Lição 8– Rute, Deus trabalha pela família

INTRODUÇÃO

- Na sequência do estudo de

exemplos bíblicos de provisão

divina, estudaremos a vida de

Rute.

- A vida de Rute mostra a

provisão divina na vida familiar.

Lição 8– Rute, Deus trabalha pela família

I – A ILUSÃO DA PROVISÃO POR

CONTA PRÓPRIA

- A família é uma instituição criada pelo

próprio Deus e um dos objetivos desta criação

foi a de criar um ambiente adequado e

apropriado para a comunhão entre Deus e o

homem.

- Este cuidado peculiar de Deus para com a

família é ilustrado pelo comentarista do

trimestre na história de Rute.

Lição 8– Rute, Deus trabalha pela família

- Para entendermos o pano de fundo do livro de

Rute, é mister que compreendamos o período dos

juízes (Rt.1:1).

- Os juízes foram libertadores que Deus levantou ao

longo de um período desde a morte de Josué até o

início do reinado de Saul, época em que houve um

círculo vicioso na história israelita, pois, em virtude

da ausência de educação doutrinária nas famílias,

geração após geração caía na idolatria, levando o

Senhor a permitir a opressão da população por

nações estrangeiras.

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- Vivia-se, pois, um tempo em que, pela falta

de ensino da lei de Moisés aos filhos, havia

uma instabilidade espiritual muito grande em

Israel.

- Era exatamente esta a circunstância que

vivia o povo de Israel quando do início do

registro do livro de Rute. Diz o escritor que

havia uma fome na terra (Rt.1:1), fome esta

que grassava precisamente na cidade de

Belém, na tribo de Judá.

Lição 8– Rute, Deus trabalha pela família

- Diante desta fome, um homem daquela cidade

resolveu partir de Israel, deixar a Terra Prometida e

mudar-se para Moabe, levando consigo tanto a sua

mulher quanto os seus dois filhos. Este homem

chamava-se Elimeleque, nome cujo significado é

“Deus é o meu rei”.

- O homem cujo nome reportava a soberania divina,

exaltava o Senhor como Aquele que governava não

só o povo de Israel mas todas as coisas, diante da

fome havida na terra, sabedor de que isto era fruto de

uma atitude de desobediência do povo em relação ao

Senhor

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- A atitude de Elimeleque, de imigrar para outro país,

era uma demonstração inequívoca de descrença em

Deus e de total desconsideração da sua condição de

integrante de um povo que era propriedade peculiar

de Deus entre todos os povos.

- Esta situação de descrença de Elimeleque não foi

algo repentino ou abrupto. Ao vermos os nomes que

deu a seus filhos, já percebemos no coração daquele

homem de Belém de Judá um certo inconformismo

com as dificuldades materiais que estava a passar:

“Malom” (“doença”) e “Quiliom” (“definhamento”).

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- Elimeleque já sabia de antemão que este gesto de imigração

não era agradável ao Senhor, contrariava o pacto estatuído

com o povo de Israel tanto no Sinai quanto em Ebal e

Gerizim, mas o fato é que, totalmente alheio a estas

circunstâncias espirituais, preferiu ir para Moabe, preferiu a

fartura material.

- Elimeleque, sua mulher Noemi e seus filhos, Malom e

Quiliom, mudaram-se para Moabe e, diz o texto sagrado,

“ficaram ali”. Esta expressão é extremamente elucidativa:

houve um ânimo definitivo de permanência em Moabe, um

total esquecimento da Terra Prometida, uma disposição de se

manter indefinidamente na terra estrangeira.

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- Elimeleque resolveu, então, prover-se por

conta própria, tomar ele próprio a decisão de

sustento de sua família, deixando de lado

todas as promessas e compromissos com

Deus.

- A fartura material que provavelmente foi

alcançada por Elimeleque pouco durou.

Elimeleque morreu em Moabe e, logo depois,

tanto Malom quanto Quiliom, depois de um

período de quase dez anos ali (Rt.1:3).

Lição 8– Rute, Deus trabalha pela família

- A busca da provisão por conta própria, do

bem-estar material à revelia do Senhor, em

total desconsideração da Sua Palavra e das

Suas promessas sempre termina em morte e

em fracasso.

- Quando não seguimos a direção divina,

quando nos distanciamos do Senhor,

deixamos de ser bênção para ser maldição.

Triste é a situação daquele que se torna um

profano, daquele que visa tão somente bem-

estar material!

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II – A BUSCA DA PROVISÃO DIVINA

- Diante do infortúnio vivido na família, Noemi, a

última remanescente israelita, resolve retornar para

Israel.

- Noemi percebera a ilusão de se tentar a provisão

por conta própria e resolveu retornar para Israel,

mesmo na condição de viúva desamparada, crendo

que, em Israel, sua situação seria bem melhor do que

em Moabe, até porque o Senhor já havia dito que era

o Deus dos órfãos e das viúvas (Dt.10:18; Sl.68:5).

Além do mais, tivera notícia de que Belém havia

tornado a ser “casa de pão”, de que a fome passara

em Israel (Rt.1:7)

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II – A BUSCA DA PROVISÃO DIVINA

- Diante do infortúnio vivido na família, Noemi, a

última remanescente israelita, resolve retornar para

Israel.

- Noemi percebera a ilusão de se tentar a provisão

por conta própria e resolveu retornar para Israel,

mesmo na condição de viúva desamparada, crendo

que, em Israel, sua situação seria bem melhor do que

em Moabe, até porque o Senhor já havia dito que era

o Deus dos órfãos e das viúvas (Dt.10:18; Sl.68:5).

Além do mais, tivera notícia de que Belém havia

tornado a ser “casa de pão”, de que a fome passara

em Israel (Rt.1:7)

Lição 8– Rute, Deus trabalha pela família

- Orfa, uma das noras de Noemi, voltou para

Moabe, mas Rute, a outra nora, não o fez.

Orfa tinha apenas uma visão horizontal da

vida, mas Rute passou a crer no Deus de Israel

e entendeu que Ele era poderoso para

sustentá-la e a sua sogra.

- Diante da decisão inamovível de Rute,

Noemi conformou-se e permitiu que Rute

fosse com ela para Israel (Rt.1:18).

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- Ao chegar a Belém, a recepção não foi das

melhores. Toda a população reconheceu

Noemi, mas se espantou com a sua situação.

- A própria Noemi, reconhecendo a

degradação sofrida, pede aos seus

conterrâneos que passem a chamá-la de

“Mara”, que significa “amarga”, revelando,

assim, que se encontrava numa situação

diametralmente oposta, absolutamente

contrária ao que dizia o seu nome.

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- Chegando a Belém, totalmente desamparada e sem

condições de sobrevivência e ainda acompanhada de

sua nora, uma estrangeira, cuja nacionalidade era

repugnada pelos israelitas, que poderia Noemi fazer?

- Noemi, já idosa e sem condições para trabalhar,

não tinha o que fazer, mas Rute, que havia aprendido

com sua nora a respeito dos costumes, tradições e

leis hebraicas, bem sabia o que podia fazer: recolher

as respigas, pois se estava no princípio da sega das

cevadas (Rt.1:22-2:1,2).

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- Lições da atitude Rute em partir para a

respiga da colheita:

a) a provisão divina não dispensa o trabalho e

depende de nossa disposição de trabalhar;

b) a provisão divina acompanha os humildes;

c) a provisão divina exige fé em Deus;

d) a provisão divina na família eixge

observância do princípio da autoridade.

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III – A AÇÃO DA DIVINA PROVIDÊNCIA

- Em resposta às atitudes agradáveis ao

Senhor de Rute, Deus faz com que Rute vá

recolher espigas precisamente no campo de

um parente de Elimeleque, que haveria de

remi-la posteriormente: “Deus começa quando

nós começamos” (Severino Pedro da Silva).

- Rute agiu com prudência, submetendo ao

“sorteio” dos campos para a respiga.

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- Rute trabalhava com dedicação. Não basta

apenas trabalhar, mas é preciso que

trabalhemos com dedicação, com ânimo,

sabendo que não estamos prestando serviços a

homens, mas, sim, a Deus (Ef.6:5-8).

- A disposição de Rute era tanta que despertou

a atenção de Boaz, que, ao saber que se

tratava da nora de Noemi, enalteceu a conduta

de Rute e pediu a Deus que a galardoasse.

Lição 8– Rute, Deus trabalha pela família

- No gesto de Boaz, vemos mais uma

manifestação da Divina Providência. Por ter

agido com dedicação ao trabalho, humildade e

confiança em Deus, Rute alcançou a

benevolência dos justos, e, mais do que isto, a

intercessão de Boaz.

- Rute agradece a Boaz e diz ter sido

consolada por ele. Rute sabia, agora, que já

tinha um meio de sustento, que o Senhor

provera a subsistência dela e de sua sogra.

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- Rute não somente obteve sustento

material, mas foi integrada ao clã de

Boaz, podendo participar da refeição.

- A Divina Providência não traz apenas o

mantimento suficiente para o sustento de

Rute e de Noemi, mas, também, trouxe

integração social, comunhão e exercício

de misericórdia por parte de Boaz

àquelas mulheres.

Lição 8– Rute, Deus trabalha pela família

- Noemi logo percebeu não só a dedicação da sua

nora, mas também a benevolência do dono do

campo, perguntando, então, de quem se tratava.

- Ao saber que era Boaz, Noemi reconheceu a

benignidade divina e teve a convicção de que não

tivera confiado em Deus em vão, tendo, então,

revelado a Rute o fato de Boaz ser um dos remidores

da família. Noemi orientou Rute a que continuasse

trabalhando naquele campo e ela assim o fez tanto na

sega da cevada quanto na sega do trigo.

Lição 8– Rute, Deus trabalha pela família

- Terminada a colheita, Noemi, então, vendo a

mão de Deus naquele negócio, orientou Rute

para que pedisse a Boaz que remisse a família.

- Boaz aceitou remir Rute e foi até o remidor

mais próximo e lhe fez a proposta para remir

tudo quanto era de Elimeleque. O parente

mais próximo não o quis e, assim, Boaz

acabou remindo a família de Elimeleque,

tomando o seu patrimônio e se casando com

Rute.

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Bênçãos recebidas por Rute pela Divina

Providência:

a) recebeu uma família, um marido, uma

posição social elevada em Belém;

b) tornou-se mãe;

c) tornou-se ascendente do rei Davi;

d) tornou-se ascendente de Jesus

Lição 8– Rute, Deus trabalha pela família

- Noemi teve restabelecida a sua

descendência.

- Noemi e Rute precisavam de

uma família terrena e esta lhes foi

providenciada, mas, muito mais

do que isto, o Senhor fê-las tomar

parte da família do Salvador.