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Lesões Corporais
• Energias causadoras de lesões:- Energias de ordem mecânicas- Energias de ordem física- Energias de ordem química- Energias de ordem físico-química- Energias de ordem bioquímica- Energias de ordem biodinâmica- Energias de ordem mista
Lesões Corporais
• Energias de ordem mecânica• Instrumento/meio----ferida:- Perfurante---------------puntiforme/outras- Cortante-----------------cortante/incisa- Contundente-----------contusa- Pérfuro-cortante-------pérfuro-cortante- Pérfuro-contundente--pérfuro-contusa- Corto-contundente----corto-contusa
Lesões Corporais
• Instrumentos contundentes: objetos com superfície romba agindo por pressão, deslizamento, explosão, distensão, torção,etc...
- Produzem as feridas contusas que são: rubefação, escoriação, equimose,hematoma, bossa sanguínea, a ruptura de vísceras, além das feridas abertas e fraturas.
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• Feridas contusas:- Rubefação: é a vermelhidão (hiperemia)
passageira. Ocorre por dilatação dos vasos da pele. Pode estar ou não acompanhado de edema.
- Ex: um soco, marca de dedos num tapa.
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• Escoriação: é o arrancamento da camada superficial da pele (epiderme) deixando a derme à mostra.
- Na escoriação em vida, há a presença de serosidade que, ao ressecar, forma a crosta.
- A escoriação pós mortem não forma a crosta. A derme se apresenta branca e não há presença de serosidade. Quando ressecada tem o aspecto de couro (apergaminhada).
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• Equimose:Quando um instrumento contundente atinge o corpo vivo, os vasos se rompem e o sangue extravasa, ficando coagulado nas malhas do tecido. É uma prova de reação vital. Recebe nomes especiais de acordo com sua forma: sufusões, sugilações, petéquias, víbices.
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• Espectro equimótico de Legrand: No início é avermelhada, por volta do 2º ou 3º dia torna-se violácea, do 3º ao 6º dia fica azulada, do 7º ao 10º dia esverdeada, tornando-se amarelada por volta do 12º dia até desaparecer (de 15 a 20 dias).
- A equimose da conjuntiva não muda de cor.- A equimose no cadáver também não muda de
cor ( a não ser devido a putrefação)
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• Feridas abertas: forma e bordas irregulares, presença de pontes de tecido íntegro com retração das bordas da ferida.
- Obs: a presença de retração das bordas da ferida indica reação vital.
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• Fratura: é a solução de continuidade do osso. Pode ser fechada ou aberta (fratura exposta).
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• Instrumentos corto-contundentes: são instrumentos que mesmo com gume, são influenciados pela ação contundente. Causam feridas graves, inclusive amputações e fraturas. São lesões levemente escoriadas e equimosadas, sem traves de tecidos.
- Exs: machado, rodas de um trem, foice, dentes.
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• Instrumentos pérfuro-cortantes: são instrumentos de ponta e gume.
- Exs: faca, canivete, espada, tesoura...
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• Instrumentos cortantes: agem por deslizamento de seu gume. A saída é uma cauda de escoriação. As bordas da lesão são regulares e possuem todos os planos seccionados. Ausência de equimose nas bordas da ferida.
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• Instrumentos pérfuro-contundentes: Projetil de arma de fogo, artefato de bombas, a ponta de um guarda-chuva...
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• Energias de ordem física: pressão atmosférica, temperatura, radioatividade, luz e som, eletricidade.
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• PRESSÃO ATMOSFÉRICA:- Diminuição da pressão atmosférica: há
diminuição do oxigênio (rarefação do ar), alterando a hematose. Tais perturbações recebem o nome de MAL DAS MONTANHAS. É comum em altitudes acima de 2500metros, ocorrendo cefaléia, dispnéia, anorexia, fadiga, insônia, vômitos e tonturas, consequentes da hipóxia cerebral.
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- Aumento da pressão atmosférica (hiperbarismo-barotrauma): ocorrem em mergulhadores, escanfandristas. É chamado de MAL DOS CAIXÕES. O dano pode ocorrer durante a compressão causando perfuração timpânica, hemorragias ou durante a descompressão causando a embolia.
Lesões CorporaisTEMPERATURA: ação do calor (termonoses,
queimaduras) ou frio (hipotermia,geladura).
#Ação do calor:
1)Termonoses: ação do calor difuso sobre o corpo.
-Insolação: quando a fonte de calor é o sol
- Intermação: quando a fonte de calor é artificial (caldeira, fornalha)
Lesões Corporais 2)Queimaduras: - 1º grau: atinge somente a epiderme causando
vermelhidão, dor, calor local e às vezes edema.
- 2º grau: chega à derme superficial causando bolha (flictena-sinal vital).
- 3º grau: atinge camadas mais profundas.- 4º grau: carbonização.- OBS: a gravidade da queimadura depende da
superfície corporal queimada, dos locais queimados e do grau da queimadura.
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• #Ação do frio:
• 1) Hipotermia: vai desde a vasoconstrição até o comprometimento da até o comprometimento da atividade bulbar.
• 2) Geladuras: levam à vasoconstrição-isquemia-necrose tecidual.
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• RADIOATIVIDADE: As lesões são conhecidas como radiodermites. Ex: RX
• LUZ E SOM: a luz pode causar lesões na pele e cegueiras. O som causa perturbações como a epilepsia acustogênica, labirintites e a perda auditiva induzida pelo ruído, lesão timpânica.
Lesões Corporais• Eletricidade:- A lesão por eletricidade natural é chamada
fulguração e quando causa a morte chama-se fulminação. Deixa o sinal de Lichtenberg mostrando o caminho percorrido pela eletricidade.
- A lesão por eletricidade artificial (industrial) é chamada de eletroplessão e deixa a marca de Jellinek que consiste numa lesão de consistência endurecida com bordas elevadas que pode apresentar a forma do condutor.
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• Energias de ordem química: caústico, venenos.
-- As lesões produzidas por cáusticos são chamadas de vitriolagem.
- Na necrópsia dos envenenados deve-se colher o estômago com conteúdo, as vísceras, sangue, urina,e outros tecidos como pele, gordura...para exame toxicológico.
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• Energia de ordem físico-química: as asfixias.
- Sinais externos de asfixia em geral: congestão da face, cianose, equimose nas mucosas e pele, projeção da língua, exoftalmia, cogumelo de espuma (geralmente nos afogados), e, no pescoço, o sulco do enforcamento, do estrangulamento e as marcas da esganadura.
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• Sinais internos da asfixia: sangue escuro e fluido nas asfixias em geral, vermelho carmim nas asfixias por monóxido de carbono e diluído nos afogamentos, equimoses ou petéquias viscerais (manchas de TARDIEU), manchas maiores no pulmão nos afogamentos (manchas de PALTAUF), congestão visceral (sinal de ÉTIENNE MARTIN) e máscara equimótica de Morestin nas asfixias por compressões externas.
Lesões Corporais• Asfixias por confinamento: Ocorre quando um
ou mais indivíduos num ambiente restrito ou fechado, sem condição de renovação do ar, consome o oxigênio pouco a pouco e o gás carbônico acumula-se gradativamente.
• O confinamento é geralmente acidental, podendo ser homicida ou suicida.
• A vítima pode apresentar lesões de desespero como escoriações na face e pescoço, desgaste das unhas e erosão das extremidades dos dedos.
Lesões Corporais• Asfixia por monóxido de carbono: É uma forma
de asfixia tissular. Não é normalmente considerado causador de morte por intoxicação.
• É constante como forma de suicídio e mais raramente acidental e homicida.
• Ocorre rigidez cadavérica mais tardia, pouco intensa, de menor duração e tonalidade rósea da face (“como de vida”), hipostase clara, órgãos de tom carmim, com sangue fluido e róseo.
Lesões Corporais• Asfixia por sufocação direta: as modalidades são: -Por oclusão da boca e das fossa nasais: quase sempre de
caráter criminoso com desproporção entre de forças entre a vítima e o autor. É uma prática muito comum no infanticídio. O autor pode usar as mãos, sacos plásticos, travesseiros, dentre outros.
-Sufocação direta por oclusão das vias respiratórias: geralmente acidental. Ocorre quando corpos estranhos impedem a passagem do ar para os pulmões. Nos afogamentos temos como sinal o cogumelo de espuma na boca.
-Sufocação posicional: ocorre pela posição em que o indivíduo se encontra no momento da morte.
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• Sufocação indireta: é a compressão do tórax e abdome, impedindo os movimentos respiratórios. É sempre acidental ou criminosa. Conhecida como “congestão compressiva de Perthes”. Um sinal clássico é a máscara equimótica de Morestin ou congestão cefalocervical em que há arroxeamento da face e pescoço.
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• Sufocação posicional: ocorre devido a posição do indivíduo no momento da morte. Pode ser considerada um tipo de sufocação indireta. Exs: posição de crucificação com posicionamento demorado do indivíduo de “cabeça para baixo”.
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- No estrangulamento, o sulco pode ser único ou múltiplo, é contínuo, por baixo da cartilagem tireóidea, horizontal.
- Na esganadura, pode haver marcas dos dedos e escoriações das unhas do agressor.
- As lesões internas nos casos de constricção mecânica do pescoço consistem em lesões vasculares e na laringe, além de lesões da inervação.
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• No enforcamento: Há, além dos sinais de asfixia em geral, o sinal do sulco típico do enforcamento que é único, oblíquo, ascendente, interrompido ao nível do nó, acima da cartilagem tireóidea, com fundo apergaminhado.
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• OUTROS SINAIS IMPORTANTES NO ENFORCAMENTO
1)Sinal de Ambroise Paré: Pele enrugada no fundo do sulco. Luxação da 2ª vértebra cervical.
2)Sinal de Amussat: secção da túnica íntima da artéria carótida comum nas proximidades de sua bifurcação.