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Léxico Estratigráfico da Amazônia Legal · 6 Léxico Estratigráfi co da Amazônia Legal Esta constatação foi o mote para que as equipes de geólogos do IBGE, lotadas tanto

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    Instituto Brasileiro de Geografia e EstatsticaIBGE

  • Presidente da RepblicaLuiz Incio Lula da Silva

    Ministro do Planejamento, Oramento e GestoPaulo Bernardo Silva

    INSTITUTO BRASILEIRO

    DE GEOGRAFIA E

    ESTATSTICA - IBGE

    PresidenteEduardo Pereira Nunes

    Diretor ExecutivoSrgio da Costa Crtes

    RGOS ESPECFICOS SINGULARES

    Diretoria de PesquisasWasmlia Socorro Barata Bivar

    Diretoria de GeocinciasGuido Gelli

    Diretoria de InformticaLuiz Fernando Pinto Mariano

    Centro de Documentao e Disseminao de InformaesDavid Wu Tai

    Escola Nacional de Cincias EstatsticasPedro Luis do Nascimento Silva

    UNIDADE RESPONSVEL

    Diretoria de Geocincias

    Coordenao de Recursos Naturais e Estudos AmbientaisCelso Jos Monteiro Filho

  • Ministrio do Planejamento, Oramento e GestoInstituto Brasileiro de Geografia e Estatstica - IBGE

    Diretoria de GeocinciasCoordenao de Recursos Naturais e Estudos Ambientais

    Lxico Estratigrfico da Amaznia Legal

    Rio de Janeiro2005

  • Instituto Brasileiro de Geografia e Estatstica - IBGEAv. Franklin Roosevelt, 166 - Centro - 20021-120 - Rio de Janeiro, RJ - Brasil

    ISBN 85-240-3846-2 (CD-ROM)ISBN 85-240-3845-4 (meio impresso) IBGE. 2005

    Elaborao do arquivo PDFRoberto CavararoLuiz Carlos Chagas Teixeira

    Produo da multimdiaMarisa Sigolo MendonaMrcia do Rosrio Brauns

    CapaMarcos Balster Fiore e Ubirat O. Santos - Coordenao de Marketing/Centro de Documentao e Disseminao de Informaes - CDDI

    Lxico estratigrfico da Amaznia Legal / IBGE, Coordenao dos Recursos Naturais e Estudos Ambientais. - Rio de Janeiro : IBGE, 2005.731 p.

    Acompanha um CD-ROM, em bolso.ISBN 85-240-3845-4

    1. Geologia estratigrfica Brasil Amaznia Legal - Dicionrios. I. IBGE. Coordenao dos Recursos Naturais e Estudos Ambientais.

    Gerncia de Biblioteca e Acervos Especiais CDU030.8:551.7(81-0AMA)RJ/IBGE/2005-29 ECO

    Impresso no Brasil / Printed in Brazil

  • Homenagem

    A se deixaram envolver pelo fascnio da Geologia Amaznica, dedicamos este Lxico. Entre tantos, os gelogos Abel Salles Abreu (In Memorian), Adalberto Maia Barros (In Memorian), Ana Maria Dreher, Benedicto Humberto Ro-drigues Francisco, Bernard Stilianidi Filho, Carlos Gilberto Mansur Marques, Carlos Santos Silva Neto (In Memorian), Carlos Schobbenhaus Filho, Caubi Andr Caldeira Fernandes, Colombo Celso Gaeta Tassinari, Dacyr Botelho dos Santos, Digenes de Almeida Campos, Fernando Pereira de Carvalho, Francisco de Assis Maranho Wolf (In Memorian), Francisco de Assis Matos de Abreu, Francisco Mota Bezerra da Cunha, Garrone Hugo Silva, Gicomo Liberatore, Gilberto Amaral (In Memorian), Gilberto Emlio Ramgrab, Guilherme Galeo da Silva (In Memorian), Hlcio Jos Teixeira de Arajo (In Memorian), Joo Batista Sena Costa, Joo Orestes Schneider Santos, Jos Luiz Gonalves Arantes, Jos Maurcio Rangel da Silva, Jos Incio Stoll Nardi, Jos Paulo Mansur Marques, Jos Waterloo Lopes Leal, Luiz Fernando da Costa Bomfi m, Mrio Vicente Caputo, Miguel ngelo Stipp Basei, Nlson Joaquim Reis, Nlson Ra-mos Menezes Filho (In Memorian), Paulo Edson Caldeira Andr Fernandes, Pedro Loewenstein, Prsio Mandetta, Raimundo Montenegro Garcia de Montalvo (In Me-morian), Ricardo Nder Damio, Roberto DallAgnol, Roberto Silva Issler, Rubens Seixas Loureno, Sandoval da Silva Pinheiro, Umberto Giuseppe Cordani, Walter Kou Hirata, Wilson Teixeira, Xafi da Silva Jorge Joo e Yociteru Hasui.

  • Apresentao

    O I B G E - IBGE, no perodo de 1997 a 2003, por solicitao da Comisso de Implantao do Sistema de Controle do Espao Areo - CISCEA, rgo do Comando da Aeronutica do Ministrio da Defesa e gerenciador do projeto de implantao do Sistema de Vigilncia da Amaz-nia - SIVAM, realizou um amplo programa de Sistematizao das Informaes sobre os Recursos Naturais da Amaznia Legal. Este intenso e extenso trabalho resultou no cadastramento, organizao e armazenamento, em banco de dados estruturado em um Sistema de Informaes Geogrfi cas (SIG), de um riqussimo acervo de in-formaes sobre a cartografi a, a geologia, a geomorfologia, os solos, a vegetao, a socioeconomia, a hidrologia e a biodiversidade dos 5 217 423 km2, que abrangem esta imensa regio.

    Inicialmente concebido com o objetivo de converso para o meio digital e ar-mazenamento em SIG de todo o acervo do Projeto RADAMBRASIL, o qual, desde maro de 1986, passou a ser de propriedade do IBGE, durante as negociaes do contrato com a CISCEA fi cou claro, ao corpo tcnico, a necessidade da atualizao dessa pioneira base de dados sobre os Recursos Naturais da Amaznia Legal. Isto foi materializado atravs da incorporao de informaes recentes sobre estes recursos produzidas por instituies pblicas e privadas, e, principalmente, pela introduo de novas informaes, a partir da reinterpretao das imagens de sensores remotos orbitais e aerotransportados.

    Como resultado, grandes conjuntos de unidade de mapeamento sobre os te-mas abordados, isto , geolgicas, geomorfolgicas, pedolgicas e fi toecolgicas, puderam ser subdivididas ou redefi nidas, e, principalmente, muitas unidades novas foram acrescentadas. Especifi camente sobre o tema geologia, chamou a ateno a enorme diversifi cao e a proliferao de unidades litoestratigrfi cas nas reas mais conhecidas, e, bem assim, a duplicao e, at mesmo, a multiplicao de terminolo-gias para determinadas unidades, o que difi cultou sobremaneira a sistematizao e, conseqentemente, a sua espacializao, na medida em que somente os termos prio-ritrios, segundo os preceitos do Cdigo Brasileiro de Nomenclatura Estratigrfi ca, poderiam ser contemplados conforme determina a tica cientfi ca.

  • 6 Lxico Estratigrfi co da Amaznia Legal

    Esta constatao foi o mote para que as equipes de gelogos do IBGE, lotadas tanto na sede, no Rio de Janeiro, quanto nas unidades regionais da Bahia, Gois, Par e Santa Catarina, se dispusessem a realizar um amplo levantamento deste processo de defi nio da nomenclatura estratigrfi ca amaznica, materializado atravs do Lxico Estratigrfi co da Amaznia Legal. Para efeito comparativo, ressalta-se que dos mais de 600 verbetes cadastrados e analisados no seio desta obra, somente 412 unidades litoestatigrfi cas foram cartografadas e armazenadas no banco de dados do Projeto SIVAM/IBGE e, neste caso, ratifi cadas como terminologias prioritrias e que devem ser aceitas como vlidas na nomenclatura estratigrfi ca da Amaznia.

    A Diretoria de Geocincias do IBGE, atravs da sua Coordenao de Recursos Naturais e Estudos Ambientais, tem o prazer e a honra de colocar disposio da comunidade, dos rgos de pesquisa, da sociedade civil organizada e do pblico em geral, este Lxico. Fruto de um esforo que reuniu praticamente a totalidade do seu quadro de gelogos, a obra objetiva se tornar uma referncia para os novos trabalhos no campo geocientfi co bem como para a comunidade acadmica voltada aos ensina-mentos da Geologia Histrica e da Geologia do Brasil.

    Enfatiza-se, fi nalmente, que, em sua mais ampla concepo, o Lxico Estrati-grfi co da Amaznia Legal mostra-se com carter de um documento evolutivo, que, em vista dos aspectos inerentes dinmica da cincia geolgica, certamente exigir reedies e atualizaes peridicas.

    Guido GelliDiretor de Geocincias

  • Introduo

    P- , desde que inspirados em uma proposio da Diviso de Geologia e Mineralogia do Departamento Nacional da Produo Mine-ral, voltada elaborao do Lxico Estratigrfi co do Brasil, Benedito Humberto Rodri-gues Francisco e Pedro Loewenstein publicaram, sob os auspcios do Museu Paraense Emlio Goeldi, o Lxico Estratigrfi co da Regio Norte do Brasil. As 80 unidades catalo-gadas representavam o testemunho vivo de quo desconhecido era o universo geolgico quela poca, j que os principais trabalhos apresentavam um carter pioneiro, tinham circulao restrita e lastreavam-se exclusivamente em descries efetuadas ao longo das principais drenagens, exceo feita s Bacias Sedimentares, alvos de estudos pelo Con-selho Nacional do Petrleo - CNP e, posteriormente, atravs da PETROBRAS.

    Tal situao comeou a ser revertida ao fi nal dos anos de 1960 e incio de 1970, quando graas, primeiramente, presena efetiva do Departamento Nacional da Produo Mineral - DNPM, atravs da implantao do 5 Distrito Norte, a regio foi submetida a estudos no apenas mais abrangentes, mas principalmente com cunho sistemtico. A partir de ento, as pesquisas aceleram-se, sendo que, ine-gavelmente, os principais aspectos desta geologia foram traados a partir de 1970, pela Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais - CPRM, e, principalmente, pelo Projeto RADAMBRASIL, cujas imagens de Radar foram determinantes em um primeiro momento para o estabelecimento do primeiro arcabouo cartogrfi co e geolgico dos terrenos amaznicos. Diversas outras instituies, dentre as quais a Rio Doce Geologia e Minerao - DOCEGEO (Companhia Vale do Rio Doce) e mais recentemente a Universidade Federal do Par, engajaram-se em atividades de pesquisa principalmente em reas mais restritas e adotando escalas mais detalhadas, de acordo com suas necessidades especfi cas, sob a forma de teses de mestrado e doutorado. Os resultados de tais estudos se fi zeram sentir bem claramente quando o Lxico Estratigrfi co do Brasil, produto de Convnio entre o DNPM e a CPRM, publicado em 1984, mostrou o quantitativo das unidades geolgicas na Amaznia j ultrapassando, com bastante folga, uma centena e meia.

    No incio do ano de 1997, um convnio entre o SIVAM e o IBGE possibilitou uma profunda reviso dos aspectos geolgicos, da vegetao, do solo e do relevo, da

  • 8 Lxico Estratigrfi co da Amaznia Legal

    Amaznia Legal Brasileira, atravs de uma intensa pesquisa bibliogrfi ca, reinterpre-tao de imagens de sensoriamento remoto, das faixas do visvel, infravermelho e mi-croondas, obtidas atravs de satlites, espaonaves e aeronaves, complementadas com verifi caes expeditas em locais previamente estabelecidos. O acervo de informaes sistematicamente obtidas revelou que, de 1984 a 2003, uma grande quantidade de novas unidades litoestratigrfi cas foi acrescentada ao conhecimento geolgico dessa regio, justifi cando, portanto, que o IBGE se propusesse a colocar disposio da comunidade geolgica, especialmente aquela dedicada Amaznia, o Lxico Estrati-grfi co da Amaznia Legal.

    Para a elaborao do Lxico Estratigrfi co da Amaznia Legal, aps a consulta a diversos outros similares, inclusive o relativamente recente Lxico Estratigrfi co do Estado de Roraima, optou-se pela adoo de uma linha de abordagem muito prxima do Lxico Estratigrfi co do Brasil. Assim sendo, cada verbete contempla os seguintes itens: Unidade; Idade; Autor; Localidade -Tipo; Distribuio; Descrio Original; Comentrios e Compilador. Especial ateno foi dada reproduo fi dedigna da Descrio Original de cada unidade; nesse aspecto, a consulta obra onde original-mente foi feita a primeira referncia a uma determinada unidade, ainda que informal-mente, constituiu-se em procedimento obrigatrio independentemente do seu status estratigrfi co atual, posto que, de outra sorte, a descrio original teve que ser ignora-da, evitando-se recorrer a citaes incompletas ou at mesmo equivocadas. Sob a gide de Comentrios, so abordadas as inmeras modifi caes dos pontos de vista estra-tigrfi co, temporal e litolgico a que foi submetida a unidade, com nfase naquelas de natureza contraditria, que tanto enriquecem a Geologia, no cabendo no entanto nenhuma observao pessoal, de qualquer tipo, por parte do Compilador.

    Por mais profunda e extensa que pretenda ser uma consulta bibliogrfi ca, im-possvel o acesso a todas as obras, e portanto esgotar toda uma pesquisa. Este Lxico tambm no est imune a tal fato. Certamente, inmeras unidades no estaro cita-das, enquanto outras podero se apresentar incompletas em alguns de seus itens ou at mesmo em um nico item. Este Lxico, por sua essncia, no uma obra defi ni-tiva e acabada. todo voltado discusso e crtica, que sero sempre bem-vindas.

  • Abreviaturas e Siglas Utilizadas

    CMM Companhia Meridional de Minerao CNP Conselho Nacional do Petrleo CPRM Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais CVRD Companhia Vale do Rio Doce DNPM Departamento Nacional da Produo Mineral DOCEGEO Rio Doce Geologia e Minerao GEOMINERAO Geologia, Prospeco, Sondagem e Minerao GEOMITEC Geologia, Minerao e Trabalhos Tcnicos Ltda. IBGE Fundao Instituto Brasileiro de Geografi a e Estatstica IDESP Instituto de Desenvolvimento Econmico e Social do Par LASA Levantamentos Aerofotogramtricos S. A. PROSPEC Levantamentos, Prospeco e Aerofotogrametria S. A. SUDAM Superintendncia do Desenvolvimento da Amaznia UFPa Universidade Federal do Par

  • AABONARI, Sute Intrusiva.Idade: Paleoproterozico, com base em um diagrama isocrnico Rb - Sr que for-neceu uma idade de 1670+-50 Ma, segundo Bezerra et al. (1990), bem como em Coelho et al. (1999) que mencionam... A Sute Intrusiva Abonari com idade em torno de 1824 Ma, seria formada por litotipos de fi liao alcalina...

    Autor: Arajo Neto & Moreira (1976).

    Localidade - Tipo: Serra Abonari, situada no alto curso do rio Uatum, regio nordeste do Estado do Amazonas.

    Distribuio: Mostra-se como corpos isolados de dimenses variadas, em geral ba-tolticas, distribudos pelo nordeste do Estado do Amazonas, noroeste do Estado do Par e sul do Estado de Roraima, sendo a principal e mais importante rea de ocorrncia a que se situa por todo interfl vio Uatum-Jatapu, onde se localizam importantes jazidas de cassiterita e columbita-tantalita.

    Descrio Original: Devido sua maior rea de ocorrncia estar na serra Abonari e alguns morrotes adjacentes (oeste) foi proposta a denominao de Granito Abonari para esta rocha... Arajo Neto & Moreira (1976).

    Comentrios: Santos et al. (1974) juntamente com Souza (1974) inserem no Grupo Uatum o corpo grantico que forma a serra do Abonari. Arajo Neto & Moreira (1976) indicam que na serra Abonari predomina o tipo hastingsita granito. Apresentam uma idade para o Granito Abonari, de 1520 +- 47 Ma, obtida pelo mtodo Rb-Sr. Loureno et al. (1978) utilizam o termo Granito Mapuera para o corpo grantico que constitui a serra do Abonari. Veiga Jnior et al. (1979) adotam a denominao Sute Intrusiva Abonari... para o conjunto de rochas granticas e adamelticas, qumica, petrogrfi ca e cronologicamente cor-relacionvel ao Granito Abonari de ARAJO NETO & MOREIRA (op. cit.)...Santos (1984) retoma o termo Granito Abonari. Bezerra (1984) e Costi, San-tiago & Pinheiro (1984) revivem a designao de Sute Intrusiva Abonari. Para Horbe et al. (1985)... Os Granitos Mapuera do Radam so desmembrados em duas unidades; Sute Intrusiva Mapuera e Sute Intrusiva Abonari. A Sute Intru-siva Mapuera representa a fase fi nal do magmatismo Uatum... A Sute Intrusiva Abonari fruto da reativao Parguazense... Bezerra et al. (1990) reafi rmam a designao Sute Intrusiva Abonari, contudo fazendo parte do Supergrupo Ua-tum. Corroboram ser o granito da serra do Abonari um hastingsita granito. Pinheiro et al. (2000) mencionam ser a Sute Intrusiva Abonari, constituda principalmente por sienogranitos, com monzogranitos e feldspato alcalino gra-nitos presentes em propores subordinadas.

    Compilador: Jaime Franklin Vidal Araujo/ Pedro Edson Leal Bezerra.

    ACARI, Formao.

    Idade: Mesoproterozico (?), levando-se em considerao Caputo (1984) que in-forma... Th e Acari Formation has not yielded fossils. However, geochronologic dating based on the K/Ar method assigns a Late Precambrian age (1,360 m.y.) (Th omaz Filho, 1983, oral communication)...

  • 12 Lxico Estratigrfi co da Amaznia Legal

    Autor:

    Localidade - Tipo: Poo designado 2-AC-CA-1-AM, no intervalo 195-595m, per-furado no Estado do Amazonas.

    Distribuio:

    Descrio Original:

    Comentrios: Segundo Caputo; Rodrigues & Vasconcelos (1971)... Morales, em 1959, mencionou vagamente esta unidade, denominando-a Ja-Acari. Em 1971, Ca-puto et al. propuseram a formalizao da designao Formao Acari a estes sedimentos, cuja idade relativa vai do Pre-cambriano ao Ordoviciano... Ao se referir Formao Acari, Caputo (1984) menciona... Th e unit consists of limestone and dolomite beds with mudstone and silstone intercalations...

    Compilador: Jaime Franklin Vidal Araujo.

    ACRE, Grupo.

    Idade: Cretceo Superior (Cenomaniano ao Campaniano) segundo a Carta Estra-tigrfi ca da Bacia do Acre, apresentada por Feij & Souza (1994).

    Autor: Moraes Rego (1930).

    Localidade - Tipo: Serra do Divisor no extremo noroeste do Estado do Acre.

    Distribuio: Extremo ocidental do Brasil, a oeste de Cruzeiro do Sul no Es-tado do Acre, sustentando os relevos das serras Juru Mirim, Moa e Jaquirana, que fazem parte do conjunto da Serra do Divisor, cujo topo marca a linha de fronteira entre o Brasil e o Peru.

    Descrio Original: Desta sorte, consideramos os arenitos, com seus leitos argillosos, e o calcareo episodios de uma mesma sedimentao, os calcareos phases marinhas, conse-quentes a transgresses momentaneas do mar. Ao conjuncto de sedimentos chamaremos, para fi xar idas, srie do Acre... Moraes Rego (1930).

    Comentrios: Com respeito Srie do Acre, Moraes Rego (1930) refere-se... com-prehender ento o arenito de Contamano na parte superior, e um ou mais horizon-tes calcareos com arenitos intercalados... Oliveira & Leonardos (1943) mencio-nam...Em face do material fossilfero colhido por Chandless em 1866, pelos estudos geolgicos de A . I. Oliveira em 1923, e posteriormente por Moura, V. Oppenheim, A . Wanderley e outros, comprovou-se a existncia de possante srie cretcea no ter-ritrio do Acre, compreendendo vrios andares, que reuniremos sob a denominao de sistema Acre ... Incluem no Sistema Acre, a Formao Moa, a Formao Rio Azul, a Formao Divisor e as Camadas Rio Acre de argilitos gipsosos. Men-des (1957) faz a seguinte observao... Na Geologia do Brasil de OLIVEIRA e LEONARDOS (1943), as formaes Ma, Rio Azul e Divisor so referidas ao Cretceo, integrando o a proposto sistema Acre. Devemos esclarecer, porm, que as camadas designadas formao Acre por sses autores e por les atribuidas ao sistema do mesmo nome, devem ser removidas do Cretceo, uma vez que a sua cronologia baseou-se num antigo achado de CHANDLESS (1866), que havia sido considerado como restos de Mosasaurus, hoje, entretanto, tidos como pertencentes

  • Lxico Estratigrfi co da Amaznia Legal 13

    Aa um vertebrado mais moderno. Nenhuma daquelas formaes supostas cretceas fossilfera... Barros et al. (1977) no utilizam nenhuma unidade de hierarquia superior para congregar as formaes Moa, Rio Azul e Divisor. Santos (1984) se vale do termo Grupo Acre, constitudo pelas formaes Moa, Rio Azul e Divisor, no que foram seguidos por Bezerra et al. (1990) que comentam... A unidade engloba toda a seo cretcica da Bacia do Acre, da qual fazem parte as formaes Moa, Rio Azul e Divisor... Feij & Souza (1994) se valem do termo Grupo Jaquirana mencionando... proposio de Silva (1983) para reunir as for-maes Moa (Oppenheim, 1937), Rio Azul (Oliveira e Leonardos, 1943), Divisor (Moura, 1936) e Ramon (Bouman, 1959). A Formao Moa essencialmente arenosa, com granulao entre fi na e mdia. J a Formao Rio Azul caracteriza-se por uma seo de folhelho cinzento e castanho e arenito fi no, e a Formao Divisor tambm denomina camadas de arenito fi no e mdio. A Formao Ramon designa folhelho cinza e mdio, e calcarenito muito fi no branco....

    Compilador: Jaime Franklin Vidal Araujo/ Pedro Edson Leal Bezerra/ Mrio Ivan Cardoso de Lima.

    AU, Formao.

    Idade: Quaternrio, de acordo com Rodrigues et al. (1994) que citam... Neste trabalho, os depsitos do Quaternrio da poro emersa da Bacia de So Lus, so re-lacionados a Formao Au de Rezende (1967), apud Cunha (1968), considerados de idade pleistocnica tardia a holocnica...

    Autor:

    Localidade - Tipo:

    Distribuio: Mostra distribuio bastante reduzida compondo os campos da bai-xada de Perizes, ao sul da Ilha de So Lus, os campos da regio de So Vicente Ferrer-Cajapi, ao sul da estrada MA-314, e o substrato da Ilha dos Caranguejos, situada na Baa de So Marcos, no Estado do Maranho.

    Descrio Original:

    Comentrios: Rezende & Pamplona (1970) consideram o Quaternrio da Bacia de So Lus, constitudo pelas formaes So Lus e Perizes. Bezerra et al. (1990) no utilizam nenhuma designao especial para os sedimentos quaternrios pre-sentes na regio da Ilha de So Lus. Para Rodrigues et al. (1994)... Neste trabalho, os depsitos do Quaternrio da poro emersa da Bacia de So Lus, so relacionados a Formao Au de Rezende (1967), apud Cunha (1968), considerados de idade pleis-tocnica tardia a holocnica...

    Compilador: Jaime Franklin Vidal Araujo.

    GUA BOA, Granito.

    Idade: Paleoproterozico, em consonncia com o informado por Dardenne & Schobbenhaus (2001)... Segundo Daoud (1988) e Lenharo (1998), o Granito gua Boa corresponde a uma intruso polifsica constituda por trs fcies distintas (Fig. 14):

  • 14 Lxico Estratigrfi co da Amaznia Legal

    i) Granito Rapakivi, precoce, mdio a grosso, equigranular, metaluminoso, datado em 1798 +- 10 Ma por U-Pb sobre zirco (Lenharo, 1998)...

    Autor: Daoud & Antonietto Jnior (1985).

    Localidade - Tipo: Cabeceiras do Igarap gua Boa, afl uente pela margem direi-ta do Rio Pitinga, no interfl vio Pitinga / Alala, regio nordeste do Estado do Amazonas, zona lindeira com o Estado de Roraima. Seu centro geogrfi co tem coordenadas geogrfi cas: 00o 40 S e 59 o 55 W Gr.

    Distribuio: Mostra-se sob a forma de um batlito, que j recebeu a denominao de Queixada, com formato elptico, abrangendo uma rea de aproximadamente 350 km 2, cujo eixo maior apresenta cerca de 24 km, orientado segundo N40-50E, situado no interfl vuio Pitinga / Alala, regio nordeste do Estado do Amazonas, zona lindeira com o Estado de Roraima.

    Descrio Original: Os granitos gua Boa e Madeira so objeto de estudo detalhado na mina do Pitinga em razo de seu vnculo com depsitos estanferos em explorao. Este trabalho tem por objetivo a carcaterizao geolgica do primeiro corpo, a nvel dos conhecimentos atuais... Daoud & Antonietto Jnior (1985).

    Comentrios: Oliveira et al. (1975) incluem no Grupo Uatum, a Formao Iricou-m, o Sienito Erepecuru e o Granito Mapuera. Com relao ao Granito Mapuera, fa-zem a seguinte observao... A denominao Granito Mapuera engloba neste trabalho um conjunto gneo, constitudo de granitos normais, bem como granitos sdicos (peralcalinos), aplitos, granfi ros, adamelitos, monzonitos e quartzo-diorito, cujas dataes radiomtricas acusam um amplo intervalo de atividade magmtica... De acordo com Veiga Jnior et al. (1979)... Utilizando a denominao acima e acatando a proposio de SOHL (1977), que sugere o termo sute para reunir rochas no estratifi cadas (granitos intrusivos e metamrfi cas de alto grau), adotou-se neste relatrio a designao Sute Intrusiva Mapuera para deno-minar o conjunto desse corpos granticos e intermedirias associadas...Segundo Daoud & Antonietto Jnior (1985)... O Batlito gua Boa compem-se de trs unidades granticas principais: granito granofrico rapakivtico, granito porfi rtico fi no e granito equigranular mdio a grosseiro, com variaes metassomticas para greisens... Koury & Antonietto J-nior (1988) fazem a seguinte observao... A similaridade petrogrfi ca e petroqumica dos granitos gua Boa e Madeira, corroborada pela proximidade espacial entre ambos, sugere que essas entidades constituem um nico batlito, ligado em profundidade... Ao se referirem aos granitos gua Boa e Madeira, Dardenne & Schobbenhaus (2001) comentam... Es-ses macios granticos compostos, considerados como anorognicos, intraplacas e posicionados em nveis crustais elevados, so intrusivos nas rochas vulcnicas Iricoum do Supergrupo Uatum, datadas em 1962 +- 42 Ma por U-Pb sobre zirco (Schobbenhaus et al. 1994 a), e pertencem Sute Intrusiva Mapuera...

    Compilador: Mrio Ivan Cardoso de Lima/ Jaime Franklin Vidal Araujo.

    GUA BONITA, Formao.

    Idade: Siluriano/ Siluro-Devoniano (?) de acordo com Marini et al. (1984 que informam... Neste texto, colocamos esta formao no Siluriano-Devoniano, correlacio-nando-a com as formaes Serra Grande, Furnas, Coimbra e Rio das Barreiras... No entanto Drago (1991) tece o seguinte comentrio... Pelas pesquisas e observaes efe-

  • Lxico Estratigrfi co da Amaznia Legal 15

    Atuadas, ao nosso juzo, notamos que o posicionamento estratigrfi co Siluro-Devoniano da Formao gua Bonita, como vem sendo adotado, altamente questionvel, tendo como base as relaes tectnicas, a correlao com coberturas que preenchem grabens alinhados, e pela presena na regio de uma pretrita cobertura plataformal relaciona-da ao Cinturo Araguaia-Tocantins, por isso propomos uma idade Proterozica para a unidade em questo, podendo eventualmente atingir o perodo Inferior...

    Autor: Baptista & Cartner-Dyer (1966)

    Localidade - Tipo: Proximidades da sede da fazenda gua Bonita, distante 90 km da rodovia Belm - Braslia (BR-153).

    Distribuio: Mostra-se como uma faixa alongada NE - SW, estendendo-se desde nordeste da cidade de So Miguel do Araguaia, no Estado de Gois, at as proxi-midades do Rio Formoso, no Estado do Tocantins.

    Descrio Original: O objetivo do presente trabalho a divulgao do estudo de uma ocorrncia de rochas sedimentares, aqui denominadas de Formao gua Bonita, no centro-oeste de Gois, entre as bacias sedimentares do Maranho (Meio Norte), do Amazonas e do Paran... Baptista & Cartner Dyer (1966).

    Comentrios: Baptista & Cartner-Dyer (1966) referem-se Formao gua Bo-nita como constituda por arenitos com algumas intercalaes decimtricas de siltitos, formando bancos de alguns metros de altura, com estratifi cao paralela. Indicam para a mesma um ambiente marinho e uma idade presumivelmente siluriana. Admitem ainda... No encontramos, nos locais percorridos, nenhum con-glomerado basal, porm nossos colegas Carlos Requena e Marcos Arruda citam em seu relatrio um garimpo localizado a uns 12 km para SSE de Araguau, prximo cabeceira do rio dos Piaus. Essa garimpagem feita nos leitos conglomerticos da base da seqncia sedimentar e os seixos parecem ser constitudos de quartzito bem recris-talizado do grupo Arax... Drago et al. (1981) mantm a mesma denominao. Para Andrade & Camaro (1982)... Os arenitos da Formao gua Bonita, abati-dos em grabens, localizados entre os fl ancos nordeste e sudoeste das bacias do Paran e Parnaba, provavelmente sejam remanescentes de sedimentos de idade devoniana do membro mdio da Formao Ponta Grossa ou correspondem a uma sedimentao mais nova... Marini et al. (1984) mencionam... Neste texto, colocamos esta forma-o no Siluriano - Devoniano, correlacionando-a com as formaes Serra Grande, Furnas, Coimbra e Rio das Barreiras... Bezerra et al. (1990) admitem com reservas a idade siluriana ou siluro-devoniana, e com base no perfeito alinhamento com o Graben de Santo Antnio, cujas rochas esto seccionadas por granitos intrusi-vos Proterozico Inferior, no afastam a possibilidade da Formao gua Bonita ter sido depositada em tempos proterozicos. Incluem em seu acervo arenitos brancos, friveis, siltitos argilosos com abundante sericita e muscovita, alm de algumas rochas dinamometamrfi cas, face a sua estruturao em grben.

    Compilador: Jaime Franklin Vidal Araujo.

    GUA BRANCA, Sute Intrusiva.

    Idade: Paleoproterozico, com base em Fraga et al. (1996) que mencionaram... A idade Rb-Sr de 1.951 Ma., obtida para o Adamelito gua Branca (8), registra um po-

  • 16 Lxico Estratigrfi co da Amaznia Legal

    sicionamento ao fi nal da Orogenia Transamaznica... Bem de acordo com Almeida, Fraga & Macambira (1997) que informam... Th e isotopic analysis indicate very si-milar results. Th e single zircon Pb-evaporation data are considered as minimum age of crystallization (ABIS: 1960 +- 21 Ma and 1938 +- 37 Ma; PPIS: 2005 +- 45 Ma). Th ese ages are related to a late Transamazonic magmatic episode. Th e avalable Rb/Sr geochronological data (1951 Ma and 1910 +- 47 Ma) for ABIS, close to the obtained Pb/Pb ages, sustain this hypothesis...

    Autor: Arajo Neto & Moreira (1976).

    Localidade - Tipo: Igarap gua Branca, afl uente do Rio Uatum, no Estado do Amazonas.

    Distribuio: Nordeste do Estado do Amazonas, sudeste do Estado de Roraima, norte do Estado do Par e extremidade oeste do Estado do Amap, estendendo-se, dessa forma, continuamente por praticamente a totalidade do divisor entre a bacia Amaznica e as bacias que drenam a Repblica das Guianas, Suriname e Guiana Francesa, conformando a linha de fronteira entre o Brasil e os pases ao norte, em terras drenadas pelos rios Jauaperi, Alala e Pardo da bacia do Rio Negro; Rio Anau e seus tributrios Rio Novo e Caroebe da bacia do Rio Branco; e do mdio curso para as cabeceiras dos rios Jatapu, Mapuera, Trombetas, Erepecuru, Paru, Jari e afl uentes, que conformam a vertente esquerda do Rio Amazonas.

    Descrio Original: Para esse granodiorito prope-se a designao informal Grano-diorito gua Branca, face sua ampla ocorrncia no igarap gua Branca... Arajo Neto & Moreira (1976).

    Comentrios: Santos et al. (1974) na regio da bacia do rio Negro utilizaram in-formalmente o termo genrico Seqncia Grantico-Granodiortico, para as ro-chas desta unidade. Arajo Neto & Moreira (1976) afi rmam ser o Granodiorito gua Branca constitudo por rochas de composio granodiortica. Veiga Jnior et al. (1979) substituram a denominao Granodiorito gua Branca por Adamelito gua Branca, mencionando...percebeu-se que suas caractersticas qumicas e petrogrfi cas fi -liam-se aos adamelitos (ou monzogranitos), sendo rochas sensivelmente mais cidas do que os granodioritos... Consideram a unidade como constituda mormente por rochas adamelticas, secundada por dioritos, tonalitos e monzonitos. Santos (1982) tece o seguinte comentrio...Dessa forma, como o granodiorito Rio Novo no ocorre nas reas em que foi assinalado em planta, preferiu-se abandonar esse termo, apesar de ser mais antigo, substituindo-o por gua Branca...utiliza o termo adamelito. Costi, Santiago & Pinheiro (1984) mantm o termo Adamelito gua Branca, incluindo em seu acervo litolgico, adamelitos, granitos, granodioritos, quartzomonzonitos e tonalitos. Jorge Joo & Macambira (1984) propem...Assim, em funo dos dados disponveis, essas duas geraes de granitides intrusivos so, formalmente, designados de Adamelito gua Branca e Granito Serra do Acari, de hierarquia formacional com marcantes diferenas macro e microscpicas...Dall Agnol et al. (1987) se valem do termo Granitides gua Branca. Bezerra et al. (1990) aderem tambm ao termo Adamelito gua Branca. Oliveira et al. (1996) propem o termo Sute Intrusiva gua Branca... em substituio ao termo Adamelito gua Branca de Veiga Jr. et al. (1979), j que o mesmo refere-se a um litotipo especfi co e no a uma associao de diversos tipos gneos, conforme cons-tatado...Fraga et al. (1996) voltam a referirem-se ao termo Adamelito gua Branca. Coelho et al. (1999) retomam a designao de Sute Intrusiva gua Branca. Pinheiro

  • Lxico Estratigrfi co da Amaznia Legal 17

    Aet al. (2000) mantm a denominao Sute Intrusiva gua Branca, mencionando... de modo similar adota-se essa terminologia, ressaltando-se, no entanto, sua caracterstica francamente metaluminosa, critrio marcante na distino para aqueles granitides alta-mente peraluminosos includos na unidade Granito Igarap Azul...Compilador: Jaime Franklin Vidal Araujo/ Pedro Edson Leal Bezerra.

    GUAS CLARAS, Formao.

    Idade: Arqueano, em face das consideraes apresentadas por Dias et al. (1996), tais como... Os dados geocronolgicos obtidos demonstram que os metagabros de guas Claras possuem uma idade mnima de 2.645 +- 12 Ma, sendo, portanto, arqueanos. O mesmo raciocnio vlido para a Formao guas Claras, o que deve representar um ponto fi nal na polmica sobre a sua idade. Considerando que essa idade e aquelas disponveis na literatura para o Grupo Gro-Par, constata-se que o tempo decorrido entre a gerao das vulcnicas desse grupo (2.760 Ma) e a dos metagabros de gua Claras seria de, no mximo 115 Ma. Alm disso, a deposio dos sedimentos guas Claras se daria nesse intervalo de tempo...

    Autor: Arajo et al. (1988).

    Localidade - Tipo: Igarap guas Claras, afl uente pela margem direita do Rio Ita-caiunas, regio da Serra dos Carajs, sudeste do Estado do Par.

    Distribuio: Bacia do Igarap guas Claras, poro central da Serra dos Carajs, a sudeste da Cidade de Marab, em terras do sul-sudeste do Estado do Par.

    Descrio Original: Essa seqncia direcional denominada de Grupo Gro-Par e pode ser subdividida nas formaes Parauapebas (Metavulcnicas), Carajs (For-mao Ferrfera) e guas Claras (metassedimentos) em substituio Formao Rio Fresco... Arajo et al. (1988).

    Comentrios: Araujo et al. (1988) propem... Como os diferentes conjuntos rochosos, atribudos a vrias unidades distintas (Seqncia Salobo-Pojuca, formaes Carajs e Rio Fresco, Seqncia Bahia, etc.), apresentam o mesmo padro deformacional, eles passam a integrar o Grupo Gro Par...Subdividem o Grupo Gro-Par nas for-maes Parauapebas (metavulcnicas), Carajs (formao ferrfera) e guas Claras (metassedimentos), esta em substituio Formao Rio Fresco. Araujo & Maia (1991) corroboram a proposio de subdiviso do Grupo Gro-Par adotada por Araujo et al. (op. cit.). Nogueira et al. (1992) fazem a seguinte observao... descrito, pela primeira vez, um conjunto de estruturas sedimentares em arenitos pr - cambrianos da Serra dos Carajs o qual indica a presena de fcies marinhas nesta regio... e complementam ainda... A seo estudada mostra que, pelo menos na regio do Igarap guas Claras, a bacia fracamente invertida... Oliveira et al. (1994) no entanto, propem... No presente trabalho, adota-se tambm a denominao de Grupo Gro-Par, de Arajo et al. (op. cit.), porm extraindo-se do grupo a Formao guas Claras, aqui posicionada no Proterozico Inferior... Nogueira et al. (1994) admitem para a Formao guas Claras, pelo menos em sua poro afl orante uma subdivi-so em duas unidades: uma inferior constituda por fcies marinhas e transicionais e outra superior representada por fcies fl uviais. Segundo Dias et al. (1996)... possvel que as idades do Grupo Gro Par e da Formao guas Claras sejam similares, o que iria de encontro proposta estratigrfi ca de Arajo & Maia (19991), que consi-

  • 18 Lxico Estratigrfi co da Amaznia Legal

    deram a Formao guas Claras como integrante do Grupo Gro Par...Dardenne & Schobbenhaus (2001) adotam a designao Grupo guas Claras...

    Compilador: Jaime Franklin Vidal Araujo/ Pedro Edson Leal Bezerra.

    AGUAPE, Grupo

    Idade: Mesoproterozico (Steniano). Th e youngest events (1.2 Ga to 1.0 Ga) are represented in the Aguape Belt, by extensional reactivation, intracontinental rifting, sedimentation, deformation, and low-grade metamorfi sm... (Leite & Saes, 2000).

    Autor: Figueiredo & Olivatti (1974).

    Localidade - Tipo: Extremo sul da Serra do Aguape, 12 km a oeste do Destaca-mento de Fortuna, no Estado do Mato Grosso.

    Distribuio: Mostra-se presente no oeste-sudoeste de Mato Grosso, confi gurando relevos residuais elevados, sendo os mais expressivos as serras de Santa Brbara, Ricardo Franco, So Vicente, do Caldeiro e do Roncador.

    Descrio Original: Os trabalhos de campo realizados pela Equipe do Projeto Alto Guapor demonstraram tratar-se de uma nova unidade, pois apresenta caracteres es-tratigrfi cos, estruturais, litolgicos e geogrfi cos distintos daqueles da formao Cuben-cranquem. Contudo, para no complicar ainda mais a estratigrafi a das rochas metas-sedimentares e sedimentares que ocorrem sobre a Plataforma do Guapor, optou-se por uma denominao informal: unidade Aguape... Figueiredo & Olivatti (1974).

    Comentrios: A LASA (1968) considera como pertencente ao Grupo Cuben-cranqum... os vrios chapades e cordes que constituem a serra do Aguape e seus contrafortes, onde se destacam a Serra de Santa Brbara; a conspcua Serra de Ricardo Franco... Figueiredo & Olivatti (1974) dividiram a Unidade Aguape, em sua seo-tipo, em trs subunidades, litologicamente distintas e facilmente reconhecveis no campo: inferior, mdia e superior. Montalvo (1977) props a designao de Formao Aguape, em substituio ao termo Unidade Aguape, de Figueiredo & Olivatti (op. cit.), subdividindo-a nos membros inferior (con-glomerados e arenitos com nveis conglomerticos); mdio (arenitos muito fi -nos, siltitos, argilitos e folhelhos s vezes com aspecto ardosiano ou fi lontico); e o superior (arenitos e argilitos, sendo os pelitos bastante reduzidos). Souza & Hildred (1978) nomearam as trs subunidades como Membro Fortuna (nome do crrego, que atravessa a estrada MT-130, confrontando com o Destaca-mento Militar do mesmo nome), Membro Vale da Promisso (fazenda onde ocorre com maior freqncia a litologia que tipifi ca este membro) e Membro Cristalina (denominao do morro que apresenta uma seo-tipo da Formao Aguape), respectivamente. Posteriormente Souza & Hildred (1980) elevaram-na categoria de grupo, passando os seus membros categoria de formaes, com a ltima sendo denominada Morro Cristalina. A Formao Fortuna constituda por metarenitos ortoquartzticos intercalados com nveis lenticula-res e difusos de metaconglomerados oligomticos; a Formao Vale da Promis-so mostra uma litologia dominantemente argilcea, sendo representada por metassiltitos, fi litos, ardsias e metarenitos de granulao fi na. J a Formao Morro Cristalina encerra metarenitos ortoquartzticos a feldspticos e metar-

  • Lxico Estratigrfi co da Amaznia Legal 19

    Acseos de cores cinza, rsea e avermelhada, granulao mdia a grosseira, com nveis conglomerticos e metassiltitos intercalados. Santos & Loguercio (1984) correlacionam tentativamente o Grupo Aguape ao Grupo Cubencranqum. Santos et al. (2000) mencionam... it is proposed that the names Aguape (Mato Grosso State and Bolivia) and Nova Brasilndia (Rondnia State) be limited to the metassedimentary units related to the Sunsas Orogeny.

    Compilador: Jaime Franklin Vidal Araujo.

    ALCNTARA, Formao.

    Idade: Cretceo Superior, levando-se em considerao Rodrigues et al. (1994) que mencionam... Optou-se por esta diviso, considerando-se o siltito e o calcrio dolom-tico como testemunhos do ltimo evento de evoluo da plataforma cretcica superior antes de novo basculamento da Bacia de So Lus para nordeste, ocorrido muito prova-velmente ao incio do Cenomaniano, e que acarretou grande trangresso marinha...

    Autor: Cunha (1968).

    Localidade - Tipo: A seo-tipo a exposio da falsia da Cidade de Alcntara, no Estado do Maranho

    Distribuio: Mostra distribuio bastante restrita, geralmente exposta em pare-des de falsias, como na de Alcntara, pela margem direita do Igarap Puca e na do litoral de Peru, na rea do antigo Farol do Itacolomi. Na Ilha de So Lus, ocorre na pequena falsia da praia do Boqueiro, ao lado do Porto de Itaqui e na praia de So Francisco, na base da falsia onde se localiza o Farol de So Marcos.

    Descrio Original: A fi m de facilitar o entendimento e desde que stes folhelhos e siltitos oferecem uma extenso mapevel, estamos denominando de formao provisria Alcntara, e pelo ter polnico pode ser correlacionada com a formao Barrerinhas ou pelo menos ser um fcies continental de um dos andares superiores do Grupo Caju... Cunha (1968).

    Comentrios: Moraes Rego (1930) faz a seguinte observao... Na costa do Brasil at ao sul do Estado da Bahia, existe uma faixa, as vezes bastante larga, coberta por formaes idnticas, que tem sido descriptas com o nome de serie dos Taboleiros ou das Barreiras. Queremos crr no ser passivel de duvida, duas ligaes da formao precedente da Amazonia, com a serie dos Taboleiros, j perfeitamente caracterizada no Estado do Maranho, resalvadas as desnudaes. Tal ligao suggerida pela semelhana do habitus lithologico. Adoptaremos para o conjuncto, a denominao serie das Barreiras... Cunha (1968) faz a seguinte constatao... Na rea de Alcntara, verifi camos que essa unidade constituda de folhelhos slti-cos, bem estratifi cados, com leitos lenticulares de calcrio esbranquiado... Aguiar (1971) tece o seguinte comentrio... Cunha correlacionou sua seo aos calcrios que afl oram na ilha de So Luiz, na praia de Olho Dagua e nas vizinhanas de porto de Itaqui, e props denomin-la Formao Alcntara... Para Nunes; Lima & Filho (1973) os sedimentos presentes nas falsias tanto da Cidade de Al-cntara como da Ilha de So Lus pertencem Formao Barreiras, e tecem o seguinte comentrio... Tanto a Formao Pirabas como a Formao Ipixuna do Tercirio Inferior, Francisco, B. V. et alii (1971), constituem no presente trabalho variaes de facies da Formao Barreiras... Bezerra et al. (1990) referem-se aos

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    sedimentos presentes na Ilha de So Lus como integrantes da Formao Ita-pecuru, e dos Aluvies fl vio-marinhos e marinhos. De acordo com Rodrigues et al. (1994)... Neste trabalho, adota-se o termo Membro Alcntara da Formao Itapecuru para designar siltitos e folhelhos vermelhos, coesos, de estratifi cao plano-paralela, arranjados em camadas decimtricas e tabulares de grande continuidade lateral, que intercalam alguns bancos tabulares a lenticulares de calcrio creme es-branquiado. Coincide em grande parte com a Formao Alcntara provisoriamente proposta por Cunha (1968). Entretanto, a poro mais inferior da unidade proposta por Cunha (op. cit.), diretamente sobreposta a arenitos vermelhos a esbranquiados, e constituda por siltitos vermelhos contendo delgada camada de calcrio dolomtico de estrutura ondulada na parte superior, aqui includa no topo do Membro Psamtico da Formao Itapecuru... Segundo Rossetti & Truckenbrodt (1997)... O paleovale inferior, representado em afl oramento pela Sucesso Inferior, corresponde, em grande parte, aos depsitos referidos provisoriamente de Formao Alcntara (Cunha 1968). Este termo foi rejeitado por Petri (Flfaro (1983), os quais consideraram que a For-mao Alcntara representaria apenas uma fcies da Formao Itapecur. Entretan-to, estes depsitos enquadram-se na categoria de formao como justifi cado acima e, portanto, prope-se a reutilizao e consagrao do termo Formao Alcntara, obedecendo-se ao princpio de prioridade estabelecido pelo Art. B. 20 do Cdigo de Nomenclatura Estratigrfi ca (Petri et al. 1986)...

    Compilador: Jaime Franklin Vidal Araujo.

    ALIQUELAU, Formao.

    Idade: Paleoproterozico, segundo Reis & Ynez (2001) que mencionam... Inte-gra-se neste estudo, os informes de reconhecimentos geolgicos efetuados no mbito da sucesso sedimentar Pacaraima (Figura 1), poro setentrional do Crton Amaznico, cuja principal unidade estratigrfi ca est representada pelo Supergrupo Roraima, com evoluo ao longo do perodo Orosiriano (2050 1800 Ma) do Paleoproterozico...

    Autor: Pinheiro; Santos & Reis (1984).

    Localidade Tipo: Igarap Aliquelau, afl uente destro do Rio Uraricoera que sec-ciona a borda leste da Serra Uafaranda, na regio NW do Estado de Roraima.

    Distribuio: Com uma espessura mdia de 170 m, ocorre nas bordas oeste e leste da Serra Uafaranda, e em horizonte contnuo e bem delimitado da Serra Uruta-nim, regio noroeste do Estado de Roraima.

    Descrio Original: A designao Aliquelau para esta formao foi retirada do igarap homnimo, o qual corta a borda leste da serra Uafaranda no sentido sul-norte, sendo afl uente pela margem direita do rio Urariqera... Pinheiro; Santos & Reis (1984).

    Comentrios: Pinheiro; Santos & Reis (1984) propem seja o Grupo Rorai-ma subdividido nas Formaes Tucuxum, Aliquelau, Linepenome e Uruta-nim. Consideram a Formao Aliquelau constituda por um pacote predomi-nantemente de folhelhos carbonosos, siltitos a argilitos laminados... Santos & DAntona (1984) admitem para o Grupo Roraima a subdiviso nas formaes Ara, Suapi, Quin, Uail e Matau, tecem o seguinte comentrio... A Forma-o Suapi equivalente Formao Aliquelau de Pinheiro et al. (1983) originria

  • Lxico Estratigrfi co da Amaznia Legal 21

    Ada serra Uafaranda, tanto em seu posicionamento estratigrfi co, como constituio litolgica. Aos pelitos Aliquelau, com 160 m de espessura e representados dominan-temente por folhelhos carbonosos sotopostos Formao Linepenome (equivalente da Formao Quin), sugerida a identifi cao com a Formao Suapi... Reis; Pi-nheiro & Carvalho (1985) propem subdividir o Grupo Roraima na Formao Ara, Formao Suapi, esta constituda pelos membros Verde, Paur, Carm e Nicar, Formao Quin e Formao Uail. Santos (1985) propugna a seguinte subdiviso para o Grupo Roraima: Formao Suapi, Formao Quin, Formao Uail, Formao Serra do Sol e Formao Matau. Pinheiro; Reis & Costi (1990) mencionam... Neste trabalho, proposta a elevao da unidade Roraima categoria de Supergrupo, como conseqncia das investigaes desenvolvidas por Santos & DAntona (1984), Reis et alii (1985) e Santos (1985)... sendo o mesmo subdivi-dido na Formao Ara, Grupo Suapi constitudo pelas formaes Verde, Paur, Nicar e Quin, Formao Uail e Formao Matau. Reis & Ynez (2001) ad-vogam...Prope-se neste estudo a denominao Uiramut para reunir um pacote sedimentar depositado sob condies paleoambientais distintas daquela da formao Ara, incluindo-a na base do Grupo Suapi...Admitem ainda... Utiliza-se neste es-tudo a denominao Cuquenn de Reid 1972) para representar a sucesso peltica marinha sobrejacente Formao Paur, que mantm prioridade cronolgica sobre a terminologia Nicar de Reis et al. (1988)... Propem ainda... Mantm-se neste estudo a denominao Uaimapu de Reid (1972) para representar unicamente a sucesso vulcanossedimentar sobrejacente Formao Quin do Grupo Suapi, que mantm prioridade cronolgica sobre a terminologia Uail de Santos (1985)...

    Compilador: Jaime Franklin Vidal Araujo/ Pedro Edson Leal Bezerra.

    ALMEIRIM, Formao.

    Idade: Paleogeno segundo as informaes obtidas em Caputo (1984)... Cores from wells located above 50 m from the base of the formation yielded palynomorphs which were determined by Daemon and Contreiras (1971 a, b) to be as old as Paleocene to Eocene. Possibly in the central and eastern part of the basin the Almeirim sedimenta-tion may have started earlier...

    Autor: Caputo (1984).

    Localidade - Tipo: Poo denominado 2-Al-1-AM, situado no Municpio de Almei-rim no Estado do Amazonas.

    Distribuio:

    Descrio Original: Th e Almeirim Formation is here proposed to designate a thick Tertiary section composed of red beds occuring in the eastern Amazonas basin... Caputo (1984).

    Comentrios: Segundo Caputo (1984)... Th e Almeirim beds appear similar to the Alter do Cho beds, but are separated by a disconformity. Th e individualization of this unit is justifi ed due to its paleotectonic and paleogeographic signifi cance... Com relao ao seu acervo litolgico, menciona... Th e formation consists of poorly consolidated sandstone, silstone and claystone red beds...

    Compilador: Jaime Franklin Vidal Araujo.

  • 22 Lxico Estratigrfi co da Amaznia Legal

    ALTA FLORESTA, Complexo.

    Idade: Paleoproterozico (?), levando-se em conta as seguintes informaes forne-cidas por Lima; Santos & Siga Jr. (1986)... Em termos radiomtricos, Tassinari, Tei-xeira e Siga Jr. (1980) elaboraram uma iscrona de referncia para a poro oriental da Folha SC.21-Juruena, abrangendo, deste modo o aqui referido Complexo Alta Floresta, obtendo idade de 1.797 +- 90 m. a . com (Sr 87/ Sr 86) i igual a 0,704 +- 0,002...

    Autor: Lima; Santos & Siga Jr (1986).

    Localidade - Tipo: Alto e Mdio Rio Juruena, norte do Estado de Mato Grosso.

    Distribuio: Mostra-se como uma faixa NW-SE desde o Rio Roosevelt at o Rio Teles Pires, perlongando a poro sul da Chapada do Cachimbo, envolvendo a bacia do Rio Juruena, norte e noroeste do Estado de Mato Grosso e sudeste do Estado do Amazonas.

    Descrio Original: Este cinturo est melhor caracterizado nos domnios do Escudo Cen-tral Brasileiro, Provncia Amaznia Centro-Ocidental (Lima, 1985) atravs do Complexo Alta Floresta, em substituio ao Complexo Juruena (Lima, 1984), por questo da existn-cia da unidade Granito Juruena (Souza et al., 1979)... Lima; Santos & Siga Jr (1986).

    Comentrios: Lima (1984) se valeu do termo Complexo Juruena a fi m de dis-tingui-lo do Complexo Xingu de Silva et al. (1974) em razo de seus litotipos e posicionamento geotectnico distintos, englobando o Granito Juruena de Silva et al. (1974). Lima; Santos & Siga Jr (1986) defi nem o Cinturo Granultico Juruena incluindo a o Complexo Alta Floresta que seria o Complexo Juruena redefi nido, em virtude de incluir terrenos de alto grau metamrfi co. Caracterizam o Com-plexo Alta Floresta como constitudo por gnaisses ortoderivados de composio grantica e adameltica, kinzigitos e rochas da fcies granulito.

    Compilador: Mrio Ivan Cardoso de Lima.

    ALTER DO CHO, Formao.

    Idade: Cretceo Inferior (Albiano Mdio a Superior) a Cretceo Superior (Ceno-maniano a Turoniano)

    Autor:

    Localidade - Tipo: Poo 1-AC-1-PA perfurado na localidade de Alter do Cho, no Estado do Par.

    Distribuio: Esta unidade representa a extensa sedimentao continental que re-cobre a seo paleozica da Bacia do Amazonas, estando presente tambm na Bacia do Solimes, abrangendo terras dos estados do Amazonas e Par.

    Descrio Original:

    Comentrios: Albuquerque (1922) ao estudar o Rio Urubu refere-se s rochas tercirias como...Alguns metros acima, tem-se o mesmo arenito de cimento kao-linico, de magnifi ca alvura, assemelhando-se a um kaolin silicoso, mostrando que a impregnao de ferro pde ser uma feio muito local do arenito kaolinico, que

  • Lxico Estratigrfi co da Amaznia Legal 23

    Adenominmos arenito de Manos, por ser rocha de construco conspicua na cidade de Manos... Oliveira (1928) quando do estudo da bacia do Rio Xingu mencio-nou... As terras fi rmes que orlam ambas as margens do Baixo rio desde a sua fz at o inicio da Volta Grande, constituem a faixa cenozoica ou terciaria, que, na margem esquerda, fi xa calha do rio em altas barrancas alcantiladas denominadas barrei-ras e na margem direita... O arenito ferruginoso de Souzel o que o Dr. Gonzaga de Campos chamou arenito quaternario do Par. Estas formaes cenozoicas so levadas para o systema pliocenico. Correspondem s formaes identicas das margens do Baixo Tapajz entre Santarem e Aveiro... Paiva (1929) ao estudar o Rio Negro refere-se que a jusante de Mirapinima o arenito correlacionvel... formao que o Prof. Odorico de Albuquerque chama arenito de Manos (terciari)... Moura (1932) refere-se a presena no Rio Tapajs, na regio de Alter do Cho e Boim, da Srie das Barreiras mencionando... Diremos apenas que, alm de Aveiro, a mes-ma srie cobre a parte superior dos afl oramentos paleozicos e que caracterstica pe-los paredes vermelhos entre Aveiro e Boim. Constitue esta formao o prolongamento das barreiras da costa do Brasil colocada no plioceno. Oliveira & Leonardos (1943) mencionam que... So raros os fosseis na srie das barreiras. Um fossil encontrado no baixo Amazonas, que se presume dessa srie, foi descrito por P. Gervais (33), em 1876. Consta de uma vrtebra de crocodiliano gigantesco, do grupo dos procelianos, que batizou de Dinosuchus terror.... e a idade pode ser terciria ou cretcea. Refe-rem-se Formao Manaus, como um dos termos da srie das barreiras. Barbosa (1966), na regio do mdio Tapajs refere-se indistintamente s camadas do tipo Alter do Cho ou Barreiras. Barbosa et al. (1966) no Projeto Araguaia ci-tam... A sedimentao terciria pliocnica foi observada pelos gelogos do projeto em muitos lugares ao longo do Tocantins e do Araguaia e na mesopotmia dsses dois rios. uma seqncia muito semelhante ao Barreiras de Sergipe Paraba..... As camadas pliocnicas, aqui chamadas de Formao Araguaia, iniciam-se por um conglomerado basal... Francisco & Loewenstein (1968) adotam a terminologia Formao Ma-naus, sendo integrante do Grupo Barreiras. Caputo, Rodrigues & Vasconcelos (1972) referem-se ... Durante a perfurao do poo em Alter do Cho (1-AC-1-PA) verifi cou-se que os sedimentos vermelhos inconsolidados, compostos de argilitos, folhe-lhos, siltitos, arenitos e conglomerados, atingiram uma profundidade de 545m e foi Kistler (1954) aparentemente o primeiro a cham-los Formao Alter do Cho...Os gelogos do Projeto RADAM desde Silva et al. (1974) sempre utilizaram a deno-minao Formao Barreiras, sendo que Issler et al. (1974) justifi caram tal fato pela maior tradio em relao a Alter do Cho e Solimes usados em trabalhos anteriores. Fernandes et al. (1974) com relao s formaes Alter do Cho In-ferior e Superior afi rmam... Essas duas unidades so englobadas no mapeamento do Projeto RADAM em uma s, constituindo assim a Formao Barreiras... Para Santos et al. (1975) apenas uma poro da Formao Alter do Cho seria equivalente Formao Barreiras. Alegando que os sedimentos cretceo - tercirios, carecem de melhor conhecimento sugerem...a Formao Pirabas, a Formao Manaus, a Formao Solimes, a Formao Araguaia, a Formao Maraj e outras podem ser sncronas e, portanto uma nica e simples unidade ...Araujo et al. (1976) na Folha SA.21 Santarm mencionam... Neste relatrio mantemos a Formao Barreiras com a mesma conceituao proposta por Santos et alii (op. cit.), considerando no entanto que a Formao Alter do Cho corresponde unidade em epgrafe... Loureno et al. (1978) consideram...O Arenito Manaus parte do chamado Grupo Barreiras, de idade Cretceo-Mioceno... Andrade et al. (1978) adotam na regio do Tapajs

  • 24 Lxico Estratigrfi co da Amaznia Legal

    a denominao Formao Alter do Cho, comentando... Esta terminologia foi consagrada por inmeros autores... vindo a ser usada at hoje pela PETROBRAS e CPRM nos trabalhos efetuados na regio... Silva et al. (1980) ampliam o domnio da Formao Araguaia para as folhas SC.21 Juruena, SC.22 Tocantins e SD.22 Gois. Cunha et al. (1982) abandonam a denominao Formao Barreiras ado-tando a Formao Alter do Cho, para os sedimentos continentais tercirios pre-sentes na Bacia do Amazonas. Para Bezerra et al. (1990) a Formao Alter do Cho... representa a extensa sedimentao continental de idade cretcea que recobre a seo Pale-ozica da Bacia do Amazonas, estendendo-se em subsuperfcie para oeste, sendo registrada tambm na coluna sedimentar da Bacia do Solimes...

    Compilador: Jaime Franklin Vidal Araujo.

    ALTO BONITO, Grupo.

    Idade: Arqueano (?), segundo a seguinte assertiva de Oliveira et al. (1994) ... No presente projeto, no foi efetuada nenhuma datao em littipos dessa unidade, pois os espcimes coletados acham-se bastante alterados. De qualquer forma, a similaridade dos dados estruturais e mineralgicos nos permitem sugerir uma correlao cronolgica com as supracrustais dos Grupos Salobo e Gro - Par...

    Autor: Oliveira et al. (1994).

    Localidade-Tipo: Garimpo Alto Bonito, situado ao norte da Serra Cururu, na por-o norte da Serra dos Carajs, regio sudeste do Estado do Par.

    Distribuio: Mostra-se presente em uma pequena rea, com cerca de 15 km2, e direo grosso modo NW-SE, na regio da Serra Cururu, poro norte da Serra dos Carajs, em terras do Estado do Par.

    Descrio Original: Os trabalhos desenvolvidos pela Universidade Federal do Par e por Siqueira (op. cit.) posicionam este segmento no Arqueano Superior, denominam de Grupo Cururu e consideram que o mesmo foi formado por movimentos transtensionais e transpressivos ao longo do Lineamento Cinzento. Neste trabalho, os autores propem a esta seqncia, a denominao formal de Grupo Alto Bonito, em substituio Curu-ru, pois esta, foi prioritariamente empregada por Silva et al. (1974) para caracterizar os diques de diabsio ocorrentes na Folha Juruena (SC.21)... Oliveira et al. (1994).

    Comentrios: Hirata et al. (1982) comentam... Seqncia Salobo-MM1. Nesta uni-dade foram agrupadas as seqncias de rochas defi nidas nas reas SAL-3 A e MM1, e outras reas a elas correlacionadas, como Buritirama, Serra do Igarap Cinzento e Igarap Salobo, rea Cigano, Jaca, Cururu, etc... Para Santos & Loguercio (1984)... No presente mapa, dado ao grupo Gro-Par um sentido mais amplo, tal como uti-lizado por G.G. da Silva et alii (1974), ou seja, englobando tambm a seqncia vulcano-sedimentar do tipo Salobo e outras similares... Admitem ainda... Tambm passveis de correlao com a seqncia Salobo so as unidades da serra do Buritirama, prximo confl uncia dos rios Parauapebas e Itacaiunas, onde ocorrem quartzitos, quartzo - xistos, biotita - xistos e calcixistos, associados a rochas manganesferas slico - carbonticas... Araujo et al. (1988) propem... Como os diferentes conjuntos rochosos, atribudos a vrias unidades distintas (Seqncia Salobo-Pojuca, formaes Carajs e Rio Fresco, Seqncia Bahia, etc.), apresentam o mesmo padro deformacional, eles

  • Lxico Estratigrfi co da Amaznia Legal 25

    Apassam a integrar o Grupo Gro-Par... Oliveira et al. (1994) incluem no Grupo Alto Bonito actinolita xistos ortoderivados, muscovita quartzitos paraderivados e formaes ferrferas bandadas (BIF), sendo subordinados os metavulcanitos de composio riodactica a dactica.Compilador: Jaime Franklin Vidal Araujo.

    ALTO CANDEIAS, Sute Intrusiva.

    Idade: Mesoproterozico, segundo as seguintes informaes fornecidas por Bet-tencourt et al. (1997)... Th e anorogenic granite suites in the RTP were reviewed by Bettencourt et al. (1987, 199). Bettencourt et al. submitted) recommend a new desig-nation for these suites based on geologic, petrographic and geochemical aspects, as well as on U Pb zircon ages (Figure 4, Table 1 and 2), viz: Serra da Providncia Intrusive Suite (1606 to 1532 Ma), Santo Antnio Intrusive Suite (ca. 1406 Ma), Teotnio Intrusive Suite (ca. 1387 Ma), Alto Candeias Intrusive Suite (ca. 1347 Ma),...

    Autor: Kloosteman (1968).

    Localidade-Tipo: Cabeceiras do Rio Alto Candeias, situado ao sul da Cidade de Porto Velho, no Estado de Rondnia.

    Distribuio: Mostra-se como uma costelao de corpos de tamanhos diversos e formas irregulares, principalmente no centro-nordeste do Estado de Rondnia, entre os rios Madeira e Jamari, sendo que um grande corpo aproximadamente alongado WNWE/SE limita-se entre as cabeceiras do Rio Formoso e o Rio Jama-ri, bordejando a serra dos Pacas Novos. A exposio mais setentrional ocorre na regio sudeste do Estado de Rondnia e oeste do Estado do Mato Grosso, super-pondo-se s divisas dessas unidades federativas.

    Descrio Original: Ao sul de Massangana est o rico complexo do Alto Candeias, de dimenses desconhecidas, mas provvelmente to grande como Massangana. As variedades de granitos observadas so semelhantes quelas do complexo de Massanga-na: um granito acinzentado muito grosseiro com megacristais ovais ainda maiores de feldspato - tamanhos de 10 cm so comuns - substitudo lateralmente por um grani-to com fenocristais angulares de 2 a 3 cm. ste por sua vez, cede lugar a um granito porfi rtico de granulao mdia, muito semelhante ao biotita-granito do complexo anelar central de Massangana... Kloosteman (1968).

    Comentrios: Kloosteman (1968) ao se referir aos Younger Granites faz a seguinte abordagem... Aparecem na parte nordeste de Rondnia seis complexos granticos se-guindo uma linha norte-sul de 140 km de comprimento, e formando a principal carac-terstica de um grupo de, pelo menos, 18 complexos, alguns dos quais esto arranjados em outras linhas norte-sul... Segundo Kloosteman (1967)... In Rondonia exists a pro-vince of subvolcanic granites of the type previously studied in the British Islands, New England, Nigeria and other parts of Africa, and now for the fi rst time recorded from South America. Th e province consists of at least twenty small intrusions and complexes, partially arranged on north-south lines, and gets its singular importance from the fact that at various distances from the margin of the Brazilian shield diff erent structural le-vels have been denuded. Isotta et al. (1978) comentam... A Suite Intrusiva Rondnia designao por ns proposta informalmente (de acordo com SOHL, 1977) para englobar

  • 26 Lxico Estratigrfi co da Amaznia Legal

    todos os macios estanferos que aparecem na rea do projeto, constitui o mais importante grupo de rochas da rea em virtude de, a ele estar relacionada toda a mineralizao de Sn presente na mesma... Leal et al. (1978) fazem a seguinte proposio... Os autores deste trabalho designam genericamente Granitos Rondonianos aos corpos intrusivos, ano-rognicos, possuindo estrutura circular ou no, desnecessariamente estanferos, de natu-reza subvulcnica; sob esta denominao fi cam reunidos plutes cratognicos granticos e granodiorticos, compreendidos no intervalo de 1.100 MA- 800MA atravs do mtodo K/Ar... Segundo Bezerra et al. (1990)... Constituindo-se em termos econmicos, a mais importante atividade magmtica cida at ento identifi cada no Craton Amaznico, a Sute Intrusiva Rondnia representa quase trs dezenas de macios granticos intrusivos, ora como stocks, ora como batlitos, em grande parte mineralizados a estanho... Betten-court et al. (1977) ao se referirem Provncia Estanfera de Rondnia fazem a seguinte observao... Th e anorogenic granite suites in the RTP were reviewed by Bettencourt et al. (1987, 1995). Bettencourt et al. (submitted) recommend a new designation for these suites based on geologic, petrographic and geochemical aspects, as well as on U Pb zircon ages (Figure 4, Table 1 and 2), viz: Serra da Providncia Intrusive Suite (1606 to 1532 Ma), Santo Antnio Intrusive Suite (ca. 1406 Ma), Teotnio Intrusive Suite (ca. 1387 Ma), Alto Candeias Intrusive Suite (ca. 1347 Ma), So Loureno Caripunas Intrusive Suite (1314 to 1309 Ma), Santa Clara Intrusive Suite (ca. 1082 Ma) and Younger Granites of Rondnia (998 to 991 Ma)... e comentam ainda... Tin and associated metal (e. g., W, Nb, Ta, Cu, Zn, Pb) deposits are spatially related to the latest granitic phases of the So Loureno-Caripunas Intrusive Suite and the Younger Granites of Rondnia... Scandolara (1999) ao tratar do Macio Alto Candeias menciona... composto pre-dominantemente por granitos porfi rticos de granulao mdia a grossa, texturalmente piterlticos e, em menor quantidade, eqigranulares de granulao fi na a mdia, aplitos e sienitos eqigranulares de gro fi no a mdio. Os primeiros so composicionalmente defi ni-dos como hornblenda-biotita monzogranitos, biotita monzogranitos e quartzo monzonitos e possuem cristais ovides e tabulares centimtricos de feldspato alcalino perttico, espora-dicamente manteados por plagioclsio. Representam a fase mais precoce, e os contatos com os granitos eqigranulares fi nos observado na borda nordeste do macio. Na borda norte estes granitos exibem uma larga zona de cisalhamento com transformao das rochas em protomilonitos e milonitos. Internamente zonas discretas de cisalhamento dctil tambm ocorrem mas, em geral, mostram-se afetados apenas por uma tectnica rptil...

    Compilador: Jaime Franklin Vidal Araujo.

    ALTO GUAPOR, Complexo Metamrfi co.

    Idade: Arqueano a Paleoproterozico, levando-se em considerao Menezes et al. (1991) que mencionam... O posicionamento da unidade no Arqueano Proterozico Inferior est fundamentado num valor isocrnico Rb/Sr de 1971 +- 70 m. a . (CAR-NEIRO, 1985) a partir de gnaisses cinzentos na Folha Jauru...

    Autor: Menezes et al. (1991).

    Localidade - Tipo: Regio do Alto curso do Rio Guapor, em terras do Estado do Mato Grosso.

    Distribuio: Mostra-se presente na regio do Alto Rio Guapor, poro sudoeste do Estado do Mato Grosso, no sop e imediaes da Serra Ricardo Franco.

  • Lxico Estratigrfi co da Amaznia Legal 27

    ADescrio Original: No mapa geolgico da rea (Figura 2) esto caracterizadas diver-sas seqncias de rochas ligadas a pelo menos cinco diferentes unidades litoestratigrfi cas nos terrenos correlacionados ao antigo Complexo Xingu: o Complexo Metamrfi co Alto Guapor, Complexo Granultico Anfi boltico de Santa Brbara, o Complexo Meta-vulcanossedimentar Pontes e Lacerda, o Granito Gnaisse Santa Helena e o Granito So Domingos... Menezes et al. (1991).

    Comentrios: Para Menezes et al. (1991)... Considera-se o embasamento mais antigo representado pelas rochas do Complexo Metamrfi co Alto Guapor e pelo granulitos do Complexo de Santa Brbara... Menezes (1993) menciona... O embasamento mais antigo est representado por duas unidades litoestratigrfi cas com relaes temporais e estruturais ainda obscuras, ambas com possvel idade no intervalo Arqueano/Protero-zico Inferior. A primeira representada pelo Complexo Metamrfi co Alto Guapor, o qual inclui uma associao... inclui no Complexo Metamrfi co Alto Guapor, rochas orto e paraderivadas, gnaissifi cadas e polideformadas, na fcies anfi bolito mdia e alta, mencionando ainda... Foram discriminados cartografi camente dois con-juntos, a Unidade A, reunindo ortognaisses e paragnaisses com anfi bolitos e metabsicas em escala subordinada., e a Unidade B, encerrando exclusivamente ortognaisses porfi -rides de composio granodiortica...

    Compilador: Jaime Franklin Vidal Araujo.

    ALTO JAURU, Grupo.

    Idade: Paleoproterozico (?) segundo indicao de Pinho & Van Schmus (2001), bem como da CPRM (2001) que no Mapa Geolgico 1: 2 500 000 apresenta ida-des de 1 790 a 1 740 Ma, pelo mtodo U-Pb.

    Autor: CPRM (2001).

    Localidade-Tipo: Alto Rio Jauru, sudoeste do Estado do Mato Grosso.

    Distribuio: Mostra-se presente na regio sudoeste do Estado do Mato Grosso, envolvendo a bacia do Alto Rio Jauru.

    Descrio Original:

    Comentrios: Barros et al. (1982) posicionam as rochas bsicas - ultrabsicas pre-sentes na Folha SD.21-Y-C, na Sute Intrusiva Rio Alegre. Saes; Leite & Weska (1984) incluem na Seqncia Vulcanossedimentar Quatro Meninas, metagabros, metanortositos, metabasaltos e xistos magnesianos, alm de serpentinitos, silexitos, metarenitos, metassiltitos e quartzitos ferruginosos. Monteiro et al. (1986) intro-duzem a designao Greenstone Belt do Alto Jauru, comentando...Cabe ressaltar que esta denominao engloba tanto a seqncia vulcano-sedimentar Quatro Meninas, proposta por Saes et alii (1984), como os anfi bolitos e muscovita-xistos com intercala-es quartzticas, posicionados por aqueles autores na ento denominada Associao Gnissico-Migmattica Brigadeirinho... Sugerem ainda a subdiviso do Greenstone Belt do Alto Jauru em trs formaes denominadas, da base para o topo de Mata Preta, Manuel Leme e Rancho Grande. Segundo Pinho & Van Schmus (2001)... As a whole, the supracrustal rocks of the Cabaal Belt consist of three units: a basal unit comprising mafi c lavas and breccias; a middle unit of felsic to intermediate metavolca-nics rocks with interlayed tuff s and sediments; and a top unit of dacite-rhyodacit lavas,

  • 28 Lxico Estratigrfi co da Amaznia Legal

    tuff s, and sediments (clastic and chemical). Monteiro et al. (1986) named these units as Mata Preta, Manuel Leme and Rancho Grande formations respectively. Leite et al. (1986) used the name Quatro Meninas Complex for the basic unit... A CPRM (2001) no Mapa Geolgico do Brasil, escala 1: 2 500 000 apresenta o Grupo Alto Jauru sem individualiz-lo em formaes, sendo o mesmo composto por metabasalto tholetico-komatitico, metatufo andestico a riodactico, xisto peltico, metavulc-nica dactica a riodactica e banded iron formation (bif ).

    Compilador: Mrio Ivan Cardoso de Lima.

    ALTO PARAGUAI, Grupo.

    Idade: Neoproterozico a Cambriano (?), levando-se em considerao Hidalgo et al. (2001) que comentam... Informaes paleontolgicas sobre a transio neoproterozica-cambriana na Amrica do Sul ainda so escassas. A Faixa Paraguai, margem S-SW do Crton Amaznico (MT-MS), contm fsseis desta idade, tornando-a fundamental para a resoluo desta problemtica. Na regio de Corumb j se conhecem o metazorio Clou-dina, fssil-guia do Neoproterozico terminal (Grant 1990), e a metfi ta Tyrasotaenia, o microfssil Bavlinella faveolata (Zaine 1991) e uma possvel alga denominada Eoholynia (Fairchild et al. 2000), tambm comuns no vendiano. Em rochas correlatas (Formao Araras) da regio de Cceres descobriram-se microfsseis identifi cados como Leiosphaeri-dia e Soldadophycus, este ltimo sugerido por Gaucher (1996) como possvel fssil-guia para o vendiano. Estes microfsseis ocorrem em uma sucesso constituda por dololutitos, microbialitos, arenitos e pelitos, e interpretada como depsitos de plancie de mar, repre-sentativos de tratos de sistemas transgressivo e de mar alto (Figura 1)...

    Autor: Almeida (1964).

    Localidade Tipo: Cidade de Alto Paraguai, situada entre as cidades de Trs Barras e Diamantino, no Estado de Mato Grosso.

    Distribuio: Insere-se totalmente no Estado do Mato Grosso segundo uma faixa que vai do sudoeste ao nordeste, constituindo o divisor de guas das bacias do Amazonas e do Prata, a sudoeste e centro-sul, bem como parte do divisor Xingu-Araguaia, no leste deste estado. Da bacia do Amazonas envolve as nascentes dos rio Teles Pires e Arinos/Juruena, formadores do Rio Tapajs, e a do Rio Xingu. Da bacia Platina ou do Paraguai-Paran, inclui as cabeceiras e nascentes dos rios Pa-raguai e Cuiab. Apresenta-se ao longo de uma faixa arqueada com a concavidade voltada para sudeste, que se limita ao norte com os contrafortes da Serra dos Parecis e ao sul com os terrenos planos de terra fi rme de Cuiab e plancies do Pantanal Mato-Grossense.

    Descrio Original: Nossas investigaes levaram-nos certeza de que o arenito Rai-zama, o folhelho Sepotuba e o arczio de Diamantino so formaes de um grupo nico de rochas pr-silurianas, espsso de mais de 3 000 m, orognicamente deformado a leste mas s muito pouco perturbado a oeste do rio Paraguai. Como a essas trs designaes no correspondem tipos nicos de rochas, mas, realmente, complexos de sedimentos de-trticos, embora dominado cada qual por uma variedade litolgica caracterstica, cha-m-las-emos formaes, que propomos reunir sob a designao Grupo Alto Paraguai, indicando como localidade tipo os arredores da cidade homnima... Almeida (1964).

  • Lxico Estratigrfi co da Amaznia Legal 29

    AComentrios: Almeida (1964) cria o Grupo Alto Paraguai, encerrando as for-maes Raizama, Sepotuba e Diamantino. Na Formao Raizama inclui areni-tos (ortoquartzitos) com siltitos e folhelhos subordinados, na Formao Sepotuba menciona a presena de folhelhos argilosos, com siltitos, arenitos e calcrios subor-dinados, e contempla a Formao Diamantino com arczios, siltitos e folhelhos, com calcrios subordinados. Tece ainda as seguintes consideraes... A seqncia se-guinte predominantemente no detrtica, constituda de calcrios e dolomitos perten-centes ao Grupo Araras, suposto do Cambriano. O Grupo Araras, por sua vez, acha-se concordantemente recoberto por cerca de 3 000 m de arenitos e folhelhos, que se prope reunir sob a denominao Grupo Alto Paraguai... Ao abordar o Grupo Alto Paraguai, Hennies (1966) faz a seguinte observao... A diviso do grupo em trs formaes foi proposta por Fernando F. M. de Almeida (1964, pgs. 55/56) na rea Centro-Oeste. O Autor sugere a incluso de mais uma formao superior com a denominao de Batovi, alm de um aumento da espessura do grupo, visto que a da formao Diamantino considervel na rea ora em estudo... Ao se referirem ao Grupo Alto Paraguai, Filho; Pinto & Fonte (1973) mencionam... O termo usado neste Projeto Cuiab ser o proposto por Almeida (op. cit.) a esse pacote de rochas. O mesmo autor o dividiu em Formao Raizama, Sepotuba e Diamantino... Ao tratarem do Grupo Alto Para-guai, Figueiredo & Olivatti (1974) tecem o seguinte comentrio... Neste relatrio proposta uma nova defi nio para o grupo, que passa a constituir-se das formaes Puga, Araras, Raizama e Diamantino. Esta redefi nio faz-se necessria pelo fato dos trabalhos de campo terem mostrado a deposio contnua dessas formaes, em toda a rea do projeto... Com relao ao Grupo Alto Paraguai, Schobbenhaus Filho et al. (1975) tecem o seguinte comentrio... No presente trabalho apresentada a hiptese da ocorrncia de representantes desse grupo, em rea localizada na mesopotmia Ara-guaia-Xingu, em especial, nas cabeceiras do rio Tapirap, afl uente da margem esquerda do Araguaia... Luz et al. (1980) consideram o Grupo Alto Paraguai constitudo pelas formaes Puga, Araras, Raizama e Diamantino. Segundo Olivatti (1981)... Ser utilizada, neste trabalho, a unifi cao dos grupos Alto Paraguai e Corumb, sob esta ltima designao efetuada por SCHOBBENHAUS FILHO et alii (1980 a e b). Assim sendo, o Grupo Corumb constitudo, no sudoeste matogrossense, pelas formaes Puga, Araras, Raizama e Diamantino... Para Olivatti & Filho (1981)... Adotar-se- a diviso estratigrfi ca proposta por SCHOBBENHAUS FILHO et alii (1979 a, b, ) e desta forma, o Grupo Corumb, no oeste do Estado de Mato Grosso do Sul, composto pelas formaes Puga, Cerradinho e Araras... De acordo com Barros & Simes (1980)... Nestas condies sugere-se uma nova defi nio para o Grupo Alto Paraguai. Tendo como sua Formao mais basal a Formao Bauxi, segundo sobrepos-tas as Formaes Puga, Araras, Raizama e Diamantino... Almeida (1981) sugere para o Grupo Alto Paraguai a subdiviso nas formaes Raizama e Diamantino. Barros et al. (1982) tecem as seguintes consideraes... Esta situao conduziu os autores da Folha SD. 21 Cuiab a proporem para os paraconglomerados da Formao Puga, do interior da Provncia Serrana, a denominao de Formao Moenda, visto estar aquela formao fazendo parte de dois grupos distintos. Diante do exposto, adotou-se no presente trabalho a conservao do conjunto de rochas da Provncia Serrana com a denominao de Grupo Alto Paraguai e segui-se basicamente a redefi nio do mesmo proposta por Barros & Simes (1980), passando ento a constituir-se da base para o topo nas formaes: Bauxi, Moenda, Araras, Raizama, Sepotuba e Diamantino... De acordo com DelArco et al. (1982)... Com base no exposto, e em outras observaes especfi cas para o Grupo Alto Paraguai verifi cadas a norte da rea, na Folha SD.21

  • 30 Lxico Estratigrfi co da Amaznia Legal

    Cuiab, chegou-se concluso que as seqncias de rochas Corumb e Alto Paraguai devem ser descritas separadamente, embora representem, provavelmente, depsitos de mesma idade. De forma similar tratou-se o Grupo Jacadigo, por suas caractersticas litolgicas distintas. Assim sendo, o Grupo Corumb fi cou estabelecido como composto, da base para o topo, pelas formaes Puga, Cerradinho, Bocaina e Tamengo... Marini et al. (1984) fazem a seguinte assertiva... O grupo Corumb aqui considerado como constitudo pelas formaes Puga, Cerradinho, Araras, Raizama e Diamantino... No entender de Bezerra et al. (1990)... O Grupo Alto Paraguai de que trata o presente mapeamento corresponde quele descrito por Barros et al. (10), o qual encerra, da base para o topo, as formaes Bauxi, Moenda (Puga), Araras, Raizama, Sepotuba e Diamantino... Boggiani; Coimbra & Hachiro (1996) admitem para o Grupo Corumb uma idade neoproterozica e uma subdiviso nas formaes Cerradinho, Bocaina, Tamengo, Guaicurus e Cadieus, esta de ocorrncia restrita borda oeste da Serra da Bodoquena. Para Godoi; Martins & Mello (1999)... Com base nos dados reunidos nesse trabalho e no exame da bibliografia, considerou-se o Grupo Corumb de idade neoproterozica, dividido em quatro formaes: Puga, Cerradinho, Bocaina e Tamengo. O Grupo Corumb supostamente contempor-neo do Grupo Jacadigo, sendo correlacionvel tambm aos grupos Murcilago, na Bolvia, e Itapocomi, no Paraguai...

    Compilador: Jaime Franklin Vidal Araujo/ Mrio Ivan Cardoso de Lima/ Pedro Edson Leal Bezerra.

    ALTO RIO AUARIS, Sute Intrusiva.

    Idade: Paleo a Mesoproterozico, de acordo com o mencionado por Almeida; Fer-reira & Pinheiro (2001).

    Autor: Almeida; Ferreira & Pinheiro (2001).

    Localidade - Tipo: Alto Rio Auaris, tambm denominado Uauaris, afl uente es-querdo do Rio Uraricoera, situado no extremo NW do Estado de Roraima.

    Distribuio: Mostra-se presente na regio do alto curso dos rios Auaris e Iniquiare e nas proximidades da pista Homoxi, sob a forma de stocks e batlitos com orienta-o geral segundo NW-SE, na regio NW do Estado de Roraima.

    Descrio Original: Este estudo litoqumico e petrogrfi co, alm de consolidar as uni-dades granticas j existentes (sutes Surucucus e Mucaja), apresenta a proposta de criao de quatro novas sutes granticas (Rio Couto Magalhes/tipo-S; Auaris/Tipo-A metaluminoso, Tocobiren/Tipo-C srie monzontica e Eric/Tipo I, clcio-alcalino alto-K), que podem representar estgios distintos de amadurecimento de um provvel arco magmtico no oeste de Roraima. Novos trabalhos de mapeamento geolgico, auxiliados por estudo qumico-isotpico (elementos traos, istopos, dataes, etc.), sero funda-mentais para testar as hipteses e os resultados aqui discutidos.... Almeida; Ferreira & Pinheiro (2001).

    Comentrios: Bezerra et al. (2000) referem-se s rochas presentes na regio do Alto Rio Auaris sob a gide de granitides, sem posicion-los em qualquer unidade. Para Almeida; Ferreira & Pinheiro (2001)... Est localizada na regio do alto curso dos rios Auaris e Iniquiare (hastingsita-biotita monzogranitos e sienogranitos), e nas

  • Lxico Estratigrfi co da Amaznia Legal 31

    Aproximidades da pista Homoxi (biotita monzogranitos titanita), compondo stocks e batlitos orientados em geral segundo NW-SE (Uauaris) a E-W (Homoxi), com for-mas elpticas-circulares a irregulares. Apresentam cor cinza e tonalidades claras, textura equigranular mdia a grossa, por vezes mosqueada e/ou inequigranular porfi rtica (por vezes rapakivtica) a equigranular fi na granofrica, com locais feies deformacionais (cataclstica a milontica na fcies xisto verde)...

    Compilador: Jaime Franklin Vidal Araujo.

    ALVORADA, Granito.

    Idade: Mesoproterozico (?), segundo Monteiro et al. (1986) que mencionam... Amostras do granito acima citado e de outro localizado na Fazenda Alto Jauru (Faixa Jauru) foram datados (Rb/Sr) em 1.400 m. a ., fi cando estabelecida idade Pr- Rondo-niana para estas rochas... bem como acolhendo-se as seguintes informaes forne-cidas por Leite & Saes (2000)... Late to post-kinematic granitoids within this terrain include the Alvorada and Cachoeirinha granites and the gua Clara Granodiorite (Saes et al. 1984, Monteiro et al. 1986, Leite 1989, Ruiz 1991, Geraldes et al. 1997, Saes 1999). Th e granites are medium-to coarse-grained, vary form isotropic to strongly foliated, and span for ca. 70 Ma, between 1.55 and 1.48 Ga (Geraldes et al. 1999)...

    Autor: Monteiro et al. (1986).

    Localidade - Tipo: Fazenda Alvorada, situada a NE da Cidade de Araputanga, regio do Rio Cabaal, no Estado de Mato Grosso.

    Distribuio: Mostra-se sob a forma de diversos corpos, o maior de todos envolven-do a Cidade de Jauru, enquanto os demais marcam presena a SE de Porto Esperi-dio, Norte de Quatro Marcos, Leste de Araputanga, NE e NW de Cachoeirinha, bem como um corpo alongado NW/SE, passando pela Fazenda Alvorada, todos em terras do Estado do Mato Grosso.

    Descrio Original: Denomina-se de Granito Alvorada os corpos com idade mnima 1.400 m. a . (Rb/Sr), intrusivos em todas as litologias consideradas como Arqueanas neste trabalho... Monteiro et al. (1984).

    Comentrios: Monteiro et al. (1986) incluem sob a denominao Granito Alvora-da... corpos granticos, subordinadamente granodiorticos, alongados, homogneos, gra-nulao de mdia a grosseira, localmente porfi rticos, rosados a cinza claros, fracamente foliados nos bordos... Em face de determinaes radiomtricas comentam... fi cando estabelecida idade Pr-Rondoniana para estas rochas, consequentemente desmembran-do-as da Sute Intrusiva Guap (Barros et alli, 1982), de idade Rondoniana (850-900 m. a.)... Segundo Leite & Saes (2000)... Late to post-kinematic granitoids within this terrain include the Alvorada and Cachoeirinha granites and the gua Clara Grano-diorite (Saes et al. 1984, Monteiro et al. 1986, Leite 1989, Ruiz 1991, Geraldes et al. 1997, Saes 1999). Th e granites are medium-to coarse-grained, vary form isotropic to strongly foliated, and span for ca. 70 Ma, between 1.55 and 1.48 Ga (Geraldes et al. 1999)... O IBGE (2001) faz a seguinte observao... Prope-se neste trabalho, a denominao como Sute Intrusiva Cachoeirinha, devido a suas caractersticas pe-trogenticas, conforme levantadas nos trabalhos supracitados. Esto englobados nesta unidade os corpos granitides mapeados por Saes; Weska; Leite (1984) e Monteiro et

  • 32 Lxico Estratigrfi co da Amaznia Legal

    al. (1986): Granitos Alvorada e Cachoeirinha, Tonalito Cabaal e Granodiorito gua Clara. O tonalito Cabaal conforme descrito por Monteiro et al. (op. cit) tem aspecto gnassico, granulao mdia, localmente com evidncia de cataclase. J o Granodiorito gua Clara fi no a mdio, s vezes porfi rtico, aspecto macio, s vezes com foliao incipiente junto zona de falha ou nos contatos com as encaixantes...

    Compilador: Jaime Franklin Vidal Araujo.

    AMAJARI, Granitide.

    Idade: Paleoproterozico, levando-se em considerao o mencionado por Reis (2000)... O Granito Igarap Azul foi objeto de datao geocronolgica por Almeida et al. (1997a), pelo mtodo de evaporao Pb-Pb em monozirco (tabela 3.12). Pode ser correlacionado aos granitides do tipo S caracterizados mais a norte (Almeida & Reis, in: Projeto Roraima Central, CPRM, no prelo), notadamente na regio da maloca Curuxuim, limite da rea desse projeto. Tabela 3.12 Dados geocro nolgicos do Gra-nito Igarap Azul. Amostra Mtodo Idade (Ma) Referncias MF-132 Pb/Pb 1.938 37 Almeida et al. (1997) NR-017 Pb/Pb 1.960 21 Almeida et al. (1997)...

    Autor: Almeida & Reis (1999).

    Localidade - Tipo: Mdio Rio Amajari, afl uente do Rio Urariqera, pela margem esquerda, na poro centro-norte do Estado de Roraima.

    Distribuio: Mostra-se sob a forma de um stock presente na bacia do Mdio Rio Amajari, que desgua na margem esquerda do Rio Urariqera, na regio centro-norte do estado de Roraima.

    Descrio Original: Historicamente, ao longo do Escudo das Guianas, corpos graniti-des do tipo S tm sido pouco mencionados, cujas caractersticas petrogrfi cas e qumicas, alm das relaes de campo com encaixantes metassedimentares, tm sido objeto de limitados estudos. Poucas referncias tm sido sutilmente citadas na Guiana para o Su-pergrupo Barama-Mazaruni (Gibbs & Barron 1993), no Suriname para o Supergrupo Marowijne (Bosma et al. 1983) e na Guiana Francesa (choubert 1974). De modo similar, na poro brasileira e particularmente no estado de Roraima, o quadro no se modifi ca. No entanto, algumas observaes de campo aliadas caracterizao petro-grfi ca e qumica de alguns afl oramentos de rochas granitides do setor nor-nordeste de Roraima, conduziram caracterizao de termos litolgicos compatveis com granitos tipo S mencionados na literatura... Almeida & Reis (1999).

    Comentrios: Almeida & Reis (1999) citam que em um stock disposto na bacia do mdio rio Amajari afl oram biotita-granitides com moscovita (monzogranitos) e gnaisses correlatos referentes unidade Granitide Amajari. Segundo Faria et al. (1999)... A unidade Granito Igarap Azul foi defi nida por Faria & Luzardo (no prelo) para representar rochas granticas peraluminosas, com caractersticas qumicas de grani-tos tipo S, portadores de biotita, moscovita e raramente cordierita... Merece ser citada a informao fornecida por Faria (2000) de que... Prope-se a denominao Gra-nito Igarap Azul (GIA) para agrupar rochas granticas de carter peraluminoso, que ocorrem na poro sul do Estado de Roraima, notadamente nas bacias dos rios Anau e Jauaperi, tendo como rea-tipo as sub-bacias dos igaraps Azul e Galego, afl uentes do rio Anau... Reis (2000) advoga uma correlao entre o Granito Igarap Azul, por-

  • Lxico Estratigrfi co da Amaznia Legal 33

    Ao sul do Estado de Roraima, e os Granitos Tipo S de Almeida & Reis (op. cit.) representados pelos granitides Parim, Curuxum, Marac e Amajari, dispostos ao norte do mesmo estado.Compilador: Mrio Ivan Cardoso de Lima.AMAP, Formao.

    Idade: Paleogeno ao Neogeno, segundo Brando & Feij (1994) que informam... A plataforma carbontica da Formao Amap desenvolveu-se do Paleoceno ao Mio-ceno, conforme as dataes bioestratigrfi cas baseadas em foraminferos plantnicos, nanofsseis calcrios e palinomorfos...

    Autor: Schaller, Vasconcelos & Castro (1971)

    Localidade - Tipo: O nome deve-se ao antigo Territrio Federal do Amap, atual-mente Estado do Amap, em cuja plataforma foi perfurado o poo-tipo da unida-de. O perfi l de referncia o intervalo 1 634 3 648 m do poo 1- APS- 29.

    Distribuio: Mostra-se presente na plataforma continental dos estados do Par e Amap.

    Descrio Original: Convm mencionar que o nome > (Vila Nova) >> j foi anteriormente utilizado por Nagell (1962), para designar os metassedimentos afl orantes na Serra do Navio, no Territrio Federal do Amap. Posteriormente o mesmo nome, sempre acompanhado do trmo > entre parntesis, foi citado por Scarpelli e Marotta (1966). Nenhum dstes autores faz porm meno ao trabalho de Ackermann que, em 1948, sob o nome de Srie Vila Nova, defi niu esta mesma ocorrn-cia de meta-sedimentos como segue: > O nome Srie Vila Nova foi posteriormente, em 1960, adotado ofi cialmente pelo DNPM- DGM, em seu Mapa Geolgico do Brasil (Escala 1: 5 000 00). De acordo com o item 11 do Cdigo de Nomenclatura Estratigrfi ca no se justifi ca portanto a utilizao de > para designar uma unidade estratigrfi ca j anteriormente defi nida sob outro nome, uma vez que isto vai de encontro ao conceito de prioridade. Prope-se, portanto, a liberao defi nitiva do nome > para assim nomear os carbona-tos tercirios que ocorrem sbre a plataforma continental, nas costas do Par e Amap... Schaller, Vasconcelos & Castro (1971).

    Comentrios: Schaller, Vasconcelos & Castro (1971) mencionam... A Formao Amap foi subdividida em quatro ciclos que constituem boas unidades operacionais e para as quais so informalmente propostos os nomes seqncias Candiru, Jacund, Tam-baqui e Tamoat (Fig, 9, 10 e 11)... Consideram a Formao Amap, constituda essencialmente por calcrio cinza a creme, representado por micrito alglico, de macroforaminferos com matriz micrtica e por material de tlus, onde fragmentos e blocos de calcrios biohermais e pequenos corais corniformes esto irregularmen-te mergulhados em matriz micrtica. Intercalados esto presentes folhelhos cinza esverdeados e mais raramente acastanhados, slticos, freqentemente glauconticos

  • 34 Lxico Estratigrfi co da Amaznia Legal

    e piritosos. Brando & Feij (1994) ao se referirem Formao Amap no fazem nenhuma meno subdiviso em unidades.

    Compilador: Jaime Franklin Vidal Araujo.

    AMAPARI, Granito.

    Idade: Paleoproterozico, segundo informaes de Borges, Lafon & Villas (1996) que relatam... Uma datao Pb-Pb em zirco do granito forneceu uma idade de 1980 +/- 60 Ma com dois cristais revelando idades de 2,12 e 2,39 Ga. Outra datao Pb-Pb, mas em rocha total, forneceu uma idade de 1993 +/- 13 Ma, interpretada como a de cristalizao do granito. Dados Sm-Nd complementares (Oliveira et al., neste simpsio) apontaram uma idade TDM de 2,60 Ga...

    Autor: Borges, Lafon & Villas (1996).

    Localidade-Tipo: Rio Amapari, afl uente pela margem esquerda do Rio Araguari, no Estado do Amap.

    Distribuio: Afl ora na rea de depsito aurfero de Amapari e foi interceptado em profundidade por furos de sondagem, na regio central do Estado do Amap.

    Descrio Original: A rea de Amapari, a cerca de 18 km a WSW da cidade de Serra do Navio na regio central do Amap, constituda por uma seqncia supacrustal vulcanossedimentar paleoproterozica, metamorfi zada na fcies xisto-verde anfi bolito (Sute Metamrfi ca Vila Nova), a qual ocorre em faixas alongadas segundo NW-SE, estando assentada discordantemente sobre o Complexo Guianense. Importantes minera-lizaes aurferas ocorrem associadas a essas seqncias metavulcanossedimentares, mui-tas das quais em veios de quartzo hospedados zonas de cisalhamento. Vrias intruses granticas tardi-tectnicas cortam o pacote vulcanossedimentar, as quais propiciaram metmorfi smo de contato, alm de alteraes hidrotermais em diversas rochas da seqn-cia.Uma dessas intruses o Granito Amapari ... Borges, Lafon & Villas (1996).

    Comentrios: Segundo Borges, Lafon & Villas (1996)... O Granito Amapari um cor-po hololeucocrtico, de colorao cinza esbranquiada, textura alotriomrfi ca e granulao mdia a grossa, s vezes com aspecto pegmatide... acrescentam ainda... Os dados minera-lgicos e geocronolgicos permitem interpretar o Granito Amapari como um plton gerado por fuso crustal, caracterizando um episdio magmtico ps-transmamznicio em torno de 1,99 Ga, o qual no havia sido evidenciado no Amap... De acordo com Vasquez & Lafon (2001)... As primeiras evidncias de magmatismo proterozico ps-transamaznico (< 1,9 Ga) na poro oriental do Escudo das Guianas (Amap) foram obtidas por Lima et al. (1974), atravs de dataes Rb-Sr de macios granodiorticos (Granodiorito Falsino com 1,75 Ga), e intruses alcalinas sienticas (Alcalinas Mapari com 1,681,34 Ga)... O IBGE (2004) acolhe na Sute Intrusiva Falsino o Tonalito Papa Vento e o Granito Cigana.

    Compilador: Mrio Ivan Cardoso de Lima.

    ANANA, Sute Metamrfi ca.

    Idade: Arquean