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Página 20 Sai hoje o primeiro finalista do Estadual entre Botafogo x Sousa A UNIÃO João Pessoa, Paraíba - DOMINGO, 8 de maio de 2016 LEVANTAMENTO DE PESO OLÍMPICO A realidade vivida por um atleta Fora do Rio 2016, dois paraibanos já treinam para as Olimpíadas de 2020 Bacon, pizza, batata fri- ta. Comer de tudo é a dieta dos sonhos de muita gente. Para os atletas do Levan- tamento de Peso Olímpico (LPO), esporte de alto rendi- mento, essa dieta é uma re- alidade. O corpo dos atletas necessita de muitos nutrien- tes, e por isso, a comida é li- berada. Mas se engana quem pensa que a vida dos atletas da modalidade olímpica é fácil. A rotina de treinamen- tos é bastante pesada, exige muita disciplina, e força de vontade. Dois jovens atletas paraibanos têm treinado e se preparado todos os dias para alcançar o mesmo so- nho: a conquista de uma me- dalha olímpica. “O Levantamento de Peso é o que eu faço. A mi- nha vida é só casa, treino, escola, casa. Eu treino dia- riamente, dois treinos por dia, de segunda a sábado. Os treinos têm horários pra co- meçar, mas não tem horário pra terminar, entendeu?”. A explicação é de uma das re- velações do LPO Brasileiro, o paraibano Mateus Delan, que por conta dos treinos para as competições, mora atual- mente no Rio de Janeiro. Durante o início do mês de abril, a Seleção Brasilei- ra de Levantamento de Peso participou do Campeonato Sul-Americano, evento-tes- te para as Olimpíadas do Rio 2016, que aconteceu na Arena Carioca 1, no Rio de Janeiro. Os paraibanos Ma- teus Delan - melhor atleta na categoria adulto até 69kg -, e Jonatan Gomes - melhor juvenil Sub 20 na categoria 77kg -, estão entre os 15 atle- tas da equipe brasileira que participaram do evento. Na competição, o pau- lista Fernando Reis, que é bicampeão pan-americano, alcançou a marca dos 190 kg no arranco, mas não com- pletou a prova por conta de Jadson Falcão Especial para A União uma lesão no cotovelo. Ma- teus conseguiu levantar 123 kg no arranco, e 156 kg no arremesso. Jonatan levan- tou 115 kg no arranco e 146 kg no arremesso. Apesar de não terem alcançado um de- sempenho que garantisse a ϐ  À- adas do Rio, que acontecem em agosto, os dois atletas da Paraíba seguem em busca de seus objetivos e agora têm como foco os Jogos Olímpicos de 2020, que acontecerão em Tóquio, no Japão. Mateus e Jonatan fazem parte da Federação Paraiba- na de Levantamento de Peso (FPBLP) - única representan- te do esporte em todo o Nor- deste -. O instrutor Wagner Sousa é o responsável pela criação da Federação e pelo treino dos atletas associados. Ele fundou a Federação em 2008, quando decidiu desen- volver o projeto treinando um grupo de 25 crianças e adoles- centes com idades, na época, entre 10 e 17 anos. O projeto foi incorporado ao programa “Atleta do Futuro”, do Servi- ço Social da Indústria (Sesi) - Paraíba. A partir daí, uma história de grandes emoções começava na vida de Wagner e dos alunos da equipe. A FPBLP tem atualmente mais de 40 recordes nacio- nais, e já trouxe para a Pa- raíba mais de 120 medalhas nacionais, e quatro inter- nacionais. A equipe tem 20 atletas e conta com o apoio da Confederação Brasileira de Levantamento de Peso (CBLP) e do Comitê Olímpi- co Brasileiro (COB), além do Sesi - Paraíba, que oferece o local adequado para os trei- nos, que ocorrem no Centro de Treinamento de Levanta- mento de Peso Olímpico da Paraíba, no Sesi do Distrito Industrial, em João Pessoa. Praticado desde a Antiguida- de em países como a China, a Gré- cia e o Egito, o Levantamento de Peso Olímpico, modalidade onde os atletas conseguem levantar até três vezes o seu peso corporal, estreou nos Jogos de Atenas em 1896, e é composto por duas provas: arranco e arremesso. Na primeira, o atleta deve erguer a barra acima da cabe- ça em apenas um movimento. Na segunda, o movimento é dividido em dois tempos: o competidor pri- meiramente apoia a barra sobre os ombros, para depois erguê-la sobre a cabeça. Os atletas da modalidade têm três tentativas em cada prova e vale a soma do maior peso levanta- do em cada uma delas. A modalidade é dividida em 15 categorias que variam de acordo com o peso corporal dos atletas: 56 kg, 62 kg, 69 kg, 77 kg, 85 kg, 94 kg, 105 kg, e mais de 105 kg, para os homens; e 48 kg, 53 kg, 58 kg, 63 kg, 69 kg, 75 kg, e mais de 75 kg, para as mulheres. A modalidade e o surgimento FOTOS: Divulgação Jonatan Gomes é considerado o melhor atleta juvenil e a cada dia se aperfeiçoa na modalidade Jonatan Gomes (20) treina desde os 15 anos e explica que conheceu o Levanta- mento de Peso Olímpico (LPO) através de um primo, que começou a treinar e lhe fez o convite. Para ele, que no início não tinha a pretensão de seguir a carreira profissio- nal, o esporte teve um papel fundamen- tal em sua vida. “Meu pensamento não era o de competir, eu só queria participar por conta da imagem mesmo, da estética. Mesmo assim, me identifiquei demais com o esporte e estou treinando até hoje”, afir- mou Jonatan, que treina todas as tardes e se diz apaixonado pela modalidade. Com apenas três meses de treino, Jo- natan participou do Campeonato Paraiba- no de LPO e quebrou três recordes brasilei- ros. “A partir desse desempenho, recebi o convite de um técnico da Seleção Brasileira para ir treinar no Rio de Janeiro. Eu resolvi ir, e passei um bom tempo treinando lá”, afirmou o atleta, que retornou à Paraíba no ano passado. Jonatan salientou que, no momento, está precisando de patrocínio para a com- pra de seus suplementos, que são caros . Para entrar em contato com o atleta, basta adicioná-lo em seu perfil no Facebook: Jo- natan Gomes. Outro Paraibano que tem se destaca- do nacionalmente no esporte, o pessoen- se Mateus Delan (20) explica que começou no LPO aos 13 anos, através de um amigo de infância que também pratica a moda- lidade. Mateus treina o dia todo, seis ve- zes por semana, e afirmou que o próximo passo da carreira é a preparação para o Campeonato Pan-Americano, que ocorre em junho, e o Campeonato Brasileiro, que acontece em setembro. Em longo prazo, o atleta salientou que tem como foco princi- pal os Jogos Olímpicos de Tókio. “Porque essa [olimpíada] agora, já tem um pes- soal mais velho, que têm anos de treino, então pra eles já está mais fácil. As vagas são poucas e já estão quase preenchidas, então, minha chance mesmo é para as de 2020”, explicou. Experiência que levou ao sucesso Apesar de treinar no Rio, nas competições, Mateus re- presenta a Paraíba e o Sesi. Ele fez questão de agradecer o apoio que recebe por parte da Petrobras e da Confede- ração Brasileira de Levanta- mento de Pesos. O treinador Wagner Sou- ϐ paraibanos estão entre os melhores do Brasil, desde as categorias Sub-15, Sub-17 e Sub-20, até a categoria Adul- tos. Ainda segundo Wagner, por serem bastante novos e estarem entre 5 e 10 anos a menos de treinamento e ex- periência que os atletas mais velhos, Mateus e Jonatan não ϐ para a Rio 2016. Apesar dis- so, o diretor técnico da FPBLP ϐ ǡ mantiverem o mesmo ritmo até 2020, sem dúvida estarão na briga para participar das Olimpíadas de Tóquio. Mesmo com todas as conquistas alcançadas nos últimos anos pelos vários atletas da Federação Parai- bana, Wagner contou que eles não possuem nenhum tipo de patrocínio. Ele expli- cou ainda, que os atletas re- cebiam auxílio do Sesi para a compra de passagens aéreas para idas aos campeonatos. Mas, segundo ele, devido a falta de recursos no sistema, houveram cortes de investi- mentos nos projetos espor- tivos e a equipe não dispõe mais desse auxílio. Paraibanos entre melhores do Brasil Mateus Delan esteve na Seleção Brasileria em evento no Rio ILUSTRAÇÃO: Lênin Braz

LEVANTAMENTO DE PESO OLÍMPICO A realidade vivida por …auniao.pb.gov.br/servicos/arquivo-digital/jornal-a-uniao/2016/maio/...LEVANTAMENTO DE PESO OLÍMPICO A realidade vivida por

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    Sai hoje o primeiro finalista do Estadual entre Botafogo x Sousa

    A UNIO Joo Pessoa, Paraba - DOMINGO, 8 de maio de 2016

    LEVANTAMENTO DE PESO OLMPICO

    A realidade vivida por um atletaFora do Rio 2016, dois paraibanos j treinam para as Olimpadas de 2020

    Bacon, pizza, batata fri-ta. Comer de tudo a dieta dos sonhos de muita gente. Para os atletas do Levan-tamento de Peso Olmpico (LPO), esporte de alto rendi-mento, essa dieta uma re-alidade. O corpo dos atletas necessita de muitos nutrien-tes, e por isso, a comida li-berada. Mas se engana quem pensa que a vida dos atletas da modalidade olmpica fcil. A rotina de treinamen-tos bastante pesada, exige muita disciplina, e fora de vontade. Dois jovens atletas paraibanos tm treinado e se preparado todos os dias para alcanar o mesmo so-nho: a conquista de uma me-dalha olmpica.

    O Levantamento de Peso o que eu fao. A mi-nha vida s casa, treino, escola, casa. Eu treino dia-riamente, dois treinos por dia, de segunda a sbado. Os treinos tm horrios pra co-mear, mas no tem horrio pra terminar, entendeu?. A explicao de uma das re-velaes do LPO Brasileiro, o paraibano Mateus Delan, que por conta dos treinos para as competies, mora atual-mente no Rio de Janeiro.

    Durante o incio do ms de abril, a Seleo Brasilei-ra de Levantamento de Peso participou do Campeonato Sul-Americano, evento-tes-te para as Olimpadas do Rio 2016, que aconteceu na Arena Carioca 1, no Rio de Janeiro. Os paraibanos Ma-teus Delan - melhor atleta na categoria adulto at 69kg -, e Jonatan Gomes - melhor juvenil Sub 20 na categoria 77kg -, esto entre os 15 atle-tas da equipe brasileira que participaram do evento.

    Na competio, o pau-lista Fernando Reis, que bicampeo pan-americano, alcanou a marca dos 190 kg no arranco, mas no com-pletou a prova por conta de

    Jadson FalcoEspecial para A Unio

    uma leso no cotovelo. Ma-teus conseguiu levantar 123 kg no arranco, e 156 kg no arremesso. Jonatan levan-tou 115 kg no arranco e 146 kg no arremesso. Apesar de no terem alcanado um de-sempenho que garantisse a

    -adas do Rio, que acontecem em agosto, os dois atletas da Paraba seguem em busca de seus objetivos e agora tm como foco os Jogos Olmpicos de 2020, que acontecero em Tquio, no Japo.

    Mateus e Jonatan fazem parte da Federao Paraiba-na de Levantamento de Peso (FPBLP) - nica representan-te do esporte em todo o Nor-deste -. O instrutor Wagner Sousa o responsvel pela criao da Federao e pelo treino dos atletas associados. Ele fundou a Federao em 2008, quando decidiu desen-volver o projeto treinando um

    grupo de 25 crianas e adoles-centes com idades, na poca, entre 10 e 17 anos. O projeto foi incorporado ao programa Atleta do Futuro, do Servi-o Social da Indstria (Sesi) - Paraba. A partir da, uma histria de grandes emoes comeava na vida de Wagner e dos alunos da equipe.

    A FPBLP tem atualmente mais de 40 recordes nacio-nais, e j trouxe para a Pa-raba mais de 120 medalhas nacionais, e quatro inter-nacionais. A equipe tem 20 atletas e conta com o apoio da Confederao Brasileira de Levantamento de Peso (CBLP) e do Comit Olmpi-co Brasileiro (COB), alm do Sesi - Paraba, que oferece o local adequado para os trei-nos, que ocorrem no Centro de Treinamento de Levanta-mento de Peso Olmpico da Paraba, no Sesi do Distrito Industrial, em Joo Pessoa.

    Praticado desde a Antiguida-de em pases como a China, a Gr-cia e o Egito, o Levantamento de Peso Olmpico, modalidade onde os atletas conseguem levantar at trs vezes o seu peso corporal, estreou nos Jogos de Atenas em 1896, e composto por duas provas: arranco e arremesso. Na primeira, o atleta deve erguer a barra acima da cabe-a em apenas um movimento. Na segunda, o movimento dividido em dois tempos: o competidor pri-

    meiramente apoia a barra sobre os ombros, para depois ergu-la sobre a cabea. Os atletas da modalidade tm trs tentativas em cada prova e vale a soma do maior peso levanta-do em cada uma delas.

    A modalidade dividida em 15 categorias que variam de acordo com o peso corporal dos atletas: 56 kg, 62 kg, 69 kg, 77 kg, 85 kg, 94 kg, 105 kg, e mais de 105 kg, para os homens; e 48 kg, 53 kg, 58 kg, 63 kg, 69 kg, 75 kg, e mais de 75 kg, para as mulheres.

    A modalidade e o surgimento

    FOTOS: Divulgao

    Jonatan Gomes considerado o melhor atleta juvenil e a cada dia se aperfeioa na

    modalidade

    Jonatan Gomes (20) treina desde os 15 anos e explica que conheceu o Levanta-mento de Peso Olmpico (LPO) atravs de um primo, que comeou a treinar e lhe fez o convite. Para ele, que no incio no tinha a pretenso de seguir a carreira profissio-nal, o esporte teve um papel fundamen-tal em sua vida. Meu pensamento no era o de competir, eu s queria participar por conta da imagem mesmo, da esttica. Mesmo assim, me identifiquei demais com o esporte e estou treinando at hoje, afir-mou Jonatan, que treina todas as tardes e se diz apaixonado pela modalidade.

    Com apenas trs meses de treino, Jo-natan participou do Campeonato Paraiba-no de LPO e quebrou trs recordes brasilei-ros. A partir desse desempenho, recebi o convite de um tcnico da Seleo Brasileira para ir treinar no Rio de Janeiro. Eu resolvi ir, e passei um bom tempo treinando l, afirmou o atleta, que retornou Paraba no ano passado.

    Jonatan salientou que, no momento,

    est precisando de patrocnio para a com-pra de seus suplementos, que so caros . Para entrar em contato com o atleta, basta adicion-lo em seu perfil no Facebook: Jo-natan Gomes.

    Outro Paraibano que tem se destaca-do nacionalmente no esporte, o pessoen-se Mateus Delan (20) explica que comeou no LPO aos 13 anos, atravs de um amigo de infncia que tambm pratica a moda-lidade. Mateus treina o dia todo, seis ve-zes por semana, e afirmou que o prximo passo da carreira a preparao para o Campeonato Pan-Americano, que ocorre em junho, e o Campeonato Brasileiro, que acontece em setembro. Em longo prazo, o atleta salientou que tem como foco princi-pal os Jogos Olmpicos de Tkio. Porque essa [olimpada] agora, j tem um pes-soal mais velho, que tm anos de treino, ento pra eles j est mais fcil. As vagas so poucas e j esto quase preenchidas, ento, minha chance mesmo para as de 2020, explicou.

    Experincia que levou ao sucesso

    Apesar de treinar no Rio, nas competies, Mateus re-presenta a Paraba e o Sesi. Ele fez questo de agradecer o apoio que recebe por parte da Petrobras e da Confede-rao Brasileira de Levanta-mento de Pesos.

    O treinador Wagner Sou-

    paraibanos esto entre os melhores do Brasil, desde as categorias Sub-15, Sub-17 e Sub-20, at a categoria Adul-tos. Ainda segundo Wagner,

    por serem bastante novos e estarem entre 5 e 10 anos a menos de treinamento e ex-perincia que os atletas mais velhos, Mateus e Jonatan no

    para a Rio 2016. Apesar dis-so, o diretor tcnico da FPBLP

    mantiverem o mesmo ritmo at 2020, sem dvida estaro na briga para participar das Olimpadas de Tquio.

    Mesmo com todas as conquistas alcanadas nos

    ltimos anos pelos vrios atletas da Federao Parai-bana, Wagner contou que eles no possuem nenhum tipo de patrocnio. Ele expli-cou ainda, que os atletas re-cebiam auxlio do Sesi para a compra de passagens areas para idas aos campeonatos. Mas, segundo ele, devido a falta de recursos no sistema, houveram cortes de investi-mentos nos projetos espor-tivos e a equipe no dispe mais desse auxlio.

    Paraibanos entre melhores do Brasil

    Mateus Delan esteve na Seleo Brasileria em evento no Rio

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  • UNIO A Joo Pessoa, Paraba - DOMINGO, 8 de maio de 2016

    seleo que vai para o MundialEvento foi confirmado pela confederao para a cidade de Porto Alegre

    Ivan Bezerra de Albuquerque um dos mais antigos cronistas esportivos da Paraba

    Quando fala o cam-

    peo. Uma vinheta que ecoa nas ondas potentes da Rdio Tabajara AM, localizada na Avenida Pedro II, para um dos maiores comentaristas esportivos da Paraba. Tra-ta-se de Ivan Bezerra de Al-buquerque, de 83 anos, uma enciclopdia do futebol pa-raibano, pertencente a equi-pe de esportes da rdio mais antiga do Estado, comandado por Lima Souto. Antes de fa-zer histria na comunicao o paraibano de Itabaiana trabalhou como contnuo no Departamento de Estradas e Rodagens (DER). O convite para atuar na rea aconteceu aos 20 anos, aps um convite do diretor da Rdio Arapu, Otinaldo Loureno. A partir da, passou pela FM O Norte, Correio da Paraba e a Taba-jara, com mais de 50 anos trabalhando na rdio oficial do Governo do Estado.

    Uma oportunidade que tive na vida e aproveitei com garra e determinao. Gosto do que fao e busco colabo-rar com todos da equipe, disse. A msica fez parte da vida do radialista que foi trambonista na bandinha da cidade, comandada pelo

    maestro Cornlio Calazans, que pertencia a Orquestra Tabajara. Trabalhou tambm como balconista e respons-vel pelo salo de sinuca de Itabaiana e fiscal de coleti-vos. Ivan destacou que todas as experincias na vida fo-ram vlidas, onde o apren-dizado faz parte da trajet-ria das pessoas. Jamais me arrependo do que fiz e fao, afinal, faz parte da vida. So histrias boas que tenho como exemplos que levarei para o resto da vida, frisou.

    Ivan ainda foi rbitro de futebol e futsal, alm de rece-ber os ttulos de cidado de Joo Pessoa, Pilar e Cabedelo. Simples, educado e sempre a disposio com todos que lhe procuram o itabaianense procura sempre os ditados populares para enfocar os seus comentrios dirios nas resenhas esportivas da Taba-jara. Futebol uma caixinha de surpresa, o jogo s ter-mina quando o rbitro apita, quem no faz leva, no fute-bol tudo acontece, so frases que o experiente paraibano ainda utiliza nas suas avalia-es. No esporte as emoes so constantes, principalmen-te no futebol, a maior paixo das pessoas que emociona e entristece geraes de todas as raas. O velho ditado po-

    pular ainda reina no esporte que encanta o planeta, disse. Durante o perodo como co-mentarista aconteceu vrias curiosidades.

    Uma delas foi no Est-dio do Maracan, no Rio de Janeiro, quando participou da transmisso do jogo en-tre Brasil e Chile, em 94. Com casa cheia e as cabines lota-das faltou cadeira para sen-tar, onde pegou uma caixa de cerveja para trabalhar. No tive outra escolha, afinal, es-tava em p e sem viso para acompanhar a partida. Coi-sas que acontecem no mundo do futebol, avaliou. Durante o jogo a torcedora Rosimary soltou um foguete, com o go-leiro chileno Rojas simulan-do uma grave contuso. Com relao ao futebol paraiba-no, Ivan, ressaltou que ainda existem dirigentes amadores que sempre colocam o cora-o no lugar da razo. Segun-do ele, o maior prejudicado o clube que sempre fica no meio do caminho. No vejo perspectivas para mudar o quadro. Enquanto os dirigen-tes no mudarem a mentali-dade o futebol paraibano no evolui, disse. Ele enfatizou tambm a falta de viso das equipes, que no realizam um planejamento adequado para as competies. So

    A enciclopdia do futebol paraibanoIvan Bezerra De aLBUQUerQUe

    erros que acontecem todos os anos, com equipes amargando rebaixamentos e revoltando os torcedores. Se no fizer um planejamento e uma estrutu-ra correta o objetivo no ser alcanado, observou.

    Sobre a radiofonia espor-tiva da Paraba o comentaris-ta da Tabajara enalteceu os colegas de trabalho das ou-tras emissoras, enfatizando que, quanto mais as rdios in-vestirem no esporte, melhor para a classe. Temos profis-sionais qualificados que no ficam devendo nada a colegas

    de outros estados. Toro que novas emissoras apaream para dar espao a gerao que est chegando e que sero os substitutos daqueles que es-to atuando, disse. O comen-tarista frisou que no tem data para largar o microfone, um trabalho que faz por pra-zer, paixo e amor. Acredito que s deixo quando morrer. Passo o dia ouvindo vrias r-dios do Pas, em especial a Ta-bajara, que tenho um carinho especial e toro pelo sucesso da emissora oficial do Gover-no do Estado, avaliou.

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    HISTrIaS raDIOFnICaS

    Wellington [email protected]

    A Confederao Brasi-leira de Atletismo (CBAt) anunciou esta semana, por

    74/2016, que o Campeonato Brasileiro Caixa Sub-20 In-ter Selees ser realizado nos dias 11 e 12 de junho, na pista da Sogipa, em Porto Alegre (RS).

    A competio rene os melhores atletas do Pas at os 19 anos. Este ano, o even-to tem uma atrao muito

    integrantes da Seleo que representar o Pas no Cam-peonato Mundial Sub-20, que se realizar de 19 a 24

    de julho, na cidade de Byd-goszcz, na Polnia.

    De acordo com os crit-

    pela Confederao Brasileira, o prazo para a obteno dos ndices para o Mundial termi-na no dia 12 de junho. E dos atletas que tenham a marca mnima s sero convocados

    suas provas em Porto Alegre.O Campeonato Brasilei-

    ro Caixa Sub-20 de 2015 foi disputado em So Bernar-do do Campo, em So Paulo, com a participao de mais de 330 atletas de 20 Estados e do Distrito Federal. A sele-o de So Paulo foi a cam-pe com 60 medalhas (26 de ouro, 17 de prata e 17 de bronze), seguida pela do Rio

    de Janeiro, com 14 (cinco de ouro, quatro de prata e cinco de bronze) e de Santa Catari-na, com 15 (trs de ouro, cin-co de prata e sete de bronze).

    O Campeonato Brasi-leiro faz parte do Programa Caixa de Competies, or-ganizado pela Confederao Brasileira de Atletismo, pa-trocinada pela Caixa Econ-mica Federal.

    O futebol feminino intermunicipal volta a agitar a regio metropolitana de Joo Pessoa, na manh de hoje. Kashi-ma, atual vice-campeo paraibano e Amrica de Mataraca, se enfrentam s 9h no Estdio Teixeiro, em Santa Rita, em partida amistosa. O jogo servir para as jogadoras de ambas as equipes home-nagearem sujas mes atravs do esporte.

    Oficialmente, esta ser a primeira vez que as duas agremiaes se en-frentam, j que, h duas semanas, jo-garam um torneio na cidade Lucena, ocasio em que o Kashima venceu o

    adversrio. Um torneio muito rpi-do, afinal, foram apenas 15 minutos de confronto entre os dois times, no d, no entanto, para fazer qualquer ava-liao. Agora a histria outra. Sero 90 minutos jogados, afirmou Djard Emlio, treinador do Kashima.

    O amistoso faz parte de uma srie de jogos que o time vice-campeo pa-raibano far este ms. No prximo do-mingo, o Kashima volta a jogar com o Amrica, desta feita em Mataraca. No dia 22, vai cidade da Baa da Traio jogar contra o Baia Futebol Feminino, segundo colocado nos Jogos Indgenas 2016 e, no dia 29, enfrenta um selecio-nado em Sap.

    Kashima recebe o Amrica de Mataraca no Teixeiro

    FUTeBOL FeMInInO

    FOTO: Marcos Lima

    Vice-campeo estadual, o Kashima segue realizando amistosos com times do Estado

    O Campeonato Caixa de Atletismo vai reunir os principais atletas do Pas at 19 anos de idade

    Prazo para atletas obterem ndice termina em junho

    Marcos [email protected]

    FOTO: Divulgao

  • Sai hoje o campeo carioca 2016

    VASCO x BOTAFOGO

    Equipe vascana joga pelo empate para conquistar mais um ttulo estadual

    UNIO AJoo Pessoa, Paraba - DOMINGO, 8 de maio de 2016

    O Maracan pode re-ceber hoje, s 16h, o maior pblico do Campeonato Ca-rioca, para prestigiar Vasco e Botafogo, na partida de volta das finais da competi-o. No primeiro encontro o time da cruz de malta levou a melhor e venceu por 1 a 0, podendo empatar para ser bicampeo estadual. O glo-rioso ter que ganhar por uma diferena de dois gols. Caso vena pelo mesmo placar a deciso ser nos pnaltis. O Alvinegro entra reforado com os retornos dos zagueiros Joel Carli e Emerson, que cumpriram suspenses automticas.

    Outra novidade pode ser a entrada de Fernandes no lugar de Geg que no fez uma boa partida no l-timo domingo. Quem fica de fora o atacante Sas, expulso na partida anterior.

    Existe a expectativa do Botafogo escalar trs atacantes - Salgueiro, Ri-bamar e Neilton j que o time precisa fazer gols para vencer. O treinador Ricardo Gomes esconde a formao

    Quando pensamos nas mes mais homenageadas do futebol invariavelmente temos a mesma resposta: a genitora do juiz ganha disparado as atenes e as palavras carinhosas em uma partida. Mas o que est por trs de toda essa implicncia com nossa arbitragem?

    Com certeza, a primeira parte desse dio pelos rbitros tem como pano de fun-do a paixo por nossos clubes e a forma que os erros e equvocos, assim como a falta de coerncia em algumas decises saltam aos olhos e isso ningum pode negar, posto que tema constante de colunas e notcias jor-nalsticas, alm da mesa do bar nos happy hours da vida.

    Contudo, no futebol todo mundo

    incrvel que parea, os rbitros. Aqui reside boa parte dos problemas enfrentados por ambas as categorias, inobstante os clubes estarem cada vez mais se afastando do ama-dorismo a partir da contratao de execu-

    gesto administrativa, isolando os rbitros na nica classe amadora de um esporte to complexo.

    Imagine que um jogador de futebol, com certeza a estrela maior do mundo da

    -co e ttico, desde sua formao nas catego-

    de estudos que desenvolvem incansavel-mente as qualidades a serem utilizadas.

    Doutra banda temos o rbitro, com uma funo extremamente complexa e de elevada importncia nas partidas de futebol e, apesar disso, no tem direito a uma formao e

    -nalizao que pudesse trazer estabilidade e dedicao exclusiva, por meio de retorno

    em dia, normalmente como professores de

    Muitos entraves so colocados para a realizao de um projeto que desde sempre tema de debates calorosos, dentre os quais est, obviamente, o dinheiro. Os dirigentes

    -ciente para pagar um custo anual estimado de R$ 60 milhes e lutam para manter um

    sistema hodiernamente barato, entretanto

    Antes de xingar a me do rbitro eu sempre lembro do fato de que se machucan-do, no tero assistncia pela inexistncia de plano de sade e pior, como no podem

    modelo de transio que poderia ser colo-cado em prtica a um custo mais baixo que

    de alguns direitos alternativos, como uma

    federaes para atender os rbitros a partir de suas necessidades e a criao de um sis-tema de formao e manuteno constantes, utilizando as tecnologias modernas que os clubes de futebol dispem.

    Me de juiz

    Eduardo Arajo [email protected]

    Com Ilha do Retiro lotada, Sport promete

    O Santa Cruz precisa apenas de um empate dian-te do Sport para se sagrar hoje campeo pernambu-cano de 2016. O jogo tem incio programado para as 16h na Ilha do Retiro, o cal-deiro do Leo da Ilha, com promessa de recorde de p-blica. No jogo de ida, na l-tima quarta-feira, a Cobra Coral venceu por 1 a 0, no Estdio do Arruda, abrindo assim a vantagem na briga pelo ttulo do Campeonato Pernambucano no Clssico das Multides.

    O gol da vitria tricolor veio dos ps de Lel, mas os mritos vo para o artilhei-ro Grafite, que tocou a bola em direo ao gol antes que o meia empurrasse para as redes. O camisa 9, porm, estava em posio de impe-dimento no momento que recebeu o cruzamento, o que gerou revolta entre os jogadores do Sport.

    para divulgar apenas mo-mentos antes do jogo. Ele sabe que no pode vacilar contra um adversrio que tem o direito do empa-te. Vamos para o tudo ou nada, mas de forma inteli-gente para no levar gols. Seremos guerreiros para vencer a guerra e conquis-tar o ttulo, avaliou.

    Pelo lado do Vasco a tranquilidade e ansiedade tomam conta dos jogadores para a grande final. Quem pensa que os comandados de Jorginho jogaro pelo empate esto enganados. O objetivo no dar espa-o ao adversrio para que no seja pressionado. Ten-taremos fazer um gol para neutralizar o psicolgico do concorrente. No quero time fechado, mas cautelo-so e atacando sempre para no sofrer presso, disse. O atacante Riasco s mo-tivao para vencer o cls-sico. Ele sabe que deciso se vence nos detalhes e es-pera a mesma determina-o do grupo nos ltimos jogos. No ganhamos nada ainda. Ser outra batalha que vamos buscar o ttulo e fazer a festa com a torcida, observou.

    FOTOS: Divulgao

    O primeiro confronto, em Osasco, foi de muita disputa e os times ficaram no empate de 1 a 1

    Como mandante da partida, o Botafogo no segurou a equipe vascana e perdeu por 1 a 0 no primeiro jogo realizado no Estdio do Maracan, palco do segundo e decisivo confronto com casa cheia

    Se Fernando Diniz muito falado por todos pelo estilo de jogo do Grmio Osasco Audax, Dorival Jnior desfruta de um prestgio ainda maior no San-tos. Desde seu retorno, em julho do ano passado, o Peixe nunca mais perdeu na Vila Belmiro e

    Tudo isso lhe rendeu o apelido de Pep Dorival entre os pr-prios jogadores, em aluso ao treinador espanhol que est de

    sada do Bayern de Munique para o Manchester City.

    com este retrospecto que o Santos pretende colocar hoje as mos na taa de campeo do Campeonato Paulista 2016. O Peixe recebe s 16h, na Vila Belmiro, o Grmio Osasco, con-siderado a maior surpresa da competio. No jogo de ida, em Osasco, no ltimo domingo, as

    1 a 1, numa partida onde o time

    da casa abriu o marcador, obri-gando a equipe santista correr atrs do prejuzo.

    O time do Santos, durante a semana, fez um trabalho espe-cial voltado para a grande deci-so. Treinando no CT Rei Pel, fechado para a Imprensa, o tc-nico Dorival Jnior passou mui-ta tranquilidade aos torcedores e aos atletas, com uma prepara-o a altura para buscar o ttulo do Campeonato Paulista.

    Audax quer surpreender Santos e NA VILA BELMIRO

  • Vitria do Belo garante ainda acesso Copa do Brasil e Copa do Nordeste

    BOTAFOGO x SOUSA

    Wellington [email protected]

    UNIO A Joo Pessoa, Paraba - DOMINGO, 8 de maio de 201620

    At o fechamento desta edio, o jogo entre Botafogo e

    hoje, s 16h30, no Estdio Al-meido, no jogo de volta das

    --

    laram trs vezes consecutivas

    Na segunda fase o Sousa ven-

    -

    -tado o time sertanejo atuar

    Belo tem a obrigao de ven-

    -tos. Nas hostes do Alvinegro

    -

    -svel retorno de ngelo, que

    treinador Itamar Shuller tem

    elenco e colocar o que tem de

    Estamos conscientes -

    nar, mas fazer o dever de casa -

    cida. Ser um jogo truncado,

    fechadinha em busca de sur-

    em Sousa o atacante Warley

    que ser de fundamental im---

    time a conseguir o resultado

    -nheiros a vencer a misso, de-clarou o W9.

    J o Sousa vem refora-

    -

    ro ter os retornos de Macei

    -

    treinador sousense, Jazon Viei--

    o adversrio em todos os re-

    -tria. Estamos vivos e vamos

    -se o tcnico sousense.

    Presidente do TJD-PB quer julgamento esta semana

    --

    -de julgar o mrito da questo

    Amanh, conforme garan-

    -

    -

    --

    Santos Silva e que at a sexta---

    gamento no no querer inviabilizar os jogos

    -

    -

    A acusaco de que o

    -

    -

    -

    -va. Inconformado, recorreu ao

    -

    -

    -

    o mrito da questo e emitido -

    -

    -gar do arquirrival. No entanto,

    SUSPENSO DE PARTIDA

    FOTO: Divulgao

    Campinense e CSP no jogam mais hoje por deciso do STJD

    Na partida de ida, no Serto paraibano, o time da casa mostrou superioridade ao vencer o Alvinegro da capital pelo placar de 2 a 1

    Marcos Lima [email protected]

    Termina hoje, o torneio Super-praia de vlei, na arena monta-da na Praia de Tamba. A disputa comeou na ltima sexta-feira e conta com as melhores duplas na-cionais que estaro nos Jogos Olm-picos/2016, que acontecero no pe-rodo de 5 a 21 de agosto, no Rio de Janeiro. A Paraba conta com a participao da dupla lvaro Fi-lho e Vitor Felipe, Bruna, George, Gilmrio, J e Thati. Perde apenas para o Rio de Janeiro que tem 15 atletas na competio. No ltimo dia de competio, que tem incio s 9h, a arena promete receber um grande pblico, quando definir os campees (masculino e feminino).

    Durante os trs dias ocorreram

    partidas envolventes e acirradas pela manh e tarde, levando o pblico a torcer pelos representan-tes paraibanos. Joo Pessoa recebe pela primeira vez a competio, com a premiao maior que as de-mais etapas. Para o diretor tcnico da Federao Paraibana de Volei-bol (FPV), Giovani Marques, quem ganha com uma competio des-te nvel a Paraba que ser vista pelo Pas inteiro, com jogos trans-mitidos por canais nacionais e at internacionais.

    Segundo ele, alm da mdia o Estado ganha no turismo com atle-tas, dirigentes, coordenadores e todos que esto no apoio hospeda-dos nos hotis da capital paraibana.

    Ganhamos em todos os setores com uma disputa que rene os me-lhores do Pas. Uma prova que o v-lei de praia da Paraba vem crescen-do a cada temporada, mostrando que temos estrutura e belas praias para realizar qualquer competio nacional e internacional, observou.

    De acordo com Vitor Felipe, parceiro de lvaro, trazer uma Su-perpraia para Joo Pessoa mara-vilhoso e importante para motivar os atletas e torcedores paraibanos. Contar com a presena da massa torcendo e gritando pelos nossos representantes de arrepiar. Fico feliz em jogar e contar com o apoio dos familiares, amigos e todos os paraibanos, disse.

    Superpraia chega ao final hoje no Cabo BrancoVlEI DE PRAIA

    Durante trs dias, feras do vlei de praia brilharam na capital

    FOTO: Edson Matos

    FOTO: Divulgao

  • Montagem do grupo Los Iranzi, Caminho de Palhaos a atrao de hoje na programao de encerramento do projeto Interatos da Funesc

    Guilherme Cabral [email protected]

    Hoje tem espetculo!

    O espetculo intitulado Ca-minho de Palhaos ser apresentado pelo grupo Los Iranzi hoje, a partir das 17h, no Teatro Paulo Pon-tes do Espao Cultural, em Joo Pessoa, encerrando a programao da edio de maio do projeto Interatos, que se iniciou na ltima sexta-feira e um evento realizado

    pela Funesc. A montagem se inspira na tradio do circo brasileiro e os ingressos para o pblico custam R$ 10 (inteira) e R$ 5 (meia), que po-

    dem ser adquiridos pelo pblico, na prpria bilheteria do local, com uma hora de antecedncia.

    O Caminho de Palhaos resgata a linguagem imortal que compe uma brincadeira simples,

    pura e verdadeira, a partir

    e de elementos circenses, a exemplo da perna-depau, o uso de malabares, a pirofagia e o entoar de canes popula-

    res. O espetculo tambm bebe das manifestaes dos folguedos nordestinos, incorporando a riqueza

    de detalhes encontrados no reisado, cavalo marinho e bumba-meu-boi. O grupo Los Iranzi formado pelos seguintes integrantes: os palhaos Chuminho (Junior Iranzi), Mamadeira (Viky Iranzi), Jujuba (Luana Iran-zi), Espoleta (Pedro Iran-zi), Coxinha (Manu Iranzi) e Cocerinha (Jacson Lima). A sonoplastia de Allan Barros e a contra regra de Marcos Cndido.

    Outra atrao do projeto Interatos - ao

    realizada pela Fundao Es-pao Cultural da Paraba que

    se caracteriza por ser mostra e formao permanente de teatro, dana e circo - foi a apresenta-

    o, tambm no Paulo Pontes, na noite de ontem, pelo

    grupo Sagarana

    Produes Teatrais, do espetculo intitulado De Joo para Joo, escrito e dirigido por Tar-csio Pereira. A pea sobre o assassinato de Joo Pessoa e os acontecimentos polti-cos de 1930, colocando em cena os persona-gens de Joo Pessoa e Joo Dantas durante os instantes do assassinato, que aconteceu no dia 26 de julho daquele mesmo ano, na Confeitaria Glria, em Recife, crime que co-moveu a sociedade da poca e foi o estopim da Revoluo de 30 no Brasil.

    Nesse sentido, o espetculo coloca em cena dois atores nos papis de vtima e as-sassino, interpretados por Tarcsio Pereira e Flvio Melo. O assassinato mostrado num ambiente de notcias da poca, com informaes curiosas da histria da Pa-raba naquele perodo to conturbado. A dramaturgia se baseia numa carta escrita por Joo Dantas, assassino de Joo Pessoa, dias antes de cometer o crime. Com base na carta escrita pelo advogado e jornalista Joo Duarte Dantas, que assassinou o governante paraibano Joo Pessoa, a pea resgata um importante documento que ajuda a enten-der as razes do assassinato.

    De acordo com informaes da produ-o do espetculo, essa carta de Joo Dan-tas, endereada a Joo Pessoa, foi publicada em um jornal de Recife, j que seu autor quis torn-la pblica e no tinha acesso aos meios de comunicao em seu prprio Esta-do. Pelo teor da carta, o que se tem uma espcie de crnica de uma morte anunciada, da o carter dramatr-gico desse importante documento jamais explorado no teatro,

    -ra. A dramaturgia se vale de um documento pblico, embora desconhecido, para estabelecer um discur-

    apenas as nuances histricas, mas tambm as paixes de duas vidas privadas.

    O autor e diretor Tarcsio Pereira tambm ressaltou que a pea faz aluses ao noticirio da poca, que uma forma de mostrar que, assim como ocorre nos dias atuais, as pessoas transitam entre notcias, e

    -das e reputaes, s vezes gerando o crime.

    A abertura do Interatos ocorreu na ltima sexta-feira, com a apresentao, pela artista e docente Hayala Csar (PE/PB), do experimento de dana intitulado Frevo-motor, dirigido por Luciano Amo-rim e que prope a investigao entre o

    fazer artstico e pedaggico. Em seguida, o pblico ainda conferiu mais duas atraes do gnero: Memrias Sensveis atravs do Frevo: Na Malandragem do Feminino e Frevo Embolado, com Rebeca Gondim e Jnior Vigas, respectivamente, ambos de Pernambuco e que tambm ministraram, ontem, a oficina Criao e Frevo, ativida-de que teve apoio do Pao do Frevo (PE) e financiada pelo Funcultura.

    Sobre o projeto

    Desenvolvida por meio das coordena-es das respectivas reas envolvidas no projeto, a atividade Interatos uma inicia-tiva da Funesc, cuja proposta contemplar, a cada ms, os segmentos das artes cnicas, mas alternando o palco entre atraes lo-cais, nacionais ou internacionais. A primeira edio ocorreu em setembro de 2015 e vem oferecendo a oportunidade de acesso a artistas e ao pblico do que vem sendo produzido, permitindo a troca de experin-cias entre os setores da dana, circo e teatro,

    dar visibilidade a essas manifestaes arts-ticas na Paraba.

    Encontro com Otto Cavalcanti, na coluna de Alex Santos

    PGINA 23 PGINA 24

    CINEMA DIVERSIDADE

    Estevam Dedalus comenta critrios de escolha dos candidatos pelos eleitores

    Pgina 23

    FOTOS: Edson Matos e Reproduo Internet

    Padre Nilson Nunes celebra semanalmente a j tradicional Missa da Luz

    A UNIO Joo Pessoa, Paraba - DOMINGO, 8 de maio de 2016

    Palhaos mirins da familia Los Iranzi (E) e personagem do espetculo De Joo para Joo, de Tarcsio Pereira (D)

  • Vivncias

    A UNIO Joo Pessoa, Paraba - DOMINGO, 8 de maio de 2016

    Aparncia e realidade

    Trocando em gradosTudo na vida se resume em saber

    viver (sorte tem quem, acredita nela) e no essa vontade exagerada de quime-ras mil de querer a felicidade eterna dos jovens. Isso j foi. Ou tudo ou nada. E priu. Mas vamos deixar de lado a viso do K evidentemente certa ou pratica-mente numa contradio lgica. Eita!

    Fico me perguntando por que mesmo aquelas pessoas que toram na emenda as que tm demais, ainda acham que no tem nada, enquanto aquelas que no nada tem, quando perdem, dizem simplesmente que per-

    dando entrevista nas tevs... mundo louco

    Ah! Vc no quer acreditar!Mudando de assunto, se eu tivesse

    grana levaria meus amigos para dias in-tensos entre Ipanema e o Leblon, nunca aos ps do Cristo Redentor, que lindo! Terei grana e serei mais humilde nas

    de mim. Tenho um amigo que s pensa e

    fala em velharia. Juro, falta um tiquinho para eu perder a cabea e esculachar ele, no que eu seja melhor, nem ele

    -velos. E ainda no devolve meu disco de

    espelho teu!Trocando em grados, outros,

    para piorar enchem a pacincia dos que trabalham de verdade, s porque no tem nada a fazer. Vi gente esta semana arrancando os cabelos dos sovacos e buracos das narinas, porque o whatsapp fechou suas portas por

    Escritor - [email protected]

    Andr Ricardo Aguiar

    Crnica Kubitschek Pinheiro [email protected]

    Lixo redescobertolixo varia entre coisa sem valor, sem

    O lixo parece no tem funo a no ser esse carter de retirada, distanciamento. Da os grandes depsitos longes do mundo civilizado, nos ermos. E ao redor desse armazenamento, porque sempre tem que ter algum para catar e deslocar o lixo para algum lugar, nasce uma sociedade baseada na dependncia deste lixo.

    O aterro aqui tratado o Jardim Gramacho, bairro do municpio de Duque de Caxias (RJ), o maior do mundo. Descobrimos mais sobre este local atravs do documentrio que concorreu ao oscar, Lixo Extraordinrio (2010), dirigido por Lucy Walker, Joo Jardim e Karen Harley, sobre o trabalho de Vik Muniz, artista

    que ganhou renome internacional por fazer

    parentesco com a releitura de obras alheias como fez Andy Warhol. Rplicas detalhadas da Monalisa feitas com geleia. Freud com calda de chocolate. Crianas do Caribe com acar mascavo. E na srie retratada no documentrio, Retratos do Lixo, obras em escala maior, utilizando os catadores em cenas da arte mundial.

    ao contato de Vik Muniz com a realidade

    uma terra suja, mas cordata, e descobrimos, numa mirada mais ntima, pequenos dramas, mgoas, esperanas e humor. Vik acaba se envolvendo, faz amizades, e de posse do material escolhido, o lixo, comea a produo de sua arte utilizando os rostos, cenas de quadros com o lixo ao fundo, criando uma sequncia coerente. E num galpo, com a ajuda dos mesmos catadores, e projetando as imagens que colheu, o lixo vira a tinta, a matria que se transforma em algo mgico,

    o momento mais bonito aquele em que uma coisa se transforma em outra.

    mudanas entre uma realidade e outra, o

    grandeza que extrada nos depoimentos

    contato com a arte, uma arte participativa,

    no exemplo do lder dos catadores, Tio, mostra o encanto de ver uma chance (de cunho social) ganhar foros de descoberta. Uma descoberta ainda que calcada no

    um artista que v um sentido prtico nos materiais do mundo. E da vida.

    A cada nova eleio especialistas tentam compreender, -

    gos, por exemplo, se esforam por meio da aplicao de survey anlises de dados estatsticos e outros instrumentos de pes-quisa para estabelecer correlaes entre classe social, famlia, religio, escolaridade, faixa etria, entre outras variveis, e as escolhas por determinados candidatos.

    Um fenmeno curioso que as pessoas tendem a votar

    de modo que damos geralmente pouca ateno aos partidos polticos e suas ideologias. H tambm uma preponderncia em torno da identidade. Isso faz mais sentido quando ob-servamos que as sociedades contemporneas so baseadas na diferena, fracionadas, contraditrias e capazes de produzir variadas identida-des. O que impede, ento, que

    especialistas no mundo sobre o assunto, argumentaria que diferentes elementos identi-trios so passveis de serem articulados.

    Vejamos o caso do deputa-

    da direita brasileira, que costu-ma assumir posicionamentos ideolgicos racistas, homof-bicos e violentos. As principais pesquisas para eleies presidenciais em 2018 o colocam com cerca de 8% das intenes de voto. O mais curioso que ele consegue simpatizantes em vrias faixas etrias e classes sociais. Eleitores incomodados com o feminismo e o processo de emancipao das mulheres tendem a ter mais empatia pelo deputado. Assim como militares e policiais sensveis ao discurso de valorizao da categoria e a defesa de tratamentos mais severos a criminosos.

    do desarmamento. Isso o faz angariar simpatizantes desam-parados frente grande criminalidade que assola o pas, e que imaginam que estariam mais seguros se tivessem o direito de portar armas. Muitos cristos que so contra o uso de armas,

    favor da famlia e dos valores tradicionais. Certamente devem discordar de seus posicionamentos em favor de torturadores.

    -o so socialmente determinados e que tambm esto liga-

    de maneira muito desigual, recursos como poder, riqueza e prestgio. Essas circunstncias geram oportunidades de vida diferenciadas. As aspiraes e formas de socializao das clas-ses mdias e altas, por exemplo, costumam ser bem diferentes das classes menos favorecidas.

    Os sistemas de educao exercem papel importante na manuteno da estrutura social e na construo de imagens de classe. Em geral, instituies escolares so responsveis por transmitir ideias culturais que reforam as desigualdades.

    importncia na retransmisso de conhecimentos, seja porque interfere diretamente em sua estrutura econmica e de poder.

    novas eleies, as imagens dos candidatos so reinventadas de acordo com as necessidades do momento. Lula, em 2002, dife-rentemente de anos anteriores, adotou um visual mais prximo ao esteretipo de presidente com o uso de terno e gravata , alm de construir um discurso que no se chocava com os interesses da classe mdia. Em sua primeira campanha, Dilma Rousseff sofreu uma verdadeira metamorfose esttica. Ganhou cabelos, roupas e at um sorri-so novo; a inteno maior era

    presidente Lula, cujo governo gozava de altos ndices de aprovao pblica. poca, seu

    -mem sereno, competente e equilibrado, com vasta experincia administrativa em comparao aos demais adversrios.

    -

    cidade desde os tempos de criana no bairro de Jaguaribe. O

    J se tornou uma marca das campanhas eleitorais do senador Jos

    homem do povo que conhece os sentimentos dos mais pobres e

    lembrar o uso reiterado que se fez em sua propaganda poltica de apelidos como Z, Mestre de obras e Vio Macho.

    fundamentais sobre aparncia e realidade e a interrogao de como esta ltima socialmente construda. O que requer, porm, uma discusso mais aprofundada. Por ora, deixaremos isso para outra ocasio.

    FOTOS: Reproduo/Internet

    pensar no que poderia estar num navio

    quiosque e comprar alguma gostosura. Mas l encontro criaturas cafonas solit-rias, que no sabem o que dividir cama

    quando nem sabem danar samba.Eu no tenho papas nem na lngua

    nem no papeiro, mas me estresso com a recua de capim novo, que gritam nas esquinas, nas mesas de festas pelas tabelas, pelas coisas que falam como se

    -rer tergiversar, um dia PatRoberto vai mandar o conto do cubculo e aqui vou

    -

    iremos eu e minha Gabriela Francis de olhos verdes.

    Chega de esnobar, pegar pobre pra cristo e viver matando cachorro a grito. raa, por isso que inventaram essa tal

    -manos e quem no aquentar entre para o time da contemplao do vazio, onde a casa j caiu faz tempo.

    Vocs esto entendendo tudo ou nada, mas felizes com o esperar

    de bar em bar, de crnica em crnica e se perguntaram por mim digam que eu fui por ali guiado pelo cheiro das saias das camlias do quilombo do Le-blon. Ah, pouco

    queria desaba-far, mas no vou expor os proble-mas mundiais, baixo astrais caretais etc.

    Qualquer dia desses vamos se encontrar por a, provavelmente vou sentir vontade de entre um show e outro, um saco total, mas eu t fechando a crnica que eu vou ali comer uma perua de capoeira na casa da ternurinha Wanderla que no dia 5 de junho far 70 anos e eu j tenho

    sou vcs. Kapetadas

    1 - Declaro aberta a temporada de decadncia absoluta do ser humano.

    2 - Temer disse que espera pro-duzir algo produtivo para o pas. Podia estudar sinnimos e antnimos, por exemplo. Ui!

    3 - Eu queria poder te dar tudo, mas voc no precisa de nada.

    4 - O romantismo bem romntico vai.

    5 - A menina quer se deitar com

    eu no fao amooooooooooooor por fazer

    6 - Vamos aos nossos comerciais.

    Artigo Estevam Dedalus Socilogo

  • Roteiro

    UNIO AJoo Pessoa, Paraba - DOMINGO, 8 de maio de 2016

    Hildeberto Barbosa Filho Crtico [email protected]

    Poema e leitura

    Letra LDICA

    Em cartaz

    Funesc [3211-6280] Mag Shopping [3246-9200] Shopping Tambi [3214-4000] Shopping Iguatemi [3337-6000] Shopping Sul [3235-5585] Shopping Manara (Box) [3246-3188] Sesc - Campina Grande [3337-1942] Sesc - Joo Pessoa [3208-3158] Teatro Lima Penante [3221-5835 ] Teatro Ednaldo do Egypto [3247-1449] Teatro Severino Cabral [3341-6538] [3241-4148] Galeria Archidy Picado [3211-6224] Casa

    do Cantador [3337-4646]

    SERVIO

    Quadrinhos

    AeEU Val Fonseca

    Cinema Alex Santos Cineasta e professor da UFPB [email protected]

    FM0h - Madrugada na Tabajara5h - Aquarela Nordestina6h - Bom dia, saudade!8h - Mquina do Tempo10h - Programao Musical12h - sambrasil15h - Futebol18h - Programao Musical18h30 - Rei do Ritmo19h - Jampa Black20h - Msica do Mundo21h - Trilha sonora22h - Domingo sinfnico

    AM0h - Madrugada na Tabajara5h - Nordeste da gente6h - Bom dia, saudade!8h - sucessos Inesquecveis9h - Domingo no Rdio11h - Mensagem de F11h30 - Programao Musical12h - Tabajara Esporte show15h - grande Jornada Esportiva20h - Planto nota mil20h30 - Rei do Ritmo21h - Programao Musical

    PROGRAMAO DE HOJE

    Rdio Tabajara

    Espetculo Encalhadas do Alm

    de semana, a nova comdia da Cia Cobra de Teatro Encalhadas do Alm.O espetculo conta a histria de duas estranhas inquilinas para l de assanhadas,

    vindas do alm, que mesmo depois de mortas se apaixonam pelo jovem Thales, um sujeito metido a Don Juan, danarino de tango e que no muito chegado a um trabalho. Depois de arruinar com quase todo o patrimnio de Izolda, decide morar com ela, na nica casa que restou. Izolda uma mulher de meia-idade, vaidosa e obcecada por cirurgia plstica para corrigir pequenos defeitos estticos. Carente de amor, ela sempre se aventurou em namorar homens mais novos. As irms encalhadas vo fazer de tudo para sair do carit, e o novo morador no se d conta que so do outro mundo, quando descobre que so

    ao espetculo que ser apresentado hoje s 20 horas, no Teatro Municipal severino Cabral.Os ingressos custam R$ 20,00 (inteira) e R$ 10,00 (meia entrada).

    Teatro

    Vou partir da ideia de Silva Adela Kohan, colhida em Os segredos da criatividade, mais ou menos nestes termos: O escritor antes de tudo um leitor.

    Por trs de qualquer texto, seja um conto, um romance, uma crnica, um poema, pulsa uma experincia enorme de leitura. Vezes, consciente, tracejada no planejamento e na pesquisa; no raro, inconsciente, fruto do magma difuso e aleatrio que as palavras e as imagens estratificam no crebro e que, inviesadamente, pode brotar ao acaso dos fundos da memria e dos horizontes da imaginao.

    Como explicar, por exemplo, certos acontecimentos engendrados por um texto, sobretudo um texto potico? Mais precisamente, um poema?

    Certas falas que se movem na arquitetura de um poema escapam ao controle do autor, na medida mesma em que um poema, enquanto manifestao corporal da linguagem, con-cebe-se tambm no plano do inconsciente, mobilizando certos sentidos em lugar de outros, desvelando-os ou ocultando-os no fluxo oblquo dos versos, e, ainda mais, instaurando contradi-es e antinomias semnticas impossveis de serem decodifica-das numa nica direo.

    Poema reino do indizvel, geografia do plural, flo-resta de signos, harmonia entre som e silncio, entre movi-mento e repouso, entre emoo e pensamento. Tudo costura-do por um fio secreto que firma, no bojo das palavras tomadas em suas mltiplas funes, a unidade de efeito que permite ao leitor usufruir da luz e da beleza.

    Mas insisto: antes do poeta existe o leitor. O leitor que se faz na corda bamba da memria, mas tambm na riqueza do esquecimento. O fato que o poema ecoa outros poemas; o fato que os versos trazem tona outras vozes; o fato que uma imagem reverbera outras, palmihadas na cadncia inde-vassvel das leituras.

    Quando o reprter, depois de lido o meu Deciso, ltimo poema de sombra do soneto, e o liga s palavras finais das Memrias pstumas de Brs Cubas, no estra-nhei, mesmo que, ao escrev-lo, nunca tivesse pensado em Machado de Assis.

    Digo eu, na persona de meu eu potico: Herana/no deixarei.//Olhem o sangue dos cactos/ na paisagem nua//uma haste de luz/suspensa na tarde agreste//os pauprrimos marmeleiros,/as cicatrizes do deserto,/os solitrios labirintos/do vento//o silncio, a morte,/o esquecimento.//Eis o que fica. Por sua vez, diz Machado pela voz de seu narrador: - No tive filhos, no transmiti a nenhuma criatura o legado de nossa misria.

    verdade: no pensei em Machado. No tive a inteno de filtrar a lgica negativa e a no complacncia do seu pero-do final. O reprter-leitor, a seu turno, leu meus versos com o seu Machado de lado. Acertou? No acertou? Tais perguntas no cabem. O poema pode ser lido com ou sem Machado. No melhor nem pior por uma coisa ou outra. No valem, aqui, quero crer, nem a minha inteno nem a inteno do leitor. O que vale o texto e os sentidos que possibilita no ato de leitura. Quanto a Machado de Assis, quem o l sempre o trar consigo, consciente ou inconscientemente.

    Junho especial na APC

    ordinria da Academia Pa-raibana de Cinema para a prxima quinta-feira (12), s 10 horas da manh, em sua sede na Fundao Casa de Jos Amrico. O presidente da APC, Moacir Barbosa de sousa tem envidando esforos para que o

    grande mobilidade cultural e

    segundo disse Moacir, conti-nuam os preparativos para a inaugurao da sala Antonio Barreto Neto, na sede da APC, bem como da exibio do

    Tio, de Jacques Tati. Este, que ser o primeiro de uma srie de apresentaes, inclusive contemplando as realizaes paraibanas, e todas as sesses sero realizadas s segundas quartas-feiras, a partir de junho deste ano.

    Parahyba (o filme) provoca encontro com Otto Cavalcanti

    Corriam os anos oi-tenta... bem no seu come-cinho, em dezembro de 82, e j inaugurvamos o Cine Bange, com Inocncia de Walter Lima Jr., no Espao Cultural Jos Lins do Rgo. Trs anos depois, agora capitaneado pelo historia-dor Jos Octvio de Arruda Mello frente da Diretoria Geral de Cultura (DGC), abramos a efemride do Quarto Centenrio da Para-ba, estando eu, poca, na Coordenadoria de Cinema e Televiso do projeto.

    Pois bem, com o do-cumentrio multipremiado Parahyba, de Jureny Biten-court, por ns realizado para as celebraes do impor-tante evento, palmilhamos o Estado todo, do Litoral ao Serto, agregando valor cul-tural s escolas municipais, tambm com diversos livros sobre Histria e artes, na Pa-

    do brao, eu e Ruy Leito, que respondia pela coorde-nao do Setor Financeiro, peregrinamos inclusive por outros estados. A parte de Literatura era coordenada pelo editor Pontes da Silva, a quem Z Octvio alcunhara, de quando em vez, de Pon-tes sabe-tudo.

    Todo esse altercado acima para justificar a poca em que conheci o artista plstico itabaianen-se Otto Cavalcanti, pessoal-

    mente, em 1985. Ele acabara de chegar de Barcelona, na Espanha, onde residia desde os anos 70. Ficando no Brasil at 1996, retornando ento capital catal.

    Nosso encontro foi casu-al e se deu na Casa Amarela, em Fortaleza, por ocasio da

    Parahyba (o filme), que premiado fora naquele ano pelo Festival Cearense de Cinema Brasileiro. Interes-sado pelo filme, que trazia a histria de sua terra, Otto nos procurou e tivemos um longo bate-papo sobre o Quarto Centenrio da Paraba. Foi quando ele me convidou para

    que conhecesse o seu ateli. Ao nos despedirmos, ele dis-

    lembrancinha para voc. Entregou-me uma pintura a

    no meu apartamento. Fiquei grato e encantado com sua generosidade!...

    Na quinta-feira passada, na Funesc, a Galeria de Arte Archidy Picado promoveu

    Otto Cavalcanti, para home-nagear a cidade de Itabaia-na, nos seus 125 anos. Urbe que o viu nascer e crescer, mas que se privou da fase mais criativa e importante de sua obra.

    Obra de Otto Cavalcanti est exposta na galeria da Funesc

    FOTO: Divulgao

    CAPITO AMRICA (EUA 2016).

    -gers o atual lder dos Vingadores, super-grupo de heris formado por Viva Negra , Feiticeira Escarlate, Viso, Falco e Mquina de Combate. O ataque de Ultron fez com que os polticos buscassem algum meio de controlar os super-heris, j que seus atos afetam toda a humanidade. Tal deciso coloca o

    o Homem de Ferro.CineEspao3/3D: 14h30, 17h30 e 20h30 (LEg). CinEspao4/3D: 15h, 18h e 21h (DUB). Manara4: 13h, 16h15 (DUB) e 19h30, 22h45 (LEg). Manara5/3D: 13h45, 17h (DUB) e 20h15, 23h30 (LEg). Manara9/3D: 12h30, 19h (DUB) e 15h45, 22h15 (LEg). Manara10/3D: 14h45, 18h e 21h15 (LEg). Mangabeira1/3D: 12h30, 15h45, 19h (DUB) e 22h15 (LEg). Mangabeira5/3D: 14h30, 17h45 (DUB) e 21h (LEg). Tambi4: 14h20, 17h20 e 20h20 (DUB). Tambi6/3D: 14h30, 17h30 e 20h30.

    O CAADOR E A RAINHA DO GELO (EUA 2016). -

    Hemsworth, Charlize Theron e Jessica Chastian.

    uma menina destinada a retir-la de seu posto de mais bela do reino. Irada, ela assassinou a

    criana, mergulhando sua irm em uma profunda depresso. Anos mais tarde, ao saber da morte

    espelho mgico. s que Ravenna ressuscita e caber Rainha do gelo e aos rebeldes Erik e sara lutarem, mais uma vez, contra os poderes malignos da vil. CinEspao2(DUB) e 19h (LEg). Manara3: 14h, 16h40 (DUB) e 19h15, 22h (LEg). Manara6/3D: 13h15, 18h45 (DUB) e 16h05, 22h45 (LEg). Manara10/3D: 15h30 e 20h45 (DUB). Manara11: 18h30 e 21h30. Mangabeira4/3D: 13h45, 16h30, 19h20 e 21h45 (DUB). Tambi2e 20h40 (DUB).

    TRUMAN (ESP-ARG 2016).

    infncia, separados por um oceano, se encontram depois de muitos anos. Eles passam uns dias juntos, lembrando os velhos tempos e grande amizade que se manteve com os anos, tornan-do-os inesquecveis, devido o seu reencontro ser tambm o ltimo adeus. CinEspao1: 14h20, 19h10 e 21h30 (LEg).

    MOGLI - O MENINO LOBO (EUA 2016).

    torno do jovem Mogli, garoto de origem indiana que foi criado por lobos em pela selva, contando apenas com a companhia de um urso e uma pantera negra. Baseado na srie literria de

    Manara5/3D: 14h30, 19h45 (DUB) e 17h15, 21h10 (LEg). Manara7/3D: 14h30, 17h15 (DUB) e 19h45, 22h10 (LEg). Manara8 Manara11: 13h e 16h

    Mangabeira3: 13h, 15h30, e 18h (DUB). Tambi5/3D: 14h40, 16h40, 18h 40 e 20h40.

    BATMAN VS SUPERMAN - A ORIGEM DA JUSTIA (EUA 2016).

    populao mundial. Enquanto muitos contam com ele como heri e principal salvador, vrios

    lado dos inimigos de Clark Kent e decide usar sua fora de Batman para enfrent-lo. Enquanto os dois brigam, porm, uma nova ameaa ga-nha fora. CinEspao2: 21h10 (LEg). Manara2: 14h15 (DUB) e 17h45, 21h (LEg). Mangabeira3: 20h30 (DUB). Tambi1: 15h55 e 20h45 (DUB). Tambi3: 4h35, 17h35 e 20h35 (DUB).

  • Celebrao

    A UNIO Joo Pessoa, Paraba - DOMINGO, 8 de maio de 2016 FOTOS: Divulgao

    Josinaldo MalaquiasEspecial para A Unio

    A luz como expresso da f

    O proco do municpio parai-bano de Cacimba de Dentro observa o pr-adolescente compenetrado, numa bicicleta, entregando telegramas. Chama o rapazinho e o convida para fazer uma leitura da Escritura, na Missa Dominical. O menino se emociona, toma gosto, desperta a vocao sacerdotal e hoje o destacado padre Nilson Nunes, o maior fenmeno religioso do Catoli-cismo da Paraba atualmente.

    Vigrio da Parquia Santurio Nossa Se-nhora Me Rainha, no Bessa, em Joo Pessoa, o padre Nilson Nunes conhecido, nacional e internacionalmente, pelo pioneirismo da Missa da Luz, celebrada s 19h30 das quin-tas-feiras, arregimentando multides que variam entre quatro a seis mil pessoas. A Missa da Luz j foi copiada em So Paulo, no Brasil, e em Florena, na Itlia. H planos para ser transmitida pela TV catlica paulista Cano Nova.

    Jovem, com 38 anos e idade, padre Nilson sereno e tem o raro dom de saber ouvir e aconselhar. Natural de Araruna, no Curimata paraibano, onde foi proco, se considera um padre do interior que vive na

    parquia. Como o terreno grande, pretendo construir a Casa Paroquial aqui mesmo. No

    Indagado sobre a consagrao da Missa

    estive, pela primeira vez, em 2008, no Santo Sepulcro, em Jerusalm, acendi uma vela

    como se fosse um chamamento

    a inspirao para a criao

    para Araruna realizou a pri-meira Missa da Luz.

    Em 2011, convidado por Dom Aldo Pagotto, assume a

    Igreja de Nossa Senhora das Graas, em Vrzea Nova, na cidade de Santa Rita, e continua realizando a Missa da Luz. Em 2012 vai para a Parquia Santurio Nossa Senhora Me Rainha e se projeta alm do esperado.

    De formao Diocesana, conhece bem

    bem elaboradas tcnicas de comunicao de massa que se faz compreensvel por todos os

    ou preciosismos, mas de contedo profundo e esclarecedor.

    - Meu maior objetivo possibilitar uma

    com o Jesus Eucarstico. Por isso, alm da pa-lavra, utilizo msicas vibrantes que estimu-lem o reavivamento da f.

    A sua facilidade em absorver as tecno-logias miditicas levou-o ao cargo de diretor da Rdio Integrao do Brejo, pertencente

    pessoal surgiu o Projeto Iluminar. Atualmen-te a Missa Dominical das 10 horas transmi-tida pela TV Arapuan. A das 17 horas, pela

    apresenta, tambm na Rdio Arapuan FM, das 10 s 11 horas, o Programa Momentos

    O padre Nilson Nunes conquistou uma verdadeira

    multido de fiis, que acompanha semanalmente

    a Missa da Luz

  • A UNIO Joo Pessoa, Paraba - DOMINGO, 8 de maio de 2016

    fgdgfd

    A coluna destaca o livro Os Jornalistas de Honor de Balzac

    PGINA 27 PGINA 28

    A receita da semana farfalle com cogumelos e salsiccia toscana

    Deu no Jornal Gastronomia

    25

    Rex, Plaza, Municipal, Brasil, So Jos, Jaguaribe, Torre, Metrpole e Filipia tinham seus pblicos cativos na capital

    No escurinho do cinema

    FOTOS: Reproduo/Internet

    Hilton [email protected]

    E stamos numa poca em que o flego da juventude do Rock and Roll come-ava a acelerar. Nesta mesma fase, os casais iam aos cinemas e, quando -

    me, j que os beijos e abraos trocados pe-los atores estimulavam os carinhos entre os namorados, favorecidos pela penumbra. Os cines Rex, Plaza, Municipal, Brasil, So Jos, Jaguaribe, Torre, Metrpole e Filipia tinham seus pblicos cativos.

    E as suas tardes e noites dirias lotavam os sales, pois, pode-se dizer, que o cinema era a nica atrao da Joo Pessoa de antanho, salvo alguns eventos anuais e espordicos. Alm do mais, a inocncia da juventude era tanta que diante do Rex e Jaguaribe, moas e rapazes trocavam ideias e gibis. E esperavam, ansiosamente, pelas sries Tambores de Fu-

    Os cinemas da Cia Exibidora de Filmes, SA, do empresrio Luciano Wanderley, pre-senteavam o pblico com os maiores recor-des de bilheterias da poca, a exemplo de O Exorcista e Os Dez Mandamentos, observa Milton Marques Jnior, um dos maiores cin-

    -nculo pela UFPB.

    O Exorcista, estrelado pela atriz infantil Linda Blair, segundo Milton, permaneceu em

    desciam pela Elizeu Csar e alcanavam a Lagoa.

    Os Dez Mandamentos, fazendo jus s minhas observaes, permaneceu em exi-

    se prolongavam pela Duque de Caxias at o Pavilho do Ch. O Cine Brasil, na dcada de

    -tes marciais, sendo imitado pelo Rex que, vez

    como A Lagoa Azul, com Christopher Atkins e Brooke Shields.

    Come Ti Amo, com Gigliola Cinquetti e Mark --

    sa Gilvan Ferreira, 65 anos. O Destino do Po-seidon impressionou--me muito, por seu to-que de realidade. Creio que o ator James Martin esteve bem em seu pa-pel, declara o jornalista

    -concelos, reprter do Caderno de Cultura de A Unio.

    O crtico de cinema, poeta e escritor Joo -

    mes famosos nas dcadas de 1950-60-70 em Joo Pessoa, verdadeiros recordistas de bilheteria. Ben- Hur, com Charlton Heston e Stephen Boyd, exibido no Rex, arrancou l-grimas da plateia. A Ponte do Rio Kway, no Santo Antnio, impressionou bastante o p-blico juvenil, que costumava assobiar a sua

    trilha sonora nas ruas. Alexandre Magno, com Richard Burton, no Cine Jaguaribe, foi

    -via Rebelde, com Julie Andrews, exibido no Plaza, mostrou a cara da juventude de ento.

    dos anos 60, com Troy Donahue, cegou a juventude de paixo, por causa de sua linda trilha sonora, Al Dil, que tornou-se sucesso musical por muitos anos.

    Os cinemas e seu pblico

    Nas sesses de qualquer cinema j ci-tado, no se podia evitar o que os lanter-ninhas chamavam de gaiatos do escuro.

    Eram os humoristas improvisados, que es-tudavam bem as cenas para, oportunamente, liberar uma frase que provocasse risos na as-sistncia. O enfermeiro Martinho Barbosa, 68 anos, fez a plateia do Plaza rir escancarada-mentemente, durante

    de Navarone: ele cantou Parabns, com a voz de falsete, na cena em que David Nven e Antony Queen, em desespero, conseguiram apagar um rastilho de dinamite que mataria a todos em caso de exploso. O arquiteto Rgis Albuquerque conseguiu a mesma proeza no Rex, ao chamar de Tarzan dos Pobres o ma-grinho Alex Weissmller, numa cena em que o ator nadava para escapar dos crocodilos,

    em Tarzan O Homem Macaco. Ednaldo da Nbrega, primo do ex-mi-

    nistro Mailson da Nbrega, foi proibido de entrar no Cine So Jos, em Jaguaribe, por-que fazia o pblico rir durante as projees com sua engraada imitao de galo. O pro-fessor de Educao Fsica Tadeu Antonio Gouva de Arajo, adormecia dentro dos cinemas e preocupava meus pais. Certa vez o porteiro Incio foi acordado pela madru-gada, para tirar Tadeu de dentro do So Jos, onde dormia a sono solto. Ele fora esquecido aps uma sesso.

    O Cine Jaguaribe, situado no encontro das avenidas Aderbal Piragibe e Capito Jos

    -mes de faroeste e de aventura estimulavam a plateia predominantemente infantojuvenil, a bater palmas e a assoviar quando o artista

    -co Jos Humberto Silva (falecido), relatava

    -gado se assistira, respondia: No, um amigo meu me contou.

    O Homem da Bala de Prata, que punha Zorro e o ndio Tonto como paladinos da

    -guaribe, por causa da vibrao excessiva da

    de Frana, que por trs dos culos fazia uma careta e exclamava: S ruim porque no h vagas em Pindobal para tantos moleques. Ele se referia a uma escola correcional para menores infratores, que existia em Maman-guape, no Litoral Norte. Pindobal ainda existe hoje, sem caracterstica de priso.

  • DIVERSO

    Piadas

    Palavras Cruzadas

    ries

    Cncer

    Libra

    Capricrnio

    Touro

    Leo

    Escorpio

    Aqurio

    Gmeos

    Virgem

    Sagitrio

    Peixes

    A semana comea sob energias positivas com a unio do Sol, Vnus e Mercrio em Touro mo-vimentando intensamente sua vida material

    e imprimindo um novo movimento a projetos e

    a unio do Sol, Vnus e Mercrio em seu signo deixando para trs todo sentimento

    chegam com mais facilidade e ganham um

    fase em seu signo aumentando ainda mais as

    para participar de um novo projeto pode

    A semana comea sob boas energias, com a unio do Sol, Vnus e Mercrio unidos no signo de Touro, deixando voc mais fechado e introspectivo, mais voltado para

    Sentimentos e pessoas do passado, assim

    Touro aumentando ainda mais a tendncia

    a unio do Sol, Vnus e Mercrio no signo de Touro, movimentando positivamente sua vida

    grande empresa ou instituio pode resultar

    -

    ainda mais o setor e abrindo portas para

    Sol, Vnus e Mercrio unidos no signo de Touro

    em andamento, comeam a dar bons resulta-

    no signo de Touro, aumentando ainda mais a possibilidade de crescimento e boas novidades

    chegam, depois de meses de dedicao e

    energias do Sol, Vnus e Mercrio no signo de Touro movimentando seus projetos pessoais

    signo de Touro indicando dias de boas novidades

    energias do Sol, Vnus e Mercrio no signo de

    estar mais aberto e receptivo, mais voltado para

    -

    energias do Sol, Vnus e Mercrio em Touro indicando dias de movimento agradvel e positivo em seus relacionamentos pessoais e

    surgir em sua vida ou mesmo uma sociedade

    favorecidos, no entanto, a retrogradao de Mercrio pede discernimento e cuidado com

    signo de Touro aumentando ainda mais as

    energias do Sol, Vnus e Mercrio em Touro indicando uma fase de movimento positivo

    e passando por um processo de seleo e entrevistas, prepare-se, pois as boas energias

    cuidar de sua aparncia, com uma boa dieta e

    energias do Sol, Vnus e Mercrio em Touro mar-

    outra, voc estar mais aberto e receptivo, cha-

    -

    Touro aumentando ainda mais as possibilidades e

    -ergias do Sol, Vnus e Mercrio em Touro deixando

    -

    energias do Sol, Vnus e Mercrio em Touro indican-

    -

    Horscopo

    Psiquiatra

    Manicmio

    Joozinho

    Sudoku e caa-palavras

    Joo Pessoa, Paraba - DOMINGO, 8 de maio de 2016

    26 UNIO A

    Loiras

  • OL, LEITOR!

    [email protected]: @agnaldoalmeida

    Agnaldo Almeida

    netos e dirige uma prestigiada banca de advogados. Tudo isso eu j disse outro dia, mas faltou dizer que ele, durante

    muitas vezes se divertir com as coisas aqui da provncia.

    s vezes interminvel. No raro tambm cuida de me enviar livros, na esperana de que estes possam ilustrar um pouco

    Faz tempo, mandou-me um exemplar de Os Jornalistas, escrito por Honor de Balzac em meados do sculo XIX. Como diz Carlos Heitor Cony no prefcio desta edio, so dois textos que poderiam ser considerados marginais. Seriam obras consideradas circunstanciais e menores no fossem eles da lavra de Balzac, a quem Karl Marx considerava como o criador da moderna sociologia.

    O que mais se destaca em Os Jornalistas a sua contemporaneidade: parece que Balzac est escrevendo

    sobre o jornalismo dos anos 1830, que acabava de ascender a uma posio de todo-poderoso. Abafado durante quinze

    progressivamente quando da Restaurao.Recorramos Wikipdia. A Restaurao Francesa ou

    francs entre a queda de Napoleo Bonaparte em 1814 at a

    e executado durante a Revoluo Francesa, que acabou sendo seguida pela Primeira Repblica Francesa e ento pelo Primeiro Imprio Francs. Uma coligao de potncias europeias derrotou Napoleo em 1814, encerrando seu imprio e

    A restaurao durou desde aproximadamente o dia 6 de

    Governo dos Cem Dias, quando Napoleo voltou de seu exlio exrcito e da insatisfeita

    populao francesa. ele acabou logo depois sendo derrotado

    a restaurao, o novo Regime Bourbon era uma monarquia

    A histria de bom humor

    UNIO AJoo Pessoa, Paraba - DOMINGO, 8 de maio de 2016 27

    Jornalismo nos tempos de Balzac

    -

    dez anos o seu livro Insultos Impressos: a guerra dos jornalistas na Independncia. Depois fui

    Brasil pelo mtodo confuso, em que repassa

    Madeira de Freitas, que nasceu em 1893 e se radicou no Rio de Janeiro onde, alm de se formar

    -morista dotado de inteligncia sagaz e sarcstica.

    Museu da Repblica, no Rio de Janeiro, onde

    -rias dos presidentes do Brasil no tempo em que a repblica funcionava no Palcio do Catete. o perodo que vai de 1897 a 1960.

    -

    fatos pitorescos da poltica nacional. Conta, por exemplo, que no governo epitcio Pessoa eram tantos os paraibanos na Corte carioca que o jornal O Careta no perdoou e sapecou na pri-meira pgina: Paraba, terra boa/Pouca gente/mas muitas pessoas.

    -

    baixssimo nvel intelectual. Circulava, ento, no seu governo, de 1910 a 1914, a seguinte anedota:

    Adoentado, o presidente recebeu a visita do

    cama, todo envolto em cobertas, com as janelas

    - Por qu?-

    brincadeira do senador, mas no passou recibo.

    Hermes foi sua casa e, encontrando as janelas

    - Por qu?

    Advogado e escritor Irapuan Sobral

    constitucional diferente do antigo Regime Absolutista, tendo

    bem conservadoras e consequentemente pequenas, porm

    nas polticas francesas.Agora vejamos algumas das prolas com que Honor de

    Balzac brinda a imprensa de seu tempo e me digam se elas no

    1 Nos jornais ministeriais (governistas) os redatores tm um futuro: tornam-se cnsules-gerais ou cumprem outras

    asilo as academias de cincias morais e polticas. 2 Os anncios tomam a quarta pgina do jornal e

    as revistas atuais de informao, ver que o gordo francs continua com razo)

    3 Se algum tem um concorrente a um posto para o qual deseja ser nomeado, pode impedir a nomeao do seu rival fazendo badalar a sua com elogios em todos os jornais.

    4 Para o jornalista, tudo o que provvel, verdadeiro.

    viver o crtico.

    A manha de Ipojuca

    que no terei mais como guard-los. uma situao terrvel, esta de ter que se descartar de obras que por tanto tempo

    apertamentos, no nos permite outra sada, a no ser dar adeus a um monte de livros, dos quais no deveramos nos separar nunca.

    Foi, pois, remexendo nas estantes que reencontrei todo empoeirado o livro do amigo Ipojuca Pontes, lanado em

    por mais apertados que sejam os atuais apartamentos, dele no pretendo me separar.

    questo da transcendncia do esprito sobre a matria,

    Torelly, que nasceu no interior do Rio Grande do Sul, perto da fronteira com o Uruguai e foi fazer sucesso no Rio de Janeiro com a sua irreverncia a toda prova. No livro

    do fascinante personagem. Desde o ambiente sinuoso da nossa vida literria, passando pelo jogo pesado da ditadura

    jornalismo, tudo vivenciado e glosado pela mordacidade

    gostava de dizer Itarar.Pois bem, este mesmo baro, sempre com a lngua

    - Aluga-se pelo prazo de cinco anos, para pessoa de alto tratamento, luxuoso palcio, estilo clssico, com guias

    da noite. Tratar pessoalmente ou por carta com etelvino ou com o atual inquilino que, desgostoso com a alta do custo de vida, tenciona retirar-se para Natal, sua terra natal. Alis, onde resolveu ir cultivar jerimum e macaxeira, em face do fracasso do caf.

    Na verdade, o texto era mais uma ironia do Baro

    barrar, primeiro a candidatura, depois a posse de Juscelino.

    passava de um reles caf de panela, muito requentado e que,

    Pois sobre este jornalista Aporelly, autointitulado Baro de Itarar, que Ipojuca Pontes voltou ao texto teatral, brindando a todos com uma pea de altssima qualidade.

    perdoa. ex-ministro, cineasta e escritor, produz textos com

    est dizendo.

    Ipojuca Pontes e as manhas do Baro

    FOTO: Reproduo/Internet

  • UNIO A

    Gastronomia

    28Joo Pessoa, Paraba - DOMINGO, 8 de maio de 2016

    Coluna do Vinho Joel Falconi [email protected]

    No dia de hoje pa-rabenizo todas as mes, nesta data marcante e que me faz rememo-rar bons tempos. E em se tratando de mame,

    -mente e foi ao encontro do Criador, no pode-ria deixar de lembr-la sempre pelos sabores e aromas gastronmicos. E logo nessa semana que antecedeu o Dia das Mes, como a me pro-vocar lembranas e me levar ao pretrito.

    Tive a oportunida--

    bolado de panela, que com um simples toque

    -gua me transportou cozinha de nossa casa com seus turbilhes corriqueiros. Somos dez

    invadiu com uma sen-sao reconfortante e saudosa porque so nos momentos vivenciados que nos descobrimos perto de quem amamos.

    A todas as mes a certeza de que vocs so as responsveis por nos conduzir inicial-mente gastronomia. A minha me Zelia Maia a presena constante das lembranas de um abrao maternal e de um sorriso sincero que nos recebia nos domin-gos como este.

    Fabio Maia

    Professor, gastrnomo, apresentador do programa semanal de TV Degustando Conversas e amante da boa gastronomia.

    Comida sobre rodas

    reCeiTa da semaNa

    FarFaLLe Com CoGUmeLos e saLsiCCia TosCaNa

    Restaurantes tradicionais e chefs renomados resolveram tambm entrar no ramo da gastronomia sobre rodas e hoje uma atividade comrcio-cul-tural crescente tanto em Joo Pessoa como em Campina Grande. A atividade de comida sobre rodas, denominada de food trucks, comercializa alimentos

    grande portes, tanto por meio de equi-

    motor, quanto por meio de estruturas rebocadas, existindo tambm sobre bicicletas.

    crise econmica que vivemos encon-trar alternativas e o empreendedoris-mo muitas vezes uma delas. O food trucks surgiu como uma dessas alter-nativas, precisando de regulamenta-o como toda atividade comercial e tendo que conviver com os comercian-

    Em mais uma receita com massas trago para vocs o far-falle com cogumelos e salsiccia toscana. A ideia deste prato interagir entre dois mundos gastronmicos muito caracte-

    e a oriental.Alguns cogumelos so ve-

    nenosos, outros alucingenos e h ainda alguns que possuem propriedades medicinais cura-

    receita estamos usando os -

    jantes. Estes cogumelos, que

    na verdade so fungos, vm conquistando cada vez mais espao em nossas mesas, sen-do mais comum o Cogumelo Paris (ou como mais conhe-cido champignon). J o shitake conhecido como rei dos cogu-melos e o shimeji se tornaram mais comuns com o fortaleci-mento e disseminao da cozi-nha oriental no Brasil.

    A nossa massa de hoje, o farfalle, nada mais do que uma massa italiana no formato de gravatas borboletas e feito a partir de uma massa corta-

    Para esta nossa receita, que aprendi usando sugestes da chef Gabriela Pestana, vamos precisar de:

    massa180g de farfalle

    molhoAzeite2 gomos de salsiccia (linguia) toscana

    despedaada1 cebola roxa em julienne200g de cogumelos dos tipos shitake,

    shimeji e paris60ml de vinho branco secoRamos de tomilho ou um punhado de

    tomilho desidratado 150g de creme de leite fresco (de

    preferncia)Sal e pimenta-do-reino preta a gosto

    Utenslios Panela grandeFrigideira funda Esptula de silicone Pina de silicone

    1 Numa frigideira aquea o azeite e cozinhe a linguia toscana at dourar. 2 - Assim que ganhar uma bela colorao, adicione a cebola a julienne, na sequncia adicione os cogumelos cortados a julienne e salteie cozinhando em fogo alto.3 - Deglaceie com o vinho branco, aguarde evaporar o lcool e acres-cente o creme de leite fresco.4 - Mergulhe os ramos de tomilho e deixe cozinhar por mais

    alguns minutos. 5 - Tempere com sal e pimenta, deixe reduzir at obter uma con-sistncia cremosa. 6 - Enquanto isto cozinhe a massa em gua abundante salgada, at ficar al dente.7 - Retire o farfalle da panela e transfira para frigideira do molho, misture bem at incorporar de forma homognea e sirva imediata-mente decorando com tomilho.

    ingredientes Preparao

    Fotos: Reproduo/Internet

    tribos germnicas tiveram na produo -

    tros sobre a vinicultura daquela poca so muito fragmentados. Se houve consequn-cias negativas, entretanto e pouco provvel que tenham sido resultado direto de ne-gligncia ou de destruio deliberada dos vinhedos. Se as descries mais negativas dos hbitos de beber dos alemes so

    -

    De fato em meio ao caos provocado pelas espordicas invases germnicas entre os sculos II e V, a viticultura na Europa no s ganhou fora, como continuou se

    -nhedos se consolidaram em vrias regies; ao longo do Rio Mosel perto de Trier e nos vales dos Rios Sena, Youne e Loire.

    Ainda assim, muitas das provas

    da produo e do comrcio de vinho se perderam. A substituio do sculo I pode ter sido vantajosa para os transportadores, mas foi um verdadeiro desservio para o historiador. Mas, por mais escassas que sejam as evidncias nos levam a acreditar que houve continuidade e at crescimento regional da produo de vinho durante os sculos em que vrias tribos disputavam o controle da Europa. Ao menos em um ponto, os brbaros apoiaram a atividade

    exemplo, exigia severas punies para

    o Rei godo Ordono (que governou a partir de 850) colocou os vinhedos prximos de Coimbra aos cuidados de uma ordem mo-nstica, a qual Dan Stanislawisky professor

    da Universidade do Texas fez referncias em seu livro The Wine in Portugal de 1970.

    Tais exemplos sugerem que as novas

    se preocuparam em preservar os vinhedos. Os mosteiros em vez de protegerem as plantaes de uvas da sanha dos brbaros; o que acabou acontecendo foi que os brba-ros, na verdade, expandiram a propriedade

    muitos sinais de que havia uma viso positi-va do vinho, mas so raras as evidncias se-guras de que existiram vinhedos na regio

    foram plantados pelos conquistadores nor-mandos; havendo tambm referncias da existncia de vinhedos em algumas partes da Inglaterra, desde o sculo VIII, mas sua credibilidade questionvel da mesma

    Europa 2a metade do 1o milnio - parte 2 forma que a mesma fonte insistia na existncia de vinhedos na Irlanda, onde se tem quase certeza da no existncia de cultivos de uvas naquela regio.

    Naqueles tempos, o clima era prova-velmente mais quente o que favorecia o cultivo de uvas em regies mais distantes, havendo fortes evidncias de continuidade da expanso da viticultura. Os vikings cuja reputao de saqueadores era das piores, tambm tinham uma viso positiva em relao ao vinho, onde em alguns lugares, s margens dos rios, eles estabeleceram pequenas comarcas para escolher o produto das suas pilhagens, que em boa poro, eles prprios consumiam. A Igreja atravs de seus bispos e mosteiros teve um grande papel na manuteno e expan-

    turbulncia, que a religio no considera a -

    cao exagerada do que acontecia.

    (83) 98604-4633

    [email protected]

    Uma viagem

    com cogumelos!

    tes estabelecidos. Seria uma forma de incrementar o ramo gastronmico em nossas cidades?

    esta febre dos food trucks que tomou conta do mundo gastronmico brasi-

    -ba existe o Green Food Park, um espa-

    o permanente localizado na Avenida Cyrillo, s/n, no Altiplano, com 3000 metros quadrados repletos de muitos food trucks onde voc ter a oportuni-dade de degustar hambrgueres arte-sanais, empadas, brigadeiros e at co-mida japonesa, dentre outras opes. Vale a pena conferir.

    da em quadrados e unidas no

    delicada que se revela ao pa-ladar atravs de uma textura diferente entre a parte central, mais espessa, e as extremi-dades, sendo um verdadeiro prazer para os comensais. Em

    borboletas. Podem ser tam-bm conhecidas como laa-rotes de massa e podem ser apresentadas em diferentes cores, devido a adio de to-mate ou espinafre. Devido a este formato mais adequada para molhos leves e delicados base de vegetais.

    Classificao: prato principal tempo de preparao: 20 min Dificuldade: fcil Pores: 2 Pessoas