28
Liberalismo e Nacionalismo Prof.ª. Maria Auxiliadora A Liberdade guiando o povo, de Eugéne Delacroix, 1830

Liberalismo e Nacionalismo - COM OU SEM ACRÉSCIMO · França •Restauração do absolutismo na França (1815-1830) •Luís XVIII de Bourbon sob ao trono (absolutismo disfarçado

  • Upload
    dinhtu

  • View
    215

  • Download
    0

Embed Size (px)

Citation preview

Liberalismo e Nacionalismo

Prof.ª. Maria Auxiliadora

A Liberdade guiando o povo, de Eugéne Delacroix, 1830

As revoluções de 1830-1848

As revoluções de 1830 e 1848

Nacionalismo

Liberalismo

Socialismo

França

• Restauração do absolutismo na França (1815-1830)

• Luís XVIII de Bourbon sob ao trono (absolutismo disfarçado de constitucional ) Poder Legislativo subordinado ao rei (era exercido pela Câmara dos deputados, eleitos por meio do voto censitário)

• Contra esse regime: • Ultrarrealistas - defendiam o retorno do absolutismo puro • Bonapartistas - Luís Bonaparte • Radicais - adversários dos Bourbons e ligados aos princípios da

Revolução Francesa

A Revolução de 1830

• Com a morte de Luís XVIII, seu irmão Carlos X assume e restaura os privilégios da nobreza e do clero (restaurando o Antigo Regime)

• 1830 - Jornadas Gloriosas = Revolução de Julho – o povo ergueu barricadas nas ruas de Paris e juntos c/ a ALTA BURGUESIA, conseguiram tirar Carlos X (que fugiu) do poder.

• Essa agitação espalhou-se e com fortes colaboradores

nacionalistas, atingiu a Bélgica que proclamou sua independência da União Holandesa – a Suíça, Polônia, e Estados alemães e italianos.

A MONARQUIA DE JULHO (1830 – 1848) • Revolução de Julho – manteve a monarquia, com Luís

Felipe ao trono apelidado de “Rei Burguês”—mostrava quem tinha o poder no momento.

• Características: reformulação da Constituição (aspectos liberais) // A monarquia submissa ao legislativo // os operários continuavam aumentado e sendo ignorados

• Esse governo do “Rei Burguês” -- tinha a oposição dos Bonapartistas, republicanos e socialistas.

• Os movimentos contra o “Rei Burguês”, ficou conhecido como a “Política dos banquetes” – que foram proibidos

• PRIMAVERA DOS POVOS (FEV/1848) – Queda do Rei Burguês • A população se mobiliza e mais uma vez o rei foge e é proclamada a República

(que disseminou-se pela Europa) inclusive na América (no Brasil houve a Revolução Praieira – PE)

A SEGUNDA REPÚBLICA (1848 – 1852)

• Governo Provisório adotou: abolição da pena de morte, e o sufrágio universal // criação de oficinas nacionais p/ combater o desemprego (p/ agradar aos socialistas)

• Alta Burguesia temia o retorno ao regime radical (1793 P. Terror), e preparava uma reação (ao mesmo tempo que essa elite aceitava as mudanças, buscava enfraquecer o povo c/ auxílio do exército.

• DESTAQUE: Gal. Cavaigne – massacrou milhares de trabalhadores até as eleições

• As forças populares devido a violência e repressão desarticulam-se

• Dezembro / 1848 – Luís Bonaparte vence as eleições (aliado a burguesia, Luís fechou o Legislativo e estabeleceu uma ditadura no final de 1851) – com o título de Napoleão III.

• Elaborou uma Constituição com poderes ditatoriais – era o novo Império – Esse golpe ficou conhecido como o 18 Brumário de Luís Bonaparte (relacionado a Napoleão em 1799)

O SEGUNDO IMPÉRIO (1852 – 1870)

• Características:

• Centralização dos poderes nas mãos de Napoleão III

• Liberdade de imprensa e a cessão de poderes para o legislativo

• Urbanização de Paris

• Expansão econômica significativa (governo comprometido c/ interesses burgueses)

Política Externa

• 1861-1866 – Intervenção malograda da França no México

• Apoiou os italianos no processo de unificação enviando

tropas francesas para combater a Áustria , pois os franceses apoiavam os movimentos de independência na Europa

• Posteriormente pressionado pela igreja católica

francesa, apoiou a igreja contra os italianos (que pretendiam apoderar-se de territórios papais)

Política Externa

• Expedições militares em direção: Indochina (Vietnã) e África iniciando a montagem de um novo império colonial

• Desastre: Guerra da Criméia (1854 – 1856) Napoleão se aliou a Inglaterra e a Turquia para lutar contra a Rússia (sofreram grandes baixas) – Tudo isso para evitar o avanço Russo na Península balcânica (era um interesse secundário francês)

• 1870 – 1871 - Guerra Franco-Prussiana Contra a pretendida unificação alemã. A França perde na Batalha de Sedan, e Napoleão III é preso, encerrando assim o império.

• Tratado de Frankfurt - A França perde a Alsácia e a Lorena para a Alemanha

• Surge o nacionalismo francês que estimula um sentimento revanchista (uma das causas da 1ª Guerra Mundial)

A TERCEIRA REPÚBLICA (1870 – 1940)

• Já nasceu em crise, liderada por Thiers (retirou o governo da capital, temendo o avanço alemão)

• O povo francês ficou contra essa república porque: era a Burguesia, derrotada e em fuga.

• COMUNA DE PARIS (Março / 1871) • Primeiro governo socialista da História (foi uma experiência política de autogestão,

democrática e popular) • Durou 72 dias – anunciou igualdade entre os cidadãos, medidas que beneficiassem

os trabalhadores e serviço militar obrigatório. • Esse movimento foi massacrado pelo exército alemão (invadia a França), e após o

governo republicano francês se render, reequipou seu exército e esmagou a Comuna

UNIFICAÇÃO DA ALEMANHA 1871

Mini Flash Back

• 962 – Sacro Império Romano Germânico

SIRG – I Reich

• 1807 – SIRG ------ Confederação do Reno

• Confederação do Reno

• 1815 - Confederação Germânica ou Alemã

(39 estados – mais importante Prússia)

• No período de Napoleão Bonaparte, foi criada a Confederação do Reno (associação dos estados alemães subordinados a autoridade francesa)

• O congresso de Viena extingue essa associação e em seu lugar cria a Confederação Alemã –Composta por 39 estados independentes, porém, fortemente influenciada pelo Império Austríaco

• A Prússia um dos estados alemães (destacou-se na luta contra Napoleão), passará a disputar com a Áustria a hegemonia nos Estados alemães. (Na verdade era a burguesia prussiana que desejava a unificação para ampliar mercados e impor sua vontade econômica no território alemão)

• 1834 – Criação do ZOLLVEREIN (União Alfandegária dos Estados Alemães) -- significou a vitória do livre comércio e do Liberalismo burguês

• A Áustria não aprovou do Zollverein, pois este promoveria o crescimento dos Estados Alemães

• A burguesia prussiana + Junkers (grandes proprietários rurais) = Direção da política da Prússia

• O rei Guilherme I Hohenzollern, nomeou Otto von Bismarck para organizar uma estratégia de unificação

UNIFICAÇÃO DA ALEMANHA 1871

• Guerra dos Ducados – 1864

Áustria + Prússia

X

Dinamarca

A Dinamarca teve que entregar os ducados de Schleswig e Holstein

UNIFICAÇÃO DA ALEMANHA 1871

• Guerra das Sete Semanas – 1866

• Esta guerra favoreceu a Itália indiretamente

ÁUSTRIA

X

PRÚSSIA

• Essa vitória acirrou o nacionalismo alemão e abriu caminho para a Unificação

• TRATADO DE PRAGA – fim à Confederação Germânica e da influência austríaca na Alemanha.

• Nem todos os Estados eram a favor da unificação, por isso Bismarck planeja um novo conflito:

O alvo será a FRANÇA (falsifica um telegrama de Guilherme I ao embaixador francês) – DESPACHO DE EMS

• O conflito era a GUERRA FRANCO-PRUSSIANA (1870 –71)- Batalha mais importante foi a de SEDAN, onde a França sai derrotada

• Em jan/1871 Bismarck convoca todos os chefes de Estado Alemão e no Palácio de Versalhes – onde Guilherme I foi proclamado o Kaiser da Alemanha --- era o início do II Reich

• Pelo Tratado de Frankfurt, a França perdeu os territórios da Alsácia a da Lorena e ainda teve que indenizar a Alemanha

• A unificação Alemã a transformou em uma potência – a produção de carvão e aço superava a da Inglaterra

• Isso gerou uma rivalidade da França (revanchismo) x Alemanha e a Inglaterra começou a temer perder o posto de primeira potência – fatores que causarão a primeira guerra mundial.

UNIFICAÇÃO DA ITÁLIA 1870

• Precursores os Carbonários (movimento secreto, voltado p/ a divulgação de idéias nacionalistas – participavam tanto monarquistas e republicanos).

• A primavera dos povos (1848) – intensificaram as diferenças entre os projetos de unificação

• Os republicanos liderados por Giuseppe Mazzini e Giuseppe Garibaldi

• Os monarquistas liderados pelo Conde de Cavour (responsáveis pelo início do projeto de unificação.)

As Diferenças

O Reino de Piemonte- Sardenha

• governado por Vítor Emanuel II, possuía uma indústria dirigida por uma dinâmica burguesia

• A partir de 1860 – Piemonte aliou-se com Napoleão III, para combater a Áustria – que conseguiram vários territórios que pertenciam aos austríacos

• Monarquistas

Sicília e Sul da Península

• Garibaldi liderava os Camisas Vermelhas (que iniciaram um processo de conquista armada de outras áreas da Itália (Sícilia e Sul da Península)

• Republicanos

• O jornal Risorgimento estimulava o movimento de unificação e era bastante ativo nos territórios controlados pela Igreja (os Estados pontifícios )

• Garibaldi alia-se a Cavour e a Vitor Emanuel II, cedendo-lhes a liderança do movimento

• Napoleão III, pressionado por católicos franceses aproxima-se da Áustria e garantiu ao papa que Roma seria defendida militarmente de qualquer ameaça vinda dos italianos

• PROBLEMAS P/ A UNIFICAÇÃO: Áustria controlando Veneza (sem apoio externo os unificadores não teriam chance) -- e a anexação dos Estados Pontifícios significaria uma guerra com a França

• O QUE FACILITOU:

• A Guerra das 7 Semanas (1866) a Áustria foi derrotada pela Prússia , os italianos aproveitaram e dominaram a região do Vêneto

• A vitória da Prússia sobre a França na Guerra Franco-Prussiana (1870 –71), facilitou p/ os italianos dominarem os territórios papais.

A Questão Romana

• A Igreja não reconheceu o novo Estado, e o papa passou a ser considerado um prisioneiro em Roma – (Papa Pio IX)

• A questão só foi resolvida em 1929, quando o Papa Pio

XI assinou com Mussolini o Tratado de Latrão, criando o Estado do Vaticano (independente administrado pela igreja)

• A Itália não conseguiu anexar todos os territórios desejados (Províncias irridentes – Tirol , Trento e da Ístria), ainda sob Domínio austríaco, fato que gerará a PRIMEIRA GUERRA MUNDIAL.