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LEMBRETES GRAMATICAIS E QUESTÕES PGE-2009 Profa. Irene Katter Hack Tavares [email protected]

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LEMBRETES GRAMATICAIS

E QUESTÕES

PGE-2009

Profa. Irene Katter Hack Tavares [email protected]

ÍNDICE

NOÇÕES DE FONÉTICA.......................................................................... 2

SIGNIFICAÇÃO DE PALAVRAS............................................................... 3

USO DOS PORQUÊS................................................................................ 3

USO DO HÍFEN ..................................................................................... 3

ESTRUTURA E FORMAÇÃO DE PALAVRAS........................................ 4

ACENTUAÇÃO GRÁFICA....................................................................... 6

QUADRO DE CLASSES DE PALAVRAS................................................ 7

EMPREGO DOS PRONOMES DEMONSTRATIVOS............................... 8

COLOCAÇÃO DOS PRONOMES OBLÍQUOS ...................................... 8

FORMAS DE TRATAMENTO.................................................................. 9

USO DOS TEMPOS E MODOS VERBAIS ............................................ 10

CONCORDÂNCIA NOMINAL................................................................ 12

CONCORDÂNCIA VERBAL.................................................................. 13

USO DA CRASE .................................................................................. 15

REGÊNCIA VERBO-NOMINAL ........................................................ 18

VOZES VERBAIS .............................................................................. 20

COORDENAÇÃO E SUBORDINAÇÃO............................................... 21

USO DOS SINAIS DE PONTUAÇÃO................................................... 25

DEFEITOS DE TEXTO.......................................................................... 27

1) NOÇÕES DE FONÉTICA

FONÉTICA é a parte da gramática que estuda os sons da fala cujas menores unidades sonoras são chamadas fonemas. Segundo Domingos Paschoal Cegalla, são os fonemas, sons que, articulados e combinados, formam as sílabas e a teia de frase na comunicação verbal.

Assim, vamos esclarecer algumas diferenças na área da fonética. FONEMA: é todo som da língua capaz de estabelecer distinção de significado entre as palavras. Ex.: Fato, Mato, Tato.

LETRA : é representação gráfica dos fonemas. Portanto fonema não se confunde com letra. Ex.: eXato, Zebra, meSa = três letras para representar o fonema /z/. Como fonema é o que se ouve e letra é o que se escreve, observa-se que: a) pode haver número igual de fonemas e letras numa palavra. Ex.: casa – 4 letras / 4 fonemas escrita – 7 letras / 7 fonemas b) pode haver número maior de letras do que de fonemas. Ex.: excesso – 7 letras / 5 fonemas embora – 6 letras / 5 fonemas importante – 10 letras/ 8 fonemas c) pode haver número menor de letras do que de fonemas.

Ex.: tóxico – 6 letras / 7 fonemas táxi – 4 letras / 5 fonemas Pode, também, ocorrer que um fonema esteja representado por várias letras ou, ao contrário, uma letra possa representar fonemas diferentes. Ex.: aGir , Jato = letras G e J para o mesmo fonema. Chave, enXame = CH e X para o mesmo fonema. GaraGem = na mesma palavra, a mesma letra representa dois fonemas diferentes. CLASSIFICAÇÃO DOS FONEMAS: De acordo com o modo de produção no aparelho fonador, os fonemas da língua portuguesa classificam-se em vogais, semivogais e consoantes.

a) VOGAL : é o “ fonema produzido pelo ar que, expelido dos pulmões, faz vibrar as cordas e não encontra nenhum

obstáculo na sua passagem pelo aparelho fonador”. Em português, toda sílaba tem necessariamente uma e só uma vogal. Já as consoantes são fonemas que só aparecem na sílaba acompanhados de vogal.

b) SEMIVOGAL : é “ o nome que se dá ao fonema [ y ] e ao fonema [ w ] quando, juntos de uma vogal, formam com ela

uma só sílaba”.

c) CONSOANTE : é “ o fonema produzido graças aos obstáculos que impedem a livre passagem da corrente expiratória”.

ENCONTROS VOCÁLICOS, ENCONTROS CONSONANTAIS E DÍGRAFOS:

a) ENCONTROS VOCÁLICOS:

Vogais e semivogais podem aparecer juntas em determinadas palavras, formando o que chamamos de encontros vocálicos que são:

DITONGO – É o grupo formado por uma semivogal + um vogal ou vice-versa na mesma sílaba. Ex.: baile, pais,Deus.

TRITONGO – É o grupo formado por semivogal + voga l+ semivogal na mesma sílaba.

Ex.: Uruguai , averigüei, iguais.

HIATO – É o grupo formado por vogal + vogal que ficam em sílabas separadas.

Ex.: coelho, saúde,vêem.

b) ENCONTROS CONSONANTAIS:

É a seqüência de duas ou mais consoantes numa mesma palavra. Podem ser inseparáveis como BR, TR, CR,CL,DR,FL,FR, entre outros, e separáveis como BS, CC, DV, GN, RS,entre outros. Ex.: trabalho, clamar , drama, flamante, frase, absinto, secção, advogado, arsênico.

c) DÍGRAFOS:

É o conjunto de duas letras que servem para indicar um só fonema. São dígrafos: CH, LH, NH, GU, QU ( não se separam), SS, RR, SC, SC, XC( separam-se). Ex.: achei, lhama, vinhedo, guerra, ascensão, exceder. São também considerados dígrafos: vogais + M ou N na mesma sílaba.

Ex.: IMportANte, ANtes. 2

2) SIGNIFICAÇÃO DAS PALAVRAS Quanto ao significado que as palavras assumem dentro de um contexto, podemos dizer que são:

SINÔNIMAS – são aquelas que têm sentido igual ou aproximado. Ex.: alvo – branco; agora – neste instante; talvez –quiçá

ANTÔNIMAS – são palavras de significação oposta. Ex.: bem-mal; claro-escuro; legível-ilegível.

HOMÔNIMAS – são palavras que têm a mesma pronúncia e a mesma grafia. Ex.: pêlo – pelo; pára – para; pôr - por.

HOMÓGRAFAS – as palavras iguais na escrita e diferentes no timbre. Ex.: sábia – sabia – sabiá

HOMÓFONAS – as palavras iguais na pronúncia e diferentes na escrita. Ex.: buxo – bucho ; sessão – seção – cessão.

PARÔNIMAS – são palavras semelhantes na escrita e pronúncia. Ex.: eminente – iminente; cumprimento – comprimento.

HIPERÔNIMAS – palavra de sentido mais genérico em relação a outro de sentido mais específico. Ex.: assento é hiperônimo de cadeira; flor é hiperônimo de rosa, cravo.

DENOTATIVAS – palavras usadas no sentido real. Ex.: A batalha naval travada entre os países europeus destruiu vidas e patrimônio.

CONOTATIVAS – palavras usadas em sentido figurado. Ex.: Joguei batalha naval com meus amigos.

3) USO DOS PORQUÊS

Existem quatro formas de se escrever um porquê: 1) PORQUE ( junto e sem acento) – equivale a visto que, por causa de, pois e introduz uma causa ou explicação.

Isso significa que poderá aparecer numa estrutura que encerre com ponto de interrogação. Ex.: Saiu mais cedo, porque estava cansado. Será que saiu mais cedo porque estava precisando dormir mais um pouco?

2) PORQUÊ ( junto e com acento) – equivale a O motivo, A causa. Está substantivado, por isso aparece na frase

antecedido de um determinante como pronomes adjetivos, artigos, numerais ou adjetivos. Ex.: Não sei OS porquês de ele ter saído mais cedo.

Deves esclarecer estes porquês enumerados abaixo que justificam tuas faltas.

3) POR QUE ( separado e sem acento) – equivale a por qual motivo ou pelo qual e suas flexões.

Ex.: Por que não vieste mais cedo? Perguntou por que não viera mais cedo. 4) POR QUÊ ( separado e com acento) – equivale a por qual motivo ou pelo qual e suas flexões, entretanto só pode

ser usado em final de frase. Ex.: Saiu e não explicou por quê.

4) USO DO HÍFEN:

USA-SE O HÍFEN : 1) com palavras compostas em que os elementos que as constituem mantêm sua tonicidade própria, porém cuja reunião

resulta num novo e único conjunto de sentido. Ex.: redator-chefe, salário - família, beija-flor. 2) nos vocábulos compostos cujo primeiro elemento é uma forma reduzida. Ex.: verbo-nominal, sócio-econômico. 3) nos adjetivos gentílicos derivados de topônimos compostos. Ex.: Porto Alegre - porto-alegrense Rio Grande do Sul - sul-rio-grandense Porto Rico - porto-riquenho 4) nos compostos cujo segundo elemento é o adjetivo GERAL, quando indicam cargo ou função e o lugar de trabalho. Ex.: tesouraria - geral / tesoureiro - geral secretaria - geral/ secretário - geral

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O HÍFEN COM PREFIXOS E ELEMENTOS DE COMPOSIÇÃO: 1) Se o prefixo terminar por A ou O e a palavra seguinte iniciar por H, R, S, VOGAL: Ex.: infrA - Estrutura, neO - Republicano, pseudO - Herói. 2) Se o prefixo terminar por E ou I e a palavra seguinte iniciar por H, R, S. Ex.: arquI - Rabino, antE – Sala ATENÇÃO! O prefixo ENTRE exige hífen somente com palavras iniciadas por H. O prefixo SEMI exige hífen com palavras iniciadas por H, R, S, VOGAL. 3) Se o prefixo terminar em R (super, inter, hiper) e a palavra seguinte iniciar por H, R.

Ex.: supeR - Homem, inteR - racial. 4) Se o prefixo terminar por N (pan) ou L (mal) e a palavra seguinte iniciar por H e VOGAL.

Ex.: paN-Americano, maL-Humorado. ATENÇÃO! O prefixo CIRCUM segue a orientação dos prefixos em N e L. 5) Se o prefixo terminar por B ou D e a palavra seguinte iniciar por R.

Ex.: suB- Reptício, aD-Rogar ATENÇÃO! Por motivos fonéticos, SUB exige hífen com palavras iniciadas por B. 6) SEMPRE com hífen, os prefixos: ex , vice, além, aquém, recém, e pró, pré, pós tônicos.

Ex.: ex- aluno, vice- coordenador, pré- natal. 7) Com o prefixo BEM, usa-se o hífen , se a palavra seguinte possuir existência autônoma ou quando a pronúncia o

requerer. Ex.: bem - afortunado, bem- estar, bem- querer, MAS bendizer, bendito, benfeitor. NUNCA COM HÍFEN:

aero Bi de(s) fono hepta in mono per re trans octa

agro Bio di(s) foto hexa intro moto poli retro tri tetra

ambi cardio eletro gastr(o) hidr(o) justa multi preter tele uni

anfi Cata fil(o) geo hipo macro para psico ter maxi

audio Cis físio hemi homo micr(o) penta radi(o) termo mini

5) ESTRUTURA E FORMAÇÃO DE PALAVRAS

ESTRUTURA DA PALAVRA :

A palavra não é a menor unidade portadora de significado: ela própria é formada de outras unidades que também têm algum significado. A esses elementos chamamos elementos mórficos ou morfemas. Por exemplo: a palavra contássemos é composta de cinco elementos mórficos:

1.CONT – radical 2.CONTA – tema (radical + vogal temática) 3.A – vogal temática 4.SSE – desinência de tempo e modo 5.MOS – desinência de pessoa e número

CLASSIFICAÇÃO DOS ELEMENTOS MÓRFICOS:

RADICAL – segmento-base do significado, é a menor unidade, comum a um grupo de palavras. Ex.: CANT- = CANTava, CANTador, CANTável.

TEMA – é o radical acrescido da vogal temática, preparado para receber as desinências. Ex.: ESCREVEmos, CANTAva, CANTAdor, PARTÍamos

VOGAL TEMÁTICA – é a vogal que torna possível a ligação entre o radical e as desinências. Pode ser verbal

( marcando as conjugações – A ( 1ª conjugação), E(2ª conjugação), I (3 ª conjugação) e pode ser nominal ( A, E e O átonos finais).

Ex.: cantAmos, partImos, casA, arvorE.

AFIXOS – elementos que se colocam antes (prefixos) ou depois (sufixos) do radical para formar palavras novas.

Ex.: amáVEL, cotIZAR, Imoral, Emergir.

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DESINÊNCIAS – são os elementos indicativos das flexões que se agregam à parte final da palavra.

Em Português, as desinências marcam: gênero e número.

Ex.: meninAS, criançaS.

pessoa e número / tempo e modo.

Ex.: escreveMOS = primeira pessoa do plural saíSTE = pretérito perfeito do indicativo, segunda pessoa do singular.

VOGAIS E CONSOANTES DE LIGAÇÃO – são vogais e consoantes que, sem nenhum significado,

eventualmente ocorrem entre um morfema e outro para acomodá-los foneticamente. Ex.: giraSsol, chaLeira, gasÔmetro.

FORMAÇÃO DE PALAVRAS:

As palavras podem ser primitivas, quando servem para a formação de outras, ou derivadas, quando são formadas a partir de outras. No Português, formam-se palavras basicamente por dois processos: derivação e composição. 1) DERIVAÇÃO:

PREFIXAL – forma-se a palavra por anexação de prefixos. Ex.: PRÉ- vestibular, SUPERmercado.

SUFIXAL – forma-se palavra nova com o acréscimo de sufixo ao radical. Ex.: amáVEL, visuAL, realIZAR.

PREFIXAL E SUFIXAL – forma-se a palavra com o acréscimo de prefixo e sufixo ao radical. Ex.: INfelizMENTE, DESlealDADE.

PARASSINTÉTICA – forma-se com o acréscimo simultâneo de sufixo e prefixo.

Observação: a diferença da derivação prefixal e sufixal para a derivação parassintética é que, na primeira, o acréscimo dos elementos não é simultâneo como na segunda. Exemplo: DES leal DADE – LEAL - lealDADE ( sufixo) DESleal (prefixo) No exemplo acima temos a palavra somente com o prefixo, somente com o sufixo e com os dois elementos. Exemplo: EN trist ECER - Nesse exemplo o acréscimo dos elementos foi simultâneo, porque não existe a palavra TRISTECER, nem a palavra ENTRISTE.

REGRESSIVA – forma-se a palavra por subtração de elemento. Ex.: cantar – canto, magoar – mágoa, cortar – corte.

IMPRÓPRIA – forma-se palavra nova sem alterar a forma da palavra primitiva. Esse tipo de derivação implica mudança de classe gramatical e significado.

Ex.: Este MAS não me convenceu. 2) COMPOSIÇÃO :

JUSTAPOSIÇÃO – quando não há perda de letras dos elementos agregados. Ex.: girassol, malmequer, bem-me-quer.

AGLUTINAÇÃO – há perda de letras dos elementos agregados. Ex.: filho+de+algo=fidalgo, vinho+de+acre+= vinagre.

Outros processos para formar palavras em Português:

Hibridismo – são palavras em cuja formação entram elementos de idiomas diferentes. São exemplos disso: astro(grego) + nauta (latim), auto(grego) + móvel(latim), socio(latim) + logia(grego),buro(francês) + cracia(grego).

Palavras cognatas ou famílias etimológicas – são palavras que possuem o mesmo radical. Exemplo: loquaz, locutor, eloqüente.

Abreviação ou redução – emprego de parte da palavra pelo todo. Exemplo: TV, auto, foto.

Onomatopéias – combinação de fonemas que imitam sons. Exemplo: tique-taque, cricri, zunzum.

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6)ACENTUAÇÃO GRÁFICA

Ao estudarmos o uso dos acentos em língua portuguesa, devemos atentar para dois pontos fundamentais: 1) todas as palavras têm uma sílaba tônica; 2) nem todas as palavras possuem acento que marca a tonicidade. ASSIM, as palavras, quanto à SÍLABA TÔNICA, classificam-se em:

a) proparoxítonas, quando têm a antepenúltima sílaba tônica; b) paroxítonas, quando têm a penúltima sílaba tônica; c) oxítonas, quando têm a última sílaba tônica. Quanto ao USO CORRETO DOS ACENTOS, devemos, então, observar as seguintes regras: 1) REGRA DAS PROPAROXÍTONAS: todas são acentuadas sem exceção.

Assim: ínterim, xícara, fazíamos, ônibus. 2) REGRA DAS PAROXÍTONAS: acentuam-se as terminadas em:

L ão(s) on(s) ps R ã(s) om(ns) ditongo crescente N ei(s) us X i(s) um(ns) Assim : hífen, tórax, órgão, júri, álbum, série. 3) REGRA DAS OXÍTONAS: acentuam-se as terminadas em: O, E, A – seguidas ou não de S; ÉM ou ÉNS, se tiverem mais de uma sílaba. Assim : você, atrás, também, parabéns. ATENÇÃO! A terceira pessoa do plural dos verbos TER e VIR e derivados recebem acento circunflexo.

Assim : eles têm, eles vêm, eles retêm, eles advêm. MAS: ele tem, ele vem, ele retém, ele contém, ele advém.

OBSERVAÇÃO IMPORTANTE: As três primeiras regras não sofreram qualquer alteração com a

reforma ortográfica

4) REGRA DOS DITONGOS ABERTOS: acentuam-se os ditongos abertos ÓI, ÉU, ÉI, seguidos ou não de S, quando

tônicos na última sílaba da palavra. Se em posição paroxítona, os ditongos EI e OI perdem o acento. Ex.: jiboia, eu apoio, chapéu, anéis, véus, rói. 5) REGRA DOS HIATOS ÔO e ÊE: acentua-se a primeira vogal dos hiatos ÔO e ÊE, quando tônica, fechada. Com a

reforma, essa regra deixa de existir. Ex.: leem, voo, magoo, deem. 6) REGRA DO U E DO I : acentuam-se o U e o I , quando:

- tônicos; - antecedidos de vogal: - sozinhos ou com S: - não seguidos de NH. Se em posição paroxítona e antecedidos de ditongo decrescente, não são mais acentuados.

Ex.: saída, saíste, conteúdo, MAS baiuca, boiuna. 7) REGRA DO TREMA : ESTA REGRA NÃO VIGORA MAIS.

Q E Q E Ex.: tranqüilo, sagüi, averigúe, argúis. ( Hoje todas as palavras perdem o trema, mas não alteram pronúncia.) Ü Ú G I G I átono tônico pronunciado pronunciado 8) REGRA DO ACENTO DIFERENCIAL: usa-se o acento diferencial nas palavras que seguem:

a) pôde (pretérito perfeito) pode (presente do indicativo) b) pára(verbo) pôlo(substantivo) pôr(verbo) pêlo(substantivo) pêra(substantivo) pélo, pélas, péla (verbo) pólo(substantivo) côa, côas(verbo)

OBS.: Com a reforma permanece com acento diferencial apenas pôr, pôde e, facultativamente,

fôrma.

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7) QUADRO DAS CLASSES DE PALAVRAS

Classes de Palavras Função Morfológica Classificação Flexão _________________________________________________________________________________________ 1. SUBSTANTIVO Nomeia seres, coisas – reais ou próprio ou comum gênero

imaginárias – e idéias. coletivo número concreto ou abstrato grau primitivo ou derivado simples ou composto _________________________________________________________________________________________ 2. ARTIGO Acompanha o substantivo definido ou indefinido gênero

determinando gênero e nú- mero. número _________________________________________________________________________________________ 3. ADJETIVO Acompanha o substantivo

restringindo-o ou especificando-o. simples ou composto gênero primitivo ou derivado número grau _________________________________________________________________________________________ 4. PRONOME Substitui o substantivo ou pessoal gênero os determina indicando a possessivo número pessoa do discurso. demonstrativo pessoa indefinido interrogativo relativo _________________________________________________________________________________________ 5. VERBO Indica ação, estado ou regular modo fenômeno da natureza. irregular tempo auxiliar número anômalo pessoa defectivo voz abundante _________________________________________________________________________________________ 6. NUMERAL Indica a quantidade dos seres, cardinal gênero

a ordem que ocupam numa ordinal número( apenas seqüência, um múltiplo ou multiplicativo alguns) fração do ser. fracionário _________________________________________________________________________________________ 7. ADVÉRBIO Modifica um verbo, um adjetivo lugar grau(apenas ou outro advérbio, indicando modo alguns) circunstância. tempo intensidade afirmação negação dúvida _________________________________________________________________________________________ 8. PREPOSIÇÃO Liga orações ou termos da oração essencial estabelecendo uma relação entre acidental elas. _________________________________________________________________________________________ 9. INTERJEIÇÃO Exprime emoções, sentimentos ou De acordo com sensações. o sentimento que exprimem. _________________________________________________________________________________________ 10. CONJUNÇÃO Liga orações ou palavras da mesma coordenativas função. subordinativas ______________________________________________________________________________________

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8) EMPREGO DOS PRONOMES DEMONSTRATIVOS

Os pronomes demonstrativos são importantes elementos de coesão. Por isso devem ser empregados adequadamente, obedecendo às seguintes regras básicas: 1) Em relação ao espaço, considerando as três pessoas gramaticais:

ESTE indica o que está perto da pessoa que fala ( primeira pessoa);

ESSE indica o que está perto da pessoa com quem se fala(segunda pessoa);

AQUELE indica o que está longe da pessoa que fala e da com quem se fala ( terceira pessoa).

Exemplos: Quero terminar este trabalho que estou fazendo. Essa obra que tens nas mãos é de um autor famoso. Aquele pacote sobre o balcão é de um desconhecido.

2) Em relação ao tempo:

ESTE refere-se ao tempo atual, o que está transcorrendo;

ESSE refere-se a um tempo próximo, de preferência passado;

AQUELE refere-se a um tempo anterior mais afastado. Exemplos: Estes acontecimentos em que os americanos estão envolvidos são lamentáveis. Esses fatos da última terça-feira colocaram o mundo em estado de alerta contra os

terroristas. Naquela explosão ocorrida em 1999, os americanos não consideraram a possibilidade

de atos mais graves.

3) Em relação aos termos de uma oração ou período: Situação A:

ESTE refere-se ao termo mais próximo, isto é, ao nomeado em segundo lugar;

ESSE refere-se ao penúltimo termo, numa citação de três termos;

AQUELE indica o termo mais afastado, isto é o que aparece me primeiro lugar no enunciado. Exemplos: Pedro e Rodrigo estudam juntos para o vestibular de janeiro: este pretende uma vaga na Medicina; aquele, no Direito.

Situação B:

ESTE indica uma idéia que vamos mencionar, e ESSE refere-se a uma idéia já mencionada.

Exemplos: Disse-lhe apenas isto: que não desanimasse com a primeira derrota. A isto que te vou dizer deves prestar atenção: estude cada vez mais. Esse fato a que me referi há pouco parece ser de muita importância.

9) COLOCAÇÃO DOS PRONOMES OBLÍQUOS ÁTONOS

São pronomes oblíquos átonos: me, te, se, nos, vos, o, os, a, as, lhe, lhes.

Esses pronomes funcionam como complementos verbais (objeto direto e objeto indireto), portanto estão, dentro da estrutura, ligados a uma forma verbal. Assim, eles podem estar:

ANTES do verbo em PRÓCLISE; NO MEIO da forma verbal em MESÓCLISE; DEPOIS da forma verbal em ÊNCLISE.

P R Ó C L I S E :

O pronome será colocado antes do verbo, quando, NA MESMA ORAÇÃO, houver: - uma conjunção subordinativa; - um pronome interrogativo; - um pronome indefinido; - um pronome relativo; - um advérbio não virgulado; - em frases optativas.

Ex.: Alguém ME chamou. ( Alguém = pronome indefinido) Quem TE procurou ontem? (Quem = pronome interrogativo) A casa onde ME encontraste é de meu irmão.( Onde = pronome relativo) Agora ME despedirei de todos. (Agora = advérbio ) Quando ele ME encontrou, eu estava de férias. ( Quando = conjunção subordinativa)

Deus ME livre dessa desgraça! ( frase optativa) 8

M E S Ó C L I S E:

Ocorrerá, quando o verbo estiver no futuro do presente ou futuro do pretérito e não houver motivo para próclise. Ex.: Chamar-te-ei para o emprego, porque ainda há vagas.

Observe agora: Não te chamarei para o emprego, porque não há vagas.

Nesse período, a mesóclise já não é possível, porque, apesar de o verbo estar no futuro do presente, o advérbio NÃO atrai o pronome para próclise. Assim, as situações de próclise predominam sobre a situação de mesóclise.

Ê N C L I S E:

Ocorrerá nos demais casos, isto é, quando não houver motivo nem para a próclise nem para a mesóclise. Ex.: Vendeu-me o carro, porque precisava do dinheiro. Chamou-me para o emprego, porque havia vagas. OBSERVAÇÕES IMPORTANTES: 1) Em locuções verbais formadas por gerúndio e infinitivo, há liberdade quanto à colocação dos pronomes oblíquos átonos: nas locuções de particípio, não poderá ocorrer a ênclise. Ex.: Haviam-me chamado para o emprego. Eles me haviam chamado para o emprego. Chamando-me para o emprego, eles me ajudaram a vencer a crise. 2) Quanto à colocação dos pronomes oblíquos O, OS, A, AS, devemos atentar para o seguinte: a) se a forma verbal terminar por R,S ou Z, cortamos essas consoantes e acrescentamos L ao pronome. Ex.: querer + a = querê-la faz + o = fá-lo pões + o = põe-lo b) se a forma verbal terminar por ditongo nasal, apenas acrescentamos N aos pronomes. Ex.: cantam + a = cantam-na põe+o= põe-no

EM RESUMO: - É PROIBIDA A PRÓCLISE EM INÍCIO DE ORAÇÃO; - E PROIBIDA A ÊNCLISE AO PARTICÍPIO;

- É PROIBIDA A ÊNCLISE AO FUTURO DO PRESENTE E AO FUTURO DO PRETÉRITO.

10) FORMAS DE TRATAMENTO

Quando somos solicitados a redigir qualquer tipo de documento oficial, por certo muitas dúvidas surgem no momento da escolha e do uso correto das formas de tratamento. Assim, vamos resolvê-las de modo prático e sucinto.

QUAL O PRONOME DE TRATAMENTO ADEQUADO A CADA AUTORIDADE?

VOCÊ – tratamento familiar.

SENHOR, SENHORA – no tratamento de respeito.

VOSSA SENHORIA – para pessoas de cerimônia, para quem não há tratamento específico.

VOSSA EXCELÊNCIA – para altas autoridades como Presidente da República, Vice-Presidente, Ministros, Procurador-Geral da República, Governadores, Vice-Governadores, Prefeitos, Presidentes das Câmaras Municipais, Presidentes, Vice-Presidentes e Membros das Câmaras dos Deputados e do Senado Federal, Presidentes e Membros dos Tribunais, Juízes, Desembargadores, Promotores de Justiça, Procuradores-Gerais, dentre outros.

VOSSA MAGNIFICÊNCIA – Reitores de Universidades.

VOSSA SANTIDADE – Papa. 9

ATENÇÃO! Há alguns autores que identificam a mesóclise como sendo uma situação de ênclise ao infinitivo, visto que o futuro do presente e o futuro do pretérito são tempos derivados do infinitivo. Ex.: CANTAR + ei ESCREVER + íamos PRECAVER + ÁS Observe-se que o pronome oblíquo em mesóclise fica entre o radical (infinitivo) e a desinência. Ex.: escreveremos + a = escrevê-la-emos cantarei + te = cantar-te-ei

VOSSA EMINÊNCIA ou VOSSA EMINÊNCIA REVERENDÍSSIMA – Cardeais.

VOSSA EXCELÊNCIA REVERENDÍSSIMA – Arcebispos e Bispos.

VOSSA REVERENDÍSSIMA ou VOSSA SENHORIA REVERENDÍSSIMA – Monsenhores, Cônegos e superiores

religiosos.

VOSSA REVERÊNCIA – sacerdotes, clérigos e demais religiosos.

QUAL A FORMA CORRETA: SUA (Senhoria, Excelência...) ou VOSSA (Senhoria, Excelência...) ?

Usamos o possessivo SUA, quando nos referimos à pessoa a quem ou de quem falamos.Usamos o possessivo VOSSA, quando nos dirigimos à pessoa com quem falamos. Ex.: Quando Vossa Senhoria deferirá meu pedido de férias? Sua Excelência, o Governador do Estado, visitará o interior gaúcho para providenciar medidas que ajudem os agricultores na estiagem.

QUAL A CONCORDÂNCIA CORRETA: segunda ou terceira pessoa verbal?

Qualquer das formas de tratamento que estejamos usando no texto exigirá a concordância em terceira pessoa

verbal. Essa exigência se estende não só ao uso dos verbos, mas a todos os pronomes que, porventura, sejam usados no

decorrer do texto. Ex.: Sua Excelência deverá confirmar suas medidas para o interior gaúcho ainda hoje.

AS FORMAS DE TRATAMENTO DEVEM SER ESCRITAS POR EXTENSO OU ABREVIADAS?

É posição dos orientadores que, por uma questão de respeito, a forma de tratamento usada para o Presidente da República não deve ser abreviada. Quanto às demais, as normas não são rígidas.

COM AS FORMAS DE TRATAMENTO, NÃO HÁ DISTINÇÃO DE SEXO.

As formas de tratamento caracterizam o uso de um recurso estilístico chamado silepse, isto é, não importa a quem é dirigido o texto, as formas de tratamento permanecem invariáveis. Ex.: Vossa Senhoria é o diretor desta escola? Vossa Senhoria é a diretora desta escola?

DEVE-SE USAR PRIMEIRA PESSOA DO SINGULAR OU PRIMEIRA PESSOA DO PLURAL?

Depende! Se o documento é emitido em nome da instituição oficial ou setor, portanto a pessoa que o assina é representativa desse órgão, preferível o uso da primeira pessoa do plural. Entretanto, se o documento contiver assunto de responsabilidade pessoal, por certo, caberá o emprego da primeira pessoa do singular.

11) USO DOS TEMPOS E MODOS VERBAIS

Se indagarmos os alunos sobre conteúdos que consideram „DIFÍCEIS” em português, certamente o estudo do verbo será apontado por uma maioria significativa. Isso ocorre porque a grande preocupação de todos os que estudam esse assunto é o de “decorar” os paradigmas da três conjugações - por exemplo, AMAR, ESCREVER e PARTIR – e os casos considerados especiais de conjugação como os de precaver, reaver, prover, requerer entre outros. Assim, o resultado é de pouca valia, pois no momento em que há necessidade do uso dos tempos e modos de acordo com o contexto, faz-se confusão e criam-se formas absurdas como reaveu, precaviu, precavim, requiseram...

Como resolver, então, esse “impasse gramatical”? O estudo, aliado à prática e à pesquisa em boas gramáticas, certamente ajudará na resolução das dúvidas. Portanto, mãos à obra!

Em primeiro lugar, analisemos o significado da denominação dos tempos e modos, para que possamos saber que forma verbal usar de acordo com o que queremos expressar. TEMPOS E MODOS:

1)MODO é a forma de expressão do falante: dúvida ( subjuntivo), ordem (imperativo) certeza (indicativo).

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a) Os verbos conjugados no subjuntivo são marcados pela subjetividade do falante, isto é, eles mesmos expressam

uma vontade, um desejo, uma dúvida ou então se ligam a outros verbos ou advérbios que expressam essa pessoalidade. Isso explica a razão pela qual, nesse modo, as formas verbais se prendem a conjunções ou advérbios. Ex.: Espero QUE ele FIQUE. Adoraria SE ela ACEITASSE meu convite. Concordarei com isso QUANDO ele FIZER o que eu pedi. PROVAVELMENTE eu ESTUDE nesse feriado. TALVEZ eu VÁ ao cinema no final dessa semana. EMBORA eu TENHA estudado, não consegui aprovação. b) O imperativo sinaliza claramente a atitude do emissor da mensagem ou falante na expressão de ordem, de comando ou de súplica. Ex.: SAIA, agora, porque estás sendo inconveniente! MUDE, por favor, senão as chances serão poucas! c) O indicativo é o modo que o falante reserva para a comunicação mais real. O conteúdo do enunciado é tomado

pelo falante como certo. Ex.: ESTUDEI a matéria para o concurso. Indo ao supermercado, COMPRAREI tudo o que PRECISAS. SEI o que FAÇO.

2) TEMPO corresponde à capacidade que os verbos têm de guardar informações sobre o momento em que ocorre o processo.

Tomando-se como ponto de referência o momento da enunciação, os fatos expressos pelo verbo podem-se referir a um momento presente ( o momento em que se fala), a um momento passado ou pretérito ( anterior ao momento em que se fala), ou ainda a um momento futuro ( posterior ao momento em que se fala).

Vejamos agora como se indica o tempo nas formas verbais:

PRESENTE – o momento do evento corresponde ao momento da enunciação. É freqüentemente usado para

expressar ação habitual e, em alguns casos, pode indicar algo que se realizará em futuro próximo e certo. É usado para afirmação de verdades ou para expressar o que se denomina presente histórico.

Ex.: Os homens são mortais. ( afirmação de verdade) Durante as férias, meu filho viaja com os amigos.( ação habitual) Estudo, amanhã, a matéria que falta. (futuro próximo) Cabral descobre o Brasil em 1500 e lança as raízes do estado brasileiro. (passado histórico) PRETÉRITO – o momento do evento é anterior ao momento da fala. Pode ser:

Imperfeito – refere-se a fato não concluído que se prolonga por algum tempo no passado.

Ex.: Eu estudava, quando ele entrou na sala. Perfeito – refere-se a fato concluído no passado.

Ex.: No mês passado, encontrei amigos distantes. Mais-que-perfeito – refere-se a um fato passado, anterior a outro fato também passado.

Ex.: Quando a polícia chegou, o assaltante já fugira com o carro roubado.

FUTURO – o momento do evento é posterior ao momento da fala. Pode ser:

Futuro do Presente: refere-se a um fato futuro com relação ao momento presente.

Ex.: Tenho certeza que passarei no vestibular. Futuro do Pretérito: refere-se a um fato futuro com relação a um fato passado, ou seja, uma afirmação feita sobre

a ocorrência de um fato em um momento posterior a algum momento passado. Ex.: Ele tinha certeza de que seria aprovado no vestibular. Muitas vezes, o futuro do pretérito é usado quando se quer ser gentil ou educado. Ex.: Você poderia me ajudar?

3) FORMAS NOMINAIS- são formas verbais que exercem funções típicas de nomes.

Infinitivo – tem valor equivalente ao de um substantivo.

Ex.: Preservar a natureza é importante. ( a preservação...) Gerúndio – tem valor adverbial ou adjetivo.

Ex.: Os funcionários discutindo ( que discutem) foram demitidos da empresa. Particípio – tem valor equivalente a um adjetivo.

Ex.: Os trabalhos feitos a lápis não serão aceitos.

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TEMPOS PRIMITIVOS TEMPOS DERIVADOS

1) Presente do indicativo (1

a pess. do sing.)

2) Pretérito perfeito do indicativo pretérito mais-que perfeito

(3a pess. do plural)

3) Infinito impessoal

12) CONCORDÂNCIA NOMINAL

REGRA GERAL : Os determinantes (artigo, adjetivo, numeral, pronome) devem concordar em gênero e

número com o núcleo substantivo ao qual se referem.

Ex.: OS garotos saíram a passear. AQUELES estudantes pretendem ingressar na universidade. Pessoas ATENCIOSAS são respeitadas. DUAS pessoas ESTRANHAS chegaram à sala. CASOS ESPECIAIS: 1) Com adjetivo que se refere a substantivos de gêneros diferentes:

a) Se o adjetivo estiver posposto a dois ou mais substantivos:

deve concordar com o mais próximo, se fizer referência a apenas um deles. Ex.: Reconheci na fila a senhora e o homem ALTO.

deve ir para o masculino plural, se fizer referência aos dois substantivos. Ex.: Ficaram ao lado do noivo o padrinho a madrinha ELEGANTES.

pode concordar com o mais próximo, se os substantivos são sinônimos ou estão em gradação. Ex.: Melancolia e pesar INTENSO compunham sua fisionomia. Sentia uma aflição , uma tristeza, um desespero EXTRAORDINÁRIO.

É bom lembrar! De modo geral, se os substantivos são de gêneros diferentes, e o adjetivo estiver posposto, a concordância se faz preferencialmente no masculino plural.

b) Se o adjetivo estiver anteposto a dois ou mais substantivos:

A norma culta aconselha, nesses casos, dar preferência à concordância com o mais próximo. Ex.: Ouvimos BOA conversa e música no encontro. Compramos BONS sapatos e bolsa de couro.

2) Com as expressões É BOM, É NECESSÁRIO, É PROIBIDO:

Se o substantivo ao qual se referem essas expressões vier antecedido de um determinante, a concordância é obrigatória; ao contrário, se não houver a presença do determinante, a expressão permanece invariável. Ex.: É proibido entrada. É proibidA A entrada. Cerveja é bom para a saúde.

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Presente do subjuntivo

Imperativo negativo

Imperativo afirmativo

Pretérito mais-que-perfeito

Futuro do subjuntivo

Pretérito imperfeito subj.

Infinitivo pessoal Gerúndio Particípio Pretérito imperfeito indic. Futuro do presente Futuro do pretérito

3) Com as palavras ANEXO, INCLUSO, APENSO:

São palavras adjetivas, portanto devem concordar com o termo ao que se referem. Ex.: Seguem anexos os documentos solicitados. Estão inclusas as observações feitas durante do debate. 4) QUITE: É adjetivo sinônimo de desobrigado, portanto deve concordar com o termo ao qual se refere. Ex.: Estamos quites com a tesouraria da escola. Estou quite com a tesouraria da escola. 5) Com a expressão MUITO OBRIGADO:

Obrigado= agradecido, grato. Palavra adjetiva concorda com o termo ao qual se refere. Ex.: Ela disse educadamente: “Muito obrigada!”

6) MESMO, PRÓPRIO:

Tais palavras adjetivas devem variar em gênero e número conforme a pessoa à qual se referem. Ex.: Elas mesmas fizeram o trabalho. Ele mesmo providenciou os documentos.

7) Com a palavra SÓ:

- se usado como advérbio(=somente), permanece invariável; - se usado como adjetivo(= sozinho), concorda com a palavra a que se refere. Ex.: As pessoas estão cada vez mais sós. Só as pessoas egoístas sentem a solidão.

Atenção! A expressão A SÓS é invariável.

Ex.: Ficaram a sós na sala de audiências. Estava a sós, quando o amigo chegou. 8) MENOS/ ALERTA:

São palavras invariáveis, entretanto quanto ao termo alerta já há autores que afirmam ser possível a flexão, se usado como adjetivo. Ex.: A janela ficou menos aberta. Os escoteiros sempre estão alerta.

9) Com as palavras BASTANTE, MUITO, POUCO, MEIO:

- se usadas como palavras adjetivas, devem concordar com o termo ao qual se referem; - se usadas como advérbios, permanecem invariáveis. Ex.: Comeu meia fatia de bolo. Está bastante interessada no trabalho a ser executado. Adquiriu bastantes livros para a sua pesquisa.

10) Com particípios:

Os particípios têm valor de adjetivo, portanto devem concordar com termo ao qual se referem. Ex.: Dadas as informações, os alunos dirigiram-se às salas de aula. Começaram as obras, detalhados os recursos disponíveis.

13) CONCORDÂNCIA VERBAL

O assunto concordância verbal, sem dúvida, exige o conhecimento das possibilidades de sujeito na frase. Assim, se houver um termo ou expressão representativa dessa função sintática, o verbo obrigatoriamente concordará com ele não importando a localização – antes ou depois do verbo, no início ou no fim do período – desse sujeito. Ao contrário, caracterizando-se o que a gramática denomina oração sem sujeito, o verbo permanece na terceira pessoa do singular ou, excepcionalmente, concorda com o predicativo. Isso veremos com base no conhecimento das regras.

REGRA GERAL :O verbo concorda em pessoa e número com o sujeito ao qual se refere, mesmo que o sujeito da oração

esteja deslocado. Ex.: Surgiram, no céu, nuvens espessas. Existem casos especiais de concordância. Muitos juízes concordam com as reformas propostas pelo governo.

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Apesar de a regra geral predominar nas situações de concordância, há casos especiais que convém serem estudados. 1) Com as expressões partitivas A MAIOR PARTE DE, GRANDE PARTE DE, A MAIORIA DE - o verbo pode ficar na

terceira pessoa do singular ou ir para o plural concordando com o substantivo que as completa. Ex.: A maioria das pessoas acredita nos governantes. A maioria das pessoas acreditam nos governantes.

2) COM NOMES PRÓPRIOS USADOS SOMENTE NO PLURAL:

se estiverem antecedidos de artigo, o verbo concorda no plural; se estiverem sem o artigo, o verbo permanece no singular.

Ex.: OS Andes representam uma paisagem incomum. Andes representa uma paisagem incomum. Obs.: Quanto aos nomes de obras, há duas situações a considerar:

há autores que afirmam ser a concordância correta aquela em que o verbo permanece na terceira do singular, pois a obra é uma só;

há autores que concordam com a regra anteriormente colocada, dependendo a concordância da presença ou não do artigo.

Ex.: Os Sertões é uma obra de Euclides da Cunha. Os Lusíadas foi escrito por Camões. Memórias Póstumas de Brás Cubas foi escrito por Machado de Assis.

3) COM PRONOMES DE TRATAMENTO: a concordância do verbo e de outros pronomes na frase sempre será feita na

3a pessoa.

Ex.: Vossa Senhoria estará presente ao acontecimento marcado para amanhã? Sua Senhoria enviou seus documentos ao presidente da empresa. 4) COM OS PRONOMES RELATIVOS QUE E QUEM:

com o pronome QUE o verbo concordará com o antecedente;

com o pronome QUEM a concordância se fará na 3a pessoa do singular, embora alguns autores admitam a

concordância com o termo antecedente. Ex.: Fomos nós quem completou o trabalho. Fomos nós que completamos o trabalho. 5) COM AS EXPRESSÕES CERCA DE, PERTO DE, MAIS DE - o verbo concordará com o numeral que se segue a essas

expressões. Ex.: Mais de um aluno saiu da sala mais cedo. Cerca de dez pessoas sofreram acidentes graves na empresa. 6) ALGUNS , POUCOS, MUITOS, QUAIS – quando seguidos dos pronomes pessoais NÓS e VÓS, o verbo

concordará com o pronome pessoal ou concordará na 3a do plural com a primeira parte da expressão.

Ex.: Alguns de nós sairemos / sairão. Quais de vós lestes OU leram a obra indicada? ATENÇÃO! QUAL DE... – verbo no singular.

Ex.: Qual de nós lerá a obra indicada ? 7) COM OS VERBOS DAR, BATER, SOAR INDICANDO HORAS DADAS:

ou o verbo concorda com o numeral( indicando as horas dadas) , ou concorda com o sujeito expresso. Ex.: Bateram dez horas no relógio da sala. O relógio da sala bateu dez horas. 8) COM O PRONOME SE:

se indicar índice de indeterminação do sujeito, o verbo fica na 3a pessoa do singular;

se indicar voz passiva pronominal, o verbo concordará com o sujeito. Ex.: Precisa-se de operários competentes. Alugam-se casas de veraneio. Encontram-se os amigos no bar. Assistiu-se a bons filmes no fim de semana. 9) HAVER – se usado com o sentido de EXISTIR, ou indicando tempo decorrido, é verbo impessoal, isto é, não tem

sujeito. Por isso permanece na 3a pessoa do singular, pois seu complemento é o objeto direto.

Ex.: Há muitos anos não o encontro. Havia muitos candidatos àquela vaga na empresa. 10) FAZER – indicando tempo decorrido, é verbo impessoal, isto é, permanece na 3

a pessoa do singular, porque

caracteriza uma situação de oração sem sujeito. Ex.: Faz dois meses que estudo essa matéria sem aprendê-la.

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ATENÇÃO! Em locuções verbais, a impessoalidade do verbo principal transfere-se para o verbo auxiliar. Ex.: Deve fazer dez anos que ele se formou. ( dez anos = objeto direto) Poderá haver conteúdos sobre os quais vocês tenham dúvidas.( conteúdos = obj. dir. ) Tem feito verões muito quentes. ( verões = objeto direto)

11) COM SUJEITOS LIGADOS POR OU:

se houver idéia de exclusão, o verbo permanece na 3a do singular;

se houver idéia de inclusão, o verbo vai para o plural. Ex.: Pedro ou João poderão viajar amanhã. Pedro ou João será eleito coordenador do grupo. 12) COM SUJEITOS COMPOSTOS:

antepostos ao verbo : o verbo vai para o plural concordando com todos os núcleos do sujeito. Ex.: Pedro e os irmãos viajaram para o exterior.

pospostos ao verbo: ou o verbo concorda com o núcleo mais próximo, ou vai para o plural. Ex.: Saíram Pedro e os irmãos. Saiu Pedro e seus auxiliares.

se o sujeito composto vier resumido por um pronome indefinido, o verbo concordará com tal pronome. Ex.: Pedro, João, os amigos, ninguém viajará nos feriados.

representados por núcleos de pessoas verbais diferentes: 1

a pessoa + 2

a pessoa = verbo na 1

a plural;

1a pessoa + 3

a pessoa = verbo na 1

a plural;

2a pessoa + 3

a pessoa = verbo na 2

a ou 3

a plural.

Ex.: Eu e meus amigos fomos ao cinema. Eu e tu fomos ao cinema. Tu e teus amigos fostes / foram ao cinema. 13) SUJEITO FORMADO POR EXPRESSÕES NUMÉRICAS:

Se a expressão indicar quantia inferior a duas unidades, o verbo fica no singular. Ex.: Existe 1,5 milhão de pessoas contaminadas pela AIDS. Existem 2 milhões de pessoas contaminadas pela AIDS. ATENÇÃO! Com expressões indicadoras de percentagem, o verbo poderá concordar no singular ou no plural. Ex.: Somente vinte por cento dos candidatos têm/tem direito à propaganda política na televisão.

14) INFINITIVOS SUJEITOS: Quando os sujeitos forem mais de um infinitivo, o verbo fica no singular. Mas o verbo pode ir

para o plural, se os infinitivos denotarem idéias nitidamente contrárias. Ex.: Falar e escrever não é a mesma coisa. Chorar e rir são atos praticados por todos os humanos. 15) HAJA VISTA ou HAJAM VISTA : nessa expressão o importante é lembrar que VISTA permanece invariável. Ex.: Devem estudar mais, haja vista os resultados alcançados. 16) COM O VERBO SER:

indicando hora, data ou distância, a concordância se fará com a expressão numérica. Ex.: Hoje são dois de outubro.

Amanhã serão vinte de setembro.

com as expressões É MUITO, É POUCO, o verbo fica invariável. Ex.: Cem reais é pouco para viajar à praia.

com o pronome pessoal como sujeito ou predicativo, o verbo concordará com esse pronome. Ex.: Ele é as preocupações do pai.

As preocupações da professora é aquela aluna.

com nome próprio como sujeito ou predicativo, o verbo concordará com o nome próprio. Ex.: Pedro é muitos escritores ao mesmo tempo. Fernando Pessoa é muitos poetas quando escreve.

com sujeito representado por pronomes demonstrativos isto,isso,aquilo,tudo ou o(=aquilo) e o predicativo vem expresso por um substantivo plural, o verbo fica no plural.

Ex.: Isto são saudades do filho. Tudo são flores.

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14) USO DA CRASE

CRASE = a + a(s) = à(s) | | preposição artigo definido feminino PREPOSIÇÃO: é invariável, portanto pode acompanhar qualquer outra palavra, não importando a classe gramatical, gênero

ou número desse termo. ARTIGO DEFINIDO: acompanha o substantivo, determinando gênero e número desse substantivo. Assim, um A com acento grave deve estar antecedendo um substantivo feminino com o qual concorde em gênero e número. Entretanto não podemos ignorar que crase indica fusão de duas vogais iguais; o acento grave, portanto, pode ser usado para assinalar a contração de preposição mais o artigo ou de preposição mais o pronome demonstrativo. Além disso, o uso de preposição, qualquer que seja ela, é uma situação de regência. Por conseguinte não é suficiente a memorização de truques ou formas práticas. Há que se considerar o contexto em que o A está inserido, para termos certeza do uso da crase. Vamos exemplificar o que acabamos de expor. Ex. 1: As pessoas assistem, atônitas, a cenas de destruição em São Paulo.

O A que antecede CENAS é a preposição exigida pela regência do verbo ASSISTIR, mas não há o artigo definido, visto o A estar no singular, e CENAS estar no plural. Ex. 2: Devemos obedecer às leis.

Repete-se a situação de regência – obedecer é um verbo transitivo indireto – , e constatamos a presença do artigo AS, logo a crase está correta. Feitas as referências iniciais, vamos às regras determinadas pela gramática normativa. Há situações na frase em que o uso do artigo em contração com a preposição não ocorre. Por isso, NÃO SE USA A CRASE:

1. antes de verbo;

2. antes de artigo indefinido;

3. antes de nomes no plural, antecedidos de A no singular;

4. antes de pronomes de tratamento, exceto SENHORA, SENHORITA e DONA;

5. antes de pronomes pessoais, demonstrativos e indefinidos;

6. antes de nomes masculinos;

7. depois de preposição.

Exemplos: Andar A cavalo. ( masculino) Referiu-se a ela com carinho. ( ela = pronome pessoal) Falou a interessadas no concurso. ( palavra no plural) Estava a ler, quando cheguei. ( ler = verbo) Enviou os documentos A Vossa Senhoria.(pronome de tratamento) Compareceu perante A banca examinadora. (depois de preposição) CASOS ESPECIAIS: 1) ÀQUELE = A ESTE ÀQUELA = A ESTA ÀQUILO = A ISTO Quando os pronomes demonstrativos AQUELE, AQUELA e AQUILO forem equivalentes a A ESTE, A ESTA ou A ISTO, receberão o sinal de crase. Exemplo: Àquele professor interessa somente o bom aluno. (= A este ) 2) À QUE = AO QUE À QUAL = AO QUAL Com pronomes relativos, só há possibilidade de crase antes de QUE e QUAL. Exemplo: Referiu-se À que saíra com seu namorado. ( = a aquela que) A pessoa À qual se referira era uma desconhecida. (= O jovem AO qual se referira era um desconhecido.) 16

3) CRASE FACULTATIVA ( uso facultativo do artigo definido feminino) :

Antes de nomes próprios femininos e pronomes possessivos femininos singular ( MINHA, TUA, SUA, NOSSA, VOSSA) o uso do artigo definido feminino é facultativo, portanto o uso da crase também. Exemplo: Deram A Maria um carro importado. ( ou À Maria) Informou A sua aluna o acontecido. ( ou Á sua aluna) 4) COM NOMES DE LOCALIDADES:

Usa-se a crase antes de nomes de localidades que permitirem a anteposição do artigo definido feminino. Como é bastante difícil determinar o uso do artigo definido feminino nessas situações, o melhor é usar a forma prática que segue.

FORMA PRÁTICA: ir a - voltar DE ( crase para quê ?) ir à - voltar DA ( crase há.) Exemplo: Referiu-se A Alemanha, A Portugal e A Suécia. (Voltar DA Alemanha, DE Portugal e DA Suécia)

Portanto Referiu-se À Alemanha, A Portugal e À Suécia. Observação: Há nomes de localidades que, quando acompanhados de algum determinante, passam a admitir a

anteposição da crase. Exemplo: Foi A Santa Catarina no final do mês. Foi À bela Santa Catarina no final do mês. 5) NÃO HÁ CRASE :

- com a palavra CASA = domicílio próprio; - com a palavra DISTÂNCIA indeterminada; - com a palavra TERRA em oposição à palavra BORDO. Exemplo: Vou a casa no final da tarde. ( = para casa) Avistou-o a distância. Os marinheiros desceram a terra, quando o navio atracou. ATENÇÃO! Avistou-o a cinco quilômetros.

Avistou-o a cinco quilômetros de distância. Avistou-o à distância de cinco quilômetros. 6) Com as expressões À MODA DE / À MANEIRA DE:

Mesmo que os substantivos MODA e MANEIRA estejam subentendidos , essas expressões não dispensam a crase. Exemplo: Cortou cabelo à moda de Chanel. Cortou cabelo à Chanel. NAS DEMAIS SITUAÇÕES:

Quanto às demais situações de possível uso da crase, basta usarmos a forma prática abaixo: A + A(S) + PALAVRA FEMININA A + O(S) + PALAVRA MASCULINA Se a situação acima for verdadeira, isto é, se na troca da palavra feminina o A for substituído por AO, reparem que é caso do uso da crase.

Exemplo 1: A mãe chamou A filha e pediu A ela que fosse A loja buscar A roupa para A festa. O pai chamou O filho e pediu A ele que fosse AO centro buscar O terno para O encontro. Vejam:

- na troca da expressão feminina por masculina, se: o A continuar A, é só preposição;

o A for substituído por O, é só o artigo;

o A for substituído por AO, é situação de crase. Portanto só usaremos a crase na expressão À LOJA.

Exemplo 2: O garoto tomou o remédio gota A gota.

pingo A pingo ( a= preposição)

Exemplo 3: Desde AS duas horas, ele nos espera no aeroporto.

o meio-dia ( AS = artigo) 17

Essa é uma situação – indicar horas – que parece “pedir” crase sempre. Mas, se considerarmos que o AS está antecedido de preposição – DESDE – , não haverá crase.

Exemplo 4 : Visitou A Alemanha, A Inglaterra e A Espanha.

Se, nessa frase, considerarmos somente a forma prática, haveremos de colocar a crase em todos os AS; entretanto, se identificarmos que VISITAR é verbo transitivo direto, não colocaremos a crase em nenhuma das situações, porque o A é somente artigo.

Exemplo 5: Amanhã iremos A Milão.

A situação não admite crase, porque MILÃO não admite a anteposição do artigo definido feminino.

15) REGÊNCIA VERBO-NOMINAL

Chamamos regência a relação que se estabelece entre duas palavras, uma das quais serve de complemento a outra. Quanto a esse aspecto, é importante lembrar que tais complementos são classificados de acordo com a transitividade dos verbos - intransitivos, transitivos diretos, transitivos indiretos, de ligação – ou com a transitividade dos nomes. Assim temos regência verbal, se o termo regente for um verbo; regência nominal, se o termo regente for um nome. Ex.: A assistência aos pobres diminui a violência. Assistência é o termo regente substantivo.

Assistir a boas palestras torna-nos mais cultos. Assistir é o termo regente verbo. Com certeza o assunto não se esgota, se soubermos alguns casos de regência. Os gramáticos admitem que o melhor é pesquisar um dicionário para se ter certeza das situações de regência. Entretanto convém saber a regência dos seguintes verbos que são de uso.

1. ASSISTIR = ver, presenciar é transitivo indireto com a preposição A.

= cuidar de, prestar assistência a transitivo direto.

= morar constrói-se com a preposição EM.

= favorecer, caber direito constrói-se com a preposição A.

Ex.: Assistiu a um bom filme. O médico procurou assistir o doente grave. Ele assiste na Rua Carlos Hubber. Assiste ao professor o direito de corrigir as provas.

2. ASPIRAR = respirar é transitivo direto.

= almejar transitivo indireto com a preposição A.

Ex.: As crianças devem aspirar o ar puro do campo. As pessoas aspiram a boas condições de vida.

3. VISAR = pôr o visto, revisar, mirar é transitivo direto.

= almejar, aspirar é transitivo indireto com a preposição A. Ex.: O professor visa as provas dos alunos. Os candidatos visam à aprovação.

4. QUERER = estimar, amar é transitivo indireto com a preposição A.

= desejar, adquirir é transitivo direto. Ex.: Quero bem a meus filhos. Quero um bom livro para ler nas férias.

5. PREFERIR é verbo transitivo direto e indireto ( com a preposição A). ATENÇÃO ! ERRADO! Prefiro muito mais Português do que Direito Civil. CERTO! Prefiro Português A Direito Civil.

6. ESQUECER/LEMBRAR é transitivo direto. ESQUECER – SE DE verbos transitivos indiretos. LEMBRAR – SE DE CUIDADO! Ao usarmos o verbo acompanhado do pronome oblíquo reflexivo, é obrigatória a presença da preposição DE. Ex.: Eu lembrei teu endereço. Eu ME lembrei DE teu endereço.

INCORRETO! Eu esqueci de teus documentos em minha casa. 18

7. PERDOAR

transitivos diretos, quando se referirem à coisa. transitivos indiretos - com a preposição A - , quando se referirem à pessoa. PAGAR

Ex.: Paguei a conta ao dono do bar. Perdoei o atraso ao aluno. 8. IR CHEGAR exigem a preposição A. COMPARECER DIRIGIR-SE

Ex.: Foi ao Rio ontem, à noite. Chegou à escola atrasado. Foi à casa do amigo, para, juntos, irem à escola. 9. MORAR RESIDIR exigem a preposição EM. SITUAR ESTAR Ex.: O hotel fica situado na Rua Alberto Bins. Morava no bairro Três Figueiras. Ele é morador no bairro Ipanema. 10. INFORMAR CIENTIFICAR CERTIFICAR são verbos transitivos diretos e indiretos. AVISAR COMUNICAR

Ex.: Avisei-o do compromisso. Avisei-lhe o compromisso. Avisei-lhe que tinha um compromisso. Comuniquei os amigos de que viajaria no final de semana. 11. OBEDECER são verbos transitivos indiretos com preposição A. DESOBEDECER Ex.: Os alunos devem obedecer ao regulamento. Os cidadãos não devem desobedecer à ordem social. ATENÇÃO! Esses verbos, mesmo sendo transitivos indiretos, admitem voz passiva. Ex.: Os regulamentos devem ser obedecidos por todos os presentes.

12. IMPLICAR = acarretar, pressupor é transitivo direto.

= envolver-se com constrói-se com a preposição EM.

= incomodar constrói-se com a preposição COM. Ex.: Ele implica com o irmão mais novo. Ele está implicado no roubo das jóias. Estudo implica paciência e tempo.

13. CUSTAR = ser difícil, ser penoso é verbo impessoal. Ex.: Custou - me chegar ao trabalho hoje. Custa aos alunos estudar para provas. 3

a pess. sing. + O. I. + sujeito oracional

Atenção! ERRADO ! Custei a chegar ao trabalho hoje. 14. AGRADAR – é transitivo indireto e pede a preposição A na acepção de contentar, satisfazer.

Ex.: O aluno procura agradar ao professor. (= ser agradável ) A canção agradou ao público.

15. PISAR o/a e não no/na.

Ex.: É proibido pisar a grama. Pisou o dedo na porta. 19

16. SIMPATIZAR/ANTIPATIZAR – são transitivos indiretos e se constroem com a preposição COM.

Ex.: Ele simpatizou com a colega. Quando fui apresentada, não antipatizei com ele. 17. PROCEDER = ter fundamento, comportar-se, agir, é intransitivo. = originar-se, provir, descender, constrói-se com a preposição DE. = dar início, levar a efeito, realizar constrói-se com a preposição A.

Ex.: Os teus argumentos procedem. Ele procedeu bem. O português procede do latim. O juiz procedeu à análise do caso. 18. RESPONDER = pode ser usado como transitivo direto e indireto. Se indireto, constrói-se com a preposição A.

Ex.: O aluno respondeu ao questionário. Responder ao convite é educado. O professor respondeu as perguntas ao aluno. OBSERVAÇÃO FINAL! Os complementos verbais (objeto direto e objeto indireto) podem estar representados pelos pronomes pessoais oblíquos ou orações subordinadas substantivas. Ex.: Quero-lhes muito bem. ( lhes = objeto indireto) Informou-lhe que sairia mais cedo. ( lhe = objeto indireto / 2

a oração = objeto direto)

Informei-o de que poderia sair mais cedo. ( O = obj. direto / 2a oração = obj. Indireto)

ATENÇÃO!

Quanto à regência, aconselhável seria a consulta a um bom dicionário ou gramática, pois um verbo,um substantivo, um adjetivo ou um advérbio, muitas vezes, podem ser usados em diversas acepções com regências diferentes. Assim, é

impossível dominarmos todos os casos de regência verbo-nominal.

16) VOZES VERBAIS

Um verbo pode apresentar-se em três vozes: ATIVA : quando o sujeito é o agente da ação.

Ex.: Os alunos devem ler bons livros de literatura. PASSIVA : quando o sujeito é paciente da ação.

Ex.: Bons livros de literatura devem ser lidos pelos alunos. REFLEXIVA : quando o sujeito é agente e paciente da ação.

Ex.: Os alunos se cumprimentaram pelo sucesso obtido. Das vozes verbais, interessa-nos fazer um comentário sobre a voz passiva (que pode ser analítica e sintética ou pronominal), porque compomos estruturas sintáticas equivalentes, quando transformamos uma frase da voz ativa para a voz passiva. Ex.: Todos os candidatos ao vestibular devem estudar as disciplinas que compõem o programa. As disciplinas que compõem o programa devem ser estudadas por todos os candidatos ao vestibular.

Se analisarmos as duas estruturas, verificamos que afirmam uma mesma idéia, embora na frase 1, o sujeito pratique a ação expressa pelo verbo estudar – todos os candidatos -, enquanto, na frase 2, o sujeito sofre a ação de ser estudado – as disciplinas. Identificada essa diferença, passemos , então, ao estudo das estruturas passivas. VOZ PASSIVA ANALÍTICA: caracteriza-se pela locução composta pelo verbo auxiliar SER ( que assume o tempo do verbo principal na voz ativa) mais o particípio do verbo principal. Também a presença das preposições POR ou DE e suas combinações antecedem o agente da passiva. Porém o que nos dá a certeza de que a estrutura está na voz passiva é a identificação do sujeito passivo. Ex.: Os candidatos àquela vaga de assessor farão a prova hoje. (voz ativa) A prova será feita, hoje, pelos candidatos àquela vaga de assessor.(voz passiva)

VOZ PASSIVA SINTÉTICA OU PRONOMINAL: mantém-se o verbo principal ao qual se acrescenta o pronome apassivador SE. Nesse caso, o termo que, na voz ativa funcionava como objeto direto, passa a representar o sujeito, obrigando a concordância do verbo. Ex.: Os alunos fizeram o trabalho para o professor de Matemática. Fez-se o trabalho para o professor de Matemática.

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O sujeito OS ALUNOS foi retirado da frase, e o verbo passou a concordar com O TRABALHO que, na voz passiva, passou a funcionar como sujeito. Contudo devemos ficar atentos para o uso do pronome SE, que pode indicar também indeterminação do sujeito.

EM RESUMO:

Só podemos transformar uma estrutura da voz ativa para voz passiva, se o verbo for transitivo direto ou transitivo direto e indireto.

O elemento que caracteriza uma e outra voz verbal é o sujeito: ativo ou passivo. A voz passiva analítica sempre apresentará o verbo auxiliar SER + particípio do VTD. A voz passiva pronominal tem o pronome SE “colado” a um VTD.

17) COORDENAÇÃO/ SUBORDINAÇÃO

PERÍODO COMPOSTO POR COORDENAÇÃO:

É formado por orações coordenadas que não têm função sintática em relação à outra oração e representam uma

enumeração de idéias. Por isso, são chamadas de orações independentes Tais orações são, assim, classificadas: 1) COORDENADAS ASSINDÉTICAS : não são introduzidas por nexo oracional coordenativo.

Ex.: Estudou a matéria, / fez as provas,/ conseguiu excelentes resultados. Nesse enunciado, há três orações coordenadas assindéticas, porque formam um período cujas partes não estão ligadas por nexos oracionais: 1

a oração – Estudou a matéria

2a oração – fez as provas

3a oração – conseguiu excelentes resultados

2) COORDENADAS SINDÉTICAS: são introduzidas pelas conjunções coordenativas que lhes emprestam o nome. Podem ser assim classificadas:

aditivas – E , nem também, outrossim – expressam uma relação de adição.

Ex.: Estudou e conseguiu bom resultado nas provas do concurso.

adversativas – MAS, porém, todavia, contudo, senão, entretanto, no entanto – estabelecem uma relação de

oposição ou contraste. Ex.: Não estudou muito, mas conseguiu uma nota razoável na prova.

alternativas – OU, ora, já quer, nem – indicam uma relação de alternância.

Ex.: Ou você estuda mais, ou não conseguirá ser aprovado.

conclusivas – LOGO, pois, portanto, por conseguinte, pois bem – estabelecem uma relação de conclusão

ou conseqüência lógica. Ex.: Esforçou-se, portanto certamente o resultado será positivo.

explicativas – PORQUE, pois, que(=porque), porquanto – determinam uma relação de explicação.

Ex.: Permaneçam sentados, porque o espetáculo já vai começar. Observação: A diferença entre as orações coordenadas sindéticas explicativas e as orações subordinadas adverbiais está na presença do verbo no imperativo que, na oração coordenada, antecede a oração iniciada pelo nexo. Compare: Permaneçam sentados, porque o espetáculo vai começar. Permaneceram sentados, porque o espetáculo estava começando.

A oração sublinhada, no primeiro período, é coordenada sindética explicativa, porque a antecede a forma verbal PERMANEÇAM, que está no imperativo afirmativo. Já a oração sublinhada no segundo período é subordinada adverbial causal, visto não haver um verbo no imperativo que a anteceda.

PONTUAÇÃO DO PERÍODO COMPOSTO POR COORDENAÇÃO:

As orações coordenadas (visto constituírem uma enumeração de idéias sem dependência sintática) são, geralmente, separadas por vírgulas, ponto-e-vírgula e podem ser separadas por ponto final ( nesse caso, constituindo-se períodos simples). Ex.: Nada o fazia desistir de seus planos, mas os planejava cuidadosamente.

Saiu-se bem na prova de Química. Deve, portanto, ter estudado com afinco.

Saiu-se bem na prova de Química; deve, portanto, ter estudado com afinco.

Estudem, pois o vestibular está próximo. 21

E a oração introduzida pela conjunção E permite a anteposição de uma vírgula?

Quanto às orações coordenadas aditivas, se a primeira apresentar sujeito diferente da seguinte, haverá, sim, o uso da vírgula. Ex.: (Período 1) O professor sugeriu ao estudante mais estudo, e os pais ajudaram o filho nessa tarefa. (Período 2) O professor sugeriu ao estudante mais estudo e providenciou material de revisão. Compare o primeiro período com o segundo período: no primeiro há um sujeito para a primeira oração – professor – , e outro, para a segunda oração – os pais. Por isso o uso da vírgula. Esse não é o caso do segundo período: o sujeito é o mesmo nas duas orações – o professor.

PERÍODO COMPOSTO POR SUBORDINAÇÃO:

É formado por uma oração principal e orações subordinadas. ORAÇÃO PRINCIPAL: não apresenta nexo oracional subordinativo. ATENÇÃO! Nem sempre a oração principal tem "sentido completo". Ex.: É preciso que estudem mais. Quando todos saírem, as luzes devem ficar apagadas. No primeiro período, a oração É PRECISO tem, na segunda oração, o sujeito. No segundo período, a oração AS LUZES DEVEM FICAR APAGADAS é uma oração principal que tem sentido completo, porque a primeira oração tem função de adjunto adverbial para a segunda. Vimos, portanto, que a “dependência” da oração subordinada em relação à oração principal existe, porque, qualquer que seja a classificação dada à subordinada, estaremos atribuindo uma função sintática a ela dentro do período.

ORAÇÕES SUBORDINADAS SUBSTANTIVAS:

Assim, podem ser: a) subjetiva – quando a oração identificada como substantiva exerce a função de sujeito para o verbo da

oração anterior. Ex.: É necessário que estudem mais. que estudem mais = sujeito de é necessário. b) predicativa – quando a oração principal apresenta um verbo de ligação que se complementa com a

segunda oração, temos a oração subordinada predicativa. Ex.: A verdade é que todos devem ter viajado. que todos devem ter viajado = predicativo da forma verbal É.

c) objetiva direta – representa o objeto direto do verbo transitivo direto que está na oração principal.

Ex.: Disse que sairia mais cedo do trabalho. que sairia mais cedo do trabalho = objeto direto do verbo DIZER que está na oração principal.

d) objetiva indireta – como o objeto indireto, apresenta preposição que antecede o nexo.

Ex.: Necessito de que me apóiem na decisão tomada. de que me apóiem na decisão tomada = é o objeto indireto para o verbo NECESSITAR.

e) completiva nominal – funciona como complemento nominal de um substantivo ou adjetivo que está na oração

principal e precisa de uma complementação. Como o complemento nominal, apresenta preposição que a antecede. Ex.: Tenho necessidade de que apóiem minha decisão. de que apóiem minha decisão = completa o sentido do substantivo NECESSIDADE.

f) apositiva – tem a função de aposto e caracteriza-se por sempre aparecer antecedida de vírgula ou dois pontos, podendo dispensar a conjunção integrante. Ex.: Tinha uma certeza: (que )não desistiria da viagem. Que não desistiria da viagem = aposto do substantivo CERTEZA. 22

exercem, no período composto, função própria do substantivo; "fazem falta" no período; são introduzidas pelas conjunções integrantes (QUE/ SE),pronomes interrogativos ( QUE, QUEM

QUAL,QUANTO) ou advérbios interrogativos( ONDE, COMO, POR QUE, QUANDO); têm a classificação conforme a função exercida em relação à oração principal.

PONTUAÇÃO DAS ORAÇÕES SUBORDINADAS SUBSTANTIVAS:

Como vimos, as orações subordinadas substantivas exercem funções sintáticas que completam a oração principal. Como representam o sujeito, o predicativo, o objeto direto, o objeto indireto e o complemento nominal para um termo da oração principal, não podem ser separadas por vírgula desse termo com o qual mantêm relação. Ex.: Parece que todos estão atentos à aula. (A oração sublinhada, por representar o sujeito da oração principal, não pode ser separada por vírgula.) Disse que estava estudando muito. ( Agora, a oração sublinhada é objeto direto da oração principal, portanto não há possibilidade do uso da vírgula.) ATENÇÃO! A oração subordinada substantiva apositiva, por representar um aposto, termo acessório na estrutura

oracional, deverá estar separada da oração principal por vírgula ou dois pontos. Ela pode, também, dispensar o nexo oracional. Ex.: Afirmou isto: não estudaria mais para o vestibular. ( Certamente, a oração sublinhada explicita o significado do pronome ISTO, por isso equivalente a um aposto.) Afirmou isto, que não estudaria mais para o vestibular. Afirmou isto, não estudaria mais para o vestibular.

2. ORAÇÕES SUBORDINADAS ADJETIVAS:

equivalem a um adjetivo e exercem função própria de um adjetivo; funcionam como adjunto adnominal; referem-se a um termo antecedente substantivo;

vêm introduzidas pelos pronomes relativos( QUE, QUEM, QUAL, CUJO, ONDE, COMO, QUANDO, QUANTO);

podem ser classificadas como restritivas e explicativas.

a) RESTRITIVAS – são aquelas que restringem a qualidade expressa a uma parte dos seres a que se referem.

Ex.: Os alunos que estudam são aprovados.

que estudam = oração sub. adjetiva Repare que são aprovados só os alunos que estudam, e a estrutura só está referindo os alunos que estudam.

b) EXPLICATIVAS – são aquelas que generalizam uma determinada característica. A oração subordinada explicativa vem

sempre pontuada ou com vírgulas, ou com parênteses, ou com travessões. Ex.: Os homens, que são seres racionais, podem viver em harmonia com a natureza.

que são seres racionais = oração subordinada adjetiva explicativa, porque indica que todos os

homens são racionais e que todos os homens poderão viver em harmonia com a natureza.

PONTUAÇÃO DAS ORAÇÕES SUBORDINADAS ADJETIVAS:

Como vimos, as orações subordinadas adjetivas restritivas não são pontuadas, porque restringem o termo antecedente. Já as orações subordinadas adjetivas explicativas generalizam o termo antecedente, por isso sempre aparecerão entre vírgulas, entre parênteses ou entre travessões. Ex.: Período 1 : As pessoas que têm excelente caráter assumiram cargos importantes. Período 2: As pessoas, que têm excelente caráter, assumiram cargos importantes. OU ( que têm excelente caráter) OU - que têm excelente caráter - No primeiro período, faz-se referência às pessoas que têm excelente caráter. No segundo período, todas as pessoas têm excelente caráter. Portanto, a primeira oração é subordinada adjetiva restritiva, e a segunda, adjetiva explicativa.

3. ORAÇÕES SUBORDINADAS ADVERBIAIS:

equivalem a um advérbio; exercem função própria de advérbio; funcionam como um adjunto adverbial; são introduzidas pelas conjunções subordinativas que atribuem uma circunstância à oração que

iniciam.

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Assim, a saber: causais – PORQUE – indicam uma circunstância de causa à oração à qual se ligam.

Ex.: Não saiu, porque estava muito frio.

condicionais – SE – expressam uma condição, para que a ação anterior se realize. Ex.: Serás aprovado no vestibular, se estudares muito.

comparativas – ASSIM COMO – expressam uma comparação em relação a um elemento anterior.

Pode apresentar a elipse do verbo. Ex.: O trem deslizava como uma serpente (deslizava).

conformativas – CONFORME – expressam conformidade de uma idéia com outra.

Ex.: Conforme afirmava Descartes, o homem é um caniço pensante.

concessivas – EMBORA – trazem idéia de concessão a uma outra ação.

Ex.: Embora chova, irei ao cinema.

consecutivas – QUE ( antecedido de tão, tal, tamanho e tanto) – trazem idéia de conseqüência.

Ex.: Estudou tanto, que será aprovado no vestibular.

finais – A FIM DE QUE – expressam idéia de finalidade. Ex.: Deverão estudar, a fim de que possam ser aprovados.

temporais – QUANDO – indicam uma circunstância de tempo.

Ex.: Quando precisou de silêncio, viajou para a praia.

proporcionais – À PROPORÇÃO QUE – indicam proporcionalidade. Essas orações sempre trazem idéia dinâmica.

Ex.: Á medida que estudava, mais aprendia sobre os egípcios.

PONTUAÇÃO DAS ORAÇÕES SUBORDINADAS ADVERBIAIS:

As orações subordinadas adverbiais exercem a função de adjunto adverbial, termo acessório na estrutura oracional, portanto são virguladas. Alguns autores entendem que, se a oração subordinada seguir a oração principal, não haverá necessidade do uso das vírgulas o que ocorrerá , se a oração subordinada anteceder a oração principal. Entretanto, preferimos a primeira posição. Ex.: Quando estudares, serás aprovado. Serás aprovado quando estudares.

4. ORAÇÕES REDUZIDAS:

São orações que:

apresentam o verbo numa das formas nominais: infinito (-R), gerúndio ( -NDO), particípio (- DO/ -TO); não são introduzidas por nexos oracionais expressos; podem ser desdobradas; em geral, classificam-se como subordinadas.

Ex.: Estudando toda a matéria, certamente passarás no vestibular.

Estudando a matéria = se estudares a matéria – oração subordinada adverbial condicional reduzida de gerúndio.

OBSERVAÇÃO: Poderá ocorrer que uma oração reduzida, por não apresentar conjunção, transmita mais de uma idéia. Ex.: Fazendo as tarefas, o professor recompensará o aluno. Fazendo as tarefas = quando fizer as tarefas – or. sub. adverbial temporal = se fizer as tarefas – or. sub. adverbial condicional

PONTUAÇÃO DAS ORAÇÕES REDUZIDAS:

Como são orações que podem ser desdobradas representando qualquer das orações estudadas, obedecem às regras de pontuação que são estabelecidas para as orações em geral. Ex.: Estudando muito, serás aprovado. Foi aprovado, por ter estudado muito. Terminado o trabalho, foi ao cinema. É necessário ter força de vontade para conseguir vitórias na vida.

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18) PONTUAÇÃO

Por certo, não há uniformidade entre os escritores quanto ao emprego dos sinais de pontuação. Entretanto todos concordam que a pontuação, num texto, tem por finalidade:

assinalar as pausas e inflexões que, na língua falada, expressamos pela entonação da voz; separar palavras, expressões e orações que queremos destacar ou devem ser destacados; afastar qualquer tipo de ambigüidade, deixando claro o sentido da frase.

Assim, convém que dominemos as normas gramaticais estabelecidas, na língua escrita atual, para o uso dos sinais de pontuação.

USO DA VÍRGULA :

I) Usa-se a vírgula, dentro da oração, para:

a) isolar aposto; b) isolar vocativo; c) isolar predicativo deslocado; d) isolar adjunto adverbial deslocado; e) marcar a supressão do verbo; f) isolar conjunções coordenativas adversativas e conclusivas deslocadas. g) separar termos da mesma função sintática; h) em datas.

ATENÇÃO! MUITO IMPORTANTE LER...

Um comentário antes de passarmos para os exemplos: percebe-se que é fundamental o domínio das funções sintáticas para uma pontuação interna adequada da oração. Não há como separar a pontuação correta de uma oração do conhecimento das funções que cada termo tem dentro da estrutura. Assim, é certo não usarmos qualquer tipo de pontuação que isole o sujeito do verbo e o verbo dos seus complementos. Também é equivocada a pontuação do adjunto adnominal e do complemento nominal, separando-os dos termos a que se referem. Além disso, convém lembrar que a vírgula significa uma pausa, mas nem toda pausa “pede” uma vírgula. Agora, vamos aos exemplos! Ex.: Representava apenas uma cara enorme, de mais de um metro de largura: o rosto de um homem de uns quarenta e cinco anos, com espesso bigode preto e traços rústicos mas atraentes.

o rosto...atraentes = aposto Vamos, camaradas, um pouco de vida nisso!

Camaradas = vocativo De repente, encontrou-se num relvado fofo e curto, numa noite estival, em que os raios oblíquos do sol ainda douravam o chão.

De repente e numa noite estival = adjuntos adverbiais deslocados Desperto, chamava-a de Terra Dourada.(predicativo deslocado) Desperto = predicativo deslocado

Da gaveta da mesa tirou uma caneta, um tinteiro e um livro em branco, de lombo vermelho e capa de cartolina mármore. As vírgulas desse período separam termos da mesma função sintática. Vocês saem hoje; as crianças, amanhã.

A vírgula marca a elipse do verbo sair na segunda oração. No momento seguinte, porém, a queimação na barriga amainou e o mundo lhe pareceu mais ameno.

Porém = conjunção coordenativa adversativa deslocada

II) Usa-se a vírgula, entre orações, para : a) separar orações coordenadas em geral; b) separar orações adjetivas explicativas; c) separar orações subordinadas adverbiais; d) separar oração subordinada substantiva apositiva; e) isolar orações intercaladas ou intrometidas; f) separar orações reduzidas.

Exemplos: Estirou as asas, tornou a fechá-las cuidadosamente, inclinou a cabeça por um instante... Orações coordenadas assindéticas Luís, que tinha vinte e seis anos, morava numa república com mais trinta moças.

Que tinha vinte e seis anos = or. sub. adj. explicativa 25

Não corremos perigo, enquanto ficarmos por trás das ramadas.

Enquanto ficarmos por trás das ramadas = or. sub. adverbial As letras compunham uma mensagem clara: guerra é paz, liberdade é escravidão, ignorância é força.

Guerra é paz, liberdade é escravidão, ignorância é força = or. sub. apositiva Tinha-se que viver na suposição de que , e vivia-se por hábito transformado em instinto, cada som era ouvido.

Oração intercalada ou intrometida Era a Patrulha da Polícia, espiando pelas janelas do povo.

Oração reduzida de gerúndio, subordinada adjetiva OBSERVAÇÃO: As orações coordenadas sindéticas aditivas são separadas por vírgulas, quando apresentarem sujeito diferente da oração antecedente e quando houver polissíndeto, conforme já comentamos ao estudarmos as orações coordenadas. Ex.: Era um dia tenso e ensolarado de abril, e os relógios batiam treze horas.(orações ligadas por E com sujeitos diferentes E lima, e sofre, e sua! ( polissíndeto)

USO DO PONTO-E-VÍRGULA:

Usa-se o ponto-e-vírgula: a) para separar orações que tenham o uso da vírgula para marcar supressão do verbo; b) para separar orações que apresentem o nexo deslocado; c) para separar itens de um considerando ou partes importantes de um período;

d) para separar orações coordenadas de certa extensão.

OBSERVAÇÃO: As situações gramaticais de uso do ponto-e-vírgula admitem ora a vírgula, ora o ponto final. Na verdade,é preferível e não obrigatório o uso desse sinal de pontuação nas situações acima enumeradas. Exemplos: Todos estavam atentos às palavras do Grande Irmão; ele, às mulheres que avistava pela janela.

Nesse período o uso do ponto-e-vírgula separa orações, pois, no interior da segunda oração, a vírgula foi usada para marcar a elipse do verbo. Deveria passar sem reconhecê-la; com sorte, porém, não haveria risco em conversarem um quarto de hora.

A conjunção PORÉM deslocada justifica o suo do ponto-e-vírgula para separar as orações.

USO DOS DOIS PONTOS:

Usam-se os dois pontos para : a) dar início a uma citação ou fala; b) dar início a uma seqüência que esclarece, explica, identifica, desenvolve ou discrimina uma idéia anterior.

Exemplo: Disse Saint-Exupéry: “O essencial é invisível aos olhos”. (citação) Nada podemos fazer sozinhos: a colaboração do grupo é fundamental para soluções mais práticas.(complementação)

USO DAS ASPAS:

Usam-se as aspas para: a) isolar citação textual; b) isolar palavras ou expressões estranhas à língua culta( gírias, estrangeirismos, neologismos); c) para mostrar que a palavra está em sentido diverso do usual.

Exemplo: De um jeito “maneiro”, ele convenceu o irmão a viajar em sua companhia. “Amigo” talvez não fosse a palavra correta.

No primeiro período, “maneiro” é um termo de gíria, enquanto, no segundo, mostra a palavra usada em sentido que não o usual.

USO DO TRAVESSÃO:

Usa-se o travessão para: a) introduzir o discurso direto; b) substituir dupla vírgula, a fim de dar ênfase ou destaque ao termo intercalado.

Exemplo: - Exatamente quem eu procurava, disse uma voz atrás de Wiston.

Nesse período o travessão introduz o discurso direto. Estamos é destruindo palavras – às dezenas, às centenas, todos os dias – reduzindo a língua à expressão mais simples.

A ênfase ou destaque à expressão entre travessões justifica seu uso. 26

USO DOS PARÊNTESES:

Usam-se os parênteses para isolar explicações, indicações ou comentários acessórios. Exemplo: Em “1984” ( livro que surpreendeu os leitores, quando de sua publicação )George Orwell nos fornece um retrato do que seria a vida, em particular na Inglaterra, no ano de 1984.

OBSERVAÇÃO IMPORTANTE:

Quanto ao uso dos sinais de pontuação, o importante é conhecer a estrutura da oração e do período, para poder trabalhar-se com as possibilidades de substituições e equivalências no que se refere ao uso desses sinais e entender que a ausência ou presença dos sinais de pontuação podem alterar o significado de uma frase.

20) DEFEITOS DE UM TEXTO ( ou vícios de linguagem)

O texto escrito, como sabemos, deve apresentar clareza, concisão, correção e elegância de estilo, para ser de agradável leitura e de fácil entendimento para o leitor. Por isso, é importante que estejamos atentos a estruturas mal formuladas ou termos mal colocados nas frases que prejudicam a compreensão do que queremos expressar. A essas situações lingüísticas chamamos defeitos ou vícios de linguagem que passamos a analisar abaixo. 1) AMBIGÜIDADE ( ou anfibologia) : Também chamada de anfibologia, ocorre quando a frase apresenta mais de um sentido. Provoca ambigüidade a má pontuação ou o mau emprego de palavras ou expressões que atentam contra a clareza. Ex.: Alice saiu com sua irmã. (O problema se resolveria com o uso da combinação DELA.) Vendem-se cobertores para casal de lã. (O deslocamento da expressão de lã para após cobertores é o correto.)

2) OBSCURIDADE: Obscuridade significa falta de clareza, e são vários os motivos que determinam um texto obscuro: períodos excessivamente longos, linguagem rebuscada, má pontuação. Ex.: “ Ocorre que a vida não é estática e não é possível estratificar as condições estabelecidas para a evolução do plano de um grupo de pessoas, não havendo como fazer sobreviver um contexto passado que já não existe, especialmente quando se trata do regime jurídico de caráter institucional que complementa a Previdência Social”. (Observação feita pelo

professor Arnold Wald a respeito da reforma da Previdência) Em resumo: As coisas mudam. 3) PLEONASMO: Também chamado de redundância consiste na repetição desnecessária de um termo. Ex.: A brisa matinal da manhã enchia-o de energia. Há um elo de ligação entre os países que sofrem ataques terroristas. Por que você compraria uma enciclopédia se pode ganhar uma grátis? (texto de propaganda da revista ISTOÉ)

OBS.: Convém lembrar que o pleonasmo pode ser usado como recurso estilístico de grande efeito. Nesse caso, não é um defeito. Ex.: A ti, trocou-te a máquina mercante. (Gregório de Matos)

A alma, não a deves vender ao demônio. 4) CACOFONIA: Consiste na produção de som desagradável ou palavras de mau gosto pela união de sílabas finais de uma palavra com as sílabas iniciais de outra. Ex.: Nunca gaste dinheiro com bobagens. Por cada par de sapatos paguei uma verdadeira fortuna. Prometeu amá-la pelo resto da vida.

5) ECO: Consiste na repetição de palavras terminadas pelo mesmo som que resultam em “ rima” interna. Ex.: A decisão da eleição não causou comoção na população.

6) PROLIXIDADE: Expressões que não acrescentam nada de significativo ao texto, apenas servem para “ encher linhas” resultam em prolixidade. Ex.: Os jovens têm algo a transmitir aos mais velhos? Antes de mais nada, não saberia responder com exatidão. Grosso modo, há sempre uma eterna divergência entre as gerações. Os jovens pensam de um jeito, às vezes estranho que chega a escandalizar os mais velhos... Já os mais velhos, por outro lado, costumam, na maioria das vezes, achar que os mais jovens, em alguns casos, não têm absolutamente nada a transmitir aos mais idosos. 7) SOLECISMO – erro de sintaxe ( concordância, regência ou colocação de pronomes). Ex.: Falta livros na estante. Eu lhe amo muito. Contarão-te a cena assistida por todos.

8) BARBARISMO – emprego de palavras erradas, relativamente à pronúncia, à forma ou à significação. Ex.: Eles proporam um acordo e nos reavemos o que tínhamos perdido. Colocou sua rubrica no papel.

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9) ESTRANGEIRISMO : uso de palavras ou construções próprias de línguas estrangeiras. Conforme a proveniência, o estrangeirismo pode ser chamado de galicismo ou francesismo ( do francês), anglicismo (do inglês), italianismo ( do italiano) e assim por diante. Ex.: A determinada roupa pode ser in ou out dependendo dos estilistas famosos que determinam a moda. O boom da economia causou pânico nos mercados estrangeiros. Descoberto o complô os culpados foram presos.

ATENÇÃO! Procure, ainda, evitar frases feitas, os chavões, pois empobrecem muito o texto. Ex.: Temos enfrentado uma situação de inflação galopante. Nos dias de hoje, há muito que se aprender com as crianças. O candidato ganhou as eleições com uma diferença esmagadora.

BIBLIOGRAFIA:

ALMEIDA, Napoleão Mendes de Almeida. Gramática Metódica da Língua Portuguesa. 41ª edição. São Paulo: Saraiva, 1997. _______. Dicionário de Questões Vernáculas. 4ª edição. São Paulo: Ática, 1998. BACK, Eurico e MATTOS, Geraldo. Redação Oficial e Comercial. 3

a edição.São Paulo: FTD, 1975.

CEGALLA, Domingos Paschoal. Novíssima Gramática da Língua Portuguesa.46ª edição. São Paulo: Companhia Editora Nacional, 2005. CUNHA, Celso e CINTRA, Lindley. Nova Gramática do Português Contemporâneo.3ª edição revista. Rio de Janeiro: Nova Fronteira. KASPARY, Adalberto. Hábeas verba. 6ª edição. Porto Alegre: Livraria do Advogado Editora, 2000. ________. Verbo na Linguagem Jurídica. 3ª edição. Porto Alegre: Livraria do Advogado Editora,1993. ________. Redação Oficial. Normas e Modelos. 12ª edição revista e atualizada. Porto Alegre: Prodil,1995. LIMA. A. Oliveira. Redação Oficial: teoria,modelos e exercícios. 2ª edição, 3ª tiragem. Rio de Janeiro:Elsevier,2005. ________. Faça e Passe. Rio de Janeiro:Elsevier, 2006. LUFT, Celso Pedro. Grande Manual de Ortografia. São Paulo: Globo, 2000.

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CONCURSO PROCURADOR DO ESTADO – PGE

DATA: 10 DE JANEIRO DE 2010

BANCA EXAMINADORA: FUNDATEC

PROGRAMA DE PORTUGUÊS (PROVA COM 40 QUESTÕES)

LÍNGUA PORTUGUESA 1. Ortografia. 1.1. Sistema oficial vigente. 1.2. Relação entre fonema, som e letra. 2. Morfologia. 2.1. Estrutura e formação de palavras. Famílias de palavras. 2.2. Classes de palavras e seu emprego. 2.3. Flexão nominal e verbal. 3. Sintaxe. 3.1. O período e sua construção. 3.2. Processos de coordenação e subordinação. 3.3. Equivalência e transformação de estruturas. 3.4. Discurso direto, indireto e indireto livre. 3.5. Regência nominal e verbal. 3.6. Concordância nominal e verbal. 3.7. Pontuação. 4. Semântica. 4.1. Significação contextual de palavras e expressões. Relações semânticas entre palavras e expressões; sinonímia;

campos semânticos. 4.2. Relações lógicas e enunciativas entre orações. 4.3. Valores das classes de palavras; valores dos tempos, modos e vozes verbais. 4.4. Efeitos de sentido da ordenação dos constituintes na oração e das orações no período. 5. Leitura e análise de texto. 5.1. Variedades de texto e adequação de linguagem. 5.2. Sentidos do texto: coerência e progressão temática na estruturação de textos; sentido global de um texto; relações

contextuais entre segmentos de um texto; informações explícitas e inferências válidas na leitura do texto. 5.3. Estruturação do texto: recursos de coesão, função referencial de pronomes; uso de nexos para estabelecer

relações entre segmentos do texto; valores da segmentação do texto em parágrafos. OBSERVAÇÃO: AS PROVAS DISCURSIVAS TERÃO OS ASPECTOS GRAMATICAIS AVALIADOS = 20% DA

NOTA.

QUESTÕES DE PROVAS FORMULADAS PELA FUNDATEC

ORTOGRAFIA e FONÉTICA:

1. (Procurador/2005) Avalie as afirmações abaixo sobre o uso de acento gráfico em palavras do texto.

I – Caso fosse retirado o acento gráfico das palavras média (linha 01) e acúmulo (linha 03), apareceriam outras palavras também existentes da Língua Portuguesa. II – As palavras próxima e década (linha 02) são acentuadas em função da regra que determina o uso de acento gráfico em palavras paroxítonas terminadas em a. III – As palavras área (linha 05) e gaúcha (linha 17) recebem acento gráfico, pois ambas apresentam um hiato. Quais estão corretas?

(A) Apenas a I. (B) Apenas a II. (C) Apenas a III. (D) Apenas a I e a II. (E) Apenas a II e a III.

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2. (Procurador/2005) - Analise as seguintes afirmações sobre palavras retiradas do texto, assinalando V, se forem verdadeiras, e F, se falsas.

( ) A palavra conseqüentemente (linha 05) possui o mesmo número de letras e fonemas. ( ) As palavras estressam (linha 08) e trabalho (linha 09) possuem, cada uma delas, um encontro consonantal e um dígrafo. ( ) A palavras Numa (linha 10) tem 4 letras e 4 fonemas, já a palavra impor (linha 18) possui 5 letras e 4 fonemas. A seqüência correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é

(A) F – V – V. (B) F – F – V. (C) V – V – F. (D) V – F – F. (E) F – F – F

3. Advogado Cremers/2008) – Analise as afirmações, que são feitas a seguir, a respeito de palavras

do texto. I – Em irreversíveis e compreensão, o conjunto de letras grifado representa um fonema. II – Nas palavras proíbe e terapêuticas, os encontros vocálicos salientados são classificados como ditongos. III – Em tratamento e interpretado, os conjuntos de letras sublinhados representam dígrafos, e os negritados, encontros consonantais. Quais estão incorretas?

(A) Apenas I. (B) Apenas II. (C) Apenas III. (D) Apenas I e II. (E) Apenas II e III.

4. (Detran/2009) Analise os grupos de palavras abaixo e, a seguir, assinale V, verdadeiro, ou F, falso,

nas afirmações que são feitas sobre eles. G1 – estradas, siglas, enquanto. G2 – governo, construções, estradinhas. G3 – círculo, exemplo, ímpar. ( ) Em todos os três grupos, há palavras que contêm dígrafos. ( ) Apenas em G1 e G2, há palavras com dígrafos. ( ) Todas as palavras de G1 têm encontro consonantal. ( ) Em G3, apenas duas palavras têm encontro consonantal. A ordem correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é:

(A) V – V – V – V. (B) V – F – F – V. (C) F – V – V – V. (D) V – F – F – F. (E) F – F – F – F.

5. (Procurador/2005) – Chegou-se a dezoito fatores, desde ___12___ de _____12____ por parte da chefia até

tensões provocadas pelas novas tecnologias (internet fora do ar, celular sem sinal etc.). Em seguida, os pesquisadores entrevistaram homens e mulheres separadamente, para que se identificassem os principais motivos de stress em cada grupo. O que mais causa stress nas mulheres é a sobrecarga de trabalho. Entre os homens, é o medo de perder o emprego. "As mulheres acham que precisam se esforçar mais e fazer várias coisas ao mesmo tempo para provar que são tão capazes quanto os homens", diz a psicóloga gaúcha Ana Maria Rossi, coordenadora da pesquisa. Por isso, segundo ela, as mulheres acumulam mais e mais funções. "Para impor credibilidade, sinto que preciso me empenhar mais do que meus colegas homens nas negociações com os clientes", diz a administradora paulista Ana Carolina de Magalhães Cezário, 24 anos, que trabalha na área de __21____ ligada ao comércio exterior. "Esse é um dos motivos pelos mantenho um __21___ de trabalho muito puxado, com o celular ligado 24 horas por dia", ela diz. Assinale a alternativa cujas palavras completam corretamente as lacunas tracejadas das linhas 12 e 21, respectivamente.

(A) exesso – ezigências – lojística – ritmo (B) excesso – exigências – logística – ritmo (C) exesso – exigências – lojística – rítimo (D) excesso – ezigências – logística – rítimo (E) excesso – ezigências –lojística – ritmo

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6. (Adminstrador/2007) Leia o texto: Nosso Espaço

Já somos 6 bilhões, não contando o milhão e pouco que nasceu desde o começo desta frase. Se fosse um planeta bem administrado, isto não assustaria tanto. Mas é, além de tudo, um lugar mal freqüentado. Temos a fertilidade de coelhos e o caráter de chacais, que, como se sabe, são animais sem qualquer espírito de solidariedade. As megacidades, que um dia foram símbolos da felicidade bem distribuída que a ciência e a técnica nos trariam – um helicóptero em cada garagem e caloria sintética para todos, segundo as projeções futuristas de anos atrás – se transformaram em representações da injustiça sem remédio, cidadelas de privilégio cercadas de miséria, uma réplica exata do mundo feudal, só que com monóxido de carbono. Nosso futuro é a aglomeração urbana, e as sociedades se dividem entre as que se preparam – _____10________ ou não – para um mundo desigual e apertado e as que confiam que as cidades resistirão às hordas sem espaço. Os jornais ficaram mais estreitos para economizar papel, mas também porque diminuiu a área para expansão dos nossos cotovelos. Chegaremos ao tablóide radical, duas ou três colunas magras onde tudo terá que ser dito com ___13_____ desesperada. Adeus advérbios de modo e frases longas, adeus frivolidades e divagações superficiais como esta. A tendência de tudo feito pelo homem é para a diminuição – dos telefones e computadores portáteis aos assentos na classe econômica. O próprio ser humano trata de perder volume, não por razões estéticas ou de saúde, mas para poder caber no mundo. No Japão, onde muita gente convive .... anos com pouco lugar, o espaço é sagrado. Surpreende a extensão dos jardins do palácio imperial no centro de Tóquio, uma cidade onde nem milionário costuma ter mais de dois quartos, o que dirá um quintal. É que o espaço é a suprema deferência japonesa. O imperador sacralizado é ele e sua imensa circunstância. Já nos Estados Unidos, reverencia-se o espaço com o desperdício. Para entender os americanos, você precisa entender a sua classificação de camas de acordo com o tamanho: queen size, tamanho rainha; king size, para reis, e, era inevitável, emperor size, do tamanho de jardins imperiais. É o espaço como suprema ostentação, pois – a não ser para orgias e piqueniques – nada é mais ____24____ do que espaço sobrando numa cama, exatamente o lugar onde não se vai a lugar algum. Os americanos ainda não se deram conta ..............., quando chegar o dia ............. haverá chineses embaixo de todas as camas do mundo, quanto maior a cama, mais chineses. (Veríssimo, L. F. – Zero Hora,07/5/2007 – texto adaptado)

Assinale a alternativa que completa corretamente as lacunas tracejadas das linhas 10, 13 e 24, respectivamente.

(A) concientemente – conscisão – supérfluo. (B) conscientemente – consisão – supérfulo. (C) consientemente – concisão – supérfluo. (D) conscientemente – conscisão – supérfulo. (E) conscientemente – concisão – supérfluo.

7. (Economista/2006) – Considere as afirmações abaixo sobre a relação entre letras e fonemas em

palavras do texto e marque 1, se as afirmações forem verdadeiras, e 2, se forem falsas. ( ) Na palavra complexas (linha 29), a letra x representa dois fonemas, assim como a letra c na palavra detecção (linha 45). ( ) As palavras pessoal (linha 01) e mental (linha 34), têm mais letras que fonemas. ( ) Os segmentos marcados nas palavras detalhada (linha 10), cardíacos (linha 21) e conflito (linha 31) representam encontros consonantais. A seqüência correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é

(A) 2 – 1 – 1. (B) 2 – 1 – 2. (C) 1 – 2 – 1. (D) 2 – 2 – 1. (E) 1 – 2 – 2.

8. (AFTE – 2009)- Marque a alternativa em que todas as palavras são acentuadas de acordo com a

mesma regra de acentuação:

(A) Número – homicídio – minúcias

(B) Violência – vários – papéis

(C) Práticas – público – sinônimo

(D) Salários – análise – observatório

(E) País – três – além

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9. (ADMINISTRADOR /2003) – Considere as seguintes afirmações quanto à relação entre letras e fonemas em palavras do texto. I – As letras sublinhadas nas palavras comessem (linha 01), Universal (linha 24) e conceito (linha 33) representam um mesmo fonema. II – Os segmentos sublinhados nas palavras naquele (linha 01), admitindo-se (linha 04) e chavão (linha 09) pertencem ao caso em que um único fonema é representado por mais de uma letra. III – As palavras implicações (linha 10), Paralelamente (linha 16) e transforma (linha 38) têm, cada uma delas, igual número de letras e de fonemas. Quais estão corretas?

(A) Apenas a I. (B) Apenas a II. (C) Apenas a III. (D) Apenas a I e a II. (E) A I, a II e a III.

10. (AFTE/2009) Numere a segunda coluna de acordo com a primeira, considerando a tonicidade e as regras de acentuação das palavras, e assinale a alternativa que contém a numeração correta, de cima para baixo: 1. secretaria 2. raiz 3. molho 4. rubrica 5. fácil ( ) A tonicidade correta é na antepenúltima sílaba. ( ) No plural a palavra termina em ditongo mantendo o acento. ( ) Quanto acentuada graficamente, a palavra muda o significado. ( ) No plural a palavra tem acento gráfico. ( ) Quando se altera o timbre da vogal tônica muda-se também a classe gramatical da palavra.

(A) 4,2,1,3,5. (B) 4,5,1,2,3. (C) 4,2,3,1,5. (D) 3,2,4,1,5. (E) 2,1,3,5,4.

11.(Economista/2006) - Assinale a alternativa cujas palavras completam corretamente as lacunas pontilhadas das linhas 01, 05, 13 e 35, respectivamente. Um aviso ao pessoal que costuma ser convocado ..1.. depor: a ciência descobriu um método muito mais eficiente que os tradicionais para saber se uma pessoa está mentindo ou não. Na última década, essa tecnologia tem dado sobrevida ..5.. um campo que parecia ter caído em desgraça entre os pesquisadores, a biopsicologia. Exatamente .....13...... a mentira é um ato racional. Mas, para mentir, a pessoa precisa conter o instinto de relatar a verdade e ainda por cima parecer convincente. Ao desvendar o processo mental de elaboração da mentira, o novo aparelho joga luz numa área de conhecimento que até então praticamente se restringia ..35.. observação do comportamento humano.

(A) a – a – por que – por que – a (B) à – à – Por que – por que – à (C) a – a – Por que – porque – à (D) a – à – porque – por que – à (E) à – à – Porque – porque – a

12. (Economista/2006) Assinale a alternativa que completa corretamente as lacunas tracejadas das linhas 03, 24 e 37, respectivamente. É uma nova aplicação para o conhecido aparelho de ressonância magnética funcional, cujos sensores conseguem ____3____ que áreas do cérebro são acionadas no momento exato em que se processam pensamentos e emoções. O problema é que tais sintomas muitas vezes aparecem em pessoas que dizem a verdade, mas que ficam ________24_____ nervosas ao serem avaliadas pela máquina. Com base nessas pesquisas mais antigas, o FBI (a polícia federal americana) desenvolveu uma técnica para ___37______ mentirosos avaliando expressões faciais e gestos.

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(A) discernir – excessivamente - flagrar (B) dicernir – exessivamente - fragar (C) discernir – exsecivamente - flagrar (D) disernir – excessivamente - flagrar (E) discernir – excessivamente - fragar

13. (Psicólogo Judiciário – TJ/2009) - A palavra avareza é grafada com Z por determinação de uma regra ortográfica; essa mesma regra está corretamente aplicada em todas as palavras a seguir, EXCETO:

(A) pequenez (B) poetiza (C) grandeza (D) destreza (E) beleza

14. (AFTE) Em qual das palavras sublinhadas não há erro de ortografia?

(A) O hêsito de uns pode ser o fracasso de outros.

(B) A paralização dos funcionários preocupou a direção da empresa.

(C) O rapaz precisou ir ao dentista para extrair o ciso.

(D) Todos hesitaram no momento de dar a resposta.

(E) O evento beneficiente foi produtivo.

15. (Detran/2009) - Analise as afirmações feitas a respeito de palavras do texto que recebem acento gráfico. I – A forma verbal têm (l. 01 e 05) recebe acento gráfico, pois representa plural. II – As palavras é (l. 04), já (l. 07) e até (l. 37) são acentuadas em razão da mesma regra. III – número (l. 11), círculo (l. 13) e é (l. 33), sem o acento gráfico, continuam a constituir palavras da língua portuguesa, porém assumem outra classe gramatical. Quais estão incorretas?

(A) Apenas I. (B) Apenas II. (C) Apenas III. (D) Apenas I e II. (E) Apenas II e III.

16. (Administrador/2007) Analise as afirmações abaixo a respeito do uso de acentos em palavras do texto. I – As palavras símbolos (linha 04), sintética (linha 05) e econômica (linha 15) recebem acento gráfico por serem proparoxítonas. II – só (linha 07), terá (linha 13) e haverá (linha 26) são acentuadas em virtude da mesma regra. III – As palavras tablóide (linha 12) e saúde (linha 16) recebem acento gráfico pela mesma razão, ambas possuem ditongo aberto. Quais estão corretas?

(A) Apenas a I. (B) Apenas a II. (C) Apenas a III. (D) Apenas a I e a II. (E) Apenas a II e a III.

17. (Economista/2006) Considere as afirmações feitas sobre o uso de acento gráfico em palavras do texto, assinalando com V, se verdadeiras, ou com F, se falsas. ( ) As palavras caído (linha 05) e aí (linha 15) são acentuadas em virtude da mesma regra. ( ) Regras diferentes determinam o uso do acento gráfico nas palavras cérebro (linha 04), biológicos (linha 07) e polígrafo (linha 20). . ( ) A palavra evidências (linha 31) recebe acento gráfico por ser uma proparoxítona terminada em ditongo crescente. A seqüência correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é

(A) F – V – V. (B) F – V – F. (C) V – F – F. (D) V – V – V. (E) V – F – V.

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18. (ADVOGADO JÚNIOR/2005) Instrução: A questão abaixo se refere ao texto.

Quando o homem é uma ilha. Perplexidades adultas: por que nos perdemos tanto? Por que tantos encontros amigos ou amorosos, e mesmo profissionais, começam com entusiasmo e de repente – ou lenta e ______5_________ - se transformam em objeto de indiferença, irritação ou até mesmo crueldade?(...) No mais trivial comentário, ____9______, em lugar de prestar atenção ao outro, a gente prefere rotular, discriminando, marcando a ferro e fogo o flanco alheio com um rótulo invisível e ao mesmo tempo tão evidente? “Burro”, “arrogante”, “Falso”, “preguiçoso”, “mentiroso”, “omisso”, “desleal”, “vulgar”. Muitas vezes, humilhamos logo de saída, demonstrando nossos preconceitos sem nos envergonharmos deles, pois nem nos damos conta.(...) Pergunto a uma amiga pelo seu genro: “Aquele? Cada vez mais gordo!” mas talvez eu ______17____saber se ele estava empregado, se estava contente, se fazia a filha dela feliz.(...) Não admira que a gente sinta medo, solidão, raiva mesmo que imprecisa, nem sabemos de quem ou do _____31____. Atacamos antes que nos ataquem. O outro é sempre uma ameaça, não uma possibilidade de afeto ou alegria. LUFT, Lya. Veja, 1

0 de dezembro de 2004. Texto adaptado.

Assinale a alternativa que preenche as lacunas das linhas 05, 09, 17 e 31, respectivamente.

(A) incidiosamente – porque – quizesse – quê (B) insidiosamente – por que – quizesse – que (C) insidiosamente – por que – quisesse – quê (D) incidiosamente – por que – quisesse – que (E) inscidiosamente – porque – quisesse – quê

19. (ADMINISTRADOR /2003) – Considere as seguintes afirmações quanto à relação entre letras e fonemas em palavras do texto. I – As letras sublinhadas nas palavras comessem (linha 01), Universal (linha 24) e conceito (linha 33) representam um mesmo fonema. II – Os segmentos sublinhados nas palavras naquele (linha 01), admitindo-se (linha 04) e chavão (linha 09) pertencem ao caso em que um único fonema é representado por mais de uma letra. III – As palavras implicações (linha 10), Paralelamente (linha 16) e transforma (linha 38) têm, cada uma delas, igual número de letras e de fonemas. Quais estão corretas?

(A) Apenas a I. (B) Apenas a II. (C) Apenas a III. (D) Apenas a I e a II. (E) A I, a II e a III.

MORFOLOGIA: 20. (Advogado Cremers/2007) Em relação à palavra incurável (l. 39) é correto afirmar que:

A) Possui prefixo e sufixo. B) O radical é representado por –curav. C) –incura é radical. D) O prefixo atribui idéia de inclusão. E) O sufixo é formador de advérbio.

21. (Contador CEEE/2007) Marque C (correto) ou I (incorreto) nas afirmações a respeito da palavra que, destacada nos seguintes segmentos do texto. ( ) Em dando origem a gases como o metano, que tem impacto (linha 03), o termo destacado refere-se a metano. ( ) Em extração do urânio ou carvão nas minas, que modifica a paisagem (linhas 18 e 19), o pronome destacado refere-se a minas. ( ) Em Numa sociedade de consumo que exige cada vez mais conforto (linhas 23 e 24), a palavra destacada refere-se a consumo. ( ) Em garantem que a mesma produção (linha 33) a palavra destacada é uma conjunção integrante. Assinale a ordem correta das respostas, de cima para baixo.

(A) C – C – C – C (B) C – C – I – I (C) C – I – I – I (D) C – I – I – C (E) I – I – C – C

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22. (Detran/2009) - Sobre as três ocorrências da palavra que na linha 01 do texto, - As siglas que nomeiam as estradas têm embutidos códigos que explicam que tipo de rodovia cada uma é. - afirma-se que: I – Em todas as ocorrências, é pronome relativo. II – Apenas em duas ocorrências é pronome relativo. III – Apenas em uma ocorrência é conjunção integrante. IV – Apenas em uma ocorrência é pronome relativo. Quais estão corretas?

(A) Apenas I e II. (B) Apenas II e III (C) Apenas III e IV (D) Apenas I, II e III. (E) Apenas II, III e IV.

23. (Procurador/2005) Observe os fragmentos abaixo, retirados do texto. I – ...uma área de pesquisa que dificilmente produz... (linhas 05 e 06). II – Ele mostra que mulheres e homens... (linha 08). III – As mulheres acham que precisam... (linha 16). Em quais deles a palavra que é conjunção?

(A) Apenas a I. (B) Apenas a II. (C) Apenas a III. (D) Apenas a I e a II. (E) Apenas a II e a III.

24. (Administrador/2007) Considere as seguintes afirmações sobre palavras do texto. 9 Nosso futuro é a aglomeração urbana, e as sociedades se dividem entre as que se preparam – 10 conscientemente ou não – para um mundo desigual e apertado e as que confiam que as cidades 11resistirão às hordas sem espaço. I – No período compreendido entre as linhas 09 e 11, todas as palavras grifadas pertencem à mesma classe gramatical. II – Na segunda ocorrência da linha 09 e na primeira ocorrência da linha 10, a palavra as classifica-se como pronome. III – A palavra às (linha 11) é uma contração da preposição a com o artigo definido as. Quais estão corretas?

(A) Apenas a I. (B) Apenas a II. (C) Apenas a III. (D) Apenas a I e a II. (E) Apenas a II e a III.

25. (AFTE/2009) – A única alternativa em que se usa o pronome de acordo com as exigências da norma

culta de língua é:

(A) “Excelentíssimo Senhor Procurador-Geral do Estado, permita Vossa Excelência que eu chame sua

atenção para um fato importante”.

(B) Era para mim entregar o documento na reunião.

(C) Conforme observamos, há pessoas que manifestam-se contrárias à linguagem usada pelos

internautas.

(D) Um ônibus repleto de estudantes parou na frente de um hotel, mas, antes de desembarcarem, o

porteiro informou-lhes de que não havia mais vagas.

(E) Tendo o direto pronunciado-se favoravelmente à questão, todos saíram satisfeitos.

26. (Psicólogo Judiciário – TJ/2009) Assinale a alternativa que NÃO apresenta uma palavra com prefixo

de negação.

(A) desprezado (linha 16) (B) inadimplente (linha 20) (C) desesperado (linha 20) (D) inquietar (linha 26) (E) insensível (linha 31)

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27. (Detran/2009) - Marque a alternativa cujo sentido do sufixo e/ou prefixo formador da palavra está corretamente indicado.

(A) estadual (l. 02) – proveniência, origem. (B) responsabilidade (l.03) – propriedade. (C) construção (l. 08) – lugar ou instrumento da ação. (D) pavimentadas (l. 08) – referência, semelhança. (E) transversais (l. 36) – movimento para além de .

28. (AFTE- 2009) - Tendo em vista a estrutura das palavras, o elemento sublinhado está incorretamente indicado em:

(A) verdadeira – sufixo (B) nasceu – desinência verbal número-pessoal (C) predispõe – prefixo (D) simples – desinência nominal de número (E) aprender – desinência de infinitivo

29. (ADMINISTRADOR/2003) Considere as seguintes afirmações sobre o processo de formação de palavras abaixo. I – As palavras recorrente (linha 13), estabilizar (linha 18) e apropriado (linha 26) são formadas mesmo processo, isto é, pelo acréscimo de um sufixo ao radical destacado. II – A palavra compra (linha 22) é formada pelo processo de derivação regressiva, ou seja, pela subtração de um elemento da palavra primitiva. III – As palavras independentemente (linha 07), internacionais (linha 14) e inundações (linha 39) têm o mesmo prefixo. IV – As palavras esfomear e empobrecer, pertencentes à mesma família de fome (linha 06) e pobres (linha 17), respectivamente, são formadas pelo processo de parassíntese. Quais estão corretas?

(A) Apenas a I e a II. (B) Apenas a I, a II e a III. (C) Apenas a II, a III e a IV. (D) Apenas a II e a IV. (E) Apenas a III e a IV.

30. (Economista/2006) Considere as seguintes ocorrências da palavra que. I – Um aviso ao pessoal que costuma ser convocado (linha 01) II – A mentira está entre essas complexidades que estão deixando sua impressão digital nos aparelhos (linhas 08 e 09) III – pessoas que apresentam doenças psíquicas mais complexas. (linhas 28 e 29) Em quais ocorrências a palavra que é pronome relativo?

(A) Apenas na I. (B) Apenas na I e na II. (C) Apenas na I e na III (D) Apenas na II e na III. (E) Na I, na II e na III.

31. (Psicólogo Judiciário – TJ/2009) Considere a passagem do texto para responder à questão.

Embora muitos já tenham esquecido, o Brasil viveu períodos de grandes surtos inflacionários, nos

quais o dinheiro perdia rapidamente o seu valor. Era muito comum ver moedas nas sarjetas das ruas; ali

ficavam porque valiam tão pouco que ninguém se dava ao trabalho de abaixar-se para apanhá-las. Isso nos

remete a um fato básico da economia e da vida social: a rigor, o dinheiro é uma ficção. Mas exatamente por

causa desse ângulo, digamos, ficcional, ele assume também caráter altamente simbólico.

O advérbio ali (linha 02), e os pronomes -las (linha 03) e Isso (linha 03) referem-se, respectivamente, a

(A) nas sarjetas das ruas (linha 02)

moedas (linha 02)

Era muito comum ver moedas nas sarjetas das ruas; ali ficavam porque valiam tão pouco que

ninguém se dava ao trabalho de abaixar-se para apanhá-las (linhas 02 a 03).

(B) ruas (linha 02)

sarjetas (linha 02)

ninguém se dava ao trabalho de abaixar-se para apanhá-las (linha 03).

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(C) sarjetas (linha 02)

moedas (linha 02)

ninguém se dava ao trabalho (linha 03).

(D) moedas (linha 02)

moedas (linha 02)

um fato básico da economia e da vida social (linha 04).

(E) nas sarjetas (linha 02)

ruas (linha 02)

o dinheiro é uma ficção (linha 04).

Instrução – Considere a seguinte frase, retirada do texto, para resolver as questões 32 e 33. Não é de admirar que avarentos tenham dado grandes personagens da ficção. (linhas 12 e 13 do texto). 32. (Psicólogo Judiciário – TJ/2009) 8. A forma verbal tenham dado pode ser substituída, desconsiderando-se possíveis alterações semânticas, por qualquer das alternativas seguintes, EXCETO:

(A) deram (B) derem (C) deem (D) vieram a dar (E) dão

33. (Psicólogo Judiciário – TJ/2009) 9. A expressão que substitui Não é de admirar que, mantendo seu valor semântico, é

(A) É admirável que (B) Não é notado que (C) Não surpreende o fato de que (D) Admiravelmente, (E) Surpreendentemente,

SINTAXE: 34. (Procurador/2005) No período as mulheres em geral sofrem mais de stress do que os homens (linha 27), o uso dos nexos estabelece uma relação de

(A) adição. (B) comparação. (C) concessão. (D) proporção. (E) causa.

35. (Detran/2009) Nas estradas estaduais, a regra é algo parecida, mas há menos variações. (l. 33) Assinale a única alternativa cuja reescritura do parágrafo mantém o sentido original e não fere nenhuma regra gramatical.

(A) A regra é algo parecida nas estradas estaduais, mas há menos variações. (B) A regra é bastante parecida, mas há menos variações nas estradas estaduais. (C) Nas estradas estaduais, a regra é parecida, mas existem menores variações. (D) Nas estradas estaduais, a regra é parecida, mas há poucas variações. (E) Nas estradas estaduais, a regra parece parecida, mas há menos diferenças.

36. (Detran/2009) Nas estradas estaduais, a regra é algo parecida, mas há menos variações. (l. 33). Considerando a relação estabelecida, o nexo coesivo mas só não poderia ser substituído por

(A) porém. (B) portanto. (C) contudo. (D) entretanto. (E) no entanto.

37. (Economista/2006) Os nexos quando (linha 10) e Mas (linha 13) poderiam ser substituídos, sem causar qualquer incorreção ou prejuízo ao sentido da frase em que se inserem, respe ctivamente, por

(A) à medida que – Porém. (B) no momento em que – Entretanto. (C) se – Logo. (D) mesmo que – Pois. (E) à proporção que – Por isso.

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38. (AFTE/2009) – A relação de sentido que se estabelece entre as orações abaixo indicada na expressão grifada, está incorreta em

(A) Se você responder “com certeza” ...a sua área é vendas.- condição (B) O pessoal da Contabilidade sempre confia mais nos dados do que nos olhos.- comparação (C) Parece simples, entretanto o “não sei” é uma das coisas mais difíceis... – concessão (D) De cada 100 pessoas, só uma tem a coragem de responder “não sei” quando não sabe. – tempo (E) (...) que economiza o tempo de todo mundo e predispõe os envolvidos – adição

39. (Psicólogo Judiciário – TJ/2009) 14. Como se pode ver em todas essas obras, a obsessão pelo

dinheiro resulta de uma personalidade repulsiva ou patética. (linhas 40 e 41).

Assinale a alternativa em que o termo destacado apresenta o mesmo valor semântico que na frase

acima.

(A) Ele é rápido como um raio. (B) Como seu irmão, ele também escolheu a medicina. (C) Como o médico prescreveu-lhe repouso, ficou em casa. (D) Ele não era tão ingênuo como sua irmã. (E) Como disse o professor, amanhã não haverá aula.

40. (Psicólogo Judiciário – TJ/2009) 12. Assinale a alternativa em que a palavra porque está aplicada tal

qual o segmento (...) ali ficavam porque valiam tão pouco (...) (linhas 02 e 03).

(A) A razão porque se atrasou é particular. (B) Atrasou-se porque teve um contratempo. (C) Não sabemos porque motivo ele atrasou-se. (D) Ontem, porque você se atrasou? (E) Não sabemos o porque de tanto atraso.

41. (Administrador/2003) Assinale a expressão que poderia substituir apesar de no período Como resultado, apesar das boas intenções (linhas 23 a 28), sem acarretar alteração no significado da frase.

(A) assim sendo. (B) diante de. (C) a despeito de (D) ao invés de. (E) destarte.

42. (Psicólogo Judiciário – TJ/2009) 13. No texto, ele (linha 05) remete a dinheiro (linha 04); o pai da

psicanálise (linha 07) remete a Freud (linha 06) e muitos deles (linha 10) remete a escritores (linha 10).

Esse processo de substituição necessário para a construção orgânica de um texto, denomina-se

(A) coesão. (B) coerência. (C) clareza. (D) concisão. (E) correção.

43. (Procurador/2005)(...) "Esse é um dos motivos ......21........ mantenho um ritmo de trabalho muito puxado, com o

celular ligado 24 horas por dia", ela diz. No caso dos homens, a sobrecarga de trabalho aparece em quarto lugar. Outra grande preocupação é saber quais são suas chances de progredir. "Estou sempre atento ...24... novas exigências do mercado .....24....... quero crescer na carreira", atesta o

advogado mineiro Leonardo Guimarães Salles, 29 anos, que atua na área criminal.Outra grande preocupação é saber quais são suas chances de progredir. (...)"Só recentemente elas passaram .33.... competir profissionalmente com os

homens." E essa competição ainda é muito desigual. Nos últimos trinta anos, as mulheres conquistaram um grande espaço no mercado de trabalho, mas no mundo inteiro continuam a ganhar menos que os homens. No Brasil, segundo dados do IBGE, as mulheres têm escolaridade maior que a dos homens, mas seus salários são em média 30% menores que os deles. Uma pesquisa feita recentemente pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas também mostra que ...39.. mulheres lidam com o stress de forma diferente da dos homens.

Assinale a alternativa que completa corretamente as lacunas pontilhadas das linhas 21, 24, 33 e 39, respectivamente.

(A) pelos quais – as – por que – à – as (B) de que – às – por quê – a – às (C) nos quais – as – porquê – à – às (D) pelos quais – às – porque – a – as (E) dos quais – às – porque – à – às

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44. (Adminstrador/2007) No Japão, onde muita gente convive .... anos com pouco lugar, o espaço é sagrado. Surpreende a extensão dos jardins do palácio imperial no centro de Tóquio, uma cidade onde nem milionário costuma ter mais de dois quartos, o que dirá um quintal. É que o espaço é a suprema deferência japonesa. O imperador sacralizado é ele e sua imensa circunstância. Já nos Estados Unidos, reverencia-se o espaço com o desperdício. Para entender os americanos, você precisa entender a sua classificação de camas de acordo com o tamanho: queen size, tamanho rainha; king size, para reis, e, era inevitável, emperor size, do tamanho de jardins imperiais.(...) Os americanos ainda não se deram conta ..............., quando chegar o dia ............. haverá chineses embaixo de todas as camas do mundo, quanto maior a cama, mais chineses. (Veríssimo, L. F. – Zero Hora,07/5/2007 – texto adaptado)

Assinale a alternativa cujas palavras completam corretamente as lacunas pontilhadas das linhas 17 e 26, respectivamente.

(A) a – de que – que. (B) há – de que – em que. (C) à – de que – em que. (D) há – de que – do que. (E) a – que – que.

45. (ADMININISTRADOR 2003) São diferentes; tratam, porém, da mesma coisa: alimentação. Depois evoluiu para uma garantia de acesso aos alimentos disponíveis no mercado mundial. Deixou de ser uma questão de disponibilidade de alimentos e passou a ser um problema de acesso aos produtos disponíveis, por falta de renda (dinheiro) para a compra. (...) o conceito de uma segurança alimentar global não possibilitou isso a todos. Considere as seguintes preposições, combinações e contrações, retiradas do texto: I – da (linha 10). II – aos (linha 15). III – de (o segundo da linha 21). IV – a (linha 28). Quais são exigidas por uma forma verbal?

(A) Apenas a I e a II. (B) Apenas a I e a IV. (C) Apenas a, I a II e a III. (D) Apenas a II, a III e a IV. (E) Apenas a III e a IV.

46. (Administrador/2003) - Mesmo admitindo-se ___4__ essa frase nunca passou de uma impostura histórica, ela encarna bem o espírito de insensibilidade e alienação para um problema que, ainda hoje, assola um grande contingente de pessoas no mundo: a fome.(...) Como resultado, apesar das boas intenções expressas na Declaração Universal dos Direitos Humanos, de 1948 e na Declaração Universal da Erradicação da Fome e da Desnutrição, de 1974, ____25__ preceitos, aceitos pelas Nações Unidas, procuraram garantir, a todo homem, mulher e criança, o direito a um padrão de vida apropriado, sem fome e livre da desnutrição, o conceito de uma segurança alimentar global não possibilitou isso a todos. _____29_____o aumento da produção de alimentos __29___ permitido segurança alimentar para todos. Assinale a alternativa cujas palavras completam corretamente as lacunas das linha 04, 25, 29, respectivamente.

(A) que – cujos – Tão pouco – tem (B) de que – cujos os – Tampouco – tem (C) de que - cujos os – Tão pouco - têm (D) que – cujos – Tampouco – tem (E) que – cujos os – Tampouco – têm

47. (Procurador/2005) Assinale a alternativa em que a preposição é exigida por um verbo.

(A) as responsabilidades de cada profissional (linha 02). (B) o gradativo acúmulo de funções (linha 03). (C) o número de trabalhadores estressados (linha 05). (D) cuidar dos afazeres domésticos (linhas 28 e 29). (E) vários aspectos de um problema (linha 40).

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48. (Economista/2006) - Observe as seguintes frases, retiradas do texto. I – a ciência descobriu um método muito mais eficiente que os tradicionais (linhas 01 e 02). II – a mentira é um ato racional (linha 13). III – Suas chances de acerto são bastante altas (linha 27). Quais não poderiam ser passadas para a voz passiva?

(A) Apenas a III. (B) Apenas a I e a II. (C) Apenas a I e a III. (D) Apenas a II e a III. (E) A I, a II e a III.

49. (ADMININISTRADOR 2003) – Leia os segmentos abaixo, retirados do texto. I – É fácil teorizar sobre a fome, com a barriga cheia. (linha 07). II – Paralelamente enfatizou-se a necessidade de aumentar a produção de alimentos nos países pobres. (linha 16 e 17). III – De qualquer forma, o aumento da produção mundial não garantiu segurança alimentar para todos. (linhas 19 e 20). IV – Fome é um desastre. (linha 37). Quais deles poderiam ser passados para a voz passiva analítica?

(A) Apenas o I e o II. (B) Apenas o II e o III. (C) Apenas o I, o II e o III. (D) Apenas o II, o III e o IV. (E) Apenas o II e o IV.

50. (Contador CEEE/2008) – Assinale a alternativa em que o período Já há algum tempo, o setor elétrico vem realizando estudos e pesquisas e tomando medidas práticas na área ambiental que contribuem para diminuir estes impactos (linhas 19 a 21) está corretamente convertido para a voz passiva.

(A) Já há algum tempo, são realizados estudos e pesquisas e são tomadas medidas práticas na área ambiental que contribuem para diminuir estes impactos.

(B) Já há algum tempo, estudos e pesquisas vêm sendo realizados, e medidas práticas na área ambiental vêm sendo tomadas pelo setor elétrico, as quais contribuem para diminuir estes impactos.

(C) Já há algum tempo, estudos e pesquisas vêm realizando o setor elétrico, e medidas práticas na área ambiental o setor elétrico vem tomando para diminuir esses impactos.

(D) Já há algum tempo, o setor elétrico realizou estudos e pesquisas e tomou medidas práticas na área ambiental que contribuíram para diminuir estes impactos.

(E) Já há algum tempo, estudos, pesquisas têm sido feitos e medidas práticas têm sido tomadas na área ambiental, o que contribui para diminuir estes impactos.

CONCORDÂNCIA VERBO-NOMINAL:

51. (Procurador/2005) Se na frase, retirada do texto, Elas trabalham tanto quanto eles e, quando chegam em casa, têm outro ‘emprego’ fosse suprimido o acento gráfico da forma verbal têm, quantas outras palavras deveriam obrigatoriamente sofrer alteração para fins de concordância?

(A) Uma. (B) Duas. (C) Três. (D) Quatro. (E) Cinco.

52. (Procurador/2005) Considere as seguintes propostas de alteração de palavras em períodos do texto. LINHA 14. Em seguida, os pesquisadores entrevistaram homens e mulheres separadamente, para que se identificassem os principais motivos de stress em cada grupo. LINHA 16 - "As mulheres acham que precisam se esforçar mais e fazer várias coisas ao mesmo tempo para provar que são tão capazes quanto os homens", diz a psicóloga gaúcha Ana Maria Rossi, coordenadora da pesquisa.

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I – Troca da palavra motivos (linha 14) por razão. II – Substituição da palavra mulheres (linha 16) por garota. Quais outras palavras dos períodos em que estão inseridas deveriam obrigatoriamente sofrer alterações para fins de concordância, respectivamente, nos casos I e II? A) 1 – 4. B) 2 – 5. C) 3 – 4. D) 3 – 5. E) 4 – 6. 53. (Contador CEEE/2007) O novo lago pode afetar o comportamento da bacia hidrográfica. Com a operação, mais tarde, ____6_____ assoreamentos que, em conjunto com outros fatores, ___6______ ocasionar mudanças na qualidade da água.(...) Todas essas formas de geração de energia elétrica ___16_____, também, o risco de impactos ambientais associados a outros estágios da cadeia de produção, transporte e distribuição de energéticos. Assim, __18_____ impactos associados, por exemplo, à extração do urânio ou carvão nas minas, que modifica a paisagem e gera rejeitos que afetam solos agricultáveis. Já há algum tempo, o setor elétrico vem realizando estudos e pesquisas e tomando medidas práticas na área ambiental que contribuem para diminuir estes impactos. Assinale a alternativa que completa corretamente as lacunas de traço contínuo das linhas 06, 16, e 18 respectivamente.

(A) ocorrem – podem – envolvem – há (B) ocorrem – podem – envolve – existe (C) ocorre – pode – envolve – existem (D) ocorrem – pode – envolve – existe (E) ocorre – podem – envolvem – há

54. (Detran/2009) – Para responder à questão leia as frases. I -O número varia de 300 a 399, sendo que as pares cruzam o país na direção noroeste-sudeste, e as ímpares rumam por nordeste-sudoeste. II – Nas estradas estaduais, a regra é algo parecida, mas há menos variações. Analise as seguintes afirmações feitas a respeito das frases I e II. I – Todas as formas verbais da frase I podem ser convertidas para a voz passiva. II – Apenas a primeira forma verbal da frase II admite conversão para a voz passiva. III – A forma verbal há pode ser substituída por existem, sem que ocorra qualquer incorreção na frase. Quais estão incorretas?

(A) Apenas I. (B) Apenas II. (C) Apenas III. (D) Apenas I e II. (E) Apenas II e III.

55. (Contador CEEE/2007) - Elas emitem uma série de gases de efeito estufa, como o dióxido e o monóxido de carbono, o metano e, no caso das térmicas a carvão e óleo, emitem óxidos de enxofre e nitrogênio, que, na atmosfera, .......10......... às chuvas ácidas que prejudicam a agricultura, as florestas e até mesmo os monumentos urbanos. A produção de energia .......26........., necessariamente, a exploração de recursos naturais e a emissão de rejeitos no meio ambiente. Os rejeitos das atividades industriais e agrícolas são despejados nos solos, nas águas e no ar, modificando a paisagem e o clima, afetando os ecossistemas, a fauna e a flora. Assinale a alternativa que completa, respeitando a concordância e a regência verbal, as lacunas pontilhadas das linhas 10 e 26 respectivamente.

(A) originam – supõe (B) causa – acarreta (C) dão origem – implica (D) motiva – leva (E) determinam – causam

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56. (Administrador/2007) Considere as seguintes propostas de alterações em palavras do texto e assinale com V, se forem verdadeiras, ou com F, se falsas. ( ) Se a palavra jornais (linha 11) - Os jornais ficaram mais estreitos para economizar papel, mas também porque diminuiu a área para expansão dos nossos cotovelos.- fosse substituída por revista, apenas três alterações seriam necessárias para manter a correção gramatical do período em que está inserida. ( ) Caso a palavra espaço (linha 20) - Já nos Estados Unidos, reverencia-se o espaço com o desperdício. - fosse pluralizada, apenas uma palavra deveria obrigatoriamente sofrer ajuste para fins de concordância. ( ) Se o verbo existir substituísse o verbo haver na linha 26, - Os americanos ainda não se deram conta de que, quando chegar o dia em que haverá chineses embaixo de todas as camas do mundo, quanto maior a cama, mais chineses. - seria empregado na mesma pessoa, mesmo tempo e mesmo modo. A ordem correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é:

(A) V – V – V. (B) V – F – V. (C) V – F – F. (D) F – F – V. (E) F – F – F.

57. (Economista/2006) - Avalie as sugestões abaixo, sobre a substituição de palavras em frases do texto. I – A substituição, na frase O ditado diz que a mentira tem pernas curtas (linha 11), do artigo a pelo artigo um, não provocaria nenhuma alteração na estrutura nem no sentido da frase em que se insere. II – Caso o artigo O (linha 17) - O método em questão representa um avanço considerável em relação a outras técnicas já usadas para detectar a mentira. - fosse passado para o plural, outras duas palavras do período em que está inserido deveriam, obrigatoriamente, sofrer ajustes para fins de concordância. III – Se a palavra polígrafo (linha 20) - O polígrafo detecta um conjunto de sintomas físicos: verifica a aceleração dos batimentos cardíacos, o aumento da pressão sanguínea, o ritmo da respiração e a transpiração do corpo. - fosse pluralizada, apenas duas formas verbais do período em que se insere deveriam sofrer, obrigatoriamente, alteração para fins de concordância. Quais estão incorretas?

(A) Apenas a I. (B) Apenas a I e a II. (C) Apenas a I e a III. (D) Apenas a II e a III.

(E) A I, a II e a III.

58. (Psicólogo Judiciário – TJ/2009) Leia o período:

Freud tinha razão: o poder simbólico do vil metal não é pequeno e tem atravessado os séculos

incólume.

Se a palavra poder (linha 41) for passada para plural, quantas outras palavras, em toda a frase,

deveriam ser modificadas para efeito de concordância?

a) Nove. b) Oito. c) Sete. d) Seis. e) Cinco.

59. (ADMINISTRADOR/2003) Analise as seguintes afirmações, considerando o emprego do verbo haver na linha 07. Independentemente desse fato, há uns conceitos obrigatórios nas discussões que nem sempre são bem entendidos. I - A forma verbal há, no contexto em que aparece, é impessoal; por essa razão se apresenta na 3ª pessoa do singular. II - Caso o período fosse passado para pretérito perfeito do indicativo, a forma verbal há deveria obrigatoriamente ser substituída por houve. III - A substituição da forma verbal há por existem manteria a correção e o significado original da frase.

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Quais estão corretas? (A) Apenas a I. (B) Apenas a II. (C) Apenas a I e a II. (D) Apenas a II e a III. (E) A I, a II e a III.

60. (ADMINISTRADOR/2003) (4) Mesmo admitindo-se que essa frase nunca passou de uma impostura histórica, ela encarna bem o espírito de insensibilidade e alienação para um problema que, ainda hoje, assola um grande contingente de pessoas no mundo: a fome. (8) Independentemente desse fato, há uns conceitos obrigatórios nas discussões que nem sempre são bem entendidos. Considere as seguintes sugestões de substituição de palavras ou expressões em frases do texto, que acarretariam obrigatoriamente ajustes de concordância para que se mantivesse a correção. I – Substituição de frase (linha 04) por comentário. II – Substituição de conceitos (linha 08) por conceito. O número de outras palavras, em cada período, que sofreria ajustes, nos casos I e II, respectivamente, é

(A) 1 – 2 (B) 2 – 3 (C) 2 – 4 (D) 3 – 3 (E) 3 – 4

PONTUAÇÃO:

61. (Procurador/2005) Numere a segunda coluna de acordo com a primeira, relacionando o uso e a justificativa correta de sinais de pontuação no texto.

1. Parênteses da linha 03. LINHA 3 - (...) com o gradativo acúmulo de funções (uma característica da era pós- industrial)...

2. Vírgulas das linhas 09 e 34. LINHA 9 - Para o estudo, foram ouvidos 600 funcionários de quatro grandes empresas... LINHA 34 - Nos últimos trinta anos, as mulheres conquistaram um grande espaço no mercado de trabalho...

3. Aspas das linhas 18 e 20. LINHA 18/20 - "Para impor credibilidade, sinto que preciso me empenhar mais do que meus colegas homens nas negociações com os clientes",diz a administradora paulista Ana Carolina de Magalhães Cezário...

4. Primeira e segunda vírgulas da linha 28. LINHA 28 - "Elas trabalham tanto quanto eles e, quando chegam em casa, têm outro 'emprego', o de cuidar dos... ( ) Separam adjuntos adverbiais deslocados. ( ) Marcam uma citação textual. ( ) Separam uma oração adverbial. ( ) Isolam um termo explicativo. A ordem correta de preenchimento dos parênteses,de cima para baixo, é A) 1 – 2 – 3 – 4 B) 2 – 3 – 1 – 4 C) 3 – 2 – 4 – 1 D) 4 – 3 – 2 – 1 E) 2 – 3 – 4 – 1 62. (Contador CEEE/2007) Assinale a alternativa incorreta a respeito da pontuação do texto. A) O uso da primeira vírgula da linha 03 justifica-se por se tratar de oração explicativa reduzida de gerúndio.-(...) A vegetação submersa decompõe-se, dando origem a gases como o metano, que tem impacto no chamado "efeito(...) B) As duas primeiras vírgulas da linha 06 justificam-se por se tratar de expressão de tempo deslocada. - Com a operação, mais tarde, ocorrem assoreamentos que, em conjunto com outros fatores, podem ocasionar mudanças na qualidade da água.

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C) Na linha 22, as duas primeiras vírgulas isolam conjunção conclusiva. - A redução dos impactos ambientais surge, portanto, como uma meta e uma preocupação(...) D) A vírgula da linha 27 e a última vírgula da linha 28 separam elementos de mesma função sintática.- Os rejeitos das atividades industriais e agrícolas são despejados nos solos, nas águas e no ar(...) E) A vírgula da linha 32 é de uso facultativo, pois antecede conjunção coordenativa.- Estes três itens se complementam, já que implicam a redução da energia necessária por(...) 63. (Detran/2009) Para responder à questão , observe as frases abaixo, retiradas do texto. I – O número varia de 300 a 399, sendo que as pares cruzam o país na direção noroeste-sudeste, e as ímpares rumam por nordeste-sudoeste. II – Nas estradas estaduais, a regra é algo parecida, mas há menos variações. Sobre a pontuação das frases I e II, é correto dizer que:

(A) A primeira vírgula das frases I e II são utilizadas face à mesma regra. (B) A segunda vírgula da frase I separa orações coordenadas. (C) A primeira vírgula da frase II separa uma oração adverbial deslocada. (D) A segunda vírgula da frase II separa orações subordinadas. (E) A segunda vírgula das frases I e II poderiam ser retiradas sem provocar qualquer incorreção

gramatical. 64. (Detran/2009) - Nas estradas estaduais, a regra é algo parecida, mas há menos variações. (l. 33). Em relação às vírgulas usadas no período, afirma-se que: I – Ambas são usadas face à mesma justificativa. II – A primeira separa um adjunto adverbial deslocado. III – A segunda separa orações. IV – A segunda poderia ser retirada, pois seu uso é facultativo. Quais estão corretas?

(A) Apenas I e II. (B) Apenas II e III. (C) Apenas III e IV. (D) Apenas I, II e III. (E) Apenas II, III e IV.

65. (Administrador/2007) Sobre o uso de pontuação no texto, é correto afirmar que: LINHA 2 - Mas é, além de tudo, um lugar mal freqüentado. LINHA 9 - Nosso futuro é a aglomeração urbana, e as sociedades se dividem entre as que se preparam – LINHA 12 - Chegaremos ao tablóide radical, duas ou três colunas magras onde tudo terá que ser dito com concisão desesperada. LINHA 17 – No Japão, onde muita gente convive há anos com pouco lugar, o espaço é sagrado. LINHA 21 – Para entender os americanos, você precisa entender a sua classificação de camas(...)

(A) As duas últimas vírgulas da linha 02 não podem ser suprimidas, pois separam uma oração explicativa.

(B) A vírgula da linha 09 separa orações coordenadas. (C) A vírgula da linha 12 separa uma oração subordinada predicativa. (D) As vírgulas da linha 17 poderiam ser suprimidas sem causar qualquer incorreção à frase. (E) A vírgula da linha 21 separa um aposto oracional.

SEMÂNTICA: 66. (Administrador/2007) Nosso futuro é a aglomeração urbana, e as sociedades se dividem entre as que se preparam – conscientemente ou não – para um mundo desigual e apertado e as que confiam que as cidades resistirão às hordas sem espaço. É o espaço como suprema ostentação, pois – a não ser para orgias e piqueniques – nada é mais supérfluo do que espaço sobrando numa cama, exatamente o lugar onde não se vai a lugar algum. As palavras hordas (linha 11) e ostentação (linha 23), sem causar qualquer incorreção à estrutura ou ao sentido da frase em que se inserem, poderiam ser substituídas, respectivamente, por

(A) minorias rebeldes – comemoração. (B) bandos de dogmáticos – representação (C) pessoas moribundas – luxo. (D) tribos nômades – pompa. (E) famílias de desempregados – privacidade.

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67. (Administrador/2007) Considere as seguintes afirmações sobre a frase Os americanos ainda não se deram conta (linha 26). I – Os americanos um dia vão se dar conta. II – Os americanos nunca vão se dar conta. III – Os americanos sempre se deram conta. Quais estão corretas?

(A) Apenas a I. (B) Apenas a II. (C) Apenas a III. (D) Apenas a I e a II. (E) Apenas a II e a III.

68. ( ADMINISTRADOR/2003) Mesmo admitindo-se que essa frase nunca passou de uma impostura histórica, ela encarna bem o espírito de insensibilidade e alienação para um problema que, ainda hoje, assola um grande contingente de pessoas no mundo: a fome.(...) Desnutrição, de 1974,cujos preceitos, aceitos pelas Nações Unidas, procuraram garantir, a todo homem, mulher e criança, o direito a um padrão de vida apropriado, sem fome e livre da desnutrição, o conceito de uma segurança alimentar global não possibilitou isso a todos.(...) Fome é um desastre. Afeta toda uma população, que não consegue subsistir sem ajuda. É uma tragédia que transforma o homem livre em escravo. Quase sempre são Analise as seguintes propostas de substituição de palavras no texto. I – Substituição de impostura (linha 04) por embuste. II – Substituição de assola (linha 05) por aflige. III – Substituição de preceitos (linha 25) por prescrições. IV – Substituição de subsistir (linha 37) por manter-se. Quais necessitariam de ajustes na estrutura da frase para que esta se mantivesse correta?

(A) Apenas a I e a II. (B) Apenas a I e a III. (C) Apenas a II e a IV. (D) Apenas a I, a III e a IV. (E) Apenas a II, a III e a IV.

69. (Psicólogo Judiciário – TJ/2009) 15. Assinale a alternativa que apresenta uma palavra cujo sentido

destoa do sentido das demais.

(A) Avareza (título) (B) avarento (linha 09) (C) caricatural (linha 09) (D) mesquinho (linha 23) (E) sovina (linha 38)

LEITURA E COMPREENSÃO DE TEXTOS:

70. (ADMINISTRADOR/2003) Leia o texto e responda: A musa dos insensíveis

“Se eles não tinham pão, que comessem bolo”, teria dito Maria Antonieta, naquele julho de 1789, diante do bando de famintos que marchavam para tomar de assalto a Bastilha e decretar o fim do reinado de Luiz XVI e da monarquia francesa. Mesmo admitindo-se que essa frase nunca passou de uma impostura histórica, ela encarna bem o espírito de insensibilidade e alienação para um problema que, ainda hoje, assola um grande contingente de pessoas no mundo: a fome. É fácil teorizar sobre a fome, com a barriga cheia. Independentemente desse fato, há uns conceitos obrigatórios nas discussões que nem sempre são bem entendidos. Começando pelo chavão da segurança alimentar e terminando na fome e suas implicações sociais. São diferentes; tratam, porém, da mesma coisa: alimentação. Em essência, segurança alimentar é uma questão de disponibilidade de alimentos, e fome, de falta deles. Foi nos anos 70 que segurança alimentar começou a se tornar um tema recorrente nos debates internacionais. Originalmente foi entendido apenas sob o ponto de vista de abastecimento interno. Depois evoluiu para uma garantia de acesso aos alimentos disponíveis no mercado mundial. Paralelamente enfatizou-se a necessidade de aumentar a produção de alimentos nos países pobres. E aqui começou o papel da pesquisa agrícola, criando novas tecnologias para aumentar e estabilizar o rendimento das

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culturas. De qualquer forma, o aumento da produção mundial de alimentos não garantiu segurança alimentar para todos. Deixou de ser uma questão de disponibilidade de alimentos e passou a ser um problema de acesso aos produtos disponíveis, por falta de renda (dinheiro) para a compra. Como resultado, apesar das boas intenções expressas na Declaração Universal dos Direitos Humanos, de 1948 e na Declaração Universal da Erradicação da Fome e da Desnutrição, de 1974, cujos preceitos, aceitos pelas Nações Unidas, procuraram garantir, a todo homem, mulher e criança, o direito a um padrão de vida apropriado, sem fome e livre da desnutrição, o conceito de uma segurança alimentar global não possibilitou isso a todos. Tampouco o aumento da produção de alimentos tem permitido segurança alimentar para todos. Entram os problemas econômicos e sociais internos, e o velho dilema de falta de renda. A auto- suficiência na produção de alimentos é um requisito mínimo para se ter “alguma” segurança alimentar. Mesmo que isso não seja uma verdade para todos. Ou seja: o conceito de segurança alimentar de uma nação nem sempre fecha com a ótica dos indivíduos (cidadãos). Em outras palavras: pode ter gente que morre de fome mesmo em países que produzem alimentos suficientes para todos. Algo familiar para nós. Fome é um desastre. Afeta toda uma população, que não consegue subsistir sem ajuda. É uma tragédia que transforma o homem livre em escravo. Quase sempre são apontadas causas naturais (secas, inundações, terremotos, etc) como responsáveis pela fome no mundo. Todavia não podem ser esquecidas as motivações políticas e econômicas. O ator Mário Moreno Cantinflas resumiu tudo: “El mundo deberia reírse más, pero después de haber comido”. (*) (CUNHA, Gilberto R. Zero Hora. 20 de janeiro de 2003. Texto adaptado.) (*) “O mundo deveria rir mais, porém depois de ter comido.”

Considere as seguintes afirmações sobre o texto. I – O autor mostra que, apesar do desenvolvimento de técnicas agrícolas e do conseqüente aumento da produção de alimentos, ainda existe gente que, por não ter dinheiro para a compra de alimentos, morre de fome. II – Como houve aumento significativo da produção mundial de alimentos após a Declaração Universal dos Direitos Humanos e da Declaração Universal da Erradicação da Fome, toda a população teve acesso a uma alimentação mais decente. III – Medidas como o aumento da produção de alimentos, criação de novas tecnologias e a auto-suficiência em alimentos em países pobres vêm garantindo segurança alimentar aos cidadãos, mesmo que estes não tenham problemas de falta de renda. Quais estão corretas?

(A) Apenas a I. (B) Apenas a II. (C) Apenas a III. (D) Apenas a I e a II. (E) A I, a II e a III.

71. (Psicólogo Judiciário – TJ/2009)

Avareza na ficção Moacyr Scliar

Embora muitos já tenham esquecido, o Brasil viveu períodos de grandes surtos inflacionários, nos

quais o dinheiro perdia rapidamente o seu valor. Era muito comum ver moedas nas sarjetas das ruas; ali ficavam porque valiam tão pouco que ninguém se dava ao trabalho de abaixar-se para apanhá-las. Isso nos remete a um fato básico da economia e da vida social: a rigor, o dinheiro é uma ficção. Mas exatamente por causa desse ângulo, digamos, ficcional, ele assume também caráter altamente simbólico. E não muito agradável, segundo Freud. Observando que ao longo da história o dinheiro foi frequentemente (e ainda é) associado à sujeira, o pai da psicanálise postulou que a proposital retenção de fezes, característica da chamada fase anal do desenvolvimento infantil, teria continuidade, no adulto, com a preocupação com o dinheiro. O avarento é um exemplo caricatural disso.

Aos escritores essas coisas não poderiam passar _____10___, mesmo porque muitos deles tinham, e têm, problemas com dinheiro; Honoré de Balzac (1799 -1850) e Fiódor Dostoievski (1821 - 1881) viviam atolados em dívidas, sobretudo o escritor russo, que era um jogador compulsivo. Não é de admirar que avarentos tenham dado grandes personagens da ficção. O primeiro exemplo é, naturalmente, o Shylock, de William Shakespeare (1564 -1616) na comédia O mercador de Veneza, do fim do século XVI. Shylock era um agiota. Na Idade Média, o empréstimo a juros era proibido aos cristãos e reservado ao desprezado e marginal grupo dos judeus. Um arranjo perfeito: quando o senhor feudal não queria ou não podia pagar dívidas contraídas com os agiotas, desencadeava um massacre de judeus, um grupo desprezado e

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marginalizado, e resolvia o problema. Shylock sente-se desprezado e quando empresta dinheiro a Antonio, um mercador cristão, pede em garantia uma libra da carne do devedor: ele quer que este se revele inadimplente e pague a dívida com a matéria de seu próprio corpo: um esforço desesperado e grotesco para ser respeitado.

Outro usurário que aparece na peça O avarento (1668), de Jean-Baptiste Molière (1622 - 1673), é Harpagon. Quanto mais rico fica, mais mesquinho se torna, e mais faz sofrer os filhos, o jovem Cléante, apaixonado por Mariane, moça pobre – Harpagon obviamente se opõe ao namoro – e a filha Élise, que ele quer casar com o velho Anselme. Além das brigas com os filhos, Harpagon tem outros motivos para se inquietar: enterrou em seu jardim uma caixa com dez mil escudos de ouro e é constantemente perseguido pela ideia de que sua fortuna será roubada. No fim, a avareza é castigada, e Cléante e Élise podem se unir às pessoas que amam.

Avarentos também não faltam nos romances de Charles Dickens (1812-1870), um dos mais conhecidos é o personagem Ebenezer Scrooge de Um conto de Natal (1843), um homem velho, egoísta, insensível, que odeia tudo – até o Natal – uma festa que ____31___ bondade e generosidade. Scrooge maltrata seu empregado Bob Cratchit, que tem um filho deficiente físico, o Pequeno Tim, mas na noite de Natal é visitado por misteriosas entidades, os Espíritos do Natal, e muda por completo, tornando-se generoso, ajudando Cratchit e sua família. Em Silas Marner, novela de George Eliot (1819-1880) que usava o pseudônimo de Mary Ann Evans, o personagem, um _____35___ que prefere o ouro às pessoas, aprenderá, assim como Scrooge, a sua lição. Ele é roubado, mas, ao tomar sob seus cuidados o menino Eppie, mudará, tornando-se um homem melhor. Em Eugénie Grandet (1900), de Balzac, somos apresentados a Félix Grandet, um rico e sovina mercador de vinhos, que se opõe à paixão da filha pelo sobrinho pobre.

Como se pode ver em todas essas obras, a obsessão pelo dinheiro resulta de uma personalidade repulsiva ou patética. Freud tinha razão: o poder simbólico do vil metal não é pequeno e tem atravessado os séculos incólume.

Texto adaptado de: http://www2.uol.com.br/vivermente/artigos - Acesso em 04/06/2009

(Psicólogo Judiciário – TJ/2009) - Assinale a alternativa que completa correta e respectivamente as lacunas

tracejadas das linhas 10, 31 e 35.

(A) desapercebidas – invoca – filantropo (B) despercebidas – evoca – misantropo (C) desinformadas – convoca – filantropo (D) desatentas – avoca – misantropo (E) desprevenidas – chama – filantropo

72. (Psicólogo Judiciário – TJ/2009) Quando se lê que o dinheiro é uma ficção (linha 04), pode-se inferir que

a) é a partir dos textos ficcionais que refletimos sobre o poder simbólico, porém terrível, do dinheiro. b) personagens repulsivas e patéticas das obras de ficção costumam apresentar obsessão pelo dinheiro. c) o valor do dinheiro é abstrato e simbólico; tanto é assim que uma moeda ou uma nota de dinheiro de valor irrisório não desperta nosso interesse. d) o dinheiro, na verdade, é algo sujo e corruptor; nós é que lhe atribuímos valor e importância. e) os grandes escritores, por causa disso, sempre usaram esse tema nas suas obras.

73. (Psicólogo Judiciário – TJ/2009) Sobre o texto foram feitas as seguintes considerações.

I – Honoré de Balzac (linha 11), Fiódor Dostoievski (linha 11) e William Shakespeare (linha 14) foram escritores notáveis, mas todos viviam atolados em dívidas. II – Na Idade Média, os judeus eram um povo desprezado e marginalizado por causa de sua religião e de sua pobreza. III – Jean Baptiste Molière (linha 22) e Charles Dickens (linha 29) escreveram obras que retratam a mesquinharia humana, mas – ao final delas – o bem triunfa sobre o mal. IV – De acordo com Freud (linha 06), na vida adulta, a preocupação com o dinheiro corresponde a uma das principais características da fase anal, uma etapa do desenvolvimento infantil.

Quais encontram suporte no texto?

(A) Apenas I e II. (B) Apenas I e III. (C) Apenas II e III. (D) Apenas III e IV. (E) I, II, III e IV.

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74. (Psicólogo Judiciário – TJ/2009) Assinale a alternativa que contém uma informação incorreta a respeito do texto.

(A) Muitos escritores, do passado e da atualidade, passam por problemas relacionados a dinheiro. (B) O Brasil, em outros tempos, passou por períodos de grande desvalorização da moeda. (C) Casualmente ou não, todos os escritores que trataram da avareza em suas obras tinham

problemas financeiros. (D) Na Idade Média, a prática da usura era proibida aos cristãos, mas isso não os impedia de pegar

empréstimos de usurários. (E) Nas obras de Charles Dickens, os avarentos costumam aparecer.

75. (Adminstrador/2007) Leia o texto:

Nosso Espaço Já somos 6 bilhões, não contando o milhão e pouco que nasceu desde o começo desta frase. Se fosse um planeta bem administrado, isto não assustaria tanto. Mas é, além de tudo, um lugar mal freqüentado. Temos a fertilidade de coelhos e o caráter de chacais, que, como se sabe, são animais sem qualquer espírito de solidariedade. As megacidades, que um dia foram símbolos da felicidade bem distribuída que a ciência e a técnica nos trariam – um helicóptero em cada garagem e caloria sintética para todos, segundo as projeções futuristas de anos atrás – se transformaram em representações da injustiça sem remédio, cidadelas de privilégio cercadas de miséria, uma réplica exata do mundo feudal, só que com monóxido de carbono. Nosso futuro é a aglomeração urbana, e as sociedades se dividem entre as que se preparam – conscientemente ou não – para um mundo desigual e apertado e as que confiam que as cidades resistirão às hordas sem espaço. Os jornais ficaram mais estreitos para economizar papel, mas também porque diminuiu a área para expansão dos nossos cotovelos. Chegaremos ao tablóide radical, duas ou três colunas magras onde tudo terá que ser dito com concisão desesperada. Adeus advérbios de modo e frases longas, adeus frivolidades e divagações superficiais como esta. A tendência de tudo feito pelo homem é para a diminuição – dos telefones e computadores portáteis aos assentos na classe econômica. O próprio ser humano trata de perder volume, não por razões estéticas ou de saúde, mas para poder caber no mundo. No Japão, onde muita gente convive há anos com pouco lugar, o espaço é sagrado. Surpreende a extensão dos jardins do palácio imperial no centro de Tóquio, uma cidade onde nem milionário costuma ter mais de dois quartos, o que dirá um quintal. É que o espaço é a suprema deferência japonesa. O imperador sacralizado é ele e sua imensa circunstância. Já nos Estados Unidos, reverencia-se o espaço com o desperdício. Para entender os americanos, você precisa entender a sua classificação de camas de acordo com o tamanho: queen size, tamanho rainha; king size, para reis, e, era inevitável, emperor size, do tamanho de jardins imperiais. É o espaço como suprema ostentação, pois – a não ser para orgias e piqueniques – nada é mais supérfluo do que espaço sobrando numa cama, exatamente o lugar onde não se vai a lugar algum. Os americanos ainda não se deram conta de que, quando chegar o dia em que haverá chineses embaixo de todas as camas do mundo, quanto maior a cama, mais chineses. (Veríssimo, L. F. – Zero Hora,07/5/2007 – texto adaptado)

Analise as afirmações feitas a seguir sobre o texto Nosso Espaço. I – Segundo o autor, o homem, para ser saudável, procura diminuir tudo aquilo que usa, inclusive a si mesmo, pois, essa é a única maneira de vislumbrar um futuro tranqüilo. II – Caso a população mundial não seja controlada, os espaços disponíveis para moradia, independente de recursos, ficarão somente com os americanos. III – Americanos e japoneses têm valores diferentes quando o assunto em questão é o espaço de cada um. Pelos primeiros é desperdiçado; pelos segundos, reverenciado. Quais estão corretas?

(A) Apenas a I. (B) Apenas a II. (C) Apenas a III. (D) Apenas a I e a II. (E) Apenas a I e a III.

76. (Contador CEEE/2007) Leia o texto e responda às duas questões que seguem: A geração de energia e os impactos ambientais

Grandes usinas hidrelétricas tendem a alagar áreas extensas, modificando o comportamento dos rios barrados. A biota (conjunto dos seres vivos) e os ecossistemas podem ser alterados. A vegetação submersa decompõe-se, dando origem a gases como o metano, que tem impacto no chamado "efeito estufa", e causando mudança no clima. Cidades e povoações, inclusive indígenas, podem ser deslocadas pela construção da barragem. O novo lago pode afetar o comportamento da bacia hidrográfica. Com a operação, mais tarde, ocorrem assoreamentos que, em conjunto com outros fatores, podem ocasionar mudanças na qualidade da água.

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Já as usinas térmicas a combustíveis fósseis causam outros tipos de poluição ambiental. Elas emitem uma série de gases de efeito estufa, como o dióxido e o monóxido de carbono, o metano e, no caso das térmicas a carvão e óleo, emitem óxidos de enxofre e nitrogênio, que, na atmosfera, dão origem às chuvas ácidas que prejudicam a agricultura, as florestas e até mesmo os monumentos urbanos. Por sua vez, as usinas nucleares são usinas térmicas que aproveitam a energia da fissão dos átomos de urânio e de plutônio. Embora sejam cada vez mais seguras, elas envolvem o risco de acidentes, que podem causar vazamentos de radiação para o meio ambiente com as notórias conseqüências graves que os acompanham. Todas essas formas de geração de energia elétrica envolvem, também, o risco de impactos ambientais associados a outros estágios da cadeia de produção, transporte e distribuição de energéticos. Assim, há impactos associados, por exemplo, à extração do urânio ou carvão nas minas, que modifica a paisagem e gera rejeitos que afetam solos agricultáveis. Já há algum tempo, o setor elétrico vem realizando estudos e pesquisas e tomando medidas práticas na área ambiental que contribuem para diminuir estes impactos. A redução dos impactos ambientais surge, portanto, como uma meta e uma preocupação, no sentido de garantir a qualidade de vida desta e das futuras gerações. Numa sociedade de consumo que exige cada vez mais conforto, a geração, a transmissão, a distribuição e o uso da energia (assim como todas as formas de atividade econômica e social), podem causar impactos negativos ao meio ambiente. A produção de energia implica, necessariamente, a exploração de recursos naturais e a emissão de rejeitos no meio ambiente. Os rejeitos das atividades industriais e agrícolas são despejados nos solos, nas águas e no ar, modificando a paisagem e o clima, afetando os ecossistemas, a fauna e a flora. Quanto maior o nível de atividade econômica, maior o uso da energia e maiores os impactos ambientais deste uso. Assim, a eficiência energética pode trazer muitos benefícios, pois aumenta a segurança no abastecimento de energia, contribui para a eficiência econômica e reduz os impactos ambientais. Estes três itens se complementam, já que implicam a redução da energia necessária por unidade de produto econômico, aumentam a eficiência da economia e garantem que a mesma produção possa ser obtida com menos energia e, portanto, com menor uso de recursos naturais e menores danos ambientais. Texto adaptado de http://www.eletrobras.com (acessado em 12/12/2008)

A respeito do que trata o texto, foram feitas as seguintes considerações. I – As grandes usinas hidrelétricas são necessárias para atender à demanda de energia na atividade econômica e na vida dos indivíduos; no entanto, causam impactos ecológicos e sociais. II – São conhecidos os acidentes, com sérias conseqüências ambientais, em usinas nucleares; apesar de hoje elas serem mais seguras, não deixam de oferecer riscos de vazamento de radiação na atmosfera. III – As formas de produção de energia elétrica que o texto apresenta são baseadas na exploração da natureza e a conseqüente rejeição dos dejetos no meio ambiente; portanto, a preocupação com a eficiência energética é, antes de tudo, a preocupação com a vida do planeta e com as novas gerações. IV – O desenvolvimento econômico, pode-se dizer, é diretamente proporcional à necessidade de energia e, conseqüentemente, aos impactos ambientais oriundos da produção e do uso dessa energia. Quais assertivas encontram suporte no texto?

(A) Apenas I e II. (B) Apenas I e III. (C) Apenas II e III. (D) Apenas II, III e IV. (E) I, II, III e IV.

77. (Contador CEEE/2001) Assinale a alternativa que apresenta a idéia central do texto.

(A) Todas as formas de produção de energia oneram o meio ambiente; entretanto, a sociedade de consumo exige cada vez mais conforto, o que demanda, conseqüentemente, uma produção cada vez maior de energia.

(B) A fim de se evitarem impactos ambientais, que põem em risco a natureza e o futuro da humanidade, o caminho é a eficiência energética, que propõe economia de energia na produção de bens sem deixar de atender à demanda dessa produção.

(C) Não só a produção da energia elétrica pode causar danos ao meio ambiente: o transporte e a distribuição, assim como a exploração de minérios para seu abastecimento também podem gerar danos ao ar e ao solo.

(D) As usinas hidrelétricas e térmicas estão com seus dias contados, pois a sociedade de consumo exige uma grande demanda energética, e isso causa danos ambientais; a saída, portanto, são as energias alternativas, como a solar e a eólica.

(E) Quando se constrói para uma usina hidrelétrica, algumas vezes é necessário deslocar-se uma cidade inteira ou uma comunidade indígena; é inadmissível que isso tenha que ser feito para atender à demanda da sociedade de consumo.

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DISCURSO DIRETO, INDIRETO E INDIRETO LIVRE: Há três tipos de discurso, quando escrevemos um texto: discurso direto, discurso indireto e

discurso indireto livre.

DISCURSO DIRETO:

No discurso direto, a personagem fala com suas próprias palavras; o narrador introduz a personagem e termina a frase com dois pontos. Em seguida, faz um novo parágrafo e coloca um travessão, seguido da fala da personagem. Normalmente, há um verbo de elocução ( verbo que introduz a fala da personagem: dizer, responder, falar, perguntar, pedir...) que pode ser colocado também no meio ou depois da fala da personagem.

DISCURSO INDIRETO:

No discurso indireto, o narrador transcreve a fala da personagem, contando o que a personagem falou.

DISCURSO DIRETO DISCURSO INDIRETO a) A fala da personagem fica na primeira pessoa. a) A fala da personagem aparece na terceira pessoa. b) Uso dos dois-pontos e travessão, depois do ver- b) Ausência de pontuação, depois do verbo de elocu- bo de elocução. ção que vem seguido do conectivo QUE. c) Verbo no presente do indicativo. c) Verbo no pretérito imperfeito do indicativo. d) Verbo no pretérito perfeito. d) Verbo no pretérito mais-que perfeito. e) Verbo no futuro do presente. e) Verbo no futuro do pretérito. f) Verbo no imperativo. f) Verbo no imperfeito do subjuntivo.

DISCURSO INDIRETO LIVRE:

O discurso indireto livre é uma fusão da fala do narrador com a da personagem. EXEMPLOS: DD: - Eu estou satisfeita com a sua decisão, disse a mãe, beijando o filho. DI: Beijando o filho, a mãe disse que estava satisfeita com a sua decisão. DIL: A mãe beijou o filho. Estou satisfeita com a sua decisão.

QUESTÕES:

78 ) 'Como você conseguiu ficar assim?', perguntou Claudinei." Transformando o discurso direto em indireto, tem-se:

(A) Perguntou Claudinei como você conseguiu ficar assim. (B) Perguntou Claudinei como ele ficou assim. (C) Claudinei perguntou como ele conseguira ficar daquele jeito. (D) Claudinei perguntou como ele havia ficado assim. (E) Como ele ficou daquele jeito, perguntou Claudinei.

79) Dos anais da república:

- O senhor não tem medo de nada, presidente? - Nada. - Nem barata? Pausa de segundos. Digo a verdade, ou minto para parecer mais humano? [...] Não. Melhor ser curto e sincero. - Nem barata. (Veríssimo, L.F. Ortopterofobia. In: COMÉDIA DA VIDA PÚBLICA . Porto Alegre: L&PM, 1995. p.237)

Assinale a alternativa que melhor reproduz a primeira fala do diálogo. (A) Alguém perguntou se o presidente não tinha medo de barata. (B) Alguém perguntou se o senhor não tinha medo de nada, presidente. (C) Perguntaram ao presidente se o senhor não tinha medo de barata. (D) Perguntaram a alguém se o senhor, presidente, não tinha medo de nada. (E) Alguém perguntou ao presidente se ele não tinha medo de nada.

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80. Assinale a alternativa em que ocorra discurso indireto.

(A) Perguntou o que fazer com tanto livro velho. (B) Já era tarde. O ruído dos grilos não era suficiente para abafar os passos de Delfino. Estaria ele

armado? Certamente estaria. Era necessário ter cautela. (C) Quem seria capaz de cometer uma imprudência daquelas? (D) A tinta da roupa tinha já desbotado quando o produtor decidiu colocá-la na secadora. (E) Era então dia primeiro? Não podia crer nisso.

81) Considere a tira abaixo:

Assinale a alternativa que transcreve adequadamente a fala do interlocutor de Hagar no primeiro

quadro da tira.

(A) O interlocutor disse a Hagar que o senhor tinha cometido um erro de gramática. (B) O interlocutor afirmou que Hagar cometera um erro de gramática. (C) O interlocutor disse a Hagar que tinha cometido um erro de gramática. (D) O interlocutor afirmou que Hagar cometia um erro de gramática. (E) O interlocutor disse que o senhor cometeu um erro de gramática.

82) Considere a tira:

Se o discurso direto reproduzido no primeiro quadrinho fosse transformado em indireto, a forma

correta seria a seguinte:

(A) Hagar disse aos homens que eles venceriam, porque lutavam pelo que era certo. (B) Hagar disse aos homens que venceremos, porque lutamos pelo que é certo. (C) Hagar disse: Homens, venceremos, porque lutamos pelo que é certo. (D) Hagar disse aos homens que eles vencerão, porque lutam pelo que é certo. (E) Nós venceremos, porque lutamos pelo que é certo disse Hagar a seus homens.

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83) Considere a tira:

Assinale a alternativa que apresenta a correta transposição da fala de Hagar para o discurso indireto e

a adequada conexão de sentido entre as duas frases.

(A) Hagar disse que não queria brigar porque era do tipo quieto e sensível. (B) Hagar disse que, embora fosse do tipo quieto e sensível, não queria brigar. (C) Hagar disse que era do tipo quieto e sensível, mas não queria brigar. (D) Hagar disse: "Não seria do tipo quieto e sensível se quisesse brigar". (E) Hagar disse: "Sou tão quieto e sensível que não posso brigar.”

84) Considere a tira:

Assinale a alternativa em que o diálogo do primeiro quadrinho tem expressão adequada em discurso

indireto, dando seqüência à frase abaixo.

lndagada sobre o segredo de um casamento duradouro, a velha senhora respondeu à jovem secretária

(A) isso: fosse você mesma, tivesse seus próprios interesses, desse espaço ao outro e ficando fora do caminho.

(B) o seguinte: seja você mesma, tivesse seus próprios interesses, desse espaço ao outro e fique fora do caminho.

(C) que fosse ela mesma, tivesse seus próprios interesses, desse espaço ao outro e ficasse fora do caminho.

(D) que: seja você mesma, tenha seus próprios interesses, dê espaço ao outro e fique fora do caminho.

(E) que fora ela mesma, tenha seus próprios interesses, desse espaço ao outro e ficasse fora do caminho.

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GABARITO: 1a 2a 3d 4b 5b 6e 7b 8c 9a 10b 11c 12a 13b 14d 15b 16a 17c 18c 19a 20a 21d

22b 23e 24e 25a 26d 27e 28d 29d 30a 31a 32e 33c 34b 35a 36b 37b 38c 39b 40b 41c 42a

43d 44b 45b 46d 47d 48d 49b 50b 51c 52d 53a 54c 55c 56c 57c 58d 59e 60c 61e 62e 63b

64b 65b 66d 67a 68b 69c 70a 71b 72c 73d 74a 75c 76e 77b 78c 79e 80a 81b 82a 83a 84c

LÍNGUA PORTUGUESA Profa. Irene Katter Hack Tavares [email protected] ASSUNTO: ACENTUAÇÃO GRÁFICA E USO DO HÍFEN

Para fazer os exercícios que seguem, certamente uma ajuda seria bem-vinda! Portanto aproveite-a!

I. ACENTUAÇÃO GRÁFICA

Quanto ao USO CORRETO DOS ACENTOS, devemos observar as regras determinadas pelo VOLP. Seguem as regras e as modificações propostas pela reforma. 1) REGRA DAS PROPAROXÍTONAS: todas são acentuadas sem exceção e continuam assim, porque a

reforma não atingiu as proparoxítonas. Ex.: ínterim, xícara, fazíamos, ônibus. 2) REGRA DAS PAROXÍTONAS: como não foram atingidas pela reforma, acentuam-se as terminadas em:

L ão(s) on(s) ps R ã(s) om(ns) ditongo crescente N ei(s) us X i(s) um(ns) Ex.: hífen, tórax, órgão, júri, álbum, série.

ATENÇÃO! As paroxítonas terminadas em N, no plural “perdem” o acento. É o caso de hífen –

hifens ( sem acento). As paroxítonas em R, como caráter, júnior, no plural, também “perdem” o acento: carateres, juniores. As paroxítonas terminadas em x, como tórax e índex sofrem alteração no plural para tóraces e índices. Mantêm o acento, mas têm alteração de sílaba tônica.

3) REGRA DAS OXÍTONAS: também nenhuma modificação ocorreu nessa área, portanto acentuam-se as

terminadas em: O (S) E (S) A (S) ÉM ou ÉNS, se tiverem mais de uma sílaba.

Ex.: você, atrás, também, parabéns. ATENÇÃO! A terceira pessoa do plural dos verbos TER e VIR e derivados recebem acento

circunflexo. Assim : eles têm, eles vêm, eles retêm, eles advêm. As demais pessoas desses verbos seguem a regra das oxítonas: ele tem, ele vem( não recebem acento porque têm somente uma sílaba); ele retém, ele contém, ele advém ( recebem acento porque atendem às exigências da regra).

ATENÇÃO! As três primeiras regras de acentuação não sofrem qualquer tipo de alteração, se consideradas as regras do novo sistema ortográfico.

4) REGRA DOS DITONGOS ABERTOS: acentuam-se os ditongos abertos ÓI, ÉU, ÉI, seguidos ou não de S, quando tônicos. ATENÇÃO! REFORMA... Neste item a reforma modifica a colocação de acentos nos ditongos abertos: permanece acentuado o ditongo ÉU em todas as palavras; os ditongos ÉI e ÓI, somente em palavras oxítonas. Ex.: jibóia, eu apóio, idéia são palavras que deixarão de ter acento, mas chapéu, anéis, coronéis continuarão acentuadas.

5) REGRA DOS HIATOS ÔO e ÊE: acentua-se a primeira vogal dos hiatos ÔO e ÊE, quando tônica,

fechada. Ex.: lêem, vôo, magôo, dêem. Observação: Somente os verbos LER, VER, DAR e CRER e seus derivados são grafados com o hiato ÊE. ATENÇAO! REFORMA... É excluído o acento circunflexo nos ditongos OO e EE. 6) REGRA DO U E DO I : acentuam-se o U e o I , quando:

tônicos; antecedidos de vogal: sozinhos ou com S: não seguidos de NH.

Ex.: saída, saíste, conteúdo. Atenção! Reforma novamente... Os hiatos formados pelo I e pelo U perdem o acento, se houver um ditongo que os anteceda. Assim: baiúca, feiúra, feiúme, por exemplo, não terão mais acento. 7) REGRA DO TREMA :

Q E Q E Ü Ú G I G I átono tônico pronunciado pronunciado Ex.: tranqüilo, sagüi, averigúe, argúis. REFORMA NOVAMENTE... A regra do trema ou do acento agudo será abolida pela reforma. 8) REGRA DO ACENTO DIFERENCIAL: usa-se o acento diferencial nas palavras que seguem:

a) pôde (pretérito perfeito) - pode (presente do indicativo) b) pára(verbo) pôlo(substantivo) pôr(verbo) pêlo(substantivo) pêra(substantivo) pélo, pélas, péla (verbo) pólo(substantivo) côa, côas(verbo) PARA ENCERRAR, REFORMA... Dos acentos diferenciais, permanecem os das palavras pôde e pôr, e facultativamente o da palavra fôrma. EXERCÍCIO 1: Como vocês escreveriam as palavras que seguem SEM as alterações propostas pela reforma? a) Com ou sem trema?

distinguir aguentar extinguir consequência cinquenta quinquênio frequência

frequente eloquência eloquente arguição delinquir averiguamos aquestos

sagui pinguim tranquilo língua averiguemos linguiça apaniguei

b) Com ou sem acento agudo?

assembleia plateia apoio(eu) ideia chapeu

colmeia aneis boleia veus trofeu

teia panaceia Coreia hebreia ovoide

apoiam tireoide estreio (eu) Niteroi

anzois destroi boia paranoia

jiboia apoio(o) heroico paranoico

c) Com ou sem o acento circunflexo?

enjoo voo coroo perdoo coo moo

abençoo povoo coopero creem deem leem

veem descreem releem reveem empreender empreendimento

cooperação abotoo semeemos Mooca magoo destoo d) Com ou sem o acento diferencial?

para (verbo) pode (pretérito) pela (substantivo e verbo) pelo (substantivo) pera (substantivo)

para (preposição) polo (substantivo) por (verbo) por(preposição) repor

coa, coas (verbo) pelo(verbo) e) Com ou sem o acento sobre o U e o I ?

baiuca juizes boiuna saida Piaui pajeu

caissemos seriissimo cheiissimo feiura doido(adjetivo) doido (particípio)

raiz feiume raizes fluido bau sai (pret.perf.)

faisca juizo gratuito fuinha sairmos fluido(particípio) iidiche ruim sainha

II. USO DO HÍFEN: Quando o usamos em língua portuguesa?

Usamos o hífen nas palavras formadas por composição: se a reunião resultar num novo conjunto de sentido; se primeiro elemento for uma forma reduzida; se adjetivos gentílicos forem derivados de topônimos compostos; se segundo elemento for o adjetivo geral.

Usamos o hífen com prefixos: Em palavras formadas de prefixos (ou falsos prefixos) terminados em vogal + palavras iniciadas por

"r" ou "s“= sem hífen e dobra do ss/rr. Ex.: anti+social=antissocial contra+racional= contrarracional

Em prefixos terminados por "r", permanece o hífen, se a palavra seguinte for iniciada pela mesma

letra. Ex.: hiper-realista, hiper-requintado, hiper-requisitado. Em palavras formadas de prefixos (ou falsos prefixos) terminados em vogal+ palavras iniciadas por

outra vogal= SEM HÍFEN. Ex.: auto+imagem=autoimagem auto+afirmar=autoafirmar auto+administrar=autoadministar ATENÇÃO! A regra anterior não é aplicada, quando a palavra seguinte iniciar por "h": anti-herói, anti-higiênico, extra-humano, semi-herbáceo etc.

Quando a palavra é formada por um prefixo (ou falso prefixo) terminado em vogal + palavra iniciada pela mesma vogal= COM HÍFEN.

Ex.: arqui+inimigo=arqui-inimigo micro+ondas=micro-ondas ATENÇÃO! O PREFIXO CO DISPENSA O HÍFEN. Não usamos mais hífen em compostos que, pelo uso, perderam a noção de composição. Obs: O

uso do hífen permanece em palavras compostas que não contêm elemento de ligação e constitui

unidade sintagmática e semântica, mantendo o acento próprio, bem como naquelas que designam espécies botânicas e zoológicas: ano-luz, azul-escuro, médico-cirurgião, conta-gotas, guarda-chuva, segunda-feira, tenente-coronel, beija-flor, couve-flor, erva-doce, mal-me-quer, bem-te-vi etc.

Com os prefixos ex, sem, além, aquém, pós,pré,pró, usa-se sempre o hífen.

Ex.: além-mar, pré-vestibular, pós-graduação, ex-aluno. EM RESUMO: COM PREFIXOS TERMINADOS EM VOGAL:

1) Sempre se usa o hífen diante de H. 2) Com hífen, diante da mesma vogal. 3) Sem hífen, se as vogais forem diferentes. 4) Sem hífen, diante de R e S(dobram-se essas consoantes). 5) Sem hífen, diante de consoante diferente de R ou S.

COM PREFIXOS TERMINADOS POR CONSOANTES:

1) Com hífen, diante da mesma consoante. 2) Sem hífen, diante de consoante diferente. 3) Sem hífen diante de vogal. ATENÇAO! 1) Com o prefixo SUB: com hífen também diante de R; sem hífen, se a palavra seguinte começar por

H (exclui-se o H e junta-se a palavra ao prefixo). 2) Com CIRCUM e PAN: com hífen, diante de palavra iniciada por M, N ou vogal. 3) O prefixo CO aglutina-se, em geral, com o segundo elemento.

EXERCÍCIO 2: Como você escreveria as palavras que seguem: COM OU SEM HÍFEN? ATENÇÃO! Em cada conjunto, uma não é escrita como as demais. 1)

a) ante sala b) ante sacristia c) auto retrato

d) anti incêndio e) anti comunismo

2) a) anti rugas b) arqui romântico c) arqui rivalidade

d) auto regulamentação e) super homem

3) a) contra senha b) extra regimento c) extra sístole

d) extra seco e) extra apimentado

4) a) co herdeiro b) intra renal c) ultra romântico d) ab rogar e) infra som

5) a) supra renal b) supra sensível c) ad referendar

d) contra senso e) semi reta

6) a) ultra resistente b) inter racial c) inter regional

d) inter relação e) super racional

7) a) super realista b) auto sonda c) auto afirmação

d) auto ajuda e) auto aprendizagem

8) a) super resistente b) auto escola c) auto estrada

d) auto instrução e) contra exemplo

9) a) contra indicação b) anti inflamável c) extra escolar

d) extra oficial e) infra estrutura

10) a) contra ordem b) intra ocular

c) intra uterino d) ad retal

e) neo expressionista

11) a) neo imperialista b) semi aberto c) semi automático

d) semi árido e) semi inconsciente

12) a) semi obscuridade b) supra ocular c) ultra elevado

d) semi ligado e) anti inflamatório

13) a) anti inflacionário b) anti imperialista c) arqui inimigo

d) arqui irmandade e) pre estabelecer

14) a) micro telefone b) micro ônibus c) micro orgânico

d) contra ataque e) contra atacar

15) a) contra arrazoar b) manda chuva c) para quedas

d) para quedista e) para lama

16) a) para brisa b) para choque c) co herdeiro d) para vento e) ab rupto

EXERCÍCIO 3: Leia o texto e sublinhe as palavras que sofreriam alteração de grafia por causa da reforma.

Falando difícil.

"A escritora Doris Lessing diz que, quando se corrompe a linguagem, logo se corrompe o pensamento"

Quando começam a ser ouvidas quase todo dia palavras que ninguém ouvia antes, é bom prestar atenção – estão criando confusão na língua portuguesa e raramente isso resulta em alguma coisa boa. No mundo dos três poderes e da política em geral, por exemplo, fala-se cada vez mais um idioma que tem cada vez menos semelhança com a linguagem de utilização corrente pelo público. As preferências, aí, variam de acordo com quem está falando. A ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, colocou no mapa a palavra "escandalização", à qual acrescentou um "do nada", para descrever o noticiário sobre o dossiê (ou banco de dados, como ela prefere) feito na Casa Civil com informações incômodas para o governo anterior. Mais recentemente, o ministro Gilmar Mendes, presidente do Supremo Tribunal Federal, contribuiu com o seu "espetacularização"; foi a palavra, vinda de uma língua desconhecida, que selecionou para manifestar seu desagrado quanto à colocação de algemas no banqueiro Daniel Dantas, durante as operações da Polícia Federal que lhe valeram o desconforto de algumas horas na prisão. "Obstaculização", "fulanização" ou "desconstitucionalização" são outras das preferidas do momento – sendo certo que existe, por algum motivo, uma atração especial por palavras que acabam em "zação".

O ministro Tarso Genro, da Justiça, parece ser o praticante mais entusiasmado desse tipo de linguagem entre as autoridades do governo. Poucas coisas, hoje em dia, são tão difíceis quanto pegar o ministro Genro falando naquilo que antigamente se chamava "português claro". Ele já falou em "referência fundante", "foco territorial etário", "escuta social orgânica articulada", entre outras coisas igualmente alarmantes; na semana passada, a propósito da influência do crime organizado nas eleições municipais do Rio de Janeiro, observou que "a insegurança já transgrediu para a questão eleitoral". É curioso, uma vez que, como alto dirigente do Partido dos Trabalhadores, deveria se expressar com palavras que a média dos trabalhadores brasileiros conseguisse entender. Que trabalhador, por exemplo, saberia o que quer dizer "referência fundante"? Mas também o PT, e não só o ministro Genro, gosta de falar enrolado. Seus líderes vivem se referindo a "políticas", que em geral são "estruturantes"; dizem que isso ou aquilo é "pontual", e assim por diante. "Políticas", no entendimento comum da população, são mulheres que se dedicam à política; a senadora Ideli Salvatti ou a ex-prefeita Marta Suplicy, por exemplo, são políticas. "Pontual", da mesma forma, é o cidadão que chega na hora certa aos seus compromissos. Fazer o quê? As pessoas acham que esse palavreado as torna mais inteligentes, ou mais profissionais. Conseguem, apenas, tornar-se confusas, ou simplesmente bobas.

As coisas até que não estariam de todo mal se só os habitantes do mundo oficial falassem nesse patoá. Mas a história envolve muito mais gente boa, e muito mais do que apenas falar complicado – o que ela mostra, na verdade, é que o português está sendo tratado a pedradas no Brasil. O problema começa com a leitura. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, por exemplo, vive se orgulhando de não ler livros – algo que considera, além de chato, como um certificado de garantia de suas origens populares. Lula ficaria surpreso se soubesse quanta gente na elite brasileira também não lê livro nenhum – ou então lê pouco, lê livros ruins ou não entende o que lê. Muitos brasileiros ricos, como empresários, altos executivos e profissionais de sucesso, têm, sabidamente, problemas sérios na hora de escrever uma frase com mais de vinte palavras. Escrevem errado, escrevem mal ou não dá para entender o que escrevem – ou, mais simplesmente, não escrevem nada. No mesmo caminho vão professores, do primário à universidade, artistas, profissionais liberais, cientistas, escritores, jornalistas – que já foram definidos, por sinal, como indivíduos que desinformam, deseducam e ofendem o vernáculo.

O mau uso do português resulta em diversos problemas de ordem prática, o primeiro dos quais é entender o que se diz e o que se escreve. Não é raro, por exemplo, advogados assinarem petições nas quais não conseguem explicar direito o que, afinal, seus clientes estão querendo – ou juízes darem sentenças em português tão ruim que não se sabe ao certo o que decidiram. Há leis, decretos, portarias e outros documentos públicos incompreensíveis à primeira leitura, ou mesmo à segunda, à terceira e a quantas mais vierem. Não se sabe, muitas vezes, que linguagem foi utilizada na redação de um contrato. Os balanços das sociedades anônimas, publicados uma vez por ano, permanecem impenetráveis.

Há mais, nisso tudo, do que dificuldades de compreensão. A escritora Doris Lessing, prêmio Nobel de Literatura de 2007, diz que, quando se corrompe a linguagem, se corrompe, logo em seguida, o pensamento. É o risco que se corre com o português praticado atualmente no Brasil de terno, gravata e diploma universitário.

J.R. Guzzo