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E SCOLA EB 2º E 3º C ICLOS D.A FONSO IV C ONDE DE O URÉM L ÍNGUA P ORTUGUESA - A NO L ECTIVO 2008/2009 G UIÃO DE L EITURA DO CONTO A H ISTÓRIA DA B ALEIA DE A NTÓNIO S ÉRGIO N OME : _____________________________ N.º: ____ T URMA : ______

Leitura Orientada História da Baleia

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Page 1: Leitura Orientada História da Baleia

ESCOLA EB 2º E 3º CICLOS D.AFONSO IV CONDE DE OURÉM

LÍNGUA PORTUGUESA - ANO LECTIVO 2008/2009

GUIÃO DE LEITURA DO CONTO

A HISTÓRIA DA BALEIA

DE

ANTÓNIO SÉRGIO

NOME: _____________________________ N.º: ____ TURMA: ______

“A História da Baleia” de António Sérgio faz parte de uma colectânea de textos do autor denominada “Na Terra e no Mar”.

Aqui estão algumas notas biográficas sobre o autor deste

texto:

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ANTÓNIO SÉRGIO

Nasceu na cidade de Damão (ex-Índia Portuguesa), a 3 de Setembro de 1883 e faleceu a 24 de Janeiro de 1968. Filho do almirante Sérgio de Sousa (visconde), viveu a sua infância na Índia e em África. Fez os seus estudos no Colégio Militar, em Lisboa, continuando-os na Academia Naval, donde saiu para seguir a carreira de oficial da marinha que abandonou após a proclamação da República.

Fundou e dirigiu a revista Pela Grei em 1918 e colaborou em várias revistas, entre as quais Vida Portuguesa, Atlântida e Seara Nova. Foi Ministro da Instrução em 1923 e fundou o Instituto de Oncologia. Em 1936, dedicou-se ao ensino e participou na elaboração da Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira.

António Sérgio foi ensaísta, crítico social e literário, pedagogo, historiador, político e filósofo.

Algumas das suas obras mais importantes são: O Desejado; História de Portugal; Democracia; Ensaios.

Completa agora a FICHA BIOGRÁFICA do autor.

Nome: ___________________________________________________________

Local de nascimento: ______________________________________________

Data de nascimento: _______________________________________________

Data de falecimento: _______________________________________________

Bibliografia: ______________________________________________________

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A História da Baleia

Há muito, muito, muito tempo, vivia no mar a baleia,

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que comia peixes. Ainda ela, nesse tempo, podia comer peixes. Comia sardinhas e tainhas, gorazes e roazes, bugios e safios, pescadas e douradas, bacalhaus e carapaus.

Todos os peixes que ia encontrando deitava-lhes a boca – ão! Por fim, só havia no mar um salmonete vermelhete, que nadava sempre atrás da orelha esquerda da baleia, para ela não lhe fazer mal. Um dia, a baleia pôs-se a pensar, muito séria, e disse assim:

— Tenho fome!E o salmonete vermelhete, com a sua voz muito agudita,

disse à baleia:— Nobre e generoso Cetáceo: já experimentou comer

homens?— Não — respondeu a baleia. — A que sabe? Como é?— Bom, mas traquinas — respondeu o salmonete

vermelhete.— Então, vai-me buscar três dúzias deles — ordenou a

baleia.— Basta um de cada vez — disse o salmonete

vermelhete. — Se for à latitude 60 graus norte e longitude 40 graus oeste (isto, amigos, são umas palavrinhas mágicas que o salmonete lá sabia), encontrará uma jangada feita de tábuas, e sobre a jangada um marinheiro náufrago, com calças de ganga azul, uma faca de ponta aguda e suspensórios encarnados (não se esqueçam dos suspensórios!). O marinheiro, devo dizer-lhe, é arguto, astuto e resoluto. A baleia, então, foi aonde lhe disse o salmonete vermelhete, e encontrou a jangada e o marinheiro. Aproximou-se, abriu a bocarra imensa e engoliu a jangada e o marinheiro, com as calças de ganga azul, com a faca de ponta aguda e com os suspensórios encarnados (nunca se esqueçam dos suspensórios!). E assim a baleia arrecadou tudo na despensa escura, quentinha e fofazinha, que tinha lá dentro do seu corpanzão. E como gostou, deu três estalos com a língua e três voltas sobre a cauda, levantando muita espuma. O marinheiro (que era arguto, astuto e resoluto), mal se viu dentro da baleia, na despensa escura, quentinha e fofazinha, pulou, saltou, rebolou, cambaleou, espinoteou, dançou, sapateou, fandangueou, esperneou, gritou, berrou, cantou, estrondeou, tanto, tanto, tanto, que a baleia se sentiu com enjoos, engulhos e soluços (já se esqueceram dos suspensórios?). E disse a baleia ao salmonete vermelhete: — O teu homem é muito traquinas, e dá-me engulhos. Que hei-

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-de eu fazer? — Diga-lhe que saia cá para fora — respondeu o salmonete vermelhete. E a baleia gritou pela garganta abaixo: — Saia cá para fora, homenzinho, e veja se tem juízo! — Isso é que eu não saio — respondeu o homem. — Leve-me primeiro para a minha terra e depois veremos o que se poderá fazer. E pôs-se outra vez a saltar, a pular, a espinotear e a rebolar. — O melhor é levá-lo para casa — aconselhou o salmonete vermelhete. — Eu já tinha prevenido a senhora baleia de que o marinheiro era arguto, astuto e resoluto. E a baleia nadou, nadou, nadou, dando à cauda e às barbatanas, mas sempre com soluços e muito enjoada. Quando avistou a terra do marinheiro, nadou para a praia, pôs a boca sobre a areia, abriu-a muito e disse: — Cá chegámos à sua terra! O marinheiro, que era na verdade arguto, astuto e resoluto, tinham durante a viagem puxado da sua faca de ponta aguda e cortado as tábuas da jangada em fasquiazinhas muito estreitas, que ligou muito bem com tiras dos suspensórios (bem lhe dizia eu que não se esquecessem dos suspensórios!) e fez com elas uma grade que empurrou, ao sair, contra a garganta da baleia. E, deixando a grade bem presa na garganta da baleia, saltou para terra e foi ter com a mãe, com a qual viveu muito contente. A baleia foi-se embora também muito contente, assim como o salmonete vermelhete; mas a grade é que nunca mais saiu da garganta da baleia. E por isso é que a baleia nunca mais pôde comer homens, nem meninos, nem peixes — nem sardinhas nem tainhas, nem gorazes nem roazes, nem bugios nem safios, nem pescadas nem douradas —, porque os peixes não podem passar pelas grades da garganta, mas só bichinhos pequeninos como, por exemplo, as pulgas do mar. Pouco depois, o marinheiro casou e viveu muito feliz; tinha em casa as calças de ganga azul e a navalha de ponta aguda; mas não tinha os suspensórios, porque esses ficaram a atar a grade, muito apertada, que só deixa passar bichinhos pequeninos — como as pulguinhas do mar — na garganta da baleia.

António Sérgio, Na Terra e no Mar,Livraria Sá da Costa Editora

GUIÃO DE LEITURA

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A partir da leitura do conto “A História da Baleia”, responde às questões que te são colocadas.

(da linha 1 à 9) 1. Descobre, na sopa de letras, o nome dos 10 peixes que a baleia comia. Pinta a azul as palavras na vertical e a vermelho as palavras na horizontal.

I P T E D T I S C V

A P E S C A D A S P

L E R T S I C R M B

D O S D G N H D J A

O R I P G H L I V C

U T U M R A S N N A

R O A Z E S B H T L

A T J P O L M A M H

D G O R A Z E S U A

A S A E R T B V U U

S V C A R A P A U S

T U L M G S E A T P

P S A F I O S R E C

L I J M T R D R V N

E C V B U G I O S M

2. Completa:Tanto comeu a baleia que só sobrou um _______________________________ _______________________________ .

3. Para se defender da baleia, onde se escondia aquele peixe?

__________________________________________________________________

4. Indica o que sentia a baleia, escrevendo em cada quadrado a letra inicial de cada desenho.

( ( ( ( ( ( ( ( (

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(da linha 10 a 22)5. O peixe, então, disse à baleia que ela devia comer _____________ .

6. Decifra o código para descobrir o que a baleia pediu ao salmonete.

( T A - B R

E D Z S

7. De acordo com a informação do salmonete, diz o que é que a baleia iria encontrar na latitude 60 graus norte e longitude 40 graus oeste.

A baleia iria encontrar um homem e uma _____________________ .

8. Descreve o marinheiro preenchendo os espaços em branco.

O _____________________ …

___________________ de ______________ ______________

… tinha ___________________ de ______________ ______________

___________________ ___________________

… e era ___________________ , ___________________ e

___________________ .

(da linha 23 a 50)9. Preenche os espaços em branco, fazendo corresponder a cada desenho uma palavra.

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A ___________________ dirigiu-se para o local

que o salmonete vermelhete lhe indicara e encontrou a

_________________ e o homem. Quando lá chegou, abriu a

_________________ e engoliu a

_________________ e o homem com as ____________,

com a _________________ e com os

_________________.

10. A baleia gostou de ter engolido o homem. Ordena a frase que o comprova.

__________________________________________________________________

__________________________________________________________________

11. Diz o que fez o homem mal se viu dentro da baleia.

1. B_________________ 5. E_________________ 9. G_________________

2. C_________________ 6. E_________________ 10.

P_________________

3. C_________________ 7. E_________________ 11.

R_________________

4. D_________________ 8. F_________________ 12.

S_________________13.

S_________________

E como gostou,

levantando muita espuma.

deu três estalos com a língua

e três voltas sobre a cauda,

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12. Como se sentiu a baleia com tanto movimento? Para o descobrires, completa a frase com as palavras propostas (ENGULHOS, ENJOOS, SUA, SOLUÇOS, TERRA, SALMONETE, CASA).

A baleia sentiu-se com ____________________,

____________________ e ____________________. Ela queria que o

marinheiro saísse, mas ele disse que só o faria se ela o levasse

para a ____________ ____________________. O ____________________

aconselhou a baleia a levar o homem para a sua

____________________ como ele pedira.

(da linha 51 a 61)

13. Risca as letras Q, Z e J para saberes o que aconteceu de

seguida.

QAZBALEIAJNADOU,QNADOU,JNADOU,ZDANDOJÀQCAUDAZEZJÀSZBARBATANA

S.

____________________________________________________________________

____________________________________________________________________

14. Finalmente chegaram à terra do marinheiro. O que resolveu fazer o marinheiro para a baleia não o comer?

Resolveu fazer uma grade para ajudar a baleia a pescar.

Resolveu fazer uma grade que prendeu à garganta da baleia.

Resolveu fazer uma grade para prender a baleia.

15. Faz um desenho que ilustre como ficou a grade na garganta

da baleia.

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(da linha 62 até ao fim)

16. Quando o marinheiro regressou a terra, com quem viveu ele muito contente. Descobre-o decifrando o enigma.

— O + E = ________________________

17. A baleia e o salmonete vermelhete foram-se embora. Como se sentiam eles? Descobre-o decifrando o seguinte enigma.

— CHA + — DA + — DEN = _________________

18. Descobre o final da história fazendo a correspondência entre os elementos da coluna A e os da coluna B.

A BA grade … nunca mais pôde comer nem homens, nem

peixes.

A baleia … casou e viveu muito feliz.

O marinheiro … nunca mais saiu da garganta da baleia.

18.1. Copia agora as frases que formaste no exercício anterior.

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Apreciação global:

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Professor: _____________________ Enc. de Educação:

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