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8/7/2019 Liahona-Fevereiro 2011 http://slidepdf.com/reader/full/liahona-fevereiro-2011 1/84 Atender ao Chamado Proético de Resgatar, pp. 14, 20, 32 Ajudar os Filhos a Sentirem-se em Segurança, p. 16 Seus Amigos Estão Levando Você a Cristo? p. 52 Servir Como Amon, pp. 70, 72 A IGREJA DE JESUS CRISTO DOS SANTOS DOS ÚLTIMOS DIAS • FEVEREIRO DE 2011 A Liahona

Liahona-Fevereiro 2011

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Atender aoChamado Proéticode Resgatar,pp. 14, 20, 32

Ajudar os Filhosa Sentirem-se emSegurança, p. 16

Seus Amigos EstãoLevando Você a Cristo?p. 52

Servir Como Amon,pp. 70, 72

A IGREJA DE JESUS CRISTO DOS SANTOS DOS ÚLTIMOS DIAS • FEVEREIRO DE 2011

A Liahona

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Quando o flho pródigo se deu conta de 

que pecara, regressou humildemente à casa

do pai e disse: “Pai, pequei contra o céu e 

 perante ti, e já não sou digno de ser chamado

teu flho” (Lucas 15:21). O pai, porém,

deu-lhe as boas-vindas ao lar e disse com

alegria: “Porque este meu flho estava morto,

e reviveu, tinha-se perdido, e oi achado” 

(v. 24). Da mesma orma, há alegria no céu

quando nos arrependemos.

 A Volta do Filho Pródigo, de Bartolomé Esteban Murillo

   I   M   A   G   E   M   C   E   D   I   D   A   P   E   L   A   F   U   N   D   A   Ç    Ã   O   A   V   A   L   O   N 

   C   O   R   T   E   S   I   A   D   O   C   O   N   S   E   L   H   O   D   E   C   U   R   A   D   O   R   E   S    G

   A   L   E   R   I   A   N   A   C   I   O   N   A   L   D   E   A   R   T   E    W   A   S   H   I   N   G   T   O   N 

   D    C  

   E   U   A 

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8

F e v e r e i r o d e 2 0 1 1

16 Nosso Lar, Nossa Família:Ajudar os Filhos a Senti-rem-se em SegurançaShawn Evans

20 Clássicos do Evangelho:Fortalecer os Menos AtivosPresidente Boyd K. Packer

38 Vozes da Igreja

74 Notícias da Igreja

79 Ideias para a ReuniãoFamiliar

80 Até Voltarmos a NosEncontrar: Um Lugar no

Banquete do NoivoMelissa Merrill

A Liahona, Fevereiro de 2011

MENSAGENS

4 Mensagem da Primeira Pre-sidência: Quão Grande Será

Vossa AlegriaPresidente Henry B. Eyring

7 Mensagem das ProessorasVisitantes: A Restauração deTodas as Coisas

ARTIGOS

14 De Resgatada a ResgatadoraBetsy Doane

 A dor e o vício dominaramminha vida até que conheci 

alguém que me perguntou se jáouvira alar dos mórmons.

24 Aprender a Ouvir eCompreender o EspíritoDavid M. McConkie

Como ouvir quando o Espírito ala.

28 Revelação Gota a Gota A revelação ajuda o testemunhode um rapaz a erguer-se daqui 

ao céu.30 Revelação Destilando se

do CéuO conhecimento é destiladorapidamente quando estamos  preparados.

32 Parábolas dos Perdidos eAchadosO que é resgatar? É perdoar,estender a mão e dar as boas-vindas a quem regressa.

SEÇÕES

8 Coisas Pequenas e Simples

11 Falamos de Cristo: Sua GraçaBastaKimberlee B. Garrett

12 Nossa Crença: A ExpiaçãoPossibilita o Arrependimento

NA CAPAO Filho Pródigo, deLiz Lemon Swindle,Foundation Arts,reprodução proibida.Última capa: A

 Dracma Perdida, de J. Kirk Richards.

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54

48

64

42

2 A L i a h o n a

Veja se conse- gue encontrar a

liahona oculta

nesta edição.

 Dica: Pare.

42 Os Jovens Adultos e aReunião FamiliarVários jovens adultos explicamas bênçãos imediatas e uturas da participação na reunião amiliar.

JOVENS ADULTOS

46 Perguntas e Respostas“Sinto-me muito só na Igreja.Como posso aprender a sentir que aço parte da turma?” 

48 Como Eu Sei?: A MensagemEra-me DeliciosaAnthony X. Diaz

51 Um Dízimo Honesto, umaGrande BênçãoOscar Alredo Benavides

 Eu estava trabalhando e econo-mizando para a missão, mas meu pequeno salário não seria o sufciente.

52 Aonde Seus Amigos OLevarão?John Bytheway

Os bons amigos nos levam a Jesus Cristo.

54 O Evangelho É para TodosÉlder Carlos A. Godoy

O Espírito pode tocar qualquer um; não há um perfl ideal  para um membro da Igreja em potencial.

57 Pôster: Reita sobre aEternidade.

58 Quando me Tornei InvisívelNome omitido

Todas as vezes em que  precisei do apoiode meus ami- gos, eles me ignoraram.

60 As Irmãs Devem CompartilharAdam C. Olson

 Duas irmãs do Peru têm emcomum as coisas de maior importância.

62 Vamos Carregar Você!Presidente Thomas S. Monson

Quando Jami fcou doente demais para caminhar, o que  suas amigas podiam azer? 

64 Trazer a Primária para Casa:As Escrituras Ensinam sobreo Plano do Pai CelestialAna Maria Coburn e CristinaFranco

66 Nossa Página68 A Aranha e a Voz Mansa e

DelicadaJoshua W. Hawkins

Cara a cara com uma aranha, Bruno sente-se grato por umavoz de advertência.

70 Para as Criancinhas

CRIANÇASJOVENS

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F e v e r e i r o d e 2 0 1 1 3

PARA OS JOVENS

EM SEU IDIOMA

Antes de fliar-se à Igreja, Betsy Doane era viciada emdrogas e bebidas alcoólicas. Hoje, como missionária deserviço da Igreja, ela ajuda outras pessoas a seguirem

os doze passos do programa de recuperação dedependências (ver a página 14). O livreto do programaestá disponível em muitos idiomas em www.recoveryworkbook.LDS.org.

Cavernas e cachoeiras emHonduras podem nos ensinar sobre orecebimento de revelação por meio doEspírito Santo (ver as páginas 28, 30).

Para ver mais otografas de Honduras,visite www.liahona.LDS.org.

Veja quantas ovelhas do rei consegue achar napágina 72. Depois, participe de um jogo parecido, eminglês, no site www.liahona.LDS.org.

A revista A Liahona e outros materiais da Igreja estão disponíveisem muitos idiomas em www.languages.LDS.org.

Mais na InternetLiahona.LDS.org

PARA OS ADULTOS

PARA AS CRIANÇAS

 Adversidade, 16

 Amizade, 46, 52, 58

 Arrependimento, 11,

12, 14, 48

 Ativação, 20, 32, 40

Bem-estar, 10

Conversão, 14, 48, 54

Criação, 73

Dízimo, 41, 51

Ensino amiliar, 40

Espírito Santo, 24

Estudo das escrituras, 64, 80

Família, 16, 60

Filhos, 16

Graça, 11

Integração, 46

 Jesus Cristo, 11, 12, 73

Liderança, 20Morte, 58

Música, 8, 9

Obediência, 24, 80

Obra missionária, 4, 14

Oração, 30, 38, 60

Palavra de Sabedoria, 14

Paternidade/materni-

dade, 16

Perdão, 12, 39

Plano de salvação, 64

Professoras visitantes, 

7, 32, 38Reunião amiliar, 42, 79

Revelação, 24, 28, 30,

40, 68

Serviço, 62, 70

Sociedade deSocorro, 7 

TÓPICOS DESTA EDIÇÃOOs números representam a primeira página de cada artigo.

FEVEREIRO DE 2011 VOL. 64 Nº 2A LIAHONA 09682 059

Revista Ofcial em Português de A Igreja deJesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias

A Primeira Presidência: Thomas S. Monson,Henry B. Eyring e Dieter F. Uchtdor

Quórum dos Doze Apóstolos: Boyd K. Packer,L. Tom Perry, Russell M. Nelson, Dallin H. Oaks,M. Russell Ballard, Richard G. Scott, Robert D. Hales,Jerey R. Holland, David A. Bednar, Quentin L. Cook,D. Todd Christoerson e Neil L. Andersen

Editor: Paul B. PieperConsultores: Stanley G. Ellis, Christoel Golden Jr.,

Yoshihiko KikuchiDiretor Administrativo: David L. FrischknechtDiretor Editorial: Vincent A. VaughnDiretor Gráfco: Allan R. Loyborg

Gerente Editorial: R. Val JohnsonGerentes Editoriais Assistentes: Jenier L. Greenwood,Adam C. OlsonEditor Associado: Ryan CarrEditora Adjunta: Susan BarrettEquipe Editorial: David A. Edwards, Matthew D. Flitton,LaRene Porter Gaunt, Larry Hiller, Carrie Kasten, JennierMaddy, Melissa Merrill, Michael R. Morris, Sally J. Odekirk,Joshua J. Perkey, Chad E. Phares, Jan Pinborough,Richard M. Romney, Janet Thomas, Paul VanDenBerghe,Julie WardellSecretária Sênior: Laurel Teuscher

Diretor Administrativo de Arte: J. Scott KnudsenDiretor de Arte: Scott Van KampenGerente de Produção: Jane Ann PetersEquipe de Diagramação e Produção: Cali R. Arroyo,Collette Nebeker Aune, Howard G. Brown, Julie Burdett,Thomas S. Child, Reginald J. Christensen, Kim Fenstermaker,Kathleen Howard, Eric P. Johnsen, Denise Kirby, Scott M.Mooy, Ginny J. NilsonPré-Impressão: Je L. Martin

Diretor de Impressão: Craig K. SedgwickDiretor de Distribuição: Evan LarsenTradução: Edson Lopes

Para assinaturas e preços ora dos Estados Unidos e doCanadá, consulte o centro de distribuição local em seupaís ou o líder da ala ou do ramo.

Envie manuscritos e perguntas para Liahona, Room 2420, 50 E. North Temple St., Salt Lake City, UT84150-0024, USA; ou mande e-mail para:[email protected].

 A Liahona, termo do Livro de Mórmon que signifca“bússola” ou “guia”, é publicada em albanês, alemão,armênio, bislama, búlgaro, cambojano, cebuano, chinês,coreano, croata, dinamarquês, esloveno, espanhol,estoniano, fjiano, fnlandês, rancês, grego, húngaro,holandês, indonésio, inglês, islandês, italiano, japonês,letão, lituano, malgaxe, marshalês, mongol, norueguês,polonês, português, quiribati, romeno, russo, samoano,sueco, tagalo, tailandês, taitiano, tcheco, tonganês,ucraniano, urdu e vietnamita. (A periodicidade varia de umidioma para outro.)

© 2011 Intellectual Reserve, Inc. Todos os direitosreservados. Impresso nos Estados Unidos da América.

O texto e o material visual encontrados na revista A Liahona podem ser copiados para uso eventual, na Igreja ou no lar,não para uso comercial. O material visual não poderá sercopiado se houver qualquer restrição indicada nos créditosconstantes da obra. As perguntas sobre direitos autoraisdevem ser encaminhadas para Intellectual Property Ofce,50 E. North Temple St., Salt Lake City, UT 84150, USA;e-mail: [email protected].

For Readers in the United States and Canada:February 2011 Vol. 64 No. 2. LIAHONA (USPS 311-480)Portuguese (ISSN 1044-3347) is published monthly by TheChurch o Jesus Christ o Latter-day Saints, 50 E. NorthTemple St., Salt Lake City, UT 84150. USA subscription priceis $10.00 per year; Canada, $12.00 plus applicable taxes.Periodicals Postage Paid at Salt Lake City, Utah. Sixty days’notice required or change o address. Include addresslabel rom a recent issue; old and new addresses must beincluded. Send USA and Canadian subscriptions to Salt LakeDistribution Center at address below. Subscription helpline: 1-800-537-5971. Credit card orders (Visa, MasterCard,American Express) may be taken by phone. (Canada PosteInormation: Publication Agreement #40017431)

POSTMASTER: Send address changes to Salt LakeDistribution Center, Church Magazines, PO Box 26368,Salt Lake City, UT 84126-0368.

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4 A L i a h o n a

Poucas alegrias na vida são mais doces e duradourasdo que a de saber que ajudamos a levar o evan-gelho restaurado de Jesus ao coração de alguém.

 Todos os membros da Igreja têm a oportunidade de sentiressa alegria. Quando nos batizamos, zemos a promessade “servir de testemunhas de Deus em todos os momentose em todas as coisas e em todos os lugares em que [nosencontremos], mesmo até a morte; para que [sejamos]redimidos por Deus e contados com os da primeira ressur-

reição, para que [tenhamos] a vida eterna” (Mosias 18:9). Todos os membros aceitam azer sua parte na missão

conada à Igreja de proclamar o evangelho de Jesus Cristoao mundo, seja qual or seu local de residência, por todaa vida. O Senhor oi bem claro: “Eis que vos enviei paratesticar e advertir o povo, e todo aquele que or adver-tido deverá advertir seu próximo” (D&C 88:81). Os mis-sionários de tempo integral recebem o poder de ensinaras pessoas que ainda não são membros da Igreja. Já aosmembros da Igreja cabe achar as pessoas que o Senhorpreparou para os missionários ensinarem.

Precisamos exercer é e conar que o Senhor prepa-rou pessoas a nossa volta para serem ensinadas. Ele sabequem são elas e quando estarão preparadas, e pode guiar-nos até elas pelo poder do Espírito Santo e indicar-nosas palavras certas para convidá-las a serem ensinadas. Apromessa eita pelo Senhor a um missionário em 1832é a mesma que Ele nos az em nosso encargo de buscarpessoas preparadas para serem ensinadas pelos missioná-rios: “E enviarei sobre ele o Consolador, que lhe ensinará

QUÃO

M E N S A G E M D A P R I M E I R A P R E S I D Ê N C I A

PresidenteHenry B. Eyring

Primeiro Conselheiro naPrimeira Presidência

a verdade e o caminho que deverá seguir; e se or el,tornarei a coroá-lo com molhos” (D&C 79:2–3).

E a promessa de grande alegria eita ao missionárioel também se aplica a nós como membros éis ao nosdedicarmos de corpo e alma à obra missionária:

“E agora, se vossa alegria é grande com uma sóalma que tiverdes trazido a mim no reino de meuPai, quão grande será vossa alegria se me trouxerdesmuitas almas!

Eis que tendes diante de vós meu evangelho eminha rocha e minha salvação.

Pedi ao Pai, em meu nome, com é, acreditandoque recebereis, e tereis o Espírito Santo, que mani-esta todas as coisas que são convenientes aos lhosdos homens” (D&C 18:16–18).

 Além de nos conceder o Espírito Santo para nosajudar a reconhecer e a convidar as pessoas pre-paradas para serem ensinadas, o Senhor chamou etreinou líderes para orientar-nos. Numa carta datadade 28 de evereiro de 2002, a Primeira Presidênciaaumentou a responsabilidade dos bispos e das alasno tocante à obra missionária.1 Com o auxílio doconselho da ala ou do ramo, o comitê executivo dosacerdócio elabora um plano missionário para a unidade.Nele devem constar sugestões sobre como os membrospodem encontrar pessoas preparadas para serem ensinadaspelos missionários. É chamado um líder da missão da ala oudo ramo. Esse líder da missão está sempre em contato comos missionários de tempo integral e seus pesquisadores.

 AlegriaGRANDESERÁ VOSSA

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F e v e r e i r o d e 2 011

Há muitas maneiras de cumprirmosnossa obrigação pessoal de ajudar aencontrar pessoas para os missioná-rios ensinarem. As mais simples são asmelhores.

Orem para ser guiados pelo EspíritoSanto. Conversem com os líderes locais e

os missionários, pedindo-lhes sugestõese comprometendo-se a ajudá-los. Incenti-

 vem as pessoas que trabalham a seu ladonessa obra. E, em todos os momentos,sirvam de testemunhas em todos os atose palavras de que Jesus é o Cristo e deque Deus responde às orações.

 Testico que o Espírito Santo os guiaráàs pessoas que buscam a verdade, se

 vocês orarem e se empenharem parareceber essa orientação. E sei por expe-

riência própria que sua alegria seráduradoura com as pessoas que aceitaremo evangelho no coração e depois perse-

 verarem na é. ◼NOTA

1. Ver “News of the Church: Ward and BranchMissionary Work Emphasized”, Liahona, agosto de 2002, p. 4.

ENSINAR USANDO ESTA MENSAGEM• Ensino, Não Há Maior Chamado orienta-

nos a incentivar as pessoas que ensina-mos a traçarem metas que as ajudema viver os princípios do evangelhoaprendidos (ver a página 159). Com aamília visitada, identifque as bênçãosda obra missionária conorme mencio-nadas pelo Presidente Eyring e, caso sesinta inspirado, convide-os a estabelecermetas para compartilhar o evangelho.

• Se julgar conveniente, enumere com

a amília diversas maneiras de com-partilhar o evangelho, aceitando ediscutindo todas as sugestões propos-tas; tendo em mente o conselho doPresidente Eyring de que “as mais sim-ples são as melhores”. Para aprendermais sobre essa técnica, que se chamatempestade cerebral (brainstorming),ver Ensino, Não Há Maior Chamado, página 160.

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6 A L i a h o n a

M E N S A G E M D A P R I M E I R A P R E S I D Ê N C I A

No primeiro domingo em que

ui à Igreja com os missioná-

rios, reconheci pessoas com as

quais tinha convivido na inância

e na adolescência e que também

as conhecia da comunidade. Vi

uma de minhas melhores amigas

da escola, as secretárias do curso

undamental e do curso médio,

uma menina que eu não tratara

muito bem no passado e até um

rapaz pelo qual eu me apaixonaraem certa época.

Cada uma daquelas pessoas

tinha marcado minha vida. Minha

melhor amiga era uma jovem de

grande integridade e por causa

dela resolvi continuar pesquisando

a Igreja. As secretárias que se lem-

bravam de mim da época da escola

me ajudaram a sentir-me impor-

tante. Aprendi sobre o amor divino

e a caridade com a jovem que merecebeu de braços abertos, embora

eu não tivesse sido um exemplo

de simpatia com ela no passado.

O rapaz que ora minha paixão de

adolescente era um grande exem-

plo: reconheci sua luz e era um

prazer desfrutar sua companhia.

Aquelas experiências pessoais

me ajudaram a saber que, mesmo

antes de meu primeiro contato

com os missionários, o Pai Celestial

me preparara para receber o evan-gelho por intermédio das pessoas

que pusera em meu caminho.

Com elas aprendi que as peque-

nas coisas que azemos podem

ter enorme repercussão. E o mais

importante de tudo: aprendi que a

obra missionária começa comigo.

O Evangelho — uma Dádiva a Partilhar

Apalavra evangelho signifca todos os ensinamentos e

as ordenanças concedidos a nós por Jesus Cristo e Seus

profetas. O evangelho é como uma cesta cheia de presen-tes do Pai Celestial. Você pode ajudar a dar esses presentes

a outras pessoas. Com quem poderia partilhar a dádiva do

evangelho?

Faça a correspondência dos versículos com os desenhos de

alguns dos presentes que o evangelho nos traz. Escreva em

cada desenho o número da escritura correspondente.

J O V E N S C R I A N Ç A S

1. Tiago 5:14–152. Mosias 16:6–73. 3 Né 18:1–10

4. D&C 20:72–735. D&C 33:166. D&C 89:4, 18–217. D&C 132:468. D&C 137:109. D&C 138:32–34

Os Muitos Missionáriosde Minha VidaElizabeth S. Stiles

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M E N S A G E M D A S P R O F E S S O R A S V I S I T A N T E S

A Restauração deTodas as Coisas

 Estude este material e, conorme julgar conveniente,

discuta-o com as irmãs que você visitar. Use as pergun-

tas para ajudá-la a ortalecer as irmãs e para azer 

com que a Sociedade de Socorro seja parte ativa de sua

 própria vida.

OProeta Joseph Smith organizou a Sociedade

de Socorro como parte essencial da Igreja.Como presidência, esperamos poder ajudá-las acompreender por que ela é essencial em sua vida.

Sabemos que o Novo Testamento cita mulheresque mostraram é em Jesus Cristo e participaramde Sua obra. Lucas 10:39 ala de Maria, que, “assen-tando-se também aos pés de Jesus, ouvia a suapalavra”. Em João 11:27, Marta presta testemunhode Cristo: “Disse-lhe ela: Sim, Senhor, creio que tués o Cristo, o Filho de Deus, que havia de vir aomundo”. Atos 9:36, 39 menciona “uma discípulachamada Tabita, (…) cheia de boas obras. (…)E todas as viúvas (…) [mostravam] as túnicas eroupas que [ela] zera”. Febe, em Romanos 16:1–2,“[serviu] na igreja” e “[hospedou] a muitos”.

Esses exemplos de é, testemunho e serviçocontinuaram na Igreja restaurada nos últimos diase ormalizaram-se com a organização da Socie-dade de Socorro. Julie B. Beck, presidente geralda Sociedade de Socorro, ensinou: “Assim comoo Salvador convidou Maria e Marta, na época doNovo Testamento, a participarem de Sua obra, asmulheres desta dispensação têm o encargo ocial

de participar da obra do Senhor. (…) A organiza-ção da Sociedade de Socorro, em 1842, mobilizoua orça conjunta das mulheres e seu encargo espe-cíco de edicar o reino do Senhor”.1

Realizamos nosso trabalho ao nos concentrar-mos nos propósitos da Sociedade de Socorro:aumentar a é e a retidão pessoal, ortalecer aamília e o lar e estender a mão para as pessoasnecessitadas e ajudá-las.

 Testico que a Sociedade de Socorro oidivinamente organizada para auxiliar naobra de salvação. Cada irmã da Socie-dade de Socorro tem um papel essenciala desempenhar na realização dessetrabalho sagrado.

Silvia H. Allred, primeira conselheirana presidência geral da Sociedadede Socorro.

Das Escrituras:  Joel 2:28–29; Lucas 10:38–42;

Eésios 1:10

De Nossa História 

Airmã Julie B. Beck ensinou: “Sabemos,por intermédio do Proeta Joseph Smith,

que a Sociedade de Socorro azia ormal-mente parte da Restauração”.2 O processo derestauração começou com a Primeira Visãoem 1820 e continuou “linha sobre linha, pre-ceito sobre preceito” (D&C 98:12). Quandoa Sociedade de Socorro oi organizada or-malmente em 17 de março de 1842, o Proetaensinou às mulheres seu papel essencial naIgreja restaurada. Disse: “A Igreja não estava

pereitamente organizada até que as mulheresossem assim organizadas”.3

NOTAS1. Julie B. Beck, “Cumprir o Propósito da

Sociedade de Socorro”, A Liahona, novembrode 2008, p. 108.

2. Julie B. Beck, “Cumprir o Propósito daSociedade de Socorro”, p. 108.

3. Ensinamentos dos Presidentes da Igreja: Joseph Smith, 2007, p. 474.

O que Posso 

Fazer? 

1. Que ajudaposso prestar estemês às irmãs quevisito a fm deexemplifcar a édas discípulas deJesus Cristo?

2. Que ensina-mento do evan-gelho restauradoestudarei para

ortalecer meutestemunho estemês?

Para mais informa-ções, acesse www .reliefsociety.LDS.org.

Fé • Família •Auxílio

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8 A L i a h o n a

CoisasPequenaseSimples

H I S T Ó R I A D A I G R E J A N O M U N D O

BrasilQuando Max Richard Zap emigrou da Alemanha

para o Brasil em 1913, já era membro havia cincoanos e tornou-se o primeiro membro conhecido daIgreja no Brasil. Depois que uma amília brasileirasolicitou materiais à sede da Igreja, o presidente daMissão Sul-Americana visitou o Brasil em 1927 e envioumissionários em 1928. A primeira missão oi criada emSão Paulo em 1935, e em 1939 o Livro de Mórmon oipublicado em português.

O primeiro templo da América do Sul oi dedicadoem São Paulo em 1978, pouco depois da revelação

sobre a extensão do sacerdócio a todos os membrosda Igreja do sexo masculino dignos. O segundo maiorcentro de treinamento missionário da Igreja no mundo,situado em São Paulo, oi dedicado em 1997.

O Brasil é o terceiro país (depois dos Estados Uni-dos e do México) a atingir a marca de um milhão demembros.

A IGREJA NO BRASILNúmero demembros

1.102.428

Missões 27

Estacas 230

Alas e Ramos 1.884

Templos 7, incluindo os Templosde Manaus e Fortaleza,atualmente em cons-trução ou anunciados.

Por que Cantar?

Os hinos que cantamos podem convidar o Espírito a

nossas reuniões da Igreja, ao lar e a nosso cotidiano. O

Presidente J. Reuben Clark Jr. (1871–1961), da Primeira Pre-

sidência, ensinou: “Achegamo-nos mais ao Senhor por meio

da música do que talvez por qualquer outra coisa exceto a

oração”.1

A Igreja criou um site em que é possível acessar os hinos

(em inglês, francês, português e espanhol). Music.LDS.org

traz instruções sobre como reger, tocar hinos com uso de

teclado, além de sugestões para a escolha de hinos adequa-

dos para a reunião sacramental.

As melodias e letras podem ser lidas, baixadas ou tocadas

NOTAS1. J. Reuben Clark Jr., em Conference Report, outubro de 1936,

p. 111.2. Hinos, p. x.

diretamente no site, algo particularmente útil para membros

que não tenham piano nem teclado.

A música pode ser usada tanto no lar como na Igreja. A

Primeira Presidência aconselhou-nos: “Ensinem seus flhos a

amarem os hinos. Cantem-nos no Dia do Senhor, nas reu-

niões amiliares, durante o estudo das escrituras e na hora de

orar. Cantem enquanto trabalham, enquanto se divertem e

enquanto viajam juntos”.2 Os hinos podem trazer um espírito

de amor e união ao lar.

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F e v e r e i r o d e 2 011 9

Cuidar dos Pobres“No decorrer da história, o

Senhor tem medido as socie-

dades e os indivíduos pela maneira

como cuidam dos pobres. Ele disse:

‘Pois a Terra está repleta e há

bastante e de sobra; sim, preparei

todas as coisas e permiti que os

lhos dos homens fossem seus próprios árbitros.

Portanto, se algum homem tomar da abundân-

cia que fz e não repartir sua porção com os pobres

e os necessitados, de acordo com a lei de meu

evangelho, ele, com os iníquos, erguerá seus olhos

no inferno, estando em tormento’ (D&C 104:17–18; ver

também D&C 56:16–17).

Além disso, Ele declara: ‘Nas coisas materiais sereis iguais

e disto não reclamareis; caso contrário, será retida a prou-

são das manifestações do Espírito’ (D&C 70:14; ver também

D&C 49:20; 78:5–7).

Nós controlamos o uso de nossos meios e recursos, mas

prestamos contas a Deus dessa mordomia sobre as coisas ter-

renas. É graticante ver a generosidade de vocês nas contri-

buições com as ofertas de jejum e nos projetos humanitários.

Fortalecida por um Hino

Decidi competir numa maratonacom colegas de trabalho em

 Western Cape, Árica do Sul. Treineie me empenhei muito na prepara-ção para a corrida.

No dia do evento, acordei, li asescrituras e orei. Estava nervosa,mas também sentia que precisavaconar no Senhor. Eu sabia que, seo zesse, Ele iria me suster e meapoiar.

Era preciso andar ou correr40 quilômetros. Começamos àsoito horas da manhã. O tempoestava resco e ligeiramente chu-

 voso; assim, no início, desruteia caminhada e estava indo bem.Mas quando estava a cerca de

dez quilômetros da linha dechegada, a corrida tornou-semuito diícil para mim. Tinhacãibras numa perna e bolhasnos pés. Quis desistir. Então

comecei a cantarolar umhino:

“Se Deus é convosco, a quemtemereis? 

 Ele é vosso Deus, seu auxíliotereis.

Se o mundo vos tenta, se o mal  az tremer, (…)

Com mão poderosa vos há de  suster.

(“Que Firme Alicerce”, Hinos,nº 42)

 A letra desse hino preen-cheu-me a mente repetidas vezes,ergui os pés e terminei a corridaimpulsionada pela orça desse hinodo Senhor.

Essa experiência me ensinouque o evangelho de Jesus Cristotem tudo a ver com a perseve-rança. É como andar ou corrernuma maratona. Às vezes noscansamos, repousamos e volta-mos a caminhar. O Pai Celestialnão desiste de nós, por mais quecaiamos; para Ele o que importaé quantas vezes nos reerguemos etornamos a andar. Seu evangelhoinsta-nos a terminar a corrida.Khetiwe Ratsoma, Árica do Sul

Com o passar dos anos, o sorimento de milhares, talvez

milhões, vem sendo aliviado, e um número incontável de

outras pessoas conseguiram progredir graças à generosidade

dos santos. Contudo, ao buscarmos a causa de Sião, cada

um de nós deve considerar, em espírito de oração, se está

azendo o que deve e se está azendo tudo o que deve azer

aos olhos do Senhor com respeito aos pobres e necessitados.”

Élder D. Todd Christoerson, do Quórum dos Doze Apóstolos, “A Sião Vem,Pois, Depressa”, A Liahona, novembro de 2008, p. 37.

N A S P A L A V R A S D O S L Í D E R E S D A I G R E J A

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10 A L i a h o n a

D E S T AQ U E S D A H I S T Ó R I A D O S S E R V I Ç O S D E B E M - E S TA R D A I G R E J A

Oprograma de auxílio humanitário de A Igreja de Jesus

Cristo dos Santos dos Últimos Dias visa a melhorar a

vida dos necessitados oerecendo alimentos, água potável,

tratamento otalmológico, cadeiras de rodas, vacinas e

auxílio emergencial. Esse programa, que teve início modesto,

expandiu-se ao longo dos anos e passou a ajudar milhões de

pessoas em todo o mundo.

Fim da década de

1920: Estabelecimento

das azendas de bem-

estar. Os alimentos colhi-

dos são estocados em

armazéns.

1932: Inauguração da pri-

meira fábrica de conservas.

1936: Formação do Comitê

de Bem-Estar da Igreja. São

criadas quatorze regiões de bem-estar para administrar as

atividades de bem-estar no mundo.

1936: Estabelecimento do primeiro centro ofcial

de empregos.

1936–1940: Início de projetos de produção, incluindo

uma serraria, um curtume, uma ábrica de macarrão e

unidades de salmão enlatado, produção de manteiga de

amendoim, fabricação de sabão e engarrafamento de leite.

1937: Construção do primeiro

armazém regional em Salt Lake

City.

1938: Iniciam-se as obras na

Praça de Bem-Estar, que incluía

um elevador de grãos e um arma-

zém central.

1938: Inauguração das primeiras

lojas de artigos usados das Deseret

Industries em Salt Lake City.

1940: Término das obras da Praça

de Bem-Estar.

1945: A Igreja envia grandes quantidades de alimentos,

roupas e outros artigos de primeira necessidade aos mem-

bros da Europa no m da Segunda Guerra Mundial.

1960: Inauguração de novas ábricas de enlatados e laticí-

nios na Praça de Bem-Estar.

Década de 1970: A Igreja expande seus projetos de bem-

estar e produção ao México, à Inglaterra e à Oceania.

1973: Os Serviços Sociais SUD (hoje Serviços FamiliaresSUD) são criados como organização ocial da Igreja.

1976: A Igreja inicia a expansão dos armazéns para

todas as regiões do Canadá e dos Estados Unidos. Também

é anunciada a expansão das unidades de enlatados

e produção.

1982: O presidente norte-

americano Ronald Reagan visita

a Praça de Bem-Estar.

1985: A Igreja começa a per-

urar poços de água potável na

Árica, marcando o início de uma

expansão mundial dos esorços

humanitários da Igreja.

Década de 1990: O Centro

Humanitário SUD é estabelecido para triar roupas e outros

artigos excedentes, incluindo suprimentos médicos, a serem

enviados ao mundo todo para combater a pobreza e auxiliar

nas catástrofes.

2002: Os Serviços de Caridade

SUD dão início a projetos

de distribuição de cadeiras de

rodas, água potável e suporte

à reanimação neonatal.

2003: Os Serviços de Caridade

SUD unem esorços com iniciativas mundiais de combate ao

sarampo e doam um milhão de dólares americanos por anopara apoiar a campanha. Começa também uma iniciativa

mundial de tratamento oftalmológico.

2010: Os Serviços de Caridade SUD dão início a um projeto

na área alimentar para aumentar a produção de alimentos

e melhorar a situação nutricional em alguns dos países mais

pobres do mundo. Abertura de terra do novo Armazém

Central do Bispo em Salt Lake City, com 56.000 m2.

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F e v e r e i r o d e 2 011 11

Kimberlee B. Garrett

Como tantas outras pessoas,durante a maior parte deminha vida tive diculdades

para reconhecer meu valor pes-soal. Debati-me com problemas de

excesso de peso por muitos anos, oque aetou minha autoestima. Emboratenha emagrecido e agora leve uma

 vida saudável, às vezes ainda me sur-preendo combatendo esses sentimen-tos e pensamentos negativos.

Certa manhã, sentia-me particular-mente deprimida e não sabia comomelhorar a situação. Comecei a orar epedi ajuda ao Pai Celestial para supe-rar meu complexo de inerioridade.

 Ao orar, a seguinte escritura me veioà mente: “E se não tendes esperança,deveis estar em desespero; e o deses-pero vem por causa da iniquidade”(Morôni 10:22).

 Iniquidade parecia uma palavramuito séria, tanto que inicialmenteignorei o pensamento, pois não melembrava de nada grave que pudesseter eito de errado. Contudo, o pen-samento continuou, assim orei, con-orme indicado também por Morôni,para que o Pai Celestial me mostrasseminha raqueza a m de ortalecer-me(ver Éter 12:27).

Foi com surpresa que me lembreide três acontecimentos dos dois diasanteriores nos quais eu não tinhasido paciente com meus lhos. Eupusera meus próprios sentimentos

SUA GRAÇA

BASTA 

F A L A M O S D E C R I S T O

e necessidades na rente dos delese não demonstrara sensibilidade aseus sentimentos. Senti-me mal etomei a resolução de mudar paramelhor. Pedi desculpas a meus lhos

e orei pedindo perdão. Assim quecomecei a orar, meus sentimentos de

inerioridade desapareceram e conse-gui sentir a paz que perdera.

Como se tivesse apertado uminterruptor na mente, nalmenteentendi um conceito simples que,por algum motivo, havia ignorado aolongo de muitos anos. Quando há umpecado não resolvido em minha vida,ainda que pequeno, dou a Satanás opoder de infuenciar-me. Ele conhece

minhas raquezas e sabe quais pala- vras vão me “[incitar]” e “conduzir(…) à destruição” (ver D&C 10:22).Na verdade, não me odeio, mas Sata-nás certamente me odeia e lançarámão de todas as artimanhas possíveispara me aastar da luz.

No entanto, quando me arrependo,conto com o poder de Jesus Cristo.Como Ele sabe pereitamente mesocorrer em minha raqueza (ver

 Alma 7:11–12), Seu poder me edicae me ortalece, o que seria impossívelpara mim sozinha.

 Até mesmo o Apóstolo Paulo, tão valente na proclamação do evange-lho, soria de raqueza e era ator-mentado por seus eeitos. Contudo,ao orar para sobrepujar a raqueza,o Senhor respondeu: “A minha graçate basta, porque o meu poder seapereiçoa na raqueza”. Em seguida,Paulo exclamou: “De boa vontade,pois, me gloriarei nas minhas raque-zas, para que em mim habite o poderde Cristo” (II Coríntios 12:9).

Da mesma orma, darei o melhorde mim para me arrepender e guar-dar os mandamentos, “para que emmim habite o poder de Cristo” e queeu que cheia de amor e paz. ◼

Tal qual o Após-tolo Paulo, arei de tudo para mearrepender eviver os manda-mentos, a fmde que “em mimhabite o poder deCristo”.

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12 A L i a h o n a

 Arrependimento V iemos à Terra com o propó-

sito de crescer e progredir.Nosso progresso é retardado

quando pecamos. Com exceção de

 Jesus Cristo, que levou uma vidapereita, todos os que já viveram na

 Terra pecaram (ver Eclesiastes 7:20;Romanos 3:23; I João 1:8).

Pecar é violar os mandamentosde Deus. Às vezes pecamos azendoalgo que sabemos ser errado, mas emoutras ocasiões pecamos por deixar-mos de azer algo que sabemos sercorreto (ver Tiago 4:17).

 Todos os mandamentos de Deus

nos abençoam se os guardarmos(ver D&C 130:20–21). Todavia, se os

 violarmos, há punições associadas(ver Alma 42:22). Esse equilíbrio entrebênçãos e punições chama-se justiça.

Por nos amar, o Pai Celestial tor-nou possível o arrependimento:conessar e abandonar nossos peca-dos e assim neutralizar seus eeitos.Ele enviou Seu Filho Unigênito,

 Jesus Cristo, para sorer por nossos

pecados. Ou seja, Jesus pagou apenalidade exigida pela lei da justiçareerente a nossa violação dos man-damentos de Deus. Como o Salvador

 já padeceu por nossos pecados, nãoprecisaremos sorer a punição plenapor eles, se nos arrependermos (verD&C 19:16). Sua Expiação “[satisez]as exigências da justiça” (Mosias15:9), o que permitiu ao Pai Celestialperdoar-nos misericordiosamentee deter a punição.

O arrependimento é umadádiva de Deus para nós. Éessencial para nossa elici-

dade nesta vida. Por meiodo arrependimento, puri-camo-nos de novo, o quenos permite regressarà presença do PaiCelestial (verMoisés 6:57).

N O S S A C R E N Ç A

Ter é em nosso Pai 

Celestial e Jesus Cristo

(ver Alma 34:17).

A EXPIAÇÃO POSSIBILITA O

“Eis que aquele que se arrependeu deseus pecados é perdoado e eu, o Senhor,deles não mais me lembro.

Desta maneira sabereis se um homem searrepende de seus pecados — eis que ele osconessará e abandonará” (D&C 58:42–43).

O processo do arrepend

mento inclui o seguinte

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F e v e r e i r o d e 2 011 13

Reconhecer nossos

 pecados e sentir pesar 

(ver Lucas 16:15; Alma

42:29–30).

Conessar nossos peca-

dos ao Pai Celestial e, senecessário, ao bispo ou

 presidente de ramo (ver 

D&C 61:2).

 Abandonar nossos pecados

(ver D&C 58:43).

Restituir quando possível 

(ver Ezequiel 33:15–16).

Perdoar a quem tenha

 pecado contra nós (ver D&C 

64:9; 3 Néf 13:14–15).

Viver em retidão (ver D&C 1:32). ◼

 Jesus Cristo pagou o preço de nossos pecados 

no Jardim do Getsêmani e na cruz. Decla-

rou o seguinte acerca de Seu sorimento:

“Fez com que eu, Deus, o mais grandioso de 

todos, tremesse de dor e sangrasse por todos 

os poros; e soresse, tanto no corpo como no

espírito” (D&C 19:18).

Para mais inormações, ver

Princípios do Evangelho, 2009,

“Arrependimento”, pp. 109–116;

e Sempre Fiéis, 2004, “Expiação de

Jesus Cristo”, pp. 77–83; “Justiça”,

p. 109; “Misericórdia”, pp. 111–113;

“Arrependimento”, pp. 18–22; e

“Pecado”, pp. 130–131.

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14 A L i a h o n a

Betsy Doane

Certa noite, em 1978, estava no

 Aeroporto Logan em Boston,

Massachusetts, EUA, aguar-dando a chegada de amigos. Umhomem puxou conversa comigo, ealamos um pouco sobre a vida decada um. Contei-lhe que voltara, trêsmeses antes, de uma viagem à Amé-rica Central.

Disse-lhe que zera essa viagempara ugir da dolorosa realidade deminha vida. Nove anos antes meuirmão tinha alecido. No ano seguinte,meus pais morreram num acidenteautomobilístico. Exatamente um anodepois, oi minha avó que partiu. Empouco tempo eu perdera algumas daspessoas mais importantes de minha

 vida. Fiquei arrasada.Com a morte de meus pais, her-

dei uma quantia considerável eusei-a para tentar esquecer minha

dor. Gastei-a com roupas caras, car-ros, drogas e viagens para lugares

distantes.Em minha viagem mais recente,

escalara uma pirâmide maia em Tikal,Guatemala. Lá, apesar de estar sica-mente num lugar elevado, lembro-meda sensação de estar no undo dopoço, mais do que nunca antes. Eunão podia mais viver como estava

 vivendo. “Deus”, supliquei, “se exis-tes, preciso que mudes minha vida”.Fiquei lá por vários minutos, implo-rando ajuda silenciosamente a umser de cuja existência eu nem sequertinha certeza. Ao descer da pirâmide,senti-me em paz. Nada mudara emminha vida, mas por algum motivo eusentia que tudo ia car bem.

E eis que três meses depois, láestava eu, contando tudo aquiloàquele homem no aeroporto. Ele me

ouviu com toda a paciência e depoisperguntou se eu sabia que Jesus

Cristo visitara as Américas.Naquela época eu ainda não

pensava muito em Deus. Que tipo deDeus levaria embora minha amília?Quando eu disse isso, ele respon-deu que o Deus no qual acreditavaprovidenciara um meio para que eu

 voltasse a viver com minha amília.Foi então que ele conquistou minhaatenção.

“Como assim?” perguntei.“Já ouviu alar dos mórmons?” Eu

não sabia muito a respeito, mas ohomem começou a explicar-me oplano de salvação. E apesar de minhadescrença inicial, algo parecia realnas palavras dele.

Eu e meu novo conhecido troca-mos número de teleone e, nos mesesseguintes, saímos algumas vezes.

 Minha vida era uma espiral rumo ao abismo até que conheci 

um homem que afrmava ter a solução para meus problemas.

DEResgatada 

AResgatadora

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F e v e r e i r o d e 2 011 15

 Também conversamos sobre o evan-gelho. Ele me deu um Livro de Mór-mon, e alamos sobre o livro e outrasescrituras por horas a o no teleone.Ele alou-me da restauração da Igrejade Jesus Cristo por intermédio de

 Joseph Smith. Foi uma época maravi-lhosa de esperança e crescimento.

Nossa amizade esriou um pouco,mas depois de várias semanas, ele medisse que gostaria de mandar algunsamigos para conversar comigo. Aque-les amigos eram, obviamente, osmissionários. E eles vieram acompa-nhados de Bruce Doane, um missio-nário de estaca que viria a tornar-semeu marido.

 Após várias semanas de liçõesormais, os missionários perguntaramse eu estava disposta a ser batizada.Respondi que sem dúvida estava. Emseguida, ressaltaram que, antes depoder ser batizada, era preciso viver aPalavra de Sabedoria.

Eu não estava mais bebendonem usando drogas com a mesma

intensidade de antes. As coisasestavam mudando em minha

 vida; eu sentia mais esperança doque sentira em muito tempo — masa verdade é que era impossível rom-per aqueles hábitos completamente. 

 Além do mais, eu já tinha abdicadode muitas coisas ao abraçar o evange-lho — inclusive o contato com váriosamigos que me achavam louca por

mostrar interesse pela Igreja Mórmon.Eu persistira por sentir que o evan-gelho era verdadeiro. Mas será queeu conseguiria abandonar vícios tãoarraigados?

Os missionários oereceram-separa me dar uma bênção do sacerdó-cio como auxílio. Imediatamente emseguida, joguei ora todas as drogase bebidas alcoólicas que eu tinha. Enaquela noite, perdi denitivamenteo desejo de usar qualquer substânciacontrária à Palavra de Sabedoria. Foium verdadeiro milagre.

Fui batizada em junho de 1978.Pouco mais de um ano depois, eue Bruce nos casamos no Templo de

 Washington D.C.O evangelho literalmente me res-

gatou do desespero. Antes, eu estava

perdida — em todas as acepções dotermo. Meus pais, meu irmão e minhaavó tinham partido, e era como se eutambém tivesse partido. Após a mortedeles, eu não sabia mais quem era.

 Agora achei minha identidade. Sei

que sou lha de Deus e que Ele meconhece e me ama. Ao ser selada ameus pais, minha avó e meu irmão,meu pesar transormou-se em alegria,aliada à certeza de que poderemosestar juntos para sempre.

O evangelho de Jesus Cristo tam-bém me salvou de meus vícios. Nosúltimos anos, eu e marido temos ser-

 vido como missionários dos ServiçosFamiliares SUD para a recuperaçãode dependências, ajudando membrosde nossa estaca que tentam vencerdierentes tipos de vício. Sou muitograta por poder ajudar esses irmãos.Sinto-me abençoada pela oportuni-dade de contar-lhes minha históriapara ajudá-los a compreender comotodos nós podemos ser resgatadospelo evangelho. ◼

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16 A L i a h o n a

Shawn EvansAssistente Social Clínico Credenciado,Serviços Familiares SUD

Vivemos numa época na qual

questões diíceis — comodivórcio, doenças, morte,

acidentes, desastres naturais, guerras,perda de emprego — ameaçam asensação de segurança no lar. Con-tudo, há muito que os pais podemazer para ajudar os lhos a sentiremestabilidade, segurança e prote-ção, a despeito dessas infuênciasdesconcertantes.

Como Reagem as Crianças eos Jovens

Para ajudar as crianças e os adoles-centes a lidarem com situações trau-máticas, primeiro temos de entendercomo reagem nessas situações. Essasreações são aetadas pela estabilidadeda amília e pela idade e maturidadeemocional da criança ou do jovem.

Do Nascimento aos Seis Anosde Idade

Um recém-nascido pode expres-sar incômodo diante de aconteci-mentos desagradáveis agitando-se,chorando e pedindo colo. Muitas

 vezes, os bebês precisam apenasque o pai ou a mãe os segure oulhes dê comida. As crianças peque-nas são mais maduras que os bebês.

No entanto, uma interrupção na

rotina pode levar uma criança deseis anos a sentir-se impotente. Elapode, por exemplo, sentir grandeansiedade ao ser separada dos paisdurante um desastre natural ou nosprimeiros meses após o divórcio.Os pais podem ajudar as criançaspequenas nessas circunstânciasmantendo o máximo possível derotinas anteriores. Podem conti-nuar a azer as orações amiliares,

as reeições em amília e conservaroutros hábitos existentes desdeantes da grande mudança. Tal con-tinuidade ajuda a dar às crianças areconortante sensação de conançae estabilidade.

Dos Sete aos Dez Anos de Idade

 As crianças maiores são capazesde entender quando algo ou alguémse aasta de modo denitivo, sejana mudança para outra casa, sejana morte do pai ou da mãe. Conse-quentemente, podem ser aetadaspsicologicamente por um aconteci-mento angustiante. Sua compreensãoda vida ca proundamente abalada.Pode ser que alem do aconteci-mento traumático repetidamenteao tentarem lidar com o problema.

Ajudar os Filhos a

Sentirem-seem Segurança

 Ao compreenderem

como as crianças e os 

 jovens reagem a situa-

ções traumáticas, os  pais podem ajudá-los 

a superar momentos 

diíceis.

N O S S O L A R , N O S S A F A M Í L I A

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F e v e r e i r o d e 2 011 17

Pode ser que precisem de ajuda paracompreender o ocorrido ou expres-sar seus sentimentos a respeito. Valerecordar que a capacidade de racio-cínio delas não é a mesma de umadulto. Não é incomum, por exem-plo, que as crianças se considerem

culpadas pelo divórcio dos pais. Ospais podem ajudar inteirando-se doque as crianças pensam e sentem edepois corrigindo ideias errôneasque elas porventura tiverem.

Dos Onze aos Dezoito Anosde Idade

 As crianças e os jovens dos onzeaos dezoito anos de idade podempreocupar-se com eventos ocorridos

local, nacional ou internacionalmente.Os adolescentes mais velhos come-çam a perceber que em breve sairãode casa para enrentar sozinhos oconturbado mundo lá ora. Pode serque quem subjugados por emoçõesintensas e não consigam discorrersobre elas.

Os pais podem ajudar os lhosadolescentes azendo com eles ati-

 vidades de seu agrado, como cozi-

nhar, participar de jogos de salão oupraticar esportes. Os pais tambémpodem alar de experiências diíceisque tiveram quando eram adoles-centes. Ao verem os pais partilha-rem pensamentos e sentimentos,os lhos se sentirão mais à vontadepara externar o que lhes vai àmente e ao coração. É assim que sedesenvolve a intimidade emocional.Mesmo que os adolescentes nãodemonstrem abertamente interesse,escutarão.

O que os Pais Podem Fazer

Primeiramente os pais preci-sam reconhecer que os lhos estãoangustiados.1 As crianças e os

 jovens podem apresentar problemascomportamentais como tristeza ou

“Minha mãe me ensinou,

com a ajuda das escrituras,

que posso confar no Pai Celestial mesmo sem poder 

vê-Lo. Depois do terremoto,

quando não consegui 

achar minha mãe, eu sabia

que Deus me guiaria, e de 

 ato o ez. E embora minha

irmã tivesse morrido, eu

 sabia que voltaria a vê-la.” Anny A., alguns meses após o terremotode 8.0 graus de magnitude ocorrido noPeru em 2007.

   F   O   T   O   G   R   A   F   I   A   D   E   A   D   A   M   C .

   O   L   S   O   N

“Houve muitas transor-

mações em minha vida.

 Algumas coisas que não

mudaram oram o estudo

das escrituras e a oração

em amília. Amo as escri-

turas e atualmente estou

tentando lê-las sozinho

todos os dias. Gosto da paz que sinto quando as leio.” Michael H., cujos pais se divorciaram ecuja mãe posteriormente casou-se denovo.

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18 A L i a h o n a

irritabilidade prolongada, perda ou

aumento de apetite, distúrbios dosono, diculdade de concentraçãoou queda no rendimento escolar. Osmais velhos podem começar a apre-sentar comportamentos de alto risco,como conduta irresponsável, uso desubstâncias nocivas, atividade sexualou aastamento dos amiliares, amigose das situações sociais.

 Você pode ajudar procurandosaber como atender às necessidades

individuais dos lhos. Pode, porexemplo, ensinar os lhos, princi-palmente quando são pequenos,palavras para descrever a emoçãoque estão sentindo. Algumas dessaspalavras incluem triste, zangado,

 rustrado, assustado, preocupado etenso.

Caso seu lho adolescentecomece a agir de modo irresponsá-

 vel após uma situação traumática,preste bastante atenção às palavrase às reações emocionais dele. Assimcomo no caso das crianças meno-res, ajude o adolescente a identi-car corretamente seus sentimentos.E seja compreensivo, levando emconta que o evento traumático podeter desencadeado o comportamentorepreensível.

 Ao iniciar essas conversas com oslhos, tente não dar sermões nemexpressar raiva, críticas ou sarcasmo.Identique a mágoa ou a dor queseu lho sentir e demonstre empatia.

 Você pode começar dizendo algo dotipo: “Sei que está triste com a morte

de seu amigo. Mal posso imaginar oquanto é diícil. Estou preocupadopor você começar a tomar bebidasalcoólicas para tentar aliviar a dor”.Uma conversa que comece de modoríspido raramente traz bons rutos.

Ouvir com Empatia

 Às vezes você se sentirá tentado aevitar conversas com um lho con-trariado. Contudo, em muitos casos o

lho não conseguirá lidar com suasemoções diíceis sem ajuda. Se vocêouvir com empatia seus lhos ala-rem de suas dúvidas, eles se sentirãoamados e reconortados.

Um método bem-sucedido deouvir com empatia envolve expressarcom suas próprias palavras os senti-mentos de seu lho para assegurar-sede tê-los compreendido. Talvez sejapreciso ajudá-los a identicar o que

estão sentindo. Você pode dizer:“Você parece triste e tenso quandoaço perguntas sobre seu amigo cujospais se divorciaram”. Espere a res-posta e em seguida permita que seulho continue a conversa. Os lhostendem a se abrir quando sentem queestão no comando da conversa.

 Ajudar os Filhos a Processar os Sentimentos

 A sensação de controle do lhopode aumentar se os pais o ajudarema processar sentimentos desagradá-

 veis. Em muitos casos, se você ouvircom empatia, conseguirá azer comque seu lho identique a causadesses sentimentos. Você pode per-guntar: “Por que acha que está sesentindo assim?” Espere respostas e

“Sei que os adultos alam de 

coisas ruins do mundo para me 

advertir e me ajudar a enten-

der as coisas. Mas também é 

útil ouvir sobre os aconteci-

mentos positivos que sucedem

no mundo e na vida deles. Issome ajuda a lembrar o quanto a

vida pode ser boa.” Erica M., que perdeu cinco amiliares e amigosnos últimos dezoito meses.

“Meu pai acha tempo para

 fcarmos juntos, muitas 

vezes ao servirmos ao

 próximo. Ele reserva tempo

 para alarmos da vida em

 geral. E quando conversa-

mos, sentimos paz interior.” Ryan P., cujo pai fcou desempregadodurante quase um ano.

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F e v e r e i r o d e 2 011 19

ouça-as com atenção. Pode ser quenão venham de imediato.

 Às vezes, talvez seja preciso enume-rar com o lho soluções alternativas.

 Você pode perguntar como a soluçãoque seu lho tem em mente aetariaoutras pessoas envolvidas. A solução

em potencial respeita seus amiliaresou amigos? É realista? Como az seulho se sentir? Talvez ele não consigachegar a uma solução imediatamente.

 Tranquilize-o lembrando que o ama eque não há problema em não encon-trar soluções no momento.

 Agir com Fé

 À medida que você identicarpadrões incomuns de comporta-

mento nos lhos e depois os ajudara expressar e compreender seuspensamentos e suas emoções numambiente de amor, eles se sentirãoprotegidos e em segurança.

 A coisa mais importante que vocêpode azer para incentivar essa sen-sação de segurança e proteção nolar é tomar por base os princípiosdo evangelho de Jesus Cristo. Vocêpode buscar inspiração para ajudar os

lhos: jejuando, orando, examinandoas escrituras e indo ao templo. Vocêpode conversar com seus líderesdo sacerdócio. Você pode tambémcogitar pedir auxílio a prossionais,dependendo do grau de gravidadedos problemas.

Se agir com é no Pai Celestial eem Seu Filho, receberá bênçãos deconsolo e apoio. Os lhos recebe-rão mais consolo e terão mais esta-bilidade à medida que você e elesaplicarem as palavras dos proetas ederem continuidade às práticas quetrazem paz ao lar, como a oraçãoamiliar e pessoal, o estudo das escri-turas e a requência ao templo. ◼NOTA

1. Ver John Gottmann e Joan DeClaire, The  Heart of Parenting: Raising an Emotionally  Intelligent Child, 1997.

“Há pessoas más e assusta-

doras no mundo. Mas meu

 pai me ajuda a fcar mais 

tranquilo. Ele me teleonadurante o dia e diz que 

me ama.” Ally V., cujo pai é policial.

ALICERCES

DA PAZ“Como propor-cionar paz à vidados flhos queestão crescendo

em tempos tão diíceis e con-turbados? (…) Os recursos maisefcazes e signifcativos encon-tram-se no lar em que pais féise dedicados e irmãos solidáriosamam-se mutuamente e ensinamuns aos outros sobre sua natu-

reza divina.”Élder M. Russell Ballard, do Quórumdos Doze Apóstolos, “Great Shall Bethe Peace o Thy Children”, Ensign, abril de 1994, p. 60.

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20 A L i a h o n a

C L Á S S I C O S D O E V A N G E L H O

A

atividade na Igreja — a oportunidadede servir e prestar testemunho — é um

santo remédio. Cura os espiritualmenteenermos e ortalece os espiritualmente racos.É um ingrediente necessário na redenção dasovelhas perdidas. No entanto, há uma ten-dência — quase generalizada — de dar opor-tunidades de crescimento aos que já estãosobrecarregados. Esse enômeno, tão visívelem nossas estacas e alas, pode manter de oraas ovelhas perdidas.

Quando um mestre amiliar leva uma ove-lha perdida às reuniões, é apenas o início doprocesso de reencontro. Como podemos apro-

 veitá-la, a m de ajudá-la a crescer espiritual-mente? É verdade que não há muitas opçõespara alguém que esteja com problemas dedignidade. E inelizmente parece que mesmoas poucas situações em que podemos usá-las— para proerir orações, dar respostas breves,prestar testemunho — são quase que exclusi-

 vamente reservadas aos ativos: a presidência

de estaca, o sumo conselho, o bispado, opatriarca, os líderes das auxiliares. De ato, às

 vezes nos damos ao trabalho de convidar ora-dores e participantes de ora — em detrimentodos que estão amintos a nosso lado.

Numa reunião sacramental a que assistirecentemente, uma irmã cujo marido não eraativo na Igreja oi convidada para cantar. E elecompareceu. O bispo previu um programamuito especial para a ocasião. Seu primeiroanúncio oi: “O irmão X, meu primeiro con-selheiro, vai azer a oração de abertura”. Osegundo conselheiro proeriu a oração de

encerramento.Que lástima, pensei. Os três membros do

bispado, que tanto se empenham paraajudar os espiritualmente enermos,acabam por pegar o próprio remédioque curaria essas pessoas — a atividade, aparticipação — e eles mesmos o consomemna rente dos necessitados!

 Alguns poderão dizer: “Precisamoster cuidado com os membros racos emnosso meio. É melhor não os chamar paraorar ou prestar testemunho, pois podeser que isso os augente e intimide e osleve ao aastamento total”. Trata-se de ummito! Um mito bastante diundido, mas quenão deixa de ser mito! Perguntei a centenasde bispos se já viram isso acontecer em suaexperiência pessoal. Ouvi pouquíssimasrespostas armativas — na realidade,todos aqueles bispos mencionaram apenas

FORTALECER OS MENOS ATIVOS

Todos nós que temos cargos de 

liderança em âmbito de ala e 

estaca devemos abrir as portas  para as ovelhas perdidas e fcar ao

lado para permitir-lhes a entrada.

Presidente Boyd K. PackerPresidente do Quórum dos Doze Apóstolos

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F e v e r e i r o d e 2 011 21

um ou dois exemplos concre-tos. Portanto, o risco é muitopequeno, ao passo que tais con-

 vites podem resultar na recon-

quista de uma ovelha perdida.Há vários anos, visitei uma

estaca presidida por um homemde eciência e capacidadeincomuns. Cada detalhe daconerência da estaca tinha sidometiculosamente programado.Como de praxe, ele designaraas orações a membros dos

círculos exclusivos da presi-dência da estaca, do sumo

conselho, dos bispos e dopatriarca da estaca. Comoaqueles irmãos ainda nãotinham sido avisados, muda-mos as designações, tiran-do-as dos que mereciam ahonra e oerecendo-as aosque tanto — precisavam —

da experiência.O presidente tinha uma

agenda detalhada para as

sessões gerais e mencionouque deixara vinte minutos emaberto numa delas. Propus aparticipação de alguém que, deoutra orma, não teria a oportu-nidade e que precisava daquelaexperiência ortalecedora. Elerespondeu com a sugestão dedeixarmos vários líderes bonse capazes de sobreaviso parapossíveis convites de discurso.“Vai haver muitos não membrospresentes”, disse ele. “Estamosacostumados com conerênciasorganizadas e de alto nível.

 Temos membros muito bempreparados na estaca. Os visi-tantes vão sair com uma ótimaimpressão.”

Em outras duas ocasiões no   I   L   U   S   T   R   A   Ç    Õ   E   S  :   B   J   O   R   N   T   H   O   R   K   E   L   S   O   N

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22 A L i a h o n a

curso de nossa reunião, ele mencionou a ata esugeriu que os “oradores mais talentosos” daestaca ossem chamados. “Por que não reservaresse tempo aos que mais necessitam?” pergun-

tei. Foi com certa decepção que ele replicou:“Bem, o senhor é que é a Autoridade Geral”.

No início da manhã de domingo, ele melembrou que ainda daria tempo de preveniralguém e assim deixar a melhor impressãopossível para os participantes.

 A sessão matutina oi aberta pelo pre-sidente com um discurso bem preparadoe emocionante. Em seguida, oi a vez dosegundo conselheiro. Ele estava visivelmentetenso. (…) (Tínhamos combinado anterior-

mente que ambos os conselheiros discur-sariam na sessão vespertina. Como íamosalmoçar na casa dele, achou que ainda teriatempo de rever suas anotações e assim asdeixara em casa.)

Por estar sem o discurso escrito, decidiuprestar testemunho e ez um relato inspira-dor de uma bênção que ministrara durante asemana. Um irmão, desenganado pelos médi-cos, ora poupado da morte pelo poder dosacerdócio. Desconheço o teor de suas ano-

tações, mas certamente não se comparava eminspiração ao testemunho que ele prestou.

Uma senhora idosa estava sentada na pri-meira leira, de mãos dadas com um homemde aparência abatida. Ela parecia deslocadanaquela congregação com pessoas bem ves-tidas, pois usava roupas bastante modestas.Parecia estar pronta para discursar na cone-rência e, ao receber esse privilégio, ez umrelato de sua missão. Voltara do campo mis-sionário cinquenta e dois anos antes e desdeaquela época nunca ora convidada paradiscursar na Igreja. Prestou um testemunhotocante e comovente.

Outras pessoas oram convidadas paraazer uso da palavra e pouco antes do m dareunião o presidente sugeriu que eu usasseo restante do tempo. “Recebeu alguma ins-piração?” indaguei. Ele disse que o preeitonão lhe saía da mente. (Os eleitores daquela

grande cidade tinham elegido um membro daIgreja como preeito, e ele estava entre os pre-sentes.) Quando lhe sugeri então que ouvísse-mos uma saudação do preeito, ele cochichou

que o homem não era ativo na Igreja. Quandopropus que osse convidado assim mesmo, opresidente resistiu, dizendo categoricamenteque ele não era digno de discursar na reunião.Diante de minha insistência, porém, ele convi-dou aquele homem ao púlpito.

O pai do preeito tinha sido um pioneiro daIgreja na região. Servira como bispo de umadas alas e ora sucedido por um dos lhos —o irmão gêmeo do preeito, se não me alha amemória. O preeito era a ovelha desgarrada.

Subiu ao púlpito e alou, para minha surpresa,com amargura e hostilidade. Suas palavras ini-ciais oram algo do tipo: “Nem sei por que meconvidaram. Não sei por que estou na Igrejahoje. Meu lugar não é aqui. Nunca me identi-quei. Não concordo com o modo de procederda Igreja”.

Conesso que comecei a me preocupar,mas em seguida ele ez uma pausa e abaixouos olhos. Daí até o m de seu pronuncia-mento, não ergueu mais o olhar do púlpito.

Depois de alguns instantes de hesitação,prosseguiu: “Já que estou aqui, acho que devodizer-lhes que parei de umar seis semanasatrás”. Então, levantando o punho acima dacabeça e rumo à congregação, disse: “Sealgum de vocês acha que é ácil é porquenunca passou pelo tormento que padeci nasúltimas semanas”.

Em seguida, baixou o tom de voz. “Sei queo evangelho é verdadeiro”, testicou. “Sempresoube de sua veracidade. Aprendi isso quandocriança, com minha mãe.

Sei que a Igreja não está errada”, admitiu.“Eu é que estou, e também sempre soubedisso.”

Em seguida, alou talvez em nome de todasas ovelhas perdidas, ao azer o seguinte apelo:“Sei que eu é que estou em alta e quero

 voltar. Venho tentando voltar, mas vocês nãodeixam!”

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C L Á S S I C O S D O E V A N G E L H O

É claro que deixaríamos, mas por algummotivo não tínhamos deixado isso claro paraele. Depois da reunião, a congregação seaglomerou — não em nossa volta, mas em

 volta dele, dizendo: “Bem-vindo ao lar!” A caminho do aeroporto após a conerên-

cia, o presidente da estaca me disse: “Aprendiuma lição hoje”.

Na esperança de antecipar o que ele diria,perguntei: “Se tivéssemos seguido seus pla-nos iniciais, teríamos chamado o pai daquelehomem ou talvez o irmão, que é bispo, não émesmo?”

Ele conrmou com a cabeça e disse: “Qual-quer um dos dois, avisados com cinco minu-tos de antecedência, teria eito um discurso dequinze ou vinte minutos do agrado de todos

na congregação. Mas nenhuma ovelha perdidateria sido trazida de volta”.

 Todos nós, que temos cargos de liderançaem âmbito de ala e estaca, devemos abrir asportas para as ovelhas desgarradas e carao lado, para permitir-lhes a entrada. Preci-samos aprender a não bloquear a entrada. Éum caminho estreito. Às vezes, assumimosa postura desajeitada de tentar empurrá-losportão adentro, quando na verdade nós éque estamos impedindo a passagem. Só

quando nos imbuirmos do espírito de elevá-los, impulsioná-los a nossa rente e elevá-losacima de nós é que teremos o Espírito queaz brotar o testemunho.

 Talvez osse isso que o Senhor tinha emmente ao dizer: “Não necessitam de médico ossãos, mas, sim, os doentes” (Mateus 9:12).

Não estou propondo que rebaixemos ospadrões, mas justamente o contrário. Maisovelhas perdidas responderão mais rápido apadrões elevados do que a padrões baixos.

Há valor terapêutico na disciplina espiritual. A disciplina é uma orma de amor, uma

expressão de amor. É algo necessário e trans-ormador na vida das pessoas.

Quando uma criança pequena está brin-cando perto da rua, camos de olho. Poucosparam para tirar a criança do perigo [e], senecessário, discipliná-la, a menos, é claro,que se trate de nosso lho ou neto. Se aamarmos o bastante, nós o aremos. Deixarde disciplinar quando isso contribuiria para ocrescimento espiritual revela alta de amor epreocupação.

 A disciplina espiritual aliada ao amor econrmada pelo testemunho ajudará a redimiralmas. ◼

 Extraído de um discurso proerido numa reunião para líderes do sacerdócio em 19 de evereiro de 1969. O texto integral pode 

 ser lido em Boyd K. Packer, Let Not Your Heart Be Troubled,1991, pp. 12–21. A ortografa, a pontuação e o uso de iniciais maiúsculas oram atualizados.

 Precisamos aprender a não bloquear a entrada. É um caminho estreito. Às vezes assumimos a posturadesajeitada de tentar empurrá-los portão adentro,quando na verdade nós é que estamos impedindoa passagem.

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24 A L i a h o n a

Meu pai oi criado na cidade-zinha de Monticello, Utah.Quando tinha sete anos de

idade, uma de suas tareas diáriasera levar as vacas do pasto para apropriedade. Seu bem mais preciosoera seu canivete, que sempre levavaconsigo. Certo dia, ao sair para buscaras vacas a cavalo, pôs a mão no bolsopara pegar o canivete. Desconsolado,percebeu que o perdera ao longo docaminho. Ficou arrasado, mas acre-ditava no que aprendera com o paie a mãe: Deus ouve e atende nossasorações.

Montado sem sela, parou o cavalo eapeou. Ali mesmo, ajoelhou-se e pediuajuda ao Pai Celestial para achar seucanivete. Montou de novo no cavalo,

deu meia volta e reez o percursoanterior. Depois de certa distância, ocavalo parou. Meu pai apeou e pôs amão na espessa poeira do caminho.Bem no meio da poeira, achou seuestimado canivete. Sabia que o Senhorouvira e atendera sua oração.

Como tinha aprendido a ouvir eseguir os sussurros do Espírito, meupai oi abençoado a ponto de ver amão do Senhor em muitas ocasiõesno decorrer da vida. Testemunhoumuitos milagres. Contudo, quandoreunia a amília para nos ensinar oevangelho, sempre alava do que lheacontecera no caminho poeirento emMonticello, quando o Senhor ouvirae atendera a oração de um “meninosardento de sete anos de idade”.

No m da vida, disse-nos queaprendera outra coisa com essa expe-riência da inância. Com uma pisca-dela, disse: “Aprendi que Deus podecomunicar-se com os cavalos!”

 A experiência pessoal de meu paiquando menino o marcou de mododuradouro, pois oi o início de suaeducação espiritual pessoal. Foi entãoque aprendeu por si mesmo que Deusouve as orações. Foi aí que começou,nas palavras do Proeta Joseph Smith,a conhecer o Espírito de Deus.1

O Dom do Espírito Santo

O Salvador prometeu aos apósto-los que, após Sua partida, eles des-rutariam o dom do Espírito Santo.

 Armou: “Mas aquele Consolador, o

David M. McConkiePrimeiro Conselheiro naPresidência Geral da EscolaDominical

Uma das coisas mais importantes que podemos azer é aprender a ouvir e seguir 

os sussurros do Espírito.

Aprender a Ouvir eCompreender o

ESPÍRITO

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Espírito Santo, que o Pai enviará emmeu nome, esse vos ensinará todasas coisas, e vos ará lembrar de tudoquanto vos tenho dito” (João 14:26).Essa promessa oi cumprida no dia dePentecostes.

Os membros da Igreja de JesusCristo dos Santos dos Últimos Diastêm direito a esse mesmo dom.Depois que somos batizados, o domdo Espírito Santo nos é conerido pelaimposição de mãos por alguém quepossui autoridade para administrar asordenanças do evangelho. Esse domé o direito de contar com a compa-nhia constante do terceiro membroda Trindade, quando somos dignos.

 A companhia do Espírito Santoé uma das maiores bênçãos que

podemos desrutar na mortalidade.O Élder Bruce R. McConkie (1915–1985), do Quórum dos Doze Apósto-los, declarou:

“Os homens devem — acima detodas as coisas neste mundo — bus-car a orientação do Espírito Santo.Nada é mais importante do que ter acompanhia do Espírito Santo. (…)

Não há preço demasiado alto,trabalho demasiado árduo, luta dema-siado severa, sacriício demasiadogrande se com isso recebermos e des-rutarmos o dom do Espírito Santo.”2

O Proeta Joseph Smith ensi-nou que o Espírito de Deus podeser conhecido e que, “por conhe-cer e aceitar o Espírito de Deus,poderemos crescer no princípio da

revelação até que [cheguemos] a serpereitos em Cristo Jesus”.3

Uma das coisas mais importantesque podemos azer é passar a conhe-

cer o Espírito de Deus — aprender aouvir e seguir os sussurros do Espí-rito. Caso assim desejemos e sejamosdignos, o Senhor nos instruirá noprincípio da revelação.

Aprender a Ouvir e Agir

Para conhecermos o Espírito deDeus, precisamos aprender a ouvircom o coração. O Presidente Boyd K.Packer, Presidente do Quórum dosDoze Apóstolos, disse: “A voz doEspírito é mansa e delicada, uma vozque mais se sente do que se ouve. Éuma voz espiritual que vem à mente

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26 A L i a h o n a

responsabilidade de agir, sem demora,de acordo com os sussurros espirituaisrecebidos. O Presidente Thomas S.Monson armou: “Observamos. Espe-ramos. Ouvimos aquela voz mansa edelicada. Quando ela ala, os homense mulheres sensatos dão ouvidos. Nãodevemos adiar nossa obediência aossussurros do Espírito”.6

 Aprender a ouvir e compreender oEspírito é um processo gradual e con-tínuo. O Salvador armou: “Aqueleque recebe luz e persevera em Deusrecebe mais luz; e essa luz se tornamais e mais brilhante, até o dia per-eito” (D&C 50:24). “Pois a quemrecebe darei mais” (2 Né 28:30).

 Assim como Cristo “no princípio(…) não recebeu da plenitude, masrecebeu graça por graça” (D&C

93:12), nós também, ao guardarmosSeus mandamentos, “[receberemos]graça por graça” (D&C 93:20; vertambém João 1:16) e “linha sobrelinha, preceito sobre preceito”(2 Né 28:30). Nosso processo deaprendizado costuma ser gradualcomo o orvalho a destilar-se do céu(ver D&C 121:45; 128:19).

O Élder Richard G. Scott, do Quó-rum dos Doze Apóstolos, ensinouque “não existe uma órmula outécnica simples que, de imediato,[permita-nos] dominar a capacidadede ser orientado pela voz do Espí-rito”. Na verdade, “nosso Pai esperaque [aprendamos] a obter essa ajudadivina pelo exercício da é Nele e emSeu Santo Filho, Jesus Cristo”.

O Élder Scott prosseguiu, dizendo:

na orma de pensamentos instiladosno coração”.4

O Presidente Packer ensinoutambém: “Recebe-se mais acilmenteinspiração em lugares tranquilos. Asescrituras estão repletas de palavrascomo calma, mansa, pacífca, Conso-

lador : ‘ Aquietai-vos , e sabei que souDeus’ (Salmos 46:10; grio do autor).E a promessa: ‘[Recebereis] meu Espí-rito, o Espírito Santo, o Consolador,que [vos] ensinará as coisas pacífcas  do reino’ (D&C 36:2; grio do autor)”.

O Presidente Packer acrescentou:“Embora seja possível convidar essacomunicação, nunca podemos or-çá-la! Caso tentemos orçá-la, é bemprovável que nos decepcionemos”.5

 Algo de suma importância emnosso processo de aprendizado é a

veículo, subitamente uma impressãosilenciosa, mas orte, levou-me a olharo pneu traseiro do urgão. Comeceia me dirigir ao restaurante, mas nãoconsegui me livrar daquele senti-mento. Olhei para trás e então medetive. Veio-me à mente a seguinteimpressão: “Vá olhar o pneu tra-

seiro”. Foi algo tão orte que nãopude ignorar.

Aproximei-me da parte traseira doautomóvel e ouvi um som sibilante. Eeis que o pneu direito traseiro estavamurcho e se esvaziando rapidamente.Corri para chamar meu pai, que já

entrara no restaurante com o restanteda amília.

Ele levou o urgão a um posto degasolina próximo antes do esvazia-mento total do pneu. Como o pneunão estava danifcado, o conserto oibarato e rápido. E conseguimos resol-ver o problema poucos minutos antes

do horário de echamento noturnodo posto de gasolina. Não sei o queteria acontecido se eu tivesse igno-rado o sussurro. Mas sei que, por terdado ouvidos, conseguimos continuarnossa viagem com todo conorto esegurança.

J O V E N S

Quando eu tinha quinze anos deidade, eu e minha amília tiramos

érias e omos de nossa casa, no Ari-zona, até a região central dos EstadosUnidos. De carro, atravessamos váriosestados, entre eles Kansas, Texas,Arkansas, Missouri e Illinois.

A viagem estava correndo bem.

Aprendemos a apreciar a companhiauns dos outros durante os longostrajetos de urgão de um lugar paraoutro.

Ao chegarmos a um restaurantecerta noite, estávamos todos ansio-sos para comer algo. Ao sairmos do

VÁ OLHAR O PNEUAndrew M. Wright

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F e v e r e i r o d e 2 011 27

 

“O que, a princípio, parece ser umatarea temerária, torna-se muito maisácil com o tempo, se você se esorçarconsistentemente para reconhecere seguir os sentimentos propiciadospelo Espírito. Sua conança na orien-tação recebida do Espírito Santo tam-bém se ortalecerá” e “sua conançanesses sussurros se tornará maior doque sua dependência daquilo que

 você vê ou ouve”.7

Como parte de nosso processo deaprendizado, o Senhor nos ajudará a

 ver os resultados de nossa obediênciaaos sussurros recebidos do Espírito,em nossa própria vida e na vida dosoutros. Essas experiências pessoaisortalecerão nossa é e nos darãomais coragem para agir no uturo.

 Aprender a ouvir e compreender

o Espírito exige um esorço con-siderável. Mas o Senhor prometeuque os éis “[receberão] revelaçãosobre revelação, conhecimento sobreconhecimento, para que [conheçam]os mistérios e as coisas pacícas —aquilo que traz alegria, que traz vidaeterna” (D&C 42:61). ◼

NOTAS1. Ver  Ensinamentos dos Presidentes da

 Igreja: Joseph Smith, 2007, p. 138.

2. Bruce R. McConkie, A New Witness  for the Articles of Faith, 1985, p. 253.

3. Ensinamentos: Joseph Smith, p. 138.4. Boyd K. Packer, “Línguas Repartidas

Como que de Fogo”, A Liahona, julhode 2000, p. 10.

5. Boyd K. Packer, “A Reverência Con- vida à Revelação”, A Liahona, janeirode 1992, p. 23.

6. Thomas S. Monson, “The Spirit Giveth Life”, Liahona, junho de 1997, p. 4.

7. Richard G. Scott, “Receber OrientaçãoEspiritual”, A Liahona, novembrode 2009, p. 6.

Desde aquele incidente,tenho cada vez mais certeza dopoder do Espírito Santo e doquanto somos verdadeiramente

abençoados como membros daIgreja por termos esse canal espe-cial de comunicação. Sou grato poressa experiência pessoal, pois me

UM PRIVI-LÉGIO E UM

DEVER“Se quise-rem conhecera mente e avontade de Deus

(…), açam-no, pois vocês têmesse privilégio da mesma ormaque qualquer outro membro daIgreja e reino de Deus. Vocês têmo privilégio e o dever de viverde modo a poderem reconhecerquando a palavra do Senhor lhes

or ensinada e quando Sua mentelhes or revelada. Digo que têma obrigação de viver de maneiraa conhecerem e compreenderemtodas essas coisas.”

Presidente Brigham Young (1801–1877), Ensi-namentos dos Presidentes da Igreja: BrighamYoung, 1997, p. 68.

acompanhará, ajudando-me arecordar que o Pai Celestial amatodos os Seus flhos, Se importacom eles e vela por eles.

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28 L i a h o n a

Luis Andres Varela observa deperto uma gota d’água que seacumula na extremidade de

uma estalactite nas Cavernas de Tau-labe em Honduras. Cada gota az aestalactite crescer, acrescentando umpouco mais ao que gotas anteriores

deixaram.Mas Luis vê mais do que uma esta-

lactite — ele vê uma lição sobre suaprópria vida.

“As estalactites crescem gota agota”, diz ele. “E é assim que nossotestemunho também aumenta. OEspírito Santo nos ensina pouco apouco. Cada gota nos ajuda a crescerno conhecimento que temos do evan-gelho” (ver 2 Né 28:30).

Luis lembra-se de um aconteci-mento assim em sua vida. Certo dia,enquanto sua amília estava lendoas escrituras, ele teve uma sensação

calma e reconortante da veracidadedo que estava lendo.

“Tenho apenas quatorze anos, massei que recebi revelação, pois senti oEspírito Santo me dizer que a Igreja é

 verdadeira e que Joseph Smith é umproeta”, conta ele. “Talvez eu ainda

não tenha recebido muito — aindasou como uma pequena estalactiteem ormação — mas se eu zer o quepreciso para receber revelação, meuconhecimento e meu testemunhocontinuarão a crescer.”

Luis ressalta que ir à Igreja, re-quentar o seminário, estudar as escri-turas e jejuar e orar são coisas quenos preparam para receber “revelaçãosobre revelação” (D&C 42:61).

“Se eu zer essas coisas”, garante,“minha é, assim como essas estalac-tites, podem estender-se daqui atéo céu”. ◼

RevelaçãoGOTA A GOTA

   A   C   I   M   A  :   F   O   T   O   G   R   A   F   I   A   ©

   P   H   O   T   O   N   O   N   S   T   O   P   /   S   U   P   E   R   S   T   O   C   K  ;

    À   D   I   R   E   I   T   A  :   F   O   T   O   G   R   A   F   I   A   D   E   A   D   A   M   C .

   O   L   S   O   N

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“Darei aos flhos dos homens linha sobre 

linha, preceito sobre 

 preceito, um pouco

aqui e um pouco ali;

e abençoados os que 

dão ouvidos aos meus 

 preceitos (…), porque 

obterão sabedoria; pois aquem recebe darei mais” 

(2 Néf 28:30).

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30 A L i a h o n a

 

Uma orte borriada de água molha os

que se aproximam demais das Cata-ratas de Pulhapanzak em Honduras.

Mas José Santiago Castillo não se importa. Paraele, a água que jorra representa uma promessaimportante, desde que o Pai Celestial respon-deu pela primeira vez a suas orações sobre oevangelho.

“Se queremos sabedoria, podemos pedir”,arma José (ver Tiago 1:5). “Assim como umhomem é incapaz de deter essa água, o Senhorpromete que derramará conhecimento sobre ossantos” (ver D&C 121:33).

O que José vivenciou na Igreja lhe ensinouque um testemunho cresce linha sobre linha,mas esse processo não precisa ser lento. Há umaenxurrada de revelações a nosso alcance.

O Proeta Joseph Smith ensinou: “Deus nadarevelou a Joseph que não dará a conhecer aosDoze, e até o menor dos santos pode conhecer

todas as coisas na proporção em que puder

suportá-las”.1

“Antes de ser batizado, pedi ao Pai Celestialque conrmasse a veracidade do que Ele merevelara: o Livro de Mórmon, a Palavra de Sabe-doria, o dízimo”, conta José, que atualmenteserve como presidente do quórum de élderes.“É perguntando a Ele que recebemos respostas”(ver Moisés 1:18).

Contudo, devemos nos preparar para rece-ber revelação. “Se quisermos nos molhar, épreciso entrar na água”, lembra José. “Se qui-sermos revelação, é preciso ir aonde a reve-lação chegará. Temos de estar onde devemosestar, azendo o que devemos azer. Aprende-mos muitas coisas quando somos diligentes”(ver 1 Né 15:8–11). ◼

NOTA1. Ensinamentos dos Presidentes da Igreja: Joseph Smith,

2007, p. 281.

Revelação 

   F   O   T   O   G   R   A   F   I   A   S  :   A   D   A   M   C .

   O   L   S   O   N

DESTILANDO-SE DO CÉU

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“Seria tão inútil o homem

estender seu braço débil 

 para deter o rio Missouri 

em seu curso ou azê-lo ir 

correnteza acima, como

o seria impedir que oTodo-Poderoso derramasse 

conhecimento do céu

 sobre a cabeça dos santos 

dos últimos dias” 

(D&C 121:33).

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       P     a

     r       á     r       b     o       l

     a     s

Como pastores a serviço do Salva-

dor, temos a responsabilidade de 

“[estender] a mão e [resgatar] as 

 pessoas que fcaram à margem

do caminho”.

DOSPERDIDOS EACHADOS

No capítulo 15 do evange-

lho de Lucas, o Salvadorusa três parábolas para

ensinar o valor de uma alma,mostrando-nos como achar eencaminhar os que se perderamde volta ao redil da é e da amília.

Nas parábolas, a ovelha vagaperdida, a dracma de prata desa-parece e o lho pródigo des-perdiça sua herança numa vidadissoluta. Mas o pastor percorre

o deserto, a mulher varre a casa eo pai clemente aguarda o regressodo lho e o recebe de braçosabertos, com calorosas boas-

 vindas ao lar. As parábolas do Salvador —

e as três mensagens de líderes daIgreja a seguir — nos lembramque, como Seus servos, temos aresponsabilidade de “[estender] amão e [resgatar] as pessoas quecaram à margem do caminho,para que nenhuma dessas almas

 valiosas se perca”.1

NOTA1. Thomas S. Monson, “Permaneçam

Firmes no Ofício Que Lhes Foi Desig-nado”, A Liahona, maio de 2003, p. 54.    O

   R   E   S   G   A   T   E   D   A   O   V   E   L   H   A   P   E   R   D   I   D   A ,   D   E

   M   I   N   E   R   V   A   K .

   T   E   I   C   H   E   R   T  ;   I   L   U   S   T   R   A   Ç    Õ   E   S   D   E   R   O   B   E   R   T   A .

   M   C   K   A   Y

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F e v e r e i r o d e 2 011 33

Resgatar OvelhasPerdidasÉlder Donald J. KeyesSetenta de Área, Área Utah Norte

Há alguns anos,no início da

primavera, minhamulher e eu tivemosa oportunidade depercorrer de carro a

bela região de Star Valley, no Wyoming, Estados Unidos.Era uma maravilhosa manhã prima-

 veril, e as paisagens e o cenário eraminspiradores.

 Ao entrar em Star Valley com a Jackie, oi com prazer que vimosum rebanho de ovelhas passar comdezenas de lhotes. Poucas coisassão mais encantadoras que uma ove-lhinha recém-nascida. Ao percorrer-

mos a estrada movimentada, vimosuma ovelhinha do lado de ora dacerca, quase à beira da estrada.Estava correndo desesperadamentede um lado para outro, tentandopassar para o outro lado da cerca e

 juntar-se ao rebanho. Concluí que,como era pequenina, a ovelhinhapassara por uma abertura da cerca,mas não conseguia voltar para ooutro lado.

Eu estava convencido de que, senão parássemos para ajudar a ovelha,ela acabaria por vagar até a estradapróxima e seria atropelada peloscarros ou até morta. Parei o carro edisse à Jackie e a nossos companhei-ros de viagem que estavam no bancode trás: “Esperem um pouco; é só uminstante”.

Simplesmente supus, com minhatotal alta de experiência no trato comas ovelhas, que a ovelhinha assustadacaria eliz ao ver-me; anal de contas,eu estava com a melhor das intenções.Eu estava lá para salvar sua vida!

Mas para minha decepção, aovelhinha cou com medo e nãomostrou a menor gratidão por meuesorço para salvá-la. Ao me apro-

 ximar, a pobrezinha correu o mais

rápido que pôde para longe de mim,ao longo da cerca. Ao ver minha di-culdade, Jackie saiu do carro para aju-dar. Mas nem juntos conseguimos sermais hábeis que a ovelhinha veloz.

 A essa altura, o casal que estava nobanco traseiro e vinha se divertindode longe com aquele rodeio saiudo carro e oi reorçar a operaçãode resgate. Depois de todo nossoempenho, conseguimos nalmente

encurralar a ovelhinha contra a cerca.Quando me abaixei para pegá-la comminhas roupas de viagem limpinhas,logo percebi que ela tinha o cheirocaracterístico dos currais. Foi entãoque comecei a me perguntar se todoaquele esorço valera a pena.

 Ao apanharmos a ovelha e a pas-sarmos para o outro lado da cerca,onde estaria em segurança, ela sedebatia e esperneava com todas asorças. Mas em poucos instantes elaencontrou a mãe e cou bem perti-nho dela, em segurança. Com as rou-pas um pouco desalinhadas, mas comgrande satisação e paz por termoseito a coisa certa, seguimos viagem.

Desde o ocorrido, já refeti várias vezes sobre aquela experiência.Será que aríamos o mesmo tipo de

esorço para salvar um vizinho menosativo e ingrato? Espero que sim! “Pois,

quanto mais vale um homem do queuma ovelha?” perguntou o Salvador(Mateus 12:12). Em todos os ramos,todas as alas e estacas há ovelhasperdidas que correm perigo.

Substituindo o verbo azer porresgatar e eetuando outras pequenasalterações no hino “Neste mundo”,convido-os a pensarem em comoaplicar isso à salvação das ovelhasperdidas:

 Muita [gente] no mundo há que 

resgatar ,

 Muita coisa que melhorar! 

 Abre teu coração e dedica atenção

 Àquele que precisar! 1

 Talvez nossos vizinhos se mostremingratos, arredios ou desinteressadosem ser resgatados. E nossos esorçospara resgatá-los podem exigir tempo,empenho, energia e o apoio e a ajudade outras pessoas. Mas esse esorçoserá recompensado com bênçãoseternas. Como o Senhor prometeu,se levarmos “mesmo que seja uma sóalma [a Ele], quão grande será [nossa]alegria com ela no reino de [nosso]Pai” (D&C 18:15).

NOTA1. Ver “Neste Mundo”, Hinos, nº 136.

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F e v e r e i r o d e 2 011 35

achá-la (ver Lucas 15:8–10).Essas duas parábolas são exemplos

de esorços envidados para procurar,dissipar a escuridão e vasculhar cadarecanto até que um bem precioso ouuma alma perdida seja encontrada elevada de volta a um lar em esta.

Um bom exemplo em que acompaixão e o serviço azem a die-rença é o exemplo de Don e MarianSummers. Ao servirem na Inglaterra,oi-lhes pedido que passassem os últi-mos seis meses da missão no RamoSwindon para ensinar os membros eajudar na ativação. Durante 80 anos,Swindon tinha sido um ramo com

uns poucos membros éis e muitosbons membros menos ativos.

Don e Marian escreveram: “Nossaprimeira visita ao Ramo Swindon,em que nos reunimos com os santosnum rio salão alugado, oi um poucodesanimadora. A congregação resu-mia-se a dezessete pessoas, incluindoo presidente Hales e sua mulher equatro missionários. Sem tirar os casa-cos de inverno, aglomeramo-nos em

 volta de um pequeno aquecedor quemal nos aquecia e assistimos à aulada Escola Dominical”.

 A carta disse em seguida: “Ummembro do ramo veio alar comigo,

as lia e só depois as deletava. Quando

meu casamento terminou e vi-me

sozinha, com uma criança que estava

aprendendo a andar e um recém-nas-

cido, subitamente precisei de respostas.

Quando minha Mensagem das Proes-

soras Visitantes mensal chegou, decidiir à Igreja pela primeira vez em muitos

anos.

Senti-me bastante constrangida,

como se todos os meus pecados

estivessem estampados na testa. Uma

irmã que eu conhecera no programa

de jovens adultos solteiros me deu as

boas-vindas e nos sentamos juntas.

De repente, surgiu a Kathy. Fingi que

não a vi, envergonhada por nunca ter

respondido a nenhuma de suas men-sagens tão gentis. Ela sorriu para mim,

conversou por alguns instantes com a

moça a meu lado e depois oi sentar-se

com o marido.

Quando voltei do trabalho no dia

seguinte, havia uma mensagem da

Kathy na secretária eletrônica. Não

consegui retornar a ligação. Eu tinha

certeza de que ela queria dizer-me que

eu não podia mais ir à Igreja, devido à

gravidade de meus pecados. Sentia-me

mal pelo ato de Kathy ter de me

transmitir aquela mensagem, mas eu

sabia que era a verdade. Eu não tinha

lugar entre os justos. Não tive coragem

de ligar para ela, mas na noite seguinte

ela tornou a telefonar-me.“Gostaria de pedir desculpas”,

disse ela.

Por que motivo a Kathy precisaria

pedir-me perdão?

“Não a reconheci quando a vi na

Igreja, no domingo”, explicou ela.

“Depois da reunião sacramental,

perguntei à irmã a seu lado quem era

você. Mas a essa altura você já tinha

ido embora. Foi ótimo vê-la.”

Fiquei sem palavras.“Espero podermos sentar juntas da

próxima vez em que você or à Igreja”,

prosseguiu Kathy.

“Claro, seria ótimo”, respondi, com

a voz subitamente embargada pela

emoção.

De ato, sentamo-nos lado a lado

no domingo seguinte — e por muitos

domingos depois daquele dia. Ela foi

minha inspiração para ser melhor mãe,

melhor membro da Igreja e uma melhor

professora visitante. Sempre ouvia com

paciência, sem julgar, exatamente como,

a meu ver, faria o Salvador.Kathy acompanhou-me no dia em

que recebi minha investidura e no dia

em que me casei com meu novo marido

no templo. Continuou como minha

proessora visitante até nos mudarmos

para outro lugar. O serviço prestado

por ela abençoou minha amília de

muitas ormas, sem dúvida mais do

que ela poderia ter imaginado — tudo

porque ela não desistiu de mim.

ALMAS PARASALVAR

“Ao longo docaminho davida, notaremosque não somosos únicos via-

 jantes. Existem pés a ser frma-dos, mãos a segurar, mentes aincentivar, corações para inspirare almas para salvar.”

Presidente Thomas S. Monson, “Que FirmeAlicerce”, A Liahona, novembro de 2006,p. 62

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36 A L i a h o n a

 

certo dia, dizendo: ‘Élder Sum-mers, posso dar-lhe um pequenoconselho? Nunca mencione a pala-

 vra dízimo para os membros deSwindon; eles não acreditam nessemandamento, e tudo o que vai con-seguir é aborrecê-los’”.

O irmão Summers disse: “Nãodeixamos de ensinar o dízimo nemqualquer outro princípio do evange-lho. Com o exemplo e o incentivodo presidente do ramo, houve umamudança de coração, e a é e a ati-

 vidade começaram a aumentar. Os

registros de membro oram total-mente atualizados, pois visitamos acasa de cada membro. Quando oslíderes começaram a demonstrarpreocupação, os membros começa-ram a reagir de modo positivo, e umespírito inteiramente novo passou areinar no ramo. Os membros volta-ram a entusiasmar-se com o evange-lho e com a solidariedade. (…)

Um casal jovem precisava azermudanças diíceis, pois seus costu-mes, hábitos e vestuário eram dieren-tes. Ficaram oendidos ao receberemsugestões de mudança. O casal escre-

 veu duas vezes ao bispo [pois a essaaltura o ramo já virara ala] e pediuque o nome deles osse removidodos registros da Igreja. Na últimacarta, proibiram a visita de qualquer

membro, por isso omos a uma fori-cultura e compramos um belo crisân-

temo e mandamos entregar ao jovemcasal. O bilhete que acompanhava afor era bem simples: ‘Amamos vocês,

 sentimos sua alta e precisamos de 

vocês. Por avor, voltem’. Ala Swindon.“No domingo seguinte era a reu-

nião de jejum e testemunho e nossoúltimo domingo em Swindon. Havia103 membros presentes, ao passoque seis meses antes havia apenasdezessete. O jovem casal estava lá

e, ao prestar testemunho, o maridoagradeceu à Ala Swindon por não terdesistido deles.”

Cada um de nós já passou porexperiências semelhantes em nossaala ou nosso ramo ao acompanhar eamar os menos ativos. Que alegria é“[apiedar-se] (…), usando de discer-nimento” (Judas 1:22) e azer a die-rença na vida dos que podem estarprontos para descobrir quem são e

ter o desejo de voltar. Extraído de “Some Have Compassion, Makinga Dierence”, Ensign, maio de 1987, p. 77;ortografa atualizada.

Acolher o FilhoPródigoÉlder Spencer J. CondieServiu como membro dos Setentade 1989 a 2010

Aparábola dolho pródigo

ilustra de modoeloquente umasérie de peculia-ridades humanas.Primeiramente, há o

lho pródigo egocêntrico que não sepreocupa com ninguém além de si

mesmo. Mas, inelizmente, depois deuma vida dissoluta, ele aprendeu por

si mesmo que “iniquidade nunca oielicidade” [Alma 41:10] e “[tornou]em si” (Lucas 15:17). Acabou porperceber o valor de seu pai e ansioupor reconciliar-se com ele.

Sua índole arrogante e egoístadeu lugar à humildade, a um cora-ção quebrantado e um espíritocontrito, quando conessou ao pai:“Pequei contra o céu e perante ti,e já não sou digno de ser chamado

teu lho” (Lucas 15:21). A rebe-lião juvenil, o egoísmo imaturoe a busca desenreada de prazerdesapareceram e em seu lugarsurgiu uma disposição embrionáriade azer o bem continuamente. Seormos completamente honestoscom nós mesmos, admitiremos quehá ou já houve um pouco do lhopródigo em cada um de nós.

Há também o pai. Alguns podem

criticá-lo por ter sido excessiva-mente permissivo e por ter cedidoao pedido do lho: “Pai, dá-me aparte dos bens que me pertence”(Lucas 15:12). Na parábola, não hádúvidas de que o pai estava atentoao divino princípio do arbítriomoral e da liberdade de escolha, omesmo que desencadeara a Guerrano Céu na existência pré-mortal.Não era de seu eitio orçar o lho aobedecer.

Mas aquele pai amoroso jamaisperdeu as esperanças em seu lhorebelde, e sua vigilância inatigá-

 vel oi conrmada neste pungenterelato: “E, quando ainda estavalonge, viu-o seu pai, e se moveude íntima compaixão e, correndo,lançou-se-lhe ao pescoço e o    O

   F   I   L   H   O   P   R    Ó   D   I   G   O 

   D   E   C   L   A   R   K   K   E   L   L   E   Y   P   R   I   C   E   ©   I   R   I

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F e v e r e i r o d e 2 011 37

beijou” (Lucas 15:20). O pai nãosó ez uma demonstração ísicade aeto pelo lho, mas pediu aoscriados que lhe dessem uma túnica,sapatos, um anel e mandou mataro bezerro cevado, declarando comalegria: “Tinha-se perdido, e oiachado” (Lucas 15:24).

 Ao longo dos anos, aquele paidesenvolveu uma personalidade tãocheia de compaixão, perdão e amorque era incapaz de azer algo alémde amar e perdoar. Essa parábola éuma de nossas avoritas, pois ilustra

a esperança que cada de um nós temde que um Pai Celestial amoroso está

por perto, esperando ansiosamenteo retorno de cada um dos lhospródigos ao lar.

E não esqueçamos o lho mais velho, obediente, que protestou aopai que se mostrava sempre dispostoa perdoar, dizendo: “Eis que te sirvohá tantos anos, sem nunca transgrediro teu mandamento, e nunca me deste

um cabrito para alegrar-me com osmeus amigos;

 Vindo, porém, este teu lho,que desperdiçou os teus bens

com as meretrizes, mataste-lhe o bezerro cevado” (Lucas15:29–30). Assim como pode haver

algo do lho pródigo emcada um de nós, pode ser tam-bém que todos tenhamos carac-

terísticas do lho mais velho. O Apóstolo Paulo disse que os rutos

do Espírito são: “amor, gozo, paz,longanimidade, benignidade, bon-dade, é, mansidão [e] temperança”(Gálatas 5:22). Ainda que o lhomais velho tivesse, de ato, sidoobediente ao pai, sob aquela apa-rência externa de obediência haviauma hipocrisia subjacente e umapropensão de julgar e de cobiçar,bem como uma total carência decompaixão. Sua vida não refetiaos rutos do Espírito, pois ele nãoestava em paz, mas na verdademuito contrariado com o que con-siderava uma enorme desigualdadee injustiça. ◼

 Extraído de um discurso proerido no devocional da Universidade Brigham Young em 9 de eve-reiro de 2010; pontuação atualizada. Para ler otexto integral do discurso em inglês, ver speeches .byu.edu.

CUIDAR DO

REBANHO“Temos a res-ponsabilidadede cuidar dorebanho, das

preciosas ovelhas, dos ternoscarneiros que estão em todaparte − em casa, em nossaprópria amília, nas casas denossos parentes e esperandopor nós em nossos chamados

na Igreja. Jesus é nosso exem-plo maior. Ele disse: ‘Eu souo bom Pastor, e conheço asminhas ovelhas’ (João 10:14).Temos a responsabilidade deser pastores. Que cada um denós aceite a tarea de servir.”

Presidente Thomas S. Monson, “LaresCelestiais − Famílias Eternas”, A Liahona,

 junho de 2006, p. 66.

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38 A L i a h o n a

Durante a diícil gravidez de meusegundo lho, precisei tomar

remédios para evitar o aborto espon-tâneo. Esses medicamentos aumenta-ram minha sensação de cansaço e osenjoos.

Para piorar a situação, meumarido trabalhava quinze horas pordia, para acompanhar o sucessode seu novo negócio, e tínhamo-

nos mudado recentemente parauma nova cidade, a mais de 600

PODERIAS MANDAR ALGUÉM?

V O Z E S D A I G R E J A

quilômetros de onde meus paismoravam. Eu não conhecia nin-guém, estava acamada e aindaprecisava cuidar de uma criançapequena. Sentia medo e solidão.

Em tais circunstâncias, recorri Àquele que eu sabia que nunca medecepcionaria — o Pai Celestial. Ajoe-lhei-me ao lado da cama e orei: “PaiCelestial, sei que venho prometendo

 voltar para a Igreja há anos e achoque agora estou pronta. Mas não

tenho coragem de azê-lo sozinha.Poderias mandar alguém para me

convidar à Igreja?”No dia seguinte, a campainha

tocou. Eu estava deitada de pijamano soá, numa sala em desordem,sentindo enjoo, de modo que nãome levantei para atender a porta.

 Alguns minutos depois, ocorreu-meeste pensamento: e se aquela ossea resposta a minha oração e alguémtivesse vindo me convidar para aIgreja?

 Voltei para o quarto, ajoelhei-mede novo e orei: “Pai Celestial, sinto

Meu marido

trabalhava

quinze horas por 

dia, e meus pais

moravam longe.

Eu não conhecia

ninguém, estava

acamada e ainda precisava cuidar 

de uma criança

 pequena. Sentia

medo e solidão.

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Com uma oração sincera no cora-ção e com meu companheiro

de quatorze anos de idade a meulado, bati à porta de Andy. Era nossaprimeira visita à casa dele como seusnovos mestres amiliares. Tínhamosaceitado recentemente a responsabi-lidade de visitá-lo apesar de sua amade diícil. A porta se abriu e lá estavaele, trajando um quimono japonês.

“Pois não?”“Olá, sou o Irvin, e este é meu

companheiro. Somos seus mestresamiliares e gostaríamos de conversarcom você.”

 A mulher dele estava sentadaà mesa logo atrás dele, vestida damesma orma. Estavam azendo um

 jantar japonês.

NÃO QUERO CONHECER VOCÊS!

“Acho que dá para perceber queestamos jantando e não temos tempopara vocês”, disse ele.

“Talvez pudéssemos voltar outrahora?” perguntei.

“Por quê?”“Para podermos conhecê-lo”,

respondi.“Por que querem me conhecer?”

indagou ele. “Não quero conhecer

 vocês!”Suponho que poderíamos ter

desistido de ser mestres amiliaresdele naquele momento, mas não ozemos. Quando voltamos no mêsseguinte, Andy nos surpreendeuao nos convidar para entrar. Senta-mo-nos de rente para uma paredecom garraas de cerveja alinhadasna orma de carros antigos. Nossaconversa com o Andy oi breve, mas

camos sabendo que ele era coronelda Aeronáutica na reserva. Nossas

 visitas seguintes também oram curtase renderam poucos resultados.

Certa noite, ao sair de uma reuniãoda Igreja, ouvi uma voz interior meinstar a visitar o Andy. “Não, obri-gado”, pensei. “Hoje à noite não.”

Quando parei no sinal vermelho,o sussurro para visitar o Andy voltou.Pensei: “Por avor, não estou compaciência para o Andy hoje”.

 Ao azer a última curva a caminhode casa, porém, ouvi o mesmo sus-surro pela terceira vez, o que me deucerteza do que precisava azer.

Fui até a casa dele e estacionei,orando para receber orientação.Depois, ui até a porta e bati. Quandoo Andy me convidou para entrar, vi

um Livro de Mórmon e um livro degenealogia na mesa. Senti um espírito

dierente na casa; havia também algodierente no Andy. Falou com carinhosobre a mãe e a irmã, que tinhamcompilado a genealogia da amília.

Pela primeira vez, ele conversouabertamente comigo. Falou-me dador que vinha sentindo nas costas emencionou que iria no dia seguinteao hospital da Base Aérea March nacidade de Riverside, Caliórnia, nãomuito longe dali. Perguntei-lhe se

gostaria de receber uma bênção dosacerdócio. Sem hesitar, respondeucom mansidão: “Aceito”. Teleoneipara nosso presidente do quórumde élderes, que oi me ajudar a dar abênção.

No dia seguinte, os médicos anun-ciaram a Andy que ele tinha umcâncer inoperável no pulmão. Depoisde receber essa notícia, oi conver-sar com o bispo. Dentro de poucos

meses, cou connado ao leito.Certa noite, quando cheguei a sua

casa para outra visita, sua esposame conduziu ao quarto, onde eleestava deitado em estado extrema-mente debilitado. Ajoelhei-me aolado da cama e abracei-o. Sussurrei:“Amo você, Andy”. Esorçando-se aomáximo, ele pôs o braço em meuombro e, com grande diculdade, dis-se-me que também me amava. Doisdias depois, morreu.

Sua esposa convidou-me para ouneral. Além dos quatro membros daamília, eu era a única outra pessoapresente.

Sou muito grato por ter dado ouvi-dos aos sussurros do Espírito para

 visitar o Andy. ◼

Irvin Fager, Utah, EUA

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F e v e r e i r o d e 2 011 41

No m da adolescência, ao come-çar a sair com os missionários de

tempo integral, percebi como era cru-cial ter um testemunho dos princípiosque eu logo ensinaria como missioná-rio. Decidi que um dos princípios queeu desejava compreender melhor erao dízimo.

Muitas pessoas adquirem um teste-munho do dízimo em momentos dediculdade nanceira. Mas em minhainância e adolescência eu sempretivera uma situação conortável. Sem-pre que havia qualquer necessidadenanceira, meus pais me ajudavam.Eu era grato por isso, mas emborasoubesse que eles pagariam minhamissão, resolvi custear metade damissão trabalhando como proessor

em meio período.Mais ou menos na mesma época,

percebi que não pagara integral-mente os dez por cento do dízimode meu último salário. Decidi que nopagamento seguinte compensaria adierença a m de ser um dizimistaintegral.

Contudo, ao receber o salário domês vi que a quantia era menor doque a esperada. O trabalho que euazia era um tanto irregular, de modoque meu ordenado variava de ummês para o outro. Logo me dei contade que o valor não seria o bastantepara cobrir minhas despesas e mepermitir saldar minha dívida paracom o Senhor relativa ao dízimo domês anterior.

 Ao examinar minhas opções,

O DÍZIMO NÃO

PODIA ESPERAR

pensei: “Vou ter que pagar os atrasa-dos do dízimo no mês que vem”. Noentanto, veio-me à mente uma aulado instituto sobre o dízimo. Lem-brei-me em especial das seguintespalavras do Senhor no Velho Testa-mento: “Fazei prova de mim nisto”(Malaquias 3:10). Aquela era umaoportunidade de pôr o princípio àprova e adquirir um testemunho maisorte do que eu ensinaria às pessoasem breve.

Quando paguei o dízimo, sen-ti-me bem por recuperar o atraso.Mas a oportunidade de “azer prova”do Senhor veio logo no dia seguinte— bem antes e de modo muitomais grandioso do que eu jamaispoderia esperar — quando meoereceram um emprego de tempo

integral como proessor de jardimde inância. Eu poderia trabalhar atéa véspera da missão, e o dinheiroque eu ganharia seria mais do queo necessário para pagar metade dasdespesas da missão. Essa bênçãoaumentou de modo admirável meutestemunho do dízimo. Esse testemu-nho oi ortalecido inúmeras outras

 vezes à medida que eu o prestava àspessoas que servi na Missão Muni-que Alemanha/Áustria nos dois anosseguintes.

Sei que o princípio do dízimo é verdadeiro e que o Senhor de ato“[abre] as janelas do céu” e derramauma bênção “tal até que não hajalugar suciente para a [recolhermos]”(Malaquias 3:10). ◼

David Erland Isaksen, Noruega

Logo me dei 

conta de que

o pagamento não

seria o bastante

 para cobrir minhas

despesas e permitir 

que eu saldasse

minha dívida para

com o Senhor 

relativa ao dízimo.

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42 A L i a h o n a

No mundo inteiro, os membrosda Igreja reservam as noitesde segunda-eira para a reu-

nião amiliar. Conorme ensinadopelos proetas modernos, a reuniãoamiliar é a ocasião de “azermosatividades em grupo, nos organizar-mos, externarmos amor, prestarmostestemunho, aprendermos princípiosdo evangelho, realizarmos atividadesrecreativas e lúdicas em amília e,acima de tudo, ortalecermos a uniãoe a solidariedade na amília”.1

Para os jovens adultos abaixo, a

reunião amiliar constitui prioridade.Nem todos moram com os pais ouirmãos. Alguns azem a reuniãoamiliar com as pessoas com quemdividem o apartamento, membros daala ou amigos do instituto. Já outrosreservam tempo para devoção pes-soal. No entanto, todos reconhecemas bênçãos imediatas e uturas em sua

 vida resultantes da observância doconselho proético de participar dareunião amiliar.

Bênçãos em Todos os Aspectosda Vida

Na condição de conversa aoevangelho e único membro da

Igreja em minha amília, participo dareunião amiliar no centro de jovens

adultos solteiros de minha cidade.Participar da reunião amiliar temsido importante para mim porqueassim aprendi a ensinar num grupopequeno, passei a compreendermelhor os princípios do evangelhoque me oram ensinados ao pes-quisar a Igreja e vi outras pessoascrescerem ao ensinarem ou presta-rem testemunho.

Sei que são habilidades impor-tantes para meu uturo. Quando eutiver minha própria amília, saberei

organizar reuniões amiliares e-cazes e divertidas em virtude dosbons exemplos que já presenciei.

Mas a reunião amiliar tambémé uma parte importante da aseatual de minha vida. Às vezesé mais ácil car em casa nasegunda-eira à noite, principal-mente em caso de tempo ruim ouquando tenho muita coisa paraestudar. Mas quase sempre quetenho esse dilema vou à reuniãoamiliar assim mesmo, pois seique é importante estar cercada

de outros jovens adultos solteirospara alarmos do evangelho enos divertirmos juntos. Mesmo

Os Jovens Adultose a Reunião Familiar

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F e v e r e i r o d e 2 011 43

quando comparecem apenas pou-cas pessoas, não deixa de ser umaótima experiência.

O bom da reunião amiliar nocentro de jovens adultos é quepodemos chegar mais cedo oucar até mais tarde para estudar,praticar piano, participar de jogosou simplesmente relaxar —

sempre há algo para azer.Sei que, quando sou obediente

e sigo o conselho proético departicipar da reunião amiliar, souabençoada. Já tive mostras dissonos estudos, no trabalho, ao serabençoada com energia para asemana seguinte e ao sentir-meedicada como um todo.

Lenneke Rodermond, Holanda

Um Alicerce para o Futuro

Fui criada numa amília querealizava a reunião amiliar

regularmente. Lembro-me deque, quando criança, a reuniãoamiliar era um dos acontecimen-tos mais importantes de minha vida,e que toda segunda-eira eu acor-dava animada e lembrava a meuspais que era dia da reunião amiliar.Hoje, como jovem adulta, morocom meus pais e continuo a passaresse tempo especial com a amíliasemanalmente.

Como nossa amília realiza areunião amiliar constantementedesde minha tenra inância, semprecompreendi sua importância. NaCoreia, onde muitos pais e lhos

são extremamente atareados e otempo em amília é raro, a reu-nião amiliar é uma oportunidademaravilhosa para estarmos juntose ortalecermos uns aos outros.

Outra bênção resultante dosesorços de meus pais oi que recebium alicerce seguro para edicar meutestemunho de Jesus Cristo. Emboraeu tenha aprendido o evangelhona Igreja, oi por meio das aulasda reunião amiliar que de atopassei a compreender seus prin-cípios. Por conta disso, posso ir àIgreja e crescer no evangelho combase em minha própria é, e não nade meus pais.

Hye Ri Lee, Coreia

Uma Oportunidade de Partilhar

Minha Fé

Sou um rapaz de 24 anos queadquiriu um orte testemunho do

evangelho de Jesus Cristo ao seguir oconselho proético de realizar a reu-nião amiliar. Embora eu seja o únicomembro da Igreja em minha amília,depois de meu batismo percebi quea reunião amiliar poderia nos orta-lecer e decidi começar a realizá-la láem casa.

 Agora a amília inteira sabe que asegunda-eira é um dia especial, emque nos reunimos em amília paraaprender verdades do evangelho. Às

 vezes resolvemos problemas amilia-res ou discutimos desaos, necessi-dades ou interesses de membros daamília individualmente. Aprendi deato a entrar em comunhão com o PaiCelestial e a aconselhar-me com meusamiliares em espírito de amor. Porcausa disso, camos mais unidos, oque é uma bênção maravilhosa.

 Além do mais, a reunião amiliardeu bases sólidas a minha amília arespeito do evangelho de Jesus Cristo,e agora eles estão pesquisando aIgreja. De ato, os missionários detempo integral participam de nossasreuniões amiliares de vez em quando.

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44 A L i a h o n a

Sei que, quando me casar, minha

amília será abençoada pela reuniãoamiliar, mas também sou grato porter conseguido azer da reunião ami-liar uma parte importante de minha

 vida agora. Sei que a Igreja de JesusCristo dos Santos dos Últimos Dias é

 verdadeira e que o programa da reu-nião amiliar é inspirado por Deus.

Lebani Butawo, Zimbábue

Uma Prioridade Estabelecida

Fui criada numa amília que sempreconsiderou a reunião amiliar uma

prioridade. A m de não nos atrasar-mos nas segundas-eiras, saíamos daescola e íamos diretamente para casa,sem marcar nada com os amigos. Osaazeres pessoais, como a lição decasa, cavam para depois da reuniãoamiliar. Não havia absolutamentenada mais importante do que aquelesmomentos especiais que passávamos

 juntos em amília. A reunião amiliar exerceu um

grande impacto sobre nós em nossainância e adolescência não apenas porcausa da prioridade que lhe dávamos,mas também pelo ato de nos empe-nharmos juntos para que ela osse reali-zada. Revezávamo-nos na apresentação

das aulas, na preparação do lanche ena hora de azer a oração de abertura eencerramento. Não apenas ouvíamos asaulas, mas também tínhamos a opor-tunidade de ensinar. Por causa disso,ui abençoada com um conhecimentoe testemunho do evangelho e com oortalecimento dos laços amiliares.

Como a reunião amiliar se tornouum hábito em minha vida, mal possoesperar as bênçãos que trará quandoeu tiver minha própria amília.

Chieko Kobe, Japão

Antídoto contra a Saudade

Fui criada numa amília na qualmeus pais sempre oram um

excelente exemplo para meusdois irmãos, para minha irmã epara mim, e nossa amília já rece-beu muitas bênçãos por causado empenho deles. Um exemploé o ato de termos nos aproxi-

mado e nos tornado uma amíliaunida, recorrendo uns aos outrosem momentos de necessidadeou de provação. Embora algunsmembros da amília sejam menosativos, ainda assim participam dareunião amiliar.

Morei durante algum tempoem Sydney, Austrália, e senti mui-tas saudades por estar tão longeda Irlanda. Felizmente, morava

perto de uma capela da Igrejaonde participava da reunião ami-liar com outros jovens adultos.Foi uma grande bênção para mime, ao requentar as reuniões, nãosentia mais saudade. Era ótimoestar ao lado de membros da

Igreja num ambiente descontraído eonde o Espírito estava presente.

Linda Ryan, Irlanda

Algo de Que NuncaMe Arrependo

Filiei-me à Igreja em maio de2009. Desde aquela época,

passei logo a valorizar as bênçãosdecorrentes de requentar a reuniãoamiliar. Uma experiência memorá-

 vel oi quando nossa ala de jovens

A REUNIÃO FAMILIAR É PARA TODOS

“É para amílias com pais e flhos, para amílias quetenham somente o pai ou a mãe e para pais que nãotenham flhos em casa. É para grupos de reunião amiliarpara adultos solteiros e para aqueles que moram sozi-

nhos ou com companheiros de quarto. (…) A partici-pação regular nas noites amiliares ajudará a aumentara autoestima, a unidade amiliar, o amor por nossossemelhantes e a confança em nosso Pai Celestial.”

Presidente Spencer W. Kimball (1895–1985), Presidente N. Eldon Tanner(1898–1982) e Presidente Marion G. Romney (1897–1988), Family HomeEvening: Happiness through Faith in Jesus Christ, 1976, p. 3.

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memorável oi o espírito de amizadeque senti na atividade.

Momentos assim ajudam a aliviaro enorme estresse da pós-graduação.Por pior que tenha sido a semana,

sei que sempre me sentirei melhor seor à reunião amiliar. Nem sempreme empolgo com a atividade e não ésempre que tenho vontade de reser-

 var o tempo necessário para compa-recer, mas, quando vou, nunca mearrependo de ter ido.

Matt Adams, Nebraska, EUA

Uma Prioridade para Todos Nós

Eu poderia passar as noitesde segunda-eira de muitas

maneiras dierentes, em eventosde associações universitárias ououtras atividades esportivas erecreativas. No entanto, todos osmoradores de nossa residênciaestudantil — que são todos mem-bros da Igreja — decidiram queera importante participar da reu-nião amiliar, e azemos disso

uma prioridade. Escolhemos essaprioridade para ortalecermosuns aos outros numa ase da vidaem que a prática do evangelhopoderia ser considerada diícil.Partilhar testemunhos e experiên-cias uns com os outros nos apro-

 xima como jovens adultos eamigos.

 A reunião amiliar é um momentoda semana em que sei com certeza

que receberei alimento espiritual.Em várias ocasiões, cheguei à reu-nião amiliar com a mente cheiade perguntas e logo achei asrespostas nas aulas ou nos pensa-mentos espirituais partilhados.

 Também é uma ocasião de traçarmetas que ajudam a me desenvol-

 ver como pessoa e de refetirsobre elas.

Como já tomei a decisão derealizar a reunião amiliar comregularidade, não considero issoum sacriício. Sei que é ondedevo estar; também é ondequero estar. ◼

Luc Rasmussen, País de Gales

NOTA1. Joseph Fielding Smith, Harold B. Lee

e N. Eldon Tanner, Family Home Evenings,1970–1971, p. v.

adultos solteiros jogou “utebolde cadeira”, uma variante do ute-bol de salão, no salão cultural deuma capela da cidade. O objetivoera deender sua cadeira e aomesmo tempo atacar os outroscom uma bola de borracha. Fizuma aliança com dois outros

 jogadores; no nal, éramos os

últimos que ainda estavam nabrincadeira, e logo nos voltamosuns contra os outros. Em vez decarmos chateados, não conse-guíamos parar de rir! Não medivertia tanto havia muito tempo,e sei que seria diícil viver umaexperiência parecida em qual-quer lugar ora da Igreja. Todosestavam se distraindo bastante,mesmo sem ganhar, mas não oi

isso que ez daquela experiênciaalgo especial para mim. O quea tornou algo verdadeiramente

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46 L i a h o n a

 Ao tentar, em espírito de oração, encontrar umaresposta para sua pergunta, lembre-se deste ensi-namento das escrituras: quando nos liamos àIgreja, “já não [somos] estrangeiros, nem orastei-ros, mas concidadãos dos santos” (Eésios 2:19).

Isso quer dizer que devemos tratar todos com simpatia na Igreja.

Somos todos lhos de Deus tentando adorá-Lo em amor e união.Estas são algumas maneiras de sentir-se entrosado:Faça amizade com pessoas de todas as idades. Na reunião

sacramental, por exemplo, você pode sentar-se ao lado de umamãe sozinha com lhos pequenos. Pode ser que ela que gratapela ajuda. Você pode ainda dar as boas-vindas a membrosrecém-chegados a sua ala ou seu ramo e azer amizade com eles.

 Você pode sentar-se ao lado dos jovens que completaram dozeanos e entraram para os Rapazes ou as Moças. É divertido teramigos de sua idade, mas caso procure azer contato com pes-soas de dierentes idades e interesses, suas chances de desenvol-

 ver amizades aumentarão.Participe das atividades da ala ou do ramo. É diícil ir sozi-

nho, mas você ará amigos ao participar. Sente-se ao lado dealguém que esteja desacompanhado. Cumprimente essa pessoa eprocure saber quais são seus interesses. Esse pode ser o início deuma boa amizade.

ParticipeHá vários meses, saí de meu país e cheguei a outroonde conhecia apenas minha irmã e o namorado dela.Na Igreja, sentia-me como uma intrusa. Passaram-sedois ou três meses e aquela sensação de solidãocontinuava, até que decidi sorrir para as pessoas eperguntar: “Como vai?” A cada domingo, elas passa-

ram gradualmente a me dizer mais do que um simples “Vou bem”.Isso também me ajudou a participar do seminário e da Mutual e aazer o Progresso Pessoal com outras jovens. Agora me sinto à

 vontade na Igreja, como se estivesse em casa.Vanessa B., 17 anos, La Vega, República Dominicana

Aproxime-se das PessoasHá vários anos, tive o mesmo problema.Por isso resolvi tentar me entrosar e mostraràs pessoas quem eu era verdadeiramente.

 Assim que me abri para as pessoas, elasse abriram para mim, e isso permitiu que

amizades ortes se ormassem entre todosno quórum.

 MacCoy S., 17 anos, Utah, EUA

Ajude o PróximoLembre-se de que todos sãolhos do Pai Celestial. Tentesorrir e ser simpático comtodos. Ajude os outros. Aproxi-me-se dos que também sentemsolidão. Quando sirvo ao pró-

 ximo, co alegre e não me sinto só. Tambémé essencial requentar o seminário ou insti-tuto. Lá sentimos calor humano e bondade.Não tenha medo de expor seus problemasou suas preocupações. Somos todos irmãos,e nossos problemas e nossas provações sãosemelhantes.

 Igor P., 19 anos, Kiev, Ucrânia

Busque Amigos de Outras Faixas EtáriasPassei a ter amizade compessoas e líderes mais novosque eu, mais até do que comos de minha idade. Sei que umdia você poderá ter amizadecom pessoas de outras aixas

etárias e, mesmo que não aça amigos, valerá a pena, pois você aprenderá os prin-cípios da Igreja.Susanna Z., 18 anos, Caliórnia, EUA

Perguntas eRespostas

“Sinto-me muito só na Igreja. Como

posso aprender a sentir que faço parte

da turma?”

 As respostas são auxílios e pontos de vista, não pronunciamentos doutrinários ofciais da Igreja.

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Tome a Iniciativa de Conversar

Há cerca de dois anos,mudei-me com minhaamília. Nas primeirassemanas em que re-quentei a Igreja e aMutual, sentia-me

sozinha. Mas orava todos os dias am de conseguir azer novos amigose sentir-me parte da nova ala. Poucoa pouco passei a amar a ala e asentir-me grata por ela. Fui eu que

tive de dar o primeiro passo para asamizades. Fui eu que tive de puxarconversa. Fui eu que tive de partici-par ativamente das aulas e ouvir oque os outros tinham a dizer. Com oauxílio do Pai Celestial, hoje tenhocomo bons amigos pessoas comquem eu jamais imaginara azeramizade.

 Leah V., 16 anos, Colorado, EUA

Faça Amizade com Seus Líderesdos Jovens

Senti-me sozinha naIgreja por vários meses.Gostava das reuniões edas atividades, massimplesmente nãosentia entrosamento

com as outras jovens. Foi então quepassei a conversar mais com minhaslíderes. Minhas líderes são pessoasdivertidas. Ao começar a conversarcom elas, comecei a sentir-me maisenvolvida no programa e senti quetinha amigas na Mutual.

 Kimberly G., 14 anos, Arizona, EUA

Ore para Ter Bons AmigosNas atividades da Igreja eu meperguntava: “Por que não tenho

amigos?” Sentia-me triste e solitária

e busquei a Deus em oração. Pediao Pai Celestial que me mandassebons amigos. Não oi ácil, mas como tempo z vários ótimos amigos.Não tenho mais medo de alar e deme envolver em grupos de meninas.Percebo que o Pai Celestial respon-deu a minhas orações e que nuncaestive sozinha.

 Daiana I., 16 anos, Corrientes, Argentina

Procure Companhia Assim que entrei paraas Moças, senti-mesozinha por ter deixadominhas amigas naclasse dos Valorosos.Contudo, tentei apoiar

as moças, e elas também me apoia-ram, e consegui azer novas amigas einteragir com elas. Não sentia maissolidão, e isso me deixou eliz. Atual-

mente sou a presidente das Abelhi-nhas e, se vejo uma nova irmãzinhaque não se sente à vontade conosco,converso com ela, explico o que

azemos em classe e a ajudo a

sentir que az parte de nossogrupo.Gredy G., 14 anos, Lima, Peru

DOAR-SE PARAOS OUTROS COMAMOR E SERVIR

“A solidão no reino deDeus costuma ser um

exílio voluntário.Esperamos que cada

um de vocês sinta a necessidade de inte-grar a grande amília da ala ou do ramoe que use seus dons e talentos únicospara tocar a vida de todos os irmãos. Asoportunidades que todos temos de cuidardas pessoas e de integrá-las na ala ouno ramo são ilimitadas caso estejamosdispostos a doar de nós mesmos comamor e servir.”

Élder Robert D. Hales, do Quórum dos DozeApóstolos, “Belonging to a Ward Family”,

 A Liahona, março de 1999, p. 12.

PRÓXIMAPERGUNTA

“Meus pais são divor-ciados. Às vezes receboconselhos de um quecontradizem os dooutro. O que devoazer?”

Mande sua resposta até 15 de março de 20para:

 Liahona, Questions & Answers, 3/1150 E. North Temple St., Rm. 2420Salt Lake City, UT 84150-0024, USAOu envie um e-mail para:[email protected]

As respostas podem ser editadas por motivode espaço ou clareza.

As seguintes inormações e a permissãoprecisam constar de seu e-mail ou de sua car(1) nome completo, (2) data de nascimento,(3) ala ou ramo, (4) estaca ou distrito, (5) suapermissão por escrito e, se or menor de dezoanos, a permissão por escrito (aceita-se pore-mail) de um dos pais ou responsável, parapublicar sua resposta e otografa.

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48 A L i a h o n a

Anthony X. Diaz

Embora tivesse sido bati-zado ainda recém-nascido

numa igreja e requentadoesporadicamente outra duranteminha inância, a religião nuncaoi algo importante em minha

 vida. Com o passar dos anos,minha amília mudou-se muitas

 vezes, e paramos de requentarreuniões de adoração. Eu acre-ditava em Deus, mas não pen-sava Nele ou em religião commuita requência.

 Tudo isso mudou em 2006,quando eu tinha quatorze anosde idade. Meu tio Billy aleceu,ainda na aixa dos 30 anos.Sua morte prematura me ezperceber o quanto eu o amavae me levou a questionamentosexistenciais. Para onde ele oiquando morreu? Ele continariaa viver e teria um uturo pelarente? O que seria de seuslhos e demais amiliares quecaram para trás? Qual oi o sig-nicado de sua vida? Qual era osignicado de minha vida?

Esses pensamentos não mesaíam da mente nos váriosmeses que se seguiram. Certanoite, em setembro de 2007, eu,minha mãe e meus três irmãos

mais novos saímos de um res-taurante em minha cidade natalde Haverhill, Massachusetts,EUA, e nos sentamos numbanco. Dois rapazes de ternoescuro, camisa branca e gravataoram alar conosco. Um delesdisse: “Sei que pode parecer umpouco esquisito alar com doisestranhos, mas podemos deixar-lhes uma mensagem?”

Concordamos. Eu sabia queiam tratar de religião e queiimpressionado com o ato denão terem simplesmente dei-

 xado um cartão ou panfetoe ido embora. Na verdade,aqueles rapazes demonstraraminteresse genuíno por nós eentusiasmo por sua mensagem.

 Ao m da mensagem, pergun-taram se poderiam visitar nossa

C O M O E U S E I ?

A Mensagem Era-meDeliciosa  Eu não estava em busca de Deus, mas quando dois 

rapazes me perguntaram se poderiam deixar uma

mensagem, prontifquei-me a ouvir.

Lembro-me

de ter lido emAlma 32 sobreo crescimentoda sementeda fé e sobreo fato de serdeliciosa. Essadescriçãotraduzia exa-tamente o quesentia em rela-ção ao Livro deMórmon.

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F e v e r e i r o d e 2 011 49

casa. Minha mãe concordou e marcouum horário, de modo que sou gratoa ela pelo que veio a ser uma grandemudança positiva em minha vida.

Começamos a aprender sobre oevangelho. Depois de algum tempo,minha mãe envolveu-se numa série deatividades dierentes e parou de ouviros missionários, mas eu continuei.

Dei-me muito bem com o ÉlderKelsey e o Élder Hancock. Isso talvez

se devesse em parte ao ato de nãoserem muito mais velhos do que eu.Senti um grande amor da parte delese senti amor por eles. Logo senti essemesmo amor dos membros da ala edos outros jovens de minha estaca.

Os missionários me ensinaram oplano de salvação, que respondeu àsperguntas que eu tinha em relaçãoa meu tio e a meu próprio propó-sito na vida. Os élderes também me

apresentaram o Livro de Mórmon.Lembro-me de ler em Alma 32 sobrea semente da é que crescia e torna-

 va-se deliciosa (ver o versículo 28).Essa descrição traduzia exatamente

o que senti em relação ao Livro deMórmon. O que eu lia e o que osmissionários me ensinavam me pare-cia verdadeiro, correto e delicioso.

Minha mãe brincava comigo,dizendo que eu estava numa ase deeremita, pois me isolava no quarto epassava horas a o lendo o Livro deMórmon. Embora na época eu nãoreconhecesse que meus sentimentosossem uma maniestação do Espírito

Santo, sentia que estava no caminhocorreto.

Quando os missionários me con- vidaram a ser batizado, incentiva-ram-me a orar acerca dessa decisão.Quando orei para saber se minhaliação à Igreja de Jesus Cristo dosSantos dos Últimos Dias era a decisãoacertada, recebi uma resposta muitodireta, a ponto de car desconcer-tado. A ordem oi bem clara: siga emrente com o batismo.

Lembro-me nitidamente do dia emque ui batizado — 15 de dezembrode 2007. Quando eu estava na águaria com o Élder Kelsey e ele ergueuo braço em ângulo reto, senti-mecheio do Espírito; parecia inteira-mente subjugado. Eu poderia dizertambém que estava sorrindo de uma

SUA CONVERSÃO

“Você saberá que o evangelho estásendo escrito em seu coração, que suaconversão está acontecendo, quandoa palavra do Senhor proerida por Seusproetas, tanto do passado quanto dopresente, começar a se tornar cada vez

mais deliciosa para sua alma.”

Élder D. Todd Christoerson, do Quórum dos Doze Apóstolos, “QuandoTe Converteres”, A Liahona, maio de 2004, p. 11.

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50 A L i a h o n a

C O M O E U S E I ?

orelha à outra, mas essa descrição

não chega a exprimir nem em parteo que senti.

 Após o batismo, continuei a sen-tir o Espírito. Senti-me santicado.Sabia que meus pecados tinham sidoperdoados. Senti a aprovação do PaiCelestial e a certeza de que, de ato,aquele era o caminho que deveriatrilhar.

 Às vezes, quando surgem dúvidas,penso naquela experiência pessoal e

me lembro do que senti naquele dia. A recordação daqueles sentimentosme ajuda a dissipar qualquer dúvidaque porventura apareça.

Embora não possamos entrar denovo nas águas do batismo para revi-

 ver esses sentimentos arrebatadores,podemos recordá-los ao renovarmosnossos convênios por meio do arre-pendimento e do sacramento. A cada

 vez que me arrependo, posso mais

uma vez ter esse sentimento — o sen-timento de ser puricado e amado.

Esse amor que sinto ajuda a meidenticar com o que Joseph Smithensinou: “Um homem cheio de amorde Deus não ca contente em aben-çoar apenas sua amília, mas estendea mão para o mundo inteiro, ansiosopor abençoar toda a humanidade”.1 Oato de saber o valor de uma alma meajuda a sentir entusiasmo pelas opor-tunidades de sair para ensinar com osmissionários em minha área. Tambémaguardo com ansiedade o dia emque poderei servir como missionáriode tempo integral e mostrar quantaelicidade o evangelho de Jesus Cristome trouxe. ◼NOTA

1.  Ensinamentos dos Presidentes da Igreja: Joseph Smith, 2007, p. 347.

CONTINUAR A VIVER O EVANGELHO

Embora se sinta grato pelas experiências espirituais marcantes que teve

quando entrou para a Igreja, Anthony sabe que a luz de uma única expe-

riência excepcional não basta para seguirmos adiante. “Precisamos manter

acesa a chama de nosso testemunho”, salienta ele. “E sabemos como fazer

isso. Ler as escrituras. Ir à Igreja. E coisas assim.”

Anthony observa que consegue sentir a dierença quando az essas coisas

com constância e quando as deixa de fazer. E encontrou maneiras de manter

sempre renovada a observância dos princípios do evangelho.

“Lembro-me de ter estudado na classe de Princípios do Evangelho a his-

tória do lho pródigo (ver Lucas 15:11–32). Ao ler sobre o rapaz que saiu da

casa do pai, pensei: ‘Esse lho poderia ter sido eu’. O Espírito prestou-me o

orte testemunho de que, assim como aquele flho, eu também poderia vol-

tar à presença de meu Pai. Senti como se o Pai Celestial estivesse me dizendo:

‘Amo-te’. Foi um sentimento tão forte quanto o que vivenciei no dia de meu

batismo.”

Ele aprendeu também que era importante azer perguntas em suas

orações e em seu estudo das escrituras. “Quando leio as escrituras”, conta,

“procuro respostas para coisas em que estou pensando ou para as dúvidas

que tenho no momento. Pergunto ao Pai Celestial o que Ele gostaria que eu

aprendesse com a leitura. Faço o mesmo quando vou à Igreja.

Quando aço perguntas — seja sobre uma decisão específca a tomar na

vida, seja sobre o signifcado de algo que estou estudando — consigo sentir

mais facilmente a orientação do Espírito Santo. Sei que o Pai Celestial de fato

nos ouve e que sempre nos responderá.”

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52 A L i a h o n a

John Bytheway

Isso já aconteceu com você? Vocêestá na Igreja ouvindo o oradorquando, de repente, ouve um

orte barulho no telhado. Para suagrande surpresa, o teto se abre,revelando um céu azul radiante e orosto de quatro homens observandolá do alto a congregação. Logo emseguida, eles baixam uma maca com

outro homem e o põem no chão dacapela.

 Já presenciou isso antes? É bemprovável que não. Mas algo seme-lhante aconteceu durante o ministé-rio do Salvador.

Uma Cura Milagrosa

“E eis que uns homens transpor-taram numa cama um homem queestava paralítico” em Lucas 5:18, “eprocuravam azê-lo entrar e pô-lodiante [de Jesus]”. O único problemaera que eles não conseguiam azero amigo doente entrar porque acasa estava lotada! Até mesmo asportas estavam bloqueadas pelamultidão, de modo que era impossí-

 vel entrar.Naquelas circunstâncias, os

amigos poderiam ter desistido e idopara casa. Mas não oram. Podemosaté tentar imaginar a conversa: “Oque devemos azer?” pergunta umdeles. “Tenho uma ideia”, diz outro.“Vamos subir no telhado do ediício,azer uma abertura no teto e abai-

 xá-lo até o chão!” Também podemosimaginar o homem enermo naquele

momento ouvindo aqueles planosinusitados e dizendo: “Vocês preten-dem azer o quê?”

 A história continua:“Subiram ao telhado, e por entre

as telhas o baixaram com a cama, atéao meio, diante de Jesus.

E, vendo ele a é deles, disse-lhe:Homem, os teus pecados te são per-doados” (Lucas 5:19–20).

Os escribas e ariseus acharamisso uma blasêmia, então Jesusrespondeu:

“Qual é mais ácil? dizer: Os teuspecados te são perdoados; ou dizer:Levanta-te, e anda?

Ora, para que saibais que o Filhodo homem tem sobre a terra poderde perdoar pecados (disse ao paralí-tico), a ti te digo: Levanta-te, toma a

tua cama, e vai para tua casa”(Lucas 5:23–24).

 A história termina com chavede ouro:

“E, levantando-se logo diantedeles, e tomando a cama em que

AONDE SEUS AMIGOS OLEVARÃO

Seja o tipo de amigo queleva as pessoas a Cristo.

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estava deitado, oi para sua casa,gloricando a Deus.

E todos caram maravilhados, egloricaram a Deus; e caram cheiosde temor, dizendo: Hoje vimos pro-dígios” (Lucas 5:25–26).

Caso Se Sinta EspiritualmenteFraco

 Talvez você nunca tenha testemu-nhado um acontecimento parecido,mas há várias maneiras de aplicaressa história a sua vida. Você pode

colocar-se no lugar do homemenermo. Suponhamos que estejaraco — não ísica, mas espiritual-mente. Aonde seus amigos o leva-rão? Talvez haja uma esta, um lmeou outra atividade e você não tenhapoder de decisão — aonde eles olevarão? Essa história nos ensina uma

lição maravilhosa: pode chegar umdia em que você não estará tão ortequanto deveria. Nesse momento, suaescolha de amigos será undamental.Escolha amigos que o levem a Cristo.

 Ter amigos que sempre o elevarão éuma bênção inestimável.

Que Tipo de Amigo Você É?

Mas há outro enoque possí- vel para essa escritura. Ponha-se

no lugar dos amigos. Que tipo deamigo você é? Embora tenha sidoo Salvador que curou e perdoouo homem, os amigos também sãodignos de nota. Eles amavam seuamigo e queriam ajudá-lo. Nãodesistiram nem voltaram para casaquando as coisas caram diíceis.Imagine a alegria que devem tersentido quando olharam do alto dotelhado e viram o amigo pegar acama e sair andando! Esta é outralição: Seja o tipo de amigo que levaas pessoas a Cristo. Aqueles amigoseram corajosos, persistentes e atémesmo criativos. Em cada palavra,gesto e escolha podemos levar aspessoas ao Salvador, que pode noscurar não só sicamente, mas tam-bém espiritualmente. ◼

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Quando eu tinha dezesseis anos deidade e morava em Porto Alegre,Brasil, meu irmão mais velho tinha

um amigo que requentava nossa casa.Certo dia, aquele amigo nos disse queconhecera uma igreja e que gostara domodo de vida de seus membros.

Falou-nos um pouco de sua experiên-cia pessoal de liar-se à Igreja de JesusCristo dos Santos dos Últimos Dias, masnão tinha certeza se eu e meu irmão tínha-mos inclinações religiosas. Ele sabia quenosso estilo de vida incluía umo, bebidae atividades mundanas e achava que ospadrões da Igreja seriam diíceis demaispara mim e para meu irmão, e que a mudança seria drás-tica demais para aceitarmos.

Nossa irmã, porém, não umava nem bebia. Levavauma vida pura e era uma menina boa e gentil. Por causadaquelas características, nosso amigo achou que ela pode-ria se interessar pelos valores da Igreja, por isso perguntoua nossa mãe se poderia convidar minha irmã para ir a umaatividade da Igreja com ele.

Nossa mãe concordou, mas só se eu ou meu irmão tam-bém osse. Meu irmão oi mais rápido do que eu e dissesem demora: “Eu não!” Então, quei encarregado de ir àatividade com minha irmã.

Não me importei. Eu vinha sentindocuriosidade em relação à Igreja desdeque avistara pela primeira vez a capelagrande e quadrada em rente a minhaescola. Eu sempre via gente entrar naigreja e sair dela e eu notara que oshomens usavam camisa branca e gravata.

Eu queria saber o que acontecia dentroda “caixona”, como eu chamava a capela.

Minha Primeira Atividade

Eu e minha irmã chegamos à igrejacom nosso amigo. Lá dentro, no centrode um grande salão cultural havia umgrupinho de pessoas: duas missionárias

e talvez seis outras pessoas. Estavam participando de umabrincadeira simples e comendo pipoca e tomando suco.

 Todos estavam rindo e se divertindo.“Quem são essas pessoas”, pensei, “e por que são tão

elizes?” Eu sabia que certamente não poderia ser porcausa do jogo em curso, do ambiente ísico ou do lancheque estavam tomando. Tudo aquilo era demasiado sim-ples. A elicidade parecia vir de dentro deles.

Eu sempre me perguntara de onde vinha a verdadeiraelicidade e onde poderia encontrá-la. Eu achava quetalvez resultasse de atividades cheias de ortes emoções,de érias em lugares exóticos ou da busca de tudo o que

O EVANGELHO É PARA

TODOS Eu sempre me perguntava de onde vinha a verdadeira elicidade.

 Foi então que a achei na “caixona”.

ÉlderCarlos A. Godoy

Dos Setenta

O amigo de meu irmãonão tinha certeza de queeu (acima) e meu irmão

tínhamos inclinaçõesreligiosas. Mas eu estava

curioso.

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56 A L i a h o n a

o mundo tem a oerecer. Eu já experi-

mentara um pouco daquilo, sem contudoconseguir preencher o vazio que sentia.Então ui àquela capela, onde as pessoaseram muito elizes sem nenhuma daque-las coisas. Isso me deixou uma impressãosignicativa.

Depois da atividade, as missionáriascaram na saída para apertar a mão detodos os presentes. Quando minha irmãchegou à porta, oi-lhe perguntado seestaria interessada em conhecer mais

sobre a Igreja. Ela respondeu: “Não, obri-gada”. Mas minha curiosidade continuava.Eu sentia o “desejo de acreditar” (Alma32:27), então quando me convidaram aaprender mais sobre o evangelho, aceitei.

Meus pais não se interessaram pelaslições das missionárias nem concorda-ram que ossem ministradas em nossacasa, assim combinei de ouvi-las nacapela. Ao longo do mês seguinte,aprendi sobre o evangelho restaurado

de Jesus Cristo — sobre o que aziacom que aquelas pessoas no salão cul-tural ossem tão elizes. Aprendi quea elicidade decorre de azermos oque o Senhor espera de nós, que ela

 vem de dentro de nós e que eu pode-ria ser eliz a despeito do que aconte-cesse a minha volta. Aquela doutrinaera-me “deliciosa” (Alma 32:28). Euqueria aquilo em minha vida.

Um mês depois daquela primeiraatividade, decidi entrar para a Igreja. Nosanos que se seguiram, meus pais tambémse liaram à Igreja.

Provações após o Batismo

Enrentei muitos desaos após obatismo. As mudanças que eu precisavaazer em minha vida eram signicati-

 vas. Além do mais, às vezes eu tinha a

impressão de não ter amigos na Igreja,

e havia a tentação de voltar ao conví- vio dos velhos amigos. Tempos depois,meus pais se divorciaram, e isso tambémoi diícil para mim. Mas meu desejo desentir alegria — e meu entendimento deque podemos ser elizes a despeito dascircunstâncias externas — me ajudaram acontinuar a requentar a Igreja. Eu sabiaque não poderia “pôr de lado [minha] é”(Alma 32:36). Com o tempo, z amigos naIgreja que me ajudaram durante a transi-

ção. E ao continuar a viver o evangelho,meu testemunho e minha elicidade cres-ceram (ver Alma 32:37).

Minha experiência pessoal com a con- versão — a minha própria e a de outraspessoas — me ensinou que o Espíritopode tocar qualquer pessoa, em qualquerlugar, e que não há perl ideal para ummembro da Igreja em potencial. Todosnós precisamos do evangelho de JesusCristo. Todos nós estamos em processo

de tornar-nos mais semelhantes a Ele.Esse entendimento me ajudou como

missionário em São Paulo, Brasil, comopresidente de missão em Belém, Brasil, ecomo membro da Igreja. Ajudou a mim ea minha esposa na preparação de nossoslhos para o serviço missionário. Dois denossos lhos já serviram como missioná-rios de tempo integral e, antes de saírempara o campo, lembrei-lhes que nãodevem julgar as pessoas pela aparêncianem pelo modo de vida. “Não desistamde uma pessoa por acharem-na estra-nha”, aconselhei-os. “Tentem enxergar ointerior. Pode haver outro Carlos por aí.”

Sou grato por reconhecer que somostodos lhos de Deus e por saber quetodos — não apenas alguns — são can-didatos a receber a alegria resultante daprática do evangelho de Jesus Cristo. ◼

O Élder Godoy quando serviu como missionário

no Brasil, em 1982.

 Minha experiência pessoal com a conversão

— a minha própria e ade outras pessoas — me ensinou que o Espírito pode tocar qualquer  pessoa, em qualquer lugar, e que não há

 perfl ideal para ummembro da Igreja em potencial. Todos nós 

 precisamos do evange-

lho de Jesus Cristo.

UM CONVITEPARACOMPARTILHARA ALEGRIA DOEVANGELHO

“Aos rapazes do

Sacerdócio Aarônico

e a vocês, rapazes que serão

élderes, repito o que os proetas

há muito têm ensinado: todo rapazdigno e capaz deve preparar-se

para servir em uma missão. O

serviço missionário é um dever do

sacerdócio − uma obrigação que

o Senhor espera de nós, que tanto

recebemos Dele.”

Presidente Thomas S. Monson,“Ao Voltarmos a Nos Encontrar”,

 A Liahona, novembro de 2010, p. 4.

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F e v e r e i r o d e 2 0 1 1 57   I   L   U   S   T   R   A   Ç   Ã   O   F   O   T   O   G   R   Á   F   I   C   A  :   W   E   L   D   E   N   C .

   A   N   D   E   R   S   E   N

REFLITA SOBRE A

ETERNIDADE

Ver D&C 131:1–4; 132:1–20.

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58 A L i a h o n a

Nome omitido

Mal tínhamos chegado a nossoquarto de hotel quando oteleonou tocou. Eu sabia

que eram más notícias sobre Jodi,minha irmãzinha de nove meses de

 vida. Ela estava em coma desde onascimento e precisava de monitora-mento 24 horas por dia e alimentaçãopor tubos. Tínhamos deixado Joditemporariamente sob cuidados médi-cos para que a amília tirasse umasérias bem merecidas.

 Atendi o teleone. Era meu avô.Com voz rme, pediu: “Chame seupai”.

 A conversa deles oi breve. Meustemores se conrmaram. Jodi tinhamorrido.

QUANDO ME TORNEI

INVISÍVEL

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F e v e r e i r o d e 2 011 59

No dia seguinte, ao voltarmospara casa, respirei aliviada. O ônibusescolar estava no alto da rua. Meusamigos não demorariam a chegar. Porm eu teria alguém de minha idadepara partilhar minha dor.

Contudo, ao esperar meus ami-gos na calçada, algo estranho acon-teceu. Era quase como se eu tivesseme tornado invisível. Fiquei obser-

 vando meus amigos passarem parao outro lado da rua e continuarema conversar entre si. Nem sequerolharam para mim.

Na manhã seguinte, meus amigosnão vieram me pegar, como costu-mavam azer. “Dá para entender”,pensei. Eles deviam saber que eu nãoia à escola por causa do uneral. Mas

não vieram no dia seguinte nem nosdemais. Tampouco me esperavam aom das aulas.

Naquele período, minha amíliarecebeu muito apoio da Sociedadede Socorro e de outros membros daala. Contudo, os pratos que vinhamnos trazer não ajudaram muito aaliviar meu coração partido de trezeanos. Quando voltei à Mutual, minhaconsultora deu uma aula sobre a vidaapós a morte. Comecei a chorar. Aconsultora olhou para baixo e conti-nuou a ler. As colegas xaram o olhar

à rente. Irrompi em soluços. Desejeimuito que alguém chorasse comigoou que me abraçasse.

 Ao azer um retrospecto dessesatos, percebo que meus amigosnão oram cruéis nem insensíveis,

mas simplesmente não sabiam comoreagir a minha dor. Acharam que euqueria car sozinha para chorar aperda e, como estava de luto, supuse-ram que eu não estava em estado deespírito para diversões.

O que eu gostaria que meus ami-gos e minha consultora soubessem éo seguinte:

Estejam disponíveis para seu

amigo. Levem-lhe um bilhete ouuma for, mas, ainda mais importante,levem a si mesmos. Abracem-noe mostrem que se importam. E,sem alta, estejam no velório ou nouneral.

Incluam o amigo em tudo o que

costumam fazer. Seu amigo já estátendo de adaptar-se à perda de um

ente querido. Não açam com que eleprecise adaptar-se também à perdade sua amizade. É reconortante azer

coisas rotineiras.Não se considerem obrigados

a fazer um discurso sobre a vida

após a morte. Se or o caso, açamcomo Alma aconselhou: “Chorar comos que choram; sim, e consolar osque necessitam de consolo” (Mosias18:9). É bem provável que seu amigo

 já saiba que voltará a ver o ente que-rido alecido e, mesmo que não saiba,o assunto vai surgir naturalmente

quando expressar seus pensamentos esuas dúvidas. Essa é a hora de prestarseu testemunho do plano de salvação.

Um ano depois da morte deminha irmã, a mãe de uma amigaminha aleceu. Senti uma tristeza

imensa. Pensei: “Quando a vir denovo, vou dar-lhe meus pêsames”.Então, ao recordar minha própriaexperiência pessoal, soube queminha amiga precisava de mimnaquele exato momento. A caminhoda casa dela, quei apreensiva. Ese ela não quisesse me ver? Talveza amília dela não desejasse minhapresença lá. Não seria melhor espe-rar para alar com ela depois? Masquando ela abriu a porta, não haviadúvidas de que ela estava eliz comminha visita. O pai e os irmãos mais

 velhos estavam ocupados com ospreparativos do uneral. Fomos daruma volta. Não tive de me preo-cupar com o que dizer. Ela é quealou a maior parte do tempo. ◼

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60 A L i a h o n a

Adam C. OlsonRevistas da Igreja

Como a maioria das irmãsque têm apenas dezoitomeses de dierença de

idade, Marilia e Nicole P., de Cuzco,Peru, têm muito em comum. Ambas

adoram ceviche, um prato peruanotradicional eito com peixe mari-nado em suco de lima ou limão. Ambas dizem que o sonho deLeí é sua história avorita dasescrituras. E se “GrandiosoÉs Tu” osse o único hinodo hinário, as duas não seimportariam de cantá-lorepetidas vezes.

 As Irmãs Devem

Compartilhar

As Coisas Prediletas de MariliaComida avorita: Ceviche

Escritura avorita: O sonho de Leí (ver 1 Néf 8)

Hino avorito: “Grandioso És Tu” (Hinos, nº 43)

Matéria avorita na escola: Ciências

Passatempos avoritos: Cantar, dançar e andar de

bicicleta

As Coisas Prediletas de Nicole

Comida avorita: Ceviche

Escritura avorita: O sonho de Leí (ver 1 Néf 8)

Hino avorito: “Grandioso És Tu” (Hinos, nº 43)

Matéria avorita na escola: Matemática

Passatempo avorito: Voleibol

Partilhar o Testemunho da Oração

Outra coisa que têm em comumé o orte testemunho de que o PaiCelestial responde às orações.

“Sei que a Igreja é verdadeira,

pois quando oro, Ele responde”,testica Nicole, de dez anos deidade. “Quando Lhe peço ajuda, Ele

me ajuda.”Nicole ala de uma ocasião

em que uma amiga coumuito doente e os médicosdecidiram levá-la de avião àcapital do Peru, Lima, poisnão tinham como tratá-la. “Eu

não queria que ela osse, pois era

minha melhor amiga”, conta Nicole.“Pedi ao Pai Celestial que a aben-çoasse. Ele ouviu minha oração eela oi curada.”

Marilia, de onze anos, explicaque o motivo que a leva a gostarda história de Leí é que quando eleestava sozinho na escuridão, orou“e o Senhor respondeu”.

“Sei que a Igreja é verdadeira,pois sinto isso no coração aoorar”, diz ela. “Deus me ouve,e quando peço algo, Eleresponde.”

Outra razão para ambasadorarem essa história dasescrituras é a obediência deNé e Sam.

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F e v e r e i r o d e 2 011 6

Dierenças Complementares QueAjudam a Família

Mesmo com tantas semelhanças,essas irmãs também têm algumas

dierenças. Na escola a Marilia gostade Ciências, enquanto a Nicolepreere Matemática. Marilia gostade dançar, cantar e andar de bici-cleta. Nicole gosta de voleibol e deanimais.

Marilia é ascinada pela culinária.Gosta de ver programas de receitasna televisão. Nicole passa muitotempo servindo ao próximo e érápida para perdoar.

 As meninas usam seus própriostalentos e suas características paraajudar a amília.

Marilia e Nicole moram no alto

da Cordilheira dos Andes com amãe e o pai, duas irmãs mais novase um irmão mais novo. O amorà amília é uma das coisas maisimportantes que as duas irmãs têmem comum. E assim como Né eSam tinham em comum o desejo deser obedientes e de ajudar a amília,Marilia e Nicole esperam que suassemelhanças e dierenças abençoemsua amília. ◼

 A cerca de 3.400 metros acima do nível do mar, Cuzco é uma das cidades maisaltas do mundo. Com aproximadamente900 anos de história, é uma das cidadesmais antigas das Américas.

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 Ao ir de carro para o escritó-rio, certa manhã, passei poruma placa que dizia: “É o

Serviço que Conta”. Aquela mensa-gem simplesmente não me saiu do

pensamento. Sem dúvida algumaé o serviço que conta — o serviçodo Senhor.

Há muitos anos, tive o privilégiode dar uma bênção a uma linda jovenzinha de doze anos de idade, Jami Palmer. Ela acabara de rece-ber o diagnóstico de câncer. Ficousabendo que a perna atingida peladoença teria de passar por váriascirurgias. Um passeio planejado por

bastante tempo com sua classe dasMoças numa trilha acidentada estavaora de cogitação, pensou ela.

 Jami disse às amigas queteriam de ir à atividade semela. Tenho certeza de quehavia decepção em seucoraçãozinho.

Mas então as outras moçasresponderam enaticamente:“Não, Jami, você vai conosco!”

“Mas não posso andar”,replicou ela.

“Então vamos carregar você até oalto!” E oi o que zeram.

Nenhuma daquelas preciosas

 jovens jamais esquecerá o diamemorável em que um Pai Celes-tial amoroso as olhou do alto comum sorriso de aprovação e grandesatisação.

No Livro de Mórmon lemos sobreo nobre rei Benjamim, que ensinou:“E eis que vos digo estas coisas paraque aprendais sabedoria; para quesaibais que, quando estais a ser- viço de vosso próximo, estais

somente a serviço de vosso Deus”(Mosias 2:17).

Esse é o serviço que conta, oserviço para o qual todos omoschamados: o serviço do Senhor

 Jesus Cristo. ◼ Extraído de um discurso proerido na conerência geral de outubro de 2006.

Vamos Carregar Você!

PresidenteThomas S. Monson

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NÓS TAMBÉM SERVIMOS

Veja como estas crianças se prontifcaram a servir ao próximo.

Servir Costurando

Quando Sarah, de nove anos, de Oklahoma, EUA,ouviu alar do terremoto do ano passado no

Haiti, pensou nas meninas que perderam a casa. Elaacabara de ganhar de aniversário uma máquina de

costura e decidiu azer saias simples para as meninas.Precisou de paciência para desazer a costura ao corrigir

erros. Mas em pouco tempo coneccionou dezoito saias. Enviou-as

ao Centro Humanitário da Igreja para as meninas haitianas.

Serviço de Mochila

 A lex, de nove anos, e Noah, de seis, de Oregon,

EUA, encheram quinze mochilas de materiaisescolares para crianças carentes. Coletaram doações de

amigos e amiliares dispostos a ajudar. “Senti-me bemao azer a campanha da mochila”, conta Alex.

Mãos Dispostas

O

ramo de Rikki na Caliórnia, EUA, precisava de

alguém para tocar piano. Apesar de ter apenas nove anos

de idade, Rikki tinha mãos dispostas. Vinha tendo aulas de pianohavia cinco anos, mas alguns hinos eram diíceis de tocar.Agora todas as semanas ela escolhe e toca os hinos da reu-

nião sacramental. “Embora eu tenha fcado nervosa, sabiaque era importante servir a meu ramo”, diz ela. “Sinto paz

quando toco os hinos.”

Biscoitos em Troca de Sabonetes

Eliana, de sete anos, ouviu alar que sua estaca emUtah, EUA, precisava de 300 sabonetes para kits de higiene

destinados a vítimas de um terremoto. Ela e sua mãedecidiram azer biscoitos em grande quantidade e vendê-los

ou trocá-los por sabonetes. Cada vizinho encomendou pelomenos uma dúzia. Usando um cupom, conseguiram comprar

172 sabonetes. “Sei que o Pai Celestial abençoou a mim ea minha amília por querermos azer nossa parte”, testifca

Eliana.

JOGO DE CORRESPONDÊNCIA

Trace uma linha entre a otografa da criança ou das crianças e um objeto mencionado na história. Algumas 

histórias terão mais que um objeto.

Compartilhe Suas Ideias

Caso tenha achado uma boa maneira de

ajudar alguém em difculdades, gostaría-

mos de saber como oi. Consulte a página

3 para saber como nos mandar sua ideia.

   I   L   U   S   T   R   A   Ç    Õ   E   S   D   E   T   A   I   A   M   O   R   L   E   Y

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64 A L i a h o n a

Quando vamos a uma cidadeque nunca visitamos ouquando viajamos levamos

mapas para nos ajudar no trajeto.Esses mapas podem nos guiar eevitar que nos percamos.

O Pai Celestial preparou “mapas”para nos guiar na vida. Esses“mapas” são as escrituras. São livrossagrados que nos ajudam a com-preender por que estamos aquina Terra e como podemos voltar àpresença do Pai Celestial.

 As escrituras ensinam que cada

um de nós é lho do Pai Celestiale que vivemos com Ele antes denascermos. Ele criou a Terra para vivermos nela. Mandou Seu Filho,nosso Salvador Jesus Cristo, paramorrer por nós e nos ajudar quandocometermos erros ou estivermostristes ou solitários.

O Pai Celestial nos deu manda-mentos que nos ajudarão a tornar-mo-nos mais semelhantes a JesusCristo. Para seguir o plano de Deus,precisamos nos arrepender ao azer-mos algo errado, ser batizados e

receber o dom do Espírito Santo am de sermos guiados todos os dias.O plano do Pai Celestial é um planode elicidade. Ele quer que voltemoscom nossa amília para vivermoscom Ele e Seu Filho, Jesus Cristo.

Atividade

Leia cada reerência das escritu-ras da página 65 e trace uma linhaaté o desenho correspondente. Suaamília pode usar esses desenhospara alar do plano de salvação nareunião amiliar. ◼

T R A Z E R A P R I M Á R I A P A R A C A S A

 As Escrituras Ensinam sobreo Plano do Pai Celestial

“Esta é minha obra e minha glória: Levar a eeito a imortalidade e vida eterna do homem” (Moisés 1:39).

Ana Maria Coburn e Cristina Franco

Você pode usar esta lição e atividade 

 para aprender mais sobre o tema da

 Primária deste mês.

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D&C 93:29

GÊNESIS 1:1

MOISÉS 5:4

3 NÉFI 17:18–24

3 NÉFI 22:13

ALMA 11:42

D&C 76:92–96

Vida Pré-Mortal

Glória Celestial

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66 A L i a h o n a

NossaPágina

C erto dia, ao sairmos da Igreja e irmospara casa, senti algo no coração que

me deixou muito eliz. Senti que o EspíritoSanto estava comigo e tive vontade depregar o evangelho a todas as pessoas quenão conheciam essa obra maravilhosa quemudou minha vida e a de minha amília.Ao chegarmos, ui para meu quarto e li oLivro de Mórmon. Minha escritura avorita éMosias 2:17, que ensina que, quando sirvo

ao próximo, estou servindo aoPai Celestial.

Roberto C., 10 anos,Bolívia

N unca esquecerei a grande elicidadeque senti quando ui batizada. Meu

pai me batizou, e meus irmãos cantaramhinos para mim. Minha mãe perguntouse eu queria prestar testemunho, erespondi que gostaria de cantar umamúsica da Primária que eu tinhaaprendido e que mostrava comome sentia. Cantei: “Procuro o arco-íris depois que a chuva cai e pensona limpeza que uma boa chuvaaz” (“Quando Eu For Batizado”,Músicas para Crianças, p. 53). Aocantar, era como se meu coração

osse saltar ora do peito! Nuncaesquecerei a expressão no rosto demeus amiliares e como me sentinaquele dia. Foi o dia mais especialde minha vida.Esther F., 8 anos, Costa Rica

M arcelo B., de9 anos, mora

no Brasil. Ele temum testemunho do

Salvador. Sabe queJesus vive e que podevoltar à presença do

Pai Celestial se obedecer aos mandamen-tos. Adora ler as páginas das crianças narevista A Liahona.

E lena  Z.,  9 ano s, B ie l

orrú s s ia

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F e v e r e i r o d e 2 011 67

Se quiser contribuir para Nossa Página, mandeum e-mail para [email protected], com

“Our Page” no campo assunto.Todo material enviado precisa incluir o nome

completo da criança, o sexo e a idade, bem como

o nome dos pais, a ala ou o ramo, a estaca ouo distrito e a permissão por escrito dos pais ouresponsáveis (aceita-se por e-mail) para utilizaçãoda otografa da criança e do material enviado. Ostextos podem ser editados por motivo de clareza oude espaço.

 A s crianças da Primária da Ala Cabu-dare, Estaca Barquisimeto Venezuela,

mandam seu amor às crianças da Primáriade todo o mundo. Elas adoram cantar hinose oram por seus amigos da Primária, pelo

proeta, o Presidente Thomas S. Monson, epela irmã Monson.

M eus pais oram batizados antesde meu nascimento, de modo que

passei minha vida inteira na Igreja. Meupai me deu o nome de Joseph por causadas grandes coisas eitas pelo ProetaJoseph Smith e também por causa de José,que oi vendido no Egito. José do Egito

salvou muitos da ome, e o Proeta Joseph Smith restauroua Igreja verdadeira na Terra. Esses dois grandes Josés meinspiram a viver o evangelho.

Gosto da Primária e amo as histórias do Livro de Mór-mon. A minha história avorita está em Alma 8, quando Alma

obedece ao Senhor e volta para ensinar o evangelho ao povode Amonia com Amuleque. Quero ser um missionário com ocoração perseverante como o de Alma.Joseph O., 11 anos, Gana

J o s h u a  A. , 12  a n o s  , F i l i p i n a s 

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68 A L i a h o n a

“Obrigado por me convidar a suacasa, João”, disse Bruno ao sairda casa de seu amigo. “Agora

preciso ir para casa almoçar.”Os amigos se despediram, e Bruno

pegou a estrada de terra que costumava

usar para ir à casa de João. Foi então queseus olhos avistaram o campo que elechamava de “Selva”. Lá não havia plantastropicais nem animais selvagens, apenasum pequeno caminho cercado de gramaalta e mato ressecado. Era o caminho maisrápido para casa.

Bruno pensou por alguns instantese logo passou pelos vãos da cerca quecava em torno do campo.

Crec! Zum! Ervas e olhas secas esta-lavam à medida que Bruno passava pelocaminho. O sol escaldante em suas costasdeixou sua camisa molhada de suor. Emseguida, uma leve brisa soprou, e Brunodecidiu correr até chegar em casa.

O caminho cou mais estreito. Brunosabia que havia um riacho logo acima,por isso correu um pouco mais rápido. Aoazer uma curva, estava prestes a saltar o

A Aranha 

“Era uma voz mansa, de pereita suavi-

dade, semelhante a um sussurro que 

 penetrava até o âmago da alma” 

(Helamã 5:30).Joshua W. HawkinsInspirado numa história verídica

e a Voz Mansa

e Delicada

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F e v e r e i r o d e 2 011 69

riacho quando de repente ouviu:Pare! 

Na mesma hora, Bruno parou ecou ouvindo. Tudo o que ouviuoi o aralhar do capim com a brisa.Bruno ranziu a testa. A voz era

suave, mas pereitamente nítida,como se alguém tivesse sussurradoem seu ouvido. Mas não havia nin-guém à vista.

Bruno deu de ombros e virou-separa saltar o riacho. Então couparalisado. Logo à rente de seurosto viu uma enorme teia de ara-nha que se estendia como uma rede

de um lado ao outro do caminhoperto do riacho. No meio da teiahavia uma aranha enorme.

Por alguns segundos, Brunocou de olhos arregalados diante daaranha. Depois, correu na direção

contrária para sair da Selva. Decidiuque seria melhor mesmo ir pelaestrada de terra.

“Mãe! Mãe! Adivinhe o que acon-teceu?” Bruno entrou correndo pelacasa e oi logo atrás da mãe. Aindaoegante, contou-lhe sobre sua jor-nada pela Selva, a voz e seu encon-tro cara a cara com a aranha.

“Fiquei bem pertinho dela,mãe!” Mostrou com os dedos aproximidade.

“Nossa! Deve ter sido de arrepiar”,exclamou a mãe. “De onde acha que veio a voz que você ouviu?”

“Não sei”, respondeu Bruno.“Não havia ninguém lá. Acha queoi só o vento?”

“Lembra-se do que aprendemosna reunião amiliar sobre a voz

“OPai Celestialsempre está

a nosso lado, se orar-

mos a Ele, o Espírito

Santo nos sussurra a

resposta.”

Elaine S. Dalton,presidente geral das Moças, “Em Todos osMomentos, em Todas as Coisas e em Todos osLugares”, A Liahona, maio de 2008, p. 118.

mansa e delicada?” perguntou a mãe.“Lembro. É assim que o Pai

Celestial às vezes ala conosco,não é?”

 A mãe oi pegar as escrituras naestante perto da mesa da cozinha

e abriu o Livro de Mórmon emHelamã.

“Foi assim que a voz do Senhorsoou para os netas”, explicou ela.“Não era uma voz de trovão nemuma voz de ruído tumultuoso, maseis que era uma voz mansa, de per-eita suavidade, semelhante a umsussurro” (Helamã 5:30).

“Espere aí! Foi assim mesmo— como um sussurro! Ouvi a vozmansa e delicada!”

 A mãe sorriu. “Ouviu mesmo. Eouviu exatamente como deveria.Sinto orgulho de você.”

Bruno abraçou a mãe. Sentiu-sebem ao deixá-la orgulhosa. E o atode saber que ouvira a voz mansae delicada o ez sentir-se aindamelhor. ◼

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70 A L i a h o n a

Estherlynn Kindred LeeInspirado numa história verídica

“Portanto, se tendes desejo de servir 

a Deus, sois chamados ao trabalho” 

(D&C 4:3).

P A R A A S C R I A N C I N H A S

Também Posso Ser um

Missionário

1. Gabriel estava animado. Aca-bara de receber uma carta de

seu irmão mais velho, Antônio.

 Antônio era missionário. Antes

de Antônio ir para a missão,

Gabriel prometeu-lhe

que também aria o

trabalho missionário.

 2.  G a b r ie

 l,  s a b i a  q  ue  q  u

 a nd o  se r v i m o

 s  a o 

 p r ó x i m o e s t a m o s  f a z

e nd o  o  t r a b a

 l h o 

 m i s s i o n á r i o ?

  N ã o  ve j o  a  h o r a de  v o cê

  me 

 c o n t a r  s o b re

  o  t r a b a l h o  m

 i s s i o n á r i o  q  ue 

e s t á  f a ze nd

 o.  C o m  a m o r, 

A n t ô n i o.

Mãe, quero servir às

pessoas para poder

fazer o trabalho missio-

nário como o Antônio.

O que posso fazer?

3.

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F e v e r e i r o d e 2 011 71

Sei que a Dona Marta precisa de ajuda

no sábado para varrer as folhas caídas.

Seria uma boa forma de fazer o trabalho

missionário?

Claro! Assim eu poderia

escrever ao Antônio e

contar-lhe tudinho.

5. No sábado seguinte, Gabriel sentou-se

para escrever uma carta para Antônio.

Querido Antônio, espero que esteja gostando tantoquanto eu de fazer o trabalho missionário. Ajudamosa limpar o quintal da Dona Marta hoje. Ela nos deuum prato de bolachas. Nosso pai perguntou seela gostaria de ir conosco à Igreja, e elaaceitou.Com amor, Gabriel.

7.

AJUDA PARAOS PAIS

• Mostre às crianças uma gravura de

Amon protegendo o rebanho do rei

Lamôni e conte a história (ver Alma17–18). Explique-lhes que o serviçode Amon deu-lhe a oportunidade

de prestar testemunho, assim comoo serviço de Gabriel na história o

ajudou a partilhar o evangelho.Faça a atividade “Achar as Ovelhas

do Rei Lamôni” na página 72.• Faça com seus flhos uma lista de

coisas que podem azer para ser

missionários. Ajude-os a traçar

metas para pôr em prática algunsitens da lista.

4.

6. Gabriel dobrou o papel

e o colocou, juntamente

com uma olha do

quintal da Dona Marta,

no envelope.

Também posso ser

um missionário!

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72 A L i a h o n a

Arie Van De Graa

P A R A A S C R I A N C I N H A S

 Achar as Ovelhas do Rei Lamôni

 Amon serviu ao rei Lamônicuidando de seu rebanho. Graças

a seu serviço, Amon pôde ensinar oevangelho ao rei. Ajude Amon a servirao rei Lamôni encontrando todas as 25

ovelhas espalhadas e marcando-ascom um “X”.

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F e v e r e i r o d e 2 011 73

Jesus Cristo Criou aTerra para Mim.

“Eis que esta é minha obra e minha glória:

Levar a eeito a imortalidade e vida eterna

do homem” (Moisés 1:39).

P Á G I N A P A R A C O L O R I R

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74 A L i a h o n a

curtas por causa do provável aumento da re-

quência na reunião de conselho de ala.O novo manual “eleva o papel do conselho

de ala na administração da ala, sob as chaves dobispo”, disse o Élder Cook.

Expandir a Participação do Conselho de AlaOs manuais elevam o papel do conselho da

ala ao sugerir que o bispo pode delegar e expan-dir os papéis dos membros do conselho paraauxiliá-lo.

“A principal tarea do conselho da ala é

o trabalho de salvação na ala”, disse o ÉlderCook. “Muitas questões atualmente são direta-mente encaminhadas ao bispo. Esperamos queisso mude, à medida que o bispo delegar maisassuntos às reuniões de conselho da ala e/ouparticularmente para determinadas pessoas,

inclusive as questões reerentes ao bem-es-tar, retenção, ativação”, etc.

O Élder Cook explicou que, enquantoo bispo continuar a tratar de “problemasque exijam um juiz comum em Israel”, ele

poderá, com a permissão do membro embusca de arrependimento, delegar a outros“o longo aconselhamento que pode sernecessário” para ajudá-lo a recuperar-sede vícios ou receber ajuda em questõesnanceiras, assuntos amiliares ou outrosproblemas.

“Os membros do conselho da alaazem a maior parte do seu trabalho ora dasreuniões do conselho da ala”, disse o ÉlderCook. “Eles trabalham com seus conselheirose com os mestres amiliares, as proessoras

 visitantes e outras pessoas na tarea de prestarauxílio e ministrar às pessoas (…) que precisemde ajuda.”

Ele instou o sacerdócio e os líderes das auxi-liares a identicar e resolver preocupações quepodem ser tratadas adequadamente com o quó-rum ou a organização para aliviar a carga sobre obispo e o conselho da ala.

Notícias da Igreja

Adam C. OlsonRevistas da Igreja

Durante a Reunião Mundial de Treinamentode Liderança realizada em novembro de2010, na qual os novos manuais da Igreja

oram apresentados, os líderes da Igreja salienta-ram a importância de conselhos de ala 1 ecientespara apoiar bispos sobrecarregados a levar avante

o trabalho de salvação.“O Manual 2 procura reduzir a carga de

trabalho dos bispos aumentando o papel doconselho da ala e de seus membros”, disse oÉlder Dallin H. Oaks, do Quórum dos Doze

 Apóstolos. Esse papel inclui ajudar o bispo “emassuntos importantes para toda a ala” e“no papel de resgatar por meio da ativa-ção e da retenção”.

A Importância de Conselhos

Durante o treinamento de novembro,o Élder Quentin L. Cook, do Quórum dosDoze Apóstolos, explicou que “a Igrejaé governada por meio de conselhos, emâmbito geral, de área, estaca e ala” e que“os novos manuais ampliam signicativa-mente o papel dos conselhos na Igreja”.

O Élder Cook discorreu sobre os trêsconselhos undamentais da ala, que são essen-ciais para que o bispo conduza os assuntos daIgreja, e como esses conselhos são aetadospelas inormações nos novos manuais. Eles sãoo bispado, o comitê executivo do sacerdócio e oconselho de ala.

Na maior parte, o bispado continuará uncio-nando como antes. O CES (Comitê Executivo doSacerdócio) continuará a reunir-se regularmentee tratará de alguns itens anteriormente aborda-dos pelo comitê de bem-estar da ala, mas o ÉlderCook sugeriu que essas reuniões sejam mais

Treinamento Salienta aImportância de Conselhos

“A principal tarea

do conselho da

ala é o trabalho de 

 salvação na ala.” Élder Quentin L. Cook,

do Quórum dos Doze

Apóstolos

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76 A L i a h o n a

Há cerca de cinco anos o atual LDS.org oilançado, trazendo bancos de dados repletosde recursos diretamente aos membros de

 A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos ÚltimosDias. Mas a Internet mudou muito nesse período,a capacidade da tecnologia aumentou e com issoas possibilidades para o LDS.org.

O novo LDS.org, também citado comoLDS.org 3.0, oi projetado para incorporar algunsdos pontos ortes da Internet, tornando-se maisatraente e útil para os membros e mais ácil denavegar.

Mesmo que algumas áreas do site aindaestejam em desenvolvimento, a criação donovo site oi também uma boa ocasião paraque os líderes da Igreja revissem as estratégiasdo site.

“O site LDS.org existe há anos, mas seu

conteúdo era dirigido mais para o que osdepartamentos da Igreja precisavam comunicardo que para as necessidades do público”, disseo Élder Craig C. Christensen, dos Setenta. “Aoprojetar o site, perguntamo-nos: ‘O que osmembros da Igreja precisam e como a Igrejapode ajudá-los’”?

O LDS.org 3.0 enatiza os ensinamentos dosproetas vivos, acilita o estudo do evangelho on-line, ornece maneiras de compartilhar o evange-lho, torna mais ácil encontrar materiais e ornececonteúdo em vários idiomas.

Ensinamentos dos Proetas Vivos

Com tantas vozes competindo por atençãona Internet, o novo LDS.org concentra-seem trazer para rente uma voz — a voz doproeta.

Lee Gibbons, diretor do site LDS.org, disseque o objetivo de destacar os ensinamentos dos

Novo LDS.org Agora Mais FuncionalBreanna OlavesonRevistas da Igreja

proetas e apóstolos modernos é criar um “por-tal” que enatize seu ministério e o que eles nos

ensinam hoje. A seção Os Proetas e Apóstolos Falam Hoje

apresenta as mensagens mais recentes e orneceminormações da vida e do ministério dos membrosda Primeira Presidência e do Quórum dos Doze

 Apóstolos.

Ferramentas para oEstudo do Evangelho On-Line

 A versão anterior do LDS.org ornecia acesso àsescrituras e outros materiais da Igreja, mas o novosite traz erramentas para o estudo on-line.

 Ao acessar o site, os usuários podem realçare sublinhar passagens, azer anotações, manterum diário de estudo e organizar materiais emarquivos para uso posterior. Esses recursos estãodisponíveis para todo o conteúdo na área deEstudo do site, o que inclui as escrituras, cone-rência geral, lições dos manuais, revistas da Igrejae muito mais.

O novo LDS.org

enatiza os

ensinamentos

dos proetas

modernos, or-

nece melhores

erramentas

 para o estudo

on-line e inclui 

capacidades

de pesquisa

apereiçoadas.

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F e v e r e i r o d e 2 0 1 1 77

Compartilhar o Evangelho

O conteúdo do novo site oi enriquecido commídias diversas como vídeo, áudio, otograa,gravuras do evangelho e outros materiais grácospara comunicar a mensagem do evangelho. Mas,o conteúdo não está lá somente para beneciaros membros da Igreja. Ele, como o evangelho, épara ser compartilhado. A maior parte do con-teúdo do site está integrada com os sites de redesocial e de e-mails mais populares para que osusuários possam compartilhar seu conteúdo edirecionar seus amigos para conhecerem mais

sobre o evangelho.“Não é somente uma oportunidade, mas talvez

um chamado a agir para que os membros com-partilhem mais”, disse o irmão Gibbons. “Estamostentando possibilitar isso.”

Capacidade para Novas Pesquisas

Outra importante unção que oi aperei-çoada é a acilidade de pesquisar no site. A barrapara pesquisas, disponível na parte superior dequase todas as páginas do site, mostra uma lista

de resultados recomendados, selecionados portópicos pesquisados com mais requência. A listadetalhada de todos os materiais que se relacio-nam com os termos pesquisados também estádisponível.

 A página de resultados também sugeresinônimos que podem trazer resultadosmelhores e ornecer opções para renaras pesquisas.

IdiomasO New.LDS.org é um site para a Igreja

mundial e por isso será implementado poucoa pouco em onze idiomas dierentes, conormeas traduções orem concluídas e aprovadas.

 Aproximadamente 90 por cento dos membrosda Igreja alam um desses onze idiomas: ale-mão, cantonês, coreano, espanhol, rancês,inglês, italiano, japonês, mandarim, portuguêse russo. ◼

Novos Presidentes deTemplo Iniciam Seu Trabalho

Apartir de 1º de novembro de 2010, 53 novos presidentes detemplo e esposas começaram a trabalhar nos templos nomundo todo. Atualmente há 134 templos em operação no

mundo e outros 23 anunciados ou em construção.

Aba Nigéria Alexander A. e Theresa A. Odume*

Anchorage Alasca Melvin R. e Sharon V. Perkins

Birmingham Alabama Kent R. e Geniel R. Van Kampen

Campinas Brasil George A. e Jeannette N. OakesCaracas Venezuela Luis M. e Juana P. Petit

Chicago Illinois Paul W. e Ann P. Castleton

Ciudad Juárez México Manuel e Elsa M. Araiz

Cochabamba Bolívia Lee W. e Connie C. Crayk

Columbia RiverWashington

T. Dean e Patrice A. Moody

Columbus Ohio Edward J. e Carol B. Brandt

Copenhague Dinamarca H. Hjort Nielsen e Ellen Haibrock

Curitiba Brasil José M. e Aida C. Arias

Dallas Texas Robert C. e Talmadge M. PackardDetroit Michigan Phillip G. e Margaret K. Pulsipher

Draper Utah Russell E. e Christine C. Tueller*

Edmonton Alberta Bryce D. e Kathryn Card

Fresno Califórnia Paul B. e Judith H. Hansen

Guadalajara México Jaime F. e M. Teresa Herrera

Halifax Nova Escócia Douglas M. e Carol Ann Robinson

Hamilton Nova Zelândia James e Frances M. Dunlop

Hong Kong China John M. e Lydia C. Aki

Johanesburgo

África do Sul

Kenneth S. e Muriel D. Armstrong

Kiev Ucrânia B. John e Carol Galbraith*

Lima Peru Robert W. e Kay Lees

Londres Inglaterra C. Raymond e Irene M. Lowry

Manhattan Nova York W. Blair e Suzanne J. Gar 

Medford Oregon David J. e Pauline Davis

Melbourne Austrália Malcolm R. e Ruthje M. Mullis

Memphis Tennessee T. Evan e Lou Anne W. Nebeker

*Esses casais come-çaram a servir antes de novembrode 2010.

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78 A L i a h o n a

Mérida México Zeni e Elizabeth Mejía

Monterrey México C. Juan Antonio e Isa-bel S. Machuca

Nashville Tennessee R. Lloyd e Judy R. Smith

Nauvoo Illinois Spencer J. e Dorothea S. Condie

Nuku’alofa Tonga Pita F. e Lani A. Hopoate

Orlando Flórida David T. e Lana W. Halversen

Cidade do Panamá,Panamá

D. Chad e Elizabeth B. Richardson

Perth Austrália Georey J. e Lesley M. Liddicoat

Portland Oregon Myron G. e Gearldine T. Child

Provo Utah Robert H. e Janet L. Daines

Raleigh Carolina do Norte J. Mitchel e Z. Sue Scott

Reno Nevada Franklin B. e Joyce C. Wadsworth

Rexburg Idaho Clair O. e Anne Thueson

Santiago Chile Julio E. e Elena Otay

Santo Domingo Repú-blica Dominicana

Larry K. e Joann W. Bair

Seattle Washington Donald E. e Jane H. Pugh

Seul Coreia Song Pyung-Jong e

Yang Gye-YoungSpokane Washington Charles H. e Elizabeth M. Recht

Saint George Utah Bruce C. e Marie K. Haen

Saint Paul Minnesota C. Kent e Karen J. Hugh

Tampico México Barry R. e Risa L. Udall

Tuxtla Gutiérrez México Jorge D. e Irma DelToro Arrevillaga

Twin Falls Idaho Karl E. e Beverly C. Nelson

Winter Quarters Nebraska Maury W. e Joan Schoo ◼

Loja On-Line Torna

Recursos MaisAcessíveis

É diícil para mais de qua-torze milhões de membros daIgreja viajar para uma das 130lojas de varejo para adquirirmateriais da Igreja. Então, osServiços de Distribuição daIgreja estão revertendo o pro-cesso. Uma nova loja on-line

leva agora os materiais para osmembros.

O site Store.LDS.org acilitaazer pedidos de materiais deestudo do evangelho, música,mídia, gravuras, garments, rou-pas do templo, recursos para olar e a amília e outros materiais.Os materiais são enviados semcusto de rete para o mundotodo, com uma pequena taxa

para entrega rápida.Os visitantes do site identi-

cam seu país. Quando as lojason-line de cada país estiveremdisponíveis, elas mostrarãoos produtos à disposição noidioma daquele país e todosos preços listados na moedacorrente local. Alguns materiaisgratuitos podem ser baixadosdiretamente do site.

O novo site substitui oLDScatalog.com e oi lançadoinicialmente em inglês, espa-nhol e russo. Outros idiomasestarão disponíveis nos próxi-mos meses, inclusive em portu-guês, rancês, alemão, italiano,

 japonês, coreano e chinês, nessaordem. ◼

O Templo de Twin Falls Idaho é um dos 53 templos

que receberam um novo presidente em 1º de novem-

bro de 2010.

   F   O   T   O   G   R   A   F   I   A

  :   M   A   T   T   R   E   I   E   R

EM NOTÍCIA

Tentar Ser um Exemplo

Quero dizer a vocês que eu amoler a revista A Liahona e sei que elacontém as palavras do proeta. Tenhoum testemunho da veracidade doLivro de Mórmon e da oração. Sougrata pelo evangelho em minha vidae tento ser um exemplo para outros jovens que ainda não conhecem apalavra do Senhor.

Tatiana G., 15 anos, Uruguai

A Paz Inundou Minha AlmaEu ainda não sou membro de

sua igreja, mas alegria, amor e pazme invadem a alma, pois fnalmenteencontrei a verdade. Um amigodeu-me um exemplar de A Liahona e do Livro de Mórmon para ler emesmo tendo encontrado a verdadeneles, hesitei porque algumas pes-soas me disseram que não era umaboa igreja.

Mas, desde que senti as verdades

de Cristo, comecei a ler novamente;e agora, um grande sentimento depaz inundou minha alma. Os ensina-mentos são claros e edifcantes — eisso é a presença do Espírito em ação.Não há unidades da Igreja ondemoro, mas oro para que o Senhorabra as portas para que o evangelhorestaurado venha para minha cidadee eu possa ser batizado.

Konan Alphrede, Costa do Marfm

 Envie seus comentários e suas  sugestões para Liahona@LDSchurch

.org. Seus comentários podem ser 

alterados por motivo de espaço ou

de clareza. ◼

COMENTÁRIOS

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F e v e r e i r o d e 2 0 1 1 79

Esta edição contém atividades e artigos que podem

 ser usados na reunião amiliar. Seguem-se algunsexemplos.

“Aprender a Ouvir e Compreender o Espírito”, 

p. 24 e “A Aranha e a Voz Mansa e Delicada”,  

p. 68: Esses artigos nos ensinam

sobre a importância de agir de

acordo com os sussurros do Espírito

Santo. Antes de ler um dos artigos

em voz alta, convide os membros

da amília a ouvir sobre as maneiras

pelas quais podem reconhecer o Espírito. Após ler um

dos artigos, você pode contar sobre alguma vez emque sentiu o Espírito Santo e convidar a amília a azer

o mesmo.

“Parábolas dos Perdidos e Achados”, p. 32: Para

ensinar os membros da amília sobre a importância de

buscar aqueles que estão espiritualmente perdidos,

vocês podem brincar de esconde-esconde. Depois da

brincadeira, leia uma ou duas histórias do artigo e com-

partilhe o que aprendeu sobre procurar aqueles que

estão perdidos. Vocês podem identifcar vizinhos ou

amigos com quem podem reorçar laços de amizade.

Depois, conversem sobre as ormas de convidá-los avoltar para a Igreja.

“O Evangelho É para Todos”, p. 54: Esse artigo

ensina que “não há um perfl ideal para um membro

da Igreja em potencial”. Para ensinar esse conceito,

troque os rótulos de alimentos enlatados ou coloque

açúcar no saleiro. Peça aos membros da amília que

escolham uma lata de alimento para comer ou provem

o “sal”. Após essa atividade, leia o artigo do Élder

Godoy. Em amília, pensem naqueles com quem pode-

riam compartilhar o evangelho — mesmo aqueles que

não pareçam ter o “perfl ideal” de um uturo membro

da Igreja.

“Vamos Carregar Você!” p. 62: Vocês podem ler

esse artigo em amília e alar sobre quando ajudaram

outras pessoas ou receberam ajuda. Depois, pensem

em maneiras de servir. Podem executar seu plano como

a atividade de uma utura reunião amiliar. ◼

Tríplice em Japonês

Disponível On-Line A edição da combinação

tríplice em japonês, que contémem um só volume o Livro deMórmon, Doutrina e Convêniose A Pérola de Grande Valor, estáagora disponível on-line em scrip-tures.LDS.org/jpn. Uma versão emáudio também está disponível nomesmo site e em CD, em breve.

 A versão on-line inclui notas

de rodapé, mapas e otograas,permitindo aos leitores marcaras escrituras e realizar buscas depalavras-chave. O site das escritu-ras inclui dezenove idiomas.

Guias de Recursos para os

Jovens Ajudam ProessoresNovos guias de recursos

complementam os manuais delições do Sacerdócio Aarônico edas Moças, Sacerdócio Aarônico

 Manual 3 e Moças Manual 3, em 2011. Os guias ornecem aosproessores reerências recentesda conerência geral, perguntaspara debates, reerências adi-cionais das escrituras e ideias

para atividades que reorçame renovam as lições existentes,tornando-as mais relevantesnas questões que a juventudeenrenta hoje. Os guias estãodisponíveis em 27 idiomasnos centros de distribuiçãoda Igreja ou on-line emresourceguides.LDS.org.

A Igreja Seleciona Elenco

para o Projeto do NovoTestamento

No esorço de atrair partici-pantes, no mundo todo, parao projeto do lme sobre oNovo Testamento do Estúdiode Cinema SUD, a Igreja criouo site, casting.LDS.org, onde osmembros da Igreja interessadospodem-se inscrever para par-ticipar como atores ou gu-rantes em todas as produçõesde cinema e vídeo da Igreja,inclusive no projeto do Novo

 Testamento. As lmagens come-çarão na primavera de 2011, emSalt Lake City, Utah, EUA, e seestenderão por todo o verão. ◼

DESTAQUES DO MUNDO IDEIAS PARA A REUNIÃO FAMILIAR

Novos DVDs Disponíveispara o Estudo de D&C

Um novo kit com quatroDVDs auxilia no estudo deDoutrina e Convênios e da

História da Igreja. O kit contémmapas interativos, citações dosproetas e apóstolos dos últi-mos dias, gravuras e atividadesde aprendizagem. Além disso,inclui vídeos como O Legado,

O Monte do Senhor, e Joseph

Smith: O Proeta da Restau-

ração, que está sendo apre-sentado no Ediício Memorial

 Joseph Smith desde dezembrode 2005. Os DVDs com Recursos 

Visuais de Doutrina e Convênios 

e História da Igreja estão dis-poníveis em espanhol, inglês eportuguês. Os pedidos podemser eitos on-line em store.LDS.org ou pelo teleone 1-800-537-5971. Verique a disponibilidadeno centro de distribuição local.

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80 A L i a h o n a

I

r sozinho a uma recepção de casamentonem sempre é ácil. Mas quando um velhoamigo me convidou para sua esta de

casamento, eu sabia que não poderia perdera oportunidade de comemorar aquela datacom ele e a noiva.

No dia do casamento, cheguei poucoantes do início do jantar. Vi uma cadeira

 vazia e perguntei a uma das mulheres damesa se o lugar estava ocupado.

“Tem certeza de que deveria estar aqui?”perguntou ela, olhando-me de modosuspeito.

Eu não azia a menor ideia do que estava por

trás daquela pergunta — ou da maneira como oieita. Não havia ninguém vericando a lista deconvidados. Não havia lugar marcado nas mesas.Eu chegara na hora e estava vestida a caráter.Qual poderia ser o problema?

Sorri, nervosa. “Sou amiga do noivo”, dissepara tranquilizar a moça. Ela acenou com acabeça e então me sentei e tentei conversaramenidades com os seis casais sentados à mesa.

 Todo o incômodo que eu sentira antes de chegaroi intensicado por causa das “boas-vindas” querecebi. Em desespero, dei uma olhada rápida nasala em busca de alguma pessoa — qualquerpessoa — conhecida, mas além do noivo, nãohavia nenhum rosto conhecido por perto.

Foi então que aconteceu. Meu amigo, sentadoao lado da noiva bem na rente do salão lotado,levantou-se. Ao azê-lo, viu-me no outro lado dorecinto. Parou por alguns instantes, sorriu e pôs amão no coração, como que dizendo: “Obrigado

UM LUGAR NO BANQUETEDO NOIVO

A T É V O LT A R M O S A N O S E N C O N T R A R

por ter vindo. Sei que ez sacriícios para estaraqui. Sua presença signica muito para nós”.

Senti proundo alívio e elicidade. A despeitodo que pensasse qualquer pessoa, eu estava nolugar certo, pelo menos do ponto de vista donoivo. Sorri ao repetir seu gesto. Eu esperavaque meu amigo soubesse o quanto eu queriacomemorar e partilhar sua alegria e a de suaesposa. Todo o incômodo social que eu sentira

inicialmente se dissipou depois daqueles dezsegundos de interação, e passei o restante danoite cheia de conança.

Dias depois, ao me preparar para dar

uma aula na Sociedade de Socorro, estu-dei Mateus 22 e li sobre um rei que estavapreparando um banquete de casamentopara o lho, que representa o Salvador. OProeta Joseph Smith ensinou o seguintesobre esses versículos: “Aqueles que guar-dam os mandamentos do Senhor e andamsegundo Seus estatutos até o m são osúnicos a quem será permitido tomar umlugar naquele glorioso banquete. (…)

 Aqueles que guardarem a é serão coroados

com uma coroa de justiça; serão vestidos comroupas brancas; serão admitidos no banquete denúpcias; serão libertados de todas as afições ereinarão com Cristo na Terra”.1 Essa promessa éorte em qualquer ocasião, mas se tornou aindamais signicativa por causa do que me aconte-cera no início daquela semana.

 Ao dar a aula, percebi que a obediência é oúnico requisito para aceitarmos o convite de

 Jesus Cristo para nos regozijarmos com Ele,para termos um lugar em Seu banquete. E nessebanquete os convidados jamais precisam sen-tir-se inseguros, pois de ato ali há lugar paraeles. Embora eu ainda esteja longe da pereiçãoem minha obediência, espero um dia me tornardigna de encontrar o Noivo e, com a mão nocoração — um coração submisso a Sua vontade— dizer: “Como estou eliz por estar aqui”. ◼NOTA

1.  Ensinamentos dos Presidentes da Igreja: Joseph Smith, 2007, pp. 173, 174.

Melissa MerrillRevistas da Igreja

Senti pro-

 undo alívio

e elicidade.

 A despeito do

que pensasse 

qualquer pes-

 soa, eu estava

no lugar certo,

 pelo menos do

 ponto de vista

do noivo.

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“E, quanto ao vestuário, por que andais solícitos? 

Olhai para os lírios do campo, como eles crescem; não

trabalham nem fam;

 E eu vos digo que nem mesmo Salomão, em toda a

P A L A V R A S D E C R I S T O

Crianças Brincando Perto de uma Cerca de Madeira, de Anne Marie Oborn

 sua glória, se vestiu como qualquer deles.

 Pois, se Deus assim veste a erva do campo, que hoje 

existe, e amanhã é lançada no orno, não vos vestirá muito

mais a vós, homens de pouca é?” (Mateus 6:28–30).

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Nas parábolas de Lucas

15, a ovelha vaga errante,

a dracma de prata

desaparece e o flho pródigo

desperdiça sua herança. Mas

o pastor vai procurar a ovelha

no deserto, a mulher varre a

casa e o pai clemente aguardao retorno do flho. Nós também

podemos atender ao chamado

do Presidente Thomas S. Monson

para “[estender] a mão e [resgatar]

as pessoas que fcaram à margem

do caminho, para que nenhuma

dessas almas valiosas se perca”.

Leia quatro histórias de resgate