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PREFEITURA DA CIDADE DO RIO DE JANEIRO

Lei Complementar n16, de 04 de junho de 1992 DISPE SOBRE A POLTICA URBANA DO MUNICPIO, INSTITUI O PLANO DIRETOR DECENAL DA CIDADE DO RIO DE JANEIRO, E DA OUTRAS PROVIDNCIAS. Autor: Poder Executivo O PREFEITO DA CIDADE DO RIO DE JANEIRO, fao saber que a Cmara Municipal decreta e eu sanciono a seguinte lei: TITULO I DA POLTICA URBANA SEO I DISPOSIO PRELIMINAR Art. 1 - Esta Lei Complementar estabelece as normas e procedimentos para a realizao da poltica urbana do Municpio, fixa as suas diretrizes, prev instrumentos para a sua execuo e define polticas setoriais e seus programas, buscando o pleno atendimento das funes sociais da Cidade. Art. 2 - Fica institudo o Plano Diretor da Cidade do Rio de Janeiro, o qual ser executado durante dez anos, sem sacrifcio de sua reviso no prazo e na forma fixados no art. 230. 1 - O Plano Diretor o instrumento bsico da poltica urbana do Municpio e integra o processo contnuo de planejamento da Cidade. 2 - O Plano Diretor ser referido nesta Lei Complementar como Plano Diretor Decenal da Cidade e com essa denominao ser mencionado nos documentos oficiais. SEO II DOS OBJETIVOS E INSTRUMENTOS Art. 3 - So objetivos da poltica urbana do Municpio: I - garantir o bem-estar e a melhoria da qualidade de vida de seus habitantes; II - ordenar o pleno desenvolvimento das funes sociais da Cidade. Art. 4 - Os objetivos definidos no artigo anterior sero alcanados atravs: I - de uma ordenao do territrio que promova um desenvolvimento equilibrado;

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II - do controle pblico sobre a utilizao do imvel urbano; III - de uma poltica habitacional que assegura o direito social da moradia; IV - da total prioridade ao transporte pblico de alta capacidade; V - da justa distribuio de infra-estrutura e servios urbanos; VI - da valorizao da memria construda e da proteo e recuperao dos recursos naturais e da paisagem; VII - do cumprimento da funo social da propriedade; VIII - da participao popular na gesto da Cidade; IX - do estabelecimento de mecanismos para atuao conjunta dos setores pblico e privado na transformao urbanstica da Cidade; X - do controle, fiscalizao e sistematizao do mobilirio urbano e dos artefatos de empachamento; XI - da integrao entre rgos e entidades federais, estaduais e municipais, durante a elaborao, avaliao e execuo de planos, projetos e programas urbansticos, objetivando a compatibilizao de leis especficas. SEO III DAS DIRETRIZES, NORMAS E OBJETIVOS DO PLANO DIRETOR DECENAL Art. 5 - Constituem o Plano Diretor Decenal as diretrizes, normas e os instrumentos com vista: I - ordenao do territrio municipal; II - implantao do sistema municipal de planejamento e do sistema de defesa da Cidade; III - promoo das polticas setoriais para: a) o meio ambiente natural e o patrimnio cultural; b) a habitao; c) os transportes; d) os servios pblicos; e) os equipamentos urbanos;

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f)

o desenvolvimento econmico, cientfico e tecnolgico;

g) a administrao do patrimnio imobilirio do Municpio. IV - ordenao do uso e ocupao do solo. 1 - O Plano Diretor Decenal regula os processos de desenvolvimento urbano, seus programas e projetos e orienta as aes dos agentes pblicos e privados para a totalidade do territrio municipal. 2 - Os objetivos e diretrizes do Plano Diretor Decenal constaro, obrigatoriamente, do Plano Plurianual de Governo e sero contemplados no oramento plurianual de investimentos. Art. 6 - So objetivos do Plano Diretor Decenal: I - propiciar ao conjunto da populao melhores condies de acesso terra, habitao, ao trabalho, aos transportes e aos equipamentos e servios urbanos; II - ordenar o crescimento das diversas reas da Cidade, compatibilizando-o com o saneamento bsico, o sistema virio e de transportes e os demais equipamentos e servios urbanos; III - promover a descentralizao da gesto dos servios pblicos municipais; IV - promover a distribuio justa e equilibrada da infra-estrutura e dos servios pblicos, repartindo as vantagens e nus decorrentes da urbanizao; V - compatibilizar o desenvolvimento urbano com a proteo do meio ambiente pela utilizao racional do patrimnio natural, cultural e construdo, sua conservao, recuperao e revitalizao; VI - estimular a populao para a defesa dos interesses coletivos, reforando o sentimento de cidadania e proporcionando o reencontro do habitante com a Cidade; VII - estabelecer mecanismos de participao da comunidade no planejamento urbano e na fiscalizao de sua execuo; VIII - promover o cumprimento da funo social da propriedade urbana. TITULO II DA FUNO SOCIAL DA PROPRIEDADE Art. 7 - A propriedade urbana cumpre sua funo social quando atende as exigncias fundamentais de ordenao da Cidade expressas no Plano Diretor. Art. 8 - A interveno do Poder Pblico tem como finalidade: I - recuperar em benefcio coletivo a valorizao acrescentada

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pelos investimentos pblicos propriedade particular; II - controlar a densidade populacional com a correspondente e adequada utilizao urbana; III - gerar recursos para o atendimento da demanda de infra-estrutura e de servios pblicos provocada pelo adensamento decorrente da verticalizao das edificaes e para implantao de infraestrutura em reas no servidas; IV - promover o adequado aproveitamento dos vazios urbanos ou terrenos subutilizados ou ociosos, sancionando a sua reteno especulativa; V - criar reas sob regime urbanstico especfico; VI - condicionar a utilizao do solo urbano aos princpios de proteo e valorizao do meio ambiente e do patrimnio cultural. TITULO III DO PROCESSO DE PLANEJAMENTO URBANO CAPUTULO I DISPOSIES GERAIS Art. 9 - O planejamento urbano do Municpio ordenar o crescimento da Cidade, estabelecendo as prioridades de investimentos e as diretrizes de uso e ocupao do solo, bem como os instrumentos que sero aplicados no controle do desenvolvimento urbano. Art. 10 - Leis especficas estabelecero normas gerais e de detalhamento do planejamento urbano relativas s seguintes matrias, observadas as diretrizes fixadas nesta Lei Complementar: I - parcelamento do solo urbano; II - uso e ocupao do solo; III - zoneamento e permetro urbano; IV - obras de construes e edificaes; V - licenciamento e fiscalizao de obras e edificaes; VI - licenciamento e fiscalizao de atividades econmicas e posturas municipais; VII - regulamento do Estudo de Impacto Ambiental - EIA e Relatrio de Impacto Ambiental RIMA; VIII - Plano Municipal integrado de Transportes e regulamento do sistema de transporte pblico de passageiros.

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Art. 11 - O detalhamento das normas gerais de parcelamento da terra e de uso e ocupao do solo ser feito em Projeto de Estruturao Urbana - PEU, institudo por lei. Pargrafo nico - O Projeto de Estruturao Urbana define a legislao urbanstica das Unidades Espaciais de Planejamento - UEP, a partir das peculiaridades de cada bairro ou do conjunto de bairros que as compem. Art. 12 - garantida a participao da populao em todas as etapas do processo de planejamento, pelo amplo acesso s informaes, assim como elaborao, implementao e avaliao de planos, projetos e programas de desenvolvimento urbano, de carter geral, regional ou local, mediante a exposio de problemas e de propostas de solues. 1 - A participao da populao assegurada pela representao de entidades e associaes comunitrias em grupos de trabalho, comisses e rgos colegiados, provisrios ou permanentes. 2 - VETADO. 3 - VETADO. CAPITULO II DO SISTEMA MUNICIPAL DE PLANEJAMENTO Art. 13 - A lei instituir o sistema municipal de planejamento urbano, definindo a sua estrutura, a qual ser integrada pelo Conselho Municipal de Poltica Urbana. Art. 14 - O sistema municipal de planejamento urbano se responsabilizar: I - pela integrao dos agentes setoriais de planejamento e de execuo da administrao direta, indireta e fundacional do Municpio, assim como dos rgos e entidades federais e estaduais, quando necessrio, para aplicao das diretrizes e polticas setoriais previstas nesta Lei Complementar; II - pelo acompanhamento e a avaliao dos resultados da implementao do Plano Diretor Decenal; III - pela criao e atualizao de um sistema de informaes sobre a Cidade, compreendendo, entre outros, cadastro de terras e infra-estrutura e dados gerais sobre o uso e ocupao do solo urbano; IV - pela atualizao permanente da planta de valores do Municpio; V - pela ampla divulgao dos dados e informaes; VI - pela realizao de anlises e formulao de propostas solicitadas aos rgos do sistema de planejamento pelas instituies da sociedade civil. CAPITULO III DO SISTEMA DE DEFESA DA CIDADE

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Art. 15 - O Poder Executivo manter sistema de defesa da Cidade, visando a coordenar as aes e atuar preventiva e imediatamente nos casos de ameaa ou dano s suas condies normais de funcionamento. Pargrafo nico - O sistema de defesa da Cidade ser constitudo por rgos pblicos municipais, facultada a participao de rgos estaduais e federais e da comunidade. Art. 16 - So meios de defesa da Cidade: I - a preveno dos efeitos das enchentes, desmoronamentos e outras situaes de risco, atravs de aes do Poder Pblico, entre as quais: a) o controle, a fiscalizao e a remoo das causas de risco; b) o monitoramento dos ndices pluviomtricos; c) a assistncia populao diante da ameaa ou dano; II - o impedimento e a fiscalizao da ocupao de reas de risco, assim definidas em laudo solicitado ou emitido pelo rgo tcnico competente, e de reas pblicas, faixas marginais de rios e lagoas, vias pblicas e reas de proteo ambiental; III - a divulgao e a realizao de campanhas pblicas contendo medidas preventivas e de ao imediata de defesa da Cidade; IV - a identificao e o cadastramento de reas de risco; V - a implantao de um programa amplo e de sistema de Educao Ambiental de Preveno contra o risco junto populao, em especial nas reas de mais baixa renda; VI - a cooperao da populao na fiscalizao do estado da infra-estrutura de servios bsicos, dos despejos industriais, da descarga de aterro e das aes de desmatamento. Art. 17 VETADO. TITULO IV DOS INSTRUMENTOS E RECURSOS DO PLANO DIRETOR DECENAL CAPITULO I DISPOSIES GERAIS Art.18 - So instrumentos de aplicao do Plano Diretor Decenal, sem prejuzo de outros previstos na legislao municipal, estadual e federal e especialmente daqueles relacionados no art. 430 da Lei Orgnica do Municpio: I - de carter institucional: a) o sistema municipal de planejamento;

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b) o sistema de defesa da Cidade; c) os Conselhos Municipais de 1. VETADO. 2. Desenvolvimento Econmico, Cincia e Tecnologia; 3. VETADO. 4. Meio Ambiente; 5. Poltica Urbana; 6. Proteo do Patrimnio Cultural; 7. VETADO. 8. Transportes. II - de carter financeiro-contbil, os Fundos Municipais de: a) Conservao Ambiental; b) Desenvolvimento Econmico; c) Desenvolvimento Urbano; d) Transportes e Sistema Virio; III - de carter urbanstico: a) a criao de solo; b) a operao interligada; c) a urbanizao consorciada; d) o parcelamento e a edificao compulsrios; e) a desapropriao com pagamento em ttulos da dvida pblica; f) a legislao de parcelamento, uso e ocupao do solo, obras e edificaes; g) a legislao de licenciamento e fiscalizao;

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h) os Projetos de Estruturao Urbana; IV - de carter tributrio: a) a contribuio de melhoria; b) o Imposto Sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana progressivo no tempo, conforme o disposto nos arts. 156, 1, e 182, 4, II, da Constituio da Repblica. CAPITULO II DOS CONSELHOS MUNICIPAIS Art. 19 - Excetuados aqueles com competncia definida em lei, os conselhos so rgos consultivos e de assessoria do Poder Executivo, com atribuies de analisar e propor, assim como darlhes publicidade, medidas de concretizao das polticas setoriais definidas no Ttulo VII desta Lei Complementar e verificar sua execuo, observadas as diretrizes nele estabelecidas. 1 - Os Conselhos de Desenvolvimento Econmico, Cincia e Tecnologia, de Proteo do Patrimnio Cultural, de Meio Ambiente e de Transportes atuaro em colaborao com o Conselho Municipal de Poltica Urbana. 2 - So atribuies dos conselhos: I - intervir em todas as etapas do processo de planejamento; II - analisar e propor medidas de concretizao de polticas setoriais; III - participar da gesto dos fundos previstos nesta Lei Complementar, propondo prioridades na aplicao dos recursos, assim como da fiscalizao de sua utilizao; IV - solicitar ao Poder Pblico a realizao de audincias pblicas, para prestar esclarecimentos populao; V - realizar, no mbito de sua competncia, audincias pblicas. CAPITULO III DOS FUNDOS MUNICIPAIS Art. 20 A lei dispor sobre os fundos municipais referidos nesta Lei Complementar, os quais tero natureza contbil-financeira, sem personalidade jurdica. Art. 21 Comporo os recursos dos fundos municipais, dentre outros: I as dotaes oramentrias; II as receitas decorrentes da aplicao de instrumentos previstos nesta Lei Complementar;

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III o produto de operaes de crdito celebradas com organismos nacionais e internacionais, mediante prvia autorizao legislativa; IV as subvenes, contribuies, transferncia e participao do Municpio em convnios, consrcios e contratos relacionados com o desenvolvimento urbano; V as doaes pblicas e privadas; VI - o resultado da aplicao de seus recursos; VII as receitas decorrentes da arrecadao de multas por infrao da legislao urbanstica e ambiental, na forma que a lei fixar. 1 - Os recursos dos fundos municipais sero destinados ao planejamento, execuo e fiscalizao dos objetivos, projetos e programas definidos nesta Lei Complementar, vedada a sua aplicao em pagamento de despesas de pessoal da administrao direta, indireta ou fundacional, bem como de encargos financeiros estranhos sua finalidade. 2 - O Poder Executivo enviar, anualmente, Cmara Municipal e aos respectivos conselhos municipais relatrios discriminados dos balancetes dos fundos municipais referidos nesta Lei Complementar. Art. 22 O fundo Municipal de desenvolvimento Urbano, a ser criado na forma do disposto no art. 20, ser vinculado Secretaria Municipal de Urbanismo e Meio Ambiente e ter como finalidade dar suporte implantao dos objetivos, programas e projetos relativos habitao e infra-estrutura de saneamento bsico nas reas de Especial Interesse Social, previstos nesta Lei complementar. 1 - a lei dispor sobre a composio e a prestao de contas do conselho de administrao dos recursos do Fundo Municipal de desenvolvimento urbano e as atribuies, competncias e funcionamento de sua estrutura organizacional. 2 - VETADO. CAPITULO IV DA CRIAO DE SOLO SEO I DISPOSIES GERAIS Art. 23 - fixado para todo o Municpio o coeficiente um de aproveitamento do terreno, que permite ao proprietrio construir o equivalente metragem quadrada do terreno, sem qualquer pagamento relativo a criao do solo. 1 - Nas reas tombadas e nas reas de entorno de bens tombados e, ainda, naquelas onde a legislao urbanstica fixar ndices de aproveitamento do terreno inferiores a um ou outros parmetros urbansticos dos quais resultem ndices de aproveitamento do terreno inferiores a um, o proprietrio

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no ter direito de construir a rea correspondente metragem quadrada da totalidade do terreno de que trata o caput deste artigo. 2 - Para efeito de aplicao do coeficiente um, sero computados na rea total do terreno os eventuais recuos para ele exigidos. Art. 24 - O Poder Pblico poder autorizar a criao de solo como excedente do coeficiente um, mediante pagamento, observado o ndice de Aproveitamento do Terreno - IAT e os demais parmetros urbansticos fixados pela legislao. Art. 25 - O valor a ser pago pelo solo criado ser calculado pela multiplicao da quantidade de metros quadrados a serem edificados, que excederem rea do terreno, pelo valor do metro quadrado do terreno no mercado imobilirio e por uma frao que considerar o ndice de Aproveitamento do Terreno fixado pela legislao e um fator de correo que variar de cinco centsimos a um, conforme o perodo em que for outorgada a concesso e o bairro onde se localizar o terreno, de acordo com a seguinte frmula: SC = (ATE - AT) x (V/AT) x (1/(IAT - IAT x fc) + 1)), sendo: SC = valor a ser pago pelo solo criado; V = valor do terreno no mercado imobilirio; AT = rea do terreno em metros quadrados no descontados os recuos obrigatrios; ATE = rea total edificada em metros quadrados; IAT = ndice de aproveitamento do terreno; fc = fator de correo diferenciado por bairro e por ano. 1 - O valor a ser pago pelo solo criado ser fixado em Unidades de Valor Fiscal do Municpio UNIF ou outro ndice aplicado no Municpio, no ato da expedio da licena de construir, e o seu pagamento poder ser efetuado em at doze parcelas mensais e sucessivas, a partir da data da comunicao do incio da obra, conforme previsto no art. 97, 1, ficando a expedio do habite-se condicionada quitao de todas as parcelas. 2 - Lei de iniciativa do Poder Executivo, proposta em mensagem contendo exposio circunstanciada e tabela de valores, definir o fator de correo (fc) para cada bairro, que variar progressivamente tendendo a um, de acordo com o perodo de outorga da concesso, e dispor sobre a disciplina de sua cobrana. 3 - A lei a que se refere o pargrafo anterior poder estabelecer coeficientes de correo (fc) diferenciados por logradouros ou reas pblicas situadas numa mesma Unidade Espacial de Planejamento, para atender variao de valorizao do terreno no respectivo bairro.

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Art. 26 - A lei poder isentar, total ou parcialmente, o valor do solo criado, para adequ-lo dinmica do desenvolvimento urbano do Municpio. Art. 27 - O produto da arrecadao da criao do solo reverter para o Fundo Municipal de Desenvolvimento Urbano e ser aplicado exclusivamente na execuo de projetos de construo de habitaes para a populao de baixa renda e de implantao de sistema de esgotamento sanitrio nas comunidades por esta ocupadas. 1 - O oramento municipal detalhar, a cada exerccio, as reas de aplicao dos recursos do Fundo Municipal de Desenvolvimento Urbano provenientes da arrecadao da criao de solo, vedada a sua utilizao em reas no includas na lei oramentria. 2 - Responder na forma da lei a autoridade de qualquer hierarquia que descumprir o disposto neste artigo e no pargrafo anterior ou permitir o seu descumprimento. CAPITULO V DA OPERAO INTERLIGADA E DA URBANIZAO CONSORCIADA SEO I DA OPERAO INTERLIGADA Art. 28 - Constitui operao interligada a alterao pelo Poder Pblico, nos limites e na forma definidos em lei, de determinados parmetros urbansticos, mediante contrapartida dos interessados, igualmente definida em lei. Art. 29 - Para efeito de utilizao das operaes interligadas sero estabelecidas as contrapartidas dos interessados, calculadas proporcionalmente valorizao acrescida ao empreendimento projetado, pela alterao de parmetros urbansticos, sob a forma de: I - recursos para o Fundo Municipal de Desenvolvimento Urbano; II - obras de infra-estrutura urbana; III - terrenos e habitaes destinados populao de baixa renda; IV - recuperao do meio ambiente ou do patrimnio cultural. 1 - A realizao de operao interligada depender, sempre, de parecer favorvel do Conselho Municipal de Poltica Urbana. 2 - Nos casos mencionados no inciso IV, sero ouvidos, respectivamente, o Conselho Municipal de Meio Ambiente e o Conselho Municipal de Proteo do Patrimnio Cultural. SEO II DA URBANIZAO CONSORCIADA

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Art. 30 - A urbanizao consorciada ser utilizada em empreendimentos conjuntos de iniciativa privada e dos poderes pblicos federal, estadual e municipal, sob a coordenao deste ltimo, visando integrao e diviso de competncias e recursos para a execuo de projetos comuns. Art. 31 - A urbanizao consorciada poder ocorrer por iniciativa do Poder Pblico ou atravs de propostas dos interessados, avaliado o interesse pblico da operao pelo rgo responsvel pelo planejamento urbano do Municpio e ouvido o Conselho Municipal de Poltica Urbana. Art. 32 - A lei dispor sobre a disciplina de aplicao da urbanizao consorciada. CAPITULO VI DO IMPOSTO PROGRESSIVO SOBRE A PROPRIEDADE PREDIAL E TERRITORIAL URBANA Art. 33 - O imposto progressivo de que trata o art. 156 da Constituio da Repblica incide sobre imveis localizados nas reas constantes do Anexo I, nos quais no tenha havido edificaes ou cujas edificaes estejam em runas ou tenham sido objeto de demolio, abandono, desabamento ou incndio, ou que, de outra forma, no cumpram a funo social da propriedade. 1 - O imposto no incidir sobre terreno de at duzentos e cinqenta metros quadrados cujos proprietrios no tenham outro imvel. 2 - Lei de iniciativa do Poder Executivo estabelecer a relao dos logradouros cujos imveis sero alcanados pelo imposto referido neste artigo. Art. 34 - O imposto referido no artigo anterior incide tambm sobre a poro da rea do terreno superior a cem metros quadrados que exceder a: I - dez vezes a rea construda em terreno situado na Regio A de rea total superior a seiscentos metros quadrados; II - cinco vezes a rea construda em terreno situado na Regio B de rea total superior a trezentos e sessenta metros quadrados; III - trs vezes a rea construda em terreno situado na Regio C de rea total superior a duzentos e cinqenta metros quadrados. 1 - As Regies A, B e C so as definidas no Cdigo Tributrio Municipal. 2 - O disposto no caput deste artigo no se aplica a imveis sujeitos legislao urbanstica ou especial que restrinja o seu aproveitamento, impedindo-os de atingir os nveis de construo previstos. Art. 35 - O fator gerador, o sujeito passivo, a base de clculo, o lanamento, a forma de pagamento, as obrigaes acessrias e as penalidades relativos ao imposto previsto neste Captulo so os estabelecidos no Cdigo Tributrio Municipal.

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Art. 36 - A alquota do imposto previsto nos arts. 33 e 34 a definida no Cdigo Tributrio Municipal. Pargrafo nico - A alquota ser progressiva, cumulativamente, a cada ano, observado o limite, condies e hipteses de iseno fixados em lei. Art. 37 - Depender de lei a redefinio de qualquer alterao nas reas de aplicao do imposto referido no art. 33. TITULO V DA ORDENAO DO TERRITRIO CAPITULO I DISPOSIES GERAIS Art. 38 - O territrio municipal ser ordenado para atender s funes econmicas e sociais da Cidade, de modo a compatibilizar o desenvolvimento urbano com o uso e a ocupao do solo, suas condies ambientais e a oferta de transportes, de saneamento bsico e dos demais servios urbanos. Pargrafo nico - As condies ambientais sero consideradas a partir das grandes unidades naturais, como macios montanhosos e baixadas, e da anlise da situao das bacias ou subbacias hidrogrficas delas integrantes, e sero contempladas nos Projetos de Estruturao Urbana. Art. 39 - A ordenao do territrio far-se- atravs do planejamento contnuo e do controle do uso e da ocupao do solo. Art. 40 - A regulao do uso e da intensidade da ocupao do solo considerar, sempre: I - os elementos naturais e culturais da paisagem e do ambiente urbano; II - a segurana individual e coletiva; III - a qualidade de vida; IV - a oferta existente ou projetada de: a) saneamento bsico; b) transporte coletivo; c) drenagem; d) outros servios urbanos essenciais. 1 - O uso do solo ser controlado pela definio de Zonas, de acordo com adequao ou a predominncia, em cada Zona, do uso residencial, comercial e de servios, industrial ou agrcola.

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2 - A ocupao do solo ser controlada pela definio de ndices e parmetros para o parcelamento da terra, a construo e a edificao. CAPITULO II DO MACROZONEAMENTO Art. 41 - Para ordenao da ocupao do solo, o territrio municipal ser dividido em: I - macrozonas urbanas; II - macrozonas de expanso urbana; III - macrozonas de restrio ocupao urbana. 1 - As macrozonas urbanas so as ocupadas ou j comprometidas com a ocupao pela existncia de parcelamentos urbanos implantados ou em execuo. 2 - As macrozonas de expanso urbana so as destinadas ocupao, por necessrias ao crescimento da Cidade. 3 - As macrozonas de restrio ocupao urbana so: I - as com condies fsicas adversas ocupao; II -as destinadas ocupao agrcola; III - as sujeitas proteo ambiental; IV - as imprprias urbanizao; V - VETADO. CAPITULO III DA ORDENAO PARA O PLANEJAMENTO Art. 42 - Para o planejamento e controle do desenvolvimento urbano, o territrio municipal dividese em: I - reas de Planejamento - AP; II - Regies Administrativas - RA: III - Unidades Espaciais de Planejamento - UEP; IV - bairros.

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1 - As reas de Planejamento so formadas por agrupamento de vrias Regies Administrativas e podero ser divididas em Subreas de Planejamento, em funo de fatores scio-econmicos e de relativa homogeneidade da ocupao. 2 - As Regies Administrativas so formadas por uma ou mais Unidades Espaciais de Planejamento. 3 - As Unidades Espaciais de Planejamento correspondem s reas objeto dos Projetos de Estruturao Urbana, constitudas por um ou mais bairros em continuidade geogrfica e definidas por analogias fsicas ou urbansticas, segundo indicadores de integrao e compartimentao. 4 - Os bairros correspondem a pores do territrio que renem pessoas que utilizam os mesmos equipamentos comunitrios, dentro de limites reconhecidos pela mesma denominao. Art. 43 - A ordenao do territrio para o planejamento ser estabelecida em lei de iniciativa do Poder Executivo, observados os critrios e a terminologia fixados neste Captulo. TITULO VI DO USO DE OCUPAO DO SOLO CAPITULO I DOS PRINCIPIOS E OBJETIVOS Art. 44 - O uso e ocupao do solo urbano respeitaro os seguintes princpios e objetivos: I - distribuio equilibrada dos nus e benefcios da urbanizao e atendimento funo social da propriedade, com a subordinao do uso e ocupao do solo ao interesse coletivo; II - proteo do meio ambiente e respeito aos recursos naturais e ao patrimnio cultural como condicionantes da ocupao do solo; III - no remoo das favelas; IV - insero das favelas e loteamentos irregulares no planejamento da Cidade com vista sua transformao em bairros ou integrao com os bairros em que se situam; V - prioridade para a ocupao dos vazios urbanos que no atendam ao interesse coletivo para o adensamento das reas com potencial de melhoria de infra-estrutura, controlando-se a expanso da malha urbana; VI - adensamento ou controle de crescimento de reas em funo da oferta de transportes; VII - controle do impacto das atividades geradoras de trfego nas reas j adensadas e nos principais corredores de transportes; VIII - prioridade na distribuio de investimentos pblicos para:

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a) a rea de Planejamento 3; b) a XVI Regio Administrativa - Jacarepagu, na rea de Planejamento 4; c) a rea de Planejamento 5; IX - intensificao do processo de descentralizao das atividades econmicas, com a reestruturao e a otimizao do uso e da ocupao do solo nos centros de comrcio e servios das reas de Planejamento 3, 4 e 5; X - estruturao das Unidades Espaciais de Planejamento, nos Projetos de Estruturao Urbana, pela: a) hierarquia das vias; b) definio das intensidades de uso e ocupao; c) determinao de reas para equipamentos urbanos; XI - adequao dos padres de urbanizao e tipologias das construes s condies scioeconmicas da populao residente, atravs da legislao urbanstica e edilcia; XII - estmulo coexistncia de usos e atividades de pequeno porte com o uso residencial, evitando-se segregao dos espaos e deslocamentos longos ou desnecessrios; XIII - direcionamento das indstrias de mdio e grande porte ou potencialmente poluidoras para reas industriais adequadas, conforme a lei definir, sob o devido controle ambiental; XIV - garantia de espaos para o estabelecimento de indstrias atravs de zoneamento industrial, compatibilizando-o com o da Regio Metropolitana do Rio de Janeiro; XV - garantia de espaos para o desenvolvimento de atividades agrcolas, principalmente para a produo de hortifrutigranjeiros e criao animal; XVI limitao de crescimento em zonas supersaturadas, priorizando a elaborao dos Projetos de Estruturao Urbana que as contenham. 1 - Estaro sujeitas relocalizao e, portanto, no includas no princpio mencionado no inciso III as reas de favelas ou residncias que ocupem: I - reas de risco; II - faixas marginais de proteo de guas superficiais; III - faixa de proteo de adutoras e de redes eltricas de alta tenso;

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IV - faixa de domnio de estradas federais, estaduais e municipais; V - reas de especial interesse ambiental ou unidades de conservao ambiental; VI - vos e pilares de viadutos, pontes e passarelas e reas a estes adjacentes, quando oferecerem riscos segurana individual e coletiva e inviabilizarem a implantao de servios urbanos bsicos; VII - reas que no possam ser dotadas de condies mnimas de urbanizao e saneamento bsico, de acordo com os artigos 50 e 51 desta Lei Complementar. 2 - Os moradores que ocupem favelas em reas referidas no pargrafo anterior devero ser relocalizados, obedecendo-se s diretrizes constantes do art. 138, 2, desta Lei Complementar e do art. 429, VI, "a", "b" e "c", da Lei Orgnica do Municpio. CAPITULO II DA OCUPAO URBANA SEO I DISPOSIES GERAIS Art. 45 A ocupao urbana do Municpio consolidar os grandes vetores de crescimento do centro da Cidade para a Zona Norte rea de Planejamento 3, para a Zona Oeste rea de Planejamento 5 para regio de Jacarepagu, na rea de Planejamento 4, bem como os vetores que se irradiam a partir de centros de comrcio e servios. Art. 46 As macrozonas urbana, de expanso urbana e de restrio ocupao urbana, definidas de acordo com os vetores de expanso referidos no artigo anterior, so as constantes do anexo III, excludos os limites externos e internos da Zona Econmica Exclusiva-ZEE, estabelecidos no Anexo IX. Art. 47 O uso e ocupao do solo no territrio municipal ficam condicionados ao controle de densidade demogrfica e do nmero de empregos, em funo da saturao da infra-estrutura e ameaa ao meio ambiente e memria urbana, mediante o estabelecimento de limites de construo por Unidades Espaciais de Planejamento. 1 Os limites de construo so estabelecidos pelos ndices de aproveitamento do terreno fixados para o clculo do limite mximo de rea edificvel no lote, e por outros parmetros urbansticos e de proteo complementares. 2 - Os Projetos de Estruturao Urbana podero definir ndices diferenciados para uma mesma Unidade Espacial de Planejamento, a partir das diferentes caractersticas das reas e dos critrios de planejamento, respeitados os dices de aproveitamento de terreno mximos definidos no quadro do Anexo II. SEO II DAS MACROZONAS DE RESTRIO OCUPAO URBANA

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Art. 48 - As macrozonas de restrio ocupao urbana, constitudas pelas reas agrcolas, reas com condies fsicas adversas ocupao, reas imprprias urbanizao e reas destinadas proteo do meio ambiente, tero seus critrios de ocupao definidos segundo suas destinaes especficas. Art. 49 - As reas agrcolas sero delimitadas com vista manuteno da atividade agropecuria e compreendero reas com vocao agrcola e outras imprprias urbanizao, recuperveis para o uso agrcola ou necessrias manuteno do equilbrio ambiental. 1 - As reas agrcolas podero comportar usos residenciais com baixa densidade, atividades de comrcio e servios complementares ao uso agrcola e residencial, agroindstrias e atividades tursticas, recreativas e culturais, em stios e fazendas. 2 - O uso e ocupao das reas agrcolas observaro as seguintes diretrizes: I - proibio do parcelamento em lotes de pequenas dimenses pelo estabelecimento de lotes agrcolas mnimos, em funo das caractersticas de cada rea; II - proibio da ocupao por conjuntos habitacionais e pelo uso residencial de alta densidade; III - estabelecimento de parmetros de ocupao para proteo do uso agrcola nas faixas de transio entre as reas agrcolas e as macrozonas urbanas ou de expanso urbana. Art. 50 - Constituem reas com condies fsicas adversas ocupao urbana as reas frgeis de encostas e as reas frgeis de baixadas. 1 - So reas frgeis: I - de encostas, as sujeitas a deslizamentos, desmoronamentos e outras alteraes geolgicas que comprometam ou possam comprometer a sua estabilidade; II - de baixada, as sujeitas a alagamento, inundao ou rebaixamento decorrente de sua composio morfolgica. 2 - As reas frgeis de encostas tero seus usos condicionados a critrios geotcnicos de avaliao dos riscos de deslizamentos e se dividem em: I - passveis de ocupao, desde que efetuadas, previamente, obras estabilizantes; II - imprprias ocupao. 3 - As reas frgeis de baixadas tero seus usos condicionados avaliao tcnica e podero ser consideradas quanto: I - inundao, aquelas que, por suas condies naturais, obstculos construdos ou deficincias do sistema de drenagem, estejam sujeitas inundao freqente;

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II - ao tipo de solo, aquelas cujos solos so classificados como hidromrficos ou que tenham influncia marinha. 4 - As reas frgeis de baixadas podero comportar usos agrcolas, de lazer e residenciais de baixa densidade, condicionados estes realizao de obras de macrodrenagem e redefinio de cotas de soleira das edificaes. 5 - O parcelamento da terra em reas frgeis, quando admitida a sua ocupao residencial, na forma dos 2, I, e 3 submetido ao rgo competente de controle do meio ambiente, para exame das restries locais e dos impactos ambientais decorrentes. Art. 51 - As reas objeto de proteo ambiental so passveis de ocupao residencial ou agrcola restrita e usos como lazer ou pesquisa ecolgica, com exceo das reas classificadas como reserva biolgica. Pargrafo nico - Nas reas classificadas como de preservao permanente, no sero permitidas atividades que contribuam para descaracterizar ou prejudicar seus atributos e funes essenciais, excetuadas aquelas destinadas a recuper-las e assegurar sua proteo, mediante prvia autorizao dos rgos municipais competentes. CAPITULO III DA ESTRUTURA URBANA BASICA Art. 52 - A estrutura urbana bsica do Municpio constituda pelas reas residenciais, pelo sistema de centros de comrcio e servios e pelas reas industriais, integradas pela rede estrutural de transportes, conforme o Anexo VII. Art. 53 - As reas residenciais caracterizam-se pela predominncia do uso residencial, adequado em todo o territrio municipal, salvo nos locais onde a convivncia com outros usos instalados ou condies ambientais adversas cause risco populao residente e onde seja incompatvel com a proteo do meio ambiente. Pargrafo nico - As intervenes urbanas nas reas de uso residencial respeitaro as caractersticas fsicas, econmicas, sociais e culturais dos diferentes bairros ou partes de bairros e a estas se adequaro. Art. 54 - O sistema de centros de comrcio e servios constitudo, hierarquicamente, por: I - centros de alcance metropolitano; II - centros de alcance municipal; III - centros de alcance local; IV - concentraes pontuais ou lineares de comrcio e servios.

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1 - So consideradas centros de comrcio e servios as reas que contenham atividades comerciais diversificadas e especializadas e servios financeiros, profissionais, culturais e recreativos. 2 - A organizao espacial do sistema de centros de comrcio e servios, observada a racionalizao do uso do sistema virio e de transportes, ter por objetivo a reduo da atratividade de trfego para a rea de Planejamento 1 e para a rea de Planejamento 2, a partir das seguintes diretrizes de uso e ocupao do solo: I - expanso das atividades de comrcio e servios da rea Central de Negcios para sua periferia; II - fortalecimento dos centros de Madureira, Campo Grande e Taquara e consolidao da polinucleao existente. Art. 55 - As reas industriais sero definidas em conformidade com o zoneamento metropolitano e delimitadas em funo de fatores de localizao e seus critrios de uso e ocupao estaro condicionados, sempre, proteo do meio ambiente e do patrimnio cultural e sua adaptao a estes. 1 - So fatores de localizao para a delimitao de reas industriais: I - o ciclo de produo e suas caractersticas; II - a oferta de transportes pblicos de passageiros; III - a possibilidade de escoamento da produo; IV - a oferta de servios bsicos, como energia eltrica, gs, telefone, gua e esgotamento sanitrio; V - a possibilidade de integrao entre indstrias; VI - a disponibilidade de mo-de-obra e seu acesso s reas estabelecidas; VII - as condies ambientais. 2 - A lei definir as tipologias industriais passveis de implantao nas reas industriais. 3 - As indstrias no poluentes, particularmente as vinculadas ao setor tercirio, podero localizar-se nos centros de comrcio e nas zonas de uso misto, quando as dimenses de seu porte se compatibilizarem com as caractersticas dessas reas. 4 - A legislao de que trata este artigo ter a participao das entidades e contribuintes das citadas reas. CAPITULO IV DAS REAS SUJEITAS A INTERVENO

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Art. 56 - So consideradas sujeitas interveno do Poder Pblico as reas do territrio municipal que, por suas condies urbansticas e ambientais, necessitem de obras, redefinio das condies de uso e ocupao ou de regularizao fundiria. Art. 57 - As reas sujeitas interveno so classificadas em: I - reas sujeitas estruturao e regularizao; II - reas sujeitas reestruturao; III - reas sujeitas proteo ambiental. Pargrafo nico - As reas mencionadas neste artigo so as constantes do Anexo IV. Art. 58 - Sero objeto de estruturao e regularizao as reas ocupadas por favelas, loteamentos irregulares e conjuntos habitacionais de baixa renda, assim como as respectivas vizinhanas. 1 - As aes previstas neste artigo compreendem: I - regularizao fundiria; II- relocalizao de moradias, nos casos mencionados no art. 44, 1; III - urbanizao e integrao na malha urbana; IV - recuperao das condies ambientais, abrangendo a vizinhana. 2 - As reas referidas neste artigo podero ser declaradas reas de Especial Interesse Social, no todo ou em parte. 3 - As reas mencionadas no pargrafo anterior sero recuperadas para criao de programa de moradias para populao de baixa renda, desde que o laudo tcnico indique essa possibilidade. Art. 59 - Sero objeto de reestruturao as reas que necessitem de revitalizao, de renovao, de ocupao, de obras ou alteraes em sua estrutura fsica, sistema virio, saneamento bsico e equipamentos urbanos ou alteraes nas condies de uso e ocupao do solo. Pargrafo nico - As reas sujeitas reestruturao sero gradual e progressivamente declaradas reas de Especial Interesse Urbanstico para a execuo dos projetos especficos, obedecendo s prioridades estabelecidas nesta Lei Complementar. Art. 60 - Estaro sujeitas proteo ambiental as reas que necessitem de proteo legal e de manuteno, recuperao ou revitalizao nas condies do meio ambiente natural ou construdo. Pargrafo nico - As reas sujeitas proteo ambiental sero gradual e progressivamente declaradas reas de Especial Interesse Ambiental, para a execuo de projetos especficos.

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CAPITULO V DAS DIRETRIZES DE USO E OCUPAO POR REAS DE PLANEJAMENTO SEO I DISPOSIES GERAIS Art. 61 - O uso e ocupao do solo nas diferentes reas de Planejamento obedecero ao disposto neste Captulo. Pargrafo nico - As reas de Planejamento, suas Subreas de Planejamento e suas Regies Administrativas, so as constantes dos Anexos V e V-A. SEO II DA REA DE PLANEJAMENTO I Art. 62 - As diretrizes de uso e ocupao para a rea de Planejamento 1 so as seguintes: I - incentivo ao uso residencial permanente e transitrio; II - revitalizao e renovao da Cidade Nova, mediante: a) recuperao da estrutura de equipamentos e servios urbanos, atravs da realizao de obras de melhoria do calamento, da rede de drenagem de guas pluviais e da iluminao pblica; b) preservao do casario, atravs de estmulos aos moradores para recuperao de suas casas e restaurao dos passeios; c) restaurao do Conjunto Proletrio da Avenida Salvador de S, sob orientao e com financiamento proporcionados pelo Poder Pblico, que para isso elaborar projeto especfico; d) ocupao dos terrenos ociosos na vizinhana do Centro Administrativo So Sebastio da Cidade do Rio de Janeiro, com implantao de parmetros urbansticos a serem definidos em lei; e) valorizao do entorno da Avenida dos Desfiles, com relocalizao de construes existentes em passeios de logradouros pblicos; f) prestao regular de servios pblicos, especialmente os de coleta de lixo e limpeza pblica; g) retomada de reas do patrimnio pblico apropriadas por particulares e sua destinao a fins econmicos e sociais; h) urbanizao consorciada das reas danificadas ou prejudicadas pelas obras de construo do metropolitano; i) vedao da afixao de engenhos publicitrios ao ar livre; III - desenvolvimento das propostas de proteo das reas da Sade - Gamboa - Santo Cristo, de Santa Teresa e de Catumbi;

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IV - compatibilizao dos critrios de proteo dos bens preservados ou tombados com seu entorno pela reviso das condies de uso e ocupao na rea da Praa da Cruz Vermelha e arredores; V - adensamento dos bairros perifricos rea Central de Negcios, com manuteno de suas caractersticas ambientais, econmicas e sociais; VI - integrao do Centro e dos diferentes bairros aos projetos de turismo da Cidade, com a melhoria de suas condies urbanas; VII - revitalizao da rea porturia, como expanso do Centro, garantidas a manuteno e modernizao das atividades necessrias ao porto do Rio de Janeiro; VIII - estmulo implantao da linha 2 do sistema metrovirio at Praa Quinze de Novembro; IX - implantao do sistema ciclovirio; X - estruturao da faixa ao longo da linha do sistema metrovirio no bairro do Estcio, com o estmulo ocupao dos lotes remanescentes com equipamentos de uso coletivo; XI - criao de condies para estacionamento na periferia do Centro, preferencialmente junto s estaes metrovirias; XII - desestmulo criao de estacionamento e reviso de exigncia de vagas para as edificaes na rea Central de Negcios; XIII - incentivo localizao de usos e atividades residenciais, comerciais e de servios ligados ao lazer e cultura, para melhor utilizao da infra-estrutura nos horrios de ociosidade; XIV - racionalizao dos sistemas de transportes de passageiros e individual nos principais eixos virios, privilegiando o transporte coletivo em linhas circulares; XV - melhoria das condies de operao do bonde de Santa Teresa, com a preservao do sistema existente; XVI - melhoria das condies ambientais da orla martima, garantindo o livre acesso aos diferentes pontos com o aproveitamento turstico e cultural; XVII - valorizao e conservao das edificaes e dos conjuntos arquitetnicos de interesse cultural e paisagstico da rea. Pargrafo nico - A rea de Planejamento 1 fica dividida em Subreas assim definidas: I - Subrea de Planejamento 1-A: a) I Regio Administrativa - Porturia; b) II Regio Administrativa - Centro;

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c) VII Regio Administrativa - So Cristovo; II - Subrea de Planejamento 1-B: a) III Regio Administrativa - Rio Comprido; b) XXIII Regio Administrativa - Santa Teresa; III - Subrea de Planejamento 1-C: a) XXI Regio Administrativa - Ilha de Paquet. Art. 63 - A rea Central de Negcios - ACN constitui o principal centro de alcance metropolitano do sistema de centros de comrcio e servios do Municpio, para fins culturais e comerciais. Pargrafo nico - O uso e ocupao do solo na rea Central de Negcios obedecer s seguintes diretrizes especficas: I - melhoria das condies urbansticas, mediante alterao em seu desenho, na forma da lei, execuo de projetos de recuperao fsica dos espaos pblicos; II - proteo do conjunto arquitetnico da Esplanada do Castelo, para manuteno das caractersticas morfolgicas das quadras remanescentes do Plano Agache; III - ocupao prioritria dos lotes vazios da Avenida Presidente Vargas, com reviso, por lei, das condies de ocupao; IV - transferncia da comercializao do pescado da Praa Quinze de Novembro para plo pesqueiro a ser criado em lei; V - consolidao da legislao da Zona Especial do Corredor Cultural do Centro da Cidade. Art. 64 - Integram o patrimnio paisagstico e cultural do Municpio, sujeitos proteo ambiental, as seguintes reas e bens localizados no territrio da rea de Planejamento 1 (AP1): I - a orla martima entre o Aeroporto Santos Dumont e a foz do Canal do Cunha, no Caju; II - a Quinta da Boa Vista; III - a rea da caixa d'gua da Companhia Estadual de guas e Esgotos - CEDAE, no Morro do Tuiuti; IV - o Observatrio Nacional; V - o Morro do Valongo;

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VI - o Morro da Conceio; VII - o Campo de Santana; VIII - o Passeio Pblico e o Aqueduto da Lapa; IX - as reas da Zona Especial do Corredor Cultural do Centro da Cidade e do Projeto Sade Gamboa - Santo Cristo (Projeto Sagas); X - o bairro de Santa Teresa e as encosta do Macio da Tijuca; XI - as ilhas da Baa de Guanabara e especialmente as Ilhas de Paquet e Brocoi; XII - as edificaes e os conjuntos arquitetnicos da rea da Praa da Cruz Vermelha, da Esplanada do Castelo, do Catumbi, da Cidade Nova, do Estcio e de So Cristovo; XIII - o Campo de So Cristvo; XIV - a Praa Quinze de Novembro; XV - a Ponta do Caju; XVI - o Morro do Pinto; XVII - o Morro de So Bento; XVIII - outros conjuntos arquitetnicos e monumentos de valor cultural e paisagstico da rea. SEO III DA REA DE PLANEJAMENTO II Art. 65 - As diretrizes de uso e ocupao para a rea de Planejamento 2 so as seguintes: I - conteno do adensamento dos bairros para evitar a saturao da infra-estrutura existente; II - preservao da paisagem, com a proteo dos monumentos naturais e construdos, em funo do potencial de lazer e turstico de alcance metropolitano, nacional e internacional; III - reestruturao dos centros de comrcio e servios da Tijuca e de Copacabana, com o estabelecimento de critrios para a utilizao dos espaos pblicos, assegurada a livre circulao de pedestres e a reduo da intensidade do transporte rodovirio no interior dos centros; IV - estruturao da faixa ao longo da linha do sistema metrovirio nos bairros do Catete, Flamengo, Botafogo e Tijuca, com o estmulo ocupao dos lotes remanescentes com equipamentos urbanos de uso coletivo;

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V - criao de condies de estacionamento compatveis com as caractersticas locais em todos os bairros; VI - racionalizao da circulao de veculos coletivos de passageiros e individual nos principais corredores, para reduo da poluio sonora e do ar; VII - implantao de sistema ciclovirio; VIII - prioridade para projetos e investimentos no trecho Tijuca, e suas adjacncias, do sistema Zona Norte de esgotamento sanitrio da Companhia Estadual de guas e Esgotos - CEDAE; IX - criao e delimitao das reas de crescimento limitado nos bairros de Copacabana, Flamengo e Laranjeiras; X - controle e fiscalizao da ocupao de encostas e vistas panormicas, visando preservao ambiental e paisagstica. Pargrafo nico - A rea de Planejamento 2 fica dividida em Subreas assim definidas: I - Subrea de Planejamento 2-A: a) IV Regio Administrativa - Botafogo; b) VI Regio Administrativa Lagoa. II - Subrea de Planejamento 2-B: a) V Regio Administrativa Copacabana. III - Subrea de Planejamento 2-C: a) VIII Regio Administrativa - Tijuca; b) IX Regio Administrativa - Vila Isabel; IV - Subrea de Planejamento 2-D: a) XXVII Regio Administrativa - Rocinha. Art. 66 - Integram o patrimnio paisagstico do Municpio, sujeitos proteo ambiental, as seguintes reas e bens localizados no territrio da rea de Planejamento 2: I - a orla martima, entre o Aeroporto Santos Dumont e a Praia da Gvea, em So Conrado, includos as faixas de areia, as formaes rochosas, as ilhas, as amuradas e os cais de atracamento existentes; II - O Macio da Tijuca;

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III - os Morros Azul, Cara de Co, Cochrane, Corcovado, da Babilnia, da Catacumba, da Formiga, da Saudade, da Urca, da Viva, de So Joo, do Cantagalo, do Leme, do Po de Acar, do Pasmado, do Urubu, Dona Marta, dos Cabritos, dos Macacos, Mundo Novo e Nova Cintra; IV - as Pedras Bonita, da Babilnia, da Gvea, do Arpoador e Dois Irmos; V - os Parques da Catacumba, da Chacrinha, da Cidade, do Flamengo, do Pasmado, Garota de Ipanema, Guinle e Laje; VI - o Parque Nacional da Tijuca; VII - o Jardim Botnico; VIII - a reserva florestal do Graja; IX - o Gvea Golfe Clube; X - os fortes de Copacabana, de So Joo e do Leme; XI - o arquiplago das Cagarras; XII - a Lagoa Rodrigo de Freitas, suas ilhas e as reas de seu entorno; XIII - outros conjuntos arquitetnicos e monumentos de valor cultural e paisagstico da rea. Pargrafo nico - Na hiptese de demolio de edificao situada no entorno do Morro da Viva, o Poder Pblico instituir servido de passagem para assegurar o acesso a esse bem natural e a sua contemplao. SEO IV DA REA DE PLANEJAMENTO III Art. 67 - As diretrizes de uso e ocupao do solo para a rea de Planejamento 3 so as seguintes: I - adensamento compatvel com a infra-estrutura existente nas reas de melhor padro urbanstico; II - manuteno das caractersticas de diversidade de usos, garantida a convivncia equilibrada dos usos residencial, comercial e de servios e industrial; III - fortalecimento dos centros de comrcio e de servios do Mier, Bonsucesso, Penha e Madureira, pelo estmulo ao crescimento das atividades comerciais e de servios nos bairros situados em seus respectivos entornos; IV - reestruturao dos espaos pblicos e racionalizao do sistema de transportes da rea da Grande Madureira, compabilizando-os com a vocao de centro metropolitano do bairro;

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V - localizao das atividades de maior porte nos centros de comrcio e servios e as atividades complementares ao uso residencial e pequenas indstrias nos principais corredores de ligao entre os referidos centros; VI - criao de reas verdes e espaos para recreao, esporte e lazer; VII - redefinio da utilizao das reas remanescentes de explorao mineral em processo de desativao, para criao de espaos de recreao e lazer; VIII - melhoria das condies dos espaos pblicos, dotando-os de arborizao equipamentos de uso coletivo, como telefones pblicos, caixas de correio e cestas de lixo, entre outros; IX - implantao prioritria da linha 2 do sistema metrovirio at a Pavuna e criao de linhas de nibus, integradas, circulando nos bairros adjacentes, com melhoria das condies operacionais do trecho em funcionamento; X - criao de rodovia para integrao do bairro de Cavalcanti a Madureira, Vaz Lobo, Turiau e Rocha Miranda, atravs da ligao das Ruas Laurindo Filho e Licurgo, passando pelo Morro do Dend, como alternativa para o desvio do fluxo de veculos do centro comercial de Madureira; XI - melhoria, ampliao e revitalizao das passagens de pedestres sobre as vias frreas; XII - construo e refazimento dos passeios ao longo dos muros das vias frreas, atravs da fiscalizao do cumprimento dessa obrigao legal pela concessionria dos transportes ferrovirios suburbanos; XIII - implantao de sistema ciclovirio; XIV - estmulo melhoria das condies operacionais do sistema ferrovirio suburbano e da qualidade das suas estaes; XV - ampliao do sistema de transporte hidrovirio pela Baa de Guanabara; XVI - controle da poluio do ar e da gua provocada pelas indstrias existentes e das que venham a se implantar e impedimento do trfego de veculos poluentes; XVII - prioridade para projetos e investimentos de drenagem na Baa de Guanabara; XVIII - prioridade para projetos e investimentos no sistema Zona Norte de esgotamento sanitrio da Companhia Estadual de guas e Esgotos - CEDAE; XIX - recuperao prioritria da Avenida Automvel Clube e das reas a ela adjacentes em toda a faixa lindeira linha 2 do sistema metrovirio; XX - integrao dos terminais rodovirios, metrovirio e ferrovirio da Pavuna com os diversos terminais da Baixada Fluminense, principalmente o de Nova Iguau, com a eliminao da passagem de nvel da Pavuna e o aumento da capacidade viria da Estrada do Rio do Pau;

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XXI - criao de unidade de conservao na rea do Instituto Oswaldo Cruz e na rea remanescente da Ilha dos Macacos, em Manguinhos, e nas Serras da Misericrdia e do Engenho Novo; XXII - a utilizao, pelos meios prprios de direito, das reas marginais s faixas de domnio da LIGHT vinculadas aos servios federais concedidos de energia eltrica, que, mediante autorizao formal do poder concedente, forem progressivamente desafetadas aquela concesso; XXIII - reestruturao e racionalizao do sistema virio, de circulao e de transporte pblico do bairro do Mier e adjacncias, com prioridades para a construo de terminal rodovirio urbano em rea central; XXIV - interligao dos bairros de Rocha Miranda e Colgio com os bairros de Vaz Lobo e Iraj pela adequao e aumento da capacidade viria das Ruas Carolina Amado, Caxambu e Lajeado, interligando a Avenida Monsenhor Flix, em Vaz Lobo, Estrada do Barro Vermelho; XXV - criao de via auxiliar ao escoamento do trfego de veculos da Avenida Ministro Edgard Romero, interligando as Ruas Andrade Figueira, Pescador Josimo e Bezerra de Menezes, at Avenida Vicente de Carvalho; XXVI - abertura de via de ligao da Rua Manoel Machado, em Vaz Lobo, com a rua Monsenhor Incio da Silva, em Turiau, com pavimentao adequada ao trfego de veculos no trecho sob o Morro do Sap. 1 - A rea de Planejamento 3 fica dividida em Subreas assim definidas: I - Subrea de Planejamento 3-A; a) X Regio Administrativa - Ramos; b) XI Regio Administrativa - Penha; c) XXX Regio Administrativa - Complexo da Mar; II - Subrea de Planejamento 3-B: a) XII Regio Administrativa - Inhama; b) XIII Regio Administrativa - Mier; c) XXVIII Regio Administrativa - Jacarezinho; d) XXIX Regio Administrativa - Complexo do Morro do Alemo; III - Subrea de Planejamento 3-C: a) XIV Regio Administrativa - Iraj;

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b) XV Regio Administrativa - Madureira; IV - Subrea de Planejamento 3-D: a) XX Regio Administrativa - Ilha do Governador; V - Subrea de Planejamento 3-E: a) XXII Regio Administrativa - Anchieta; b) XXV Regio Administrativa - Pavuna. 2 - O Poder Pblico elaborar e executar programa de recuperao urbana da rea compreendida por Acari, Coelho Neto, Barros Filho, Costa Barros, Pavuna e Anchieta, mediante: I - implantao do sistema de esgotamento sanitrio; II - relocalizao de moradias que ocupem as reas referidas no Art. 44, 1; III - pavimentao de logradouros, includos os de favelas e loteamentos irregulares; IV - desassoreamento de cursos d'gua e sua canalizao; V - manuteno da regularidade dos servios de coleta de lixo e limpeza pblica. 3 - VETADO. Art. 68 - Integram o patrimnio paisagstico do Municpio, sujeitos proteo ambiental, as seguintes reas e bens localizados no territrio da rea de Planejamento 3: I - a orla martima da Ilha do Governador, a Ilha do Fundo e da praia de Ramos; II - a Igreja da Penha e seu stio; III - a Fazendinha da Penha; IV - o Parque Ari Barroso; V - a encosta do Macio da Tijuca e da Serra do Engenho Novo; VI - o Vrzea Country Clube; VII - a Serra da Misericrdia; VIII - a Serra dos Pretos Forros;

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IX - a Igreja de So Jos, no Morro de So Jos, em Madureira; X - a Fazenda Capo do Bispo; XI - outros conjuntos arquitetnicos e monumentos de valor cultural e paisagstico da rea. SEO V DA REA DE PLANEJAMENTO 4 Art. 69 - As diretrizes de uso e ocupao do solo para a rea de Planejamento 3 so as seguintes: I - adensamento compatvel com a infra-estrutura existente nos bairros do Pechincha, Freguesia, Taquara, Tanque e Praa Seca; II incentivo localizao de atividades geradoras de emprego, para reduo dos deslocamentos, mediante o fortalecimento do centro de comrcio e servios Taquara-Tanque; III desestmulo ao parcelamento das reas ocupadas por stios e granjas nos bairros de Vargem Grande, vargem Pequena e Camorim; IV reviso, complementao e implementao do sistema virio projetado da Barra da Tijuca; V recuperao e preservao dos canais da Barra da Tijuca; VI criao de rea para estacionamento na regio Tanque-Taquara; VII implantao de sistema ciclovirio; VIII elaborao e xecuo de macroplano de drenagem e aterros para a Baixada de Jacarepagu, o qual dar prioridade desobstruo de canais de alimentao das lagoas da regio, mediante estudo e relatrio de impacto ambiental; IX reviso do estado de variao das lminas dagua das lagoas, para redefinio das cotas de aterros da regio da Baixada de Jacarepagu; X reviso dos critrios de ocupao da rea de baixada de Jacarepagu, includo o centro metropolitano, consideradas as caractersticas geolgicas; XI consolidao das reas destinadas ocupao industrial, inclusive dos plos de desenvolvimento industrial; XII criao de unidades de conservao na rea da Colnia Juliano Moreira e definio de parmetros de ocupao compatveis com a proteo da rea;

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XIII incentivo ao desenvolvimento de atividades tursticas, desportivas, culturais, de educao ambiental e de pesquisa e proteo da fauna, da flora e dos recursos naturais da regio; XIV - estmulo implantao de transporte sobre trilhos de alta capacidade para promover a integrao; XV elaborao de planos de recuperao e preservao ambiental do sistema lagunar da regio, compreendendo o controle e a fiscalizao da ocupao das margens das lagoas por edificaes e aterros irregulares e do lanamento de esgotos sanitrios e industriais sem tratamento ou com tratamento inadequado; XVI conteno do processo de ocupao desordenada da Baixada de jacarepagu, especialmente nas reas lindeiras s lagoas, canais canais e outros cursos dagua; XVII manuteno de sistema e medidas de carter permanente para inibir a ocupao desordenada de reas pblicas na Baixada de Jacarepagu, mediante a criao de programas de oferta de lotes urbanizados e construo de habitaes para a populao de baixa renda; XVIII planejamento integrado de infra-estrutura da baixada de Jacarepagu, com as instalaes aeroporturias ali existentes; Art. 70 - Integram o patrimnio paisagstico do Municpio, sujeitos proteo ambiental, as Seguintes reas localizadas na rea de Planejamento 4: I as lagoas de Camorim, Jacarepagu, Lagoinha, Marapendi e Tijuca, seus canais e suas faixas marginais; II o Parque Chico Mendes; III a orla martima da praia da Gvea, em So Conrado, at ponta da Praia Funda, includas as faixas de areia, as formaes rochosas e as ilhas; IV a Prainha; V o bairro de Grumari; VI os Macios da Pedra Branca e da Tijuca; VII as Pedras de Itana e do Catemba; VIII os Morros da Panela, do Bruno, do Camorim, do Cantagalo, do Outeiro, do Portela, do Rangel e do Urubu; IX Os Bosques da Barra e da Freguesia; X o Itanhang golfe Clube;

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XI a Restinga de Marapendi; XII o Parque Ecolgico da Barra da Tijuca, formado pelos Morros do Amorim e Cantagalo; XIII outros conjuntos arquitetnicos e monumentos de valor cultural e paisagstico da rea. SEO VI DA REA DE PLANEJAMENTO 5 Art. 71 - As diretrizes de uso e ocupao do solo para a rea de Planejamento 5 so as seguintes: I - definio de critrios de proteo das reas de atividades agrcolas, sobretudo de produo hortifrutigranjeira, agroindustriais e de pequena criao animal, sua delimitao e incentivo preservao dessa destinao, de modo a evitar a extenso da malha urbana; II - incentivo localizao de atividades geradoras de emprego, especialmente cooperativas com respectivos mercados ou feiras-livres, para reduo dos deslocamentos; III - estmulo ao desenvolvimento turstico e de lazer da regio, especialmente em Guaratiba, Sepetiba, Pedra de Guaratiba, Barra de Guaratiba e no Pico da Pedra Branca; IV - prioridade para ocupao urbana na faixa de territrio compreendida entre o lado mpar da Avenida Brasil e a linha ferroviria; V - desestmulo construo de conjuntos habitacionais de grande porte; VI - criao de faixas exclusivas para transporte de alta capacidade nos principais corredores virios, com inverso, quando possvel, das citadas faixas de trfego; VII - implantao de sistema ciclovirio; VIII - criao de plano de circulao viria para integrao dos bairros da Zona Oeste, inclusive ligando os bairros de Bangu e Campo Grande via Rio da Prata, atravs de tnel ou de outra via; IX - melhoria das passagens de pedestres e das ligaes virias sobre ou sob a linha frrea; X - restrio da ocupao intensiva do solo na macrozona de expanso urbana contgua s reas agrcolas, visando criao de reas de transio; XI - consolidao das reas destinadas ao uso industrial, com adoo obrigatria de medidas e equipamentos necessrios ao controle da poluio atmosfrica e o tratamento adequado dos efluentes industriais; XII - controle da explorao mineral, com o estabelecimento de parmetros compatveis com a proteo do meio ambiente, vetando-se a retirada de componentes geolgicos que impliquem eroso ou decomposio natural dos terrenos no Macio da Pedra Branca e outros bens naturais;

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XIII - fortalecimento dos centros de comrcio e servios, em especial os de Bangu, Campo Grande e Santa Cruz, pela concentrao de atividades e reestruturao dos espaos pblicos e racionalizao do sistema de transportes, inclusive nas reas da XVII e XIX Regies Administrativas; XIV - criao de reas pblicas de lazer, de mbito local e metropolitano; XV - criao do Parque Ecolgico do Mendanha, com construo de mirante para viso panormica da rea vulcnica secularmente desativada, ao lago e da cachoeira existente na regio; XVI - estabelecimento de parmetros de ocupao de transio das reas contguas aos grandes conjuntos habitacionais, para integr-los malha urbana, evitando-se o crescimento desordenado nas reas, atravs de projetos integrados entre o j urbanizado com os projetos ainda em estudo a serem executados, integrando-os com as respectivas reas; XVII - reflorestamento, manuteno e controle ecolgico do Macio da Pedra Branca; XVIII - impedimento implantao de programas de reassentamento das populaes de baixa renda e de construo de moradias populares em reas classificadas como macrozonas de restrio ocupao urbana, conforme definio do art. 41, 3, e naquelas desprovidas de saneamento bsico, equipamentos urbanos ou de sistema de transporte adequado; XIX - implantao de terminais rodovirios integrados ao Plano Municipal de Transportes; XX - estmulo e proteo s reas ocupadas por colnias pesqueiras e de pesca artesanal, visando preservao e desenvolvimento da atividade na regio e organizao de centros de comercializao direta ao consumidor, atravs da participao dos pescadores na elaborao, aprovao e administrao de programas de estmulo s atividades pesqueiras e nas decises relativas a tais atividades, incluindo a criao de entreposto em Sepetiba e Guaratiba; XXI - pavimentao das vias de escoamento da produo agrcola, e especialmente do trecho da Estrada da Reta do Rio Grande que liga Santa Cruz a Itagua, da Estrada do Mendanha e da Estrada do Guandu; XXII - melhoria das condies de acesso s comunidades interiores de Campo Grande, com a duplicao de suas vias axiais e especialmente: a) da Estrada do Pr; b) da Estrada do Mendanha, entre a Avenida Brasil e a Estrada das Capoeiras; c) da Estrada das Capoeiras, entre a Estrada do Mendanha e a Estrada do Rio A; XXIII - implantao de sinalizao vertical e horizontal de trnsito nas vias axiais da Zona Oeste e especialmente: a) na Estrada do Pr; b) na Estrada do Mendanha; c) na Estrada das Capoeiras;

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d) na Avenida Joo XXIII; e) na Estrada da Pedra; XXIV - prioridade na execuo de obras de drenagem na Baa de Sepetiba; XXV - intensificao do processo de reconhecimento definitivo ou provisrio de logradouros pblicos na Zona Oeste e afixao de placas com indicao de sua denominao; XXVI - implantao de central de abastecimento e comercializao de produtos hortifrutigranjeiros, preferencialmente em Campo Grande, com a ocupao dos boxes exclusivamente por produtores do Municpio; XXVII - prioridade para a construo de hospital pblico especializado em atendimento infantil, clnico e cirrgico e de hospital-geral com servios completos de ambulatrio e de emer-gncia; 1 - O Poder Executivo elaborar e executar projeto espacial de valorizao turstica da regio de Guaratiba, Sepetiba, Pedra de Guaratiba e Barra de Guaratiaba, o qual conciliar a implantao de servios e equipamentos urbanos, notadamente saneamento bsico, pavimentao de logradouros e implantao de iluminao pblica, com a preservao das caractersticas rsticas da regio; 2 - VETADO. Art. 72 - Integram o patrimnio paisagstico do Municpio, sujeitos proteo ambiental, as seguintes reas e bens localizados no territrio da rea de Planejamento 5: I - a orla martima, desde a Ponta da Praia Funda at o Rio da Guarda, includas as faixas de areia, os manguezais, as formaes rochosas e as ilhas; II - a Restinga de Marambaia; III - as ilhas da Pescaria, das Baleias, de Guaraquessaba, de Guaratiba, do Bom Jardim, do Cavado, do Frade, do Tatu, do Urubu, Nova, Surugua e Rasa; IV - a Reserva Biolgica e Arqueolgica de Guaratiba; V - o Macio da Pedra Branca; VI - as encostas das Serras da Capoeira Grande, da Grota Funda, da Pacincia, de Bangu, de Inhoaba, do Cantagalo, do Mendanha e do Quitungo; VII - o Campo dos Afonsos e o Morro da Estao; VIII - os Morros do Retiro, do Taquaral e dos Coqueiros, em Bangu; da Posse, das Paineiras, do Santssimo e So Luiz Bom, em Campo Grande; do Mirante, em Santa Cruz, e do Silvrio, em Pedra de Guaratiba;

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IX - a rea e a edificao do Matadouro de Santa Cruz; X - a Igreja de So Salvador do Mundo; XI - a rea da Fazenda Modelo, em Guaratiba; XII - a Igreja de So Pedro, em Senador Vasconcelos; XIII - a Fazendinha do Viegas, em Senador Camar; XIV - a Igreja de Nossa Senhora do Desterro, em Pedra de Guaratiba; XV - o conjunto arquitetnico da Fbrica Bangu e suas palmeiras, em Bangu; XVI - a Igreja de Nossa Senhora do Desterro, em Campo Grande; XVII - a Igreja de So Sebastio e Santa Ceclia e respectivo chafariz, localizada na Praa da F, em Bangu; XVIII - a rea do Stio Burle Marx; XIX - as edificaes e os outros conjuntos arquitetnicos e monumentos de valor cultural e paisagstico da rea. Captulo VI Dos Projetos de Estruturao Urbana Art. 73 - O Projeto de Estrutura Urbana definir o controle de uso e ocupao do solo e as aes da administrao para as Unidades Espaciais de Planejamento, observados os objetivos, princpios, diretrizes setoriais e por reas de Planejamento definidos nesta Lei Complementar, ouvidas as comunidades diretamente envolvidas. 1 - O Projeto de Estruturao Urbana trata da estruturao das Unidades Espaciais de Planejamento pela hierarquizao das vias, pela definio das intensidades de uso e ocupao e pela determinao de reas para equipamentos urbanos. 2 - Na elaborao do Projeto de Estruturao Urbana sero consideradas as principais questes urbansticas da Unidade Espacial de Planejamento e definidas propostas para o seu equacionamento. 3 - Para a elaborao do Projeto de Estruturao Urbana o Poder Executivo poder declarar e delimitar reas de Especial Interesse Urbanstico, s quais sero aplicadas normas transitrias de uso e ocupao do solo que a lei fixar. 4 - O Projeto de Estruturao Urbana ser institudo por lei e avaliado e revisto periodicamente, nos prazos fixados na lei que o instituir.

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Art. 74 - A lei do Projeto de Estruturao Urbana ter como contedo mnimo: I - a delimitao das Zonas e reas de Especial Interesse, definido os usos permitidos; II - a fixao de ndices de Aproveitamento do Terreno e seus parmetros urbansticos; III - a fixao de ndices e parmetros urbansticos para as edificaes, compreendendo, entre outros: a) altura mxima das edificaes; b) rea mnima til de unidade edificvel; c) taxa de ocupao; d) nmero mximo de pavimentos das edificaes; e) rea total edificvel, entre outros; IV - restries que incidam sobre as edificaes ou atividades existentes que no mais satisfaam as condies da Zona ou rea de Especial Interesse em que se situam; V - a relao dos bens tombados ou preservados, com suas respectivas reas de entorno; VI - o quadro de atividades relativo aos usos permitidos para as diversas zonas, nmero de vagas de garagem e a rea mnima destinada a recreao. Art. 75 - Na elaborao do Projeto de Estruturao Urbana sero considerados os pontos crticos relativos a eroso, desmatamento, inundao, poluio hdrica e do ar definidos por bacias hidrogrficas onde esto contidas as Unidades Espaciais de Planejamento. Art. 76 - O Projeto de Estruturao Urbana observar os ndices mximos de aproveitamento do terreno definidos para as Unidades Espaciais de Planejamento constantes do quadro do Anexo III. 1 - O Projeto de Estruturao Urbana poder adotar ndices diferenciados para cada Unidade Espacial de Planejamento, para atender as caractersticas de suas Zonas e reas de Especial Interesse. 2 - Nas reas de Especial Interesse Urbanstico podero ser adotados ndices de Aproveitamento do Terreno maiores que os definidos para as Unidades Espaciais de Planejamento citadas no caput, desde que: I - justificado o interesse coletivo nos termos do Relatrio de Impacto de Vizinhana, estabelecido pela Lei Orgnica; II - as alteraes desses ndices para maior sejam expressamente previstas e aprovadas por Lei.

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Art. 77 - So prioritrias para a elaborao dos Projetos de Estruturao Urbana as Unidades Espaciais de Planejamento onde ocorram reas sujeitas interveno ou onde os ndices de Aproveitamento do Terreno atuais tenham sido alterados conforme o Anexo VI. Pargrafo nico - A Zona Especial 5, na Baixada de Jacarepagu, prioritria para estudos ambientais e posterior alterao, por Lei, da ordenao urbanstica vigente, visando a compatibilizar o uso e a ocupao do solo com suas caractersticas geolgicas. Captulo VII Das reas de Crescimento Limitado Art. 78 - So consideradas reas de crescimento limitado as zonas supersaturadas do territrio municipal que: I - tenham ndices de densidade superiores a quinhentos habitantes por hectare; II - que por suas condies fsicas, urbansticas e ambientais sejam consideradas pelo Poder Pblico incompatveis com o aumento de suas densidades. Art. 79 - As reas de crescimento limitado sero definidas como rua, quadra ou bairro, em sua totalidade ou parcialmente. Art. 80 - Ser priorizada a elaborao de Projetos de Estruturao Urbana que compreendam reas de crescimento limitado. Captulo VIII Do Controle do Uso e da Ocupao do Solo SEO I DISPOSIES GERAIS Art. 81 - A legislao de controle do uso e ocupao do solo compreende: I - a Lei do Parcelamento do Solo; II - o Cdigo de Obras e Edificaes; III - o Cdigo de Licenciamento e Fiscalizao; IV - a Lei do Uso e Ocupao do Solo; V - leis ordinrias que disciplinem as matrias referidas nos incisos anteriores e seus respectivos regulamentos; VI - demais normas administrativas pertinentes. Art. 82 - O condomnio por unidades autnomas, nos termos do art. 8 da Lei Federal 4591, de 16 de dezembro de 1964, subordinar-se- legislao do controle do uso e ocupao do solo. SEO II DA LEI DE PARCELAMENTO DO SOLO URBANO

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Art. 83 - So modalidades de parcelamento do solo para fins urbanos o loteamento, o remembramento e o desmembramento, conforme definidos na legislao federal. Art. 84 - A lei estabelecer os seguintes parmetros urbansticos para o parcelamento do solo para fins urbanos, dentre outros: I - dimenses dos lotes; II - dimenses e caractersticas tcnicas dos logradouros, seu reconhecimento e arborizao; III - percentagem e caractersticas gerais das reas a serem destinadas a uso pblico; IV - reas no edificveis; V - normas de implantao das redes de servios pblicos no subsolo. Pargrafo nico - A determinao da percentagem das reas a serem destinadas ao uso pblico considerar a densidade demogrfica, prevista para o local e o tipo de uso do solo, no podendo a soma dessas reas ser inferior a trinta e cinco por cento da rea total da gleba, excetuados os loteamentos destinados ao uso industrial, cujo percentual poder ser inferior, nos termos da Lei Federal n 6766, de 19 de dezembro de 1979. Art. 85 - Os projetos de parcelamento ou remembramento devero conter os parmetros de uso e ocupao dos lotes resultantes. Art. 86 - Os projetos de parcelamento observaro as diretrizes a serem fixadas pelo Poder Executivo, definindo no mnimo o sistema virio principal, a percentagem e a localizao das reas destinadas ao uso pblico. 1 - VETADO. 2 - Nos projetos de loteamento, as vias de circulao obedecero disposio hierrquica, considerada suas caractersticas e funes, e sero integradas ao sistema virio existente ou projetado. Art. 87 - Os loteamentos podero ser executados com ou sem a comercializao dos lotes durante a realizao das obras de urbanizao. 1 - Na execuo do loteamento com comercializao dos lotes ser exigido cronograma fsicofinanceiro e garantia, mediante cauo de vinte por cento do total dos lotes, da implantao e concluso das obras. 2 - Na execuo de loteamento sem comercializao dos lotes, a certido de aprovao do projeto somente ser concedida aps constatada pelo Poder Pblico a execuo das obras exigidas pela legislao. Art. 88 - A lei estabelecer padres diferenciados de loteamentos para atendimento das diversas faixas de renda, observadas as diretrizes de uso e ocupao do solo. Art. 89 - No ser permitida a implantao de loteamento ou de grupamento de edificaes que impeam o livre acesso ao mar, s praias, aos rios e s lagoas ou fruio de qualquer outro bem pblico de uso comum da coletividade.

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Art. 90 - A aprovao do parcelamento fica condicionada ao requerimento e concesso de licena de execuo das obras. Art. 91 - A lei dispor sobre a regularizao de loteamento e a aprovao e regularizao das vilas. Art. 92 - Nas macrozonas de restrio ocupao urbana, o parcelamento do solo em reas destinadas atividade agrcola obedecer a critrios especficos fixados em lei. SEO III DO CDIGO DE OBRAS E EDIFICAES Art. 93 - O Cdigo de Obras e Edificaes dispor sobre as obras pblicas ou privadas de demolio, reforma, transformao de uso, modificao e construes. Art. 94 - A lei conter glossrio e disposies sobre as seguintes matrias, dentre outras: I - canteiro de obras; II - edificaes, conceituao e parmetros externos e internos para a sua construo; III - unidades, compartimentos e reas comuns das edificaes; IV - grupamentos de edificaes; V - adequao das edificaes ao seu uso por deficientes fsicos; VI - aproveitamento e conservao das edificaes tombadas e preservadas, observando a sua proteo e conservao. Art. 95 - A lei dispor sobre a reviso das normas vigentes para edificaes no que se refere a: I - dimensionamento das reas de estacionamento de veculos; II - exigibilidade de apartamento de zelador; III - exigibilidade de rea de recreao infantil e de pavimento de uso comum, que sero estabelecidos em funo do nmero de unidades das edificaes e a disponibilidade de reas para lazer na regio em que esto situadas; IV - dimensionamento das reas de circulao comum das edificaes; V - exigibilidade de elevadores; VI - dimensionamento dos compartimentos das edificaes destinadas ao uso residencial, comercial e de servios. 1 - As disposies sobre grupamentos de edificaes fixaro a rea mximo do terreno, ficando o Poder Executivo autorizado a estabelecer diretrizes para a implantao das vias, localizao das reas a serem transferidas ao Municpio e exigncia dos equipamentos urbanos, observada a densidade populacional projetada para o empreendimento e sua compatibilidade com o entorno. 2 - Os empreendedores ficam obrigados a adotar tcnicas preventivas e de controle para segurana momentnea e futura dos imveis lindeiros, na forma fixada em regulamento. SEO IV DO CDIGO DE LICENCIAMENTO E FISCALIZAO Art. 96 - Dependem de licena:

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I - a execuo de toda a obra de construo, reconstruo total ou parcial, modificao, acrscimo, reforma e conserto de edificaes em geral, marquises e muros, conteno do solo, drenagem; II - a abertura, regularizao, desvio, canalizao de valas ou cursos d'gua, perenes ou no; III - as canalizaes e lanamento de guas pluviais; IV - o parcelamento da terra, a abertura de logradouros e o remembramento; V - a demolio; VI - a movimentao de terra; VII - as obras de engenharia em geral; VIII - o uso e a modificao de uso das edificaes, a pintura e os pequenos consertos em prdios tombados, preservados ou tutelados localizados em unidades de conservao ambiental; IX - as obras pblicas executadas direta ou indiretamente; X - a explorao mineral do solo ou do subsolo; XI - o assentamento de mquinas, motores e equipamentos; XII - as obras, reformas ou modificao de uso em imveis situados em reas submetidas a regime de proteo ambiental, em rea tombada ou em vizinhana de bem tombado. 1 - No dependero de licena as obras e as atividades no relacionadas neste artigo, bem como as seguintes, dentre outras que a lei discriminar e que no interfiram com a segurana de terceiros e nem se projetem sobre rea de logradouro pblico, tais como: I - as pinturas e os pequenos consertos de prdios; II - a construo de galerias e caramanches, jardins e as pavimentaes a cu aberto; III - as instalaes de antenas e bombas elevatrias de gua; IV - as obras de reforma ou de modificao interna ou de fachada, sem acrscimo de rea que no implique alteraes das reas comuns das edificaes; V - a construo, restaurao e reforma de passeios. 2 - O disposto no 1 no se aplica a imveis sujeitos desapropriao parcial, a recuo ou investidura ou que estejam atingidos por rea ou faixa no edificvel. 3 - A lei dispor sobre o licenciamento de obras em imveis ou edificaes sujeitos desapropriao total ou parcial, a recuo e investidura, ou atingidos por reas ou faixas no edificveis. 4 - A execuo de obras pelo Poder Pblico federal, estadual e municipal est sujeita aprovao, licena e fiscalizao. 5 - As exploraes arqueolgicas esto sujeitas autorizao do rgo ou entidade federal competente para a expedio de sua licena. Art. 97 - A expedio da licena ser condicionada: I - ao atendimento no projeto de adequao do uso, dos ndices e parmetros urbansticos e edilcios; II - anlise do impacto no sistema virio e no meio ambiente; III - audincia dos rgos pblicos estaduais, municipais e federais, quando necessria. 1 - O incio das obras ser caracterizado pela execuo das fundaes, ficando o interessado obrigado a comunic-lo ao rgo fiscalizador.

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2 - O autor do projeto assumir, ante a Prefeitura e perante terceiros, a responsabilidade do cumprimento no projeto de todas as condies previstas no Cdigo de Obras e Edificaes. 3 - Caso se verifique o desrespeito s condies do Cdigo de Obras e Edificaes ser cancelada a licena e sero aplicadas sanes ao profissional. 4 - Os proprietrios e responsveis pela execuo da obra assumiro, quando da aceitao da obra ou concesso do habite-se, a responsabilidade de ter respeitado o projeto, durante sua execuo. 5 - O desrespeito ao projeto e ao Cdigo de Obras e Edificaes implicar o cancelamento da aceitao ou do habite-se e a aplicao de sanes ao proprietrio e ao profissional responsvel pela obra. Art. 98 - A responsabilidade pelos diferentes projetos, clculos e memrias relativos execuo de obras e instalaes caber sempre e exclusivamente aos profissionais que os assinarem. Art. 99 - O Cdigo de Licenciamento e Fiscalizao dispor sobre as normas reguladoras, a disciplina, as sanes e a obrigatoriedade de restaurao por danos causados por obras executadas em logradouros por empresas de servios pblicos, diretamente ou por meio de empreiteiras. SEO V DA FISCALIZAO Art. 100 - A lei dispor sobre a fiscalizao das obras e atividades previstas no art. 96 e seus pargrafos, bem como sobre a aplicao de sanes pelo descumprimento da legislao de controle de uso e de ocupao do solo e das normas e padres ambientais municipais, estaduais e federais. 1 - O Poder Executivo aplicar as sanes de interdio, embargo, demolio ou multa, na forma e valores disciplinados na regulamentao da lei. 2 - A multa ser calculada em funo do valor da obra ou instalaes, e sua aplicao ser peridica, sucessiva e cumulativa, enquanto persistir a irregularidade. 3 - O pagamento da multa no implicar a cessao das irregularidades, e sua correo no dispensar o pagamento da multa. Art. 101 - Os danos ao patrimnio pblico, a usurpao ou invaso de vias ou servides pblicas, bem como das galerias e cursos d'guas, perenes ou no, ainda que situados em terrenos de propriedade particular, estaro sujeitos fiscalizao e aplicao de sanes, na forma prevista na lei. Art. 102 - O Municpio poder, a qualquer tempo, realizar vistoria administrativa, para apurao de responsabilidades, constatao de irregularidades ou para, preventivamente, determinar providncias para eliminao de risco ou ameaa integridade fsica de pessoas ou bens. 1 - O Municpio poder tomar as providncias necessrias eliminao do risco ou ameaa, inscrevendo em dvida ativa o total dos custos da sua interveno. 2 - O responsvel pelo risco ou ameaa no poder obter licena para quaisquer outras obras enquanto no tomar as providncias necessrias eliminao do risco e quitar a sua dvida.

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Art. 103 - O Municpio poder assumir e executar obras, retomar posse, demolir ou tomar qualquer providncia para a preservao da segurana e do patrimnio pblico, em situaes de emergncia, independentemente de prvio processo administrativo ou de autorizao judicial. Pargrafo nico - O disposto neste artigo no afasta a responsabilidade civil daqueles que causarem danos a terceiros. Art. 104 - A lei dispor sobre a fiscalizao em reas de Especial Interesse Social, com a cooperao da comunidade. SEO VI DA LEI DE USO E OCUPAO DO SOLO Art. 105 - Para controle do uso e ocupao do solo, o Municpio ser dividido em Zonas, que podero conter, no todo ou em parte, reas de Especial Interesse. 1 - Zona o espao da cidade perfeitamente delimitado por suas caractersticas ambientais, para o qual sero previstos controles de densidade demogrfica e de limites de construo e a intensidade dos diversos usos e atividades econmicas, sociais e culturais. 2 - As Zonas no sero sobrepostas e abrangero a totalidade do territrio municipal. 3 - reas de Especial Interesse, permamentes ou transitrias, so espaos da Cidade perfeitamente delimitados sobrepostos em uma ou mais Zonas, que sero submetidos a regime urbanstico especfico, relativo a formas de controle que prevalecero sobre os controles definidos para a Zona ou as Zonas que as contm. 4 - Ser garantida a participao popular na delimitao de reas de Especial Interesse, atravs de audincias pblicas com a populao local. Art. 106 - As Zonas tero as seguintes denominaes e conceitos: I - Zona Residencial aquela onde prevalece o uso para moradias unifamiliares ou multifamiliares e as atividades de apoio ou complementariedade a esse uso, compatveis entre si; II - Zona Industrial aquela onde prevalece a existncia de indstrias e de atividades correlatas do setor secundrio e inclui aquelas de seu apoio, viabilidade e complementao, compatveis entre si; III - Zona Comercial e de Servios aquela onde prevalece as atividades comerciais e de prestao de servios, classificadas de acordo com as intensidades dessas atividades, admitida a incidncia de uso residencial e de atividades econmicas ligadas aos setores primrio e secundrio; IV - Zona de Uso Misto aquela onde as atividades residenciais, comerciais, de servios e industriais, compatveis entre si, coexistem, sem a predominncia de qualquer dessas atividades; V - Zona de Conservao Ambiental aquela que apresenta caractersticas ambientais e paisagsticas relevantes para a proteo; VI - Zona Agrcola aquela onde prevalece atividades agrcolas e de criao animal e aquela de apoio e complementao compatveis entre si. Pargrafo nico - As Zonas Industriais sero classificadas em:

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I - Zonas de Uso Estritamente Industrial - ZEI; II - Zonas de Uso Predominantemente Industrial - ZUPI. Art. 107 - Cada rea de Especial Interesse receber apenas uma das seguintes denominaes e conceitos: I - rea de Especial Interesse Urbanstico, destinada a projetos especficos de estruturao ou reestruturao, renovao e revitalizao urbana; II - rea de Especial Interesse Social, a que apresenta terrenos no utilizados ou subutilizados e considerados necessrios implantao de programas habitacionais de baixa renda ou, ainda, aquelas ocupadas por favelas, loteamentos irregulares e conjuntos habitacionais, destinadas a programas especficos de urbanizao e regularizao fundiria; III - rea de Especial Interesse Ambiental, aquela destinada criao de Unidade de Conservao Ambiental, visando proteo do meio ambiente natural e cultural; IV - rea de Especial Interesse Turstico, aquela com potencial turstico e para qual se faam necessrios investimentos e intervenes visando o desenvolvimento da atividade turstica; V - rea de Especial Interesse Funcional, aquela caracterizada por atividades de prestao de servios e de interesse pblico que exija regime urbanstico especfico. SEO VII DOS CONTROLES Art. 108 - A ocupao das Zonas e reas de Especial Interesse ser controlada pela definio de densidades demogrficas e prediais especficas. 1 - Os controles sero exercidos por meio da determinao de ndices e parmetros urbansticos. 2 - ndice urbanstico a relao mensurvel entre o solo e seu aproveitamento edificvel, condicionado a usos especficos, a condies ambientais e a infra-estrutura de transportes e saneamento bsico. 3 - Os ndices urbansticos so identificados pelos seguintes parmetros: I - para terrenos: a) dimenses do lote (testadas, divisas e reas); b) recuos, investiduras e limites de profundidade; c) nmero de edificaes e de unidades habitveis no lote; II - para edificaes: a) afastamento das edificaes e entre as edificaes; b) nvel de implantao das edificaes (cota de soleira); c) altura mxima das edificaes e/ou nmero mximo de pavimentos (gabarito); d) rea Total das Edificaes - ATE, para determinao da rea mxima de construo das edificaes, a ser definida pelo valor resultante apurado da multiplicao do ndice de Aproveitamento do Terreno estabelecido para o local pela rea do terreno; e) taxa de ocupao; f) dimenses mximas da projeo das edificaes;

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g) prismas de iluminao e ventilao; h) rea mnima da unidade edificvel e nmero, dimenses e reas mnimas dos compartimentos internos da edificao; i) nmero de vagas para estacionamento de veculos; j) tipologia das edificaes; l) limite de implantao das edificaes, decorrentes das caractersticas dimensionais, geolgicas e de relevo do terreno; m) faixas no edificveis; III - para logradouros: a) dimenses; b) especificaes fsicas, construtivas e de lanamento; c) perfis longitudinais; d) destinao geral e especificao de faixas de uso; e) alinhamento. Art. 109 - Os usos sero controlados mediante a adoo da seguinte classificao: I - uso adequado; II - uso adequado com restries quanto ao porte ou s caractersticas das edificaes, ou sujeito adoo de medidas redutoras de impacto; III - uso inadequado; IV - uso vedado. Pargrafo nico - facultado ao Poder Executivo, mediante lei, ouvido, ainda, o Conselho Municipal de Poltica Urbana, conceder, na forma e nos casos de interesse pblico previstos na forma da lei, licena especial para edificao e uso do solo urbano. Art. 110 - As obras de qualquer natureza ou finalidade somente sero licenciadas aps verificada a adequao do uso previsto para a Zona ou rea de Especial Interesse em que sero executadas. Ttulo VII Das Polticas Setoriais Art. 111 - Os objetivos, as diretrizes, os instrumentos e os programas para a execuo das polticas setoriais do meio ambiente e valorizao do patrimnio cultural, habitao, transportes, servios pblicos e equipamentos urbanos, desenvolvimento econmico, cientfico e tecnolgico e administrao do patrimnio imobilirio do Municpio observaro estes princpios: I - participao da comunidade na elaborao, execuo e fiscalizao das polticas setoriais; II - divulgao de dados e informaes sobre os diversos assuntos relacionados s polticas setoriais; III - integrao das aes dos rgos e entidades municipais, estaduais e federais, atravs do sistema municipal de planejamento urbano; IV - cooperao com as entidades afins das outras esferas de governo e com os Municpios da Regio Metropolitana do Rio de Janeiro. Captulo I

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Da Poltica de Meio Ambiente e Valorizao do Patrimnio Cultural SEO I DISPOSIES GERAIS Art. 112 - A poltica de meio ambiente de valorizao do patrimnio cultural do Municpio visa proteo, recuperao e conservao da memria construda da Cidade, suas paisagens e seus recursos naturais, na realizao dos seguintes objetivos: I - garantia de integridade do patrimnio ecolgico, gentico, paisagstico e cultural do Municpio; II - utilizao racional dos recursos naturais e culturais; III - incorporao da proteo do patrimnio cultural e paisagstico ao processo permanente de planejamento e ordenao do territrio; IV - aplicao de instrumentos normativos, administrativos e financeiros para viabilizar a gesto do meio ambiente natural e cultural; V - conscientizao da populao quanto aos valores ambientais, naturais e culturais e necessidade de sua proteo e recuperao; VI - impedimento ou controle do financiamento e da implantao ou ampliao de construes ou atividades que comportem risco efetivo ou potencial de dano qualidade de vida e ao meio ambiente natural e cultural; VII - impedimento ou restrio da ocupao urbana em reas frgeis de baixadas e de encostas, imprprias urbanizao, bem como em reas de notvel valor pai