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Levantamento inédito mostra como está a pele dos brasileiros A acne é a grande motivação da procura pelo dermatologista em consultórios particulares e serviços públicos. Em Curitiba, Congresso da SBD vai apresentar novidades sobre as doenças. A Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) promoveu um estudo inédito no país - o Censo Dermatológico da SBD, que apontou as doenças mais prevalentes da especialidade: acne, micoses superficiais, transtornos da pigmentação, ceratose actínica e dermatites de contato. O levantamento foi realizado em hospitais públicos e consultórios privados, analisando os dados de 54.519 pacientes. Coordenado pelo Dr. Gerson Penna, vice- presidente da SBD, o objetivo do trabalho é contribuir para a formulação de políticas de saúde no país. “É necessário que as sociedades médicas aportem informações que mostrem quais são as doenças que devem ter prioridade no planejamento de políticas de saúde, distribuição de medicamentos e campanhas de prevenção”, afirma. Os números confirmam que as mulheres se cuidam mais do que os homens: 66,5% dos pacientes que consultam um dermatologista são do sexo feminino. Além disso, evidencia a segmentação por classe social daqueles que recorrem aos hospitais públicos: 66,2% dos pacientes são analfabetos ou têm até o primeiro grau completo. Já em consultórios particulares, 39,4% estão no terceiro grau ou têm pós-graduação. O grande problema para 14% dos pacientes que procuram o dermatologista é a acne. Com as mudanças hormonais em plena ebulição, ela é praticamente inevitável para a grande maioria dos adolescentes. A faixa etária entre 15 e 25 anos concentra os pacientes que mais sofrem com a doença, que pode deixar marcas e cicatrizes na pele para o resto da vida, causando danos emocionais que podem provocar o absenteísmo escolar e prejudicar o desenvolvimento do aluno. Em seguida estão as micoses superficiais, causadas por fungos, que atingem 8,8% da população pesquisada. Entre elas estão: a pitiríase versicolor, manchas geralmente brancas que se localizam no pescoço e tronco, e se desenvolvem no início da adolescência; a tinea pedis, também conhecida como frieira; e as micoses das unhas, que são mais comuns nas unhas dos pés. As micoses superficiais são mais freqüentes no clima quente e úmido, por isso é aconselhável manter a pele sempre seca e evitar a umidade excessiva. Em terceiro lugar estão os transtornos da pigmentação, como cloasmas (ou melasmas), que correspondem a 8,4% dos atendimentos dermatológicos. Muito comum entre as mulheres (92,1%), são as manchas escuras que surgem na pele, geralmente devido à exposição solar, ao uso contínuo de pílulas anticoncepcionais ou às alterações hormonais causadas pela gravidez.

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Levantamento inédito mostra como está a pele dos brasileiros

A acne é a grande motivação da procura pelo dermatologista em consultórios particulares e serviços públicos. Em Curitiba, Congresso da SBD vai apresentar novidades sobre as doenças.

A Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) promoveu um estudo inédito no país - o Censo Dermatológico da SBD, que apontou as doenças mais prevalentes da especialidade: acne, micoses superficiais, transtornos da pigmentação, ceratose actínica e dermatites de contato. O levantamento foi realizado em hospitais públicos e consultórios privados, analisando os dados de 54.519 pacientes. Coordenado pelo Dr. Gerson Penna, vice-presidente da SBD, o objetivo do trabalho é contribuir para a formulação de políticas de saúde no país. “É necessário que as sociedades médicas aportem informações que mostrem quais são as doenças que devem ter prioridade no planejamento de políticas de saúde, distribuição de medicamentos e campanhas de prevenção”, afirma.

Os números confirmam que as mulheres se cuidam mais do que os homens: 66,5% dos pacientes que consultam um dermatologista são do sexo feminino. Além disso, evidencia a segmentação por classe social daqueles que recorrem aos hospitais públicos: 66,2% dos pacientes são analfabetos ou têm até o primeiro grau completo. Já em consultórios particulares, 39,4% estão no terceiro grau ou têm pós-graduação.

O grande problema para 14% dos pacientes que procuram o dermatologista é a acne. Com as mudanças hormonais em plena ebulição, ela é praticamente inevitável para a grande maioria dos adolescentes. A faixa etária entre 15 e 25 anos concentra os pacientes que mais sofrem com a doença, que pode deixar marcas e cicatrizes na pele para o resto da vida, causando danos emocionais que podem provocar o absenteísmo escolar e prejudicar o desenvolvimento do aluno.

Em seguida estão as micoses superficiais, causadas por fungos, que atingem 8,8% da população pesquisada. Entre elas estão: a pitiríase versicolor, manchas geralmente brancas que se localizam no pescoço e tronco, e se desenvolvem no início da adolescência; a tinea pedis, também conhecida como frieira; e as micoses das unhas, que são mais comuns nas unhas dos pés. As micoses superficiais são mais freqüentes no clima quente e úmido, por isso é aconselhável manter a pele sempre seca e evitar a umidade excessiva.

Em terceiro lugar estão os transtornos da pigmentação, como cloasmas (ou melasmas), que correspondem a 8,4% dos atendimentos dermatológicos. Muito comum entre as mulheres (92,1%), são as manchas escuras que surgem na pele, geralmente devido à exposição solar, ao uso contínuo de pílulas anticoncepcionais ou às alterações hormonais causadas pela gravidez.

O excesso de exposição ao sol é responsável também pelas ceratoses actínicas, que está em 4º lugar entre as doenças mais prevalentes do Censo Dermatológico da SBD. Fruto do acúmulo de radiação ultravioleta na pele, as ceratoses actínicas são lesões pré-malignas que podem resultar em um câncer de pele. A manifestação da doença ocorre, principalmente, na idade adulta: na faixa etária de 40 a 64 anos, ocupa o terceiro lugar na prevalência; já acima dos 65 anos aparece como a doença mais comum entre a população estudada, seguido pelo carcinoma basocelular, que é o câncer mais comum entre os tumores de pele. Nesta faixa etária destaca-se em sexto lugar a prevalência do carcinoma espinocelular, um perigoso câncer de pele, de caráter invasivo e com poder de provocar metástases. Sua freqüência é em torno de 15% entre as neoplasias de pele malignas, e ocorre principalmente em pessoas de pele clara que sofreram muita exposição solar.

As dermatites de contato ocupam o 5º lugar na prevalência das doenças de pele, que se dividem em irritativas ou alérgicas. A dermatite de contato irritativa é causada por substâncias muito ácidas ou alcalinas, como sabões, detergentes, tintas ou shampoos. Já na alérgica, o agente mais comum é o níquel, presente em bijuterias, corantes, fivelas, relógios e vários outros metais. Também são comuns as alergias a produtos da borracha, corantes, cosméticos, produtos tópicos etc.

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O Censo Dermatológico da SBD mostrou também a diferença entre os atendimentos realizados nos setores público e privado. Nos hospitais públicos as doenças crônicas têm grande impacto: psoríase e hanseníase ocupam a 4ª e 6ª posição, respectivamente. Em consultórios, a psoríase cai para a 16ª posição, e a hanseníase não figura no ranking das 25 doenças mais prevalentes, que já agregam 81,6% do total de diagnósticos em consultórios particulares. O estudo aponta que a hanseníase é uma doença tratada majoritariamente em serviços públicos, que recebem cerca de 90% desses pacientes.

Já a psoríase mostra-se também mais prevalente em homens, atingindo 3,5% dos examinados, contra 2% de casos em pacientes do sexo feminino. No entanto, outro problema mais associado aos homens, a queda de cabelo, parece preocupar mais as mulheres. Ela figura em 9º lugar entre os diagnósticos do sexo feminino. A alopecia não-cicatricial que afeta as mulheres pode se dar no período pós-parto, após regime de emagrecimento, por deficiência de proteínas, ferro ou zinco, em períodos de tensão causados por doença crônica ou até mesmo devido ao uso de anticoncepcionais. Nos homens, o diagnóstico de alopecia androgenética – conhecida popularmente como calvície, na parte superior e frontal da cabeça e desencadeada por fatores genéticos – está presente em 2,3% dos atendimentos, ocupando a 12ª posição entre os diagnósticos mais freqüentes deles.

Agrupando os 54.519 pacientes examinados por faixa etária, são mais freqüentes entre os idosos, acima de 65 anos, a ceratose actínica (17%), carcinoma basocelular (9,5%) e micoses superficiais (8,4%). No grupo entre 40 e 64 anos, os problemas que motivam a busca por um dermatologista são outros: transtornos da pigmentação (11,5%), micoses superficiais (10,8%) e ceratose actínica (8,7%). Na faixa de 15 a 39 anos, a acne passa a ocupar a primeira posição, com 26,5% dos diagnósticos. Já na faixa dos mais novos, até os 14 anos, começam a aparecer as doenças comuns à infância: quase tão predominante quanto a acne (14%) está a dermatite atópica (13,7%), e em terceiro lugar as verrugas virais (8,3%).

Questão de saúde pública – Os dados do Censo Dermatológico da SBD evidenciaram no setor público a prevalência de 4% de hanseníase, 0,4% de DST, 6% de câncer de pele, 0,2% de Leishmaniose Tegumentar Americana. Todas estas doenças constituem-se em Programas de Saúde Pública do Ministério da Saúde, que pode utilizar estes dados para, de acordo com a distribuição de pacientes nos estados, facilitar os processos de organização de serviços de saúde, como a aquisição de insumos necessários ao diagnóstico e tratamento dessas doenças. É importante salientar que a Leishmaniose Tegumentar Americana aparece em baixa freqüência devido ao fato da pesquisa ter sido realizada fora da estação onde a doença é mais frequente, em época de chuvas.

Novidades no 61º Congresso da Sociedade Brasileira de Dermatologia – entre os dias 6 e 10 de setembro, a Sociedade Brasileira de Dermatologia vai realizar o 61º Congresso da SBD, em Curitiba, que trará novidades sobre algumas doenças destacadas no censo dermatológico.

No campo da hanseníase, pesquisadores da Pontifícia Universidade Católica do Paraná e da Universidade McGill de Montreal, do Canadá, descobriram os genes que fazem com que o organismo seja imune à hanseníase. “A maioria das pessoas é naturalmente resistente a contrair hanseníase; porém, uma parcela da população (estima-se que entre 5 a 15%) nasce suscetível à infecção pelo bacilo da hanseníase”, diz o pesquisador Marcelo Mira, da PUC-PR. A resistência à doença é parcialmente controlada por dois genes, PARK2 (ou Parquina) e PARCG, localizados lado-a-lado do cromossomo 6. O desafio agora é descobrir outros genes envolvidos para que o estudo se torne completo.

Os especialistas já conhecem a seqüência completa do genoma humano, resultado do Projeto Genoma, e através de técnicas sofisticadas de análise genética podem pesquisar o genoma inteiro de um grande número de pessoas, buscando a evidência da presença do gene em questão.

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Apesar destes enormes avanços, o mecanismo de controle genético de susceptibilidade a doenças infecciosas em geral – e à hanseníase em particular – ainda é um grande desconhecido da ciência. “Uma vez que os genes envolvidos estejam mapeados, exames simples poderão ser desenhados e, provavelmente, realizados pela maioria dos laboratórios de análises clínicas de rotina. As pessoas saberão, então, qual o seu grau de susceptibilidade antes mesmo de estarem expostas às doenças”, afirma o Dr. Mira.

Já a Dra. Lúcia Arruda, de São Paulo, apresentará como novidade no tratamento da psoríase o desenvolvimento de três novos imunomoduladores biológicos. Os imunomoduladores são medicamentos desenvolvidos a partir de uma melhor compreensão de como a doença se desenvolve. A causa da doença é multifatorial, e ainda desconhecida. As vantagens desses medicamentos é que provocam menos efeitos colaterais do que os existentes no mercado e ampliam a gama para rodízio, técnica que diminui as chances de efeitos colaterais em um mesmo órgão.

Da doença mais prevalente apontada no censo dermatológico, a acne, o que há de mais recente na correção de cicatrizes e melhoria da estética dos pacientes é a terapia fotodinâmica, que destrói as bactérias das células da acne. Este tipo de tratamento pode ser feito sozinho ou associado a outros mais convencionais, dependendo da gravidade de cada caso.

O 61º Congresso da SBD também vai mostrar como o tratamento e prevenção do câncer de pele tem no desenvolvimento tecnológico um aliado importante. Os mais recentes são a identificação do linfonodo sentinela, para tratamento de melanomas iniciais, e a dermatoscopia digital. O linfonodo sentinela é o gânglio (hoje não é mais chamado de gânglio, mas de linfonodo) onde as células metastáticas do melanoma param antes de ir para outros órgãos por meio do sistema linfático. Por isso é chamado sentinela, por ser primeiro gânglio/linfonodo de parada da célula metastática. O diagnóstico do linfonodo sentinela é feito por meio da radiotécnica e permite a cura de melanomas em fase inicial de metástase. A identificação do linfonodo sentinela permite visualizar uma metástase precocemente, o que evita intervenções cirúrgicas mais drásticas e melhora a qualidade de vida do paciente, pois evita inchaços e má circulação, problemas comuns em pacientes que passaram por cirurgia para retirada de células metástaticas. Já a dermatoscopia digital é uma tecnologia que permite a avaliação das pintas e a identificação antecipada das que podem se tornar um câncer de pele no futuro.

O Censo Dermatológico da SBD foi desenvolvido na semana de 22 a 26 de maio de 2006, com a participação de 916 associados da Sociedade Brasileira de Dermatologia. Desses, 636 em consultórios médicos e 377 em hospitais públicos credenciados à instituição. Cerca de 10% atendiam em ambos os setores. O estudo institucional da SBD contou com a consultoria da Escola Nacional de Saúde Pública/Fiocruz, do Instituto de Medicina Social da UERJ e do Instituto de Patologia Tropical e Saúde Pública da Universidade Federal de Goiás.

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RESULTADOS DO CENSO DERMATOLÓGICO DA SBD

PREVALÊNCIA BRASIL

População GeralPosto CID-10 (Letra+2 digitos) N % %acum

1 L70- Acne 7624 14,0 14,02 B35-B37- Micoses superficiais 4812 8,8 22,83 L81- Transtornos da pigmentação 4562 8,4 31,24 L57- Ceratose actínica 2791 5,1 36,35 L23-L25- Dermatites de contato 2140 3,9 40,26 Câncer de pele: não-melanoma 1980 3,6 43,87 L21- Dermatite seborréica 1904 3,5 47,38 B07- Verrugas de origem viral 1878 3,4 50,89 D22- Nevos melanocíticos 1785 3,3 54,0

10 L30- dermatites: eczema/disidrose/pitiríase alba 1432 2,6 56,711 L40- Psoríase 1349 2,5 59,112 L20- Dermatite atópica 1330 2,4 61,613 L82- Ceratose seborréica 1244 2,3 63,914 L65- Alopecias não cicatriciais / eflúvio telôgeno 1154 2,1 66,015 L85- Espessamento epidêrmico/ xerose cutânea 950 1,7 67,716 L72- Cistos foliculares da pele e tec subcutâneo 858 1,6 69,317 L64- Alopecia androgenética 789 1,4 70,718 B86- Escabiose 750 1,4 72,119 L80- Vitiligo 743 1,4 73,520 A30- Hanseniase 686 1,3 74,721 L28- Liquen simples crônico e prurigo 646 1,2 75,922 Q82- Malformação congen da pele / acrocórdon 604 1,1 77,023 L50- Urticária 601 1,1 78,124 L73- Outr afecções foliculares / Foliculite 582 1,1 79,225 L90- Estrias atróficas / cicatriz e fibrose cutânea 527 1,0 80,2

PREVALÊNCIA POR FAIXA ETÁRIA

Até 15 anosPosto CID-10 (Letra+2 digitos) N % %acum

1 L70- Acne 956 14,0 14,02 L20- Dermatite atópica 936 13,7 27,63 B07- Verrugas de origem viral 568 8,3 35,94 B35-B37- Micoses superficiais 474 6,9 42,85 L30- dermatites: eczema/disidrose/pitiríase alba 432 6,3 49,16 B08- Outras infecção virais / Molusco contagioso 346 5,1 54,27 B86- Escabiose 250 3,7 57,88 L21- Dermatite seborréica 237 3,5 61,39 L23-L25- Dermatites de contato 223 3,3 64,6

10 D22- Nevos melanocíticos 198 2,9 67,511 L80- Vitiligo 190 2,8 70,212 L28- Liquen simples crônico e prurigo 172 2,5 72,7

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13 L01- Impetigo 119 1,7 74,514 L40- Psoríase 95 1,4 75,915 L22- Dermatite das fraldas 93 1,4 77,216 L85- Espessamento epidêrmico/ xerose cutânea 87 1,3 78,517 L81- Transtornos da pigmentação 68 1,0 79,518 L90- Estrias atróficas / cicatriz e fibrose cutânea 62 0,9 80,419 L60- Afecções das unhas 60 0,9 81,320 L63- Alopecia areata 60 0,9 82,121 Q82- Malformação congen da pele / acrocórdon 59 0,9 83,022 L50- Urticária 56 0,8 83,823 L44- Outr afeccoes papulo-descamativas 52 0,8 84,624 L72- Cistos foliculares da pele e tec subcutâneo 52 0,8 85,325 L08- Ectima / piodermite 49 0,7 86,1

Em cada grupo especificou-se segundo cores (azul, laranja e vermelho) situações comparadas às 25 primeiras CIDs do total de pacientes: a CID baixou 6 ou + postos,

aumentou 6 ou + postos ou a CID surgiu, especificamente, entre as 25 primeiras no grupo sob investigação.

15 a 39anosPosto CID-10 (Letra+2 digitos) N % %acum

1 L70- Acne 6292 26,5 26,52 L81- Transtornos da pigmentação 2229 9,4 35,93 B35-B37- Micoses superficiais 1909 8,1 44,04 L23-L25- Dermatites de contato 952 4,0 48,05 L21- Dermatite seborréica 928 3,9 51,96 D22- Nevos melanocíticos 865 3,6 55,67 B07- Verrugas de origem viral 795 3,4 58,98 L65- Alopecias não cicatriciais / eflúvio telôgeno 714 3,0 61,99 L30- dermatites: eczema/disidrose/pitiríase alba 514 2,2 64,1

10 L64- Alopecia androgenética 511 2,2 66,311 L40- Psoríase 430 1,8 68,112 L73- Outr afecções foliculares / Foliculite 396 1,7 69,713 L90- Estrias atróficas / cicatriz e fibrose cutânea 382 1,6 71,314 L72- Cistos foliculares da pele e tec subcutâneo 305 1,3 72,615 L50- Urticária 288 1,2 73,816 L63- Alopecia areata 286 1,2 75,117 L20- Dermatite atópica 282 1,2 76,218 L80- Vitiligo 264 1,1 77,419 B86- Escabiose 254 1,1 78,420 L60- Afecções das unhas 248 1,0 79,521 A30- Hanseniase 236 1,0 80,522 Q82- Malformação congen da pele / acrocórdon 213 0,9 81,423 L91- Afeccoes hipertroficas da pele / quelóide 205 0,9 82,224 L42- Pitiríase rósea 193 0,8 83,025 L85- Espessamento epidêrmico/ xerose cutânea 189 0,8 83,8

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40 a 64anosPosto CID-10 (Letra+2 digitos) N % %acum

1 L81- Transtornos da pigmentação 2033 11,5 11,52 B35-B37- Micoses superficiais 1907 10,8 22,23 L57- Ceratose actínica 1539 8,7 30,94 Câncer de pele: não-melanoma 878 5,0 35,95 L23-L25- Dermatites de contato 740 4,2 40,16 L82- Ceratose seborréica 705 4,0 44,17 L40- Psoríase 657 3,7 47,88 D22- Nevos melanocíticos 629 3,6 51,39 L21- Dermatite seborréica 606 3,4 54,7

10 B07- Verrugas de origem viral 432 2,4 57,211 L85- Espessamento epidêrmico/ xerose cutânea 405 2,3 59,512 L72- Cistos foliculares da pele e tec subcutâneo 388 2,2 61,713 L70- Acne 364 2,1 63,714 L30- dermatites: eczema/disidrose/pitiríase alba 349 2,0 65,715 L65- Alopecias não cicatriciais / eflúvio telôgeno 339 1,9 67,616 A30- Hanseniase 329 1,9 69,417 Q82- Malformação congen da pele / acrocórdon 288 1,6 71,118 L28- Liquen simples crônico e prurigo 236 1,3 72,419 L80- Vitiligo 233 1,3 73,720 L71- Rosácea 227 1,3 75,021 L64- Alopecia androgenética 226 1,3 76,322 L50- Urticária 216 1,2 77,523 B86- Escabiose 177 1,0 78,524 L60- Afecções das unhas 158 0,9 79,425 L93- Lupus eritematoso 153 0,9 80,3

65anos e +Posto CID-10 (Letra+2 digitos) N % %acum

1 L57- Ceratose actínica 1064 17,0 17,02 Câncer de pele: não-melanoma 973 15,6 32,63 B35-B37- Micoses superficiais 522 8,4 41,04 L82- Ceratose seborréica 393 6,3 47,25 L85- Espessamento epidêrmico/ xerose cutânea 269 4,3 51,66 L81- Transtornos da pigmentação 232 3,7 55,37 L23-L25- Dermatites de contato 225 3,6 58,98 L40- Psoríase 167 2,7 61,59 L30- dermatites: eczema/disidrose/pitiríase alba 137 2,2 63,7

10 L21- Dermatite seborréica 133 2,1 65,911 L72- Cistos foliculares da pele e tec subcutâneo 113 1,8 67,712 L29- Prurido 103 1,6 69,313 L98- Afec pele e tec subcut / Úlcera e dermatite factícia 98 1,6 70,914 D22- Nevos melanocíticos 93 1,5 72,415 A30- Hanseniase 86 1,4 73,816 B07- Verrugas de origem viral 83 1,3 75,117 B86- Escabiose 69 1,1 76,218 L28- Liquen simples crônico e prurigo 63 1,0 77,2

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19 B00- Infecc p/virus do herpes / herpes simples 59 0,9 78,120 L60- Afecções das unhas 58 0,9 79,121 L80- Vitiligo 56 0,9 80,022 Câncer de pele: melanoma 55 0,9 80,823 L65- Alopecias não cicatriciais / eflúvio telôgeno 54 0,9 81,724 L64- Alopecia androgenética 48 0,8 82,525 L71- Rosácea 44 0,7 83,2

PREVALÊNCIA POR RAÇA

BrancosPosto CID-10 (Letra+2 digitos) N % %acum

1 L70- Acne 6172 14,5 14,52 L81- Transtornos da pigmentação 3528 8,3 22,93 B35-B37- Micoses superficiais 3509 8,3 31,14 L57- Ceratose actínica 2597 6,1 37,25 Câncer de pele: não-melanoma 1837 4,3 41,66 L23-L25- Dermatites de contato 1605 3,8 45,47 B07- Verrugas de origem viral 1552 3,7 49,08 D22- Nevos melanocíticos 1525 3,6 52,69 L21- Dermatite seborréica 1479 3,5 56,1

10 L30- dermatites: eczema/disidrose/pitiríase alba 1012 2,4 58,511 L40- Psoríase 971 2,3 60,812 L20- Dermatite atópica 970 2,3 63,013 L82- Ceratose seborréica 966 2,3 65,314 L65- Alopecias não cicatriciais / eflúvio telôgeno 958 2,3 67,615 L85- Espessamento epidêrmico/ xerose cutânea 749 1,8 69,316 L72- Cistos foliculares da pele e tec subcutâneo 695 1,6 71,017 L64- Alopecia androgenética 678 1,6 72,618 B86- Escabiose 516 1,2 73,819 L80- Vitiligo 516 1,2 75,020 L50- Urticária 461 1,1 76,121 Q82- Malformação congen da pele / acrocórdon 437 1,0 77,122 L28- Liquen simples crônico e prurigo 421 1,0 78,123 L60- Afecções das unhas 417 1,0 79,124 L90- Estrias atróficas / cicatriz e fibrose cutânea 416 1,0 80,125 L73- Outr afecções foliculares / Foliculite 382 0,9 81,0

Pardo/NegroPosto CID-10 (Letra+2 digitos) N % %acum

1 L70- Acne 1452 12,0 12,02 B35-B37- Micoses superficiais 1303 10,8 22,83 L81- Transtornos da pigmentação 1034 8,6 31,44 L23-L25- Dermatites de contato 535 4,4 35,85 L21- Dermatite seborréica 425 3,5 39,36 L30- dermatites: eczema/disidrose/pitiríase alba 420 3,5 42,87 L40- Psoríase 378 3,1 45,98 L20- Dermatite atópica 360 3,0 48,9

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9 B07- Verrugas de origem viral 326 2,7 51,610 A30- Hanseniase 313 2,6 54,211 L82- Ceratose seborréica 278 2,3 56,512 D22- Nevos melanocíticos 260 2,2 58,613 B86- Escabiose 234 1,9 60,614 L80- Vitiligo 227 1,9 62,515 L28- Liquen simples crônico e prurigo 225 1,9 64,316 L85- Espessamento epidêrmico/ xerose cutânea 201 1,7 66,017 L73- Outr afecções foliculares / Foliculite 200 1,7 67,618 L65- Alopecias não cicatriciais / eflúvio telôgeno 196 1,6 69,319 L57- Ceratose actínica 194 1,6 70,920 Q82- Malformação congen da pele / acrocórdon 167 1,4 72,321 L72- Cistos foliculares da pele e tec subcutâneo 163 1,3 73,622 Câncer de pele: não-melanoma 143 1,2 74,823 L63- Alopecia areata 141 1,2 76,024 L50- Urticária 140 1,2 77,125 L91- Afeccoes hipertroficas da pele / quelóide 128 1,1 78,2

PREVALÊNCIA POR SEXO

MulheresPosto CID-10 (Letra+2 digitos) N % %acum

1 L70- Acne 5065 14,0 14,02 L81- Transtornos da pigmentação 4203 11,6 25,63 B35-B37- Micoses superficiais 3006 8,3 33,94 L57- Ceratose actínica 2033 5,6 39,55 L23-L25- Dermatites de contato 1436 4,0 43,46 D22- Nevos melanocíticos 1283 3,5 47,07 Câncer de pele: não-melanoma 1162 3,2 50,28 L21- Dermatite seborréica 1138 3,1 53,39 B07- Verrugas de origem viral 1060 2,9 56,2

10 L65- Alopecias não cicatriciais / eflúvio telôgeno 1000 2,8 59,011 L30- dermatites: eczema/disidrose/pitiríase alba 856 2,4 61,312 L82- Ceratose seborréica 838 2,3 63,713 L20- Dermatite atópica 792 2,2 65,814 L40- Psoríase 708 2,0 67,815 L85- Espessamento epidêrmico/ xerose cutânea 678 1,9 69,716 L72- Cistos foliculares da pele e tec subcutâneo 530 1,5 71,117 L80- Vitiligo 482 1,3 72,518 L90- Estrias atróficas / cicatriz e fibrose cutânea 427 1,2 73,619 Q82- Malformação congen da pele / acrocórdon 427 1,2 74,820 L50- Urticária 416 1,1 76,021 B86- Escabiose 413 1,1 77,122 L60- Afecções das unhas 395 1,1 78,223 L28- Liquen simples crônico e prurigo 376 1,0 79,224 L64- Alopecia androgenética 370 1,0 80,225 A30- Hanseniase 317 0,9 81,1

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HomensPosto CID-10 (Letra+2 digitos) N % %acum

1 L70- Acne 2559 14,0 14,02 B35-B37- Micoses superficiais 1806 9,9 23,93 B07- Verrugas de origem viral 818 4,5 28,44 Câncer de pele: não-melanoma 818 4,5 32,95 L21- Dermatite seborréica 766 4,2 37,16 L57- Ceratose actínica 758 4,2 41,27 L23-L25- Dermatites de contato 704 3,9 45,18 L40- Psoríase 641 3,5 48,69 L30- dermatites: eczema/disidrose/pitiríase alba 576 3,2 51,7

10 L20- Dermatite atópica 538 2,9 54,711 D22- Nevos melanocíticos 502 2,7 57,412 L64- Alopecia androgenética 419 2,3 59,713 L82- Ceratose seborréica 406 2,2 61,914 A30- Hanseniase 369 2,0 64,015 L81- Transtornos da pigmentação 359 2,0 65,916 B86- Escabiose 337 1,8 67,817 L72- Cistos foliculares da pele e tec subcutâneo 328 1,8 69,618 L73- Outr afecções foliculares / Foliculite 279 1,5 71,119 L85- Espessamento epidêrmico/ xerose cutânea 272 1,5 72,620 L28- Liquen simples crônico e prurigo 270 1,5 74,121 L80- Vitiligo 261 1,4 75,522 L63- Alopecia areata 228 1,2 76,723 B08- Outras infecção virais / Molusco contagioso 215 1,2 77,924 L50- Urticária 185 1,0 78,925 Q82- Malformação congen da pele / acrocórdon 177 1,0 79,9

PREVALÊNCIA POR SETOR

PúblicoPosto CID-10 (Letra+2 digitos) N % %acum

1 B35-B37- Micoses superficiais 1491 9,9 9,92 L70- Acne 1193 7,9 17,73 Câncer de pele: não-melanoma 838 5,5 23,34 L81- Transtornos da pigmentação 803 5,3 28,65 L40- Psoríase 707 4,7 33,36 L57- Ceratose actínica 635 4,2 37,47 A30- Hanseniase 612 4,0 41,58 L23-L25- Dermatites de contato 592 3,9 45,49 L30- dermatites: eczema/disidrose/pitiríase alba 458 3,0 48,4

10 L21- Dermatite seborréica 452 3,0 51,411 L20- Dermatite atópica 451 3,0 54,412 L80- Vitiligo 409 2,7 57,113 B07- Verrugas de origem viral 377 2,5 59,614 D22- Nevos melanocíticos 337 2,2 61,815 L82- Ceratose seborréica 285 1,9 63,716 B86- Escabiose 258 1,7 65,417 L85- Espessamento epidêrmico/ xerose cutânea 250 1,7 67,1

Page 10: Levantamento inédito aponta as doenças mais …fantastico.globo.com/Jornalismo/Fantastico/download/0... · Web viewAté 15 anos Posto CID-10 (Letra+2 digitos) N % %acum 1 L70- Acne

18 L28- Liquen simples crônico e prurigo 223 1,5 68,519 L72- Cistos foliculares da pele e tec subcutâneo 218 1,4 70,020 L93- Lupus eritematoso 194 1,3 71,321 L63- Alopecia areata 192 1,3 72,522 L98- Afec pele e tec subcut / Úlcera e dermatite factícia 174 1,1 73,723 Q82- Malformação congen da pele / acrocórdon 174 1,1 74,824 L65- Alopecias não cicatriciais / eflúvio telôgeno 168 1,1 75,925 L50- Urticária 152 1,0 76,9

PrivadoPosto CID-10 (Letra+2 digitos) N % %acum

1 L70- Acne 6431 16,3 16,32 L81- Transtornos da pigmentação 3759 9,5 25,93 B35-B37- Micoses superficiais 3321 8,4 34,34 L57- Ceratose actínica 2156 5,5 39,85 L23-L25- Dermatites de contato 1548 3,9 43,76 B07- Verrugas de origem viral 1501 3,8 47,57 L21- Dermatite seborréica 1452 3,7 51,28 D22- Nevos melanocíticos 1448 3,7 54,99 Câncer de pele: não-melanoma 1142 2,9 57,8

10 L65- Alopecias não cicatriciais / eflúvio telôgeno 986 2,5 60,311 L30- dermatites: eczema/disidrose/pitiríase alba 974 2,5 62,812 L82- Ceratose seborréica 959 2,4 65,213 L20- Dermatite atópica 879 2,2 67,414 L85- Espessamento epidêrmico/ xerose cutânea 700 1,8 69,215 L64- Alopecia androgenética 671 1,7 70,916 L40- Psoríase 642 1,6 72,517 L72- Cistos foliculares da pele e tec subcutâneo 640 1,6 74,218 B86- Escabiose 492 1,2 75,419 L50- Urticária 449 1,1 76,620 L73- Outr afecções foliculares / Foliculite 430 1,1 77,621 L90- Estrias atróficas / cicatriz e fibrose cutânea 430 1,1 78,722 Q82- Malformação congen da pele / acrocórdon 430 1,1 79,823 L28- Liquen simples crônico e prurigo 423 1,1 80,924 L60- Afecções das unhas 398 1,0 81,925 L80- Vitiligo 334 0,8 82,8