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CENTRO UNIVERSITÁRIO: CTCH DEPARTAMENTO: LETRAS PERÍODO: 2020.1 LET 2500 TEORIAS DA LITERATURA E DA CULTURA CARGA HORÁRIA TOTAL: 45 HORAS CRÉDITOS: 3 PRÉ-REQUISITO(S): sem pré-requisito Prof. Júlio Diniz 5ª feira, das 13h às 16h. (turma 1DA) OBJETIVOS Ler e analisar comparativamente procedimentos teórico- metodológicos aplicados aos campos da literatura e da cultura. Analisar correntes artísticas, movimentos intelectuais e argumentos críticos na perspectiva do contemporâneo. Formular argumentos crítico-teóricos, tendo em vista os textos da bibliografia do curso e as discussões em sala da aula. EMENTA Autores e textos representativos do pensamento contemporâneo nos campos da teoria da literatura, da crítica literária e da crítica cultural, com ênfase nas noções de discurso, representação, recepção, autoria, subjetividade, oralidade, performance e na problematização de campos instituídos tais como literatura e cultura, estética e política. PROGRAMA I. Análise de textos e autores representativos das principais vertentes teóricas e de contribuições críticas mais relevantes no âmbito da literatura e da cultura no século XX e nas duas primeiras décadas do século XXI. II. Discussão sobre as premissas que presidem os estudos literários e culturais na contemporaneidade: desconstrução, descentramento, reversão de valores; do estético ao ético-político-cultural; disciplinaridade, transdisciplinaridade e pós-disciplinaridade; a ênfase na responsabilidade intelectual e acadêmica: a politização da teoria.

LET 2500 TEORIAS DA LITERATURA E DA CULTURA€¦ · DIDI-HUBERMAN, Georges. “De semelhança a semelhança”. Alea, v.13, n.1, 26-51, jan-jun 2011. DIDI-HUBERMAN, Georges. O que

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CENTRO UNIVERSITÁRIO: CTCH

DEPARTAMENTO: LETRAS PERÍODO: 2020.1

LET 2500 TEORIAS DA LITERATURA E DA CULTURA

CARGA HORÁRIA TOTAL: 45 HORAS CRÉDITOS: 3

PRÉ-REQUISITO(S): sem pré-requisito

Prof. Júlio Diniz – 5ª feira, das 13h às 16h. (turma 1DA)

OBJETIVOS Ler e analisar comparativamente procedimentos teórico-metodológicos aplicados aos campos da literatura e da cultura.

Analisar correntes artísticas, movimentos intelectuais e argumentos críticos na perspectiva do contemporâneo.

Formular argumentos crítico-teóricos, tendo em vista os textos da bibliografia do curso e as discussões em sala da aula.

EMENTA Autores e textos representativos do pensamento contemporâneo nos campos da teoria da literatura, da crítica literária e da crítica cultural, com ênfase nas noções de discurso, representação, recepção, autoria, subjetividade, oralidade, performance e na problematização de campos instituídos tais como literatura e cultura, estética e política.

PROGRAMA

I. Análise de textos e autores representativos das principais vertentes

teóricas e de contribuições críticas mais relevantes no âmbito da

literatura e da cultura no século XX e nas duas primeiras décadas do

século XXI.

II. Discussão sobre as premissas que presidem os estudos literários e

culturais na contemporaneidade:

desconstrução, descentramento, reversão de valores;

do estético ao ético-político-cultural;

disciplinaridade, transdisciplinaridade e pós-disciplinaridade;

a ênfase na responsabilidade intelectual e acadêmica: a

politização da teoria.

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III. Formulação de um quadro teórico preliminar que permita identificar o estado da arte nos campos dos estudos literários e culturais. IV. Impasses e desafios da área de conhecimento.

AVALIAÇÃO Categoria 12.

Presença e participação ativa nos debates em sala.

Entrega de uma monografia no final do curso.

BIBLIOGRAFIA PRINCIPAL BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR

DINIZ, Júlio e SCHOLLHAMMER, Karl Erik (orgs.). Humanidades em questão. Abordagens e discussões. Rio de Janeiro: Ed. PUC-Rio, 2018. RANCIÈRE, Jacques. A partilha do sensível: estética e política. São Paulo: Ed 34, 2009. SANTIAGO, Silviano. 35 ensaios de Silviano Santiago. Organizador: Italo Moriconi. São Paulo: Companhia das Letras. 2019. AGAMBEM, Giorgio. O que é o contemporâneo? e outros ensaios. Chapecó: Editora Argos, 2009. AGAMBEN, Giorgio. Profanações. São Paulo: Boi tempo, 2007. ANTELO, Raúl. Potências da imagem. Chapecó: Argos, 2004. BARTHES, Roland. Aula. São Paulo: Cultrix. 1979. BENJAMIN, Walter. “A obra de arte na era de sua reprodutibilidade técnica” In: Magia e técnica, arte e política. São Paulo: Brasiliense, pp.165-196. BHABHA, Homi. O local da cultura. Belo Horizonte: Ed. UFMG, 1998. CALVINO, Italo. Assunto encerrado: discursos sobre literatura e sociedade. São Paulo: Companhia das Letras, 2009. COELHO, Teixeira. A cultura e seu contrário: cultura, arte e política pós-2001. São Paulo: Iluminuras/Itaú Cultural, 2008. CUNHA, Eneida Leal. “A emergência da cultura e da crítica cultural”. In: Cadernos de estudos culturais. v.1, n.1, set.2009. pp.71-82. DELEUZE, Gilles. “Platão e o simulacro”. In: Lógica do sentido. São Paulo: Perspectiva, 1974. pp. 259-272 DELEUZE, Gilles e GUATTARI, Felix. Kafka; por uma literatura menor. Rio de Janeiro: Imago, 1977. DELEUZE. Crítica e clínica. São Paulo: Ed. 34, 1997. DERRIDA, Jaques. A escritura e a diferença. São Paulo: Perspectiva, 2005. DERRIDA, Jaques. Mal de arquivo: uma impressão freudiana. Rio de Janeiro: Relume Dumará, 2001. DIDI-HUBERMAN, Georges. “De semelhança a semelhança”. Alea, v.13, n.1, 26-51, jan-jun 2011. DIDI-HUBERMAN, Georges. O que vemos, o que nos olha. São Paulo: Ed. 34,1998. DIDI-HUBERMAN, Georges. Sobrevivência dos vaga-lumes. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2011. DINIZ, Júlio. “Narrativas da indisciplina”. In: NORONHA, J.M.; OLIVEIRA, M.C.; PEREIRA, M.L.; FERREIRA, R.. (org.). Disciplina, cânone: continuidades e rupturas. Juiz de Fora: EdUFJF, 2013, v. 1, pp. 97-110. EAGLETON, Terry. “Versões da cultura”. In: A ideia de cultura. São Paulo: Ed. UNESP, 2005. FARIA, Alexandre et al. Modos da margem. Figurações da marginalidade na literatura brasileira. Rio de Janeiro: Aeroplano, 2015.

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FOUCAULT, Michel. A ordem do discurso. São Paulo: Loyola, 2015. FOUCAULT, Michel. Arqueologia do saber. Rio de Janeiro: Forense-Universitária, 1986. FOUCAULT, Michel. Nietzsche, Freud & Marx. São Paulo: Princípio, 1997. GARRAMUÑO, Florencia. Frutos estranhos: sobre a inespecificidade na estética contemporânea. Rio de Janeiro: Rocco, 2014. GUMBRECHT, Hans Ulrich. Atmosfera, ambiência, Stimmung – sobre um potencial oculto da literatura. Rio de Janeiro: Contraponto; Editora PUC-Rio, 2014. GUMBRECHT, Hans Ulrich. Produção de presença: o que o sentido não consegue transmitir. Rio de Janeiro: Contraponto: Ed. PUC-Rio, 2010. HALL, Stuart. Da diáspora: identidade e mediações culturais. Belo Horizonte: Ed UFMG, 2003. JAMESON, Frederic. Modernidade singular: ensaio sobre a ontologia do presente. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2010. KIFFER, Ana Paula e BIDENT, Christophe. Anacronismos. Rio de Janeiro: 7Letras, 2012. MAMMÌ, Lorenzo. O que resta: arte e crítica de arte. São Paulo: Companhia das Letras, 2012. MIGNOLO, Walter. “La razón postcolonial: herencias coloniales y teorias postcoloniales”. Revista Gragoatá. Niterói: Programa de Pós-Graduação em

Letras da Universidade Federal Fluminense. n.1, 2 sem., 1996. NANCY, Jean-Luc. Listening. New York: Fordham University Press, 2007. NEGRI, Antonio e HARDT, Michael. Império. Rio de Janeiro: Record, 2010. OLINTO, Heidrun K. “Letras na página/palavras no mundo. Novos acentos sobre estudos de literatura”. In: revista Palavra, vol 1. 1993, pp. 7-40. RANCIÉRE, Jacques. O mestre ignorante: cinco lições sobre a emancipação intelectual. Belo Horizonte: Autêntica, 2002. RESENDE, Beatriz. Apontamentos de crítica cultural. Rio de Janeiro: Aeroplano, 2002. SANTOS, Boaventura de. A gramática do tempo: para uma nova cultura política. São Paulo: Cortez Editora, 2006. SANTOS, Roberto Corrêa dos e RESENDE, Renato. No contemporâneo: arte e escritura expandidas. Rio de Janeiro: FAPERJ/Circuito, 2011. SANTOS, Roberto Corrêa dos. Modos de saber, modos de adoecer: o corpo, a arte, o estilo, a vida, o exterior. Belo Horizonte: Ed. UFMG, 1999. SCHOLLHAMMER, Karl Erik e OLINTO, Heidrun Krieger (orgs.). Literatura e espaços afetivos. Rio de Janeiro: Editora 7Letras, 2014. SOUZA, Eneida Maria de. Crítica cult. Belo Horizonte: Ed. UFMG, 2007. YÚDICE, George. A conveniência da cultura. Belo Horizonte: Ed. UFMG, 2004. ZUMTHOR, Paul. Performance, recepção, leitura. São Paulo: Cosac Naif, 2007.

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CENTRO UNIVERSITÁRIO: CTCH

DEPARTAMENTO: LETRAS PERÍODO: 2020.1

LET 2505 SEMINÁRIO DE FORMULAÇÃO DE PROJETO E

DESENVOLVIMENTO DE PESQUISA II

CARGA HORÁRIA TOTAL: 45 HORAS CRÉDITOS: 3

PRÉ-REQUISITO(S): sem pré-requisito

Profa. Rosana Kohl Bines

4ª feira, 13h – 16h

OBJETIVOS Discutir a atividade de pesquisa, as questões implicadas na produção de conhecimento na contemporaneidade, e as relações entre percur-sos investigativos e a elaboração de seus relatos.

EMENTA Apresentação de tópicos constitutivos de Projeto de Pesquisa; discus-são de aspectos metodológicos e teórico-críticos relevantes para os projetos em desenvolvimento com vistas à elaboração de Teses; su-pervisão e acompanhamento de pesquisas; elaboração de trabalhos com vistas à apresentação em eventos acadêmicos e produção de artigo científico.

PROGRAMA "Escrever na plena posse das minhas faculdades de leitura." (Maria Gabriela Llansol) “A pesquisa é talvez a arte de se criar dificuldades fecundas e de criá-las para os outros. Nos lugares onde havia coisas simples, faz-se apa-recer problemas.” (Pierre Bourdieu)

Os encontros serão direcionados à pesquisa e escrita de um artigo acadêmico, a ser desenvolvido por cada um/a dos/as doutorandos/as, de acordo com seus interesses investigativos. Na primeira aula do curso, pede-se que cada um/a traga por escrito uma proposta inicial de artigo, na forma de resumo, contendo bibliografia preliminar de no

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mínimo 5 itens, que deverão incluir dissertação e/ou tese de douto-rado, artigos em periódicos e livros/capítulos de livros, além de outras fontes relevantes ao estudo pretendido. A bibliografia selecionada por cada aluno/a configurará seu plano individual de estudos no âmbito do seminário e poderá ser redesenhada no decorrer do processo de pesquisa. Montaremos também uma bibliografia compartilhada, a ser discutida coletivamente, a partir das proposições e rotas especulativas circulantes no grupo. A dinâmica do curso abrangerá fóruns de dis-cussão bibliográfica, interlocução com pesquisadores convidados, atendimentos individuais, trabalho em duplas (leitura e troca de co-mentários sobre os artigos em desenvolvimento) e apresentações de resultados parciais de pesquisa no processo de composição dos arti-gos. Sugere-se aos/às doutorando/as que troquem ideias prévias com seus orientadores sobre o recorte da pesquisa que desejam desen-volver na disciplina. Chamadas e oportunidades de divulgação e de publicação das pesquisas em andamento serão verificadas e compar-tilhadas pelo grupo.

AVALIAÇÃO Presença e participação efetiva nas discussões e atividades do curso e elaboração de artigo acadêmico como produção final.

BIBLIOGRAFIA

PRINCIPAL

A bibliografia a ser compartilhada e discutida no seminário será mon-tada a partir das sugestões dos/as doutorandos/as e em sintonia com seus planos de estudo. Como início de conversa, propõe-se abaixo uma seleção concisa de textos críticos sobre alguns dos desafios e perturbações, envolvidos na atividade de pesquisa em humanidades: ANDRADE, María Mercedes. “La enseñanza e investigación en huma-nidades: más allá de una propuesta modesta.” Literatura: teoría, his-toria, crítica 17·2 (2015) · pp. 149-164. HISSA, Cássia Eduardo Viana, Entrenotas: compreensões de pes-

quisa. Belo Horizonte: UFMG, 2013.

DUARTE JÚNIOR. João-Francisco. The rotten papers (ou adiós que yo me voy). In: ______. A montanha e o videogame: escritos sobre educação. Campinas: Papirus, 2010. WATERS, L. Inimigos da esperança: publicar, perecer e o eclipse da

erudição. São Paulo: UNESP, 2006. WRIGHT MILLS, C. Sobre o artesanato intelectual e outros en-saios. Rio de Janeiro: Zahar Ed., 2009.

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BIBLIOGRAFIA

COMPLEMENTAR

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DEPARTAMENTO: LETRAS PERÍODO: 2020.1

LET 2511 Dimensões contemporâneas do estético

CARGA HORÁRIA TOTAL: 45 HORAS CRÉDITOS: 3

PRÉ-REQUISITO(S): sem pré-requisito

PROF. Luiz Camillo Osorio

Quintas-feiras das 16h às 19h

OBJETIVOS Analisar questões estéticas contemporâneas a partir das abordagens teóricas de Jacques Rancière, Nicolas Bourriaud e Bruno Latour.

EMENTA O contemporâneo na arte como diluição das fronteiras entre um espaço público in-tensamente estetizado e a produção artística e literária em formas altamente híbri-das e complexas. A circulação massificada de bens culturais e sociais, nos merca-dos globais e nacionais, refletida na lógica das grandes cidades e a emergência de valores estéticos que deslocam a contemplação estética colocando novos desafios para as artes e para a literatura.

PROGRAMA Este curso buscará discutir o que pode a arte depois que sua função crítica entrou em crise. Não apenas a atividade da crítica no seu papel discriminador e judica-tivo, como também a própria capacidade da arte assumir-se criticamente, resis-tindo à captura institucional e ao mercado, assim como propondo formas alternati-vas de circulação. Tudo parece dominado. Entretanto, é do interior do próprio circuito institucional que temos que abrir bre-chas de sentido e encontrar novas formas de relacionamento com a arte e desta com o mundo. Neste sentido, buscaremos discutir três autores, Jacques Rancière, Nicolas Bourriaud e Bruno Latour e o quanto suas propostas de um espectador emancipado, de uma estética relacional e de um fazer (curatorial?) composicional, podem nos ajudar a sair da impotência a-crítica e imaginar formas novas de arte / não-arte / vida.

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AVALIAÇÃO Trabalho em forma de artigo no final do curso e eventuais apresentações orais de textos.

BIBLIOGRAFIA

PRINCIPAL

(no máximo 5)

RANCIÈRE, J. – O espectador emancipado, SP, Martins Fontes, 2014.

BOURRIAUD, N. – Estética relacional, SP, Martins Fontes, 2009.

- “Precarious Constructions. Answer to Jacques Rancière on Art and Politics”, Open Journal No. 17, Amsterdam 2009, pp. 20 – 36.

LATOUR, B – “Why has critique run out of steam? From matters of fact to matters of concern”, Critical Inquiry 30, University of Chicago Press, Winter, 2004: 225-247.

- “An attempt at a Compositional Manifesto”, New LiteraryHistory, 2010, 41: 471-490.

BIBLIOGRAFIA

COMPLEMENTAR

Bishop, C – “Antagonism and relational aesthetics”, October 110, MIT Press, Fall 2004, pp. 51–79.

Gillick, L. – “A Response to Claire Bishop’s “Antagonism and Relational Aesthetics”, October 115, MIT Press, Winter 2006, pp. 95–107.

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DEPARTAMENTO: LETRAS PERÍODO: 2020.1

LET 2513 1DA

Modernidades e Modernismos: Poéticas da tradução. Walter Ben-

jamin, Haroldo de Campos, Josely Vianna Baptista

CARGA HORÁRIA TOTAL: 45 HORAS CRÉDITOS: 3

PRÉ-REQUISITO(S): sem pré-requisito

Profa. Dra. Patrícia Lavelle

OBJETIVOS Apresentar e discutir a filosofia da linguagem de Walter Benjamin, na qual poesia e tradução desempe-nham um papel importante. Para isso, partiremos da leitura atenta de alguns seus principais ensaios, tendo sempre o cuidado de reconstruir suas fontes filosóficas e literárias. Examinar a teoria da tradução poética desenvolvida por Haroldo de Campos, em particular a partir de sua leitura d’A tarefa do tradutor de W. Benjamin Discutir a relação entre tradução e criação poética na leitura crítica de Roça Barroca de Josely Vianna Baptista, que inclui a tradução comentada de três cantos sagrados dos Mbyá-Guarani do Guairá e uma série de poemas da poeta-tradutora.

EMENTA O curso focaliza pressupostos epistemológicos, ideológicos e/ou estéticos que sustentam concepções plurais de modernidade. Partindo de uma gene-alogia dos termos e de seus campos semânticos em contextos históricos dis-tintos, serão discutidas questões referentes a diversas expressões culturais, artísticas e literárias em sociedades contemporâneas. Atenção especial será dada aos discursos e representações que se legitimam por alegadas rupturas e/ou continuidades entre projetos modernos e pós-modernos. Neste âmbito será discutido o seu potencial critico, a força explicativa de sua moldura con-ceitual, a sua agenda politica e sua expressão estética.

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PROGRAMA Operando-se na tradução, a fricção entre as línguas produz faíscas. Longe de toda passividade

diante de sua pluralidade e diversidade, o ato de traduzir intensifica a tensão que surge da inadequação entre os diferentes recortes linguísticos, tornando-a produtiva. Mobilizando recursos e afetos que também estão presentes no interior de cada língua, e são mobilizados na criação poética, a tradução, e em parti-cular a de textos poéticos, implica uma poética. Partindo dessa hipótese, o objetivo mais amplo do curso será pensar uma poética da tradução de três modos diferentes: na perspectiva da filosofia da linguagem de Walter Benjamin, numa reflexão teórico-metodológica, com Haroldo de Campos, e do ponto de vista crítico, a partir de Roça Barroca, de Josely Vianna Baptista.

Assim, partindo da leitura e reconstrução de alguns dos principais textos de Benjamin sobre lin-guagem, poesia e tradução, interrogaremos em seguida sua releitura por Haroldo de Campos na elabora-ção teórico-metodológica da sua prática da “transcriação”, que também remete à noção modernista de antropofagia cultural. Examinaremos em seguida o instigante projeto de Roça Barroca, que inclui o estudo e a tradução de três cantos sagrados dos Mbyá-Guarani do Guirá, além da produção de uma série de poemas que parecem surgir da fricção operada por essa prática tradutora. O trabalho, que implicou a aprendizagem da língua indígena, pertencente ao tronco tupi-guarani, e a confrontação do resultado da tradução com os narradores mbya atuais, tem afinidades com as reflexões teórico-metodológicas de Ha-roldo de Campos e o concretismo é uma das referências importantes para a poesia de Josely Vianna Baptista. Entretanto, o interesse da tradutora-poeta por línguas e literaturas indígenas abre um campo instigante de questionamentos culturais, políticos e estéticos que também nos interessará, na perspectiva de uma reproblematização contemporânea da noção modernista de antropofagia.

AVALIAÇÃO

Monografia a ser apresentada no final do curso

BIBLIOGRAFIA

PRINCIPAL

(no máximo 5)

Benjamin, W. “Sobre a linguagem em geral e sobre a linguagem do homem”, in: Escritos sobre mito e linguagem (org. Jeanne Marie Gagnebin, trad. Susana Kampff Lages e Ernani Chaves). São Paulo: Livraria Duas Cidades/Editora 34, 2011.

_.”A tarefa do tradutor”, in: Escritos sobre mito e linguagem (org. Jeanne Marie Gagnebin, trad. Susana

Kampff Lages e Ernani Chaves). São Paulo: Livraria Duas Cidades/Editora 34, 2011.

_.”Dois poemas de Friedrich Hölderlin”, in: Escritos sobre mito e linguagem (org. Jeanne Marie Gagnebin,

trad. Susana Kampff Lages e Ernani Chaves). São Paulo: Livraria Duas Cidades/Editora 34, 2011.

Campos, H. Haroldo de Campos – Transcriação (org. Marcelo Tapia e Thelma Médici Nobrega). São Paulo:

Perspectiva, 2013.

Vianna Baptista, J. Roça Barroca. São Paulo: Sesi-SP Editora, 2018 (2011).

BIBLIOGRAFIA

COMPLEMENTAR

A bibliografia completa será distribuída e comentada no início das aulas.

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DEPARTAMENTO: Letras PERÍODO: 2020.1

LET 2516 Título da disciplina: Gêneros Narrativos e Mercado Cultural

Tópico: Distopia e gêneros narrativos: desencanto político e imaginário

midiático

Professora: Vera Lúcia Follain de Figueiredo

CARGA HORÁRIA TOTAL: 45 HORAS CRÉDITOS: 3

PRÉ-REQUISITO(S): sem pré-requisito

OBJETIVOS

Refletir sobre o aproveitamento de matrizes genéricas da cultura midiática pela fic-

ção contemporânea como estratégia de representação da realidade.

Discutir o rendimento crítico da apropriação de procedimentos e formatos de gêne-

ros narrativos populares pela ficção literária e cinematográfica do século XXI.

Verificar como se estabelece a articulação entre distopia e gêneros narrativos na

ficção brasileira dos dois últimos decênios.

Analisar como convenções da narrativa de terror, da ficção científica e do western

têm sido acionadas para representação das tensões do mundo contemporâneo.

Discutir o declínio do culto moderno da originalidade diante da recorrência de uma

estética da repetição.

Pensar a questão da autonomia da ficção diante de exigências de caráter ético e

político, que põem em xeque os parâmetros próprios do julgamento estético.

EMENTA

Bases teóricas para o estudo das narrativas contemporâneas. Narrativas e sistemas de representação.

Comunicação, tecnologias digitais e estruturas narrativas. As fronteiras entre arte, informação e entrete-

nimento.

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PROGRAMA

Distopia e gêneros narrativos: desencanto político e imaginário midiático

Sabe-se que não é de hoje que o campo da arte se apropria de procedimen-

tos e formatos da cultura de massa. No curso, pretende-se discutir como

essa aproximação tem servido, na produção cultural brasileira do século XXI,

à composição de um quadro distópico do país e do mundo atual. Trata-se

de pensar os efeitos críticos da interseção de gêneros narrativos diversos

na abordagem das questões sociais, de verificar como convenções da nar-

rativa de terror, da ficção científica e do western são acionadas para repre-

sentação das tensões do mundo contemporâneo. Visando desnaturalizar o

que se impõe como realidade, motivos e figuras que povoam a memória in-

ternacional popular são convocados como mediação simbólica, dividindo es-

paço com matrizes tradicionais da cultura nacional. Recorre-se, tanto no ci-

nema como na literatura, a uma espécie de imaginário da cultura pop, para

configurar uma atmosfera de violência e barbárie, afastando-se do realismo

clássico. Num momento em que a expansão das redes digitais põe em pauta

a articulação entre política e o que se convencionou chamar, no campo da

Comunicação, de entretenimento, pretende-se refletir sobre diferentes mo-

dos e propósitos da apropriação dos formatos e padrões da cultura popular

midiática, na atualidade.

AVALIAÇÃO Trabalho monográfico final.

BIBLIOGRAFIA

PRINCIPAL

(no máximo 5)

BERARDI, Franco. Depois do Futuro. São Paulo: UBu, 2019.

NOVAES, Adauto (Org.). Dissonâncias do Progresso. São Paulo: SESC, 2019.

ALTMAN, Rick. Los géneros cinematográficos. Barcelona: Paidos, 2000.

BRIDLE, James. A nova idade das trevas: a tecnologia e o fim do futuro. São Paulo:

Todavia, 2019.

GROYS, Boris. Volver-se público. Las transformaciones del arte en el ágora con-

temporánea. Buenos Aires: Caja Negra, 2016.

MBEMBE, Achille. Necropolítica. São Paulo: N-1, 2018.

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3 _ CONTINUAÇÃO DE COD 1234

BIBLIOGRAFIA

COMPLEMENTAR

ARISTÓTELES. Poética. São Paulo: Cultrix, 1993.

DUFOUR, Éric. O cinema de ficção científica. Tradução de Marcelo Felix. Lisboa:

Edições Texto e Grafia, 2011.

DURAND, G. (1998). Campos do imaginário. Lisboa: Instituto Piaget.

RAMOS, Fernão Pessoa (org.). Teoria contemporânea do cinema: documentário e

narratividade ficcional. São Paulo: Senac, 2005.

KRACAUER, Siegfried. De Caligari a Hitler. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1988.

NOVAES, Adauto (Org.). O novo espírito utópico. São Paulo: SESC, 2016.

KOSELLECK, Reinhart. Estratos do tempo: estudos sobre história. Rio de Janeiro:

Contraponto: PUC-Rio, 2014.

DIDI-HUBERMAN, Georges. Pueblos expuestos, pueblos figurantes. Buenos Aires:

Manantial, 2014.

AGAMBEN, Giorgio. Meios sem fim: notas sobre a política. Belo Horizonte: Autên-

tica, 2015.

FIGUEIREDO, Vera Lúcia Follain de. Da profecia ao labirinto: imagens da história

na ficção latino-americana contemporânea. Rio de Janeiro: Imago/EDUERJ, 1994.

FIGUEIREDO, Vera Lúcia Follain de. Narrativas migrantes: literatura, roteiro e ci-

nema. PUC/7letras, 2010.

HOBSBAWN, Eric. Viva la revolución: a era das utopias na América Latina. São

Paulo: Companhia das Letras, 2017.

MARTÍN-BARBERO, Jesús. Oficio do cartógrafo: travessias latino-americanas da

comunicação na cultura. São Paulo: Loyola, 2004.

MARTÍN-BARBERO, Jesús. Dos meios às mediações: comunicação, cultura e he-

gemonia. Rio de janeiro: Editora UFRJ, 1997.

RANCIÈRE, Jacques. Partilha do sensível: estética e política. São Paulo: Ed. 34,

2005.

RANCIÈRE, Jacques. O desentendimento: política e filosofia. São Paulo: Ed. 34,

1996.

RANCIÈRE, Jacques. O fio partido: ensaios sobre a ficção moderna. São Paulo:

Martins Fontes,2017.

RICOEUR, Paul. Tempo e narrativa. Tomo I, II e III. Campinas: Papirus, 1997.

RICOEUR, Paul. A ideologia e a utopia. Belo Horizonte: Autêntica, 2015.

Ficção

KUCINSKY, Bernardo. A nova ordem. São Paulo: Alameda, ENRIQUEZ, Mariana. As coisas que perdemos no fogo. Rio de Janeiro: Intrínseca, 2017. SIQUEIRA, José Ronaldo. Manual não injuntivo de como criar um monstro. São Paulo: Patuá, 2018. MUTARELLI, Lourenço. Jesus Kid. São Paulo: Devir, 2004. VEIGA, José J. A hora dos ruminantes. São Paulo: Companhia das Letras, 2015. HOFFMAN, Ernst. O homem de areia. Rio de Janeiro: Rocco, 2010. Filmografia:

Mormaço, de Marina Meliande (Brasil, 2019). As boas maneiras, de Juliana Rojas, Marco Dutra (Brasil, 2018). Trabalhar cansa, de Juliana Rojas, Marco Dutra (Brasil, 2011). Bacurau, de Kleber Mendonça Filho (Brasil,2019). Divino amor, de Gabriel Mascaro (Brasil, 2019). Branco sai, preto fica, de Adirley Queirós (Brasil, 2015).

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CENTRO UNIVERSITÁRIO: CTCH DEPARTAMENTO: LETRAS PERÍODO: 2020.1

LET 2530 Teorias e Práticas Artísticas – O que pode um arquivo?

CARGA HORÁRIA TOTAL: 45 HORAS CRÉDITOS: 3

PRÉ-REQUISITO(S): sem pré-requisito

Prof: Fred Coelho Horário: Segunda-feira, 16/19 hs Sala L581

OBJETIVOS

- Articular os estudos sobre Arquivo com o campo da arte

- Pensar o Arquivo em sua dimensão poética, enquanto dispositivo criativo

- Articular os debates contemporâneos sobre arte e política com os usos críticos e

artísticos de arquivos

- Estudar uma bibliografia dedicada ao Arquivo e seus desdobramentos em diferen-

tes campos de saber

- Estimular os alunos a refletirem sobre o papel dos arquivos – materiais ou imateri-

ais – em suas pesquisas

EMENTA As atividades de produção, recepção e julgamento crítico da arte como articulação

entre construção teórica e prática inventiva. Revisão dos critérios de avaliação das

modalidades de escrita. O poder reflexivo da arte e a necessária criatividade da

formulação teórica.

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PROGRAMA

O curso será um roteiro de estudo sobre o Arquivo e sua operação simultânea como

Teoria e como Prática no campo da arte. Pensaremos o tema tanto em sua pers-

pectiva concreta – o espaço de guarda, o documento, o acúmulo de materiais –

quanto em sua perspectiva poética – usos fabuladores da ideia de Arquivo sem compromissos com cronologias.

Somos de uma era que vive em infinita expansão diária de arquivos – pessoais,

institucionais, privados, públicos. Os permanentes contatos entre arquivos materiais

e imateriais da contemporaneidade ampliam nosso mergulho histórico no passado

ao mesmo tempo que nos libera de produzir espaços físicos para o acúmulo de

documentos. Nossa necessária crença de que nuvens e HDs seguramente guardam

nossa produção, contrasta com as constantes releituras de documentações do pas-sado.

Partindo da premissa de uma “história da arte anacrônica” de Didi-Hubermann, pen-

saremos juntos como a ideia de Arquivo enquanto dispositivo de memória e de in-

venção na arte se articula com o debate contemporâneo sobre a informação, a ima-

gem e os fluxos discursivos.

Neste curso, portanto, mais do que analisar criticamente obras de artistas específi-

cos, iremos refletir tanto sobre a produção de arquivos de artistas (documentações

pessoais arquivadas em vida e seus múltiplos usos) quanto sobre uso da ideia de

Arquivo como princípio de criação estética. No horizonte de perguntas que faremos

ao longo das aulas e textos, a ideia é pensar o Arquivo hoje em sua inerente face

política, cada vez mais reivindicado como motor crítico de narrativas contemporâ-

neas (ligado a temas como ancestralidade ou memórias coletivas).

Exploraremos o Arquivo em sua face criadora e, principalmente, destruidora. Arqui-

var e destruir como dois limites que impactam as relações com palavras e imagens

de diferentes tempos e espaços.

Ao longo do curso, trabalharemos / apresentaremos / debateremos obras de artistas

como Cildo Meireles, Hélio Oiticica, Rosana Paulino, Rosangela Rennó, Andy

Warhol, Gerard Richter, Tunga, Thomas Hirschhorn, Jhonatan Andrade, Lygia Clark,

Jaime Lauredano, Tacita Dean (proposição inicial, aberta à sugestões durante o curso)

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AVALIAÇÃO

Cada aluno definirá no início do curso um estudo de caso relacionado ao tema –

seja vinculado à pesquisa na Pós, seja outro que achem pertinente, seja até mesmo

a montagem de um arquivo – e desenvolveremos os debates a partir dessas esco-

lhas. Ao final do semestre, um artigo será feito visando possível publicação.

BIBLIOGRAFIA PRINCIPAL (no máximo 5)

DERRIDA, Jacques. O Mal de Arquivo – uma impressão freudiana. Rio de Janeiro:

Relume Dumará: 2001.

DIDI-HUBERMAN, George. “A História da arte como disciplina anacrônica” In:

Diante do tempo – História da arte e anacronismo das imagens. Belo Horizonte:

Editora UFMG, 2015.

PEDROSA, Célia, KLINGER, Diana, WOLFF, Jorge e CÂMARA, Mário (orgs).

“Arquivo” (Verbete). In: Indicionário do Contemporâneo. Belo Horizonte: UFMG,

2018.

BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR

BEIGUELMAN, Gisele. Um Impulso historiográfico. Livro de Artista/PDF em:

https://www.desvirtual.com/impulso-historiografico/

BUCHLOCH, Benjamin. “Atlas de Gerard Richter: o arquivo anômico”. Arte e Ensaio,

ano XVI, n, 19, dezembro de 2009, pp. 95-107.

195-210

CLARK, Lygia. Lygia Clark – uma retrospectiva – Catálogo. São Paulo: Itau Cultu-

ral, 2014.

COELHO, Frederico. “Um arquivo do arquivo ou Como guardar as cinzas?” In:

TRAVANCAS, Isabel, ROUCHOU, Joëlle e HEYMANN (Orgs.). Arquivos Pessoais

– Reflexões multidisciplinares e experiências de pesquisa. Rio de Janeiro:

Fundação Getúlio Vargas, 2013.

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COELHO, Frederico, OITICICA FILHO, César (orgs).

Hélio Oiticica – Conglomerado / Newyorkaises. Rio de Janeiro: Beco do Azouge,

2013.

COLOMBO, Fausto. Os arquivos imperfeitos – memória social e cultura eletrônica.

São Paulo: Editora Perspectiva, 1986.

DELEUZE, Gilles. “Do arquivo ao diagrama” in: Foucault. São Paulo: Brasiliense,

2005.

ENWESOR, Okwui. Archive Fever – Use of documents in contemporary art.

New York: International Center of Photography, 2007.

Acesso: https://sites.duke.edu/vms565s_01_f2014/files/2014/08/enwe-zor2008.pdf FAR, Ian (org.). Memory – Documents of Contemporary Art. London: Whitechapell Gallery / MIT Press, 2012.

FOSTER, Hal. “An Archival Impulse” in: October. Volume 110, 2004. (p.3-22).

FOUCAULT, Michel. “O Enunciado e o Arquivo” in: A Arqueologia do Saber. Rio de

Janeiro: Forense Uiversitária, 1995.

GROYS, Boris. “Los trabajadores del arte, entre la utopya e el archivo” in: Volverse

público – Las transformaciones del arte en él ágora contemporânea. Buenos Aires:

Caja Negra, 2014.

NANCY, Jean-Luc. “Sobre a destruição” In: Arquivida – do sciente e do sentido. São

Paulo: Iluminuras, 2017.

MARGEL, Serge. “Arquivo, memória e testemunho” In: Arqueologia do fantasma

(técnica, cinema, etnografia, arquivo). (organização: João Camillo Penna). Belo

Horizonte: Relicário Edições, 2017.

MEREWETHER, Charles (org.). Archive – Documents of Contemporary Art.

Londres: Whitechapell Gallery / MIT Press, 2006.

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RIBAS, Cristina. “Campo/evento/arquivo, as possibilidades do arquivo atual como

exposição problemática de (algumas) obras contemporâneas”. Arte e Ensaio, ano

XVI, n, 19, dezembro de 2009, pp. 87-94.

ROLNIK, Suely. “Furor de Arquivo”. Arte e Ensaio, ano XVI, n, 19, dezembro de

2009, pp. 95-107.

TAYLOR, Diana. O Arquivo e o repertório – performance e memória cultural nas

Américas. Belo Horizonte: UFMG, 2013.

TELLO, Andrés Maximilliano. Anarchivismo – tecnologias políticas del archivo.

Adrogué: La cebra, 2018.

VIANA, Janaína Barros. “Para além das fronteiras da arte contemporânea brasileira:

epistemologia, arquivo e autoria negra” In: Revista da ABPN. V11, n.27,

nov-2018-fev 2019, p.153-164.

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CENTRO UNIVERSITÁRIO: CTCH

DEPARTAMENTO: LETRAS PERÍODO: 2020.1

LET 2531

ESTUDOS DE DRAMATURGIA

Performances em tradução

Professora Helena Martins

CARGA HORÁRIA TOTAL: 45 HORAS CRÉDITOS: 3

PRÉ-REQUISITO(S): sem pré-requisito

OBJETIVOS

traduzir o desconhecido para uma língua que desconheço (Clarice Lispector, GH)

A proposta deste curso é refletir sobre um conjunto selecionado de práticas drama-túrgicas contemporâneas singularmente atravessadas pela circunstância da tradu-ção. O encontro com tais materiais será tomado como ocasião favorável para dis-cutir as relações entre tradução, corpo e performance – e, em uma dimensão mais geral, para sondar o devir (silencioso) das formas de vida, os deslocamentos que podem ocorrer nas esferas mais arraigadas e irrefletidas dos corpos coletivos e in-dividuais. Parte-se da noção hoje bastante disseminada de que, em arte, criação e tradução mantêm laços de reciprocidade – tanto no sentido de que o material traduzido não é menos criador do que o “original”, quanto no sentido, mais amplo, de que, nas circunstâncias que costumamos separar com os rótulos criação artística e tradução, estão igualmente em jogo fazeres que buscam tornar sensíveis forças atuantes ainda insensíveis. As criações selecionadas serão discutidas sob a intercessão de trabalhos teóricos e artísticos que permitam pensar os elementos em jogo – criação, tradução, corpo, performance, devir – como exercícios perspectivistas, isto é, experiências que peri-clitam barreiras ontológicas acostumadas (dentro/fora, nativo/estrangeiro, ani-mado/inanimado, humano/animal, etc.). Frequentaremos também, com esse inte-resse, saberes e poéticas ditas “extra-ocidentais”, notadamente ameríndias.

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EMENTA Para consultar a ementa oficial e fixa da disciplina LET2463, que este programa modula, ver: http://www.puc-rio.br/ensinopesq/ccpg/proglet_linguagem.html

PROGRAMA A seleção do material dramatúrgico virá das artes da cena (teatro, dança, perfor-mance) e também do cinema. Serão consideradas criações que

(a) disparadas por obras em língua estrangeira, perturbem, pela surpresa de seus procedimentos, a vida palavra “tradução” (e satélites como “adap-tação” etc.) – por exemplo, as traduções de Anne Carson para Sófocles e Eurípides;

(b) acomodem-se, também sem conforto, no conceito de tradução interartes ou intersemiótica, termos com que comumente nos referimos a, por exemplo, criações cênicas ou fílmicas disparadas por obras em prosa, poesia, trabalhos plásticos etc. – por exemplo, a montagem de Grande Sertão : Veredas, de Bia Lessa;

(c) ficcionalizem (e, portanto, pensem) a circunstância da tradução e da ba-

gunça das línguas em sua própria composição – por exemplo, Congresso Internacional do Medo, de Grace Passô, peça que põe em cena uma personagem tradutora.

Os alunos que assim desejarem serão encorajados a propor, ao longo do curso e/ou ao final, exercícios criativos dos tipos (a), (b) e (c) acima, seja com os materi-ais selecionados no curso, seja com outros de sua própria escolha.

AVALIAÇÃO

Trabalho final (acadêmico, ensaístico ou artístico/tradutório) sensível às questões, objetivos e bibliografia do curso.

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BIBLIOGRAFIA

Esta seleção de materiais será ajustada em função do perfil da turma

Alÿs, Francis. In a given situation / Em uma dada situação. São Paulo: Cosac Naify,

2010.

Barba, Eugenio; Savarese, Nicolas. “Dramaturgia. O trabalho das ações.” In: A arte secreta do ator. Um dicionário de antropologia teatral. trad. Patricia Furtado de

Mendonça. São Paulo: É Realizações, 2012.

Birkenhauer, Theresia. “O tempo do texto no teatro”. trad. Stephan Baumgärtel. In: Revista Cena. no. 11, 2012.

Blanchot, Maurice. “Traduire”, In: L’amitié. Paris: Editions Gallimard, 1971, pp. 69-

73. (Tradução do ensaio de Davi Pessoa Carneiro).

Cage, John. “Writings through the Essay: On the Duty of Civil Disobedience”, Insta-lação, 1985-91.

___. X-Writings. Middletown: Wesleyan University Press, 1986.

Campos, Haroldo de. Transcriação. São Paulo: Perspectiva, 2013.

___. Deus e o diabo no Fausto de Goethe. São Paulo: Perspectiva: 2008.

Carson, Anne. An Oresteia. Aeskhylos, Sophokles, Euripides – Translated by Anne Carson. New York: Farrar, Strauss and Giroux, 2009.

___. “A tarefa de traduzir Antígona”. In Três traduções de “A tarefa de traduzir Anti-gonick”. Escamandro: poesia, tradução e crítica, janeiro de 2017. Em https://mail.google.com/mail/u/0/#search/joao.rbm%40gmail.com?projector=1, acesso em 3/01/2020.

___. “Variações sobre o direito de permanecer em silêncio”. Tradução inédita de Caetano Galindo, 2018.

Carson, Anne/ Euripides. Bakhai. New York: New Directions books, 2015.

Cohn, Sergio (org.). Poesia. br: cantos ameríndios. Rio de Janeiro: Beco do Azou-

gue, 2012.

Coletivo improviso, “Otro”, direção Enrique Diaz, 2011.

Cunha, Manoela Carneiro da. Sobre a floresta amazônica: xamanismo e tradução” MANA 4(1):7-22, 1998.

Deleuze, Gilles; Guattari, Félix. “Percepto, Afecto, Conceito”. In: O que é a Filosofia?

Trad. Bento Prado Jr. e Alberto Alonso Munoz. São Paulo: Editora 34, 1992.

Deleuze, Gilles. Crítica e clínica. Trad. Peter Pál Pelbart. São Paulo: Editora 34, 1997.

Derrida, Jacques. Carta a um amigo japonês. Trad. Érica Lima. In: OTTONI, P. Tra-dução: a prática da diferença. 2. ed. rev. Campinas: Ed. Unicamp, 2005. p. 21-

27.

___. “A solidariedade dos seres vivos: Entrevista Com J. Derrida” In http://www.ru-bedo.psc.br/entrevis/solivivo.htm

___. “Théologie de la traduction.” In: Du droit à la philosophie. Galilée, 1990.

Fabião, Eleonora. “O programa performativo. O corpo em experiência”. ILINX Re-vista do LUME (Núcleo interdisciplinar de pesquisas teatrais da Unicamp) #4, 2013.

Faleiros, Álvaro. Traduções canibais: uma poética xamânica do traduzir.

Florianópolis: Cultura e Barbárie, 2019.

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Flores, Guilherme Gontijo; Gonçalves, Rodrigo Tadeu. Algo infiel: corpo perfor-mance tradução. Florianópolis: Cultura e Barbárie; São Paulo: n-1, 2017.

Guerra, Ciro. O abraço da serpente, filme, Colômbia, 2015.

Haraway, Donna. Staying with the Trouble: Making Kin in the Chthulucene. Durham:

Duke University Press, 2016.

Helder, Herberto. Ouolof. Lisboa: Assírio & Alvim, 1997.

Lessa, Bia. Grande sertão : veredas, peça (2018) e filme, Brasil, por lançar em 2020.

Lia Rodrigues Cia. de Danças. Para que o céu não caia, 2017.

Moraes, Marcelo Jacques de. “A língua contra a língua: traduzindo Chritian Prigent”. In Sobre a forma, o poema e a tradução. Rio de Janeiro: 7Letras, 2017.

Mendieta, Ana. “Série Silhuetas”, 1973-1980.

Mendonça Filho, Kleber; Dornelles, Juliano. Bacurau, filme, Brasil, 2019.

Novarina, Valère. Diante da palavra. Tradução de Ângela Leite Lopes, Rio: 7 Letras, 2009

Passô, Grace. Mata teu pai. Rio de Janeiro: Cobogó, 2017.

___. Congresso Internacional do Medo. Rio de Janeiro: Cobogó, 2012.

Peyrade, Pauline. Punhos. Tradução de Grace Passô. Rio de Janeiro: Cobogó,

2019.

Prigent, Christian. Uma frase para minha mãe. Tradução de Marcelo Jacques de

Moraes. Rio de Janeiro: 7Letras, 2017

Viveiros de Castro, Eduardo B. “A antropologia perspectiva e o método de equivo-cação controlada”. ACENO - Revista de Antropologia do Centro-Oeste. v. 5, n.

10, 2018.

Zhangke, Jia. As montanhas se separam, filme, China, França e Japão, 2015.

Weerasethakul, Apichatpong, Cemitério do Esplendor, filme Tailândia, 2015.

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CENTRO UNIVERSITÁRIO: CTCH

DEPARTAMENTO: LETRAS PERÍODO: 2020.1

LET-2535 Tópicos em Teorias da Representação

INVESTIGAÇÃO DO PROCESSO CONSTRUTOR DA ARTE COMO

DESVIO DA TRADIÇÃO MIMÉTICA

CARGA HORÁRIA TOTAL: 45 HORAS CRÉDITOS: 3

PRÉ-REQUISITO(S): sem pré-requisito

Profª Marília Rothier Cardoso

com participação de ALINE LEAL

OBJETIVOS As teorias da literatura e da arte estabeleceram-se no contexto da crise da repre-sentação experimentando novas traduções e questionamentos mais rigorosos da tradição mimética que conservou as poéticas clássicas e encaminhou a atividade crítica. Nos embates com os saberes herdados, radicaliza-se a chamada “crise da representação” e procura-se ampliar as possibilidades de invenção em correspon-dência com múltiplas perspectivas do pensamento. Desde as vanguardas, a apro-priação de aspectos de tradições não ocidentais e o confronto com a razão antropo-cêntrica vêm instigando artistas e críticos.

Escolheu-se, para exame de alguns pontos dessas trajetórias, observar o processo de construção de amostras da literatura e arte modernas e contemporâneas, sempre que possível, pela análise dos registros arquivados das mesmas. Quando tais regis-tros não estão acessíveis, pretende-se reconstituir, na medida do provável, tais pro-cessos, através da leitura de ensaios críticos e teóricos cujo objeto são obras que forçam os limites das linguagens verbal e/ou plástica.

EMENTA História do conceito de representação. Os desdobramentos teórico-críticos da crise da representação.

PROGRAMA 1- Resenha da noção de mímesis em Platão e Aristóteles, passando pelas considerações introdutórias a uma tradução recente da Poética de Aristó-teles e por ensaios críticos que buscam atualizar ou desconstruir esses conceitos clássicos: “Mímesis entre os gregos” de Luiz Costa Lima; “O mundo” de Antoine Compagnon; “Contra a interpretação” de Susan Son-tag; “Platão e o simulacro” de Deleuze; “A linguagem convertida em ob-jeto” e “O retorno da linguagem” de Foucault;

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2- Acompanhamento da construção da escrita de Rodrigo Souza Leão, ao lado da observação de suas telas, consultando seu arquivo e usando, como intercessora, a radicalidade conceitual de Deleuze, em Lógica do sentido e Francis Bacon -- lógica da sensação, para exercitar a tarefa crí-tica de escape da orientação mimética; (eventuais aproximações entre tais objetos e as manifestações de Stela do Patrocínio e Arthur Bispo do Rosá-rio – hoje incorporadas aos cânones da arte);

3- Acompanhamento da construção da escrita de Roberto Piva, através do mesmo procedimento, como retorno transformador a questões levantadas pela vertente surrealista das artes;

4- Acompanhamento, em contraponto, da construção das escritas de Hilda Hilst e Carolina Maria de Jesus, também através do rastreamento dos ar-quivos de ambas, na busca de uma leitura mais rigorosa da crise da repre-sentação pelo paralelo entre procedimentos e estilos radicalmente diferen-tes.

AVALIAÇÃO Participação em seminários e redação de trabalho monográfico.

BIBLIOGRAFIA

PRINCIPAL

(no máximo 5)

BATAILLE, Georges. Documents. Trad. João Camillo Penna e Marcelo Jacques de

Moraes. Desterro: Cultura e Barbárie, 2018.

------------, KLOSSOWSKI, P. MASSON, A. Acéphale. Trad. Fernando Scheibe. Des-

terro: Cultura e Barbárie, 2013, n. 1 a 5.

DELEUZE, Gilles. Francis Bacon – lógica da sensação. Trad. Roberto Machado et

alii. Rio de janeiro: Zahar, 2007.

----------------------. Lógica do sentido. Trad. Luiz Roberto Salinas Fortes. São Paulo:

Perspectiva, 1974.

FOUCAULT, Michel. As palavras e as coisas; uma arqueologia das ciências huma-

nas. Trad. António Ramos Rosa. Lisboa: Portugália, 1968.

BIBLIOGRAFIA

COMPLEMENTAR

A perda se si: cartas de Antonin Artaud. Org. Ana Kiffer; Trad. Ana Kiffer e Mariana

Patrício Fernandes. Rio de Janeiro: Rocco, 2017.

Arquivo Hilda Hilst – CEDAE, UNICAMP e Casa do Sol.

Arquivo Rodrigo de Souza Leão – AMLB, Fundação-Casa de Rui Barbosa.

Arquivo Roberto Piva – Setor de Literatura, Instituto Moreira Salles.

Arquivo Carolina Maria de Jesus – Setor de Literatura, Instituto Moreira Salles e Biblioteca Nacional.

ARTAUD, Antonin. Eu, Antonin Artaud. Org. trad. Aníbal Fernandes. Lisboa: Sis-

tema Solar, 2018.

Arthur Bispo do Rosário. Org. Wilson Lázaro. Rio de Janeiro: Réptil, 2012.

BATTAILLE, Georges. A noção de despesa. In: -------------. A parte maldita. Trad.

Júlio Castañon Guimarães. Rio de janeiro: Imago, 1975.

------------------------. O ânus solar; e outros textos do sol. Trad. Aníbal Fernandes.

Lisboa; Assírio & Alvim, 2007.

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3 _ CONTINUAÇÃO DE COD 1234

COMPAGNON, Antoine. O mundo. In: -------------. O demônio da teoria; literatura e senso comum. Trad. Cleonice Paes Barreto Mourão. Belo Horizonte: Ed. UFMG, 1999.

COSTA LIMA, Luiz. Mímesis e modernidade; formas das sombras. Rio de janeiro:

Graal, 1980.

DELEUZE, Gilles. Crítica e clínica. Trad. Peter Pál Pelbart. São Paulo: Ed. 34, 1997.

--------------------- e PARNET, Claire. Diálogos. Trad. Eloisa Araújo Ribeiro. São

Paulo: Escuta, 1998.

DERRIDA, Jacques. Mal de arquivo; uma impressão freudiana. Trad. Cláudia de

Moraes Rego. Rio de Janeiro: Relume Dumará, 2001.

HILST, Hilda. Flux-floema. São Paulo: Perspectiva, 1970.

----------------. O caderno rosa de Lori Lamby. 2. ed. São Paulo: Globo, 2005.

----------------. Rútilo nada. Campinas: Pontes, 1993.

JESUS, Carolina Maria de. Casa de alvenaria; diário de uma ex-favelada. São

Paulo: Francisco Alves, 1961.

------------------------------------. Clíris; poemas recolhidos. Org. Raffaella Fernandez e

Ary Pimentel. Rio de Janeiro: Desalinho; Ganesa Cartonera, 2019.

-----------------------------------. Diário de Bitita. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1986.

----------------------------------. Meu sonho é escrever...; contos inéditos e outros escri-

tos. Org. Raffaella Fernandez. 2.ed, São Paulo: Ciclo Contínuo Editorial, 2019.

---------------------------------. Onde estaes felicidade? Org. Dinha e Raffaella fernandez.

Me Parió Revolução, 2014.

--------------------------------. Quarto de despejo. São Paulo: Ed. de Bolso, 1976.

KRAUSS, Rosalind. The optical unconscious. MIT, 1993.

LEAL, Aline. Sob o sol de Hilda Hilst e Georges Bataille. Rio de Janeiro: Azougue; Ed. PUC-Rio, 2018.

LEÃO, Rodrigo de Souza. Me roubaram uns dias contados. Rio de Jzneiro: Reccord, 2010.

-------------------------------. O esquizoide; coração na boca. Rio de Janeiro: Reccord,

2011.

-------------------------------. Todos os cachorros são azuis. São Paulo: Selo Demônio

Negra, 2019.

-------------------------------. Tudo vai ficar da cor que você quiser. Catálogo. Rio de Ja-

neiro: Pinakotheke, 2011.

MORAES, Eliane Robert. O corpo impossível. São Paulo: Fapesp; Iluminuras, 2002.

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CENTRO UNIVERSITÁRIO: CTCH DEPARTAMENTO: LETRAS Período: 2013.1

LET2552/1DA Tópicos em Literatura Brasileira III Tópico: STUART HALL: contribuições para pensar cultura & racismo no Brasil (programa preliminar)

CARGA HORÁRIA TOTAL: 45 HORAS CRÉDITOS: 3

PRÉ-REQUISITO(S): sem pré-requisito

Prof(as). Eneida Leal Cunha e Liv Sovik (ECO-UFRJ) A disciplina será oferecida simultaneamente a pós-graduandos dos PPG’s em Comunica-ção e Cultura da ECO-UFRJ, em Literatura, cultura e contemporaneidade da PUC-Rio e em Relações Étnico-Raciais do CEFET-RJ, por Liv Sovik e Eneida Leal Cunha que, des-de 2000, como membros da organização do VII Congresso da ABRALIC que trouxe Stu-art Hall pela primeira vez ao Brasil, vêm se dedicando a estudar a obra do intelectual ja-maicano - Liv Sovik principalmente, Organizadora da coletânea Da diáspora: identidades e mediações culturais. (Belo Horizonte: Ed. UFMG, 2003) e autora de diversos textos sobre exploram o valor das reflexões de Stuart Hall para o Brasil contemporâneo.

OBJETIVOS A partir de uma seleção de ensaios, artigos e entrevistas de Stuart Hall, a disciplina

proporá a discussão articulada em duas perspectivas: conhecer as contribuições do pensador e crítico jamaicano à reflexão contemporânea no campo das Humanida-des, especialmente à Crítica Cultural (ou dos “Estudos Culturais”) e, paralelamente, explorar as suas contribuições para enfrentarmos - analítica e criticamente, no plano acadêmico-intelectual e no plano político - as complexas e perversas relações entre racismo e cultura na conjuntura atual brasileira.

PROGRAMA A disciplina se desenvolverá tendo como roteiro os seguintes tópicos e textos, que poderão ser desdobrados ao longo do curso: 1. Abertura: Conferência de Stuart Hall no VII Congresso da ABRALIC (UFBA, Salvador 25 a 28 de julho de 2000): “Diásporas ou a lógica da tradução cultural” (ABRALIC, 2000. Trad. Elizabeth Ramos (só revisei)). 2. Estudos Culturais: crítica à disciplinaridade nas Ciências Humanas e Sociais, insurreição acadêmica, centralidade da cultura popular e políticas de enfrentamento. “Estudos culturais e seu legado teórico”. In: Hall, Stuart. Da Diáspora: identidades e mediações culturais. (Liv Sovik (org). Belo Horizonte: Ed. UFMG, 2003). Origi-nal 1992. “Que "negro" é esse na cultura popular negra?” In: Hall, Stuart. Da Diáspora:

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identidades e mediações culturais. (Liv Sovik (org). Belo Horizonte: Ed. UFMG, 2003). Original 1992. 3. Raça e racismo como construções culturais “Raça, um significante flutuante” (Revista Z Cultural Ano VIII, n02. revistazcultu-ral.pacc.ufrj.br). “O espetáculo do Outro” In: Stuart Hall, Cultura e representação. (Arthur Ituassu (Org.). Rio de Janeiro: Ed. PUC-Rio: Apicuri, 2016.) Original 1997. “A relevância de Gramsci para o estudo da raça e da etnicidade”. In: Hall, Stuart. Da Diáspora: identidades e mediações culturais. (Liv Sovik (org). Belo Horizonte: Ed. UFMG, 2003). “Identidades mínimas” (trad. Izabel Murat Burbridge) Nossa América, no. 13 (1997/1998), 22–9. (Original 1988)

3. Vida e pensamento, biografia e trabalho intelectual: contaminação e autoriza-ção da primeira pessoa, no singular e no plural, nas elaborações teórico-críticas de Stuart Hall. “Formação de um intelectual diaspórico”. In: Hall, Stuart. Da Diáspora: identida-des e mediações culturais. (Liv Sovik (org). Belo Horizonte: Ed. UFMG, 2003). “Epilogue: Through The Prism of an Intellectual Life” in Brian Meeks (ed.) Cultu-re, Politics Race and Diaspora: The Thought of Stuart Hall (Kingston, Jamai-ca/London: Ian Randle/Lawrence and Wishart, 2007), pp. 269–91. “Politics, Contingency, Strategy: Interview with David Scott”, Small Axe, no. 1 (1997), pp. 141–59.

4 Interlocuções, modos de pensar e estratégias para teorizar: experimentos metodológicos em Stuart Hall “Reflexões sobre o modelo de codificação/decodificação”. In: Hall, Stuart. Da Di-áspora: identidades e mediações culturais. (Liv Sovik (org). Belo Horizonte: Ed. UFMG, 2003)‘Encoding and Decoding in the Media Discourse’, Stencilled Occasi-onal Paper, no.7, (Birmingham: CCC, 1973). “Marx’s Notes on Method: A ‘reading’ of the 1857 Introduction”. Cultural Studies, vol. 17, no. 2 (2003), 113–49. [Primeira edição 1973.] “Para Allon White: metáforas de transformação”. In: Da Diáspora: identidades e mediações culturais. (Liv Sovik (org). Belo Horizonte: Ed. UFMG, 2003. P.219-244)