, oramentria e financeira, cabendo-lhe, especialmente: I - praticar atos prprios de gesto; II - praticar atos e decidir sobre a situao funcional e administrativa do pessoal ativo e inativo da carreira e dos servios auxiliares, organizados em quadro prprio; III - elaborar as suas folhas de pagamento e expedir os competentes demonstrativos; IV - adquirir bens e contratar servios, efetuando a respectiva contabilizao; V - propor ao Poder Legislativo a criao, transformao e a extino dos seus cargos, bem como a fixao e o reajuste dos subsdios dos seus membros, atravs de uma poltica remuneratria e planos de carreira prprios; VI - propor ao Poder Legislativo a criao, transformao e a extino dos cargos dos seus servios auxiliares, bem como a fixao e o reajuste dos vencimentos dos seus servidores; VII - prover os cargos iniciais da carreira e dos servios administrativos auxiliares, bem como nos casos de remoo, promoo e demais formas de provimento derivado; VIII - editar atos de aposentadoria, exonerao e outros que importem em vacncia de cargos de carreira e dos servios administrativos auxiliares, bem como os de disponibilidade de membros do Ministrio Pblico e dos seus servidores; IX - organizar as suas secretarias e os servios auxiliares das Procuradorias e Promotorias de Justia; X - compor os seus rgos de administrao, execuo e auxiliares; XI - elaborar os seus regimentos internos; XII - exercer outras atribuies decorrentes da sua competncia e finalidade. 1 As decises do Ministrio Pblico fundadas na sua autonomia funcional, administrativa e financeira, obedecidas as formalidades legais, tm eficcia plena e executoriedade imediata, ressalvada a competncia constitucional do Poder Judicirio e do Tribunal de Contas. 2 O Ministrio Pblico instalar os seus rgos de administrao, de execuo e de servios auxiliares em prdios sob a sua administrao, alm de contar com as dependncias a ele reservadas nos prdios do Poder Judicirio, com instalaes condignas e adequadas.

3 Os atos de gesto administrativa do Ministrio Pblico, incluindo convnios, contrataes e aquisies de bens e servios, no podero ser condicionados apreciao prvia do Poder Executivo. Art.3 O Ministrio Pblico elaborar a sua proposta oramentria, dentro dos limites estabelecidos na Lei de Diretrizes Oramentrias, encaminhando-a diretamente ao Governador do Estado, que a submeter ao Poder Legislativo. 1 Os recursos correspondentes s suas dotaes oramentrias prprias e globais, compreendidos os crditos suplementares e especiais, ser-lhe-o entregues at o dia 20 (vinte) de cada ms, sem vinculao a qualquer tipo de despesa. 2 O atraso no repasse das dotaes oramentrias constitui-se no desatendimento s garantias constitucionais do Ministrio Pblico, sujeitando-se o agente pblico responsvel s sanes cabveis. 3 Os recursos prprios, no originrios do Tesouro, sero recolhidos diretamente e utilizados em programas vinculados s finalidades do Ministrio Pblico, vedada outra destinao. 4 A fiscalizao contbil, financeira, oramentria, operacional e patrimonial do Ministrio Pblico, quanto legalidade, legitimidade, economicidade, aplicao de dotaes e recursos prprios, bem como renncia de receitas, ser exercida pelo Poder Legislativo, mediante controle externo e, pelo sistema de controle interno, atravs de rgo prprio da Procuradoria Geral de Justia. TTULO II DA ORGANIZAO DO MINISTRIO PBLICO CAPTULO I DA ESTRUTURA DO MINISTRIO PBLICO SEO I DOS RGOS DO MINISTRIO PBLICO Art.4 O Ministrio Pblico compreende: I - rgos de Administrao Superior; II - rgos de Administrao; III - rgos de Execuo; IV - rgos Auxiliares. SEO II DOS RGOS DE ADMINISTRAO SUPERIOR Art.5 So rgos de Administrao Superior do Ministrio Pblico: I - a Procuradoria Geral de Justia; II - o Colgio de Procuradores de Justia; III - o Conselho Superior do Ministrio Pblico; IV - a Corregedoria-Geral do Ministrio Pblico. SEO III DOS RGOS DE ADMINISTRAO Art.6 So rgos de Administrao do Ministrio Pblico: I - as Procuradorias de Justia; II - as Promotorias de Justia; III - PROCON Programa Estadual de Proteo e Defesa do Consumidor; IV - Ouvidoria Geral do Ministrio Pblico. SEO IV DOS RGOS DE EXECUO Art.7 So rgos de Execuo do Ministrio Pblico: I - o Procurador-Geral de Justia; II - o Conselho Superior do Ministrio Pblico; III - os Procuradores de Justia; IV - os Promotores de Justia; V - Junta Recursal do Programa Estadual de Proteo ao Consumidor JURDECON. SEO V DOS RGOS AUXILIARES Art.8 So rgos Auxiliares do Ministrio Pblico: I - os Centros de Apoio Operacional;

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Governador CID FERREIRA GOMES Vice - Governador FRANCISCO JOS PINHEIRO Gabinete do Governador IVO FERREIRA GOMES Casa Civil ARIALDO DE MELLO PINHO Casa Militar CEL. FRANCISCO JOS BEZERRA RODRIGUES Procuradoria Geral do Estado FERNANDO ANTNIO COSTA DE OLIVEIRA Conselho Estadual de Educao EDGAR LINHARES LIMA Conselho Estadual de Desenvolvimento Econmico IVAN RODRIGUES BEZERRA Conselho de Polticas e Gesto do Meio Ambiente (Em Exerccio) MARIA TEREZA BEZERRA FARIAS SALES Secretaria das Cidades JOAQUIM CARTAXO FILHO Secretaria da Cincia, Tecnologia e Educao Superior REN TEIXEIRA BARREIRA Secretaria da Controladoria e Ouvidoria Geral ALOISIO BARBOSA DE CARVALHO NETO Secretaria da Cultura FRANCISCO AUTO FILHOII - os rgos de Assessoramento; III - o Centro de Estudos e Aperfeioamento Funcional; IV - a Comisso de Concurso; V - os rgos de Apoio Tcnico e Administrativo; VI - o rgo de Estgio. CAPTULO II DOS RGOS DE ADMINISTRAO SUPERIOR SEO I DA PROCURADORIA GERAL DE JUSTIA SUBSEO I DISPOSIES GERAIS Art.9 A Procuradoria Geral de Justia dirigida pelo ProcuradorGeral de Justia, que representa e administra o Ministrio Pblico. SUBSEO II DA ELEIO, NOMEAO E POSSE DO PROCURADOR-GERAL DE JUSTIA. DA VACNCIA Art.10. O Procurador-Geral de Justia ser nomeado pelo Governador do Estado, para mandato de 2 (dois) anos, dentre os integrantes de lista trplice, permitida uma reconduo, observado o mesmo procedimento. 1 A formao da lista trplice de que trata este artigo far-se- mediante eleio por voto secreto e plurinominal dos integrantes da carreira em atividade, que podero votar em at 3 (trs) candidatos. 2 Ser admitido o voto por via postal, desde que protocolizado na Procuradoria Geral de Justia e recebido pela Comisso Eleitoral at o encerramento dos trabalhos de coleta de votos: I - dos Promotores de Justia em exerccio nas Comarcas do Interior, onde postaro o seu voto; II - dos membros do Ministrio Pblico que, a servio da Instituio ou no gozo de direitos, estejam ausentes da Capital, do Estado ou da Comarca onde exeram as suas atribuies. 3 Se o Chefe do Poder Executivo no efetuar a nomeao do Procurador-Geral de Justia nos 15 (quinze) dias que se seguirem ao recebimento da lista trplice, ser investido automaticamente no cargo, para o exerccio do mandato, perante o Colgio de Procuradores de Justia, reunido em sesso extraordinria e solene, aquele que ocupar o primeiro lugar na votao. Art.11. A eleio destinada formao da lista trplice, ser realizada, at 30 (trinta) dias antes do trmino do mandato, na sede da Procuradoria Geral de Justia, no perodo das 8 s 17horas. Art.12. O Colgio de Procuradores de Justia convocar eleies para a formao da lista trplice atravs de edital, com prazo de 10 (dez) dias, e baixar Resoluo disciplinando o processo eleitoral, conferindose ampla publicidade de tais atos, atravs do Dirio da Justia e de jornal de grande circulao.

Secretaria do Desenvolvimento Agrrio CAMILO SOBREIRA DE SANTANA Secretaria da Educao MARIA IZOLDA CELA DE ARRUDA COELHO Secretaria do Esporte FERRUCIO PETRI FEITOSA Secretaria da Fazenda CARLOS MAURO BENEVIDES FILHO Secretaria da Infra-Estrutura FRANCISCO ADAIL DE CARVALHO FONTENELE Secretaria da Justia e Cidadania MARCOS CSAR CALS DE OLIVEIRA Secretaria do Planejamento e Gesto SILVANA MARIA PARENTE NEIVA SANTOS Secretaria dos Recursos Hdricos CSAR AUGUSTO PINHEIRO Secretaria da Sade JOO ANANIAS VASCONCELOS NETO Secretaria da Segurana Pblica e Defesa Social ROBERTO DAS CHAGAS MONTEIRO Secretaria do Trabalho e Desenvolvimento Social (Em Exerccio) FTIMA CATUNDA ROCHA MOREIRA DE ANDRADE Secretaria do Turismo BISMARCK COSTA LIMA PINHEIRO MAIA Defensoria Pblica Geral FRANCILENE GOMES DE BRITO BESSA1 A Comisso Eleitoral, constituda por 3 (trs) membros efetivos e 3 (trs) suplentes, ser eleita pelo Colgio de Procuradores de Justia, na mesma sesso de que trata este artigo, dentre Procuradores e Promotores de Justia da mais elevada entrncia, sendo presidida pelo Procurador de Justia mais antigo no cargo. 2 As decises da Comisso Eleitoral sero tomadas por maioria de votos, delas comportando recurso ao Colgio de Procuradores de Justia. 3 No primeiro dia til aps o encerramento do prazo para inscrio de candidatos, a Comisso Eleitoral publicar no rgo Oficial e divulgar pelos meios de comunicao social, em ordem alfabtica, os nomes dos candidatos eleio. Art.13. So elegveis para a formao da lista trplice os membros do Ministrio Pblico em atividade, que estejam no exerccio pleno das funes do seu cargo, maiores de 35 (trinta e cinco) anos e com mais de 10 (dez) anos de exerccio na carreira. Pargrafo nico. No caso de no haver nmero suficiente de candidatos formao da lista trplice, sero considerados como tais todos os membros do Colgio de Procuradores, em efetivo exerccio, que no manifestarem recusa expressa at 30 (trinta) dias antes da eleio, ressalvadas as hipteses de inelegibilidades. Art.14. inelegvel para o cargo de Procurador-Geral de Justia, o membro do Ministrio Pblico que tenha exercido, no perodo de 120 (cento e vinte) dias anteriores eleio, qualquer dos seguintes cargos: I - Procurador-Geral de Justia, salvo se postulando reconduo; II - Corregedor-Geral do Ministrio Pblico; III - Presidente de entidade de classe que represente os membros do Ministrio Pblico; IV - Ouvidor-Geral do Ministrio Pblico. Pargrafo nico. Os membros do Ministrio Pblico nomeados para cargos de confiana, na estrutura administrativa, devero se desincompatibilizar de seus respectivos cargos, dentro do perodo de 24 (vinte e quatro) horas aps a publicao do edital de inscrio para o certame. Art.15. O material eleitoral, destinado a votao, compreender cdulas que contenham a relao dos candidatos por ordem alfabtica, havendo ao lado de cada nome local apropriado, para que o eleitor assinale os da sua preferncia. Art.16. Cada candidato lista trplice poder indicar Comisso Eleitoral um fiscal, integrante da carreira e em atividade, para acompanhar a votao, apurao, proclamao dos eleitos e organizao da lista. Art.17. Encerrada a votao e procedida a apurao, a Comisso Eleitoral proclamar eleitos os 3 (trs) candidatos mais votados, organizando a lista trplice em ordem decrescente de votao, devendo constar o nmero de votos atribudos a cada integrante.

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1 Havendo empate no nmero de votos, integrar a lista, sucessivamente, o membro do Ministrio Pblico, titular do cargo de mais elevada categoria ou entrncia e, se em igualdade de condies, o mais antigo no cargo, o mais antigo na carreira e o mais idoso. 2 Formada a lista trplice, a Comisso Eleitoral a entregar, mediante protocolo, ao Governador do Estado, no primeiro dia til imediato eleio, se no houver recurso. Art.18. Das decises da Comisso Eleitoral caber recurso, com efeito suspensivo, no prazo de 24 (vinte e quatro) horas a contar da respectiva publicao, ao Colgio de Procuradores que, com a presena da Comisso Eleitoral, reunir-se- no primeiro dia til seguinte ao seu recebimento, em sesso especial, com quorum mnimo de 1/4 (um quarto) dos seus integrantes em exerccio, para sortear o relator, e o julgar, tambm em sesso especial, com a presena da Comisso Eleitoral e com o mesmo quorum, no primeiro dia til aps o sorteio. Pargrafo nico. No caso de recurso contra deciso prolatada durante os trabalhos de coleta de votos, aquele prazo ser contado da proclamao do resultado da votao, pela Junta Eleitoral. Art.19. O Procurador-Geral de Justia prestar compromisso, tomar posse e entrar em exerccio perante o Colgio de Procuradores de Justia, em sesso pblica e solene, fazendo declarao aberta de bens, no perodo de 15 (quinze) dias subseqente nomeao. Art.20. Nos afastamentos, impedimentos e suspeies, o ProcuradorGeral de Justia ser substitudo sucessivamente, pelo Vice-Procurador-Geral de Justia ou pelo Procurador de Justia mais antigo na carreira. Art.21. Ocorrendo vacncia no cargo de Procurador-Geral de Justia, o Colgio de Procuradores de Justia convocar nova eleio dentro de 10 (dez) dias, e ser realizada no prazo de 30 (trinta) dias, na forma desta Lei Complementar, assumindo interinamente o ViceProcurador-Geral de Justia e, no eventual impedimento, o Procurador de Justia mais antigo no cargo. SUBSEO III DA DESTITUIO DO PROCURADOR-GERAL DE JUSTIA Art.22. O Procurador-Geral de Justia poder ser destitudo por deliberao da maioria absoluta dos membros do Poder Legislativo, na forma do seu Regimento Interno, e mediante proposta do Colgio de Procuradores de Justia, em caso de abuso de poder, conduta incompatvel ou grave omisso no cumprimento dos deveres inerentes ao cargo. Art.23. A proposta de destituio do Procurador-Geral de Justia, por iniciativa da maioria absoluta do Colgio de Procuradores de Justia, formulada por escrito, depender de aprovao de 2/3 (dois teros) dos seus integrantes, mediante voto aberto, assegurada ampla defesa. 1 Encaminhada a proposta, atravs da Secretaria dos rgos Colegiados, o Secretrio promover, dentro de 48 (quarenta e oito) horas, a cincia pessoal ao Procurador-Geral de Justia, mediante entrega de cpia integral do requerimento e de documentos que a acompanhem. 2 No prazo de 10 (dez) dias, o Procurador-Geral poder oferecer defesa e requerer produo de provas. 3 Encerrada a instruo, ser designada sesso do Colgio de Procuradores, at 5 (cinco) dias aps, para efeito de julgamento, facultando-se ao Procurador-Geral de Justia fazer sustentao oral, aps o qu, passar-se- fase de votao, permitindo-se a fundamentao do voto pelo prazo mximo de 5 (cinco) minutos. 4 Presidir sesso o mais antigo Procurador de Justia, figurando como relator do processo aquele a quem, por distribuio, couber conhecer da matria. 5 A proposta de destituio, se aprovada, ser encaminhada com os respectivos autos Assemblia Legislativa, no prazo de 48 (quarenta e oito) horas, ou, se rejeitada, ser arquivada. Art.24. Aprovada a proposta de destituio pelo Colgio de Procuradores de Justia, o Procurador-Geral de Justia ser afastado provisoriamente do cargo e substitudo, na forma desta Lei Complementar, assegurados os efeitos financeiros do cargo. Pargrafo nico. Cessar o afastamento, se a Assemblia Legislativa, na forma do seu Regimento Interno, no concluir o processo de destituio dentro de 90 (noventa) dias, a partir do recebimento da proposta aprovada pelo Colgio de Procuradores. Art.25. Aprovada a destituio, o Colgio de Procuradores, aps cincia oficial do ato, declarar vago o cargo de Procurador-Geral de Justia, deflagrando o processo sucessrio, na forma desta Lei. SUBSEO IV DO PROCURADOR-GERAL DE JUSTIA ATRIBUIES Art.26. Compete ao Procurador-Geral de Justia: I - exercer a chefia do Ministrio Pblico, representando-o judicial e extrajudicialmente, segundo as atribuies previstas nas Constituies Federal, Estadual e nas demais Leis;

II - integrar, como membro nato, o Colgio de Procuradores de Justia e o Conselho Superior do Ministrio Pblico; III - submeter considerao do Colgio de Procuradores de Justia as propostas de criao, transformao e extino de cargos e servios auxiliares, do oramento anual e a de realizao de concurso de ingresso na carreira; IV - propor ao Poder Legislativo projetos de lei de criao transformao e extino de cargos na carreira do Ministrio Pblico, e dos rgos Administrativos Auxiliares, bem como a fixao e reajuste dos respectivos vencimentos, submetidos censura do Colgio de Procuradores de Justia; V - praticar atos e decidir questes relativas administrao geral e a execuo oramentria do Ministrio Pblico; VI - prover os cargos iniciais da carreira e dos servios auxiliares, bem como nos casos de remoo, promoo e demais formas de provimento derivado; VII - autorizar o afastamento da atividade funcional do Presidente eleito da Associao Cearense do Ministrio Pblico, da entidade de classe nacional e da Associao dos Servidores do Ministrio Pblico. VIII - editar atos de aposentadoria, exonerao e outros que importem em vacncia de cargos da carreira e dos servios administrativos auxiliares e atos de disponibilidade de membros do Ministrio Pblico e dos seus servidores; IX - expedir carteira de identidade aos membros do Ministrio Pblico e aos servidores da Procuradoria Geral de Justia; X - determinar correies e inspees nos servios do Ministrio Pblico; XI - determinar elaborao da escala de frias individuais dos servidores e membros do Ministrio Pblico, podendo alter-la, a requerimento do interessado ou por convenincia de servio, observadas as propostas da Corregedoria-Geral, das Procuradorias, Promotorias de Justia e dos rgos de apoio administrativo; XII - conceder e ressalvar frias dos membros do Ministrio Pblico e dos servidores da Procuradoria Geral de Justia; XIII - expedir Provimentos, sem carter normativo, aos rgos do Ministrio Pblico, para desempenho das suas funes nos casos em que se mostre conveniente a atuao uniforme da Instituio, ouvido o Colgio de Procuradores; XIV - nomear os estagirios; XV - apurar infrao penal atribuda a membro do Ministrio Pblico, prosseguindo nas j iniciadas que lhes forem remetidas ou avocando as que no o foram; XVI - confirmar na carreira o membro do Ministrio Pblico que satisfez o estgio probatrio, ouvido o Conselho Superior do Ministrio Pblico; XVII - fazer publicar at 31 de janeiro de cada ano, a lista de antiguidade dos membros da carreira, apurada at o ltimo dia do exerccio anterior; XVIII - baixar Ato que regulamente os servios administrativos auxiliares das Procuradorias e Promotorias de Justia, visando ao melhor desempenho administrativo e funcional dos rgos que as integram; XIX - designar membros do Ministrio Pblico para: a) o desempenho de Comisso Administrativa e de interesse da instituio e para executar trabalho de natureza tcnica ou cientfica; b) exercer as atribuies de dirigente dos Centros de Apoio Operacional; c) ocupar cargo de confiana junto aos rgos de administrao superior; d) integrar organismos estatais em matrias afetas sua rea de atuao, respeitadas as restries previstas nesta Lei; e) oferecer denncia ou propor ao civil pblica nas hipteses de no confirmao de arquivamento de inqurito policial ou civil, bem como de quaisquer peas de informao; f) acompanhar inqurito policial ou diligncia investigatria, devendo recair a escolha sobre membro do Ministrio Pblico com atribuies para, em tese, oficiar no feito, segundo as regras ordinrias de distribuio de servios; g) assegurar a continuidade dos servios, em caso de vacncia, afastamento temporrio, ausncia, impedimento ou suspeio de titular de cargo, ou com consentimento deste; h) por ato excepcional e fundamentado, exercer as funes processuais afetas a outro membro da Instituio, submetendo a sua deciso, previamente, considerao do Conselho Superior do Ministrio Pblico; i) oficiar perante a Justia Eleitoral de primeira instncia, ou junto ao Procurador Regional Eleitoral, quando por este solicitado; XX - dirimir conflitos de atribuies, entre membros do Ministrio Pblico, no prazo de 10 (dez) dias, a contar do recebimento dos autos;

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XXI - decidir sobre a instaurao de processo disciplinar contra membro do Ministrio Pblico e aplicar, se for o caso, as sanes cabveis; XXII - expedir recomendaes, sem carter normativo, aos rgos do Ministrio Pblico, para o desempenho das suas funes; XXIII - encaminhar aos Presidentes dos Tribunais as listas sxtuplas a que se referem os arts.94, caput, e 104, pargrafo nico, inciso II, da Constituio Federal; XXIV - propor ao Colgio de Procuradores a abertura de concurso pblico, para ingresso na carreira, quando vago 1/5 (um quinto) dos cargos da entrncia inicial; XXV - elaborar, at 30 de junho o plano anual de atuao do Ministrio Pblico, submetendo-o apreciao do Colgio de Procuradores de Justia; XXVI - autorizar, ouvido o Conselho Superior do Ministrio Pblico, o afastamento da carreira de membro do Ministrio Pblico que tenha exercido a opo de que trata o art.29, 3, do Ato das Disposies Constitucionais Transitrias, para exercer o cargo, emprego ou funo de nvel equivalente ou maior na administrao direta ou indireta; XXVII - autorizar membro do Ministrio Pblico de 1 Instncia a residir fora da Comarca de sua titularidade, podendo ouvir previamente a Corregedoria-Geral; XXVIII - nomear, no prazo de 15 (quinze) dias, por indicao do Corregedor-Geral, o Vice-Corregedor-Geral, dentre os membros do Colgio que auxiliar o Corregedor-Geral, substituindo-o nos seus impedimentos, suspeies e afastamentos; XXIX - nomear, no prazo de 15 (quinze) dias, por indicao do Corregedor-Geral, assessores, dentre Promotores de Justia da mais elevada entrncia, para exercerem a funo de Promotor-Corregedor Auxiliar; XXX - representar ao Conselho Superior do Ministrio Pblico pela destituio do Corregedor-Geral, nos casos previstos nesta Lei; XXXI - nomear o Secretrio Executivo do Programa Estadual de Proteo e Defesa do Consumidor PROCON; XXXII - exercer outras atribuies previstas em Lei. Art.27. O Procurador-Geral de Justia ser auxiliado por assessores, por ele escolhidos e nomeados em comisso, dentre Procuradores e/ou Promotores de Justia da mais elevada entrncia. SEO II DO COLGIO DE PROCURADORES DE JUSTIA Art.28. O Colgio de Procuradores de Justia, integrado por todos os Procuradores de Justia, em exerccio, e sob a presidncia do Procurador-Geral de Justia, rgo deliberativo e de administrao superior do Ministrio Pblico, com atribuies e competncias definidas nesta Lei. Art.29. O Colgio de Procuradores de Justia reunir-se-, ordinariamente, com maioria absoluta dos seus membros, duas vezes ao ms, e, extraordinariamente, por convocao do Procurador-Geral de Justia, por proposta de 1/3 (um tero) dos seus membros ou nos casos previstos nesta Lei Complementar. 1 obrigatrio o comparecimento dos Procuradores de Justia s reunies. 2 A ausncia injustificada, por duas sesses consecutivas, implica o descumprimento do dever funcional. 3 O Colgio de Procuradores ser secretariado por Procurador ou Promotor de Justia da mais elevada entrncia, nomeado pelo Procurador-Geral de Justia. Art.30. Salvo os casos especificados nesta Lei Complementar, as deliberaes do Colgio de Procuradores sero tomadas por maioria simples de votos, cabendo ao Presidente, apenas, o voto de desempate. Art.31. Compete ao Colgio de Procuradores de Justia: I - em sesso solene, dar posse ao Procurador-Geral de Justia, ao Vice-Procurador-Geral de Justia, ao Corregedor-Geral do Ministrio Pblico, ao Vice-Corregedor-Geral do Ministrio Pblico, ao Ouvidor Geral do Ministrio Pblico e ao Vice-Ouvidor-Geral do Ministrio Pblico, ao Conselho Superior do Ministrio Pblico, aos Procuradores de Justia e, em sesso especial, aos Promotores de Justia de entrncia inicial, para fins do inciso VII, do art.2; II - decidir, por solicitao do Procurador-Geral de Justia, ou de 1/4 (um quarto) dos seus integrantes, sobre matria relativa autonomia do Ministrio Pblico, bem como sobre direitos e questes de interesse institucional; III - propor ao Procurador-Geral de Justia a criao e extino de cargos e servios auxiliares, modificaes na Lei Orgnica e providncias relacionadas ao desempenho das funes institucionais; IV - aprovar a proposta oramentria anual do Ministrio Pblico, elaborada pela Procuradoria Geral de Justia, bem como os projetos de lei de criao, transformao e extino de cargos, servios auxiliares e a fixao das respectivas remuneraes;

V - estabelecer critrios objetivos para a diviso interna dos servios das Procuradorias da Justia que visem distribuio eqitativa dos processos, por sorteio, mediante ato especfico editado para este fim; VI - aprovar a proposta do Procurador-Geral de Justia sobre as atribuies das Procuradorias, das Promotorias de Justia, e dos cargos de Procuradores e de Promotores de Justia que as integram; VII - decidir sobre proposta do Procurador-Geral de Justia, relativa excluso, incluso ou outras modificaes nas Procuradorias e Promotorias de Justia ou dos cargos de Procurador e Promotor de Justia que as componham administrativamente; VIII - propor ao Poder Legislativo a destituio do ProcuradorGeral de Justia na forma do art.23, desta Lei; IX - eleger o Corregedor-Geral do Ministrio Pblico, em votao aberta; X - convocar eleio, mediante edital, para indicao de membros do Ministrio Pblico, objetivando a composio do Conselho Nacional de Justia e Conselho Nacional do Ministrio Pblico, observado o seguinte: a) a eleio se dar por voto secreto, dos integrantes da carreira em atividade, que votaro para formao de lista trplice, para cada Conselho; b) podero concorrer todos os membros do Ministrio Pblico que contm mais de 35 (trinta e cinco) anos de idade e mais de 10 (dez) anos na carreira, observadas as restries legais; XI - deliberar sobre a recusa do Procurador-Geral de Justia em nomear, no prazo de 15 (quinze) dias, Procurador de Justia indicado pelo Corregedor-Geral, para substitu-lo nos seus impedimentos, suspeies e afastamentos; XII - deliberar sobre a recusa do Procurador-Geral de Justia em nomear, no prazo de 15 (quinze) dias, Promotor de Justia indicado pelo Corregedor-Geral para assessor-lo; XIII - recomendar ao Corregedor-Geral a instaurao de procedimento administrativo disciplinar contra membro do Ministrio Pblico; XIV - julgar recurso contra deciso do Conselho Superior do Ministrio Pblico, do Procurador-Geral de Justia, da Comisso Eleitoral e, em especial: a) de vitaliciamento ou no de membro do Ministrio Pblico; b) condenatria em procedimento administrativo disciplinar de Membro do Ministrio Pblico; c) proferida em reclamao sobre o quadro geral de antiguidade; d) de disponibilidade e remoo de membro do Ministrio Pblico, por motivo de interesse pblico; e) de recusa, por parte do Conselho Superior, de indicao por antiguidade de membro do Ministrio Pblico; f) e em outros casos, quando alegado o descumprimento das regras estabelecidas nesta Lei; XV - decidir sobre pedido de reviso de procedimento administrativo disciplinar de membro do Ministrio Pblico; XVI - deliberar, por iniciativa da maioria absoluta ou por proposta do Procurador-Geral de Justia, que este ajuze ao declaratria de decretao de perda de cargo ou de cassao de aposentadoria e de disponibilidade de membro vitalcio do Ministrio Pblico, nos casos previstos em lei; XVII - rever, mediante requerimento do legtimo interessado, nos termos desta Lei, deciso de arquivamento de inqurito policial ou pea de informao, determinada pelo Procurador-Geral de Justia, nos casos da sua atribuio originria; XVIII - elaborar o seu Regimento Interno; XIX - aprovar o regulamento, o programa e as normas do concurso de ingresso carreira do Ministrio Pblico, bem como do quadro de estagirios; XX - conhecer e deliberar sobre relatrio reservado da Corregedoria-Geral do Ministrio Pblico, em inspees realizadas nas Procuradorias de Justia; XXI - aprovar a proposta de abertura de concurso de ingresso na carreira, fixando o nmero de cargos a serem providos; XXII - aprovar o Regimento Interno da Escola Superior do Ministrio Pblico; XXIII - desempenhar outras funes que lhe forem atribudas por lei. 1 Para os fins do inciso XIV, os autos do recurso sero encaminhados ao rgo recorrido, que proceder nos termos desta Lei e do respectivo Regimento Interno, observado sempre o contraditrio e a ampla defesa. 2 Para os fins do inciso XVII deste artigo, legtimo interessado a vtima ou o seu representante legal ou, na falta deste, qualquer das pessoas mencionadas no art.31, do Cdigo de Processo Penal, ou, ainda,

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qualquer do povo quando lesado o interesse pblico. 3 As decises do Colgio de Procuradores de Justia sero motivadas e publicadas por extrato, exceto nas hipteses legais de sigilo, quando a preservao do direito intimidade do interessado no prejudique o interesse pblico informao. SEO III DO CONSELHO SUPERIOR DO MINISTRIO PBLICO ELEIO E COMPETNCIA Art.32. O Conselho Superior do Ministrio Pblico rgo deliberativo e opinativo da administrao superior, incumbindo-lhe velar, precipuamente, pela observncia dos preceitos funcionais dos membros da carreira. Art.33. O Conselho Superior do Ministrio Pblico ser composto pelo Procurador-Geral de Justia, seu Presidente, pelo Corregedor-Geral, membros natos, e por 7 (sete) Procuradores de Justia, no afastados da carreira, escolhidos atravs de eleio plurinominal e secreta dos membros da Instituio, em exerccio, todos com direito a voto. Art.34. Os membros eleitos do Conselho Superior do Ministrio Pblico tero mandato de 1 (um) ano, permitida uma reconduo. Art.35. A eleio para o Conselho Superior do Ministrio Pblico ser realizada na Procuradoria Geral de Justia, na primeira quinzena do ms de dezembro, das oito s dezessete horas, de acordo com instrues baixadas pelo Colgio de Procuradores, atravs de Resoluo, com publicao no rgo oficial, na primeira semana de novembro. 1 O Colgio de Procuradores de Justia, em sesso realizada na primeira quinzena de novembro, convocar as eleies mediante edital a ser publicado no rgo oficial, nele estabelecendo o prazo de 10 (dez) dias para as inscries. 2 No caso de no existncia de nmero suficiente de candidatos formao do Conselho Superior do Ministrio Pblico, incluindo-se os respectivos suplentes, sero considerados como tais todos os membros do Colgio de Procuradores de Justia em efetivo exerccio, que no manifestarem recusa expressa no prazo de 30 (trinta) dias antes da eleio, ressalvadas as hipteses de inelegibilidades. 3 No caso de no se compor quadro de suplentes por falta de votos, sero considerados suplentes os membros do Colgio de Procuradores que no manifestarem recusa expressa, obedecida a ordem de antiguidade no cargo e ressalvadas as hipteses de inelegibilidades. Persistindo a falta de nmero suficiente de suplentes, o Colgio de Procuradores de Justia disciplinar a matria. 4 A Comisso Eleitoral ser constituda na conformidade do 1, do art.12, desta Lei. Art.36. Ser admitido o voto por via postal, nos termos do 2, do art.10, desta Lei. Art.37. inelegvel o Procurador de Justia que tenha exercido no perodo de 120 (cento e vinte) dias anteriores eleio, os seguintes cargos: I - Procurador-Geral de Justia; II - Vice-Procurador-Geral de Justia; III - Corregedor-Geral do Ministrio Pblico; IV - Vice-Corregedor-Geral do Ministrio Pblico; V - Ouvidor-Geral do Ministrio Pblico; VI - Vice-Ouvidor-Geral do Ministrio Pblico. Art.38. Tambm inelegvel o Procurador de Justia que houver integrado o Conselho Superior do Ministrio Pblico, como membro efetivo, no exerccio anterior, salvo a hiptese de reconduo de que trata o art.34 desta Lei. Art.39. Encerradas a votao e a apurao, a Comisso Eleitoral proclamar eleitos os 7 (sete) mais votados. Pargrafo nico. Havendo empate, ser considerado eleito o Procurador de Justia mais antigo no cargo. Persistindo a igualdade, o mais antigo na carreira e, sucessivamente, o mais idoso. Art.40. Das decises da Comisso Eleitoral caber recurso ao Colgio de Procuradores de Justia. Art.41. Os Procuradores de Justia que se seguirem, na ordem de votao, aos 7 (sete) primeiros mais votados, sero os suplentes, adotados os mesmos critrios do pargrafo nico do art.39, para efeito de desempate. 1 Os suplentes substituem os membros do Conselho Superior nos seus afastamentos por mais de 30 (trinta) dias, sucedendo-lhes, em caso de vacncia. 2 Se os afastamentos impedirem a constituio de quorum para cada Sesso, sero convocados, de imediato, tantos suplentes quantos necessrios. Art.42. A posse dos membros do Conselho Superior do Ministrio Pblico dar-se- em Sesso Solene do Colgio de Procuradores na ltima semana do ms da eleio.

Art.43. obrigatrio o exerccio do mandato de Conselheiro, sob pena do descumprimento de dever funcional, implicando perda do mandato a hiptese de abuso de poder, conduta incompatvel ou grave omisso no cumprimento dos deveres do cargo. Pargrafo nico. vedado o exerccio da funo de integrante do Conselho Superior do Ministrio Pblico: I - ao Procurador de Justia que estiver no exerccio de mandato no Conselho Nacional do Ministrio Pblico, no Conselho Nacional de Justia ou ocupando cargo de confiana na Administrao da Instituio; II - aos que guardem relaes de parentesco entre si, at o terceiro grau, inclusive, e os cnjuges, decidindo-se, nestas hipteses, em favor do mais votado ou, em caso de insuficincia de candidatos, em favor do mais antigo no cargo. Art.44. O Conselho Superior do Ministrio Pblico reunir-se-, ordinariamente, com maioria absoluta dos seus integrantes, 4 (quatro) vezes ao ms, em dia previamente estabelecido, e, extraordinariamente, quando convocado pelo seu Presidente ou por proposta de, no mnimo, 1/3 (um tero) dos seus membros. 1 As sesses do Conselho Superior do Ministrio Pblico sero pblicas. 2 O Secretrio do Conselho Superior do Ministrio Pblico o mesmo do Colgio de Procuradores de Justia. Art.45. As decises do Conselho Superior do Ministrio Pblico sero motivadas e publicadas, por extrato, salvo as hipteses legais de sigilo, quando a preservao do direito intimidade do interessado no prejudique o interesse pblico informao. Art.46. Ao Conselheiro em gozo de frias facultativo o direito de comparecer a todas as Sesses, mediante prvia comunicao ao Presidente. Art.47. Os Procuradores de Justia eleitos para o Conselho Superior do Ministrio Pblico permanecero desenvolvendo as suas atividades nas Procuradorias em que oficiarem. Art.48. So atribuies do Conselho Superior do Ministrio Pblico: I - elaborar, em Sesso aberta, com presena mnima de 2/3 (dois teros) dos seus membros, as listas sxtuplas a que se referem os arts.94, caput, e 104, pargrafo nico, inciso II, da Constituio Federal; II - indicar ao Procurador-Geral de Justia, em votao aberta, os candidatos lista trplice para remoo ou promoo por merecimento; III - indicar ao Procurador-Geral de Justia o mais antigo membro do Ministrio Pblico, na entrncia, para remoo ou promoo por antiguidade; IV - aprovar os pedidos de remoo por permuta entre membros do Ministrio Pblico; V - indicar ao Procurador-Geral de Justia, em lista trplice os Promotores de Justia de ltima entrncia, para substituio, por convocao, na segunda Instncia; VI - decidir sobre vitaliciamento de membro do Ministrio Pblico; VII - decidir, por voto de 2/3 (dois teros) dos seus integrantes, a disponibilidade ou remoo de membros do Ministrio Pblico, por interesse pblico, assegurada ampla defesa; VIII - decidir, fundamentadamente, sobre remoo por convenincia de servio, de membro do Ministrio Pblico, assegurada ampla defesa; IX - apreciar pedidos de aproveitamento, reintegrao, reverso e aposentadoria de membros do Ministrio Pblico; X - aprovar o quadro geral de antiguidade do Ministrio Pblico e decidir sobre reclamaes formuladas a esse respeito; XI - eleger os membros do Ministrio Pblico que integraro a Comisso de Concurso de ingresso na carreira; XII - sugerir ao Procurador-Geral de Justia a edio de recomendaes, sem carter vinculativo, aos rgos do Ministrio Pblico para o desempenho das suas funes e a adoo de medidas convenientes ao aprimoramento dos servios, visando a uma possvel uniformizao; XIII - deliberar sobre o afastamento de membro do Ministrio Pblico para freqentar curso, congresso ou seminrio de aperfeioamento e estudo, no Pas ou no Exterior, bem como para exercer outras atividades fora da Instituio, nos casos previstos nesta Lei; XIV - julgar os pedidos de inscrio definitiva de candidatos ao concurso para ingresso na carreira, publicando no rgo Oficial a relao dos que forem deferidos; XV - apreciar, para efeitos de homologao, o resultado do Concurso, proclamado pela Comisso respectiva; XVI - elaborar o Edital do Regulamento do Concurso; XVII - apreciar pedido de prorrogao de prazo para ultimao dos trabalhos do concurso;

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XVIII - deliberar sobre prorrogao de prazo para posse ou exerccio no cargo de membro do Ministrio Pblico; XIX - julgar os recursos interpostos contra decises da Comisso de Concurso; XX - fazer recomendaes, atravs do Corregedor-Geral, aos membros do Ministrio Pblico, a ttulo de instruo, quando, em documentos oficiais, verificar ineficincia, erro ou falta; XXI - deliberar sobre realizao de sindicncia ou processo administrativo-disciplinar contra membro da Instituio e sobre a aplicao da pena de perda do mandato nas hipteses previstas no art.43 desta Lei; XXII - provocar apurao da responsabilidade criminal de membro do Ministrio Pblico quando, em processo administrativo, verificar a existncia de crime de ao pblica; XXIII - sugerir a aplicao de penas ao membro do Ministrio Pblico; XXIV - propor ao Procurador-Geral de Justia o afastamento temporrio de membro do Ministrio Pblico sujeito a procedimento criminal ou administrativo-disciplinar, neste caso, quando constatado motivo relevante, assegurados os efeitos financeiros do cargo; XXV - conhecer a escala de substituio de membros do Ministrio Pblico; XXVI - conhecer a escala anual de frias de membros do Ministrio Pblico; XXVII - examinar as razes do ato excepcional e fundamentado a que se reporta a letra h, do inciso XIX, do art.26 desta Lei, ratificandoas ou recomendando a sua reconsiderao; XXVIII - requisitar ao Corregedor-Geral informaes sobre a conduta e a atuao funcional de membro do Ministrio Pblico, determinando a realizao de visitas de inspeo ou correio para verificao de eventuais irregularidades no servio; XXIX - julgar as correies e inspees adotando as medidas cabveis; XXX - examinar e deliberar sobre arquivamento ou no de inqurito civil, na forma da Lei; XXXI - apreciar a justificao apresentada por membro do Ministrio Pblico que deixar de atender a qualquer determinao para cujo cumprimento tenha sido designado prazo certo; XXXII - julgar os pedidos de estgio junto ao Ministrio Pblico; XXXIII - elaborar o seu Regimento Interno; XXXIV - exercer outras atribuies previstas em Lei. 1 A remoo e a promoo voluntrias, por merecimento e por antiguidade, bem como a convocao, dependero de prvia manifestao escrita do interessado. 2 Na indicao, por antiguidade, o Conselho Superior somente poder recusar o membro do Ministrio Pblico mais antigo pelo voto de 2/3 (dois teros) dos seus integrantes, em deciso motivada, conforme procedimento prprio, assegurada ampla defesa. 3 Inexistindo recurso ou sendo este improvido, o Conselho Superior repetir a votao at fixar-se a indicao. Art.49. Das decises do Conselho Superior caber recurso, no prazo de 5 (cinco) dias, para o Colgio de Procuradores, a contar da intimao pessoal do interessado. SEO IV DA CORREGEDORIA-GERAL DO MINISTRIO PBLICO ELEIO E COMPETNCIA Art.50. A Corregedoria-Geral do Ministrio Pblico o rgo orientador e fiscalizador das atividades funcionais e da conduta dos membros do Ministrio Pblico. 1 A Corregedoria-Geral exercida pelo Corregedor-Geral do Ministrio Pblico, eleito por voto uninominal, pelo Colgio de Procuradores de Justia, em votao aberta. 2 A eleio ser convocada pelo Presidente do Colgio de Procuradores de Justia 30 (trinta) dias antes do trmino do mandato e dar-se- em Sesso Extraordinria do Colgio de Procuradores. Art.51. O Procurador-Geral, no primeiro dia til subseqente eleio, nomear Corregedor-Geral, o Procurador de Justia mais votado. 1 Se o Procurador-Geral no efetuar a nomeao no prazo previsto neste artigo, ser investido, automaticamente, no cargo, o Procurador de Justia mais votado. 2 Havendo empate no nmero de votos, proceder-se- de acordo com o pargrafo nico do art.39 desta Lei. Art.52. inelegvel, para o cargo de Corregedor-Geral, o Procurador de Justia que tenha exercido, no perodo de 120 (cento e vinte) dias anteriores eleio, os seguintes cargos. I - Procurador-Geral de Justia; II - Vice-Procurador-Geral de Justia; III - Corregedor-Geral do Ministrio Pblico, salvo hiptese de

reconduo; IV - Vice-Corregedor-Geral do Ministrio Pblico; V - Ouvidor-Geral do Ministrio Pblico; VI - Vice-Ouvidor-Geral do Ministrio Pblico. Art.53. O Corregedor-Geral indicar ao Procurador-Geral de Justia, dentre os membros do Colgio de Procuradores, o ViceCorregedor-Geral, que o substituir nos seus impedimentos, suspeies e afastamentos. Art.54. As posses do Corregedor-Geral e do Vice-CorregedorGeral do Ministrio Pblico, dar-se-o em Sesso Solene do Colgio de Procuradores. Art.55. O Corregedor-Geral do Ministrio Pblico ter mandato de 2 (dois) anos, permitida uma reconduo, observado o mesmo procedimento eleitoral. Art.56. O Corregedor-Geral ser assessorado por Promotores de Justia da mais elevada entrncia, por ele indicados e nomeados pelo Procurador-Geral de Justia. Pargrafo nico. Na hiptese do Procurador-Geral no nomear o Vice-Corregedor-Geral e os Promotores de Justia indicados, em 5 (cinco) dias, o Corregedor-Geral submeter as indicaes deliberao do Colgio de Procuradores, cuja deciso implicar, se favorvel, na imediata posse dos indicados. Art.57. Ocorrendo vacncia no cargo de Corregedor-Geral em perodo anterior ao ltimo trimestre do mandato, proceder-se- nova eleio, nos termos desta Lei. Pargrafo nico. Na hiptese da vacncia ocorrer no ltimo trimestre do mandato, assumir interinamente o cargo, o ViceCorregedor-Geral do Ministrio Pblico e, no seu eventual impedimento, o Procurador de Justia mais antigo no cargo. Art.58. Incumbe ao Corregedor-Geral do Ministrio Pblico, dentre outras atribuies previstas em lei: I - realizar, nas Procuradorias e Promotorias de Justia, inspees, correies ordinrias e extraordinrias, remetendo o Relatrio ao Conselho Superior do Ministrio Pblico; II - realizar inspees nos servios dos Assessores, remetendo o relatrio aos rgos junto aos quais oficiem; III - propor ao Conselho Superior do Ministrio Pblico, na forma desta Lei Complementar, o no vitaliciamento de membro do Ministrio Pblico; IV - fazer recomendaes, sem carter vinculativo, a rgo de Execuo; V - acompanhar o estgio probatrio; VI - instaurar e presidir, de ofcio ou por provocao dos demais rgos da Administrao Superior, processo administrativo-disciplinar contra membro da Instituio, precedido ou no de sindicncia, aplicando, nos casos previstos nesta Lei, a correspondente punio, ou encaminhando-o ao Procurador-Geral para aplic-la ou determinar o arquivamento; VII - remeter aos demais rgos de Administrao Superior, informaes necessrias ao desempenho das suas atribuies; VIII - apresentar ao Procurador-Geral de Justia, na primeira quinzena de fevereiro, relatrio com dados estatsticos sobre as atividades das Procuradorias e Promotorias de Justia, relativas ao ano anterior; IX - manter atualizados os assentamentos da vida funcional dos membros do Ministrio Pblico e dos estagirios, para aferio de merecimento; X - convocar e realizar reunies com os membros do Ministrio Pblico, para tratar de questes 1igadas sua atuao funcional; XI - sugerir ao Colgio de Procuradores a expedio de instrues, sem carter normativo, visando regularizao e ao aperfeioamento dos servios do Ministrio Pblico; XII - requisitar de qualquer autoridade, na forma da Lei, percias, documentos, diligncias, certides, pareceres tcnicos e informaes indispensveis ao bom desempenho das suas funes; XIII - promover o levantamento das necessidades de pessoal ou material, nos servios afetos ao Ministrio Pblico, encaminhando-o ao Procurador-Geral, para as providncias que julgar conveniente; XIV atender s reclamaes de membros do Ministrio Pblico a respeito de quaisquer rgos administrativos que tenham relao, de algum modo, com os seus servios, procedendo-se ao respectivo encaminhamento, de forma fundamentada, ao rgo a quem competir o seu conhecimento, quando no o for a prpria Corregedoria; XV - fiscalizar a permanncia de membro do Ministrio Pblico na respectiva Comarca; XVI - controlar o envio das resenhas estatsticas mensais, por parte dos membros do Ministrio Pblico; XVII - organizar o servio de estatstica criminal, e da atividade do Ministrio Pblico, como um todo; XVIII - fornecer, obrigatoriamente, ao Conselho Superior,

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informaes sobre a atuao funcional, judicial e extrajudicial, do Promotor de Justia, nos casos de convocao, promoo ou remoo, por antiguidade e merecimento; XIX - requisitar ao Procurador-Geral servidores tcnicoadministrativos para prestarem servios na Corregedoria-Geral e propor a escala de frias dos seus assessores e servidores. 1 Dos assentamentos funcionais do membro do Ministrio Pblico, de que trata o inciso IX deste artigo, devero constar, obrigatoriamente: a) os documentos e cpias dos trabalhos por ele enviados Corregedoria Geral; b) as anotaes resultantes da fiscalizao permanente que Procuradores de Justia exercem sobre o trabalho dos Promotores de Justia; c) as observaes feitas em correies e visitas de inspeo; d) outras informaes relevantes sobre a atuao funcional de cada um. 2 Os registros referentes aos assentamentos funcionais de que trata o pargrafo anterior devem ser comunicados aos interessados. Art.59. Ao Vice-Corregedor-Geral, no exerccio da CorregedoriaGeral por mais de 30 (trinta) dias, facultado o desempenho das suas funes normais de Procurador de Justia. CAPTULO III DOS RGOS DE ADMINISTRAO DO MINISTRIO PBLICO SEO I DAS PROCURADORIAS DE JUSTIA Art.60. As Procuradorias de Justia so rgos da Administrao do Ministrio Pblico, com cargos de Procurador de Justia, assessores e servios auxiliares necessrios ao desempenho das funes que lhes forem cometidas por esta Lei Complementar. 1 As Procuradorias elaboraro propostas ao Plano Anual de Atividade, submetendo-as ao Colgio de Procuradores de Justia, para a devida aprovao. 2 obrigatria a presena de Procurador de Justia nas sesses de julgamento dos processos da respectiva Procuradoria de Justia. 3 Os Procuradores de Justia exercero inspeo permanente nos servios dos Promotores de Justia, nos autos em que oficiem, remetendo, obrigatoriamente, relatrio circunstanciado CorregedoriaGeral, quando encontrarem irregularidades. 4 As atribuies das Procuradorias de Justia sero fixadas por Ato do Procurador-Geral, mediante proposta deste, aprovada pelo Colgio de Procuradores, no qual fixar o nmero de cargos de Procurador de Justia e de assessores que as integraro e as normas de organizao e funcionamento. 5 As Procuradorias de Justia podero, tambm, propor alterao no ato organizacional, fundamentadamente, lavrando-se ata a ser encaminhada ao Colgio de Procuradores de Justia. Art.61. As Procuradorias sero classificadas de acordo com a natureza e rea de atuao. Art.62. Os Procuradores, integrantes das Procuradorias que oficiem junto ao Tribunal de Justia, reunir-se-o, uma vez ao ms, para fixar teses jurdicas em suas respectivas reas de atuao, sem carter vinculativo, inclusive para a interposio de recursos aos Tribunais Superiores, encaminhando-as ao Procurador-Geral de Justia para conhecimento e publicidade. Art.63. Compete s Procuradorias de Justia, na forma desta Lei Complementar, dentre outras atribuies: I - escolher o secretrio-executivo, responsvel pelos servios administrativos, dentre os seus integrantes, em escrutnio aberto, para o mandato de 1 (um) ano, no permitida a reconduo; II - elaborar a escala de planto dos Procuradores de Justia, bem assim a dos Procuradores que participaro das sesses de julgamento dos Tribunais, Cmaras ou Turmas respectivas; III - propor ao Procurador-Geral a escala de frias dos seus Assessores e servidores tcnico-administrativos; IV - solicitar, para efeito de convocao, ao Procurador-Geral, Promotor de Justia da mais elevada entrncia, para substituir Procurador de Justia, nos casos de afastamento ou licena por mais de 30 (trinta) dias; V - requisitar ao Procurador-Geral de Justia, material e pessoal tcnico-administrativo, necessrios ao seu funcionamento e elaborar o seu Regimento Interno; VI - distribuir os processos, eqitativamente, mediante sorteio, observados para esse fim, os critrios de proporcionalidade e alternncia, fixada esta, em funo da natureza, volume e espcie dos feitos, nos termos de Ato baixado pelo Colgio de Procuradores. l A norma disposta no inciso VI no incidir nas hipteses em que os Procuradores de Justia definam, consensualmente, conforme

critrios prprios, a diviso interna dos servios, respeitados sempre o critrio da proporcionalidade e a manuteno ordinria dos servios que lhes so pertinentes. 2 At o dia 10 (dez) de cada ms, as Procuradorias de Justia remetero ao Corregedor-Geral, quadros estatsticos dos processos distribudos e devolvidos. 3 As Procuradorias de Justia remetero ao Corregedor-Geral, at o dia 10 (dez) de janeiro, o relatrio das suas atividades referentes ao exerccio anterior. 4 As Procuradorias de Justia encaminharo ao ProcuradorGeral at o dia 10 (dez) de abril de cada ano, sugestes para elaborao do Plano Anual de Atuao do Ministrio Pblico, para o exerccio seguinte. SEO II DAS PROMOTORIAS DE JUSTIA Art.64. As Promotorias de Justia so rgos de Administrao do Ministrio Pblico, tendo, como titulares, Promotores de Justia, auxiliados por servidores e estagirios. 1 O Ministrio Pblico instalar as suas Promotorias de Justia em prdios sob a sua administrao. 2 As Promotorias de Justia podero ser especializadas, cveis, criminais, gerais ou cumulativas, auxiliares ou de outra natureza, tendo as suas atribuies definidas por Ato do Procurador-Geral, aprovado pelo Colgio de Procuradores. Art.65. Cada Promotor de Justia ser titular de uma Promotoria, garantindo-se nmero correspondente aos dos Juzos onde oficiem, seguindo, no que couber, o Cdigo de Organizao Judiciria do Estado, sem prejuzo das Promotorias Especializadas e de atribuies cumulativas na esfera judicial e extrajudicial. 1 Na Comarca de Fortaleza funcionaro 148 (cento e quarenta e oito) Promotores de Justia titulares dos cargos do Ministrio Pblico, sem prejuzo da criao de novos cargos. 2 Alm do exerccio perante os Juzos Cveis os Promotores de Justia Cveis, com atribuies cumulativas, podero propor e acompanhar as respectivas aes. 3 Ato do Colgio de Procuradores fixar os ncleos e as atribuies dos Promotores de Justia Cveis, observando a tutela dos seguintes interesses, dentre outros cuja defesa venha a se fazer necessria: I - defesa da cidadania; II - defesa da educao; III - defesa do idoso e pessoa portadora de deficincia; IV - defesa do patrimnio pblico, e V - tutela de fundaes e entidades de interesse social. 4 No mbito do Ministrio Pblico do Estado do Cear, as atribuies concernentes ao combate s organizaes criminosas sero desempenhadas por ncleo de atuao especial, composto por membros do Ministrio Pblico designados pelo Procurador-Geral de Justia. 5 Compete ao ncleo de que trata o pargrafo anterior oficiar em representaes, inquritos policiais, procedimentos investigatrios e processos destinados a identificar e reprimir as organizaes criminosas e seus componentes, atuando em todas as fases da persecuo penal at deciso final, fazendo-o de forma integrada e respeitando o princpio do promotor natural. 6 Nas Comarcas do interior do Estado, funcionaro 202 (duzentos e dois) Promotores de Justia titulares, sendo 49 (quarenta e nove) de Primeira Entrncia, 40 (quarenta) de Segunda Entrncia e 113 (cento e treze) de Terceira Entrncia, sem prejuzo da criao de novos cargos. Art.66. Nas Promotorias de Justia constitudas por mais de 2 (dois) cargos de Promotor de Justia haver um Secretrio Executivo, responsvel pelos servios administrativos, escolhido dentre os seus integrantes, na ltima quinzena de dezembro, para mandato de 1 (um) ano, no permitida a reconduo. 1 Nas Promotorias de Justia com apenas 2 (dois) cargos de Promotor, a Secretaria Executiva ser provida por alternncia, iniciandose pelo critrio de antigidade no cargo. 2 Nos casos de afastamento ou impedimento do Secretrio Executivo, assumir o mais antigo Promotor daquela Promotoria de Justia. Art.67. Ao Secretrio Executivo das Promotorias de Justia, dentre outras atribuies, definidas por lei, compete: I - promover reunies mensais internas, com presena obrigatria dos seus membros, lavrando-se ata circunstanciada a ser remetida ao Procurador-Geral; II - organizar e superintender os servios auxiliares das Promotorias, distribuindo tarefas e fiscalizando trabalhos executados, na forma do Regimento Interno; III - presidir aos processos administrativos relativos s infraes

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funcionais dos seus servidores, remetendo relatrio ao Procurador-Geral; IV - proceder e fiscalizar, na forma do seu Regimento Interno, a distribuio dos autos para cada Promotor de Justia; V - velar pelo bom funcionamento da Promotoria e o perfeito entrosamento entre os seus integrantes, respeitada a autonomia e independncia funcionais, encaminhando aos rgos de Administrao Superior as sugestes para o aprimoramento dos seus servios; VI - organizar o arquivo geral da Secretaria Executiva; VII - remeter at o dia 10 (dez) de cada ms, ao CorregedorGeral, quadro estatstico dos processos distribudos e devolvidos, relatrio das atividades do ms anterior e as resenhas estatsticas recebidas dos Promotores de Justia; VIII - remeter ao Procurador-Geral, at o dia 10 (dez) de abril de cada ano, sugestes da Promotoria para a elaborao do Plano Anual de Atuao do Ministrio Pblico para o exerccio seguinte; IX - elaborar o Regimento Interno da Secretaria Executiva, a ser submetido ao Colgio de Procuradores de Justia. Art.68. O Procurador-Geral de Justia poder, com a anuncia do Promotor de Justia natural, designar outro Promotor para funcionar em feito determinado, de atuao daquele. Art.69. O Programa Estadual de Proteo e Defesa do Consumidor DECON, rgo da administrao do Ministrio Pblico, integra as Promotorias de Justia do Consumidor, para fins de aplicao das normas estabelecidas na legislao de defesa do consumidor, sendo integrante do sistema nacional de defesa do consumidor, com competncia atribuies e atuao administrativa e judicial no Estado do Cear. Art.70. A Ouvidoria-Geral do Ministrio Pblico rgo da administrao, competente para receber reclamaes e denncias de qualquer interessado, contra membros ou rgos do Ministrio Pblico, inclusive contra seus servios auxiliares, tendo por objetivo, a implementao de mecanismos que propiciem mais agilidade e transparncia nos desempenhos da Instituio. SEO III DOS RGOS DE EXECUO SUBSEO I DO PROCURADOR-GERAL DE JUSTIA Art.71. Alm das atribuies previstas nas Constituies Federal e Estadual, nesta e em outras Leis, compete, ainda, ao Procurador-Geral de Justia: I - representar ao Tribunal de Justia pela inconstitucionalidade de Leis ou Atos Normativos estaduais ou municipais, em face da Constituio Estadual; II - representar para fins de interveno do Estado no Municpio, com o objetivo de assegurar a observncia de princpios indicados na Constituio Estadual ou prover a execuo de lei, de ordem ou deciso judicial; III - representar ao Procurador-Geral da Repblica para fins de interveno da Unio no Estado, nas hipteses previstas no art.34, inciso VII, da Constituio Federal; IV - representar o Ministrio Pblico nas Sesses Plenrias dos Tribunais; V - ajuizar ao penal de competncia originria dos Tribunais; VI - oficiar nos processos de competncia originria dos Tribunais, nos limites estabelecidos em lei; VII - determinar o arquivamento de representao, notcia de crime, peas de informao, concluses de Comisso Parlamentar de Inqurito e de inqurito policial, nas hipteses das suas atribuies legais; VIII - exercer as atribuies do art.129, incisos II e III, da Constituio Federal, quando a autoridade reclamada for o Governador do Estado, o Presidente da Assemblia Legislativa ou os Presidentes dos Tribunais, bem como quando, por ato praticado em razo das suas funes, contra estes deva ser ajuizada a competente ao; IX - delegar a membro do Ministrio Pblico de segunda instncia as suas funes de rgo de Execuo; X - encaminhar ao conhecimento do Conselho Superior, irregularidades praticadas por membro do Ministrio Pblico, sujeito sindicncia ou processo administrativo disciplinar; XI - determinar a elaborao de folhas de pagamento e ordenar o pagamento das despesas da Procuradoria Geral de Justia; XII - propor, perante o Tribunal de Justia, a ao declaratria de perda do cargo, de cassao de aposentadoria e de disponibilidade de membro do Ministrio Pblico; XIII - propor, perante o Tribunal de Justia a perda do cargo de Magistrado; XIV - oficiar, perante os Tribunais, nas causas em que o Ministrio Pblico tenha atribuies; XV - interpor recursos aos Tribunais Superiores; XVI - ajuizar Mandado de Injuno, quando a elaborao da

norma regulamentadora for atribuio do Governador do Estado, de Secretrio de Estado, da Assemblia Legislativa ou dos Tribunais do Estado; XVII - promover ao penal ou designar outro rgo do Ministrio Pblico para faz-lo, nas hipteses do art.28 do Cdigo de Processo Penal; XVIII - oficiar em Mandado de Segurana de competncia originria dos Tribunais; XIX - requerer o desaforamento, baixa de processo, restaurao de autos extraviados e habeas corpus; XX - provocar a convocao de sesso extraordinria dos rgos judicantes e disciplinares dos Tribunais estaduais, nos termos das respectivas Leis; XXI - suscitar conflito de jurisdio ou de competncia e opinar naqueles que tenham sido requeridos; XXII - emitir parecer nos feitos em que a Lei determinar; XXIII - oficiar nos processos de decretao da perda de cargo, aposentadoria e disponibilidade de Magistrado; XXIV - ter vista dos autos e intervir nas sesses de julgamento, para sustentao oral ou esclarecimento de matria de fato; XXV - provocar a reviso de dispositivos dos Regimentos Internos dos Tribunais estaduais; XXVI - representar sobre faltas disciplinares praticadas por autoridades judicirias, serventurios, funcionrios da Justia e oficiar nas representaes contra eles argidas; XXVII - oficiar junto ao Conselho da Magistratura ou designar Procurador de Justia para faz-lo; XXVIII - exercer outras atribuies previstas em lei. SUBSEO II DOS PROCURADORES DE JUSTIA Art.72. Cabe aos Procuradores de Justia exercer as atribuies junto aos Tribunais, desde que no cometidas ao Procurador-Geral, salvo por delegao deste. Pargrafo nico. Compete aos Procuradores de Justia, nas respectivas reas de atuao, a interposio de recursos perante os Tribunais Superiores, sem prejuzo de delegao conferida a outro rgo, com especfica atribuio. Art.73. Os pronunciamentos emitidos pelos Procuradores de Justia sero escritos, fundamentados e perfeitamente identificados. Art.74. assegurado aos Procuradores de Justia, nas sesses de julgamento, emitir parecer oral, bem como intervir, oralmente, quando da discusso da matria, para esclarecimento de questo de fato. SEO IV DOS PROMOTORES DE JUSTIA Art.75. Alm das atribuies previstas nas Constituies Federal, Estadual e demais Leis, compete aos Promotores de Justia exercer as atribuies do Ministrio Pblico junto aos rgos jurisdicionais de primeira instncia, competindo-lhes ainda: I - impetrar habeas corpus, Mandado de Segurana e de Injuno e requerer Correio Parcial, inclusive perante os Tribunais estaduais; II - atender a qualquer do povo, adotando providncias cabveis ou prestando os esclarecimentos necessrios; III - oficiar perante a Justia Eleitoral de primeira instncia, com as atribuies previstas na Lei Orgnica Nacional do Ministrio Pblico, alm de outras estabelecidas na legislao eleitoral e partidria; IV - oficiar nas correies procedidas pelos Juzes; V - requisitar diligncias investigatrias e a instaurao de inqurito policial civil ou militar, quando necessrio propositura de ao penal pblica; VI - requisitar autoridade competente a instaurao de sindicncia ou procedimento administrativo cabvel; VII - requisitar informaes e documentos a entidades privadas, para instruir procedimentos ou processo em que oficie; VIII - oficiar em todos os atos e diligncias em que a Lei reclamar a sua presena; IX - remeter ao Ministro da Justia, de oficio, at 30 (trinta) dias aps o trnsito em julgado, cpia de sentena condenatria de estrangeiro, autor de crime doloso, bem como a folha de antecedentes criminais constantes dos autos; X - relatar ao Procurador-Geral os casos dignos de providncia especial; XI - dar cincia ao Procurador-Geral das medidas adotadas no interesse das fundaes, remetendo as respectivas peas de informao; XII - requisitar da Administrao Pblica meios materiais, servidores civis e/ou militares, para servios temporrios, necessrios realizao de atividades especficas;

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XIII - dar conhecimento Secretaria Executiva das Promotorias Especializadas, de fatos que ensejem adoo de medidas na rea das respectivas atribuies. Art.76. A Junta Recursal do Programa Estadual de Proteo e Defesa do Consumidor JURDECON, o rgo julgador dos recursos interpostos contra as decises administrativas proferidas pelo Programa Estadual de Proteo e Defesa do Consumidor. SEO V DOS RGOS AUXILIARES SUBSECO I DOS CENTROS DE APOIO OPERACIONAL Art.77. Os Centros de Apoio Operacionais, criados por Ato do Procurador-Geral de Justia, integram a estrutura organizacional do Ministrio Pblico. Art.78. Compete aos Centros de Apoio Operacional: I - estimular a integrao e o intercmbio entre os rgos de execuo que atuem na mesma rea de atividade e tenham atribuies comuns e os Ministrios Pblicos dos demais Estados e da Unio; II - remeter informaes tcnico-jurdicas, sem carter vinculativo, aos rgos ligados sua atividade; III - estabelecer intercmbio permanente e celebrar convnios, atravs do Procurador-Geral, com entidades e rgos pblicos ou privados, que atuem em reas afins, para obteno de elementos tcnicos especializados, necessrios ao desempenho das suas funes; IV - remeter, anualmente, ao Procurador-Geral de Justia relatrio das atividades do Ministrio Pblico relativo sua rea de atribuies; V - organizar e manter atualizado banco de dados com informaes diversificadas sobre a respectiva rea; VI - exercer outras funes compatveis com as suas finalidades, vedado o exerccio de qualquer atividade de rgo de execuo, bem como a expedio de atos normativos a estes dirigidos. Art.79. Os Centros de Apoio Operacional sero institudos e organizados por Ato do Procurador-Geral de Justia, que nomear os seus coordenadores e assessores dentre Procuradores ou Promotores de Justia da mais elevada entrncia. SUBSECO II DOS RGOS DE ASSESSORAMENTO Art.80. So rgos de assessoramento do Ministrio Pblico, alm de outros a serem definidos pelo Colgio de Procuradores, atravs de Resoluo: I - Procuradoria Geral de Justia; II - Gabinete do Procurador-Geral de Justia; III - Secretaria-Geral; IV - Assessoria do Procurador-Geral de Justia; V - Assessoria de Planejamento e Coordenao; VI - Secretaria dos rgos Colegiados. Pargrafo nico. A Ouvidoria-Geral do Ministrio Pblico ficar vinculada ao Gabinete do Procurador-Geral de Justia, com as respectivas atribuies e investidura definidas em lei. Art.81. O Vice-Procurador-Geral de Justia ser nomeado livremente pelo Procurador-Geral, dentre Procuradores de Justia, competindo-lhe: I - substituir e auxiliar o Procurador-Geral, na forma desta Lei Complementar; II - exercer a chefia da assessoria especial do Ministrio Pblico. Pargrafo nico. Impedido, afastado ou ausente, o ViceProcurador-Geral de Justia ser substitudo pelo Procurador de Justia mais antigo no cargo. Art.82. O Gabinete e a Assessoria do Procurador-Geral de Justia sero integrados por Procuradores e Promotores de Justia da mais elevada entrncia, de sua livre escolha. Pargrafo nico. A Assessoria do Procurador-Geral ser disciplinada por ato do Procurador-Geral de Justia. Art.83. A Secretaria-Geral, que tem como atividade precpua preparar o expediente administrativo encaminhado Chefia da Instituio ser exercida por Procurador ou Promotor de Justia da mais elevada entrncia, em atividade, de livre escolha do Procurador-Geral. Art.84. A Assessoria do Procurador-Geral de Justia prestar auxlio tcnico-jurdico aos rgos da Administrao e execuo do Ministrio Pblico, sendo constituda por Procuradores ou Promotores de Justia da mais elevada entrncia e assessores jurdicos especiais, nomeados em comisso dentre bacharis em direito, cujas atribuies sero disciplinadas por ato normativo do Procurador-Geral de Justia. Pargrafo nico. O auxlio tcnico-jurdico aos rgos da administrao e execuo de segunda instncia do Ministrio Pblico ser realizado por assessoria jurdica especial, instituda por lei de iniciativa

do Procurador-Geral de Justia, com atribuies disciplinadas em ato normativo. Art.85. A Secretaria dos rgos Colegiados, com ofcio junto ao Colgio de Procuradores e ao Conselho Superior do Ministrio Pblico, ser organizada atravs de Resoluo do Colgio de Procuradores, sendo exercida por Promotor de Justia da mais elevada Entrncia. Art.86. A Assessoria de Planejamento e Coordenao ser incumbida de assessorar o Procurador-Geral de Justia nas funes de planejamento, programao e organizao. Art.87. Os cargos de chefia dos rgos de assessoramento do Ministrio Pblico sero de livre escolha do Procurador-Geral de Justia. Art.88. A Junta Recursal do Programa Estadual de Proteo e Defesa do Consumidor JURDECON o rgo julgador dos recursos interpostos contra as decises administrativas proferidas pelo Programa Estadual de Proteo e Defesa do Consumidor. SUBSEO III DA ESCOLA SUPERIOR DO MINISTRIO PBLICO E DO CENTRO DE ESTUDOS E APERFEIOAMENTO FUNCIONAL Art.89. A Escola Superior do Ministrio Pblico compreende o Centro de Estudos e Aperfeioamento Funcional e visa ao aperfeioamento profissional e cultural dos membros do Ministrio Pblico, dos seus auxiliares e funcionrios, bem como, a melhor execuo dos seus servios e racionalizao do uso dos seus recursos materiais, competindo-lhe realizar: I - cursos, seminrios, congressos, simpsios, pesquisas, atividades de estudos e palestras; II - qualquer tipo de atividade cultural ligada ao campo do Direito e cincias correlatas, abertas aos membros do Ministrio Pblico e, excepcionalmente, a profissionais de outras carreiras ou categorias jurdicas; III - projetos e atividades de ensino e pesquisas que se relacionem com o aprimoramento dos membros e servidores do Ministrio Pblico; IV - intercmbio cultural e cientfico com instituies pblicas e privadas, nacionais e estrangeiras; V - convnios com entidades de ensino, nacionais e estrangeiros, segundo os seus fins; VI - publicaes de livros e matria de assuntos jurdicos e correlatos; Art.90. A Escola Superior do Ministrio Pblico tem autonomia administrativa e financeira, podendo: I - obter recursos externos de assistncia tcnica e financeira, para desenvolver a sua programao; II - estabelecer taxa de inscrio e custeio das atividades previstas no art.81 desta Lei; III - adquirir e custear, com recursos prprios, material institucional, tais como livros, apostilas, equipamentos, bem como contratar servios eventuais de instrutores, conferencistas, com o objetivo de cumprir as suas finalidades. Art.91. A Escola Superior do Ministrio Pblico manter servios de contabilidade especfica, prestando contas das suas receitas e despesas, em balancetes mensais e balano anual, que integraro as contas da Procuradoria Geral de Justia. Art.92. A Escola Superior do Ministrio Pblico funcionar com apoio na Estrutura Organizacional da Procuradoria Geral de Justia. Art.93. O Regimento Interno da Escola Superior do Ministrio Pblico, de iniciativa do seu Diretor, ser submetido apreciao do Procurador-Geral que o aprovar, ouvido, previamente, o Colgio de Procuradores de Justia. Art.94. O Diretor da Escola Superior do Ministrio Pblico ser nomeado, em comisso, pelo Procurador-Geral de Justia, dentre os Procuradores de Justia em atividade e Promotores de Justia da mais elevada entrncia, depois de ouvido o Colgio de Procuradores. 1 O Diretor da Escola ser assessorado com vista aos assuntos de carter intelectual, por um conselho consultivo composto por 5 (cinco) membros, escolhidos dentre os membros da Instituio, ativos e inativos. 2 Compete ao Procurador-Geral de Justia prover os demais cargos da estrutura organizacional da Escola Superior do Ministrio Pblico. Art.95. O Centro de Estudos e Aperfeioamento Funcional visa ao aprimoramento cultural e profissional dos membros da Instituio, de seus auxiliares e servidores, competindo- lhe, diretamente ou em conjunto com rgos ou entidades congneres da rea pblica ou da iniciativa privada, de fins educacionais, culturais e de treinamento e aperfeioamento profissional, a elevao dos padres tcnicos e cientficos dos servios prestados pelo Ministrio Pblico. 1 O Centro de Estudos e Aperfeioamento Funcional ser coordenado por Procurador de Justia ou Promotor de Justia da mais

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elevada Entrncia, de livre nomeao e destituio pelo ProcuradorGeral de Justia. 2 Podero ser designados Procuradores e Promotores de Justia da mais elevada Entrncia para auxiliar o Coordenador, no desenvolvimento de suas atividades. Art.96. O Coordenador do Centro de Estudos e Aperfeioamento Funcional, na forma do regulamento prprio a ser baixado por este, ouvido o Procurador-Geral de Justia, poder criar diferentes setores de especialidades, permanentes ou temporrio, para melhor desempenho de suas atividades. Art.97. So atribuies do Centro de Estudos e Aperfeioamento Funcional: I - realizar palestras, congressos, seminrios, simpsios e estudos sobre temas solicitados pelos membros da Instituio; II - desenvolver grupos de estudos e pesquisas voltados ao aprimoramento cultural e funcional dos membros do Ministrio Pblico e do Pessoal da Procuradoria Geral de Justia; III - apoiar projetos e atividades de ensino e pesquisa que se relacionem com o aprimoramento dos membros do Ministrio Pblico realizados pela Escola Superior do Ministrio Pblico; IV - promover, peridica, local e regionalmente ciclos de estudos e pesquisas, reunies, seminrios e congressos abertos freqncia de membros do Ministrio Pblico e, excepcionalmente, a outros profissionais da rea jurdica; V - auxiliar os rgos da Administrao e de Execuo do Ministrio Pblico, na elucidao de dvidas e na prestao de consultoria, com a emisso de pareceres tcnicos ou tcnico-jurdicos; VI - fazer publicar matrias de interesses dos membros da Instituio, bem como, os pareceres emitidos em processos, previamente selecionados; VII - promover eventos alusivos s datas significativas ao Ministrio Pblico e aos cursos jurdicos; VIII - promover cursos de monografias, trabalhos jurdicos e outros visando o desenvolvimento cultural dos membros do Ministrio Pblico e o estmulo publicao de artigo, escritos e livros ou audiovisuais. SUBSEO IV DA COMISSO DE CONCURSO Art.98. A Comisso de Concurso, rgo auxiliar de natureza transitria, sob a Presidncia do Procurador-Geral de Justia, ser constituda por Procuradores e Promotores de Justia da mais elevada Entrncia, e um representante da Ordem dos Advogados do Brasil, Seco do Cear, incumbindo-lhe realizar a seleo de candidatos ao ingresso na carreira. Art.99. Para cada Concurso, o Conselho Superior do Ministrio Pblico eleger os integrantes da Comisso de Concurso e respectivos suplentes, atendidas as seguintes exigncias: I - ter, preferencialmente, atuao na rea da disciplina exigida no edital; II - no estar afastado do exerccio pleno das funes do cargo; III - no ter exercido o magistrio, nos ltimos 6 (seis) meses anteriores publicao do edital, em curso preparatrio de candidatos para concurso de carreira jurdica; IV - no ser cnjuge ou companheiro, parente consangneo, civis ou afins at o terceiro grau, bem como amigos ntimos ou inimigos capitais, de candidato ao certame; V - no estar submetido a processo disciplinar ou cumprimento de pena. Pargrafo nico. Fica proibida de integrar a Comisso do Concurso pessoa que seja ou tenha sido nos ltimos 2 (dois) anos, titular, scia, dirigente, empregada, ou docente de curso destinado ao aperfeioamento de alunos para fins de aprovao em concurso pblico. Art.100. Os examinadores, mediante aprovao da maioria da Comisso de Concurso, podero ser substitudos pelos suplentes, desde que configurada matria relevante que assim determine. Art.101. O representante da Ordem dos Advogados do Brasil e o seu suplente sero indicados pela Seccional do Cear, obedecido o disposto no art.99 desta Lei, no que couber. Art.102. A Comisso de Concurso ser secretariada por um Promotor de Justia da mais elevada Entrncia, designado pelo seu Presidente, a ele estendendo-se os requisitos e impedimentos estabelecidos para os demais membros. Art.103. A Comisso poder requisitar membros do Ministrio Pblico para fiscalizao do certame, bem assim seus servidores, para apoio tcnico-administrativo, observadas as mesmas restries do art.99 desta Lei.

SUBSEO V DOS RGOS DE APOIO TCNICO-ADMINISTRATIVO Art.104. Lei de iniciativa do Procurador-Geral de Justia disciplinar os rgos e servios de apoio tcnico-administrativo do Ministrio Pblico, organizados em quadro prprio de carreira, com cargos e funes que atendam as peculiaridades e necessidades da administrao e das atividades funcionais dos seus rgos. SUBSEO VI DO RGO DE ESTGIO Art.105. Os estagirios, auxiliares do Ministrio Pblico, aps credenciamento pelo Conselho Superior do Ministrio Pblico, sero designados pelo Procurador-Geral de Justia, para o exerccio das suas funes por perodo no superior a 3 (trs) anos, com direito a bolsa de estudo, cujo valor ser definido por Ato do Procurador-Geral de Justia. Pargrafo nico. O Procurador-Geral de Justia far expedir edital de abertura de inscrio a candidatos ao exame de seleo para ingresso no estgio, dele constando o prazo, o nmero de vagas, alm de outras exigncias, dentre as quais: a) prova de haver implementado um percentual de 40% (quarenta por cento) da totalidade dos crditos do curso de graduao em Direito em escolas oficiais ou reconhecidas, acompanhada de planilha das disciplinas cursadas e das notas obtidas e estar matrculado em estabelecimento de ensino no Estado do Cear; b) declarao de disponibilidade de horrio e opo de turno; c) declarao de inexistncia de antecedentes criminais; d) documento relativo qualificao pessoal e quitao com a obrigao eleitoral e militar, se for o caso; e) atestado de sanidade fsica e mental; f) atestado de idoneidade fornecido por 3 (trs) membros do Ministrio Pblico, ou autoridade de igual precedncia, devidamente identificada. Art.106. O Estagirio compreende o exerccio transitrio de funes auxiliares do Ministrio Pblico, como definido nesta Lei Complementar, assim especificado: a) participar como ouvinte e com a presena do rgo junto ao qual oficiar, das audincias e sesses de julgamento, inclusive Tribunal do Jri, proibida a prtica de qualquer ato judicial; b) elaborar pesquisas doutrinrias e jurisprudenciais por recomendao do membro do Ministrio Pblico junto ao qual esteja designado; c) elaborar relatrio trimestral e encaminh-lo ao coordenador de estgio, at o dia 10 (dez) do ms subseqente; d) auxiliar no cumprimento das notificaes e requisies expedidas pelos rgos ministeriais; e) acompanhar as aes propostas pelo Ministrio Pblico; f) exercer outras atribuies que lhe sejam cometidas. Art.107. O nmero de estagirios, a ser fixado em ato do Conselho Superior do Ministrio Pblico, no poder ultrapassar o dobro da quantidade de cargos da carreira, ficando cada um impossibilitado de: a) exercer atividades relacionadas com advocacia, funes judiciais ou policiais; b) quebrar o sigilo acerca das informaes que obtenha em razo das funes que exerce; c) receber a qualquer ttulo ou pretexto, honorrios, percentagens, custas ou participaes de qualquer natureza. Art.108. Sero admitidos estagirios de cursos de graduao de escolas oficiais ou reconhecidas, cujas reas de conhecimento guardem relao de pertinncia com as atribuies dos rgos de apoio do Ministrio Pblico, observadas as mesmas condies previstas no art.98, pargrafo nico desta Lei. Art.109. O Estgio no confere vnculo empregatcio com o Estado, sendo vedado estender ao estagirio, direitos ou vantagens assegurados aos servidores pblicos. Art.110. So deveres dos Estagirios: I - cumprir o horrio e assinar folha de freqncia; II - seguir as instrues que lhe sejam repassadas pelo orientador; III - elaborar relatrio trimestral e encaminh-lo ao Coordenador de Estgio, at o dia 10 (dez) do ms subseqente. Pargrafo nico. O rgo do Ministrio Pblico a quem estiver administrativamente vinculado o estagirio, encaminhar mensalmente o atestado de sua freqncia. Art.111. O estgio, no mbito do Ministrio Pblico, ser coordenado por Procurador ou Promotor de Justia da mais elevada entrncia, de livre escolha do Procurador-Geral de Justia. Pargrafo nico. O Colgio de Procuradores de Justia regulamentar as atribuies da coordenao respectiva, por meio de Resoluo. Art.112. Concludo o estgio, a Procuradoria Geral de Justia

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expedir certido da sua realizao que conter o nmero de dias, meses e anos da ocorrncia, servindo de instrumento para efeito de prova de ttulo em concurso pblico, na hiptese de previso de estgio como titulao pelo edital do concurso. Art.113. Do desligamento compulsrio do Estagirio, assegurada ampla defesa, comporta recurso ao Conselho Superior do Ministrio Pblico. TTULO III DAS ATRIBUIES DO MINISTRIO PBLICO CAPTULO NICO DAS FUNES GERAIS E INSTITUCIONAIS DO MINISTRIO PBLICO Art.114. Alm das funes previstas nas Constituies Federal e Estadual, na Lei Orgnica Nacional do Ministrio Pblico e noutras leis, incumbe, ainda, ao Ministrio Pblico: I - propor ao de inconstitucionalidade de leis ou Atos Normativos estaduais ou municipais, em face da Constituio Estadual; II - promover a representao de inconstitucionalidade para efeito de interveno do Estado nos Municpios; III - promover privativamente ao penal pblica; IV - promover o inqurito civil e a ao civil pblica: a) para proteo, preveno e reparao dos danos causados ao meio ambiente, ao consumidor, aos bens e direitos de valor artstico, esttico, histrico, turstico e paisagstico e a outros interesses difusos, coletivos e individuais indisponveis e homogneos; b) para a anulao ou declarao de nulidade de atos lesivos ao patrimnio pblico ou moralidade administrativa do Estado ou de Municpio, das suas administraes indiretas ou fundacionais ou de entidades privadas de que participem; V - manifestar-se nos processos em que a sua presena seja obrigatria por lei e, ainda, sempre que cabvel a interveno, para assegurar o exerccio das suas funes institucionais, no importando a fase ou grau de jurisdio em que se encontrem os processos; VI - exercer a fiscalizao dos estabelecimentos que abriguem idosos, crianas e adolescentes, incapazes ou pessoas portadoras de deficincia, supervisionando-lhes a assistncia, pelo menos uma vez ao ms; VII - deliberar sobre a participao em organismos estatais de defesa do meio ambiente, neste compreendido o do trabalho, do consumidor, de poltica penal e penitenciria e outros afetos sua rea de atuao; VIII - ingressar em juzo, de ofcio, para responsabilizar penalmente os gestores do dinheiro pblico condenados por Tribunais e diligenciar, junto ao rgo competente, sobre a inscrio na dvida ativa dos Estados ou Municpios a imputao de dbito ou aplicao de multa; IX - interpor recursos perante os Tribunais; X - exercer a fiscalizao dos estabelecimentos penais e prisionais; XI - fiscalizar o Regimento de Custas e o rigoroso cumprimento das suas tabelas; XII - exercer o controle externo da atividade policial, por meio de medidas administrativas e judiciais, visando a assegurar a indisponibilidade, moralidade e legalidade da persecuo criminal, bem como a preveno ou correo de ilegalidades penais, civis e administrativas, ou abuso de poder. Art.115. O controle externo da atividade policial ser exercido, de forma ordinria, por todos os membros do Ministrio Pblico e, de forma regular, pela Promotoria Especializada, consistindo, especialmente, em atos de: I - fiscalizao das atividades de investigao da polcia civil e militar, em relao averiguao de infraes penais; II - realizar inspees e diligncias investigatrias, nos procedimentos de sua competncia; III - livre ingresso e realizao de inspees em todos os estabelecimentos policiais e prisionais, civis ou militares, em qualquer horrio; IV - ter acesso a quaisquer documentos relativos atividade fim policial; V - controle do boletim de ocorrncia, da Polcia Civil e Militar; VI - controle mensal dos mandados de priso recebidos pela Polcia Civil e Militar; VII - requisio de providncias, inclusive instaurao de inqurito, sobre a omisso ou fato ilcito ocorrido no exerccio da atividade policial, promovendo o seu acompanhamento; VIII - requisio autoridade competente, de procedimento disciplinar ou administrativo; IX - promoo da ao penal por abuso de poder.

Pargrafo nico. A priso de qualquer pessoa, por parte de autoridade policial, dever ser comunicada imediatamente ao rgo competente do Ministrio Pblico, com indicao do lugar onde se encontra o preso e cpia dos documentos comprobatrios da priso. Art.116. No exerccio das suas funes, o Ministrio Pblico poder: I - instaurar inquritos civis e outras medidas e procedimentos administrativos pertinentes e, para instru-los: a) expedir notificaes no sentido de colher depoimento ou esclarecimentos e, em caso de no comparecimento injustificado, requisitar conduo coercitiva pela Polcia Civil ou Militar, ressalvadas as prerrogativas previstas em lei; b) requisitar informaes, exames periciais e documentos s autoridades federais, estaduais e municipais, bem como aos rgos e entidades da administrao direta, indireta ou fundacional, de quaisquer dos Poderes da Unio, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municpios; c) promover inspees e diligncias investigatrias junto s autoridades, rgos e entidades a que se refere a alnea anterior; II - requisitar informaes e documentos entidade privada, para instruir procedimentos ou processo em que oficie; III - requisitar autoridade competente a instaurao de sindicncia ou procedimento administrativo cabvel, acompanh-los e produzir provas; IV - requisitar diligncias investigatrias e a instaurao de inqurito policial, inqurito policial militar, observado o disposto no art.129, inciso VIII, da Constituio Federal, podendo acompanh-los; V - praticar atos administrativos executrios, de carter preparatrio; VI - dar publicidade aos procedimentos administrativos e disciplinares que instaurar e das medidas adotadas; VII - sugerir ao Poder competente a edio de normas e a alterao da legislao em vigor, bem como a adoo de medidas destinadas preveno e controle da criminalidade; VIII - manifestar-se em qualquer fase dos processos, acolhendo solicitao do julgador, da parte ou por iniciativa prpria, quando entender existente interesse em causa que justifique a interveno; IX - requisitar da Administrao Pblica meios materiais, servidores civis e/ou militares, para servios temporrios, necessrios realizao de atividades especficas; X - ter a palavra, pela ordem, perante qualquer Juzo, Tribunal e rgo Administrativo, para replicar acusao ou censura pessoal ou Instituio; XI - utilizar-se dos meios de comunicao no interesse do servio; XII - ter livre acesso a qualquer local pblico ou privado, respeitadas as normas constitucionais pertinentes inviolabilidade do domiclio; XIII - fiscalizar o cumprimento de mandados de priso e de requisies, assim como de outras medidas requeridas pelo Ministrio Pblico e deferidas pelo Poder Judicirio; XIV - examinar durante as inspees aos estabelecimentos policiais os livros prprios daquela repartio, a saber: a) Registro de Ocorrncias; b) Registro de Inquritos Policiais; c) Carga de Inquritos Policiais; d) Registro de Fianas Criminais; e) Registro Geral de Presos; f) Registro de Objetos Apreendidos; g) Registro de Ocorrncias referidas na Lei Federal n9.099, de 26 de setembro de 1995. 1 As notificaes e requisies previstas neste artigo, quando tiverem como destinatrios o Governador do Estado, os membros do Poder Legislativo, os Desembargadores e os membros dos Tribunais de Contas sero encaminhadas pelo Procurador-Geral de Justia e a este, atravs de seu substituto legal. 2 O membro do Ministrio Pblico ser responsvel pelo uso indevido das informaes e documentos que requisitar, inclusive em hipteses legais de sigilo. 3 Sero cumpridas gratuitamente as requisies feitas pelo Ministrio Pblico s autoridades, rgos e entidades da Administrao Pblica direta, indireta ou fundacional, de qualquer dos Poderes da Unio, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municpios. 4 A falta ao trabalho, em virtude de atendimento a notificao ou requisio do Ministrio Pblico no autoriza desconto de vencimentos ou salrio, considerando-se de efetivo exerccio, para todos os efeitos, mediante a devida comprovao. 5 Toda representao ou petio formulada ao Ministrio Pblico ser distribuda entre os membros da Instituio que tenham atribuies para apreci-la, observados os critrios fixados pelo Colgio de Procuradores.

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SRIE 2 ANO XI N240

FORTALEZA, 16 DE DEZEMBRO DE 2008

6 A recusa injustificvel e o retardamento indevido do cumprimento das requisies do Ministrio Pblico implicaro em responsabilidade de quem lhe der causa. 7 As requisies do Ministrio Pblico, salvo disposio legal, sero feitas fixando-se prazo razovel para o seu atendimento, prorrogvel mediante solicitao justificada. Art.117. Cabe ao Ministrio Pblico exercer a defesa dos direitos assegurados nas Constituies Federal e Estadual, sempre que se cuidar de garantir-lhe o respeito: I - pelos Poderes Estaduais e Municipais; II - pelos rgos da Administrao Pblica Estadual e Municipal, direta ou indireta e fundacional vinculada ao Poder Pblico; III - pelos concessionrios e permissionrios do servio pblico estadual ou municipal; IV - por entidades que exeram outra funo delegada do Estado ou do Municpio ou executem servio de relevncia pblica. Pargrafo nico. No exerccio das atribuies a que se refere este artigo, cabe ao Ministrio Pblico, entre outras providncias: a) receber notcias de irregularidades, peties ou reclamaes de qualquer natureza, promover as apuraes cabveis ou que lhe sejam prprias e dar-lhes a soluo adequada; b) zelar pela celeridade e racionalizao dos procedimentos administrativos; c) dar andamento, no prazo de 30 (trinta) dias, s notcias de irregularidades, peties ou reclamaes referidas na alnea a deste artigo; d) promover audincias pblicas e emitir relatrios anual ou especial e recomendaes dirigidas aos rgos e entidades mencionados neste artigo, requisitando ao destinatrio a sua divulgao adequada e imediata, assim como resposta escrita. Art.118. Ser admitida a atuao conjunta de membros do Ministrio Pblico na propositura de aes, interposio de recursos, alm de outras situaes em que se verificar oportunidade ou necessidade. Art.119. Os conflitos de atribuies sero suscitados fundamentadamente nos prprios autos em que ocorrerem e sero decididos pelo Procurador-Geral de Justia, nos termos do inciso XX do art.26 desta Lei, mantendo-se cpia do inteiro teor do processo na Promotoria de Justia suscitante. LIVRO II DO ESTATUTO DO MINISTRIO PBLICO TTULO I DA CARREIRA CAPTULO I DO CONCURSO DE INGRESSO Art.120. O ingresso no cargo inicial da carreira do Ministrio Pblico depender de aprovao prvia em concurso pblico de provas e de ttulos, organizado e realizado pela Procuradoria Geral de Justia, com a participao da Ordem dos Advogados do Brasil - Seco do Cear. 1 obrigatria a abertura do concurso, quando o nmero de vagas atingir a 1/5 (um quinto) dos cargos iniciais da carreira. 2 Assegurar-se-o ao candidato aprovado a nomeao e a escolha do cargo, de acordo com a ordem de classificao no concurso. 3 A abertura do concurso, ouvido o Colgio de Procuradores, ser determinada pelo Procurador-Geral, atravs de edital publicado no rgo Oficial do Estado, e em jornal de grande circulao, que contenha o prazo de inscrio, nmero de vagas existentes, bem como outros requisitos previstos nesta Lei e no Regulamento do certame. 4 Em caso de omisso injustificada do Procurador-Geral, dever o Colgio de Procuradores decidir pela abertura do concurso. Art.121. Constituem requisitos para inscrio ao concurso de ingresso na carreira, entre outros estabelecidos nesta Lei Complementar: I - ser brasileiro; II