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FACULDADES INTEGRADAS APARÍCIO CARVALHO – FIMCA CURSO DE BIOMEDICINA EMELY FRANCIENE SALES OLIVEIRA RAQUEL MARQUES DA S.SAMPAIO LEPTOSPIROSE

Leptospirose TRABALHO 1

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FACULDADES INTEGRADAS APARÍCIO CARVALHO – FIMCACURSO DE BIOMEDICINA

EMELY FRANCIENE SALES OLIVEIRA

RAQUEL MARQUES DA S.SAMPAIO

LEPTOSPIROSE

PORTO VELHO/RO

2015

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EMELY FRANCIENE SALES OLIVEIRA

RAQUEL MARQUES DA S.SAMPAIO

LEPTOSPIROSE

Trabalho de Pesquisa elaborado como requisito avaliatório do curso de biomedicina, apresentado às Faculdades Integradas Aparício Carvalho – FIMCA.

ORIENTADOR: Prof. Denny Vitor Barbosa Ramos

PORTO VELHO/RO

2015

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SUMARIO

1. Introdução.........................................................................01

1.1. Histórico.........................................................................02

1.2 Patogenia........................................................................02

1.3 Transmissão...................................................................03

1.4 Sintomas..........................................................................03

1.5 Diagnósticos...................................................................03

1.5.1 Técnica de microaglutinação sorológica (MAT)......04

1.5.2 Ensaio imunoenzimático.............................................04

1.5.3 Reação da polimerase em cadeia (PCR)...................04

1.5.4 Isolamento....................................................................05

1.6 Fatores ambientais associados à profilaxia................05

1.7 Conclusão........................................................................06

1.8 Bibliografia.......................................................................07

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INTRODUÇÃO

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1.1 Histórico

Em 1886, o médico alemão Adolf Weil descreveu pela primeira vez uma doença

infecciosa que causava esplenomegalia, nefrite e icterícia, razão pela qual a forma

grave da leptospirose em humanos é até hoje denominada como doença de Weil

(FAINE et al., 2000).Em 1907, Stimson observou pela primeira vez o agente em

cortes histológicos de rim, corados pela prata, de um paciente com diagnóstico de

febre amarela. As bactérias se encontravam em agregados e apresentavam uma

forma semelhante ao ponto de interrogação, sendo assim denominadas como

Spirochaeta interrogans (FAINE et al., 2000). O primeiro isolamento de leptospiras

patogênicas foi realizado por Inada e colaboradores, em 1916, no Japão. Os autores

mostraram ainda a distribuição da bactéria nos tecidos, as características

morfológicas do agente, a proteção passiva em cobaias com o uso de bacterina,

bem como o papel do rato como reservatório (INADA et al., 1917).

No Brasil, a ineficácia ou inexistência de rede de esgoto e drenagem de águas

pluviais, a coleta de lixo inadequada e as consequentes inundações são condições

favoráveis à alta endemicidade e às epidemias. Atinge, portanto, principalmente a

população de baixo nível sócio-econômico da periferia das grandes cidades, que é

obrigada a viver em condições que tornam inevitável o contato com roedores

e águas contaminadas. (Dr. Dráuzio. V 2012)

1.2 Patogenia

Leptospira é um agente aeróbio e compartilha características de bactérias Gram-

negativas e Gram-positivas, tendo a forma helicoidal (espiral) como é descrito no

agente etiológico da sífilis. Existem diversas espécies patogênicas, separadas ainda

por sorotipos e sorogrupos. No Brasil a L. interrogans, sorovar copenhageni,

pertencente ao sorogrupo icterohaemorrhagiae, é uma das leptospiras mais comuns.

Medem geralmente 0,1 µm por 6 µm até 20 µm. Apresenta uma camada de

peptideoglicano e uma membrana externa semelhante às bactérias Gram-negativas,

mas com menor potencial endotóxico. (ELLIS,2000).

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1.3 Transmissão

A transmissão ocorre, principalmente, através do contato com a água ou lama de

enchentes contaminadas com urina de animais portadores, sobretudo os ratos. A

penetração da Leptospira no corpo, através da pele, é facilitada pela presença de

algum ferimento ou arranhão. Também pode ser transmitida por ingestão de água ou

alimentos contaminados.

1.4 Sintomas

Os mais frequentes são parecidos com os de outras doenças, como a gripe e a

dengue. Os principais são: febre, dor de cabeça, dores pelo corpo, principalmente

nas panturrilhas (batata-da-perna), podendo também ocorrer vômitos, diarreia e

tosse. Nas formas mais graves geralmente aparece icterícia (coloração amarelada

da pele e dos olhos) e há a necessidade de cuidados especiais em caráter de

internação hospitalar. O doente pode apresentar também hemorragias, meningite,

insuficiência renal, hepática e respiratória, que podem levar à morte. (M.S 2013)

1.5 Diagnósticos

Basicamente, o diagnóstico específico é feito pela Cultura em meios apropriados,

com amostra de sangue colhida na fase septicêmica, e Sorologia, com amostra

sanguínea colhida a partir do 7º dia de doença. O Instituto Adolfo Lutz e o Centro de

Controle de Zoonoses realizam, para diagnóstico, o Teste Imunoenzimático (ELISA-

IgM) e, quando houver o envio de duas ou mais amostras do caso suspeito, será

realizada a Microaglutinação (MAT) de todas elas. O IAL também realiza exame de

imuno-histoquímica de material de casos suspeitos que evoluíram para o óbito.

Em relação aos exames inespecíficos, as alterações mais importantes são:

leucocitose com neutrófilas e desvio para a esquerda, plaquetopenia, elevação das

bilirrubinas; com predomínio da fração direta, transaminases normais ou

aumentadas (geralmente não ultrapassando 500 unidades/dl) estando a TGO (AST)

mais elevada que a TGP (ALT), uréia e creatinina elevadas, potássio sérico normal

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ou abaixo do normal, Creatinoquinase (CK) e fração MB (CK-MB) poderão estar

elevadas, líquor com pleocitose linfocitária e/ou neutrofílica, fosfatase alcalina

elevada, gasometria arterial mostrando acidose metabólica e hipoxemia.

 Todas as amostras (soro) de pacientes com suspeitas de leptospirose são

analisadas (triadas) pelo método ELISA-IgM. Somente as amostras (soro) que

apresentarem resultados indeterminado ou reagente quando analisadas pelo método

de ELISA-IgM serão analisadas pelo método de Aglutinação Microscópica (MAT).

Amostras (soro) de pacientes com um mês ou mais de início de sintomas serão

processadas as duas metodologias, ELISA-IgM e MAT. (Lacen – MG 2011)

1.5.1 Técnica de Microaglutinação Sorológica (MAT)

O MAT é o procedimento laboratorial mais utilizado para o diagnóstico de

Leptospirose. O teste necessita de cepas representativas dos principais sorogrupos

conhecidos mais aqueles que são mantidos pelos animais reservatórios da região. É

considerado o teste de referência e baseia-se na identificação, por microscopia de

campo escuro, da aglutinação do soro do paciente com antígenos vivos. O teste é

considerado específico e sensível na fase imune da doença, permitindo a

identificação do sorogrupo infectante, sendo uma importante ferramenta clínico-

epidemiológica.

1.5.2 Ensaio Imunoenzimático (ELISA)

As deficiências no MAT levaram alguns pesquisadores a desenvolver métodos de

diagnóstico baseado na técnica de ensaio imunoenzimático. O maior benefício desta

técnica é a possibilidade de ser específico para anticorpos IgM ou IgG (SMITH et al.,

1994). O ELISA é uma técnica simples, segura, facilmente automatizada e, portanto,

a mais adequada para o exame de um grande número de amostras, e a

incorporação do sistema biotina/avidina eleva seus níveis de detecção

(CHAMPAGNE et al., 1991)

1.5.3 Reação da Polimerase em Cadeia (PCR)

O diagnóstico baseado no PCR tem sido desenvolvido efetivamente para um grande

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número de microorganismos. Devido à sua alta sensibilidade, especificidade e

rapidez de amplificação, o PCR tem demonstrado ser de grande utilidade onde as

técnicas de cultura existentes falharam ou são inadequadas (AHMED et al., 2009).

1.5.4 Isolamento

A cultura de leptospiras pode ser um exercício prolongado, pois os meios devem ser

examinados por campo escuro a cada 15 dias nos primeiros 03 meses da cultura, o

procedimento é difícil, trabalhoso e requer experiência e habilidade e a identificação

dos isolados, assim como o próprio procedimento de isolamento, deve ser realizado

por laboratórios especializados, razão esta pela qual a cultura não é usada

rotineiramente em 18 laboratório de diagnóstico (SMITH et al., 1994). Sangue, urina,

líquor e outras amostras biológicas podem ser utilizadas para isolamento do

organismo por cultura. Porém a cultura de leptospiras é difícil e pouco sensível.

Além disso, por ser uma bactéria fastidiosa, pode ser necessário até 16 semanas de

incubação com altos índices de contaminação (BHARTI et al.,2003)

1.6 Fator ambiental associando a profilaxia

Atualmente, a Leptospirose humana vem sendo considerada uma infecção de

grande importância para a saúde pública, reemergindo nos países desenvolvidos e

em desenvolvimento.  Vários fatores contribuem para o acometimento da doença. As

condições socioeconômicas como: problemas sanitários, acúmulo de lixo, faltam de

saneamento básico e fatores ambientais estão relacionados à infecção

pela Leptospira . Dentre as características sociais, destacam-se o local de moradia,

como os aglomerados e casas que são construídas de forma descontrolada em

periferias e centros urbanos, favorecendo o aumento da população de roedores e

acumulando água em épocas de grandes chuvas, propiciando as grandes

enchentes. Dentre as atividades ocupacionais, destacam-se as profissões de

bombeiros, biólogos, veterinários e trabalhadores em saneamento ambiental. Os

hábitos de vida da população também influenciam na ocorrência da doença tais

como: falta de higiene com os alimentos, principalmente os que tiveram contato com 5

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água contaminada pela bactéria. A doença pode também estar associada a

atividades recreativas que envolvam o contato com as águas como canoagem,

ecoturismo e outros. Entre os fatores ambientais, as elevações pluviométricas

concorrem para uma maior incidência de casos, já que favorecem a dispersão do

agente que necessita de um elo hídrico para atingir um novo hospedeiro susceptível.

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Conclusão

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Bibliografia

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