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Leptospirose CEEP – SAT CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM Enfª. Stella Tolentino Especialista em Saúde Coletiva Bacharelanda em Saúde

Leptospirose CEEP – SAT CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM Enfª. Stella Tolentino Especialista em Saúde Coletiva Bacharelanda em Saúde

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Leptospirose

CEEP – SATCURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM

Enfª. Stella TolentinoEspecialista em Saúde

ColetivaBacharelanda em Saúde

Definição

Doença febril aguda causada por bactérias patogênicas do gênero Leptospira, de

caráter sistêmico, transmitida ao homem pelo contato direto ou indireto com a urina

de animais infectados.

Epidemiologia• Doença endêmica de caráter mundial;

• Alta incidência de casos;

• Alto custo hospitalar dos pacientes internados e causa de perda de vários dias de trabalho;

• Alta letalidade dos casos graves.

Epidemiologia

• Muito negligenciada e subnotificada;

• Existe uma correlação direta entre a quantidade de chuvas e a incidência da doença;

• As intervenções dependem das prioridades de diversos setores e conscientização de gestores.

Epidemiologia

• Surtos de caráter sazonal em regiões de clima tropical e subtropical

– Elevada temperatura e períodos do ano com altos índices pluviométricos;

• Inundações propiciam a disseminação e a persistência do agente causal no ambiente.

Definições de caso Caso suspeito - paciente com febre, cefaléia e mialgia que apresente pelo menos um dos seguintes critérios:

critério 1 – antecedentes epidemiológicos sugestivos nos 30 dias anteriores à data de início dos sintomas (exposição a situações de risco, vínculo epidemiológico com um caso confirmado por critério laboratorial ou residir/trabalhar em áreas de risco);

critério 2 ‐ pelo menos um dos seguintes sinais ou sintomas: sufusão conjuntival, sinais de insuficiência renal aguda, icterícia e/ou aumento de bilirrubinas e fenômeno hemorrágico.

Ign/Branco Cura Óbito pelo agravo noti-ficado

Óbito por outra causa0

50

100

150

200

250

300

2013 2014

Frequência de casos notificados de leptospirose por ano de início dos sintomas segundo evolução.

Bahia, 2013 e 2014*

Fonte: SINAN – DIS/GT- leptospirose/peste/CODTV/Divep /Suvisa/SESAB * Dados até 23 de abril de 2014.

Etiologia

• Agente etiológico: Bactéria helicoidal (espiroqueta) aeróbica obrigatória do gênero Leptospira.

• Reservatórios: Principal - roedores (ratos). Outros: Bovinos, suínos, equinos, ovinos, caprinos e caninos.

Fisiopatologia

• Infecção:

– Indireta: Água, solo e alimentos contaminados (urina) (Mais frequente)

– Direta: secreções (sêmen, secreção vaginal pós-abortamento e saliva) e placenta. (Incomum)

• Porta de entrada: pele (íntegra e lesada) e mucosas ( oral, nasal, conjuntival e genital).

• Possibilidades: contato ou ingestão.

2-3 dias

Fisiopatologia

Após PI de 2-5 dias sangue febre discreta (leptospiremia)

fígado, baço, rinsanemia discreta

lesões vasculares e trombocitopenia

2-3 dias

2-3 dias

FORMAS ANICTÉRICAS SÍNDROME DE WEILFase séptica(4 a 7 dias)

Fase imuno(0 a 30 dias)

Fase séptica

(4 a 7 dias)

Fase imuno(14 a 30 dias)

AnorexiaArtralgiasAsteniaCalafriosCongestão ocularDor abdominalEscarro hemoptoicoExantemaFebreMialgiasNáuseasRigidez da nuca TosseVômitos

AlopéciaDor ocularEpistaxe

EsplenomegaliaHepatomegalia

OligúriaPetéquias

PruridoTremores

Uveite

(associam-se às da fase séptica)

Sintomatologia

AnemiaGengivorragiaHematêmeseHematúriaHemorragia ocularIcteríciaInsuficiência renal aguda

MelenaMiocarditePancreatite

TorporComa

Choque

Veronesi & Focaccia (1995)

DIAGNÓSTICO

1) Forma subclínica: como gripe ou resfriado.

2) Quadros graves: início súbito, febre, cefaléia, dores musculares, calafrios, sudorese, anorexia, náuseas, vômitos, obstipação ou diarréia e também dispnéia e hemoptise.

3)Com evolução: sangramento cutâneo, púrpura, hemorragia gastrointestinal, hemotórax, icterícia, alterações urinárias, confusão mental e ainda meningite.

DIAGNÓSTICO

• Exames:

– Hemograma;– Transaminases: STGO, STGP<200, BD

muito elevadas;– Função renal: U, Cr;– Urina: leucocitúria, proteinúria, cilindrúria;– Outros: RX e ECG.

Tratamento

• Duração do tratamento com antibióticos intravenosos: pelo menos, 7 dias;

• Hidratação venosa para reposição da volemia;

• Reposição de potássio, se necessário;

• Acompanhamento da função renal e pulmonar;

• Diálise peritoneal se necessário.

Cuidados de Enfermagem

• Realizara a notificação compulsória;

• Administrar antibioticoterapia e reposição hidro eletrolítica, conforme prescrição médica;

• Verificar os sinais vitais;

• Observar o balanço hídrico;

• Pesar o cliente diariamente;

Cuidados de Enfermagem

• Anotar aspecto e volume da diurese;

• Orientar os familiares sobre a utilização de água filtrada e fervida, higiene e remoçãode lixos e armazenagem correta de alimentos emlocais livres de roedores.

Profilaxia

• Medidas gerais:

– Programas de controle de ratos;

– Campanhas educacionais • alertar a comunidade - uso de roupas especiais, botas à

prova d’água, luvas, lavagem e desinfecção de feridas, evitar recreação em lagos e pequenos rios ou represas.

Profilaxia

• Medidas de saneamento básico;

• Medidas concretas que evitem enchentes nos períodos de chuvas;

• Vacinação de animais domésticos contra leptospirose (cães).

Obrigada!

Contatos:https://[email protected]