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Lição 12 - A Consagração dos SacerdotesLIÇÕES BÍBLICAS - 1º Trimestre de 2014 - CPAD - Para jovens e adultosTema: Uma Jornada de Fé - A Formação do povo de Israel e sua herança espiritualComentário: Pr. Antônio GilbertoComplementos, ilustrações, questionários e vídeos: Ev. Luiz Henrique de Almeida SilvaQuestionárioNÃO DEIXE DE ASSISTIR AOS VÍDEOS DA LIÇÃO ONDE TEMOS MAPAS, FIGURAS, IMAGENS EEXPLICAÇÕES DETALHADAS DA LIÇÃOhttp://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/videosebdnatv.htmAcesse para estudar http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/cidadesderefugio.htm

TEXTO ÁUREO“E quase todas as coisas, segundo a lei, se purificam com sangue; e sem derramamento de sangue não háremissão” (Hb 9,22).

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VERDADE PRATICAO sacrifício expiador de CRISTO no Calvário foi perfeito, único e capaz de nos purificar de todo pecado.

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LEITURA DIÁRIASegunda - Êx 28-1 A instituição do sacerdócio.Terça - Êx 29.1-9 A cerimônia de consagração.Quarta - Lv 16-11-14 A oferta do sacerdote pelo seu pecado.Quinta - Hb 6.20 JESUS, nosso Sumo Sacerdote eterno.Sexta - Hb 4.15,16 JESUS, Sumo Sacerdote compassivo.Sábado - Hb 9.11 JESUS, Sumo Sacerdote dos bens futuros.

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - Êxodo 29.1-121 - Isto é o que lhes hás de fazer, para os santificar, para que me administrem o sacerdócio: Toma um novilho, edois carneiros sem mácula, 2 - e pão asmo, e bolos asmos amassados com azeite, e coscorões asmos untadoscom azeite; com flor de farinha de trigo os farás. 3 - E os porás num cesto e os trarás no cesto, com o novilho eos dois carneiros. 4 - Então, farás chegar Arão e seus filhos à porta da tenda da congregação e os lavarás comágua; 5 - depois, tomarás as vestes e vestirás a Arão da túnica, e do manto do éfode, e do éfode mesmo, e dopeitoral; e o cingirás com o cinto de obra de artífice do éfode. 6 - E a mitra porás sobre a sua cabeça; a coroa dasantidade porás sobre a mitra; 7 - e tomarás o azeite da unção e o derramarás sobre a sua cabeça; assim, oungirás. 8 - Depois farás chegar seus filhos, e lhes farás vestir túnicas, 9 - e os cingirás com o cinto, a Arão e aseus filhos, e lhes atarás as tiaras, para que tenham o sacerdócio por estatuto perpétuo, e sagrarás a Arão e aseus filhos. 10 - E farás chegar o novilho diante da tenda da congregação, e Arão e seus filhos porão as mãossobre a cabeça do novilho; 11 - e degolarás o novilho perante o Senhor à porta da tenda da congregação. 12 -Depois, tomarás do sangue do novilho, e o porás com o teu dedo sobre as pontas do altar, e todo o sanguerestante derramarás á base do altar.

INTERAÇÃOChegamos ao capítulo que detalha o cerimonial de consagração sacerdotal para o serviço no Tabernáculo: Êxodo29. Este capítulo descreve o rito consagratório dos sacerdotes. Ele consistia na apresentação de um bezerro edois carneiros sem mácula; pão asmo (sem fermento) e bolos asmos amassados com azeite; bolinhos asmosuntados com azeite e feito com flor de farinha de trigo. Todos estes itens eram elementos que compunham todoo ritual para consagrar, isto é, separar, para o ministério sacerdotal, Arão e os seus filhos. Esta linhagem

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representaria o sacerdócio oficial da Casa de Israel.

OBJETIVOS - Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:Explicar como se dava a cerimônia de consagração sacerdotal.Citar os elementos do sacrifício de posse.Compreender que CRISTO é o perpétuo e o mais perfeito Sumo Sacerdote.

ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICAPrezado professor, para ampliar a conclusão do primeiro tópico da aula desta semana, reproduza na lousa oseguinte texto: “O Novilho [Bezerro]. Quando os sacerdotes impunham as mãos na cabeça do novilho, issosimbolizava a sua identificação com o animai, como seu substituto e, talvez, a transferência dos pecados dopovo para o animal. Assim, o novilho tornava-se um sacrifício vicário, que morria por causa dos pecados do povo(v. 14). Essa cerimônia aponta para o sacrifício vicário de CRISTO, que tornou-se a nossa oferta pelo pecado (Is53.5; Cl 3.13; Hb 13.11-13)” (Bíblia de Estudo Pentecostal, CPAD, p.1 65). Em seguida, explique que asuficiência do sacrifício de JESUS CRISTO é a garantia de que Ele é o Sumo Sacerdote perfeito.

Resumo da Lição 12 - A Consagração dos SacerdotesI - A CONSAGRAÇÃO DE ARÃO E SEUS FILHOS1. A lavagem com água.2. A unção com azeite (Êx 30.23 33).3. Animais são Imolados como sacrifício (Êx 29.10-18).II - O SACRIFÍCIO DA POSSE1. O segundo carneiro da consagração (Êx 29.19-35).2. Sacrifícios diários.III - CRISTO, PERPÉTUO SUMO SACERDOTE1. Sacerdócio segundo a ordem de Melquisedeque.2. O sacrifício perfeito de CRISTO.3. O sacrifício eterno de CRISTO.

SINOPSE DO TÓPICO (1) - A consagração do sacerdócio de Arão e de seus filhos decorria pela passagem daágua, a unção com azeite e a imolação de animais como sacrifício.SINOPSE DO TÓPICO (2) - O sacrifício da posse consistia na consagração do segundo carneiro e nossacrifícios diários.SINOPSE DO TÓPICO (3) - O sacrifício de CRISTO é perfeito, eterno e perpétuo segundo a ordem deMelquisedeque.

AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO I - Subsídio Geográfico“O sistema sacrificialQuando os seres humanos entram em relação de aliança com DEUS e mantêm o seu lado do trato, evitandotodos os pecados conhecidos, surge o desejo de relacionar-se mais intimamente com DEUS — entregar-se aoseu serviço, expressar agradecimento, apoiar seus servos, ter comunhão, e desculpar-se pelo mal cometidoacidentalmente. O sistema sacrificial demonstrou que uma relação mais profunda com DEUS era possível, maspara que isso acontecesse havia necessidade de uma purificação contínua do pecado.Ao mesmo tempo, o sistema demonstrou suas próprias deficiências e resultou na necessidade de encontraroutro meio não só para estabelecer uma relação mais profunda com DEUS, como também para tratar com todoo problema do pecado deliberado. Esse outro meio foi tornado possível mediante JESUS (Hb 10.1-8)” (GOWER,Ralph. Novo Manual dos Usos & Costumes dos Tempos Bíblicos. 2.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2012, p.325).

AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO II - Subsídio Bibliográfico“A Origem dos SacrifíciosEm relação à origem dos sacrifícios, existem duas opiniões: (1) que eles têm sua origem nos homens, e queIsrael apenas reorganizou e adaptou os costumes de outras religiões, quando inaugurou seu sistema sacrificial;e (2) que os sacrifícios foram instituídos por Adão e seus descendentes em resposta a uma revelação de DEUS.É possível que o primeiro ato sacrificial em Gênesis tenha ocorrido quando DEUS vestiu Adão e Eva com pelespara cobrir sua nudez (Gn 3.21). O segundo sacrifício mencionado foi o de Caim, que veio com uma oferta do‘fruto da terra’, isto é, daquilo que havia produzido, expressando sua satisfação e orgulho. Entretanto, seu irmãoAbel ‘trouxe dos primogênitos das suas ovelhas e da sua gordura’ como forma de expressar a contrição de seucoração, o arrependimento e a necessidade da expiação de seus pecados (Gn 4.3,4).Em Romanos 1.21, Paulo refere-se à revelação e ao conhecimento inicial que os patriarcas tinham a respeito de

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DEUS, e explica a apostasia e o pecado dos homens do seguinte modo: ‘Tendo conhecido a DEUS, não oglorificaram como DEUS, nem lhe deram graças’. Depois do Dilúvio, ‘edificou Noé um altar ao Senhor; e tomoude animal limpo e de toda a ave limpa e ofereceu holocaustos sobre o altar’ (Gn 8.20). Muito tempo antes deMoisés, os patriarcas Abrão (Gn 12.8;13.18; 15.9-17; 22.2SS-), Isaque (Gn 26.25), e Jacó (Gn 33.20; 35.3)também ofereceram verdadeiros sacrifícios (Dicionário Bíblico Wycliffe. l. ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2009,p.1723).

BIBLIOGRAFIA SUGERIDAGOWER, Ralph. Novo Manual dos Usos & Costumes dos Tempos Bíblicos. 2,ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2012.Dicionário Bíblico Wycliffe. I. ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2009. MERRIL, Eugene H. História de Israel no AntigoTestamento: O reino de sacerdotes que DEUS colocou entre as nações. 6. ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2007.

Revista Ensinador Cristão CPAD, n°57, p.42.Moisés, segundo as instruções divinas, separou a Arão e seus filhos, Nadabe, Abiú, Eleazar e Itamar para osacerdócio (Êx 28.1). Todos os dias o sacerdote deveria oferecer no altar do holocausto sacrifícios. Primeiro eranecessário que um animal inocente fosse morto em resgate da vida do próprio sacerdote, e em seguida outroanimal morreria em favor do povo de DEUS.Vários eram os ritos de purificação que os sacerdotes eram submetidos diariamente. Eles não poderiam jamaisse apresentar diante do Altíssimo de qualquer maneira. As roupas deveriam estar limpas e em ordem, e oscabelos bem penteados. A Antiga Aliança não permitia falhas. Tudo apontava para JESUS CRISTO, o homemperfeito, único capaz de cumprir toda a lei.Água era aspergida sobre Arão e seus filhos, pois se tratava de uma lavagem simbólica: "Então, farás chegarArão e seus filhos à porta da tenda da congregação e os lavarás com água" (Êx 29.4). Qual era o propósito dalavagem? Era apontar para a pureza e perfeição de CRISTO. A purificação se dava na porta da tenda para quetodos os israelitas vissem. DEUS é santo e o sacerdote deveria também ser santo: [...] "Santos sereis, porqueeu, o Senhor, vosso DEUS, sou santo" (Êx 19.2). Nossa santidade precisa ser vista por aqueles que nãoconhecem a CRISTO a fim de que glorifiquem a DEUS. Somos chamados para sermos "sal" e "luz" destemundo, precisamos fazer a diferença no meio de uma sociedade perversa.A água simboliza também a Palavra de DEUS. JESUS declarou: "Vós já estais limpos pela palavra que vostenho falado" (Jo 15.3). A Palavra de DEUS é pura e santa, por isso ela pode nos tornar limpos. Ela também temo poder de penetrar no mais íntimo do nosso ser, ela chega onde nenhum homem pode alcançar (Hb 4.12).O azeite da santa unção era derramado sobre a cabeça de Arão e seus filhos: "E disto farás o azeite da santaunção, o perfume composto segundo a obra do perfumista; este será o azeite da santa unção" (Êx 30.15). Esteazeite era santo (separado) e só poderia ser utilizado neste ritual. O templo do Senhor, assim como seus móveise objetos são santos e só devem ser utilizados na obra de DEUS. Sabemos que um dos símbolos do ESPÍRITOSANTO é o azeite.Em o Novo Testamento vemos que JESUS, nosso Sumo Sacerdote, recebeu a unção do ESPÍRITO SANTOantes de iniciar seu ministério, durante o seu batismo. JESUS foi ungido para servir (At 10.38; Lc 4.18,19). Obatismo com o ESPÍRITO SANTO nos torna aptos para o serviço a DEUS.

COMENTÁRIO/INTRODUÇÃO

A cerimônia de consagração para o sacerdócio levítico evidenciava a grande responsabilidade e aimportância desse ministério tanto para quem haveria de exercê-lo quanto para o seu beneficiado direto— o povo, que assistia a essa solenidade. Essa cerimônia tinha tanta relevância, que DEUS deu aMoisés todos os detalhes de como ela deveria ocorrer. Eles estão registrados em Êxodo 29.1-46 eincluíam uma cerimônia de santificação do altar para o sacrifício.DEUS estabeleceu o sacerdócio como “estatuto perpétuo” (Êx 29.9), o que significa que ele era imutávele deveria ocorrer enquanto o Santuário existisse. A expressão hebraica traduzida por “perpétuo” nessapassagem traz a ideia de “imutável”.Para aqueles que iriam exercer esse ministério, ao final das orientações referentes à cerimônia, DEUSpromete abençoar todas as obras do seu ofício. O Senhor é assim: Ele não apenas nos cobraresponsabilidades; Ele também promete estar conosco e nos abençoar em tudo o que precisamos fazerpara a sua glória e a bênção do seu povo.Vejamos a seguir alguns aspectos dessa cerimônia e como ela aponta para princípios que todo obreirodo Senhor não deve olvidar, objetivando o seu amadurecimento espiritual no serviço do Mestre.

COELHO, Alexandre; DANIEL, Silas. Uma Jornada de Fé. Moisés, o Êxodo e o Caminho a Terra Prometida.Editora CPAD. pag. 138.

Tríplice Divisão Da HierarquiaO sacerdócio era dividido em três grupos: (1) o sumo sacerdote, (2) os sacerdotes e (3) os levitas.Todos os três descendiam de Levi. Todos os sacerdotes eram levitas, mas nem todos os levitas eram

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sacerdotes. A ordem dos levitas cuidavam do serviço do santuário. Eles tomaram o lugar dosprimogênitos que pertenciam a DEUS por direito (Êx 13.2,12,13; 22.29; 34.19,20; Lv 27.26; Nm3.12,13,41,45; 8.14-17; 18.15; Dt 15.19). Os filhos de Arão, separados para o ofício especial desacerdote, estavam acima dos levitas. Apenas eles podiam ministrar nos sacrifícios do altar. O nívelmais elevado do sacerdócio era o sumo sacerdote. Ele representava fisicamente o cume da pureza dosacerdócio. Carregava os nomes de todas as tribos de Israel em seu peitoral para o interior do santuário,representando todo o povo perante DEUS (Êx 28.29). Apenas ele podia entrar o santo dos santos eapenas um dia no ano, para fazer expiação pelos pecados de toda a nação.Consagração de sacerdotesAs cerimônias ligadas com a consagração dos sacerdotes estão descritas em Êxodo 29 e Levítico 8.Elas incluíam um banho de consagração, unção, vestimenta e sacrifícios. A lavagem simbolizava alimpeza do coração para as obrigações ligadas à pureza da nação perante DEUS. A unção (Lv 8.10,11)envolvia o derramar óleo na cabeça do sumo sacerdote e respingá-lo nas vestimentas dos outrossacerdotes (w. 22-24). As vestimentas dos sacerdotes e especialmente a do sumo sacerdote eram carase bonitas (Êx 28.3-5; Lv 8.7-9). Os sacrifícios de consagração incluíam a oferta pelo pecado (8.14-17),oferta queimada (vv. 18-21) uma oferta de consagração especial (w. 22-32). O sangue do carneiro eraaplicado na orelha, no dedo polegar e no dedo do pé direitos de Arão e de seus filhos, para simbolizarconsagração física completa ao Senhor.

MERRILL C. TENNEY. Enciclopédia da Bíblia. Editora Cultura Cristã. Vol. 5. pag. 302.

I - A CONSAGRAÇÃO DE ARÃO E SEUS FILHOS1. A lavagem com água.

A Cerimônia de ConsagraçãoEis alguns aspectos importantes dessa cerimônia de consagração:A lavagem com água (Êx 29.4), utilizando a água da pia de bronze (Êx 30.17-21). Ela nos fala depurificação, pureza, santificação, perfeição. Essa lavagem com água simboliza a purificação pelosangue de JESUS e a Palavra de DEUS (1 Jo 1.7; Jo 15.3; 17.17). O escritor da Epístola aos Hebreusnos lembra que sem santificação, “ninguém verá o Senhor” (Hb 12.14). A mensagem aqui, enfim, é queninguém pode se apresentar ao serviço do Senhor sem santificação, sem procurar viver uma vida desantidade.Colocação, em seguida, das vestes especiais para o ofício (Êx 29.5,6,8,9). Após a lavagem, elesestavam prontos para colocar suas novas vestimentas, próprias e específicas para o trabalho queexerceriam. A mensagem aqui é que “não era suficiente que removessem a corrupção do pecado [pelalavagem da água]”, mas também “deveriam vestir a graça do ESPÍRITO, vestirem-se de justiça (SI132.9). Eles deveriam ser cingidos, como homens preparados e fortalecidos para o seu trabalho. Edeveriam ser vestidos e coroados, como homens que consideravam o seu trabalho e as suas funçõesuma verdadeira honra”.

COELHO, Alexandre; DANIEL, Silas. Uma Jornada de Fé. Moisés, o Êxodo e o Caminho a Terra Prometida.Editora CPAD. pag. 141.

A Lavagem com ÁguaJá frisamos que Arão e seus filhos representam CRISTO e a Igreja. Nos primeiros versículos destecapítulo é dado o primeiro lugar a Arão. "Então, farás chegar Arão e seus filhos à porta da tenda dacongregação e os lavarás com água" (versículo 4). A lavagem da água tornava Arão simbolicamenteaquilo que CRISTO é intrinsecamente, isto é: santo. A Igreja é santa em virtude de estar ligada aCRISTO na vida de ressurreição. Ele é a definição perfeita daquilo que ela é perante DEUS. O atocerimonial da lavagem da água representa a ação da palavra de DEUS (veja-se Ef 5:26)."E por eles me santifico a mim mesmo, para que também eles sejam santificados na verdade" (Jo17:19), disse o Senhor JESUS. Separou-Se para DEUS no poder de uma perfeita obediência,orientando-Se em todas as coisas, como homem, pela Palavra, mediante o ESPÍRITO eterno, a fim deque todos aqueles que são d'Ele pudessem ser inteiramente separados pelo poder moral da verdade.

C. H. MACKINTOSH. Estudos Sobre O Livro De Êxodo. Editora Associação Religiosa Imprensa da Fé.Êx 29.4 Moisés, pois, deveria trazer os homens a serem consagrados, a saber, Arão e seus filhos, elavá-los ritualmente à entrada (primeira cortina) do tabernáculo. Ver a extremidade oriental dotabernáculo, comentada e ilustrada em Êxo. 27.14. Ninguém podia entrar no Lugar Santo ou no Santodos Santos, senão depois de terminados os vários atos de ordenação, que começavam com a lavagem.Naturalmente, os intérpretes cristãos veem aqui, em símbolo, o batismo. A lavagem a ter lugar era docorpo inteiro (cf. João 13.10; Heb. 10.22), e não somente das mãos e dos pés (Êxo. 30.19-21).Primeiramente havia uma lavagem por inteiro, e depois uma lavagem menor. Naturalmente o métodousado era o da imersão, mesmo que não disponhamos de um texto de prova a respeito. O Targum deJonathan diz-nos que essa lavagem foi realizada em quarenta grandes receptáculos, cheios de águaextraída de mananciais correntes, e que esses receptáculos eram grandes o bastante para que o corpo

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inteiro dos sacerdotes fosse imerso. Jarchi também alude a como o corpo inteiro de cada sacerdote foimergulhado na água. A lavagem mesma era um emblema da corrupção retirada, para que a santidadepudesse ser derramada sobre os sacerdotes.Temos aqui a primeira menção bíblica à ablução cerimonial. A água é um símbolo natural da pureza ede um agente natural de purificação.

CHAMPLIN, Russell Norman, Antigo Testamento Interpretado versículo por versículo. Editora Hagnos. pag. 434.Introdução (29.1-9). Em preparação à cerimônia de posse do sacerdócio, foram predispostos um novilho,e dois carneiros sem mácula, com pão asmo, bolos asmos e coscorões (ou filhós) asmos em um cesto(2,3). Asmos quer dizer “sem fermento” (NVI). Amassados com azeite, ou óleo, significa “misturadoscom óleo”, e untados com azeite tem o sentido de “aspergidos com óleo” (VBB). Estes itens deviam serlevados com Arão e seus filhos à porta da tenda da congregação, ou seja, do Tabernáculo. Ali, ossacerdotes seriam lavados com água. Esta lavagem exterior é símbolo da limpeza interior e correspondeao batismo nas águas. Os sacerdotes usavam a pia de cobre (30.17-21) para este propósito (cf.Diagrama B).

Leo G. Cox. Comentário Bíblico Beacon. Editora CPAD. Vol. 1. pag. 217.2. A unção com azeite (Êx 30.23 33).

A unção com azeite (Êx 29.7; 30.22-33). O azeite da unção deveria ser derramado sobre a cabeça deArão e de seus filhos. A unção simboliza a presença e o poder do ESPÍRITO SANTO. Também JESUS,o nosso Sumo Sacerdote, foi ungido pelo ESPÍRITO SANTO (Lc 4.18,19; At 10.38), bem como os seusdiscípulos (Lc 24.49; At 1.5,8; 2.1-4). Cada crente em CRISTO, desde o dia em que aceitou JESUScomo Senhor e Salvador de sua vida, recebeu o ESPÍRITO SANTO como penhor da nossa salvação (2Co 1.21,22). Entretanto, é preciso que busquemos o batismo no ESPÍRITO SANTO para dinamizar maisainda o nosso serviço a DEUS (At 1.8; 19.1-6), além de buscarmos ser sempre cheios do ESPÍRITOSANTO (Ef 5.18).Tanto o sumo sacerdote como os demais sacerdotes eram ungidos (Êx 29.7; 30.30). Todos aqueles quesão chamados para o serviço de DEUS precisam da unção de DEUS, isto é, do poder do ESPÍRITOSANTO sobre suas vidas para realizarem com excelência a obra que o Senhor confiou em suas mãospara fazer. O azeite tinha que ser especial (Êx 30.22-25), não poderia ser misturado, nem comcomposição diferente. Sua fórmula era exclusiva, não podendo ser usada para outro fim nem aplicadaem estranhos, mas só para o serviço na obra de DEUS (Êx 30.31-33). DEUS não aceita mistura. Suaunção não poderá ser misturada com fórmulas mundanas. Não há concórdia entre a luz e as trevas (1Co 6.14-18).

COELHO, Alexandre; DANIEL, Silas. Uma Jornada de Fé. Moisés, o Êxodo e o Caminho a Terra Prometida.Editora CPAD. pag. 142.

A Unção"E tomarás o azeite da unção e o derramarás sobre a sua cabeça " (versículo 7). Nestas palavras temoso ESPÍRITO, mas é preciso notar que Arão foi ungido antes de o sangue ser derramado, porque nos éapresentado como figura de CRISTO, que, em virtude daquilo que era em Sua Própria Pessoa, foi ungidocom o ESPÍRITO SANTO muito antes que fosse cumprida a obra da cruz. Em contrapartida, os filhosde Arão não foram ungidos senão depois de ser espargido o sangue, "degolarás o carneiro, e tomarás doseu sangue, e o porás sobre a ponta da orelha direita de Arão, e sobre a ponta da orelha direita de seusfilhos, como também sobre o dedo polegar da sua mão direita, e sobre o dedo polegar do seu pé direito:e o resto do sangue espalharás sobre o altar ao redor" (¹). "Então, tomarás do sangue que estará sobreos altar e do azeite da unção e o espargirás sobre Arão e sobre as suas vestes e sobre seus filhos, esobre os as vestes de seus filhos com ele" (versículos 20 e 21). No que diz respeito à Igreja, o sangueda cruz é o fundamento de tudo. Ela não podia ser ungida com o ESPÍRITO SANTO até que a suaCabeça ressuscitada tivesse subido ao céu e depositado sobre o trono da Majestade divina o relato dosacrifício que havia oferecido. "DEUS ressuscitou a este JESUS, do que todos nós somos testemunhas.De sorte que, exaltado pela destra de DEUS, e tendo recebido do Pai e promessa do ESPÍRITOSANTO, derramou isto que vós agora vedes e ouvis" (At 2:32-33); comparem-se também Jo 7:39; At19:1 - 6). Desde os dias de Abel que haviam sido regeneradas almas pelo ESPÍRITO SANTO eexperimentado a Sua influência, sobre as quais operou e a quem qualificou para o serviço; porém aIgreja não podia ser ungida com o ESPÍRITO SANTO até que o Seu Senhor tivesse entrado vitorioso nocéu e recebesse para ela a promessa do Pai. A verdade desta doutrina é ensinada, da forma mais diretae completa, em todo o Novo Testamento; e a sua integridade estreita é mantida, em figura, no símboloque temos perante nós, pelo fato claro que, embora Arão fosse ungido antes de o sangue haver sidoderramado (versículo 7), contudo os seus filhos não o foram, e não podiam ser ungidos senão depois(versículo 21).

C. H. MACKINTOSH. Estudos Sobre O Livro De Êxodo. Editora Associação Religiosa Imprensa da Fé.Êx 30.22-23 Toma das mais excelentes especiarias. Temos aqui a composição do azeite santo. EmIsrael era questão muito séria como esse azeite era preparado e usado. Devia ser resguardado de

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qualquer profanação, e somente os sacerdotes sabiam como prepará-lo com exatidão. Era usado parapropósitos e para pessoas específicos. Um homem comum não podia ser ungido com o óleo santo. Asmais finas especiarias eram tão valiosas quanto o ouro. Podiam ser usadas como presentes maisseletos, sendo dados até à realeza (I Reis 10.2,10,15). Todos os elementos mencionados nos vss. 22-24 são comentados no Dicionário.Siclos... siclos... siclos. Se adicionarmos todas as quantidades aqui dadas (incluindo as do vs. 25),teremos um peso de pouco mais de cinquenta quilogramas, incluindo cerca de seis litros de azeite. Estáaqui em pauta o antigo sido (fenício), que pesava cerca de 112 gramas.Êx 30.25 O óleo sagrado. Ou seja, a mistura de azeite de oliveira com as várias especiarias acimamencionadas, em suas medidas exatas, conhecidas somente pelos sacerdotes. Uma vez preparado,tornava-se um líquido especial de unção. Era misturado por um apotecário especialista. As especiariasnão podiam ser misturadas de maneira crua ou inexata. Os intérpretes judeus dizem-nos que asessências eram primeiramente extraídas dos materiais naqueles pesos respectivos, e, então, essasessências eram misturadas com o azeite.Na introdução ao vs. 22, vemos o azeite como um tipo. “Simbolizava o SANTO ESPÍRITO de DEUS eas Sua graça, aquele óleo de alegria com que CRISTO e o Seu povo são ungidos; e essa é a unção quenos ensina todas as coisas. Ver Sal. 45.7; Isa. 61.1,3; Atos 10.38; I João 2.20,27. Essa unção espiritualé comparada a essas várias especiarias e ao azeite de oliveira por causa de seu perfume e por causa desua natureza animadora e reavivadora... por seu valor e preciosidade, e acerca da qual há um certo pesoe medida, posto que CRISTO tenha sido ungido sem medida” (John Gill, in loc.).Êx 30.26-29 As coisas que deviam ser ungidas ou santificadas por meio do azeite da unção sãoalistadas nesses quatro versículos. Tal azeite não podia ser usado para ungir pessoas comuns (vs. 32),mas os sacerdotes podiam usá-lo. Cf. Êxo. 40.9-11 quanto a outras instruções acerca do assunto,embora mais breves em sua natureza. A unção do próprio tabernáculo é mencionado aqui, mas era apresença de DEUS que realmente ungia. A nuvem que representava a presença de DEUS é frisadacomo aquilo que realmente santificara o santuário (Êxo. 40.34-38).Uma Lista Completa. A lista de objetos a serem ungidos, preparada pelo autor sacro, é todo-inclusiva,Todos os vasos e utensílios do tabernáculo deviam ser ungidos com o óleo santo. “o tabernáculo e todoo seu conteúdo foram, primeiramente, consagrados; em seguida, os sacerdotes (vs. 30). Notabernáculo, a consagração teve início pela arca no Santo dos Santos. Daí passou-se para o LugarSanto... e, finalmente, passando-se para fora do segundo véu, chegou-se ao átrio externo, onde foiaspergido o óleo santo sobre o altar de bronze e a bacia de bronze” (Ellicott, in loc). Cf. esta passagemcom Lev. 8.10,11. A arca foi o primeiro item a ser mencionado, na construção dos móveis e utensílios dotabernáculo (Êxo. 25.10-22), e esse foi também o primeiro item a ser ungido. A importância capital doitem provavelmente estava sendo destacada mediante ambos os atos.Todo o que locar nelas será santo. Os sacerdotes foram ungidos, ficando entendido que eles eramhomens espirituais, pois, de outro modo, não teriam recebido a incumbência que receberam. Assimsendo, podemos pensar que eles faziam seu trabalho dotados de espiritualidade. Portanto, devemosentender aqui que, por baixo da unção com azeite santo, havia uma espécie de pureza ou santificaçãomística e que constituía a verdadeira unção deles. Entretanto, outros eruditos pensam que a questãodeve ser entendida apenas metaforicamente.Êx 30.30 Um homem comum (que não fosse sacerdote) não podia profanar o azeite da unção usando-opara efeitos medicinais ou estéticos (vs. 32). Mas os sacerdotes eram ungidos com o mesmo. Umsacerdote não estava apto para seu serviço enquanto não fosse ungido, e outro tanto se dá comqualquer obreiro no campo espiritual. São necessárias tanto a chamada quanto a preparação. OESPÍRITO SANTO deve fazer-se presente, pois do contrário nada de espiritual resultará. O ESPÍRITOSANTO confere-nos dons, os quais tornam-se eficazes mediante a Sua unção. “Geração após geração,os descendentes dos sacerdotes haveriam de herdar o ofício e ser firmados no mesmo mediante aunção sagrada” (J. Edgar Park , in loc.). Cf. Lev. 8.10,11. Entre outras coisas, a unção era emblema doensino divino. Os sacerdotes, entre os seus muitos deveres, estavam incumbidos de ensinar o povo. Aunção do ESPÍRITO leva-nos a saber as coisas do ESPÍRITO. Nessa unção existe iluminação. Ver IJoão 2.20,27. Uma vez iluminados, procuramos iluminar a outras pessoas.Êx 30.31 Nas vossas gerações. O relato acerca do tabernáculo enfatiza repetidamente a necessidade decontinuação, de perpetuidade, pois os ritos e os costumes deveriam prolongar-se por todo o tempo,geração após geração. Os hebreus não antecipavam o fim de seu sistema de adoração, supondo-operfeito e final, por haver sido dado por Yahweh.Parte das responsabilidades dos sacerdotes levíticos era preservar a fórmula do óleo da unção, nãopermitindo que o mesmo fosse alterado ou corrompido. E esse óleo santo também não podia ser usadopara fins profanos.Êx 30.32 Um sacerdote não podia dar um pouco desse óleo santo à sua esposa, e nem a algum vizinhoou amigo. Também não podia ensinar a fórmula de sua fabricação a quem não fosse sacerdote. Se tal

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coisa fosse feita, o óleo santo automaticamente tomar-se-ia profano.As festividades e os entretenimentos incluíam comumente alguma forma de unção (ver Sal. 23.5; Luc.7.46). O óleo preparado pelos sacerdotes não podia ser usado nessas ocasiões. Mas outros óleosperfumados podiam ser usados para esse mister. Nenhum outro óleo podia ter os mesmos ingredientesque o óleo santo, mesmo que fosse em proporções diferentes. Nenhum óleo similar ao óleo santo podiaser preparado, a fim de que permanecesse sem igual, não podendo ser confundido com qualquer outracomposição do perfumista.Um Ensino Espiritual. Pode haver muitas imitações da unção do ESPÍRITO. Há fogo estranho e óleoestranho. JESUS ensinou essa mesma verdade usando termos diferentes, em Mat. 7.21 ss. Cf. I João4.1.Êx 30.33 Será eliminado do seu povo. A profanação do azeite da unção era tida como um crime, e tãograve que o indivíduo que ousasse fazer isso, seria eliminado. Alguns eruditos veem nisso a ideia deexclusão, mas o mais provável é que está em pauta a execução (talvez por apedrejamento). Em diversasoportunidades foi imposta a pena de morte contra os sacerdotes que não cumprissem corretamente assuas ordens no tocante aos ritos do tabernáculo. Ver Êxo. 28.35,43; 30.20,21. Se um sacerdote podiamorrer por motivo de profanação, quanto mais um homem do povo.Ou dele puser sobre um estranho, ou seja, quem não fosse sacerdote. Não está primariamente em focoum gentio, ainda que, obviamente, neste último caso o ato também seria considerado um crime.Salomão foi ungido com o azeite santo, mas a ameaça de morte não foi executada, e isso por razõesdesconhecidas (I Reis 1.39).

CHAMPLIN, Russell Norman, Antigo Testamento Interpretado versículo por versículo. Editora Hagnos. pag. 442-443.

O óleo da santa unção (30.22-33). DEUS mandou Moisés fazer um óleo especial de unção. Osingredientes eram pura mirra, canela aromática, cálamo aromático, cássia e azeite de oliveiras (23,24).Os siclos (23) aqui se referem diretamente a peso e não a valor monetário como ocorre no versículo 15.As quatro especiarias (duas vezes mais de mirra e cássia que os outros dois ingredientes) seriammisturadas com um him de azeite de oliva (cerca de 6,6 litros). O perfumista (25) era um farmacêuticoou boticário.Estes produtos aromáticos, por terem propriedades curativas e fragrância, tornavam a substânciaperfumada apropriadamente típica do ESPÍRITO SANTO, que santifica e unge o povo de DEUS.A Instituição da Adoração - Êxodo 30.26—31.2 Esta composição foi usada primeiramente para ungir atenda da congregação (o Tabernáculo) e sua mobília (26-29). Estas peças sagradas ficariamsantificadas (29), ou seja, seriam separadas para uso santo. Tendo sido santificada, a mobília doTabernáculo só poderia ser tocada pelo que fosse santo (cf. comentários em 13.2).Depois da consagração do Tabernáculo, Moisés ungiu os sacerdotes para a função especial quedesempenhariam (30; cf. 29.21). Este ato os consagraria ao ofício sagrado, simbolizando a unção doESPÍRITO SANTO nos servos de DEUS. Moisés disse a Israel que este óleo tinha de ser permanente(31); nunca deveria ser usado na carne do homem (32), ou seja, para propósitos comuns; e sua fórmulanunca deveria ser copiada. Haveria uma maldição em quem fizesse um óleo santo como este, ou oaplicasse impropriamente (33).O ESPÍRITO SANTO é figura desta combinação de substâncias odoríferas e óleo! Ele perfuma e cura aalma ungida; torna santo todos que o recebem; não pode ser falsificado e quem procura substituí-lo caina condenação de DEUS; não é dado ao mundo, mas a quem é redimido pelo sangue de CRISTO; esempre é o mesmo.

Leo G. Cox. Comentário Bíblico Beacon. Editora CPAD. Vol. 1. pag. 221-222.

2Co 1.23–2.4, DEUS não somente nos concede conjuntamente o alicerce firme, ele também nos “ungiu”.Por meio dessa palavra os ouvintes da carta eram lembrados do “Ungido”, do “CRISTO”. Como “Ungido”JESUS tornou-se plenipotenciário profético, sacerdotal e real de DEUS. Cada pessoa que pertence aJESUS tem participação nesse poder. Os “santos” também são “ungidos”. Quando Paulo escreve queDEUS “nos” ungiu, esse “nos” não se refere apenas a ele e seus colaboradores. O “nós convosco” devedeterminar a frase inteira. Em analogia com 1Jo 2.20,27, Paulo deve ter considerado como “unção”basicamente que obtemos o ESPÍRITO e somos equipados com força espiritual.22 Ao prosseguir: “Ele, que também nos selou e nos deu o penhor do ESPÍRITO em nossos corações”,Paulo não precisa forçosamente ter em mente um fato novo que transcenda o “ungir com o ESPÍRITO”!Pelo contrário, essa unção do ESPÍRITO é vista sob dois novos pontos de vista. O ESPÍRITO é o claronítido “selo” que nos identifica como propriedade de DEUS e nos torna invulneráveis. Esse “selo”obviamente não nos foi impresso ou anexado exteriormente. Ele é uma realidade viva que perpassa edetermina toda a nossa vida e natureza, que nos caracteriza como “santos”, como pessoas quepertencem a DEUS. Foi isso que o apóstolo também atestou em Rm 8.14-16; Gl 4.6s e Ef 1.13, aindaque utilize a expressão “selar” somente na última referência. Com isso, no entanto, foi lacrada também a

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comunhão essencial da igreja com seu apóstolo. O selo de DEUS protege essa participação recíproca,também quando estiver exposta às mais intensas provas de fogo.Com o ESPÍRITO SANTO entra em nosso coração a realidade da vida divina. Evidentemente não damaneira como há de acontecer em nossa transformação total, quando o ESPÍRITO de DEUSdeterminará e configurará até todo o nosso novo corpo (Rm 8.11; 1Co 15.42-55). DEUS concede oESPÍRITO “como o penhor” (Ef 1.13s), “selando-nos” dessa maneira “para o dia da redenção” (Ef 4.30).Porque o ESPÍRITO de DEUS é o elemento essencial de vida da nova criação. Nele “provamos… ospoderes do mundo vindouro” (Hb 6.5).

Werner de Boor. Comentário Esperança Cartas aos II Coríntios. Editora Evangélica Esperança.Por fim, quando temos a consciência limpa, também nos relacionamos devidamente com o ESPÍRITOde DEUS (2 Co 1:21-24).o termo confirmar é de origem comercial e se refere à garantia de cumprimento de um contrato.O ESPÍRITO SANTO nos garante que DEUS é confiável e cumprirá todas as suas promessas. Paulocuidava para não entristecer o ESPÍRITO SANTO e, uma vez que o ESPÍRITO não lhe indicava ocontrário, sabia que seus motivos eram puros e que sua consciência estava limpa.Todos os cristãos foram ungidos pelo ESPÍRITO (2 Co 1:21). No Antigo Testamento, as únicas pessoasque recebiam a unção de DEUS eram os profetas, os sacerdotes e os reis. Ao nos sujeitarmos aoESPÍRITO, ele nos capacita a levar uma vida piedosa e a servir a DEUS de maneira aceitável (1 102:20,27).O ESPÍRITO também nos selou (2 Co 1:22; Ef 1:13), de modo que pertencemos a CRISTO, que nostomou para si. O testemunho do ESPÍRITO dentro de nós garante que somos filhos legítimos de DEUS(Rm 5:5; 8:9).O ESPÍRITO também garante sua proteção, pois somos sua propriedade.

WIERSBE. Warren W. Comentário Bíblico Expositivo. N.T. Vol. I. Editora Central Gospel. pag. 828-829.I Cor 21-22. Nestes versículos podemos ver por que Paulo introduziu a idéia da natureza inequívoca deCRISTO, aquele em quem as promessas de DEUS encontram seu sim. A fim de explicar a naturezadessa obra de DEUS em sua vida, Paulo introduz quatro importantes expressões.Primeiramente, diz Paulo: Mas aquele que nos confirma convosco em CRISTO, e nos ungiu, é DEUS. Apalavra “confirmar” (bebaioó) é empregada com sentido legal nos papiros a respeito de uma garantiaconcedida de que certos compromissos serão cumpridos. Em 1 Coríntios 1:8, Paulo escreve a respeitode crentes que são confirmados para serem “ irrepreensíveis” no dia do Senhor. Aqui, Paulo diz queDEUS o fortaleceu e o confirmou, como também a seus colaboradores (e aos coríntios) para que sejamdignos de confiança.Em segundo lugar, diz Paulo que DEUS nos ungiu. Este verbo no grego é chriõ, ungir; visto que a unçãocom freqüência era um rito de comissionamento (Êx 28:41; 1 Sm 15:1; 1 Rs 19:16), a RSV traduziu overbo como “ comissionou”, o que é justificável. Entretanto, esta tradução obscurece o fato de quehouve uma unção no comissionamento de Paulo e seus colaboradores. Chriõ encontra-se em outrosquatro lugares no Novo Testamento, uma vez em Hebreus 1:9 (“DEUS, o teu DEUS, te ungiu com o óleode alegria como a nenhum dos teus companheiros”), e três vezes nos escritos de Lucas (Lc 4:18; At4:27; 10:38). Duas referências em Lucas são explicitamente à unção com o ESPÍRITO, sendo discutívelse a terceira é referência implícita. Em face da ênfase no ESPÍRITO, no presente contexto, é melhor veraqui uma referência a Paulo e seus companheiros sendo ungidos pelo ESPÍRITO, reconhecendo quesua comissão está inextricavelmente amarrada a tal unção.Em terceiro lugar, diz Paulo: que também nos selou. O verbo sphragizõ, “ colocar um selo em”, éempregado em documentos comerciais encontrados entre os papiros a respeito de selagem de cartas eenvelopes, de modo que ninguém possa mexer em seu conteúdo. Usado de modo figurado, como noNovo Testamento, “ selar” significa manter em segredo, ou marcar com um sinal identificador (cf. Ap 7:3-8). Efésios fala de os cristãos serem “selados com o SANTO ESPÍRITO da promessa” (Ef 1:13; cf.4:30). Aqui, com a frase que também nos selou, é quase certo que Paulo tinha em mente que DEUSnos dotou do ESPÍRITO SANTO (cuja presença é a marca identificadora de todo crente verdadeiro, Rm8:9).Em quarto lugar, lemos: e nos deu o penhor do ESPÍRITO em nossos corações. A palavra gregaarrabõn, traduzida aqui por penhor, é um termo comercial, à semelhança de sphragizõ. Trata-se dodepósito feito pelo comprador ao vendedor, como garantia de que o pagamento total será efetuado nodevido tempo. O termo é aplicado de modo figurado por Paulo, referindo-se ao ESPÍRITO que DEUSconcedeu aos crentes, como garantia da total participação deles nas bênçãos da era vindoura (cf. 5:5;Ef 1:14).A maior ênfase, portanto, dos versículos 21-22, está em que Paulo e seus companheiros foramconfirmados por DEUS como mensageiros fiéis, tendo sido ungidos pelo ESPÍRITO. É o ESPÍRITO deDEUS que confirma e unge os apóstolos; a presença do ESPÍRITO é que autentica e sela a missão e amensagem deles. A implicação é que se a obra de DEUS em suas vidas garante a confiabilidade dos

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apóstolos nessa grandiosa obra superior da proclamação do evangelho, é certo que garantirá tambémconfiabilidade em questões de menor importância como seus planos de viagem. Quaisquer mudançasnos planos de viagem não significam mera inconstância, mas genuína necessidade eventual eimprevisível.

Colin Kruse. I Coríntios. Introdução e Comentário. Editora Vida Nova. pag. 82-84.3. Animais são Imolados como sacrifício (Êx 29.10-18).

O sacrifício (Êx 29.10-18). Primeiro, era feita uma oferta pelos pecados dos próprios sacerdotes (Êx29.10-14). Eles deveriam colocar a mão na cabeça do animal a ser sacrificado (Êx 29.10), comoconfissão de que eram pecadores e pelos seus pecados deveriam morrer. Ora, CRISTO é a expiaçãopelos nossos pecados (Jo 3.16; 1 Co 15.3; 1 Jo 1.7). Quem serve na obra de DEUS deve se lembrar deque é um pecador e se apoiar totalmente nos méritos de CRISTO para sua salvação. Como Paulo dissea Timóteo, o obreiro de DEUS deve cuidar primeiro de si mesmo, da sua própria salvação, da sua vidaespiritual, para depois levar a salvação e a bênção e DEUS aos outros: “Tem cuidado de ti mesmo [...]fazendo isto, te salvarás, tanto a ti mesmo como aos que te ouvem” (1 Tm 4.16).Em seguida, deveria haver ainda um holocausto não de expiação de culpas, mas especificamente emhonra a DEUS, e a oferta sobre ele deveria ser totalmente queimada, simbolizando a dedicação totaldaqueles homens ao serviço do Senhor (Êx 29.15-18). O fogo consumindo toda a oferta fala de entregatotal ao serviço. E o fato de essa oferta só poder ser apresentada após a oferta pela expiação dospecados desses sacerdotes significa que “até que a iniquidade seja retirada, nenhum serviço aceitávelpode ser realizado”, o que nos lembra da purificação de Isaías para poder servir no ministério proféticocomo DEUS queria (Is 6.7).A oferta pacífica vinha depois, o chamado “carneiro das consagrações” (Êx 29.19-37) ou “sacrifício daposse”. Todos esses sacrifícios apontavam para o Calvário, para a obra de CRISTO na cruz. Nessesacrifício em especial, o sangue da vítima inocente deveria ser aspergido tanto sobre o altar quantosobre as vestes e o corpo dos sacerdotes — no caso, sobre a ponta da orelha direita, o dedo polegar damão direita e o dedo do pé direito de todos eles. O azeite também era espargido sobre eles e suasvestes. Isso tudo era para santificação de todos eles (Êx 29.20,21). Significava santificação de suaatenção (orelha direita), do seu trabalho (mão direita) e de seu andar, seu proceder (pé direito); e osangue e o azeite juntos falam do sangue de CRISTO e do ESPÍRITO SANTO, da justificação e dasantificação, do perdão e do poder purificadores. Aliás, o ESPÍRITO SANTO é quem aplica a obra deCRISTO em nossa vida, operando a santificação.O restante do ritual, conforme descrito no texto sagrado, é muito bem sintetizado pelo ComentárioBíblico Beacon:Moisés poria nas mãos dos sacerdotes partes deste carneiro das consagrações, junto com porções dopão, bolos e coscorões que estavam na cesta (Ex 29.22,23; ver v.2). Por um movimento horizontal emdireção ao altar, os sacerdotes tinham de apresentá-los como oferta ritualmente movida, simbolizandoentrega a DEUS (v.24). Depois, Moisés queimava a porção de DEUS no altar (v.25) por cheiro agradávelao Senhor. Retinha o peito do carneiro das consagrações para si (v.26), a parte que normalmente ia parao sacerdote que oficiava a oferta do peito do movimento. O peito e o ombro dos sacrifícios pacíficos —como pode ser chamado este tipo de oferta (v.28) — eram porções habituais para o sacerdote (v.27). Opeito era movido em movimento horizontal e o ombro era alçado (ou erguido) em movimento vertical ematos simbólicos de dá-los a DEUS.

COELHO, Alexandre; DANIEL, Silas. Uma Jornada de Fé. Moisés, o Êxodo e o Caminho a Terra Prometida.Editora CPAD. pag. 142-144.

As Ofertas pelo Pecado e as Ofertas Queimadas (29.10-18)Os vss. 10-14 descrevem o sacrifício do novilho. Os animais e o material para as ofertas de cereal játinham sido trazidos até a entrada do tabernáculo (vss. 1-3). Agora, o novilho era separado para sersacrificado. Era a oferta pelo pecado, realizada em certas ocasiões importantes, em favor tanto deindivíduos quanto em favor da comunidade inteira. A maior dessas ocasiões era o dia da expiação. Mashavia outras oportunidades, em dias festivos, como a semana da páscoa (Eze. 46.22,23). Um novilhoera oferecido como sacrifício pelo pecado em favor dos sacerdotes (Lev. 4.1 -12). O sumo sacerdoterealizava o mais central desses sacrifícios, mas no caso presente foi Moisés quem ofereceu o sacrifícioem favor do sumo sacerdote, o qual, por ser homem, também tinha a necessidade de seu pecado serremovido, para que estivesse apto para cumprir os deveres de seu ofício. Também foi feito um sacrifíciopelo pecado em favor dos sacerdotes, e pelas mesmas razões.Êx 29.10 Porão as mãos sobre a cabeça dele. Desse modo, identificavam-se com o novilho. Assim, oque acontecia ao novilho, acontecia, em tipo e espiritualmente, ao sacerdote. O salário do pecado é amorte. O sangue faz expiação. Temos aqui uma ideia vicária, tal como CRISTO, o Cordeiro de DEUSque foi morto, tira o pecado do mundo (João 1.29). A imposição de mãos apontava para a transferênciados pecados do sacerdote para o novilho. A morte do animal punha fim à questão. Cf. Lev. 16.21,22. Oanimal, por ter ficado simbolicamente com os pecados do homem, era maldito; mas a sua morte e o

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derramamento de seu sangue deixavam o homem em liberdade. Ver Gál. 3.13 quanto à aplicação cristãdesses fatos.Êx 29.11 Imolarás o novilho. O animal agora era maldito. Seu sangue tinha que ser derramado, para quemorresse. O homem tinha-se identificado com o animal mediante a imposição de mãos. Portanto, o quesucedesse ao animal, em tipo, sucedia a ele. O homem morria para os seus pecados, tal como requer otrecho de Rom. 6.23. Cf. Apo. 5.6,12; 13.8, que nos fornece a aplicação cristã do caso. Cf. Lev.16.21,22. O abate do animal teve lugar no lado norte (lado direito; Lev. 1.11) do altar. E, então, houve acerimônia de sacrifício sobre o próprio altar.Êx 29.12 Tomarás do sangue do novilho.O sangue do animal sacrificado era posto sobre os chifres do altar (Êxo. 27.2). No dia da expiação, osangue também era posto sobre os chifres do altar (Êxo. 27.2). A virtude do altar, segundo se aceitava,residia sobretudo nos chifres. Um fugitivo da justiça se agarrava a essa parte de um altar, para não seratingido pelo vingador do sangue (I Reis 1.50; 2.28). Algum sangue era posto sobre os chifres, e o restodo sangue (que tinha sido recolhido em baldes, quando o animal fora abatido) era atirado à base do altar(Lev. 4.7,18,30,34). As descrições que há em Lev. 4.5,17 dão-nos as regras concernentes às ofertasnormais pelo pecado. O sacerdote mergulhava um dedo no sangue e ungia os chifres do altar; e, então,aspergia o sangue por sete vezes, diante do terceiro véu, aquele que separava o Lugar Santo do Santodos Santos. Ό sangue servia de cobertura para o pecado acerca do qual o sacrifico estava sendo feito,sem importar se esse pecado fosse especificado ou não (Lev. 4.26,35). Servia de sinal do perdão” (J.Edgar Parkey, in Ioc).Êx 29.13,14 Coisa alguma, em absoluto, podia ser comida da oferta pelo pecado. Certas porções doanimal eram queimadas sobre o próprio altar (vs. 13), e outras porções eram queimadas fora doacampamento (vs. 14). Assim como o animal era totalmente consumido a fogo, assim também ohomem ficava totalmente livre de seu pecado. Certas porções gordurosas que se encontravam no interiorda carcaça do animal, como aquelas que lhe encobriam as entranhas, o fígado e os rins, eramqueimadas sobre o altar.Os intérpretes esforçam-se para explicar por que a gordura era tão altamente valorizada nas ofertas. Aoque parece, a gordura era considerada uma delícia, e, portanto, algo próprio para ser sacrificado. Outrosestudiosos, porém, sugerem que era queimada sobre o altar porque facilmente era totalmenteconsumida pelas chamas, ao passo que outras porções resistiam mais ao fogo. Além disso, certosvalores simbólicos eram emprestados à gordura: 1. É o melhor que o homem tem a oferecer. 2. Ou, pelocontrário, representava a natureza carnal do homem, a qual precisava ser subjugada mediante osacrifício.As entranhas talvez apontem, simbolicamente, para a corrupção interior do homem (o que Paulo tantofustigou no sétimo capítulo da epístola aos Romanos).O redenho do fígado. A membrana que cobre a porção superior do fígado, que alguns chamam de“apêndice”. Essa era outra porção que facilmente podia ser consumida no fogo, razão pela qual eraposta sobre o altar.A carne, a pele e os excrementos. Sendo essas as porções mais grosseiras do animal, eramconsumidas a fogo fora do arraial. Portanto, o animal era totalmente consumido, um tipo de CRISTO ede Sua absoluta morte expiatória em nosso favor (I João 2.2). Ver Heb. 13.11,12, quanto à aplicaçãocristã da questão desses restos do animal sacrificado serem consumidos fora do acampamento.Este texto deve ser comparado com o trecho de Levítico 4.11,12,21. O animal inteiro, por ser umsacrifício pelo pecado, era considerado impuro, servindo somente para ser queimado. No caso de todosos demais sacrifícios, certas porções do animal sacrificado podiam ser comidas pelos sacerdotes epelos adoradores. “No caso de sacrifícios ligados aos cultos regulares do santuário, aqueles que eramoferecidos em ocasiões festivas e em favor do povo todo, os animais eram abatidos, esfolados ecortados em pedaços pelos sacerdotes... certas porções eram comidas pelos sacerdotes e por aqueleque trouxera o animal a ser sacrificado” Unger, Dictionary, sobre Sacrifícios. Ver Lev. 8.31 e Êxo. 29.32.Êx 29.15 Um carneiro. Dois carneiros eram sacrificados. Esse era o primeiro. O outro animal era trazidoaté a entrada do tabernáculo (vss. 1,3); e agora era sacrificado.O sacrifício de um carneiro era comum em outros casos, e também era requerido na consagração desacerdotes. Era uma oferenda de louvor e dedicação, e não um sacrifício pelo pecado, o que foracoberto pelo sacrifício do novilho. Alguns estudiosos, porém, pensam que havia uma dupla oferta pelopecado, por meio de um novilho e por meio de um carneiro.Havia imposição de mãos sobre o carneiro, tal como no caso do novilho (vs. 10). Alguns pensam que osentido dessa imposição era o mesmo que no caso do novilho, embora outros estudiosos pensem que arazão disso era outra, ou seja, símbolo de louvor e dedicação. Ellicott é daqueles que veem umadiferença entre esses dois sacrifícios. Disse ele: “Novamente, identificando-se com o animal (viaimposição de mãos), tal como no vs. 10, mas com um propósito diferente. Em seguida, transferiam seuspecados para a vítima; e agora, eles reivindicavam uma parte na dedicação da vítima a DEUS,

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oferecendo-se e tornando-se, eles mesmos, ‘um aroma agradável’ em oferta queimada ao Senhor”(Ellicott, in Ioc.). Verovs. 18.Tomarás um carneiro. Mediante esse segundo carneiro é que se processava, realmente, a consagraçãodos sacerdotes, ou seja, a autoridade para eles exercerem o sacerdócio. Ver os vss. 19 ss, masespecialmente o vs. 22.Êx 29.16 O mesmo modo de proceder era usado no abate desse carneiro, como se fazia com o novilho.Mas em vez de seu sangue ser aspergido sobre os chifres do altar (vs. 12), era aspergido em torno doaltar. Portanto, a oferta pelo pecado e a oferta de louvor e consagração diferiam um pouco em seu modode proceder. A aspersão do sangue provavelmente era feita mediante o uso de um ramo de hissopo,comumente usado para essa finalidade. Todavia, alguns intérpretes, apesar do fraseado diferente,supõem que tudo quanto está em pauta aqui é que o sangue era vertido ao pé do altar, tal como no casodo novilho (vs. 12). Não há como ter certeza quanto a esse modo de proceder, mas uma oferendadiferente provavelmente envolvia um modo de proceder diferente. Outros estudiosos pensam que tudoquanto era requerido era que todos os quatro lados do altar fossem aspergidos com sangue (conformeMiddoth, iii.2).Dessa maneira, o sangue era aplicado de forma plena, e o sacrifício mostrava-se totalmente eficaz.Êx 29.17 A divisão do animal em pedaços separados facilitava sua queima sobre o altar. Se o animalnão fosse assim despedaçado, poderia ficar queimando por muito tempo, sem ser consumido. Heródoto(Hist, ii.40) menciona tal prática entre os egípcios, havendo evidências de que os gregos e os romanostambém usavam essa prática no tocante aos animais oferecidos em holocausto.A lavagem apontava para a pureza, em um sentido simbólico. Todos os pedaços do animal, em seuconjunto, indicavam uma completa dedicação, uma oferenda sem qualquer defeito ou falta. Osestudiosos cristãos veem as ideias de perfeição e de algo completo na morte expiatória de CRISTO, e,subsequentemente, a necessidade dessas mesmas ideias no sacrifício vivo do crente (Rom. 12.1,2).Êx 29.18 A oferta queimada requeria que o carneiro todo fosse consumido a fogo. Yahweh aspiraria oaroma e ficaria satisfeito. E isso significava, metaforicamente, que o sacerdote estava louvando aoSenhor e dedicando-se ao serviço do tabernáculo.Metaforicamente, a expressão indica a aceitação das oferendas. A oferta de CRISTO, o Cordeiro deDEUS, foi uma oferenda fragrante, ou seja, aceitável diante de DEUS.

CHAMPLIN, Russell Norman, Antigo Testamento Interpretado versículo por versículo. Editora Hagnos. pag. 434-435.

As ofertas (29.10-18). Primeiramente a oferta pelo pecado e o holocausto. Partes do corpo do animal,inclusive a gordura, eram queimadas sobre o altar e o restante era levado para fora do acampamento, afim de ser queimado (13,14), tipificando CRISTO que “padeceu fora da porta” (Hb 13.11,12). Esta ofertarepresentava a entrega das pessoas a DEUS para servi-lo em espírito de adoração.

Leo G. Cox. Comentário Bíblico Beacon. Editora CPAD. Vol. 1. pag. 218.

1 Co 15:35 - Segunda prova - as Escrituras do Antigo Testamento (vv. 3, 4). A expressão antes de tudo significa"o que é de suma importância".

O evangelho é a mensagem mais importante que a Igreja pode proclamar. Apesar de o envolvimentocom as ações sociais e com o aperfeiçoamento humano ser algo louvável, não há motivo algum paraesses ministérios tomarem o lugar do evangelho."CRISTO morreu [...] foi sepultado [...] ressuscitou [...] e apareceu [...]" - esses são os fatos históricosfundamentais nos quais o evangelho encontra-se apoiado (1 Co 15:35). "CRISTO morreu pelos nossospecados" (ênfase do autor) - essa é a explicação teológica dos fatos históricos. Os romanoscrucificaram muita gente, mas apenas uma dessas "vítimas" morreu pelos pecados do mundo.Quando Paulo escreveu "segundo as Escrituras" (1 Co 15:3), referia-se às Escrituras do AntigoTestamento. Grande parte do sistema sacrificial do Antigo Testamento apontava para CRISTO comonosso substituto e Salvador. Também deve ter se lembrado do Dia da Expiação, observado anualmente(Lv 16), e de profecias como Isaías 53.Mas em que parte do Antigo Testamento é declarada a ressurreição de CRISTO no terceiro dia? JESUSfala da experiência de Jonas (Mt 12:38-41). Paulo também compara a ressurreição de CRISTO com asprimícias apresentadas a DEUS no dia depois do shabbath seguinte à Páscoa dos judeus (Lv 23 :9-14; 1Co 15:23). Uma vez que o shabbath deve ser sempre o sétimo dia, então o dia depois do shabbath é,necessariamente, o primeiro dia da semana, ou seja, o domingo, o dia da ressurreição de CRISTO. Nocalendário judaico, esse período equivale a três dias. Além da Festa das Primícias, havia outrasprofecias sobre a ressurreição do Messias no Antigo Testamento: Salmos 16:8-11 (ver At 2:25-28);Salmos 22:22ss (ver Hb 2:12); Isaías 53:10-12 e Salmos 2:7 (ver At 13:32, 33).WIERSBE. Warren W. Comentário Bíblico Expositivo. N.T. Vol. I. Editora Central Gospel. pag.1 Co 15.3. A natureza derivativa do Evangelho é acentuada. Paulo não deu origem à mensagem que lhestransmitiu. Esta era algo que ele próprio recebera (recebi; 11:23). Antes de tudo provavelmente não se

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refere ao tempo, mas à importância.“Coloco no primeiro lugar...” Esta introdução do sumário da mensagem do Evangelho é importante.Mostra que é um sumário bem antigo. Paulo não nos está dando a sua interpretação do que lhe fora dito.Isto nos remete retrospectivamente ao Evangelho como foi pregado originalmente, o kêrugma, para usara expressão que C. H. Dodd tornou popular. O primeiro ponto é que CRISTO morreu pelos nossospecados. A cruz está no coração do Evangelho. A morte que CRISTO sofreu foi morte expiatória. Foipelos nossos pecados.Segundo as Escrituras indica que o Evangelho não foi nenhuma idéia tardia. A morte salvadora deCRISTO foi algo predito muito tempo antes na Escritura Sagrada. Paulo não menciona passagensespecificas, mas Is 53 estará particularmente em mente.

Leon Monis. I Coríntios. Introdução e Comentário. Editora Vida Nova. pag. 164-165.I Cor 15.3 Agora, porém, ele apresenta mais uma vez o próprio evangelho aos coríntios, sendo que todaa ênfase recai cada vez mais sobre a ―ressurreição “Antes de tudo, vos transmiti o que tambémrecebi.” O evangelho é uma rica mensagem, porém existe nele um ―acima de tudo, um centro que atudo domina. E esse ―acima de tudo-- não é um centrum Paulinum! Paulo, que na carta aos Gálatas écapaz de enfatizar (Gl 1.12) que ele ―não o recebeu [o evangelho], nem o aprendeu de homem algum,mas mediante revelação de JESUS CRISTO, emprega aqui propositadamente os termos técnicos dosrabinos sobre o aprender de outros que lhe são familiares desde a juventude: “receber – transmitir”. Oscoríntios não devem ter nenhuma possibilidade de esquivar-se de suas colocações com a desculpa deque se trata apenas de uma opinião particular de Paulo. Não, o apóstolo se encontra de maneira plena eintegral no fluxo da tradição geral e não está reproduzindo seus próprios pensamentos. Isso não é umacontradição com Gl 1.12. A palavra do Senhor ressuscitado a Saulo de Tarso às portas de Damasco étão sucinta quanto possível: ―Eu sou JESUS a quem persegues. A revelação direta de JESUS tornoucerteza para quem até então o perseguia, somente esse único fato, de que aquele JESUS pregado àcruz está verdadeiramente vivo e é o kyrios. Todo o resto, todos os detalhes, todas as correlaçõeshistóricas de JESUS tiveram de ser aprendidas daqueles que estiveram desde o início com JESUS.Em seu encontro com Paulo JESUS nem mesmo havia falado do sentido e da finalidade de seusofrimento e morte. Com certeza foi por meio do próprio ESPÍRITO SANTO que resplandeceu para oconvertido Paulo a solução básica do enigma escandaloso, isto é, por que o Messias JESUS, expulsopor Israel, teve de morrer como maldito (Gl 3.13) no madeiro: “que CRISTO morreu pelos nossospecados”. Porque ele de imediato anunciou a JESUS e somente três anos mais tarde visitou Pedro emJerusalém. Ao mesmo tempo, porém, foi da maior importância para ele que ele ouvisse de Pedro e daprimeira igreja a mesma coisa: “CRISTO morreu pelos nossos pecados, segundo as Escrituras.”Estamos tão acostumados com essa frase curta que podemos ouvi-la sem ficarmos singularmenteabalados. Contudo, quanto ela diz! Como devem ser terríveis os nossos pecados se tornaram essaterrível morte maldita do Messias necessária para a nossa salvação. Como é certa, porém, nossaredenção, nossa posição limpa perante DEUS, se DEUS realizou esse ato extremo em favor de nós!Nesse ponto Paulo é completamente unânime com a tradição do primeiro cristianismo. Não obstantetoda a riqueza de palavras e feitos de JESUS relatados, os evangelhos são acima de tudo ―história dapaixão e correm em direção da cruz. O que JESUS realizou curando enfermidades, libertando pessoasendemoninhadas, consertando vidas humanas, tudo está de antemão alicerçado em sua morte pornossos pecados e selado por essa morte. Com toda a razão e com plena convicção Paulo por issoestava decidido a ―nada saber senão a JESUS CRISTO e este crucificado (1Co 2.2). Também nissotinha certeza da concordância com ―as Escrituras. Agora não precisava fornecer aos coríntios diversasprovas da Escritura. De suas cartas depreendemos que Paulo constantemente aponta para o que estáescrito ao fazer suas exposições. Seu interesse não reside num sistema teológico do AntigoTestamento, mas sempre em palavras isoladas decisivas que representam para ele a voz convincentedas ―Escrituras.

Werner de Boor. Comentário Esperança I Coríntios. Editora Evangélica Esperança.I Ped 1.18. Começa efetivamente agora um trecho com verbos no indicativo que, apondo-se ao trechoanterior (13-17), funciona como fundamentador ou reforçador das razões que levam às exortações que oprecederam.A importância dessa lembrança aparece em 2 Pedro (1.12-15; 3.1-2) e Judas (1.3,17).O que é lembrado aos leitores é a sua redenção (resgate), e o preço que ela custou. Todo esse trecho(18-20) tem como pano de fundo duas imagens do Antigo Testamento: em primeiro lugar está o motivode Isaías 53 (cântico do Servo de DEUS); em segundo lugar, o motivo da páscoa e do cordeiro pascal(Ex 12). Provavelmente a tônica está na passagem do Servo, de Isaías 53, mediada na tradição cristãpelo dito de JESUS em Marcos 10.45: “o Filho do Homem veio para servir, e dar sua vida em resgate pormuitos”. Dentro de um uso livre, a essa figura associam-se motivos do sacrifício do cordeiro pascal.Primeiramente, é feita a constatação: fostes resgatados. Por trás dessa concepção há algumassuposições que devem ser entendidas, porque têm raízes bem profundas na concepção teológica da

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Bíblia como um todo.W. Mundle diz: “Sempre que os homens, por sua própria culpa ou através de algum poder superior, ficamsubmetidos ao controle de outra pessoa e perdem sua liberdade para implementar a sua vontade e assuas decisões, e quando os seus próprios recursos são inadequados para enfrentar aquele outro poder,podem obter de novo a sua liberdade somente mediante a intervenção de um terceiro”. Na concepçãocorrente na Bíblia, o homem, afastando-se de DEUS, chegou a se tomar escravizado pelo pecado epelas forças do mal, não tendo capacidade em si próprio para resistir a essa dominação interna eexterna. Isso é o que, basicamente, desencadeia todo o processo de injustiça, de dominação eopressão que caracteriza a sociedade como um todo. As mentes mais sensíveis aos propósitos deDEUS, sentindo esse aprisionamento dentro dos limites da condição humana, e a impotência pararesolver as causas fundamentais do problema, chegam ao âmago do dilema humano clamandodesesperados, como Paulo: “desventurado homem que sou! Quem me livrará do corpo desta morte?”(Rm 7.24). E justamente aí entra a boa nova do evangelho: a chegada de um terceiro (JESUS CRISTO)para promover, para toda a humanidade, a superação do dilema; isto aconteceu no Seu sacrifício, naSua morte na cruz, de modo que se pode assim alegremente exclamar como o mesmo Paulo, aoconhecer essa nova realidade que invadiu o mundo: “Graças a DEUS por JESUS CRISTO!” (Rm 7.25).Vários termos são usados no Novo Testamento para expressar essa intervenção libertadora de DEUS.Aqui é usada uma forma do verbo lytroomai, que significa “resgatar”, “redimir” por meio de um lytrõn (ouantilytrõn), “resgate”, “preço de resgate”. No mundo helênico, era muito usado em referência à alforria deescravos, havendo todo um processo institucional de resgate sacramental, pelo qual o escravo podiaadquirir sua liberdade. Na versão grega do AT, o verbo e seus derivados traduzem principalmentepalavras das raízes hebraicas gaal e pada, que “tinham estreita associação com a ideia de libertarescravos e resgatar pessoas ou coisas”, sendo usados assim “como os termos mais apropriados paradescrever a libertação da escravidão, daqueles que tinham sido conquistados pelo Egito e depois pelaBabilônia, e a recuperação por DEUS, para ser Sua propriedade legal, do [que assim ficou designado]“povo da Sua possessão”.Este sentido teológico específico foi incorporado e define muito do uso dos termos no Novo Testamento,na maioria das vezes em que aparecem. Assim, o uso do aoristo passivo do verbo apontainconfundivelmente para o ato redentor de DEUS em CRISTO. Nele, descortina-se a libertação dosecular cativeiro da humanidade, cuja expressão aqui é o fútil procedimento, aquelas vaidade e ilusãosem sentido que vão se perpetuando de geração a geração (que vossos pais vos legaram).Patroparadotou é “herdado”, “legado dos pais”; como observa Goppelt, o termo “descreve‘sociologicamente’ o que a tipologia Adão-CRISTO, de Rm 5.12-21, expressa teologicamente”. Pelaterceira vez neste trecho aparece a palavra anastrofe (cf. 1.15,17), traduzida por procedimento', o sentidoaqui é amplo, abarcando, em última instância, toda expressão anterior ou social da vida. Antes daredenção por CRISTO, tudo era futilidade (cf. IBB: “vossa vã maneira de viver”).Em segundo lugar, o versículo descreve em termos negativos o preço do resgate, dizendo que ele nãose deu mediante cousas corruptíveis (fthartois é o oposto de um dos adjetivos usados para descrever aherança dos crentes, em 1.4: “incorruptível”). Especialmente estão em vista prata ou ouro, queusualmente serviam para o pagamento de resgates no comércio. Há um desafio implícito nestaspalavras, uma vez que é consenso que o ouro, por exemplo, tem tanto valor exatamente pela suaresistência à deterioração, sendo signo de estabilidade no mercado. Este mesmo desafio aparecevividamente em Tg 5.1-6, onde se diz do ouro que “enferruja” (cf. o dito de JESUS sobre o acúmulo deriquezas, em Mt 6.19-20). E bem possível que haja aqui uma reminiscência da passagem de Isaías 52.3,onde ao povo no cativeiro é dito: “sem dinheiro sereis resgatados” (LXX: ou meta argyrio lytrothesesthe).Em CRISTO, essa promessa alcança uma grandeza definitiva.19. Finalmente, o preço do resgate é agora descrito positivamente. Dinheiro não poderia comprá-lo (cf. apassagem altamente sugestiva de SI 49.6-8); só o precioso sangue... o sangue de CRISTO. Estaexpressão descreve a morte de CRISTO numa cruz, interpretada na linha de Mc 10.45, como já vimos;JESUS “deu sua vida em resgate por muitos”. A imagem de fundo é a da legislação dos sacrifícios doAntigo Testamento, onde o pecado era expiado pela morte sacrificial de um animal (cf. principalmenteLv4-5). O mais comum (especialmente pensando-se no grande ritual do dia da expiação; Lv 16) eramatar-se um cordeiro, que, para ser aceito, tinha de ser sem defeito (gr. arriõmou) e sem mácula (gr.aspilou: os dois termos são virtualmente sinônimos, estando juntos aqui, provavelmente, para reforçar ofato de que só JESUS CRISTO podia se situar nessa categoria e ser aceito para o sacrifício vicário). Asexigências da lei levítica a esse respeito estão descritas em Lv 22.17-25. O Cordeiro de DEUS (Jo 1.29),ao ser Ele próprio oferecido como sacrifício pelos pecados (pelos pecados de todo o mundo, 1 Jo 2.2),leva sobre Si definitivamente a culpa que pesa sobre a humanidade. Por efeito desse sacrifício, dessepreço de resgate, somos “comprados” de volta para DEUS (Ap 5.9, numa bela descrição do caráteruniversal dessa transação; cf. também Ap 7.9).É digna de nota a nova referência ao ouro e seus limites (no v. 19; cf. 1.7). Talvez também o adjetivo

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precioso (ligado ao “sangue de CRISTO”) ressalte essa inversão de valores. Em virtude do estamentosocial de onde procedem, provavelmente a grande maioria daqueles a quem a carta foi primeiramentedirigida é pobre. Por causa da sua adesão a CRISTO, talvez estejam ainda mais empobrecidos (cf. Hb10.34, que parece fazer alusão a uma espoliação dos bens dos cristãos, e diante da qual eles nãocontam com recursos judiciais). A verdadeira e mais profunda medição dos valores tem de ser posta naperspectiva do eterno que irrompe em CRISTO; na sua gratuidade, ele põe em cheque as nossas falsasperspectivas e valores.

Ênio R. Mueller. I Pedro. Introdução e Comentário. Editora Vida Nova. pag. 106-110.I Ped 1.18 Sabendo que não fostes redimidos com coisas transitórias, prata ou ouro, de vossa condutavã, transmitida pelos pais. Um escravo era liberto do domínio de um proprietário por um prêmio elevado,para viver para o novo senhor. Desse modo JESUS nos redimiu na cruz da conduta vã, transmitida pelospais. Na Bíblia latina, a Vulgata, consta: redimidos… da tradição paterna.Por natureza todas as pessoas encontram-se na tradição dos pais. Enquanto, pois, a geração maisvelha em geral está convicta de que transmite à juventude bons valores básicos, de que com razão sepode esperar uma vida sensata e disciplinada, a Bíblia diz algo bem diferente: os pais de qualquer modoapenas transmitem à juventude o que já receberam, a saber, uma conduta vã. O ser humano separadode DEUS em geral não se conscientiza do que significa conduta vã. Sim, ele só consegue suportar avida presente porque e enquanto não se conscientizar disso até as mais extremas conseqüências.Porque o veredicto vão atinge até mesmo muitas coisas das quais o ser humano acredita que perdurarão“eternamente”.Características hereditárias e a educação dos primeiros anos de vida determinam o ser humano paratoda a sua vida. Quando, pois, o pai ainda vive na incredulidade e no paganismo, sua perdição e seuspecados configuram a vida dos filhos desde o primeiro instante. Um olhar para o paganismo antigo enovo evidencia para onde vão as coisas quando as pessoas vivem sem lei e sem DEUS durante váriasgerações. Forma-se um estilo de vida, uma conduta transmitida pelos pais, do qual o indivíduodificilmente se distanciará. Esse estilo de vida e o absurdo dessa conduta se impõem como umaescravidão sobre a vida dos filhos. O ser humano não consegue salvar-se sozinho dessa condutamarcada pela tradição dos pais. É somente o resgate por outro que traz a ajuda necessária.Qual foi o preço desse resgate para DEUS? Não coisas transitórias, prata ou ouro. São esses os meiosusuais de pagamento. Com eles se podia comprar a liberdade de escravos. Porém o resgate de que ahumanidade escravizada precisava é incomparavelmente mais pesado! Prata e ouro, os maisimportantes meios de pagamento na terra, são insignificantes demais para libertar da velha conduta epossibilitar a nova. Embora de alto valor, não deixam de ser passageiros como a terra.I Ped 1.19 Contudo “o que DEUS investiu em nós” é incomparavelmente mais precioso. Por isso constaaqui: redimido… com o precioso sangue de CRISTO como um cordeiro sem defeito e sem mácula. Nemprata nem ouro são capazes de libertar uma pessoa do cativeiro da conduta vã. De fato, porém, é oprecioso sangue do CRISTO que tem o poder de libertar e transformar pessoas de tal maneira que todaa sua vida seja renovada.O sangue dele é tão precioso, por ser o Messias Filho unigênito, a coisa mais preciosa que o Pai no céupossui. Está sendo definido como Cordeiro sem defeito e sem mácula. No NT isso não constitui apenasuma comparação, mas ele realmente “é” o Cordeiro de DEUS. Em Jo 1.29 é chamado de Cordeiro deDEUS que leva embora o pecado do mundo, acabando com ele, eliminando-o para sempre. Sim, até naeternidade JESUS, nosso Senhor, será exaltado e adorado também no céu como “o Cordeiro”. Poisconsta expressamente no louvor de miríades de anjos: “Digno é o Cordeiro que se deixou imolar…” (Ap5.12).Separada do Criador, a criatura somente encontrará a morte (Rm 5.12; 6.21b,23a). Nessa situação ossacrifícios de animais no AT tinham a finalidade de ser para o ser humano uma permanente recordaçãode sua carência maior, do pecado como separação de DEUS – e ao mesmo tempo de uma profeciamessiânica: indicativo e preparação para o Prometido, que um dia levaria o pecado dos humanosdefinitivamente embora. Assim JESUS como Cordeiro de DEUS é a revelação da santa ira de DEUSsobre o pecado e ao mesmo tempo a revelação do maravilhoso amor de DEUS, que não conseguesuportar a morte do pecador. Essa mensagem constitui o centro da Bíblia. Por isso Paulo declara:“Decidi nada conhecer entre vós senão unicamente a JESUS CRISTO, e a ele como Crucificado” (1Co2.2).Quem é capaz de produzir redenção de pecados para outros? Que qualidades o cordeiro precisa ter?Pedro complementa a exigência do AT sem defeito (Êx 29.1; Lv 22.17-25; Ez 43.22) com uma segunda:sem mácula. Pois, enquanto no AT era necessária uma perfeição meramente física do animalsacrificado, o Cordeiro da nova aliança tinha de ser livre de todas as manchas. No NT “mancha” (emgrego spilos, também mancha de sujeira ou vergonha) tem conotação espiritual e moral, não física,como mostra Ef 5.3s. Cordeiro sem mácula significa, portanto: o Cordeiro de DEUS não podia ter nemuma mancha sequer, nenhum pecado, ao pretender colocar-se no lugar das pessoas, sacrificar-se por

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elas e redimi-las. Unicamente JESUS atende a essa condição. Unicamente ele podia redimir ahumanidade, o único puro e sem pecados. Ele entregou por nós seu precioso sangue. Fez tudo issopara nos resgatar para a nova vida! Isso fundamenta a exortação: levem a sério sua vida, andem comtemor! Saibam que foi paga com alto preço. Lidamos com cautela com aquilo que teve um alto custo!

Uwe Holmer. Comentário Esperança I Pedro. Editora Evangélica Esperança.

Unção da orelha direita - O sacerdote deve ouvir a voz de DEUS e deve ouvir os problemas das pessoas.Unção do dedo polegar da mão direita - O sacerdote deve levantar suas mãos em adoração a DEUS, deveabençoar, impondo as mãos, ungir com com óleo os enfermos.Unção do dedo do pé direito - O sacerdote deve ir onde o Senhor mandar, deve visitar e deve evangelizar.

II - O SACRIFÍCIO DA POSSE1. O segundo carneiro da consagração (Êx 29.19-35).

Êx 29.19 Tomarás o outro carneiro. O terceiro animal. O primeiro animal sacrificado, nos ritos deconsagração de sacerdotes, era o novilho, uma oferta pelo pecado (ver os vss. 10 ss.). O segundoanimal sacrificado era o primeiro carneiro, oferecido como oferta de louvor e consagração (vs. 15). Oterceiro animal sacrificado era o segundo carneiro. Esse carneiro era oferecido como sacrifício deconsagração do sacerdote. Ver o vs. 22. O trecho de Levítico 8.22 chama esse animal de “o carneiro daconsagração”. Era consagrado a DEUS; e o homem que o tinha oferecido era assim tambémcerimonialmente consagrado a DEUS. Seu sangue era usado, juntamente com o azeite, tendo em vistaa consagração dos sacerdotes (vss. 20,21). Suas porções mais sagradas foram postas por Moisés nasmãos dos sacerdotes, de tal modo que eles ofereciam com elas a sua primeira oferenda a DEUS. Ver osvs. 22-24. Era uma espécie de ato coroado da cerimônia. Tudo isso fazia parte da consagração desacerdotes.O segundo carneiro chegou a ser chamado de “carneiro do enchimento”, porque estava associado aoúltimo estágio do rito, “o enchimento das mãos” do sacerdote com as oferendas de cereais (vss. 23-25).Tudo isso simbolizava a autoridade, a graça, os dons e os poderes próprios do oficio sacerdotal.Êx 29.20 Os intérpretes veem vários sentidos na aplicação do sangue, bem como nos lugares onde osangue era posto:1. O sangue era posto em lugares estratégicos, dando a entender, metaforicamente, uma aplicaçãocompleta, ou seja, uma completa consagração.2. Especificamente: A ponta da orelha direita. Um sacerdote era alguém que devia estar preparado paraouvir tudo quanto Yahweh ordenasse, a fim de cumprir Suas ordens. O polegar das suas mãos direitas.Um sacerdote devia estar preparado para fazer tudo quanto Yahweh ordenasse, visto que as mãos são oinstrumento de ação. O polegar dos seus pés direitos. Um sacerdote devia andar pelos caminhos deYahweh, pois caminhar é aquilo que fazemos com os nossos pés.3. É possível que, originalmente, tais ritos tivessem por intuito prover completa proteção contra osataques de poderes demoníacos sinistros, falando assim sobre uma plena proteção divina, diante dequalquer mal. Sem dúvida estava em foco a intenção que eles deveriam dedicar todas as suascapacidades a DEUS” (Adam Clarke, in Ioc.).O sangue era então aspergido sobre o altar, como no caso do primeiro carneiro (ver 0 vs. 16). Ficavaassim simbolizada a total aplicação do sangue, exibindo a total eficácia do sacrifício.Êx 29.21 A unção das vestes de Arão e de seus filhos sacerdotes foi feita com azeite (ver a esserespeito no Dicionário) e com sangue. Não se sabe se o sangue foi misturado ou não com o azeite. Ofato é que assim elas foram consagradas. O vs. 7 já havia falado sobre a unção com azeite, mas temosaqui um outro tipo, em adição àquele. Portanto, o culto de consagração incluía dois tipos. Os estudiososcristãos veem nisso a unção dos crentes em CRISTO, a outorga de autoridade e de graças paracumprirem sua missão. Como é claro, dispomos do poder e dos dons do ESPÍRITO, representados noazeite, bem como dos poderes justificadores e santificadores de CRISTO, representados no sangue.Ver Sal. 45.8 e Apo. 7.14. Nessa dupla unção, alguns eruditos veem a justificação e a santificaçãosimbolizadas. O trecho de Lev. 8.30 parece indicar apenas uma unção.Êx 29.22 A gordura. As porções mencionadas neste versículo eram as mesmas comumente usadas nasofertas pacíficas (Lev. 3.9-11). O termo cauda gorda indica a cauda larga e pesada que caracteriza asovelhas orientais.Redenho do fígado. A membrana que encobre a porção superior do fígado, que alguns chamam de“apêndice”. Ver Lev. 4.8-10.A coxa direita. Usualmente era a porção que ficava com o sacerdote, para comê-la (vs. 27; Lev. 7.31,32).Somente o holocausto ou oferta queimada era totalmente consumido no fogo. Em todas as outrasmodalidades de sacrifício uma parte era deixada inteira para consumo dos sacerdotes, e por aqueles quetivessem trazido esses sacrifícios.

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O carneiro da consagração. Ou seja, o terceiro animal a ser sacrificado. Esses animais eram: o novilho,o primeiro carneiro e o segundo carneiro. Cada qual tinha sua própria finalidade, conforme é explicado novs. 19. O animal era dedicado a DEUS; e o sacerdote, ao oferecer o animal, consagrava-se em sentidosimbólico por meio do animal sacrificado. Um sacerdote precisava mostrar-se entusiasta e dedicado aseus labores; e o terceiro animal sacrificado simbolizava exatamente isso. Um sacerdote era alguémque pertencia de corpo e alma a Yahweh. Essa era a razão mesma de sua vida. Conforme dissePaulo,“.. .para mim o viver é CRISTO...” (RI. 1.21), exprimindo o espírito dessa consagração.O termo hebraico aqui traduzido por consagração significa, literalmente, “da consagração”, resultandonas últimas palavras deste versículo, “o carneiro da consagração”, que tem ligações com o que se lê novs. 24 deste capítulo. As mãos dos sacerdotes eram cheias com as ofertas de cereais, representando asua inauguração nas lides sacerdotais. Essas ofertas de cereais, além de certas porções do carneiro daconsagração, eram oferecidas sobre o altar; e o resto era comido pelos sacerdotes. Portanto, essecarneiro estava vinculado à ideia do “encher as mãos”, conforme foi explicado nos vss. 24 e 25.Êx 29.23 Um pão, um bolo de pão azeitado e uma obréia. Temos aqui as ofertas movidas. Esses itensconfeccionados de cereais (descritos no vs. 2) faziam parte das ofertas movidas. “Algo dos órgãos dosegundo carneiro, um pão, um bolo e uma obréia (bolos asmos bem finos) foram entregues a Arão eseus filhos como uma oferta movida diante do Senhor. O movimento servia para atrair, por assim dizer, aatenção de DEUS, como se se pedisse que Ele aceitasse a oferenda. A oferenda era feita daquelascoisas que são necessárias para o homem, pelo que esse sacrifício também era uma ação de graçaspelo suprimento recebido, em reconhecimento diante Daquele que nos supre de tudo quanto é bom (Tia.1.17).A adoração, em certo sentido, consiste em reconhecer a DEUS, como Aquele que é o Provedor, o Juiz eo Salvador. Todos os sacrifícios e todas as oferendas enfatizavam uma ou outra dessas qualidades.Êx 29.24 O enchimento das mãos era parte importante de qualquer final de culto de ordenaçãosacerdotal. As porções a serem queimadas eram primeiramente postas nas mãos dos sacerdotes.Simbolismos:1. DEUS nos deu tudo, e devemos usar bem aquilo que recebemos da parte Dele. Temos os Seus dons(Tia. 1.17), e uma vida a ser-Lhe consagrada.2. O sacerdote era assim autorizado a realizar seu serviço espiritual, utilizando aquilo que lhe fora dado.Assim sendo, devolvia o que lhe fora dado sob a forma de dedicação a Yahweh.3. Além disso, era prerrogativa dos sacerdotes viverem do altar, ou seja, comer certa porção das ofertaspara seu sustento físico, excetuando-se somente o caso das ofertas pelo pecado, que eram totalmentequeimadas, porquanto essas ofertas eram tidas como contaminadas pelo pecado, que tinha que serdestruído. A porção que cabia ao sacerdote era movida diante do Senhor, conforme já foi destacado novs. 23. Essa lei foi o começo do conceito que um ministro do evangelho deve viver do evangelho, paraque possa ser um obreiro de tempo integral. Ver I Cor. 9.13,14 no Novo Testamento interpretado quantoa plenas explicações sobre essa questão. Cf. I Sam. 2.12-17.Êx 29.25 Os itens que os sacerdotes receberam (no momento de suas mãos serem cheias), foramentão devolvidos a Moisés, e, então, foram postos sobre o altar, a fim de serem consumidos pelo fogo.Mas a coxa direita (vs. 22) sempre ficava com os sacerdotes, para dela se alimentarem, e outro tanto sedava com o peito (vs. 26). Dessa maneira, os sacerdotes sobreviviam, vivendo do altar. A gordura (ver ovs. 13) era a porção principal das ofertas queimadas.De agradável aroma. Yahweh, ao sentir o aroma do sacrifício, aceitava tanto a oferenda quanto osacerdote que a tinha oferecido.Naquela primeira ocasião, Moisés, como sacerdote oficiante, por ocasião da cerimônia de consagração,recebeu uma porção. Posteriormente, os sacerdotes é que recebiam essa porção.Êx 29.27 Verdadeiramente, é dando que recebemos. Esse é um fato bem conhecido, assim como umalei espiritual bem comprovada.Êx 29.28 Yahweh impôs aqui uma obrigação perpétua. Os sacerdotes deveriam viver do altar. O povo deIsrael estava na obrigação de desincumbir-se desse dever. Disso dependia a continuação do sacerdóciolevítico. Nenhum homem poderia cuidar de ovelhas, no campo, e também trabalhar no tabernáculo.Yahweh queria obreiros de tempo integral nas atividades espirituais. Oh, DEUS, concede-nos tal graça!O trecho de Êxo. 28.29,30 mostra que o trabalho dos sacerdotes devia prosseguir continuamente. Ossacerdotes deviam estar sempre ocupados com seus deveres sagrados, e outros deviam sustentá-losmaterialmente.Êx 29.29 As vestes santas deviam passar de pai para filho, até o tempo em que, de velhas, chegasse otempo de serem substituídas. Os filhos, ao receberem as vestes santas, dariam continuação à obra dosacerdócio. Assim sendo, o oficio tomou-se hereditário, até que CRISTO viesse substituir o sistemainteiro com Ele mesmo e Seus discípulos, os reis-sacerdotes (Apo. 1.6). Cf. Núm. 2.26,28. Santidade ededicação simbólicas estavam vinculadas a essas vestes sacerdotais, pelo que essas vestes permitiama continuação da linhagem sacerdotal.

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A consagração do sumo sacerdote fazia-se por meio de uma espécie de investidura que incluía o ato devestir as vestes sacerdotais de seu pai. Mas não somos informados sobre o que sucedia no caso dossacerdotes simples. Cf. II Reis 2.13,14. Entendemos que os sumos sacerdotes subsequentes nãopassavam por elaborados ritos sacrificiais para serem ordenados, conforme sucedeu no caso de Arão.Os elementos da consagração eram: O ato de vestir as vestes; a unção; um período de espera de setedias (vs. 30). Eleazar recebeu as vestes de seu pai (Núm. 20.28), e assim, a regra baixada aqui foiaplicada segundo foi requerido. As tradições judaicas afirmam que essa lei foi sempre aplicada. Haviaum rito de unção, conforme o versículo presente deixa claro; mas parece que não havia ritos sacrificiais.Êx 29.30 Outra parte do rito de transferência da autoridade sacerdotal consistia no período de sete dias,durante os quais o filho vestia as vestes sacerdotais de seu pai. Esse período era um período deconsagração (vs. 35), e como parte integrante da instalação de um novo sumo sacerdote. Somentedepois desse período é que ele assumia os seus deveres.“O sacerdote, em sua consagração, durante sete dias e sete noites ficava à entrada do tabernáculo,mantendo a vigília do Senhor. Ver Lev. 8.33. O número sete era considerado o número da perfeição,pelos hebreus; esse número é, com frequência, usado para denotar o término, o cumprimento, aplenitude ou a perfeição de alguma coisa” (Adam Clarke, in loc.).Êx 29.31 “Na oferta pacífica, depois que as porções do altar e do sacerdote tinham sido dadas (vs. 27),os adoradores que tinham trazido o sacrifício, deviam consumir o resto no recinto sagrado, enquantoestavam em estado de pureza ritual (Lev. 7.15-21). O sacerdote cozia a carne para eles (I Sam. 2.13).Neste caso, Moisés atuou como sacerdote, e o sacrifício foi trazido a Arão e seus filhos (cf. Lev. 8.31).O ato de cozer é geralmente considerado método mais antigo que o ato de assar (cf. 12.18; Deu. 16.7”(J. Coert Rylaarsdam, in loc.). Cf. Lev. 8.31 e Eze. 46.19-34. O cozimento era efetuado à entrada dotabernáculo, onde também era comida a carne. Além disso, o que restasse dos cereais (ver os vss. 2 e3), era comido juntamente com a carne, conforme somos informados em Lev. 8.31. Qualquer coisa quenão fosse então comida tinha que ser queimada (vs. 34).Êx 29.32 O banquete combinava a carne do carneiro com o conteúdo da cesta com seus produtos decereais (ver o vs. 2). Desse modo, os sacerdotes comiam do altar, ou seja, eram sustentadosmaterialmente pelos subprodutos de seu labor.Os intérpretes cristãos veem neste versículo o sustento espiritual que CRISTO oferece aos Seusdiscípulos, sendo Ele o Pão da Vida. Sua carne foi oferecida por nós em Seu ato expiatório.À porta da tenda da congregação. Talvez esteja em foco simplesmente o átrio onde o povo comum podiaentrar e circular. Mas no caso da ordenação de sacerdotes, nenhum leigo podia entrar no átrio e nemparticipar do cerimonial (vs. 33).Êx 29.33 A expiação. Os eruditos têm feito uma clara distinção entre os tipos de sacrifício feitos: onovilho (pelo pecado); o primeiro carneiro (para a consagração); e o segundo carneiro (para a ordenaçãoe a dedicação). Ver os vss. 11,15 e 19, respectivamente, no que tange a esses três sacrifícios.Seguiam-se sete dias mais de ofertas sacrificiais como expiação, em que um novilho era oferecido acada dia (vss. 36,37). A preocupação com a expiação pelo pecado era realmente grande na mente doshebreus! Adam Clarke suspirou de alívio ao observar que todas aquelas mortes de animais foramsubstituídas por CRISTO, em Sua morte única, pondo fim aos sacrifícios sangrentos do AntigoTestamento.O estranho não comerá. O rito limitava-se à família de Arão.Êx 29.34 Se sobrar alguma cousa. Fragmentos santos do banquete, sem importar se animais ouvegetais (cereais), não podiam ser deixados abandonados, para serem profanados. Logo, o que quer quesobrasse, precisava ser queimado. Isso pode ser comparado com as instruções acerca da páscoa, querequeriam a mesma coisa. Ver Êxo. 12.10.Êx 29.35,36 Por sete dias os consagrarás. Esse era o período necessário para a instalação dossacerdotes. A lavagem cerimonial, a investidura e a unção (vss. 29,30) tinham lugar no primeiro dia.Seguiam-se então sacrifícios repetidos a cada dia. Enquanto isso estivesse em processo, os sacerdotestinham que permanecer no átrio (Lev. 8.33). Uma vez terminado esse prazo, então os sacerdotesestavam autorizados a iniciar seu serviço sagrado.E o ungirás para consagrá-lo. Está em pauta o altar. O altar era ungido mediante a aspersão do azeitesanto por sete vezes sobre o mesmo. O altar era um lugar do tabernáculo onde Yahweh se manifestavamais claramente.A Eficácia do Sangue. O sangue, a sede do mistério da vida (Êxo. 17.11; Deu. 12.23; Gên. 9.4) eraconsiderado como particularmente sagrado diante de DEUS. Portanto, com base no princípio dosacrifício de vida por vida, o derramamento de sangue era eficaz para perdão de pecados e para areconciliação do homem com DEUS. O ato de derramar o sangue ao pé do altar simbolizava aparticipação de DEUS na cerimônia de expiação (Exo. 24.6-8)" (Oxford Annotated Bible, sobre Lev. 1.5).

CHAMPLIN, Russell Norman, Antigo Testamento Interpretado versículo por versículo. Editora Hagnos. pag. 438-453.

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Heb 9.22 A palavra que fundamenta todos os atos sacrificiais no AT, Lv 17.11, alcança, neste versículo,sua confirmação expressa no solo do NT: “Porque a vida da carne está no sangue. Eu vo-lo tenho dadosobre o altar, para fazer expiação pela vossa alma”. O apóstolo declara: sem derramamento de sangue,não há remissão. Com esta frase ele fundamenta os fatos da salvação que ele formulara nos v. 12-14. Osangue do CRISTO realiza a remissão eterna, que reside no perdão de nossos pecados (cf. Ef 1.7).Deste modo, todos os sacrifícios sangrentos da antiga aliança chegam ao encerramento no sacrifíciosangrento da nova aliança. Constitui uma ordem de salvação inquebrantável da vontade de DEUS que,para reconciliar os pecados perante DEUS, no AT e no NT, era preciso ser derramado sangue. Comnossa capacidade natural de raciocínio não conseguimos apreender a justificação dessa ordem, porquena terra nos são vedados entendimentos últimos (cf. 1Co 13.9). Temos de submeter-nos reverentes aisto pela fé.

Comentário Esperança Carta Hebreus. Editora Evangélica Esperança.O coração da verdadeira religião (9.22). A necessidade de derramamento de sangue, tipificando adoação de vida, é resumida no versículo 22. No que tange à purificação cerimonial, as coisas, i.e., oTabernáculo e seus acessórios de adoração, lemos o seguinte: E quase todas as coisas, segundo a lei,se purificam com sangue. Mas ainda mais indispensável é o sangue remidor oferecido em favor dospecadores. Coisas requerem o aspergir de sangue quando são consagradas. Mas pessoas requeremperdão; e embora possa haver exceções em relação às coisas, não há exceção no perdão; porque semderramamento de sangue não há remissão de forma alguma.21 Esta é a grande diferença entre ocaminho de DEUS e o caminho do homem, entre a verdadeira religião e a falsa. O homem tem umavisão inadequada do pecado e despreza o sangue como inerentemente necessário para o perdão. Masao exigir sangue, DEUS ressalta a excessiva pecaminosidade do pecado; e ao prover o Sangue, Elerevela o seu infinito amor. O sangue do pecador pode ser poupado — mesmo o de animais — porqueDEUS sacrificou seu próprio “Cordeiro [...] que tira o pecado do mundo” (Jo 1.29).

Richard S. Taylor. Comentário Bíblico Beacon. Editora CPAD. Vol. 10. pag. 83.Os sacerdotes levíticos, quando das abluções batismais, tinham de ser totalmente imersos epurificados, a fim de poderem servir em seu ofício (Ex 29.21; Lv 8.30). Arão e seus filhos passaramrigorosamente por esta espécie de purificação. “Moisés fez chegar a Arão e a seus filhos, e os lavoucom água” (Lv 8.6). Isso era símbolo da purificação moral, da purificação da alma e de todos os seusvícios, excessos e pecados. Os cristãos também reconhecem que além do batismo cristão, eles têmsido “... santificados pela oblação do corpo de JESUS CRISTO, feita uma vez” (Hb 10.10). Em suma,cada crente então procura andar em santidade de vida, “... renunciando à impiedade e àsconcupiscências mundanas” (Tt 2.12) e dedicando-se inteiramente ao serviço do Mestre. Cada cristãodeve ser um vaso santificado para uso santo do Senhor, para que por meio da santificação possa ouvirde seus lábios as solenes palavras: “... este é para mim um vaso escolhido para levar o meu nomediante dos gentios, e dos reis, e dos filhos de Israel” (At 9.15).

Severino Pedro Da Silva. Epístola aos Hebreus. Editora CPAD. pag. 195.Hb 9. 22. A conclusão geral sobre este tema é que, de acordo com a lei, quase todas as coisas... sepurificam com sangue. A palavra quase (schedon) qualifica a declaração inteira e tem o significado de“quase se pode dizer,” como se fosse uma declaração geral que se aplicava na maioria dos casos.Alguns ritos judaicos de purificação eram feitos através da água ou através do fogo, mas os maissignificantes eram através de sacrifícios que envolviam o derramamento do sangue de uma vítima. Valenotar que as palavras com sangue (en haimati) podem ser traduzidas “em sangue”, como a esfera emque a purificação é feita. Todas as coisas (panta), embora traduza uma palavra neutra, visa incluir aspessoas bem como os objetos, os sacerdotes e a congregação igualmente.A declaração final aqui — sem derramamento de sangue não há remissão - é baseada na declaração deLevítico 17.11. Resume o propósito dos sacrifícios com sangue de acordo com a lei. O derramamento desangue indica a morte do animal e o derramamento cerimonial do seu sangue. Subentende mais do quea doação da vida. Sua eficácia reside na aplicação do sangue. Desta maneira, o escritor está edificandouma explicação da necessidade da morte de CRISTO. Deve ser notado que Levítico 5.1, faz umaexceção no caso de extrema pobreza, quando, então, uma décima parte de uma efa de farinha fina éaceita como oferta pelo pecado. Mas esta é uma concessão e não anula o princípio que ainda está ali naintenção.O texto original, seguido por ARA, somente tem a palavra remissão (aphesis) sem qualificação, o que édigno de nota, porque é o único caso deste tipo no Novo Testamento (a não ser na citação da LXX emLc 4.18). O uso absoluto da palavra toma sua aplicação mais geral. Fica sendo uma referência aolivramento bem como ao perdão dos pecados específicos.O alvo dos sacrifícios era trazer algum tipo de remissão do pecado, mas a palavra aphesis nuncarecebeu a importância que lhe toca até a era do Novo Testamento, quando, então, imediatamentetomou-se uma característica da proclamação cristã primitiva (cf. At 2.38). Compare, também, o relato deMateus das palavras da instituição da ceia do Senhor (Mt 26.28).

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Donald Guthrie. Hebreus. Introdução e Comentário. Editora Vida Nova. pag.183-184.2. Sacrifícios diários.

As ofertas diárias se seguiam durante sete dias, que era o tempo que durava a cerimônia de posse donovo sacerdote. Arão e seus filhos cozinhavam e comiam juntamente com o que sobrava do cesto dopão e as porções de carne não queimadas do altar ou que haviam sido dadas a Moisés. O mesmotambém ocorria no caso da oferta pacífica. Esse pão e essa carne dos quais os sacerdotesparticipavam, e que os santificavam, representavam o corpo de CRISTO cuja carne era simbolizada noNovo Testamento pelo pão da Santa Ceia (Mt 26.26; 1 Co 11.24) Um detalhe interessante é que asvestes do sumo sacerdote eram passadas para o seu filho por ocasião da consagração deste como novosumo sacerdote (Ex 29.29,30). O novo sumo sacerdote deveria passar pelo mesmo cerimonial deconsagração de seu pai, com o azeite sendo derramado sobre aquelas vestes mais uma vez — e sobreele, pela primeira vez. A indumentária não seria nova — seria a mesma usada por seu pai —, mas aexperiência seria nova para o novo sumo sacerdote. Isso fala que as responsabilidades, representadasaqui pela indumentária, se transferem, mas a consagração e a unção, não. O novo ministro tem que tera sua própria experiência de confirmação e capacitação para o ofício dadas por DEUS.

COELHO, Alexandre; DANIEL, Silas. Uma Jornada de Fé. Moisés, o Êxodo e o Caminho a Terra Prometida.Editora CPAD. pag. 144-145.

Lv 6.12,13 O fogo... sempre arderá sobre o altar. As chamas sobre o altar eram perenes. Esses doisversículos dão-nos duas afirmações garantindo-nos que não podiam apagar-se as chamas sobre o altarde bronze. Os sacerdotes estavam encarregados de garantir que essas chamas nunca se apagassem.O vs. 9 deste capítulo já deixara isso entendido, onde comentei sobre a questão e seus possíveissimbolismos. O sacerdote tinha de usar de cuidado ao remover as cinzas, a fim de não perturbar ospedaços de gordura que continuassem queimando. Pela manhã, o fogo era avivado com lenha, para queas chamas não se apagassem Uma madeira santa era escolhida para esse mister, pelo que semprehavia em depósito bastante lenha com esse propósito. Ver Lev. 1.7.O vs. 13 repete a questão do fogo santo. Foi o Senhor quem enviara o fogo do céu (Lev. 9.24), e ohomem era agora responsável por sua continuidade. Durante os dias do segundo templo, o fogoperpétuo consistia em três partes ou pilhas separadas de lenha sobre o altar, mas isso representavauma complicação da ordenança original. As maiores fogueiras eram usadas nos holocaustos diários; asegunda fogueira supria os incensários e a queima do incenso; e a terceira era o fogo perpétuo, quealimentava continuamente as outras duas fogueiras. Esse fogo nunca se apagava, até queNabucodonosor forçou o fim desse fogo continuo, devido ao cativeiro babilônico. A mitologia diz que ossacerdotes judeus foram capazes de manter as chamas vivas em algum lugar oculto, e que, nos dias deNeemias, elas foram renovadas publicamente.

CHAMPLIN, Russell Norman, Antigo Testamento Interpretado versículo por versículo. Editora Hagnos. pag. 496.A Lei do Holocausto (6.8-13)A seção introdutória de Levítico (1.1—6.7) é endereçada aos israelitas (1.2) e é a palavra de DEUS paraeles sobre os sacrifícios que o Senhor exigia. Agora, DEUS se dirige aos sacerdotes, Arão e seus filhos(9), que têm de executar estes rituais. Estas instruções são prestimosas para entendermos mais acercado sistema sacrificatório levítico e sua significação.Primeiramente, ficamos sabendo que o fogo tinha de ser mantido aceso continuamente no altar (9-13). Otexto de Êxodo 29.38,39 nos informa que um holocausto era oferecido pela manhã e outro à tardinha. Eraa gordura do sacrifício da tarde que mantinha o fogo do altar queimando a noite toda. Uma chamapermanente queimando diante da deidade não é exclusividade da religião bíblica. E expressão daintuição humana que louvor e adoração contínuos devam subir do homem para DEUS. Se esta realidadeé sentida por quem conhece pouco da graça divina, quanto mais relevante que o coração do crente sejacheio de oração incessante e louvor permanente! Acerca do fogo, Mick lem comenta:[O fogo] chama a atenção dos cristãos para o sacerdócio eterno do Senhor JESUS CRISTO, o grandeSumo Sacerdote, que vive “sempre para interceder por” nós (Hb 7.25) e é “sacerdote eternamente,segundo a ordem de Melquisedeque” (Hb 5.6).Em Levítico 6.9-23 O sacerdote recebe instruções relativas à roupa que usaria para, todas as manhãs,retirar as cinzas do altar (11). Os trajes sacerdotais regulares não deviam ser usados para esta tarefa.Muitos ficam surpresos ao constatarem quanto espaço é dedicado na Bíblia à roupa. Ainda mais quandodiz respeito às vestes dos sacerdotes.A idéia transmitida é que nossa aparência perante DEUS é importante. Esta verdade é maisdesenvolvida no Novo Testamento e na hinologia cristã. JESUS falou sobre a necessidade de “vestenupcial” (Mt 22.11-14). Em Apocalipse, somos aconselhados a comprar “vestes brancas” (Ap 3.18) e aguardar as “vestes” (Ap 16.15). O registro bíblico também afirma que a noiva do Cordeiro se veste “delinho fino, puro e resplandecente; porque o linho fino são as justiças dos santos” (Ap 19.8). O assuntotratado em Levítico diz respeito à roupa do mediador que fica entre DEUS em sua santidade e oadorador.

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Dennis F. Kinlaw. Comentário Bíblico Beacon. Editora CPAD. Vol. 1. pag. 269-270.O sacerdote deveria tomar conta do fogo sobre o altar, para que fosse mantido sempre aceso. Isto éinsistido aqui (w. 9,12), e esta lei expressa é dada: o fogo arderá continuamente sobre o altar. Não seapagará, v. 13. Podemos supor que nenhum dia passava sem sacrifícios extraordinários, os quais eramsempre oferecidos de um cordeiro de manhã e pela noite. De forma que desde a manhã até a noite ofogo do altar era mantido aceso. Mas para mantê-lo a noite toda até de manhã (v. 9) eram necessáriosalguns cuidados. O primeiro fogo sobre o altar veio do céu (cap. 9.24), para que, mantendo-o acesocontinuamente com uma provisão constante de combustível, todos os seus sacrifícios por todas as suasgerações pudessem ser considerados como sendo consumidos pelo fogo do céu, que era o sinal daaceitação de DEUS. Se, por descuido, eles deixassem o fogo se apagar, não poderiam esperar tê-loaceso da mesma forma novamente. Assim os judeus nos contam que o fogo nunca se apagou no altar.Nossa obrigação não se limita a não extinguir o ESPÍRITO, mas devemos despertar o dom que há emnós. Embora não estejamos, continuamente, oferecendo sacrifícios ao Senhor, devemos manter o fogodo amor santo sempre ardendo. E assim, devemos orar sem cessar.

HENRY. Matthew. Comentário Matthew Henry Antigo Testamento Gênesis a Deuteronômio. Editora CPAD. pag.371.

I Cor 4.16 Paulo olha para sua vida e atuação, que trazem consigo de forma totalmente real “a imolaçãode JESUS”. Ele sabe que não se trata de períodos isolados de aflição que são superados, dando lugar aperíodos tranquilos e felizes. Não, a corrente de tribulações e perseguições não se rompe. Será que issofinalmente não o deixará “desanimado” e cansado? Justamente agora, porém, depois de olhar para onecessário sofrimento de sua vida, Paulo repete o que havia assegurado aos coríntios em 2Co 4.1: “Porisso, não desanimamos (ou: cansamos).”Paulo chama de “homem exterior”. Mas dentro disso tudo Paulo experimenta que seu “homem interior serenova de dia em dia”. Esse “homem interior” não é simplesmente o aspecto interior intelectual do serhumano. Quem esteve pessoalmente em um sofrimento constante sabe que justamente também sua“vida interior” inata é corroída e ameaça afundar em desânimo, cansaço e amargura. Não, Paulo refere-se à pessoa que tem o “mesmo espírito da fé”, o ser humano que “com o rosto descoberto reflete aglória do Senhor e é transformado na mesma imagem” (2Co 3.18; 4.13). Esse “homem interior” “serenova” dia após dia, pela maneira e razão pela qual ele é “transformado” dia após dia. A fé estápresente de forma renovada e cada vez mais profunda e aprovada. Experimenta-se o “consolo” de DEUSem encorajamentos e libertações de formas sempre novas. Esse ser humano de fé não se esgota, masé incansável e constantemente livre e disposto a servir, a sofrer, a morrer, para que por intermédio dele avida de JESUS se torne eficaz em outros.

Werner de Boor. Comentário Esperança I Coríntios. Editora Evangélica Esperança.2 Cor 4.16-17. Estava certo de que suas tribulações cooperariam para seu bem (vv. 16, 17). "Nãodesanimamos", era o testemunho confiante de Paulo (ver 2 Co 4:1). Que importa se o "ser exterior" sedeteriora quando o "ser interior" experimenta renovação espiritual diária? Paulo não sugere, aqui, que ocorpo não é importante nem que devemos ignorar seus sinais de aviso e necessidades. Uma vez quenosso corpo é o templo de DEUS, devemos cuidar dele. No entanto, não podemos controlar adeterioração natural do corpo humano. Quando pensamos em todas as provações físicas que Paulosuportou, não nos admiramos de ele ter escrito essas palavras.Como cristãos, devemos viver um dia de cada vez. Nenhuma pessoa, por mais rica ou competente queseja, pode viver dois dias de cada vez. DEUS provê "de dia em dia", à medida que oramos a ele (Lc 11:3). Ele nos dá as forças de que precisamos de acordo com o que cada dia exige de nós (Dt 33:25). Nãose pode cometer o erro de tentar "armazenar bênçãos" para emergências futuras, pois DEUS dá a graçade que precisamos, quando precisamos (Hb 4:16). Quando aprendemos a viver um dia de cada vez,certos do cuidado de DEUS, sentimos alívio de boa parte das pressões da vida.Deve-se relacionar 2 Coríntios 4:16 com 3:18, pois os dois versículos referem-se à renovação espiritualdo filho de DEUS. Em si mesmo, o sofrimento não tem poder para nos tornar homens e mulheres maissantos. A menos que nos entreguemos ao Senhor, busquemos sua Palavra e confiemos que ele iráoperar, o sofrimento só servirá para prejudicar nossa vida cristã. "de glória em glória". Precisamos desse"espírito da fé" que Paulo menciona em 2 Coríntios 4:13.

WIERSBE. Warren W. Comentário Bíblico Expositivo. N.T. Vol. I. Editora Central Gospel. pag. 842.

III - CRISTO, PERPÉTUO SUMO SACERDOTE1. Sacerdócio segundo a ordem de Melquisedeque.

A Preeminência de CRISTOPorém, aprendemos alguma coisa mais com a ordem da unção neste capítulo, além da do Filho é-nostambém apresentada. "Amaste a justiça e aborreceste a iniquidade; por isso DEUS, o teu DEUS, teungiu com óleo de alegria, mais do que a teus companheiros" (SI 45:7; Hb 1:9). É preciso que o povo deDEUS mantenha sempre esta verdade nas suas convicções e experiências. Por certo, a graça infinita de

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DEUS é manifestada no fato maravilhoso que pecadores culpados e dignos do inferno sejam chamadoscompanheiros do Filho de DEUS; mas nunca devemos esquecer, nem por um momento, o vocábulo"mais". Por mais íntima que seja a união—e é tão íntima quanto os desígnios eternos do amor divino apodiam fazer—, é, contudo, necessário que CRISTO tenha em tudo a preeminência" (Cl 1:18). Não podiaser de outra maneira. Ele é Cabeça sobre todas as coisas — Cabeça da Igreja, Cabeça sobre acriação, Cabeça sobre os anjos, o Senhor do universo. Não existe um só astro de todos os que semovem no espaço que não Lhe pertença e não se mova sob a Sua orientação. Não existe um vermesequer que se arrasta sobre a terra, que não esteja sob os Seus olhos incansáveis. Ele está acima detodas as coisas; de toda a criatura "o primogênito de entre os mortos" "o princípio da criação de DEUS"(Cl l:15-18;Ap 1:5). "Toda a família nos céus e na terra" (Ef 3:15) deve alinhar, na classe divina, sobCRISTO. Tudo isto será reconhecido com gratidão por todo o crente espiritual; sim, a sua própriaarticulação produz um estremecimento no coração do crente. Todos os que são guiados pelo ESPÍRITOregozijar-se-ão com cada nova manifestação das glórias pessoais do Filho; da mesma maneira que nãopoderão tolerar qualquer coisa que se levante contra elas. Que a Igreja se eleve às mais altas regiões eglória, será seu gozo ajoelhar aos pés d'Aquele que se baixou para a elevar, em virtude do Seu sacrifício,à união Consigo; o qual havendo plenamente correspondido a todas as exigências da justiça divina, podesatisfazer todos os afetos divinos, unindo-a em um Consigo Mesmo, em toda a aceitação infinita com oPai, na Sua glória eterna: "Não se envergonha de lhes chamar irmãos" (Hb 2:11).

C. H. MACKINTOSH. Estudos Sobre O Livro De Êxodo. Editora Associação Religiosa Imprensa da Fé.Gn 14.18 Melquisedeque. Achamos aqui um homem misterioso que tem arrebatado à imaginação dosintérpretes. Dai haver tantas e tão variegadas tentativas de identificação. As referênciasveterotestamentárias a ele aparecem em Gên. 14.18 e Sal. 110.4. No Novo Testamento, todas asreferências acham-se na epístola aos Hebreus (5.6,10; 6.20; 7.1,10,11,15,17,21). O autor do tratado aosHebreus faz dele um tipo de CRISTO, o originador do tipo de sacerdócio que CRISTO tinha, que jáexistia antes do sacerdócio aarônico e até lhe era superior.Salém. No hebraico, completa. Esse nome é uma forma abreviada de Jerusalém (ver no Dicionário aesse respeito). Embora ocorra apenas por quatro vezes nas Escrituras, o nome Salém é a primeiradesignação dessa cidade (Gên. 14.18), identificando o lugar da cobertura, tenda ou habitação de DEUS(Sal. 76.2). O titulo dado a Melquisedeque, ou seja, rei de Salém (Heb. 7.1), significa “rei de paz”, noversículo seguinte, destacando-se o seu sentido de segurança, prosperidade e bem-estar.

Pão e vinho.Observação minha (Ev'Henrique) - Aqui foi realizada uma refeição de aliança entre Abraão eJESUS (antítipo de Melquisedeque). DEUS Altíssimo. Melquisedeque era o sacerdote de El Elyon. O nome era comumente aplicado a DEUSentre os povos de origem semita, e tornou-se na Bíblia um dos nomes principais de DEUS, em suaforma singular ou plural, respectivamente, El e Elohim. El significa “poder”, “força”. É nome usado deforma composta com outros títulos. Assim, temos DEUS Todo-poderoso, em Gên. 17.1; DEUS, o DEUSde Israel, em Gên. 33.20; e El-Betel (DEUS de Betel), em Gên. 31.13. Por sua vez, Elyon é apelativousado com frequência no Antigo Testamento para indicar o Senhor (Sal. 78.35).Em Salmos 7.17, Elyon é aplicado a Yahweh. No vs. 22 deste capítulo, Abraão jurou por Yahweh, ElElyon.Sacerdote. Temos aqui a primeira menção ao termo “sacerdote” na Bíblia. Embora talvez Melquisedequefosse cananeu, seu sacerdócio e adoração foram reconhecidos por Abraão como ligados ao mesmoDEUS que o seu.

CHAMPLIN, Russell Norman, Antigo Testamento Interpretado versículo por versículo. Editora Hagnos. pag. 114.Melquisedeque (18), o honorável sacerdote-rei de Salém (Jerusalém), deu comida e bebida aosvencedores e pronunciou uma bênção a Abrão (19). Em atenção aos atos do sacerdote-rei, Abrão deu odízimo de tudo (20) a Melquisedeque.O caráter robusto de Melquisedeque e seu status como respeitado sacerdote-rei tornaram-sesignificativos em posteriores pronunciamentos sobre o muito esperado Messias.O Salmo 110.4 relaciona o Messias na “ordem de Melquisedeque” e o escritor da Epístola aos Hebreuscita esta porção dos Salmos para mostrar que CRISTO é este tipo de ordem sacerdotal no lugar daordem arônica (Hb 5.6,10; 6.20; 7.1-21).O escritor de Hebreus enfatiza o significado do nome e status de Melquisedeque para assinalar que elee CRISTO eram homens de justiça e paz (Hb 7.1,2). A próxima correlação é um destaque na força evalor pessoal e não na linhagem. Seu ofício não passou automaticamente a outro. CRISTO é SumoSacerdote e não somente sacerdote, e em vez de dar somente uma bênção, CRISTO salva“perfeitamente” (Hb 7.25,26).

George Herbert Livingston, B.D., Ph.D. Comentário Bíblico Beacon. Editora CPAD. Vol. 1. pag. 61.

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Melquisedeque, rei e sacerdote, nome e título expressando a esfera do direito e do bem (ver Hb 7:2),oferece-lhe, para celebração, algo singelo da parte de DEUS para satisfazê-lo, pronuncia uma bênçãoem termos gerais (frisando o Doador, não a dádiva), e aceita custoso tributo. Isso tudo só tem sentidopara a fé.18,19. Salém é Jerusalém; sobre esse nome, “paz”, e o de Melquisedeque, rei de justiça, ver Hb 7:2. Aunião do rei e o sacerdote em Jerusalém haveria de levar Davi (o primeiro israelita a sentar-se no tronode Melquisedeque) a entoar cânticos sobre um Melquisedeque mais grandioso que havia de vir (SI110:4).DEUS Altíssimo (èl ‘elyôn). O que quer que esse título significasse para os predecessores e sucessoresde Melquisedeque, para ele significava o verdadeiro DEUS, em certa medida auto revelado, como suaspalavras subsequentes mostram. Em todo caso, o dizimo de Abrão (c/. Hb 7:4-10) e a junção que fez onome Yahweh (Senhor, 22) com a expressão usada por Melquisedeque, DEUS Altíssimo, decidem aquestão. Este título é empregado frequentemente nos Salmos.

Derek Kidner. Gênesis. Introdução e Comentário. Editora Vida Nova. pag. 112-113.Hb 14.18 Este versículo tem provocado toda a forma de dificuldade para aqueles que pensam sernecessário interpretar essas coisas literalmente, no tocante à personagem retratada no A.T.,Melquisedeque. Se realmente ele não tinha nem pai e nem mãe, se ele não nasceu e nem morreu, entãoé impossível que tenha sido um homem. Portanto, só nos restaria pensar que ele foi alguma figuraangelical, ou o próprio CRISTO, em uma encarnação no A.T., preliminar à sua missão messiânica,sobre a qual fala ο N.T. Mas essa forma de interpretação ignora a própria natureza da interpretação«alegórica». O autor sagrado não quis dizer mais do que o fato que Melquisedeque não tinha«genealogia», isto é, que não foram registrados seus laços de família, nem o seu nascimento e nem asua morte. Até onde diz respeito ao «registro sagrado», ele não começou e nem terminou, mas é eterno,para o passado e para o futuro. Tais declarações e usos (que não devem ser compreendidosliteralmente), dentro da interpretação alegórica, no primeiro século de nossa era não seriam reputadosincomuns. Naturalmente, o autor sagrado vai muito além do que se poderia deduzir do A.T., acerca danatureza de Melquisedeque, e se utiliza aqui do «silêncio» (o que simplesmente indica que foramomitidas tais descrições humanas sobre ele) como seu instrumento principal. O que fica «subentendido»acerca de Melquisedeque, pelo «silêncio» (não houve «registro» que marcasse seu começo e seu fim) éliteralmente verdadeiro no caso do Filho de DEUS, a quem simbolizava. Ver mais do que isso nessasdeclarações bíblicas é ignorar a própria natureza da interpretação alegórica, que não se atémrigidamente à história e de acordo com a qual a história é apenas «incidental». Os problemas deinterpretação se originam quando ignoramos isso e procuramos fazer a história tornar-se «vital e central»na alegoria. Mas, a verdade é bem outra. O argumento se baseia no silêncio, do que Filo muito seaproveitava, mas que não deve ser pressionado exageradamente. O registro do livro de Gênesis não nosdá qualquer genealogia (sobre Melquisedeque).Melquisedeque aparece sozinho. Mas nem por isso devemos compreender que se tratasse de um sermiraculoso, sem nascimento ou sem morte física. Melquisedeque tem sido feito uma personagem maismisteriosa do que realmente é quando se coloca, na interpretação, o que não se acha no registrobíblico». (Robertson, in loc.).Melquisedeque «representa» as qualidades «possuídas» pelo Filho de DEUS, pois ele é seu «tiposimbólico». Não possuía em si mesmo tais qualidades. No dizer de Newell (in loc.): «Aquilo que CRISTOé ‘realmente’, Melquisedeque é apenas na ‘aparência’; e isso é tudo quanto fica exigido».«A inferência é que o silêncio (nas páginas do A.T.) é intencional e significativo» (A.C. Kendrick ,Hebrews, pág. 86). Por igual modo, Westcott (in loc.), supõe que o autor sagrado dá grande importânciaao «silêncio» que há nas páginas do A.T. a cerca dos primórdios e do destino de Melquisedeque.Entretanto, ele vê essa importância no «uso profético» que o autor sagrado faz sobre essa passagem, enão que o escritor original do livro de Gênesis tivesse visto qualquer importância na omissão dessematerial, tendo querido subentender elementos sutis da verdade, através de tal silêncio. E nãoduvidemos que isso expressa a verdade do caso.A aplicação do que é dito aqui, como é óbvio, não visa o homem JESUS de Nazaré. Antes, visa o«logos», o CRISTO eterno. (Marc. 1:1).O Sumo Sacerdote da nossa confissão, que é CRISTO, não precisava ser de descendência aarônica. Oversículo é polêmico, antecipando o problema levantado no décimo quarto versículo, e, uma vez mais,em Heb. 8:4. Se o seu sacerdócio fosse meramente «terreno», ele não poderia qualificar-se comosacerdote, porquanto veio da tribo de Judá, que não era a tribo sacerdotal. Antes, o sacerdócio deCRISTO é celestial, pelo que também não precisa seguir o padrão do sacerdócio aarônico, que foi umainstituição terrena. O autor sagrado, na realidade, faz com que o fato de CRISTO não ser descendentede Aarão, ser um ponto definitivo a seu favor. O verdadeiro sumo sacerdote deveria pertencer à ordem deMelquisedeque, que não teve genealogia terrena, e que não teve começo e nem fim. Isso significa que oSumo Sacerdote da nossa confissão precisava ser um ser eterno e celestial. Se pudéssemos atribuir-lhe

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qualquer «árvore genealógica», ficaria desqualificado para o seu ofício sumo sacerdotal.Portanto, podemos observar os pontos seguintes, no argumento do autor sagrado. 1. A descendênciaterrena não tem qualquer aplicação ao sacerdócio eterno de CRISTO. 2. De fato, tal descendência odesqualificaria para esse sacerdócio, já que só pode ser conservada pelo Logos divino, que transcende aquaisquer instituições terrenas. 3. A autoridade desse sumo sacerdócio repousa sobre a «nomeaçãodivina» (ver Heb. 5:5 e ss.). 4. A autoridade desse sacerdócio repousa sobre a «dignidade» da pessoade CRISTO, bem como de seu caráter majestático e sacerdotal, tudo o que transcende a quaisquerinstituições terrenas de natureza sacerdotal.«...sem pai, sem mãe...» Melquisedeque simplesmente não tem «genealogia registrada» nas Escrituras,e o autor sagrado aproveita-se desse fato a fim de ensinar certa verdade espiritual a respeito deCRISTO, que é o «antítipo» de Melquisedeque.«...sem genealogia...» Algumas traduções preferem dizer aqui «...sem descendência ...» Em toda aliteratura grega, o vocábulo grego figura exclusivamente aqui. Literalmente interpretada, essa palavrapode significar somente «sem genealogia», - A genealogia não foi registrada porque o autor do livro deGênesis não se interessava em fazer tal registro; e foi dessa circunstância que tirou proveito o autor daepístola aos Hebreus para destacar uma verdade espiritual.«.. .não teve princípio de dias, nem fim de existência... » No que diz respeito a Melquisedeque, issoindica somente que não houve «registro» desses pormenores. No que diz respeito a CRISTO, deve serentendido literalmente, por ser ele o Verbo eterno. Todavia, não podem essas palavras ser aplicadas aohomem JESUS de Nazaré, cujas genealogias são registradas nos evangelhos.«.. .semelhante ao Filho de DEUS. ..» Novamente, não literalmente, em sua própria natureza, masapenas «aparentemente», por ser ele «tipo» de CRISTO. «...permanece sacerdote perpetuamente...» Noque concerne a Melquisedeque, isso significa somente que não houve «fim registrado» de seusacerdócio. Os sacerdotes aarônicos tinham de provar sua legítima reivindicação ao ofício, medianteregistros genealógicos. Viviam certo período de anos, exercendo o ofício sacerdotal. Mas a morte físicainterrompia isso, e eles tinham de ser «substituídos». Nada disso se deu no caso de Melquisedeque,pelo menos «até onde vão os registros bíblicos». E o que é verdade sobre Melquisedeque, dentro doregistro bíblico, na realidade é verdade no caso de CRISTO. O fato que seu sacerdócio não tem fimmostra-nos que até mesmo na eternidade o Filho é o mediador entre DEUS Pai e os homens; ele é afonte da qual nos abeberamos de «toda a plenitude de DEUS» (ver Efé. 3:19). Segundo a sua imagem éque seremos transformados continuamente, para graus cada vez maiores de glória; o alvo consiste emcompartilharmos de sua natureza essencial; e, através disso, compartilharem os de seus atributos eperfeições, tal como ele compartilha desses atributos com DEUS Pai. (Ver Efé. 3:19).«De acordo com seu propósito, ele (o autor sagrado) apresenta as seguintes características dosacerdócio ideal: real, justo, pacificador—e tudo pessoal, eterno, e não como qualidades herdadas.(Comparar com Isa. 9:6,7; 11:4,10; 32:17 e52:7)».

CHAMPLIN, Russell Norman, O Novo Testamento Interpretado versículo por versículo. Editora Candeias. Vol. 5.pag. 551-552.

Hb 7.3 O apóstolo, porém, não pára na explicação dos nomes. Ele ultrapassa em muito aquilo que orelato de Melquisedeque no AT expressa. De certo modo ele confere à imagem do rei e sacerdote do ATtraços fáceis de gravar. Sobre isto escreve O. Michel: “Nosso autor não tem a percepção de queressaltando Melquisedeque estaria prejudicando a figura de JESUS. Pelo contrário: quanto mais sepuder afirmar sobre Melquisedeque, tanto mais fortemente brilha a glória do Filho de DEUS”. Gn 14.17-20 informa tão somente o transcurso histórico do episódio. O apóstolo, porém, caracteriza a pessoa deMelquisedeque com mais detalhes: ([…] sem pai, sem mãe, sem genealogia; que não teve princípio dedias, nem fim de existência, entretanto, feito semelhante ao Filho de DEUS), permanece sacerdoteperpetuamente. O AT e o NT formam uma unidade, que JESUS CRISTO somente pode sercompreendido a partir do AT, mas que também inversamente o AT adquire sentido através de JESUSCRISTO.O apóstolo alinha afirmações sobre a pessoa de Melquisedeque. “Sem pai”, “sem mãe”, “semgenealogia”, da tribo de Judá, não teve princípio de dias, nem fim de existência. “Também nesseaspecto revela-se um mistério. Na Escritura não são mencionados nem o seu nascimento nem a suamorte. Contudo, o que não é contado na Escritura não pode ser comprovado historicamente ou nãoaconteceu. O sacerdote sem origem sacerdotal tampouco possui delimitação de vida e atuaçãodefinidas pela Escritura. Esta constatação extrapola os limites da existência humana”. O apóstolo nãosomente diz que o AT silencia acerca do nascimento e da morte de Melquisedeque. De suas palavrasfica evidente o seguinte: falta, nesse personagem, a correlação terrena, Melquisedeque está fora daordem normal da vida. Ele não recebeu o seu sacerdócio, nem o transmitiu adiante. Sua origem é denatureza celestial, inexplicável, e aponta para a existência perpétua de Melquisedeque. É o que nosconfirmam as palavras: “Dele se testifica que vive” (v. 8), “Ele é sacerdote segundo o poder de vidaindissolúvel” (v. 16) e “Ele tem, porque permanece perpetuamente, um sacerdócio imutável” (v. 24).

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Ao se aproximar do fim de seu raciocínio o apóstolo levanta um pouco o véu do mistério: feitosemelhante ao Filho de DEUS, permanece sacerdote perpetuamente. Pelo que se evidencia, foi a estafrase que o apóstolo deu o peso maior. É por isto que ele volta a recorrer à palavra do salmo. Contudo,pela autoridade do ESPÍRITO SANTO ele altera, na sua interpretação, o seu sentido. No Sl 110.4consta: “Tu és sacerdote para sempre, segundo a ordem de Melquisedeque”. O Messias é que estásendo interpelado. A ele é que se promete o sacerdócio eterno. Melquisedeque é colocado como figurainicial, o Messias é sua réplica, não inversamente. A ordem de Melquisedeque é um exemplo para osacerdócio messiânico. Este sentido original é que o apóstolo está invertendo. Ele afirma:Melquisedeque foi feito idêntico ao Filho de DEUS. CRISTO é a imagem original, nele persiste desde aeternidade a verdadeira ordem sacerdotal, Melquisedeque é a réplica, que por sua vez aponta para ocumprimento pleno de todo sacerdócio em CRISTO. Melquisedeque é o personagem terreno precocedesse sacerdócio eterno, a réplica, no qual porém não se perdeu nada do conteúdo da imagem original.É por isto que este sacerdócio de Melquisedeque continua eternamente.Em poucas frases marcantes, o apóstolo elaborou para a comunidade o entendimento da pessoaexcelsa de Melquisedeque. Concedeu-lhe a chave para o mistério espiritual das declarações do AT emGn 14.17-20 e no Sl 110.4. Melquisedeque é semelhante ao Filho de DEUS, é imagem do Filho. A figurade Melquisedeque torna-se transparente para JESUS CRISTO. Em Melquisedeque o Senhor vem aonosso encontro (cf. Jo 8.56).

Fritz Laubach. Comentário Esperança Hebreus. Editora Evangélica Esperança.As descrições sem pai, sem mãe, sem genealogia, não tendo princípio de dias nem fim de vida (3),devem ser entendidas em referência à ordem do sacerdócio de Melquisedeque, não à sua pessoa física.Na mente de um judeu, letrado nas ideias levíticas rígidas, era inconcebível que alguém servisse comosacerdote sem ser descendente de pais sacerdotes, sem genealogia. Mas, foi o próprio Moisés quechamou Melquisedeque de “sacerdote do DEUS Altíssimo” (Gn 14.18); e ele foi reconhecido como talmesmo sem credenciais formais. Ele não tinha uma linhagem oficial. Não havia o Sacerdócio deCRISTO - Neste sentido, ele foi feito semelhante ao Filho de DEUS, que também não tinha umalinhagem sacerdotal normal.O aspecto importante a ser ressaltado é que este Melquisedeque permanece sacerdote para sempre.Aqui está a proposta-chave. Tudo o mais é subordinado e descritivo. Primeiro, os fatos da história sãoreafirmados. Então, o padrão tipológico é desenhado, basicamente como um argumento do silêncio. Eas ideias essenciais que o autor vai ressaltar são: 1) esta certamente não é uma ordem de sacerdóciolevítica; 2) ela é uma ordem superior e 3) um sacerdócio que é caracterizado pela perpetuidade.

Richard S. Taylor. Comentário Bíblico Beacon. Editora CPAD. Vol. 10. pag. 62-63.2. O sacrifício perfeito de CRISTO.

CRISTO, nosso Sumo Sacerdote Perfeito e Eterno.A ordem sacerdotal de CRISTO não era a de Levi, mas a de Melquisedeque (Hb 5.6,10; 7.1-28), e aBíblia nos apresenta JESUS como aquEle que tem um “sacerdócio perpétuo” (Hb 7.24), isto é, imutável.A perpetuidade do sacerdócio levítico era garantida por meio da continuação da linhagem levítica, pelo“grande número” de seus sacerdotes que se sucediam com o passa dos séculos (Hb 7. 23). Só que o“sacerdócio perpétuo” de JESUS é muito mais poderoso, pois se assenta na sua eternidade, além daperfeição e do caráter definitivo de seu sacrifício (Hb 7.24-27). Ele era perfeito, por isso seu sacrifício eserviço foram perfeitos (Hb 7.26-28).Louvemos a CRISTO, que nos deu livre acesso à presença de DEUS por meio do seu ministério perfeitoe definitivo, um ministério perpétuo em nosso favor, no qual Ele está “sempre vivendo para interceder portodos” nós (Hb 7.25b).

COELHO, Alexandre; DANIEL, Silas. Uma Jornada de Fé. Moisés, o Êxodo e o Caminho a Terra Prometida.Editora CPAD. pag. 145.

Hb 7.25 Todas as declarações que o apóstolo fez na comparação entre o sacerdócio de Arão e o sumosacerdócio de JESUS, o sacerdócio segundo a ordem de Melquisedeque, culminam nessa única frase:Por isso, também pode salvar totalmente os que por ele se chegam a DEUS, vivendo sempre parainterceder por eles. O que a lei e o sacerdócio do AT não puderam realizar, isto JESUS realiza combase em sua vida divina eterna: pode salvar integralmente! Ele “pode socorrer!” (Hb 2.18 [RC]). Foi isto oque o apóstolo havia ressaltado primeiramente como efeito do serviço de sumo sacerdócio de JESUS.Agora ele avança mais um passo em sua declaração. JESUS nos trouxe a redenção total.Conquistou uma salvação perfeita, eternamente válida. Esta redenção eterna, de validade plena, vigorapara todas as pessoas, é oferecida a cada ser humano, sendo porém eficaz somente para aquele quevolta para DEUS. De modo semelhante como em Hb 2.16, o apóstolo também delimita aqui o círculo depessoas em quem a salvação se realiza. Lá ele havia afirmado: Ele “socorre a descendência de Abraão”.Aqui ele assevera: “JESUS pode salvar aqueles que por meio dele chegam a DEUS!” A salvação dospecados somente é concretizada naqueles que se convertem ao Senhor com arrependimento e fé (cf. At3.19). Quem acolheu a JESUS CRISTO como seu Salvador e Senhor por decisão pessoal e voluntária

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de fé (Jo 1.12), quem veio a DEUS, o Pai, por intermédio de JESUS CRISTO (Jo 14.6), este obtémperdão e experimenta a proteção na tribulação, na aflição e na necessidade. O eterno Sumo Sacerdote(Ap 1.18) não somente é o Redentor de seu povo, mas ao mesmo tempo também o Advogado, oIntercessor eterno dos fiéis (Rm 8.34; 1Jo 2.1).26-28 O apóstolo expõe esta realidade de salvação abrangente perante uma comunidade que ele visapreparar para sofrimentos futuros: salvação, preservação e aperfeiçoamento nos são doados por meio denosso eterno Sumo Sacerdote. O autor dirige nosso olhar para a obra de libertação consumada porJESUS, que se ofereceu a si mesmo a DEUS como sacrifício plenamente válido e impossível de serrepetido, e que pagou a culpa do pecado da humanidade. Com a mesma clareza ele nos exibe amagnitude e santidade do Sumo Sacerdote do NT. Com efeito, nos convinha um sumo sacerdote comoeste, santo, inculpável, sem mácula, separado dos pecadores e feito mais alto do que os céus. Nossasalvação está alicerçada não somente na ação redentora de JESUS, porém da mesma maneira nanatureza de sua pessoa divina. O que se exigia em termos de pureza cultual dos sacerdotes do AT foiultrapassado infinitamente por meio de CRISTO. JESUS é santo – totalmente sem naturezapecaminosa, santo, como DEUS o Pai é santo, perfeitamente santo segundo a lei. Contudo, a suasantidade não assusta a nós, pecadores, pois é precisamente por meio dela que ele pode nosrepresentar perante DEUS. Ele é inculpável – “sem traição e ardil”, sem mácula – tinha condições deperguntar verdadeiramente: “Quem dentre vós pode me argüir de um pecado?” (Jo 8.46), separado dospecadores – ser humano como nós (Hb 2.14), tentado como nós (Hb 4.15), e não obstante o único quepermaneceu sem pecado, sendo por isto feito mais alto do que os céus. Por meio da ressurreição eascensão, JESUS conquistou o acesso direto à glória de DEUS. Esta riqueza imensurável da essênciadivina na pessoa de JESUS já tem efeitos para a sua vida na terra, para o seu serviço terreno de SumoSacerdote. De modo consciente o apóstolo contrapõe o sacrifício diário do sumo sacerdote do AT e osacrifício único de JESUS. O sumo sacerdote tinha de oferecer sacrifício primeiro por si mesmo, a fimde realizar expiação por sua própria culpa. JESUS não teve necessidade disso. O sumo sacerdote doAT ofertava sacrifícios de dádivas, JESUS sacrificou-se pessoalmente! Qual é o fundamento destecontraste? Com esta pergunta, o apóstolo retorna ao ponto inicial de suas reflexões no presente bloco. Alei sacerdotal do Sinai escolhia para sumos sacerdotes a homens sujeitos à fraqueza. Somente muitomais tarde, no tempo do rei Davi, DEUS revelou a palavra do juramento, do Sl 110, pela qual eleconvocou o Filho, que é perfeito eternamente. Lei e juramento divino estão na mesma relação entre sicomo os sacerdotes humanos, marcados pela fraqueza, i. é, sujeitos à tentação, e o Filho eterno eperfeito.SínteseEm Hb 1–6 diversas menções, sobretudo também as advertências e exortações, repetidamenteintercaladas, permitiram delinear os contornos de uma conjuntura comunitária, à qual o apóstolo dirigesua pregação. Em contrapartida, Hb 7, o capítulo com o qual começa a seção principal da carta, nãocontém nenhuma referência à situação concreta da comunidade. A maneira como são contrapostas aantiga e a nova alianças não possui o caráter de uma controvérsia de um fiel do NT contra a devoçãolegalista do AT, assim como é feito pelo apóstolo Paulo, p. ex., na carta aos Gálatas. Tampoucopodemos afirmar que as elaborações do apóstolo se voltam contra um reavivamento das ordens de cultodo AT na comunidade. Parece que o autor, ao anotar os pensamentos de Hb 7, está retirado dosproblemas de seu presente imediato. Assim como na carta aos Efésios Paulo medita, inicialmente semrelação direta com os problemas atuais da comunidade, acerca da deliberação salutar de DEUS deeternidade a eternidade, assim o nosso autor reflete em Hb 7 sobre as palavras de Gn 14.17-20 e Sl110.4. Estas palavras tornam-se para ele uma indicação viva da magnitude, superior a tudo, de JESUSCRISTO. Unicamente JESUS – maior que tudo que DEUS havia concedido como revelação a seu povoIsrael e ao mundo. É o que se descortina diante de seu olhar espiritual. A elaboração da natureza e daautoridade de JESUS, nos v. 25,26, constitui o cerne da declaração, em torno da qual ele agrupa seuspensamentos: o que distingue JESUS dos sacerdotes do AT e o eleva extremamente acima deles sãosua condição sem pecado, o sacrifício único de sua vida divina, a exaltação ao céu, sua imortalidade eseu serviço perpétuo de intercessão. Como o autor já vislumbra atrás da pessoa de Melquisedeque ofulgor da glória da pessoa de JESUS CRISTO, sendo que o rei sacerdote da antiga aliança se torna umaindicação direta para o Sumo Sacerdote real eterno da nova aliança, por isto o serviço sumo sacerdotalde JESUS é infinitamente superior ao sumo sacerdócio de Arão.O apóstolo fundamenta suas afirmações em três argumentações, que ele executa de formarigorosamente estruturada.1. Como fundamental ele destaca que Melquisedeque é superior ao patriarca Abraão, a seu descendenteLevi e aos sacerdotes de Arão.a. Os levitas descendem de Abraão; Melquisedeque não tem antepassados, é de origem celestial. Aeste fato corresponde que os levitas são pessoas mortais, mas que Melquisedeque tem vida infindável.b. Os levitas recebem o dízimo de seus irmãos; Melquisedeque recebeu o dízimo do ancestral.

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c. Também os levitas estão obrigados a pagar o dízimo a Melquisedeque, pois seu ancestral Levi estavanos “quadris” do patriarca quando Abraão se encontrou com Melquisedeque.d. No final Melquisedeque abençoou Abraão, e esta relação de bênção não pode ser invertida.2. O apóstolo igualmente desenvolve a contraposição de sacerdócio e lei em quatro etapas:a. Lei e sacerdócio estão indissoluvelmente ligados entre si. A constituição de um novo sacerdócio traznecessariamente consigo que também se institua uma nova ordem.b. O sacerdócio antigo era baseado na “ordem de Arão”, enquanto o novo sacerdócio se baseia na“ordem de Melquisedeque”.c. A antiga ordem foi outorgada a Israel no Sinai. A nova ordem vem a ser a mais antiga, a original.Possui seu fundamento na eternidade de DEUS.d. A introdução da nova ordem sacerdotal tornou-se necessária porque através do sacerdócio de Arãonão foi possível chegar a um encerramento da história da salvação. Os sacrifícios no AT são apenasprefigurações, o verdadeiro sacrifício foi ofertado somente pelo Sumo Sacerdote do povo de DEUS doNT.3. A certeza última de que a nova ordem sacerdotal alcançou vigência em CRISTO é constatada peloapóstolo no seguinte fato: o santo DEUS fez de sua divindade a garantia, e comprometeu-se porjuramento a cumprir as suas promessas. O autor destaca quatro correlações entre o juramento de DEUSe sacerdócio:a. A lei e a ordem sacerdotal levítica estão ultrapassadas através do juramento, por meio do qual JESUSfoi constituído Sumo Sacerdote. Arão tornou-se sacerdote através da palavra da lei, que não trouxeconsigo um encerramento da ordem de salvação. JESUS foi convocado para ser Sacerdote por meio dapalavra do juramento divino, que aponta para a consumação definitiva de uma ordem original de DEUS.b. A lei trouxe “a introdução da esperança pelo melhor”, o juramento de DEUS trouxe sua realização.c. A pluralidade dos sacerdotes foi instituída sem juramento. Eles eram pessoas mortais, marcadas pelafraqueza. O Sacerdote único foi instituído com um juramento, ele é imortal e perfeito de acordo com alei. Por isto também pode ser fiador do melhor testamento.d. De maneira idêntica como o juramento divino é superior à lei, também o serviço sacerdotal de JESUSé melhor que o de Arão, e a nova aliança é melhor que a antiga.O cumprimento da esperança do AT por uma nova ordem sacerdotal inclui que alguém que pela lei deMoisés não tem nenhuma promessa para isto pode tornar-se sacerdote. Não mais Levi – mas Judá é, nanova aliança, a casa matriz do sacerdócio. As conseqüências desta nova ordem de DEUS refletem-sesobre a igreja do NT. Agora pessoas são chamadas para serem sacerdotes de DEUS, para as quais,pela base do AT, faltavam todas as premissas para isto. Os membros da igreja de JESUS são ageração de sacerdotes do NT (1Pe 2.9; Ap 1.6; 5.9,10). O sumo sacerdócio de JESUS, bem como osacerdócio de sua igreja, não se alicerçam sobre a lei do AT, mas, como no caso de Melquisedeque,sobre a riqueza interior da pessoa do Senhor, sobre sua glória divina: “… não com base numa lei dedeterminações humanas, porém com base e no poder de uma vida indissolúvel”. No sumo sacerdócio deJESUS “segundo a ordem de Melquisedeque” manifesta-se com perfeição a ordem sacerdotal originalintencionada por DEUS.Poderíamos concluir que os pensamentos teológicos do autor transbordam de uma copiosidadeesbanjadora. Será que diante deles o apóstolo se esqueceu da realidade? Acaso não se lembra daaflição e dos problemas da comunidade à qual dirige seu escrito? Isto ele faz – contudo ensina a seusleitores, e por isto também a nós hoje – uma descoberta espiritual necessária. Sempre quando a afliçãoe tribulações ou problemas práticos da vida nos assediam, corremos o perigo de nos deixarmos prenderpelas dificuldades. Certamente confessamos a CRISTO como nosso Senhor, certamente aindapermitimos que fale a nós por sua palavra e falamos com ele na oração. Mas apesar disso nossospensamentos giram incessantemente em torno da dificuldade iminente, procurando por uma saída. Istotraz consequências funestas: não sabemos mais avaliar corretamente nossa situação. Subitamentenossas necessidades parecem ser esmagadoras. Começamos a ter pena de nós mesmos ou a nosresignar. Muito pior: privamo-nos assim da força espiritual para superar a crise. No presente capítulo oapóstolo mostra o caminho acertado: ter tempo para JESUS! Não rememorar sempre as dificuldades,mas aprofundar-se em oração na palavra de DEUS, a fim de contemplar a magnitude de JESUS. Neleresidem as fontes ocultas de nossa vida espiritual e de nossa força. Permitamos que o apóstolo nosabra o entendimento para as correlações da história da salvação. Então desenvolveremos umapercepção para a revelação de DEUS na história, precisamente também no seu desdobramento porlongos períodos. Igualmente aprendemos a ver nossa vida pessoal nessas grandes correlações, que seordenam todas sob a mão de DEUS num plano perfeito, bem como a louvar e adorar a DEUS por tudoisto.

Fritz Laubach. Comentário Esperança Hebreus. Editora Evangélica Esperança.Hb 7.25. Aqui, o resultado do sumo-sacerdócio inviolável é especificamente declarado como sendo Suacapacidade contínua de salvar. Teria sido totalmente diferente se Seu cargo sumo-sacerdotal tivesse

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sido apenas temporário. Realmente, a força inteira do argumento nesta Epístola depende dacontinuidade do cargo de JESUS. A capacidade de JESUS CRISTO já fora focalizada antes nestaEpístola, mas em nenhum lugar tão compreensivamente quanto aqui. Em 2.18, tratava-se da Suacapacidade de ajudar, em 4.15 da Sua capacidade de simpatizar, mas aqui, da Sua capacidade desalvar. A salvação já foi mencionada, mas somente aqui é que o verbo usado é aplicado a JESUS.Assim fica mais pessoal. Mas fica sendo ainda mais compreensivo pelo fato de que Sua capacidade desalvar é, segundo é declarado aqui “para todo o tempo” (eis to panteles). O grego geralmente significatotalmente (ARA), mas um significado temporal é justificado pelos paralelos nos papiros (MM). Osignificado parece ser que, enquanto o Sumo Sacerdote funcionar, é poderoso para salvar, pensamentoeste que é reforçado pelas palavras vivendo sempre (pantotezòn).Os que por ele se chegam a DEUS já foram referidos no v. 19, embora um verbo diferente seja usadoaqui. Há uma conexão recíproca entre a capacidade de JESUS se salvar e a disposição do homem devir. Nenhuma provisão é feita para aqueles que vêm por qualquer outra maneira senão através de JESUSCRISTO. Este escritor compartilha com os demais escritores do Novo Testamento a convicção de que asalvação é inseparável da obra de CRISTO.Nesta carta, a obra intercessória de CRISTO já foi aludida de modo indireto. Sua simpatia e Sua ajudaestão em harmonia com esta obra, mas é nesta passagem que é ressaltada mais claramente. A palavrapara interceder (entynchanein) não ocorre em qualquer outro lugar nesta Epístola, mas é usada por Paulopara a intercessão do ESPÍRITO (Rm 8.27) e para a intercessão de CRISTO (Rm 8.34). A função donosso Sumo Sacerdote é pleitear a nossa causa. Isto, também, Ele pode fazer de modo mais eficaz doque Arão ou qualquer dos descendentes deste poderia fazer. Este ministério intercessório de CRISTOdemonstra Sua atividade atual em prol do Seu povo e é uma continuação direta do Seu ministérioterrestre. 26. Aqui o escritor passa a resumir algumas daquelas qualidades que são característicasespecíficas de um sumo sacerdote ideal e que são vistas perfeitamente em JESUS CRISTO.Anteriormente nesta Epístola o escritor usou a mesma fórmula convinha (eprepen) que é usada aqui, i.é,em 2.10. Nos dois casos refere-se à perfeição das atividades de JESUS CRISTO. Aqui, subentende quenenhum outro tipo de sumo sacerdote cumpriria as exigências. Este fato não somente se aplica àsqualidades que serão mencionadas, como também àquelas já mencionadas no v. 25, porque a palavrade ligação (grego gar) com efeito olha para trás e para a frente. É tomado por certo que a declaraçãoacerca do sumo sacerdote é relevante somente para os cristãos, conforme subentende o nos (hèminj.Não parece ser apropriado para todos, mas somente àqueles que se chegam a DEUS mediante JESUSCRISTO (como no v. 25).Em primeiro lugar, são mencionadas três características pessoais do sumo sacerdote ideal, sendo quetodas elas estão estreitamente ligadas entre si — santo, inculpável, sem mácula. A primeira refere-se àsantidade pessoal.Tem um aspecto positivo, um cumprimento perfeito de tudo quanto DEUS é e tudo quanto Ele requer,um caráter que nunca poderá ser acusado de erro ou de impunidade. As outras qualidades dizemrespeito ao impacto do seu caráter sobre outras pessoas. Ninguém pode acusá-lo de apostasia moral oude corrupção. A palavra inculpável (akakos) significa “inocente” no sentido de não ter dolo, ao passo quea palavra sem mácula (amiantos) significa “incontaminado.” As três palavras se combinam entre si paraoferecer um quadro completo da pureza de nosso Sumo Sacerdote.Ele não somente é inerentemente puro, como também permanece puro em todos os Seus contatos comos homens pecaminosos. Ao passo que anteriormente na Epístola o escritor deu-se ao trabalho deressaltar a identificação de JESUS CRISTO com Seus “irmãos,” aqui enfatiza que estava separado dospecadores. Isto é verdadeiro em dois sentidos.Seu caráter isento de pecado imediatamente O coloca à parte doutros homens, sendo que todos elessão pecadores. Além disto, Seu cargo também o coloca à parte, porque somente o sumo sacerdote, atémesmo na ordem levítica, tinha licença de entrar no Santo dos Santos, e isto somente depois depurificar seu próprio pecado. É um aspecto principal do Novo Testamento que JESUS CRISTO, adespeito da Sua semelhança aos homens, não deixa de ficar acima deles, de ser sem igual. É somentequando esta singularidade é reconhecida que a plena glória do ministério de JESUS em prol dos homenspode ser apreciada.A expressão feito mais alto do que os céus descreve a posição presente de nosso Sumo Sacerdote erelembra a declaração em 1.3 acerca dEle assentado à destra da Majestade nas alturas. Há muitaspassagens no Novo Testamento que são paralelos deste pensamento (cf. Ef 4.10; At 1.10-11; 1 Pe3.22). A exaltação de JESUS é vividamente ressaltada por Paulo em Filipenses 2.9. Em contraste com aglória limitada do sacerdócio levítico, a glória de CRISTO acha-se na Sua exaltação etema. Não háninguém comparável a Ele.27. Sua superioridade aos sacerdotes arônicos é vista, ainda mais, no fato de que nenhum sacrifíciodiário (todos os dias) é necessário nem para Ele nem para Seu povo. Suige um problema a respeito daaplicação da expressão todos os dias (kath hémeran) aos sacerdotes arônicos, porque se o escritor tem

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em mente o ritual do Dia da Expiação, este era realizado somente uma vez ao ano, e não diariamente.Bruce66 pensa que a oferta ocasional pelo pecado talvez estivesse na mente do nosso autor quandousou a expressão “todos os dias.” Do outro lado, Davidson67 considera que o Dia da Expiação resumetodas as ofertas ocasionais no decurso do ano. Mas o problema pode ser resolvido ao restringir aspalavras ao ministério de JESUS, e neste caso as palavras acompanhantes com os sumos sacerdotesse refeririam somente à necessidade de os sacerdotes oferecerem sacrifícios.A frase inteira pode, então, ser traduzida: “Ele não tem necessidade, no Seu ministério diário, deoferecer sacrifícios por Si mesmo como faziam aqueles sacerdotes...” Este modo de entender aexpressão todos os dias estaria de acordo com as declarações anteriores já feitas no v. 25 acerca docaráter contínuo da intercessão de CRISTO. O fato de que o sumo sacerdote arônico precisava de umsacrifício tanto para ele quanto para seu povo demonstra uma nítida distinção da ação de CRISTO, que asi mesmo se ofereceu uma vez por todas. O sacrifício no caso dEle não era para Si mesmo, porque nãotinha pecado algum. Além disto, o sacrifício era uma vez por todas, e não precisava de repetição. Éimportante notar que a razão da diferença é achada exclusivamente no caráter do Sumo Sacerdote e nãono Seu cargo.28. Aqui temos um resumo dos dois versículos anteriores. O contraste entre as duas ordens é resumidocomo sendo um contraste entre a lei e o juramento. Trata-se de tirar uma conclusão do argumento apartir de 6.13ss. Diz-se que os dois constituem, embora fique claro que esta nomeação vem da partedAquele que constituiu tanto a lei quanto o juramento. A diferença aqui é explicada pela diferença docaráter daqueles que foram nomeados. Homens sujeitos à fraqueza contrasta-se fortemente com oFilho, perfeito para sempre, especialmente porque a natureza humana do Filho já foi ressaltada mais deuma vez nesta Epístola. A lei somente podia usar o tipo de pessoa disponível para o cargo de sumosacerdote, e quem era escolhido sofria das fraquezas que todos os homens têm em comum.Isto inevitavelmente fazia o sistema legal de sumos sacerdotes igualmente fraco. O propósito doescritor, no entanto, não é censurar a ineficácia da linhagem de Arão, mas, sim, glorificar asuperioridade da de CRISTO.A ordem de Melquisedeque, estando livre dos embaraços de sucessão humana, estava isenta dafraqueza inerente no sistema de Arão, e podia ser concentrada numa única pessoa sem igual.A declaração acerca da palavra do juramento, que foi posterior à lei parece surpreendente à primeiravista, tendo em mira 6.13ss. que demonstra que o juramento foi feito a Abraão. Este juramento,portanto, antecede a lei em vários séculos. Mas aquilo que o escritor evidentemente tinha em mente aquié a nomeação de CRISTO para o cargo de Sumo Sacerdote, que historicamente coloca-o séculosdepois da lei. o escritor pode ter sido influenciado pela referência ao juramento no Salmo 110, já citadonos w. 20-21. O pensamento principal, no entanto, diz respeito à perfeição, introduzida na Epístola pelaprimeira vez em 2.10. Com o Sumo Sacerdote perfeito, o cargo fica sendo permanente, porque nada hápara tomá-lo inválido. O cristão pode aproximar-se com confiança, visto que tem tal Sumo Sacerdote.

Donald Guthrie. Hebreus. Introdução e Comentário. Editora Vida Nova. pag. 156-160.3. O sacrifício eterno de CRISTO.

A imortalidade garante a continuidade ininterrupta; e ambas essas coisas garantem a qualidade supremada obra de CRISTO, no que tange aos homens. O sacerdócio agora não se encontra mais nas mãos dehomens que erram, que são fracos e que são perecíveis.«...imutável...» No grego é «aparabatos», que pode significar «inviolável», isto é, que não pode sercorrompido ou prejudicado; ou «imutável», que não pode ser modificado; ou «intransmissível». A últimadessas possibilidades, apesar de não ser de uso comum, está mais de acordo com o texto sagrado.Seja como for, a idéia é que o sacerdócio de CRISTO é «imutável», não mais se caracterizando pela«sucessão» de seus titulares (homens mortais que morriam e precisavam ser substituídos, como sedava no sacerdócio aarônico). O tipo de «imutabilidade» representado pelo sacerdócio de CRISTO,segundo as exigências do contexto, deve incluir o conceito de intransmissibilidade. Desde os temposmais antigos tem sido contestada o sentido exato desse vocábulo; mas tal debate é fútil edesnecessário, posto que o contexto xleixa evidente que o sacerdócio de CRISTO tanto é imutável comoé do tipo que não pode ser transmitido a outrem. Pois quem poderia ocupar, juntamente com CRISTO, omesmo sacerdócio que ele ocupa? CRISTO não tem associados em seu sumo sacerdócio, pois essaposição equivale à sua posição como Salvador. Portanto, pensar que o sacerdócio de CRISTO pode sercompartilhado, é afirmar que ele precisa de ajuda como Salvador.Ora, isso dentro do terreno neotestamentário, é impossível. O ensinamento bíblico é que CRISTOpermanece «continuamente» como Sumo Sacerdote, como o propósito específico de mostrar que não há«sucessão» no seu sacerdócio, conforme havia no sacerdócio aarônico. (Ver os versículos terceiro,oitavo, décimo sexto e vigésimo primeiro deste capítulo, quanto a essa continuidade). A primeira porçãodo presente versículo é outra afirmação da mesma coisa.A antiga polêmica·. O sacerdócio ideal, agora estabelecido em CRISTO, ultrapassou e assim eliminou osacerdócio aarônico, um sacerdócio caracterizado por mudança e sucessão.

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A moderna polêmica·. O sacerdócio ideal de CRISTO torna fútil qualquer sacerdócio moderno que tenhao princípio de «sucessão», segundo se vê em certos segmentos da cristandade. Isso como que dá aentender que o sacerdócio de CRISTO tem algum defeito, e precisa de ajuda.

CHAMPLIN, Russell Norman, O Novo Testamento Interpretado versículo por versículo. Editora Candeias. Vol. 5.pag. 561.

Hb 7.23,24 O apóstolo considera a glória do sumo sacerdócio do NT que reluz sobre todas as coisasnão apenas fundamentada no fato de que a convocação e instalação neste ministério aconteceu atravésdo juramento de DEUS. Ele também considera que a palavra do salmo se dirige somente a uma pessoa:“Tu és sacerdote para sempre!” Quando Arão e seus filhos foram convocados no Sinai para seremsacerdotes, DEUS falou: “isto será estatuto perpétuo para ele e para sua posteridade depois dele” (Êx28.43). Desde o começo tinha-se em mente uma pluralidade de sacerdotes. O sacerdócio do AT tinhauma delimitação no tempo, o ministério tinha de ser passado adiante de geração em geração. Aquele,porém, a quem DEUS falou no juramento: “Tu és sacerdote para sempre” não passa seu ministério desumo sacerdote a nenhum sucessor. Como a morte não possui mais poder sobre ele, ele detém umsacerdócio imutável. O sumo sacerdócio de JESUS vai de eternidade a eternidade, ele é “ontem e hoje,é o mesmo e o será para sempre” (Hb 13.8).

Fritz Laubach. Comentário Esperança Hebreus. Editora Evangélica Esperança.O sacerdócio de CRISTO é eterno, porque é exercido por alguém cuja natureza divina tem como um deseus atributos a imortalidade. Assim, o tipo de imutabilidade representado pelo sacerdócio de CRISTO,segundo o pensamento que é depreendido do contexto, deve incluir o conceito de intransmissibilidade.Nenhuma mudança será encontrada em CRISTO e nem em seu sacerdócio. Durante a era milenial, “...os sacerdotes levitas, que são da semente de Zadoque” voltarão a oferecer alguns sacrifícios eexercerão algumas funções como anteriormente, na antiga aliança. Estas ofertas terão um caráterretrospectivo, olhando para trás, para a cruz, pois as ofertas antigas eram prospectivas, olhando paraadiante, para a cruz. As primeiras apontavam para sua morte — as do Milênio também apontarão paralá, mas apenas para rememorar a morte de CRISTO, e não para tirar o pecado de alguém (Ez 43.19-27).

Severino Pedro Da Silva. Epístola aos Hebreus. Editora CPAD. pag. 134-135.Porque, sendo homens, os sacerdotes morriam (vv. 23-25). O sacerdócio não apenas era imperfeitocomo também era interrompido pela morte. Houve muitos sumos sacerdotes, pois nenhum sacerdoteviveria para sempre. A Igreja, pelo contrário, tem um Sumo Sacerdote, JESUS, o Filho de DEUS, quevive para sempre! Um Sacerdote imutável significa um sacerdócio imutável, o que, por sua vez, significasegurança e confiança para o povo de DEUS. "JESUS CRISTO, ontem e hoje, é o mesmo e o será parasempre" (Hb 13:8). "Tu és sacerdote para sempre" (Sl 110:4).De vez em quando, encontramos no jornal alguma notícia sobre fraudes de testamentos.Um parente ou sócio inescrupuloso apropria-se do testamento e o emprega para propósitos egoístas.Mas isso jamais aconteceria com a aliança que CRISTO firmou com seu sangue. Ele firmou essaaliança e morreu para que ela pudesse entrar em vigor.Mas, então, ressuscitou dentre os mortos e subiu ao céu, de onde está "administrando" sua aliança.O fato de o CRISTO imutável continuar sendo Sumo Sacerdote significa, logicamente, que existe um"sacerdócio imutável" (Hb 7:24). O termo grego traduzido por "imutável" dá a idéia de "válido einalterável".Em função disso, podemos ter segurança em meio a este mundo de tantas transformações e agitação.Qual é a conclusão dessa questão? Hebreus 7:25 declara: "Por isso [porque ele é o Sumo Sacerdoteeternamente vivo e imutável], também pode salvar totalmente [completamente, para sempre] os que porele se chegam a DEUS, vivendo sempre para interceder por eles". Por certo, CRISTO pode salvarqualquer pecador que se encontra em qualquer situação, mas não é a isso que o versículo se refere. Aênfase é sobre o fato de que ele salva completamente e para sempre todos os que crêem nele. Uma vezque é nosso Sumo Sacerdote para sempre, pode salvar para sempre.A base para essa salvação completa é a intercessão celestial do Salvador. O termo traduzido por"interceder" significa "ir ao encontro, abordar, apelar para, fazer uma petição". Não se deve imaginar queDEUS Pai esteja irado conosco de tal modo que DEUS Filho deve sempre apelar a ele e suplicar quenão julgue seu povo! O Pai e o Filho estão de pleno acordo quanto ao plano da salvação (Hb 13:20, 21).Também não devemos imaginar JESUS proferindo orações em nosso favor no céu ou "oferecendo seusangue" repetidamente como sacrifício. Essa obra foi consumada na cruz de uma vez por todas.A intercessão diz respeito à forma de CRISTO representar seu povo diante do trono de DEUS. Por meiode CRISTO, os cristãos podem achegar-se a DEUS em oração e também oferecer sacrifícios espirituaispara DEUS (Hb 4:14-16; 1 Pe 2:5). Alguém disse bem que a vida de CRISTO no céu é sua oração pornós. É sua identidade que determina suas ações.Ao recapitular o raciocínio desta seção extensa (Hb 7:11-25), ficamos impressionados com a lógica doautor. O sacerdócio de JESUS CRISTO segundo a ordem de Melquisedeque é superior ao sacerdócio deArão e tomou seu lugar. Tanto o argumento histórico quanto o doutrinário são perfeitos. Mas o autor

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acrescenta um terceiro argumento.WIERSBE. Warren W. Comentário Bíblico Expositivo. N.T. Vol. II. Editora Central Gospel. pag. 390-391.ELABORADO: Pb Alessandro Silva - http://estudaalicaoebd.blogspot.com.br/

Questionário da Lição 12 - A Consagração dos SacerdotesResponda conforme a revista da CPAD do 1º Trimestre de 2014 - CPAD - Para jovens e adultosTema: Uma Jornada de Fé - A Formação do povo de Israel e sua herança espiritualComplete os espaços vazios e marque com "V "as respostas verdadeiras e com "F "as falsas TEXTO ÁUREO1- Complete:“E quase todas as coisas, segundo a __lei__, se purificam com __sangue__; e sem derramamento de__sangue__ não há remissão” (Hb 9.22).

VERDADE PRATICA2- Complete:O sacrifício __expiador__ de CRISTO no Calvário foi __perfeito__, único e capaz de nos __purificar__ de todopecado.

I - A CONSAGRAÇÃO DE ARÃO E SEUS FILHOS3- Como era realizada a lavagem com água para purificação do sacerdote?( ) “Então, farás chegar Arão e seus filhos à porta da tenda da congregação e os lavarás com água” (Êx 29.4).( ) Muitos eram os rituais de preparação que os sacerdotes deveriam realizar antes de se achegarem àpresença de DEUS.( ) Uma parte dos rituais era a lavagem com água, que simbolizava pureza e perfeição.( ) DEUS é santo e requer santidade do seu povo: “Santos sereis, porque eu, o Senhor, vosso DEUS, sousanto” (Lv 19.2).

4- Como é realizada a lavagem com água para o crente, hoje?( ) Atualmente o crente é limpo pela Palavra (Jo 15.3) e pelo sangue de CRISTO (1 Jo 1.7).( ) Sem pureza e santidade não podemos nos achegar à presença de DEUS.( ) Uma importante razão pela qual o crente deve santificar-se é que a santidade de DEUS, em parte, érevelada através do procedimento justo e da vida santificada do crente.

5- Como era a unção com azeite (Êx 30.23-33) e hoje como é?( ) O azeite da unção deveria ser derramado sobre a cabeça de Arão e seus filhos.( ) O azeite é símbolo do ESPÍRITO SANTO que viria habitar no crente pelo ministério intercessor de JESUS(Jo 14.16,17,26), bem como o batismo com o ESPÍRITO SANTO (At 1.4,5,8).( ) Assim também a igreja recebeu o penhor do ESPÍRITO (2 Co 1.21,22), mas alguns de seus membros sãoindividualmente separados para ministérios específicos, segundo os propósitos de DEUS.

6- Por que animais eram Imolados como sacrifício (Êx 29.10-18) pelos sacerdotes?( ) Era necessário que antes de ministrar em favor do povo, o sacerdote oferecesse sacrifícios de holocaustopor sua própria vida.( ) Arão e seus filhos deveriam levar um cordeiro, sem mancha ou defeito, diante do altar.

7- O que o cordeiro morto tipificava?( ) A morte vicária de JESUS CRISTO, que “morreu por nossos pecados, segundo as Escrituras” (1 Co 15.3). ( ) A morte vicária de CRISTO proporciona ao homem pecador a reconciliação com DEUS.( ) JESUS morreu para expiar os nossos pecados (1 Pe 1.18,19).

II - O SACRIFÍCIO DA POSSE8- Qual o ritual do segundo carneiro da consagração (Êx 29.19-35) e para quem apontava?( ) Era necessário que outro animal inocente fosse morto.( ) Segundo o Comentário Bíblico Beacon, “parte do sangue era colocada primeiramente na orelha direita, nodedo polegar da mão direita e no dedo polegar do pé direito”.( ) O restante do sangue deveria ser derramado sobre o altar.( ) Sem derramamento de sangue não há remissão de pecado (Hb 9.22).( ) Tudo apontava para o Calvário, onde CRISTO derramou seu sangue por nós.

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9- Quais eram os sacrifícios diários realizados pelos sacerdotes?( ) Diariamente eram oferecidos sacrifícios pelo pecado.( ) Pela manhã e a tarde havia sacrifícios e um animal inocente era morto em resgate da vida de alguém.( ) No tabernáculo, tudo deveria estar sempre pronto a fim de que o culto diário a DEUS nunca fosseinterrompido.( ) Os sacerdotes cuidavam para que o fogo do altar nunca se apagasse. A cada manhã, este era alimentadocom nova lenha e novos holocaustos (Lv 6.12,13).

10- Qual a vantagem do sacrifício de CRISTO em comparação aos sacrifícios diários realizados pelossacerdotes?( ) O sacrifício de CRISTO foi perfeito e único.( ) Hoje podemos nos achegar a DEUS para adorá-lo livremente.( ) DEUS quer que nos apresentemos a Ele, prontos e renovados espiritualmente (2 Co 4,16).

III - CRISTO, PERPÉTUO SUMO SACERDOTE11- Quem era Melquisedeque?( ) A primeira referência a Melquisedeque como sacerdote encontra-se no livro de Gênesis 14.18.( ) Poucos sabemos a respeito de Melquisedeque: “sem pai, sem mãe, sem genealogia, não tendo princípio dedias nem fim de vida” (Hb 7.3).( ) Melquisedeque é um tipo de CRISTO.

12- Por que o sacrifício de CRISTO é perfeito para nós?( ) Arão e seus descendentes deveriam oferecer diariamente sacrifícios por seus pecados e também do seupovo.( ) Hoje não precisamos fazer esses tipos de sacrifícios, pois o sacrifício de CRISTO foi único, perfeito eperpétuo (Hb 7.25-28).

13- Qual o valor maior do sacerdócio de CRISTO?( ) Mas este, porque permanece eternamente, tem um sacerdócio perpétuo (Hb 7.24).( ) O vocábulo “perpétuo” significa a “inalterável”.( ) JESUS não pertencia à tribo de Levi, mas seu sacerdócio era segundo a ordem de Melquisedeque (Hb5.6,10; 7.11,12), logo, seu sacerdócio era superior ao de Arão.( ) O sacerdócio de CRISTO é superior, eterno e imutável.

CONCLUSÃO14- Complete:DEUS estabeleceu o __sacerdócio__ e as cerimônias de purificação e consagração. Estas cerimôniasapontavam para o __sacrifício__ perfeito e o sacerdócio eterno de CRISTO. Ele se ofereceu como__holocausto__ em nosso lugar. Sem CRISTO, jamais poderíamos nos achegar à __presença__ santa e eternade DEUS e ter comunhão com Ele.

RESPOSTAS DO QUESTIONÁRIO EM http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/videosebdnatv.htm AJUDACPAD - http://www.cpad.com.br/ - Bíblias, CD'S, DVD'S, Livros e Revistas. BEP - Bíblia de Estudos Pentecostal.VÍDEOS da EBD na TV, DE LIÇÃO INCLUSIVE- http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/videosebdnatv.htmBÍBLIA ILUMINA EM CD - BÍBLIA de Estudo NVI EM CD - BÍBLIA Thompson EM CD.Peq.Enc.Bíb. - Orlando Boyer - CPADBíblia de estudo - Aplicação Pessoal.GARNER, Paulo. Quem é quem na Bíblia Sagrada. VIDACHAMPLIN, R.N. O Novo e o Antigo Testamento Interpretado versículo por Versículo. (CPAD)STAMPS, Donald C. Bíblia de Estudo Pentecostal. CPADO NOVO DICIONÁRIO DA BÍBLIA – Edições Vida Nova – J. D. DouglasDicionário Bíblico Wycliffe - Charles F. Pfeiffer, Howard F. Vos, João Rea - CPAD.Dicionário Vine antigo e novo testamentos - CPAD.Teologia do Antigo Testamento - Walter C. Kaiser Jr. - Vida Nova

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19/3/2014 Lição 12 - A Consagração dos Sac

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James, por Hendrickson Publishers - Edição Contemporânea, da Editora Vida, Traduzido pelo Rev. OswaldoRamos.ÊXDO Introdução e Comentário - Por R. Alan Cole, Ph. D. Menzies College, da Universidade Macquarie -Sociedade Religiosa Vida Nova - Associação Religiosa Editora Mundo CristãoC. H. MACKINTOSH. Estudos Sobre O Livro De Êxodo. Editora Associação Religiosa Imprensa da Fé.WIERSBE. Warren W. Comentário Bíblico Expositivo. A.T. Vol. I. Editora Central Gospel. pag. 236-237.Flávio Josefo. HISTÓRIA dos HEBREUS De Abraão à queda de Jerusalém. Editora CPAD.COELHO, Alexandre; DANIEL, Silas. Uma Jornada de Fé. Moisés, o Êxodo e o Caminho a Terra Prometida.Editora CPAD. pag. 7-8.DAVIDSON. F. Novo Comentário da Bíblia. Êxodo. pag. 2.Leo G. Cox. Comentário Bíblico Beacon. Editora CPAD. Vol. 1. pag. 141.MERRILL. Eugene H. História de Israel no Antigo Testamento. Editora CPAD. pag. 50-52, 54-56.http://estudaalicaoebd.blogspot.com.br/http://www.gospelbook.netwww.ebdweb.com.brhttp://www.escoladominical.nethttp://www.portalebd.org.br/

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