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1 Lição 6: Santificarás o Sábado Data: 8 de Fevereiro de 2015 TEXTO ÁUREO E disse-lhes: O sábado foi feito por causa do homem, e não o homem, por causa do sábado(Mc 2.27). VERDADE PRÁTICA O quarto mandamento envolve os aspectos espiritual e social, diz respeito ao relacionamento do homem com Deus e ao mesmo tempo com o próximo. LEITURA BÍBLICA EM CLASSE Êxodo 20.8-11; 31.12-17. Êxodo 20 8 - Lembra-te do dia do sábado, para o santificar. 9 - Seis dias trabalharás e farás toda a tua obra, 10 - mas o sétimo dia é o sábado do SENHOR, teu Deus; não farás nenhuma obra, nem tu, nem o teu filho, nem a tua filha, nem o teu servo, nem a tua serva, nem o teu animal, nem o teu estrangeiro que está dentro das tuas portas. 11 - Porque em seis dias fez o SENHOR os céus e a terra, o mar e tudo que neles há e ao sétimo dia descansou; portanto, abençoou o SENHOR o dia do sábado e o santificou. Êxodo 31 12 - Falou mais o SENHOR a Moisés, dizendo: 13 - Tu, pois, fala aos filhos de Israel, dizendo: Certamente guardareis meus sábados, porquanto isso é um sinal entre mim e vós nas vossas gerações; para que saibais que eu sou o SENHOR, que vos santifica. 14 - Portanto, guardareis o sábado, porque santo é para vós; aquele que o profanar certamente morrerá; porque qualquer que nele fizer alguma obra, aquela alma será extirpada do meio do seu povo. 15 - Seis dias se fará obra, porém o sétimo dia é o sábado do descanso, santo ao SENHOR; qualquer que no dia do sábado fizer obra, certamente morrerá.

Lição 6 ESCOLA DOMINICAL 2º TRIMESTRE 2015

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TEXTO SOBRE A MATERIA ESCOLA DOMINICAL LIVRO BÍBLICO DE LUCAS

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    Lio 6: Santificars o Sbado

    Data: 8 de Fevereiro de 2015

    T E X T O U R E O

    E disse-lhes: O sbado foi feito por causa do homem, e no o homem, por causa do

    sbado (Mc 2.27).

    V E R D A D E P R T I C A

    O quarto mandamento envolve os aspectos espiritual e social, diz respeito ao relacionamento do

    homem com Deus e ao mesmo tempo com o prximo.

    L E I T U R A B B L I C A E M C L A S S E

    xodo 20.8-11; 31.12-17.

    xodo 20

    8 - Lembra-te do dia do sbado, para o santificar.

    9 - Seis dias trabalhars e fars toda a tua obra,

    10 - mas o stimo dia o sbado do SENHOR, teu Deus; no fars nenhuma obra, nem tu, nem

    o teu filho, nem a tua filha, nem o teu servo, nem a tua serva, nem o teu animal, nem o teu

    estrangeiro que est dentro das tuas portas.

    11 - Porque em seis dias fez o SENHOR os cus e a terra, o mar e tudo que neles h e ao stimo

    dia descansou; portanto, abenoou o SENHOR o dia do sbado e o santificou.

    xodo 31

    12 - Falou mais o SENHOR a Moiss, dizendo:

    13 - Tu, pois, fala aos filhos de Israel, dizendo: Certamente guardareis meus sbados,

    porquanto isso um sinal entre mim e vs nas vossas geraes; para que saibais que eu sou o

    SENHOR, que vos santifica.

    14 - Portanto, guardareis o sbado, porque santo para vs; aquele que o profanar certamente

    morrer; porque qualquer que nele fizer alguma obra, aquela alma ser extirpada do meio do

    seu povo.

    15 - Seis dias se far obra, porm o stimo dia o sbado do descanso, santo ao SENHOR;

    qualquer que no dia do sbado fizer obra, certamente morrer.

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    16 - Guardaro, pois, o sbado os filhos de Israel, celebrando o sbado nas suas geraes por

    concerto perptuo.

    17 - Entre mim e os filhos de Israel ser um sinal para sempre; porque em seis dias fez o

    SENHOR os cus e a terra, e, ao stimo dia, descansou, e restaurou-se.

    INTRODUO

    As controvrsias deste mandamento giram em torno da sua interpretao. Temos aqui a

    relao trabalho-repouso e ao mesmo tempo o relacionamento de Deus com Israel. A necessidade

    de um dia de repouso aps seis jornadas de trabalho universal, mas o sbado um presente de

    Deus para Israel. O mandamento de santificar o sbado mais bem compreendido quando se

    conhece o propsito pelo qual ele foi dado.

    PONTO CENTRAL

    Encarar o sbado no como a letra da Lei, mas um princpio dado por Deus ao ser humano para

    desfrutar do descanso semanal.

    I. O SBADO DA CRIAO

    1. O shabat. Deus celebrou o stimo dia aps a criao e abenoou este dia e o santificou

    (Gn 2.2,3). Aqui est a base do sbado institucional e do sbado legal. O sbado legal no foi

    institudo aqui; isso s aconteceu com a promulgao da lei. O substantivo shabbat, sbado,

    no aparece aqui, na criao. Surge pela primeira vez no evento do man (x 16.22,23). A

    Septuaginta emprega a palavra sabbaton, sbado, semana, a mesma usada no Novo Testamento

    grego.

    2. Deus concluiu a criao no dia stimo. Deus completou a sua obra da criao no

    stimo dia. Deus descansou ou seja, cessou, o significado do verbo hebraico usado

    aqui, shabat, cessar, desistir, descansar (Gn 8.22; J 32.1; Ez 16.41). Esse descanso sinnimo

    de cessar de criar, e indica a obra concluda. No se trata de ociosidade, pois Deus no para e nem

    se cansa (Is 40.28; Jo 5.17).

    DEUS DESCANSOU NO SENTIDO DE CONCLUIR O QUE CRIOU, APS ISSO

    PASSOU A CUIDAR - xodo 20.11 Porque em seis dias fez o Senhor os cus e a terra,

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    o mar e tudo que neles h, e ao stimo dia descansou; portanto abenoou o Senhor

    o dia do sbado, e o santificou.

    Quando fala que Deus descansou, a falta de interpretao bblica leva muitos

    a imaginar que Deus se acomodou e tirou uma grande folga. A interpretao que

    Deus terminou a obra da criao e nessa parte o Seu trabalho estava concludo. A

    partir do momento que Deus terminou a sua criao, Ele passou para outra

    atividade, que era cuidar daquilo que foi criado, pois Deus no desta e sim

    testa. Se Deus aps a criao de todas as coisas deixasse a humanidade continuar

    por seus prprios meios, Ele seria um Deus desta; porm Deus no abandonou a

    sua criao e isso o revela como um Deus testa. Jesus confirma isso quando Ele

    disse que no nos deixaria s, mas que estaria conosco todos os dias at a

    consumao dos sculos.

    3. A bno de Deus sobre o stimo dia. Ele abenoou e santificou o stimo dia como

    um repouso contnuo, na dispensao da inocncia, mas isso foi interrompido por causa do

    pecado. Agostinho de Hipona lembra que no houve tarde no dia stimo, e afirma que Deus o

    santificou para que esse dia permanecesse para sempre (Confisses, Livro XIII, 36). O sbado da

    criao aponta para o descanso de Deus ao mundo inteiro no fim dos tempos: Portanto, resta

    ainda um repouso para o povo de Deus (Hb 4.9). Gn 2 .3 - O fato de Deus ter abenoado o stimo dia significa que Ele o separou para uso santo. Este ato encontrado nos Dez Mandamentos (x 20.1 -17), no qual Deus ordenou a observncia do sbado. Quanto ao ensino do sbado no NT, ler as seguintes passagens: Mateus 12.8; Colossenses 2.16. Consideremos, ainda, que o sbado, no AT, prefigurava o repouso que todos encontramos em Cristo Jesus (Hb 4.1-11). BBLIA APLICAO PESSOAL. Bblia de Estudo Aplicao Pessoal. Editora CPAD. pag. 7. Gn 2.3 afirma que Deus "santificou" ou colocou parte o dia de sbado porque ele descansou nesse dia. Mais tarde, na lei mosaica, o sbado foi colocado parte como dia de culto (veja nota em x 20.8). Hebreus 4.4 distingue entre o descanso fsico e o descanso redentor para o qual o primeiro apontava. Est claro em Cl 2.16 que o sbado" de Moiss no possui lugar simblico ou ritual na nova aliana. A igreja comeou a realizar cultos no primeiro dia da semana para celebrar a ressurreio de Cristo (At 20.7). MAC ARTHUR. Bblia de Estudo. Sociedade Bblica do Brasil. pag. 19.

    SNTESE DO TPICO (I)

    A base institucional e legal do sbado foi a celebrao de Deus no stimo dia, aps a criao. O

    Criador abenoou e santificou esse dia.

    II. O SBADO INSTITUCIONAL

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    1. Desde a criao. o sbado para descanso de todos os povos. uma questo moral que

    Deus estabeleceu para a raa humana ao comemorar a criao. Tornou modelo e uma forma

    natural para toda a raa humana. a ordem natural das coisas: os campos precisam de repouso,

    as mquinas necessitam parar para manuteno e assim por diante (Lv 25.4). O sbado

    institucional, portanto, no se refere ao stimo dia da semana; pode ser qualquer dia ou um

    perodo de descanso (Hb 4.8).

    2. No era mandamento. O stimo dia da criao no era mandamento, mas revela a

    necessidade natural do descanso de toda a natureza. O repouso noturno de cada dia no

    suficiente para isso. Deus abenoou e santificou esse dia no somente para comemorar a obra da

    criao mas para que, nesse dia, todos cessem o trabalho e assim descansem fsica e mentalmente

    para oferecer o seu culto de adorao a Deus.

    3. Os patriarcas no guardaram o sbado. O livro de Gnesis no menciona os

    patriarcas Abrao, Isaque e Jac observando o sbado. Segundo Justino, o Mrtir, Abrao e seus

    descendentes at o Sinai agradaram a Deus sem o sbado (Dilogo com Trifo 19.5). Irineu de

    Lio diz que Abrao, sem circunciso e sem observncia do sbado, acreditou em Deus e lhe foi

    imputado a justia e foi chamado amigo de Deus (Contra as Heresias, Livro IV, 16.2).

    A questo do sbado, ou o dia de descanso antes de ser oficializado como lei

    era institucional, ou seja, no era imposto como uma obrigao e sim adotado

    pelos povos, como simplesmente o dia de descanso e nada mais. Portanto no

    tinha qualquer conotao religiosa ou espiritual. No longo perodo em que Israel

    permaneceu no Egito, esse dia de descanso institucional foi negligenciado pelos

    hebreus, a princpio pelas suas atividades remuneradas e na ganncia de ganhar

    mais e mais eles no se preocupavam muito com o dia de descanso.

    Posteriormente quando entraram no regime de escravido as coisas ficaram bem

    piores para eles porque a carga e horrio de trabalho aumentaram e no havia

    mais dias de descanso. Aps sarem do Egito, j libertos da escravido os hebreus

    j to acostumados a uma carga de trabalho pesado continuaram a exercer

    esforos nas suas atividades sem separar um dia de folga para os seus servos, os

    seus animais e tambm para eles prprios.

    SNTESE DO TPICO (II)

    O sbado institucional se refere necessidade de um perodo de descanso para a Criao e para

    o homem.

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    C O N H E A M A I S

    Patriarca

    Ttulo que descreve o chefe ou o fundador de uma famlia ou tribo do Israel Antigo. Trs so

    os pricipais patriarcas de Israel: Abrao, Isaque e Jac (Hb 7.4; At 7.8,9). Tambm se aplica aos

    12 filhos de Jac e ao rei Davi, devido linhagem messinica. Esses personagens remontam era

    patriarcal da histria de Israel.

    III. O SBADO LEGAL

    1. Significado. o stimo dia da semana no calendrio judaico, marcado para repouso e

    adorao. Foi introduzido no mundo pela lei; o sbado legal dado aos israelitas no Sinai.

    Nenhum outro povo na histria recebeu a ordem para guardar esse dia; exclusividade

    de Israel (x 31.13,17). O sbado e a circunciso so os dois sinais distintivos do povo

    judeu ao longo dos sculos (Gn 17.11).

    2. O sbado do Declogo. A expresso Lembra-te do dia do sbado, para o santificar (x

    20.8), remete a uma reminiscncia histrica e, sem dvida alguma, Israel j conhecia o sbado

    nessa ocasio. Mas parece no ser referncia ao sbado da criao. Ele aparece na promulgao

    da lei (x 20.11), contudo, essa reminiscncia no reaparece em Deuteronmio (Dt 5.12-15).

    Trata-se, com certeza, do sbado que o povo no levou a srio no deserto (x 16.22-29).

    3. Propsito. A instituio do sbado legal no Declogo tinha um propsito duplo: social e

    espiritual. Cessar os trabalhos a cada seis dias de labor era dar descanso aos seres humanos e aos

    animais e dedicar um dia para adorao a Deus. um memorial da libertao do Egito (Dt 5.15).

    Duas vezes dito que o sbado um sinal distintivo entre Deus e a nao de Israel (x 31.13,17).

    Sob um regime teocrtico, ou seja, Deus governando o povo, ao estabelecer e

    promulgar as suas leis incluiu o dia de sbado como o dia de descanso, o qual

    deveria ser observado e respeitado, pois infringir este mandamento incorria

    na pena de apedrejamento at a morte. importante saber que o sbado seria

    infringido no caso de atividades seculares e no em atividades humanitrias.

    Nos tempos de Jesus o sbado j estava radicalizado pelas autoridades

    religiosas de Jerusalm onde qualquer atividade secular ou humanitria no

    poderia ser realizada e esta foi a razo de muitos conflitos entre essas

    autoridades religiosas e Jesus. As atividades que Jesus realizava eram

  • 6

    totalmente humanitrias e, portanto Ele estava correto diante da lei, mas os

    religiosos antagonistas a Ele no entendiam dessa maneira e, essa era a razo

    dos conflitos quando Jesus realizava milagres no dia de sbado.

    SNTESE DO TPICO (III)

    O sbado legal um dia de descanso, introduzido na cultura do povo judeu por meio da Lei.

    IV. UM PRECEITO CERIMONIAL

    1. O sacerdote no Templo. O Senhor Jesus Cristo disse mais de uma vez que a guarda do

    sbado um preceito cerimonial. Ele colocou o quarto mandamento na mesma categoria dos pes

    da proposio (Mt 12.2-4). Veja ainda a que Jesus se referia quando falou a respeito desse ritual

    mencionado em xodo 29.33, Levtico 22.10 e 1 Samuel 21.6. Disse igualmente que os sacerdotes

    no templo violam o sbado e ficam sem culpa (Mt 12.5), ao passo que no existe concesso para

    preceitos morais.

    2. A circunciso no sbado. Se o oitavo dia da circunciso do menino coincidir com um

    sbado, ela tem que ser feita no sbado, nem antes e nem depois. Assim, Jesus mais uma vez

    declara o quarto mandamento como preceito cerimonial e coloca a circunciso acima do sbado

    (Jo 7.22,23 cf. Lv 12.3). Um mandamento moral obrigatrio por sua prpria natureza.

    SNTESE DO TPICO (IV)

    Segundo Jesus Cristo, a guarda do sbado um preceito cerimonial.

    S U B S D I O D I D T I C O

    A questo do Sbado

    A questo no o sbado em si, mas o fato de que no estamos debaixo do Antigo Concerto:

    Mas agora alcanou ele ministrio tanto mais excelente, quanto mediador de um melhor

    concerto, que est confirmado em melhores promessas (Hb 8.6). Leia os versculos seguintes at

    o 13. A Palavra proftica previa a chegada do Novo Concerto: Eis que dias vm, diz o SENHOR,

    em que farei um concerto novo com a casa de Israel e com a casa de Jud [...] (Jr 31.31-33). Esse

    novo concerto mencionado pelo escritor aos Hebreus, 8.8-12.

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    O judeu convertido f crist que quiser guardar o sbado por convico religiosa pessoal

    no est desviado por isso, pois o apstolo Paulo diz que uns fazem separao de dia, outros

    acham que podem comer de tudo. Veja Romanos 14.1-6. Convm lembrar que o apstolo est

    falando aos judeus cristos de Roma, por causa da sua cultura religiosa, e no aos gentios.

    Ainda hoje muitos deles usam kipar e talit (solido e manto), observam o kashrut (leis

    dietticas prescritas por Moiss) e guardam o sbado. Isso o fazem meramente para no

    perderem sua identidade nacional, uma questo cultural e no condio para salvao. Isso

    diferente dos gentios convertidos a Cristo, pois o apstolo deixou claro que tais prticas so um

    retrocesso espiritual: Guardais dias, e meses e tempos, e anos. Receio de vs que haja trabalhado

    em vo para convosco (Gl 4.10,11) (SOARES, Esequias. Manual de Apologtica Crist. 1

    Edio. RJ: CPAD, 2002, pp.293-94).

    V. O SENHOR DO SBADO

    1. O sbado e a tradio dos ancios. Os quatro evangelhos registram os conflitos entre

    Jesus e os fariseus sobre a interpretao do sbado. A tradio dos ancios criou 39 proibies

    concernentes ao sbado, mas o Senhor Jesus disse que lcito fazer bem no sbado (Mt 12.12).

    Isso Ele fez (Mc 3.1-5; Lc 13.10-13; 14.1-6; Jo 5.8-18; 9.6,7,16) e, por isso, ns devemos fazer o

    bem, no importa qual seja o dia da semana.

    2. Jesus o Senhor do sbado (Mc 2.28). O sbado veio de Deus e somente Ele tem

    autoridade sobre essa instituio. Ento, no h outro no universo investido de tamanha

    autoridade, seno o Filho de Deus. A expresso o Filho do Homem, no singular, ttulo

    messinico, no usual ou comum s outras pessoas. Est claro que Jesus se referia a Ele mesmo.

    Jesus disse que os seres humanos no foram criados para observar o sbado, mas que o sbado

    foi criado para o benefcio deles (Mc 2.27).

    3. Dia do culto cristo. O primeiro culto cristo aconteceu no domingo e da mesma forma

    o segundo (Jo 20.19,26). Nesse dia o Senhor Jesus ressuscitou dentre os mortos (Mc 16.16). O dia

    do Senhor foi institudo como o dia de culto, sem decreto e norma legal, pelos primeiros cristos

    desde os tempos apostlicos (At 20.7; 1Co 16.2; Ap 1.10). o sbado cristo! O sbado legal e

    todo o sistema mosaico foram encravados na cruz (Cl 2.16,17), foram revogados e anulados (2Co

    3.7-11; Hb 8.13). O Senhor Jesus cumpriu a lei (Mt 5.17,18), agora vivemos sob a graa (Jo 1.17;

    Rm 6.14).

    SNTESE DO TPICO (V)

    Em o Novo Testamento, Jesus o Senhor do sbado e somente Ele tem autoridade sobre esta

    instituio.

  • 8

    S U B S D I O A P O L O G T I C O

    A palavra domingo, por si s, significa Dia do Senhor, pois, foi nesse dia que o Senhor Jesus

    ressuscitou. O primeiro culto cristo aconteceu num domingo: Chegada, pois, a tarde daquele

    dia, o primeiro da semana, e cerradas as portas onde os discpulos, com medo dos judeus, se

    tinham ajuntado, chegou Jesus, e ps-se no meio, e disse-lhes: Paz seja convosco! (Jo 20.19). O

    segundo culto tambm, pois a Bblia diz que isso aconteceu oito dias depois (Jo 20.26). Os

    cristos se reuniam no primeiro dia da semana: No primeiro dia da semana, ajuntando os

    discpulos para partir o po, Paulo, que havia de partir no dia seguinte [...] (At 20.7). O mesmo

    pode ser visto em Corinto, quando o apstolo manda levantar coletas para os irmos pobres de

    Jerusalm. O texto sagrado diz que essa reunio de adorao se fazia nos domingos: No primeiro

    dia da semana, cada um de vs ponha de parte o que puder ajuntar [...] (1Co 16.2). Assim, essa

    prtica foi se tornando comum, sem decreto e sem imposio. Foi algo espontneo. Constantino

    apenas confirmou uma prtica j antiga dos cristos. [...] O Declogo fala sbado e isso acontece

    tambm em muitos lugares do Velho Testamento, mas o domingo no. Mas na Nova Aliana no

    h mandamento algum de guardar dias. Dizem que o domingo um dia pago, porque em

    ingls Sunday significa dia do Sol. Nesse caso, todos os demais dias tambm seriam pagos,

    porque os dias da semana, em ingls, so de origem cltica e homenageiam antigas divindades,

    inclusive o sbado, que Saturday, dia de Saturno (SOARES, Esequias. Manual de

    Apologtica Crist. 1 Edio. RJ: CPAD, 2002, pp.294-95).

    CONCLUSO

    A palavra proftica anunciava o fim do sbado legal (Jr 31.31-33; Os 2.11). Isso se cumpriu

    com a chegada do novo concerto (Hb 8.8-12). Exigir a guarda do sbado como condio para a

    salvao no cristianismo e caracteriza-se como doutrina de uma seita.

    IMPORTANTE :

    Porm, creio eu que esta questo no deva ser assunto de briga ou diviso na Igreja, pelo simples fato

    de que Paulo j aborda exatamente isto, e diz:

    Um faz diferena entre dia e dia, mas outro julga iguais todos os dias. Cada um esteja inteiramente

    seguro em sua prpria mente. Aquele que faz caso do dia, para o Senhor o faz e o que no faz

    caso do dia para o Senhor o no faz (Romanos 14:5,6)

    O apstolo em sua epstola aos romanos aborda dois temas em especial que causavam confuso entre

    os cristos recm-convertidos. Um deles era a questo da absteno de alimentos que Deus criou, e o

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    outro diz questo guarda de dias especficos. Coincidentemente, so exatamente estes dois temas que

    dividem adventistas e evanglicos nos dias de hoje.

    Embora eu geralmente goste de refutar, argumentar, repreender e s vezes at brigar(!) com algum

    que propague uma heresia, no creio que esta questo seja razo de briga, pois no creio ser uma

    heresia guardar o sbado ou deixar de guard-lo. Para mim e para o apstolo Paulo, o resumo da

    situao a seguinte:

    -Aquele que guarda no condene aquele que no guarda;

    E:

    -Aquele que no guarda no despreze aquele que guarda.

    Paulo escreve acerca disto nas seguintes palavras:

    Aquele que come de tudo no deve desprezar o que no come, e aquele que no come de tudo no

    deve condenar aquele que come, pois Deus o aceitou (Romanos 14:3)

    O mesmo princpio vlido tambm para os dias de guarda, pois Paulo aborda tambm isso exatamente

    no mesmo contexto, aplicando o mesmo princpio poucos versos adiante:

    Um faz diferena entre dia e dia, mas outro julga iguais todos os dias. Cada um esteja inteiramente

    seguro em sua prpria mente. Aquele que faz caso do dia, para o Senhor o faz e o que no faz

    caso do dia para o Senhor o no faz (Romanos 14:5,6)

    Portanto, discutir sobre o sbado ou sobre alimentos para mim uma questo tola. No estou dizendo

    que tolice guardar o sbado ou que seja tolice deixar de guard-lo, mas sim que tolice brigar por

    uma questo dessas, que Paulo disse para que eu (que no guardo) no desprezasse voc (que guarda),

    e que voc (que guarda) no condenasse eu (que no guardo).

    Sobre os argumentos principais do primeiro texto, eu creio perfeitamente que devemos dedicar um dia

    para o Senhor. Porm, muito mais do que isso, eu creio que devemos dedicar a nossa vida para Ele

    - todos os nossos dias ao Senhor! De fato, dizer que apenas um dia deve ser dedicado ao Senhor uma

    heresia, visto que a nossa vida deve ser totalmente voltada em Cristo, por Cristo e para Cristo.

    Jesus no um objeto que deve ser buscado uma vez por semana. No! Jesus aquele para quem ns

    vivemos e existimos, que devemos diariamente tomar a nossa cruz e segui-lo, negando a ns mesmos

    por amor a Ele. Diariamente! No devemos levar a nossa cruz uma vez por semana nos sbados, mas

    todos os dias.

    Eu no guardo o sbado, mas dedico toda a minha adorao a Deus no Sbado. Eu tambm no guardo

    o Domingo, mas dedico toda a minha adorao a Deus no Domingo. A questo de buscar a Deus no

    est girando em torno de observar este dia ou aquele para decidir alcanar ao Senhor; mas sim em

    conquistar Cristo todos os dias, em achar Cristo e ser achado por ele diariamente.

    Odeio a posio de alguns crentes que crem que s devemos buscar a Deus uma vez por semana, no

    culto do Domingo. A nossa adorao deve ser diria o verdadeiro templo somos ns mesmos. O autor

    de Hebreus tambm fala sobre isso, o que irei abordar mais adiante em minha resposta.

  • 10

    A minha posio sobre isso aquela expressa por Irineu de Lyon (Sc.II):

    J no mandar guardar um dia de descanso quele que, todos os dias, observa o sbado, isto

    , ao que rende culto a Deus no templo de Deus, que o corpo do homem (Irineu, Demonstrao da

    Pregao Apostlica, Cap.96)

    Para Irineu, Deus no manda mais guardarmos um dia de descanso, no no sentido literal da Antiga

    Aliana, onde o homem totalmente proibido de realizar qualquer trabalho. O sbado era apenas uma

    tipologia do real descanso, que o descanso celestial, rendendo culto no templo de Deus, que o corpo

    do homem. por isso que o Novo Testamento NUNCA fala em guardar o sbado literalmente na Nova

    Aliana, mas mostra o sbado como mera sombra de algo maior que viria depois:

    Colocensses 2

    16 Portanto, no permitam que ningum os julgue pelo que vocs comem ou bebem, ou com relao a

    alguma festividade religiosa ou celebrao das luas novas ou dos dias de sbado.

    17 Estas coisas so sombras do que haveria de vir; a realidade, porm, encontra-se em Cristo.

    Note que a guarda do sbado era de fato mera sombra, mas no do domingo, mas sim do descanso

    celestial eterno:

    Hebreus 4

    7 Por isso Deus estabelece outra vez um determinado dia, chamando-o "hoje", ao declarar muito

    tempo depois, por meio de Davi, de acordo com o que fora dito antes: "Se hoje vocs ouvirem a sua

    voz, no enduream o corao

    Apocalipse 14

    13 Ento ouvi uma voz do cu dizendo: "Escreva: Felizes os mortos que morrem no Senhor de agora em

    diante". Diz o Esprito: "Sim, eles descansaro das suas fadigas, pois as suas obras os seguiro.

    V O C A B U L R I O

    Cltico: Relativo a celta, isto , povos indo-europeus da Antiguidade que, no segundo e primeiro

    milnios antes de Cristo, habitavam um territrio que ia desde a Turquia central at as ilhas

    Britnicas.

    P A R A R E F L E T I R

    Sobre o Sbado:

    Quando Deus descansou no stimo dia, Ele parou de trabalhar?

    No. A palavra usada na lngua hebraica para descansar o sinnimo de terminar, encerrar

    e concluir uma tarefa. A ideia, aqui, a de que Deus concluiu a criao, parou de criar, e no a

    de ficar ocioso. O Senhor Jesus disse que o Pai trabalha at agora (Jo 5.17).

  • 11

    O sbado institucional resgata a ordem natural das coisas. Explique.

    Significa que a instituio do sbado trouxe ao ser humano a ideia de que o campo precisa de

    descanso, as mquinas precisam parar para a manuteno, os animais tambm precisam

    descansar e assim por diante (Lv 25.4).

    pecado trabalhar no domingo, o dia do Senhor?

    No. Vivemos na perspectiva da graa. Isso, porm, no quer dizer que no se deve considerar a

    importncia do domingo como o dia do Senhor. O nosso Senhor ressuscitou num domingo. A

    igreja do Novo Testamento reunia-se no domingo, o primeiro dia da semana, para comer o po,

    beber o suco da vide e terem comunho uns com os outros (Mc 16.16; At 20.7; 1Co 16.2; Ap 1.10)

    Quem no guardar o sbado pode perder a salvao?

    De maneira nenhuma! A salvao pela graa de Deus (Ef 2.8-10).

    Por que o domingo o dia do Senhor para os cristos?

    Porque Jesus ressuscitou no domingo e a Igreja do Novo Testamento se reunia aos domingos.

    S U B S D I O S E N S I N A D O R C R I S T O

    Santificars o sbado

    A palavra sbado um termo hebraico e significa stimo. O mandamento do descanso foi

    institudo por Deus, em primeiro lugar, para que o ser humano pudesse descansar. Lembre de

    que o contexto do advento da lei era a libertao da escravido de Israel no Egito. Como escravos,

    os hebreus no tinham descanso, eram explorados diuturnamente a fim de produzir mais e mais

    para o imprio de Fara. Este via os judeus como nmeros ou objetos necessrios para

    enriquecerem ainda mais o Palcio. O Fara no via os hebreus como pessoas que precisavam

    descansar e recarregar as energias porque eram pessoas, gente que precisava de dignidade.

    Apesar de Fara no ver os israelitas como seres humanos, o Deus de Abrao, o Deus de Isaque e

    o Deus de Jac contemplou todo esse processo de escravido humana. E ouviu o clamor do seu

    povo!

    Por razes culturais, religiosas e teolgicas as trs principais religies monotestas do mundo

    guardam um dia da semana como o significado de descanso e reverncia a uma s divindade: os

    judeus, o Sbado; os rabes, a Sexta-Feira; os cristos, o Domingo. Mais que discutir o dia do

    descanso, o importante observarmos o sentido do Sbado, o seu descanso e a sua reverncia

    para o Criador dos Cus e da Terra.

    Ora, para ns, que confessamos Jesus como Salvador, o domingo o dia do Senhor.

    Observamos o domingo porque foi o dia em que Jesus de Nazar ressuscitou dos mortos, a Igreja

    Primitiva se reunia para comer o po e confraternizar-se com alegria e singeleza de corao. No

    verdade que foi Constantino quem inventou o Domingo, o imperador romano apenas o

  • 12

    legitimou e oficializou uma prtica de mais de trs sculos guardada pela comunidade crist

    primitiva.

    No tenha esta pergunta como legalista, mas o que estamos fazendo com o dia do Senhor?

    Salva as excees, o dia de descanso oficial no mundo ocidental o domingo. Numa perspectiva

    bblica e evanglica, neste dia deveramos dedicar-nos a meditao espiritual, adorao ao Senhor

    com os irmos, o convvio com a famlia e a visita aos enfermos. Um dia para se viver em

    comunidade! No mero ativismo religioso onde pessoas se cansam mais do que no trabalho

    secular.

    A lio desta semana no pode se deter apenas em assuntos perifricos, tais como os

    adventistas esto certos ou errados ou em sermos ou no legalistas. O sentido desta lio

    mais do que esse. fazermos uma pergunta honesta: O que estamos fazendo com o dia do

    Senhor? E com a nossa vida e sade?

    O B J E T I V O G E R A L

    Compreender o significado do sbado para os cristos.

    O B J E T I V O S E S P E C F I C O S

    Abaixo, os objetivos especficos referem-se aos que o professor deve atingir em cada tpico.

    Por exemplo, o objetivo I refere-se ao tpico I com os seus respectivos subtpicos. I. Analisar o conceito do sbado. II. Considerar a forma da instituio do sbado.

    III. Explicar os aspectos legais e cerimoniais do sbado. IV. Destacar o preceito cerimonial. V. Apresentar Jesus como o Senhor do Sbado.

    I N T E R A G I N D O C O M O P R O F E S S O R

    Vivemos em um mundo capitalista. Uma das caractersticas da sociedade moderna a

    ansiedade e a sensao da falta de tempo. Parece que as pessoas no tm mais tempo para a

    sua famlia, o lazer ou, at mesmo, compromissos pessoais considerados banais. Quando o

    trabalho toma o tempo de Deus, da famlia e da alma, est na hora de agirmos.

    A lio desta semana falar do sbado do Senhor. No deixe que a aula se transforme num

    campo de confronto entre doutrinas adventistas e crists histricas. O contedo da aula o

    mais importante. Devemos resgatar a ideia de guardarmos um tempo para o descanso da

    mente e do corpo, da consagrao a Deus e do lazer. Deus o abenoe!

    C O M E N T R I O

    SANTIFICARS O SBADO

  • 13

    A palavra "sbado" um termo hebraico e significa "stimo". O mandamento do descanso foi

    institudo por Deus, em primeiro lugar, para que o ser humano pudesse descansar. Lembre de

    que o contexto do advento da lei era a libertao da escravido de Israel no Egito.

    Como escravos, os hebreus no tinham descanso, eram explorados diuturnamente a fim de

    produzir mais e mais para o imprio de Fara. Este via os judeus como nmeros ou objetos

    necessrios para enriquecerem ainda mais o Palcio. O Fara no via os hebreus como pessoas

    que precisavam descansar e recarregar as energias porque eram pessoas, gente que precisava de

    dignidade. Apesar de Fara no ver os israelitas como seres humanos, o Deus de Abrao, o Deus

    de Isaque e o Deus de Jac contemplou todo esse processo de escravido humana. E ouviu o

    clamor do seu povo!

    Por razes culturais, religiosas e teolgicas as trs principais religies monotestas do mundo

    guardam um dia da semana como o significado de descanso e reverncia a uma s divindade: os

    judeus, o Sbado; os rabes, a Sexta-Feira; os cristos, o Domingo. Mais que discutir o dia do

    descanso, o importante observarmos o sentido do Sbado, o seu descanso e a sua reverncia

    para o Criador dos Cus e da Terra.

    Ora, para ns, que confessamos Jesus como Salvador, o domingo o dia do Senhor. Observamos

    o domingo porque foi o dia em que Jesus de Nazar ressuscitou dos mortos, a Igreja Primitiva se

    reunia para comer o po e confraternizar-se com alegria e singeleza de corao. No verdade

    que foi Constantino quem inventou o Domingo, o imperador romano apenas o legitimou e

    oficializou uma prtica de mais de trs sculos guardada pela comunidade crist primitiva.

    No tenha esta pergunta como legalista, mas o que estamos fazendo com o dia do Senhor? Salva

    as excees, o dia de descanso oficial no mundo ocidental o domingo. Numa perspectiva bblica

    e evanglica, neste dia deveramos dedicar-nos a meditao espiritual, adorao ao Senhor com

    os irmos, o convvio com a famlia e a visita aos enfermos. Um dia para se viver em comunidade!

    No mero ativismo religioso onde pessoas se cansam mais do que no trabalho secular.

    A lio desta semana no pode se deter apenas em assuntos perifricos, tais como "os adventistas

    esto certos ou errados" ou em "sermos ou no legalistas". O sentido desta lio mais do que

    esse. fazermos uma pergunta honesta: O que estamos fazendo com o dia do Senhor? E com a

    nossa vida e sade?

    Revista ensinador. Editora CPAD. pag. 39.

    COMENTRIO

    INTRODUO

    O quarto mandamento uma ponte que liga os mandamentos teolgicos com os mandamentos

    ticos. Os trs primeiros preceitos do Declogo dizem respeito responsabilidade do homem com

  • 14

    o Criador; os demais falam sobre o compromisso do homem com o seu prximo. A guarda do

    sbado fica entre esse dois grupos, pois a lei clara em mostrar seu carter social e humanitrio

    e tambm sua funo religiosa.

    As controvrsias em torno deste mandamento se referem sua interpretao. O que acontece

    que existe o sbado institucional e o sbado legal, e quem no consegue separar estas duas

    instituies terminam radicalizando indo aos extremos. Esse o principal problema dos

    sabatistas da atualidade, como os adventistas do stimo dia. Todos os mandamentos do Declogo

    dependem de definies e de como aplic-los na vida diria, e essas instrues so dadas no

    prprio sistema mosaico. Mas as definies nem sempre so conclusivas. Por exemplo, o que a

    Bblia define como trabalho? O mandamento de santificar o sbado mais bem compreendido

    quando se analisa o propsito pelo qual ele foi dado.

    Esequias Soares. Os Dez Mandamentos. Valores Divinos para uma Sociedade em Constante

    Mudana. Editora CPAD. pag. 61-62.

    "Lembra-te do dia do sbado, para o santificar. Seis dias trabalhars, e fars toda a tua obra, mas

    o stimo dia o sbado do Senhor teu Deus. No fars nenhum trabalho, nem tu, nem o teu filho,

    nem a tua filha, nem o teu escravo, nem a tua escrava, nem o teu animal, nem o estrangeiro que

    est dentro das tuas portas. Pois em seis dias fez o Senhor o cu e a terra, o mar e tudo o que neles

    h, mas ao stimo dia descansou. Por isso abenoou o Senhor o dia de sbado, e o santificou".

    Esse o nico mandamento que no se encontra repetido na nova aliana. Esquadrinhando todo

    o Novo Testamento, no encontramos nenhum ensino de Jesus ou dos apstolos para

    santificarmos o dia stimo mais do que qualquer outro.

    Todos os que ensinam que o sbado, o stimo dia, deve ser santificado por todos os cristos, no

    guardam este dia da maneira como foi ordenado. Os tais devem saber que a lei, ao mandar

    guardar ao sbado, tambm diz como ele deve ser observado. Para guardar o sbado os israelitas

    recebem as seguintes instrues:

    1) no fazer nenhuma obra nesse dia, xodo 20.10;

    2) trabalhar nos outros seis dias, v. 9;

    3) no podiam apanhar lenha no dia de sbado; um homem achado fazendo isso foi apedrejado

    at morrer, Nmeros 15.32,36;

    4) no acender fogo em casa, xodo 35.3;

    5) sacrificar duas ovelhas em oferta de manjares todos os sbados, Nmeros 28.9,10.

    Se os sabatistas querem insistir na guarda do stimo dia, ento tero de guard-lo conforme estes

    preceitos.

  • 15

    A lei exigia que toda comida fosse preparada na vspera do sbado, e este dia era conhecido no

    tempo de Jesus como "o dia da preparao", assim mencionado nos Evangelhos. Os judeus que

    guardam a letra da lei, nem sequer acendem luz eltrica no sbado, porque seria acender lume. E

    se ns estamos vivendo sob a lei, devemos obedecer aos mandamentos em todos os preceitos.

    Mas graas a Deus que no vivemos sob a lei, mas sob a graa da nova aliana, e por isso no

    estamos obrigados a guarda um dia mais do que outro. Em Romanos 14.5,6 o apstolo escreve:

    "Um faz diferena entre dia e dia, mas outro julga iguais todos os dias. Cada um esteja

    inteiramente seguro em seu prprio nimo. Aquele que faz caso do dia, para o Senhor o faz. O

    que come para o Senhor come, porque d graas a Deus; e o que no come para o Senhor no

    come e d graas a Deus".

    A doutrina dos que guardam o sbado corresponde com esta? No, porque dizem que o sbado

    tem de ser guardado sobre todos os outros dias. Negam assim o privilgio de cada um decidir por

    si mesmo a esse respeito, privilgio que parte da gloriosa liberdade dos filhos de Deus.

    Muito se ensina no Novo Testamento acerca do primeiro dia, o do Senhor, mas luz de Romanos

    14.4-6, entendemos que a questo de guardar um dia mais do que a outro no era obrigao, mas

    opo na primitiva igreja. O dia do Senhor, ou o primeiro dia, era guardado tendo por motivo o

    amor, e no a lei.

    Se algum arguir que Jesus guardava o sbado de Moiss, replico: tinha de fazer assim, visto que

    veio sob a lei e guardou todos os mandamentos de seu Pai para os judeus; porm, ao estabelecer

    a nova aliana, no nos deixou nenhum mandamento a respeito do sbado, exceto o que j

    mencionamos em Romanos 14 e em Hebreus 10.25, onde diz: "No deixando a nossa

    congregao, como costume de alguns; antes, admoestemo-nos uns aos outros; e tanto mais

    quanto vedes que se vai aproximando aquele Dia". Somos ensinados acerca das reunies, mas o

    dia para realiz-las fica nossa escolha.

    Abrao de Almeida. O Sbado, a Lei e a Graa. Editora CPAD.

    I. O SBADO DA CRIAO

    1. O SHABAT.

    O substantivo hebraico shabbat, "sbado", ou sbbaton, em grego, "sbado, semana", indica no

    calendrio de Israel o stimo dia da semana marcado pelo descanso do trabalho para cerimnias

    religiosas especiais, alm de significar um perodo de sete dias, uma semana (BAUER, 2000, p.

    909). O termo shabbtn significa "sabatismo, guarda ou observncia do sbado", pois a

    desinncia -n caracterstica de substantivo abstrato. Ele aparece no relato da criao: "E,

    havendo Deus acabado no dia stimo a sua obra, que tinha feito, descansou no stimo dia de toda

    a sua obra, que tinha feito.

  • 16

    Esequias Soares. Os Dez Mandamentos. Valores Divinos para uma Sociedade em Constante

    Mudana. Editora CPAD. pag. 62.

    Os Termos

    A palavra hebraica sabbat significa descanso ou cessao; provavelmente est relacionada

    forma verbal sbt, que significa trazer a um fim. Alguns estudiosos supem que a ideia do sbado

    surgiu na Babilnia, e que o termo hebraico sabbat se relaciona palavra acadiana (babilnica)

    sab/pattu, que fala do dia de lua cheia. Esta teoria perdeu aceitao em anos recentes. A palavra

    grega na Septuaginta a forma transliterada do hebraico sabbaton, que pode significar

    especificamente o sbado ou pode referir-se a uma semana inteira.

    CHAMPLIN, Russell Norman, Enciclopdia de Bblia Teologia e Filosofia. Vol. 6. Editora

    Hagnos. pag. 2.

    SBADO. (cessao, descanso', LXX, sbado, semana). O dia da semana de descanso e adorao

    dos hebreus, que era observado no stimo dia da semana, comeando ao por do sol na sexta-feira

    e terminando ao por do sol no sbado.

    MERRILL C. TENNEY. Enciclopdia da Bblia. Editora Cultura Crist. Vol. 6. pag. 266.

    Gn 2.2 E havendo Deus terminado no dia stimo a sua obra... descansou.

    O autor da fonte de Gn. 2.1-3, a fim de emprestar a maior autoridade a essa observncia, fez o

    prprio Deus institu-la, como se assim tivesse sido desde o princpio. Os estudiosos

    conservadores aceitam o texto conforme ele est escrito, pensando em uma genuna instituio

    divina do sbado, aps a obra da criao. Os crticos atribuem essa seo fonte P (S).

    A verso siraca diz aqui no sexto dia, mas no h razo para supormos que stimo no seja o

    texto correto, sendo esse o texto padro hebraico, como tambm o texto mais difcil. Os escribas,

    com freqncia, alteravam os textos difceis para torn-los mais fceis ou aceitveis, mas

    dificilmente faziam o contrrio. Talvez o autor sacro pensasse que a instituio do sbado foi o

    real encerramento das obras da criao. Alguns tm emendado o texto de terminado para

    desistido, mas essa emenda desnecessria.

    A narrativa da criao, vista atravs dos olhos da nova nao de Israel, nos dias de Moiss,

    reveste-se de grande significao teolgica. Dentre o caos e as trevas do mundo pago, Deus tirou

    o Seu povo, ensinando-lhes a verdade, garantindo-lhes a vitria sobre todo poder dos cus e da

    terra, comissionando-os para serem Seus representantes e prometendo-lhes descanso teocrtico.

    E isso, igualmente, haveria de encorajar crentes de todos os sculos (Allen P. Ross, in loc.).

    A instituio do sbado sugere a legislao mosaica que haveria de seguir-se, bem como todos os

    privilgios de Israel como nao que haveria de ensinar a todas as demais naes.

  • 17

    Descansou. No a fim de sugerir que o Ser Supremo pode ficar cansado, pois temos aqui uma

    declarao antropomrfica que diz respeito cessao de atividades. Simbolicamente falando, o

    sbado foi uma obra de redeno, porquanto retrata o descanso aps o pecado e a aceitao, como

    filho, na casa do Pai, Mas nesse stimo dia no houve mais atividade criativa.

    Gn 2.3 E abenoou Deus o dia stimo, e o santificou. A instituio do sbado. Seria realmente

    parte de um documento muito antigo, que falava sobre a criao, ou o sbado foi subentendido

    no antigo relato, por parte de um escritor posterior? Ou todos os autores das fontes do Gnesis

    foram posteriores, em cujos dias o sbado j havia sido institudo? Provi artigos sobre esses

    problemas. Os emditos conservadores, crendo na autoria mosaica do Gnesis, supem que ele

    soube da instituio divina do sbado mediante inspirao, e que isso serviu de apropriado clmax

    da criao original. O artigo que apresento no fim do versculo, a respeito do sbado, explica a

    questo em seus pormenores, incluindo as controvrsias sobre a alegada natureza obrigatria do

    sbado para os cristos.

    O sbado era a grande instituio da f do povo hebreu. A legislao mosaica lhes dera suas

    instituies, ritos e crenas, mas nada era mais importante do que o sbado. Os crticos pensam

    que a exaltada natureza do sbado tenha sido uma das conseqncias do exlio babilnico, mas

    sem dvida temos a uma apreciao exagerada. O sbado, desde os tempos mais remotos, serviu

    sempre como sinal mais decisivo para quem era hebreu ou judeu. Como claro, havia outros

    sinais, incluindo a circunciso (Gn, 17.10), e, naturalmente, as grandes provises da prpria lei

    mosaica.

    As Razes da Separao. O autor sagrado apresenta vrias delas no tocante histria da criao:

    a luz foi separada das trevas (1.14); as guas das guas (1.6); as guas de cima do firmamento das

    guas de baixo (1.9); as espcies foram separadas umas das outras, e no mediante evoluo

    (1.11,20). O sbado separou um tempo de outro, o tempo devotado ao trabalho, do tempo

    devotado ao descanso e ao servio e adorao a Deus. Em tempos posteriores, o santurio divino

    serviu de meio de separar o sagrado do profano, o divino do humano.

    Deus Santificou o Sbado. Nesta oportunidade no ficou esclarecido como o sbado seria

    expresso e obedecido. Mas as instituies posteriores dos hebreus nos do informaes. A

    adorao a Deus era frisada no dia de sbado, quando ento havia culto ao Senhor. Tal como o

    sbado separado para ser observado pelo homem, assim tambm o homem separado para

    Deus.

    CHAMPLIN, Russell Norman, Antigo Testamento Interpretado versculo por

    versculo. Editora Hagnos. pag. 21.

    2. DEUS CONCLUIU A CRIAO NO DIA STIMO.

  • 18

    E abenoou Deus o dia stimo e o santificou; porque nele descansou de toda a sua obra, que Deus

    criara e fizera" (Gn 2.2, 3).

    Deus celebrou o stimo dia aps a criao e abenoou este dia e o santificou. Gnesis o livro das

    origens de todas as coisas, dos cus e da terra, do homem e do pecado, do sacrifcio e da promessa

    de redeno, do casamento, da famlia, das naes, das lnguas, da nao de Israel, do sbado e

    da semana. O sbado e a semana tiveram a sua origem em Deus. A diviso hebdomadria do

    tempo aparece desde os dias pr-diluvianos e no perodo patriarcal (Gn 7.4, 10; 8.10, 12; 29.27,

    28). Mas a semana na Mesopotmia seguia as fases da lua, por isso nem sempre o sbado

    coincidia com o stimo dia. A semana dos egpcios era de dez dias.

    Esequias Soares. Os Dez Mandamentos. Valores Divinos para uma Sociedade em Constante

    Mudana. Editora CPAD. pag. 62-63.

    O quarto mandamento (x 20.8-11), embora claramente um elemento integral dos quatro

    primeiros aqueles pertencentes pessoa, natureza e adorao do Senhor uma transio

    para os seis restantes no fato de que tem que ver com o tratamento dos seres humanos,

    especialmente no relacionamento deles com o dia de descanso. Este antecipado pela narrativa

    da criao, que declara: No stimo dia Deus j havia concludo a obra que realizara, e nesse dia

    descansou. Abenoou Deus o stimo dia e o santificou, porque nele descansou de toda a obra que

    realizara na criao (Gn 2.2,3). Para Deus, o descanso no representava (e no representa) que

    ele se recuperaria da exausto do labor, mas simplesmente que pararia o que estivera fazendo

    (hebraico, sbt). Ele, ao abenoar o dia, celebrou a obra de criao terminada, acrescentando a ela,

    por assim dizer, seu amm de aprovao.

    Eugene H. Merrill. Teologia do Antigo Testamento. Editora Shedd Publicaes. pag. 332-

    333.

    O Dia do Santo Descanso (2.1-3)

    Os primeiros trs versculos deste captulo pertencem apropriadamente ao contedo do captulo

    1, visto que trata do stimo dia na srie da criao. Durante seis dias, Deus esteve criando e

    formando a matria inorgnica, as plantas, os animais e o homem. De certo modo, tudo isso ocupa

    e est relacionado com o espao. O homem recebeu a ordem especfica de sujeitar o que se

    encontrava no mbito espacial. Deus inspecionou tudo e considerou muito bom; Ele concluiu

    tudo que quis criar. Certos rabinos antigos ficaram aborrecidos porque pensaram ter visto aqui

    uma indicao de que Deus trabalhara no sbado. O rabino Rashi declarou que o que faltava para

    o mundo era descanso, e assim o ltimo ato de Deus foi a criao do Sbado, no qual h quietude

    e repouso.

  • 19

    George Herbert Livingston, B.D., Ph.D. Comentrio Bblico Beacon. Gnesis. Vol.1. pag.

    34-35.

    3. A BNO DE DEUS SOBRE STIMO DIA.

    Deus abenoou e santificou o stimo dia como um repouso contnuo, a dispensao da inocncia,

    interrompido por causa do pecado. Agostinho de Hipona lembra que no houve tarde no dia

    stimo, pois Deus o santificou para que ele permanecesse para sempre: "Ora o stimo dia no tem

    crepsculo. No possui ocaso porque Vs o santificastes para permanecer eternamente"

    [Confisses, Livro XIII.36). Ado e Eva viveram esse repouso durante a inocncia at a Queda:

    "Foi o princpio e o tipo de repouso ao que a criao, depois que caiu da comunho com Deus pelo

    pecado do homem, recebeu a promessa de que uma vez mais seria restaurada pela redeno, em

    sua consumao final" (KEIL & DELITZSCH, tomo 1, 2008, p. 41). O sbado da criao

    aponta para o descanso de Deus para o mundo inteiro no fim dos tempos: "Portanto, resta ainda

    um repouso para o povo de Deus" (Hb 4.9).

    O sbado legal no foi institudo aqui. Isso s aconteceu com a promulgao da lei. O stimo dia

    o fundamento da guarda do sbado dada aos israelitas, visto que este dia foi santificado desde

    o princpio do mundo. O sbado institucional para toda a humanidade e por isso Deus o

    santificou antes de estabelec-lo como mandamento para Israel. "A santificao do sbado

    institui uma ordem para a humanidade segundo a qual o tempo dividido em tempo e tempo

    sagrado... Por santificar o stimo dia, Deus instituiu uma polaridade entre o dia a dia e o solene,

    entre dias de trabalho e dias de descanso, a qual deveria ser determinante para a existncia

    humana" (WESTERMANN, 1994, p. 171). O sbado institucional no necessariamente o stimo

    dia da semana, mas um a cada seis dias.

    Esequias Soares. Os Dez Mandamentos. Valores Divinos para uma Sociedade em Constante

    Mudana. Editora CPAD. pag. 65-66.

    Gn 2 .3 - O fato de Deus ter abenoado o stimo dia significa que Ele o separou para uso santo.

    Este ato encontrado nos Dez Mandamentos (x 20.1 -17), no qual Deus ordenou a observncia

    do sbado. Quanto ao ensino do sbado no NT, ler as seguintes passagens: Mateus 12.8;

    Colossenses 2.16. Consideremos, ainda, que o sbado, no AT, prefigurava o repouso que todos

    encontramos em Cristo Jesus (Hb 4.1-11).

    BBLIA APLICAO PESSOAL. Bblia de Estudo Aplicao Pessoal. Editora CPAD. pag. 7.

    Gn 2.3 afirma que Deus "santificou" ou colocou parte o dia de sbado porque ele descansou

    nesse dia. Mais tarde, na lei mosaica, o sbado foi colocado parte como dia de culto (veja nota

    em x 20.8). Hebreus 4.4 distingue entre o descanso fsico e o descanso redentor para o qual o

    primeiro apontava. Est claro em Cl 2.16 que o sbado" de Moiss no possui lugar simblico ou

  • 20

    ritual na nova aliana. A igreja comeou a realizar cultos no primeiro dia da semana para celebrar

    a ressurreio de Cristo (At 20.7).

    MAC ARTHUR. Bblia de Estudo. Sociedade Bblica do Brasil. pag. 19.

    II. O SBADO INSTITUCIONAL

    1. DESDE A CRIAO.

    Aqui est a base do sbado institucional e do sbado legal. Deus completou a sua obra da criao

    no stimo dia. Duas vezes o texto sagrado declara que Deus "descansou" ou seja, cessou, esse o

    significado do verbo hebraico usado aqui, shbat, cessar, desistir, descansar" (Gn 8.22; J 32.1;

    Ez 16.41). Descansar sinnimo de cessar de criar. Esse repouso indica a obra concluda e no

    ociosidade, pois Deus no para nem se cansa (Is 40.28; Jo 5.17). Ele continua sustentando todas

    as coisas pela palavra do seu poder (Hb 1.3). O Senhor Jesus tambm assentou-se destra de

    Deus depois de concluir a obra da redeno (Hb 8.1; 10.12). A expresso "acabado no stimo dia

    parece indicar que houve mais alguma atividade de Deus na criao nesse dia. o que pensam

    muitos expositores da atualidade. Deus terminou a sua obra no dia sexto: segundo a Septuaginta,

    en t hmra t hekt, "no dia sexto", e tambm no Pentateuco Samaritano, bayym hashishi, "no

    dia sexto". A Peshita segue tambm essa linha, mas tudo indica que se trata de alguma emenda

    deliberada. Segundo Umberto Cassuto, um estudo cuidadoso desse versculo mostra que "stimo

    dia" a forma correta (1998, p. 61).

    O substantivo hebraico shabbat, "o dia de sbado", no aparece aqui; sua primeira ocorrncia

    acontece no relato do man (x 16.23). Mas este termo vem da raiz do verbo "descansar", shbat.

    H quem afirme que essa omisso foi intencional porque o shbat o trmino da semana e h

    fortes evidncias da identificao filolgica do termo aqui com o acdico shabatu[m] ou shapattu,

    que aparece nas inscries babilnicas como o dia da lua cheia. Trata-se do 15 dia de um ms

    lunar, dedicado adorao do deus lua, Sin-Nanar e a outros deuses. Este dia se chamava tambm

    m nch libbi, "dia de descanso do corao" (ORR, vol. IV, 1996, p. 2630). Outros afirmam que

    se trata mais de um dia de expiao ou pacificao, e no necessariamente de um dia de descanso.

    No entanto, foram descobertos tabletes em que revelam o shabatu, como os dias 7o, 14, 21 e

    28, que segundo o registro dessas inscries ocupavam espao destacado no calendrio

    mesopotmio. Neles havia restries a diversos tipos de trabalho, j que o dia era dedicado aos

    deuses (TENNEY, vol. 5, 2008, p. 267). O sbado dos israelitas era o dia de descanso reservado a

    cada seis dias de trabalho para todo o povo; entretanto, o shabatu era computado com base nas

    quatro fases da lua.

    H muitas discusses sobre a relao do shabatum com o sbado dos israelitas, e Umberto

    Cassuto explica o que est por trs de tudo isso. Os crticos liberais insistem em afirmar que os

  • 21

    israelitas copiaram o sbado dos mesopotmios e com isso querem associar o sbado de Israel

    com as quatro fases da lua. Cassuto questiona a existncia da proibio de trabalho nos dias 7, 14,

    21o e 28 do ms do luna na Babilnia e na Assria. Segundo esse autor, o pensamento da Tor

    justamente o oposto ao sistema babilnico e desvincula completamente o sbado da adorao aos

    astros: "O dia de sbado de Israel no ser como o sbado das naes pags; no ser o dia da lua

    cheia, ou outro dia conectado com as fases da lua, nem ligado, em conseqncia, com a adorao

    da lua, mas ser o stimo dia" (1998, p. 68). um sbado completamente desassociado de sinais

    nos cus, das hostes celestiais e de qualquer conceito astrolgico, "mas o stimo dia o sbado

    do SENHOR teu Deus" (x 20.10). Assim, o propsito da omisso do termo hebraico shabbat,

    "sbado", no relato da criao evitar sua identificao com o shabatu dos mesopotmios.

    Esequias Soares. Os Dez Mandamentos. Valores Divinos para uma Sociedade em Constante

    Mudana. Editora CPAD. pag. 63-65.

    O contexto desta passagem e de outras similares neste captulo refere-se a Gnesis 2.1-3, que diz:

    Assim, os cus e a terra, e todo o seu exrcito foram acabados. E, havendo Deus acabado no dia

    stimo a sua obra, que tinha feito, descansou no stimo dia de toda a sua obra, que tinha feito. E

    abenoou Deus o dia stimo e o santificou; porque nele descansou de toda a sua obra, que Deus

    criara e fizera. A criao, tanto de cus e terra e do mundo espiritual, atual tambm no

    primeiro captulo da Bblia. Deus criou: cus e terra. O cu e a terra com todo o seu exrcito

    mencionado em Gnesis 2.1 Exrcito, aqui, tsebaam, de tsaba, que significa avanar como

    soldado (Gesenius, erudito hebreu do sculo XIX), ou andar juntos para servio (Furst); o termo

    usado, portanto, acerca dos anjos (I Rs 22.19; 2 Cr 18.18; SI 148.2; Lc 2.13). Refere-se tambm

    aos corpos celestes e aos poderes do cu (Is 34.4; Dn 8.10; Mt 24.29). Na criao original

    mencionada nos captulos 1 e 2 de Gnesis, est includo o cu e a terra, o espiritual com seus

    anjos. So eles as personalidades criadas no mundo espiritual (Nm 9.6), os seres e as coisas e a

    raa humana no mundo material (Mc 10.6). Deus, portanto, deixando o exemplo s suas

    criaturas, instituiu um dia para o descanso e ... ao stimo dia, descansou, e restaurou-se (Ex

    31.17).

    Severino Pedro Da Silva. Epistola aos Hebreus coisas novas e grandes que Deus preparou

    para voc. Editora CPAD. pag. 68-69.

    Heb 4.8-10 O verdadeiro descanso de Deus no veio por meio de Josu ou Moiss, mas por meio

    de Jesus Cristo, que maior do que ambos. Josu levou a nao de Israel terra do seu descanso

    prometido (ve/a nota em 3. /; Js 21.43-45). No entanto, esse foi simplesmente o descanso

    terreno que era apenas a sombra do que eslava envolvido no descanso celestial. O fato de que,

    segundo o Sl 95, Deus ainda estava oferecendo o seu descanso no tempo de Davi (muito tempo

  • 22

    depois de Israel ter se estabelecido na Terra Prometida) significava que o descanso oferecido era

    espiritual superior ao que Josu havia obtido. O descanso terreno de Israel foi repleto de

    ataques de inimigos e consistiu no ciclo dirio de trabalho. O descanso celestial caracterizado

    pela plenitude ria promessa celestial (Ef 1.3) e pela ausncia de qualquer trabalho para obt-lo.

    MAC ARTHUR. Bblia de Estudo. Sociedade Bblica do Brasil. pag. 1694.

    Afirmaes No-bblicas

    1. Teoria planetria. No h dvida de que o desenvolvimento do sbado teve relao com a

    semana, mas foi apenas no incio da era crist que os nomes dos planetas passaram a ser

    associados com dias especficos. Chamar os sete dias com os nomes dos sete planetas chegou

    tarde demais para ter alguma relao com o sbado hebreu. No h evidncia dc que tal dia tivesse

    alguma coisa que ver com a venerao de um planeta, algo que seria contrrio teologia hebraica.

    Nem h evidncias de um emprstimo hebraico que tivesse sofrido adaptaes para ajustar-se

    sua cultura.

    2. Teoria pambabilnica. Os tabletes cuneiformes babilnicos usam a palavra shabatum para

    designar o 15* dia do ms, hora da lua cheia, e tal dia era considerado um dia de pacificao ou

    apaziguamento do deus (presumivelmente o deus-chefe). Outros dias do ms, especificamente o

    T, o 14*, o 21" e o 28' (as fases da lua) eram considerados dias do mal ou do azar. Nesses dias at

    mesmo o rei tinha sua vida limitada: ele no podia andar de carruagem, comer carne assada em

    fogo, mudar de roupa ou discutir os negcios do Estado. Sacrifcios eram oferecidos aos deuses

    para afastar acidentes e reverses de fortuna. O pico babilnico Enuna elish descreve esses e

    outros particulares, e lembramos, aqui e ali, o relato bblico da criao, mas as diferenas so to

    grandes que eliminam o possvel apoio teoria do emprstimo direto.

    3. Teoria da festa lunar. O sbado hebraico era originalmente um antigo festival lunar? Alguns

    estudiosos acham que sim. A prpria Bblia ocasionalmente associa o sbado lua nova (II Reis

    4.23; Isa. 1.13; Ams 8.5). Um exame cuidadoso de Lev. 23.11,15 parece indicar que a palavra

    sbado pode referir-se ao dia de lua cheia. No paganismo, as fases da lua (lua nova, lua cheia,

    meia-lua, lua minguante) eram comemoradas com sacrifcios e oraes, principalmente para

    afastar o mal. Os judeus tinham certos sbados fixos, que caiam no dia de lua cheia, a saber, a

    Pscoa, o banquete dos Tabernculos e o banquete de Purim. O sbado comum de todas as

    semanas, contudo, no era vinculado lua e s fases da lua. Alguns insistem que observaes das

    fases lunares, em um momento posterior, provocaram uma observao semanal que perdeu as

    conexes lunares originais, mas no h nenhuma evidncia que sustente tal opinio.

    CHAMPLIN, Russell Norman, O Novo Testamento Interpretado versculo por

    versculo. Editora Candeias. Vol. 6. pag. 2.

  • 23

    2. NO ERA MANDAMENTO.

    O stimo dia da criao no era mandamento, mas revela a necessidade natural do descanso de

    toda natureza, homem, animal, mquina, agricultura. O repouso noturno de cada dia no

    suficiente para isso. Deus abenoou e santificou esse dia no somente para comemorar a obra da

    criao, mas para que nesse dia todos cessem o trabalho tendo em vista o descanso fsico e mental

    e tambm o culto de adorao a Deus. importante que todos os seres humanos possam refletir

    que o universo foi criado por um Deus pessoal, Todo-poderoso, sbio e transcendente, que

    planejou todas as coisas que foram criadas. Parece que esse dia foi logo esquecido pelo gnero

    humano, mas h resqucio dele em muitos povos da antiguidade.

    Esequias Soares. Os Dez Mandamentos. Valores Divinos para uma Sociedade em Constante

    Mudana. Editora CPAD. pag. 63-65.

    Afirmaes Bblicas

    1. O prprio Deus deu origem ao sbado, o dia de descanso, para comemorar seu descanso da

    atividade de criao (Gn. 2.2). Os conservadores consideram a afirmao de Gnesis como o fim

    de todos os argumentos sobre a origem do sbado. Os liberais e os crticos, contudo, acreditam

    que essa uma afirmao anacrnica que de fato repousava em eventos posteriores ocorridos na

    poca de Moiss. Nesse caso, a doutrina de que o prprio Deus deu origem ao sbado,

    imediatamente aps a criao, idealista e teolgica, no uma doutrina histrica. Os crticos

    destacam que o sbado no era observado na poca patriarcal.

    2. O sbado iniciou como um sinal do Pacto Mosaico (que descrevo na introduo a xo. 19, no

    Antigo Testamento Interpretado).

    3. O sinal foi ento transformado no quarto dos Dez Mandamentos (o Declogo). Ver o artigo Dez

    Mandamentos. Lembra-te do dia de sbado, para o santificar (xo. 20.8).

    Observaes Bblicas

    Importantes observaes bblicas sobre o sbado so as que seguem. O originador deste dia como

    o dia de descanso foi Elohim, o Poder, o Deus universal e criador de todas as coisas (Gn. 2.2). A

    observao do sbado pelos homens, imitando a Deus, transformou-se no sinal do Pacto Mosaico

    e no quarto dos dez mandamentos (xo. cap. 19; 20.11). Embora originalmente fosse apenas um

    dia de descanso, o sbado tomou-se dia sagrado (xo. 16.23). Ele passou a ser associado a festas

    solenes, especialmente aquelas em dia de lua cheia (Ams 8.5; Os. 2.13; Isa. 1.13). O dia era

    comemorado, provavelmente, como um dia de louvor, adorao e orao (Lev. 23.1-3).

    CHAMPLIN, Russell Norman, O Novo Testamento Interpretado versculo por

    versculo. Editora Candeias. Vol. 6. pag. 2-3.

  • 24

    O quarto mandamento em si no tem a pretenso de ser a primeira promulgao do sbado. Suas

    palavras introdutrias, Lembra-te do dia de sbado (Ex 20.8), sugere que o sbado j era sido

    conhecido, mas foi esquecido ou era negligenciado. O motivo dado no mandamento para

    a santificao do sbado foi o exemplo de Deus ao terminar sua criao (20.9-11). O mandamento

    apontou de volta para a instituio original do sbado.

    O quarto mandamento fez do sbado uma instituio distintamente hebraica. Fez parte integral

    da aliana que Deus fez no Sinai com Israel. A aliana consistiu dos dez mandamentos

    proclamados pelo prprio Senhor no monte (Dt 4.13; 5.2-21). O quarto mandamento tem uma

    posio central nesta aliana, servindo como uma ponte de ligao entre aqueles mandamentos

    que tm a ver com obrigaes para com Deus e para com o homem.

    MERRILL C. TENNEY. Enciclopdia da Bblia. Editora Cultura Crist. Vol. 6. pag. 269.

    3. OS PATRIARCAS NO GUARDARAM O SBADO.

    O livro de Gnesis no menciona os patriarcas Abrao, Isaque e Jac observando o sbado.

    Segundo Justino, o Mrtir, Abrao e seus descendentes at o Sinai agradaram a Deus sem o

    sbado (Dilogo com Trifo 19.5). Irineu de Lio diz que Abrao, "sem circunciso e sem

    observncia do*sbado, acreditou em Deus e lhe foi imputado a justia e foi chamado amigo de

    Deus" (Contra as Heresias, Livro IV, 16.2). O sbado institucional no era mandamento nem

    havia imposio sobre a sua observncia; talvez, seja essa a razo de aos poucos ter cado no

    esquecimento. A linguagem do quarto mandamento "Lembra-te do dia de sbado" (x 20.8)

    refora a ideia de que no se trata de uma instituio nova, mas existente desde a criao.

    Esequias Soares. Os Dez Mandamentos. Valores Divinos para uma Sociedade em Constante

    Mudana. Editora CPAD. pag. 68.

    A palavra grega por detrs desse vocbulo uma combinao de pater, pai, e archs, cabea,

    chefe. Os patriarcas bblicos so aqueles que so considerados os fundadores da raa humana,

    Ado e No (este ltimo atravs de seus trs filhos, Sem, Co e Jaf; ver Gn. 10); ou ento aqueles

    que foram cabeas ou fundadores das doze tribos de Israel. O vocbulo tambm aplicado a

    Abrao, no Novo Testamento, em Heb. 7:4, por ser ele o fundador (progenitor) da

    nao hebreia, sendo tambm o pai dos homens espirituais, tanto judeus quanto gentios, que

    sigam com seriedade a vereda espiritual. Os filhos de Jac so chamados patriarcas em Atos

    7:8,9 e Davi denominado desse modo, em Atos 2:29. O perodo patriarcal aquele perodo de

    tempo da formao da nao hebreia, antes da poca de Moiss.

    CHAMPLIN, Russell Norman, Enciclopdia de Bblia Teologia e Filosofia. Vol. 5. Editora

    Hagnos. pag. 112.

    III. O SBADO LEGAL

  • 25

    1. SIGNIFICADO.

    O sbado legal exclusividade dos israelitas e nenhum povo da terra recebeu tal

    responsabilidade, nem mesmo a Igreja (x 31.13- 17). A adorao no tabemculo acontecia

    semanalmente e isso justifica a instruo da lei do sbado na presente seo que aborda a ordem

    do culto e demais servios no tabemculo. O tema do sbado havia sido tratado por ocasio do

    man (x 16.23-30) e no quarto mandamento (x 20.8-11); no entanto, Jav retoma o assunto

    aqui para que o presente preceito seja observado de maneira apropriada.

    A observncia do sbado legal perptua, sob pena de morte para quem violar (vv. 14-6) e isso

    por se tratar de um sinal entre Jav e Israel (x 31.13, 17). No mandamento para todos os povos

    nem para a Igreja. o segundo sinal para os israelitas, que j tinham a circunciso como primeiro

    sinal desse concerto (Gn 17.10-14). Ao longo dos sculos, os judeus trataram esses dois preceitos

    com a mesma ateno. O Declogo registrado em Deuteronmio apresenta o sbado como

    memorial da sada dos israelitas do Egito: "Porque te lembrars que foste servo na terra do Egito

    e que o SENHOR, teu Deus, te tirou dali com mo forte e brao estendido; pelo que o SENHOR,

    teu Deus, te ordenou que guardasses o dia de sbado" (Dt 5.15). O sbado legal mandamento

    exclusivo para o povo de Israel.

    Esequias Soares. Os Dez Mandamentos. Valores Divinos para uma Sociedade em Constante

    Mudana. Editora CPAD. pag. 68-69.

    xo 31.12,13 Todos os sbados ou descansos faziam parte da legislao sabtica, com propsitos

    comuns. Esses sbados, como uma unidade, tornaram-se o sinal do pacto mosaico (ver as notas

    sobre xo. 19.1).

    O sbado, antecipado pela tradio sacerdotal (xo. 16.22-30), aqui formalmente institudo no

    Sinai. Mas j vimos isso confirmado de maneira formal em xo. 20.8,9.

    sbado era um sinal (vss. 13,17) do pacto que fez de Israel uma teocracia. Era um teste da

    consagrao da nao a Deus; se no fosse mantido santo, a consequncia seria a morte... Esse

    mandamento, declarado no declogo (xo. 20.8), estava baseado no fato de que Deus descansou,

    terminada a Sua obra de criao, em seis das (xo. 31.17)... O sbado assinalava Israel como o

    povo de Deus. A observncia do sbado mostrava que os israelitas foram separados (isto ,

    santificados) para Deus (John D. Hannah, in loc.).

    Nas vossas geraes. Os hebreus no antecipavam o fim de seus ritos, leis e cerimnias. Por isso,

    no tocante ao tabernculo, por todo o tempo achamos a insistncia de que tudo fosse observado

    de maneira perptua.

    O sinal da circunciso era menos distintivo, pois muitas naes praticavam-na. Mas o sbado foi

    uma criao distintivamente judaica, pelo que servia muito bem de sinal.

  • 26

    xo 31.17 sinal para sempre. Conforme foi dito e anotado no vs. 13. Aqui a aluso a como

    Yahweh deu um sinal, por ocasio da criao. Elohim trabalhou durante seis dias, e, ento,

    descansou ao stimo. A lei do sbado remonta quela ocasio, como um precedente bblico (ver

    Gn. 2.2,3), e agora tomava-se o sinal do pacto mosaico. Foi assim que o sinal original tomou-se

    um novo sinal. A teocracia foi estabelecida com base nesse sinal. Ele separou para Si mesmo um

    povo santo.

    Uma relao especial entre Deus e o Seu povo era inerente e potencial desde a criao. E agora

    essa potencialidade era aplicada ao pacto mosaico. A lei da criao serviu de raiz do que agora

    acontecia. Havia a raiz e o tronco da rvore, e ambas as coisas demandavam a lei do sbado. Nisso

    era pre- visto o bendito descanso final, a bem-aventurana do cu. Ver Heb. 4.1,3-5,8-11. O

    verdadeiro descanso espiritual, em Cristo, espiritual em sua realizao, que se d na salvao

    da alma.

    CHAMPLIN, Russell Norman, Antigo Testamento Interpretado versculo por

    versculo. Editora Hagnos. pag.

    Deus dissera a Moiss que o sbado era um sinal (17; cf. 13) entre mim e os filhos de Israel. O

    primeiro sinal dado a Israel foi a circunciso; agora, Deus adiciona o sinal do sbado como marca

    distintiva do seu povo. Este sinal do sbado distinguia Israel das outras naes mais que a

    circunciso, porque nenhuma outra nao jamais o adotou.

    Persistiu nos tempos romanos a marca e insgnia do judeu.

    Tornou-se um vnculo sacramental entre Israel e Deus. Nas vossas geraes (13; cf. 16) significa

    por todos os sculos (Moffatt; cf. NTLH).

    Leo G. Cox. Comentrio Bblico Beacon. xodo. Editora CPAD. pag. 224.

    xo 31.13. Certamente guardareis os meus sbados, pois sinal. Quanto ao dia de descanso,

    consultar 16:23; 20:8; 23:12. Aqui, contudo, o descanso semanal revestido de significado

    especial por ser um sinal (como os pes asmos, 13:9) entre Deus e Israel, uma lembrana de seu

    relacionamento especial com Deus. Para Israel, a circunciso era o grande sinal da aliana feita

    com seu ancestral Abrao (Gn 17:11). Tal como a circunciso, o sbado parece ter sido observado

    at certo ponto em outras naes semitas (pelo menos como um dia azarado para negcios e

    por isso evitado): apenas em Israel, entretanto, segundo se sabe, ele possui este significado

    religioso especial. Talvez a ordem com respeito ao sbado aparea aqui para lembrar que, mesmo

    na construo do Tabernculo, o sbado deveria ser observado (segundo Hyatt).

    R. Alan Cole, Ph. D. XODO Introduo e Comentrio. Editora Vida Nova. pag. 204.

    Gn 17.11 Mediante esse smbolo, Deus impressionou-os com a impureza da natureza e com a

    dependncia a Deus para a produo de toda forma de vida. Eles deveriam reconhecer e lembrar

  • 27

    que: a. toda impureza nativa deve ser rejeitada, sobretudo no casamento; b. a natureza humana

    incapaz de gerar a semente prometida. Os israelitas que se recusassem a deixar-se cortar

    fisicamente desse modo, seriam cortados (separados) dentre 0 povo (vs. 14), por motivo de

    desobedincia ao mandamento de Deus (Allen P. Ross, in loc.). E assim, essa operao tornou-

    se emblema de separao pessoal e de distino entre aqueles que pertenciam e aqueles que no

    pertenciam ao pacto. O termo usado em sentido metafrico em Deuteronmio 30.6, onde lemos

    sobre coraes circuncisos. Paulo usou essa metfora (Rom. 2.28,29; cf. Rom. 4.11). A

    incredulidade como ter 0 corao incircunciso (Jer. 9.26; Eze. 44.7-9).

    CHAMPLIN, Russell Norman, Antigo Testamento Interpretado versculo por

    versculo. Editora Hagnos. pag. 128.

    E ser um sinal. leoth, por um sinal das coisas espirituais, pois a circunciso feita na carne foi

    projetado para significar a purificao do corao de toda a injustia, como Deus mostrou

    particularmente na prpria lei. Veja Deuteronmio 10:16, ver tambm;Romanos 2:25-29; 2:11. E

    foi um selo de que a justia ou justificao que vem pela f, Romanos 4:11. Que alguns dos judeus

    tinham uma noo apenas da sua espiritual inteno, claro de muitas passagens nas parfrases

    Caldeu e os escritores judeus. Me emprestar uma passagem do livro Zohar, citado por Ainsworth:

    "Em que momento um homem selado com este selo santo (da circunciso), a partir da, ele v o

    santo louvou a Deus corretamente, e a alma santa est unida a ele se ele no seja digno, e no

    guarda este sinal, o que est escrito? Ao sopro de Deus perecem , J 4:9), porque este selo do

    santo louvou a Deus no foi mantido. Mas, se for digno, e mant-lo, o Esprito Santo no est

    separado dele. "

    ADAM CLARKE. Comentrio Bblico de Adam Clarke.

    2. O SBADO DO DECLOGO.

    O quarto mandamento o mais longo do Declogo e difere dos trs primeiros, cuja formulao

    negativa. O versculo 8 introduz o mandamento positivo que impe a obrigao de santificar o

    sbado, e o versculo 9 fala sobre a obrigao de trabalhar seis dias. Isso se repete no sistema

    mosaico (x23.12; 31.13-17; 34.21; Lv 23.3), mas aqui aparece tambm a formulao negativa.

    Quando Moiss no seu discurso em Deuteronmio repete o Declogo substitui o verbo hebraico

    usado para "lembrar" zchor,n "recordar, lembrar", por outro, "guardar", shmr, "guardar,

    cuidar, vigiar", quando diz: "Guarda o dia de sbado" (Dt 5.12). Os dois verbos esto no infinitivo

    absoluto, que tem funo de um forte imperativo, bastante comum em leis e mais prximo de um

    futuro cominatrio, ameaador. O propsito do uso deste verbo "lembrar" aqui em xodo

    manter o sbado como dia santo. Isso mostra que o povo j conhecia esse dia, mas parece que a

    sua observncia no era levada a srio antes da revelao do Sinai. As palavras "como te ordenou

  • 28

    o SENHOR, teu Deus" (Dt 5.12b) no aparecem em xodo e so uma referncia ao Sinai, quando

    a lei foi promulgada, visto que Moiss est relatando um fato acontecido no passado.

    Fica evidente que houve um sbado antes da promulgao da lei. Muitos acreditam que o verbo

    "lembrar" se refere ao relato do man no deserto (x 16.22-30). Isto fica claro pelo fato de que "a

    maneira incidental em que a matria introduzida e a repreenso do Senhor pela desobedincia

    do povo sugerem que o sbado j era previamente conhecido" (TENNEY, vol. 5, 2008, p. 267).

    No entanto, segundo o rabino Benno Jacob, "lembrar" aqui no tem conotao de "no esquecer",

    como aconteceu com o evento do man, mas de um "memorial do passado para estabelecer um

    relacionamento especial para o futuro" (1992, p. 563).

    Esequias Soares. Os Dez Mandamentos. Valores Divinos para uma Sociedade em Constante

    Mudana. Editora CPAD. pag. 67.

    xo 20.8. Lembra-te do dia de sbado. Compare 16:23,26. O mandamento sobre o dia de

    descanso o primeiro a ser formulado positivamente, embora ainda breve e apodctico. O

    versculo 12 contm o nico outro mandamento positivo na lista, embora no restante da lei esta

    forma no seja incomum (uma forma de mandamento positivo intimamente relacionada se

    encontra em Gn 9:6). Esta mudana de um mandamento negativo para outro positivo no

    desconhecida em cdigos antigos, mas se quisermos descobrir uma forma negativa para este

    mandamento, por amor coerncia, ela se encontra no versculo 10, no fars nenhum trabalho

    . Deuteronmio 5:12 bem semelhante ao versculo 8, embora empregue guardar em lugar de

    lembrar . Por outro lado, a razo apresentada em Deuteronmio para a observncia do sbado

    completamente diferente, como veremos no versculo 11.

    R. Alan Cole, Ph. D. XODO Introduo e Comentrio. Editora Vida Nova. pag. 151.

    Lembrando o sbado, a fim de mant-lo santo. O sbado era um dia de descanso e de observncias

    espirituais. Se Paulo admitia que podemos observar dias especiais, ele jamais obrigou outros

    cristos a fazerem o mesmo. A Igreja, ou suas vrias denominaes, tm o direito de observar o

    domingo como se fosse um sbado ou descanso, embora no haja muito para recomendar essa

    circunstncia, sobretudo se isso for feito em uma atitude legalista. elogivel que a Igreja tenha

    dedicado um dia da semana (o domingo) para adorao e culto religiosos especiais,

    comemorando a ressurreio de Cristo. Mas isso no transforma o domingo em um sbado

    cristo.

    A primeira espiritualizao do versculo nossa frente consistiu em afirmar enfaticamente a

    necessidade que temos de observncias religiosas comunais, em um esforo grupal como uma

    igreja ou uma denominao, visando a honrar a Deus com o nosso tempo, de maneira sistemtica

  • 29

    e planejada. bom observarmos pelo menos um dia por semana para essa finalidade e para

    descansar do trabalho secular.

    O sbado foi institudo antes da lei mosaica. Ver Gn. 2.3.

    Os reformadores do sculo XVI, ao ab-rogarem teologicamente o sbado, substituram-no pelo

    domingo; mas fizeram deste um sbado para todos os propsitos prticos. A medida pode ter sido

    prtica, mas no exibiu uma boa teologia. O sbado uma contribuio distinta da religio dos

    hebreus. Era o sinal do pacto mosaico. Mas, sob a graa, na qual estamos, no h qualquer

    necessidade desse sinal, pelo que no h nenhum preceito ou exemplo de guarda do sbado por

    parte da Igreja crist.

    A desobedincia a esse quarto mandamento traria juzo contra os israelitas desobedientes, a

    saber, a punio capital.

    Para o santificar. Em outras palavras, como um descanso santificado (xo. 16.23), em que os

    israelitas deveriam aproveitar a oportunidade para dedicarem-se ao culto e ao servio religiosos.

    A proviso principal era o descanso, e podemos presumir que eles aproveitavam o ensejo para

    finalidades religiosas. Posteriormente, na sinagoga, sem dvida assim acontecia. Ver tambm

    xo. 20.11; 23.12 e Deu. 5.14,15.

    Tipo. O descanso do sbado era tipo do futuro descanso do crente, em Jesus Cristo, ou seja, a

    salvao eterna. Ver Heb. 4.1,3-5,8-11.

    CHAMPLIN, Russell Norman, Antigo Testamento Interpretado versculo por

    versculo. Editora Hagnos. pag. 391-392.

    O quarto mandamento do Declogo. O quarto mandamento em si no tem a pretenso de ser a

    primeira promulgao do sbado. Suas palavras introdutrias, Lembra-te do dia de sbado (Ex

    20.8), sugere que o sbado j era sido conhecido, mas foi esquecido ou era negligenciado. O

    motivo dado no mandamento para a santificao do sbado foi o exemplo de Deus ao terminar

    sua criao (20.9-11). O mandamento apontou de volta para a instituio original do sbado.

    O quarto mandamento fez do sbado uma instituio distintamente hebraica. Fez parte integral

    da aliana que Deus fez no Sinai com Israel. A aliana consistiu dos dez mandamentos

    proclamados pelo prprio Senhor no monte (Dt 4.13; 5.2-21). O quarto mandamento tem uma

    posio central nesta aliana, servindo como uma ponte de ligao entre aqueles mandamentos

    que tm a ver com obrigaes para com Deus e para com o homem.

    Os Dez Mandamentos so prefixados por uma declarao de que Deus havia tirado Israel da terra

    do Egito (Ex 20.2; Dt 5.6). Estas palavras podem ser aplicadas em seu sentido literal apenas aos

    filhos de Israel. O estilo dos mandamentos em si tambm indica que eles eram especificamente

    dados aos israelitas. O quinto mandamento contm uma promessa de longevidade na terra que o

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    Senhor estava prestes a dar a Israel (x 20.12; Dt 4.16). Semelhantemente, a verso

    deuteronmica do quarto mandamento apresenta a libertao de Israel da servido no Egito

    como a principal razo para a observncia do sbado (Dt 5.15). Guardar o sbado declarado, em

    outro lugar, como um sinal da obedincia de Israel a Deus (x 31.13; cp. Ne 9.14). Serve para

    distinguir Israel das outras naes. No pode haver dvida de que em seu contexto e aplicao

    originais a ordenana sabtica era uma lei intencionada apenas para o povo de Israel.

    Ao mesmo tempo, evidente que o quarto mandamento contm princpios que so aplicveis a

    todos os povos. Ele reconhece a obrigao moral do homem de adorar seu Criador, para o que

    tempos e lugares determinados para a adorao so necessrios, assim como a cessao das

    ocupaes comuns da vida. Reconhece tambm a necessidade bsica do homem de um dia

    semanal de descanso. A histria do homem tem demonstrado sua necessidade de recuperao de

    suas energias fsicas e mentais uma vez a cada sete dias, assim como tambm sua necessidade de

    ter um dia da semana separado para a devoo e instruo espirituais. O mandamento sabtico

    fez provises para estas necessidades dos antigos israelitas.

    MERRILL C. TENNEY. Enciclopdia da Bblia. Editora Cultura Crist. Vol. 6. pag. 269.

    3. PROPOSITO.

    A instituio do sbado legal no Declogo tinha o propsito duplo, social e espiritual, de cessar

    os trabalhos a cada seis dias de labor para dar descanso aos seres humanos e aos animais e dedicar

    um dia inteiro para adorao a Deus:

    Lembra-te do dia do sbado, para o santificar.

    Seis dias trabalhars e fars toda a tua obra,

    mas o stimo dia o sbado do SENHOR, teu Deus; no fars nenhuma obra, nem tu, nem o teu

    filho, nem a tua filha, nem o teu servo, nem a tua serva, nem o teu animal, nem o teu estrangeiro

    que est dentro das tuas portas.

    Porque em seis dias fez o SENHOR os cus e a terra, o mar e tudo que neles h e ao stimo dia

    descansou; portanto, abenoou o SENHOR o dia do sbado e o santificou (x 20.8-11).

    Esequias Soares. Os Dez Mandamentos. Valores Divinos para uma Sociedade em Constante

    Mudana. Editora CPAD. pag. 66.

    Sua referncia e propsito. Depois do relato da criao, o sbado a prxima referncia que

    aparece em relao ddiva do man (x 16.23-30), e depois no Sinai quando se tornou parte do

    Declogo (x 20.8-11). Deus ordenou a guarda do sbado como sinal de sua aliana e do seu

    relacionamento com Israel (x 31.12-17; Ez 20.12,20). Dessa forma, ele representava o selo da

    aliana Mosaica (cf. Is 56.4,6), e correspondia circunciso como o selo da aliana com Abro

    (cf. Gn 17.11).

  • 31

    PFEIFFER .Charles F. Dicionrio Bblico Wycliffe. Editora CPAD. pag. 1710.

    Dt 5.15 Porque te lembrars. Este versculo no tem paralelo no livro de xodo. aqui adicionada

    outra razo para a observncia do sbado. A observncia do sbado era uma espcie de repetio

    do esprito da observncia da Pscoa, da mesma maneira que a Ceia do Senhor nos faz relembrar

    de Sua morte e ressurreio. No Egito, Israel s tinha trabalho forado a fazer. Mas Deus lhes deu

    descanso quando os livrou daquele pais. Assim tambm, a salvao em Cristo nos outorga

    descanso espiritual.

    O trecho de xodo. 20.11 elabora de forma diferente a ilustrao sobre a guarda do sbado, a

    saber, 0 fato de que, por ocasio da criao, Deus trabalhou por seis dias e ento descansou da

    criao, no stimo dia. Este texto, porm, no inclui essa elaborao.

    Naturalmente, o mandamento sobre o sbado no repetido no Novo Testamento; mas os trechos

    de Romanos 14.5,6 e Colossenses 2.16,17 quase certamente mostram que o crente no est sob a

    obrigao de observar o sbado. Esse era o sinal do Pacto Mosaico, o qual foi anulado pelo Novo

    Pacto, sob o qual vivemos.

    CHAMPLIN, Russell Norman, Antigo Testamento Interpretado versculo por

    versculo. Editora Hagnos. pag. 779.

    A razo apresentada no versculo 15 para a observncia do sbado diferente daquela

    apresentada em xodo 20: 11. Aqui o propsito a recordao da libertao do Egito. Se Israel

    recordasse seus prprios dias de servido, seria estimulado a tratar com misericrdia qualquer

    homem, mulher ou animal envolvido em servio dirio (cf. 15: 15; 16: 12; 24: 18, 22). Em xodo

    a razo oferecida que o sbado fora um dia santo desde a criao (x 20: 11; cf. Gn 2: 2, 3). Havia

    assim duas boas razes para a guarda do sbado. Este mandamento tem apresentado muitos

    problemas para os cristos. As declaraes de Jesus (Mc 2: 27, 28) de que o sbado fora feito por

    causa do homem e no o homem por causa do sbado, e que Ele, o Filho do Homem, era Senhor

    do sbado, removeram para sempre a lei das restries doentias impostas pelos rabis. A

    observncia do domingo pelo cristo , obviamente, no a guarda do stimo mas do primeiro dia,

    tendo, portanto, a natureza de um novo mandamento baseado numa nova aliana. , contudo, o

    cumprimento do antigo mandamento. O primeiro dia da semana nos oferece oportunidade de

    comemorar a ressurreio de Cristo, que nos possibilitou a libertao da servido ao pecado (cf.

    versculo 12), e a renovao da vida por meio de uma nova criao (cf. x 20:10,11).

    I. A. Thompson. Deuteronmio Introduo e Comentrio. Editora Vida Nova. pag. 42.

    IV. UM PRECEITO CERIMONIAL

    1. O SACERDOTE NO TEMPLO.

  • 32

    Ele recorda um exemplo dirio dos sacerdotes, que, da mesma maneira, eles liam na lei, e segundo

    a qual era o costume comum (v. 5). Os sacerdotes no templo realizavam uma grande quantidade

    de trabalhos servis no sbado judaico; matando, esfolando e queimando os animais sacrificados,

    o que, em uma situao normal, seria profanar o sbado judaico; ainda assim, isto nunca foi

    reconhecido como transgresso ao quarto mandamento, porque o servio do templo o exigia e

    justificava. Isso d a entender que no sbado judaico so lcitos os trabalhos que so necessrios,

    no apenas para o sustento da vida, mas para a adorao; como tocar um sino para convocar a

    congregao, ir at ao templo e coisas semelhantes. O descanso do sbado deve promover, e no

    impedir, a adorao no sbado.

    HENRY. Matthew. Comentrio Matthew Henry Novo Testamento MATEUS A JOO

    Edio completa. Editora CPAD. pag. 148.

    Mt 12.5 Ou no lestes na lei. Novamente Jesus usa as prprias Escrituras judaicas para apresentar

    outro argumento. No primeiro argumento ele se utilizou do exemplo de Davi, homem que era

    considerado piedoso e isento de culpa por haver comido dos pes reservados exclusivamente aos

    sacerdotes. Neste segundo argumento, Jesus mostra que os prprios sacerdotes, em suas tareias

    no templo, trabalhavam em dia de sbado. A preparao dos sacrifcios era trabalhosa. Era mister

    abater o animal, esfol-lo em pedaos, alm de muitos outros servios relativos ao expediente no

    templo. Ver xo. 29:38 e Nm. 28:9. Tambm se permitia aos sacerdotes prepararem o po em

    dia de sbado. Os sacerdotes eram isentos das leis cerimoniais do sbado, porque o servio deles

    era realizado no templo, e eles eram os homens nomeados justamente para tais servios. Jesus

    mostra que o trabalho manual, no sbado, no pecado por si mesmo, porquanto h pessoas

    livres dessa lei. De fato, nos dias do V .T., as bnos recebidas na adorao levada a efeito no

    templo s se tornavam possveis devido ao trabalho manual de alguns homens; e em parte esse

    trabalho era necessrio para o bem-estar espiritual do povo. Precisamos lembrar que,

    provavelmente, os sacerdotes circuncidavam a muitos infantes em dia de sbado, porquanto a lei

    requeria que a circunciso tivesse lugar no oitavo dia de vida da criana. Sem dvida muitas

    crianas completavam seu oitavo dia de vida no sbado. Isso serve de outra prova de que o

    trabalho manual em dia de sbado, por si mesmo, no condenvel e que h consideraes mais

    importantes do que observar um dia de descanso em um dia determinado da semana.

    CHAMPLIN, Russell Norman, O Novo Testamento Interpretado versculo por

    versculo. Editora Candeias. Vol. 1. pag. 383.

    xo 12.5,6 Jesus respondeu acusao dos fariseus com uma segunda resposta, usando um

    exemplo dos sacerdotes que serviam no Templo. Novamente Jesus repetiu a pergunta - No

    tendes lido na lei de Moiss? - para mostrar a estes fanticos fariseus que embora eles soubessem

  • 33

    de memria a lei, na verdade no a tinham compreendido. Os Dez Mandamentos probem o

    trabalho aos sbados (x 20.8-11). Isto era o que estava escrito na lei. Mas como o objetivo no

    sbado descansar e adorar a Deus, os sacerdotes tinham que realizar sacrifcios e conduzir cultos

    de adorao - em resumo, eles tinham que trabalhar. O seu trabalho de sbado era servir e

    adorar a Deus, o que Deus permitia. Desta forma, mesmo que eles teoricamente no observassem

    o sbado, Deus os considerava inocentes. Da mesma maneira como as obrigaes dos sacerdotes

    no Templo superam os regulamentos do sbado a respeito do trabalho, tambm o ministrio de

    Jesus transcende o Templo. Os fariseus estavam to preocupados a respeito dos rituais da religio

    que se esqueceram do propsito do Templo trazer as pessoas a Deus. Como Jesus Cristo

    maior do que o Templo, Ele pode trazer as pessoas a Deus de uma forma muito melhor. O nosso

    amor e a nossa adorao a Deus so muito mais importantes do que os instrumentos de adorao

    criados pelos homens.

    Comentrio do Novo Testamento Aplicao Pessoal. Editora CPAD. Vol. 1. pag. 80.

    2. A CIRCUNCISO NO SBADO.

    Jo 7:22,23 O que Jesus procurava provar?

    1. Eles mesmos j haviam dado resposta para o problema do sbado. Permitiam certos atos, obras

    ou aes misericordiosos. Por exemplo, a circunciso, ainda que o oitavo dia de vida de uma

    criana casse num sbado. Ver Shabbath 18:3, Yoma 85b.

    2. O pacto abramico tinha por fito levar uma nao toda salvao, e seu sinal era a circunciso.

    (Ver notas em Luc. 1:73 sobre esse pacto). O pacto abramico servia de meio de comunicao da

    misericrdia divina. Ora, se um ato misericordioso era permitido, por que no outros? Os atos de

    misericrdia no precisam esperar pelo domingo.

    3. A circunciso afetava apenas um membro do corpo. As curas miraculosas de Cristo visavam ao

    homem inteiro, e no um nico membro. Assim, Jesus indicou que seus milagres eram muito

    mais poderosos, em seus efeitos, que a circunciso. Por que, pois, haveria oposio a seus

    milagres em dia de sbado, quando atos misericordiosos menores no sofriam oposio?

    4. Se