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12 O livro de Jó Lição 1 Resumo da Lição 1 O fim TEXTOS-CHAVE: Jó 42:10; 1 Coríntios 4:5; Jó 14:14 O ALUNO DEVERÁ Conhecer: O livro de Jó a partir de seu final feliz e chegar à conclusão de que ha- verá um final feliz para os filhos de Deus no juízo final e na ressurreição. Sentir: A realidade de que nem todas as coisas têm um final feliz nesta Terra, mas que Deus restaura tudo em Seu tempo. Fazer: Aceitar a mudança no coração como a maneira divina de conduzi-lo segura- mente a um final feliz. ESBOÇO I. Conhecer: Esperando ansiosamente um final feliz A. Como Deus restaurou Jó no fim da vida dele? Essa restauração foi completa? Explique. B. É possível falar em final feliz enquanto vivemos na Terra? Por quê? II. Sentir: Lidando com final infeliz A. Como lidamos com os episódios de “final infeliz” da vida, quando as coisas não dão certo, em momentos como a morte de um ente querido, a perda do empre- go, ou um divórcio? B. Como podemos ajudar outras pessoas com seus episódios de “final infeliz”? III. Fazer: Admitindo a verdadeira mudança no coração A. Qual foi a mudança que Jó experimentou por meio do sofrimento pelo qual ele passou? B. Como ocorre a verdadeira mudança no coração? RESUMO: Estudaremos o livro de Jó a partir do fim, que transmite a ideia de que os persona- gens “viveram felizes para sempre”. Embora seja verdade que Deus é capaz de trans- formar tragédia em felicidade, nem sempre Ele faz isso. Portanto, a mensagem final do livro de Jó não é tanto a restauração de suas posses terrestres, mas a mudança de coração que ele experimentou e que nós também podemos experimentar. Ciclo do aprendizado PASSO 1 Focalizando as Escrituras: Jó 42:10 Conceito-chave para o crescimento espiritual: A natureza humana e todo o restante da cria- ção anseia por restauração. Embora, às vezes, haja uma restauração completa ou parcial do so- frimento aqui na Terra, Deus tem um plano maior para a nossa vida: a restauração eterna, que só poderá ser realizada se permitirmos que Ele transforme o nosso coração. Para o professor: Se quantificarmos o que foi restituído a Jó no fim do livro, podemos chegar à conclusão de que o sofrimento dele valeu a pena (Jó 1:2, 3; 42:12, 13): Sua riqueza passou de sete mil ovelhas para quatorze mil; de três mil camelos para seis mil; de quinhentos bois para mil e de Motivação

Lição 1 Resumo da Lição 1 O fim - CPB maismais.cpb.com.br/wp-content/uploads/2016/09/Informativo-Adultos.pdf · Embora seja verdade que Deus é capaz de trans- ... ao conhecimento

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12 O livro de Jó Out l Nov l Dez 2016 13

Liçã

o 1

Resumo da Lição 1

O fim

TEXTOS-CHAVE: Jó 42:10; 1 Coríntios 4:5; Jó 14:14

O ALUNO DEVERÁConhecer: O livro de Jó a partir de seu final feliz e chegar à conclusão de que ha-

verá um final feliz para os filhos de Deus no juízo final e na ressurreição.Sentir: A realidade de que nem todas as coisas têm um final feliz nesta Terra, mas

que Deus restaura tudo em Seu tempo.Fazer: Aceitar a mudança no coração como a maneira divina de conduzi-lo segura-

mente a um final feliz.

ESBOÇOI. Conhecer: Esperando ansiosamente um final feliz

A. Como Deus restaurou Jó no fim da vida dele? Essa restauração foi completa? Explique.

B. É possível falar em final feliz enquanto vivemos na Terra? Por quê?

II. Sentir: Lidando com final infelizA. Como lidamos com os episódios de “final infeliz” da vida, quando as coisas não

dão certo, em momentos como a morte de um ente querido, a perda do empre-go, ou um divórcio?

B. Como podemos ajudar outras pessoas com seus episódios de “final infeliz”?

III. Fazer: Admitindo a verdadeira mudança no coraçãoA. Qual foi a mudança que Jó experimentou por meio do sofrimento pelo qual ele

passou?B. Como ocorre a verdadeira mudança no coração?

RESUMO: Estudaremos o livro de Jó a partir do fim, que transmite a ideia de que os persona-gens “viveram felizes para sempre”. Embora seja verdade que Deus é capaz de trans-formar tragédia em felicidade, nem sempre Ele faz isso. Portanto, a mensagem final do livro de Jó não é tanto a restauração de suas posses terrestres, mas a mudança de coração que ele experimentou e que nós também podemos experimentar.

Ciclo do aprendizado

Discussão de aberturaTodos nós gostamos de finais felizes. Na realidade, algo dentro de nós anseia por bons re-

sultados em tudo o que diz respeito à vida. Quantas vezes pegamos um livro e lemos as primei-ras páginas, e logo depois pulamos para o capítulo final, a fim de descobrir o que acontece com o nosso personagem favorito?

Algumas pessoas relacionam o nosso desejo de um final feliz a questões socioeconômicas. Por exemplo, aqueles que vivem em uma sociedade assolada pela depressão econômica e uma perspectiva sombria do futuro, muitas vezes anseiam por um mundo “mais perfeito”. Numa perspectiva cristã, esse nosso desejo pode estar relacionado à concepção do paraíso perdido e da esperança de um novo mundo no qual não haverá mais lágrimas, tristeza ou morte (Ap 21:4).

Seria uma atitude realista procurar finais felizes neste mundo? Ou isso poderia ser apenas uma abordagem escapista e irrealista para a miséria do nosso mundo? Comente com a classe.

Comentário bíblicoA soberania de Deus é algo central nos capítulos finais do livro de Jó (38–41) e evoca ima-

gens da criação e da natureza. Sem responder à pergunta de Jó sobre o porquê de seu so-frimento, Deus é descrito como Aquele que governa a Sua criação de maneira amorosa, mas também majestosa. Portanto, Jó finalmente teve que reconhecer Deus como Seu Criador. Esse reconhecimento provocou a grande mudança ou a renovação que ocorreu no coração de Jó.

I. Conhecendo a Deus(Recapitule com a classe Jó 42:2-6.)Nos primeiros versículos do último capítulo de Jó (42:2, 3), por cinco vezes se faz referência à

compreensão, ao conhecimento e aos conselhos, indicando que o patriarca havia chegado a uma compreensão mais profunda de quem é Deus e de como Ele se relaciona com Suas criaturas. Mes-mo que questionemos Deus (e o Senhor nunca criticou Jó por fazer isso), por fim, chegaremos à mesma conclusão de Jó: falamos de coisas que não entendemos (Jó 42:3; compare com Pv 16:9). O arrependimento de Jó no verso seguinte não é uma admissão tardia de sua culpa nem apoio à teo-logia da retribuição de seus amigos, mas uma retratação de sua reclamação inicial contra Deus. Jó se curvou como uma criatura finita diante da sabedoria infinita de Yahweh (compare com Gn 18:27).

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Focalizando as Escrituras: Jó 42:10Conceito-chave para o crescimento espiritual: A natureza humana e todo o restante da cria-ção anseia por restauração. Embora, às vezes, haja uma restauração completa ou parcial do so-frimento aqui na Terra, Deus tem um plano maior para a nossa vida: a restauração eterna, que só poderá ser realizada se permitirmos que Ele transforme o nosso coração.Para o professor: Se quantificarmos o que foi restituído a Jó no fim do livro, podemos chegar à conclusão de que o sofrimento dele valeu a pena (Jó 1:2, 3; 42:12, 13): Sua riqueza passou de sete mil ovelhas para quatorze mil; de três mil camelos para seis mil; de quinhentos bois para mil e de

Motivação

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Resumo da Lição 1

O fim

TEXTOS-CHAVE: Jó 42:10; 1 Coríntios 4:5; Jó 14:14

O ALUNO DEVERÁConhecer: O livro de Jó a partir de seu final feliz e chegar à conclusão de que ha-

verá um final feliz para os filhos de Deus no juízo final e na ressurreição.Sentir: A realidade de que nem todas as coisas têm um final feliz nesta Terra, mas

que Deus restaura tudo em Seu tempo.Fazer: Aceitar a mudança no coração como a maneira divina de conduzi-lo segura-

mente a um final feliz.

ESBOÇOI. Conhecer: Esperando ansiosamente um final feliz

A. Como Deus restaurou Jó no fim da vida dele? Essa restauração foi completa? Explique.

B. É possível falar em final feliz enquanto vivemos na Terra? Por quê?

II. Sentir: Lidando com final infelizA. Como lidamos com os episódios de “final infeliz” da vida, quando as coisas não

dão certo, em momentos como a morte de um ente querido, a perda do empre-go, ou um divórcio?

B. Como podemos ajudar outras pessoas com seus episódios de “final infeliz”?

III. Fazer: Admitindo a verdadeira mudança no coraçãoA. Qual foi a mudança que Jó experimentou por meio do sofrimento pelo qual ele

passou?B. Como ocorre a verdadeira mudança no coração?

RESUMO: Estudaremos o livro de Jó a partir do fim, que transmite a ideia de que os persona-gens “viveram felizes para sempre”. Embora seja verdade que Deus é capaz de trans-formar tragédia em felicidade, nem sempre Ele faz isso. Portanto, a mensagem final do livro de Jó não é tanto a restauração de suas posses terrestres, mas a mudança de coração que ele experimentou e que nós também podemos experimentar.

Ciclo do aprendizado

Discussão de aberturaTodos nós gostamos de finais felizes. Na realidade, algo dentro de nós anseia por bons re-

sultados em tudo o que diz respeito à vida. Quantas vezes pegamos um livro e lemos as primei-ras páginas, e logo depois pulamos para o capítulo final, a fim de descobrir o que acontece com o nosso personagem favorito?

Algumas pessoas relacionam o nosso desejo de um final feliz a questões socioeconômicas. Por exemplo, aqueles que vivem em uma sociedade assolada pela depressão econômica e uma perspectiva sombria do futuro, muitas vezes anseiam por um mundo “mais perfeito”. Numa perspectiva cristã, esse nosso desejo pode estar relacionado à concepção do paraíso perdido e da esperança de um novo mundo no qual não haverá mais lágrimas, tristeza ou morte (Ap 21:4).

Seria uma atitude realista procurar finais felizes neste mundo? Ou isso poderia ser apenas uma abordagem escapista e irrealista para a miséria do nosso mundo? Comente com a classe.

Comentário bíblicoA soberania de Deus é algo central nos capítulos finais do livro de Jó (38–41) e evoca ima-

gens da criação e da natureza. Sem responder à pergunta de Jó sobre o porquê de seu so-frimento, Deus é descrito como Aquele que governa a Sua criação de maneira amorosa, mas também majestosa. Portanto, Jó finalmente teve que reconhecer Deus como Seu Criador. Esse reconhecimento provocou a grande mudança ou a renovação que ocorreu no coração de Jó.

I. Conhecendo a Deus(Recapitule com a classe Jó 42:2-6.)Nos primeiros versículos do último capítulo de Jó (42:2, 3), por cinco vezes se faz referência à

compreensão, ao conhecimento e aos conselhos, indicando que o patriarca havia chegado a uma compreensão mais profunda de quem é Deus e de como Ele se relaciona com Suas criaturas. Mes-mo que questionemos Deus (e o Senhor nunca criticou Jó por fazer isso), por fim, chegaremos à mesma conclusão de Jó: falamos de coisas que não entendemos (Jó 42:3; compare com Pv 16:9). O arrependimento de Jó no verso seguinte não é uma admissão tardia de sua culpa nem apoio à teo-logia da retribuição de seus amigos, mas uma retratação de sua reclamação inicial contra Deus. Jó se curvou como uma criatura finita diante da sabedoria infinita de Yahweh (compare com Gn 18:27).

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Focalizando as Escrituras: Jó 42:10Conceito-chave para o crescimento espiritual: A natureza humana e todo o restante da cria-ção anseia por restauração. Embora, às vezes, haja uma restauração completa ou parcial do so-frimento aqui na Terra, Deus tem um plano maior para a nossa vida: a restauração eterna, que só poderá ser realizada se permitirmos que Ele transforme o nosso coração.Para o professor: Se quantificarmos o que foi restituído a Jó no fim do livro, podemos chegar à conclusão de que o sofrimento dele valeu a pena (Jó 1:2, 3; 42:12, 13): Sua riqueza passou de sete mil ovelhas para quatorze mil; de três mil camelos para seis mil; de quinhentos bois para mil e de

Compreensão

Para o professor: A lição deste trimestre não começa por onde normalmente esperamos iniciar o estudo de um livro bíblico. Não começamos com uma introdução ao livro, seu autor, a data em que foi escrito, os principais temas e assim por diante. Em vez disso, pulamos corajosamente para o fim do livro, apresentando, dessa forma, uma boa perspectiva sobre o tema geral, que é Deus nos transformando e, às vezes, também transformando as nossas circunstâncias.Ao enfocar a restauração de Jó como ponto de partida, somos obrigados a examinar a surpre-endente consequência positiva de seu sofrimento. Ao mesmo tempo, precisamos compreender que, neste mundo, nem todo sofrimento termina em restauração. Em vez disso, a restauração de Jó pode servir como um “tipo” da restauração definitiva que Deus realizará na nova Terra. Essa res-tauração depende de uma mudança no coração e não tanto de uma mudança nas circunstâncias.

quinhentos burros para mil. Deus dobrou a fortuna de Jó (com exceção dos sete filhos e três filhas que lhe foram restituídos na mesma quantidade). No entanto, embora a restituição material seja mencionada no fim do livro de Jó, ela ocorre como uma consequência imerecida da mudança interior no coração de Jó, descrita anteriormente no último capítulo (Jó 42:1-9). À luz desse fato, devemos tomar cuidado para não cair numa leitura materialista do último capítulo de Jó.

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Pense nisto: Ao pensar em sua vida, em quais situações você “conheceu” Deus mais intima-mente? Por que essas situações, em sua maioria, são de sofrimento e dor?

II. Teologia da retribuição(Recapitule com a classe Jó 42:7-10.)Uma leitura superficial do último capítulo de Jó pode levar à interpretação de que, no fim, a

teologia da retribuição venceu: Jó nunca havia pecado, Deus finalmente reconheceu esse fato e, em retribuição, restaurou sua riqueza anterior e ainda dobrou as suas posses (Jó 42:10). Afi-nal de contas, os amigos de Jó tinham razão: os maus sofrem por seus pecados e os justos triun-fam na sua justiça, mesmo que, às vezes, demore um pouco mais para que a justiça de Deus seja feita. Caso encerrado.

A teologia da retribuição é uma lógica perigosa, mas está sempre presente, principalmen-te quando ocorre uma catástrofe. Ela supõe uma relação direta entre as ações de uma pessoa e as ações de Deus. Se somos bons, as bênçãos virão; se somos maus, o castigo divino seguirá o mesmo exemplo. Essa era a teologia dos amigos de Jó (Elifaz, Bildade e Zofar), disseminada ao longo do livro e veementemente combatida por Jó. O que precisamos perceber é que essa teologia transforma Deus em uma divindade previsível, que age por fórmulas fixas, ignorando assim a Sua soberania e tornando-O suscetível às manipulações humanas. Poderíamos até ser desculpados quanto a essa forma de pensar se não fosse pela distinta declaração divina no fim do livro de Jó, que apresenta um claro juízo de valor sobre esse tipo de teologia distorcida: “vós não dissestes de mim o que era reto, como o Meu servo Jó” (Jó 42:8).

Deus, em Sua sabedoria, desejava ter a certeza de que não restaria nenhum vestígio dessa sedutora mentira teológica no fim do livro. Podemos ver isso quando Ele fala de maneira dire-ta e um tanto severa com os amigos de Jó. Contudo, Deus também providenciou a restaura-ção para aqueles amigos errantes. O justo Jó intercedeu em favor de seus amigos equivocados, e a restauração de Jó foi associada à sua intercessão (Jó 42:9, 10). Seu conhecimento de Deus e sua amizade mais profunda com Ele foram traduzidos em bênçãos aos seus relacionamentos.Pense nisto: Como os amigos de Jó devem ter se sentido no final da história? Deus foi muito

severo ao julgar a teologia deles? Por quê?

III. As três filhas de Jó(Recapitule com a classe Jó 42:13-15.)As três filhas que Jó teve depois foram mencionadas por nome, diferentemente dos sete fi-

lhos cujos nomes não são mencionados. Esse fato tem intrigado os comentaristas ao longo dos séculos. Alguns deles, de maneira alegórica, relacionam os dez filhos de Jó com os Dez Man-damentos (os três primeiros representados pelas filhas, e os outros sete pelos filhos). Outros veem nas três filhas a representação da Trindade. Tem sido sugerido um significado escatoló-gico para os nomes das três meninas: por exemplo, Jemima significa “dia a dia” ou “pomba” e aponta para o dia da ressurreição ou para o Espírito Santo. Quezia é a casca aromática da árvore cássia e, supostamente, se refere ao “Ungido”, o Messias. Quéren-Hapuque significa “chifre de antimônio”, um pó colorido utilizado para maquiar o olho. Esse pó era normalmente armazena-do em um chifre que, escatologicamente, pode indicar a beleza e a abundância da vida eterna.

Embora todos os nomes bíblicos possuam significados, provavelmente seja mais seguro nos mantermos longe de tais especulações espiritualistas. Porém, a menção especial dos nomes das filhas, a beleza excepcional delas e sua inclusão incomum no direito de herança (compare com Nm 36) apontam para o fato de que a história mais uma vez frustra as nossas expectativas e convenções. Por mais que os amigos de Jó estivessem equivocados em sua compreensão de

Deus, não foram apenas os filhos, mas também as filhas de Jó que deram continuidade ao le-gado dele de maneira significativa. Portanto, a herança de Jó é universal. Suas três belas filhas ampliam a narrativa para além do esperado, na medida em que a resposta de Deus foi além da teologia da retribuição.Pense nisto: Temos ideias fixas sobre Deus e teologias pessoais que precisam ser reconside-

radas e revistas?

Perguntas para reflexão e aplicação1. Por que é tão tentador acreditar na teologia da retribuição?2. O que você pode fazer na sua igreja para promover a verdadeira religião?

Atividades individuais ou em classe1. Observe a beleza da criação por meio de fotos da natureza ou de um filme sobre esse

tema. Você também pode dar um passeio pela natureza com os alunos. Pense na majestade de Deus e em Sua soberania no Universo.

2. Dê exemplos de restauração. Pode ser uma casa antiga belamente reformada, uma pin-tura restaurada, um paciente que recuperou a saúde, e assim por diante. Compare esses exem-plos à restauração de Jó.

INFORMATIVO MUNDIAL DAS MISSÕES

Refugiados do amorDurante décadas, Ahmad1 esteve procurando a paz. Sua primeira tentativa foi por meio

do alcoolismo, em seguida, drogas, mas nada disso preencheu o anseio de seu coração. Decidido a desintoxicar-se, Ahmad começou a frequentar grupos de Alcoólicos Anôni-

mos (AA) e Narcóticos Anônimos (NA) em sua terra natal localizada no Oriente Médio. Sentindo-se beneficiado pelas reuniões do AA e NA, surgiu o desejo de ajudar aqueles que lutavam contra os vícios, tornando-se assim um palestrante certificado dos grupos AA e NA. Também recebeu uma licença do governo que lhe permitiu realizar as reuniões na própria casa, onde poderia ajudar muitas pessoas a encontrar a liberdade.

O presente transformador

Uma das atividades favoritas de Ahmad era a leitura. Certo dia, ele encontrou um livro com vários trechos da Bíblia. Foi seu primeiro acesso a esse tema e, enquanto lia, sentiu paz no coração.

Ao comentar sobre o livro com os amigos, ele exclamava: “É outra forma de ver a vida! Amei encontrar esse livro! Sinto paz quando o leio.”

1 Todos os nomes foram mudados a fim de que a identidade verdadeira dos personagens seja preservada.

Planejando atividades: O que sua classe pode fazer na próxima semana como resposta ao estudo da lição?

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Pense nisto: Ao pensar em sua vida, em quais situações você “conheceu” Deus mais intima-mente? Por que essas situações, em sua maioria, são de sofrimento e dor?

II. Teologia da retribuição(Recapitule com a classe Jó 42:7-10.)Uma leitura superficial do último capítulo de Jó pode levar à interpretação de que, no fim, a

teologia da retribuição venceu: Jó nunca havia pecado, Deus finalmente reconheceu esse fato e, em retribuição, restaurou sua riqueza anterior e ainda dobrou as suas posses (Jó 42:10). Afi-nal de contas, os amigos de Jó tinham razão: os maus sofrem por seus pecados e os justos triun-fam na sua justiça, mesmo que, às vezes, demore um pouco mais para que a justiça de Deus seja feita. Caso encerrado.

A teologia da retribuição é uma lógica perigosa, mas está sempre presente, principalmen-te quando ocorre uma catástrofe. Ela supõe uma relação direta entre as ações de uma pessoa e as ações de Deus. Se somos bons, as bênçãos virão; se somos maus, o castigo divino seguirá o mesmo exemplo. Essa era a teologia dos amigos de Jó (Elifaz, Bildade e Zofar), disseminada ao longo do livro e veementemente combatida por Jó. O que precisamos perceber é que essa teologia transforma Deus em uma divindade previsível, que age por fórmulas fixas, ignorando assim a Sua soberania e tornando-O suscetível às manipulações humanas. Poderíamos até ser desculpados quanto a essa forma de pensar se não fosse pela distinta declaração divina no fim do livro de Jó, que apresenta um claro juízo de valor sobre esse tipo de teologia distorcida: “vós não dissestes de mim o que era reto, como o Meu servo Jó” (Jó 42:8).

Deus, em Sua sabedoria, desejava ter a certeza de que não restaria nenhum vestígio dessa sedutora mentira teológica no fim do livro. Podemos ver isso quando Ele fala de maneira dire-ta e um tanto severa com os amigos de Jó. Contudo, Deus também providenciou a restaura-ção para aqueles amigos errantes. O justo Jó intercedeu em favor de seus amigos equivocados, e a restauração de Jó foi associada à sua intercessão (Jó 42:9, 10). Seu conhecimento de Deus e sua amizade mais profunda com Ele foram traduzidos em bênçãos aos seus relacionamentos.Pense nisto: Como os amigos de Jó devem ter se sentido no final da história? Deus foi muito

severo ao julgar a teologia deles? Por quê?

III. As três filhas de Jó(Recapitule com a classe Jó 42:13-15.)As três filhas que Jó teve depois foram mencionadas por nome, diferentemente dos sete fi-

lhos cujos nomes não são mencionados. Esse fato tem intrigado os comentaristas ao longo dos séculos. Alguns deles, de maneira alegórica, relacionam os dez filhos de Jó com os Dez Man-damentos (os três primeiros representados pelas filhas, e os outros sete pelos filhos). Outros veem nas três filhas a representação da Trindade. Tem sido sugerido um significado escatoló-gico para os nomes das três meninas: por exemplo, Jemima significa “dia a dia” ou “pomba” e aponta para o dia da ressurreição ou para o Espírito Santo. Quezia é a casca aromática da árvore cássia e, supostamente, se refere ao “Ungido”, o Messias. Quéren-Hapuque significa “chifre de antimônio”, um pó colorido utilizado para maquiar o olho. Esse pó era normalmente armazena-do em um chifre que, escatologicamente, pode indicar a beleza e a abundância da vida eterna.

Embora todos os nomes bíblicos possuam significados, provavelmente seja mais seguro nos mantermos longe de tais especulações espiritualistas. Porém, a menção especial dos nomes das filhas, a beleza excepcional delas e sua inclusão incomum no direito de herança (compare com Nm 36) apontam para o fato de que a história mais uma vez frustra as nossas expectativas e convenções. Por mais que os amigos de Jó estivessem equivocados em sua compreensão de

Deus, não foram apenas os filhos, mas também as filhas de Jó que deram continuidade ao le-gado dele de maneira significativa. Portanto, a herança de Jó é universal. Suas três belas filhas ampliam a narrativa para além do esperado, na medida em que a resposta de Deus foi além da teologia da retribuição.Pense nisto: Temos ideias fixas sobre Deus e teologias pessoais que precisam ser reconside-

radas e revistas?

Perguntas para reflexão e aplicação1. Por que é tão tentador acreditar na teologia da retribuição?2. O que você pode fazer na sua igreja para promover a verdadeira religião?

Atividades individuais ou em classe1. Observe a beleza da criação por meio de fotos da natureza ou de um filme sobre esse

tema. Você também pode dar um passeio pela natureza com os alunos. Pense na majestade de Deus e em Sua soberania no Universo.

2. Dê exemplos de restauração. Pode ser uma casa antiga belamente reformada, uma pin-tura restaurada, um paciente que recuperou a saúde, e assim por diante. Compare esses exem-plos à restauração de Jó.

INFORMATIVO MUNDIAL DAS MISSÕES

Refugiados do amorDurante décadas, Ahmad1 esteve procurando a paz. Sua primeira tentativa foi por meio

do alcoolismo, em seguida, drogas, mas nada disso preencheu o anseio de seu coração. Decidido a desintoxicar-se, Ahmad começou a frequentar grupos de Alcoólicos Anôni-

mos (AA) e Narcóticos Anônimos (NA) em sua terra natal localizada no Oriente Médio. Sentindo-se beneficiado pelas reuniões do AA e NA, surgiu o desejo de ajudar aqueles que lutavam contra os vícios, tornando-se assim um palestrante certificado dos grupos AA e NA. Também recebeu uma licença do governo que lhe permitiu realizar as reuniões na própria casa, onde poderia ajudar muitas pessoas a encontrar a liberdade.

O presente transformador

Uma das atividades favoritas de Ahmad era a leitura. Certo dia, ele encontrou um livro com vários trechos da Bíblia. Foi seu primeiro acesso a esse tema e, enquanto lia, sentiu paz no coração.

Ao comentar sobre o livro com os amigos, ele exclamava: “É outra forma de ver a vida! Amei encontrar esse livro! Sinto paz quando o leio.”

1 Todos os nomes foram mudados a fim de que a identidade verdadeira dos personagens seja preservada.

Planejando atividades: O que sua classe pode fazer na próxima semana como resposta ao estudo da lição?

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Criatividade e atividades práticasPara o professor: Jó é um livro muito prático, pois ele está relacionado com a experiência universal do sofrimento.

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AplicaçãoPara o professor: É muito fácil cair na armadilha da teologia da retribuição. Muitas vezes, re-lacionamos rapidamente o sofrimento com o castigo de Deus. Como professor, você precisa abordar essa falácia.

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Logo depois, Ahmad recebeu uma Bíblia, presente de um amigo. Enquanto lia o Livro sagrado, sentiu mais paz e conforto ainda maior. Em resposta a algumas perguntas que fez ao amigo, foi levado a uma casa em que um pequeno grupo de cristãos se reunia secreta-mente. Se fossem descobertos, poderiam ser condenados à morte.

“Em meu país”, diz Ahmad, “quando o governo recebe qualquer informação de que al-guém mudou ou está interessado em mudar a religião, eles matam. As pessoas simplesmen-te ‘desaparecem’”.

“Mas quando encontrei esse livro [a Bíblia] e esse caminho, conheci Jesus e Sua luz. Tudo mudou em minha vida e decidi ajudar outros a descobrir essa mensagem.”

“O Deus que ama”Ahmad continuou realizando as reuniões de AA e NA em sua casa. Lentamente, ele

começou a apresentar Cristo nos grupos, mas de forma indireta.“Há um Deus que nos ama”, Ahmad diz. “Um Deus Pai que nos enviou Seu Filho.”Mas alguns que frequentavam as reuniões não gostaram do que Ahmad estava compar-

tilhando. “Tenha cuidado com o que você diz”, os amigos advertiam. “Eles registram tudo e isso lhe trará problemas.”

Ahmad passou a ser mais cuidadoso. “Mas eu não poderia ficar acomodado”, confessou. “No AA, aprendi que devemos transmitir a mensagem aos outros e aprendi com a Bíblia que, se quisermos manter a esperança, devemos compartilhar.”

Ahmad inscreveu-se em um site que, secretamente, baixava sermões cristãos e os copia-va. Então fez pequenos kits que incluíam uma pequena Bíblia, sermões e um curso bíblico em CD. Esses kits foram distribuídos discretamente por todo o país.

O novo amigo Nessa época, Ahmad ouviu de Hamid, um amigo que tinha deixado seu país e estava na

Áustria: “descobri uma igreja que prega a mesma coisa que você diz sobre álcool e drogas”, disse Hamid, entusiasmado. “Os membros são muito simpáticos, receptivos, e me ajuda-ram. Sinto-me parte da família.” Era a Igreja Adventista do Sétimo Dia.

“Quando fugimos de um país devido à situação que enfrentamos”, Ahmad explica, “fi-camos preocupados e desejosos de saber se as pessoas serão receptivas. Mas essas pessoas nos aceitam e são muito simpáticas. Elas nos ajudam a ter um melhor relacionamento com Deus.”

Eles continuaram se comunicando por mais de um ano. Hamid sempre contava as ex-periências que vivia na igreja adventista da Áustria.

Ahmad continuou participando dos cultos secretos na igreja cristã subterrânea em seu país de origem. Certo dia, no entanto, um de seus amigos cristãos “desapareceu”. Ahmad logo ouviu que o governo tinha descoberto sobre a conversão do amigo e que ele e a esposa estavam em grave perigo.

Embora sua esposa estivesse no nono mês de gravidez, Ahmad percebeu que sua única segurança seria fugir. Secretamente, o casal viajou imediatamente para outro país. De lá, eles encontraram o caminho para a Áustria e encontraram seu amigo, Hamid.

Encontrando a pazNo primeiro dia em que estavam no país, Hamid os levou para a igreja adventista. “Vo-

cês podem encontrar a paz aqui”, disse ao casal cansado.“Eu encontrei mais do que paz; também encontrei o amor”, diz Ahmad. “Foi a primeira

vez que conheci pessoas que querem ajudar desinteressadamente e demonstram amor, em retribuição ao amor de Jesus. Não encontrei esse amor nem na minha família. Por moti-vos religiosos, meus pais não conseguiam demonstrar amor. Nas opiniões religiosas deles, Deus não é amável. Mas aqui, senti esta mensagem em meu coração: ‘Você é um refugiado do amor’.”

Ahmad, a esposa e o bebê frequentam regularmente uma igreja adventista na Áustria. Ahmad continua a espalhar as boas-novas que aprendeu e já trouxe muitos refugiados para a igreja.

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“Fé e obras são dois remos que precisamos usar igualmente.”

Este livro nos mostra que só encontraremos descanso quando colocarmos nossos

fardos aos pés de Jesus.

Review and Heral, 11/06/1901

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Logo depois, Ahmad recebeu uma Bíblia, presente de um amigo. Enquanto lia o Livro sagrado, sentiu mais paz e conforto ainda maior. Em resposta a algumas perguntas que fez ao amigo, foi levado a uma casa em que um pequeno grupo de cristãos se reunia secreta-mente. Se fossem descobertos, poderiam ser condenados à morte.

“Em meu país”, diz Ahmad, “quando o governo recebe qualquer informação de que al-guém mudou ou está interessado em mudar a religião, eles matam. As pessoas simplesmen-te ‘desaparecem’”.

“Mas quando encontrei esse livro [a Bíblia] e esse caminho, conheci Jesus e Sua luz. Tudo mudou em minha vida e decidi ajudar outros a descobrir essa mensagem.”

“O Deus que ama”Ahmad continuou realizando as reuniões de AA e NA em sua casa. Lentamente, ele

começou a apresentar Cristo nos grupos, mas de forma indireta.“Há um Deus que nos ama”, Ahmad diz. “Um Deus Pai que nos enviou Seu Filho.”Mas alguns que frequentavam as reuniões não gostaram do que Ahmad estava compar-

tilhando. “Tenha cuidado com o que você diz”, os amigos advertiam. “Eles registram tudo e isso lhe trará problemas.”

Ahmad passou a ser mais cuidadoso. “Mas eu não poderia ficar acomodado”, confessou. “No AA, aprendi que devemos transmitir a mensagem aos outros e aprendi com a Bíblia que, se quisermos manter a esperança, devemos compartilhar.”

Ahmad inscreveu-se em um site que, secretamente, baixava sermões cristãos e os copia-va. Então fez pequenos kits que incluíam uma pequena Bíblia, sermões e um curso bíblico em CD. Esses kits foram distribuídos discretamente por todo o país.

O novo amigo Nessa época, Ahmad ouviu de Hamid, um amigo que tinha deixado seu país e estava na

Áustria: “descobri uma igreja que prega a mesma coisa que você diz sobre álcool e drogas”, disse Hamid, entusiasmado. “Os membros são muito simpáticos, receptivos, e me ajuda-ram. Sinto-me parte da família.” Era a Igreja Adventista do Sétimo Dia.

“Quando fugimos de um país devido à situação que enfrentamos”, Ahmad explica, “fi-camos preocupados e desejosos de saber se as pessoas serão receptivas. Mas essas pessoas nos aceitam e são muito simpáticas. Elas nos ajudam a ter um melhor relacionamento com Deus.”

Eles continuaram se comunicando por mais de um ano. Hamid sempre contava as ex-periências que vivia na igreja adventista da Áustria.

Ahmad continuou participando dos cultos secretos na igreja cristã subterrânea em seu país de origem. Certo dia, no entanto, um de seus amigos cristãos “desapareceu”. Ahmad logo ouviu que o governo tinha descoberto sobre a conversão do amigo e que ele e a esposa estavam em grave perigo.

Embora sua esposa estivesse no nono mês de gravidez, Ahmad percebeu que sua única segurança seria fugir. Secretamente, o casal viajou imediatamente para outro país. De lá, eles encontraram o caminho para a Áustria e encontraram seu amigo, Hamid.

Encontrando a pazNo primeiro dia em que estavam no país, Hamid os levou para a igreja adventista. “Vo-

cês podem encontrar a paz aqui”, disse ao casal cansado.“Eu encontrei mais do que paz; também encontrei o amor”, diz Ahmad. “Foi a primeira

vez que conheci pessoas que querem ajudar desinteressadamente e demonstram amor, em retribuição ao amor de Jesus. Não encontrei esse amor nem na minha família. Por moti-vos religiosos, meus pais não conseguiam demonstrar amor. Nas opiniões religiosas deles, Deus não é amável. Mas aqui, senti esta mensagem em meu coração: ‘Você é um refugiado do amor’.”

Ahmad, a esposa e o bebê frequentam regularmente uma igreja adventista na Áustria. Ahmad continua a espalhar as boas-novas que aprendeu e já trouxe muitos refugiados para a igreja.

Resumo missionário • A capital da Áustria é Viena.• A Áustria é um país principalmente montanhoso, com uma altitude média de 914 m.• O Rio Danúbio é o maior da Áustria. • O idioma oficial do país é o alemão, falado por mais de 88% da população. Outros idiomas locais incluem húngaro, croata, sérvio, bósnio, turco e polaco.

0800-9790606 | cpb.com.br | CPB livraria

“Fé e obras são dois remos que precisamos usar igualmente.”

Este livro nos mostra que só encontraremos descanso quando colocarmos nossos

fardos aos pés de Jesus.

Review and Heral, 11/06/1901

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Sexta-feira, 7 de outubro Ano Bíblico: Mt 8-10

Estudo adicional

A ideia de um conflito entre o bem e o mal perdurou pelos milênios, muitas ve-zes expressada através de mitos. Devido à influência da alta crítica e do racio-

nalismo moderno, muitos cristãos negam a realidade da existência de um diabo literal e de seus anjos maus. O argumento é este: “O diabo e os anjos eram apenas símbolos de uma cultura primitiva para designar o mal humano e natural. A par-tir da nossa perspectiva adventista, é difícil imaginar como a Bíblia poderia fazer sentido sem a crença na realidade do diabo e de seus anjos.

Um acadêmico evangélico, chamado Gregory Boyd, tem escrito extensivamente sobre a realidade da antiga (mas não eterna) batalha entre Deus e Satanás. Na in-trodução de seu livro God at War [“Deus em Guerra”], depois de comentar algu-mas passagens de Daniel 10, Boyd escreveu: “A Bíblia, do início ao fim, pressupõe que existem seres espirituais ‘entre’ Deus e a humanidade, cujo comportamento afeta de maneira significativa a existência humana, para o bem ou para mal. De fato, apenas essa concepção, eu argumento neste livro, está no centro da visão bí-blica de mundo” (Gregory A. Boyd, God at War; Downer’s Grove, Ill.: InterVarsity Press, 1997). E como ele está correto!

Perguntas para reflexão1. Que outros textos falam de Satanás e de outros poderes demoníacos? O que se

perde se esses textos forem interpretados meramente como símbolos do lado sombrio da humanidade?

2. Nicolau Maquiavel, escritor florentino do século dezesseis, disse que era mui-to melhor para um monarca ser temido por seus súditos do que ser amado por eles. Em contrapartida, Ellen G. White escreveu: “Mesmo quando foi decidi-do que ele não mais poderia permanecer no Céu, a sabedoria infinita não des-truiu Satanás. Visto que apenas o serviço por amor pode ser aceito por Deus, a submissão de Suas criaturas deve repousar em uma convicção de Sua justi-ça e benevolência. Os habitantes do Céu e de outros mundos não estando pre-parados para compreender a natureza nem as consequências do pecado, não poderiam ter visto então a justiça e misericórdia de Deus com a destruição de Satanás. Houvesse ele sido imediatamente excluído da existência, e teriam ser-vido a Deus antes por temor do que por amor” (O Grande Conflito, p. 498, 499). Por que Deus deseja que O sirvamos por amor e não por medo?

Respostas e tarefas para a semana: 1. Ele era íntegro e reto, temente a Deus e que se desviava do mal. Era abençoado espiritualmente, socialmente e financeiramente. Sua família era feliz e unida. Ele era fiel a Deus. 2. D. 3. A. 4. Distribua as passagens entre os alunos e peça a eles que digam como essas passagens revela o conflito contra os poderes do mal. Se possível, informe a cada aluno sua passagem com uma semana de antecedência, para que eles tenham tempo de estu-dar e dar sua resposta. 5. Sequência: 1 = B; 2 = C; 3 = A. 6. Humano; morreu.

Resumo da Lição 2

O grande conflito

TEXTOS-CHAVE: Jó 1:1-12; Ezequiel 28:12-16; Apocalipse 12:9

O ALUNO DEVERÁConhecer: Reconhecer o tema do grande conflito como a moldura fundamental

para a compreensão do livro de Jó e de toda a Bíblia.Sentir: Segurança na proteção que Deus dispensa aos Seus filhos na batalha cósmi-

ca que está sendo travada ao seu redor.Fazer: Escolher diariamente o vitorioso Cristo como Senhor de sua vida à medida

que o grande conflito acontece no coração de cada pessoa.

ESBOÇOI. Conhecer: O grande conflito

A. Como o tema do grande conflito aparece nos primeiros versículos do livro de Jó?B. Qual foi o papel de Satanás na cena da assembleia celestial? Qual foi a reação de

Deus para com Satanás?

II. Sentir: Segurança na batalhaA. Como você se sente por fazer parte de uma batalha cósmica? Será que somos

apenas peões em um jogo universal de xadrez? Por quê?B. Como sua vida reflete a realidade do grande conflito?

III. Fazer: Reivindicar a vitória de JesusA. O que a morte de Jesus na cruz significa em termos de nosso envolvimento no

grande conflito?B. O que podemos fazer e de que maneira podemos contribuir para a conclusão do

grande conflito? Explique.

RESUMO: O tema do grande conflito é introduzido desde o início no livro de Jó. Ali, Satanás apa-rece como acusador de Jó. Sua acusação de que Jó servia a Deus apenas por causa de Suas bênçãos é, no fim das contas, dirigida a Deus. Essa mesma acusação deu início à batalha cósmica no Céu, foi utilizada na Terra na queda da humanidade, foi rebatida por Cristo na cruz e será finalmente resolvida quando Satanás for destruído.

Ciclo do aprendizado

PASS

O 1

Focalizando as Escrituras: Jó 1:6-10Conceito-chave para o crescimento espiritual: A grande questão do sofrimento precisa ser respondida no contexto maior do grande conflito. O livro de Jó introduz esse tema desde o início, na cena da assembleia celestial em que Satanás aparece diante de Deus. Embora o grande confli-to seja um tema teológico global que permeia toda a Bíblia, é importante compreender a nossa parte dentro dele e como as nossas escolhas pessoais fazem a diferença na batalha cósmica.Para o professor: É perigoso abordar o tema do grande conflito a partir de uma mentalidade ocidental, que é fortemente influenciada pela filosofia grega, especialmente pela ideia do dua-lismo platônico. Nessa visão de mundo, o bem e o mal estão em oposição, mas com a implicação

Motivação

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Discussão de aberturaEm diversas culturas encontramos histórias sobre a criação. Elas se propõem a responder,

de diversas maneiras, a pergunta existencial “De onde viemos?”. A famosa epopeia Enuma Elish [Enûma Eliš] é uma antiga história babilônica sobre a criação cuja origem se deu no século 12 a.C. Essa história, encontrada por Austen Henry Layard em 1849, nas ruínas de Nínive, descreve a criação em termos de uma Chaoskampf (em alemão, “luta contra o caos”), na qual Marduk, a di-vindade suprema da Babilônia, entra em combate com Tiamat, que representa as águas pode-rosas e caóticas. Marduk, por fim, subjuga e destrói Tiamat na batalha e, em seguida, divide seu cadáver em duas partes a partir das quais ele forma a Terra e os céus. Ao longo dessa história, há sempre dois lados: a ordem contra o caos, o bem contra o mal (embora o próprio Marduk seja um personagem bastante bárbaro, como se verifica), produzindo por isso uma forte perspecti-va dualista sobre a criação baseada em uma batalha épica. A Bíblia, em contrapartida, apresen-ta uma descrição muito diferente das origens da Terra e do pecado.

Como o antigo mito babilônico sobre a criação se compara com a origem bíblica da nossa Terra e do problema do pecado?

Comentário bíblico

A palavra hebraica para Satanás (sātān) no Antigo Testamento é traduzida como adversá-rio (também um adversário humano; por exemplo, em 1Rs 11:14), acusador (Sl 109:6) ou como o próprio nome Satanás (Zc 3:2). Especialmente no livro de Jó, essa palavra é utilizada para des-crever o adversário de Deus, o diabo (Jó 1:7-9, 12; Jó 2:1-4, 6, 7; compare também com 1Cr 21:1). Em todos esses versículos, Satanás aparece como uma pessoa muito real, indicando a sua par-te ativa no grande conflito.

I. A origem do pecado(Recapitule com a classe Ezequiel 28:12.)O grande conflito possui um início e um fim. Ele não é um conflito eterno. Sua origem se deu

no Céu, com um ser criado, antes do início da vida na Terra. Esse ser procurava ser como Deus;

ele era um querubim em cujo coração nasceu a iniquidade (Ez 28:14, 15) e que pretendia ser como Deus (Is 14:14). A origem do pecado no coração de Satanás é um mistério que não pode ser totalmente explicado. Orgulho, inveja e ambição foram as causas da queda de Lúcifer. “O pecado é um intruso por cuja presença nenhuma razão pode ser dada. É misterioso, inexplicá-vel; desculpá-lo corresponde a defendê-lo” (Ellen G. White, O Grande Conflito, p. 493).Pense nisto: Que coisas em sua vida você acha difíceis de explicar? Quantas vezes essas coisas

têm que ver com a realidade do pecado?

II. O tema do grande conflito(Recapitule com a classe Jó 1:6-12 e Apocalipse 12:4-9.)O livro de Jó só pode ser entendido quando visto a partir da perspectiva do grande conflito.

Como adventistas do sétimo dia, estamos atentos à batalha espiritual entre o bem e o mal que se desenvolve neste mundo e em nossa vida. Temos também conhecimento da batalha uni-versal que está sendo travada sobre este planeta. O grande conflito iniciado com a rebelião de Satanás nas cortes celestiais (Ap 12:7-9), expandiu-se primeiramente para um terço dos anjos (Ap 12:4) e depois para a Terra, após Satanás e seus anjos serem expulsos do Céu e causarem a queda da humanidade (Gn 3). O que está em jogo no grande conflito é a nossa compreensão do caráter de Deus, que tem sido distorcido pela acusação inicial de Satanás de que Deus não é amoroso, mas que suas criaturas O servem por medo.

Essa antiga acusação foi reiterada no início do livro de Jó, quando Satanás sugeriu que Jó servia a Deus somente por causa das bênçãos que recebia e que Deus é um tirano que induz Seus súditos à submissão (Jó 1:9-11). As pessoas O servem por medo ou porque querem obter a vantagem de Suas bênçãos.

Esse grande conflito, que começou no Céu, tornou-se o espetáculo do Universo, tomando o centro do palco (1Co 4:9). Porém, ele não é um espetáculo que assistimos sem envolvimento pessoal; toda a criação espera com ansiedade a resolução final da batalha cósmica (Rm 8:19-22). Essa batalha aponta para o fim do grande conflito. O pecado e seu originador não farão parte do Universo para sempre. Deus destruirá Satanás no fim do milênio (Ap 20:10). Só então o gran-de conflito terminará.Pense nisto: Como o grande conflito se desenvolve em sua vida?

III. Tentação, a cruz e além(Recapitule com a classe Mateus 4:1, Hebreus 2:14 e Zacarias 3:1.)O início da batalha decisiva no grande conflito, disputada na Terra, foi a tentação de Cristo

no deserto. A queda da humanidade no Éden começou com a tentação da comida. Satanás também tentou o Filho do homem primeiramente com a questão do alimento (Mt 4:1-4). No entanto, a vitória de Cristo sobre as tentações física (alimento), mental (poder) e espiritual (ado-ração) deixou claro a Satanás que a sua batalha contra o Céu já estava perdida desde o início do ministério de Cristo na Terra. Satanás finalmente teve que se retirar da presença do Salva-dor conforme a Sua ordem (Mt 4:10). Essa batalha resolveu o problema do pecado (Rm 5:12-17).

Como uma guerra nunca consiste em apenas uma batalha, Satanás continuou a atacar Jesus ao longo do Seu ministério na Terra. Mas a batalha final foi travada no Calvário, quando Cristo conquistou a nossa salvação ao Se oferecer como sacrifício pelos nossos pecados (Hb 2:14; 1Co 2:2; Rm 4:25), confirmando Sua vitória por meio da ressurreição. Além de ter vencido no Calvário e na sepultura, Jesus hoje serve como nosso Sumo Sacerdote celestial, intercedendo em nosso favor diante do trono de Deus e nos defendendo contra o acusador (Zc 3:1).Pense nisto: A morte de Cristo na cruz faz diferença na sua vida?

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CompreensãoPara o professor: Representações tradicionais de Satanás na arte cristã encontram suas ori-gens nos tempos medievais. Elas se fixam em chifres, quartos traseiros de bodes, caudas, pernas de galinha e outras combinações de partes do corpo humano e animal que nos induzem ao medo. O tridente ou forcado, presumivelmente o acessório utilizado para atormentar as almas no inferno, também faz parte do acessório padrão nessas imagens de Satanás.Reações modernistas a essas imagens têm feito justas críticas ao caráter supersticioso das mes-mas. Porém, isso se dá a tal ponto que a compreensão bíblica de Satanás como um ser pessoal é substituída por uma vaga noção de um poder maligno ou por uma negação completa de sua existência. Dentro do tema do grande conflito, é tão importante compreender a personalidade de Satanás quanto acreditar em um Deus pessoal. Tanto as imagens supersticiosas como a ne-gação de um diabo só contribuem para o mesmo resultado: ignorar a presença real do inimigo de Deus como o originador do pecado e acusador de Deus e da humanidade.

de que os dois representam forças iguais. A cosmovisão bíblica é teocêntrica e não permite uma visão dualista sobre o bem e o mal. Deus está no centro do Universo, e Satanás, uma criatura, está sujeito à vontade do Criador (compare com Jó 1:12). Embora Satanás tenha se rebelado contra Deus, essa nunca foi uma batalha de igual para igual.

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Discussão de aberturaEm diversas culturas encontramos histórias sobre a criação. Elas se propõem a responder,

de diversas maneiras, a pergunta existencial “De onde viemos?”. A famosa epopeia Enuma Elish [Enûma Eliš] é uma antiga história babilônica sobre a criação cuja origem se deu no século 12 a.C. Essa história, encontrada por Austen Henry Layard em 1849, nas ruínas de Nínive, descreve a criação em termos de uma Chaoskampf (em alemão, “luta contra o caos”), na qual Marduk, a di-vindade suprema da Babilônia, entra em combate com Tiamat, que representa as águas pode-rosas e caóticas. Marduk, por fim, subjuga e destrói Tiamat na batalha e, em seguida, divide seu cadáver em duas partes a partir das quais ele forma a Terra e os céus. Ao longo dessa história, há sempre dois lados: a ordem contra o caos, o bem contra o mal (embora o próprio Marduk seja um personagem bastante bárbaro, como se verifica), produzindo por isso uma forte perspecti-va dualista sobre a criação baseada em uma batalha épica. A Bíblia, em contrapartida, apresen-ta uma descrição muito diferente das origens da Terra e do pecado.

Como o antigo mito babilônico sobre a criação se compara com a origem bíblica da nossa Terra e do problema do pecado?

Comentário bíblico

A palavra hebraica para Satanás (sātān) no Antigo Testamento é traduzida como adversá-rio (também um adversário humano; por exemplo, em 1Rs 11:14), acusador (Sl 109:6) ou como o próprio nome Satanás (Zc 3:2). Especialmente no livro de Jó, essa palavra é utilizada para des-crever o adversário de Deus, o diabo (Jó 1:7-9, 12; Jó 2:1-4, 6, 7; compare também com 1Cr 21:1). Em todos esses versículos, Satanás aparece como uma pessoa muito real, indicando a sua par-te ativa no grande conflito.

I. A origem do pecado(Recapitule com a classe Ezequiel 28:12.)O grande conflito possui um início e um fim. Ele não é um conflito eterno. Sua origem se deu

no Céu, com um ser criado, antes do início da vida na Terra. Esse ser procurava ser como Deus;

ele era um querubim em cujo coração nasceu a iniquidade (Ez 28:14, 15) e que pretendia ser como Deus (Is 14:14). A origem do pecado no coração de Satanás é um mistério que não pode ser totalmente explicado. Orgulho, inveja e ambição foram as causas da queda de Lúcifer. “O pecado é um intruso por cuja presença nenhuma razão pode ser dada. É misterioso, inexplicá-vel; desculpá-lo corresponde a defendê-lo” (Ellen G. White, O Grande Conflito, p. 493).Pense nisto: Que coisas em sua vida você acha difíceis de explicar? Quantas vezes essas coisas

têm que ver com a realidade do pecado?

II. O tema do grande conflito(Recapitule com a classe Jó 1:6-12 e Apocalipse 12:4-9.)O livro de Jó só pode ser entendido quando visto a partir da perspectiva do grande conflito.

Como adventistas do sétimo dia, estamos atentos à batalha espiritual entre o bem e o mal que se desenvolve neste mundo e em nossa vida. Temos também conhecimento da batalha uni-versal que está sendo travada sobre este planeta. O grande conflito iniciado com a rebelião de Satanás nas cortes celestiais (Ap 12:7-9), expandiu-se primeiramente para um terço dos anjos (Ap 12:4) e depois para a Terra, após Satanás e seus anjos serem expulsos do Céu e causarem a queda da humanidade (Gn 3). O que está em jogo no grande conflito é a nossa compreensão do caráter de Deus, que tem sido distorcido pela acusação inicial de Satanás de que Deus não é amoroso, mas que suas criaturas O servem por medo.

Essa antiga acusação foi reiterada no início do livro de Jó, quando Satanás sugeriu que Jó servia a Deus somente por causa das bênçãos que recebia e que Deus é um tirano que induz Seus súditos à submissão (Jó 1:9-11). As pessoas O servem por medo ou porque querem obter a vantagem de Suas bênçãos.

Esse grande conflito, que começou no Céu, tornou-se o espetáculo do Universo, tomando o centro do palco (1Co 4:9). Porém, ele não é um espetáculo que assistimos sem envolvimento pessoal; toda a criação espera com ansiedade a resolução final da batalha cósmica (Rm 8:19-22). Essa batalha aponta para o fim do grande conflito. O pecado e seu originador não farão parte do Universo para sempre. Deus destruirá Satanás no fim do milênio (Ap 20:10). Só então o gran-de conflito terminará.Pense nisto: Como o grande conflito se desenvolve em sua vida?

III. Tentação, a cruz e além(Recapitule com a classe Mateus 4:1, Hebreus 2:14 e Zacarias 3:1.)O início da batalha decisiva no grande conflito, disputada na Terra, foi a tentação de Cristo

no deserto. A queda da humanidade no Éden começou com a tentação da comida. Satanás também tentou o Filho do homem primeiramente com a questão do alimento (Mt 4:1-4). No entanto, a vitória de Cristo sobre as tentações física (alimento), mental (poder) e espiritual (ado-ração) deixou claro a Satanás que a sua batalha contra o Céu já estava perdida desde o início do ministério de Cristo na Terra. Satanás finalmente teve que se retirar da presença do Salva-dor conforme a Sua ordem (Mt 4:10). Essa batalha resolveu o problema do pecado (Rm 5:12-17).

Como uma guerra nunca consiste em apenas uma batalha, Satanás continuou a atacar Jesus ao longo do Seu ministério na Terra. Mas a batalha final foi travada no Calvário, quando Cristo conquistou a nossa salvação ao Se oferecer como sacrifício pelos nossos pecados (Hb 2:14; 1Co 2:2; Rm 4:25), confirmando Sua vitória por meio da ressurreição. Além de ter vencido no Calvário e na sepultura, Jesus hoje serve como nosso Sumo Sacerdote celestial, intercedendo em nosso favor diante do trono de Deus e nos defendendo contra o acusador (Zc 3:1).Pense nisto: A morte de Cristo na cruz faz diferença na sua vida?

Para o professor: Representações tradicionais de Satanás na arte cristã encontram suas ori-gens nos tempos medievais. Elas se fixam em chifres, quartos traseiros de bodes, caudas, pernas de galinha e outras combinações de partes do corpo humano e animal que nos induzem ao medo. O tridente ou forcado, presumivelmente o acessório utilizado para atormentar as almas no inferno, também faz parte do acessório padrão nessas imagens de Satanás.Reações modernistas a essas imagens têm feito justas críticas ao caráter supersticioso das mes-mas. Porém, isso se dá a tal ponto que a compreensão bíblica de Satanás como um ser pessoal é substituída por uma vaga noção de um poder maligno ou por uma negação completa de sua existência. Dentro do tema do grande conflito, é tão importante compreender a personalidade de Satanás quanto acreditar em um Deus pessoal. Tanto as imagens supersticiosas como a ne-gação de um diabo só contribuem para o mesmo resultado: ignorar a presença real do inimigo de Deus como o originador do pecado e acusador de Deus e da humanidade.

de que os dois representam forças iguais. A cosmovisão bíblica é teocêntrica e não permite uma visão dualista sobre o bem e o mal. Deus está no centro do Universo, e Satanás, uma criatura, está sujeito à vontade do Criador (compare com Jó 1:12). Embora Satanás tenha se rebelado contra Deus, essa nunca foi uma batalha de igual para igual.

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ela fosse. Enquanto desfrutavam da refeição, a senhora falou sobre Jesus e como Ele havia trazido paz e esperança para ela.

Elas continuaram se encontrando e Fátima começou a se sentir mais corajosa. Então, certo dia, a senhora a convidou para participar de um encontro secreto.

“Vou para uma reunião em que aprendemos mais sobre Jesus e a Bíblia. Você gostaria de ir?”Fátima ficou interessada, e as duas se dirigiram para uma casa onde nove pessoas esta-

vam reunidas. Elas liam a Bíblia enquanto um homem coordenava o debate. Foi seu primei-ro contato com a Bíblia, e Fátima ficou encantada quando a teve nas mãos!

Por causa do marido controlador, Fátima não pôde frequentar o grupo regularmente. Entretanto, conseguiu guardar a preciosa Bíblia.

Porém, novamente sobreveio um dia de pavor. Ao chegar do trabalho, Fátima soube que o marido descobriu que escondia uma Bíblia. Enquanto a espancava sem piedade, o homem anunciou que a mataria.

Milagrosamente, ela sobreviveu ao espancamento. Mas voltou a ser prisioneira na pró-pria casa. Gradualmente, porém, conseguiu autorização para voltar ao emprego que lhe permitia ajudar no sustento. Dessa vez, o marido monitorava cuidadosamente todos os seus passos.

Ameaças de morteFátima almejava a comunhão do pequeno grupo de cristãos, por isso arriscou-se a parti-

cipar da reunião secreta. Infelizmente, o marido viu e começou a gritar: “Vou te matar! Vou matar todos eles! Eles são infiéis e devem ser mortos!”

Fátima fugiu para a casa dos pais e ali permaneceu até ser encontrada pelo marido. Ba-tendo na porta, o homem anunciou aos sogros que a filha deles havia se tornado cristã e merecia morrer.

“Se eu não matar, vocês devem fazê-lo!”, o enlouquecido homem gritou. Voltando-se para Fátima, os pais enfurecidos estavam prestes a bater nela, quando ela

fugiu rapidamente para outra sala implorando por sua vida.Naquela noite, Fátima se esgueirou silenciosamente para fora da casa dos pais, fugindo

com nada mais além da própria vida. Entrou em contato com seus amigos cristãos e rece-beu o endereço de uma casa fora da cidade onde poderia se esconder.

Durante duas semanas, o pastor do pequeno grupo visitou regularmente Fátima, levan-do-lhe alimento e roupas. Ele disse: “Se você realmente quer se tornar cristã, posso ajudá-la. Mas se você não quiser continuar nesta nova maneira de viver, pode voltar para sua família.”

“Desejo muito me tornar cristã”, Fátima respondeu resolutamente. Para ela, era muito perigoso ficar em seu país de origem. Por isso, o grupo cristão a ajudou

a fugir para um país vizinho e, de lá, pagaram a passagem para que ela chegasse à Áustria.Nesse novo país, Fátima entrou em contato com Ahmad2 e a esposa dele, que haviam

fugido da mesma cidade.“Descobrimos que a igreja é exatamente o lugar que você está procurando!”, disse a es-

posa de Ahmad.No sábado, Fátima foi com o casal à Igreja Adventista do Sétimo Dia e descobriu que era

como eles descreveram. “Aqui, encontrei paz, esperança e bondade”, disse ela. “As pessoas realmente me ajudam a entender que não estou sozinha. Desde que comecei a participar dessa igreja, aconteceram muitos milagres em minha vida. As pessoas oraram por mim. Uma família me recebeu e cuida de mim como sua própria filha. Sinto-me segura agora.”2 Ver a história da semana passada.

Perguntas para reflexão e aplicação1. Por que é perigoso pensar demais sobre Satanás e suas atividades?2. Como podemos manter uma imagem constante de Cristo, o Salvador, diante de nossos

olhos? Seja prático em sua resposta.

Atividades individuais ou em classe1. Leia com os alunos o capítulo final de O Grande Conflito, de Ellen G. White, e comparti-

lhem seus pensamentos e sentimentos depois da leitura.2. Planeje ler o livro inteiro como parte de sua devoção diária nas próximas semanas ou nos

próximos meses.3. Dê um exemplar do livro O Grande Conflito para alguém que nunca o tenha lido.

INFORMATIVO MUNDIAL DAS MISSÕES

Finalmente, seguraA vida de Fátima1 era cheia de terror. Casada com um homem abusivo que usava a reli-

gião para aterrorizá-la, frequentemente sofria espancamentos e humilhações nas mãos do esposo. Aprisionada na própria casa, Fátima raramente podia sair – uma prática comum no país em que vivia, no Oriente Médio.

Finalmente, devido a uma necessidade financeira, o marido permitiu que ela trabalhasse em um salão de beleza, onde estaria junto de outras mulheres. Embora estivesse interagin-do com outras pessoas, Fátima se sentia cada vez mais deprimida e tentou cometer suicídio.

“Mas não consegui”, ela relembra. “Algo em meu coração dizia: ‘Isso não é certo. Não faça isso!’” Sentindo-se sem esperança, Fátima cumpria mecanicamente a rotina diária.

“Por que você está triste?”Certo dia, no salão de beleza, uma cliente de meia-idade gentilmente lhe perguntou,

“Está tudo bem, minha filha? Por que você está tão triste?”Sentindo a preocupação genuína da senhora, Fátima compartilhou o que estava no co-

ração, enquanto trabalhava. A mulher ouviu com empatia a história de Fátima e começou a falar sobre esperança, bondade e amor. O coração de Fátima foi tocado de maneira inex-plicável, e ela passou a esperar ansiosamente as visitas daquela cliente.

Certo dia, a senhora convidou Fátima para jantar em sua casa. O marido permitiu que 1 Nome fictício.

PASS

O 4

Criatividade e atividades práticasPara o professor: Como adventistas do sétimo dia, temos um grande recurso para compreen-der o contexto mais amplo do grande conflito. Ele se encontra no livro de Ellen G. White com o mesmo título.

Planejando atividades: O que sua classe pode fazer na próxima semana como resposta ao estudo da lição?

PASS

O 3

AplicaçãoPara o professor: Embora seja importante compreender a realidade de Satanás e do pecado, também é importante não nos delongarmos nessa realidade além do necessário. Nossos pen-samentos precisam estar, acima de tudo, em Cristo, nosso Salvador.

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ela fosse. Enquanto desfrutavam da refeição, a senhora falou sobre Jesus e como Ele havia trazido paz e esperança para ela.

Elas continuaram se encontrando e Fátima começou a se sentir mais corajosa. Então, certo dia, a senhora a convidou para participar de um encontro secreto.

“Vou para uma reunião em que aprendemos mais sobre Jesus e a Bíblia. Você gostaria de ir?”Fátima ficou interessada, e as duas se dirigiram para uma casa onde nove pessoas esta-

vam reunidas. Elas liam a Bíblia enquanto um homem coordenava o debate. Foi seu primei-ro contato com a Bíblia, e Fátima ficou encantada quando a teve nas mãos!

Por causa do marido controlador, Fátima não pôde frequentar o grupo regularmente. Entretanto, conseguiu guardar a preciosa Bíblia.

Porém, novamente sobreveio um dia de pavor. Ao chegar do trabalho, Fátima soube que o marido descobriu que escondia uma Bíblia. Enquanto a espancava sem piedade, o homem anunciou que a mataria.

Milagrosamente, ela sobreviveu ao espancamento. Mas voltou a ser prisioneira na pró-pria casa. Gradualmente, porém, conseguiu autorização para voltar ao emprego que lhe permitia ajudar no sustento. Dessa vez, o marido monitorava cuidadosamente todos os seus passos.

Ameaças de morteFátima almejava a comunhão do pequeno grupo de cristãos, por isso arriscou-se a parti-

cipar da reunião secreta. Infelizmente, o marido viu e começou a gritar: “Vou te matar! Vou matar todos eles! Eles são infiéis e devem ser mortos!”

Fátima fugiu para a casa dos pais e ali permaneceu até ser encontrada pelo marido. Ba-tendo na porta, o homem anunciou aos sogros que a filha deles havia se tornado cristã e merecia morrer.

“Se eu não matar, vocês devem fazê-lo!”, o enlouquecido homem gritou. Voltando-se para Fátima, os pais enfurecidos estavam prestes a bater nela, quando ela

fugiu rapidamente para outra sala implorando por sua vida.Naquela noite, Fátima se esgueirou silenciosamente para fora da casa dos pais, fugindo

com nada mais além da própria vida. Entrou em contato com seus amigos cristãos e rece-beu o endereço de uma casa fora da cidade onde poderia se esconder.

Durante duas semanas, o pastor do pequeno grupo visitou regularmente Fátima, levan-do-lhe alimento e roupas. Ele disse: “Se você realmente quer se tornar cristã, posso ajudá-la. Mas se você não quiser continuar nesta nova maneira de viver, pode voltar para sua família.”

“Desejo muito me tornar cristã”, Fátima respondeu resolutamente. Para ela, era muito perigoso ficar em seu país de origem. Por isso, o grupo cristão a ajudou

a fugir para um país vizinho e, de lá, pagaram a passagem para que ela chegasse à Áustria.Nesse novo país, Fátima entrou em contato com Ahmad2 e a esposa dele, que haviam

fugido da mesma cidade.“Descobrimos que a igreja é exatamente o lugar que você está procurando!”, disse a es-

posa de Ahmad.No sábado, Fátima foi com o casal à Igreja Adventista do Sétimo Dia e descobriu que era

como eles descreveram. “Aqui, encontrei paz, esperança e bondade”, disse ela. “As pessoas realmente me ajudam a entender que não estou sozinha. Desde que comecei a participar dessa igreja, aconteceram muitos milagres em minha vida. As pessoas oraram por mim. Uma família me recebeu e cuida de mim como sua própria filha. Sinto-me segura agora.”2 Ver a história da semana passada.

Perguntas para reflexão e aplicação1. Por que é perigoso pensar demais sobre Satanás e suas atividades?2. Como podemos manter uma imagem constante de Cristo, o Salvador, diante de nossos

olhos? Seja prático em sua resposta.

Atividades individuais ou em classe1. Leia com os alunos o capítulo final de O Grande Conflito, de Ellen G. White, e comparti-

lhem seus pensamentos e sentimentos depois da leitura.2. Planeje ler o livro inteiro como parte de sua devoção diária nas próximas semanas ou nos

próximos meses.3. Dê um exemplar do livro O Grande Conflito para alguém que nunca o tenha lido.

INFORMATIVO MUNDIAL DAS MISSÕES

Finalmente, seguraA vida de Fátima1 era cheia de terror. Casada com um homem abusivo que usava a reli-

gião para aterrorizá-la, frequentemente sofria espancamentos e humilhações nas mãos do esposo. Aprisionada na própria casa, Fátima raramente podia sair – uma prática comum no país em que vivia, no Oriente Médio.

Finalmente, devido a uma necessidade financeira, o marido permitiu que ela trabalhasse em um salão de beleza, onde estaria junto de outras mulheres. Embora estivesse interagin-do com outras pessoas, Fátima se sentia cada vez mais deprimida e tentou cometer suicídio.

“Mas não consegui”, ela relembra. “Algo em meu coração dizia: ‘Isso não é certo. Não faça isso!’” Sentindo-se sem esperança, Fátima cumpria mecanicamente a rotina diária.

“Por que você está triste?”Certo dia, no salão de beleza, uma cliente de meia-idade gentilmente lhe perguntou,

“Está tudo bem, minha filha? Por que você está tão triste?”Sentindo a preocupação genuína da senhora, Fátima compartilhou o que estava no co-

ração, enquanto trabalhava. A mulher ouviu com empatia a história de Fátima e começou a falar sobre esperança, bondade e amor. O coração de Fátima foi tocado de maneira inex-plicável, e ela passou a esperar ansiosamente as visitas daquela cliente.

Certo dia, a senhora convidou Fátima para jantar em sua casa. O marido permitiu que 1 Nome fictício.

Para o professor: Como adventistas do sétimo dia, temos um grande recurso para compreen-der o contexto mais amplo do grande conflito. Ele se encontra no livro de Ellen G. White com o mesmo título.

Planejando atividades: O que sua classe pode fazer na próxima semana como resposta ao estudo da lição?

Para o professor: Embora seja importante compreender a realidade de Satanás e do pecado, também é importante não nos delongarmos nessa realidade além do necessário. Nossos pen-samentos precisam estar, acima de tudo, em Cristo, nosso Salvador.

Out l Nov l Dez 2016 3130 O livro de Jó

Liçã

o 2

Lição 3 8 a 15 de outubro

Jó não tinha razões para temer a Deus?

Sábado à tarde Ano Bíblico: Mt 11-13

LEITURAS DA SEMANA: Jó 1–2; 1Co 4:9; Gn 3:1-8; Fp 4:11-13; Mt 4:1-11; Fp 2:5-8

O livro de Jó revela uma dimensão completamente nova da realidade. Ele nos apresenta um vislumbre do grande conflito entre Cristo e Satanás. Ao fazer

isso, esse livro também nos oferece um modelo, uma estrutura, um panorama que nos ajuda a compreender mais o mundo em que vivemos – e que muitas vezes nos atordoa, confunde e até mesmo nos intimida com o que ele lança em nosso cami-nho. Porém, o livro de Jó também nos revela que esse grande conflito não é me-ramente uma batalha de outras pessoas, na qual não temos parte alguma. Ah, se fosse assim! Mas infelizmente não é: “Ai da Terra e do mar, pois o diabo desceu até vós, cheio de grande cólera, sabendo que pouco tempo lhe resta” (Ap 12:12, ARC). Satanás desceu à Terra e ao mar, e sabemos por experiência própria que sua ira é realmente grande. Quem já não sentiu na própria pele essa ira?

Nesta semana continuaremos estudando os dois primeiros capítulos de Jó, bus-cando obter maior compreensão de como nos encaixamos nesse contexto, à me-dida que o grande conflito se torna cada vez mais intenso na Terra.

Não deixe sua família sem os devocionais para 2017! Você pode adquirir a Cesta Básica Espiritual até o dia 16 de outubro. Entre em contato com a Casa Publicadora Brasileira.

VERSO PARA MEMORIZAR: “Mas ele lhe respondeu: Falas como qualquer doida; temos rece-bido o bem de Deus e não receberíamos também o mal? Em tudo isto não pecou Jó com os seus lábios” (Jó 2:10).

Resumo missionário • A União Austríaca tem 50 igrejas e 4.135 membros.• Em 1895, L. R. Conradi realizou o primeiro batismo na Áustria-Hungria em Klausenburg.• O ano de 1902 marca o início do trabalho missionário da Igreja Adventista em Viena, por

H. Kokolsky, famoso escultor da época, batizado por G. Perk na Alemanha.• Em 1909, o primeiro pastor adventista austríaco, Franz Gruber, foi ordenado em Viena.

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MK

T C

PB

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otol

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Anime-se. A guerra está no fim e você ainda pode escolher de que lado estará

quando tudo terminar.

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Liçã

o 3

Resumo da Lição 3

Jó não tinha razão para temer a Deus?

TEXTOS-CHAVE: Jó 2 e Gênesis 3:1-8

O ALUNO DEVERÁSaber: Como o grande conflito se desenvolve na vida de Jó e prefigura a vida de

Cristo em meio à dor e ao sofrimento.Sentir: Que aceitar as circunstâncias e ser leal a Deus é a única resposta adequada à

tentação, como foi demonstrado por Jó.Fazer: Decidir imitar a integridade de Jó, demonstrada na maneira pela qual ele li-

dou com a tragédia e a dor, mesmo quando sua esposa sugeriu que ele aban-donasse a Deus.

ESBOÇOI. Saber: Jó e Cristo

A. Que semelhanças você encontra entre Jó e Jesus Cristo?B. De que maneira o sofrimento de Cristo foi muito além daquilo que Jó experi-

mentou?

II. Sentir: Como sobreviver aos ataques de SatanásA. Satanás atacou Cristo com a mesma tentação com que havia atacado Adão e Eva:

uma tentação na área física. Por quê?B. Como Jó reagiu àquela que, possivelmente, havia sido a pior tentação, isto é, a

sugestão de sua esposa de abandonar Deus?

III. Fazer: Viver com integridadeA. O exemplo de Jó é radical demais para que nos identifiquemos com ele ou en-

frentamos adversidades semelhantes? Explique.B. Como posso viver à altura do exemplo de Jó? Preciso sofrer em silêncio? Por quê?

RESUMO: O envolvimento de Jó (e o nosso) no grande conflito não se deu necessariamente no nível teológico, mas em um nível muito pessoal. Seu sofrimento foi uma forte tenta-ção para negar a Deus. Isso também acontece conosco hoje. Porém, a fidelidade de Jó nos encoraja na adversidade. Além disso, a vitória de Cristo sobre a tentação e Sua dis-posição de passar pelo sofrimento nos dá esperança para manter nossa integridade.

Ciclo do aprendizado

Discussão de aberturaAinda que os Dez Mandamentos nos proíbam claramente de fazer uma imagem física (“es-

culpida”) de Deus (Êx 20:4, 5), todos temos imagens de Deus em nossa mente. A Bíblia está re-pleta de metáforas para se referir a Deus (metáfora é uma palavra ou expressão que designa uma coisa, porém utilizada para se referir a outra coisa, a fim de mostrar ou sugerir que ambas são semelhantes). Por meio de imagens ou figuras de linguagem, as metáforas nos ajudam a nos identificarmos com a realidade infinita de um Deus a quem nossa mente finita não pode compreender. Tais comparações nos ajudam a entender um pouco sobre Ele.

Basta examinar o livro dos Salmos para encontrar uma grande variedade de imagens li-terárias sobre Deus na forma de metáforas. Por exemplo, Deus é descrito como um Pastor (Sl 23:1), Juiz (Sl 7:11), Pai (Sl 89:26), Rocha e Fortaleza (Sl 18:2), e como um Guerreiro (Sl 78:65, 66). A lista poderia continuar. Por meio de todas essas metáforas, Deus Se revelou para que saibamos quem Ele é e como age. O Senhor mostrou especialmente Seus principais traços de caráter: o amor e a justiça. Por outro lado, o objetivo de Satanás tem sido constantemente distorcer a ima-gem de Deus e convencer a humanidade a acreditar em suas mentiras sobre o caráter de Deus.

Qual é a sua imagem pessoal de Deus? Como ela afeta o seu relacionamento com Ele? E mais importante, a sua imagem de Deus está fundamentada na Bíblia?

Comentário bíblico

No estudo desta semana, há uma série de questões teológicas importantes levantadas no segundo capítulo do livro de Jó. Torna-se claro que o sofrimento de Jó era realmente uma ten-tação que ecoava a tentação original, relatada em Gênesis 3, e prefigurava a tentação de Jesus, registrada em Mateus 4. Por isso, há o acusador (Satanás) e Aquele a quem ele acusa (Deus). Esse capítulo está fundamentado no conflito entre eles.

Focalizando as Escrituras: Jó 2:1-10Conceito-chave para o crescimento espiritual: O diálogo entre Deus e Satanás na corte celestial mostra a grande questão em jogo no grande conflito, isto é, o caráter de Deus. Seria Deus um tirano que manipula os seres humanos, por medo ou suborno, para obter submissão e obediência (como Satanás sugere que Ele é), ou um Pai amoroso que enviou o Seu próprio Filho para morrer numa cruz, a fim de pagar o preço por nossos pecados? A imagem que você tem de Deus determinará sua posição nessa batalha cósmica e sua reação para com a dor e o sofrimento.

Motivação

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Resumo da Lição 3

Jó não tinha razão para temer a Deus?

TEXTOS-CHAVE: Jó 2 e Gênesis 3:1-8

O ALUNO DEVERÁSaber: Como o grande conflito se desenvolve na vida de Jó e prefigura a vida de

Cristo em meio à dor e ao sofrimento.Sentir: Que aceitar as circunstâncias e ser leal a Deus é a única resposta adequada à

tentação, como foi demonstrado por Jó.Fazer: Decidir imitar a integridade de Jó, demonstrada na maneira pela qual ele li-

dou com a tragédia e a dor, mesmo quando sua esposa sugeriu que ele aban-donasse a Deus.

ESBOÇOI. Saber: Jó e Cristo

A. Que semelhanças você encontra entre Jó e Jesus Cristo?B. De que maneira o sofrimento de Cristo foi muito além daquilo que Jó experi-

mentou?

II. Sentir: Como sobreviver aos ataques de SatanásA. Satanás atacou Cristo com a mesma tentação com que havia atacado Adão e Eva:

uma tentação na área física. Por quê?B. Como Jó reagiu àquela que, possivelmente, havia sido a pior tentação, isto é, a

sugestão de sua esposa de abandonar Deus?

III. Fazer: Viver com integridadeA. O exemplo de Jó é radical demais para que nos identifiquemos com ele ou en-

frentamos adversidades semelhantes? Explique.B. Como posso viver à altura do exemplo de Jó? Preciso sofrer em silêncio? Por quê?

RESUMO: O envolvimento de Jó (e o nosso) no grande conflito não se deu necessariamente no nível teológico, mas em um nível muito pessoal. Seu sofrimento foi uma forte tenta-ção para negar a Deus. Isso também acontece conosco hoje. Porém, a fidelidade de Jó nos encoraja na adversidade. Além disso, a vitória de Cristo sobre a tentação e Sua dis-posição de passar pelo sofrimento nos dá esperança para manter nossa integridade.

Ciclo do aprendizado

Discussão de aberturaAinda que os Dez Mandamentos nos proíbam claramente de fazer uma imagem física (“es-

culpida”) de Deus (Êx 20:4, 5), todos temos imagens de Deus em nossa mente. A Bíblia está re-pleta de metáforas para se referir a Deus (metáfora é uma palavra ou expressão que designa uma coisa, porém utilizada para se referir a outra coisa, a fim de mostrar ou sugerir que ambas são semelhantes). Por meio de imagens ou figuras de linguagem, as metáforas nos ajudam a nos identificarmos com a realidade infinita de um Deus a quem nossa mente finita não pode compreender. Tais comparações nos ajudam a entender um pouco sobre Ele.

Basta examinar o livro dos Salmos para encontrar uma grande variedade de imagens li-terárias sobre Deus na forma de metáforas. Por exemplo, Deus é descrito como um Pastor (Sl 23:1), Juiz (Sl 7:11), Pai (Sl 89:26), Rocha e Fortaleza (Sl 18:2), e como um Guerreiro (Sl 78:65, 66). A lista poderia continuar. Por meio de todas essas metáforas, Deus Se revelou para que saibamos quem Ele é e como age. O Senhor mostrou especialmente Seus principais traços de caráter: o amor e a justiça. Por outro lado, o objetivo de Satanás tem sido constantemente distorcer a ima-gem de Deus e convencer a humanidade a acreditar em suas mentiras sobre o caráter de Deus.

Qual é a sua imagem pessoal de Deus? Como ela afeta o seu relacionamento com Ele? E mais importante, a sua imagem de Deus está fundamentada na Bíblia?

Comentário bíblico

No estudo desta semana, há uma série de questões teológicas importantes levantadas no segundo capítulo do livro de Jó. Torna-se claro que o sofrimento de Jó era realmente uma ten-tação que ecoava a tentação original, relatada em Gênesis 3, e prefigurava a tentação de Jesus, registrada em Mateus 4. Por isso, há o acusador (Satanás) e Aquele a quem ele acusa (Deus). Esse capítulo está fundamentado no conflito entre eles.

Focalizando as Escrituras: Jó 2:1-10Conceito-chave para o crescimento espiritual: O diálogo entre Deus e Satanás na corte celestial mostra a grande questão em jogo no grande conflito, isto é, o caráter de Deus. Seria Deus um tirano que manipula os seres humanos, por medo ou suborno, para obter submissão e obediência (como Satanás sugere que Ele é), ou um Pai amoroso que enviou o Seu próprio Filho para morrer numa cruz, a fim de pagar o preço por nossos pecados? A imagem que você tem de Deus determinará sua posição nessa batalha cósmica e sua reação para com a dor e o sofrimento.

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Compreensão

Para o professor: Pode-se concluir o livro de Jó no capítulo 2:10. Depois de perder todos os seus bens, seus filhos e sua saúde, Jó levou um golpe devastador quando sua esposa sugeriu que ele amaldiçoasse a Deus e morresse. Curiosamente, a palavra hebraica ali é “abençoar”, em vez de “amaldiçoar”, porque se usa um eufemismo para evitar em uma mesma frase a inconce-bível combinação das palavras “Deus” e “maldição”. Em sua resposta, Jó comparou as palavras de sua esposa às de uma mulher tola; porém, não a condenou.No entanto, Jó resistiu à tentação de aceitar a saída “fácil” para o sofrimento. Desistir de Deus e morrer em paz era a tentação mais forte que ele devia vencer. Foi exatamente isso que ele fez. Deus foi vindicado e Satanás desapareceu. Caso encerrado. Contudo, o livro continua; ou melhor, começa ali. Nos 40 capítulos seguintes, lemos sobre as lutas internas de Jó, à medida que ele aceitava o seu sofrimento e o Deus que mantinha em Suas mãos a vida do patriarca.

Para o professor: Em todo o sofrimento de Jó, a aparição única de sua esposa na história deve ter sido um dos golpes mais difíceis com os quais ele teve que lidar. A sugestão dela de amaldi-çoar a Deus e morrer realmente pode ter surgido de um coração compassivo, que simplesmente não suportava mais assistir ao sofrimento do esposo.No entanto, as palavras dela ainda representavam um convite para ceder às mentiras de Satanás sobre Deus. Jó percebeu isso. Quantas vezes ficamos sozinhos em nosso sofrimento, até mesmo sendo mal interpretados por aqueles que mais nos amam? No entanto, embora a esposa de Jó não apareça novamente no livro, possivelmente, o nascimento de mais sete filhos e três filhas também indique a restauração do relacionamento de Jó com sua esposa.

40 O livro de Jó Out l Nov l Dez 2016 41

Liçã

o 3

I. Tipologia(Recapitule com a classe Gênesis 3:1-8 e Mateus 4:1-11.)As tipologias formam um elo importante entre o Antigo e o Novo Testamento, concentran-

do-se no papel e ministério de Jesus Cristo. A palavra “tipologia” pode ser definida como o estudo de diferentes pessoas, acontecimentos ou instituições na história da salvação, especifi-camente designados por Deus a fim de encontrar o cumprimento antitípico e escatológico em Cristo e nas realidades do evangelho.

Todo o sistema sacrifical do Antigo Testamento proporciona um bom estudo de caso na ti-pologia. Esse sistema aponta para Cristo como o cumprimento de suas características e servi-ços. A tentação de Jó é um eco da tentação inicial de Adão e Eva no Jardim do Éden (Gn 3:1-8), embora existam algumas diferenças importantes: a tentação original ocorreu no contexto do belo jardim do Éden, ao passo que a tentação de Jó se deu em meio à tragédia, ao sofrimento e à morte. Outra diferença importante é que o primeiro casal humano caiu, mas Jó resistiu à ten-tação de amaldiçoar a Deus e cair. Dessa forma, Jó se tornou um tipo de Cristo, que também re-sistiu às tentações no deserto. É preciso levar em consideração que o antítipo (Cristo) é sempre maior e mais completo do que o tipo (Jó), e que a vitória de Cristo sobre a tentação representa a vitória sobre o pecado no grande conflito.Pense nisto: O que significa para nós, nas tentações que surgem em nosso caminho, o fato de

que Jó resistiu à tentação de “amaldiçoar” a Deus?

II. O acesso de Satanás ao Céu(Recapitule com a classe Jó 1:6; 2:1; Lucas 10:18; Apocalipse 12:3, 7-9.)Uma das questões intrigantes que surgem a partir do estudo de Jó 1 e 2 é o livre acesso

ao Céu do qual Satanás parece desfrutar. Por duas vezes, Satanás entrou na presença de Deus (Jó 1:6 e 2:1). Porém, é interessante notar que, em ambas as situações, foi Deus quem iniciou o diálogo e pediu a Satanás que Lhe prestasse contas de suas ações. Claramente Deus estava no controle, até mesmo quanto ao acesso de Satanás ao Céu. Também é interessante notar que, após sua segunda tentativa fracassada de persuadir Jó a rejeitar Deus, Satanás desapareceu completamente do livro de Jó, quase da mesma forma pela qual ele saiu de cena após a terceira tentação de Jesus no deserto. Em contrapartida, diversos versículos da Bíblia falam claramente sobre o paradeiro de Jesus após as tentações no deserto e sobre Seu acesso ao trono de Deus.

A Bíblia mostra a existência de Satanás em certo momento no Céu. Apocalipse 12:7-9 des-creve, numa retrospectiva, como o grande conflito começou ali. Ele teve início com uma bata-lha que terminou com o lançamento de Satanás do Céu à Terra, juntamente com um terço dos anjos (Ap 12:4). Embora seja difícil fixar uma cronologia contínua entre os eventos que ocor-reram no Céu e na Terra, a expulsão de Satanás aconteceu antes da criação da Terra, onde ele tentou primeiramente a mulher no Éden (Gn 3:1-8) e depois lutou contra a semente da mulher (Gn 3:15), Jesus Cristo, durante Sua vida na Terra.

Na época do Antigo Testamento, Satanás ainda tinha acesso limitado ao Céu (Jó 1:6; 2:1; compare também com Zc 3:1), mas isso se dava sempre debaixo das ordens e da autoridade de Deus. A cruz representa o momento em que a vitória sobre os poderes do mal se torna visí-vel. O acesso de Satanás ao Céu parece não mais continuar (compare com Lc 10:18 e Jo 12:31). Satanás está, portanto, limitado à Terra, onde ele será finalmente acorrentado durante o milê-nio (Ap 20).Pense nisto: Como o estudo do acesso de Satanás ao Céu ilumina a sua compreensão dos limi-

tes impostos por Deus sobre o poder do tentador em sua vida?

III. Julgamento de Deus(Recapitule com a classe 1 Coríntios 4:9 e Apocalipse 14:7.)Há uma ambiguidade interessante no início das três mensagens angélicas em Apocalipse

14:7. A “hora do Seu juízo” pode se referir ao julgamento que Deus está realizando como juiz, mas também ao fato de que Ele está sendo julgado. Essa parece ser uma ambiguidade inten-cional, dado que ambos os significados possuem uma mensagem teológica importante. Em-bora Deus seja certamente o juiz que preside o julgamento final, tanto na sua fase investigativa (1844 em diante) quanto executiva (segunda vinda de Cristo, milênio e destruição do mal), Ele também Se faz transparente para o escrutínio do Universo, sendo o grande conflito e o plano a salvação, coletivamente, um espetáculo para o mundo e para os anjos. Todo o Universo irá re-conhecê-Lo como um Deus de amor e justiça, exatamente as duas características que Satanás tentou distorcer.Pense nisto: O que significa ser um espetáculo para o Universo?

Perguntas para reflexão e aplicação1. Pense numa ocasião em que você, ou alguém que você conhece, foi falsamente acusado.

Como você ou ele reagiu? Qual foi o desfecho da situação?2. Você tem experimentado a paciência de Deus em sua vida? Por que Ele foi tão pacien-

te com Satanás?

Atividade individualPasso 1: Em casa, faça uma lista das mentiras sobre você mesmo que Satanás tem tentado

sussurrar em seus ouvidos. Essa pode ser uma experiência dolorosa.Passo 2: Queime essa lista (ou a destrua permanentemente de alguma outra maneira), sa-

bendo que Deus ama você e lhe enxerga através da realidade do sacrifício de Cristo na cruz, pelo qual o Senhor lhe salvou.

INFORMATIVO MUNDIAL DAS MISSÕES

Sermões traduzidosTudo começou com notas manuscritas. Escrevendo o mais rápido que podia, Monika

fornecia uma rápida, mas calma tradução para o inglês enquanto o pai, primeiro ancião da igreja na Áustria, pregava em alemão. As cinco enfermeiras filipinas que estavam ao seu lado agradeciam pelos esforços de Monika.

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Planejando atividades: O que sua classe pode fazer na próxima semana como resposta ao estudo da lição?

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Editor

C.Q.

Depto. Arte

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5 Li

ção

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P 4O

Tri

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Liçã

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I. Tipologia(Recapitule com a classe Gênesis 3:1-8 e Mateus 4:1-11.)As tipologias formam um elo importante entre o Antigo e o Novo Testamento, concentran-

do-se no papel e ministério de Jesus Cristo. A palavra “tipologia” pode ser definida como o estudo de diferentes pessoas, acontecimentos ou instituições na história da salvação, especifi-camente designados por Deus a fim de encontrar o cumprimento antitípico e escatológico em Cristo e nas realidades do evangelho.

Todo o sistema sacrifical do Antigo Testamento proporciona um bom estudo de caso na ti-pologia. Esse sistema aponta para Cristo como o cumprimento de suas características e servi-ços. A tentação de Jó é um eco da tentação inicial de Adão e Eva no Jardim do Éden (Gn 3:1-8), embora existam algumas diferenças importantes: a tentação original ocorreu no contexto do belo jardim do Éden, ao passo que a tentação de Jó se deu em meio à tragédia, ao sofrimento e à morte. Outra diferença importante é que o primeiro casal humano caiu, mas Jó resistiu à ten-tação de amaldiçoar a Deus e cair. Dessa forma, Jó se tornou um tipo de Cristo, que também re-sistiu às tentações no deserto. É preciso levar em consideração que o antítipo (Cristo) é sempre maior e mais completo do que o tipo (Jó), e que a vitória de Cristo sobre a tentação representa a vitória sobre o pecado no grande conflito.Pense nisto: O que significa para nós, nas tentações que surgem em nosso caminho, o fato de

que Jó resistiu à tentação de “amaldiçoar” a Deus?

II. O acesso de Satanás ao Céu(Recapitule com a classe Jó 1:6; 2:1; Lucas 10:18; Apocalipse 12:3, 7-9.)Uma das questões intrigantes que surgem a partir do estudo de Jó 1 e 2 é o livre acesso

ao Céu do qual Satanás parece desfrutar. Por duas vezes, Satanás entrou na presença de Deus (Jó 1:6 e 2:1). Porém, é interessante notar que, em ambas as situações, foi Deus quem iniciou o diálogo e pediu a Satanás que Lhe prestasse contas de suas ações. Claramente Deus estava no controle, até mesmo quanto ao acesso de Satanás ao Céu. Também é interessante notar que, após sua segunda tentativa fracassada de persuadir Jó a rejeitar Deus, Satanás desapareceu completamente do livro de Jó, quase da mesma forma pela qual ele saiu de cena após a terceira tentação de Jesus no deserto. Em contrapartida, diversos versículos da Bíblia falam claramente sobre o paradeiro de Jesus após as tentações no deserto e sobre Seu acesso ao trono de Deus.

A Bíblia mostra a existência de Satanás em certo momento no Céu. Apocalipse 12:7-9 des-creve, numa retrospectiva, como o grande conflito começou ali. Ele teve início com uma bata-lha que terminou com o lançamento de Satanás do Céu à Terra, juntamente com um terço dos anjos (Ap 12:4). Embora seja difícil fixar uma cronologia contínua entre os eventos que ocor-reram no Céu e na Terra, a expulsão de Satanás aconteceu antes da criação da Terra, onde ele tentou primeiramente a mulher no Éden (Gn 3:1-8) e depois lutou contra a semente da mulher (Gn 3:15), Jesus Cristo, durante Sua vida na Terra.

Na época do Antigo Testamento, Satanás ainda tinha acesso limitado ao Céu (Jó 1:6; 2:1; compare também com Zc 3:1), mas isso se dava sempre debaixo das ordens e da autoridade de Deus. A cruz representa o momento em que a vitória sobre os poderes do mal se torna visí-vel. O acesso de Satanás ao Céu parece não mais continuar (compare com Lc 10:18 e Jo 12:31). Satanás está, portanto, limitado à Terra, onde ele será finalmente acorrentado durante o milê-nio (Ap 20).Pense nisto: Como o estudo do acesso de Satanás ao Céu ilumina a sua compreensão dos limi-

tes impostos por Deus sobre o poder do tentador em sua vida?

III. Julgamento de Deus(Recapitule com a classe 1 Coríntios 4:9 e Apocalipse 14:7.)Há uma ambiguidade interessante no início das três mensagens angélicas em Apocalipse

14:7. A “hora do Seu juízo” pode se referir ao julgamento que Deus está realizando como juiz, mas também ao fato de que Ele está sendo julgado. Essa parece ser uma ambiguidade inten-cional, dado que ambos os significados possuem uma mensagem teológica importante. Em-bora Deus seja certamente o juiz que preside o julgamento final, tanto na sua fase investigativa (1844 em diante) quanto executiva (segunda vinda de Cristo, milênio e destruição do mal), Ele também Se faz transparente para o escrutínio do Universo, sendo o grande conflito e o plano a salvação, coletivamente, um espetáculo para o mundo e para os anjos. Todo o Universo irá re-conhecê-Lo como um Deus de amor e justiça, exatamente as duas características que Satanás tentou distorcer.Pense nisto: O que significa ser um espetáculo para o Universo?

Perguntas para reflexão e aplicação1. Pense numa ocasião em que você, ou alguém que você conhece, foi falsamente acusado.

Como você ou ele reagiu? Qual foi o desfecho da situação?2. Você tem experimentado a paciência de Deus em sua vida? Por que Ele foi tão pacien-

te com Satanás?

Atividade individualPasso 1: Em casa, faça uma lista das mentiras sobre você mesmo que Satanás tem tentado

sussurrar em seus ouvidos. Essa pode ser uma experiência dolorosa.Passo 2: Queime essa lista (ou a destrua permanentemente de alguma outra maneira), sa-

bendo que Deus ama você e lhe enxerga através da realidade do sacrifício de Cristo na cruz, pelo qual o Senhor lhe salvou.

INFORMATIVO MUNDIAL DAS MISSÕES

Sermões traduzidosTudo começou com notas manuscritas. Escrevendo o mais rápido que podia, Monika

fornecia uma rápida, mas calma tradução para o inglês enquanto o pai, primeiro ancião da igreja na Áustria, pregava em alemão. As cinco enfermeiras filipinas que estavam ao seu lado agradeciam pelos esforços de Monika.

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Criatividade e atividades práticasPara o professor: Satanás ainda é o pai de todas as mentiras. Ele continua insinuando inver-dades sobre os filhos de Deus.

Planejando atividades: O que sua classe pode fazer na próxima semana como resposta ao estudo da lição?

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AplicaçãoPara o professor: Deus demonstrou incrível paciência para com os ataques de Satanás so-bre Jó, os quais, no fim das contas, foram dirigidos contra Ele mesmo. O Senhor sabia que a cruz responderia a todas as perguntas, até mesmo as de Jó.

42 O livro de Jó Out l Nov l Dez 2016 43

Liçã

o 3

Devido à escassez de trabalhadores para o hospital local nas décadas de 1970 e 1980, os governos filipino e austríaco entraram em acordo para enviar profissionais de saúde para o país. Por meio desse programa, muitas enfermeiras filipinas foram trabalhar na Áustria.

Marietta fazia parte de um grupo de enfermeiros designados para trabalhar em Vie-na. Antes de deixar as Filipinas, seu pai lhe assegurou que “havia adventistas em Viena.” Então, no sábado pela manhã, ela e outra enfermeira adventista da mesma equipe foram procurar uma igreja.

Procurando uma igreja“Caminhamos muito”, lembra Marietta. “Encontramos uma igreja, mas estava vazia.

Cada sábado, caminhávamos em busca de uma igreja. Ficamos muito tristes por não en-contrar alguém que parecesse ser adventista.”

Marietta e a colega procuraram durante um ano inteiro, sem encontrar uma igreja ad-ventista. Desapontada, Marietta escreveu ao pai: “Não encontramos aqui nenhuma igreja adventista!”

Nessa época não havia internet. O pai de Marietta escreveu ao escritório da Missão nas Filipinas que, em seguida, enviou-lhe o endereço do escritório da União Austríaca em Viena. Encantada, Marietta e a amiga participaram do culto na igreja adventista no sábado seguinte, onde foram calorosamente recebidas.

Depois de alguns meses, outras enfermeiras foram apresentadas a Monika e seus pais e, assim, começaram a frequentar juntas a mesma igreja onde Monika fazia a tradução es-crita. Conforme o tempo passava, mais filipinos chegavam à Viena, e outras pessoas que falavam inglês, de outros países asiáticos e africanos. A maioria desses estrangeiros havia chegado à Áustria para trabalhar ou estudar e estavam em busca de uma igreja.

A classe da Escola Sabatina de língua inglesa da igreja de Viena cresceu rapidamente. Não demorou muito, traduções manuscritas dos sermões tão apreciados não eram sufi-cientes para as muitas pessoas que necessitavam de apoio linguístico.

Em 1987, foi decidido que, para facilitar o crescimento contínuo, seria necessária uma igreja exclusiva para o grupo internacional. Assim, os membros de língua alemã se muda-ram para um novo local e o grupo internacional permaneceu no prédio original.

Igreja internacionalA Igreja Adventista do Sétimo Dia Internacional em Viena, Áustria, foi criada oficial-

mente no quarto trimestre de 1987, com 19 membros. Alguns meses depois de oficializada, o número de membros cresceu para 40, com muitos visitantes a cada semana. A igreja ficou conhecida como um lugar de cordialidade, amizade, crescimento espiritual e comunhão para as muitas pessoas.

Hoje, com 153 membros e quase a mesma quantidade de visitantes a cada semana, a igreja aumenta suas instalações originais. Cada sábado, o salão do culto fica lotado com pessoas de todo o mundo, cantando e louvando juntas ao Senhor. Após a Escola Sabati-na, Culto Divino e Programa Jovem, um jantar é oferecido, o que é um grande atrativo, especialmente para os muitos estudantes das várias escolas e universidades em Viena.

“Muitos estrangeiros que vêm aqui se sentem desamparados quando chegam [em Vie-na]”, diz o pastor da igreja, Félix Metonou. “Mesmo que não tenham formação cristã, eles ficam felizes ao encontrar um lugar em que, pelo menos, compreendem o idioma falado e desfrutam de uma deliciosa refeição. Eles gostam da receptividade das pessoas aqui e se sentem confortáveis.”

Crescimento surpreendenteAlguns adventistas que mantinham a rotina regular de frequentar a igreja em seus paí-

ses de origem, desanimaram quando chegaram ao novo país e sentiram saudade da família e de seus irmãos e irmãs espirituais. O pastor Félix acrescenta: “Arrisco-me a dizer que alguns se mantêm na fé adventista por causa desta igreja.”

Os estrangeiros não mais precisam andar pelas ruas de Viena, a fim de encontrar uma Igreja Adventista do Sétimo Dia. “Desde que criei uma página na Web, há mais de sete anos”, diz o pastor Félix, “não há uma semana em que não recebamos contatos pela inter-net.”

Recentemente, Monika voltou a visitar sua “igreja-matriz” e ficou encantada com o que viu. Refletindo sobre a primeira visita há mais de 30 anos, ela disse: “Que emoção quando cantamos ‘Quão Grande és Tu!’ Éramos um pequeno grupo de pessoas em um salão gran-de, mas agora o salão está lotado! Só posso dar graças ao Senhor: Nunca sonhei que a igreja iria crescer desta maneira!”

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As pág inas des te l i v ro da rão a você as f e r r amen tas

necessá r i a s pa ra expe r imen ta r a o ração como a chave

pa ra o re l ac ionamen to com Deus e uma v ida de pode r, abençoada pe los recu r sos

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Devido à escassez de trabalhadores para o hospital local nas décadas de 1970 e 1980, os governos filipino e austríaco entraram em acordo para enviar profissionais de saúde para o país. Por meio desse programa, muitas enfermeiras filipinas foram trabalhar na Áustria.

Marietta fazia parte de um grupo de enfermeiros designados para trabalhar em Vie-na. Antes de deixar as Filipinas, seu pai lhe assegurou que “havia adventistas em Viena.” Então, no sábado pela manhã, ela e outra enfermeira adventista da mesma equipe foram procurar uma igreja.

Procurando uma igreja“Caminhamos muito”, lembra Marietta. “Encontramos uma igreja, mas estava vazia.

Cada sábado, caminhávamos em busca de uma igreja. Ficamos muito tristes por não en-contrar alguém que parecesse ser adventista.”

Marietta e a colega procuraram durante um ano inteiro, sem encontrar uma igreja ad-ventista. Desapontada, Marietta escreveu ao pai: “Não encontramos aqui nenhuma igreja adventista!”

Nessa época não havia internet. O pai de Marietta escreveu ao escritório da Missão nas Filipinas que, em seguida, enviou-lhe o endereço do escritório da União Austríaca em Viena. Encantada, Marietta e a amiga participaram do culto na igreja adventista no sábado seguinte, onde foram calorosamente recebidas.

Depois de alguns meses, outras enfermeiras foram apresentadas a Monika e seus pais e, assim, começaram a frequentar juntas a mesma igreja onde Monika fazia a tradução es-crita. Conforme o tempo passava, mais filipinos chegavam à Viena, e outras pessoas que falavam inglês, de outros países asiáticos e africanos. A maioria desses estrangeiros havia chegado à Áustria para trabalhar ou estudar e estavam em busca de uma igreja.

A classe da Escola Sabatina de língua inglesa da igreja de Viena cresceu rapidamente. Não demorou muito, traduções manuscritas dos sermões tão apreciados não eram sufi-cientes para as muitas pessoas que necessitavam de apoio linguístico.

Em 1987, foi decidido que, para facilitar o crescimento contínuo, seria necessária uma igreja exclusiva para o grupo internacional. Assim, os membros de língua alemã se muda-ram para um novo local e o grupo internacional permaneceu no prédio original.

Igreja internacionalA Igreja Adventista do Sétimo Dia Internacional em Viena, Áustria, foi criada oficial-

mente no quarto trimestre de 1987, com 19 membros. Alguns meses depois de oficializada, o número de membros cresceu para 40, com muitos visitantes a cada semana. A igreja ficou conhecida como um lugar de cordialidade, amizade, crescimento espiritual e comunhão para as muitas pessoas.

Hoje, com 153 membros e quase a mesma quantidade de visitantes a cada semana, a igreja aumenta suas instalações originais. Cada sábado, o salão do culto fica lotado com pessoas de todo o mundo, cantando e louvando juntas ao Senhor. Após a Escola Sabati-na, Culto Divino e Programa Jovem, um jantar é oferecido, o que é um grande atrativo, especialmente para os muitos estudantes das várias escolas e universidades em Viena.

“Muitos estrangeiros que vêm aqui se sentem desamparados quando chegam [em Vie-na]”, diz o pastor da igreja, Félix Metonou. “Mesmo que não tenham formação cristã, eles ficam felizes ao encontrar um lugar em que, pelo menos, compreendem o idioma falado e desfrutam de uma deliciosa refeição. Eles gostam da receptividade das pessoas aqui e se sentem confortáveis.”

Resumo missionário • O Schnitzel de Viena é o principal prato típico austríaco e a sobremesa “Strudel” ou “Apfels-

trudel” (torta com recheio de maçã) foi criada na Áustria.• A baronesa austro-húngara Bertha von Suttner foi a primeira mulher a ganhar o Prêmio

Nobel da Paz em 1905.• Desde 2013, a Áustria obteve 20 ganhadores do Prêmio Nobel, incluindo sete em fisiologia

ou medicina, cinco em química, três em física e um em economia.• Ferdinand Porsche, fundador da empresa de automóveis Porsche, nasceu em 1875, em

Mattersdorf, Áustria.

Crescimento surpreendenteAlguns adventistas que mantinham a rotina regular de frequentar a igreja em seus paí-

ses de origem, desanimaram quando chegaram ao novo país e sentiram saudade da família e de seus irmãos e irmãs espirituais. O pastor Félix acrescenta: “Arrisco-me a dizer que alguns se mantêm na fé adventista por causa desta igreja.”

Os estrangeiros não mais precisam andar pelas ruas de Viena, a fim de encontrar uma Igreja Adventista do Sétimo Dia. “Desde que criei uma página na Web, há mais de sete anos”, diz o pastor Félix, “não há uma semana em que não recebamos contatos pela inter-net.”

Recentemente, Monika voltou a visitar sua “igreja-matriz” e ficou encantada com o que viu. Refletindo sobre a primeira visita há mais de 30 anos, ela disse: “Que emoção quando cantamos ‘Quão Grande és Tu!’ Éramos um pequeno grupo de pessoas em um salão gran-de, mas agora o salão está lotado! Só posso dar graças ao Senhor: Nunca sonhei que a igreja iria crescer desta maneira!”

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Sexta-feira, 21 de outubro Ano Bíblico: Lc 3-5

Estudo adicional

O escritor e apologista cristão C. S. Lewis escreveu um livro que fala sobre a mor-te de sua esposa e a luta que ele teve para aceitar e superar essa perda. Lewis

escreveu: “Não que eu esteja (penso eu) correndo o perigo de deixar de crer em Deus. O verdadeiro perigo é eu acreditar em coisas tão terríveis sobre Ele. A con-clusão que temo não é: ‘Então realmente não existe Deus’, mas: ‘Então é assim que Deus realmente é? Não se engane mais’” (A Anatomia de uma Dor, p. 6, 7).

Jó também lutou com essas perguntas. Como vimos anteriormente, ele nunca duvidou da existência de Deus. O motivo de sua luta era a questão do caráter divi-no. Jó serviu ao Senhor fielmente; ele foi um homem “bom”. Portanto, ele sabia que não merecia as coisas pelas quais estava passando. Dessa forma, ele fez a pergunta que muitos crentes fazem em meio às tragédias: Como Deus realmente é? E não é essa a pergunta fundamental do grande conflito? A questão em jogo não é a existên-cia de Deus, mas Seu caráter. E embora haja muitas coisas envolvidas na resolução do grande conflito, não há dúvida de que a morte de Jesus na cruz, onde o Filho de Deus “Se entregou a Si mesmo por nós, como oferta e sacrifício a Deus, em aroma suave” (Ef 5:2), mais do que qualquer outra coisa revelou ao Universo o verdadei-ro caráter do nosso Criador. A cruz nos mostrou que podemos confiar em Deus.

Perguntas para reflexão1. Os que não creem em Deus não precisam lutar com as mesmas perguntas que

os crentes lutam ao enfrentar tragédias. Por outro lado, que esperança eles têm de um dia obter respostas? Imagine acreditar que a sepultura seja o fim de todas as coisas. Muitos incrédulos se desesperam com a vida ou com a ausência de sig-nificado para a existência. A literatura secular está repleta de exclamações e pro-testos a respeito da falta de sentido da vida. Em meio às tristezas, como podemos obter esperança por meio da fé, apesar das perguntas difíceis que permanecem?

2. Por que é tão importante sempre pensarmos na cruz, a revelação mais pode-rosa do amor de Deus e de Seu caráter? Quando somos engolidos pela tristeza, tragédia e pelo mal inexplicável, o que a cruz nos diz sobre o caráter de Deus? Quando mantemos a realidade da cruz sempre diante de nós, que esperança te-mos sobre o resultado final de tudo o que enfrentamos hoje?

Respostas e tarefas para a semana: 1. Se possível, com uma semana de antecedência, desafie os alunos a pesquisar evi-dências do poder do Criador e Seus atributos na natureza. Peça que eles apresentem à classe pelo menos uma evidência verificada. Eles podem levar textos, fotos e outros recursos. 2. D. 3. Por meio de Jesus Cristo, Deus criou todas as coisas e todos os seres vivos, por Sua vontade e poder. Por isso, Ele merece toda honra e glória. 4. A = 3; B = 4; C = 1; D = 2. 5. Se Deus existe e se o Criador é justo, amoroso e poderoso, por que Jó estava sofrendo? O dilema se complicava pela aparente falta de informação de Jó a respeito do grande conflito e da atuação de Satanás. Por isso, todos imaginavam que a aflição humana fosse produzida por Deus em resposta aos pecados específicos de cada pessoa. 6. Jó/pergunta/Deus/ele. 7. A e B.

Resumo da Lição 4

Deus e o sofrimento humano

TEXTOS-CHAVE: Jó 10:8-12; Romanos 3:1-4; Colossenses 1:16, 17

O ALUNO DEVERÁSaber: Que tanto a natureza quanto os seres criados evidenciam a existência de um

Criador que está no controle do Universo.Sentir: Perceber a revelação suprema do caráter de Deus no fato de que Ele enviou

Seu Filho para morrer na cruz por nossos pecados.Fazer: Decidir não perguntar: “Por que, Deus?” na próxima vez que o sofrimento ba-

ter à sua porta, mas indagar, “Para que, Senhor?”.

ESBOÇOI. Saber: Deus na natureza

A. Que coisas na natureza falam de um Criador amoroso?B. Que limitações existem àquilo que a natureza nos diz sobre um Criador amoro-

so? Onde podemos descobrir mais sobre Ele?

II. Sentir: Deus na cruzA. Por que a questão do sofrimento humano e de um Deus amoroso é resolvida por

meio da morte de Cristo na cruz?B. Como Jó experimentou uma solução para suas perguntas sobre o caráter de Deus?

III. Fazer: Vendo Deus em nosso sofrimentoA. Qual é a nossa reação natural quando o sofrimento surge em nosso caminho?B. Como podemos ir além da nossa reação natural quando enfrentamos a dor e o

sofrimento em nossa vida?

RESUMO: O caráter de Deus está no centro do grande conflito e também por trás da maioria das perguntas sobre o sofrimento humano. Chegará um momento na história deste pla-neta – e, espera-se, também na nossa vida – em que o louvor será dado a Deus por Seu amor imensurável, mesmo que nem todas as perguntas sejam respondidas an-tes da segunda vinda de Jesus.

Ciclo do aprendizado

PASS

O 1

Focalizando as Escrituras: Romanos 1:18-20Conceito-chave para o crescimento espiritual: Por que coisas ruins acontecem a pessoas boas? Essa pergunta permanente e universal ecoa desde os dias de Jó e atravessa a História. Ela é tratada a partir de diversas perspectivas. No entanto, a verdadeira questão não é apenas sobre o sofrimento, mas também sobre Aquele que permite esse sofrimento. Porém, ao observar a criação e a natureza, vemos ali a revelação de um Deus amoroso que enviou Seu Filho para morrer pelos pecados da humanidade. Essa é a verdadeira perspectiva a partir da qual todas as perguntas podem ser respondidas.Para o professor: A única coisa certa sobre o sofrimento humano é que, mesmo que ainda não

Motivação

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Liçã

o 4

Discussão de aberturaOuça as palavras de um amigo que perdeu a filha para o câncer (nomes e datas são fictí-

cios): “A tampa do porta-malas foi abaixada de maneira definitiva e cruel. Eu ainda podia ver o caixão de pinho de cor clara através da janela traseira, mas, em seguida, o agente funerário ligou o carro e partiu. Ela se foi. Minha filha se foi! Meus óculos estavam embaçados pelas lá-grimas. Doía muito! Era como se tivessem me cortado ao meio. Embora eu soubesse há meses que aquele momento um dia chegaria; embora eu tivesse concordado quando o agente fune-rário perguntou: ‘Posso fechar o caixão agora?’; embora minha mente tivesse há muito tem-po consentido quando a Andrea orou: ‘Senhor, deixe-me morrer! Eu não consigo mais lutar!’; embora eu estivesse aliviado porque ela não precisaria mais sentir dor e nunca mais iria temer outro resultado de exame, meu coração gritou: ‘Não! É tão injusto! Ela era tão jovem! Eu que-ria ter morrido no lugar dela!’. Andrea tinha apenas 25 anos de idade quando sua luta contra o câncer terminou.”

Essa história não é, de maneira nenhuma, inédita. Com certeza, todos nós podemos subs-tituí-la por nossa própria experiência. Como podemos relacionar a ideia de um Deus amoroso com o incompreensível sofrimento que enfrentamos em nossa vida?

Comentário bíblico

O sofrimento é um tema universal e atemporal. O livro de Jó aborda esse assunto de uma maneira ainda relevante, mesmo depois de 3.500 anos repletos de sofrimento pessoal e coleti-vo. É importante examinar o contexto histórico do livro e entender como a questão de Deus e do sofrimento tem sido vista e expressada desde a criação até o tempo do fim.

I. Contexto histórico do livro(Recapitule com a classe Jó 1:1; Ezequiel 14:14, 20 e Tiago 5:11.)

A maioria dos comentaristas concorda que é difícil identificar com precisão o período e o local em que o livro de Jó foi escrito. Ellen G. White menciona que Moisés o escreveu durante sua curta permanência em Midiã, em algum momento entre 1490 e 1450 a.C., antes de ocorrer o Êxodo do Egito. A tradição rabínica, no Talmude, também sugere Moisés como autor (Trata-do de Baba Bathra 14b).

No entanto, a história poderia ser muito mais antiga, e alguns a tem associado ao período patriarcal e aos dias de Abraão (por volta de 2000 a.C.). A referência à terra de Uz, em Jó 1:1, tem sido associada ao texto de Lamentações 4:21, no qual Jeremias refere-se a Uz em conexão com Edom. A fauna e a flora de Edom refletem as imagens utilizadas no livro de Jó. Por exemplo: as atividades de mineração descritas em Jó 28:1-11, texto em que são usadas cinco palavras dife-rentes para o ouro e treze termos diferentes para pedras preciosas e metais. Pesquisas arqueo-lógicas recentes têm revelado pelo menos treze minas de cobre na região de Khirbat en-Nahas, que fica a sudeste do Mar Morto, na atual Jordânia (o antigo território de Edom).

Alguns comentaristas também têm sugerido que Jó não foi uma pessoa histórica, e que seu livro é mais uma obra de sabedoria literária do que um relato histórico. Embora o caráter do livro seja definitivamente muito literário e poético, existem outros autores bíblicos que se referem a Jó como personagem histórico (compare com Ez 14:14, 20; Tg 5:11), trazendo mais evi-dências que apontam para a historicidade do homem Jó. No entanto, referências geográficas e temporais ainda permanecem escassas ao longo do livro, o que resulta numa obra com uma forte mensagem universal e atemporal. Ao mesmo tempo, é confortante saber que Jó foi uma pessoa real, que sofreu como muitos de nós.

II. Revelação geral e especial(Recapitule com a classe Jó 12:8-10; Colossenses 2:16, 17 e Romanos 1:18-20.)Quando Satanás atacou Jó, na realidade, ele estava atacando o caráter de Deus. Essa con-

tenda está no âmago do grande conflito. A resolução do conflito sobre o caráter de Deus deve estar fundamentada no conhecimento de Deus, a partir daquilo que Ele revelou sobre Si mes-mo, e não por meio daquilo que Satanás sugeriu sobre o Criador.

Normalmente formamos nossa compreensão das revelações geral (natural) e especial nes-se contexto maior do conhecimento de Deus. Ambas as formas de revelação estão presentes no livro de Jó. Todas as pessoas podem saber sobre Deus por intermédio da natureza (Rm 1:18-20). Saber sobre Deus ou reconhecer Sua existência não significa necessariamente conhecê-Lo de maneira pessoal. Mas o que vemos na natureza aponta para Ele como Criador. Paulo, em Ro-manos, fala sobre uma moralidade básica que Deus colocou na humanidade. Essa moralidade é refletida na ordem natural (Rm 2:14, 15). No entanto, um mundo pecaminoso e uma nature-za humana pecaminosa obscureceram esse conhecimento geral de Deus e da moralidade bási-ca, de modo que se tornou necessária uma revelação especial. Deus Se revela em Sua Palavra, e a revelação mais completa de Deus pode ser encontrada em Cristo, que é o logos (“palavra”) encarnado de Deus (compare com João 1:1-3). Esses dois aspectos, a revelação geral e espe-cial, são encontrados no livro de Jó. Embora a revelação geral aponte para Deus (Jó 12:7-10), ela não pode responder às perguntas de Jó de forma satisfatória. Somente a revelação especial de Deus no fim do livro – Suas palavras ditas diretamente a Jó – finalmente oferecem as verdadei-ras respostas (Jó 38–41).Pense nisto: Defina a revelação geral e a especial. Como elas aprofundam a nossa compreen-

são de quem é Deus?

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O 2

CompreensãoPara o professor: Jó 6:4-10 expressa a profunda dor de Jó. Essa passagem não é um simples retrato das frustrações do patriarca numa contínua discussão intelectual e teológica que im-possibilitava qualquer envolvimento pessoal. Longe disso! Esse texto descreve a experiência de profunda agonia existencial de Jó. O patriarca descreve Deus como um guerreiro (Jó 6:4), mas não como o guerreiro que defende Seu povo, como em outros textos do Antigo Testamento (por exemplo, Sl 18:29-42). Dessa vez, as setas de Deus traspassaram Seu fiel servo Jó, e a dor que ele sentiu o levaram a pedir que Deus o esmagasse (Jó 6:9). O sofredor estava à procura de algum tipo de resolução, positiva ou negativa, mas ele não podia continuar vivendo na incerteza de não ser capaz de compreender as ações de Deus. Isso se refletiu na maneira pela qual outros escritores bíblicos abordaram esse assunto universal e atemporal (compare com Sl 38:2; 88:13-18; 120:4).

o tenhamos experimentado, temos a certeza de que o experimentaremos ao longo da vida. Em algum momento, a grande pergunta será feita: Como pode um Deus amoroso permitir tal sofrimento, especialmente quando ele acontece com pessoas boas (como se o sofrimento das pessoas más tornasse essa questão menos difícil de entender)? Esse tema também produz uma sucessão de argumentos de céticos que negam a realidade de um Deus (amoroso) e que muitas vezes envolvem os cristãos com perguntas intrigantes para as quais não existem respostas fáceis. Nesta discussão inicial, é importante não apenas ouvir as experiências de seus alunos em relação ao sofrimento, bem como seus diálogos com os céticos, mas também se certificar de que a lição vá além dos porquês.

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Discussão de aberturaOuça as palavras de um amigo que perdeu a filha para o câncer (nomes e datas são fictí-

cios): “A tampa do porta-malas foi abaixada de maneira definitiva e cruel. Eu ainda podia ver o caixão de pinho de cor clara através da janela traseira, mas, em seguida, o agente funerário ligou o carro e partiu. Ela se foi. Minha filha se foi! Meus óculos estavam embaçados pelas lá-grimas. Doía muito! Era como se tivessem me cortado ao meio. Embora eu soubesse há meses que aquele momento um dia chegaria; embora eu tivesse concordado quando o agente fune-rário perguntou: ‘Posso fechar o caixão agora?’; embora minha mente tivesse há muito tem-po consentido quando a Andrea orou: ‘Senhor, deixe-me morrer! Eu não consigo mais lutar!’; embora eu estivesse aliviado porque ela não precisaria mais sentir dor e nunca mais iria temer outro resultado de exame, meu coração gritou: ‘Não! É tão injusto! Ela era tão jovem! Eu que-ria ter morrido no lugar dela!’. Andrea tinha apenas 25 anos de idade quando sua luta contra o câncer terminou.”

Essa história não é, de maneira nenhuma, inédita. Com certeza, todos nós podemos subs-tituí-la por nossa própria experiência. Como podemos relacionar a ideia de um Deus amoroso com o incompreensível sofrimento que enfrentamos em nossa vida?

Comentário bíblico

O sofrimento é um tema universal e atemporal. O livro de Jó aborda esse assunto de uma maneira ainda relevante, mesmo depois de 3.500 anos repletos de sofrimento pessoal e coleti-vo. É importante examinar o contexto histórico do livro e entender como a questão de Deus e do sofrimento tem sido vista e expressada desde a criação até o tempo do fim.

I. Contexto histórico do livro(Recapitule com a classe Jó 1:1; Ezequiel 14:14, 20 e Tiago 5:11.)

A maioria dos comentaristas concorda que é difícil identificar com precisão o período e o local em que o livro de Jó foi escrito. Ellen G. White menciona que Moisés o escreveu durante sua curta permanência em Midiã, em algum momento entre 1490 e 1450 a.C., antes de ocorrer o Êxodo do Egito. A tradição rabínica, no Talmude, também sugere Moisés como autor (Trata-do de Baba Bathra 14b).

No entanto, a história poderia ser muito mais antiga, e alguns a tem associado ao período patriarcal e aos dias de Abraão (por volta de 2000 a.C.). A referência à terra de Uz, em Jó 1:1, tem sido associada ao texto de Lamentações 4:21, no qual Jeremias refere-se a Uz em conexão com Edom. A fauna e a flora de Edom refletem as imagens utilizadas no livro de Jó. Por exemplo: as atividades de mineração descritas em Jó 28:1-11, texto em que são usadas cinco palavras dife-rentes para o ouro e treze termos diferentes para pedras preciosas e metais. Pesquisas arqueo-lógicas recentes têm revelado pelo menos treze minas de cobre na região de Khirbat en-Nahas, que fica a sudeste do Mar Morto, na atual Jordânia (o antigo território de Edom).

Alguns comentaristas também têm sugerido que Jó não foi uma pessoa histórica, e que seu livro é mais uma obra de sabedoria literária do que um relato histórico. Embora o caráter do livro seja definitivamente muito literário e poético, existem outros autores bíblicos que se referem a Jó como personagem histórico (compare com Ez 14:14, 20; Tg 5:11), trazendo mais evi-dências que apontam para a historicidade do homem Jó. No entanto, referências geográficas e temporais ainda permanecem escassas ao longo do livro, o que resulta numa obra com uma forte mensagem universal e atemporal. Ao mesmo tempo, é confortante saber que Jó foi uma pessoa real, que sofreu como muitos de nós.

II. Revelação geral e especial(Recapitule com a classe Jó 12:8-10; Colossenses 2:16, 17 e Romanos 1:18-20.)Quando Satanás atacou Jó, na realidade, ele estava atacando o caráter de Deus. Essa con-

tenda está no âmago do grande conflito. A resolução do conflito sobre o caráter de Deus deve estar fundamentada no conhecimento de Deus, a partir daquilo que Ele revelou sobre Si mes-mo, e não por meio daquilo que Satanás sugeriu sobre o Criador.

Normalmente formamos nossa compreensão das revelações geral (natural) e especial nes-se contexto maior do conhecimento de Deus. Ambas as formas de revelação estão presentes no livro de Jó. Todas as pessoas podem saber sobre Deus por intermédio da natureza (Rm 1:18-20). Saber sobre Deus ou reconhecer Sua existência não significa necessariamente conhecê-Lo de maneira pessoal. Mas o que vemos na natureza aponta para Ele como Criador. Paulo, em Ro-manos, fala sobre uma moralidade básica que Deus colocou na humanidade. Essa moralidade é refletida na ordem natural (Rm 2:14, 15). No entanto, um mundo pecaminoso e uma nature-za humana pecaminosa obscureceram esse conhecimento geral de Deus e da moralidade bási-ca, de modo que se tornou necessária uma revelação especial. Deus Se revela em Sua Palavra, e a revelação mais completa de Deus pode ser encontrada em Cristo, que é o logos (“palavra”) encarnado de Deus (compare com João 1:1-3). Esses dois aspectos, a revelação geral e espe-cial, são encontrados no livro de Jó. Embora a revelação geral aponte para Deus (Jó 12:7-10), ela não pode responder às perguntas de Jó de forma satisfatória. Somente a revelação especial de Deus no fim do livro – Suas palavras ditas diretamente a Jó – finalmente oferecem as verdadei-ras respostas (Jó 38–41).Pense nisto: Defina a revelação geral e a especial. Como elas aprofundam a nossa compreen-

são de quem é Deus?

Para o professor: Jó 6:4-10 expressa a profunda dor de Jó. Essa passagem não é um simples retrato das frustrações do patriarca numa contínua discussão intelectual e teológica que im-possibilitava qualquer envolvimento pessoal. Longe disso! Esse texto descreve a experiência de profunda agonia existencial de Jó. O patriarca descreve Deus como um guerreiro (Jó 6:4), mas não como o guerreiro que defende Seu povo, como em outros textos do Antigo Testamento (por exemplo, Sl 18:29-42). Dessa vez, as setas de Deus traspassaram Seu fiel servo Jó, e a dor que ele sentiu o levaram a pedir que Deus o esmagasse (Jó 6:9). O sofredor estava à procura de algum tipo de resolução, positiva ou negativa, mas ele não podia continuar vivendo na incerteza de não ser capaz de compreender as ações de Deus. Isso se refletiu na maneira pela qual outros escritores bíblicos abordaram esse assunto universal e atemporal (compare com Sl 38:2; 88:13-18; 120:4).

o tenhamos experimentado, temos a certeza de que o experimentaremos ao longo da vida. Em algum momento, a grande pergunta será feita: Como pode um Deus amoroso permitir tal sofrimento, especialmente quando ele acontece com pessoas boas (como se o sofrimento das pessoas más tornasse essa questão menos difícil de entender)? Esse tema também produz uma sucessão de argumentos de céticos que negam a realidade de um Deus (amoroso) e que muitas vezes envolvem os cristãos com perguntas intrigantes para as quais não existem respostas fáceis. Nesta discussão inicial, é importante não apenas ouvir as experiências de seus alunos em relação ao sofrimento, bem como seus diálogos com os céticos, mas também se certificar de que a lição vá além dos porquês.

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III. Teodiceia na história(Recapitule com a classe Jó 10:8-12.)Teodiceia é o conceito fundamental que procura explicar por que um Deus bom permi-

te que o mal aconteça. Essa questão tem intrigado os estudiosos da Bíblia desde o surgimen-to das Escrituras, embora o termo teodiceia tenha sido atribuído ao filósofo alemão Gottfried Leibniz (1710). Falamos das teodiceias Agostinianas, Irineias, Origenianas e outras que, em úl-tima análise, são tentativas de justificar Deus a partir de uma perspectiva humana, filosófica e racionalista. Porém, talvez Deus não precise de nossas tentativas de justificação. Em vez disso, Suas revelações no livro de Jó e em toda a Bíblia são suficientes para mostrar um Deus amoro-so, que justifica a pessoa de Jó em vez de ser, Ele mesmo, justificado.Pense nisto: Para você, tem sido difícil aceitar o conceito de teodiceia? Qual tem sido sua res-

posta para as perguntas que ele apresenta? Como a cruz se encaixa em qualquer teodiceia?

Perguntas para reflexão e aplicação1. Pense em um momento de sofrimento em sua vida no qual você sentiu amargura em re-

lação a Deus. Como você pode se livrar desses sentimentos em seu relacionamento com Ele?2. E quanto à amargura em relação às outras pessoas? Você se sentiu injustiçado? Como

consequência, você tem guardado rancor daqueles que lhe feriram? O que você pode fazer para eliminar a mágoa e o ressentimento, estimulando a cura e a renovação?

Atividades individuais ou em classe1. Durante a semana, pense em sua imagem favorita de Deus na Bíblia – uma história predi-

leta ou uma metáfora (Deus como Pastor, Rocha, Fortaleza, e assim por diante).2. Compartilhe com a classe sua imagem favorita de Deus.

INFORMATIVO MUNDIAL DAS MISSÕES

Um lugar para chamar de larQuando Yuxin saiu de casa para estudar piano no mundialmente famoso Conserva-

tório Prayner em Viena, Áustria, sua mãe lhe deu um importante conselho: “Encontre o ambiente de uma casa.”

Yuxin e a mãe frequentaram uma igreja evangélica na China por dez anos. Então, certo dia, a mãe descobriu, na Bíblia, que o sétimo dia da semana é o dia sagrado de Deus. Ela compartilhou com Yuxin o que havia aprendido, e ela ficou surpresa.

“Eu nunca havia percebido isso anteriormente”, ela relembra. Ao orar sobre o assunto, Yuxin suplicou, “Por favor Deus, diga-me se essa é a verdade.”

Pouco tempo depois, Yuxin encontrou uma Igreja Adventista do Sétimo Dia e deci-diu visitá-la. Mais tarde, quando conheceu o pastor, fez muitas perguntas sobre o sába-do e outras crenças adventistas. Pacientemente, ele respondeu às perguntas de Yuxin à luz da Bíblia.

Mas ela não se convenceu. “Talvez isso seja certo”, pensou, mas não estava disposta a se comprometer. Naquela época, ela comia carne suína e não estava pronta para desistir. Entretanto, depois de chegar a Viena, conheceu a Igreja Adventista do Sétimo Dia Interna-cional na internet e entrou em contato com o pastor Félix.

Diz o pastor Félix: “Quando fui buscar Yuxin na estação de metrô para leva-la à igreja, ficou claro que ela estava muito entusiasmada.”

Desfrutando o sábado“Foi muito bom”, Yuxin conta. “Não entendia muito sobre os adventistas, por isso, decidi

vir para ver e ouvir. Frequentei os cultos de sexta à noite e a igreja aos sábados.” Após algumas semanas, Yuxin descobriu um novo lar na Igreja Adventista do Sétimo

Dia Internacional. “Ela é tão receptiva! Finalmente encontrei um local para descansar e me sentir muito bem”, disse. “E, no sábado, podemos ouvir a palavra de Deus e ter um senti-mento maravilhoso!”

Yuxin continuou frequentando a igreja, aprendendo mais sobre a Bíblia e sobre os ad-ventistas. “A pregação realmente me tocou. Foi uma experiência maravilhosa! Deus me deu a força necessária para abandonar vários hábitos, como, por exemplo, comer carne de porco e fazer compras aos sábados.”

Yuxin foi batizada e está ansiosa para voltar à terra natal e compartilhar o que aprendeu em Viena. Nesse período, sua família mudou da região norte para o sul da China. Não há igreja adventista na região. Ao voltar para casa, ela planeja compartilhar com a família e vizinhos as verdades bíblicas e deseja iniciar um pequeno grupo adventista. “Eles precisam saber porque os adventistas existem e o que aprendi lá. Deus me mostrou a verdade e agora devo compartilhar com as pessoas.”

Alunos estrangeiros

Yuxin é uma entre os vários estudantes estrangeiros que encontram um novo lar na Igreja Adventista Internacional em Viena. Abigail, do México, estuda canto lírico na Uni-versidade de Artes e Música de Viena.

“Quando comecei a frequentar a igreja, senti-me muito bem-vinda e me identifiquei com os outros”, disse Abigail. “Somos todos estrangeiros e temos problemas semelhantes. As pessoas são muito acolhedoras e solidárias. É como uma família em Cristo.”

Lorenzo, também do México, é um aluno do programa Ph.D. em Física, na Universidade de Viena. Ele gosta de ir à Igreja Internacional toda semana e diz que “o alimento espiritual recebido é muito valioso. Os sermões e as lições da Escola Sabatina sempre me dão força para continuar. Vim aqui sozinho, porém, não mais estou só.”

Yew é aluno bolsista do pós-doutorado em Farmácia na Universidade de Viena. Ele é de Gana. “Como sou pesquisador, gosto de comparar tudo. Buscava uma igreja que me desse a sensação de pertencimento e me senti em casa aqui”, diz. “Conheci alguns outros ganenses, e também, algumas vezes, quando não temos alimento em casa, podemos encontrar aqui. É como uma família onde todos são felizes.”

Planejando atividades: O que sua classe pode fazer na próxima semana como resposta ao estudo da lição?

PASS

O 4

Criatividade e atividades práticasPara o professor: Que tipo de Deus estamos servindo? Precisamos estar conscientes da imagem que fazemos de Deus, pois a imagem que temos dEle é justamente aquela que vamos passar para as outras pessoas.

PASS

O 3

AplicaçãoPara o professor: A grande questão do sofrimento humano e do caráter de Deus tem im-plicações muito práticas em nossa vida. Ela é mais do que apenas uma indagação teológica ou filosófica.

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III. Teodiceia na história(Recapitule com a classe Jó 10:8-12.)Teodiceia é o conceito fundamental que procura explicar por que um Deus bom permi-

te que o mal aconteça. Essa questão tem intrigado os estudiosos da Bíblia desde o surgimen-to das Escrituras, embora o termo teodiceia tenha sido atribuído ao filósofo alemão Gottfried Leibniz (1710). Falamos das teodiceias Agostinianas, Irineias, Origenianas e outras que, em úl-tima análise, são tentativas de justificar Deus a partir de uma perspectiva humana, filosófica e racionalista. Porém, talvez Deus não precise de nossas tentativas de justificação. Em vez disso, Suas revelações no livro de Jó e em toda a Bíblia são suficientes para mostrar um Deus amoro-so, que justifica a pessoa de Jó em vez de ser, Ele mesmo, justificado.Pense nisto: Para você, tem sido difícil aceitar o conceito de teodiceia? Qual tem sido sua res-

posta para as perguntas que ele apresenta? Como a cruz se encaixa em qualquer teodiceia?

Perguntas para reflexão e aplicação1. Pense em um momento de sofrimento em sua vida no qual você sentiu amargura em re-

lação a Deus. Como você pode se livrar desses sentimentos em seu relacionamento com Ele?2. E quanto à amargura em relação às outras pessoas? Você se sentiu injustiçado? Como

consequência, você tem guardado rancor daqueles que lhe feriram? O que você pode fazer para eliminar a mágoa e o ressentimento, estimulando a cura e a renovação?

Atividades individuais ou em classe1. Durante a semana, pense em sua imagem favorita de Deus na Bíblia – uma história predi-

leta ou uma metáfora (Deus como Pastor, Rocha, Fortaleza, e assim por diante).2. Compartilhe com a classe sua imagem favorita de Deus.

INFORMATIVO MUNDIAL DAS MISSÕES

Um lugar para chamar de larQuando Yuxin saiu de casa para estudar piano no mundialmente famoso Conserva-

tório Prayner em Viena, Áustria, sua mãe lhe deu um importante conselho: “Encontre o ambiente de uma casa.”

Yuxin e a mãe frequentaram uma igreja evangélica na China por dez anos. Então, certo dia, a mãe descobriu, na Bíblia, que o sétimo dia da semana é o dia sagrado de Deus. Ela compartilhou com Yuxin o que havia aprendido, e ela ficou surpresa.

“Eu nunca havia percebido isso anteriormente”, ela relembra. Ao orar sobre o assunto, Yuxin suplicou, “Por favor Deus, diga-me se essa é a verdade.”

Pouco tempo depois, Yuxin encontrou uma Igreja Adventista do Sétimo Dia e deci-diu visitá-la. Mais tarde, quando conheceu o pastor, fez muitas perguntas sobre o sába-do e outras crenças adventistas. Pacientemente, ele respondeu às perguntas de Yuxin à luz da Bíblia.

Mas ela não se convenceu. “Talvez isso seja certo”, pensou, mas não estava disposta a se comprometer. Naquela época, ela comia carne suína e não estava pronta para desistir. Entretanto, depois de chegar a Viena, conheceu a Igreja Adventista do Sétimo Dia Interna-cional na internet e entrou em contato com o pastor Félix.

Diz o pastor Félix: “Quando fui buscar Yuxin na estação de metrô para leva-la à igreja, ficou claro que ela estava muito entusiasmada.”

Desfrutando o sábado“Foi muito bom”, Yuxin conta. “Não entendia muito sobre os adventistas, por isso, decidi

vir para ver e ouvir. Frequentei os cultos de sexta à noite e a igreja aos sábados.” Após algumas semanas, Yuxin descobriu um novo lar na Igreja Adventista do Sétimo

Dia Internacional. “Ela é tão receptiva! Finalmente encontrei um local para descansar e me sentir muito bem”, disse. “E, no sábado, podemos ouvir a palavra de Deus e ter um senti-mento maravilhoso!”

Yuxin continuou frequentando a igreja, aprendendo mais sobre a Bíblia e sobre os ad-ventistas. “A pregação realmente me tocou. Foi uma experiência maravilhosa! Deus me deu a força necessária para abandonar vários hábitos, como, por exemplo, comer carne de porco e fazer compras aos sábados.”

Yuxin foi batizada e está ansiosa para voltar à terra natal e compartilhar o que aprendeu em Viena. Nesse período, sua família mudou da região norte para o sul da China. Não há igreja adventista na região. Ao voltar para casa, ela planeja compartilhar com a família e vizinhos as verdades bíblicas e deseja iniciar um pequeno grupo adventista. “Eles precisam saber porque os adventistas existem e o que aprendi lá. Deus me mostrou a verdade e agora devo compartilhar com as pessoas.”

Alunos estrangeiros

Yuxin é uma entre os vários estudantes estrangeiros que encontram um novo lar na Igreja Adventista Internacional em Viena. Abigail, do México, estuda canto lírico na Uni-versidade de Artes e Música de Viena.

“Quando comecei a frequentar a igreja, senti-me muito bem-vinda e me identifiquei com os outros”, disse Abigail. “Somos todos estrangeiros e temos problemas semelhantes. As pessoas são muito acolhedoras e solidárias. É como uma família em Cristo.”

Lorenzo, também do México, é um aluno do programa Ph.D. em Física, na Universidade de Viena. Ele gosta de ir à Igreja Internacional toda semana e diz que “o alimento espiritual recebido é muito valioso. Os sermões e as lições da Escola Sabatina sempre me dão força para continuar. Vim aqui sozinho, porém, não mais estou só.”

Yew é aluno bolsista do pós-doutorado em Farmácia na Universidade de Viena. Ele é de Gana. “Como sou pesquisador, gosto de comparar tudo. Buscava uma igreja que me desse a sensação de pertencimento e me senti em casa aqui”, diz. “Conheci alguns outros ganenses, e também, algumas vezes, quando não temos alimento em casa, podemos encontrar aqui. É como uma família onde todos são felizes.”

Planejando atividades: O que sua classe pode fazer na próxima semana como resposta ao estudo da lição?

Para o professor: Que tipo de Deus estamos servindo? Precisamos estar conscientes da imagem que fazemos de Deus, pois a imagem que temos dEle é justamente aquela que vamos passar para as outras pessoas.

Para o professor: A grande questão do sofrimento humano e do caráter de Deus tem im-plicações muito práticas em nossa vida. Ela é mais do que apenas uma indagação teológica ou filosófica.

Out l Nov l Dez 2016 5756 O livro de Jó

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Lição 5 22 a 29 de outubro

Maldito dia!

Sábado à tarde Ano Bíblico: Lc 6-8

LEITURAS DA SEMANA: Jó 3:1-10; Jo 11:11-14; Jó 6:1-3; Jó 7:1-11; Tg 4:14; Jó 7:17-21; Sl 8:4-6

Ao lermos a história de Jó, temos duas vantagens distintas: a primeira é saber como ela termina, e a segunda é conhecer o pano de fundo, o conflito cósmi-

co que ocorre nos bastidores.Jó não sabia dessas coisas. O que ele sabia era que tudo ia bem em sua vida quan-

do, de repente, uma calamidade após a outra, tragédia após tragédia, caíram so-bre ele. E então, esse homem que “era o maior de todos os do oriente” (Jó 1:3), foi rebaixado ao luto e ao sofrimento num monte de cinzas.

Ao continuar o estudo do livro de Jó, vamos tentar nos colocar no lugar dele, pois isso nos ajudará a compreender melhor a confusão, a ira e a tristeza pelas quais ele estava passando. E, em certo sentido, isso não deveria ser muito difícil para nós, não é mesmo? Não que tenhamos passado pelo que Jó passou, mas quem dentre os seres humanos, nascidos neste mundo caído, não conhece um pouco da per-plexidade que a tragédia e o sofrimento trazem, especialmente quando tentamos servir ao Senhor fielmente e fazer o que é correto aos Seus olhos?

Entre os dias 19 e 26 de novembro será realizada uma grande campanha evangelística em todo Brasil. Serão mais de 4 mil pontos de pregação. Envolva sua igreja também! Comece a orar e

trabalhar pelos amigos que serão convidados!

VERSO PARA MEMORIZAR: “Tu és digno, Senhor e Deus nosso, de receber a glória, a honra e o poder, porque todas as coisas Tu criaste, sim, por causa da Tua vontade vieram a existir e fo-ram criadas” (Ap 4:11).

A família cresceEssa família acolhedora e amigável da Igreja Internacional cresceu ao longo dos anos e

agora necessita de um novo templo. Parte da oferta da Escola Sabatina deste trimestre ajudará essa família eclesiástica a ter um prédio maior, mais perto do centro da cidade.

“Este lugar é bastante pequeno, mas toca muitas vidas”, diz Abigail, “e a quantidade de pessoas está aumentando. Por isso, precisamos dessa ajuda, a fim de podermos estar em um lugar mais próximo ao centro da cidade, um lugar maior, para que mais pessoas possam vir!”

Resumo missionário • Na Áustria, 60% dos habitantes são católicos, 6% ortodoxos orientais, 6% muçulmanos,

4% protestantes e 24% pertencem a outras religiões ou são ateus.• M. B. Czechowski, missionário leigo, foi o primeiro adventista a evangelizar a Áustria, an-

tes do primeiro missionário oficial, J. N. Andrews, que foi enviado para a Europa em 1874.• Czechowski morreu e foi velado em Viena, Áustria, em 1876.• O Seminário Bogenhofen e a Escola de Ensino Médio Bogenhofen estão localizados em

St. Peter am Hart, Áustria.

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64 O livro de Jó Out l Nov l Dez 2016 65

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Resumo da Lição 5

Maldito dia!

TEXTOS-CHAVE: Jó 7:7-21; Salmo 8:4-6; João 11:11-14

O ALUNO DEVERÁConhecer: A crença bíblica sobre o estado dos mortos, conforme expressada nos la-

mentos de Jó.Sentir: Empatia para com Jó, à medida que consideramos a expressão do seu sofri-

mento em linguagem e imagens muito dramáticas.Fazer: Aceitar a visão bíblica da humanidade, que encontra sua expressão mais sur-

preendente na encarnação de Cristo e em Sua morte por nós.

ESBOÇOI. Conhecer: O estado dos mortos

A. Até que ponto a crença na imortalidade da alma tem dominado a cultura moderna?B. Diante da morte de um ente querido, quais são as implicações práticas da crença

bíblica de que os mortos “dormem”?

II. Sentir: Sofrendo com JóA. O que é maior: o sofrimento de Jó ou o nosso sofrimento? Explique.B. Como posso manter a empatia diante de imagens ininterruptas de notícias que

documentam o sofrimento humano ao redor do mundo?

III. Fazer: O estado dos vivosA. Como você responderia à pergunta existencial de Jó: “Que é o homem”?B. Como a vida e a morte de Cristo contribuem para responder a essa pergunta?

RESUMO: O sofrimento e a morte estão intimamente interligados no livro de Jó, e os pensamen-tos de morte (ou de amaldiçoar o dia do seu nascimento) permeiam os capítulos de lamento do livro. A partir do sofrimento de Jó, podemos aprender sobre a morte e a vida, e também como Deus, em Cristo, venceu a morte e o pecado. O conhecimento bíblico dessas questões de vida e morte deve nos tornar mais dispostos a sentir em-patia para com as pessoas que estão sofrendo ao nosso redor.

Ciclo do aprendizado

Discussão de aberturaUm antigo provérbio indígena norte-americano diz que, para compreender um homem,

você deve andar uma milha em seus mocassins. Existem muitas variações para esse provérbio, mas a ideia permanece a mesma: temos que nos colocar no lugar dos outros a fim de realmen-te compreender como eles estão e o que estão passando.

O exemplo a seguir ilustra esse conceito. O filho mais novo de Martin gostava de colocar os óculos do pai. Eles possuíam lentes muito fortes. O filho sempre ficava admirado com a mudan-ça de perspectiva e de como as coisas pareciam diferentes através dos óculos de seu pai. No en-tanto, ele não conseguia usá-los por muito tempo; logo voltava feliz para sua realidade visual.

Pense em ocasiões nas quais você colocou os “óculos” de outra pessoa e enxergou o mundo a partir da perspectiva dela. Situações assim criam empatia ou compaixão pelo que os outros passam. Com base na experiência que esse filho teve com os óculos de seu pai, até onde a em-patia realmente pode ir? Quais são as suas limitações?

Comentário bíblicoOs lamentos de Jó ecoam uma antropologia bíblica que lança luz sobre a visão de Jó a res-

peito da vida e da morte. Embora fossem apenas lamentos e enfocassem a morte e o negativo, eles também abriram o caminho para a comunicação com Deus. Fazemos a escolha certa ao di-rigirmos a Deus até mesmo nossos lamentos mais tristes. O Senhor acolhe todos eles.

I. A estrutura do livro de Jó(Recapitule com a classe Jó 1-42.)A esta altura do nosso estudo, seria interessante examinar a estrutura literária do livro de Jó,

à medida que Jó e seus amigos começam a apresentar seus respectivos discursos. A seguir, te-mos um esboço que focaliza as partes mais importantes do livro:

1. Prólogo (Jó 1; 2) – escrito em prosa.2. Primeiro lamento de Jó (Jó 3) – daqui em diante, até o capítulo 42:7 – escrito em poesia.

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O 1

Focalizando as Escrituras: Jó 6:1-3Conceito-chave para o crescimento espiritual: A palavra compaixão vem do prefixo latino com (“junto”) e do verbo pati (“sofrer”). Quando somos compassivos, sofremos juntamente com a pessoa que sofre. O sofrimento de Jó, que o trouxe física e emocionalmente ao limiar da morte, nos convida a compartilhar de seu sofrimento e aprender sobre a vida e a morte numa perspec-tiva bíblica. Entretanto, nossa capacidade de ter compaixão continuará sempre limitada. Apesar disso, Deus enviou Seu Filho para sofrer conosco e por nós.Para o professor: O estudo da lição desta semana pode ser um tanto angustiante, ao discutir-mos os fortes sentimentos de Jó em relação aos seus sofrimentos. Primeiro, ele amaldiçoou o dia

Motivação

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Resumo da Lição 5

Maldito dia!

TEXTOS-CHAVE: Jó 7:7-21; Salmo 8:4-6; João 11:11-14

O ALUNO DEVERÁConhecer: A crença bíblica sobre o estado dos mortos, conforme expressada nos la-

mentos de Jó.Sentir: Empatia para com Jó, à medida que consideramos a expressão do seu sofri-

mento em linguagem e imagens muito dramáticas.Fazer: Aceitar a visão bíblica da humanidade, que encontra sua expressão mais sur-

preendente na encarnação de Cristo e em Sua morte por nós.

ESBOÇOI. Conhecer: O estado dos mortos

A. Até que ponto a crença na imortalidade da alma tem dominado a cultura moderna?B. Diante da morte de um ente querido, quais são as implicações práticas da crença

bíblica de que os mortos “dormem”?

II. Sentir: Sofrendo com JóA. O que é maior: o sofrimento de Jó ou o nosso sofrimento? Explique.B. Como posso manter a empatia diante de imagens ininterruptas de notícias que

documentam o sofrimento humano ao redor do mundo?

III. Fazer: O estado dos vivosA. Como você responderia à pergunta existencial de Jó: “Que é o homem”?B. Como a vida e a morte de Cristo contribuem para responder a essa pergunta?

RESUMO: O sofrimento e a morte estão intimamente interligados no livro de Jó, e os pensamen-tos de morte (ou de amaldiçoar o dia do seu nascimento) permeiam os capítulos de lamento do livro. A partir do sofrimento de Jó, podemos aprender sobre a morte e a vida, e também como Deus, em Cristo, venceu a morte e o pecado. O conhecimento bíblico dessas questões de vida e morte deve nos tornar mais dispostos a sentir em-patia para com as pessoas que estão sofrendo ao nosso redor.

Ciclo do aprendizado

Discussão de aberturaUm antigo provérbio indígena norte-americano diz que, para compreender um homem,

você deve andar uma milha em seus mocassins. Existem muitas variações para esse provérbio, mas a ideia permanece a mesma: temos que nos colocar no lugar dos outros a fim de realmen-te compreender como eles estão e o que estão passando.

O exemplo a seguir ilustra esse conceito. O filho mais novo de Martin gostava de colocar os óculos do pai. Eles possuíam lentes muito fortes. O filho sempre ficava admirado com a mudan-ça de perspectiva e de como as coisas pareciam diferentes através dos óculos de seu pai. No en-tanto, ele não conseguia usá-los por muito tempo; logo voltava feliz para sua realidade visual.

Pense em ocasiões nas quais você colocou os “óculos” de outra pessoa e enxergou o mundo a partir da perspectiva dela. Situações assim criam empatia ou compaixão pelo que os outros passam. Com base na experiência que esse filho teve com os óculos de seu pai, até onde a em-patia realmente pode ir? Quais são as suas limitações?

Comentário bíblicoOs lamentos de Jó ecoam uma antropologia bíblica que lança luz sobre a visão de Jó a res-

peito da vida e da morte. Embora fossem apenas lamentos e enfocassem a morte e o negativo, eles também abriram o caminho para a comunicação com Deus. Fazemos a escolha certa ao di-rigirmos a Deus até mesmo nossos lamentos mais tristes. O Senhor acolhe todos eles.

I. A estrutura do livro de Jó(Recapitule com a classe Jó 1-42.)A esta altura do nosso estudo, seria interessante examinar a estrutura literária do livro de Jó,

à medida que Jó e seus amigos começam a apresentar seus respectivos discursos. A seguir, te-mos um esboço que focaliza as partes mais importantes do livro:

1. Prólogo (Jó 1; 2) – escrito em prosa.2. Primeiro lamento de Jó (Jó 3) – daqui em diante, até o capítulo 42:7 – escrito em poesia.

PASS

O 2

Focalizando as Escrituras: Jó 6:1-3Conceito-chave para o crescimento espiritual: A palavra compaixão vem do prefixo latino com (“junto”) e do verbo pati (“sofrer”). Quando somos compassivos, sofremos juntamente com a pessoa que sofre. O sofrimento de Jó, que o trouxe física e emocionalmente ao limiar da morte, nos convida a compartilhar de seu sofrimento e aprender sobre a vida e a morte numa perspec-tiva bíblica. Entretanto, nossa capacidade de ter compaixão continuará sempre limitada. Apesar disso, Deus enviou Seu Filho para sofrer conosco e por nós.Para o professor: O estudo da lição desta semana pode ser um tanto angustiante, ao discutir-mos os fortes sentimentos de Jó em relação aos seus sofrimentos. Primeiro, ele amaldiçoou o dia

CompreensãoPara o professor: À medida que avançamos para além dos capítulos iniciais do livro de Jó e en-tramos no estudo mais detalhado dos vários discursos, vemos a forma como Jó e seus três ami-gos desenvolveram seus discursos. Com esse panorama geral em mente, é importante entender que, enquanto os dois primeiros capítulos e o último capítulo do livro são escritos em prosa, os capítulos restantes (Jó 3:3 a 42:6) são escritos em forma de poesia. Uma das principais caracte-rísticas da poesia hebraica é o paralelismo que existe entre as diferentes frases poéticas, como, por exemplo, em Jó 8:3: “Perverteria Deus o direito ou perverteria o Todo-poderoso a justiça”?Outro recurso poético importante em Jó são as ricas imagens utilizadas ao longo do livro e que ilustram poderosamente os discursos. Por exemplo, a imagem de um trabalhador contra-tado e suas dificuldades, em Jó 7:1-6, representa a vida de sofrimento de Jó, uma vida “sem esperança” (Jó 7:6). É importante que você mencione esses recursos poéticos nas discussões em classe, a fim de que todos tenham consciência de como eles enriquecem a nossa compre-ensão das Escrituras.

do seu nascimento (Jó 3:1-10); em seguida ponderou sobre a futilidade da vida; por fim, contem-plou sua própria morte (Jó 7:1-11). No entanto, é importante perceber que essas reflexões são transmitidas a partir da cosmovisão bíblica de um indivíduo que não considerava o suicídio uma de suas opções. Embora Jó definitivamente evidenciasse sinais de depressão, seus pensamentos expressavam o desejo de que Deus permitisse sua morte para que, assim, seus sofrimentos che-gassem ao fim.

66 O livro de Jó Out l Nov l Dez 2016 67

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3. Primeiro ciclo de diálogos: Elifaz (Jó 4; 5); Jó (Jó 6; 7); Bildade (Jó 8); Jó (Jó 9; 10); Zofar (Jó 11); Jó (Jó 12–14).

4. Segundo ciclo de diálogos: Elifaz (Jó 15); Jó (Jó 16; 17); Bildade (Jó 18); Jó (Jó 19); Zofar (Jó 20); Jó (Jó 21).

5. Terceiro ciclo de diálogos: Elifaz (Jó 22); Jó (Jó 23; 24); Bildade (Jó 25); Jó (Jó 26; 27).6. O monólogo de Jó (Jó 28–31).7. O discurso de Eliú (Jó 32–37).8. A resposta de Deus e o arrependimento de Jó (Jó 38 a 42:6).9. Epílogo (Jó 42:7-17) – escrito em prosa.

É interessante notar que, depois do primeiro lamento de Jó (capítulo 3), os dois primeiros ci-clos de diálogo são estruturados de forma quase idêntica, com a fala de um amigo e a resposta de Jó. O terceiro ciclo é mais curto e leva ao prolongado monólogo de Jó. O discurso de Eliú ser-ve como um intervalo antes de Deus finalmente Se pronunciar. Tudo isso cria uma forte “movi-mentação” em direção à resposta de Yahweh, que serve como clímax literário para o livro de Jó. Depois da resposta divina, o epílogo (escrito, como o prólogo, em prosa e não em poesia) põe fim ao livro de Jó, que é definitivamente uma obra literária belamente delineada.Pense nisto: Que outras observações você fez ao examinar a estrutura do livro de Jó?

II. O estado dos mortos(Recapitule com a classe Jó 14 e João 11:11-14.)Embora Jó provavelmente não tivesse a intenção de que sua narrativa servisse de “cartilha”

sobre a doutrina bíblica do estado dos mortos, as declarações ao longo de todos os seus dis-cursos mostram claramente que ele entendia a morte como um sono inconsciente (uma visão revelada ao longo do restante da Bíblia). É interessante notar que, dos dois primeiros livros bí-blicos que foram escritos (Jó e Gênesis), o livro de Jó trata das questões do sofrimento e da mor-te, temas que ao longo dos séculos foram distorcidos de modo a deturpar o caráter de Deus e levar as pessoas a acreditar na imortalidade da alma. Ambas as questões apontam para a pri-meira mentira de Satanás no Éden (compare com Gn 3:1-5). Jó fala sobre a transitoriedade da vida humana (Jó 14:2), comparando a mortalidade dos homens com a imortalidade exclusiva de Deus (1Tm 6:16). Em seguida, ele compara a morte humana a um sono (Jó 14:10-12; compa-re com Sl 13:3; Jr 51:39, 57; Dn 12:2.), durante o qual não existe um estado consciente (Ec 9:5, 6).

Como existe harmonia nas Escrituras e continuidade entre o Antigo e o Novo Testamentos, essa imagem da morte como um sono é retomada no Novo Testamento e utilizada da maneira mais dramática pelo próprio Jesus na morte de seu amigo Lázaro (João 11:11-14). Seus discípu-los e apóstolos reiteraram essa compreensão da morte como um sono ao longo de seus escritos (At 7:60; 1Co 15:51, 52; 1Ts 4:13-17; 2Pe 3:4). Por fim, as cenas finais do livro do Apocalipse se refe-rem a um tempo em que não haverá mais sofrimento nem morte (Ap 21:4). Esse tempo será de-pois da ressurreição para a vida eterna ou para a destruição final (1Co 15:26; Ap 2:11; 20:14; 21:8).Pense nisto: Por que a crença na imortalidade da alma é tão predominante entre as igrejas

cristãs? Como ela afeta a nossa imagem de Deus?

III. O estado dos vivos(Recapitule com a classe Jó 7:17-21; 14:13-15; 19:25, 26 e João 3:16.)Nenhuma antropologia bíblica estaria completa se examinasse unicamente a morte huma-

na. Na verdade, a metáfora bíblica da morte como um sono implica um despertamento, o que leva à doutrina da ressurreição, que, por sua vez, leva-nos a Jesus Cristo. A grande pergunta

“Que é o homem?”, em Jó 7:17, só pode ser respondida quando examinamos a vida, morte e ressurreição do Filho de Deus, cujo retorno à vida serve como nossa garantia de vitória sobre a morte (João 5:28, 29). Jó já tinha uma ideia dessa ressurreição (Jó 19:25, 26). O Pai que enviou o Seu Filho para morrer por nossos pecados responde a todas as questões sobre a vida e a mor-te de uma vez por todas (João 3:16).Pense nisto: Você tem lutado com o conceito da teodiceia? Qual tem sido a sua resposta a ele?

Perguntas para reflexão e aplicação1. Alguns cristãos se sentem culpados por seus pensamentos depressivos. Por que isso

acontece?2. Como você lida com os pensamentos negativos e a depressão?

Atividades individuais ou em classe1. Convide um orador, talvez o pastor ou um psicólogo de sua igreja, para apresentar o tema

da depressão à sua classe da Escola Sabatina. Seria bom incluir algumas estratégias práticas na apresentação sobre como lidar com a depressão.

2. Estenda a mão a alguém que esteja sofrendo de depressão. Compartilhe com essa pessoa as ideias que você aprendeu sobre esse assunto. Certifique-se de orar com a pessoa.

INFORMATIVO MUNDIAL DAS MISSÕES

Dormindo com os castoresNem sempre Ferdinand dormiu com os castores. Durante anos, ele teve uma vida nor-

mal na famosa cidade de Viena, Áustria. Mas então, sua empresa passou por dificuldade, o lucro caiu dramaticamente e Ferdinand decidiu sair da sociedade e passou a viver nas ruas.

Com um saco de dormir nas mãos, Ferdinand saiu de casa e encontrou um local ao longo do canal Donau, na região sul do Rio Danúbio, que corre no coração de Viena. Foi em uma encosta arborizada ao lado do canal que ele começou a se familiarizar com os castores.

Normalmente, as interações eram amigáveis, mas, certa noite, Ferdinand ouviu um ruí-do de mastigação próximo à sua cabeça. “Vi que um castor estava sob ‘minha’ árvore”, ele conta. Enquanto o castor continuava a roer o tronco da árvore, Ferdinand pediu: “Esta é a última coisa que eu tenho. Por favor, roa outra árvore.” O castor obedeceu.

Após algumas semanas quando os paisagistas públicos tentaram capturar o castor, Fer-dinand retribuiu a bondade do animal. “Cuidei para que o castor estivesse em outro lugar a fim de que eles não pudessem pegá-lo!”, disse ele com um sorriso.

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Planejando atividades: O que sua classe pode fazer na próxima semana como resposta ao estudo da lição?

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3. Primeiro ciclo de diálogos: Elifaz (Jó 4; 5); Jó (Jó 6; 7); Bildade (Jó 8); Jó (Jó 9; 10); Zofar (Jó 11); Jó (Jó 12–14).

4. Segundo ciclo de diálogos: Elifaz (Jó 15); Jó (Jó 16; 17); Bildade (Jó 18); Jó (Jó 19); Zofar (Jó 20); Jó (Jó 21).

5. Terceiro ciclo de diálogos: Elifaz (Jó 22); Jó (Jó 23; 24); Bildade (Jó 25); Jó (Jó 26; 27).6. O monólogo de Jó (Jó 28–31).7. O discurso de Eliú (Jó 32–37).8. A resposta de Deus e o arrependimento de Jó (Jó 38 a 42:6).9. Epílogo (Jó 42:7-17) – escrito em prosa.

É interessante notar que, depois do primeiro lamento de Jó (capítulo 3), os dois primeiros ci-clos de diálogo são estruturados de forma quase idêntica, com a fala de um amigo e a resposta de Jó. O terceiro ciclo é mais curto e leva ao prolongado monólogo de Jó. O discurso de Eliú ser-ve como um intervalo antes de Deus finalmente Se pronunciar. Tudo isso cria uma forte “movi-mentação” em direção à resposta de Yahweh, que serve como clímax literário para o livro de Jó. Depois da resposta divina, o epílogo (escrito, como o prólogo, em prosa e não em poesia) põe fim ao livro de Jó, que é definitivamente uma obra literária belamente delineada.Pense nisto: Que outras observações você fez ao examinar a estrutura do livro de Jó?

II. O estado dos mortos(Recapitule com a classe Jó 14 e João 11:11-14.)Embora Jó provavelmente não tivesse a intenção de que sua narrativa servisse de “cartilha”

sobre a doutrina bíblica do estado dos mortos, as declarações ao longo de todos os seus dis-cursos mostram claramente que ele entendia a morte como um sono inconsciente (uma visão revelada ao longo do restante da Bíblia). É interessante notar que, dos dois primeiros livros bí-blicos que foram escritos (Jó e Gênesis), o livro de Jó trata das questões do sofrimento e da mor-te, temas que ao longo dos séculos foram distorcidos de modo a deturpar o caráter de Deus e levar as pessoas a acreditar na imortalidade da alma. Ambas as questões apontam para a pri-meira mentira de Satanás no Éden (compare com Gn 3:1-5). Jó fala sobre a transitoriedade da vida humana (Jó 14:2), comparando a mortalidade dos homens com a imortalidade exclusiva de Deus (1Tm 6:16). Em seguida, ele compara a morte humana a um sono (Jó 14:10-12; compa-re com Sl 13:3; Jr 51:39, 57; Dn 12:2.), durante o qual não existe um estado consciente (Ec 9:5, 6).

Como existe harmonia nas Escrituras e continuidade entre o Antigo e o Novo Testamentos, essa imagem da morte como um sono é retomada no Novo Testamento e utilizada da maneira mais dramática pelo próprio Jesus na morte de seu amigo Lázaro (João 11:11-14). Seus discípu-los e apóstolos reiteraram essa compreensão da morte como um sono ao longo de seus escritos (At 7:60; 1Co 15:51, 52; 1Ts 4:13-17; 2Pe 3:4). Por fim, as cenas finais do livro do Apocalipse se refe-rem a um tempo em que não haverá mais sofrimento nem morte (Ap 21:4). Esse tempo será de-pois da ressurreição para a vida eterna ou para a destruição final (1Co 15:26; Ap 2:11; 20:14; 21:8).Pense nisto: Por que a crença na imortalidade da alma é tão predominante entre as igrejas

cristãs? Como ela afeta a nossa imagem de Deus?

III. O estado dos vivos(Recapitule com a classe Jó 7:17-21; 14:13-15; 19:25, 26 e João 3:16.)Nenhuma antropologia bíblica estaria completa se examinasse unicamente a morte huma-

na. Na verdade, a metáfora bíblica da morte como um sono implica um despertamento, o que leva à doutrina da ressurreição, que, por sua vez, leva-nos a Jesus Cristo. A grande pergunta

“Que é o homem?”, em Jó 7:17, só pode ser respondida quando examinamos a vida, morte e ressurreição do Filho de Deus, cujo retorno à vida serve como nossa garantia de vitória sobre a morte (João 5:28, 29). Jó já tinha uma ideia dessa ressurreição (Jó 19:25, 26). O Pai que enviou o Seu Filho para morrer por nossos pecados responde a todas as questões sobre a vida e a mor-te de uma vez por todas (João 3:16).Pense nisto: Você tem lutado com o conceito da teodiceia? Qual tem sido a sua resposta a ele?

Perguntas para reflexão e aplicação1. Alguns cristãos se sentem culpados por seus pensamentos depressivos. Por que isso

acontece?2. Como você lida com os pensamentos negativos e a depressão?

Atividades individuais ou em classe1. Convide um orador, talvez o pastor ou um psicólogo de sua igreja, para apresentar o tema

da depressão à sua classe da Escola Sabatina. Seria bom incluir algumas estratégias práticas na apresentação sobre como lidar com a depressão.

2. Estenda a mão a alguém que esteja sofrendo de depressão. Compartilhe com essa pessoa as ideias que você aprendeu sobre esse assunto. Certifique-se de orar com a pessoa.

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Dormindo com os castoresNem sempre Ferdinand dormiu com os castores. Durante anos, ele teve uma vida nor-

mal na famosa cidade de Viena, Áustria. Mas então, sua empresa passou por dificuldade, o lucro caiu dramaticamente e Ferdinand decidiu sair da sociedade e passou a viver nas ruas.

Com um saco de dormir nas mãos, Ferdinand saiu de casa e encontrou um local ao longo do canal Donau, na região sul do Rio Danúbio, que corre no coração de Viena. Foi em uma encosta arborizada ao lado do canal que ele começou a se familiarizar com os castores.

Normalmente, as interações eram amigáveis, mas, certa noite, Ferdinand ouviu um ruí-do de mastigação próximo à sua cabeça. “Vi que um castor estava sob ‘minha’ árvore”, ele conta. Enquanto o castor continuava a roer o tronco da árvore, Ferdinand pediu: “Esta é a última coisa que eu tenho. Por favor, roa outra árvore.” O castor obedeceu.

Após algumas semanas quando os paisagistas públicos tentaram capturar o castor, Fer-dinand retribuiu a bondade do animal. “Cuidei para que o castor estivesse em outro lugar a fim de que eles não pudessem pegá-lo!”, disse ele com um sorriso.

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Criatividade e atividades práticasPara o professor: A depressão é um problema muito real dentro e fora da igreja. É impor-tante resolver esse problema a partir de uma perspectiva cristã.

Planejando atividades: O que sua classe pode fazer na próxima semana como resposta ao estudo da lição?

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AplicaçãoPara o professor: Cada um de nós passa por momentos em que a depressão nos envolve e nosso sofrimento se torna demasiado grande para suportar. Os lamentos de Jó podem nos ajudar a direcionar nossas dores para o lugar certo, o trono da graça de Deus.

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Um dia típicoO dia de Ferdinand começa com um banho rápido na água fria de uma fonte próxima.

Em seguida, ele visita um abrigo local para receber uma xícara de café, antes de ir para a biblioteca da cidade, onde passa todo o dia. À noite, ele vai a outro abrigo para receber um jantar gratuito. Depois disso, volta ao seu lugar no canal Donau para dormir. No dia seguinte, a rotina se repete.

“A comunidade dos sem-teto é muito social”, explica Ferdinand. Notícias se espalham rapidamente sobre lugares em que podem suprir necessidades como alimentos e vestimen-tas. Foi assim que Ferdinand teve seu primeiro contato com os adventistas do sétimo dia. A notícia que corria pela rua era que as melhores roupas estavam na ADRA (Agência de Desenvolvimento e Recursos Assistenciais), em Viena.

Ferdinand visitou o centro e encontrou não apenas roupas boas, mas também um almo-ço quente. Ele também conheceu Evald, um pastor adventista.

Aproximação despretensiosaEvald disse a Ferdinand: “Se precisar de ajuda, estarei aqui. Mas fica a seu critério.” Fer-

dinand gostou da abordagem do pastor, pois não se sentiu pressionado. Ele continuou a visitar o centro da ADRA e em pouco tempo os dois desenvolveram uma boa amizade.

Durante os seis anos seguintes, Ferdinand e Evald tiveram muitas conversas anima-das sobre a vida, religião e Deus. Aos poucos, o pensamento de Ferdinand começou a mudar e isso incluiu sua maneira de viver. Ele se tornou mais aberto à reintegração com a sociedade e começou a perceber sua necessidade de Deus.

Certo dia, no ano de 2014, o pastor Evald perguntou: “Ferdinand, o que podemos fazer para os sem-teto?” Feliz com o fato de que o pastor havia pedido sua opinião, Ferdinand considerou seriamente o que mais poderia ser feito para ajudar os desabri-gados. “Levei três meses para desenvolver um projeto”, lembra. “Então, em setembro o colocamos em prática.”

Nesse meio tempo, o pastor falou com Marcel Wagner, diretor da ADRA-Áustria, contando-lhe sobre Ferdinand, as mudanças que ocorriam na vida dele e seu potencial de liderança. Marcel conheceu Ferdinand e ficou impressionado. “Após nossa primeira con-versa, percebi que ele tinha uma visão para esse centro de influência. Nós o encorajamos a iniciar seu projeto e demos espaço para que ele começasse a trabalhar. Atualmente, ele faz parte da equipe de funcionários como gerente de projetos da ADRA.”

O projeto de Ferdinand envolve dois aspectos. Ele explica: “Aos domingos oferecemos o desjejum para os desabrigados e isso é uma ponte para convidá-los a um grupo de estudo bíblico realizado nas tardes de sábado.”

Sob a liderança de Ferdinand, o centro de influência tem crescido muito. Em apenas al-guns meses, o centro continuou expandindo seus serviços para os desabrigados, refugiados e outras pessoas necessitadas. Além do desjejum de domingo e estudos bíblicos nas tardes de sábado, almoços são fornecidos às terças e quintas-feiras. O vestuário é distribuído para os homens às terças-feiras, e às mulheres e crianças, na quarta-feira.

Respeito“Ele oferece às pessoas o respeito de que elas precisam”, explica Marcel. “Ele viveu nas

ruas e sabe exatamente as suas necessidades. Pela sua maneira de tratar as pessoas, elas ado-ram ir ao centro da ADRA e não temos nenhum conflito. Não há discussões nem brigas, a atmosfera é totalmente diferente de outros locais que recebem desabrigados”.

Ferdinand participa regularmente dos cultos em uma das igrejas adventistas em Viena. Ele também coordena os 65 voluntários que ajudam no centro da ADRA.

“Outra parte do nosso trabalho é envolver os membros da igreja e, juntos, trabalhar como voluntários”, diz Ferdinand. “Eles trazem amigos não adventistas e eles trabalham juntos.”

“Antes de Ferdinand ter chegado, as equipes das igrejas tinham seus projetos, mas agora eles se unem e trabalham em conjunto com os outros”, Marcel acrescenta. “Ele apela para que os pastores trabalhem unidos além da família da igreja.”

Pecado e Salvação examina o próprio coração da mensagem evangél ica: a obra de Deus por nós, sobretudo na cruz.

Depois , passa a tratar de forma mais ampla a obra de Deus em nós. Este l ivro vai a judar você a entender a relação

entre just if icação, santif icação e perfeição.

Como o plano da salvação se relaciona com a perfeição cristã?

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Um dia típicoO dia de Ferdinand começa com um banho rápido na água fria de uma fonte próxima.

Em seguida, ele visita um abrigo local para receber uma xícara de café, antes de ir para a biblioteca da cidade, onde passa todo o dia. À noite, ele vai a outro abrigo para receber um jantar gratuito. Depois disso, volta ao seu lugar no canal Donau para dormir. No dia seguinte, a rotina se repete.

“A comunidade dos sem-teto é muito social”, explica Ferdinand. Notícias se espalham rapidamente sobre lugares em que podem suprir necessidades como alimentos e vestimen-tas. Foi assim que Ferdinand teve seu primeiro contato com os adventistas do sétimo dia. A notícia que corria pela rua era que as melhores roupas estavam na ADRA (Agência de Desenvolvimento e Recursos Assistenciais), em Viena.

Ferdinand visitou o centro e encontrou não apenas roupas boas, mas também um almo-ço quente. Ele também conheceu Evald, um pastor adventista.

Aproximação despretensiosaEvald disse a Ferdinand: “Se precisar de ajuda, estarei aqui. Mas fica a seu critério.” Fer-

dinand gostou da abordagem do pastor, pois não se sentiu pressionado. Ele continuou a visitar o centro da ADRA e em pouco tempo os dois desenvolveram uma boa amizade.

Durante os seis anos seguintes, Ferdinand e Evald tiveram muitas conversas anima-das sobre a vida, religião e Deus. Aos poucos, o pensamento de Ferdinand começou a mudar e isso incluiu sua maneira de viver. Ele se tornou mais aberto à reintegração com a sociedade e começou a perceber sua necessidade de Deus.

Certo dia, no ano de 2014, o pastor Evald perguntou: “Ferdinand, o que podemos fazer para os sem-teto?” Feliz com o fato de que o pastor havia pedido sua opinião, Ferdinand considerou seriamente o que mais poderia ser feito para ajudar os desabri-gados. “Levei três meses para desenvolver um projeto”, lembra. “Então, em setembro o colocamos em prática.”

Nesse meio tempo, o pastor falou com Marcel Wagner, diretor da ADRA-Áustria, contando-lhe sobre Ferdinand, as mudanças que ocorriam na vida dele e seu potencial de liderança. Marcel conheceu Ferdinand e ficou impressionado. “Após nossa primeira con-versa, percebi que ele tinha uma visão para esse centro de influência. Nós o encorajamos a iniciar seu projeto e demos espaço para que ele começasse a trabalhar. Atualmente, ele faz parte da equipe de funcionários como gerente de projetos da ADRA.”

O projeto de Ferdinand envolve dois aspectos. Ele explica: “Aos domingos oferecemos o desjejum para os desabrigados e isso é uma ponte para convidá-los a um grupo de estudo bíblico realizado nas tardes de sábado.”

Sob a liderança de Ferdinand, o centro de influência tem crescido muito. Em apenas al-guns meses, o centro continuou expandindo seus serviços para os desabrigados, refugiados e outras pessoas necessitadas. Além do desjejum de domingo e estudos bíblicos nas tardes de sábado, almoços são fornecidos às terças e quintas-feiras. O vestuário é distribuído para os homens às terças-feiras, e às mulheres e crianças, na quarta-feira.

Respeito“Ele oferece às pessoas o respeito de que elas precisam”, explica Marcel. “Ele viveu nas

ruas e sabe exatamente as suas necessidades. Pela sua maneira de tratar as pessoas, elas ado-ram ir ao centro da ADRA e não temos nenhum conflito. Não há discussões nem brigas, a atmosfera é totalmente diferente de outros locais que recebem desabrigados”.

Ferdinand participa regularmente dos cultos em uma das igrejas adventistas em Viena. Ele também coordena os 65 voluntários que ajudam no centro da ADRA.

“Outra parte do nosso trabalho é envolver os membros da igreja e, juntos, trabalhar como voluntários”, diz Ferdinand. “Eles trazem amigos não adventistas e eles trabalham juntos.”

“Antes de Ferdinand ter chegado, as equipes das igrejas tinham seus projetos, mas agora eles se unem e trabalham em conjunto com os outros”, Marcel acrescenta. “Ele apela para que os pastores trabalhem unidos além da família da igreja.”

Resumo missionário • Gregor Mendel foi um monge austríaco que se tornou famoso por suas experiências com

plantação de ervilhas. Seus experimentos se tornaram a base para a ciência da genética moderna, e ele é conhecido como o “pai da genética moderna”.

• O esqui alpino tem sido o esporte mais popular na Áustria há mais de 100 anos.

Pecado e Salvação examina o próprio coração da mensagem evangél ica: a obra de Deus por nós, sobretudo na cruz.

Depois , passa a tratar de forma mais ampla a obra de Deus em nós. Este l ivro vai a judar você a entender a relação

entre just if icação, santif icação e perfeição.

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Sexta-feira, 4 de novembro Ano Bíblico: Jo 16-18

Estudo adicional

Como vimos, não é que Elifaz não tivesse compaixão de Jó; é que simplesmen-te ela ficou em segundo plano, pois ele via como sua maior necessidade defen-

der o caráter de Deus. Afinal de contas, Jó estava sofrendo muito, e Deus é justo. Portanto, Jó devia ter feito algo para merecer o que havia acontecido com ele. Eli-faz concluiu que essa seria a essência da justiça de Deus. Portanto, Jó estava erra-do em sua queixa.

É evidente que Deus é justo. Mas isso não significa automaticamente que ve-remos a manifestação de Sua justiça em tudo que ocorre neste mundo caído. A verdade é que muitas vezes isso não acontece. A justiça e o juízo virão, mas não necessariamente agora (Ap 20:12). Parte do que significa viver pela fé é confiar em Deus, crendo que a justiça tão escassa hoje será revelada e manifestada um dia.

O que vemos com Elifaz também aparece na atitude de alguns escribas e fari-seus para com Jesus. Aqueles homens estavam tão presos ao seu desejo de ser “fi-éis” e religiosos, que sua ira por causa das curas que o Senhor realizava no dia de sábado (Mt 12) superou a alegria que eles deveriam ter sentido, pois o enfermo ha-via sido curado, e o sofredor, aliviado. Por mais específicas que tenham sido as pa-lavras de Cristo no texto a seguir, elas têm um princípio que nós, que amamos a Deus e somos zelosos por Ele, devemos sempre nos lembrar: “Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas, porque dais o dízimo da hortelã, do endro e do cominho e tendes negligenciado os preceitos mais importantes da Lei: a justiça, a misericór-dia e a fé; devíeis, porém, fazer estas coisas, sem omitir aquelas” (Mt 23:23).

Perguntas para reflexão1. Como podemos saber quando uma pessoa precisa de compaixão e solidarieda-

de, e quando ela precisa de um sermão ou talvez até de uma repreensão? Por que muitas vezes seria melhor escolher o lado da compaixão e solidariedade ao lidar com os que sofrem, mesmo que seja por causa de seus próprios pecados e erros?

2. Leia novamente o que Elifaz disse a Jó nos capítulos 4 e 5. Em que situação es-sas palavras teriam sido mais apropriadas do que foram naquele momento?

3. Suponha que você fosse um amigo de Jó e fosse vê-lo enquanto ele estivesse sen-tado no monte de cinzas. O que você teria dito para ele? Por quê? Se você esti-vesse no lugar de Jó, o que gostaria que as pessoas lhe dissessem?

Respostas e tarefas para a semana: 1. F; F; V; V. 2. B. 3. Jó – justo – semeia – mal. 4. O ser humano é injusto e impuro; Deus não confia nos Seus anjos, muito menos na humanidade; a vida é transitória. Elifaz tinha razão em parte de seu ra-ciocínio, mas omitiu a esperança do perdão, que nos torna dignos na presença de Deus, e a promessa de vida eterna, que neutraliza o medo da transitoriedade da vida. 5. Conforme o tamanho de sua classe, com antecedência, forme duplas de estudo e distribua um ou dois textos para cada dupla, solicitando-lhes que encontrem a relação entre seus textos e o ca-pítulo 5 do livro de Jó. 6. Todas as afirmações estão corretas.

Resumo da Lição 6

Maldição sem causa?

TEXTOS-CHAVE: Jó 4:1-21; Mateus 7:1

O ALUNO DEVERÁConhecer: O papel dos amigos de Jó quando chegaram para se juntar a ele em seu

luto.Sentir: A vulnerabilidade e a frustração de Jó, à medida que Elifaz começou a falar

sobre a causa do sofrimento de Jó.Fazer: Abster-se de julgar as outras pessoas com facilidade e, ao mesmo tempo, não

negligenciar a importância da exortação bíblica.

ESBOÇOI. Conhecer: Aconselhando os aflitos

A. Como outras pessoas reagiram em relação a você numa situação em que você sofreu?B. Que reação delas mais lhe ajudou em seu sofrimento? O que você gostaria que

essas pessoas tivessem feito de modo diferente?

II. Sentir: Elifaz falaA. Estava Elifaz realmente equivocado quando falou sobre a causa e o efeito do pe-

cado? Por que ele estava muito equivocado?B. O que podemos aprender com Elifaz (e com a reação de Jó a Elifaz) em termos de

respostas teológicas apropriadas ao sofrimento?

III. Fazer: Julgar e exortarA. Como devemos compreender a ordem de não julgar, dada em Mateus 7:1?B. Existe uma linha tênue entre julgar os outros e o conceito bíblico de exortação.

Onde você a colocaria?

RESUMO: Embora a chegada dos amigos de Jó tenha trazido certo conforto ao seu sofrimen-to, uma vez que eles começaram a falar, de maneira cautelosa, porém, impiedosa, jul-garam Jó com base naquilo que entendiam como a teologia correta. Ainda que nem tudo estivesse equivocado nessa teologia, ela é muito falha. Além disso, respostas fá-ceis e generalizações teológicas nunca devem ser respostas ao sofrimento.

Ciclo do aprendizado

Focalizando as Escrituras: Salmo 119:65-72Conceito-chave para o crescimento espiritual: O julgamento bom e verdadeiro só pode vir da instrução de Deus (Torah, em hebraico). O salmista reconheceu essa verdade no mais longo dos três salmos (Sl 119:66) dedicados à Torá (Sl 1; 19; 119). Às vezes, o julgamento verdadeiro é surpreendentemente heterodoxo, de acordo com a sabedoria deste mundo (1Co 3:19). Quer a sa-bedoria seja heterodoxa ou convencional, ao aplicá-la, precisamos ter cuidado para não assumir o papel de Deus em julgar (como Elifaz fez), para que não sejamos condenados.Para o professor: Quem, diante de uma cena de sofrimento, já não tentou dar uma resposta fácil, na

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Discussão de aberturaEnquanto trabalhavam como missionários no belo país da Bolívia, na América do Sul, um

homem e sua família receberam uma notícia trágica. O pai do homem havia falecido em um acidente doméstico do outro lado do mundo. Depois do choque inicial, o missionário saiu de casa para falar com os administradores da própria instituição na qual ele e sua família estavam trabalhando naquela época. Ele precisava informá-los de sua perda e verificar a logística da via-gem de volta para casa, a fim de cuidar do funeral e da partilha da herança de seu pai.

Algum tempo depois, passado tudo isso, o homem já não se lembrava bem do que havia dito aos administradores. Mas de uma coisa ele se lembrava com clareza: o momento em que os quatro homens, incluindo ele próprio, estavam sentados juntos em um banco, nos jardins em frente ao prédio da administração. Todos choravam e se apoiavam uns nos outros. Os ad-ministradores derramaram lágrimas de tristeza pela perda daquele homem. Em consequêcia de sua dor, o homem, de repente, passou a valorizar os amigos de Jó um pouquinho mais, pois eles vieram de todas as direções, sentaram-se durante sete dias com Jó, choraram e comparti-lharam da sua tristeza sem dizer uma palavra (Jó 2:11-13).

O que podemos aprender com os amigos de Jó nesse ponto da história?

Comentário bíblicoComo podemos responder de forma adequada às pessoas que estão sofrendo? Como pode-

mos ser compassivos como os amigos de Jó, que se sentaram e choraram com ele por sete dias, e, ao mesmo tempo, não cair em clichês e respostas fáceis para as situações desconcertantes que a vida apresenta? Como lidar com nosso próprio sofrimento a partir da perspectiva bíblica?

I. Angústia(Recapitule com a classe Jó 2:11-13; Eclesiastes 7:2; Salmo 30:5.)Os amigos de Jó foram e se sentaram com ele por sete dias, o que, possivelmente, deu ori-

gem ao ritual judaico de luto chamado “sentar shiva” (sete). Sete dias de empatia e compaixão. É interessante notar que foi Jó quem rompeu o silêncio no fim dos sete dias, numa tentativa de processar sua dor.

Há alguns denominadores comuns na forma como nós, seres humanos, processamos o luto. Como cristãos, podemos ajudar outras pessoas (e, às vezes, a nós mesmos) prestando atenção nesses passos:

(1) A causa da nossa dor precisa ser aceita como uma realidade. Existe uma tendência inte-ressante na mente humana: fechamos as nossas portas mentais para as coisas das quais não gostamos, esperando que, assim, elas desapareçam de algum modo. Se você deseja processar a dor e o sofrimento, o primeiro passo é aceitá-los como realidade.

(2) O segundo passo no “processo de luto” é a disposição de realmente sofrer a dor e a per-da. Ninguém gosta de sofrer. Evitar a dor é um instinto humano. No entanto, se quisermos avançar em direção à cura interior, temos que estar dispostos a andar pelo vale da sombra da morte, como diz o Salmo 23:4. Precisamos confrontar e expressar a dor.

(3) Se você deseja processar sua dor, precisa se reintegrar na vida. Se o seu cônjuge ou filho faleceu, você pode querer voltar aos lugares familiares que vocês visitaram juntos. Não é saudá-vel viver tentando evitar tudo o que possa lembrá-lo do seu ente querido. Caminhar na mesma praia que vocês sempre caminharam juntos pode ser uma experiência dolorosa, mas também o início de algo novo. Às vezes, passamos tanto tempo traçando cuidadosamente nossas lem-branças e enchendo nossa vida com elas que não há espaço para uma vida nova. As lembran-ças são boas e importantes, mas a vida continua. E ela não deve ser um museu empoeirado de fotografias da pessoa falecida.

(4) O último passo é dizer adeus a seu ente querido. Seja ele o cônjuge falecido, o feto per-dido ou o animal de estimação que morreu – a dor da perda ocorre em todos os níveis. Mas te-mos que chegar ao ponto em que conscientemente dizemos: “Adeus”.Pense nisto: Você foi ajudado durante o processo de luto, de acordo com esses quatro passos?

II. Elifaz fala(Recapitule com a classe Jó 4 e 5.)A resposta inicial ao lamento de Jó no capítulo 3 veio de Elifaz, o temanita (Temã se locali-

zava em Edom. Em Gênesis 36:11, vemos que Temã era um descendente de Elifaz, da linhagem de Esaú). Ah, se Elifaz, o temanita, tivesse permanecido em silêncio! Mas, infelizmente, ele fa-lou. Suas palavras (Jó 4; 5) são marcadas pela teologia da retribuição, estabelecendo uma rela-ção direta entre o pecado de Jó e o castigo de Deus. Elifaz partiu de um ponto de vista muito positivo, elogiando Jó por ter, antes, sido conselheiro de outras pessoas (Jó 4:1-4). Mas então ele mudou o tom no verso 5 (“Mas agora que você se vê em dificuldade”, NVI), indicando que os inocentes não pereciam (Jó 4:7, 8). Ele justificou essa alegação por meio de suas observações pessoais, bem como por uma revelação divina secreta recebida num sonho descrito de manei-ra estranha (Jó 4:12-16), ambas fontes muito subjetivas de conhecimento.

No capítulo seguinte, Elifaz enfatizou sua opinião, concluindo que Jó devia ter agido como tolo (Jó 5:1-5), e finalizou com um apelo para que ele se voltasse para Deus (Jó 5:8) em arrepen-dimento e buscasse o favor divino mais uma vez (Jó 5:11-18). O grande problema é que, em-bora exista uma relação bíblica entre obediência e bênçãos (ou desobediência e maldições), na maioria dos casos, a situação é mais complicada do que aquilo que nossas observações hu-manas podem desvendar. Nossa responsabilidade é erguer a cana quebrada, não derrubá-la (Is 42:3), algo que Elifaz imponentemente deixou de fazer.Pense nisto: Por que é tão fácil cair no mesmo raciocínio que Elifaz utilizou em seu discurso?

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CompreensãoPara o professor: Provavelmente, neste estudo da lição, seja fácil criticar e condenar a teologia equivocada de Elifaz como sendo insensível e distante do amor de Deus. No entanto, podemos ter a mesma atitude que Elifaz teve para com o sofrimento de Jó: condená-lo de acordo com um sistema teológico de certo e errado, que nem sempre se encaixa com a realidade. Assim como devemos nos abster das atitudes pelas quais Elifaz e os outros amigos de Jó o conde-naram, devemos abster-nos de condenar os amigos de Jó por sua teologia equivocada e pela abordagem impiedosa para com o sofrimento de Jó.A questão mais importante é: como nós, adventistas do sétimo dia, podemos aliviar o sofri-mento ao nosso redor e encontrar palavras apropriadas para as pessoas que o experimentam?

tentativa de entender o que não faz sentido, até mesmo para dar algum tipo de esperança, indepen-dentemente do quanto essa esperança possa parecer distorcida? “Talvez Deus tenha permitido que o seu filho morresse nesse acidente de carro porque Ele sabia que, mais tarde na vida, ele iria virar as costas para Deus e para a igreja.” Embora essas tentativas quase soem absurdas na vida normal, de repente, elas levantam suas cabeças disformes em momentos de sofrimento, proferidas por vizinhos, amigos e até mesmo membros da família bem-intencionados. Os amigos de Jó não são exceção; talvez, não devamos julgá-los precipitadamente; afinal de contas, eles vieram para consolar Jó.

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Discussão de aberturaEnquanto trabalhavam como missionários no belo país da Bolívia, na América do Sul, um

homem e sua família receberam uma notícia trágica. O pai do homem havia falecido em um acidente doméstico do outro lado do mundo. Depois do choque inicial, o missionário saiu de casa para falar com os administradores da própria instituição na qual ele e sua família estavam trabalhando naquela época. Ele precisava informá-los de sua perda e verificar a logística da via-gem de volta para casa, a fim de cuidar do funeral e da partilha da herança de seu pai.

Algum tempo depois, passado tudo isso, o homem já não se lembrava bem do que havia dito aos administradores. Mas de uma coisa ele se lembrava com clareza: o momento em que os quatro homens, incluindo ele próprio, estavam sentados juntos em um banco, nos jardins em frente ao prédio da administração. Todos choravam e se apoiavam uns nos outros. Os ad-ministradores derramaram lágrimas de tristeza pela perda daquele homem. Em consequêcia de sua dor, o homem, de repente, passou a valorizar os amigos de Jó um pouquinho mais, pois eles vieram de todas as direções, sentaram-se durante sete dias com Jó, choraram e comparti-lharam da sua tristeza sem dizer uma palavra (Jó 2:11-13).

O que podemos aprender com os amigos de Jó nesse ponto da história?

Comentário bíblicoComo podemos responder de forma adequada às pessoas que estão sofrendo? Como pode-

mos ser compassivos como os amigos de Jó, que se sentaram e choraram com ele por sete dias, e, ao mesmo tempo, não cair em clichês e respostas fáceis para as situações desconcertantes que a vida apresenta? Como lidar com nosso próprio sofrimento a partir da perspectiva bíblica?

I. Angústia(Recapitule com a classe Jó 2:11-13; Eclesiastes 7:2; Salmo 30:5.)Os amigos de Jó foram e se sentaram com ele por sete dias, o que, possivelmente, deu ori-

gem ao ritual judaico de luto chamado “sentar shiva” (sete). Sete dias de empatia e compaixão. É interessante notar que foi Jó quem rompeu o silêncio no fim dos sete dias, numa tentativa de processar sua dor.

Há alguns denominadores comuns na forma como nós, seres humanos, processamos o luto. Como cristãos, podemos ajudar outras pessoas (e, às vezes, a nós mesmos) prestando atenção nesses passos:

(1) A causa da nossa dor precisa ser aceita como uma realidade. Existe uma tendência inte-ressante na mente humana: fechamos as nossas portas mentais para as coisas das quais não gostamos, esperando que, assim, elas desapareçam de algum modo. Se você deseja processar a dor e o sofrimento, o primeiro passo é aceitá-los como realidade.

(2) O segundo passo no “processo de luto” é a disposição de realmente sofrer a dor e a per-da. Ninguém gosta de sofrer. Evitar a dor é um instinto humano. No entanto, se quisermos avançar em direção à cura interior, temos que estar dispostos a andar pelo vale da sombra da morte, como diz o Salmo 23:4. Precisamos confrontar e expressar a dor.

(3) Se você deseja processar sua dor, precisa se reintegrar na vida. Se o seu cônjuge ou filho faleceu, você pode querer voltar aos lugares familiares que vocês visitaram juntos. Não é saudá-vel viver tentando evitar tudo o que possa lembrá-lo do seu ente querido. Caminhar na mesma praia que vocês sempre caminharam juntos pode ser uma experiência dolorosa, mas também o início de algo novo. Às vezes, passamos tanto tempo traçando cuidadosamente nossas lem-branças e enchendo nossa vida com elas que não há espaço para uma vida nova. As lembran-ças são boas e importantes, mas a vida continua. E ela não deve ser um museu empoeirado de fotografias da pessoa falecida.

(4) O último passo é dizer adeus a seu ente querido. Seja ele o cônjuge falecido, o feto per-dido ou o animal de estimação que morreu – a dor da perda ocorre em todos os níveis. Mas te-mos que chegar ao ponto em que conscientemente dizemos: “Adeus”.Pense nisto: Você foi ajudado durante o processo de luto, de acordo com esses quatro passos?

II. Elifaz fala(Recapitule com a classe Jó 4 e 5.)A resposta inicial ao lamento de Jó no capítulo 3 veio de Elifaz, o temanita (Temã se locali-

zava em Edom. Em Gênesis 36:11, vemos que Temã era um descendente de Elifaz, da linhagem de Esaú). Ah, se Elifaz, o temanita, tivesse permanecido em silêncio! Mas, infelizmente, ele fa-lou. Suas palavras (Jó 4; 5) são marcadas pela teologia da retribuição, estabelecendo uma rela-ção direta entre o pecado de Jó e o castigo de Deus. Elifaz partiu de um ponto de vista muito positivo, elogiando Jó por ter, antes, sido conselheiro de outras pessoas (Jó 4:1-4). Mas então ele mudou o tom no verso 5 (“Mas agora que você se vê em dificuldade”, NVI), indicando que os inocentes não pereciam (Jó 4:7, 8). Ele justificou essa alegação por meio de suas observações pessoais, bem como por uma revelação divina secreta recebida num sonho descrito de manei-ra estranha (Jó 4:12-16), ambas fontes muito subjetivas de conhecimento.

No capítulo seguinte, Elifaz enfatizou sua opinião, concluindo que Jó devia ter agido como tolo (Jó 5:1-5), e finalizou com um apelo para que ele se voltasse para Deus (Jó 5:8) em arrepen-dimento e buscasse o favor divino mais uma vez (Jó 5:11-18). O grande problema é que, em-bora exista uma relação bíblica entre obediência e bênçãos (ou desobediência e maldições), na maioria dos casos, a situação é mais complicada do que aquilo que nossas observações hu-manas podem desvendar. Nossa responsabilidade é erguer a cana quebrada, não derrubá-la (Is 42:3), algo que Elifaz imponentemente deixou de fazer.Pense nisto: Por que é tão fácil cair no mesmo raciocínio que Elifaz utilizou em seu discurso?

Para o professor: Provavelmente, neste estudo da lição, seja fácil criticar e condenar a teologia equivocada de Elifaz como sendo insensível e distante do amor de Deus. No entanto, podemos ter a mesma atitude que Elifaz teve para com o sofrimento de Jó: condená-lo de acordo com um sistema teológico de certo e errado, que nem sempre se encaixa com a realidade. Assim como devemos nos abster das atitudes pelas quais Elifaz e os outros amigos de Jó o conde-naram, devemos abster-nos de condenar os amigos de Jó por sua teologia equivocada e pela abordagem impiedosa para com o sofrimento de Jó.A questão mais importante é: como nós, adventistas do sétimo dia, podemos aliviar o sofri-mento ao nosso redor e encontrar palavras apropriadas para as pessoas que o experimentam?

tentativa de entender o que não faz sentido, até mesmo para dar algum tipo de esperança, indepen-dentemente do quanto essa esperança possa parecer distorcida? “Talvez Deus tenha permitido que o seu filho morresse nesse acidente de carro porque Ele sabia que, mais tarde na vida, ele iria virar as costas para Deus e para a igreja.” Embora essas tentativas quase soem absurdas na vida normal, de repente, elas levantam suas cabeças disformes em momentos de sofrimento, proferidas por vizinhos, amigos e até mesmo membros da família bem-intencionados. Os amigos de Jó não são exceção; talvez, não devamos julgá-los precipitadamente; afinal de contas, eles vieram para consolar Jó.

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Liçã

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III. Julgamento e exortação(Recapitule com a classe Mateus 7:1, 2; Romanos 3:19; Hebreus 12:5.)Muitos comentaristas têm apontado a aparente contradição entre a afirmação categórica

de Mateus 7:1 (“Não julgueis”, compare também com Rm 2:1; 14:10, 13; Tg 4:11, 12; 1Co 4:5) e ou-tras afirmações na Bíblia que parecem incentivar o julgamento (por exemplo, 1Co 2:15; 5:12, 13; 6:1-4). O contexto desempenha papel importante na resolução dessa tensão: embora a Bíblia proíba claramente o julgamento fundamentado na tradição humana ou em uma atitude hipó-crita, ela o incentiva de acordo com os padrões de Deus e de Sua Palavra (Jo 7:24), mas acima de tudo, em amor.Pense nisto: Qual é o lugar da advertência bíblica na vida cristã?

Perguntas para reflexão e aplicação1. Quando falamos com outras pessoas sobre o caráter de Deus, que fontes utilizamos para

o nosso raciocínio? Elas são baseadas em algo que não seja a Bíblia?2. Devemos relacionar o sofrimento com o pecado? Em caso afirmativo, quando e em quais

circunstâncias?

Atividades individuais ou em classe1. Crie uma lista do que se pode ou não fazer no sábado. Em seguida, discuta essa lista com a

classe e levante a importante questão: seria essa lista de permissões e proibições a melhor ma-neira de observar o sábado? Por quê?

INFORMATIVO MUNDIAL DAS MISSÕES

Partes de um plano Dois séculos antes de Cristo, Arquimedes de Siracusa nasceu na ilha mediterrânea da

Sicília. Esse antigo matemático grego, físico, engenheiro, inventor e astrônomo é considera-do um dos maiores matemáticos de todos os tempos.

Séculos mais tarde, outro jovem siciliano demonstra amor pela ciência e matemática e espera tornar-se astrônomo.

Kenan, estudante de física na Universidade de Catania, disse: “Desde garoto, tentei aprender tudo sobre ciência. Leio muitos livros, incluindo a Bíblia. Gostei especialmente do verso: ‘Olhe para o céu e conte as estrelas, se é que pode contá-las’” (Gn 15: 5).

Ele admite: “Gosto das estrelas porque elas revelam o poder do Deus que criou coisas in-críveis. Se você comparar nossa pequenez a este grande Universo, perceberá algo fantástico.”

A Universidade de Catania, onde Kenan estuda, foi fundada em 1434 e é a universidade mais antiga na Sicília. Vários cientistas famosos são associados à Universidade, incluindo Agatino San Martino Pardo, astrônomo e matemático que ensinou análise matemática e cálculo de 1816 a 1841. Ele contribuiu para o cálculo da órbita de Ceres, o primeiro aste-roide descoberto; Guido Fubini, autor do teorema de Fubini, foi professor de matemática nos primeiros anos do século 20. O asteroide 22495 Fubini é nomeado em sua honra; Paolo Maffei, diretor do Observatório Catania de 1975 a 1980, foi um dos pioneiros da astrono-mia infravermelha. Ele descobriu duas galáxias: Maffei 1 e Maffei 2. Um asteroide principal, o 18426 Maffei, também é nomeado em sua homenagem.1

Futuro astrônomoEnquanto muitos consideram incongruentes a ciência e a Bíblia, Kenan espera que um

dia ele possa descobrir algo novo em astronomia, algo relacionado à criação e à Bíblia. Ele diz: “Temos química, matemática e biologia na Bíblia. A sabedoria de Deus pode ser vista na Bíblia em muitos aspectos.”

Kenan não sente vergonha de compartilhar a fé. Na escola, ele deixa sua luz brilhar. É um excelente aluno de matemática. Por isso, foi selecionado para participar da Olimpíada de Mate-mática Italiana, uma competição nacional para os alunos do Ensino Médio. Os testes incluem problemas desafiadores em álgebra, análise combinatória, geometria e teoria dos números.

Kenan ganhou a pontuação máxima de sua localidade e passou a competir regional-mente, obtendo a pontuação máxima em toda a Sicília, uma região autônoma da Itália. O problema era que a competição nacional estava programada para ocorrer em um sábado.

Impasse na olimpíadaPor ser um fiel adventista do sétimo dia, Kenan não competiria no sábado. Depois de orar,

decidiu abordar o presidente da Olimpíada de Matemática. Explicando sua situação, Kenan perguntou se seria possível alterar a data do exame. Foi informado de que a equipe consi-deraria a situação. Era a primeira vez na história da Olimpíada que alguém fazia tal pedido.

Não muito tempo depois, Kenan foi surpreendido ao ser convocado pelos líderes da Olim-píada Internacional. A maioria era composta de professores universitários de todo o mundo. O grupo questionou-o sobre sua religião. Kenan disse que era adventista do sétimo dia.

“Mas, por que você guarda o sábado?”, o grupo queria saber. Kenan explicou que o sábado foi originado na criação, quando Deus “descansou no sétimo dia e o santificou” (Gn 2: 2, 3).

Naturalmente, isso os levou a perguntar: “Por que você acredita na criação?” Eles ti-veram dificuldade para entender como um adolescente inteligente acreditava no que eles consideravam como mitologia.

Kenan respondeu: “Não temos que enxergar tudo com a mesma lente. Talvez a religião não exclua a ciência. Há muitas coisas que não sabemos. Na natureza temos algumas pro-vas de que há um projeto inteligente. O Criador colocou todas as peças juntas. Nós não viemos do caos a este mundo. Somos parte de um plano, algo criado por Deus.”

Fidelidade recompensadaOs líderes da Olimpíada ficaram surpresos. Eles jamais tinham ouvido um concorrente

falar dessa maneira. Então, decidiram mudar a competição nacional para uma sexta-feira. Kenan ficou encantado! Ele alcançou a sexta maior pontuação da nação e ganhou uma bolsa de estudos da universidade.1 De “University of Catania,” Wikipedia, https://en.wikipedia.org/wiki/University_of_Catania

Planejando atividades: O que sua classe pode fazer na próxima semana como resposta ao estudo da lição?

PASS

O 4

Criatividade e atividades práticasPara o professor: Como adventistas do sétimo dia, às vezes somos acusados de ser legalis-tas, assim como pensamos que os amigos Jó eram legalistas. A boa notícia é que não somos!

PASS

O 3

AplicaçãoPara o professor: Parece muito natural relacionar o sofrimento ao pecado. Muitas vezes, baseamos essa relação em fontes subjetivas, semelhantes às que Elifaz utilizou para formar o seu argumento.

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III. Julgamento e exortação(Recapitule com a classe Mateus 7:1, 2; Romanos 3:19; Hebreus 12:5.)Muitos comentaristas têm apontado a aparente contradição entre a afirmação categórica

de Mateus 7:1 (“Não julgueis”, compare também com Rm 2:1; 14:10, 13; Tg 4:11, 12; 1Co 4:5) e ou-tras afirmações na Bíblia que parecem incentivar o julgamento (por exemplo, 1Co 2:15; 5:12, 13; 6:1-4). O contexto desempenha papel importante na resolução dessa tensão: embora a Bíblia proíba claramente o julgamento fundamentado na tradição humana ou em uma atitude hipó-crita, ela o incentiva de acordo com os padrões de Deus e de Sua Palavra (Jo 7:24), mas acima de tudo, em amor.Pense nisto: Qual é o lugar da advertência bíblica na vida cristã?

Perguntas para reflexão e aplicação1. Quando falamos com outras pessoas sobre o caráter de Deus, que fontes utilizamos para

o nosso raciocínio? Elas são baseadas em algo que não seja a Bíblia?2. Devemos relacionar o sofrimento com o pecado? Em caso afirmativo, quando e em quais

circunstâncias?

Atividades individuais ou em classe1. Crie uma lista do que se pode ou não fazer no sábado. Em seguida, discuta essa lista com a

classe e levante a importante questão: seria essa lista de permissões e proibições a melhor ma-neira de observar o sábado? Por quê?

INFORMATIVO MUNDIAL DAS MISSÕES

Partes de um plano Dois séculos antes de Cristo, Arquimedes de Siracusa nasceu na ilha mediterrânea da

Sicília. Esse antigo matemático grego, físico, engenheiro, inventor e astrônomo é considera-do um dos maiores matemáticos de todos os tempos.

Séculos mais tarde, outro jovem siciliano demonstra amor pela ciência e matemática e espera tornar-se astrônomo.

Kenan, estudante de física na Universidade de Catania, disse: “Desde garoto, tentei aprender tudo sobre ciência. Leio muitos livros, incluindo a Bíblia. Gostei especialmente do verso: ‘Olhe para o céu e conte as estrelas, se é que pode contá-las’” (Gn 15: 5).

Ele admite: “Gosto das estrelas porque elas revelam o poder do Deus que criou coisas in-críveis. Se você comparar nossa pequenez a este grande Universo, perceberá algo fantástico.”

A Universidade de Catania, onde Kenan estuda, foi fundada em 1434 e é a universidade mais antiga na Sicília. Vários cientistas famosos são associados à Universidade, incluindo Agatino San Martino Pardo, astrônomo e matemático que ensinou análise matemática e cálculo de 1816 a 1841. Ele contribuiu para o cálculo da órbita de Ceres, o primeiro aste-roide descoberto; Guido Fubini, autor do teorema de Fubini, foi professor de matemática nos primeiros anos do século 20. O asteroide 22495 Fubini é nomeado em sua honra; Paolo Maffei, diretor do Observatório Catania de 1975 a 1980, foi um dos pioneiros da astrono-mia infravermelha. Ele descobriu duas galáxias: Maffei 1 e Maffei 2. Um asteroide principal, o 18426 Maffei, também é nomeado em sua homenagem.1

Futuro astrônomoEnquanto muitos consideram incongruentes a ciência e a Bíblia, Kenan espera que um

dia ele possa descobrir algo novo em astronomia, algo relacionado à criação e à Bíblia. Ele diz: “Temos química, matemática e biologia na Bíblia. A sabedoria de Deus pode ser vista na Bíblia em muitos aspectos.”

Kenan não sente vergonha de compartilhar a fé. Na escola, ele deixa sua luz brilhar. É um excelente aluno de matemática. Por isso, foi selecionado para participar da Olimpíada de Mate-mática Italiana, uma competição nacional para os alunos do Ensino Médio. Os testes incluem problemas desafiadores em álgebra, análise combinatória, geometria e teoria dos números.

Kenan ganhou a pontuação máxima de sua localidade e passou a competir regional-mente, obtendo a pontuação máxima em toda a Sicília, uma região autônoma da Itália. O problema era que a competição nacional estava programada para ocorrer em um sábado.

Impasse na olimpíadaPor ser um fiel adventista do sétimo dia, Kenan não competiria no sábado. Depois de orar,

decidiu abordar o presidente da Olimpíada de Matemática. Explicando sua situação, Kenan perguntou se seria possível alterar a data do exame. Foi informado de que a equipe consi-deraria a situação. Era a primeira vez na história da Olimpíada que alguém fazia tal pedido.

Não muito tempo depois, Kenan foi surpreendido ao ser convocado pelos líderes da Olim-píada Internacional. A maioria era composta de professores universitários de todo o mundo. O grupo questionou-o sobre sua religião. Kenan disse que era adventista do sétimo dia.

“Mas, por que você guarda o sábado?”, o grupo queria saber. Kenan explicou que o sábado foi originado na criação, quando Deus “descansou no sétimo dia e o santificou” (Gn 2: 2, 3).

Naturalmente, isso os levou a perguntar: “Por que você acredita na criação?” Eles ti-veram dificuldade para entender como um adolescente inteligente acreditava no que eles consideravam como mitologia.

Kenan respondeu: “Não temos que enxergar tudo com a mesma lente. Talvez a religião não exclua a ciência. Há muitas coisas que não sabemos. Na natureza temos algumas pro-vas de que há um projeto inteligente. O Criador colocou todas as peças juntas. Nós não viemos do caos a este mundo. Somos parte de um plano, algo criado por Deus.”

Fidelidade recompensadaOs líderes da Olimpíada ficaram surpresos. Eles jamais tinham ouvido um concorrente

falar dessa maneira. Então, decidiram mudar a competição nacional para uma sexta-feira. Kenan ficou encantado! Ele alcançou a sexta maior pontuação da nação e ganhou uma bolsa de estudos da universidade.1 De “University of Catania,” Wikipedia, https://en.wikipedia.org/wiki/University_of_Catania

Planejando atividades: O que sua classe pode fazer na próxima semana como resposta ao estudo da lição?

Para o professor: Como adventistas do sétimo dia, às vezes somos acusados de ser legalis-tas, assim como pensamos que os amigos Jó eram legalistas. A boa notícia é que não somos!

Para o professor: Parece muito natural relacionar o sofrimento ao pecado. Muitas vezes, baseamos essa relação em fontes subjetivas, semelhantes às que Elifaz utilizou para formar o seu argumento.

Out l Nov l Dez 2016 8382 O livro de Jó

Liçã

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Lição 7 5 a 12 de novembro

Castigo retributivo

Sábado à tarde Ano Bíblico: Jo 19-21

LEITURAS DA SEMANA: Jó 8:1-22; 11:1-20; Is 40:12-14; Gn 6:5-8; 2Pe 3:5-7

O problema do sofrimento humano certamente continua a assombrar a huma-nidade. Vemos pessoas “boas” sofrerem imensas tragédias, enquanto os maus

ficam impunes nesta vida. Há alguns anos foi lançado um livro cujo título é Why do bad things happen to good people? [Por que coisas ruins acontecem com pessoas boas?]. Ao longo dos milênios, essa foi uma das diversas tentativas de se chegar a uma resposta satisfatória para o problema. Bem, não deu certo. Muitos outros es-critores e pensadores têm escrito sobre suas lutas para aceitar o sofrimento huma-no. No entanto, parece que eles não encontraram as respostas certas.

É evidente que esse é o tema do livro de Jó, e nele continuamos a investigar por que até mesmo pessoas “boas”, tais como Jó, sofrem neste mundo. A diferen-ça crucial entre o livro de Jó e os outros, entretanto, é que o livro de Jó não está fundamentado em perspectivas humanas sobre o sofrimento, ainda que encon-tremos muitas delas no livro. Em vez disso, por ser a Bíblia, vemos ali a perspecti-va de Deus sobre o problema.

Nesta semana estudaremos mais alguns discursos dos que foram visitar Jó em sua miséria. O que podemos aprender com eles, principalmente com seus erros, à medida que eles, assim como outros têm feito, tentam lidar com o problema do sofrimento?

Há um poder transformador na Palavra de Deus e na literatura da Casa Publicadora Brasileira. Planeje em sua igreja o dia da literatura, com sermão sobre a importância da leitura devocional e

culto jovem sobre o assunto.

VERSO PARA MEMORIZAR: “Você consegue perscrutar os mistérios de Deus? Pode sondar os li-mites do Todo-poderoso?” (Jó 11:7, NVI).

Resumo missionário • A Sicília é a maior das ilhas italianas, separada do continente pelo Estreito de Messina e

rodeado pelo Mar Jônico, o Tirreno e os mares Mediterrâneos.• A universidade europeia mais antiga em funcionamento contínuo é a Universidade de Bo-

logna, fundada em 1088. Treze outras universidades italianas têm mais de 500 anos de idade.• O relógio mecânico, o barômetro, o termômetro e vidros ópticos são invenções italianas.

Atualmente, o testemunho de Kenan continua na Universidade de Catania. Recente-mente, ele falou com seus professores sobre as ondas gravitacionais que foram detectados no início deste ano (2016). Quando dois buracos negros colidem e então se fundem, libe-ram energia em forma de ondas gravitacionais. A união produz um único e enorme buraco negro equilalente a 21 vezes o volume da massa do sol.

Kenan explica: “Isso não é algo que vem do caos, mas de uma mente maravilhosa. Não é o caos! Isso confirma a criação. Alguns professores aceitam o que digo, ficam muito in-teressados e compartilho com eles minhas convicções”, diz Kenan. “Outros simplesmente zombam, mas isso é o começo. Pelo menos estamos construindo um relacionamento.”

O autor deste livro nos relembra de

que Deus deseja a salvação de todos. Misericórdia, amor, perdão e graça são

as características divinas destacadas

neste livro.

0800-9790606 | cpb.com.br | CPB livraria

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90 O livro de Jó Out l Nov l Dez 2016 91

Liçã

o 7

Discussão de aberturaTodos conhecemos a triste história do massacre das crianças ocorrido em Belém após o nas-

cimento de Jesus (Mt 2:13-18). Para recapitular: Somente as crianças a partir de dois anos de idade sobreviveram; todas as crianças menores foram cruelmente mortas pelos soldados de Herodes. Essa é uma terrível história do cumprimento da profecia messiânica (Mateus cita Je-remias), da proteção divina (José e sua família fugiram para o Egito, motivados por um sonho dado por Deus) e da tentativa de Satanás de matar o recém-nascido Messias.

No entanto, João Crisóstomo (349-407 d.C.), um pai da igreja primitiva e arcebispo de Cons-tantinopla, sugeriu que o massacre decretado por Herodes apresentava uma prova textual à doutrina da Trindade. Eis a prova: apenas as crianças de três anos de idade sobreviveram, repre-sentando as pessoas que acreditavam na doutrina da Trindade (essas crianças simbolizavam um Deus trino). Já as crianças de dois anos de idade morreram (correspondendo à visão “bini-tariana”: apenas duas pessoas na Divindade). Também morreram as crianças de um ano (repre-sentando a visão unitariana: Deus é apenas uma Pessoa).

Para entender o significado dessa interpretação, precisamos colocá-la em seu devido con-texto histórico. Crisóstomo viveu em um século marcado pelo grande debate ariano sobre a Trindade que quase destruiu a igreja primitiva. Ário sugeriu, no terceiro século d.C., que Cristo era subordinado e criado por Deus. Poderíamos chamar a teoria de Crisóstomo de uma inter-pretação alegórica.

Ainda que acreditemos na Trindade, como Crisóstomo acreditava, podemos não necessa-riamente procurá-la na história do massacre decretado por Herodes. O que Crisóstomo, bem como os amigos de Jó, não perceberam?

Comentário bíblico

Há uma série de afirmações verdadeiras e importantes ao longo dos duros discursos de Bil-dade e Zofar que valem a pena ser examinadas. Embora eles não tenham conseguido retratar Deus corretamente e aliviar o sofrimento do amigo, eles tinham uma compreensão parcial dEle. Contudo, às vezes, ter um entendimento incompleto pode ser mais prejudicial do que não ter nenhuma compreensão, principalmente quando se trata da Bíblia.

I. Palavras duras(Recapitule com a classe Jó 8:1-20; 11:1-20.)

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Resumo da Lição 7

Castigo retributivo

TEXTOS-CHAVE: Jó 11:7, 8; 2 Pedro 3:5-7

O ALUNO DEVERÁConhecer: Comparar exemplos históricos do julgamento retributivo de Deus com a

situação específica de Jó.Sentir: Perceber a soberania de Deus em Seu trato amoroso e justo para com a hu-

manidade ao longo da história.Fazer: Buscar um equilíbrio saudável e bíblico na compreensão da justiça e da mise-

ricórdia de Deus em sua própria vida e na vida das outras pessoas.

ESBOÇOI. Conhecer: Juízo retributivo

A. Como você entende o que aconteceu durante o Dilúvio ou em Sodoma e Gomor-ra, em termos do juízo retributivo de Deus?

B. Qual é a grande diferença entre esses acontecimentos e a maneira pela qual os amigos de Jó reagiram?

II. Sentir: As coisas profundas de DeusA. Quais são as nossas limitações na compreensão da maneira pela qual Deus tem

lidado com a humanidade ao longo da história?B. Que certeza podemos ter no modo pelo qual Deus lida conosco, mesmo que não

entendamos os Seus caminhos?

III. Fazer: Encontrando equilíbrioA. Deus ainda utiliza o juízo retributivo direto em nossos dias? Explique.B. Como é possível encontrar equilíbrio entre nossa visão da graça e da misericór-

dia de Deus?

RESUMO: Bildade e Zofar realmente enfatizaram sua opinião num tom cada vez mais duro, à medida que Jó declarava a própria inocência. Embora exista o juízo divino retributivo direto na Bíblia, os caminhos de Deus não são os nossos. Não faz parte da nossa atri-buição determinar quando Deus pune diretamente ou não. Nossa tarefa é aliviar o so-frimento, seja qual for a sua causa.

Ciclo do aprendizado

Focalizando as Escrituras: 2 Pedro 3:5-7Conceito-chave para o crescimento espiritual: Haverá um juízo final no qual Deus destruirá o mal e seu originador. É importante reconhecer que Deus está ativamente envolvido nesse pro-cesso e que Ele tem concedido ampla evidência histórica em toda a Bíblia a fim de nos assegurar o resultado final do grande conflito. No entanto, nem todo sofrimento é um exemplo do castigo retributivo de Deus. É nisso que os amigos de Jó estavam extremamente equivocados.Para o professor: A unidade da igreja é muitas vezes desafiada por pontos de vista que repre-sentam extremos. Porém, as pessoas que apresentam esses extremos argumentam que seguir

Motivação

90 O livro de Jó Out l Nov l Dez 2016 91

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Editor

C.Q.

Depto. Arte

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Discussão de aberturaTodos conhecemos a triste história do massacre das crianças ocorrido em Belém após o nas-

cimento de Jesus (Mt 2:13-18). Para recapitular: Somente as crianças a partir de dois anos de idade sobreviveram; todas as crianças menores foram cruelmente mortas pelos soldados de Herodes. Essa é uma terrível história do cumprimento da profecia messiânica (Mateus cita Je-remias), da proteção divina (José e sua família fugiram para o Egito, motivados por um sonho dado por Deus) e da tentativa de Satanás de matar o recém-nascido Messias.

No entanto, João Crisóstomo (349-407 d.C.), um pai da igreja primitiva e arcebispo de Cons-tantinopla, sugeriu que o massacre decretado por Herodes apresentava uma prova textual à doutrina da Trindade. Eis a prova: apenas as crianças de três anos de idade sobreviveram, repre-sentando as pessoas que acreditavam na doutrina da Trindade (essas crianças simbolizavam um Deus trino). Já as crianças de dois anos de idade morreram (correspondendo à visão “bini-tariana”: apenas duas pessoas na Divindade). Também morreram as crianças de um ano (repre-sentando a visão unitariana: Deus é apenas uma Pessoa).

Para entender o significado dessa interpretação, precisamos colocá-la em seu devido con-texto histórico. Crisóstomo viveu em um século marcado pelo grande debate ariano sobre a Trindade que quase destruiu a igreja primitiva. Ário sugeriu, no terceiro século d.C., que Cristo era subordinado e criado por Deus. Poderíamos chamar a teoria de Crisóstomo de uma inter-pretação alegórica.

Ainda que acreditemos na Trindade, como Crisóstomo acreditava, podemos não necessa-riamente procurá-la na história do massacre decretado por Herodes. O que Crisóstomo, bem como os amigos de Jó, não perceberam?

Comentário bíblico

Há uma série de afirmações verdadeiras e importantes ao longo dos duros discursos de Bil-dade e Zofar que valem a pena ser examinadas. Embora eles não tenham conseguido retratar Deus corretamente e aliviar o sofrimento do amigo, eles tinham uma compreensão parcial dEle. Contudo, às vezes, ter um entendimento incompleto pode ser mais prejudicial do que não ter nenhuma compreensão, principalmente quando se trata da Bíblia.

I. Palavras duras(Recapitule com a classe Jó 8:1-20; 11:1-20.)

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Resumo da Lição 7

Castigo retributivo

TEXTOS-CHAVE: Jó 11:7, 8; 2 Pedro 3:5-7

O ALUNO DEVERÁConhecer: Comparar exemplos históricos do julgamento retributivo de Deus com a

situação específica de Jó.Sentir: Perceber a soberania de Deus em Seu trato amoroso e justo para com a hu-

manidade ao longo da história.Fazer: Buscar um equilíbrio saudável e bíblico na compreensão da justiça e da mise-

ricórdia de Deus em sua própria vida e na vida das outras pessoas.

ESBOÇOI. Conhecer: Juízo retributivo

A. Como você entende o que aconteceu durante o Dilúvio ou em Sodoma e Gomor-ra, em termos do juízo retributivo de Deus?

B. Qual é a grande diferença entre esses acontecimentos e a maneira pela qual os amigos de Jó reagiram?

II. Sentir: As coisas profundas de DeusA. Quais são as nossas limitações na compreensão da maneira pela qual Deus tem

lidado com a humanidade ao longo da história?B. Que certeza podemos ter no modo pelo qual Deus lida conosco, mesmo que não

entendamos os Seus caminhos?

III. Fazer: Encontrando equilíbrioA. Deus ainda utiliza o juízo retributivo direto em nossos dias? Explique.B. Como é possível encontrar equilíbrio entre nossa visão da graça e da misericór-

dia de Deus?

RESUMO: Bildade e Zofar realmente enfatizaram sua opinião num tom cada vez mais duro, à medida que Jó declarava a própria inocência. Embora exista o juízo divino retributivo direto na Bíblia, os caminhos de Deus não são os nossos. Não faz parte da nossa atri-buição determinar quando Deus pune diretamente ou não. Nossa tarefa é aliviar o so-frimento, seja qual for a sua causa.

Ciclo do aprendizado

Focalizando as Escrituras: 2 Pedro 3:5-7Conceito-chave para o crescimento espiritual: Haverá um juízo final no qual Deus destruirá o mal e seu originador. É importante reconhecer que Deus está ativamente envolvido nesse pro-cesso e que Ele tem concedido ampla evidência histórica em toda a Bíblia a fim de nos assegurar o resultado final do grande conflito. No entanto, nem todo sofrimento é um exemplo do castigo retributivo de Deus. É nisso que os amigos de Jó estavam extremamente equivocados.Para o professor: A unidade da igreja é muitas vezes desafiada por pontos de vista que repre-sentam extremos. Porém, as pessoas que apresentam esses extremos argumentam que seguir

CompreensãoPara o professor: Um dos princípios mais importantes de interpretação bíblica é a questão do contexto. Tanto Bildade quanto Zofar cometeram o grande erro de não examinar as circuns-tâncias em que o sofrimento de Jó estava inserido. Eles se basearam em uma compreensão limitada de Deus, que não levava em conta uma conjuntura variável. Enquanto o juízo de Deus sobre Sodoma e Gomorra foi um exemplo do castigo divino retributivo direto, a situação de Jó exigia uma observação mais atenta de um contexto completamente diferente. Ali estava um homem sofrendo, um homem coerente e integralmente justo. Mas como seus amigos po-deriam discernir isso? O fato de que eles deixaram de analisar o quadro geral os tornou cegos quanto à verdadeira questão e suscetíveis a pecar com suas palavras. Por isso, no fim do livro, Jó precisou interceder em favor deles.

algo além do seu ponto de vista corresponderia a comprometer a verdade. Parece ser muito difícil encontrar uma perspectiva equilibrada, um meio termo que mantenha a unidade.

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Nos capítulos 6 e 7, Jó defende com veemência a sua própria inocência. O discurso de Bil-dade, registrado em Jó 8:1-20, é uma resposta às palavras de Jó. Os argumentos foram apre-sentados de forma calma e analítica. No entanto, a resposta contém palavras quase sarcásticas e devastadoras em rejeição à fala de Jó, que, para Bildade, era como um “vento impetuoso” (Jó 8:2). Para ele, não havia dúvidas de que Deus (a) sempre pune os maus (Jó 8:13) e (b) sempre faz o justo prosperar (Jó 8:20). A fim de sustentar seu ponto de vista, ele contou com a lógica (Jó 8:3-7), a tradição (Jó 8:8-10) e analogias da natureza (Jó 9:5-9). Além disso, a imagem que Bildade tinha do papiro que murchava sem umidade é interessante (Jó 8:11, 12). Moisés, autor do livro de Jó, estava muito familiarizado com essa planta que crescia profusamente no delta do Nilo, no Egi-to, de onde ele havia fugido. A análise lógica e rigorosa de Bildade o tornou insensível ao sofri-mento de Jó, fazendo de Deus um carrasco de Sua própria justiça.

Zofar, por outro lado, depois de ouvir Jó defendendo desesperadamente a sua inocência por mais dois capítulos (Jó 9; 10), concluiu com a cruel teologia da retribuição e foi além: Jó de-via ter pecado, como fica evidente pelo seu sofrimento (Jó 11:1-4). Como consequência disso, Jó devia ser castigado ainda mais, pois ele não admitia sua culpa (Jó 11:5, 6).

No entanto, no meio de toda essa conversa teológica sem sentido, há uma declaração ver-dadeira sobre as “coisas profundas de Deus” (Jó 11:7, 8): Deus é insondável e misterioso. Ironi-camente, esse fato fala contra a mecânica teologia da retribuição de Bildade e Zofar, abrindo espaço para uma inesperada relação entre o sofrimento e a justiça.Pense nisto: Como você tem passado por situações nas quais Deus não reage da maneira em

que Ele supostamente “deveria” reagir?

II. Defendendo Deus(Recapitule com a classe Marcos 15:3-5.)Os amigos de Jó tinham opiniões muito fortes a respeito de defender Deus; seus argumen-

tos são o protótipo da apologética cristã. No entanto, ao “protegê-Lo” veementemente, eles se esqueceram de que Deus não precisa de nossos débeis esforços humanos para Se resguardar.

Vemos essa verdade maior na narrativa do Evangelho de Marcos 15:3-5. Jesus estava diante de Pilatos; Ele havia sido acusado e açoitado. Marcos menciona duas vezes que Jesus ficou em silêncio. De forma semelhante, em Jó 38, quando Deus finalmente começou a falar, Ele não res-pondeu a nenhuma das inumeráveis perguntas que Jó Lhe havia feito ao longo do livro. Deus permaneceu em silêncio, por assim dizer, a respeito dessas perguntas.

Há uma citação que tem sido alternativamente atribuída, em suas diversas formas, a Marti-nho Lutero, Oswald Chambers e Charles Spurgeon (sendo este último o autor mais provável): “O evangelho é como um leão enjaulado. Ele não precisa de defesa; só precisa ser deixado de fora da sua jaula”. Não precisamos defender Deus. Qualquer tentativa nesse sentido está con-denada ao miserável fracasso e, muitas vezes, é apenas uma autodefesa medíocre das nossas próprias teologias distorcidas. Apesar disso, precisamos dar razões à nossa fé, conforme a Bíblia instrui (1Pe 3:15). A apologética cristã também se faz necessária, mas não para os humanos de-fensores do Todo-poderoso, cujos limites não podemos sondar (Jó 11:7-9).Pense nisto: Você já sentiu necessidade de defender Deus? Como foi?

III. Deus castigando ativamente os ímpios(Recapitule com a classe Êxodo 15:7; 22:22; 32:10; Números 16; Apocalipse 18:8; 19:15.)Várias pessoas não aceitam a destruição de Sodoma e Gomorra, a morte dos filhos de Coré,

as pragas do Egito ou as pragas que ocorrerão no fim dos tempos. Nessas histórias, Deus pare-ce estar à direta e envolvido ativamente no castigo dos ímpios, impondo Sua ira sobre aqueles

que, de maneira deliberada e repetida, opõem-se a Ele até que a Sua misericórdia chega ao fim. Para conciliar essa imagem com a de um Deus de amor, tem sido sugerido que compreenda-mos a ira de Deus em termos da consequência impessoal e inevitável do pecado. Tal perspec-tiva implica em enxergar o castigo como consequência direta do pecado, sendo que o único papel ativo de Deus é retirar Sua proteção contra o pecador.

Essa ideia levanta uma série de questões: quem poderia ter estabelecido uma lei de casti-go tão impessoal e universal, senão o próprio Deus? E ainda mais importante: o que dizer das constantes descrições da ira de Deus na Bíblia, uma ira que Ele pessoalmente decreta aos puni-dos? No grande conflito, o pecado se originou em nível pessoal com Satanás. O fim do pecado, seja por meio dos castigos diretos citados na Bíblia, que prenunciam o juízo final, seja pela des-truição final do pecado no tempo do fim, também ocorrerá mediante a atuação de um ser pes-soal – um Deus ativamente envolvido na obra da salvação. E para não esquecer: o juízo de Deus está indissoluvelmente ligado à Sua misericórdia.Pense nisto: Como você se sente em relação ao fato de Deus castigar ativamente o ímpio com

Sua ira? Por que você se sente assim?

Perguntas para reflexão e aplicação1. O que você pensa do fato de que Deus destruirá Satanás e também todo o mal no fim da

História, na segunda ressurreição?2. Como você pode associar o castigo divino à imagem de um Deus amoroso?

Atividades individuais ou em classe1. Visite um lugar de sofrimento na sua comunidade (por exemplo, um asilo ou um hospital)

e estenda a mão às pessoas que estão sofrendo.2. Recentemente, você realizou ações ou proferiu palavras que ofereceram esperança a outras

pessoas? Compartilhe essa experiência com os alunos na próxima semana.

INFORMATIVO MUNDIAL DAS MISSÕES

Engajados na missãoGiorgio Bella tinha um sonho: envolver a igreja com a comunidade. Sendo um dos dois

líderes voluntários da Adra (Agência de Desenvolvimento e Recursos Adventista) em Ra-gusa, na ilha italiana da Sicília, Giorgio e a vice-líder Carmela Cascone desejavam fazer mais pelos semelhantes.

Planejando atividades: O que sua classe pode fazer na próxima semana como resposta ao estudo da lição?

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Nos capítulos 6 e 7, Jó defende com veemência a sua própria inocência. O discurso de Bil-dade, registrado em Jó 8:1-20, é uma resposta às palavras de Jó. Os argumentos foram apre-sentados de forma calma e analítica. No entanto, a resposta contém palavras quase sarcásticas e devastadoras em rejeição à fala de Jó, que, para Bildade, era como um “vento impetuoso” (Jó 8:2). Para ele, não havia dúvidas de que Deus (a) sempre pune os maus (Jó 8:13) e (b) sempre faz o justo prosperar (Jó 8:20). A fim de sustentar seu ponto de vista, ele contou com a lógica (Jó 8:3-7), a tradição (Jó 8:8-10) e analogias da natureza (Jó 9:5-9). Além disso, a imagem que Bildade tinha do papiro que murchava sem umidade é interessante (Jó 8:11, 12). Moisés, autor do livro de Jó, estava muito familiarizado com essa planta que crescia profusamente no delta do Nilo, no Egi-to, de onde ele havia fugido. A análise lógica e rigorosa de Bildade o tornou insensível ao sofri-mento de Jó, fazendo de Deus um carrasco de Sua própria justiça.

Zofar, por outro lado, depois de ouvir Jó defendendo desesperadamente a sua inocência por mais dois capítulos (Jó 9; 10), concluiu com a cruel teologia da retribuição e foi além: Jó de-via ter pecado, como fica evidente pelo seu sofrimento (Jó 11:1-4). Como consequência disso, Jó devia ser castigado ainda mais, pois ele não admitia sua culpa (Jó 11:5, 6).

No entanto, no meio de toda essa conversa teológica sem sentido, há uma declaração ver-dadeira sobre as “coisas profundas de Deus” (Jó 11:7, 8): Deus é insondável e misterioso. Ironi-camente, esse fato fala contra a mecânica teologia da retribuição de Bildade e Zofar, abrindo espaço para uma inesperada relação entre o sofrimento e a justiça.Pense nisto: Como você tem passado por situações nas quais Deus não reage da maneira em

que Ele supostamente “deveria” reagir?

II. Defendendo Deus(Recapitule com a classe Marcos 15:3-5.)Os amigos de Jó tinham opiniões muito fortes a respeito de defender Deus; seus argumen-

tos são o protótipo da apologética cristã. No entanto, ao “protegê-Lo” veementemente, eles se esqueceram de que Deus não precisa de nossos débeis esforços humanos para Se resguardar.

Vemos essa verdade maior na narrativa do Evangelho de Marcos 15:3-5. Jesus estava diante de Pilatos; Ele havia sido acusado e açoitado. Marcos menciona duas vezes que Jesus ficou em silêncio. De forma semelhante, em Jó 38, quando Deus finalmente começou a falar, Ele não res-pondeu a nenhuma das inumeráveis perguntas que Jó Lhe havia feito ao longo do livro. Deus permaneceu em silêncio, por assim dizer, a respeito dessas perguntas.

Há uma citação que tem sido alternativamente atribuída, em suas diversas formas, a Marti-nho Lutero, Oswald Chambers e Charles Spurgeon (sendo este último o autor mais provável): “O evangelho é como um leão enjaulado. Ele não precisa de defesa; só precisa ser deixado de fora da sua jaula”. Não precisamos defender Deus. Qualquer tentativa nesse sentido está con-denada ao miserável fracasso e, muitas vezes, é apenas uma autodefesa medíocre das nossas próprias teologias distorcidas. Apesar disso, precisamos dar razões à nossa fé, conforme a Bíblia instrui (1Pe 3:15). A apologética cristã também se faz necessária, mas não para os humanos de-fensores do Todo-poderoso, cujos limites não podemos sondar (Jó 11:7-9).Pense nisto: Você já sentiu necessidade de defender Deus? Como foi?

III. Deus castigando ativamente os ímpios(Recapitule com a classe Êxodo 15:7; 22:22; 32:10; Números 16; Apocalipse 18:8; 19:15.)Várias pessoas não aceitam a destruição de Sodoma e Gomorra, a morte dos filhos de Coré,

as pragas do Egito ou as pragas que ocorrerão no fim dos tempos. Nessas histórias, Deus pare-ce estar à direta e envolvido ativamente no castigo dos ímpios, impondo Sua ira sobre aqueles

que, de maneira deliberada e repetida, opõem-se a Ele até que a Sua misericórdia chega ao fim. Para conciliar essa imagem com a de um Deus de amor, tem sido sugerido que compreenda-mos a ira de Deus em termos da consequência impessoal e inevitável do pecado. Tal perspec-tiva implica em enxergar o castigo como consequência direta do pecado, sendo que o único papel ativo de Deus é retirar Sua proteção contra o pecador.

Essa ideia levanta uma série de questões: quem poderia ter estabelecido uma lei de casti-go tão impessoal e universal, senão o próprio Deus? E ainda mais importante: o que dizer das constantes descrições da ira de Deus na Bíblia, uma ira que Ele pessoalmente decreta aos puni-dos? No grande conflito, o pecado se originou em nível pessoal com Satanás. O fim do pecado, seja por meio dos castigos diretos citados na Bíblia, que prenunciam o juízo final, seja pela des-truição final do pecado no tempo do fim, também ocorrerá mediante a atuação de um ser pes-soal – um Deus ativamente envolvido na obra da salvação. E para não esquecer: o juízo de Deus está indissoluvelmente ligado à Sua misericórdia.Pense nisto: Como você se sente em relação ao fato de Deus castigar ativamente o ímpio com

Sua ira? Por que você se sente assim?

Perguntas para reflexão e aplicação1. O que você pensa do fato de que Deus destruirá Satanás e também todo o mal no fim da

História, na segunda ressurreição?2. Como você pode associar o castigo divino à imagem de um Deus amoroso?

Atividades individuais ou em classe1. Visite um lugar de sofrimento na sua comunidade (por exemplo, um asilo ou um hospital)

e estenda a mão às pessoas que estão sofrendo.2. Recentemente, você realizou ações ou proferiu palavras que ofereceram esperança a outras

pessoas? Compartilhe essa experiência com os alunos na próxima semana.

INFORMATIVO MUNDIAL DAS MISSÕES

Engajados na missãoGiorgio Bella tinha um sonho: envolver a igreja com a comunidade. Sendo um dos dois

líderes voluntários da Adra (Agência de Desenvolvimento e Recursos Adventista) em Ra-gusa, na ilha italiana da Sicília, Giorgio e a vice-líder Carmela Cascone desejavam fazer mais pelos semelhantes.

Planejando atividades: O que sua classe pode fazer na próxima semana como resposta ao estudo da lição?

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AplicaçãoPara o professor: Existe um aspecto muito prático quanto à ideia de Deus estar ativamente envolvido no castigo: é a questão de como relacionar Seu papel de castigador do pecado com o Seu papel de Deus amoroso.

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Criatividade e atividades práticasPara o professor: Existe sofrimento ao nosso redor e não é preciso ir muito longe para per-cebê-lo. Na verdade, devemos sair e observá-lo com mais frequência. Isso pode nos guardar de cair na tentação da teologia da retribuição.

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Há vários anos, quando a Adra iniciou as atividades em Ragusa, a principal função era prover alimento e vestuário aos necessitados. Os voluntários então expandiram os serviços, estabelecendo cursos de italiano para estrangeiros, um programa de apoio e assistência a pri-sioneiros estrangeiros e alguns serviços de saúde mental, incluindo um centro de ouvidoria.

Trabalhando em parceriaEntretanto, depois de algum um tempo, os voluntários perceberam que esse trabalho

não poderia ser realizado sem ajuda. Giorgio diz: “Desejávamos expandir o que fazíamos para a sociedade, mas precisávamos trabalhar com a prefeitura e pessoas da comunidade.” Então, planejaram visitar as autoridades municipais, a fim de apresentar o trabalho da Adra e obter informações sobre os serviços considerados mais urgentes na região.

Inicialmente, Giorgio e Carmella perceberam certa hesitação das autoridades, já que não estavam familiarizadas com a Igreja Adventista do Sétimo Dia. Mas o tempo passou e a confiança no trabalho dos voluntários da Adra cresceu tanto que, em 2014, o projeto “Fundação Banco de Alimentos”, um programa de assistência alimentar para pessoas ca-rentes, criado pela cidade de Ragusa, foi confiado exclusivamente à Adra Ragusa. Esse ser-viço incluía aquisição, armazenamento e distribuição de alimentos para famílias inscritas no departamento de Assistência Social. O centro de distribuição está localizado no andar térreo do prédio em que a Igreja Adventista atualmente se reúne.

“Criamos uma conexão com as pessoas do local, com outras associações assistenciais, mas somos o centro de atendimento. Somente a Adra tem direito exclusivo de distribuição de alimentos” diz Giorgio. Ele tem consciência da importância dessa honra, já que por todo o país, somente a Igreja Católica recebeu garantia de exclusividade do governo.

“Convidamos líderes de outras associações, incluindo as pertencentes à Igreja Católica, para vir à nossa igreja. Desenvolvemos a confiança e, agora, todos nos veem como um povo normal”, Giorgio diz, sorridente. “Também procuramos trabalhar com voluntários que não pertencem à Igreja Adventista. Tentamos envolvê-los na equipe. Devemos ser humildes e profissionais.”

Vida transformadaJoseph é apenas uma das muitas pessoas cuja vida foi tocada pelos adventistas em Ragu-

sa. Ele esteve desempregado por algum tempo, razão pela qual buscou a ajuda do governo. “Sentia-me frustrado”, diz Joseph. “Quando está nessa situação, você se sente mal até para pedir ajuda.” A assistente social do governo o enviou para o centro na igreja adventista, onde ele recebeu mais ajuda do que esperava.

Ele disse: “As pessoas aqui são realmente fantásticas! Elas me ajudaram muito, interessa-ram-se por minha situação e me amaram como sou.”

Após ter recebido assistência no centro por aproximadamente um ano e meio, Joseph decidiu fazer mais do que apenas receber. Aproximou-se de Giorgio e disse que gostaria de se juntar à equipe de voluntários da Adra, para ajudar outros necessitados que vinham ao centro, porque entendia o que eles passavam. Giorgio concordou e, atualmente, Joseph serve como voluntário há quase um ano.

“Minha vida mudou muito desde que cheguei ao centro”, diz Joseph. “Mudou porque, em vez de pensar em minhas próprias necessidades, ouço e penso nas necessidades dos outros. E ouvir os outros me ajudou a ouvir mais minha esposa e meus filhos. Não posso mudar o mundo, mas transformo pequenas coisas que poderão ajudar as pessoas da região. Estou feliz por ter um professor como Giorgio!”

Espaço reduzidoAlém do voluntariado com a Adra, Giorgio usa uma grande sala em seu edifício comer-

cial, recentemente construído, para realizar cursos sobre habilidades e segurança no traba-lho, idioma italiano e outros cursos oferecidos aos necessitados. Ao término dos cursos, os participantes recebem certificados de conclusão. Muitos dos que participam desses cursos mostram interesse em se tornar membros da Igreja Adventista do Sétimo Dia.

Porém, atualmente, a igreja não dispõe de um espaço suficiente para acomodar todos os que gostariam de participar dos cultos. Parte da oferta da Escola Sabatina deste trimestre ajudará a construir uma igreja que atenda essa necessidade em Ragusa.

MK

T C

PB

Um ótimo conselho

para cristãos de qualquer

idade. Troy F i t zge ra ld compar t i l ha sua

conv i cção de que podemos conhece r a von tade de Deus e v i ve r com a leg r i a . E l e desa f i a

t odos nós a v i ve r cada d i a como Ab raão, a cam inho da

Te r ra P rome t i da , v i a j ando apenas pe l a f é.

0800-9790606 | cpb.com.br | CPB livraria

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Há vários anos, quando a Adra iniciou as atividades em Ragusa, a principal função era prover alimento e vestuário aos necessitados. Os voluntários então expandiram os serviços, estabelecendo cursos de italiano para estrangeiros, um programa de apoio e assistência a pri-sioneiros estrangeiros e alguns serviços de saúde mental, incluindo um centro de ouvidoria.

Trabalhando em parceriaEntretanto, depois de algum um tempo, os voluntários perceberam que esse trabalho

não poderia ser realizado sem ajuda. Giorgio diz: “Desejávamos expandir o que fazíamos para a sociedade, mas precisávamos trabalhar com a prefeitura e pessoas da comunidade.” Então, planejaram visitar as autoridades municipais, a fim de apresentar o trabalho da Adra e obter informações sobre os serviços considerados mais urgentes na região.

Inicialmente, Giorgio e Carmella perceberam certa hesitação das autoridades, já que não estavam familiarizadas com a Igreja Adventista do Sétimo Dia. Mas o tempo passou e a confiança no trabalho dos voluntários da Adra cresceu tanto que, em 2014, o projeto “Fundação Banco de Alimentos”, um programa de assistência alimentar para pessoas ca-rentes, criado pela cidade de Ragusa, foi confiado exclusivamente à Adra Ragusa. Esse ser-viço incluía aquisição, armazenamento e distribuição de alimentos para famílias inscritas no departamento de Assistência Social. O centro de distribuição está localizado no andar térreo do prédio em que a Igreja Adventista atualmente se reúne.

“Criamos uma conexão com as pessoas do local, com outras associações assistenciais, mas somos o centro de atendimento. Somente a Adra tem direito exclusivo de distribuição de alimentos” diz Giorgio. Ele tem consciência da importância dessa honra, já que por todo o país, somente a Igreja Católica recebeu garantia de exclusividade do governo.

“Convidamos líderes de outras associações, incluindo as pertencentes à Igreja Católica, para vir à nossa igreja. Desenvolvemos a confiança e, agora, todos nos veem como um povo normal”, Giorgio diz, sorridente. “Também procuramos trabalhar com voluntários que não pertencem à Igreja Adventista. Tentamos envolvê-los na equipe. Devemos ser humildes e profissionais.”

Vida transformadaJoseph é apenas uma das muitas pessoas cuja vida foi tocada pelos adventistas em Ragu-

sa. Ele esteve desempregado por algum tempo, razão pela qual buscou a ajuda do governo. “Sentia-me frustrado”, diz Joseph. “Quando está nessa situação, você se sente mal até para pedir ajuda.” A assistente social do governo o enviou para o centro na igreja adventista, onde ele recebeu mais ajuda do que esperava.

Ele disse: “As pessoas aqui são realmente fantásticas! Elas me ajudaram muito, interessa-ram-se por minha situação e me amaram como sou.”

Após ter recebido assistência no centro por aproximadamente um ano e meio, Joseph decidiu fazer mais do que apenas receber. Aproximou-se de Giorgio e disse que gostaria de se juntar à equipe de voluntários da Adra, para ajudar outros necessitados que vinham ao centro, porque entendia o que eles passavam. Giorgio concordou e, atualmente, Joseph serve como voluntário há quase um ano.

“Minha vida mudou muito desde que cheguei ao centro”, diz Joseph. “Mudou porque, em vez de pensar em minhas próprias necessidades, ouço e penso nas necessidades dos outros. E ouvir os outros me ajudou a ouvir mais minha esposa e meus filhos. Não posso mudar o mundo, mas transformo pequenas coisas que poderão ajudar as pessoas da região. Estou feliz por ter um professor como Giorgio!”

Espaço reduzidoAlém do voluntariado com a Adra, Giorgio usa uma grande sala em seu edifício comer-

cial, recentemente construído, para realizar cursos sobre habilidades e segurança no traba-lho, idioma italiano e outros cursos oferecidos aos necessitados. Ao término dos cursos, os participantes recebem certificados de conclusão. Muitos dos que participam desses cursos mostram interesse em se tornar membros da Igreja Adventista do Sétimo Dia.

Porém, atualmente, a igreja não dispõe de um espaço suficiente para acomodar todos os que gostariam de participar dos cultos. Parte da oferta da Escola Sabatina deste trimestre ajudará a construir uma igreja que atenda essa necessidade em Ragusa.

Resumo missionário • A Itália foi o primeiro país europeu a receber a mensagem adventista. M. B. Czechowski,

um ex-padre católico da Polônia, batizado nos Estados Unidos em 1857, foi para a Itália como missionário leigo em 1864.

• Em setembro de 1920, R. Calderone chegou à Sicília e batizou seis pessoas.• Em maio de 1921, a primeira igreja na Sicília foi organizada em Montevago.

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conv i cção de que podemos conhece r a von tade de Deus e v i ve r com a leg r i a . E l e desa f i a

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Sexta-feira, 18 de novembro Ano Bíblico: Rm 8-10

Estudo adicional

A lbert Camus escreveu muitas coisas sobre sua luta para encontrar respostas para a questão do sofrimento e o significado da vida que se torna mais problemática

por causa do sofrimento. Sua citação mais famosa mostra que seu progresso foi pe-queno: “Há apenas um problema filosófico realmente sério: o suicídio. Julgar se vale a pena viver equivale a responder a questão fundamental da filosofia” (The Myth of Sisyphus and Other Essays [“O mito de Sísifo e outros ensaios”]; Nova York: Vinta-ge Books, 1995, p. 3). A questão do sofrimento humano não é fácil de responder.

Há, porém, uma diferença crucial entre as pessoas que lutam sem Deus para obter respostas e aquelas que o fazem com Deus. De fato, o problema do sofri-mento se torna mais difícil quando se acredita na existência de Deus, devido aos problemas inevitáveis que a existência dEle traz em face do mal e da dor. Por ou-tro lado, temos o que ateus como Camus não têm: a possibilidade e a perspectiva da resposta e da resolução. (Há evidências de que Camus tivesse posteriormen-te desejado o batismo, porém ele logo morreu em um acidente automobilístico). Temos a esperança de que Deus “enxugará dos olhos toda lágrima, e a morte já não existirá, já não haverá luto, nem pranto, nem dor, porque as primeiras coisas pas-saram” (Ap 21:4). Mesmo que alguém não acreditasse nessa promessa, essa pes-soa teria que admitir que, se não houvesse nada mais que isso, a vida seria muito mais agradável por termos ao menos essa esperança.

Perguntas para reflexãoUm argumento que as pessoas apresentam a respeito da questão do mal é este:

“Sim, existe o mal neste mundo, mas também existe o bem, e o bem supera o mal.” A primeira pergunta é: Como saber que o bem supera o mal? Como fazer essa com-paração? A segunda pergunta é: Mesmo que isso fosse verdade, que proveito esse argumento teria para Jó (ou outras pessoas) em meio ao seu sofrimento? O filósofo alemão Arthur Schopenhauer usou um exemplo poderoso para ridicularizar a no-ção de equilíbrio entre o bem e o mal neste mundo: “Dizem que o prazer neste mun-do supera a dor; ou, em todo o caso, que há um equilíbrio entre os dois. Caso o leitor deseje descobrir, brevemente, se essa afirmação é verdadeira, compare os respecti-vos sentimentos de dois animais, um dos quais esteja ocupado em comer o outro.” Como você responderia à ideia de que o bem, de certa forma, se equilibra com o mal?

Respostas e tarefas para a semana: 1. Com uma semana de antecedência, peça que os alunos leiam o capítulo 10 de Jó, anotando os erros e acertos do discurso de Jó, e as lições para nossa vida, ao lidarmos com sofrimentos inexplicáveis. 2. Todos – nascemos – pecadores – morte. 3. C. 4. Conforme o tamanho de sua classe, com uma semana de antecedên-cia, distribua um ou dois textos para cada aluno, solicitando-lhes que estudem as passagens. Na classe, peça que eles respondam: O que aconteceu com seu personagem? Isso foi justo? 5. F; V. 6. Peça que os alunos deem testemunhos pes-soais sobre situações nas quais, em meio aos problemas visíveis, eles encontraram motivos para confiar no que não se vê. Valeu a pena ser fiéis ao Senhor?

Resumo da Lição 8

Sangue inocente

TEXTOS-CHAVE: Jó 15:14-16; Hebreus 11:1

O ALUNO DEVERÁConhecer: O significado da natureza humana pecaminosa e seu impacto sobre o so-

frimento neste mundo.Sentir: A profunda tristeza de Deus e nossa impotência diante do sofrimento causa-

do pelo pecado e pela injustiça humana.Fazer: Buscar a resposta para o sofrimento na vida, não se valendo da amargura

contra Deus, mas do fortalecimento da nossa fé.

ESBOÇOI. Conhecer: A natureza humana pecaminosa

A. Por que a inocência de Jó, repetidamente enfatizada, é apenas parcialmente ver-dadeira?

B. Como a compreensão do estado pecaminoso da natureza humana contribui para que entendamos o sofrimento no livro de Jó?

II. Sentir: O sofrimento e o pecadoA. Como você reage ao sofrimento imerecido, causado por guerras, terrorismo e ca-

tástrofes naturai, entre outros?B. O que você responderia a alguém que acusa Deus de permitir que todas essas

atrocidades e desastres aconteçam?

III. Fazer: Fé e sofrimentoA. Qual é a relação entre sofrimento e fé no livro de Jó e em toda a Bíblia?B. A fé é apenas mais uma resposta fácil quando se trata de lidar com o sofrimen-

to humano? Por quê?

RESUMO: Ao observarmos o sofrimento imerecido em nosso mundo, é impossível não ficar horrorizado diante das coisas que testemunhamos na mídia. No entanto, o sofrimen-to nunca é inocente. Ele faz parte de um mundo cheio de pecados que está sendo destruído por Satanás e habitado por pessoas intrinsecamente pecaminosas. Contu-do, a fé nos permite olhar para além do sofrimento, para a restauração divina.

Ciclo do aprendizado

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O 1

Focalizando as Escrituras: Mateus 2:13-18Conceito-chave para o crescimento espiritual: Em Mateus 2:13-18 encontramos uma história que mostra o horror causado pelo pecado neste mundo. O massacre das crianças em Belém, decretado por Herodes, foi realmente uma tentativa de Satanás de matar o jovem Messias. Por que aquelas crianças inocentes tiveram que morrer? O que dizer dos pais traumatizados que fica-ram para trás? Simplesmente não há explicação satisfatória para esse tipo de atrocidade. Porém,

Motivação

104 O livro de Jó Out l Nov l Dez 2016 105

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o 8

Discussão de aberturaUm artigo recente sugere que provavelmente 4% dos presos que receberam a pena de

morte nos Estados Unidos foram injustamente condenados. Apesar disso, apenas 1,6% desses foram exonerados (o que significa que os outros 2,4% foram imerecidamente executados). To-memos como exemplo a história de um homem do Texas que foi acusado de assassinar sua es-posa. O homem foi libertado da prisão depois de passar 25 anos atrás das grades, pois novas evidências da cena do crime mostraram claramente que outra pessoa era responsável pelo ho-micídio. Pense bem. Esse homem passou vinte e cinco anos na prisão, de luto pela perda da es-posa, tendo sido injustamente condenado pelo assassinato dela!

Em 1980, Lindy Chamberlain-Creighton foi acusada de matar sua bebê durante um acam-pamento na Austrália. Ela passou três anos na prisão antes de uma nova evidência surgir, con-firmando sua alegação de que um dingo (cão selvagem) tinha levado sua filhinha da tenda. A história de Lindy virou um filme de sucesso que apela à necessidade universal de se fazer jus-tiça aos que sofrem injustamente.

Em outros casos, a exoneração só vem depois que a execução ocorre. Nosso mundo está re-pleto dessas tristes histórias de injustiça e de falsas acusações. Uma coisa é ver alguém sofren-do sem conhecermos as razões para isso; outra coisa completamente diferente é ver alguém inocente sofrer por causa dos erros de outra pessoa.

Como você se sente diante do sofrimento desnecessário neste mundo?

Comentário bíblico

Toda a humanidade vive as consequências da queda. O pecado tornou-se parte do nosso DNA. O clamor desesperado que Jó dirigiu a Deus, no capítulo 10, ecoa essa desolação. Mesmo em suas angustiadas declarações de inocência estão as palavras amargas de uma pessoa que, embora estivesse sofrendo injustamente, ainda era um pecador como todos nós.

I. Deus, por quê?(Recapitule com a classe Jó 10:22.)

Em seu discurso no capítulo 10, Jó deu uma resposta a Bildade (Jó 9); em seguida, ele se diri-giu a Deus, embora isso tenha sido expressado na hipotética frase “Direi a Deus” (Jó 10:2). Por-tanto, essa frase é bem diferente do que Jó disse a Deus quando ele, de fato, falou com o Senhor diretamente (Jó 40:3-5; 42:1-6). Naquele momento, Jó estava cheio de uma amargura que havia permeado todo o seu ser (nefesh, em hebraico; Jó 10:1). Ele se perguntava por que Deus conti-nuava a “oprimi-lo” – uma palavra usada em outros lugares da Bíblia para se referir às ações da-queles a quem Deus condena (compare Ez 22:29).

Afirmando mais uma vez a sua inocência (Jó 10:7), Jó começou a fazer perguntas sobre o ca-ráter de Deus que, por sua vez, o perseguia implacavelmente (Jó 10:13-16). Embora Deus o ti-vesse criado e moldado graciosamente (Jó 10:8-12), Jó agora estava conhecendo um Deus que parecia não mais fazer sentido. Uma pergunta passou a ser inevitável: será que o próprio Jó não acreditava na teologia da retribuição – somente no lado positivo da equação (isto é, Deus aben-çoa o justo) – e, por iso, abalou-se no íntimo quando as coisas não funcionaram assim?Pense nisto: Você já imaginou o que poderia dizer a uma pessoa importante em um momento

específico de tragédia? O que você diria a Deus, a Pessoa mais importante de todas?

II. A natureza pecaminosa e a fé(Recapitule com a classe Romanos 3:10-20; Jó 15:14-16; Hebreus 11:1.)O Antigo e o Novo Testamentos são claros a respeito da natureza pecaminosa da humanida-

de. Paulo, em Romanos 3:10-20, citou diretamente o Antigo Testamento pelo menos oito vezes, principalmente o livro de Salmos (Sl 5:9; 10:7; 14:1-3; 36:1; 53:1-3; 140:3; Pv 1:16; Is 59:7), embu-tindo profundamente sua teologia da natureza humana pecaminosa na cosmovisão do Antigo Testamento. Deus criou Adão e Eva à Sua imagem (Gn 1:26-28), mas, com a queda, a imagem de Deus nesse primeiro casal humano foi desfigurada. Assim, todos os seus descendentes pas-saram a compartilhar da natureza caída. Eles nascem com fraquezas e tendências para o peca-do (Sl 51:5; Rm 5:12-17).

Embora não tenhamos participado da transgressão de Adão nem herdado o seu pecado – conforme defende a doutrina do pecado original, iniciada com Agostinho e que, em grande me-dida, tornou-se a doutrina da Igreja Católica – herdamos a tendência para o pecado e, portanto, nascemos corrompidos. É nesse quesito que Cristo foi diferente de nós: apesar de ter nascido no degradado estado humano (Hb 2:17), Ele não nasceu com a propensão para pecar (Hb 4:15).

Jó fez parte dessa longa geração de seres humanos caídos, que veio de Adão até nós. Em-bora fosse inocente em seu sofrimento, ele era pecador como nós. Como Jó poderia estar dian-te de Deus? Somente pela fé. Talvez essa seja uma das respostas que o livro de Jó pode nos dar.

Nessa sequência histórica interminável de pecado e sofrimento humano, seja ele inocente ou causado por nós mesmos, só há uma perspectiva que nos ajuda a lidar com essas coisas: a da fé. De acordo com a definição bíblica de fé em Hebreus 11:1, a fé vê além da realidade ime-diata e iminente. Ela se apossa da realidade distante e transcendente do futuro reino de Deus, onde não haverá mais sofrimento e toda lágrima será enxugada (Ap 21).Pense nisto: Como o conhecimento da natureza humana pecaminosa muda suas ideias sobre

o sofrimento humano?

III. Criação(Recapitule com a classe Jó 10:8-12; Salmo 139:13-16; Jeremias 18:5-12; Isaías 53:5.)Oculto em meio à amargura desesperada do imaginado discurso de Jó ao Senhor, no capí-

tulo 10, há um belo vislumbre do início da vida. Em linguagem poética, Jó descreve como Deus forma cada ser humano no ventre de sua mãe; como Ele habilmente molda cada um de nós

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O 2

CompreensãoPara o professor: Até aqui, temos nos referido constantemente à inocência de Jó em todo o sofrimento que ele passou. Na realidade, desde o início, o livro de Jó repetidamente esclarece que o patriarca era “íntegro e reto” (Jó 1:1, 8; 2:3). A palavra hebraica usada para “íntegro” (tam) significa “ser completo, ter integridade, ser idôneo e inocente”. Apesar disso, ela não quer dizer, necessariamente, “estar sem pecado”. Assim como qualquer outro ser humano que viveu de-pois da queda relatada em Gênesis, Jó era um pecador. Ele chegou ao ponto de se arrepender no fim do livro (Jó 42). Ao estudar a lição desta semana, é importante ter em mente a realidade do pecado, mesmo na vida de Jó. Na verdade, essa noção faz Jó se aproximar um pouco mais da nossa própria realidade.

podemos olhar com fé para aquilo que não podemos ver e aceitar o que não podemos entender, sabendo que Deus consertará todas as coisas no fim.Para o professor: Somos bombardeados de todos os ângulos e lados por todo tipo de mídia e tecnologia. Celulares, tablets, computadores e outros aparelhos trazem, em tempo real, à palma de nossa mão, aos nossos escritórios e às nossas salas de TV as terríveis notícias de morte e des-truição. É interessante como a exposição excessiva ao sofrimento humano global pode nos tornar insensíveis ao sofrimento que está acontecendo bem ao nosso redor. Aproveite esta oportunida-de para discutir com a classe os efeitos sutis da mídia em nosso cotidiano.

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Discussão de aberturaUm artigo recente sugere que provavelmente 4% dos presos que receberam a pena de

morte nos Estados Unidos foram injustamente condenados. Apesar disso, apenas 1,6% desses foram exonerados (o que significa que os outros 2,4% foram imerecidamente executados). To-memos como exemplo a história de um homem do Texas que foi acusado de assassinar sua es-posa. O homem foi libertado da prisão depois de passar 25 anos atrás das grades, pois novas evidências da cena do crime mostraram claramente que outra pessoa era responsável pelo ho-micídio. Pense bem. Esse homem passou vinte e cinco anos na prisão, de luto pela perda da es-posa, tendo sido injustamente condenado pelo assassinato dela!

Em 1980, Lindy Chamberlain-Creighton foi acusada de matar sua bebê durante um acam-pamento na Austrália. Ela passou três anos na prisão antes de uma nova evidência surgir, con-firmando sua alegação de que um dingo (cão selvagem) tinha levado sua filhinha da tenda. A história de Lindy virou um filme de sucesso que apela à necessidade universal de se fazer jus-tiça aos que sofrem injustamente.

Em outros casos, a exoneração só vem depois que a execução ocorre. Nosso mundo está re-pleto dessas tristes histórias de injustiça e de falsas acusações. Uma coisa é ver alguém sofren-do sem conhecermos as razões para isso; outra coisa completamente diferente é ver alguém inocente sofrer por causa dos erros de outra pessoa.

Como você se sente diante do sofrimento desnecessário neste mundo?

Comentário bíblico

Toda a humanidade vive as consequências da queda. O pecado tornou-se parte do nosso DNA. O clamor desesperado que Jó dirigiu a Deus, no capítulo 10, ecoa essa desolação. Mesmo em suas angustiadas declarações de inocência estão as palavras amargas de uma pessoa que, embora estivesse sofrendo injustamente, ainda era um pecador como todos nós.

I. Deus, por quê?(Recapitule com a classe Jó 10:22.)

Em seu discurso no capítulo 10, Jó deu uma resposta a Bildade (Jó 9); em seguida, ele se diri-giu a Deus, embora isso tenha sido expressado na hipotética frase “Direi a Deus” (Jó 10:2). Por-tanto, essa frase é bem diferente do que Jó disse a Deus quando ele, de fato, falou com o Senhor diretamente (Jó 40:3-5; 42:1-6). Naquele momento, Jó estava cheio de uma amargura que havia permeado todo o seu ser (nefesh, em hebraico; Jó 10:1). Ele se perguntava por que Deus conti-nuava a “oprimi-lo” – uma palavra usada em outros lugares da Bíblia para se referir às ações da-queles a quem Deus condena (compare Ez 22:29).

Afirmando mais uma vez a sua inocência (Jó 10:7), Jó começou a fazer perguntas sobre o ca-ráter de Deus que, por sua vez, o perseguia implacavelmente (Jó 10:13-16). Embora Deus o ti-vesse criado e moldado graciosamente (Jó 10:8-12), Jó agora estava conhecendo um Deus que parecia não mais fazer sentido. Uma pergunta passou a ser inevitável: será que o próprio Jó não acreditava na teologia da retribuição – somente no lado positivo da equação (isto é, Deus aben-çoa o justo) – e, por iso, abalou-se no íntimo quando as coisas não funcionaram assim?Pense nisto: Você já imaginou o que poderia dizer a uma pessoa importante em um momento

específico de tragédia? O que você diria a Deus, a Pessoa mais importante de todas?

II. A natureza pecaminosa e a fé(Recapitule com a classe Romanos 3:10-20; Jó 15:14-16; Hebreus 11:1.)O Antigo e o Novo Testamentos são claros a respeito da natureza pecaminosa da humanida-

de. Paulo, em Romanos 3:10-20, citou diretamente o Antigo Testamento pelo menos oito vezes, principalmente o livro de Salmos (Sl 5:9; 10:7; 14:1-3; 36:1; 53:1-3; 140:3; Pv 1:16; Is 59:7), embu-tindo profundamente sua teologia da natureza humana pecaminosa na cosmovisão do Antigo Testamento. Deus criou Adão e Eva à Sua imagem (Gn 1:26-28), mas, com a queda, a imagem de Deus nesse primeiro casal humano foi desfigurada. Assim, todos os seus descendentes pas-saram a compartilhar da natureza caída. Eles nascem com fraquezas e tendências para o peca-do (Sl 51:5; Rm 5:12-17).

Embora não tenhamos participado da transgressão de Adão nem herdado o seu pecado – conforme defende a doutrina do pecado original, iniciada com Agostinho e que, em grande me-dida, tornou-se a doutrina da Igreja Católica – herdamos a tendência para o pecado e, portanto, nascemos corrompidos. É nesse quesito que Cristo foi diferente de nós: apesar de ter nascido no degradado estado humano (Hb 2:17), Ele não nasceu com a propensão para pecar (Hb 4:15).

Jó fez parte dessa longa geração de seres humanos caídos, que veio de Adão até nós. Em-bora fosse inocente em seu sofrimento, ele era pecador como nós. Como Jó poderia estar dian-te de Deus? Somente pela fé. Talvez essa seja uma das respostas que o livro de Jó pode nos dar.

Nessa sequência histórica interminável de pecado e sofrimento humano, seja ele inocente ou causado por nós mesmos, só há uma perspectiva que nos ajuda a lidar com essas coisas: a da fé. De acordo com a definição bíblica de fé em Hebreus 11:1, a fé vê além da realidade ime-diata e iminente. Ela se apossa da realidade distante e transcendente do futuro reino de Deus, onde não haverá mais sofrimento e toda lágrima será enxugada (Ap 21).Pense nisto: Como o conhecimento da natureza humana pecaminosa muda suas ideias sobre

o sofrimento humano?

III. Criação(Recapitule com a classe Jó 10:8-12; Salmo 139:13-16; Jeremias 18:5-12; Isaías 53:5.)Oculto em meio à amargura desesperada do imaginado discurso de Jó ao Senhor, no capí-

tulo 10, há um belo vislumbre do início da vida. Em linguagem poética, Jó descreve como Deus forma cada ser humano no ventre de sua mãe; como Ele habilmente molda cada um de nós

Para o professor: Até aqui, temos nos referido constantemente à inocência de Jó em todo o sofrimento que ele passou. Na realidade, desde o início, o livro de Jó repetidamente esclarece que o patriarca era “íntegro e reto” (Jó 1:1, 8; 2:3). A palavra hebraica usada para “íntegro” (tam) significa “ser completo, ter integridade, ser idôneo e inocente”. Apesar disso, ela não quer dizer, necessariamente, “estar sem pecado”. Assim como qualquer outro ser humano que viveu de-pois da queda relatada em Gênesis, Jó era um pecador. Ele chegou ao ponto de se arrepender no fim do livro (Jó 42). Ao estudar a lição desta semana, é importante ter em mente a realidade do pecado, mesmo na vida de Jó. Na verdade, essa noção faz Jó se aproximar um pouco mais da nossa própria realidade.

podemos olhar com fé para aquilo que não podemos ver e aceitar o que não podemos entender, sabendo que Deus consertará todas as coisas no fim.Para o professor: Somos bombardeados de todos os ângulos e lados por todo tipo de mídia e tecnologia. Celulares, tablets, computadores e outros aparelhos trazem, em tempo real, à palma de nossa mão, aos nossos escritórios e às nossas salas de TV as terríveis notícias de morte e des-truição. É interessante como a exposição excessiva ao sofrimento humano global pode nos tornar insensíveis ao sofrimento que está acontecendo bem ao nosso redor. Aproveite esta oportunida-de para discutir com a classe os efeitos sutis da mídia em nosso cotidiano.

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de acordo com a Sua imagem. Em um mundo que ignora de maneira contínua e cruel o valor da vida humana desde a sua concepção até a velhice (como se vê em abortos desnecessários ou em casos injustificados de eutanásia), Jó nos dá uma descrição impressionante do cuidadoso e amoroso plano divino. Ele afirma que Deus valorizou tanto a vida humana que enviou o Seu próprio Filho para morrer na cruz pela humanidade frágil, enfrentando um sofrimento mais in-tenso do que qualquer outro que imaginemos (Is 53:5).Pense nisto: O que significa o imenso valor que Deus atribui a cada vida humana?

Perguntas para reflexão e aplicação1. Como você pode encontrar esperança em meio ao seu próprio sofrimento?2. O que lhe deu esperança em momentos em que você estava sofrendo?

Atividades individuais ou em classe1. Apresente a história dos valdenses que viveram nos Vales do Piemonte, no norte da Itália,

no período das grandes perseguições papais (séculos 12 a 16 d.C.).2. Estude as várias citações de Ellen G. White sobre os valdenses.

INFORMATIVO MUNDIAL DAS MISSÕES

O filho do XamãMuyi cresceu na Nigéria, um país bem distante da Itália, localizado no oeste africano.

Ele é descendente de uma longa linhagem de xamãs (curandeiros). Seu avô e seu pai haviam sido xamãs, e ele estava na fila para ser o próximo xamã do vilarejo.

Os xamãs são pessoas muito poderosas em suas comunidades. Existe a crença de que os xamãs tenham acesso especial ao mundo espiritual e habilidade de se comunicar com os mortos. Por isso, eles são sempre procurados por pessoas em busca de cura, proteção contra os maus espíritos ou para amaldiçoar alguém.

Porém, Muyi não estava interessado em seguir os passos do pai. Além de praticar o xamanismo, o pai era polígamo. Ele tinha três esposas. Entretanto, quando o pai se casou com a terceira esposa, a mãe dele (a primeira esposa) saiu de casa e Muyi não a viu por mais de onze anos.

Sem receber amor em casa, Muyi se acostumou à vida instável de um desordeiro e, mui-tas vezes, meteu-se em encrencas. Certa noite, um pastor cristão se aproximou de Muyi e perguntou: “O que você está fazendo fora de casa nesta hora?” Muyi sentiu preocupação na voz do pastor e lhe contou tudo sobre o que ele estava passando.

Movido de compaixão pelo jovem, o pastor apresentou a ele um caminho melhor. Falou sobre Jesus e convidou Muyi para visitar a igreja. Muyi aceitou o convite, passou a frequen-tar regularmente a igreja e até se tornou membro do coral. Em pouco tempo, aceitou a Cristo como seu Salvador.

O pai de Muyi ficou feliz ao perceber que o filho não mais era um desordeiro, porém, não ficou nada satisfeito por ele haver se tornado cristão. “Era como viver em dois mundos”, diz Muyi sobre ser cristão na casa de um xamã.

Depois de certo tempo, Muyi se casou com uma jovem chamada Giory. Embora não estivesse mais na casa do pai, continuava sendo pressionado a abandonar o cristianismo e se unir às tradições familiares, tornando-se xamã. Entretanto, ele não desistiu da fé.

Pouco tempo depois, o pai faleceu. Muyi e a esposa se mudaram para a Líbia, onde ele tra-balhou na construção civil e fabricação de móveis. Apesar das boas amizades feitas no país e da expectativa pelo nascimento do primeiro filho, o casal decidiu se mudar para a Itália.

A cidade escolhida foi Ragusa, na ilha da Sicília. Assim que Muyi e Giory chegaram à Itália, nasceu o bebê Joseph. Muyi começou a trabalhar em uma fábrica de móveis e por alguns anos tudo correu bem para a família. Mas, em seguida, vários trabalhadores da fá-brica, incluindo Muyi, foram demitidos, e a família enfrentou tempos difíceis novamente.

Certo dia, a professora da escola primária de Joseph se aproximou de Muyi e contou que havia uma escola técnica na qual ele poderia aprender novas habilidades, incluindo a língua italiana. “Após a conclusão do curso, você receberá um certificado com o qual será mais fácil conseguir emprego”, ela disse. Muyi decidiu se matricular. As aulas de língua italiana e aulas técnicas de trabalho eram oferecidas na empresa de Giorgio Bella, um adventista do sétimo dia que queria atender às necessidades da comunidade em Ragusa (veja a história da semana passada, “Engajados na missão”).

“Graças a Deus descobri esses programas”, Muyi disse mais tarde enquanto refletia so-bre sua experiência na sala de aula. “As aulas eram muito boas. Todos foram muito simpáti-cos. Fomos recebidos não apenas como estudantes, mas como irmãos e irmãs.”

Mesmo assim, as aulas foram um desafio. “Eles faziam o seu melhor para que apren-dêssemos as matérias, incluindo o idioma italiano”, disse Muyi. “Dediquei toda a minha concentração nas aulas. Caso contrário, não teria aprendido.”

Muyi é grato pela ajuda que recebeu e está ansioso para colocar suas novas habilidades em prática. Porém, o mais importante é que sua vida mudou positivamente, graças ao amor e cuidado demonstrados pelos adventistas do sétimo dia em Ragusa.

As ofertas da Escola Sabatina ajudarão na construção de uma igreja em Ragusa. Sejamos generosos.

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O 4

Criatividade e atividades práticasPara o professor: Em todos os séculos, pessoas inocentes foram perseguidas por sua fé. Suas histórias de perseverança trazem inspiração naqueles momentos em que nos sentimos perseguidos como Jó.

Planejando atividades: O que sua classe pode fazer na próxima semana como resposta ao estudo da lição?

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AplicaçãoPara o professor: Embora esta lição não apresente uma resposta à questão do sofrimento, ela olha para além dele.

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de acordo com a Sua imagem. Em um mundo que ignora de maneira contínua e cruel o valor da vida humana desde a sua concepção até a velhice (como se vê em abortos desnecessários ou em casos injustificados de eutanásia), Jó nos dá uma descrição impressionante do cuidadoso e amoroso plano divino. Ele afirma que Deus valorizou tanto a vida humana que enviou o Seu próprio Filho para morrer na cruz pela humanidade frágil, enfrentando um sofrimento mais in-tenso do que qualquer outro que imaginemos (Is 53:5).Pense nisto: O que significa o imenso valor que Deus atribui a cada vida humana?

Perguntas para reflexão e aplicação1. Como você pode encontrar esperança em meio ao seu próprio sofrimento?2. O que lhe deu esperança em momentos em que você estava sofrendo?

Atividades individuais ou em classe1. Apresente a história dos valdenses que viveram nos Vales do Piemonte, no norte da Itália,

no período das grandes perseguições papais (séculos 12 a 16 d.C.).2. Estude as várias citações de Ellen G. White sobre os valdenses.

INFORMATIVO MUNDIAL DAS MISSÕES

O filho do XamãMuyi cresceu na Nigéria, um país bem distante da Itália, localizado no oeste africano.

Ele é descendente de uma longa linhagem de xamãs (curandeiros). Seu avô e seu pai haviam sido xamãs, e ele estava na fila para ser o próximo xamã do vilarejo.

Os xamãs são pessoas muito poderosas em suas comunidades. Existe a crença de que os xamãs tenham acesso especial ao mundo espiritual e habilidade de se comunicar com os mortos. Por isso, eles são sempre procurados por pessoas em busca de cura, proteção contra os maus espíritos ou para amaldiçoar alguém.

Porém, Muyi não estava interessado em seguir os passos do pai. Além de praticar o xamanismo, o pai era polígamo. Ele tinha três esposas. Entretanto, quando o pai se casou com a terceira esposa, a mãe dele (a primeira esposa) saiu de casa e Muyi não a viu por mais de onze anos.

Sem receber amor em casa, Muyi se acostumou à vida instável de um desordeiro e, mui-tas vezes, meteu-se em encrencas. Certa noite, um pastor cristão se aproximou de Muyi e perguntou: “O que você está fazendo fora de casa nesta hora?” Muyi sentiu preocupação na voz do pastor e lhe contou tudo sobre o que ele estava passando.

Movido de compaixão pelo jovem, o pastor apresentou a ele um caminho melhor. Falou sobre Jesus e convidou Muyi para visitar a igreja. Muyi aceitou o convite, passou a frequen-tar regularmente a igreja e até se tornou membro do coral. Em pouco tempo, aceitou a Cristo como seu Salvador.

O pai de Muyi ficou feliz ao perceber que o filho não mais era um desordeiro, porém, não ficou nada satisfeito por ele haver se tornado cristão. “Era como viver em dois mundos”, diz Muyi sobre ser cristão na casa de um xamã.

Depois de certo tempo, Muyi se casou com uma jovem chamada Giory. Embora não estivesse mais na casa do pai, continuava sendo pressionado a abandonar o cristianismo e se unir às tradições familiares, tornando-se xamã. Entretanto, ele não desistiu da fé.

Pouco tempo depois, o pai faleceu. Muyi e a esposa se mudaram para a Líbia, onde ele tra-balhou na construção civil e fabricação de móveis. Apesar das boas amizades feitas no país e da expectativa pelo nascimento do primeiro filho, o casal decidiu se mudar para a Itália.

A cidade escolhida foi Ragusa, na ilha da Sicília. Assim que Muyi e Giory chegaram à Itália, nasceu o bebê Joseph. Muyi começou a trabalhar em uma fábrica de móveis e por alguns anos tudo correu bem para a família. Mas, em seguida, vários trabalhadores da fá-brica, incluindo Muyi, foram demitidos, e a família enfrentou tempos difíceis novamente.

Certo dia, a professora da escola primária de Joseph se aproximou de Muyi e contou que havia uma escola técnica na qual ele poderia aprender novas habilidades, incluindo a língua italiana. “Após a conclusão do curso, você receberá um certificado com o qual será mais fácil conseguir emprego”, ela disse. Muyi decidiu se matricular. As aulas de língua italiana e aulas técnicas de trabalho eram oferecidas na empresa de Giorgio Bella, um adventista do sétimo dia que queria atender às necessidades da comunidade em Ragusa (veja a história da semana passada, “Engajados na missão”).

“Graças a Deus descobri esses programas”, Muyi disse mais tarde enquanto refletia so-bre sua experiência na sala de aula. “As aulas eram muito boas. Todos foram muito simpáti-cos. Fomos recebidos não apenas como estudantes, mas como irmãos e irmãs.”

Mesmo assim, as aulas foram um desafio. “Eles faziam o seu melhor para que apren-dêssemos as matérias, incluindo o idioma italiano”, disse Muyi. “Dediquei toda a minha concentração nas aulas. Caso contrário, não teria aprendido.”

Muyi é grato pela ajuda que recebeu e está ansioso para colocar suas novas habilidades em prática. Porém, o mais importante é que sua vida mudou positivamente, graças ao amor e cuidado demonstrados pelos adventistas do sétimo dia em Ragusa.

As ofertas da Escola Sabatina ajudarão na construção de uma igreja em Ragusa. Sejamos generosos.

Para o professor: Em todos os séculos, pessoas inocentes foram perseguidas por sua fé. Suas histórias de perseverança trazem inspiração naqueles momentos em que nos sentimos perseguidos como Jó.

Planejando atividades: O que sua classe pode fazer na próxima semana como resposta ao estudo da lição?

Para o professor: Embora esta lição não apresente uma resposta à questão do sofrimento, ela olha para além dele.

Resumo missionário • A Sicília é a maior das ilhas italianas, separada do continente pelo Estreito de Messina e

rodeada pelos mares Jônico, Tirreno e Mediterrâneo.• Etna, o maior vulcão ativo na Europa, está localizado na costa oriental da Sicília.• Azeite extravirgem, laranjas vermelhas suculentas, uvas doces de Canicattì, tomates de

Pachino e alcaparras de Pantelleria, figos espinhosos (figo da Índia) e azeitonas Nocellara do Vale do Belice são alguns dos excelentes produtos que distinguem a culinária da Sicília.

• A Sicília é rica em ruínas gregas. Muitos dizem que elas superam em beleza aquelas en-contradas na Grécia moderna.

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Resumo da Lição 9

Declarações de esperança

TEXTOS-CHAVE: Jó 13:15, 16; 14:7; Tiago 2:20-22

O ALUNO DEVERÁConhecer: As razões da esperança de Jó, provida no fato histórico da ressurreição

de Cristo.Sentir: Perceber a relação entre fé e esperança, especialmente no contexto do so-

frimento desesperador.Fazer: Ao conversar com pessoas sofredoras, escolher palavras de esperança em vez

de discursos que desencorajam.

ESBOÇOI. Conhecer: A esperança da ressurreição

A. Como Jó podia falar de esperança e, ao mesmo tempo, falar sobre a morte?B. O que a ressurreição de Cristo tem que ver com o sofrimento de Jó? Como ela

está relacionada ao nosso sofrimento?

II. Sentir: Fé e esperançaA. Como você pode encontrar esperança numa situação aparentemente sem saída,

quando todas as soluções falharam?B. Por que Tiago 2:20-22 fala sobre as obras da fé? Fé e obras estão em oposição?

Explique.

III. Fazer: Falando de esperançaA. O que podemos aprender com os amigos de Jó, em termos de como devemos ou

não falar com as pessoas que estão sofrendo?B. Como podemos falar de esperança em uma situação na qual não parece haver

esperança alguma?

RESUMO: Há inesperados raios de esperança ao longo dos sombrios discursos aparentemente intermináveis dos amigos de Jó e das respostas desesperadas dele. Esta lição discorre longamente sobre esses raios, que apontam para a esperança na ressurreição que Jó considerava sua. No fim, a razão para essa esperança só pode ser encontrada na res-surreição de Jesus Cristo.

Ciclo do aprendizado

Discussão de aberturaUm pai frequentemente lembrava aos seus filhos de que havia duas coisas que não voltavam

atrás: a flecha lançada e a palavra proferida. Ele geralmente mencionava esse provérbio quando as crianças diziam alguma coisa de modo irrefletido ou quando proferiam palavras ofensivas a al-guém. É quase impossível desfazer o dano que uma palavra áspera pode causar em outra pessoa. A comparação com uma seta é mais apropriada. A seta pode perfurar o restante da autoestima que uma pessoa ainda possui ou apagar o único vislumbre de esperança ao qual ela se agarra deses-peradamente. Parece que os amigos de Jó se especializavam continuamente nesse tipo de disputa verbal, e a resistência de Jó às críticas contínuas deles parece quase sobre-humana.

Você já experimentou o poder destrutivo das palavras negativas? Ou, pelo lado positivo, você já sentiu o impacto da esperança que surge da boa “palavra dita ao seu tempo”? (Pv 25:11).

Comentário bíblicoÉ interessante notar os sinais de esperança que também permeiam o livro de Jó. Embora

apareçam esparsamente nas falas geralmente desesperadas dos principais protagonistas, eles ligam o destino de Jó ao futuro Messias, que se torna a garantia da esperança da humanidade.

I. Ainda que Ele me mate...(Recapitule com a classe Jó 13:1-16.)Após o discurso de Zofar, no capítulo 11, Jó conclui o primeiro ciclo de discursos nos capí-

tulos 12 a 14. O capítulo 13 começa com uma resposta de Jó aos seus amigos, na qual ele final-mente caracteriza as palavras deles como “provérbios de cinzas” (Jó 13:12) – uma comparação não muito agradável. Os amigos de Jó, quando foram visitá-lo, encontraram-no exatamente as-sim: sentado em cinzas e raspando suas feridas. Jó pode muito bem ter acompanhado as pala-vras deles com um punhado de cinzas, jogadas ao ar e dispersadas pelo vento.

Mas depois de dispensar o conselho de seus amigos, Jó se voltou para Deus. Especialmen-te os últimos versículos do capítulo 13 têm uma mensagem poderosa. A leitura do texto de Jó 13:15 no hebraico rendeu certa confusão, conforme podemos ver em certas traduções

Focalizando as Escrituras: Provérbios 17:28Conceito-chave para o crescimento espiritual: A língua pode ser uma ferramenta poderosa ou, em alguns casos, uma arma altamente destrutiva. Essa mesma parte do corpo pode fatalmen-te golpear a última esperança na vida de uma pessoa ou infundir a esperança necessária para marcar o início da cura do sofrimento e da dor.A interação de Jó com seus amigos revela o poder pernicioso da língua; contudo, também mos-tra que, em meio às críticas teológicas sem sentido, Jó encontrou esperança, não baseada em

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Resumo da Lição 9

Declarações de esperança

TEXTOS-CHAVE: Jó 13:15, 16; 14:7; Tiago 2:20-22

O ALUNO DEVERÁConhecer: As razões da esperança de Jó, provida no fato histórico da ressurreição

de Cristo.Sentir: Perceber a relação entre fé e esperança, especialmente no contexto do so-

frimento desesperador.Fazer: Ao conversar com pessoas sofredoras, escolher palavras de esperança em vez

de discursos que desencorajam.

ESBOÇOI. Conhecer: A esperança da ressurreição

A. Como Jó podia falar de esperança e, ao mesmo tempo, falar sobre a morte?B. O que a ressurreição de Cristo tem que ver com o sofrimento de Jó? Como ela

está relacionada ao nosso sofrimento?

II. Sentir: Fé e esperançaA. Como você pode encontrar esperança numa situação aparentemente sem saída,

quando todas as soluções falharam?B. Por que Tiago 2:20-22 fala sobre as obras da fé? Fé e obras estão em oposição?

Explique.

III. Fazer: Falando de esperançaA. O que podemos aprender com os amigos de Jó, em termos de como devemos ou

não falar com as pessoas que estão sofrendo?B. Como podemos falar de esperança em uma situação na qual não parece haver

esperança alguma?

RESUMO: Há inesperados raios de esperança ao longo dos sombrios discursos aparentemente intermináveis dos amigos de Jó e das respostas desesperadas dele. Esta lição discorre longamente sobre esses raios, que apontam para a esperança na ressurreição que Jó considerava sua. No fim, a razão para essa esperança só pode ser encontrada na res-surreição de Jesus Cristo.

Ciclo do aprendizado

Discussão de aberturaUm pai frequentemente lembrava aos seus filhos de que havia duas coisas que não voltavam

atrás: a flecha lançada e a palavra proferida. Ele geralmente mencionava esse provérbio quando as crianças diziam alguma coisa de modo irrefletido ou quando proferiam palavras ofensivas a al-guém. É quase impossível desfazer o dano que uma palavra áspera pode causar em outra pessoa. A comparação com uma seta é mais apropriada. A seta pode perfurar o restante da autoestima que uma pessoa ainda possui ou apagar o único vislumbre de esperança ao qual ela se agarra deses-peradamente. Parece que os amigos de Jó se especializavam continuamente nesse tipo de disputa verbal, e a resistência de Jó às críticas contínuas deles parece quase sobre-humana.

Você já experimentou o poder destrutivo das palavras negativas? Ou, pelo lado positivo, você já sentiu o impacto da esperança que surge da boa “palavra dita ao seu tempo”? (Pv 25:11).

Comentário bíblicoÉ interessante notar os sinais de esperança que também permeiam o livro de Jó. Embora

apareçam esparsamente nas falas geralmente desesperadas dos principais protagonistas, eles ligam o destino de Jó ao futuro Messias, que se torna a garantia da esperança da humanidade.

I. Ainda que Ele me mate...(Recapitule com a classe Jó 13:1-16.)Após o discurso de Zofar, no capítulo 11, Jó conclui o primeiro ciclo de discursos nos capí-

tulos 12 a 14. O capítulo 13 começa com uma resposta de Jó aos seus amigos, na qual ele final-mente caracteriza as palavras deles como “provérbios de cinzas” (Jó 13:12) – uma comparação não muito agradável. Os amigos de Jó, quando foram visitá-lo, encontraram-no exatamente as-sim: sentado em cinzas e raspando suas feridas. Jó pode muito bem ter acompanhado as pala-vras deles com um punhado de cinzas, jogadas ao ar e dispersadas pelo vento.

Mas depois de dispensar o conselho de seus amigos, Jó se voltou para Deus. Especialmen-te os últimos versículos do capítulo 13 têm uma mensagem poderosa. A leitura do texto de Jó 13:15 no hebraico rendeu certa confusão, conforme podemos ver em certas traduções

Focalizando as Escrituras: Provérbios 17:28Conceito-chave para o crescimento espiritual: A língua pode ser uma ferramenta poderosa ou, em alguns casos, uma arma altamente destrutiva. Essa mesma parte do corpo pode fatalmen-te golpear a última esperança na vida de uma pessoa ou infundir a esperança necessária para marcar o início da cura do sofrimento e da dor.A interação de Jó com seus amigos revela o poder pernicioso da língua; contudo, também mos-tra que, em meio às críticas teológicas sem sentido, Jó encontrou esperança, não baseada em

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CompreensãoPara o professor: A esperança é o fio de ouro que atravessa as Escrituras. Desde o momen-to da queda, relatada em Gênesis 3, Deus respondeu com uma mensagem de esperança, no versículo 15. A semente da mulher, no singular, foi tomada como referência para significar o Messias. Embora devesse ser ferido por Satanás (“ferirás o calcanhar”), o Messias, ao mesmo tempo, destruiria o poder do inimigo (“ferirá a cabeça”) por meio de Sua morte e ressurreição. Curiosamente, a Septuaginta, tradução mais antiga do Antigo Testamento antes da era cristã, já entendia essa referência como a indicação de um indivíduo, o Messias, pois há uma discor-dância gramatical no grego entre a palavra semente, sperma (gênero neutro) e o pronome pessoal autos (gênero masculino). Portanto, desde o início, a esperança na salvação futura foi o remédio para os momentos mais sombrios da humanidade. E ainda é.

palavras humanas, mas no Senhor e na ressurreição dos mortos. Devemos aprender com o exem-plo negativo dos amigos de Jó.Para o professor: A Igreja Adventista do Sétimo Dia não está isenta de fofocas, críticas, julgamen-tos e, até mesmo, calúnias. De fato, toda comunidade muito unida, em que as pessoas comparti-lham alegrias, tristezas e lutas pessoais umas com as outras, é suscetível a conversas prejudiciais e maledicência. Aproveite a oportunidade para discutir com a classe como as calúnias e fofocas afetam sua igreja ou congregação, mesmo que tal discussão seja um exercício doloroso.

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modernas que invertem negativamente o sentido: “Eis que me matará, já não tenho esperan-ça” (ARA, compare também NTLH; a ARC traduziu de modo positivo). Essa inversão é o resulta-do de duas leituras diferentes do texto original, sugeridas por um grupo de antigos estudiosos hebreus chamados de Massoretas. No entanto, a continuação das palavras de Jó, no versícu-lo 16, apresenta alguns esclarecimentos quanto à realidade da sua esperança. Ele se refere a Deus como Sua salvação, o que revela a firme confiança que ele tinha, apesar das circunstân-cias. Essa convicção o motivava a continuar até que pudesse encontrar a vindicação perante o Juiz do Universo (Jó 13:17-19). Jó ansiava pela resposta de Deus como a única maneira de com-preender a situação em que se encontrava.Pense nisto: Como Jó encontrou esperança, apesar das palavras desencorajadoras de seus amigos?

II. A firme esperança(Recapitule com a classe Gênesis 22:8; Daniel 3:16-18; Tiago 2:20-22; 1 Coríntios 15:11-20.)A Bíblia está repleta de histórias que mostram o incrível poder de uma esperança resolu-

tamente firmada em Deus, a despeito de todas dificuldades. Temos a história de Abraão, por exemplo, que calmamente respondeu à pergunta apreensiva de seu filho com um forte “Deus proverá” (Gn 22:8), o que preparou Isaque para que se deitasse com fé sobre o altar no topo do Monte Moriá. Temos a história dos três amigos de Daniel, que ficaram em pé diante do enfu-recido Nabucodonosor, fazendo uma oposição inédita ao homem mais poderoso do mundo durante os tempos babilônicos, quando ele os ameaçou com a fornalha ardente: “Se não, fica sabendo, ó rei, que não serviremos a teus deuses” (Dn 3:18, NVI). Temos o ladrão na cruz que, reconhecendo a divina Majestade pendurada ao seu lado entre o céu e a Terra, expressou timi-damente um desejo humilde no fim de sua vida vã: “Senhor, lembra-Te de mim, quando entra-res no Teu reino” (Lc 23:42, ARC).

A lista poderia continuar, mas a questão realmente é: Onde essas pessoas encontraram o alicerce para uma esperança resoluta, que foi capaz de suportar as ameaças mortais das cir-cunstâncias do momento? Seja lá o que tais indivíduos compreendiam na época, a resposta fundamental deve estar situada no fato histórico da ressurreição de Jesus Cristo, que funda-menta todas as nossas esperanças, principalmente aquelas que nos permitem olhar para além dos confins da morte. Paulo apoia a verdade de toda a sua pregação na ressurreição (1Co 15:11-20). Tiago mostra, na vida de Abraão, a delicada relação entre fé e obras, que realmente tor-na-se tangível na confiança mantida em meio a circunstâncias terríveis. Jó tinha a mesma esperança, fundamentada em um Deus justo (embora, naquele momento, não compreensível) que podia cuidar dele mesmo depois da sepultura (compare com Jó 19:25, 26).Pense nisto: Qual é o alicerce da sua esperança?

III. Hipócritas(Recapitule com a classe Jó 13:16 e Provérbios 11:9.)A definição popular de hipócrita é “alguém que prega uma coisa, mas faz outra”. Os hipó-

critas podem causar uma série de danos, especialmente na esfera religiosa, embora todos se-jamos suscetíveis à hipocrisia.

O uso que Jó faz o termo hebraico chanaf, em Jó 13:16, como uma referência implícita aos seus amigos, é muito forte. Essa palavra também pode ser traduzida como “profano, incrédu-lo, ímpio, pervertido”. Na realidade, como adjetivo, ela é vista com mais frequência no livro de Jó (oito vezes, contra cinco outras vezes no restante do Antigo Testamento). Portanto, hipocri-sia significa mais do que apenas deixar de viver o que se prega; é uma forma de impiedade, que perverte o caráter de Deus. Essa impiedade é o que Jó percebe em seus amigos (compare com

Jó 8:13; 15:34; 17:8; 20:5; 27:8; 34:30; 36:13). Devemos orar a Deus para que Ele nos guarde de co-meter o mesmo erro.Pense nisto: Por que parece tão fácil cair na armadilha da hipocrisia?

Perguntas para reflexão e aplicação1. Como você entende a expressão “fé resoluta” ou “obstinada”?2. Você consegue se lembrar de alguma situação em que se esforçou muito para ter espe-

rança? Compartilhe sua experiência com a classe.

Atividades individuais ou em classe1. Compartilhe a inspiradora história das circunstâncias em que o hino “Sou feliz com Jesus”

(Hinário Adventista, 230) foi escrito. Sua letra foi escrita por Horácio Spafford, no local exato onde suas quatro filhas haviam se afogado em uma viagem dos Estados Unidos à Inglaterra, em 1883.

2. Cante o hino e depois fale sobre a incrível esperança que temos como adventistas do sétimo dia. Se você quiser, também pode cantar o hino “Oh! Que Esperança!” (Hinário Adventista, 469).

INFORMATIVO MUNDIAL DAS MISSÕES

Chamado incontestável – parte 1Richard nasceu em Casa Blanca, Marrocos, em 1956, ano em que o país obteve indepen-

dência da França. Ele pertence a uma família judia ortodoxa. Seu avô era um bem-sucedido homem de negócios, no ramo de exportação de especiarias.

Os antepassados de Richard chegaram em Marrocos há quase 500 anos. Antes moravam na Espanha, como judeus sefarditas. Mas em 1492, a rainha da Espanha (Isabel I de Castela) homologou uma lei que obrigava os judeus a se converterem ao catolicismo. Caso contrário, deveriam sair do país. Assim, deixando todas as propriedades, muitos judeus imigraram para Portugal, Países Baixos, Turquia, Marrocos e outros países da África do Norte.

Richard tinha oito anos quando os pais decidiram sair de Marrocos, pois não era seguro para os judeus viver em um país muçulmano. Pouco a pouco, todos os parentes deixaram o país. Alguns foram para o Canadá, outros para Israel, mas o pai de Richard preferiu ficar na França.

A família se mudou para a cidade de Marselha em 1964, mas ali o pai não conseguiu encontrar emprego. Por isso, tiveram que se mudar novamente para Paris, onde seu pai abriu uma loja de roupas masculinas. Começou vendendo camisetas, cuecas e meias, então expandiu o comércio para camisas, pulôveres e, finalmente, ternos. Os negócios progredi-ram muito e uma segunda loja foi aberta.

Planejando atividades: O que sua classe pode fazer na próxima semana como resposta ao estudo da lição?

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modernas que invertem negativamente o sentido: “Eis que me matará, já não tenho esperan-ça” (ARA, compare também NTLH; a ARC traduziu de modo positivo). Essa inversão é o resulta-do de duas leituras diferentes do texto original, sugeridas por um grupo de antigos estudiosos hebreus chamados de Massoretas. No entanto, a continuação das palavras de Jó, no versícu-lo 16, apresenta alguns esclarecimentos quanto à realidade da sua esperança. Ele se refere a Deus como Sua salvação, o que revela a firme confiança que ele tinha, apesar das circunstân-cias. Essa convicção o motivava a continuar até que pudesse encontrar a vindicação perante o Juiz do Universo (Jó 13:17-19). Jó ansiava pela resposta de Deus como a única maneira de com-preender a situação em que se encontrava.Pense nisto: Como Jó encontrou esperança, apesar das palavras desencorajadoras de seus amigos?

II. A firme esperança(Recapitule com a classe Gênesis 22:8; Daniel 3:16-18; Tiago 2:20-22; 1 Coríntios 15:11-20.)A Bíblia está repleta de histórias que mostram o incrível poder de uma esperança resolu-

tamente firmada em Deus, a despeito de todas dificuldades. Temos a história de Abraão, por exemplo, que calmamente respondeu à pergunta apreensiva de seu filho com um forte “Deus proverá” (Gn 22:8), o que preparou Isaque para que se deitasse com fé sobre o altar no topo do Monte Moriá. Temos a história dos três amigos de Daniel, que ficaram em pé diante do enfu-recido Nabucodonosor, fazendo uma oposição inédita ao homem mais poderoso do mundo durante os tempos babilônicos, quando ele os ameaçou com a fornalha ardente: “Se não, fica sabendo, ó rei, que não serviremos a teus deuses” (Dn 3:18, NVI). Temos o ladrão na cruz que, reconhecendo a divina Majestade pendurada ao seu lado entre o céu e a Terra, expressou timi-damente um desejo humilde no fim de sua vida vã: “Senhor, lembra-Te de mim, quando entra-res no Teu reino” (Lc 23:42, ARC).

A lista poderia continuar, mas a questão realmente é: Onde essas pessoas encontraram o alicerce para uma esperança resoluta, que foi capaz de suportar as ameaças mortais das cir-cunstâncias do momento? Seja lá o que tais indivíduos compreendiam na época, a resposta fundamental deve estar situada no fato histórico da ressurreição de Jesus Cristo, que funda-menta todas as nossas esperanças, principalmente aquelas que nos permitem olhar para além dos confins da morte. Paulo apoia a verdade de toda a sua pregação na ressurreição (1Co 15:11-20). Tiago mostra, na vida de Abraão, a delicada relação entre fé e obras, que realmente tor-na-se tangível na confiança mantida em meio a circunstâncias terríveis. Jó tinha a mesma esperança, fundamentada em um Deus justo (embora, naquele momento, não compreensível) que podia cuidar dele mesmo depois da sepultura (compare com Jó 19:25, 26).Pense nisto: Qual é o alicerce da sua esperança?

III. Hipócritas(Recapitule com a classe Jó 13:16 e Provérbios 11:9.)A definição popular de hipócrita é “alguém que prega uma coisa, mas faz outra”. Os hipó-

critas podem causar uma série de danos, especialmente na esfera religiosa, embora todos se-jamos suscetíveis à hipocrisia.

O uso que Jó faz o termo hebraico chanaf, em Jó 13:16, como uma referência implícita aos seus amigos, é muito forte. Essa palavra também pode ser traduzida como “profano, incrédu-lo, ímpio, pervertido”. Na realidade, como adjetivo, ela é vista com mais frequência no livro de Jó (oito vezes, contra cinco outras vezes no restante do Antigo Testamento). Portanto, hipocri-sia significa mais do que apenas deixar de viver o que se prega; é uma forma de impiedade, que perverte o caráter de Deus. Essa impiedade é o que Jó percebe em seus amigos (compare com

Jó 8:13; 15:34; 17:8; 20:5; 27:8; 34:30; 36:13). Devemos orar a Deus para que Ele nos guarde de co-meter o mesmo erro.Pense nisto: Por que parece tão fácil cair na armadilha da hipocrisia?

Perguntas para reflexão e aplicação1. Como você entende a expressão “fé resoluta” ou “obstinada”?2. Você consegue se lembrar de alguma situação em que se esforçou muito para ter espe-

rança? Compartilhe sua experiência com a classe.

Atividades individuais ou em classe1. Compartilhe a inspiradora história das circunstâncias em que o hino “Sou feliz com Jesus”

(Hinário Adventista, 230) foi escrito. Sua letra foi escrita por Horácio Spafford, no local exato onde suas quatro filhas haviam se afogado em uma viagem dos Estados Unidos à Inglaterra, em 1883.

2. Cante o hino e depois fale sobre a incrível esperança que temos como adventistas do sétimo dia. Se você quiser, também pode cantar o hino “Oh! Que Esperança!” (Hinário Adventista, 469).

INFORMATIVO MUNDIAL DAS MISSÕES

Chamado incontestável – parte 1Richard nasceu em Casa Blanca, Marrocos, em 1956, ano em que o país obteve indepen-

dência da França. Ele pertence a uma família judia ortodoxa. Seu avô era um bem-sucedido homem de negócios, no ramo de exportação de especiarias.

Os antepassados de Richard chegaram em Marrocos há quase 500 anos. Antes moravam na Espanha, como judeus sefarditas. Mas em 1492, a rainha da Espanha (Isabel I de Castela) homologou uma lei que obrigava os judeus a se converterem ao catolicismo. Caso contrário, deveriam sair do país. Assim, deixando todas as propriedades, muitos judeus imigraram para Portugal, Países Baixos, Turquia, Marrocos e outros países da África do Norte.

Richard tinha oito anos quando os pais decidiram sair de Marrocos, pois não era seguro para os judeus viver em um país muçulmano. Pouco a pouco, todos os parentes deixaram o país. Alguns foram para o Canadá, outros para Israel, mas o pai de Richard preferiu ficar na França.

A família se mudou para a cidade de Marselha em 1964, mas ali o pai não conseguiu encontrar emprego. Por isso, tiveram que se mudar novamente para Paris, onde seu pai abriu uma loja de roupas masculinas. Começou vendendo camisetas, cuecas e meias, então expandiu o comércio para camisas, pulôveres e, finalmente, ternos. Os negócios progredi-ram muito e uma segunda loja foi aberta.

Planejando atividades: O que sua classe pode fazer na próxima semana como resposta ao estudo da lição?

Criatividade e atividades práticasPara o professor: Ter esperança em meio à tempestade é algo que, muitas vezes, desafia a lógica humana. Simplesmente ficamos maravilhados com isso.

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AplicaçãoPara o professor: Jó se esforçou muito para ter esperança. Nesta semana, vamos estudar um pouco das lutas profundas que ele enfrentou a fim de experimentar essa certeza. Mas ele resolutamente se agarrou a ela.

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A vida em VillejuifQuando a família se estabeleceu em Paris, as casas eram mais caras que em Marrocos,

por isso, foram morar em um subúrbio chamado Villejuif, que significa “Cidade dos Ju-deus”. Ironicamente, naquela época ali não havia sinagoga, nem escola de rabis, nada que indicasse que fosse uma “cidade dos judeus”.

Aos nove anos, Richard começou a frequentar a escola pública em Villejuif. Ele vivia como judeu, mas, ao mesmo tempo, era muito liberal. Aos onze anos, podia ir a qualquer lugar que quisesse. Tinha liberdade para sair com garotas e fazer o que decidisse. Richard organizava festas com músicas e danças, costumava ir ao cinema e boates. Naquela época, a sociedade era mais segura, e ele não parecia ter medo de nada. Em 1968, houve uma re-volução estudantil em Paris. Todas as universidades e escolas foram fechadas. O presidente renunciou. O lema dos revolucionários era liberdade e independência. Isso envolveu toda a sociedade francesa e influenciou seus pais naquele momento.

O lado religiosoO lado religioso também era importante para a família. O pai fazia suas orações nas ma-

nhãs, tardes e noites. E o Shabbat era muito respeitado. Nas noites de sexta-feira, Richard devia estar em casa para o início do Shabbat, quando a família fazia o culto em casa com todos os rituais judaicos. Mas a falta de uma sinagoga era um problema.

Eles viviam em uma propriedade que conectava três moradias. Uma era ocupada pelo primo, a segunda pela família de Richard e a terceira por um jovem estudante rabínico, com esposa e filhos. Sendo as três famílias religiosas, juntas elas organizavam os cultos de sábado. Era como uma casa-sinagoga, nas noites de sexta-feira, manhãs de sábado e dias festivos judaicos.

Então, o primo de Richard decidiu ir para Israel, e seu pai pediu permissão à proprietária para transformar a casa do primo em um lugar de oração. Com a permissão concedida, a casa se tornou uma sinagoga. Tiveram até o privilégio de ter uma arca com o pergaminho da Torah. Na jovem mente de Richard, esse lugar era muito santo porque era o único local da vila usado para orar. Para ele, Deus habitava na arca onde estava o pergaminho.

Oração urgenteCerto dia, enquanto brincavam, Richard e seu irmão mais velho fecharam com muita

força a porta da casa. Era uma porta especial, de madeira, com um lindo e valioso vitral. Quando a porta foi batida, o vitral espatifou-se no chão.

Richard ficou triste e temeroso, pensando em como seria a reação do pai, de tempera-mento muito forte. Ele temia que o pai voltasse naquela noite e descobrisse o que havia acontecido.

Então, decidiu ir à sinagoga vizinha, cujas chaves eram guardadas pela família. Ali, ajoe-lhou-se e começou a orar: “Deus, creio que Tu existes, mas nunca provei Tua existência. Agora, desejo que me mostres que realmente existes. Sabes o que houve em minha casa. Sabes que meu pai facilmente se contraria. Por favor, faze que, quando ele chegar, não fale nada quando vir o vidro quebrado.”

Richard estava certo de que aquela era uma oração impossível. Então, ele esperou até à noite, quando o pai voltaria para casa. Continua.

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Caminho a CristoO amor de Deus é descrito neste livro de forma surpreendente. Seu raio de ação se estende a todas as idades, etnias e classes sociais. Seu objetivo é eliminar as barreiras que limitam o

crescimento humano e conduzir as pessoas a uma extraordinária experiência de vida com Cristo.

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Sexta-feira, 2 de dezembro Ano Bíblico: Ef 1-3

Estudo adicional

O autor John Hedley Brooke escreveu sobre o filósofo alemão Immanuel Kant (1724-1804) e sua tentativa de compreender os limites do conhecimento hu-

mano, principalmente no tocante às obras de Deus. Para Kant, “justificar os ca-minhos de Deus ao homem era uma questão de fé, não de entendimento. Como exemplo de uma postura autêntica em face da adversidade, Kant escolheu Jó, que foi despojado de tudo, exceto da consciência limpa. Sujeitando-se diante de uma ordem divina, ele estava certo em resistir aos conselhos dos amigos que busca-vam apresentar as razões do seu infortúnio. A força da atitude de Jó consistia em saber o que então sabia: o que Deus pensava que estava fazendo ao acumular in-fortúnios sobre ele” (Science and Religion [“Ciência e religião”]; Nova York: Cam-bridge University Press, 2006, p. 207, 208). Elifaz, Bildade, Zofar e Eliú julgavam que podiam explicar o que havia acontecido com Jó em uma simples relação de causa e efeito. A causa era o pecado de Jó; o efeito era seu sofrimento. O que po-deria ser mais claro, teologicamente correto e racional do que isso? No entanto, o raciocínio deles estava errado – um exemplo poderoso do fato de que a realidade e o Deus que a criou e a sustenta não necessariamente obedecem nossa compre-ensão de Deus e do funcionamento do mundo criado por Ele.

Perguntas para reflexão1. Como vimos, o diabo não é mencionado sequer uma vez em nenhum dos lon-

gos discursos sobre a situação do pobre Jó e por que tudo aconteceu. Por quê? O que isso nos diz sobre a compreensão limitada daqueles homens, apesar de todas as verdades que possuíam? O que a ignorância deles nos ensina sobre nos-sa própria ignorância, a despeito de todas as verdades que temos?

2. “Quando tomamos em nossas mãos a direção das coisas com que temos de li-dar, e confiamos em nossa própria sabedoria quanto ao êxito, chamamos sobre nós um fardo que Deus não nos deu, e estamos a levá-lo sem Sua ajuda [...] Mas quando realmente acreditarmos que Deus nos ama, e nos quer fazer bem, ces-saremos de afligir-nos a respeito do futuro. Confiaremos em Deus assim como uma criança confia em um pai amoroso.” (Ellen G. White, Mente, Caráter e Personalidade, v. 2, p. 468). Como podemos ter essa fé? Isto é, que escolhas es-tamos fazendo hoje que fortalecerão ou enfraquecerão nossa fé?

Respostas e tarefas para a semana: 1. Com alguns dias de antecedência, distribua os textos entres os alunos, solici-tando que eles identifiquem a verdade da passagem bíblica que receberam e tirem lições para a vida prática. 2. A e B. 3. Com antecedência, solicite aos alunos que identifiquem as verdades mencionadas por Eliú em Jó 34:10-15, e quais des-sas verdades foram apresentadas no momento inoportuno. 4. F; V. 5. Com antecedência, divida a classe em dois grupos, designando a um deles o capítulo 1 de Jó, e ao outro o capítulo 2:1-10. Solicite a cada grupo que leia seu capítulo e pro-cure anotar as explicações para o sofrimento de Jó e também as perguntas que permanecem sem resposta. Permita a cada grupo apresentar suas conclusões na classe.

Resumo da Lição 10

A ira de Eliú

TEXTOS-CHAVE: Jó 32:1-5; Ezequiel 28:12-17

O ALUNO DEVERÁConhecer: Analisar o discurso de Eliú, de seu início promissor ao seu decepcio-

nante final.Sentir: Compreender a difícil natureza da origem do mal e a impossibilidade de

explicá-la adequadamente.Fazer: Lidar com as grandes questões da vida com uma boa dose de humildade,

principalmente ao respondê-las a outras pessoas.

ESBOÇOI. Conhecer: As ciladas da ira imatura

A. Qual era a esperança no início do discurso de Eliú, o qual, posteriormente, foi manchado pela impaciência e ira?

B. Qual é relação entre a conclusão de Eliú e as respostas que os outros três amigos deram ao sofrimento de Jó?

II. Sentir: O inexplicávelA. Como podemos explicar o fato de que o mais perfeito ser criado, Lúcifer, virou as

costas para o seu Criador?B. À luz da resposta à pergunta anterior, por que tentamos, repetidas vezes, explicar

o inexplicável, ou seja, o sofrimento em nossa vida e ao nosso redor?

III. Fazer: Praticando a humildadeA. Qual é o oposto de humildade? De que forma isso se manifestou no grande conflito?B. Qual é o papel da nossa humildade na resposta ao sofrimento e na busca da verdade?

RESUMO: Quando Eliú surgiu em cena, parecia que haveria uma “brisa de ar fresco”. Ele era jo-vem e estava irado, esperando que chegasse a sua vez de falar. Porém, ele também carecia de humildade e, no fim das contas, suas palavras não foram diferentes das dos outros amigos. O mal permanece inexplicável, e apenas uma fé humilde pode nos dar esperança.

Ciclo do aprendizado

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Focalizando as Escrituras: Jó 28:28; 32:1-5Conceito-chave para o crescimento espiritual: O discurso de Eliú prometia ser diferente. Po-rém, assim como os outros amigos de Jó, ele caiu na mesma armadilha da teologia da retribuição. Suas palavras, proferidas com ira, foram ofensivas e caracterizadas por um orgulho espiritual que realmente deu vantagem ao inimigo de Deus, cuja queda havia sido causada pelo orgulho ange-lical e pela falta de humildade. Apenas uma atitude humilde para com a questão do sofrimento pode apresentar respostas honestas, fundamentadas no temor do Senhor.Para o professor: Ao olhar para nossas igrejas ao redor do mundo, podemos perceber um con-flito de gerações. Estudos têm revelado que a igreja na América do Norte está suscetível a não

Motivação

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Discussão de aberturaFinalmente, um pouco de sangue jovem, com novas perspectivas! Finalmente, alguém que

vai endireitar as coisas e lutar contra o sistema teológico! Essa é a sensação que se tem quando Eliú, filho de Baraquel, o buzita, aparece do nada e, irado, começa o seu discurso.

A ira tem sido, muitas vezes, o poder motivador da juventude. A ira contra opiniões esta-belecidas sobre guerra, segregação racial, economia, injustiça social e assim por diante, tem motivado movimentos de protesto em todo o mundo, os quais são principalmente liderados pelas gerações mais jovens. Muitas dessas mobilizações também trouxeram mudanças posi-tivas para a sociedade. Eliú não tinha uma agenda política, mas teológica. Sua abordagem foi associar a ira a uma boa dose de impaciência (Jó 32:4, 5). A aparição de Eliú definitivamente provocou uma agitação.

Como você vê a força da juventude se desenvolvendo em sua igreja? O que os jovens podem fazer que os mais velhos não conseguem realizar? Que papel a ira desempenha nessa situação?

Comentário bíblico

O discurso de Eliú abrange seis capítulos do livro de Jó (32–37). É o mais longo discurso inin-terrupto de todo o livro. Começa após o término da fala de Jó (31:40) e é motivado por uma declaração quádrupla sobre a ira de Eliú. Essa manifestação se encontra na introdução prosai-ca do discurso dele (32:1-5) e merece um comentário: Eliú entendia a declaração de inocência de Jó como uma tentativa de autojustificação arrogante. Ele também estava irado com os três amigos, pois eles não haviam conseguido convencer Jó de sua culpa. Todo o seu discurso sur-giu da ira, que não é um bom ponto de partida para nenhuma discussão, mesmo se apresen-tada como santa e justa.

I. O discurso de Eliú(Recapitule com a classe Jó 32–37.)A aparição de Eliú é marcada por uma ascendência ilustre que, possivelmente, o liga a

Abraão (Buz era sobrinho de Abraão; Gn 22:21) e até mesmo faz dele um antepassado de Davi (Rão era antepassado de Davi; Rt 4:19). Diferentemente dos três amigos de Jó, que eram edo-mitas, Eliú era definitivamente um hebreu. Por isso, ele começou o seu discurso afirmando que havia recebido inspiração divina direta (Jó 32:6-10) que, finalmente, o levou a falar contra os ho-mens mais velhos e, presumivelmente, mais sábios (Jó 32:11-22).

No capítulo 33, Eliú resumiu os discursos anteriores de Jó e lhe prometeu restauração com a condição de que Jó ouvisse o que ele tinha a dizer. A essa altura, a expectativa tornou-se quase

insuportável, e foram esperadas respostas para todos os sofrimentos de Jó. No entanto, o ca-pítulo 34 quase se tornou um anticlímax, levando-se em conta que a apresentação da solução de Eliú, em última análise, coincidiu exatamente com o que os outros três amigos haviam su-gerido – Deus retribui cada um de acordo com as suas obras (Jó 34:10-15). Ali estava, mais uma vez, a teologia da retribuição! Piorando o quadro, Eliú acrescentou a rebelião aos pecados de Jó (34:36, 37), visto que ele insistia em sua inocência.

Os capítulos 35 e 36 retratam uma imagem sombria de Deus, descrevendo-O como um Ser distante, muito longe da esfera humana e sem nenhum interesse na vida individual da huma-nidade. Curiosamente, Eliú utilizou imagens de tempestade no último capítulo de seu discur-so (Jó 37), alegando que falava em nome de Deus, apenas para ser corrigido quando o Senhor realmente falou, nos capítulos 38–41, a partir da verdadeira tempestade divina (Jó 38:1). No fim do discurso de Eliú, só podemos fazer a seguinte avaliação: um monte de palavras, muita con-versa fiada, mas nada substancial que pudesse apresentar respostas. Uma grande decepção!Pense nisto: A postura irada de Eliú foi justificada? Por quê?

II. Absurdo(Recapitule com a classe Ezequiel 28:12-17.)O texto de Ezequiel 28, geralmente relacionado com Isaías 14, é utilizado para o estudo so-

bre a origem do mal e a queda de Satanás. De fato, a lição já trouxe o estudo desses textos nes-se contexto. No entanto, há outro aspecto que surge desse lamento épico que inicialmente parece descrever o rei de Tiro, uma cidade fenícia famosa por seu envolvimento cruel no co-mércio de escravos do Mediterrâneo. Mas depois esse lamento assumiu um tom mais universal e cósmico que vai muito além da descrição de um rei terrestre. Ele passou a descrever a queda de Lúcifer, o ser mais perfeito já criado. O texto não deixa qualquer dúvida sobre a incrível be-leza do “querubim ungido”, que habitava no monte santo de Deus. Essa cena é então colocada em gritante contraste com a queda mais profunda que uma criatura poderia experimentar. Da própria presença de Deus até as profundezas da depravação demoníaca, o destino de Satanás finalmente terminará no solitário milênio e na destruição final (Ap 20; 21).

Isso não faz sentido! E é exatamente esse o ponto. O pecado e o sofrimento são incompre-ensíveis; eles são absurdos. Poderíamos racionalizá-los, mas isso corresponderia a desculpar ou defender o pecado. Com base nisso, é possível concluir que todas as intenções dos três ami-gos, além de Eliú, de explicar o sofrimento de Jó, estavam condenadas ao fracasso. Na verdade, Deus finalmente declarou que eles haviam pecado por meio de seus discursos. Talvez também não devamos mais tentar explicar o que é absurdo.Pense nisto: Por que a racionalização do pecado e do sofrimento pode, no fim das contas, nos

levar a pecar?

III. Humildade e verdade(Recapitule com a classe Salmo 45:4; Tiago 4:6.)Um belo salmo de coroação expressa o desejo de que o rei recém-coroado tenha as seguin-

tes características: “verdade, humildade e justiça” (Sl 45:4). A busca pela verdade precisa estar associada à humildade. Somente o humilde encontrará a verdade, pois ele está pronto para ser corrigido. Eliú demonstrou atitude oposta, marcada por arrogância e orgulho, e foi exatamen-te isso que impediu que ele e os outros três amigos encontrassem a verdade. Deus dá graça aos humildes, mas resiste aos soberbos (Tg 4:6). O orgulho nos leva de volta ao querubim caído.Pense nisto: É possível afirmar que temos a verdade, como nós fazemos, às vezes, e ainda ser

humildes? Explique.

CompreensãoPara o professor: Ellen G. White deu algumas declarações importantes sobre o “exército de jovens” em nossa igreja. Elas podem ser resumidas na seguinte citação: “Com tal exército de obreiros como o que poderia fornecer a nossa juventude devidamente preparada, quão de-pressa a mensagem de um Salvador crucificado, ressuscitado e prestes a vir poderia ser levada ao mundo todo!” (Educação, p. 271; compare com Serviço Cristão, p. 30). Seria interessante ob-servar como esse “exército de jovens” está presente em sua igreja. Ele é visível? Em que direção ele marcha? Leia para seus alunos algumas outras citações do livro Serviço Cristão.

conseguir atrair a geração Y (aqueles que atingiram a idade da juventude por volta do ano 2000). Em outros lugares do mundo, há um grande número de jovens na igreja, mas poucos deles par-ticipam da liderança, que é reservada para os mais velhos e experientes. Discuta com os alunos como ocorre a relação entre os jovens e idosos (e os de meia-idade) em sua igreja local.

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Discussão de aberturaFinalmente, um pouco de sangue jovem, com novas perspectivas! Finalmente, alguém que

vai endireitar as coisas e lutar contra o sistema teológico! Essa é a sensação que se tem quando Eliú, filho de Baraquel, o buzita, aparece do nada e, irado, começa o seu discurso.

A ira tem sido, muitas vezes, o poder motivador da juventude. A ira contra opiniões esta-belecidas sobre guerra, segregação racial, economia, injustiça social e assim por diante, tem motivado movimentos de protesto em todo o mundo, os quais são principalmente liderados pelas gerações mais jovens. Muitas dessas mobilizações também trouxeram mudanças posi-tivas para a sociedade. Eliú não tinha uma agenda política, mas teológica. Sua abordagem foi associar a ira a uma boa dose de impaciência (Jó 32:4, 5). A aparição de Eliú definitivamente provocou uma agitação.

Como você vê a força da juventude se desenvolvendo em sua igreja? O que os jovens podem fazer que os mais velhos não conseguem realizar? Que papel a ira desempenha nessa situação?

Comentário bíblico

O discurso de Eliú abrange seis capítulos do livro de Jó (32–37). É o mais longo discurso inin-terrupto de todo o livro. Começa após o término da fala de Jó (31:40) e é motivado por uma declaração quádrupla sobre a ira de Eliú. Essa manifestação se encontra na introdução prosai-ca do discurso dele (32:1-5) e merece um comentário: Eliú entendia a declaração de inocência de Jó como uma tentativa de autojustificação arrogante. Ele também estava irado com os três amigos, pois eles não haviam conseguido convencer Jó de sua culpa. Todo o seu discurso sur-giu da ira, que não é um bom ponto de partida para nenhuma discussão, mesmo se apresen-tada como santa e justa.

I. O discurso de Eliú(Recapitule com a classe Jó 32–37.)A aparição de Eliú é marcada por uma ascendência ilustre que, possivelmente, o liga a

Abraão (Buz era sobrinho de Abraão; Gn 22:21) e até mesmo faz dele um antepassado de Davi (Rão era antepassado de Davi; Rt 4:19). Diferentemente dos três amigos de Jó, que eram edo-mitas, Eliú era definitivamente um hebreu. Por isso, ele começou o seu discurso afirmando que havia recebido inspiração divina direta (Jó 32:6-10) que, finalmente, o levou a falar contra os ho-mens mais velhos e, presumivelmente, mais sábios (Jó 32:11-22).

No capítulo 33, Eliú resumiu os discursos anteriores de Jó e lhe prometeu restauração com a condição de que Jó ouvisse o que ele tinha a dizer. A essa altura, a expectativa tornou-se quase

insuportável, e foram esperadas respostas para todos os sofrimentos de Jó. No entanto, o ca-pítulo 34 quase se tornou um anticlímax, levando-se em conta que a apresentação da solução de Eliú, em última análise, coincidiu exatamente com o que os outros três amigos haviam su-gerido – Deus retribui cada um de acordo com as suas obras (Jó 34:10-15). Ali estava, mais uma vez, a teologia da retribuição! Piorando o quadro, Eliú acrescentou a rebelião aos pecados de Jó (34:36, 37), visto que ele insistia em sua inocência.

Os capítulos 35 e 36 retratam uma imagem sombria de Deus, descrevendo-O como um Ser distante, muito longe da esfera humana e sem nenhum interesse na vida individual da huma-nidade. Curiosamente, Eliú utilizou imagens de tempestade no último capítulo de seu discur-so (Jó 37), alegando que falava em nome de Deus, apenas para ser corrigido quando o Senhor realmente falou, nos capítulos 38–41, a partir da verdadeira tempestade divina (Jó 38:1). No fim do discurso de Eliú, só podemos fazer a seguinte avaliação: um monte de palavras, muita con-versa fiada, mas nada substancial que pudesse apresentar respostas. Uma grande decepção!Pense nisto: A postura irada de Eliú foi justificada? Por quê?

II. Absurdo(Recapitule com a classe Ezequiel 28:12-17.)O texto de Ezequiel 28, geralmente relacionado com Isaías 14, é utilizado para o estudo so-

bre a origem do mal e a queda de Satanás. De fato, a lição já trouxe o estudo desses textos nes-se contexto. No entanto, há outro aspecto que surge desse lamento épico que inicialmente parece descrever o rei de Tiro, uma cidade fenícia famosa por seu envolvimento cruel no co-mércio de escravos do Mediterrâneo. Mas depois esse lamento assumiu um tom mais universal e cósmico que vai muito além da descrição de um rei terrestre. Ele passou a descrever a queda de Lúcifer, o ser mais perfeito já criado. O texto não deixa qualquer dúvida sobre a incrível be-leza do “querubim ungido”, que habitava no monte santo de Deus. Essa cena é então colocada em gritante contraste com a queda mais profunda que uma criatura poderia experimentar. Da própria presença de Deus até as profundezas da depravação demoníaca, o destino de Satanás finalmente terminará no solitário milênio e na destruição final (Ap 20; 21).

Isso não faz sentido! E é exatamente esse o ponto. O pecado e o sofrimento são incompre-ensíveis; eles são absurdos. Poderíamos racionalizá-los, mas isso corresponderia a desculpar ou defender o pecado. Com base nisso, é possível concluir que todas as intenções dos três ami-gos, além de Eliú, de explicar o sofrimento de Jó, estavam condenadas ao fracasso. Na verdade, Deus finalmente declarou que eles haviam pecado por meio de seus discursos. Talvez também não devamos mais tentar explicar o que é absurdo.Pense nisto: Por que a racionalização do pecado e do sofrimento pode, no fim das contas, nos

levar a pecar?

III. Humildade e verdade(Recapitule com a classe Salmo 45:4; Tiago 4:6.)Um belo salmo de coroação expressa o desejo de que o rei recém-coroado tenha as seguin-

tes características: “verdade, humildade e justiça” (Sl 45:4). A busca pela verdade precisa estar associada à humildade. Somente o humilde encontrará a verdade, pois ele está pronto para ser corrigido. Eliú demonstrou atitude oposta, marcada por arrogância e orgulho, e foi exatamen-te isso que impediu que ele e os outros três amigos encontrassem a verdade. Deus dá graça aos humildes, mas resiste aos soberbos (Tg 4:6). O orgulho nos leva de volta ao querubim caído.Pense nisto: É possível afirmar que temos a verdade, como nós fazemos, às vezes, e ainda ser

humildes? Explique.

Para o professor: Ellen G. White deu algumas declarações importantes sobre o “exército de jovens” em nossa igreja. Elas podem ser resumidas na seguinte citação: “Com tal exército de obreiros como o que poderia fornecer a nossa juventude devidamente preparada, quão de-pressa a mensagem de um Salvador crucificado, ressuscitado e prestes a vir poderia ser levada ao mundo todo!” (Educação, p. 271; compare com Serviço Cristão, p. 30). Seria interessante ob-servar como esse “exército de jovens” está presente em sua igreja. Ele é visível? Em que direção ele marcha? Leia para seus alunos algumas outras citações do livro Serviço Cristão.

conseguir atrair a geração Y (aqueles que atingiram a idade da juventude por volta do ano 2000). Em outros lugares do mundo, há um grande número de jovens na igreja, mas poucos deles par-ticipam da liderança, que é reservada para os mais velhos e experientes. Discuta com os alunos como ocorre a relação entre os jovens e idosos (e os de meia-idade) em sua igreja local.

132 O livro de Jó Out l Nov l Dez 2016 133

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Perguntas para reflexão e aplicação1. Como podemos diferenciar a ira justa da ira hipócrita?2. Como podemos evitar a mesma armadilha na qual Eliú caiu – ele apenas repetiu o argu-

mento dos outros amigos, acrescentando, em seu discurso, sua ira hipócrita?

Atividades individuais ou em classe1. Leve para a classe um belo recipiente (por exemplo, uma taça de prata com uma tampa) e

deixe que seus alunos o admirem. Em seguida, abra-o e mostre o interior do recipiente, que de-verá conter algum alimento apodrecido, preparado com antecedência. Leia Mateus 23:27, 28 e discuta com os alunos a reação deles ao verem o que estava dentro do recipiente.

INFORMATIVO MUNDIAL DAS MISSÕES

Chamado incontestável – parte 2No sábado passado, vimos que Richard estava brincando com o irmão mais velho quando

acidentalmente quebraram o lindo vitral que enfeitava a porta de entrada da casa. Temeroso da reação que o pai poderia ter, ele pediu que Deus impedisse que seu pai ficasse descontrolado.

Quando o pai chegou, viu a porta com o vitral quebrado, e perguntou:– Quem fez isto?– Eu – foi a resposta de Richard.– Você está machucado? Está tudo bem com você?Para surpresa de Richard, seu pai ainda acrescentou que o mais importante era que o

filho estava ileso. Disse que o vidro não era tão importante quanto ele. Então, Richard en-tendeu que aquela reação era uma resposta direta de Deus. Naquele momento, Richard se convenceu completamente de que Deus existe. Ele nunca mais questionou a existência de Deus. Esse episódio aconteceu quando ele tinha dez anos.

Ampliando a sinagogaComo resultado do sucesso nos negócios, o pai de Richard conseguiu comprar uma casa

vizinha àquela em que moravam em Villejuif. Quando se mudaram, ele explicou ao dono da casa anterior que a experiência da sinagoga tinha sido muito boa. Por isso, gostariam de remover o muro anexo às duas casas para que pudessem ter uma sinagoga maior. O pro-prietário gentilmente concordou, e essa sinagoga se tornou a sinagoga oficial de Villejuif.

Após um ano, Richard fez seu Bar Mitzvah e também fez o curso do Talmud Torah, quando aprendeu hebraico e orações judaicas; ele estudou rituais, festas e as Escrituras.

Às quintas-feiras e nas manhãs de domingos, todos os meninos judeus de Villejuif iam à sinagoga a fim de se prepararem para o Bar Mitzvah, que significa “Filho do Mandamento”. Richard estava com 12 anos.

Apresentado como “judeu”Richard continuava a vida com seus amigos “gentios” na escola pública. Um desses ami-

gos era de família adventista; seu nome era Emmanuel. Seu pai era Manuel e a mãe, Manue-la. Era uma família espanhola de Barcelona.

Certo dia, um grupo da classe foi à casa de Emmanuel. Ao chegar, Richard foi apresen-tado como judeu aos pais de Emmanuel. Para ele, foi um pouco estranho porque nunca ti-nha sido apresentado dessa maneira. O pai de Emmanuel ficou muito interessado. Depois, Richard descobriu que Manuel era um missionário muito comprometido. Ninguém saía da casa dele sem receber materiais que falavam sobre o cristianismo. Antes de se tornar adventista, aquele homem tinha sido comunista militante e desejara converter todos ao comunismo.

Ele disse:– Oh, você é judeu! Isso é muito interessante. Você sabe que somos judeus espirituais?O quê? – perguntou Richard. – Jamais tinha ouvido falar sobre judeus espirituais. Co-

nheço católicos, protestantes, até testemunhas de Jeová [...] mas, judeus espirituais?– Sim. Saiba que você está seguro aqui. Alimentamo-nos da culinária kosher.Eles não eram vegetarianos, e sempre compravam carne e outros alimentos no bairro

kosher de Paris.– E também guardamos o sábado, acrescentou Manuel.Richard ficou intrigado. Mas, naquela época, não estava interessado em religião. Entre-

tanto, sempre que visitava a casa de Manuel, era abordado com textos da Bíblia. Porém, contestava:

– Esta é a sua Bíblia, não é a minha. Essa não está correta.– Você pode comprovar em sua Bíblia – respondia Manuel.Então, em casa, Richard conferia as referências em sua própria Bíblia judaica e via que

eram as mesmas da Bíblia de Manuel. Mas não pensava mais sobre o assunto.Um ano se passou e Richard começou a namorar Lilliane, filha de Manuel, que não

ficou muito feliz. Ele desejava que a filha se casasse com um rapaz adventista. Mas conti-nuou a trabalhar no coração do jovem.

Certo dia, ele perguntou:– Por que você não vem à nossa igreja para ver como funciona?– Por que não? – respondeu Richard.Então, na manhã de sábado, quando seus pais pensavam que ele estava na escola, Ri-

chard foi à igreja adventista. Ali, descobriu que a Escola Sabatina era um programa muito interessante. O professor era filho de um pastor adventista que havia sido presidente de um campo em Israel alguns anos antes. Ele tinha vivido em Israel, conhecia muito bem o hebraico e a Bíblia. Richard gostou da lição e depois disse a Manuel que desejava voltar. A partir de então, passou a ir à igreja adventista em vez de ir à escola, embora os pais pensas-sem que ele estivesse na escola.

O grande choqueProgressivamente, o Espírito Santo trabalhou no coração de Richard e guiou seus pas-

sos. Mas, então, algo terrível aconteceu. Manuel era um eletricista que reparava elevadores.

PASS

O 4

Criatividade e atividades práticasPara o professor: O radicalismo juvenil de Eliú estava baseado muito mais na ilusão do que na realidade. Seu extensivo discurso acabou sendo uma grande decepção.

Planejando atividades: O que sua classe pode fazer na próxima semana como resposta ao estudo da lição?

PASS

O 3

AplicaçãoPara o professor: Embora seu início seja promissor, o extensivo discurso de Eliú é uma gran-de decepção. Precisamos encontrar maneiras práticas de evitar a armadilha na qual Eliú caiu; caso contrário, também estaremos andando em círculos.

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C.Q.

Depto. Arte

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5 Li

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Liçã

o 10

Perguntas para reflexão e aplicação1. Como podemos diferenciar a ira justa da ira hipócrita?2. Como podemos evitar a mesma armadilha na qual Eliú caiu – ele apenas repetiu o argu-

mento dos outros amigos, acrescentando, em seu discurso, sua ira hipócrita?

Atividades individuais ou em classe1. Leve para a classe um belo recipiente (por exemplo, uma taça de prata com uma tampa) e

deixe que seus alunos o admirem. Em seguida, abra-o e mostre o interior do recipiente, que de-verá conter algum alimento apodrecido, preparado com antecedência. Leia Mateus 23:27, 28 e discuta com os alunos a reação deles ao verem o que estava dentro do recipiente.

INFORMATIVO MUNDIAL DAS MISSÕES

Chamado incontestável – parte 2No sábado passado, vimos que Richard estava brincando com o irmão mais velho quando

acidentalmente quebraram o lindo vitral que enfeitava a porta de entrada da casa. Temeroso da reação que o pai poderia ter, ele pediu que Deus impedisse que seu pai ficasse descontrolado.

Quando o pai chegou, viu a porta com o vitral quebrado, e perguntou:– Quem fez isto?– Eu – foi a resposta de Richard.– Você está machucado? Está tudo bem com você?Para surpresa de Richard, seu pai ainda acrescentou que o mais importante era que o

filho estava ileso. Disse que o vidro não era tão importante quanto ele. Então, Richard en-tendeu que aquela reação era uma resposta direta de Deus. Naquele momento, Richard se convenceu completamente de que Deus existe. Ele nunca mais questionou a existência de Deus. Esse episódio aconteceu quando ele tinha dez anos.

Ampliando a sinagogaComo resultado do sucesso nos negócios, o pai de Richard conseguiu comprar uma casa

vizinha àquela em que moravam em Villejuif. Quando se mudaram, ele explicou ao dono da casa anterior que a experiência da sinagoga tinha sido muito boa. Por isso, gostariam de remover o muro anexo às duas casas para que pudessem ter uma sinagoga maior. O pro-prietário gentilmente concordou, e essa sinagoga se tornou a sinagoga oficial de Villejuif.

Após um ano, Richard fez seu Bar Mitzvah e também fez o curso do Talmud Torah, quando aprendeu hebraico e orações judaicas; ele estudou rituais, festas e as Escrituras.

Às quintas-feiras e nas manhãs de domingos, todos os meninos judeus de Villejuif iam à sinagoga a fim de se prepararem para o Bar Mitzvah, que significa “Filho do Mandamento”. Richard estava com 12 anos.

Apresentado como “judeu”Richard continuava a vida com seus amigos “gentios” na escola pública. Um desses ami-

gos era de família adventista; seu nome era Emmanuel. Seu pai era Manuel e a mãe, Manue-la. Era uma família espanhola de Barcelona.

Certo dia, um grupo da classe foi à casa de Emmanuel. Ao chegar, Richard foi apresen-tado como judeu aos pais de Emmanuel. Para ele, foi um pouco estranho porque nunca ti-nha sido apresentado dessa maneira. O pai de Emmanuel ficou muito interessado. Depois, Richard descobriu que Manuel era um missionário muito comprometido. Ninguém saía da casa dele sem receber materiais que falavam sobre o cristianismo. Antes de se tornar adventista, aquele homem tinha sido comunista militante e desejara converter todos ao comunismo.

Ele disse:– Oh, você é judeu! Isso é muito interessante. Você sabe que somos judeus espirituais?O quê? – perguntou Richard. – Jamais tinha ouvido falar sobre judeus espirituais. Co-

nheço católicos, protestantes, até testemunhas de Jeová [...] mas, judeus espirituais?– Sim. Saiba que você está seguro aqui. Alimentamo-nos da culinária kosher.Eles não eram vegetarianos, e sempre compravam carne e outros alimentos no bairro

kosher de Paris.– E também guardamos o sábado, acrescentou Manuel.Richard ficou intrigado. Mas, naquela época, não estava interessado em religião. Entre-

tanto, sempre que visitava a casa de Manuel, era abordado com textos da Bíblia. Porém, contestava:

– Esta é a sua Bíblia, não é a minha. Essa não está correta.– Você pode comprovar em sua Bíblia – respondia Manuel.Então, em casa, Richard conferia as referências em sua própria Bíblia judaica e via que

eram as mesmas da Bíblia de Manuel. Mas não pensava mais sobre o assunto.Um ano se passou e Richard começou a namorar Lilliane, filha de Manuel, que não

ficou muito feliz. Ele desejava que a filha se casasse com um rapaz adventista. Mas conti-nuou a trabalhar no coração do jovem.

Certo dia, ele perguntou:– Por que você não vem à nossa igreja para ver como funciona?– Por que não? – respondeu Richard.Então, na manhã de sábado, quando seus pais pensavam que ele estava na escola, Ri-

chard foi à igreja adventista. Ali, descobriu que a Escola Sabatina era um programa muito interessante. O professor era filho de um pastor adventista que havia sido presidente de um campo em Israel alguns anos antes. Ele tinha vivido em Israel, conhecia muito bem o hebraico e a Bíblia. Richard gostou da lição e depois disse a Manuel que desejava voltar. A partir de então, passou a ir à igreja adventista em vez de ir à escola, embora os pais pensas-sem que ele estivesse na escola.

O grande choqueProgressivamente, o Espírito Santo trabalhou no coração de Richard e guiou seus pas-

sos. Mas, então, algo terrível aconteceu. Manuel era um eletricista que reparava elevadores.

Para o professor: O radicalismo juvenil de Eliú estava baseado muito mais na ilusão do que na realidade. Seu extensivo discurso acabou sendo uma grande decepção.

Planejando atividades: O que sua classe pode fazer na próxima semana como resposta ao estudo da lição?

Para o professor: Embora seu início seja promissor, o extensivo discurso de Eliú é uma gran-de decepção. Precisamos encontrar maneiras práticas de evitar a armadilha na qual Eliú caiu; caso contrário, também estaremos andando em círculos.

Out l Nov l Dez 2016 135134 O livro de Jó

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Lição 11 3 a 10 de dezembro

Do meio da tempestade

Sábado à tarde Ano Bíblico: Ef 4-6

LEITURAS DA SEMANA: Jó 38–39; Jõao 1:29; Mt 16:13; 1Co 1:18-27; Jó 40:1-4; 42:1-6; Lc 5:1-8

Não importando as diferenças que pudessem haver, os personagens do livro de Jó tinham uma coisa em comum: cada um tinha muito a dizer sobre Deus, ou

pelo menos sobre sua compreensão de Deus. E, como vimos, podemos concor-dar com muitas coisas que eles disseram. Afinal, quem iria rebater um argumen-to como este: “Pergunte, porém, aos animais, e eles o ensinarão, ou às aves do céu, e elas lhe contarão; fale com a terra, e ela o instruirá, deixe que os peixes do mar o informem. Quem de todos eles ignora que a mão do Senhor fez isso? Em sua mão está a vida de cada criatura e o fôlego de toda a humanidade” (Jó 12:7-10, NVI)? Ou este: “Perverteria Deus o direito ou perverteria o Todo-poderoso a justiça?” (Jó 8: 3)?

Embora o contexto fosse o sofrimento de Jó, o foco principal da discussão era Deus. Apesar disso, o Senhor permaneceu oculto no decorrer do livro, com exce-ção dos dois primeiros capítulos.

Tudo isso, entretanto, estava prestes a mudar. O próprio Deus, objeto de tanta discussão e debate no livro de Jó, falaria por Si mesmo.

Invista mais tempo na comunhão com Deus e no relacionamento com as pessoas. O que você pode fazer para melhorar a vida espiritual de sua família?

VERSO PARA MEMORIZAR: “Onde estavas tu, quando Eu lançava os fundamentos da Terra? Dize-mo, se tens entendimento” (Jó 38:4).

Certo dia, ele se sentiu indisposto no trabalho, perdeu o equilíbrio e caiu no fosso do eleva-dor. Gravemente ferido, foi levado ao hospital urgentemente, mas não resistiu.

Esse foi um verdadeiro choque para Richard. Manuel era jovem e forte e tinha somente 47 anos. Era um cristão firme em Cristo. Essa experiência ajudou Richard a pensar mais profundamente sobre a vida e a morte. Continua.

Conheça os dois primeiros volumes de uma série de cinco livros.

Em linguagem moderna, a série colocará você ao lado do Grande

Vencedor na luta contra o mal.

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Resumo da Lição 11

Do meio da tempestade

TEXTO-CHAVE: Jó 42:1-6

O ALUNO DEVERÁSaber: Como a longa lista de perguntas divinas sobre a criação, aparentemente sem

conexão entre si, em última análise, apresenta uma resposta a Jó.Sentir: A aversão de Jó a si mesmo, quando ele percebeu o quanto estava errado

em sua busca.Fazer: Abandonar suas concepções de quem é Deus e de como Ele precisa resolver

os seus problemas.

ESBOÇOI. Saber: Perguntas retóricas

A. Existe alguma coisa que as perguntas de Deus, em Jó 38 e 39, podem nos ensi-nar sobre o sofrimento de Jó?

B. Qual é a importância de aceitar a doutrina bíblica da criação em termos de nos-sa cosmovisão cristã?

II. Sentir: AutoaversãoA. Havia realmente uma razão para Jó se arrepender no pó e nas cinzas? Afinal, ele

era o justo! Explique.B. Como o arrependimento de Jó finalmente o levou a encontrar mais do que ape-

nas uma resposta para suas perguntas?

III. Fazer: Abandonar nossas ideias equivocadas sobre DeusA. Qual foi sua reação depois de ler a longa lista de perguntas de Deus? Você acha

que Ele ignorou a essência do problema? Explique.B. Como podemos abandonar nossas ideias acariciadas (e, às vezes, equivocadas)

sobre quem Deus é?

RESUMO: Ficamos muito surpresos quando começamos a ler a resposta que Deus deu a Jó do meio de um redemoinho. Em vez de dizer “Eles estão errados e você está certo”, no fim das contas, todos estavam errados, pois, diante do Todo-poderoso, todas as nos-sas ideias sobre Ele se desvanecem na insignificância, e Ele, que criou os mundos, muitas vezes dá respostas surpreendentes para as nossas perguntas equivocadas.

Ciclo do aprendizado

Discussão de aberturaKarl Barth (1886-1968), teólogo suíço de tradição reformada, influenciou grandemente a

teologia protestante no século 20. Ele havia sido instruído no liberalismo protestante alemão daquela época. Quando voltou para a Suíça, depois de seus estudos, Karl pastoreou uma pe-quena igreja na aldeia de Safenwil, perto de Basileia. Os membros de sua igreja eram princi-palmente operários. Barth logo percebeu que sua formação teológica de modo algum o havia preparado para atender as necessidades espirituais da sua congregação. Como reação àquela teologia liberal, ele decidiu ler novamente toda a Bíblia, sem as limitações filosóficas de sua for-mação. Chegou à conclusão de que realmente havia um Jesus Cristo ressuscitado, revelado nas Escrituras, e apelou para que as pessoas voltassem à Bíblia e à Reforma. Sua teologia ficou co-nhecida posteriormente como neo-ortodoxia.

Ainda que nós, adventistas do sétimo dia, não concordemos necessariamente com tudo que Barth disse, sua história de vida é um testemunho inspirador do poder transformador da Palavra de Deus. Uma das expressões características utilizadas por Barth descrevia sua com-preensão de Deus como o “Totalmente Outro”, que apontava para a completa singularidade de Deus em relação a todas as outras coisas. Com isso, Barth queria dizer que (1) Deus é diferen-te de todas as nossas expectativas, mesmo das ideias bem formuladas que temos sobre Ele, e que, (2) muitas vezes, Ele nos surpreende quando Se manifesta. Essa mesma surpresa ocorreu quando Deus começou a falar em Jó 38. Ele, mais uma vez, é o “Totalmente Outro” e nos sur-preende com Suas perguntas. O que você esperava que Deus respondesse a Jó e seus amigos?

Comentário bíblicoQuando começamos a leitura do capítulo 38 de Jó, não podemos deixar de notar uma certa

desconexão entre ele e os capítulos anteriores que registram o discurso de Eliú. No fim de sua fala, Eliú afirmou que Deus estava falando como que por um trovão (Jó 37:1-13) para corrigir Jó, mas quando o Senhor realmente falou, ignorou toda a retórica de Eliú e respondeu ao Seu ser-vo Jó. Eliú descreveu a imagem de um Deus distante, que só aparecia para corrigir e fazer justi-ça, enquanto a autorrevelação do Senhor apresenta um Deus pessoal, interessado e envolvido até mesmo com os mínimos assuntos do Universo, inclusive o destino de Jó.

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Focalizando as Escrituras: Jó 39:5, 6; João 1:29Conceito-chave para o crescimento espiritual: Enquanto o discurso de Eliú prometia ser di-ferente, mas acabou sendo uma grande decepção, o discurso de Deus foi surpreendentemente distinto, pois Ele não respondeu à questão que havia sido debatida ao longo dos 35 capítulos anteriores. Em vez disso, Sua longa lista de perguntas retóricas revelou um Deus Criador intima-mente envolvido nos menores e maiores milagres que ocorrem a cada momento no Universo.

Motivação

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Resumo da Lição 11

Do meio da tempestade

TEXTO-CHAVE: Jó 42:1-6

O ALUNO DEVERÁSaber: Como a longa lista de perguntas divinas sobre a criação, aparentemente sem

conexão entre si, em última análise, apresenta uma resposta a Jó.Sentir: A aversão de Jó a si mesmo, quando ele percebeu o quanto estava errado

em sua busca.Fazer: Abandonar suas concepções de quem é Deus e de como Ele precisa resolver

os seus problemas.

ESBOÇOI. Saber: Perguntas retóricas

A. Existe alguma coisa que as perguntas de Deus, em Jó 38 e 39, podem nos ensi-nar sobre o sofrimento de Jó?

B. Qual é a importância de aceitar a doutrina bíblica da criação em termos de nos-sa cosmovisão cristã?

II. Sentir: AutoaversãoA. Havia realmente uma razão para Jó se arrepender no pó e nas cinzas? Afinal, ele

era o justo! Explique.B. Como o arrependimento de Jó finalmente o levou a encontrar mais do que ape-

nas uma resposta para suas perguntas?

III. Fazer: Abandonar nossas ideias equivocadas sobre DeusA. Qual foi sua reação depois de ler a longa lista de perguntas de Deus? Você acha

que Ele ignorou a essência do problema? Explique.B. Como podemos abandonar nossas ideias acariciadas (e, às vezes, equivocadas)

sobre quem Deus é?

RESUMO: Ficamos muito surpresos quando começamos a ler a resposta que Deus deu a Jó do meio de um redemoinho. Em vez de dizer “Eles estão errados e você está certo”, no fim das contas, todos estavam errados, pois, diante do Todo-poderoso, todas as nos-sas ideias sobre Ele se desvanecem na insignificância, e Ele, que criou os mundos, muitas vezes dá respostas surpreendentes para as nossas perguntas equivocadas.

Ciclo do aprendizado

Discussão de aberturaKarl Barth (1886-1968), teólogo suíço de tradição reformada, influenciou grandemente a

teologia protestante no século 20. Ele havia sido instruído no liberalismo protestante alemão daquela época. Quando voltou para a Suíça, depois de seus estudos, Karl pastoreou uma pe-quena igreja na aldeia de Safenwil, perto de Basileia. Os membros de sua igreja eram princi-palmente operários. Barth logo percebeu que sua formação teológica de modo algum o havia preparado para atender as necessidades espirituais da sua congregação. Como reação àquela teologia liberal, ele decidiu ler novamente toda a Bíblia, sem as limitações filosóficas de sua for-mação. Chegou à conclusão de que realmente havia um Jesus Cristo ressuscitado, revelado nas Escrituras, e apelou para que as pessoas voltassem à Bíblia e à Reforma. Sua teologia ficou co-nhecida posteriormente como neo-ortodoxia.

Ainda que nós, adventistas do sétimo dia, não concordemos necessariamente com tudo que Barth disse, sua história de vida é um testemunho inspirador do poder transformador da Palavra de Deus. Uma das expressões características utilizadas por Barth descrevia sua com-preensão de Deus como o “Totalmente Outro”, que apontava para a completa singularidade de Deus em relação a todas as outras coisas. Com isso, Barth queria dizer que (1) Deus é diferen-te de todas as nossas expectativas, mesmo das ideias bem formuladas que temos sobre Ele, e que, (2) muitas vezes, Ele nos surpreende quando Se manifesta. Essa mesma surpresa ocorreu quando Deus começou a falar em Jó 38. Ele, mais uma vez, é o “Totalmente Outro” e nos sur-preende com Suas perguntas. O que você esperava que Deus respondesse a Jó e seus amigos?

Comentário bíblicoQuando começamos a leitura do capítulo 38 de Jó, não podemos deixar de notar uma certa

desconexão entre ele e os capítulos anteriores que registram o discurso de Eliú. No fim de sua fala, Eliú afirmou que Deus estava falando como que por um trovão (Jó 37:1-13) para corrigir Jó, mas quando o Senhor realmente falou, ignorou toda a retórica de Eliú e respondeu ao Seu ser-vo Jó. Eliú descreveu a imagem de um Deus distante, que só aparecia para corrigir e fazer justi-ça, enquanto a autorrevelação do Senhor apresenta um Deus pessoal, interessado e envolvido até mesmo com os mínimos assuntos do Universo, inclusive o destino de Jó.

Focalizando as Escrituras: Jó 39:5, 6; João 1:29Conceito-chave para o crescimento espiritual: Enquanto o discurso de Eliú prometia ser di-ferente, mas acabou sendo uma grande decepção, o discurso de Deus foi surpreendentemente distinto, pois Ele não respondeu à questão que havia sido debatida ao longo dos 35 capítulos anteriores. Em vez disso, Sua longa lista de perguntas retóricas revelou um Deus Criador intima-mente envolvido nos menores e maiores milagres que ocorrem a cada momento no Universo.

Estar na presença de um Deus assim nos leva a reconhecer o nosso próprio estado pecaminoso.Para o professor: Alguém disse uma vez: “Julgue um homem por suas perguntas e não por suas respostas”. Às vezes, uma lição da Escola Sabatina pode ser um segundo sermão. Às vezes, como professores da Escola Sabatina, carecemos da capacidade de fazer boas perguntas. Às vezes, cor-remos o perigo de nos contentarmos apenas ouvindo a nós mesmos. Boas perguntas nos convi-dam à reflexão e nos fazem cavar mais fundo na Palavra de Deus. A longa lista de perguntas que Deus faz no livro de Jó promove exatamente isso. Vamos fazer boas perguntas?

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CompreensãoPara o professor: Muitas vezes, as nossas imagens de Deus são fortemente influenciadas por aquilo que vemos nas pessoas que alegam representá-Lo. Às vezes, elas apresentam uma versão distorcida dEle e afirmam que a sua perspectiva é legítima. É melhor deixar o próprio Deus Se revelar, como Ele faz em Jó 38 e 39, e não fazermos de nós mesmos autodesignados porta- vozes do Senhor. No contexto da igreja, precisamos estar cientes de que tudo o que dizemos e fazemos retrata uma imagem do Criador aos que nos rodeiam.

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I. O discurso do Senhor(Recapitule com a classe Jó 38; 39; 40:1, 2.)Jó 38:1 tem relação direta com Jó 38:35. O monólogo de Jó finalmente se transformou

em um diálogo com Deus. Vimos como a questão do sofrimento realmente está relaciona-da com o caráter de Deus. Nos dois capítulos seguintes, Deus apresenta uma bela revelação de quem Ele é. Num contraste desanimador, essa autorrevelação também responde à per-gunta que Deus faz: “Quem é este?” (Jó 38:2). À luz de Deus, enxergamos uma imagem rea-lista de nós mesmos.

Por meio de perguntas diretas, Deus agora focaliza Sua criação e a ausência da humanida-de no acontecimento inicial (Jó 38:4-7). Então, Ele passa a falar de diferentes aspectos do Seu domínio sobre o Céu e a Terra: do mar (Jó 38:8-11) ao ciclo diário (Jó 38:12-15) e, até mesmo, aos domínios da morte (Jó 38:17), bem como da Terra aos elementos (Jó 38:18-21), até os céus (Jó 38:31-38). No início do capítulo 39, o Senhor passa a discorrer sobre o Seu cuidado para com o reino animal. Ele dá às Suas criaturas liberdade, velocidade, força e assim por diante.

As palavras finais do primeiro discurso de Deus estão registradas em Jó 40:2. Ele conclui Sua fala com a pergunta retórica: Há alguém que possa instruir o “shaddai”? Ele faz uso do nome divino que destaca, principalmente, Sua soberania suprema. Ele é o Todo-poderoso; por outro lado, quem era Jó? O Senhor faz perguntas em toda a Sua fala, mas Jó não é capaz de respon-dê-las. Deus utiliza o método do professor: o instrutor que ensina a Torá (“instrução”) para seu pupilo. Jó teve que admitir mais de setenta vezes que ele não sabia, e que sua mente finita não podia compreender a sabedoria infinita do Criador.Pense nisto: Mesmo com o nosso conhecimento científico do mundo natural, como você teria

respondido às perguntas de Deus?

II. Design inteligente(Recapitule com a classe Jó 38 e 39.)As perguntas do Senhor, em Jó 38 e 39, apresentam um vislumbre arrebatador do Universo

criado. Embora o propósito delas não fosse o de servir como prova da criação divina (ninguém precisava disso nos dias de Jó), evidenciavam a presença de um Design (planejamento) Inteli-gente (DI) no Universo.

A expressão “Design Inteligente” se refere ao argumento de que a melhor explicação para as características do Universo é uma origem inteligente, em vez do modelo darwiniano de seleção na-tural. Na verdade, o próprio Darwin afirmou que, “se pudesse ser provada a existência de qualquer órgão complexo que não poderia ter sido formado por numerosas, sucessivas e pequenas modifi-cações, minha teoria cairia absolutamente por terra” (Darwin, citado por Jim Gibson, Is there design in nature?; acessado online: https://grisda.wordpress.com/2013/03/04/is-there-design-in-nature/).

Embora a teoria do Design Inteligente seja chamada de pseudocientífica, um número cres-cente de cientistas tem se engajado em pesquisas referentes ao tema. Eles também se referem a esse modelo como o “argumento da perfeição” ou da “complexidade irredutível”, que afirma o seguinte: “Os organismos vivos apresentam funções que possuem uma interdependência de partes tão complexa que um observador de mente aberta os reconhecerá como o produto de um criador inteligente” (compare com o artigo de Gibson).

No entanto, nem todos chegam à conclusão de que o autor [designer] do planejamento in-teligente é o Deus da Bíblia; em vez disso, buscam uma causa natural de planejamento [de-sign] ou, obviamente, outros meios filosóficos de explicação, como o panteísmo, a teosofia, New Age [nova era], e assim por diante. Contudo, o reconhecimento do planejamento [design] estimula a busca pelo seu autor [designer]. O discurso de Deus, no livro de Jó, lembra-nos da

complexa beleza da ordem divinamente criada. Embora a revelação natural certamente apon-te para o Deus Criador (conforme demonstra Romanos 1 e 2), ela não apresenta uma imagem completa do Deus Salvador, que é necessária para a nossa redenção.Pense nisto: Por que é tão importante que nós, adventistas do sétimo dia, defendamos o rela-

to bíblico da criação recente da vida na Terra?

III. Arrependimento(Recapitule com a classe Jó 40:3, 4; 42:1-6.)Uma das duras consequências de ver a Deus é que enxergamos mais claramente quem so-

mos: pecadores. “Quanto mais perto de Jesus você chegar, tanto mais cheio de faltas você se sentirá. Porque sua visão será mais clara e suas imperfeições poderão ser vistas em amplo e vivo contraste com Sua natureza perfeita” (Ellen G. White, Caminho a Cristo, p. 56). Essa foi a experiên-cia de Jó; ela o levou aos braços de Deus e a uma compreensão mais profunda de quem Ele era.Pense nisto: Por que foi necessário que Jó se arrependesse no pó e na cinza? Afinal de contas,

ele tinha sido justo o tempo todo.

Perguntas para reflexão e aplicação1. Será que o discurso de Deus realmente não deu nenhuma resposta a Jó? Explique.2. Como o discurso de Deus no livro de Jó responde às nossas perguntas?

Atividades individuais ou em classePeça aos alunos que, na próxima semana, passem uma hora por dia na natureza (faça chu-

va ou faça sol). Solicite-lhes que anotem como essa experiência diária mudou a rotina de cada um durante a semana.

INFORMATIVO MUNDIAL DAS MISSÕES

Chamado incontestável – parte 3Richard foi ao funeral de Manuel e ouviu o sermão do pastor. Depois do culto, ele de-

cidiu marcar um encontro com o pastor. Quando se encontraram, Richard disse que de-sejava conhecer mais sobre a Igreja Adventista do Sétimo Dia e desejava receber estudos bíblicos. O pastor ficou muito feliz em poder atender e, junto a Lilliane, Richard estudou a Bíblia com o pastor.

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Planejando atividades: O que sua classe pode fazer na próxima semana como resposta ao estudo da lição?

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I. O discurso do Senhor(Recapitule com a classe Jó 38; 39; 40:1, 2.)Jó 38:1 tem relação direta com Jó 38:35. O monólogo de Jó finalmente se transformou

em um diálogo com Deus. Vimos como a questão do sofrimento realmente está relaciona-da com o caráter de Deus. Nos dois capítulos seguintes, Deus apresenta uma bela revelação de quem Ele é. Num contraste desanimador, essa autorrevelação também responde à per-gunta que Deus faz: “Quem é este?” (Jó 38:2). À luz de Deus, enxergamos uma imagem rea-lista de nós mesmos.

Por meio de perguntas diretas, Deus agora focaliza Sua criação e a ausência da humanida-de no acontecimento inicial (Jó 38:4-7). Então, Ele passa a falar de diferentes aspectos do Seu domínio sobre o Céu e a Terra: do mar (Jó 38:8-11) ao ciclo diário (Jó 38:12-15) e, até mesmo, aos domínios da morte (Jó 38:17), bem como da Terra aos elementos (Jó 38:18-21), até os céus (Jó 38:31-38). No início do capítulo 39, o Senhor passa a discorrer sobre o Seu cuidado para com o reino animal. Ele dá às Suas criaturas liberdade, velocidade, força e assim por diante.

As palavras finais do primeiro discurso de Deus estão registradas em Jó 40:2. Ele conclui Sua fala com a pergunta retórica: Há alguém que possa instruir o “shaddai”? Ele faz uso do nome divino que destaca, principalmente, Sua soberania suprema. Ele é o Todo-poderoso; por outro lado, quem era Jó? O Senhor faz perguntas em toda a Sua fala, mas Jó não é capaz de respon-dê-las. Deus utiliza o método do professor: o instrutor que ensina a Torá (“instrução”) para seu pupilo. Jó teve que admitir mais de setenta vezes que ele não sabia, e que sua mente finita não podia compreender a sabedoria infinita do Criador.Pense nisto: Mesmo com o nosso conhecimento científico do mundo natural, como você teria

respondido às perguntas de Deus?

II. Design inteligente(Recapitule com a classe Jó 38 e 39.)As perguntas do Senhor, em Jó 38 e 39, apresentam um vislumbre arrebatador do Universo

criado. Embora o propósito delas não fosse o de servir como prova da criação divina (ninguém precisava disso nos dias de Jó), evidenciavam a presença de um Design (planejamento) Inteli-gente (DI) no Universo.

A expressão “Design Inteligente” se refere ao argumento de que a melhor explicação para as características do Universo é uma origem inteligente, em vez do modelo darwiniano de seleção na-tural. Na verdade, o próprio Darwin afirmou que, “se pudesse ser provada a existência de qualquer órgão complexo que não poderia ter sido formado por numerosas, sucessivas e pequenas modifi-cações, minha teoria cairia absolutamente por terra” (Darwin, citado por Jim Gibson, Is there design in nature?; acessado online: https://grisda.wordpress.com/2013/03/04/is-there-design-in-nature/).

Embora a teoria do Design Inteligente seja chamada de pseudocientífica, um número cres-cente de cientistas tem se engajado em pesquisas referentes ao tema. Eles também se referem a esse modelo como o “argumento da perfeição” ou da “complexidade irredutível”, que afirma o seguinte: “Os organismos vivos apresentam funções que possuem uma interdependência de partes tão complexa que um observador de mente aberta os reconhecerá como o produto de um criador inteligente” (compare com o artigo de Gibson).

No entanto, nem todos chegam à conclusão de que o autor [designer] do planejamento in-teligente é o Deus da Bíblia; em vez disso, buscam uma causa natural de planejamento [de-sign] ou, obviamente, outros meios filosóficos de explicação, como o panteísmo, a teosofia, New Age [nova era], e assim por diante. Contudo, o reconhecimento do planejamento [design] estimula a busca pelo seu autor [designer]. O discurso de Deus, no livro de Jó, lembra-nos da

complexa beleza da ordem divinamente criada. Embora a revelação natural certamente apon-te para o Deus Criador (conforme demonstra Romanos 1 e 2), ela não apresenta uma imagem completa do Deus Salvador, que é necessária para a nossa redenção.Pense nisto: Por que é tão importante que nós, adventistas do sétimo dia, defendamos o rela-

to bíblico da criação recente da vida na Terra?

III. Arrependimento(Recapitule com a classe Jó 40:3, 4; 42:1-6.)Uma das duras consequências de ver a Deus é que enxergamos mais claramente quem so-

mos: pecadores. “Quanto mais perto de Jesus você chegar, tanto mais cheio de faltas você se sentirá. Porque sua visão será mais clara e suas imperfeições poderão ser vistas em amplo e vivo contraste com Sua natureza perfeita” (Ellen G. White, Caminho a Cristo, p. 56). Essa foi a experiên-cia de Jó; ela o levou aos braços de Deus e a uma compreensão mais profunda de quem Ele era.Pense nisto: Por que foi necessário que Jó se arrependesse no pó e na cinza? Afinal de contas,

ele tinha sido justo o tempo todo.

Perguntas para reflexão e aplicação1. Será que o discurso de Deus realmente não deu nenhuma resposta a Jó? Explique.2. Como o discurso de Deus no livro de Jó responde às nossas perguntas?

Atividades individuais ou em classePeça aos alunos que, na próxima semana, passem uma hora por dia na natureza (faça chu-

va ou faça sol). Solicite-lhes que anotem como essa experiência diária mudou a rotina de cada um durante a semana.

INFORMATIVO MUNDIAL DAS MISSÕES

Chamado incontestável – parte 3Richard foi ao funeral de Manuel e ouviu o sermão do pastor. Depois do culto, ele de-

cidiu marcar um encontro com o pastor. Quando se encontraram, Richard disse que de-sejava conhecer mais sobre a Igreja Adventista do Sétimo Dia e desejava receber estudos bíblicos. O pastor ficou muito feliz em poder atender e, junto a Lilliane, Richard estudou a Bíblia com o pastor.

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Criatividade e atividades práticasPara o professor: A natureza é um meio incrível para conhecer a Deus. Ela também pode oferecer a cura para as nossas doenças e enfermidades.

AplicaçãoPara o professor: O discurso de Deus é muito diferente das nossas expectativas, mas muito poderoso em sua aplicação prática para cada problema que enfrentamos. As mesmas respos-tas que Ele deu a Jó poderá dar a nós, sejam quais forem as nossas perguntas.

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Planejando atividades: O que sua classe pode fazer na próxima semana como resposta ao estudo da lição?

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Contando aos paisComo o relacionamento com Lilliane estava ficando sério, ele desejou contar aos pais. Eles

não ficaram felizes, pois queriam que Richard se casasse com uma moça judia. Eles disseram:– Não fique com ela. Você é jovem, existem muitas garotas.Contudo, eles não conseguiram convencê-lo a romper o relacionamento com Lilliane.Então, o pai teve outra ideia.– Que tal ir ao Canadá? Pagarei sua passagem e seus estudos.Oito tias de Richard moravam naquele país.A princípio, Richard recusou o convite. Mas, certo dia, quando não estava feliz, embora

não soubesse o motivo, foi à loja do pai e disse:– Ok. Vou para o Canadá. Dê-me o dinheiro. Sem dar nenhuma explicação à Lilliane,

comprou a passagem e mudou de país.Depois, soube que ela chorou muito e os pais dele tentaram confortá-la. Ela descobriu o

endereço da tia de Richard e escreveu uma carta. Ele estava ali havia três semanas, mas quan-do recebeu a carta, ficou bastante emocionado. Comprou outra passagem e voltou à França.

O pai dele não ficou feliz. O pai tentou de tudo para dissuadi-los, mas quando viu que o relacionamento estava sério, convidou Lilliane à sua casa e tentou convertê-la ao judaísmo. Foi quando soube que era Richard quem estava se convertendo ao adventismo.

O pai disse:– Seus ancestrais perderam tudo em muitos países porque se recusaram a se converter

e, de repente, você é um convertido? Se fizer isso, vai se tornar um perseguidor de judeus como todos os cristãos.

Então, falou com os rabinos, muitos rabinos. Eles decidiram ir à casa de Richard, na tentativa de convencê-lo a não se tornar cristão. Durante todo o mês, todas as noites um rabino visitou Richard.

Eles disseram:– Jesus não era um bom rapaz. Ele é uma lenda, um falso profeta. E apresentaram todos

os argumentos possíveis. Mas quando o pai viu que não havia nada que fizesse Richard mudar de opinião, decidiu expulsá-lo de casa.

– Você não é mais meu filho!Em seguida, pranteou por ele como se Richard tivesse morrido.

“Não posso mudar”Richard se mudou para a casa de um pastor adventista e trabalhou como contador no

Hotel E’cole. Após duas semanas, seus pais foram visitá-lo no trabalho. O pai suplicou que desistisse de ser cristão e voltasse para casa.

– Não posso mudar minha mente – Richard respondeu.– Por favor, não faça isso!Depois da discussão, eles saíram e, por dez anos, Richard não mais viu o pai. A mãe era

mais compreensiva, mas o pai não permitia que ela fosse vê-lo. Inclusive a ameaçou com o divórcio, caso ela visitasse o filho. Entretanto, a mãe era proprietária de uma loja de roupas e, algumas vezes, Richard conseguia visitá-la.

Após um ano de estudos bíblicos, Lilliane e Richard foram batizados e se casaram. Eles realizaram o casamento civil numa sexta-feira. No sábado foram batizados e no domingo foi realizada a cerimônia religiosa na igreja adventista. Na segunda-feira, foram para Israel, onde ficaram por três semanas. Enquanto estavam ali, Richard descobriu que só havia 50 adventistas no país. O pastor disse:

– Não podemos fazer nenhum tipo de evangelismo entre os judeus.O pastor não era judeu, e Richard, sendo judeu, sabia que não era verdade. Quando Ri-

chard viu esse quadro, chorou. Enquanto Lilliane tentava confortá-lo, ele falou:– Um dia, serei pastor neste país!Richard não sabe por que disse aquilo, pois naquela época não tinha planos de cursar

Teologia. Porém, a partir daquele momento, sentiu fortemente que Deus desejava que ele se tornasse pastor, especialmente entre os judeus.

EpílogoRichard Elofer estudou na Universidade Adventista de Collonges e se tornou pastor. Ele

serviu em Israel por muitos anos antes de retornar a Paris e trabalhar entre a população judaica, fundando um Centro de Convivência Judaico-Adventista. Parte da oferta da Es-cola Sabatina deste trimestre ajudará a comprar um terreno para esse novo centro. Somos muito gratos por sua generosidade!

Ouça estas músicas e aprofunde sua caminhada com Jesus. O repertório é composto de músicas de

compositores contemporâneos.Ela canta 1º soprano e lança seu primeiro CD solo.

Contém todos os playbacks (a lguns em MP3).

Évelin Conti

Seguirei Jesus

MK

T C

PB

0800-9790606 | cpb.com.br | CPB livraria

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Contando aos paisComo o relacionamento com Lilliane estava ficando sério, ele desejou contar aos pais. Eles

não ficaram felizes, pois queriam que Richard se casasse com uma moça judia. Eles disseram:– Não fique com ela. Você é jovem, existem muitas garotas.Contudo, eles não conseguiram convencê-lo a romper o relacionamento com Lilliane.Então, o pai teve outra ideia.– Que tal ir ao Canadá? Pagarei sua passagem e seus estudos.Oito tias de Richard moravam naquele país.A princípio, Richard recusou o convite. Mas, certo dia, quando não estava feliz, embora

não soubesse o motivo, foi à loja do pai e disse:– Ok. Vou para o Canadá. Dê-me o dinheiro. Sem dar nenhuma explicação à Lilliane,

comprou a passagem e mudou de país.Depois, soube que ela chorou muito e os pais dele tentaram confortá-la. Ela descobriu o

endereço da tia de Richard e escreveu uma carta. Ele estava ali havia três semanas, mas quan-do recebeu a carta, ficou bastante emocionado. Comprou outra passagem e voltou à França.

O pai dele não ficou feliz. O pai tentou de tudo para dissuadi-los, mas quando viu que o relacionamento estava sério, convidou Lilliane à sua casa e tentou convertê-la ao judaísmo. Foi quando soube que era Richard quem estava se convertendo ao adventismo.

O pai disse:– Seus ancestrais perderam tudo em muitos países porque se recusaram a se converter

e, de repente, você é um convertido? Se fizer isso, vai se tornar um perseguidor de judeus como todos os cristãos.

Então, falou com os rabinos, muitos rabinos. Eles decidiram ir à casa de Richard, na tentativa de convencê-lo a não se tornar cristão. Durante todo o mês, todas as noites um rabino visitou Richard.

Eles disseram:– Jesus não era um bom rapaz. Ele é uma lenda, um falso profeta. E apresentaram todos

os argumentos possíveis. Mas quando o pai viu que não havia nada que fizesse Richard mudar de opinião, decidiu expulsá-lo de casa.

– Você não é mais meu filho!Em seguida, pranteou por ele como se Richard tivesse morrido.

“Não posso mudar”Richard se mudou para a casa de um pastor adventista e trabalhou como contador no

Hotel E’cole. Após duas semanas, seus pais foram visitá-lo no trabalho. O pai suplicou que desistisse de ser cristão e voltasse para casa.

– Não posso mudar minha mente – Richard respondeu.– Por favor, não faça isso!Depois da discussão, eles saíram e, por dez anos, Richard não mais viu o pai. A mãe era

mais compreensiva, mas o pai não permitia que ela fosse vê-lo. Inclusive a ameaçou com o divórcio, caso ela visitasse o filho. Entretanto, a mãe era proprietária de uma loja de roupas e, algumas vezes, Richard conseguia visitá-la.

Após um ano de estudos bíblicos, Lilliane e Richard foram batizados e se casaram. Eles realizaram o casamento civil numa sexta-feira. No sábado foram batizados e no domingo foi realizada a cerimônia religiosa na igreja adventista. Na segunda-feira, foram para Israel, onde ficaram por três semanas. Enquanto estavam ali, Richard descobriu que só havia 50 adventistas no país. O pastor disse:

– Não podemos fazer nenhum tipo de evangelismo entre os judeus.O pastor não era judeu, e Richard, sendo judeu, sabia que não era verdade. Quando Ri-

chard viu esse quadro, chorou. Enquanto Lilliane tentava confortá-lo, ele falou:– Um dia, serei pastor neste país!Richard não sabe por que disse aquilo, pois naquela época não tinha planos de cursar

Teologia. Porém, a partir daquele momento, sentiu fortemente que Deus desejava que ele se tornasse pastor, especialmente entre os judeus.

EpílogoRichard Elofer estudou na Universidade Adventista de Collonges e se tornou pastor. Ele

serviu em Israel por muitos anos antes de retornar a Paris e trabalhar entre a população judaica, fundando um Centro de Convivência Judaico-Adventista. Parte da oferta da Es-cola Sabatina deste trimestre ajudará a comprar um terreno para esse novo centro. Somos muito gratos por sua generosidade!

Ouça estas músicas e aprofunde sua caminhada com Jesus. O repertório é composto de músicas de

compositores contemporâneos.Ela canta 1º soprano e lança seu primeiro CD solo.

Contém todos os playbacks (a lguns em MP3).

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Sexta-feira, 16 de dezembro Ano Bíblico: Hb 12, 13

Estudo adicional

“‘Agora é o juízo deste mundo’, continuou Cristo; ‘agora será expulso o prínci-pe deste mundo. E Eu, quando for levantado da terra, todos atrairei a Mim.

E dizia isto, significando de que morte havia de morrer’ (Jo 12:31-33, ARC). ‘Esta é a crise do mundo. Se Me torno a propiciação pelos pecados dos homens, o mun-do será iluminado. O domínio de Satanás sobre o coração dos homens será des-pedaçado. A desfigurada imagem de Deus será restaurada na humanidade, e uma família de crentes santos herdará afinal o lar celestial.’ Esse é o resultado da morte de Cristo. O Salvador perde-Se na contemplação da cena de triunfo evocada dian-te dEle. A cruz, a cruel e ignominiosa cruz, com todos os horrores que a cercam, Ele a vê resplendente de glória. Mas não é somente a obra da redenção humana que é realizada pela cruz. O amor de Deus manifesta-se ao Universo. O príncipe deste mundo é expulso. São refutadas as acusações que Satanás fez contra Deus. É para sempre removida a mancha que ele atirou sobre o Céu. Os anjos, bem como os homens, são atraídos para o Redentor” (Ellen G. White, O Desejado de Todas as Nações, p. 625, 626).

Perguntas para reflexão1. Em quais outros aspectos a vida e a morte de Jesus responderam às perguntas

que o livro de Jó deixou sem respostas?2. Considere o que a cruz revela sobre o caráter de Deus, especialmente quando

percebemos que Aquele que nos criou foi O mesmo que morreu na cruz por nós. Por que essa realidade deve nos dar muita esperança e conforto, indepen-dentemente das provações que enfrentemos? Como essa maravilhosa verdade nos ensina a confiar em Deus e em Sua bondade? (Veja Rm 8:32).

3. Como vimos, o livro de Jó mostrou, entre outras coisas, que o grande conflito é um problema universal e que a guerra entre Cristo e Satanás possui uma dimen-são que vai além da própria Terra. Imagine como deve ter sido para as criatu-ras celestiais, que conheciam Jesus apenas em Sua glória, vê-lo passar por tudo aquilo que Ele sofreu na cruz. Meditar nesse extraordinário conceito nos ajuda a ter maior compreensão do que recebemos em Jesus?

Respostas e tarefas para a semana: 1. B. 2. Com antecedência, peça que um aluno leia João 1:1-14 e faça a ligação en-tre Jesus como Criador e Redentor. Comente com a classe. 3. V; F. 4. Humanidade – tentado – compadecer – identificar. 5. Nosso Salvador e exemplo. Devemos andar como Ele andou e permitir que Jesus seja formado em nós. 6. A e C. 7. Com uma semana de antecedência, peça que os alunos leiam Isaías 53:1-6 e anotem informações sobre o sofrimento de Jesus. Que tipo de sofrimento Ele experimentou? Quais são as causas desse sofrimento? Quem aplicou o sofrimento a Cristo? Quais são os benefícios de Seu sofrimento e que esperança Seu sacrifício nos traz? 8. C. 9. Conta/culpa/dívida – homens – Deus.

Resumo da Lição 12

O redentor de JóTEXTO-CHAVE: Jó 19:25-27

O ALUNO DEVERÁSaber: Como a morte substitutiva de Cristo na cruz apresenta a resposta definitiva

a todas as questões do sofrimento humano.Sentir: O sofrimento que Deus experimentou quando viu Seu Filho sofrendo na cruz.Fazer: Viver a vida dos remidos, moldada no exemplo da vida de Cristo.

ESBOÇOI. Saber: A morte substitutiva de Cristo

A. Como a morte de Cristo no Calvário está relacionada ao sofrimento de Jó?B. Por que somente a morte substitutiva de Jesus Cristo possibilita a nossa salvação?

II. Sentir: Pai e Filho na CruzA. Será que a cruz foi apenas um espetáculo universal bem interpretado, com uma

consequência já conhecida, ou houve realmente sofrimento ali? Discuta.B. É possível Deus sofrer?

III. Fazer: Vivendo a vida redimidaA. Como somos transformados em nosso sofrimento ao saber, como Jó sabia, que

o nosso Redentor vive?B. Como podemos viver a vida dos remidos, mesmo em meio ao sofrimento?

RESUMO: Muito antes de Jesus vir para viver e morrer por nós, Jó sabia que o Seu Redentor vivia. Estamos hoje contemplando a cruz depois de mais de dois mil anos. A partir desse vantajoso ponto de vista, compreendemos a morte substitutiva do nosso Re-dentor, cujo sofrimento abrange a soma total do sofrimento e da tristeza que as gera-ções deste mundo viveram e viverão. Esse conhecimento salvífico nos leva, por meio do nosso sofrimento, à vida dos remidos.

Ciclo do aprendizado

PASS

O 1

Focalizando as Escrituras: Jó 19:25 e 1 Coríntios 15:20Conceito-chave para o crescimento espiritual: O conhecimento que Jó tinha do seu Redentor envolvia olhar para mais de dois mil anos no futuro, firmando sua esperança no fato de que seu Redentor vivia. Dois mil anos depois da cruz, ainda fundamentamos nossa esperança no Salvador ressurreto; dessa vez, em retrospectiva e com uma compreensão mais completa da morte substitu-tiva de Cristo na cruz. É o sofrimento divino que apresenta uma solução para o sofrimento humano.Para o professor: Os versículos de Jó 19:25-27 terminam com uma exclamação de cortar o co-ração: “Me desfalece o coração dentro de mim!”. Para Jó, a discussão sobre o sofrimento não era um debate teológico abstrato que acontecia em um círculo de amigos num sábado de manhã, durante a Escola Sabatina. Ao recapitular a lição, não se esqueça de que esse era um clamor existencial de uma pessoa atormentada cuja única esperança estava firmada no Redentor. Certa-mente temos clamores e anseios semelhantes em nossa classe da Escola Sabatina.

Motivação

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Liçã

o 12

PASS

O 2

Discussão de aberturaGeorg Friedrich Handel (1685-1759) é mais conhecido por sua composição O Messias – pro-

vavelmente, uma das peças mais reverenciadas da música clássica religiosa na civilização oci-dental. O oratório foi realizado pela primeira vez em Dublin, em 1742, e um ano mais tarde, em Londres, depois de ter sido composto em apenas 24 dias. Pouco antes da sua morte, em 1759, o músico expressou seu desejo de ser enterrado na Abadia de Westminster, em Londres. Sua sepultura ainda se encontra no Transepto Sul da Abadia, conhecido como Poet’s Corner (Canto dos Poetas). Acima da sepultura de Handel, nas paredes da igreja, o artista Roubiliac instalou um monumento que exibe uma estátua do compositor em tamanho real, cercada por instru-mentos e por um anjo tocando harpa, bem como uma partitura aberta do oratório O Messias.

Na frente da estátua, está a partitura da ária para soprano do oratório “Eu sei que o meu Re-dentor vive”; o dedo indicador da escultura de Handel aponta exatamente para as palavras que fundamentaram a esperança de Jó na ressurreição. A letra dessa inspirada peça musical é ex-traída de Jó 19:25, 26 e 1 Coríntios 15:21, 22. O escultor capturou perfeitamente a essência do Messias de Handel, colocando como centro da estátua a esperança que Jó tinha em Seu Reden-tor. A seguinte pergunta é importante, embora possa ser um pouco mórbida: Qual versículo bí-blico você gostaria de ver em sua lápide?

Comentário bíblicoO Redentor, bem como Sua vida e morte na Terra, haviam sido prefigurados tipologicamen-

te no Antigo Testamento. A palavra “tipologia” pode ser definida como o estudo de diferentes pessoas, acontecimentos ou instituições na história da salvação, especificamente concebidos por Deus para prefigurar profeticamente seu cumprimento escatológico antitípico em Cristo e nas realidades do evangelho estabelecidas por Ele. Alguns comentaristas discutem se Jó, ao se referir ao Redentor, tinha ou não um conceito do Messias. Porém, não se deve subestimar a competência profética e teológica do povo do Antigo Testamento, já que o Messias havia sido prometido desde a queda, no Éden (compare com Gn 3:15).

I. O Goel(Recapitule com a classe Jó 19:25 e Lucas 2:11.)A palavra hebraica goel, traduzida como “Redentor” em Jó 19:25, é uma das palavras mais impor-

tantes do Antigo Testamento para descrever a divina obra de salvação em termos de uma lei huma-na que apresentava uma saída legal à miséria social. Ela é uma das palavras-chave no livro de Rute. O goel, ou “redentor familiar [consanguíneo]”, aparece 10 vezes em Rute (2:20; 3:9, 12, 13; 4:1, 3, 4, 6, 8, 14), um livro com apenas quatro capítulos. Portanto, goel é uma palavra fundamental no livro.

Em alguns contextos no Antigo Testamento, o termo goel é usado para se referir a Deus como sujeito – Ele é quem redime (Êx 15:13). Essa palavra também é um epíteto divino no li-vro dos Salmos (19:14; 69:18; 72:14; 74:2 e assim por diante). Porém, o termo também é utilizado

em relação aos seres humanos em um contexto legal, o que apresenta o contexto original (veja Lv 25:23-34 no contexto da lei de redenção; Números 5:8 no contexto da lei da restituição; Números 35:12, 19, 21, 24, 25, 27 em relação às cidades de refúgio, onde se traduz goel como “vingador”). Entretanto, é importante lembrar que o “elemento salvador” sempre acompanha-va os “requisitos legais” no Antigo Testamento. Por exemplo, em Isaías 49:26, 60:16 e 63:9, ocor-re o paralelo entre as palavras hebraicas para “salvar” e redimir (goel).

Na tipologia messiânica, Jesus Cristo é o goel e preenche as condições legais exigidas: (1) Ele deveria ser um parente de sangue (Rt 2:20) – Cristo tornou-Se humano; (2) Ele deveria ter os recur-sos para comprar a propriedade (Rt 4:10) – somente Cristo poderia pagar o preço pelos pecadores; (3) Ele deveria estar disposto a comprar a propriedade (Rt 4:9) – Cristo deu a Sua vida voluntaria-mente; (4) Ele deveria estar disposto a se casar com a esposa do parente falecido (Rt 4:10) – o rela-cionamento entre marido e mulher aponta para o relacionamento entre Cristo e Sua igreja.Pense nisto: Como Cristo, o goel, preenche as condições legais exigidas? Que aspecto da pala-

vra goel você acha mais interessante?

II. O sofrimento divino(Recapitule com a classe Lucas 9:22 e Mateus 27:46.)Quando Jesus clamou em agonia na cruz: “Meu Deus, Meu Deus, por que Me desamparas-

te?” (Mt 27:46), Ele estava sentindo uma separação de Seu Pai, causada por todos os pecados do mundo (2Co 5:21). Parecia que Satanás finalmente tinha vencido. Cristo estava pendurado entre o céu e a terra, entre duas cruzes no Calvário. Os discípulos que ousaram seguir o Mestre até aquele momento observavam, à medida que suas esperanças se desvaneciam em meio aos sofrimentos do Filho de Deus. O triunfo do mal parecia perfeito. A natureza se escondeu na es-curidão e sofreu juntamente com Seu Criador. Até mesmo Deus parecia estar em silêncio. Aque-le devia ser o sofrimento supremo.

No entanto, há outra perspectiva para essa cena deprimente, registrada por Ellen G. White: “Com assombro presenciaram os anjos a desesperada agonia do Salvador. As hostes do Céu ve-laram o rosto do terrível espetáculo. A inanimada natureza exprimiu sua simpatia para com seu insultado e moribundo Autor. O sol se recusou a contemplar a espantosa cena. Seus raios ple-nos, brilhantes, iluminavam a Terra ao meio-dia, quando, de súbito, pareceu apagar-se. Com-pleta escuridão, qual um sudário, envolveu a cruz. ‘Houve trevas em toda a Terra até a hora nona’ [...] Naquela densa treva ocultava-Se a presença de Deus [...] Deus e Seus santos anjos estavam ao pé da cruz. O Pai estava com o Filho” (O Desejado de Todas as Nações, p. 753, 754). O Pai sofreu com o Filho. Todo aquele sofrimento divino fazia parte do momento decisivo no plano da salvação, que possibilitou o retorno da humanidade a Deus. Todo o sofrimento huma-no encontrou e encontra sua solução naquele momento da cruz.Pense nisto: Pense profundamente no sofrimento de Deus no Calvário. Que perspectiva ele

lhe dá quanto ao seu próprio sofrimento?

III. Cristo, nosso Substituto(Recapitule com a classe Isaías 53:1-6; Gálatas 3:13; 4:19.)A vida de Cristo serve de modelo para a nossa vida; almejamos viver como Ele. No entanto, o

mero desejo não nos oferece salvação. Somente a morte substitutiva de Cristo na cruz nos con-cede a redenção. A expiação só foi realizada porque Cristo tomou o lugar que deveria ter sido nosso, fazendo do nosso pecado o Seu pecado e tornando Sua justiça a nossa justiça.Pense nisto: Por que é extremamente importante ressaltar o caráter substitutivo do sacrifí-

cio de Cristo?

CompreensãoPara o professor: Em toda a Bíblia há uma relação complexa entre a criação e recriação. A necessidade de recriação se originou com a queda da humanidade (Gn 3), o que resultou em uma destruição da criação. Jeremias 4:23-26 descreve essa reversão da criação em linguagem vívida. Os profetas especialmente recorreram, muitas vezes, à linguagem da criação para expres-sar a necessidade que a humanidade tem de recriação ou restauração (por exemplo, Is 44:24, Jr 10:12-16). Portanto, a manifestação de Deus, o Criador, em Jó 38 e 39, fez com que Jó reco-nhecesse sua pecaminosidade, o que, por sua vez, levou-o diretamente aos braços do Redentor.

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Editor

C.Q.

Depto. Arte

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Discussão de aberturaGeorg Friedrich Handel (1685-1759) é mais conhecido por sua composição O Messias – pro-

vavelmente, uma das peças mais reverenciadas da música clássica religiosa na civilização oci-dental. O oratório foi realizado pela primeira vez em Dublin, em 1742, e um ano mais tarde, em Londres, depois de ter sido composto em apenas 24 dias. Pouco antes da sua morte, em 1759, o músico expressou seu desejo de ser enterrado na Abadia de Westminster, em Londres. Sua sepultura ainda se encontra no Transepto Sul da Abadia, conhecido como Poet’s Corner (Canto dos Poetas). Acima da sepultura de Handel, nas paredes da igreja, o artista Roubiliac instalou um monumento que exibe uma estátua do compositor em tamanho real, cercada por instru-mentos e por um anjo tocando harpa, bem como uma partitura aberta do oratório O Messias.

Na frente da estátua, está a partitura da ária para soprano do oratório “Eu sei que o meu Re-dentor vive”; o dedo indicador da escultura de Handel aponta exatamente para as palavras que fundamentaram a esperança de Jó na ressurreição. A letra dessa inspirada peça musical é ex-traída de Jó 19:25, 26 e 1 Coríntios 15:21, 22. O escultor capturou perfeitamente a essência do Messias de Handel, colocando como centro da estátua a esperança que Jó tinha em Seu Reden-tor. A seguinte pergunta é importante, embora possa ser um pouco mórbida: Qual versículo bí-blico você gostaria de ver em sua lápide?

Comentário bíblicoO Redentor, bem como Sua vida e morte na Terra, haviam sido prefigurados tipologicamen-

te no Antigo Testamento. A palavra “tipologia” pode ser definida como o estudo de diferentes pessoas, acontecimentos ou instituições na história da salvação, especificamente concebidos por Deus para prefigurar profeticamente seu cumprimento escatológico antitípico em Cristo e nas realidades do evangelho estabelecidas por Ele. Alguns comentaristas discutem se Jó, ao se referir ao Redentor, tinha ou não um conceito do Messias. Porém, não se deve subestimar a competência profética e teológica do povo do Antigo Testamento, já que o Messias havia sido prometido desde a queda, no Éden (compare com Gn 3:15).

I. O Goel(Recapitule com a classe Jó 19:25 e Lucas 2:11.)A palavra hebraica goel, traduzida como “Redentor” em Jó 19:25, é uma das palavras mais impor-

tantes do Antigo Testamento para descrever a divina obra de salvação em termos de uma lei huma-na que apresentava uma saída legal à miséria social. Ela é uma das palavras-chave no livro de Rute. O goel, ou “redentor familiar [consanguíneo]”, aparece 10 vezes em Rute (2:20; 3:9, 12, 13; 4:1, 3, 4, 6, 8, 14), um livro com apenas quatro capítulos. Portanto, goel é uma palavra fundamental no livro.

Em alguns contextos no Antigo Testamento, o termo goel é usado para se referir a Deus como sujeito – Ele é quem redime (Êx 15:13). Essa palavra também é um epíteto divino no li-vro dos Salmos (19:14; 69:18; 72:14; 74:2 e assim por diante). Porém, o termo também é utilizado

em relação aos seres humanos em um contexto legal, o que apresenta o contexto original (veja Lv 25:23-34 no contexto da lei de redenção; Números 5:8 no contexto da lei da restituição; Números 35:12, 19, 21, 24, 25, 27 em relação às cidades de refúgio, onde se traduz goel como “vingador”). Entretanto, é importante lembrar que o “elemento salvador” sempre acompanha-va os “requisitos legais” no Antigo Testamento. Por exemplo, em Isaías 49:26, 60:16 e 63:9, ocor-re o paralelo entre as palavras hebraicas para “salvar” e redimir (goel).

Na tipologia messiânica, Jesus Cristo é o goel e preenche as condições legais exigidas: (1) Ele deveria ser um parente de sangue (Rt 2:20) – Cristo tornou-Se humano; (2) Ele deveria ter os recur-sos para comprar a propriedade (Rt 4:10) – somente Cristo poderia pagar o preço pelos pecadores; (3) Ele deveria estar disposto a comprar a propriedade (Rt 4:9) – Cristo deu a Sua vida voluntaria-mente; (4) Ele deveria estar disposto a se casar com a esposa do parente falecido (Rt 4:10) – o rela-cionamento entre marido e mulher aponta para o relacionamento entre Cristo e Sua igreja.Pense nisto: Como Cristo, o goel, preenche as condições legais exigidas? Que aspecto da pala-

vra goel você acha mais interessante?

II. O sofrimento divino(Recapitule com a classe Lucas 9:22 e Mateus 27:46.)Quando Jesus clamou em agonia na cruz: “Meu Deus, Meu Deus, por que Me desamparas-

te?” (Mt 27:46), Ele estava sentindo uma separação de Seu Pai, causada por todos os pecados do mundo (2Co 5:21). Parecia que Satanás finalmente tinha vencido. Cristo estava pendurado entre o céu e a terra, entre duas cruzes no Calvário. Os discípulos que ousaram seguir o Mestre até aquele momento observavam, à medida que suas esperanças se desvaneciam em meio aos sofrimentos do Filho de Deus. O triunfo do mal parecia perfeito. A natureza se escondeu na es-curidão e sofreu juntamente com Seu Criador. Até mesmo Deus parecia estar em silêncio. Aque-le devia ser o sofrimento supremo.

No entanto, há outra perspectiva para essa cena deprimente, registrada por Ellen G. White: “Com assombro presenciaram os anjos a desesperada agonia do Salvador. As hostes do Céu ve-laram o rosto do terrível espetáculo. A inanimada natureza exprimiu sua simpatia para com seu insultado e moribundo Autor. O sol se recusou a contemplar a espantosa cena. Seus raios ple-nos, brilhantes, iluminavam a Terra ao meio-dia, quando, de súbito, pareceu apagar-se. Com-pleta escuridão, qual um sudário, envolveu a cruz. ‘Houve trevas em toda a Terra até a hora nona’ [...] Naquela densa treva ocultava-Se a presença de Deus [...] Deus e Seus santos anjos estavam ao pé da cruz. O Pai estava com o Filho” (O Desejado de Todas as Nações, p. 753, 754). O Pai sofreu com o Filho. Todo aquele sofrimento divino fazia parte do momento decisivo no plano da salvação, que possibilitou o retorno da humanidade a Deus. Todo o sofrimento huma-no encontrou e encontra sua solução naquele momento da cruz.Pense nisto: Pense profundamente no sofrimento de Deus no Calvário. Que perspectiva ele

lhe dá quanto ao seu próprio sofrimento?

III. Cristo, nosso Substituto(Recapitule com a classe Isaías 53:1-6; Gálatas 3:13; 4:19.)A vida de Cristo serve de modelo para a nossa vida; almejamos viver como Ele. No entanto, o

mero desejo não nos oferece salvação. Somente a morte substitutiva de Cristo na cruz nos con-cede a redenção. A expiação só foi realizada porque Cristo tomou o lugar que deveria ter sido nosso, fazendo do nosso pecado o Seu pecado e tornando Sua justiça a nossa justiça.Pense nisto: Por que é extremamente importante ressaltar o caráter substitutivo do sacrifí-

cio de Cristo?

Para o professor: Em toda a Bíblia há uma relação complexa entre a criação e recriação. A necessidade de recriação se originou com a queda da humanidade (Gn 3), o que resultou em uma destruição da criação. Jeremias 4:23-26 descreve essa reversão da criação em linguagem vívida. Os profetas especialmente recorreram, muitas vezes, à linguagem da criação para expres-sar a necessidade que a humanidade tem de recriação ou restauração (por exemplo, Is 44:24, Jr 10:12-16). Portanto, a manifestação de Deus, o Criador, em Jó 38 e 39, fez com que Jó reco-nhecesse sua pecaminosidade, o que, por sua vez, levou-o diretamente aos braços do Redentor.

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Liçã

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Perguntas para reflexão e aplicação1. Como exemplos de um substituto na esfera humana ilustram o que Cristo fez por nós na cruz?2. Em quais momentos da vida Jesus, o Redentor, tornou-Se mais precioso para você?

Atividades em classe ou individuais1. Ouça sozinho ou com os alunos uma gravação do Messias de Handel, especialmente a ária

“Eu sei que o meu Redentor vive”.2. Convide o coral da sua igreja para cantar partes do Messias de Handel num local em que

as pessoas precisam de esperança.

INFORMATIVO MUNDIAL DAS MISSÕES

“Vida Nota 10” – parte 1O projeto começou com o simples desafio de “dedicar a Deus uma hora por dia”. Essa

foi uma promessa que o pastor Daniel Chirileanu levou a sério. Enquanto era diretor de jovens da Associação, ele e outros líderes de jovens foram desafiados pelo diretor de jovens da União Romena a escrever o que fariam para Deus naquele ano.

“Existe coisa melhor do que passar uma hora com Deus planejando como alcançar e nutrir espiritualmente nossos jovens?”, pensou o pastor Daniel.

“Foi meu ano mais produtivo!”, ele garante. “Prometi a Deus uma hora por dia e cumpri a promessa. Decidi encontrar-me com Ele às 23 horas porque sabia que estaria livre nesse horário.”

Durante aquela hora, uma torrente de ideias a respeito das necessidades da juventude surgiu na mente do pastor Daniel. Todas elas foram anotadas. Quando as ideias demora-vam a aparecer, ele passava essa hora em oração ou lia sobre o assunto.

“Aquele tempo não era meu”, diz ele. “Era de Deus.”

EnvolvimentoCerta noite, o pastor Daniel teve uma ideia muito interessante. “E se pudéssemos en-

volver nossos membros mais qualificados – os intelectuais da nossa igreja – no resgate de jovens, muitos dos quais estão sendo envolvidos pelo secularismo do ambiente acadêmico? E se pudéssemos oferecer um programa sobre estilo de vida de sucesso para os alunos das escolas públicas?

Enquanto pensava mais sobre o tema, a ideia tomou forma com três objetivos principais:1. Incentivar crianças e jovens a adquirir habilidades para uma vida bem-sucedida.

2. Desenvolver relacionamentos com professores e outras pessoas no ambiente acadêmico.3. Incentivar as crianças alcançadas pelos programas a se envolverem nas atividades do

Clube de Desbravadores e outros programas do ministério jovem adventista.

Abrindo portasPorém, antes de levar as ideias às escolas, o pastor Daniel incentivou os membros da

igreja no território da Associação a se envolverem nas várias atividades evangelísticas, tais como passeatas antitabagistas e outras iniciativas de educação e saúde.

“Quando as autoridades educacionais perceberam que estávamos não apenas interessa-dos no bem-estar da região, mas também dispúnhamos de excelentes materiais educativos, eles pediram nossa ajuda”, diz o pastor Daniel.

Graças a Deus foi aberta a porta que ele buscava e pela qual orou. Ele então se reuniu com diretores de escolas e com professores e ouviu sobre as necessidades e preocupações deles. Como a Romênia tinha seis regiões separadas, com suas diferenças culturais, econô-micas e sociais, o grupo planejou um pacote que atendesse às necessidades de sua região.

Assim, com a ajuda dos professores, o pastor Daniel fez uma pesquisa entre os alunos e descobriu que, nas cidades, a maior necessidade era combater vícios. Em áreas rurais, a gran-de carência era ensinar às crianças princípios morais e outros aspectos comportamentais na sociedade. Outras necessidades que ficaram bem evidentes foram as necessidades de se pro-ver aos jovens orientação vocacional e ensiná-los a desenvolver um estilo de vida saudável.

Com base nessas informações, o pastor Daniel conseguiu montar um programa de edu-cação de acordo com os interesses dos jovens e crianças, conforme as necessidades espe-cíficas da região.

Recepção calorosaOs administradores escolares e professores ficaram encantados. O programa, chama-

do “Vida Nota 10”, seria oferecido como atividade extracurricular, apresentando diversos temas e seminários para todas as idades e séries escolares. Alguns temas do curso seriam: saúde e nutrição, combate aos vícios, desenvolvimento pessoal e dos bons costumes, rela-ções sociais e problemas específicos da adolescência, finanças pessoais, o impacto da tec-nologia, uso responsável da internet, entre outros.

“A única condição imposta foi a de que não deveríamos apresentar seminários religio-sos”, disse o pastor Daniel. “Mas pudemos convidar os alunos e professores para nosso acampamento de jovens, onde eles participam de um programa especial com mensagens devocionais, orações, canções religiosas e outras atividades.”

O acampamento tem duração de uma semana e é um sucesso, recebendo entre 80 e 130 alunos cada ano. Os professores são convidados a participar do acampamento junto com os alunos, e fazem parte da equipe de supervisão. Às vezes, os diretores das escolas também participam. Continua

Planejando atividades: O que sua classe pode fazer na próxima semana como resposta ao estudo da lição?

PASS

O 4

Criatividade e atividades práticasPara o professor: Esta lição começou com a poderosa imagem do Redentor que nos dá esperança em relação à morte e que vai eliminá-la.

Para o professor: A lição desta semana está repleta da verdade do evangelho: Jesus Cristo é nosso Substituto e Redentor. No entanto, precisamos sair de uma compreensão teológica e ir para uma aplicação prática dessa verdade.

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Perguntas para reflexão e aplicação1. Como exemplos de um substituto na esfera humana ilustram o que Cristo fez por nós na cruz?2. Em quais momentos da vida Jesus, o Redentor, tornou-Se mais precioso para você?

Atividades em classe ou individuais1. Ouça sozinho ou com os alunos uma gravação do Messias de Handel, especialmente a ária

“Eu sei que o meu Redentor vive”.2. Convide o coral da sua igreja para cantar partes do Messias de Handel num local em que

as pessoas precisam de esperança.

INFORMATIVO MUNDIAL DAS MISSÕES

“Vida Nota 10” – parte 1O projeto começou com o simples desafio de “dedicar a Deus uma hora por dia”. Essa

foi uma promessa que o pastor Daniel Chirileanu levou a sério. Enquanto era diretor de jovens da Associação, ele e outros líderes de jovens foram desafiados pelo diretor de jovens da União Romena a escrever o que fariam para Deus naquele ano.

“Existe coisa melhor do que passar uma hora com Deus planejando como alcançar e nutrir espiritualmente nossos jovens?”, pensou o pastor Daniel.

“Foi meu ano mais produtivo!”, ele garante. “Prometi a Deus uma hora por dia e cumpri a promessa. Decidi encontrar-me com Ele às 23 horas porque sabia que estaria livre nesse horário.”

Durante aquela hora, uma torrente de ideias a respeito das necessidades da juventude surgiu na mente do pastor Daniel. Todas elas foram anotadas. Quando as ideias demora-vam a aparecer, ele passava essa hora em oração ou lia sobre o assunto.

“Aquele tempo não era meu”, diz ele. “Era de Deus.”

EnvolvimentoCerta noite, o pastor Daniel teve uma ideia muito interessante. “E se pudéssemos en-

volver nossos membros mais qualificados – os intelectuais da nossa igreja – no resgate de jovens, muitos dos quais estão sendo envolvidos pelo secularismo do ambiente acadêmico? E se pudéssemos oferecer um programa sobre estilo de vida de sucesso para os alunos das escolas públicas?

Enquanto pensava mais sobre o tema, a ideia tomou forma com três objetivos principais:1. Incentivar crianças e jovens a adquirir habilidades para uma vida bem-sucedida.

2. Desenvolver relacionamentos com professores e outras pessoas no ambiente acadêmico.3. Incentivar as crianças alcançadas pelos programas a se envolverem nas atividades do

Clube de Desbravadores e outros programas do ministério jovem adventista.

Abrindo portasPorém, antes de levar as ideias às escolas, o pastor Daniel incentivou os membros da

igreja no território da Associação a se envolverem nas várias atividades evangelísticas, tais como passeatas antitabagistas e outras iniciativas de educação e saúde.

“Quando as autoridades educacionais perceberam que estávamos não apenas interessa-dos no bem-estar da região, mas também dispúnhamos de excelentes materiais educativos, eles pediram nossa ajuda”, diz o pastor Daniel.

Graças a Deus foi aberta a porta que ele buscava e pela qual orou. Ele então se reuniu com diretores de escolas e com professores e ouviu sobre as necessidades e preocupações deles. Como a Romênia tinha seis regiões separadas, com suas diferenças culturais, econô-micas e sociais, o grupo planejou um pacote que atendesse às necessidades de sua região.

Assim, com a ajuda dos professores, o pastor Daniel fez uma pesquisa entre os alunos e descobriu que, nas cidades, a maior necessidade era combater vícios. Em áreas rurais, a gran-de carência era ensinar às crianças princípios morais e outros aspectos comportamentais na sociedade. Outras necessidades que ficaram bem evidentes foram as necessidades de se pro-ver aos jovens orientação vocacional e ensiná-los a desenvolver um estilo de vida saudável.

Com base nessas informações, o pastor Daniel conseguiu montar um programa de edu-cação de acordo com os interesses dos jovens e crianças, conforme as necessidades espe-cíficas da região.

Recepção calorosaOs administradores escolares e professores ficaram encantados. O programa, chama-

do “Vida Nota 10”, seria oferecido como atividade extracurricular, apresentando diversos temas e seminários para todas as idades e séries escolares. Alguns temas do curso seriam: saúde e nutrição, combate aos vícios, desenvolvimento pessoal e dos bons costumes, rela-ções sociais e problemas específicos da adolescência, finanças pessoais, o impacto da tec-nologia, uso responsável da internet, entre outros.

“A única condição imposta foi a de que não deveríamos apresentar seminários religio-sos”, disse o pastor Daniel. “Mas pudemos convidar os alunos e professores para nosso acampamento de jovens, onde eles participam de um programa especial com mensagens devocionais, orações, canções religiosas e outras atividades.”

O acampamento tem duração de uma semana e é um sucesso, recebendo entre 80 e 130 alunos cada ano. Os professores são convidados a participar do acampamento junto com os alunos, e fazem parte da equipe de supervisão. Às vezes, os diretores das escolas também participam. Continua

Planejando atividades: O que sua classe pode fazer na próxima semana como resposta ao estudo da lição?

Para o professor: Esta lição começou com a poderosa imagem do Redentor que nos dá esperança em relação à morte e que vai eliminá-la.

Para o professor: A lição desta semana está repleta da verdade do evangelho: Jesus Cristo é nosso Substituto e Redentor. No entanto, precisamos sair de uma compreensão teológica e ir para uma aplicação prática dessa verdade.

Resumo missionário • As Montanhas dos Cárpatos da Romênia é o habitat de 400 espécies de mamíferos,

incluindo o cabrito montês.• A maior população de ursos pardos na Europa vive na Romênia.• Timisoara, na Romênia, foi a primeira cidade europeia a ter luz elétrica, em 1884.

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Liçã

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Resumo da Lição 13

O caráter de JóTEXTO-CHAVE: Jó 1:1, 8

O ALUNO DEVERÁConhecer: O caráter de Jó antes de seu sofrimento, a partir do que podemos reunir

sobre ele em várias passagens de seu livro.Sentir: Admiração pela pessoa de Jó, que viveu em constante harmonia com Deus,

colocando sua fé em ação.Fazer: Decidir ter uma vida santificada e de fé prática, no poder do Espírito Santo.

ESBOÇOI. Conhecer: Uma vida irrepreensível

A. Até que ponto uma pessoa irrepreensível é, de fato, irrepreensível? Observando a vida de Jó, como você responderia a essa pergunta?

B. Quais são os traços de caráter de Jó que mais chamam sua atenção? Eles são re-levantes para a sua vida hoje?

II. Sentir: Uma vida coerenteA. Qual é a sua opinião em relação a uma pessoa como Jó, que parecia ser constan-

temente bom e justo em todos os aspectos da vida?B. Que elementos na descrição do caráter de Jó comunicam sua impressão de

coerência?

III. Fazer: Uma vida santificadaA. Qual é o segredo do sucesso para viver uma vida santificada e cheia do Espírito?B. Como a santificação impacta nossa interação social com o mundo ao redor, re-

pleto de necessidades físicas e espirituais?

RESUMO: Uma análise mais profunda da vida de Jó, antes de seu sofrimento, a partir de várias passagens do livro, revela alguém em constante harmonia com Deus. Essa harmonia se traduzia em fé prática. Essa fé se caracterizava por elevados valores éticos, integri-dade pessoal e afeição para com as pessoas socialmente vulneráveis da sociedade.

Ciclo do aprendizado

Discussão de aberturaEm 2008, um estudante de arqueologia que participava da escavação do sítio de Khirbet

Qeiyafa, em Israel (a cidade de Saaraim, mencionada em 1 Samuel 17:52), deparou-se com um grande fragmento de cerâmica. Esse objeto possuía inscrições na língua hebraica antiga, feitas à tinta. Verificou-se que aquele inpressionante achado era a inscrição hebraica mais antiga en-contrada até aquele momento. Ela remontava ao século 10 a.C., período em que o rei Davi rei-nou sobre Israel.

Uma vez reconhecida a importância da descoberta, o fragmento foi enviado a vários labo-ratórios para análise de imagem espectral e outros estudos, visto que a tinta havia desbotado, impossibilitando a leitura da inscrição completa. O resultado foi que, na tentativa de extrair o significado dessa antiga inscrição, muitos estudiosos sugeriram leituras distintas. Cada uma das diferentes traduções possuía diversas palavras em comum, facilmente compreendidas a partir das inscrições que ainda existiam. Essas palavras davam a ideia geral do documento: “protegei os pobres e os escravos”, “defendei a causa da viúva”, “fazei justiça ao órfão”, “res-taurai os pobres”, “defendei a criança” e “auxiliai o estrangeiro”. Todas essas frases incompletas apontavam para o fato de que, já durante o século 10 a.C., os israelitas do Antigo Testamento possuíam valores éticos muito elevados a respeito da proteção aos socialmente vulneráveis.

Jó exemplificou esse estilo de vida centenas de anos antes que essa inscrição fosse feita na-quele pedaço de cerâmica. A inscrição hebraica mais antiga fala da atenção aos pobres, do tra-tamento justo para com as viúvas e os órfãos e da proteção aos estrangeiros que viviam em Israel. Por que isso é significativo?

Comentário bíblico

O caráter de Jó, conforme discutido nesta semana, levanta algumas questões teológicas im-portantes, sendo uma delas o conceito de perfeição na Bíblia, que frequentemente causa discus-sões acaloradas em nossas igrejas. Será que podemos atingir um caráter perfeito aqui na Terra? Isso seria possível, principalmente diante do constante fracasso pessoal e da queda no pecado?

I. Perfeição bíblica(Recapitule com a classe Jó 1:1, 8; Mateus 5:48.)Jesus exortou seus seguidores em Mateus 5:48: “Portanto, sede vós perfeitos como perfeito

é o vosso Pai celeste”. Muitas vezes, essa declaração tem causado consternação entre os cristãos.

PASS

O 1

Focalizando as Escrituras: Jó 29:12-16; 31:16-22Conceito-chave para o crescimento espiritual: Os elevados valores éticos e morais de Jó eram aspectos importantes da justiça do patriarca. Eles se tornaram visíveis em suas relações com as pessoas socialmente vulneráveis. A justiça precisa ser traduzida em atos de bondade em nossos relacionamentos. Deus nos colocou neste mundo com o objetivo de atenuar o sofri-mento daqueles que nos cercam. Embora não devamos ser deste mundo, devemos ser cristãos ativos no mundo.Para o professor: Como igreja, precisamos levar a sério nosso engajamento social. Às vezes, delegamos a responsabilidade social à Agência Adventista de Desenvolvimento e Recursos Assistenciais (ADRA), pensando que seus obreiros são os profissionais responsáveis por dar uma

Motivação

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Resumo da Lição 13

O caráter de JóTEXTO-CHAVE: Jó 1:1, 8

O ALUNO DEVERÁConhecer: O caráter de Jó antes de seu sofrimento, a partir do que podemos reunir

sobre ele em várias passagens de seu livro.Sentir: Admiração pela pessoa de Jó, que viveu em constante harmonia com Deus,

colocando sua fé em ação.Fazer: Decidir ter uma vida santificada e de fé prática, no poder do Espírito Santo.

ESBOÇOI. Conhecer: Uma vida irrepreensível

A. Até que ponto uma pessoa irrepreensível é, de fato, irrepreensível? Observando a vida de Jó, como você responderia a essa pergunta?

B. Quais são os traços de caráter de Jó que mais chamam sua atenção? Eles são re-levantes para a sua vida hoje?

II. Sentir: Uma vida coerenteA. Qual é a sua opinião em relação a uma pessoa como Jó, que parecia ser constan-

temente bom e justo em todos os aspectos da vida?B. Que elementos na descrição do caráter de Jó comunicam sua impressão de

coerência?

III. Fazer: Uma vida santificadaA. Qual é o segredo do sucesso para viver uma vida santificada e cheia do Espírito?B. Como a santificação impacta nossa interação social com o mundo ao redor, re-

pleto de necessidades físicas e espirituais?

RESUMO: Uma análise mais profunda da vida de Jó, antes de seu sofrimento, a partir de várias passagens do livro, revela alguém em constante harmonia com Deus. Essa harmonia se traduzia em fé prática. Essa fé se caracterizava por elevados valores éticos, integri-dade pessoal e afeição para com as pessoas socialmente vulneráveis da sociedade.

Ciclo do aprendizado

Discussão de aberturaEm 2008, um estudante de arqueologia que participava da escavação do sítio de Khirbet

Qeiyafa, em Israel (a cidade de Saaraim, mencionada em 1 Samuel 17:52), deparou-se com um grande fragmento de cerâmica. Esse objeto possuía inscrições na língua hebraica antiga, feitas à tinta. Verificou-se que aquele inpressionante achado era a inscrição hebraica mais antiga en-contrada até aquele momento. Ela remontava ao século 10 a.C., período em que o rei Davi rei-nou sobre Israel.

Uma vez reconhecida a importância da descoberta, o fragmento foi enviado a vários labo-ratórios para análise de imagem espectral e outros estudos, visto que a tinta havia desbotado, impossibilitando a leitura da inscrição completa. O resultado foi que, na tentativa de extrair o significado dessa antiga inscrição, muitos estudiosos sugeriram leituras distintas. Cada uma das diferentes traduções possuía diversas palavras em comum, facilmente compreendidas a partir das inscrições que ainda existiam. Essas palavras davam a ideia geral do documento: “protegei os pobres e os escravos”, “defendei a causa da viúva”, “fazei justiça ao órfão”, “res-taurai os pobres”, “defendei a criança” e “auxiliai o estrangeiro”. Todas essas frases incompletas apontavam para o fato de que, já durante o século 10 a.C., os israelitas do Antigo Testamento possuíam valores éticos muito elevados a respeito da proteção aos socialmente vulneráveis.

Jó exemplificou esse estilo de vida centenas de anos antes que essa inscrição fosse feita na-quele pedaço de cerâmica. A inscrição hebraica mais antiga fala da atenção aos pobres, do tra-tamento justo para com as viúvas e os órfãos e da proteção aos estrangeiros que viviam em Israel. Por que isso é significativo?

Comentário bíblico

O caráter de Jó, conforme discutido nesta semana, levanta algumas questões teológicas im-portantes, sendo uma delas o conceito de perfeição na Bíblia, que frequentemente causa discus-sões acaloradas em nossas igrejas. Será que podemos atingir um caráter perfeito aqui na Terra? Isso seria possível, principalmente diante do constante fracasso pessoal e da queda no pecado?

I. Perfeição bíblica(Recapitule com a classe Jó 1:1, 8; Mateus 5:48.)Jesus exortou seus seguidores em Mateus 5:48: “Portanto, sede vós perfeitos como perfeito

é o vosso Pai celeste”. Muitas vezes, essa declaração tem causado consternação entre os cristãos.

Focalizando as Escrituras: Jó 29:12-16; 31:16-22Conceito-chave para o crescimento espiritual: Os elevados valores éticos e morais de Jó eram aspectos importantes da justiça do patriarca. Eles se tornaram visíveis em suas relações com as pessoas socialmente vulneráveis. A justiça precisa ser traduzida em atos de bondade em nossos relacionamentos. Deus nos colocou neste mundo com o objetivo de atenuar o sofri-mento daqueles que nos cercam. Embora não devamos ser deste mundo, devemos ser cristãos ativos no mundo.Para o professor: Como igreja, precisamos levar a sério nosso engajamento social. Às vezes, delegamos a responsabilidade social à Agência Adventista de Desenvolvimento e Recursos Assistenciais (ADRA), pensando que seus obreiros são os profissionais responsáveis por dar uma

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resposta ao sofrimento no mundo. Embora o trabalho da ADRA seja absolutamente importante, ele não nos isenta, como membros da igreja, de interagir com as pessoas socialmente vulneráveis da nossa comunidade. Olhe para a região onde sua igreja está localizada. De que forma sua igreja interage com a comunidade?

CompreensãoPara o professor: É interessante criar um perfil de caráter para Jó com base nas passagens se-lecionadas para o estudo desta semana. Depois de estudarmos, ao longo das últimas lições, os discursos dos amigos de Jó, baseados na teologia da retribuição, poderia ser um pouco assusta-dor traçar o perfil do patriarca. Por quê? Será que Jó não tinha um pecado secreto? Obviamente, essa suposição está incorreta, conforme a lição mostra claramente. Mas o que espanta é que Jó foi constantemente bom; talvez, a ponto de nos deixar perplexos, pois nunca poderíamos alcançar esse nível de perfeição. Quem sabe, nossa ideia de perfeição bíblica esteja distorcida.

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Como poderíamos alcançar essa perfeição? O que Jesus quis dizer com essas palavras? Elas são uma exortação ou uma promessa?

As palavras traduzidas no Antigo e no Novo Testamentos como “perfeito” têm, em suas lín-guas originais, significados um pouco diferentes. A palavra hebraica tamim significa “completo, direito, sereno, inteiro, sadio ou irrepreensível”, ao passo que teleios, em grego, significa “com-pleto, perfeito, maduro, totalmente desenvolvido e tendo atingido seu propósito”. Essas cono-tações evocam, como expressão de perfeição bíblica, ideias diferentes quanto a uma condição sem pecado. Se considerarmos que personagens bíblicos como Noé e Abraão demonstraram claramente algumas imperfeições (Gn 9:21; 20:2), perceberemos que a ideia de perfeição na Bí-blia, como uma condição sem pecado e a erradicação da nossa natureza pecaminosa, pode não ser tão bíblica quanto algumas pessoas pensam que é.

Na realidade, nossa ideia de perfeição bíblica está profundamente ligada à forma como en-tendemos o papel de Cristo na obra da salvação. Se o papel de Cristo como nosso modelo é su-perenfatizado, a nossa tarefa deve ser assimilar esse padrão ao máximo e tentar alcançar um estado sem pecado, como Cristo alcançou, o que nos torna vulneráveis a uma forma de cristia-nismo orientada para as obras.

Se, por outro lado, aceitamos a morte substitutiva de Cristo na cruz, e seu impacto sobre nossa redenção e santificação, podemos aceitar Sua perfeição como sendo nossa. Embora de-vamos ter cuidado para não cair na ideia da “graça barata”, precisamos entender que uma pes-soa que entregou completamente sua vida a Cristo é considerada perfeita nEle. Essa união é a salvação unicamente pela graça, e através da nossa ligação diária com Cristo, temos partici-pação na Sua vida santa. Assim, atingimos a perfeição, nosso alvo e objetivo, como é expresso pela palavra grega teleios (compare com João 15:5; 1Co 1:30; Ef 3:19; 4:13; Fp 2:12, 13).

II. Cristianismo na esfera pública(Recapitule com a classe Jó 29:8-17; 31:1-24; Isaías 1:17; Salmo 72:4; Êxodo 23:3.)Muito tem sido dito e escrito sobre o papel dos cristãos na esfera pública, em referência ao

lugar em que os cristãos e os não cristãos se encontram. O conceito de esfera, ou praça pública, é antigo. A maioria das culturas antigas ostentava um lugar público no qual os cidadãos da co-munidade interagiam. Em países de língua espanhola, cada cidade tinha, e ainda tem, uma plaza (praça). No antigo Israel, a área dos portões era considerada o lugar público em que os negócios, casos judiciais e outras questões públicas importantes eram tratados (compare com Rute 4:1, 2).

No entanto, alguns cristãos têm escolhido adotar uma “mentalidade de fortaleza”. Essa mentalidade está centralizada na crença de que a igreja precisa ser defendida de todos os “in-trusos” do mundo, o que leva a uma ideia muito exclusivista de igreja, com mínima interação social. Esses cristãos têm bem pouca (se é que têm alguma) interação com as comunidades onde suas igrejas estão localizadas.

Contudo, a Bíblia afirma, de maneira firme e constante, que os seguidores de Cristo preci-sam ser socialmente sensíveis, especialmente no que diz respeito aos grupos vulneráveis da sociedade. Esses grupos são repetidamente mencionados no livro de Jó; isso mostra que o pa-triarca se envolvia fortemente com as pessoas ao seu redor. Ele “livrava os pobres” e “órfãos” (Jó 29:12) ou os sustentava (Jó 31:16); amparava as “viúvas” (Jó 29:13; 31:16) e defendia os direitos de seus servos e servas (Jó 31:13). A justiça no Antigo Testamento era medida por essas ações. Em contrapartida, quando as coisas davam errado, os profetas denunciavam o pecado com fir-meza (por exemplo, o livro de Amós, que denuncia os pecados e injustiças sociais de Samaria).

O cristianismo precisa ser palpável. Nosso impacto sobre esses grupos tradicionais (po-bres, viúvas, órfãos, estrangeiros) ou modernos (imigrantes, portadores de HVI, dependentes

químicos, aqueles que procuram asilo ou são oprimidos por causa de sua etnia e assim por diante) é uma boa maneira de medir nosso cristianismo prático.Pense nisto: O que o nosso relacionamento com os grupos socialmente vulneráveis acima

mencionados tem que ver com nossa justiça?

III. A oração intercessória(Recapitule com a classe Jó 1:5; Hebreus 4:14-16; João 17; Efésios 6:18.)Uma das características menos mencionadas de Jó antes de seu sofrimento é a sua oração

intercessória em favor de seus filhos. As preces e os sacrifícios de Jó abriram a porta para que o Espírito Santo trabalhasse mais poderosamente na vida deles, detendo assim os poderes do mal. É assim que a oração intercessória funciona. Seu modelo está na oração de Cristo.Pense nisto: Você já teve alguma experiência envolvendo a oração intercessória?

Perguntas para reflexão e aplicação1. Na prática, o que significaria fazer uma “aliança com os olhos” hoje?2. De que maneira podemos alcançar, como classe, as pessoas socialmente vulneráveis na

nossa comunidade?

Atividades individuais ou em classe1. Planeje com a sua classe uma ação para alcançar a comunidade. Você pode participar de

um projeto que oferece sopa a pessoas carentes, ser voluntário em ações de apoio a asilos e or-fanatos, ajudar em uma situação de desastre ambiental, arrecadar itens essenciais para os que passam por dificuldades financeiras ou visitar um abrigo para moradores de rua. Certifique-se de que essa iniciativa não se torne uma ação única.

INFORMATIVO MUNDIAL DAS MISSÕES

“Vida Nota 10” – parte 2Atenção: Antes de apresentar esta história, recapitule a da semana anterior.

Certo dia, o acampamento organizado pelo pastor Daniel Chirileanu recebeu a visita da diretora de uma escola, que tinha ido visitar a filha que estava ali. Essa diretora era contra quaisquer atividades espirituais e não simpatizava com os adventistas do sétimo dia.

“Nos primeiros dias do acampamento, ela se opôs de tal maneira às atividades espirituais

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Planejando atividades: O que sua classe pode fazer na próxima semana como resposta ao estudo da lição?

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Como poderíamos alcançar essa perfeição? O que Jesus quis dizer com essas palavras? Elas são uma exortação ou uma promessa?

As palavras traduzidas no Antigo e no Novo Testamentos como “perfeito” têm, em suas lín-guas originais, significados um pouco diferentes. A palavra hebraica tamim significa “completo, direito, sereno, inteiro, sadio ou irrepreensível”, ao passo que teleios, em grego, significa “com-pleto, perfeito, maduro, totalmente desenvolvido e tendo atingido seu propósito”. Essas cono-tações evocam, como expressão de perfeição bíblica, ideias diferentes quanto a uma condição sem pecado. Se considerarmos que personagens bíblicos como Noé e Abraão demonstraram claramente algumas imperfeições (Gn 9:21; 20:2), perceberemos que a ideia de perfeição na Bí-blia, como uma condição sem pecado e a erradicação da nossa natureza pecaminosa, pode não ser tão bíblica quanto algumas pessoas pensam que é.

Na realidade, nossa ideia de perfeição bíblica está profundamente ligada à forma como en-tendemos o papel de Cristo na obra da salvação. Se o papel de Cristo como nosso modelo é su-perenfatizado, a nossa tarefa deve ser assimilar esse padrão ao máximo e tentar alcançar um estado sem pecado, como Cristo alcançou, o que nos torna vulneráveis a uma forma de cristia-nismo orientada para as obras.

Se, por outro lado, aceitamos a morte substitutiva de Cristo na cruz, e seu impacto sobre nossa redenção e santificação, podemos aceitar Sua perfeição como sendo nossa. Embora de-vamos ter cuidado para não cair na ideia da “graça barata”, precisamos entender que uma pes-soa que entregou completamente sua vida a Cristo é considerada perfeita nEle. Essa união é a salvação unicamente pela graça, e através da nossa ligação diária com Cristo, temos partici-pação na Sua vida santa. Assim, atingimos a perfeição, nosso alvo e objetivo, como é expresso pela palavra grega teleios (compare com João 15:5; 1Co 1:30; Ef 3:19; 4:13; Fp 2:12, 13).

II. Cristianismo na esfera pública(Recapitule com a classe Jó 29:8-17; 31:1-24; Isaías 1:17; Salmo 72:4; Êxodo 23:3.)Muito tem sido dito e escrito sobre o papel dos cristãos na esfera pública, em referência ao

lugar em que os cristãos e os não cristãos se encontram. O conceito de esfera, ou praça pública, é antigo. A maioria das culturas antigas ostentava um lugar público no qual os cidadãos da co-munidade interagiam. Em países de língua espanhola, cada cidade tinha, e ainda tem, uma plaza (praça). No antigo Israel, a área dos portões era considerada o lugar público em que os negócios, casos judiciais e outras questões públicas importantes eram tratados (compare com Rute 4:1, 2).

No entanto, alguns cristãos têm escolhido adotar uma “mentalidade de fortaleza”. Essa mentalidade está centralizada na crença de que a igreja precisa ser defendida de todos os “in-trusos” do mundo, o que leva a uma ideia muito exclusivista de igreja, com mínima interação social. Esses cristãos têm bem pouca (se é que têm alguma) interação com as comunidades onde suas igrejas estão localizadas.

Contudo, a Bíblia afirma, de maneira firme e constante, que os seguidores de Cristo preci-sam ser socialmente sensíveis, especialmente no que diz respeito aos grupos vulneráveis da sociedade. Esses grupos são repetidamente mencionados no livro de Jó; isso mostra que o pa-triarca se envolvia fortemente com as pessoas ao seu redor. Ele “livrava os pobres” e “órfãos” (Jó 29:12) ou os sustentava (Jó 31:16); amparava as “viúvas” (Jó 29:13; 31:16) e defendia os direitos de seus servos e servas (Jó 31:13). A justiça no Antigo Testamento era medida por essas ações. Em contrapartida, quando as coisas davam errado, os profetas denunciavam o pecado com fir-meza (por exemplo, o livro de Amós, que denuncia os pecados e injustiças sociais de Samaria).

O cristianismo precisa ser palpável. Nosso impacto sobre esses grupos tradicionais (po-bres, viúvas, órfãos, estrangeiros) ou modernos (imigrantes, portadores de HVI, dependentes

químicos, aqueles que procuram asilo ou são oprimidos por causa de sua etnia e assim por diante) é uma boa maneira de medir nosso cristianismo prático.Pense nisto: O que o nosso relacionamento com os grupos socialmente vulneráveis acima

mencionados tem que ver com nossa justiça?

III. A oração intercessória(Recapitule com a classe Jó 1:5; Hebreus 4:14-16; João 17; Efésios 6:18.)Uma das características menos mencionadas de Jó antes de seu sofrimento é a sua oração

intercessória em favor de seus filhos. As preces e os sacrifícios de Jó abriram a porta para que o Espírito Santo trabalhasse mais poderosamente na vida deles, detendo assim os poderes do mal. É assim que a oração intercessória funciona. Seu modelo está na oração de Cristo.Pense nisto: Você já teve alguma experiência envolvendo a oração intercessória?

Perguntas para reflexão e aplicação1. Na prática, o que significaria fazer uma “aliança com os olhos” hoje?2. De que maneira podemos alcançar, como classe, as pessoas socialmente vulneráveis na

nossa comunidade?

Atividades individuais ou em classe1. Planeje com a sua classe uma ação para alcançar a comunidade. Você pode participar de

um projeto que oferece sopa a pessoas carentes, ser voluntário em ações de apoio a asilos e or-fanatos, ajudar em uma situação de desastre ambiental, arrecadar itens essenciais para os que passam por dificuldades financeiras ou visitar um abrigo para moradores de rua. Certifique-se de que essa iniciativa não se torne uma ação única.

INFORMATIVO MUNDIAL DAS MISSÕES

“Vida Nota 10” – parte 2Atenção: Antes de apresentar esta história, recapitule a da semana anterior.

Certo dia, o acampamento organizado pelo pastor Daniel Chirileanu recebeu a visita da diretora de uma escola, que tinha ido visitar a filha que estava ali. Essa diretora era contra quaisquer atividades espirituais e não simpatizava com os adventistas do sétimo dia.

“Nos primeiros dias do acampamento, ela se opôs de tal maneira às atividades espirituais

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AplicaçãoPara o professor: Jó fez uma aliança com seus olhos (Jó 31:1). A quantidade de dados visuais que entra em nossa mente através dos olhos todos os dias é quase incompreensível e, certa-mente, quase impossível de processar. Precisamos de alguns filtros. Precisamos de uma aliança.

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Criatividade e atividades práticasPara o professor: A ética social era a vocação dos profetas do Antigo Testamento. Eles pre-gavam sobre ela repetidas vezes. Da mesma forma, o cristianismo precisa se tornar palpável, em atos de bondade e generosidade.

Planejando atividades: O que sua classe pode fazer na próxima semana como resposta ao estudo da lição?

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que não podíamos sequer orar com as crianças antes das refeições”, recorda o pastor Da-niel. “Em vez de apresentar os devocionais regulares, a equipe era forçada a apresentar li-ções espirituais de uma forma menos direta, mais lúdica, por meio de objetos.”

Enquanto realizava um daqueles programas, o pastor Daniel pediu que as crianças apre-sentassem um testemunho pessoal. A filha da referida diretora se levantou e falou de ma-neira sincera e tocante sobre a mãe. Mencionou que aprendeu a orar com a ajuda de uma menina adventista e que orava todas as noites em favor da mãe.

Surpresa e emocionada, a mãe começou a chorar. “Você orou mesmo por mim?”, per-guntou ela. A menina reafirmou que, de fato, orava por ela todas as noites.

O coração da mãe ficou enternecido. As orações, devocionais e outras atividades es-pirituais no acampamento já não eram problema para aquela senhora; na verdade, ela até incentivou a realização dessas atividades!

Nos cinco anos seguintes, a diretora continuou participando dos acampamentos e reco-mendou que o conselho escolar da cidade permitisse que os adventistas realizassem cursos e seminários em todas as escolas da região. Deus trabalha de maneiras maravilhosas!

Atualmente, o pastor Daniel Chirileanu serve como diretor de jovens da União Rome-na, promovendo e coordenando, com os diretores de jovens das Associações, programas de estilo de vida saudável por todo o país.

Aumento de parceriasTeofil Brasov é gerente de projetos da Associação de Muntênia, na Romênia. Atual-

mente, a Associação tem 50 parcerias com escolas de ensino fundamental e médio para oferecer o curso “Vida Nota 10”. Essas parcerias abrangem as escolas em oito dos dez mu-nicípios da Associação de Muntênia. Além disso, a Associação é parceira de seis colégios em regime de internato.

No ano passado, aproximadamente 2.400 alunos participaram das aulas organizadas pelos adventistas, e o número continua crescendo. Além das aulas extracurriculares e do acampamento opcional, o departamento de jovens organiza convenções de professores du-rante o fim de semana anterior ao início do ano letivo.

“Durante a convenção, apresentamos o projeto “Vida Nota 10”, diz o pastor Teofil. “Tam-bém oferecemos seminários nos quais abordamos áreas de desenvolvimento pessoal para os professores. Ao mesmo tempo, usamos essas convenções para incentivar os professores da mesma região a estreitar amizades e formar núcleos. Na convenção do ano passado, que foi realizada no centro jovem da Associação, tivemos 90 professores não adventistas.”

Por um mundo melhor“Queremos fazer do mundo um lugar melhor e também queremos compartilhar va-

lores importantes. Uma de nossas maiores necessidades é expandir o quadro de nossos treinadores, todos eles voluntários e, obviamente, ter os meios para instruí-los”, explica o pastor Teofil.

Parte da oferta da Escola Sabatina será usada na aquisição de materiais para esses pro-gramas, no financiamento das convenções dos professores e na cobertura dos custos dos acampamentos de verão.

O pastor Teofil declara: “Vejo isso como uma forma de fazer avançar ainda mais a missão. Além da pregação e do contato com os membros no sábado, essa é uma forma de fazer, du-rante a semana, alguma coisa prática em favor da comunidade, especialmente para os jovens.”

Agradecemos muito pelas ofertas deste trimestre!

MK

T C

PB

“Nisto conhecerão todos que sois meus discípulos, se tiverdes amor

uns aos outros.”JO 13:35

Jesus é a “Pessoa” original dos seres humanos. Ele os criou, tornou-Se um deles, morreu por eles, e não pode ficar sem eles. Assim, alegre-se ao reconsiderar o modo pelo qual Jesus tratou os pecadores, líderes religiosos, as pessoas comuns e outros. E ao ler, aprenda outra vez como Ele Se sente em relação a você.

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que não podíamos sequer orar com as crianças antes das refeições”, recorda o pastor Da-niel. “Em vez de apresentar os devocionais regulares, a equipe era forçada a apresentar li-ções espirituais de uma forma menos direta, mais lúdica, por meio de objetos.”

Enquanto realizava um daqueles programas, o pastor Daniel pediu que as crianças apre-sentassem um testemunho pessoal. A filha da referida diretora se levantou e falou de ma-neira sincera e tocante sobre a mãe. Mencionou que aprendeu a orar com a ajuda de uma menina adventista e que orava todas as noites em favor da mãe.

Surpresa e emocionada, a mãe começou a chorar. “Você orou mesmo por mim?”, per-guntou ela. A menina reafirmou que, de fato, orava por ela todas as noites.

O coração da mãe ficou enternecido. As orações, devocionais e outras atividades es-pirituais no acampamento já não eram problema para aquela senhora; na verdade, ela até incentivou a realização dessas atividades!

Nos cinco anos seguintes, a diretora continuou participando dos acampamentos e reco-mendou que o conselho escolar da cidade permitisse que os adventistas realizassem cursos e seminários em todas as escolas da região. Deus trabalha de maneiras maravilhosas!

Atualmente, o pastor Daniel Chirileanu serve como diretor de jovens da União Rome-na, promovendo e coordenando, com os diretores de jovens das Associações, programas de estilo de vida saudável por todo o país.

Aumento de parceriasTeofil Brasov é gerente de projetos da Associação de Muntênia, na Romênia. Atual-

mente, a Associação tem 50 parcerias com escolas de ensino fundamental e médio para oferecer o curso “Vida Nota 10”. Essas parcerias abrangem as escolas em oito dos dez mu-nicípios da Associação de Muntênia. Além disso, a Associação é parceira de seis colégios em regime de internato.

No ano passado, aproximadamente 2.400 alunos participaram das aulas organizadas pelos adventistas, e o número continua crescendo. Além das aulas extracurriculares e do acampamento opcional, o departamento de jovens organiza convenções de professores du-rante o fim de semana anterior ao início do ano letivo.

“Durante a convenção, apresentamos o projeto “Vida Nota 10”, diz o pastor Teofil. “Tam-bém oferecemos seminários nos quais abordamos áreas de desenvolvimento pessoal para os professores. Ao mesmo tempo, usamos essas convenções para incentivar os professores da mesma região a estreitar amizades e formar núcleos. Na convenção do ano passado, que foi realizada no centro jovem da Associação, tivemos 90 professores não adventistas.”

Por um mundo melhor“Queremos fazer do mundo um lugar melhor e também queremos compartilhar va-

lores importantes. Uma de nossas maiores necessidades é expandir o quadro de nossos treinadores, todos eles voluntários e, obviamente, ter os meios para instruí-los”, explica o pastor Teofil.

Parte da oferta da Escola Sabatina será usada na aquisição de materiais para esses pro-gramas, no financiamento das convenções dos professores e na cobertura dos custos dos acampamentos de verão.

O pastor Teofil declara: “Vejo isso como uma forma de fazer avançar ainda mais a missão. Além da pregação e do contato com os membros no sábado, essa é uma forma de fazer, du-rante a semana, alguma coisa prática em favor da comunidade, especialmente para os jovens.”

Agradecemos muito pelas ofertas deste trimestre!

Resumo missionário • Na Romênia, a religião predominante é a católica romana ortodoxa. Outros grupos reli-

giosos incluem católicos romanos, católicos gregos, protestantes, judeus e, na região su-deste, muçulmanos.

• De acordo com registros históricos, havia cerca de 50 mil observadores do sábado na re-gião da Transilvânia da Romênia, nos séculos 16 e 17.

• Atualmente, encontramos 1.104 igrejas e 65.961 adventistas na Romênia.• Para conhecer mais histórias, assista a “Watch Mission: Spotlight”. Acesse www.adventist-

mission.org/dvd para imprimir gratuitamente.

MK

T C

PB

“Nisto conhecerão todos que sois meus discípulos, se tiverdes amor

uns aos outros.”JO 13:35

Jesus é a “Pessoa” original dos seres humanos. Ele os criou, tornou-Se um deles, morreu por eles, e não pode ficar sem eles. Assim, alegre-se ao reconsiderar o modo pelo qual Jesus tratou os pecadores, líderes religiosos, as pessoas comuns e outros. E ao ler, aprenda outra vez como Ele Se sente em relação a você.

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Sexta-feira, 30 de dezembro Ano Bíblico: Repassar o Novo Testamento

Estudo adicional

Ao longo dos séculos, o livro de Jó tem emocionado, iluminado, e desafiado lei-tores no judaísmo, cristianismo e até mesmo no islamismo (que possui sua

própria variante do relato bíblico). Dizemos desafiado porque, como vimos, o li-vro deixa muitas perguntas sem resposta. Por um lado, isso não deveria ser de tal maneira surpreendente. A Bíblia não responde a todas as questões que ela levan-ta. Se os temas abordados pelas Escrituras, como a queda da humanidade e o pla-no da salvação, são assuntos que estudaremos por toda a eternidade (ver O Grande Conflito, p. 678), como um livro limitado, ainda que seja inspirado pelo Senhor (2Tm 3:16), poderia nos dar todas as respostas agora?

O livro de Jó faz parte de um quadro muito maior revelado na Palavra de Deus. E, como parte de um grande mosaico espiritual e teológico, ele nos apresenta uma mensagem poderosa, com um apelo universal, pelo menos para os seguidores de Deus. A mensagem é: fidelidade em meio à adversidade. Jó foi um exemplo vivo das palavras de Jesus: “Aquele, porém, que perseverar até o fim, esse será salvo” (Mt 24:13). Qual cristão já não enfrentou o mal inexplicável? Qual pessoa, ao bus-car ser fiel a Cristo, não enfrentou desafios à fé? Qual filho de Deus, ao buscar con-forto, não enfrentou, em vez disso, acusações? No entanto, o livro de Jó apresenta o exemplo de alguém que, ao enfrentar tudo isso e muito mais, manteve a fé e a inte-gridade. E quando, pela fé e pela graça, confiamos nAquele que morreu na cruz por Jó e por nós, a mensagem para nós é: “Vai e procede tu de igual modo” (Lc 10:37).

Perguntas para reflexão1. Coloque-se no lugar de um judeu que, conhecendo o livro de Jó, viveu antes

de Cristo. Quais perguntas essa pessoa poderia ter que nós, vivendo depois de Jesus, não temos? Como a história de Jesus e o que Ele fez por nós nos ajuda a compreender o livro de Jó?

2. Quando você se encontrar com Jó, qual será sua primeira pergunta a ele? Por quê?3. Quais são algumas perguntas e questões abordadas no livro de Jó que não es-

tudamos neste trimestre?4. Qual foi o principal conceito espiritual que você encontrou nesse estudo sobre

o livro de Jó? Compartilhe suas respostas com a classe.

Respostas e tarefas para a semana: 1. C e D. 2. Peça que os alunos reflitam sobre a pergunta e apresentem suas res-postas. 3. B. 4. Real – interage – influencia – cair. 5. V; F. 6. Com uma semana de antecedência, escolha dois alunos e peça que eles leiam as passagens e anotem as semelhanças entre os textos. 7. Com uma semana de antecedência, escolha dois alunos e solicite que eles leiam Mateus 4:1-11, comparando a atitude de Jesus e de Jó, e anotando as semelhanças entre as tentações que eles enfrentaram. 8. Com uma semana de antecedência, escolha dois alunos e solicite que eles leiam os textos, anotando as ofensas e acusações enfrentadas por Jesus. Qual é a semelhança entre essas acusações e as conde-nações e críticas lançadas sobre Jó? 9. Apesar do seu sofrimento, Jó não caiu na tentação de atribuir a Deus alguma fal-ta. Nisso, Ele foi semelhante a Jesus, que foi tentado em tudo, mas não pecou.

Resumo da Lição 14

Lições do livro de Jó

TEXTO-CHAVE: 2 Coríntios 5:7

O ALUNO DEVERÁConhecer: Algumas das principais lições do livro de Jó.Sentir: Perceber as semelhanças e as diferenças entre Jó e Jesus, enquanto vivemos

pela fé (em Jesus) e não pelo que vemos.Fazer: Aprender a viver pela fé, apesar dos sofrimentos.

ESBOÇOI. Conhecer: Lições do livro de Jó

A. Se você tivesse que resumir a mensagem do livro de Jó em uma única frase, qual seria?

B. Qual é a lição mais importante que você aprendeu com o livro de Jó neste tri-mestre?

II. Sentir: Jó e JesusA. Quais são algumas das semelhanças marcantes entre Jó e Jesus? O que você pen-

sa sobre essas semelhanças?B. É possível perceber, na vida de Jó, a manifestação do princípio de viver pela fé e

não pelo que vemos?

III. Fazer: Colocar o nosso sofrimento na devida perspectivaA. Sua perspectiva sobre o sofrimento mudou depois de estudar o livro de Jó?B. Os sofrimentos que você experimentou na vida o levaram para mais perto de

Deus?

RESUMO: O livro de Jó é tão complexo e multifacetado que é difícil condensar todas as suas ideias nas lições de um único trimestre. No entanto, o que se destaca no fim desse es-tudo é a mensagem cristocêntrica do livro. Ela apresenta, repetidas vezes, o nosso Re-dentor, a salvação e uma vida centrada na fé.

Ciclo do aprendizado

PASS

O 1

Focalizando as Escrituras: Hebreus 4:15Conceito-chave para o crescimento espiritual: A história de Jó é universal. O vago contexto cronológico e histórico do livro comunica a mensagem da universalidade do sofrimento humano. A história de Jó se desenrola frequentemente em todo o mundo e em todas as culturas. Ela é sem-pre a nossa história. Porém, mesmo os flagelos de Jó, cruéis como foram, não chegam nem perto do sofrimento de Cristo. Mediante Seu sacrifício, o nosso sofrimento é dissipado na redenção.Para o professor: Há um crescente antagonismo entre os mundos cristão e muçulmano. Muitas vezes, nossas ideias sobre o islamismo são distorcidas pelas notícias políticas que chegam até nós todos os dias. Por conta da globalização e das migrações em todo o mundo, é possível que vivamos bem perto de fiéis muçulmanos. Seria interessante descobrir se existem comunidades islâmicas nas proximidades da sua igreja.

Motivação

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O 2

Discussão de aberturaÉ interessante ver como Jó desempenha um papel importante não só no Antigo Testamen-

to – consequentemente, no judaísmo e no cristianismo – mas também no Alcorão e, por ex-tensão, no Islã. No islamismo, Ayyub (Jó) é considerado um profeta rico, porém humilde. Sua história é semelhante à de Jó, no Antigo Testamento, embora não haja nenhum registro de lon-gos discursos entre ele e seus amigos. A história de Ayyub é um relato de perdas materiais e pessoais, de doença física e de restauração final. A recuperação aconteceu depois de muitos anos, quando Deus disse ao profeta que tocasse o solo com o pé, fazendo com que uma fonte de água jorrasse da terra. Jó bebeu dessa fonte e foi restaurado (Alcorão 38:41, 42).

O Alcorão também apresenta a genealogia de Jó, que o liga a Abraão por meio da linhagem de Esaú e também da de Isaque (Ishaq’s) (Alcorão 6:84). Uma das principais virtudes enfatizadas na descrição de Ayyub é a sua paciência ao resistir às provações. Satanás também desempenha um papel importante na narrativa muçulmana de Jó. Ele ouve os anjos de Deus falarem sobre a justiça de Jó e, consequentemente, planeja afastá-lo de Deus; porém, acaba falhando em seus planos. Alguns estudiosos muçulmanos comentam sobre a relação próxima entre o texto he-braico e o árabe. Como a história de Jó, no Alcorão, impacta a sua compreensão de como as ou-tras culturas experimentam o sofrimento?

Comentário bíblicoA universalidade do sofrimento é neutralizada pela universalidade da redenção. Essa pro-

vavelmente seja uma das lições mais importantes do livro de Jó. Assim como o patriarca se tor-nou o símbolo da humanidade sofredora (quantas vezes já não ouvimos alguém se referir a ele ao falar de seu próprio sofrimento), ele prefigura a pessoa de Cristo, que ofereceu a solução fi-nal para o sofrimento na Terra.

I. Cosmovisão bíblica(Recapitule com a classe Jó 1:6-12.)Há um interessante conjunto de textos paralelos no Antigo Testamento que demonstra a di-

ferença entre a cosmovisão moderna e a bíblica. No contexto do censo de Davi, realizado em Is-rael, 2 Samuel 24:1 declara que Deus incitou o rei a fazer a contagem do povo; já em 1 Crônicas 21:1, é dito que Satanás foi quem incitou Davi a realizar o censo. Será que esse é um erro dos es-cribas? Ou pior, uma contradição teológica da Bíblia? Não! Não quando esses textos são com-preendidos dentro da cosmovisão bíblica.

Numa cosmovisão teocêntrica, que coloca Deus no centro de tudo que ocorre em Seu Uni-verso, ambos os textos descrevem a mesma realidade: Deus está, afinal, no controle de tudo que acontece neste mundo. Na cosmovisão bíblica, o Senhor é responsável até mesmo pelo que Ele permite acontecer.

Esse paradigma de poder se desenvolve perfeitamente no prólogo do livro de Jó. Satanás nada podia fazer ao patriarca, a menos que Deus lhe desse permissão. Durante todo o diálogo entre os dois, Deus permaneceu no controle absoluto.

A nossa cosmovisão moderna considera a realidade de forma bastante diferente, principal-mente através dos olhos da filosofia grega, que tem efetivamente introduzido a ideia do du-alismo na maioria das esferas da vida, resultando em todos os tipos de dicotomias (pares de opostos): espírito e corpo, mito e história, espiritual e material, fé e ciência e assim por dian-te. Grande parte do nosso pensamento moderno tem sido impactado por essa cosmovisão. Porém, a cosmovisão de Jó não foi impactada por ela. Ele dirigiu sua tristeza e dor para Deus (Jó 30:20, 21), ainda que tenha sido Satanás o causador de seu sofrimento. Uma cosmovisão teocêntrica produziu o conforto que Jó finalmente encontrou, quando ele percebeu que Deus ainda estava e sempre estará no controle de tudo, mesmo em meio ao nosso sofrimento. Nos-sa cosmovisão geralmente é revelada em uma situação de crise: ou ela mantém a integridade do nosso mundo, ou faz com que ele se desmorone. Apenas uma cosmovisão bíblica pode nos fazer passar por essas crises.Pense nisto: Ao pensar em sua vida, que tipo de cosmovisão é revelada em situações de crise?

II. Percepções da realidade(Recapitule com a classe Mateus 4:10; 13:10; Hebreus 4:15; 11:10.)Embora exista um traço comum na experiência humana, como vimos na questão do sofri-

mento, diferentes culturas percebem a realidade de maneiras distintas. Na cultura ocidental, tem havido uma constante “corrosão” da percepção da realidade das forças positivas e espiri-tuais que operam por trás do reino visível (ver Daniel 10).

O livro de Jó certamente apresenta algumas percepções profundas sobre o reino espiritual. O encontro entre Deus e Satanás, no início do livro, demonstra o quanto esse reino é real. Sata-nás tentou Jó para que ele condenasse Deus, mas Jó resistiu. Satanás tentou Adão e Eva e eles caíram. Em que consiste a diferença? As tentações que Satanás lançou sobre a humanidade ao longo dos séculos encontraram o seu clímax nas tentações que Cristo enfrentou no deserto (Mt 4:1-11). Os aspectos físicos (pão), mentais (poder), espirituais (adoração) e emocionais das tentações de Cristo representam todas as tentações que podem vir ao nosso encontro. Jesus é o símbolo supremo dos nossos sofrimentos (Hb 4:15), não Jó. Ele compreende nossas dores e nos dá uma esperança que vai além da dor.Pense nisto: É possível considerar o sofrimento como uma forma de tentação? Por quê? Por

que Jesus é o símbolo supremo dos nossos sofrimentos?

III. Nenhuma condenação(Recapitule com a classe João 8:1-11.)Há algo muito pessoal entre Deus e cada pessoa que sofre, pois o sofrimento nos leva aos li-

mites da nossa existência; procuramos uma mão mais forte do que a nossa para nos carregar. Como espectadores, não devemos tentar “invadir” essa experiência pessoal, como os amigos de Jó fizeram, na tentativa de convencer Jó de sua própria culpa, ou como nós, às vezes, pode-mos ser tentados a fazer com outras pessoas.

A maneira de Jesus tratar a mulher apanhada em adultério esclarece, mais uma vez, qual deve ser a nossa tarefa: mostrar compaixão; confortar, não condenar, e mostrar a única fonte de esperança: Jesus Cristo (Rm 8:1).Pense nisto: Qual é o poder da compaixão nos relacionamentos humanos?

CompreensãoPara o professor: Ao terminar este trimestre, podemos recapitular as lições mais importantes do livro de Jó. Possivelmente, cada aluno tenha opiniões um pouco diferentes sobre o que foi mais marcante para ele. Seria bom compartilhar essas ideias. No entanto, a universalidade do sofrimento humano é o tema para o qual sempre acabamos voltando. A discussão final deverá regressar a esse tópico, enfatizando como nossa visão de mundo impacta nossa maneira de reagir ao sofrimento.

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Discussão de aberturaÉ interessante ver como Jó desempenha um papel importante não só no Antigo Testamen-

to – consequentemente, no judaísmo e no cristianismo – mas também no Alcorão e, por ex-tensão, no Islã. No islamismo, Ayyub (Jó) é considerado um profeta rico, porém humilde. Sua história é semelhante à de Jó, no Antigo Testamento, embora não haja nenhum registro de lon-gos discursos entre ele e seus amigos. A história de Ayyub é um relato de perdas materiais e pessoais, de doença física e de restauração final. A recuperação aconteceu depois de muitos anos, quando Deus disse ao profeta que tocasse o solo com o pé, fazendo com que uma fonte de água jorrasse da terra. Jó bebeu dessa fonte e foi restaurado (Alcorão 38:41, 42).

O Alcorão também apresenta a genealogia de Jó, que o liga a Abraão por meio da linhagem de Esaú e também da de Isaque (Ishaq’s) (Alcorão 6:84). Uma das principais virtudes enfatizadas na descrição de Ayyub é a sua paciência ao resistir às provações. Satanás também desempenha um papel importante na narrativa muçulmana de Jó. Ele ouve os anjos de Deus falarem sobre a justiça de Jó e, consequentemente, planeja afastá-lo de Deus; porém, acaba falhando em seus planos. Alguns estudiosos muçulmanos comentam sobre a relação próxima entre o texto he-braico e o árabe. Como a história de Jó, no Alcorão, impacta a sua compreensão de como as ou-tras culturas experimentam o sofrimento?

Comentário bíblicoA universalidade do sofrimento é neutralizada pela universalidade da redenção. Essa pro-

vavelmente seja uma das lições mais importantes do livro de Jó. Assim como o patriarca se tor-nou o símbolo da humanidade sofredora (quantas vezes já não ouvimos alguém se referir a ele ao falar de seu próprio sofrimento), ele prefigura a pessoa de Cristo, que ofereceu a solução fi-nal para o sofrimento na Terra.

I. Cosmovisão bíblica(Recapitule com a classe Jó 1:6-12.)Há um interessante conjunto de textos paralelos no Antigo Testamento que demonstra a di-

ferença entre a cosmovisão moderna e a bíblica. No contexto do censo de Davi, realizado em Is-rael, 2 Samuel 24:1 declara que Deus incitou o rei a fazer a contagem do povo; já em 1 Crônicas 21:1, é dito que Satanás foi quem incitou Davi a realizar o censo. Será que esse é um erro dos es-cribas? Ou pior, uma contradição teológica da Bíblia? Não! Não quando esses textos são com-preendidos dentro da cosmovisão bíblica.

Numa cosmovisão teocêntrica, que coloca Deus no centro de tudo que ocorre em Seu Uni-verso, ambos os textos descrevem a mesma realidade: Deus está, afinal, no controle de tudo que acontece neste mundo. Na cosmovisão bíblica, o Senhor é responsável até mesmo pelo que Ele permite acontecer.

Esse paradigma de poder se desenvolve perfeitamente no prólogo do livro de Jó. Satanás nada podia fazer ao patriarca, a menos que Deus lhe desse permissão. Durante todo o diálogo entre os dois, Deus permaneceu no controle absoluto.

A nossa cosmovisão moderna considera a realidade de forma bastante diferente, principal-mente através dos olhos da filosofia grega, que tem efetivamente introduzido a ideia do du-alismo na maioria das esferas da vida, resultando em todos os tipos de dicotomias (pares de opostos): espírito e corpo, mito e história, espiritual e material, fé e ciência e assim por dian-te. Grande parte do nosso pensamento moderno tem sido impactado por essa cosmovisão. Porém, a cosmovisão de Jó não foi impactada por ela. Ele dirigiu sua tristeza e dor para Deus (Jó 30:20, 21), ainda que tenha sido Satanás o causador de seu sofrimento. Uma cosmovisão teocêntrica produziu o conforto que Jó finalmente encontrou, quando ele percebeu que Deus ainda estava e sempre estará no controle de tudo, mesmo em meio ao nosso sofrimento. Nos-sa cosmovisão geralmente é revelada em uma situação de crise: ou ela mantém a integridade do nosso mundo, ou faz com que ele se desmorone. Apenas uma cosmovisão bíblica pode nos fazer passar por essas crises.Pense nisto: Ao pensar em sua vida, que tipo de cosmovisão é revelada em situações de crise?

II. Percepções da realidade(Recapitule com a classe Mateus 4:10; 13:10; Hebreus 4:15; 11:10.)Embora exista um traço comum na experiência humana, como vimos na questão do sofri-

mento, diferentes culturas percebem a realidade de maneiras distintas. Na cultura ocidental, tem havido uma constante “corrosão” da percepção da realidade das forças positivas e espiri-tuais que operam por trás do reino visível (ver Daniel 10).

O livro de Jó certamente apresenta algumas percepções profundas sobre o reino espiritual. O encontro entre Deus e Satanás, no início do livro, demonstra o quanto esse reino é real. Sata-nás tentou Jó para que ele condenasse Deus, mas Jó resistiu. Satanás tentou Adão e Eva e eles caíram. Em que consiste a diferença? As tentações que Satanás lançou sobre a humanidade ao longo dos séculos encontraram o seu clímax nas tentações que Cristo enfrentou no deserto (Mt 4:1-11). Os aspectos físicos (pão), mentais (poder), espirituais (adoração) e emocionais das tentações de Cristo representam todas as tentações que podem vir ao nosso encontro. Jesus é o símbolo supremo dos nossos sofrimentos (Hb 4:15), não Jó. Ele compreende nossas dores e nos dá uma esperança que vai além da dor.Pense nisto: É possível considerar o sofrimento como uma forma de tentação? Por quê? Por

que Jesus é o símbolo supremo dos nossos sofrimentos?

III. Nenhuma condenação(Recapitule com a classe João 8:1-11.)Há algo muito pessoal entre Deus e cada pessoa que sofre, pois o sofrimento nos leva aos li-

mites da nossa existência; procuramos uma mão mais forte do que a nossa para nos carregar. Como espectadores, não devemos tentar “invadir” essa experiência pessoal, como os amigos de Jó fizeram, na tentativa de convencer Jó de sua própria culpa, ou como nós, às vezes, pode-mos ser tentados a fazer com outras pessoas.

A maneira de Jesus tratar a mulher apanhada em adultério esclarece, mais uma vez, qual deve ser a nossa tarefa: mostrar compaixão; confortar, não condenar, e mostrar a única fonte de esperança: Jesus Cristo (Rm 8:1).Pense nisto: Qual é o poder da compaixão nos relacionamentos humanos?

Para o professor: Ao terminar este trimestre, podemos recapitular as lições mais importantes do livro de Jó. Possivelmente, cada aluno tenha opiniões um pouco diferentes sobre o que foi mais marcante para ele. Seria bom compartilhar essas ideias. No entanto, a universalidade do sofrimento humano é o tema para o qual sempre acabamos voltando. A discussão final deverá regressar a esse tópico, enfatizando como nossa visão de mundo impacta nossa maneira de reagir ao sofrimento.

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Perguntas para reflexão e aplicação1. O que mais lhe tocou no estudo do livro de Jó ao longo do trimestre?2. O que você pode fazer na sua igreja e na sua comunidade para atenuar o sofrimento das

pessoas?

Atividades individuais ou em classe1. Divida a classe em grupos para visitar algumas pessoas da sua igreja. Compartilhem com

elas as lições mais importantes que vocês aprenderam durante o estudo do livro de Jó.2. Organize um almoço com sua classe da Escola Sabatina e convide para participar dessa

refeição pessoas de sua igreja ou da comunidade que estejam enfrentando o sofrimento. Você pode até fazer uma Santa Ceia com essas pessoas, compartilhando com elas os emblemas do Cristo sofredor.

INFORMATIVO MUNDIAL DAS MISSÕES

Programa do Décimo Quarto SábadoHino Inicial “Vaso de Bênção”, Hinário Adventista, 326Boas-vindas Coordenador ou professor da Escola SabatinaOração Programa “Teste sobre a Europa”Ofertas Hino final “Ao Mundo Vou Contar” Hinário Adventista, 321Oração final

* * *Participantes: Dois narradoresCenário: Bandeiras (ilustrações ou réplicas) da Áustria, França, Itália e Romênia.

* * *Narrador 1: Neste trimestre, ouvimos histórias sobre pessoas que vivem na Áustria,

França, Itália e Romênia. Esses países serão beneficiados pelas ofertas da Escola Sabatina deste sábado.

Narrador 2: Hoje, em nosso programa especial, relembraremos algumas coisas que apren-demos durante o trimestre. Para isso, preparamos o questionário “Teste sobre a Europa”.

Narrador 1: Veja quantas perguntas você consegue responder corretamente. Mas não se preocupe, caso não saiba todas as respostas. Afinal, nunca é tarde para aprender!

Narrador 2: Se você souber a resposta, levante a mão e terá a chance de responder.

Pergunta 1: De qual Divisão administrativa da Igreja os países mencionados fazem parte?Resposta 1: A Divisão Intereuropeia. Essa Divisão tem 178.380 membros, 2.550 igrejas

e 548 grupos.

Pergunta 2: Em qual cidade e país os adventistas se reúnem no andar térreo de um prédio?Resposta 2: Ragusa, localizada na ilha da Sicília, na Itália. O grupo tem crescido muito

para o local e precisa urgentemente de uma igreja própria. Nossa oferta do décimo quarto sábado ajudará a construí-la.

Pergunta 3: Responda com verdadeiro ou falso: O projeto “Vida Nota 10” ajuda crianças na Romênia a melhorar o conhecimento em matemática.

Resposta 3: Falso. O projeto “Vida Nota 10” é um programa extracurricular, oferecido pela Igreja Adventista às escolas de Ensino Fundamental e Médio da Romênia. O programa apre-senta diversos temas e seminários de acordo com o ano escolar e a idade, aborda temas como saúde e nutrição, combate os vícios, promove desenvolvimento pessoal e bons costumes, abor-da assuntos como relacionamentos sociais, problemas específicos da adolescência, finanças pessoais, impacto da tecnologia e uso responsável da internet, entre outros. Parte da oferta deste sábado ajudará a adquirir materiais para os cursos, assim como recursos para programas de treinamento para professores e para o acampamento de uma semana para os alunos.

Pergunta 4: Em qual cidade e país a Igreja Adventista recebeu do governo responsabili-dade exclusiva para operar um programa de assistência alimentar para famílias carentes?

Resposta 4: Em Ragusa, na ilha de Sicília, na Itália.

Pergunta 5: Em uma de nossas histórias conhecemos um jovem judeu, que foi deserdado por decidir se tornar adventista do sétimo dia. Em qual cidade e país vive essa família?

Resposta 5: Paris, França. Esse país tem a terceira maior população judaica do mundo, depois de Israel e dos Estados Unidos. Parte da oferta deste sábado ajudará a construir um Centro de Convivência Judaico-Adventista em Paris.

Pergunta 6: Os refugiados do Oriente Médio frequentam as igrejas adventistas porque se sentem aceitos e amados. Em qual cidade da Áustria isso acontece?

Resposta 6: Viena. Pessoas de muitos países participam dos cultos na Igreja Adventista do Sétimo Dia Internacional, em Viena. O prédio em que se reuniam era muito antigo e tinha muitos problemas estruturais. Parte da oferta de hoje ajudará a construir uma igreja perto do centro da cidade.

Pergunta 7: Qual foi o primeiro país europeu a receber a mensagem adventista?Resposta 7: Itália. Um ex-padre polonês, Michael Belina Czechowski, foi batizado nos

Estados Unidos em 1857 e foi à Itália como missionário leigo em 1864.

Pergunta 8: Verdadeiro ou falso: Não existem hospitais adventistas na França.Resposta 8: Verdadeiro. Não há hospitais, mas há um asilo chamado “Rosemary House”

[Lar de Rosemary]. Parte da oferta deste décimo quarto sábado será usada para construir um Centro de Convivência Judaico-Adventista em Paris.

Planejando atividades: O que sua classe pode fazer na próxima semana como resposta ao estudo da lição?

PASS

O 4

Criatividade e atividades práticasPara o professor: A história de Jó toca todos nós, pois todos vivemos a realidade do so-frimento. Nosso conhecimento do livro também precisa influenciar outras pessoas. De que forma sua classe pode levar esperança aos que sofrem?

Para o professor: Esta lição deve terminar com uma decisão consciente de assimilar em nossa vida, de maneira tangível, o que aprendemos com Jó.

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Perguntas para reflexão e aplicação1. O que mais lhe tocou no estudo do livro de Jó ao longo do trimestre?2. O que você pode fazer na sua igreja e na sua comunidade para atenuar o sofrimento das

pessoas?

Atividades individuais ou em classe1. Divida a classe em grupos para visitar algumas pessoas da sua igreja. Compartilhem com

elas as lições mais importantes que vocês aprenderam durante o estudo do livro de Jó.2. Organize um almoço com sua classe da Escola Sabatina e convide para participar dessa

refeição pessoas de sua igreja ou da comunidade que estejam enfrentando o sofrimento. Você pode até fazer uma Santa Ceia com essas pessoas, compartilhando com elas os emblemas do Cristo sofredor.

INFORMATIVO MUNDIAL DAS MISSÕES

Programa do Décimo Quarto SábadoHino Inicial “Vaso de Bênção”, Hinário Adventista, 326Boas-vindas Coordenador ou professor da Escola SabatinaOração Programa “Teste sobre a Europa”Ofertas Hino final “Ao Mundo Vou Contar” Hinário Adventista, 321Oração final

* * *Participantes: Dois narradoresCenário: Bandeiras (ilustrações ou réplicas) da Áustria, França, Itália e Romênia.

* * *Narrador 1: Neste trimestre, ouvimos histórias sobre pessoas que vivem na Áustria,

França, Itália e Romênia. Esses países serão beneficiados pelas ofertas da Escola Sabatina deste sábado.

Narrador 2: Hoje, em nosso programa especial, relembraremos algumas coisas que apren-demos durante o trimestre. Para isso, preparamos o questionário “Teste sobre a Europa”.

Narrador 1: Veja quantas perguntas você consegue responder corretamente. Mas não se preocupe, caso não saiba todas as respostas. Afinal, nunca é tarde para aprender!

Narrador 2: Se você souber a resposta, levante a mão e terá a chance de responder.

Pergunta 1: De qual Divisão administrativa da Igreja os países mencionados fazem parte?Resposta 1: A Divisão Intereuropeia. Essa Divisão tem 178.380 membros, 2.550 igrejas

e 548 grupos.

Pergunta 2: Em qual cidade e país os adventistas se reúnem no andar térreo de um prédio?Resposta 2: Ragusa, localizada na ilha da Sicília, na Itália. O grupo tem crescido muito

para o local e precisa urgentemente de uma igreja própria. Nossa oferta do décimo quarto sábado ajudará a construí-la.

Pergunta 3: Responda com verdadeiro ou falso: O projeto “Vida Nota 10” ajuda crianças na Romênia a melhorar o conhecimento em matemática.

Resposta 3: Falso. O projeto “Vida Nota 10” é um programa extracurricular, oferecido pela Igreja Adventista às escolas de Ensino Fundamental e Médio da Romênia. O programa apre-senta diversos temas e seminários de acordo com o ano escolar e a idade, aborda temas como saúde e nutrição, combate os vícios, promove desenvolvimento pessoal e bons costumes, abor-da assuntos como relacionamentos sociais, problemas específicos da adolescência, finanças pessoais, impacto da tecnologia e uso responsável da internet, entre outros. Parte da oferta deste sábado ajudará a adquirir materiais para os cursos, assim como recursos para programas de treinamento para professores e para o acampamento de uma semana para os alunos.

Pergunta 4: Em qual cidade e país a Igreja Adventista recebeu do governo responsabili-dade exclusiva para operar um programa de assistência alimentar para famílias carentes?

Resposta 4: Em Ragusa, na ilha de Sicília, na Itália.

Pergunta 5: Em uma de nossas histórias conhecemos um jovem judeu, que foi deserdado por decidir se tornar adventista do sétimo dia. Em qual cidade e país vive essa família?

Resposta 5: Paris, França. Esse país tem a terceira maior população judaica do mundo, depois de Israel e dos Estados Unidos. Parte da oferta deste sábado ajudará a construir um Centro de Convivência Judaico-Adventista em Paris.

Pergunta 6: Os refugiados do Oriente Médio frequentam as igrejas adventistas porque se sentem aceitos e amados. Em qual cidade da Áustria isso acontece?

Resposta 6: Viena. Pessoas de muitos países participam dos cultos na Igreja Adventista do Sétimo Dia Internacional, em Viena. O prédio em que se reuniam era muito antigo e tinha muitos problemas estruturais. Parte da oferta de hoje ajudará a construir uma igreja perto do centro da cidade.

Pergunta 7: Qual foi o primeiro país europeu a receber a mensagem adventista?Resposta 7: Itália. Um ex-padre polonês, Michael Belina Czechowski, foi batizado nos

Estados Unidos em 1857 e foi à Itália como missionário leigo em 1864.

Pergunta 8: Verdadeiro ou falso: Não existem hospitais adventistas na França.Resposta 8: Verdadeiro. Não há hospitais, mas há um asilo chamado “Rosemary House”

[Lar de Rosemary]. Parte da oferta deste décimo quarto sábado será usada para construir um Centro de Convivência Judaico-Adventista em Paris.

Planejando atividades: O que sua classe pode fazer na próxima semana como resposta ao estudo da lição?

Para o professor: A história de Jó toca todos nós, pois todos vivemos a realidade do so-frimento. Nosso conhecimento do livro também precisa influenciar outras pessoas. De que forma sua classe pode levar esperança aos que sofrem?

Para o professor: Esta lição deve terminar com uma decisão consciente de assimilar em nossa vida, de maneira tangível, o que aprendemos com Jó.

186 O livro de Jó Out l Nov l Dez 2016 187

Pergunta 9: Em qual dos países mencionados neste trimestre vive a maior população de ursos pardos da Europa?

Resposta 9: Romênia. Além disso, as Montanhas dos Cárpatos da Romênia é o habitat de 400 espécies de mamíferos, incluindo a camurça dos Cárpatos, uma espécie de cabra da montanha.

Pergunta 10: Qual cidade europeia é famosa por sua música?Resposta 10: Viena, Áustria. Muitos jovens vão estudar nas escolas de música mais fa-

mosas da cidade e outras universidades. Vários alunos estrangeiros frequentam a Igreja Adventista Internacional, que será beneficiada pela oferta deste sábado.

Pergunta 11: Em qual cidade e país europeu um homem desabrigado morava com os castores?

Resposta 11: Em Viena. Seu nome é Ferdinand, e, depois de viver muitos anos nas ruas, foi reabilitado no Centro de Influência da ADRA (Agência Adventista de Desenvolvimento e Recursos Assistenciais) de Viena, onde trabalha como diretor de programações.

Pergunta 12: De todos os países mencionados no trimestre, qual é o maior em números de igrejas e membros?

Resposta 12: França. São 122 igrejas e 13.712 adventistas. Uma das igrejas se reúne em um antigo cinema subterrâneo! Atualmente, um grupo judaico-adventista se reúne uma vez por mês em uma das salas desse cinema. Parte da oferta de hoje será usada para cons-truir um edifício próprio.

Pergunta 13: Em qual país 90 professores não adventistas participam de uma convenção de fim de semana em um acampamento de jovens adventistas?

Resposta 13: Romênia. Durante a convenção dos professores, seminários sobre desen-volvimento pessoal também são oferecidos e os organizadores os incentivam a conhecer uns aos outros e a formar pequenos grupos de apoio.

Pergunta 14: Em certo país, um estudante se manteve firme na fidelidade à guarda do sábado, recusando-se a competir na Olimpíada de Matemática Nacional, agendada para esse dia. Após confrontá-lo com muitas perguntas a respeito da fé, os diretores da Olimpíada mudaram a competição para uma sexta-feira. Em qual país isso aconteceu?

Resposta 14: Itália.

Pergunta 15: Entre os principais idiomas falados nos países destacados neste trimestre: italiano, romeno, francês e alemão, qual é o mais estudado?

Resposta 15: Francês é a segunda língua mais estudada no mundo depois do Inglês. A Universidade Adventista Salève em Collonges, França, oferece aulas de língua e cultura francesa. A Escola Adventista na Áustria, o Seminário Schloss Bogenhofen oferecem aulas de alemão, e o Colégio Italiano Adventista em Florença, Itália, oferece aulas para aprender o idioma italiano.

Narrador 1: Esperamos que tenham gostado de rever algumas das coisas que aprende-mos neste trimestre. Talvez tenham aprendido algo novo!

Narrador 2: As ofertas de hoje exercerão grande impacto sobre os habitantes daqueles países.

Narrador 1: Na Itália e na Áustria, suas ofertas ajudarão a construir igrejas adventistas muito necessárias para nossos irmãos. Na França, as ofertas proverão recursos para um Centro de Convivência Judaico-adventista. E na Romênia, elas terão impacto positivo na vida de milhares de crianças e jovens que, nas escolas públicas, recebem orientação sobre vida saudável.

Narrador 2: Somos muito gratos por seu apoio à missão e pelas ofertas deste Décimo Quarto Sábado.

[Ofertas]

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T C

PB

0800-9790606 | cpb.com.br | CPB livraria

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BÍBLIA DE ESTUDO

ANDREWS

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EMBALAGEMA versão luxo vem acompanhada de umalinda caixa especial.

Formato: 17,0 x 23,5 cm Número de páginas: 1860

1 Capa de couro preta 2 Capa dura azul

Versão Almeida Revista e Atualizada – 2a edição

186 O livro de Jó Out l Nov l Dez 2016 187

Designer

Editor

C.Q.

Depto. Arte

3431

5 Li

ção

AD

P 4O

Tri

201

6

Pergunta 9: Em qual dos países mencionados neste trimestre vive a maior população de ursos pardos da Europa?

Resposta 9: Romênia. Além disso, as Montanhas dos Cárpatos da Romênia é o habitat de 400 espécies de mamíferos, incluindo a camurça dos Cárpatos, uma espécie de cabra da montanha.

Pergunta 10: Qual cidade europeia é famosa por sua música?Resposta 10: Viena, Áustria. Muitos jovens vão estudar nas escolas de música mais fa-

mosas da cidade e outras universidades. Vários alunos estrangeiros frequentam a Igreja Adventista Internacional, que será beneficiada pela oferta deste sábado.

Pergunta 11: Em qual cidade e país europeu um homem desabrigado morava com os castores?

Resposta 11: Em Viena. Seu nome é Ferdinand, e, depois de viver muitos anos nas ruas, foi reabilitado no Centro de Influência da ADRA (Agência Adventista de Desenvolvimento e Recursos Assistenciais) de Viena, onde trabalha como diretor de programações.

Pergunta 12: De todos os países mencionados no trimestre, qual é o maior em números de igrejas e membros?

Resposta 12: França. São 122 igrejas e 13.712 adventistas. Uma das igrejas se reúne em um antigo cinema subterrâneo! Atualmente, um grupo judaico-adventista se reúne uma vez por mês em uma das salas desse cinema. Parte da oferta de hoje será usada para cons-truir um edifício próprio.

Pergunta 13: Em qual país 90 professores não adventistas participam de uma convenção de fim de semana em um acampamento de jovens adventistas?

Resposta 13: Romênia. Durante a convenção dos professores, seminários sobre desen-volvimento pessoal também são oferecidos e os organizadores os incentivam a conhecer uns aos outros e a formar pequenos grupos de apoio.

Pergunta 14: Em certo país, um estudante se manteve firme na fidelidade à guarda do sábado, recusando-se a competir na Olimpíada de Matemática Nacional, agendada para esse dia. Após confrontá-lo com muitas perguntas a respeito da fé, os diretores da Olimpíada mudaram a competição para uma sexta-feira. Em qual país isso aconteceu?

Resposta 14: Itália.

Pergunta 15: Entre os principais idiomas falados nos países destacados neste trimestre: italiano, romeno, francês e alemão, qual é o mais estudado?

Resposta 15: Francês é a segunda língua mais estudada no mundo depois do Inglês. A Universidade Adventista Salève em Collonges, França, oferece aulas de língua e cultura francesa. A Escola Adventista na Áustria, o Seminário Schloss Bogenhofen oferecem aulas de alemão, e o Colégio Italiano Adventista em Florença, Itália, oferece aulas para aprender o idioma italiano.

Narrador 1: Esperamos que tenham gostado de rever algumas das coisas que aprende-mos neste trimestre. Talvez tenham aprendido algo novo!

Narrador 2: As ofertas de hoje exercerão grande impacto sobre os habitantes daqueles países.

Narrador 1: Na Itália e na Áustria, suas ofertas ajudarão a construir igrejas adventistas muito necessárias para nossos irmãos. Na França, as ofertas proverão recursos para um Centro de Convivência Judaico-adventista. E na Romênia, elas terão impacto positivo na vida de milhares de crianças e jovens que, nas escolas públicas, recebem orientação sobre vida saudável.

Narrador 2: Somos muito gratos por seu apoio à missão e pelas ofertas deste Décimo Quarto Sábado.

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BÍBLIA DE ESTUDO

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1

2

EMBALAGEMA versão luxo vem acompanhada de umalinda caixa especial.

Formato: 17,0 x 23,5 cm Número de páginas: 1860

1 Capa de couro preta 2 Capa dura azul

Versão Almeida Revista e Atualizada – 2a edição

188 O livro de Jó Out l Nov l Dez 2016 189

Liçã

o 14

( ) O homem não pode compreender as coisas espirituais, pois elas se discer-nem espiritualmente. Somente o Espírito pode nos ajudar a compreendê-las.

( ) O homem não pode compreender as coisas espirituais e jamais poderá. Está fadado a uma leitura humana das coisas.

6. Leia João 5:39, 46, 47 e João 7:38. A que autoridade Jesus Se referiu nesses textos? Como a Bíblia confirma que Jesus é o Messias?

Estudo adicional

Leia O Grande Conflito, “Nossa Única Salvaguarda”, p. 593-602. Leia também O Desejado de Todas as Nações, “Não Se Turbe o Vosso Coração”, p. 662-680.Pense em toda a verdade que conhecemos somente porque foi revelada na Bíblia. Por

exemplo, a criação. Que contraste entre o que a Palavra de Deus ensina sobre como fo-mos criados e o que a humanidade ensina sobre a nossa origem! (Isto é, o processo que hoje é chamado de “síntese neodarwiniana”). Veja o quanto a compreensão dos seres humanos está equivocada! Pense, também, na segunda vinda de Jesus e na ressurrei-ção dos mortos no fim dos séculos. Essas são verdades que nunca poderíamos desco-brir por nós mesmos. Elas devem ser reveladas; elas estão na Palavra de Deus, que foi inspirada pelo Espírito Santo. Na realidade, a verdade mais importante de todas, a de que Jesus Cristo morreu por nossos pecados e que somos salvos mediante a fé nEle e em Sua obra em nosso favor, é uma verdade que nunca poderíamos ter descoberto sem a ajuda divina. Somente a conhecemos porque ela nos foi revelada. Pense em ou-tras verdades sobre as quais somos informados apenas porque nos foram reveladas através da Palavra de Deus. Tais verdades cruciais são encontradas apenas na Bíblia. O que esse fato nos revela sobre o quanto a Palavra de Deus precisa estar em nossa vida?

Perguntas para reflexão1. Por que a Bíblia é o guia mais seguro em questões espirituais do que as im-

pressões subjetivas? Quais são as consequências de não aceitar a Bíblia como o padrão pelo qual provamos todos os ensinamentos e até mesmo as nossas ex-periências espirituais?

2. A palavra “verdade” é utilizada em uma variedade de contextos. Comente com a clas-se o conceito de “verdade”. Pergunte: O que significa dizer que algo é “verdadeiro”?

3. Como sua igreja deve reagir se alguém afirmar ter “nova luz”?4. Qual é a diferença radical entre o ensino bíblico sobre a criação e o que ensina

a sabedoria humana? O que esta última ensina, isto é, a compreensão mais re-cente da teoria da evolução, é completamente contrária à mensagem da Bíblia. Por que devemos confiar na Bíblia acima de tudo?

Lição do próximo trimestre: O Espírito Santo e a espiritualidade Autor: Frank Hasel

Lição 1 31 de dezembro a 6 de janeiro

O Espírito e a Palavra

LEITURAS DA SEMANA: 2Pe 1:19-21; 1Co 2:9-13; Sl 119:160; Jo 17:17

1. Leia 2 Pedro 1:19-21. Qual é a origem da mensagem bíblica? O que a origem da revelação bíblica nos revela sobre a autoridade da Bíblia?

2. Leia 2 Pedro 1:21, Deuteronômio 18:18, Miqueias 3:8 e 1 Coríntios 2:9-13. O que esses textos nos dizem sobre os escritores bíblicos e sobre o envolvi-mento de Deus na origem da Bíblia? Assinale a alternativa correta:( ) Deus é o autor da revelação, porém os escritores bíblicos deram sua inter-

pretação pessoal da revelação.( ) Deus é o autor da revelação. Os escritores bíblicos eram transmissores da

mensagem que provinha de Deus.( ) Deus é o autor da revelação, porém os escritores bíblicos diluíram a men-

sagem bíblica com aquilo que julgavam importante.( ) Deus é o autor da revelação. Os escritores bíblicos não tiveram papel ne-

nhum na mensagem bíblica. Deus a ditou palavra por palavra.

3. Leia Salmo 119:160. O que o texto ensina sobre tudo o que Deus nos revela? Complete as lacunas:A _________________ é a _________________ da Palavra de Deus; portanto, tudo o

que Deus nos _________________ é _________________.

4. Leia João 17:17. O que Jesus nos diz sobre a Palavra de Deus? Assinale (V) para verdadeiro ou (F) para falso:( ) A palavra de Deus é a verdade. ( ) A palavra de Deus é luz.

5. Leia 1 Coríntios 2:13, 14. Como o ser humano pode interpretar espiritual-mente as coisas espirituais? Assinale a alternativa correta:( ) O homem pode compreender as coisas espirituais, pois elas lhes são naturais.( ) O homem pode compreender as coisas espirituais, pois elas lhes são reve-

ladas através do eu interior, da natureza e da consciência.

VERSO PARA MEMORIZAR: “Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção, para a educação na justiça, a fim de que o homem de Deus seja per-feito e perfeitamente habilitado para toda boa obra” (2Tm 3:16, 17).

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o 14

( ) O homem não pode compreender as coisas espirituais, pois elas se discer-nem espiritualmente. Somente o Espírito pode nos ajudar a compreendê-las.

( ) O homem não pode compreender as coisas espirituais e jamais poderá. Está fadado a uma leitura humana das coisas.

6. Leia João 5:39, 46, 47 e João 7:38. A que autoridade Jesus Se referiu nesses textos? Como a Bíblia confirma que Jesus é o Messias?

Estudo adicional

Leia O Grande Conflito, “Nossa Única Salvaguarda”, p. 593-602. Leia também O Desejado de Todas as Nações, “Não Se Turbe o Vosso Coração”, p. 662-680.Pense em toda a verdade que conhecemos somente porque foi revelada na Bíblia. Por

exemplo, a criação. Que contraste entre o que a Palavra de Deus ensina sobre como fo-mos criados e o que a humanidade ensina sobre a nossa origem! (Isto é, o processo que hoje é chamado de “síntese neodarwiniana”). Veja o quanto a compreensão dos seres humanos está equivocada! Pense, também, na segunda vinda de Jesus e na ressurrei-ção dos mortos no fim dos séculos. Essas são verdades que nunca poderíamos desco-brir por nós mesmos. Elas devem ser reveladas; elas estão na Palavra de Deus, que foi inspirada pelo Espírito Santo. Na realidade, a verdade mais importante de todas, a de que Jesus Cristo morreu por nossos pecados e que somos salvos mediante a fé nEle e em Sua obra em nosso favor, é uma verdade que nunca poderíamos ter descoberto sem a ajuda divina. Somente a conhecemos porque ela nos foi revelada. Pense em ou-tras verdades sobre as quais somos informados apenas porque nos foram reveladas através da Palavra de Deus. Tais verdades cruciais são encontradas apenas na Bíblia. O que esse fato nos revela sobre o quanto a Palavra de Deus precisa estar em nossa vida?

Perguntas para reflexão1. Por que a Bíblia é o guia mais seguro em questões espirituais do que as im-

pressões subjetivas? Quais são as consequências de não aceitar a Bíblia como o padrão pelo qual provamos todos os ensinamentos e até mesmo as nossas ex-periências espirituais?

2. A palavra “verdade” é utilizada em uma variedade de contextos. Comente com a clas-se o conceito de “verdade”. Pergunte: O que significa dizer que algo é “verdadeiro”?

3. Como sua igreja deve reagir se alguém afirmar ter “nova luz”?4. Qual é a diferença radical entre o ensino bíblico sobre a criação e o que ensina

a sabedoria humana? O que esta última ensina, isto é, a compreensão mais re-cente da teoria da evolução, é completamente contrária à mensagem da Bíblia. Por que devemos confiar na Bíblia acima de tudo?

Lição do próximo trimestre: O Espírito Santo e a espiritualidade Autor: Frank Hasel

Lição 1 31 de dezembro a 6 de janeiro

O Espírito e a Palavra

LEITURAS DA SEMANA: 2Pe 1:19-21; 1Co 2:9-13; Sl 119:160; Jo 17:17

1. Leia 2 Pedro 1:19-21. Qual é a origem da mensagem bíblica? O que a origem da revelação bíblica nos revela sobre a autoridade da Bíblia?

2. Leia 2 Pedro 1:21, Deuteronômio 18:18, Miqueias 3:8 e 1 Coríntios 2:9-13. O que esses textos nos dizem sobre os escritores bíblicos e sobre o envolvi-mento de Deus na origem da Bíblia? Assinale a alternativa correta:( ) Deus é o autor da revelação, porém os escritores bíblicos deram sua inter-

pretação pessoal da revelação.( ) Deus é o autor da revelação. Os escritores bíblicos eram transmissores da

mensagem que provinha de Deus.( ) Deus é o autor da revelação, porém os escritores bíblicos diluíram a men-

sagem bíblica com aquilo que julgavam importante.( ) Deus é o autor da revelação. Os escritores bíblicos não tiveram papel ne-

nhum na mensagem bíblica. Deus a ditou palavra por palavra.

3. Leia Salmo 119:160. O que o texto ensina sobre tudo o que Deus nos revela? Complete as lacunas:A _________________ é a _________________ da Palavra de Deus; portanto, tudo o

que Deus nos _________________ é _________________.

4. Leia João 17:17. O que Jesus nos diz sobre a Palavra de Deus? Assinale (V) para verdadeiro ou (F) para falso:( ) A palavra de Deus é a verdade. ( ) A palavra de Deus é luz.

5. Leia 1 Coríntios 2:13, 14. Como o ser humano pode interpretar espiritual-mente as coisas espirituais? Assinale a alternativa correta:( ) O homem pode compreender as coisas espirituais, pois elas lhes são naturais.( ) O homem pode compreender as coisas espirituais, pois elas lhes são reve-

ladas através do eu interior, da natureza e da consciência.

VERSO PARA MEMORIZAR: “Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção, para a educação na justiça, a fim de que o homem de Deus seja per-feito e perfeitamente habilitado para toda boa obra” (2Tm 3:16, 17).

Você pode obter o horário do pôr do sol específi co de sua cidade nos seguintes sites: www.cptec.inpe.br/; www.accuweather.com/default.aspx; www.timeanddate.fasterreader.eu/pages/pt/sunrise-calc-pt.html; http://www.fl oridaconference.com/info/sunset.

Refl exão: Mais importante do que saber a hora exata do início do sábado, é ter a consciência de que a verdadeira santifi cação desse dia deve começar no princípio de cada semana. Viva cada momento

preparando o coração para o dia do Senhor.

Tabela do pôr do sol4O Trimestre de 2016

Manaus Porto Velho Belém Santarém Fortaleza Recife Salvador Vitória

30 set 17h54 18h07 18h05 17h30 17h26 17h11 17h28 17h38 7 out 17h52 18h07 18h04 17h28 17h25 17h10 17h28 17h40

14 out 17h51 18h06 18h02 17h26 17h23 17h10 17h29 17h42 21 out 17h50 18h06 18h01 17h26 17h22 17h10 17h29 17h44 28 out 17h50 18h07 18h00 17h25 17h22 17h11 17h31 17h47 4 nov 17h50 18h08 18h00 17h25 17h22 17h12 17h32 17h50

11 nov 17h52 18h10 18h01 17h26 17h23 17h14 17h35 17h54 18 nov 17h53 18h12 18h02 17h28 17h25 17h16 17h38 17h58 25 nov 17h55 18h15 18h04 17h29 17h27 17h19 17h41 18h02 2 dez 17h58 18h18 18h07 17h32 17h30 17h22 17h45 18h07 9 dez 18h01 18h22 18h10 17h35 17h33 17h26 17h49 18h11

16 dez 18h05 18h25 18h13 17h39 17h37 17h29 17h53 18h16 23 dez 18h08 18h29 18h17 17h43 17h40 17h33 17h56 18h19 30 dez 18h11 18h32 18h20 17h46 17h43 17h36 17h59 18h22

Cuiabá Brasília Campo Grande

Belo Horizonte

Rio de Janeiro São Paulo Curitiba Porto

Alegre

30 set 17h41 18h05 17h34 17h50 17h50 18h04 18h15 18h257 out 17h43 18h05 17h36 17h51 17h53 18h07 18h18 18h29

14 out 17h44 18h07 17h38 17h53 17h55 18h10 18h22 18h3421 out 17h46 18h08 17h40 17h55 17h58 18h13 18h25 18h3828 out 17h48 18h10 17h43 17h58 18h01 18h17 18h29 18h434 nov 17h50 18h12 17h46 18h01 18h05 18h21 18h33 18h48

11 nov 17h54 18h15 17h50 18h05 18h09 18h25 18h38 18h5418 nov 17h58 18h19 17h54 18h08 18h13 18h30 18h43 19h0025 nov 18h01 18h22 17h59 18h13 18h18 18h35 18h47 19h062 dez 18h06 18h26 18h03 18h17 18h23 18h40 18h53 19h129 dez 18h10 18h30 18h08 18h22 18h28 18h44 18h58 19h17

16 dez 18h14 18h34 18h12 18h26 18h32 18h49 19h02 19h2223 dez 18h17 18h38 18h16 18h29 18h35 18h52 19h06 19h2630 dez 18h20 18h41 18h19 18h32 18h38 18h55 19h09 19h28

Divisão Sul-Americana da IASD

I Simpósio de Escola Sabatina

18 e 19 de Maio de 2016

Considerando:

• A origem do ministério de Escola Sabatina, pela vontade divina;

• O papel histórico, a relevância, a vocação bíblica, a contribuição para a unidade e sua função

no desenvolvimento missiológico da Igreja;

• Os grandes benefícios e aportes da Escola Sabatina para o crescimento da Igreja;

• O papel fundamental da Escola Sabatina no processo de discipulado, que conduz ao cumpri-

mento da missão de fazer discípulos através de comunhão, do relacionamento e da missão,

Nós, participantes do simpósio, conscientes de que a Escola Sabatina é o coração da

Igreja, propomos:

O Discipulado na Escola Sabatina

1. Estimular a presença e a participação ativa de todos os pastores no programa da Escola Sabatina.

2. Utilizar a Escola Sabatina como plataforma estratégica para o discipulado.

3. Fortalecer projetos de interação e pastoreio fora do horário regular da Escola Sabatina.

4. Inscrever todos os membros da igreja como alunos da Escola Sabatina.

A integração das estruturas de Unidades de Ação e Pequenos Grupos no discipulado.

1. Integrar as Unidades de Ação e os Pequenos Grupos para potencializar o desenvolvimento

dos aspectos cognitivos, relacionais e missionais.

2. Realizar treinamentos unificados para simplificar o calendário de atividades.

3. Ter um processo permanente para formação de professores de Escola Sabatina e líderes de

Pequeno Grupos com foco no discipulado.

4. Manter, em ambas as estruturas, o foco na missão da Igreja, tanto em projetos missionários

como em ações solidárias.

O envolvimento do professor da Escola Sabatina no discipulado.

1. Revitalizar a Classe de Professores, fortalecendo a capacitação nas áreas bíblico-pedagógica,

relacional e missionária.

2. Formar professores de Escola Sabatina com perfil discipulador, enfatizando o ensino, cuidado,

visitação, mobilização, preparação de novos líderes, dons espirituais e conquista de almas.

3. Preparar material auxiliar para o professor com foco no discipulado.

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Você pode obter o horário do pôr do sol específico de sua cidade nos seguintes sites: www.cptec.inpe.br/; www.accuweather.com/default.aspx; www.timeanddate.fasterreader.eu/pages/pt/ sunrise-calc-pt.html; http://www.floridaconference.com/info/sunset.

Reflexão: Mais importante do que saber a hora exata do início do sábado, é ter a consciência de que a verdadeira santificação desse dia deve começar no princípio de cada semana. Viva cada momento

preparando o coração para o dia do Senhor.

Tabela do pôr do sol 4O Trimestre de 2016

Manaus Porto Velho Belém Santarém Fortaleza Recife Salvador Vitória

30 set 17h54 18h07 18h05 17h30 17h26 17h11 17h28 17h38 7 out 17h52 18h07 18h04 17h28 17h25 17h10 17h28 17h40

14 out 17h51 18h06 18h02 17h26 17h23 17h10 17h29 17h42 21 out 17h50 18h06 18h01 17h26 17h22 17h10 17h29 17h44 28 out 17h50 18h07 18h00 17h25 17h22 17h11 17h31 17h47 4 nov 17h50 18h08 18h00 17h25 17h22 17h12 17h32 17h50

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Cuiabá Brasília Campo Grande

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30 set 17h41 18h05 17h34 17h50 17h50 18h04 18h15 18h257 out 17h43 18h05 17h36 17h51 17h53 18h07 18h18 18h29

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11 nov 17h54 18h15 17h50 18h05 18h09 18h25 18h38 18h5418 nov 17h58 18h19 17h54 18h08 18h13 18h30 18h43 19h0025 nov 18h01 18h22 17h59 18h13 18h18 18h35 18h47 19h062 dez 18h06 18h26 18h03 18h17 18h23 18h40 18h53 19h129 dez 18h10 18h30 18h08 18h22 18h28 18h44 18h58 19h17

16 dez 18h14 18h34 18h12 18h26 18h32 18h49 19h02 19h2223 dez 18h17 18h38 18h16 18h29 18h35 18h52 19h06 19h2630 dez 18h20 18h41 18h19 18h32 18h38 18h55 19h09 19h28

Divisão Sul-Americana da IASD

I Simpósio de Escola Sabatina

18 e 19 de Maio de 2016

Considerando:

• A origem do ministério de Escola Sabatina, pela vontade divina;

• O papel histórico, a relevância, a vocação bíblica, a contribuição para a unidade e sua função

no desenvolvimento missiológico da Igreja;

• Os grandes benefícios e aportes da Escola Sabatina para o crescimento da Igreja;

• O papel fundamental da Escola Sabatina no processo de discipulado, que conduz ao cumpri-

mento da missão de fazer discípulos através de comunhão, do relacionamento e da missão,

Nós, participantes do simpósio, conscientes de que a Escola Sabatina é o coração da

Igreja, propomos:

O Discipulado na Escola Sabatina

1. Estimular a presença e a participação ativa de todos os pastores no programa da Escola Sabatina.

2. Utilizar a Escola Sabatina como plataforma estratégica para o discipulado.

3. Fortalecer projetos de interação e pastoreio fora do horário regular da Escola Sabatina.

4. Inscrever todos os membros da igreja como alunos da Escola Sabatina.

A integração das estruturas de Unidades de Ação e Pequenos Grupos no discipulado.

1. Integrar as Unidades de Ação e os Pequenos Grupos para potencializar o desenvolvimento

dos aspectos cognitivos, relacionais e missionais.

2. Realizar treinamentos unificados para simplificar o calendário de atividades.

3. Ter um processo permanente para formação de professores de Escola Sabatina e líderes de

Pequeno Grupos com foco no discipulado.

4. Manter, em ambas as estruturas, o foco na missão da Igreja, tanto em projetos missionários

como em ações solidárias.

O envolvimento do professor da Escola Sabatina no discipulado.

1. Revitalizar a Classe de Professores, fortalecendo a capacitação nas áreas bíblico-pedagógica,

relacional e missionária.

2. Formar professores de Escola Sabatina com perfil discipulador, enfatizando o ensino, cuidado,

visitação, mobilização, preparação de novos líderes, dons espirituais e conquista de almas.

3. Preparar material auxiliar para o professor com foco no discipulado.

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