LIAHONA AGOSTO 2015 - Português

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LIAHONA AGOSTO 2015 - Português (PDF)

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  • A IGREJA DE JESUS CRISTO DOS SANTOS DOS LT IMOS DIA S AGOSTO DE 2015

    Os Discpulos e a Defesa do Casamento, pp. 18, 28, 80Segurana nos Padres de Deus, p. 24Pins, Posts, Tweets: Varrer a Terra com a Verdade, p. 48.

  • Por seus frutos os conhecereis. Porventura colhem- se uvas dos espinheiros, ou figos dos abrolhos?

    Assim, toda a rvore boa produz bons frutos, e toda a rvore m produz frutos maus.

    Portanto, pelos seusfrutos os conhecereis.

    Mateus 7:1617, 20

  • A g o s t o d e 2 0 1 5 1

    SEES8 Caderno da Conferncia

    de Abril de 2015

    10 Nossa Crena: Cremos em Ser Humildes

    12 Notcias da Igreja14 Nosso Lar, Nossa Famlia:

    Um Reencontro GloriosoSusanL. e C.Terry Warner

    16 Servir na Igreja: O Poder do Ensino FamiliarJeffB. Marler

    17 Reflexes: A Janela para a PiscinaBecky Heiner

    38 Vozes da Igreja80 At Voltarmos a Nos Encontrar:

    Ele Me Ensinou a Ordem Celestial da Eternidadelder ParleyP. Pratt

    A Liahona, Agosto de 2015

    MENSAGENS4 Mensagem da Primeira

    Presidncia: Ser uma LuzPresidente ThomasS. Monson

    7 Mensagem das Professoras Visitantes: Atributos Divinos de Jesus Cristo: Manso e Humilde

    ARTIGOS18 Os Discpulos e a Defesa

    do Casamentolder RussellM. NelsonDevemos defender o casamento tradicional e proclamar a von-tade de Deus.

    24 Os Padres Fixos do Pai Celestiallder Allan F. PackerOs padres do Deus vivo nos pre-pararo hoje para o Juzo Final.

    28 A Proclamao da Famlia: Ir Alm da Confuso Culturallder Bruce C. HafenO casamento e o papel de pai ou me so linhas mestras em nosso tecido social.

    34 Os Homens da Igreja e o DivrcioBrent ScharmanDurante e aps a tragdia do divrcio, essencial permanecer perto dos filhos e do evangelho.

    NA CAPAPrimeira capa: Fotografia de Leslie Nilsson. Parte interna da primeira capa: Fotografia de grapix/iStock/Thinkstock. Parte interna da ltima capa: Fotografia de mycola/iStock/Thinkstock.

    18

  • 42 64

    60

    2 A L i a h o n a

    42 Pacincia: Mais do Que EsperarHillary OlsenA pacincia significa fazer ativamente todas as coisas que estiverem a nosso alcance (D&C 123:17).

    46 Misso ou Dinheiro?Gelzcke Felix NogueiraSer que a misso compensaria osacrifcio financeiro?

    J O V E N S A D U L T O S

    48 Varrer a Terra por Meio das Redes Sociaislder David A. BednarO Senhor nos abenoou com novas tecnologias para ajudar a inundar a Terra com a verdade.

    54 Perguntas e RespostasMeus pais so divorciados. Como fao para perdoar- lhes?

    56 Receita para uma Famlia FelizMindy Anne LeavittA proclamao da famlia nos ensina como fortalecer nossa fam-lia e construir um lar feliz.

    60 O Dia do Senhor um DeleiteJovens da Europa Oriental expli-cam por que e como santificam oDia do Senhor.

    62 Esperar com FMikaeli Duarte da SilvaSer que o restante da minha famlia entraria para a Igreja umdia?

    J O V E N S

    64 A Corrida de SheilaJan PinboroughSheila estava nervosa para falar com o pai at receber do bispo uma bno do sacerdcio.

    66 Socorro! Algum Est Se DivorciandoKatherine NelsonAlgumas respostas que podem ajud- lo caso seus pais se divorciem.

    68 Peguei Voc!Amie Jane LeavittLaura teria coragem suficiente para defender Alice?

    70 S Fiel71 Msica: Ouse Ser Bom

    GeorgeL. Taylor e A.C. Smyth

    72 Uma Escolha DifcilAmanda MichaelisAo ver um videogame ruim, Diego precisa fazer uma escolha difcil.

    74 Testemunha Especial: Como posso me manter livre?lder Quentin L. Cook

    75 Voc Pode Se Arrepender e Perdoar

    76 Clara e a Apresentao da PrimriaJane McBride ChoateClara est nervosa por causa de sua fala em sua primeira apresen-tao da Primria.

    78 Hora das Escrituras: Jesus Traz Lzaro de Volta Vida

    C R I A N A S

    Veja se conse-gue encontrar a Liahona oculta nesta edio. Dica: Escolha oque certo!

  • AGOSTO DE 2015 VOL. 68 N 8A LIAHONA 12568 059Revista Internacional em Portugus de A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos ltimos DiasA Primeira Presidncia: Thomas S. Monson, Henry B. Eyring e Dieter F. UchtdorfQurum dos Doze Apstolos: Boyd K. Packer, RussellM. Nelson, Dallin H. Oaks, M. Russell Ballard, Richard G. Scott, Robert D. Hales, Jeffrey R. Holland, David A. Bednar, Quentin L. Cook, D. Todd Christofferson e Neil L. AndersenEditor: Craig A. CardonConsultores: Mervyn B. Arnold, Christoffel Golden, Larry R. Lawrence, James B. Martino, Joseph W. Sitati Diretor Administrativo: David T. WarnerDiretor de Apoio Famlia e aos Membros: Vincent A. VaughnDiretor das Revistas da Igreja: Allan R. LoyborgGerente de Relaes Comerciais: Garff CannonGerente Editorial: R. Val JohnsonGerente Editorial Assistente: Ryan CarrAssistente de Publicaes: Lisa Carolina LpezEquipe de Composio e Edio de Textos: Brittany Beattie, David Dickson, DavidA. Edwards, MatthewD. Flitton, Lori Fuller, GarrettH. Garff, LaRene Porter Gaunt, Mindy Anne Leavitt, MichaelR. Morris, Sally Johnson Odekirk, JoshuaJ. Perkey, JanPinborough, RichardM. Romney, Paul VanDenBerghe, Marissa WiddisonDiretor Administrativo de Arte: J. Scott KnudsenDiretor de Arte: Tadd R. PetersonEquipe de Diagramao: Jeanette Andrews, FayP. Andrus, Mandie M. Bentley, C.Kimball Bott, ThomasChild, Nate Gines, Colleen Hinckley, EricP. Johnsen, Susan Lofgren, ScottM. Mooy, MarkW. Robison, Brad Teare, K.Nicole WalkenhorstCoordenadora de Propriedade Intelectual: Collette Nebeker AuneGerente de Produo: Jane Ann PetersEquipe de Produo: Connie Bowthorpe Bridge, Julie Burdett, Katie Duncan, Bryan W. Gygi, Denise Kirby, Ginny J. Nilson, GayleTate RaffertyPr-Impresso: Jeff L. MartinDiretor de Impresso: Craig K. SedgwickDiretor de Distribuio: Stephen R. ChristiansenTraduo: Nelly Barros TerroneDistribuio: Corporao do Bispado Presidente de A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos ltimos Dias. Steinmhlstrasse 16, 61352 Bad Homburg v.d.H., Alemanha.Para assinatura ou mudana de endereo, entre em contato com o Servio ao Consumidor. Ligao Gratuita: 00800 2950 2950. Telefone: +49 (0) 6172 4928 33/34. E-mail: [email protected]. Online: store.lds.org. Preo da assinatura para um ano: 3,75 para Portugal, 3,00 para Aores e CVE 83,5 para Cabo Verde.Para assinaturas e preos fora dos Estados Unidos e do Canad, acesse o site store.LDS.org ou entre em contato com o Centro de Distribuio local ou o lder da ala ou do ramo.Envie manuscritos e perguntas online para liahona.LDS.org; pelo correio, para: Liahona, Room 2420, 50 E. North Temple St., Salt Lake City, UT 84150-0024, USA; ou por e-mail, para: [email protected] Liahona, termo do Livro de Mrmon que significa bssola ou guia, publicada em albans, alemo, armnio, bislama, blgaro, cambojano, cebuano, chins, chins (simplificado), coreano, croata, dinamarqus, esloveno, espanhol, estoniano, fijiano, finlands, francs, grego, holands, hngaro, indonsio, ingls, islands, italiano, japons, leto, lituano, malgaxe, marshalls, mongol, noruegus, polons, portugus, quiribati, romeno, russo, samoano, suali, sueco, tagalo, tailands, taitiano, tcheco, tongans, ucraniano, urdu e vietnamita. (A periodicidade varia de um idioma para outro.) 2015 Intellectual Reserve, Inc. Todos os direitos reservados. Impresso nos Estados Unidos da Amrica.O texto e o material visual encontrados na revista A Liahona podem ser copiados para uso eventual, na Igreja ou no lar, no para uso comercial. O material visual no poder ser copiado se houver qualquer restrio indicada nos crditos constantes da obra. As perguntas sobre direitos autorais devem ser encaminhadas para Intellectual Property Office, 50 E. North Temple St., Salt Lake City, UT 84150, USA; e-mail: [email protected] Readers in the United States and Canada: August 2015 Vol. 68 No. 8. LIAHONA (USPS 311-480) Portuguese (ISSN 1044-3347) is published monthly by The Church of Jesus Christ of Latter-day Saints, 50 E. North Temple St., Salt Lake City, UT 84150. USA subscription price is $10.00 per year; Canada, $12.00 plus applicable taxes. Periodicals Postage Paid at Salt Lake City, Utah. Sixty days notice required for change of address. Include address label from a recent issue; old and new addresses must be included. Send USA and Canadian subscriptions to Salt Lake Distribution Center at address below. Subscription help line: 1-800-537-5971. Credit card orders (Visa, MasterCard, American Express) may be taken by phone. (Canada Poste Information: Publication Agreement #40017431)POSTMASTER: Send all UAA to CFS (see DMM 707.4.12.5). NONPOSTAL AND MILITARY FACILITIES: Send address changes to Distribution Services, Church Magazines, P.O. Box 26368, SaltLake City, UT 84126-0368, USA.

    A g o s t o d e 2 0 1 5 3

    Ideias para a Noite Familiar

    EM SEU IDIOMAA revista A Liahona e outros materiais da Igreja esto disponveis em muitos idiomas em languages. LDS. org.

    TPICOS DESTA EDIOOs nmeros representam a primeira pgina de cada artigo.

    Amizade, 68, 72Amor, 18, 56, 68Arbtrio, 24, 70, 72, 74Arrependimento, 56, 75Bnos do

    sacerdcio, 64Bullying, 68Casamento, 18, 28, 80Converso, 14, 62Coragem, 64, 71, 72, 76Dia do Senhor, 60Dignidade, 24Divrcio, 34, 54, 64, 66Dzimo, 46

    Ensino familiar, 16Esprito Santo, 40Exemplo, 4, 48, 68Famlia, 14, 17, 18, 28, 56,

    62, 80Frequncia

    Igreja, 38, 60Histria da famlia, 39Humildade, 7, 10Integridade, 24Jesus Cristo, 7, 78Livro de Mrmon, 41Mdia social, 48Obedincia, 24, 70

    Obra missionria, 41, 46, 48

    Orao, 39, 40, 56, 64, 76Orgulho, 10Pacincia, 42, 62Padres, 24, 70Paternidade/

    maternidade, 28, 34Perdo, 54, 56, 66, 75Sacrifcio, 46Testemunho, 4, 48Trabalho, 56Trabalho do

    templo, 14, 62

    Esta edio contm atividades e artigos que podem ser usados na noite familiar. Seguem- se dois exemplos.

    Os Discpulos e a Defesa do Casa-mento, pgina 18: Pense em como voc pode ser um defensor do casamento em seu prprio lar. J teve uma conversa com seus filhos sobre o casamento futuro deles ou sobre como a viso da Igreja sobre o casamento difere da do mundo? J exter-nou seus sentimentos sobre o casamento para seus filhos? J lhes transmitiu os ensi-namentos dos profetas e apstolos sobre o casamento? Durante uma noite familiar, cogite discutir esses assuntos usando A Famlia: Proclamao ao Mundo (A Liahona, novembro de 2010, ltima contracapa).

    Varrer a Terra por Meio das Redes Sociais, pgina 48: Depois de ler esse artigo, discuta em famlia como vocs vo, como instou o lder Bednar, usar as mdias sociais para transmitir mensagens do evangelho, seguindo as diretrizes sugeridas por ele. Voc pode publicar citaes das autoridades gerais em sua pgina do Facebook ou imagens de suas escrituras favoritas no Instagram. Sua famlia pode at criar sua prpria hashtag para usar quando postar fotografias ou citaes relacionadas ao evangelho (tal como fizeram os membros da Igreja que iniciaram ahashtag #LDSconf).

  • 4 A L i a h o n a

    Tive o privilgio de assistir a muitas celebraes culturais realizadas por ocasio da dedicao de templos. Adorei todas, inclusive a mais recente a que assisti em Phoenix, Arizona, EUA, em novembro do ano passado.

    Os jovens da Igreja que participam dessas celebraes culturais realizam apresentaes maravilhosas e memor-veis. No ano passado, em Phoenix, pouco antes da celebra-o, eu disse aos participantes: Vocs so filhos da luz.

    Gostaria que todos os jovens da Igreja soubessem que so filhos da luz. Nessa condio, tm a responsabilidade de [resplandecer] como astros no mundo (Filipenses 2:15). Tm o dever de compartilhar as verdades do evange-lho. Tm o chamado de personificar o propsito do tem-plo, refletindo a luz do evangelho para um mundo cada vez mais mergulhado na escurido. Tm a misso de man-ter sua luz acesa e brilhando com fulgor.

    Para sermos um exemplo dos fiis (ITimteo 4:12), ns mesmos precisamos ser fiis e crer. Devemos desenvol-ver a f necessria para sobreviver espiritualmente e irra-diar luz para os outros. Devemos nutrir nosso testemunho at que se torne uma ncora para nossa vida.

    Um dos meios mais eficazes de se obter e manter a f de que precisamos hoje ler e estudar as escrituras e orar com frequncia e constncia. Caso ainda no o tenham feito, insto os jovens da Igreja a desenvolverem agora um hbito dirio de estudo das escrituras e orao. Sem essas duas prticas essenciais, as influncias externas e as rea-lidades por vezes duras da vida podem enfraquecer ou extinguir sua luz.

    Os anos da adolescncia no so nada fceis. So os anos preferenciais para Satans tent- los e empenhar- se ao mximo para afast- los do caminho que os levar de volta

    a seu lar celestial. Mas ao lerem, orarem, servirem e obede-cerem, passaro a conhecer melhor a luz que resplandece nas trevas (D&C 6:21), nosso exemplo e nossa fora, sim, o Senhor Jesus Cristo. Ele a Luz que devemos erguer para dissipar as trevas que se avolumam (ver 3Nfi 18:24).

    Com um forte testemunho do Salvador e de Seu evan-gelho restaurado, vocs tm oportunidades ilimitadas de brilhar. Elas surgem todos os dias, sejam quais forem as circunstncias em que vocs se encontrem. Ao seguirem o exemplo do Salvador, vocs tero a oportunidade de ser uma luz, por assim dizer, na vida das pessoas a sua volta sejam elas familiares, colegas de escola ou de trabalho, meros conhecidos ou at mesmo estranhos.

    Se vocs forem uma luz para o mundo, as pessoas sua volta sentiro um esprito especial que as levar a desejar conviver com vocs e seguir seu exemplo.

    Suplico aos pais e lderes de nossos jovens que os aju-dem a permanecer firmes em defesa da verdade e retido. Ajudem os jovens a aumentar suas perspectivas de apren-dizado, de entendimento e de servio no reino de Deus. Cultivem dentro deles a fora para resistir s tentaes do mundo. Deem a eles a vontade de andar nos caminhos da

    Presidente ThomasS. Monson

    M E N S A G E M D A P R I M E I R A P R E S I D N C I A

    SER UMA LUZ

  • virtude e da f e de olharem para o cu como sua ncora constante.

    Digo a nossos jovens que o Pai Celestial os ama. Que vocs sintam o amor que os lderes da Igreja tm por vocs. Que sempre tenham o desejo de servir ao Pai Celestial e a Seu Filho. E que sempre trilhem as sendas da verdade e sejam uma luz entre os filhos deDeus.

    ENSINAR USANDO ESTA MENSAGEM

    Se desejar, troque ideias com as pessoas que voc ensina sobre o que significa ser um [filho] da luz. Que responsabilidades isso acarreta? Voc pode abordar ocasies em que a luz delas brilhou particularmente forte e o

    que a tornou to intensa. Pea- lhes que pensem numa pessoa em particular como um

    jovem, um colega de trabalho ou um familiar que esteja pre-

    cisando de luz. Em seguida vocs podem orar juntos para encon-trar uma maneira de partilhar luz com essa pessoa.

  • 6 A L i a h o n a

    Faa Sua Luz Brilhar

    Como filho de Deus, voc um filho da luz. Voc pode adquirir mais luz seguindo nosso Salvador, Jesus Cristo. Jesus Cristo e o Pai Celestial amam voc e desejam que voc brilhe para os outros e os leve para Cristo. Voc pode brilhar apenas sendo quem ao guardar os mandamentos, tais como orar e ler as escri-turas. Preencha as estrelas abaixo com ideias de como voc pode brilhar para os outros como um exemplo deJesus Cristo. As primeiras duas j esto prontas. Voc pode colorir as estrelas.

    Farol de Luz

    O Presidente Monson ensina que os jovens da Igreja tm o chamado de personificar o propsito do tem-plo, refletindo a luz do evangelho para um mundo cada vez mais mergulhado na escurido. Ele cita algumas maneiras de fazer isso:

    Compartilhar o evangelho

    Acreditar

    Desenvolver f

    Ser uma luz para os outros

    Nutrir seu testemunho at que se torne uma ncora para sua vida

    Ler e estudar as escrituras

    JOVENS

    CRIANAS

    Orar com frequncia e constncia

    Servir

    Obedecer

    Se desejar, atribua uma nota de 1 a 5 a cada uma dessas reas em sua vida. Nas reas com nota mais baixa, estude esses assuntos nas escrituras ou busque- os em LDS.org. Depois de estudar esses temas, voc pode pensar em maneiras de fortalecer essas reas e traar metas para isso.

    Ir Igreja

    Ajudar minha famlia

    IMAG

    EM D

    E FA

    ROL:

    DZM

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    HINK

    STO

    CK

  • A g o s t o d e 2 0 1 5 7

    Atributos Divinos de Jesus Cristo: Manso e HumildeEsta mensagem faz parte de uma srie de Men-sagens das Professoras Visitantes que abordam atributos divinos do Salvador.

    Jesus disse: O maior entre vs seja como o menor; e quem governa como quem serve. Pois qual maior: quem est mesa, ou quem serve? Porventura no quem est mesa? Eu, porm, entre vs sou como aquele que serve (Lucas 22:2627).

    O Salvador nosso exemplo supremo do poder da humildade e submisso. Afinal de contas, Sua submisso vontade do Pai levou a efeito o maior e mais poderoso acon-tecimento de toda a histria. Talvez algumas das palavras mais sagradas das escrituras sejam simplesmente: Todavia no se faa a minha vontade, mas a tua (Lucas 22:42).1

    Como discpulos de Jesus Cristo, sempre procuramos ser como Ele. Amansido vital para nos tor-narmos mais semelhantes a Cristo, afirmou o lder Ulisses Soares, dos Setenta. Sem ela no podemos desen-volver outras virtudes importantes. Ser humilde no significa fraqueza, mas, sim, comportar- nos com bon-dade e amabilidade, mostrando

    fora, serenidade, amor- prprio e autocontrole.2 Ao nos empenhar-mos para desenvolver esse atributo, vamos descobrir que submetermos humildemente nossa vontade do Pai proporciona- nos o poder de Deus o poder da humildade, que o poder de enfrentar as adversidades da vida, o poder da paz, o poder da esperana, o poder de um corao pulsando cheio de amor pelo Salvador Jesus Cristo, o poder da redeno.3

    Escrituras AdicionaisMateus 26:39; Joo 5:30; Mosias 3:19; Helam 3:35

    Em esprito de orao, estude este artigo e decida o que compartilhar. De que modo a compreen-so da vida e dos papis do Salvador aumentar sua f Nele e abenoar as pessoas sob sua responsabilidade como professora visitante? Acesse reliefsociety.LDS.org para mais informaes.

    Das EscriturasUm dos momentos mais doces

    e marcantes do ministrio de Cristo foi quando Ele lavou os ps de Seus discpulos. Levantou- se da ceia, tirou as vestes, e, tomando uma toalha, cingiu- se. Depois deitou gua numa bacia, e comeou a lavar os ps aos discpulos, e a enxugar- lhos com a toalha com que estava cingido (Joo 13:45).

    Quando o Salvador introdu-ziu essa ordenana, os discpu-los devem ter ficado surpresos ao verem seu Senhor e Mestre ajoelhar- Se perante eles e prestar mansamente um servio dessa natureza. Em seguida, Jesus expli-cou as lies que desejava que eles e todos ns aprendssemos:

    Ora, se eu, Senhor e Mestre, vos lavei os ps, vs deveis tam-bm lavar os ps uns aos outros.

    Porque eu vos dei o exemplo, para que, como eu vos fiz, faais vs tambm (Joo 13:1415).

    F, Famlia, Auxlio

    JESU

    S LA

    VAND

    O O

    S P

    S DO

    S AP

    ST

    OLO

    S, D

    E DE

    L PA

    RSO

    N

    Pense NistoComo o fato de termos humildade pode nos ajudar a amar como o Salvador amou?

    M E N S A G E M D A S P R O F E S S O R A S V I S I T A N T E S

    NOTAS 1. RichardG. Edgley, O Poder da Humildade,

    A Liahona, novembro de 2003, p. 99. 2. Ulisses Soares, Ser Manso e Humilde de

    Corao, A Liahona, novembro de 2013, p.9.

    3. RichardG. Edgley, O Poder da Humildade, p. 99.

  • 8 A L i a h o n a

    CADERNO DA CONFERNCIA DE ABRIL DE 2015

    Para recordar a conferncia geral de abril de 2015, voc pode usar estas pginas (e os Cadernos da Conferncia que vo ser publicados em edies futuras) para ajud- lo a estu-dar e a colocar em prtica os mais recentes ensinamentos dos profetas e apstolos vivos ede outros lderes da Igreja.

    O que eu, o Senhor, disse est dito; () seja pela minha prpria voz ou pela voz de meus servos, o mesmo (D&C 1:38).

    As Ofertas de Jejum Mudam CoraesNa Igreja, hoje em dia, dada a ns a oportunidade de jejuar uma vez por ms e de fazer uma oferta de jejum generosa, por meio de nosso bispo ou de nosso presidente de ramo, para o benefcio dos pobres e dos necessitados.()

    Parte de nossa oferta de jejum deste ms ser usada para ajudar algum, em algum lugar, cujo alvio o Senhor sentir como se fosse Seu.

    Sua oferta de jejum far mais do que levar ajuda para alimentar e vestir outros. Vai curar e trans-formar coraes. O fruto de uma oferta sincera pode ser o desejo no corao daquele que a recebeu de estender a mo para outras pessoas que estejam precisando. Isso acon-tece em todo o mundo.

    P R O M E S S A P R O F T I C A

    D E S T A Q U E S D O U T R I N R I O S

    At que ponto santificamos o Dia do Senhor? Quando eu era bem maisjovem, estudei o trabalho de outros que tinham compilado listas de coisas para fazer e coisas para no fazer no Dia do Senhor. Foi s mais tarde que aprendi nas escrituras que minha conduta e minha atitude no Dia do Senhor constituam um sinal entre mim e meu Pai Celestial. Com esse entendimento, no pre-ciseimais de listas do que fazer ou evitar. Quando tinha que tomar a deciso sobre uma atividade ser ou

    Um Dia do Senhor Consagradono adequada para o Dia do Senhor, simplesmente me perguntava: Que sinal quero dar a Deus? Essa per-gunta fez com que minhas escolhas para o Dia do Senhor ficassem bem claras.()

    A f em Deus gera o amor pelo Dia do Senhor. A f no Dia do Senhor gera amor a Deus. Um Dia do Senhor quando consagrado realmente deleitoso.

    lder RussellM. Nelson, do Qurum dos Doze Apstolos, O Dia do Senhor Deleitoso, ALiahona, maio de 2015, pp. 130, 132.

    Presidente Henry B. Eyring, Primeiro Conse-lheiro na Primeira Presidncia, Porventura No Este o Jejum Que Escolhi?, A Liahona, maio de 2015, pp. 23, 24.

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    Para ler, ver ou ouvir os discursos da conferncia geral, acesse o site conference.LDS.org.

    RESPOSTAS PARA VOCEm cada conferncia, os profetas e apstolos do respostas inspiradas para as perguntas que os membros da Igreja possam ter. Use sua edio de maio de 2015 ou acesse o site conference.LDS.org para encontrar as respostas para estas perguntas:

    O que temor do Senhor e como ele pode abenoar nossa vida? Ver DavidA. Bednar, Portanto Reprimiram os Seus Temores, p. 46.

    Quais so as mais importantes tradies religiosas no lar que ajudam os filhos a saber que so amados e que esto seguros? Ver QuentinL. Cook, O Senhor Minha Luz, p. 62.

    De que modo o entendimento da relao existente entre justia, amor e misericrdia nos ajuda a com-preender a Pscoa e a Expiao de Jesus Cristo? Ver JeffreyR. Holland, Perdo, Justia e Redeno, p. 104.

    O PLANO DE SALVAOPelo menos quatro itens so necessrios para o sucesso desse plano divino, disse o lder D.Todd Christofferson. Encontre as respostas em seu discurso, Por Que Casar, Por Que Ter uma Famlia, p. 50.

    1. A Criao da ___________ como o lugar de nossa habitao.2. Com a Queda [de Ado e Eva], recebemos o conhecimento do ___________ e

    do ___________ e o poder da ___________ concedido por Deus. Finalmente, a Queda trouxe sobre o corpo fsico a ___________, necessria para que nosso tempo na mortalidade seja provisrio, a fim de que no vivssemos para sem-pre em nossos pecados.

    3. Vemos o papel da morte no plano de nosso Pai Celestial, mas esse plano no seria vlido sem um meio de, no final, vencer a morte, tanto ___________ como ___________. Para isso, um Redentor, o Filho Unignito de Deus, Jesus Cristo, sofreu e morreu para expiar a transgresso de Ado e Eva, provendo assim a ___________ e a imortalidade a todos.

    4. Deus ordenou que os homens e as mulheres devem casar e ter filhos, criando assim, em parceria com Deus, os corpos fsicos, que so a chave para o ___________ da mortalidade e ___________ para a glria eterna com Ele.

    Respostas: 1. Terra; 2. bem, mal, escolha, morte; 3. fsica, espiritual, ressurreio;

    4. teste, essenciais

  • 10 A L i a h o n a

    mas continua faltando a essncia, o cerne. Ele ensinou que o cerne do orgulho a inimizade [dio ou hosti-lidade] inimizade para com Deus epara com nossos semelhantes.1

    A hostilidade para com Deus corresponde ao estado de esprito deseja feita a minha vontade e no a tua.() O orgulhoso no consegue aceitar que sua vida seja dirigida pela autoridade de Deus. () Os orgu-lhosos querem que Deus concorde com eles. No esto interessados em mudar de opinio para concordar com Deus.2

    Quando nos tornamos membros da Igreja de Jesus Cristo, fazemos o convnio de record- Lo sempre, tomar Seu nome sobre ns e guardar Seus mandamentos (ver D&C 20:77). Qualquer pecado nos impede de guardar esse convnio, mas h um pecado em particular, acima de todos os demais, que precisamos evitar, pois leva a muitos outros: o orgulho.

    A maioria considera o orgulho egocentrismo, convencimento, jactn-cia, arrogncia ou soberba, observou o Presidente Ezra Taft Benson (18991994). Tudo isso faz parte do pecado,

    CREMOS EM SER HUMILDESO orgulhoso teme mais o julgamento dos homens do que o julgamento de Deus. A pergunta O que os homens acharo de mim? pesa mais do que O que Deus achar de mim? Presidente Ezra Taft Benson

    N O S S A C R E N A

    O HOMEM MAIS HUMILDEO maior, o mais capaz e o mais perfeito homem que j andou na Terra tambm foi o mais

    humilde. Ele realizou alguns de Seus atos de servio mais impressionantes em particular, com apenas poucos observadores, aos quais Ele pedia que a ningum dissessem o que Ele havia feito (ver Lucas 8:56). Quando algum

    Essa inimizade para com nossos semelhantes manifesta- se de inme-ras maneiras, como crticas, maledi-cncia, difamao, resmungos, viver acima das posses, inveja, cobia, repri-mir gratido e louvor que poderiam edificar outra pessoa, e mostrar- se insensvel e invejoso.3

    O orgulho impede nosso pro-gresso, prejudica nossos relacio-namentos e limita o servio que prestamos. O Presidente Benson sugeriu a seguinte soluo: O ant-doto para o orgulho a humildade mansido, submisso. o corao quebrantado e o esprito contrito.4 Ele ensinou que a humildade res-ponde vontade de Deus ao temor de Seu julgamento e s necessida-des de nossos semelhantes. () Que escolhamos ser humildes.5

    As ilustraes a seguir mostram maneiras pelas quais podemos decidir ser humildes. As escrituras contm muitas advertncias sobre o orgulho, como em Provrbios 16:18; Ezequiel 16:4950; Doutrina e Convnios 23:1; 38:39.

    NOTAS 1. Ensinamentos dos Presidentes da Igreja:

    Ezra Taft Benson, 2014, p. 247. 2. Ensinamentos: Ezra Taft Benson,

    pp. 247248. 3. Ensinamentos: Ezra Taft Benson, p. 250. 4. Ensinamentos: Ezra Taft Benson, p. 253. 5. Ensinamentos: Ezra Taft Benson,

    pp. 245, 254.

    O chamava de bom, Ele rapida-mente refutava o cumprimento, insistindo que somente Deus era verdadeiramente bom (ver Marcos 10:1718). Fica claro que o louvor do mundo nada significava para Ele. (...) Bem faramos em seguir oexemplo de nosso Mestre.

    Presidente Dieter F. Uchtdorf, Segundo Conselheiro na Primeira Presidncia, Ser Genunos, A Liahona, maio de 2015, p. 83.

  • A g o s t o d e 2 0 1 5 11

    Recebendo conselhos ecorreo.

    Servindo misso.

    Prestando servio abnegado.

    Podemos mostrar humildade:

    ILUST

    RA

    ES: D

    AVID

    HAB

    BEN

    Fazendo o trabalho de histria da famlia e indo ao templo com mais frequncia.

    Orando com real inteno.

    Extrado de Ensinamentos dos Presidentes da Igreja: Ezra Taft Benson, 2014, pp. 253254.

  • 12 A L i a h o n a

    NOTCIAS DA IGREJA

    A Primeira Presidncia anunciou mudanas nas designaes de lideranas de reas, em vigor a partir de 1 de agosto de 2015. Todos os membros das Presidncias de rea pertencem ao Primeiro ou ao Segundo Qurum dos Setenta.

    Os Setenta so chamados por reve-lao, sob a direo da Primeira Pre-sidncia, para auxiliar o Qurum dos Doze Apstolos em seu ministrio no mundo inteiro.

    A histria dos Setenta na verdade remonta poca do Velho Testa-mento, explicou o Presidente BoydK.

    frica Sudeste

    StanleyG. Ellis

    Primeiro Conselheiro

    CarlB. Cook

    Presidente

    KevinS. Hamilton

    Segundo Conselheiro

    frica Oeste

    TerenceM. Vinson

    Primeiro Conselheiro

    LeGrandR. Curtis Jr.

    Presidente

    DavidF. Evans

    Segundo Conselheiro

    sia

    RandyD. Funk

    Primeiro Conselheiro

    GerritW. Gong

    Presidente

    Chi Hong (Sam) Wong

    Segundo Conselheiro

    Presidncia dos Setenta

    RonaldA. Rasband

    L.Whitney Clayton

    DonaldL. Hallstrom

    RichardJ. Maynes

    Craig C. Christensen

    Ulisses Soares LynnG. Robbins

    Packer, Presidente do Qurum dos Doze Apstolos.1 A primeira meno aos Setenta encontrada em xodo 24:1 e posteriormente em Nmeros 11:1617, 25, quando foram reunidos para auxiliar Moiss.

    Durante Seu ministrio mortal, Cristo chamou os Setenta, instruiu-os de modo semelhante aos Doze Apstolos e enviou-os adiante da sua face, explicando que aqueles que ouvissem a voz deles ouviriam Sua voz (ver Mateus 10:1, 1617; Lucas 10).

    Cremos na mesma organizao que existia na Igreja primitiva,

    disse o Presidente Packer. E isso inclua os Setentas. (Ver Regras de F 1:6.) Na Igreja que cresce rapi-damente nos dias atuais, os Setenta desempenham um importante papel para auxiliar os Doze. Os Setenta podem fazer, por designao, qual-quer coisa que os Doze digam que faam, afirmou o Presidente Packer.2

    NOTAS 1. BoydK. Packer, Os Doze e os Setenta,

    Parte Um: A Revelao e o Papel dos Setenta (vdeo), LDS. org.

    2. Boyd K. Packer, Os Doze e os Setenta.

    Acesse news. LDS. org para mais notcias e acontecimentos da Igreja.

    Designados Novos Lderes de rea

    Auxilia em todas as reas

    Utah NorteUtah

    Salt Lake CityUtah Sul

    Amrica do Norte Nordeste

    Amrica do Norte Noroeste

    Idaho Amrica do Norte Sudeste

    Amrica do Norte Sudoeste

    Amrica do Norte Oeste

    Amrica do Norte Central

  • A g o s t o d e 2 0 1 5 13

    sia Norte

    Kazuhiko YamashitaPrimeiro

    Conselheiro

    Scott D. Whiting

    Presidente

    Yoon Hwan Choi

    Segundo Conselheiro

    Brasil

    Jairo MazzagardiPrimeiro

    Conselheiro

    CludioR.M. Costa,

    Presidente

    MarcosA. AidukaitisSegundo

    Conselheiro

    Caribe

    ClaudioD. Zivic

    Primeiro Conselheiro

    J.Devn Cornish

    Presidente

    Hugo E. Martinez

    Segundo Conselheiro

    Amrica Central

    Adrin Ochoa

    Primeiro Conselheiro

    JoseL. Alonso

    Segundo Conselheiro

    KevinR. Duncan

    Presidente

    Europa

    PaulV. Johnson

    Primeiro Conselheiro

    Patrick Kearon

    Presidente

    TimothyJ. Dyches

    Segundo Conselheiro

    Europa Leste

    Jrg Klebingat

    Primeiro Conselheiro

    BruceD. Porter

    Presidente

    LarryS. Kacher

    Segundo Conselheiro

    Mxico

    PaulB. Pieper

    Primeiro Conselheiro

    Benjamn De Hoyos

    Presidente

    Arnulfo ValenzuelaSegundo

    Conselheiro

    rea Oriente Mdio/frica

    LarryR. Lawrence

    WilfordW. Andersen

    Administrada da Sede da Igreja

    Pacfico

    O.Vincent Haleck

    Primeiro Conselheiro

    KevinW. Pearson

    Presidente

    S.Gifford Nielsen

    Segundo Conselheiro

    Filipinas

    Shayne M. Bowen

    Primeiro Conselheiro

    IanS. Ardern

    Presidente

    AllenD. Haynie

    Segundo Conselheiro

    Amrica do Sul Noroeste

    W.Christopher Waddell

    Primeiro Conselheiro

    JuanA. Uceda

    Presidente

    CarlosA. Godoy

    Segundo Conselheiro

    Amrica do Sul Sul

    FranciscoJ. Vias

    Primeiro Conselheiro

    WalterF. Gonzlez

    Presidente

    JosA. Teixeira

    Segundo Conselheiro

  • 14 A L i a h o n a

    Era uma bela manh, em abril de 2012, quando John Ekow- Mensah entrou no Templo de Acra Gana. Aquele irmo idoso, hoje com mais de 80 anos, tinha vindo de Nkawkaw, onde morava sozinho, com uma caravana de membros da Igreja. O grupo pretendia pernoitar no alojamento e passar dois dias servindo no templo.

    O irmo Ekow- Mensah estava sentado no templo esperando para participar de iniciatrias quando um homem mais novo se sentou ao lado dele. Aquele homem, de 54 anos, planejara passar por uma ses-so de investidura naquela manh com a esposa, mas por ter chegado atrasado para a sesso decidiu fazer iniciatrias.

    De onde voc ? perguntou o irmo Ekow- Mensah.

    Sekondi, respondeu o homem.De que parte de Sekondi? inda-

    gou o irmo Ekow- Mensah.Ketan, respondeu o homem mais

    novo, na rea onde esto as esco-las. No decorrer da conversa, os dois homens perceberam aonde aquelas perguntas poderiam levar.

    UM REENCONTRO GLORIOSOSusanL. e C.Terry Warner

    N O S S O L A R , N O S S A F A M L I A

    Dcadas de separao e sofrimento che-garam ao fim quando o Senhor reuniu um pai e um filho no templo.

    Tocado por uma sensao cada vez mais forte de que j conhecia oirmo Ekow- Mensah, o homem olhou para ele. O senhor o meu pai, anunciou. Qual o seu nome?

    John Ekow- Mensah.

    Esse tambm o meu nome, respondeu o filho.

    Depois de servirem no templo, os dois homens ficaram sentados um bom tempo na sala celestial, falando sobre a vida de cada um e reavivando seu amor. Embora todas as palavras

  • A g o s t o d e 2 0 1 5 15

    e atos do irmo Ekow- Mensah Jnior fossem respeitosas e adequadas, ele parecia no aceitar o pai de todo o corao at saber o motivo pelo qual o pai precisou ir embora e por que no pde entrar em contato com a famlia.

    Quase 50 anos antes, o irmo Ekow- Mensah Snior tinha- se casado com uma mulher cuja av a matriarca mais velha naquela poca detinha poder soberano sobre a tribo. Infelizmente, a matriarca tinha se oposto ao casamento de John com a neta dela. Por insistncia da av, o casal acabou por separar- se quando o filho mais velho deles, John Jnior, tinha apenas quatro ou cinco anos de idade. John

    Jnior conhecera sua bisav como uma mulher forte e trabalhadora, no como a responsvel por priv- lo do convvio com seu pai por quase 50 anos.

    A expulso da famlia cortou praticamente todos os laos. ILUS

    TRA

    O D

    E BR

    IAN

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    ; FO

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    CE

    DIDA

    GEN

    TILM

    ENTE

    PEL

    OS

    AUTO

    RES

    Devido falta de telefones ou ser-vios postais, John Snior no teve como manter contato com a famlia. Sua busca de trabalho o levou para um local que ficava a muitas horas de distncia. Morou em Mankessim de 1963 a 1989 aproximadamente, onde esteve frente de uma pequena loja de tintas. De l, mudou- se para Ada, onde a dona de um prdio que ele estava pintando lhe apresentou o evangelho de Jesus Cristo. O irmo Ekow- Mensah Snior filiou- se Igreja em 1991.

    Como era muito pequeno quando o casamento de seus pais acabou, o irmo Ekow- Mensah Jnior no tinha muito conhecimento da histria de sua famlia. s vezes sua me comen-tava que ele era uma fotocpia do pai, mas era tudo o que ele sabia.

    Depois de crescer e se casar, John e a esposa, Deborah, decidiram pro-curar uma igreja para frequentar. John estava na Universidade de Gana em Acra quando viu a revista Liahona numa estante. Pegou- a e interessou- se por seu contedo. John viu quem editava a publicao: A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos ltimos Dias.

    Quando John voltou para casa em Sekondi, sua esposa estava ansiosa para falar- lhe de uma igreja que uma amiga lhe indicara. Contou que o

    nome era A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos ltimos Dias. John disse a ela que se tratava da igreja sobre a qual ele lera numa revista na universidade.

    John e Deborah receberam as lies e foram batizados em 1999. Uma dcada depois, foram selados no Templo de Acra Gana, e os trs filhos mais novos (de um total de cinco) foram selados a eles.

    Por fim, em abril de 2012, mais uma vez no templo, houve muitas lgrimas quando pai e filho se reconheceram. Sua alegria aumentou quando se deram conta de que, cada um de seu lado, tinham se filiado Igreja e ido ao templo naquela bela manh. Os autores moram em Utah, EUA, e serviram na Misso Gana Acra.

    Pai e filho reunidos no templo aps quase 50 anos de separao.

  • 16 A L i a h o n a

    Recebi a designao de ser um mes-tre familiar com o irmo Erickson, um membro idoso da ala que era um mestre familiar dedicado. Ele me encarregou de marcar as visitas, e no me importei.

    Uma de nossas famlias, a famlia Wright (o nome foi mudado), no estava envolvida ativamente na Igreja. Quando telefonei para a casa deles, o irmo Wright disse: Nunca mais liguem para minha casa de novo.

    Narrei o ocorrido ao irmo Erickson. No ms seguinte, quando ele pediu que eu tornasse a ligar para a fam-lia Wright, lembrei- o de que o irmo Wright no queria que telefonssemos. Mesmo assim o irmo Erickson insis-tiu que eu telefonasse, e foi o que fiz. Quando o irmo Wright atendeu, pedi- lhe que no desligasse em minha cara e esclareci que fora meu companheiro de ensino familiar que insistira que eu ligasse. Perguntei se poderamos fazer as visitas apenas por telefone todos os meses. Ele concordou.

    A partir de ento, passei a ligar para a famlia Wright mensalmente. Toda vez que eu ligava, o irmo Wright dizia: Pronto, j fez sua ligao. Em seguida, desligava. Eu no via pro-blema nisso, e o irmo Erickson no pedia maiores explicaes.

    No entanto, passaram- se vrios meses e o irmo Erickson sugeriu

    que jejussemos pela famlia Wright. Concordei e, assim, num domingo, oramos e jejuamos para encon-trar uma maneira de tocar o irmo Wright. Na manh seguinte, quando passei pela casa deles a caminho do trabalho, o irmo Wright estava saindo de casa. Vi um caminhozi-nho de brinquedo debaixo de uma das rodas traseiras do carro dele, por isso parei e mostrei para ele. Ele me agradeceu.

    A propsito, anunciei, sou seu mestre familiar.

    Ele me agradeceu e seguiu para otrabalho.

    Telefonei para o irmo Erickson para contar- lhe o ocorrido. Ele pediu que eu ligasse para o irmo Wright

    O PODER DO ENSINO FAMILIARJeffB. Marler

    S E R V I R N A I G R E J A

    Como poderamos ser os mestres familiares de uma famlia que nem sequer nos deixava entrar?

    para marcar uma visita para a noite seguinte, e assim o fiz. O irmo Wright foi bastante afvel e receptivo. A visita com a famlia foi tima, e j deixamos a seguinte marcada. Sa da casa deles com um testemunho ainda maior da orao e do jejum e da importncia de nosso trabalho como mestres familiares.

    Ainda naquela semana, soubemos que o irmo Wright permitira que os missionrios de tempo integral come-assem a ensinar sua filha de 15 anos. Ela vinha orando havia meses para que o pai abrandasse o corao e a deixasse ser batizada. Algum tempo depois, a famlia comeou a frequen-tar a igreja, e o irmo Wright acabou autorizando o batismo da filha. De fato, foi ele quem a batizou.

    Sou grato ao irmo Erickson por estar em sintonia com o Esprito. Suas ideias inspiradas durante essa experin-cia me ajudaram a adquirir um testemu-nho mais forte do poder e do potencial do ensino familiar dedicado. O autor mora no Arizona, EUA.

  • A g o s t o d e 2 0 1 5 17

    Nossas frias estavam acabando. Naquela manh, ao tomarmos o desjejum, planejamos como aproveitar ao mximo nossa permanncia no hotel antes de iniciarmos a viagem de cinco horas de volta para casa. Meu marido decidiu levar nossas trs filhas mais novas para brincarem pela ltima vez na piscina. Aproveitei para usar a esteira na sala de ginstica.

    A esteira que escolhi ficava em frente a uma janela do tamanho de uma parede que dava para a piscina. Pouco depois, vi uma famlia minha famlia dirigir- se piscina. Toalhas, sapatos e camisetas comea-ram a voar por todos os lados quando as meninas se prepararam, cheias de entusiasmo, para pular na gua. Em circunstncias normais, eu esta-ria correndo atrs delas, recolhendo roupas e sapatos e, para ser honesta, me irritando um pouco com tudo isso. Daquela vez, no entanto, agi como uma observadora externa, como se a

    gigantesca janela minha frente fosse uma tela de cinema. medida que meus ps imprimiam um ritmo na esteira rolante, fiquei contemplando a cena.

    Vi o quanto todos estavam felizes, rindo e brincando juntos, e pensei nas vezes em que me desanimei com as discusses insignificantes que inevita-velmente surgem numa famlia, com a sensao desagradvel de que, apesar de todo o meu empenho, no estava conseguindo ensinar meus filhos a amarem uns aos outros. Mas, ao obser-var de longe, vi pessoas que estavam felizes juntas. Constatei que eu no estava fracassando em minha tentativa de ensin- los a amarem- se mutua-mente, mas apenas deixando deper-ceber que j conseguiam faz- lo.

    Vi uma das meninas pulando da borda da piscina repetidas vezes e indo parar nos braos do pai. Pen-sei em todos os saltos que ela daria ao longo da vida e esperei que ela

    A JANELA PARA A PISCINABecky Heiner

    R E F L E X E S

    Nossos relacionamentos familiares podem nos ajudar a aprender, a compreender e a viver o evangelho.

    confiasse que o Pai Celestial a apa-nharia a cada vez. Eu sabia que, com cada salto, ela estava aprendendo a confiar e que o fato de pertencer a uma famlia era uma maneira segura de adquirir essa confiana.

    Outra filha estava tentando aper-feioar uma tcnica de natao. Vi como o incentivo da famlia a ajudava a continuar se empenhando. Haveria momentos em sua vida em que ela precisaria do mesmo apoio diante de desafios mais difceis.

    E depois, vi nossa terceira filha cair acidentalmente na piscina. Contra-riada e zangada, saiu abruptamente da gua e sentou- se numa cadeira. A famlia notou imediatamente a ausncia dela. Vi todos a incentivarem amorosamente a voltar a brincar com eles. Ela acabou cedendo, e pensei no futuro dela, em todas as vezes em que se magoaria e sentiria vontade de desistir. Eu esperava que ela fosse sempre encontrar no amor da famlia foras para perseverar.

    De repente, dei- me conta de algo: nossa famlia pode ser a chave para nossa capacidade de aprender, com-preender e viver o evangelho. Nfi afirmou que, por meio de pequenos recursos, pode o Senhor realizar gran-des coisas (1Nfi 16:29). E isso que acontece na famlia. verdade que os pais passam por dificuldades. Mas cada esforo feito para ensinar, treinar e amar, por menor que seja, importa.

    Meu filme chegou ao fim. Ao des-ligar a esteira e ver minha famlia recolher as roupas, senti uma determi-nao renovada de seguir avante, de continuar fazendo todas as pequenas coisas que s vezes eu achava, cheia de preocupao, que no faziam a diferena. A autora mora em Utah, EUA.ILU

    STRA

    ES

    : ALL

    EN G

    ARNS

  • A g o s t o d e 2 0 1 5 19

    H grande poder numa parceria forte. Os verdadeiros companheiros podem realizar mais coisas do que a soma de cada um individualmente. Com verdadeiros companheiros, um mais um muito mais do que dois. ODoutor William J. Mayo e seu irmo, o Doutor Charles H. Mayo, criaram a Clnica Mayo. Os advogados e outros profissionais formam parcerias importantes. Eno casamento, o marido e a mulher podem formar a parceria mais importante detodas: uma famlia eterna.

    Melhoramentos sustentveis em qualquer empreitada dependem de colabo-rao e acordos. Os grandes lderes e parceiros desenvolvem a habilidade de partilhar esforos e pontos de vista, e o hbito de edificar o consenso. Os grandes parceiros so completamente leais. Passam por cima do ego em troca da opor-tunidade de fazer parte da criao de algo maior do que eles mesmos. Grandes parcerias dependem da disposio de cada parceiro para desenvolver seus prprios atributos de carter.

    lder RussellM. NelsonDo Qurum dos Doze Apstolos

    Os Discpulos e a Defesa do Casamento

    Os discpulos do Senhor so defensores do casamento tradicional. No podemos ceder. A histria no nossa juza.

    A sociedade secular no nossa juza. Deus nosso juiz!

    ILUST

    RA

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    LENA

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    HINK

    STO

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  • 20 A L i a h o n a

    Guardies da VirtudeParticipei de vrios funerais recentemente. Vi vrias

    famlias despedirem- se temporariamente de pessoas que amam e a quem foram seladas. Muitas vezes saio desses funerais com a seguinte pergunta: O que eu gostaria que dissessem sobre mim em meu funeral?

    No cedo demais em sua vida para fazer o mesmo questionamento. O que gostaria que falassem de voc em seu sepultamento?

    Espero que digam que voc foi um bom marido e pai ou uma boa esposa e me, que foi uma pessoa ntegra, bondosa e paciente, que foi humilde e trabalhador e uma pessoa virtuosa.

    Os maiores guardies de todas as virtudes so o casa-mento e a famlia. Isso se aplica principalmente ao caso das vir-tudes da castidade e fidelidade, ambas necessrias para criar parcerias conjugais e relaciona-mentos familiares duradouros e plenamente gratificantes.

    A relao entre homem e mulher foi criada para que jun-tos faam tudo o que podem fazer e se tornem tudo o que podem tornar- se. preciso um homem e uma mulher para trazer filhos ao mundo. A me e o pai no so intercambiveis. O homem e a mulher so distintos e complementares. As crianas merecem a oportunidade de crescer com uma me e um pai.1

    bem provvel que vocs presenciem um debate cres-cente sobre a definio do casamento. Muitos de seus vizinhos, colegas e amigos nunca ouviram falar das verda-des lgicas e inspiradas sobre a importncia do casamento conforme definido pelo prprio Deus. Vocs tero muitas oportunidades de fortalecer a compreenso do ponto de vista do Senhor, usando argumentao baseada na elo-quncia de seu exemplo como pessoas e famlias.

    O Apstolo Paulo previu nossas circunstncias ao dizer:

    Nos ltimos dias sobreviro tempos trabalhosos.

    Porque haver homens amantes de si mesmos, avaren-tos, presunosos, soberbos, blasfemos, desobedientes a pais e mes, ingratos, profanos, sem afeto natural, irre-conciliveis, caluniadores, incontinentes, cruis, sem amor para com os bons, () mais amigos dos deleites do que amigos de Deus.

    Em seguida, concluiu: Destes afasta- te (IITimteo 3:15).Depois de sua profecia notvel a respeito de nosso

    tempo, Paulo acrescentou esta advertncia: E tambm todos os que piamente querem viver em Cristo Jesus pade-cero perseguies (IITimteo 3:12).

    Ponderem sobre isso! Isso significa que, durante estes tem-pos trabalhosos, a vida no ser confortvel para os verdadeiros discpulos do Senhor Jesus Cristo. Mas teremos a apro-vao Dele. Ele nos deu esta certeza: E bem- aventurados so todos os que sofrem perse-guio por amor ao meu nome, porque deles o reino dos cus (3Nfi 12:10).

    Em suma, como discpulos, cada um de ns ser posto prova. A qualquer hora de

    qualquer dia, temos o privilgio de escolher entre o certo e errado. Trata- se de uma batalha antiga que comeou no mundo pr- mortal. E essa batalha est se tornando mais intensa a cada dia. A fora individual do carter de vocs hoje mais necessria do que nunca.

    No H Discpulos de Meio PerodoJ se foi o tempo em que era possvel ser um cristo

    despreocupado e acomodado. Sua religio no consiste apenas em comparecer igreja no domingo. Significa portar- se como um verdadeiro discpulo desde a manh de domingo at o fim da noite do sbado, 24 horas por dia. No h discpulos do Senhor Jesus Cristo de meio perodo.

    Jesus convida todos os que desejarem ser Seus dis-cpulos a tomarem sua cruz e seguirem- No (ver Mateus 16:24; Marcos 8:34; D&C 56:2; 112:14). Esto prontos para ES

    QUE

    RDA:

    FO

    TOG

    RAFIA

    DE

    SHAU

    NA JO

    NES

    NIEL

    SEN

  • A g o s t o d e 2 0 1 5 21

    engrossar as fileiras? Ou vo envergonhar- se do evangelho? Vo envergonhar- se de seu Senhor e do plano Dele? (Ver Mrmon 8:38.) Vo ceder s vozes que os incitam a ficarem do lado popular da histria contempornea?

    No! A juventude de Sio no fugir luta! Creio que vocs sero corajosos e pro-clamaro a verdade de Deus com clareza e afabilidade mesmo quando Sua verdade for politicamente impopular! Paulo deixou o padro a seguir quando declarou: Porque no me envergonho do evangelho de Cristo, pois o poder de Deus para salvao de todo aquele que cr (Romanos 1:16; ver tambm II Timteo 1:8).

    Os discpulos do Senhor so defensores do casamento tradicional. No podemos ceder. A histria no nossa juza. A sociedade secular no nossa juza. Deus nosso juiz. Para cada um de ns, o Dia do Juzo se dar maneira e no tempo do Senhor (ver Romanos 2:5; Alma 33:22; ter 11:20; D&C 88:104; 133:38).

    O futuro do casamento e de inmeras vidas humanas ser determinado por sua

    disposio para prestar solene testemunho do Senhor e para viver de acordo com Seu evan-gelho. Recebemos grande proteo ao entrar-mos nas guas do batismo e tomarmos sobre ns o nome de Jesus Cristo. O rei Benjamim explicou: E agora, por causa do convnio que fizestes, sereis chamados prognie de Cristo, filhos e filhas dele, porque eis que neste dia ele vos gerou espiritualmente; pois dizeis que vosso corao se transformou pela f em seu nome; portanto nascestes dele e vos tornastes seus filhos e suas filhas (Mosias 5:7; ver tambm o versculo 8).

    Gosto muito de algo dito pela irm Sheri Dew, ex- membro da presidncia geral da Sociedade de Socorro, numa Conferncia das Mulheres da Universidade Brigham Young realizada recentemente. Ela afirmou: No cerne do processo de nos tornarmos disc-pulos est fazer o que prometemos fazer a cada vez que tomamos o sacramento, ou seja, recordar sempre o Senhor. Significa lembrar- se Dele quando escolhemos o tipo de mdia ao qual vamos expor nosso esprito.

    Uma das oportunidades mais prementes de nossa poca a de defender a verdade sobre a natureza sagrada do casamento.

  • 22 A L i a h o n a

    Significa recordar- nos Dele na maneira de despendermos nosso tempo e no momento de escolher entre uma dieta exclusiva de cultura popular ou a Palavra de Deus. Signi-fica recordar- nos Dele em meio a conflitos ou quando surgirem tentaes. Significa recordar- nos Dele quando crticos atacarem Sua Igreja e zombarem da verdade. Significa lembrar que tomamos Seu nome sobre ns.2

    A mensagem da irm Dew se harmoniza com a mensagem do Presidente HowardW. Hunter (19071995), que ensinou: Se nossa vida e nossa f estiverem centradas em Jesus Cristo e Seu evangelho restaurado, nada poder dar errado permanentemente. () Por outro lado, se nossa vida no estiver cen-tralizada no Salvador e em Seus ensinamen-tos, nenhum outro sucesso poder dar certo para sempre.3

    Proclamar a Vontade de DeusOnde quer que vamos, vocs e eu como

    discpulos do Senhor carregamos a solene responsabilidade de proclamar a vontade de

    Deus para todas as pessoas. E uma das opor-tunidades mais prementes de nossa poca a de defender a verdade sobre a natureza sagrada do casamento.

    Nossa mensagem baseia- se numa doutrina divina, canonizada na Bblia:

    No princpio criou Deus os cus e a terra (Gnesis 1:1).

    E criou Deus o homem sua imagem; imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou (Gnesis 1:27).

    E Deus os abenoou, e Deus lhes disse: Frutificai e multiplicai- vos, e enchei a terra (Gnesis 1:28).

    Portanto deixar o homem o seu pai e a sua me, e apegar- se- sua mulher, e sero ambos uma carne (Gnesis 2:24).

    E chamou Ado o nome de sua mulher Eva; porquanto era a me de todos os viven-tes (Gnesis 3:20; ver tambm Moiss 4:26).

    Deus o pai de todos os homens e todas as mulheres. So todos Seus filhos. Foi Ele quem ordenou o casamento como a unio de um homem e uma mulher. O casamento

    O fardo do discipulado pesado. Como discpulos do Senhor, vocs serviro de defensores do casamento.

  • A g o s t o d e 2 0 1 5 23

    no foi institudo por juzes ou legisladores humanos. No foi criado por institutos de pesquisas, votaes populares, blogueiros famosos ou especialistas. No foi criado por lobistas. O casamento foi criado por Deus!

    Os Dez Mandamentos proibiram o adultrio e a cobia (ver xodo 20:14, 17; Deuteronmio 5:18, 21).

    Posteriormente, esses mandamentos antigos foram dados s pessoas que viviam na poca do Novo Testa-mento (ver Mateus 5:2728; 19:18; Romanos 13:9) e na poca do Livro de Mrmon (ver Mosias 13:22, 24; 3Nfi 12:27). Em revelaes modernas, o Senhor voltou a orde-nar: Amars tua esposa de todo o teu corao e a ela te apegars e a nenhuma outra (D&C 42:22).

    A verdadeira intimidade, conforme planejada pelo Criador, s deve ser vivenciada na unio sagrada de marido e mulher, pois enriquecida pela verdade e enobrecida pelo cumprimento dos con-vnios que os cnjuges fazem um com o outro e com Deus. crucial observar que a total fidelidade a esses convnios probe a pornografia, a luxria ou os maus- tratos de qual-quer natureza.

    As presses sociais e polticas para mudar as leis sobre o casamento esto resultando em prticas contrrias vontade de Deus em relao natureza eterna e aos pro-psitos do matrimnio. O homem simplesmente no pode tornar moral o que Deus declarou ser imoral. O pecado, mesmo que legalizado pelo homem, continua sendo pecado aos olhos de Deus.

    Irmos e irms, respaldados pela verdade inequvoca, proclamem seu amor a Deus! Proclamem seu amor a todos os seres humanos, com malcia para ningum, com cari-dade para com todos,4 pois so filhos de Deus e nossos irmos. Valorizamos seus direitos e sentimentos, mas no podemos apoiar os esforos para mudar a doutrina divina. No cabe aos homens mud- la.

    Amar Significa ObedecerDeus ama Seus filhos. E se eles O amarem, demonstra-

    ro esse amor guardando Seus mandamentos (ver Joo 14:15, 21; IJoo 5:2; D&C 46:9; 124:87), inclusive a casti-dade antes do casamento e a total fidelidade depois. As escrituras advertem que a conduta contrria aos manda-mentos do Senhor no s privar os casais da intimidade divinamente aprovada, mas tambm far recair sobre eles severos juzos de Deus (ver Levtico 26:1520; Salmos 89:3132; Mateus 5:19).

    O mais nobre anseio do corao humano um casa-mento que perdure aps a morte. A completa fidelidade aos convnios feitos no templo sagrado permitir que marido e mulher estejam selados por toda a eternidade (ver D&C 132:7, 19).

    O fardo do discipulado pesado. Como discpulos do Senhor, vocs serviro de defensores do casamento. Se forem leais e fiis, Ele no s vai ajud- los e proteg- los (ver D&C 84:88), mas tam-bm vai abenoar sua famlia

    (verIsaas 49:25; D&C 98:37).Vocs so os beneficirios da Expiao infinita do

    Senhor. Graas a Ele, um dia sero recompensados com a imortalidade. E por causa Dele, podem desfrutar a bno da vida eterna com Ele e sua famlia. Extrado do discurso Disciples of ChristDefenders of Marriage [Discpulos de Cristo Defensores do Casamento], proferido em 24 de agosto de 2014 numa cerimnia de formatura na BYU. Para acessar o texto na ntegra em ingls, visite o site speeches.byu.edu.

    NOTAS 1. Ver A Famlia: Proclamao ao Mundo, A Liahona, novembro de

    2010, ltima contracapa. 2. SheriL. Dew, Sweet above All That Is Sweet [Mais Doce Que Tudo

    Que Doce], discurso proferido na Conferncia das Mulheres da Universidade Brigham Young, 1 de maio de 2014, p. 7, ce.byu.edu/cw/womensconference/transcripts.php.

    3. HowardW. Hunter, Fear Not, Little Flock [No Temais, Pequeno Rebanho], devocional realizado na Universidade Brigham Young, 14demaro de 1989, p. 2, speeches.byu.edu.

    4. Abraham Lincoln, Segundo Discurso de Posse, 4 de maro de 1865. DIR

    EITA

    : TEM

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  • 24 A L i a h o n a

  • A g o s t o d e 2 0 1 5 25

    Meu primeiro emprego ao sair da faculdade foi num grande fabricante de aeronaves. Ao trabalhar l, aprendi a fazer avies seguros: a empresa tinha especificaes para cada componente. As peas tinham de passar por certificao, ou seja, seguir todos os padres, inclusive os relativos forma, ao tamanho, ao material e s tolerncias.

    Se uma pea satisfizesse os padres, passava a integrar o estoque reservado construo dos avies. Se no esti-vesse de acordo com os padres, a pea era rejeitada e devolvida ao fornecedor. Os fornecedores de peas tinham o cuidado de entender e preencher todos os requisitos, inclusive as tolerncias.

    Voc se prontificaria a andar num avio fabricado com peas que no seguissem risca todos os padres? Claro que no! Voc desejaria que as peas fossem at alm dos padres. Contudo, algumas pessoas parecem dispostas a aceitar em sua vida comportamentos aqum dos padres. Todavia, somente conhecendo, compreendendo e vivendo a doutrina de Cristo possvel adotar o comportamento necessrio para chegar exaltao.

    A tolerncia uma palavra que se ouve muito na sociedade hoje em dia, em geral no contexto de tolerar ou aceitar a cultura ou o comportamento de outras pes-soas. s vezes empregada por pessoas que desejam aceitao para fazer algo sem levar em conta seu impacto sobre a sociedade ou sobre os outros. Meu propsito no

    abordar essa definio, mas concentrar- me na definio dessa palavra no campo da engenharia e em sua aplicao para ns.

    A tolerncia usada para definir os limites aceitveis a partir de um padro determinado. Numa pea fabricada, a tolerncia pode ser especificada como de 13 centmetros de comprimento ou de 0,0025 centmetro. Outra pea pode receber a orientao de ser feita com certo material que seja 99,9% puro, como barras de ouro. O Senhor definiu par-metros para ajudar-nos a qualificar-nos para a exaltao.

    Padres e JulgamentoOs padres de salvao chamam- se mandamentos, que

    so dados por nosso Pai Celestial. Esses padres aplicam- se a todas as partes de nossa vida e em todos os momentos. No se aplicam de modo seletivo a certas ocasies ou situaes. Os mandamentos definem os padres necess-rios para alcanarmos a exaltao.

    H um julgamento que, de certa forma, como o pro-cesso de certificao para uma pea de avio. Assim como h testes para qualificar as peas de uma aeronave, o Pai Celestial tem um julgamento para determinar se seremos certificados. S temos a ganhar se conhecermos e seguir-mos os padres de tolerncia estabelecidos pelo Senhor.

    Como voc deve lembrar, dez virgens foram convida-das para as bodas numa parbola do Salvador. Quando o esposo chegou, cinco delas tinham azeite e puderam

    lder Allan F. PackerDos SetentaOS Padres

    Os padres de Deus so fixos, e ningum pode mud- los. As pessoas que acham que podem ficaro muito surpresas no Juzo Final.

    FIXOS DO PAI CELESTIAL

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  • 26 A L i a h o n a

    entrar. As outras cinco chegaram atrasadas e foram barra-das (ver Mateus 25:113).

    Acerca dessa parbola, o lder Dallin H. Oaks, do Qu-rum dos Doze Apstolos, disse: A mensagem dessa par-bola assustadora. As dez virgens obviamente representam os membros da Igreja de Cristo, pois todas foram convi-dadas para a festa de casamento e sabiam o que lhes seria exigido para poderem entrar quando o noivo chegasse. Mas apenas a metade estava preparada quando Ele veio.1

    As primeiras cinco virgens cumpriram os padres, e o que devemos fazer.

    Deus criou- nos a Sua prpria imagem. O plano para ns nesta Terra obter um corpo, ter experincias, receber ordenanas e perseverar at o fim. Foram estabelecidos padres e parmetros para vivermos a fim de merecermos a exaltao. Deus prometeu que podemos ser exaltados, mas tambm advertiu: Eu, o Senhor, estou obrigado quando fazeis o que eu digo; mas quando no o fazeis, no tendes promessa alguma (D&C 82:10).

    Padres e ArbtrioNo Plano de Salvao estabelecido por Deus, somos

    moldados, polidos e lapidados para nos tornarmos seme-lhantes a Ele. algo pelo qual cada um de ns precisa passar individualmente.

    Eis que esta minha obra e minha glria: Levar a efeito a imortalidade e vida eterna do homem (Moiss 1:39).

    Deus estabeleceu o que temos de fazer e os padres que devemos cumprir. Algo bastante notvel o fato de Ele conceder- nos o arbtrio moral para decidirmos se vamos aceitar e cumprir esses padres. Contudo, nossas decises tm consequncias. Ele nos deu o arbtrio, mas no nos d autoridade para mudar os padres ou as consequncias de nossas decises.

    Como h padres e como temos o arbtrio para esco-lher, haver um Juzo Final quando cada um de ns ser avaliado para ver se cumprimos os padres em outras palavras, para ver se vivemos os padres e as tolerncias que Deus definiu. O juzo Dele ser definitivo.

    A doutrina do arrependimento nos permite corrigir ou reparar defeitos, mas melhor fazermos todo o possvel para cumprirmos os padres de Deus do que planejarmos

    acionar o princpio do arrependimento antes do Juzo. Aprendi essa lio ainda jovem.

    Em minha adolescncia, eu passava as frias de vero trabalhando na fazenda de meu av no Wyoming, EUA. Era uma propriedade de mais de 800 hectares com ovinos e bovinos, alm de reas de pastagem adicionais. Para seu bom funcionamento, a fazenda contava com vrios equipa-mentos. Como a oficina mais prxima ficava muito longe, meu av nos ensinou a fazer a manuteno cuidadosa dos equipamentos e a inspecionar tudo antes de sairmos de casa. Se houvesse algum problema tcnico longe de casa, seria preciso andar muito.

    No demoramos muito a aprender a lei das consequn-cias. Era sempre melhor evitar problemas do que caminhar quilmetros. O mesmo se d com os mandamentos do Pai Celestial. Ele sabe a diferena entre algum que est se empenhando verdadeiramente para tornar- se semelhante a Ele e algum que est andando na beira do precipcio, quase fora dos limites aceitveis.

    Padres e OposioH pessoas no mundo de hoje tentando rejeitar ou

    modificar os padres estabelecidos por Deus. No se trata de uma situao nova.

    Ai dos que ao mal chamam bem e, ao bem, mal; que fazem da escurido luz e, da luz, escurido; e fazem do amargo doce e, do doce, amargo! (2Nfi 15:20.)

    No podemos nos deixar enganar por aqueles que tentam convencer- nos de que os padres de Deus muda-ram. Eles no tm autoridade para modificar os padres. Somente quem concebeu as especificaes, o Pai Celestial, pode alter- las.

    Todos ns reconhecemos como seria ilgico se um fornecedor de peas de avio desse ouvidos a uma pessoa mal informada que propusesse mudanas nas especifica-es ou tolerncias de uma pea. Nenhum de ns gostaria de viajar num avio construdo com uma pea assim.

    Da mesma forma, ningum acusaria o fabricante da aeronave de ser desatencioso ou intolerante por rejeitar essas peas. O fabricante no permitiria ser intimidado ou coagido a aceitar componentes que no pudessem ser certificados. Se agisse assim, poria em risco seu negcio e

  • A g o s t o d e 2 0 1 5 27

    a vida dos passageiros que viessem a voar em seus avies.O mesmo se aplica s leis e aos mandamentos de Deus.

    Seus padres so fixos, e ningum pode mud- los. As pes-soas que acham que podem faz- lo ficaro muito surpresas no Juzo Final.

    Cumprir os PadresNosso Pai Celestial o autor do Plano de Salvao. Ele

    preparou tudo o que necessrio para nos permitir vol-tar Sua presena. Os padres foram bem definidos, so conhecidos e esto ao alcance de cada um de ns.

    O Salvador nos disse que todos ns temos a capacidade de cumprir os padres. A Palavra de Sabedoria uma prova disso. Foi- nos dada como princpio com promessa, adaptada capacidade dos fracos e do mais fraco de todos os santos, que so ou podem ser chamados santos (D&C 89:3; grifo do autor).

    O Salvador tambm ensina que no seremos [tentados] alm do que [nos] seja possvel suportar (D&C 64:20), mas que devemos [vigiar] e [orar] continuamente (Alma 13:28).

    Voc tem o poder: Pois [em voc] est o poder e nisso [ seu prprio rbitro]. E se os homens fizerem o bem, de modo algum perdero sua recompensa (D&C 58:28).

    Voc pode cumprir os padres e parmetros. Pode fazer jus exaltao.

    Orientao do Esprito SantoDescobrimos os padres frequentando a igreja e estu-

    dando e aplicando as doutrinas encontradas nas escrituras e nas palavras dos profetas modernos.

    A maior fonte de orientao est nos sussurros advin-dos do Esprito Santo, que nos ensinaro todas as coisas que precisamos fazer (ver 2Nfi 32:23). Com o auxlio do Esprito Santo e da Luz de Cristo (ver Morni 7:1618), podemos saber o que certo e errado. Podemos ser guia-dos ao longo de toda a vida. Podemos sentir no corao e receber pensamentos na mente que podem trazer consolo e orientao. Isso ocorre at mesmo com as crianas.

    Deus prometeu ajudar- nos se nos esforarmos por cumprir Seus padres. Assim como no nos prontifica-ramos a andar num avio fabricado com peas que no seguissem totalmente os padres, no devemos aceitar ou praticar comportamentos que estejam aqum dos padres do Senhor. Somente conhecendo, compreendendo e vivendo a doutrina de Cristo poderemos nos tornar dig-nos da exaltao. Extrado do discurso Standards and Tolerance [Padres e Tolerncia], pro-ferido na Universidade Brigham YoungIdaho, em 13 de novembro de 2012. Para o texto integral em ingls, acesse o site byui.edu.

    NOTA 1. Dallin H. Oaks, A Preparao para a Segunda Vinda, A Liahona,

    maio de 2004, p. 8.FOTO

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    No nos prontificaramos a andar num avio fabricado com peas que no seguissem totalmente os padres. Tampouco devemos aceitar ou praticar comportamentos que estejam aqum dos padres do Senhor. Somente conhecendo, compreendendo e vivendo a doutrina de Cristo poderemos nos tornar dignos da exaltao.

  • 28 A L i a h o n a

    lder Bruce C. HafenServiu como membro dos Setenta de 1996 a2010.

    A Proclamao

    DA Famlia: IR ALM DA CONFUSO CULTURAL

  • O compromisso permanente com o casamento e com o papel de pai ou me como duas linhas mestras em nosso tecido social.ACI

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    Quais so suas maiores preocupaes? perguntou o reprter de um jornal ao Presidente GordonB. Hinckley (19102008) em junho de 1995, pouco antes deste fazer 85 anos de idade. A resposta foi: Estou preocupado com a vida familiar na Igreja. Temos pessoas maravilhosas, mas demasiadas famlias esto se desin-tegrando. () Creio que [essa] minha preocupao maissria.1

    Trs meses depois, o Presidente Hinckley leu publica-mente A Famlia: Proclamao ao Mundo.2

    No foi coincidncia essa declarao solene ter sido divulgada precisamente quando o profeta do Senhor sentiu que a instabilidade da vida familiar na Igreja era sua maior preocupao. Algum tempo depois, ele acrescentou que o maior desafio enfrentado pelos Estados Unidos (e pelo restante do mundo tambm) o problema da famlia, causado por pais desorientados, o que resulta em filhos igualmente desorientados.3

    A proclamao no foi uma mera coletnea de lugares- comuns pr- famlia. Foi uma advertncia proftica sria sobre um grave problema internacional. E agora, 20 anos depois, o problema s est piorando, o que mostra o quanto o alerta de 1995 foi proftico.

    Antes de analisarmos o significado para cada um de ns, examinemos como a cultura moderna foi parar no estado atual.

    Histria de Amor UniversalO roteiro de histria mais antigo e sonhado da huma-

    nidade traz um enredo clssico: um rapaz conhece uma moa, eles se apaixonam, casam- se, tm filhos e vivem feli-zes para sempre pelo menos assim esperam. Essa hist-ria de amor universal desempenha um papel to central no plano de felicidade que se iniciou com Ado e Eva e, para a maioria dos membros da Igreja, ainda norteia nossa vida como uma estrela- guia.

    As alegrias do amor humano e da famlia nos trazem esperana, propsito e o desejo de viver melhor. Levam- nos a ansiar pelo dia em que

    entraremos de mos dadas com quem amamos na presena do Senhor. L abraaremos nossos entes queridos e perma-neceremos com eles para sempre, para nunca mais sair (ver Apocalipse 3:12).

    Durante muitos anos, a sociedade tendeu a apoiar esse desejo inato de pertencimento. claro que as famlias passaram por problemas, mas a maioria das pessoas ainda acreditava que o casamento criava uma unidade familiar relativamente permanente. E esse vnculo mantinha o tecido social intacto, com os coraes entrelaados em unidade e amor (Mosias 18:21).

    Em geraes recentes, porm, esse tecido foi cada vez mais atacado ao presenciarmos o que alguns autores cha-mam de colapso do casamento.4 Muitas pessoas de fora da Igreja j no veem o casamento como fonte de com-promissos de longo prazo. Na verdade, agora acham que o casamento e os filhos so opes pessoais temporrias. Contudo, o compromisso permanente com o casamento e com o papel de pai ou me como duas linhas mestras de nosso tecido social. Quando essas linhas se rompem, toda a tapearia pode se desfazer e podemos perder o fio da meada da histria de amor universal.

    J presenciei essa desintegrao do ponto de vista de pai, de membro da Igreja e de professor de direito familiar.

    Este o primeiro de dois artigos redigidos para comemorar o vigsimo aniver-srio de A Famlia: Proclamao ao Mundo. O segundo ser publicado na edio de setembro de 2015 da revista A Liahona.

  • 30 A L i a h o n a

    A partir da dcada de 1960, o movimento de direitos civis deu origem a novas teorias legais sobre a igualdade, os direitos individuais e a emancipao. Essas ideias ajuda-ram os Estados Unidos a comearem a deixar para trs sua histria vergonhosa de discriminao racial. Tambm ajudaram o pas a reduzir a discriminao contra as mulhe-res. Essas protees contra a discriminao fazem parte dos interesses individuais de cada cidado.

    Contudo, algumas formas de classificao legal na ver-dade so benficas. A lei, por exemplo, discrimina em favor das crianas com base na idade delas elas no podem votar, dirigir carros nem assinar contratos legais. E recebem vrios anos de educao gratuita. Essas leis protegem as crianas e a sociedade das consequncias da incapacidade das crianas e ao mesmo tempo as preparam para tornarem- se adultos responsveis.

    A legislao tambm concedeu uma posio privilegiada aos relacionamentos que tm como base o casamento e as relaes familiares no para discriminar os solteiros e as pessoas sem laos de parentesco, mas para incentivar os pais biolgicos a se casarem para criar filhos estveis, que so a chave para a perpetuao de uma sociedade estvel. Essas leis, portanto, expressam os interesses coletivos da sociedade por suas crianas e por sua prpria fora futura e continuidade.

    Historicamente, as leis mantiveram um bom equilbrio entre os interesses sociais e os interesses individuais, pois cada elemento desempenha um papel importante numa sociedade salutar. Contudo, nas dcadas de 1960 e 1970, os tribunais dos Estados Unidos comearam a interpre-tar as leis relativas famlia de modo a dar aos interesses individuais uma prioridade bem mais elevada do que aos interesses sociais, o que trouxe desequilbrio ao sistema jurdico e social. Essa mudana foi apenas uma das facetas da transformao sofrida pela legislao americana sobre a famlia: a maior mudana cultural de atitudes sobre o casamento e a vida familiar em 500 anos. Ilustrarei essa transformao com alguns exemplos da legislao norte- americana embora a da maioria dos pases desenvolvidos tenha seguido uma evoluo semelhante.

    Uma Mudana CulturalPara resumir em poucas palavras, os ativistas comearam

    a usar ideias fortes de liberao individual para desafiar leis que vinham apoiando havia muito tempo os interesses das crianas e da sociedade em estruturas familiares estveis. Os tribunais e os legisladores aceitaram muitas dessas ideias

    individualistas mesmo quando prejudiciais aos interesses sociais mais amplos. O divrcio sem determinao de culpa-bilidade, por exemplo, foi inicialmente adotado na Califrnia em 1968 e depois se espalhou por todos os Estados Unidos. Sem a determinao de culpabilidade, as pessoas passaram a encarar o casamento de maneira diferente. De acordo com a legislao anterior relativa ao divrcio, as pessoas casadas no podiam simplesmente optar por pr fim ao casamento; para isso, era preciso comprovar m conduta do cnjuge, como adultrio ou maus- tratos. Naquela poca, somente um juiz que representasse os interesses da sociedade podia determinar quando o divrcio era justificvel o bastante para suplantar o interesse social nacontinuidadeconjugal.

    As intenes originais do divrcio sem determinao de culpabilidade eram louvveis. Acrescentou- se como motivo para o divrcio a ruptura irremedivel do casamento, sem a noo de culpa pessoal, o que simplificou o processo. Em teoria, apenas um juiz, que ainda representasse os inte-resses da sociedade, podia decidir se a dissoluo de um casamento era inevitvel. Mas, na prtica, os juzes dos tri-bunais de famlia passaram a ceder s preferncias pessoais do casal e acabaram atendendo ao pedido de qualquer um dos cnjuges que desejasse pr fim ao casamento.

    Essas mudanas legais aceleraram uma mudana cul-tural mais ampla. Com essa mudana, o casamento dei-xou de ser visto como uma instituio social duradoura e passou a ser visto como um relacionamento temporrio e privado, revogvel ao bel- prazer dos cnjuges, sem levar devidamente em conta o efeito nocivo do divrcio sobre os filhos e muito menos sobre a sociedade como um todo. Em pouco tempo, os questionamentos dos juzes sobre o direito da sociedade de fazer valer os votos matrimo-niais deram aos casais a falsa impresso de que suas promessas pessoais no tinham muito valor social ou moral. Assim, quando hoje em dia os compromissos matrimoniais interferem nas convenincias pessoais, o

  • A g o s t o d e 2 0 1 5 31

    mais provvel que as pessoas se separem. Elas consideram o casamento um compromisso no obrigatrio, por mais contraditria que seja essa noo.

    Como reflexo dessas novas atitudes, os tribu-nais ampliaram os direitos parentais de pais no casados e comearam a dar a guarda de crianas e direitos de adoo a pessoas no casadas. Isso ps fim tradicional preferncia que a legis-lao sobre a famlia concedia anteriormente, sempre que possvel, famlia biolgica, casada, formada por um pai e uma me. Tanto a expe-rincia quanto as pesquisas em cincias sociais tinham demonstrado claramente e continuam demonstrando que a famlia encabeada pelos pais biolgicos casados quase sempre proporciona o melhor ambiente para a criao dos filhos. Mas, com o tempo, casos de pais no casados tanto contriburam para taxas crescentes de concubinato e de nascimentos fora dos laos do matrim-nio quanto foram influenciados por elas.

    Alm disso, em 1973 a Suprema Corte dos Estados Unidos concedeu s mulheres o direito ao aborto eletivo, rejeitando assim as arraigadas crenas culturais sobre os interesses sociais representados pelos nascituros e pelos legisladores eleitos que at ento tinham considerado cole-tivamente a concepo como o incio da vida um tema que envolve tantos valores.

    A discusso sobre o divrcio sem determinao de cul-pabilidade leva logicamente a um breve comentrio sobre o casamento entre pessoas do mesmo sexo. Este um assunto difcil e espinhoso, mas vale ressaltar que h apenas 17 anos nenhum pas tinha reconhecido legalmente o casamento de

    pessoas do mesmo sexo. Ento ser que a prpria ideia de casamento entre pessoas do mesmo sexo no teria surgido no cenrio internacional justamente por causa da grande deteriorao do conceito do casamento ocorrida na socie-dade nas ltimas quatro dcadas?

    Uma resposta provvel a de que a teoria da autonomia pessoal do primeiro caso a favor do casamento entre pes-soas do mesmo sexo nos Estados Unidos em 2001 tenha sido uma simples extenso do mesmo conceito jurdico individua-lista que antes dera origem ao divrcio sem determinao de culpabilidade. Quando um tribunal apoia o direito individual de pr fim a um casamento, a despeito das consequncias sociais (como pode acontecer no divrcio sem determina-o de culpabilidade), esse princpio tambm pode parecer apoiar o desejo de uma pessoa de dar incio a um casa-mento, a despeito das consequncias sociais (como pode acontecer no casamento entre pessoas do mesmo sexo).

    Em outras palavras, quando as pessoas passam a achar que o casamento entre homem e mulher uma mera ques-to de preferncia pessoal e no a principal instituio da sociedade, no de admirar que, com respeito ao casa-mento entre pessoas do mesmo sexo, muitos digam que as pessoas devem ter o direito de fazer o que quiserem. isso que pode acontecer quando perdemos de vista os inte-resses da sociedade no tocante ao casamento e aos filhos. Deus certamente ama todos os Seus filhos e espera que tratemos uns aos outros com compaixo e tolerncia seja qual for a conduta privada e quer a compreendamos

    O casamento cria uma uni-dade familiar relativamente permanente que mantm coeso o tecido social, com os coraes entrelaados em unidade e amor.

  • 32 A L i a h o n a

    ou no. Mas outra coisa muito diferente endossar ou promover essa conduta alterando um conceito jurdico o casamento cujo propsito era o de promover o interesse da sociedade de que os pais biolgicos criassem seus filhos num lar estvel.

    A Suprema Corte dos Estados Unidos, apoiada na teoria da autonomia privada, entre outras teorias legais, no dia 26 de junho de 2015, estabeleceu que as leis estaduais no podem privar os casais de pessoas do mesmo sexo de se casarem. Assim, atualmente, o casamento entre pessoas do mesmo sexo foi legalizado em todos os estados dos Estados Unidos.

    De modo significativo, no entanto, a opinio majoritria do tribunal tambm enfatizou que as religies e aquelas pessoas que professam doutrinas religiosas podem conti-nuar a defender com a mxima e sincera convico que, por preceitos divinos, o casamento entre pessoas do mesmo sexo no seja admitido. A Primeira Emenda garante a orga-nizaes religiosas e pessoas a proteo adequada medida que buscam ensinar princpios que so muito gratificantes e muito centrais para sua vida, para sua crena e para suas prprias aspiraes profundas a fim de dar continuidade estrutura familiar h muito reverenciada por eles. O mesmo verdadeiro para aqueles que se opem ao casamento entre pessoas do mesmo sexo por outros motivos.5

    Efeitos sobre o Casamento e os FilhosPensemos agora nos efeitos dessas mudanas sobre o

    casamento e os filhos. Desde 1965 aproximadamente, a taxa de divrcio nos EUA mais do que dobrou embora tenha sofrido uma ligeira queda nos ltimos anos em parte porque o nmero de casais no casados aumentou em 15 vezes, e suas rupturas frequentes no esto includas nas estatsticas de divrcio. Hoje cerca da metade de todos

    os primeiros casamentos termina em divrcio; cerca de 60% dos segundos casamentos tambm. Os Estados Unidos so o pas do mundo com maior propenso ao divrcio.6

    Hoje cerca de 40% das crianas nascidas nos EUA so filhas de pais no casados. Em 1960 esse nmero no passava de 5%.7 Cerca de 50% dos adolescentes de hoje considera o fato de ter filhos fora do casamento um modo de vida vlido.8 A porcentagem de famlias monoparentais quadruplicou desde 1960, indo de 8% para 31%.9 Mais da metade dos casamentos nos EUA hoje so precedidos de concubinato.10 O que era altamente anormal na dcada de 1960 agora se tornou a norma.

    Na Europa, 80% da populao hoje aprova o concubinato. Em partes da Escandinvia, 82% das crianas primognitas nascem fora do casamento.11 Quando moramos na Alemanha recentemente, percebemos que muitos europeus acham que, de certa maneira, no existe mais casamento. Como escreveu certo autor francs, o casamento perdeu a magia para os jovens, que cada vez mais acham que o amor essencial-mente um assunto privado e que no cabe sociedade dar palpites sobre seu casamento ou seusfilhos.12

    Entretanto, os filhos de pais divorciados ou no casa-dos tendem a ter cerca do triplo de graves problemas emocionais, de comportamento e de desenvolvimento em comparao com as crianas criadas em famlias com pai e me casados. Em todos os aspectos relativos ao bem- estar infantil, essas crianas esto em desvantagem. E quando as crianas esto em desequilbrio, a sociedade tambm entra em desequilbrio. Seguem alguns exemplos desse desequi-lbrio, sem deixar de reconhecer que, de modo geral, essas tendncias tm causas mltiplas. Nas ltimas cinco dcadas:

    A criminalidade juvenil aumentou seis vezes. A negligncia infantil e todas as formas de abuso e

    maus- tratos s crianas quintuplicaram. Os distrbios psicolgicos entre as crianas pioraram

    de modo generalizado, do abuso de drogas a distrbios alimentares; a depresso infantil aumentou 1.000%.

    A violncia domstica contra as mulheres aumentou, e a pobreza passou a atingir cada vez mais as crianas.13

    Qual o grau de seriedade desses problemas? Como disse o Presidente Hinckley em 1995, essas questes eram sua mais sria preocupao. E as tendncias que o inquietavam naquela poca hoje esto visivelmente piores. Como escreveu uma colunista da revista Time:

    Isoladamente, nenhuma outra fora causa tantos problemas quantificveis e infelicidade humana neste pas ES

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    quanto o colapso do casamento. Ele nocivo s crianas, reduz a segurana financeira das mes e vem provocando um desastre sobretudo entre aqueles que j so os mais frgeis: as classes mais baixas do pas. ()

    Os mais pobres [dissociaram] o papel de pai ou me do casamento, e os mais abastados financeiramente [dissol-vem] sua unio caso no estejam mais se divertindo.14

    Voltar o CoraoUma linha dourada atingida na destruio do tecido

    social reflete o cerne do problema: os filhos, que so sangue de nosso sangue, carne de nossa carne. Algo verda-deiro, at mesmo sagrado, em relao posteridade aos filhos, procriao e aos laos eternos de afeto toca de modo profundo e misterioso nossa memria coletiva.

    O lao que une pais e filhos to importante que Deus enviou Elias, o profeta, em 1836 para voltar o corao dos pais aos filhos. Se o corao deles no se voltar, advertiu Ele, a Terra toda [ser] ferida com uma maldio e totalmente destruda antes da volta de Cristo (D&C 110:15; Joseph SmithHistria 1:39; ver tambm Malaquias 4:6). No mundo de hoje, as pessoas no parecem estar voltando o corao umas para as outras, mas na verdade parecem estar se distanciando.

    Ser que j estamos vivendo na poca da maldio? Talvez. As crianas de hoje (e portanto a sociedade a Terra) esto realmente sendo destrudas (desvalorizadas, inutilizadas, fragilizadas) pelos problemas aqui abordados.

    A doutrina clara e vem sendo corroborada por anos de pesquisas. No precisamos voltar legislao relativa famlia que existia no passado, mas, se ao menos nos preocupssemos mais com nossas crianas e seu futuro, as pessoas se casariam antes de tornarem- se pais. Fariam mais sacrifcios, muito mais sacrifcios para permanecer casados. Os filhos seriam criados, sempre que possvel, por seus

    pais biolgicos. No haveria abortos eletivos nem nasci-mentos fora dos laos do matrimnio. claro que preciso prever excees, pois alguns divrcios so justificados e s vezes a adoo uma ddiva divina. Mas, em princpio, a proclamao da famlia de 1995 expressa perfeitamente o ideal: Os filhos tm o direito de nascer dentro dos laos do matrimnio e de ser criados por pai e me que honrem os votos matrimoniais com total fidelidade.15

    Contudo, estamos sofrendo de amnsia coletiva. No estamos dando ouvidos s aspiraes profundas e misterio-sas da memria coletiva eterna, ou mesmo mais recente. O inimigo de nossa felicidade deseja nos convencer de que os laos sagrados do afeto familiar so restritivos, quando na verdade nenhum outro relacionamento mais libertador e mais gratificante.

    No fcil construir um bom casamento. Nunca o foi. Mas, quando uma cultura confusa nos deixa confusos quanto ao significado do casamento, pode ser que desis-tamos uns dos outros e de ns mesmos cedo demais. No entanto, a perspectiva eterna do evangelho, conforme ensi-nada nas escrituras e no templo, pode nos ajudar a ir alm do caos matrimonial atual at que nosso casamento seja a experincia mais gratificante e santificadora de nossa vida, ainda que tambm a mais difcil. Adaptado do discurso Marriage, Family Law, and the Temple [Casamento, Leis Familiares e o Templo], proferido em 31 de janeiro de 2014, no Sero Anual da J.Reuben Clark Law Society em Salt Lake City.

    NOTAS 1. Em Dell Van Orden, Pres. Hinckley Notes His 85th Birthday, Reminisces

    about Life, Church News, 24 de junho de 1995, p. 6; grifo do autor. 2. A Famlia: Proclamao ao Mundo, A Liahona, novembro de 2010,

    ltima contracapa. 3. GordonB. Hinckley, em Sarah Jane Weaver, President Hinckley

    Warns against Family Breakups, Deseret News, 23 de abril de 2003, deseretnews.com.

    4. Ver Caitlin Flanagan, Why Marriage Matters, Time, 13 de julho de 2009, p. 47.

    5. Juiz Anthony M. Kennedy, Obergefell versus Hodges, 576 EUA, 2015. 6. Ver census.gov/compendia/statab/2011/tables/11s1335.pdf; ver tam-

    bm AlanJ. Hawkins, The Forever Initiative: A Feasible Public Policy Agenda to Help Couples Form and Sustain Healthy Marriages and Relationships, 2013, p. 19.

    7. Ver Disastrous Illegitimacy Trends, Washington Times, 1 de dezem-bro de 2006, washingtontimes.com.

    8. Ver The State of Our Unions: Marriage in America 2012, 2012, pp. 101, 102.

    9. Ver One- Parent and Two- Parent Families 19602012, Office of Finan-cial Management, ofm.wa.gov/trends/social/fig204.asp.

    10. Ver BruceC. Hafen, Covenant Hearts: Why Marriage Matters and How to Make It Last, 2013, p. 227.

    11. Ver Noelle Knox, Nordic Family Ties Dont Mean Tying the Knot, USAToday, 16 de dezembro de 2004, p. 15, usatoday.com.

    12. Report of the Mission of Inquiry on the Family and the Rights of Children, comisso de estudo formada pela Assembleia Nacional da Frana, 25 de janeiro de 2006, p. 32.

    13. Ver Hafen, Covenant Hearts, pp. 226227. 14. Flanagan, Why Marriage Matters, p. 47; grifo do autor. 15. A Famlia: Proclamao ao Mundo.

    A perspectiva eterna do evan-gelho, conforme ensinada nas escrituras e no templo, pode nos ajudar a ir alm do caos matri-monial atual e a fazer de nosso casamento a experincia mais gratificante e santificadora de nossa vida.

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    As pessoas que passaram pelo divrcio vivenciaram experincias muito doloro-sas. Elas precisam do poder de cura e da esperana pro-porcionados pela Expiao de Jesus Cristo.

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    Brent ScharmanPsicoterapeuta aposentado, Servios Familiares SUD

    O propsito supremo de tudo o que ensinamos unir pais e filhos na f no Senhor Jesus Cristo, para que sejam felizes no lar, selados num casa-mento eterno.1 Apesar desse ensinamento inspirado do Presidente BoydK. Packer, Presidente do Qurum dos Doze Apstolos, divrcios acontecem. O divrcio algo traumtico: as pessoas envolvidas podem ter sentimentos de choque, negao, confuso, depresso e raiva, bem como sintomas fsicos como distrbios do sono e do apetite.

    Em minha experincia como psicoterapeuta, constatei que, embora boa parte do que os homens e as mulhe-res vivenciam no divrcio seja semelhante, h algumas diferenas:

    Enquanto ainda esto casados, os homens tendem a minimizar mais a seriedade dos problemas conjugais. A surpresa deles diante do divrcio pode levar a uma sensao de instabilidade.

    Os homens tm menor propenso a externar seus sentimentos, assim menos provvel que aprendam com sua experincia.

    Os homens tendem a estar mais voltados ao, por isso no costumam procurar terapia e, em vez disso, enterram seus sentimentos cumprindo jornadas de trabalho prolongadas ou mergulhando de cabea num passatempo.

    Devido a preocupaes financeiras e ao ego ferido, alguns homens enfrentam problemas como a depres-so, o ganho de peso, o alcoolismo e a inatividade naIgreja.

    O nico caminho seguro para sobreviver ao divr