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Lições Bíblicas CPAD 4º Trimestre de 2012

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Lições Bíblicas

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 J o v e n s

A d u l t o s

B í b l i c a s4o Trimestre de 2012 CPAD

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C o m e n tá r i o : ESEQUIAS SOARES

Lições do 4o Trimestre de 2012

Lição 1A Atualidade dos Profetas Menores

Lição 2Oseias - A Fidelidade no Relacionamento com Deus 11

Lição 3Joe( - 0 Derramamento do Espírito Santo 18

Lição 4Amós - A Justiça Social como Parte da Adoração 25

Lição 5

Obadias - 0 Princípio da Retribuição 32Lição 6Jonas - A Misericórdia Divina 39

Lição 7Miqueias - A Importância da Obediência 46

Lição 8Naum - 0 Limite da Tolerância Divina 54

Lição 9Habacuque - A Soberania Divina sobre as Nações 61

Lição 10Sofonias - 0 Juízo Vindouro 68

Lição 11Ageu - O Com prom isso do Povo da Aliança 75

Lição 12Zacarias - O Reinado Messiânico 82

Lição 13Malaquias - A Sacraiidade da Família 90

L iç õ es  B íb l ic a s   1

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L IV R A R IA S C P A D A MA ZO NA S: Rua Barroso, 36 - Cen tro - 69 01 0-0 50 Manaus- AM - Telefax: (92) 3622-1678 - E-mai l :  r [email protected]   Gerente; Ricardo dos Santos SilvaBAHIA: Av. An tônio Car los M agalhães. 400 9 - Loja A - 402 80-0 00- Pituba - Salvador - BA - Telefax: (71) 21 04-5300E-mailj [email protected]   - Gerente; Mauro Gomes da SilvaBRASÍLIA: Setor Comercial Sul -Qd-5, Bl.-C, Loja 54 - Galeria NovaOuvidor - 70305-91 8 - Brasíl ia - DF - Telefax: (61) 21 07-4750E-mail: brasi l [email protected]   - Gerente: Marco Aurélio da SilvaPA RA NÁ : Rua Senador Xavier daSilva, 45 0 - Centro Cívico - 805 30-0 60- Curitiba - PR - Tel.: (41) 21 17-7950 - E-maíl; curit [email protected]  Gerente: Maria Madalena Pimentel da SilvaPERNAMBUCO: Av. Dantas Barreto, )02 I - São José - 500 20 -00 0 -Recife - PE - Telefax: (81) 3 42 4-6 60 0/21 28 -47 50E-mail: [email protected]  - Gerente: Edgard Pereira dos Santos Junio rM A R A N H Ã O : Rua da Paz, 428, Centro, São Luis do Maranhão,MA- 65020-450 -Tel . . · (98) 3231-6030/2108-8400E-mail: s ao lu i s @c pad.c om.br    - Gerente: El ie l Albu que rque deAguiar JuniorRIO DE JA NEIRO;V ice nte de C ar va lho : Av. Vicente de Carvalho, 10S3 - Vicente de Carvalho - 21 2 10-0 00 - Rio de Janeiro - RJ - Tel.: (21) 2481 -2 10 1/ 2481 -2350-Fax: (21) 2481-5913 - E-mail: [email protected]  Gerente: Severino Joaquim da Sitva FilhoN i t e r ó i : Rua Aurelino Leal, 47 - lojas A e B - Centro - 24020-110 -Niterói - RJ - Tel.: (21) 262 0-4 31 3 / Fax: (21) 262 1-4 03 8E-mail: n i tero [email protected]  N o v a Iguaçu: Av. Governador Amaral Peixoto, 427 - loja 101 e 103 -Galeria Vep lan - Centro - 262 10-06 0 - Nova Iguaçu - RJ - Te[.; (2 1) 26 67 -40 61Telefax: (21) 2667-8163 - E-mail: [email protected]  

Gerente: Francisco Alexandre FerreiraCen t ro : Rua Primeiro de Março, 8 - Centro-Rio deJaneiro-Rj - Tel: 2509-32 58 / 2507-5948 - Gerente; Si lv io ToméS h o p p i n g J a r d i m G u a d a lu p e : Av. Brasil,22,15S, Espaça Comercial11 5-01 - Guada lupe - Rio deJaneiro-f^JSANTA CATARINA: Rua Felipe Schmidt, 752 - Loja 1, 2 e 3 · EdifícioBo uga invil lea - Centro - 88 010 -002 - Florian ópo lis SC Telefax: (48)3225 -3923 / 3225-1 128 - E-mail : f lor [email protected]   Gerente: André Soares PortoSÃO PAULO: Rua Con selheiro Cotegipe, 21 0 - Belenzinho - 0305 8000 - SP - Telefax: (1 1) 2198-2702 - E-mail: [email protected]  Gerente: Jefferson cfe FreitasMINAS GERAIS: Rua São Paulo, 13 71 - Loja 1 - Ce ntro - 301 70-131- Belo Horizon te ■ MG - Tel.: (31) 32 24-5 90 0 - E-mail: belohorizonte@cpa d.com .br - Gerente: Wi l liams Roberto FerreiraFLÓR IDA:3 939 N orth Federal Highway - Pompano Beach, FL 33064- USA - Tel.: (954) 9 4 1-9588 ■ Fax: (95 4) 941 403 4  

E-mail: cpadusa@cs,com  - Site h t t p : / /www.ed i t pa tmos . c omGerente: Jonas Mariano

D i s t r i b u i d o r :CEARA: Rua Senador Pompeu, 834 loja 27 - Centro - 60 02 5-0 00 -Fortaleza - CE-Tel.: (85) 3231-3004 - E-mail; [email protected]   Cerente: José Maria Nogueira LiraPAR A: E.L.GOUVEIA Av. Gov. José M alche r 1579 - Ce ntro -660 60-2 30-Belém-PA-Tel.: (91 )322 2-7965-E-mai l : gouveia@pastor-f t rmino .com.br Cerente: Benedito de Moraes Jr.JAPÃO: Gunma-ken Ota-shi Shimohamada-cho 304-4 T 3 73-08 21  

Tel. : 276-45-40 48 Fax (81) 276-48-81 3 I C elular (81) 90 894 2-366 9E-mail: cpadjp@hotmai l .com  - G erente: Joelma Watabe BarbosaLISBOA - CAPU: Av. Almirante Gago Coutínho 158 - 1700-030 ■Lisboa - Portugal - Tel.: 351-21 -842-91 90Fax; 3 51 -21 -84 0-9 3 61 - E-m ails: [email protected] e s i lv [email protected] - Site: www.c apu.p tMA TO GROSSO: Livrar ia Assembléia de Deus - Av. Rubens de Mendonça, 3.500 - Grande Templo - 780 40-4 00 - Centro - Cuiabá - MT- Telefax: (65) 644-2136 - E-mail: hel [email protected]  Gerente: Hélio José da SilvaMINAS GERAIS. WovaSião - Ruaja rbas L D. Santos, 1651 - Ij. 102 - Shop

ping Santa Cruz - 3601 3-1 50 - Juiz de Fora - MG - Tel,: (32) 321 2-724 8Gerente: Daniel Ramos de OliveiraSÃO PAULO: SOCEP - Rua Floriano Peixoto, 103 - Centro - Sta.Bárbara D'Oeste - SP I 34 50 -970 - Tel.: (19) 34S 9-20 00E-mail; [email protected]    - Cerente; Antônio Ribeiro Soares

TELEMARKETING(de 2a à 6a das 8h às 18h e aos sábados das 9h às 15V1)

R i o d e J a n e ir o : ( 2 1 ) 3 1 7 1 - 2 7 2 3

Cen t ra l d e  A ten d im en to : 0 8 0 0 - 0 2 1 7 3 7 3 ( l i gação g ra tu i t a )• Igrejas / Cotas e Assinaturas “ ramal 2

“ C olportores e Logistas - ramal 3■ Pastores e dema is clientes - ramal 4

■ SAC (Serviço de Atendim ento ao Con sum idor) - ramal 5

L IV RA RIA V IRT UA L : w w w . c p a d . c o m . b r  Ouv idor ia: ouv idor [email protected]  

P u b l ic a ç ão T r i m e s t r a l  d a C a s a P u b l ic a d o r a  d a s A s s e m b t e ia s d e D eu s

P r e s id e n t e d a C o n v e n ç ã o C e r al  d a s A s s e t n b l e i as d e D eu s n o B r as i l

José Wellington Bezerra da CostaP r e s i d e n t e d o C o n s e lh o  

 A d m in i s t r a t i v o

José Wellington Costa Júnior D i r e t o r E x e c u t iv o

Ronaldo Rodrigues de SouzaG e r e n t e d e P u b l i c aç õ e s

Claudionor de AndradeC o n s u l t o r D o u t r i n á r i o e T eo l ó g i c oAntonio GilbertoG e r e n t e F i n a n c e i ro

Josafá Franklin Santos Bom fimG e r e n t e d e P r o d u ç ã oJarbas Ramires SilvaG e r e n t e C o m e r c ia lCícero da Silva

Geren te da Rede de L o jasJoão Batista Guilherme da SilvaG e r e n t e t ie C o m u n i c aç ã oRodrigo Sobral FernandesC h e f e d o S e to r d e E d u c aç ã o C r i s t ã

César Mo!sés CarvalhoR e d a t o r e s

Marcelo de Oliveira e Oliveira e TelmaSueno  ______ _ _________ ____

D e s i g n e r G r á fi c o

Marlon Soares  _____ _ __________ ___

Capa

Fiamir Ambrósio

 Av. B ras i l , 34 .401 - B an g u  CEP 21852-002  Rio de Janei ro - RJ Te l . : (21 ) 2406-7373  Fax : (21 ) 2 40 6-732 6

2 L iç õ e s  B íb l ic a s

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Lição 17 de Outubro de 2012

A A t u a l i d a d e   d o s  P r o f e t a s  M e n o r e s

TEXTO ÁUREO

“Mas que se manifestou agora e se notificou pelas Escrituras dos profe tas, 

segundo o mandamento do Deus eterno, a todas as nações para obediência 

da fé” (Rm 16.26).

VERDADE p r á TICA

Por ser revelação de Deus, a mensagem dos profetas é perfeitamenteválida para os nossos dias.

HINOS SUGERIDOS 458, 465, 562

LEITURA DIARIA

Segun da - M t 7 .12A regra áurea cumpre a lei e osprofetas

T er ç a - M t 2 2 .4 0A lei e os profetas dependem do amor 

Q u a r t a - M t 2 6 . 5 6Cumprimento das Escrituras dosprofetas

Qu in ta - A t 15.15-1 7Os profetas anunciaram a salvação dosgentios

Sex ta - A t 2 6 .22 ,23_  A mensagem da Igreja é a mesma dosprofetas

Sábado - Rm 1.2Os profetas falaram sobre a vinda doMessias

L iç õ es  B íb l ic a s   3

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Prezado professor, o comentar is ta  de  Lições Bíblicas desse trimestre é o pastor Esequias Soares. Um dos mais  renomados biblistas do pentecostalis- mo brasileiro, líder da Assembleia de 

Deus em Jundíaí (SP) e da Comissão de Apologética da CCADB. Mestre em Ciências das Religiões, graduado em l ínguas orientais e autor de várias  obras publicadas pela CPAD.O tema que estudaremos é uma das áreas em que o autor é especialista, pois trata-se de alguém que conhece pro fund am ente o hebraico. Veremos que a m ensagem m i le n a r desses 

profetas muito tem a dizer-nos hoje. Ouçamos, pois, o Senhor através dos seus santos profetas!

INTERAÇÃO

OBJETIVOS

Após esta aula, o aluno deverá estarapto a:

D e s c r e v e r o panorama geral dosprofetas menores.

 A n a l i s a r a procedência da mensagem dos profetas menores.

C o m p r e e n d e r que os escritos dosprofetas menores são divinamenteinspirados.

ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA

Professor, para introduzir a pr imeiralição uti l ize o esquema da página seguinte. Reproduza-o conforme as suaspossibi l idades. O objet ivo é mostrar aoaluno um panorama gerai dos ProfetasMenores. Sabemos que o surgimentodo profetismo em Israel e Judá se deuno per íodo monárquico (veja o Auxí l ioBibliográfico I). Enfatize que as finalidades do movimento eram: r es tau r a r   o monoteísmo hebreu, c om bate r a ido

latr ia, denunciar as injust iças sociais, proclamar o Dia do Senhor  e reacender   a esperança messiânica.

2 Ped ro 1.16-21

16 - Porque não vos fizemos  saber a virtude e a vinda de nosso Se nhor Jesus Cristo, seguindo fábu las arti ficialm en te  compostas, mas nós mesmos vimos a sua majestade,

1 7 - po rqu an to ele recebeu de Deus Pai hon ra e gló ria, quan do da magnífica glória lhe foi dirigida a seguinte voz: Este é o meu Filho amado, em quem  

me tenho comprazido.

18 - E ouvimos esta voz d irigida do céu, estando nós com  ele no monte santo.

19 - E temos, m ui fi rme , a palavra dos profetas , à qual bem fazeis em estar atentos, como a uma luz que alumia  em lug a r escuro, até que o dia esclareça, e a estrela da alva  apareça em vosso coração,

2 0 - sabendo primeiramente  is to: que nenhuma profecia  da Escri tura é de part icular  interpretação;

21 - porque a profecia nunca  foi produzida por vontade de 

homem a lgum, mas os homens santos de Deus falara m insp irados pelo Espírito Santo.

LEITURA BÍBLICAEM CLASSE

\

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atual conjuntura, os profetas sãoum verdade iro esteio da sabedoriadiv ina para a Igreja de Cristo, poisencorajam-nos a militarmos pelacausa de Cristo.

I . SOBRE OS  

P R O F E T A S M E N O R E S Ί . A u t o r i d a d e .

A coleção dos ProfetasMenores compõe-se dosseguintes livros: Oseias,Joel, Amós, Obadias.Jo-nas, Miqueias, Naum,Habacuque, Sofonias,Ageu, Zacarias e Ma-

PALAVRA-CHAVE

 A tu a l id ad e :Qualidade ou 

estado do que é atua l; mom ento ou 

época p resente.

INTRODUÇÃO

Neste trimestre, estudaremosos chamados Profetas Menores.Apesar de ant iguíssimos, e lestratam de questões relevantes para os nossos dias e servem deedificação espiritual atodo o povo de Deus.Entre os temas tratados, temos: a família,a sociedade, a políticae a espiritualidade. Na

 JP R O F E T A S M E N O R E S

ן

PROFETA  A NO E REINA DO PROPÓSITO

Oseias 793 - 753 a.C.; reis deJudá: Uzias, Jotão, Acaz,Ezequias; rei do norte: Je-roboão.

Levar Israel ao arrependimento de suaspróprias iniquidades.

Joel 835 - 830 a.C. (?); Os reis nãosão mencionados no iivro.

Exortar o povo a arrepender-se, voltando humildemente ao Senhor.

Amós 760 - 755 a.C.; rei de Judá:Uzias; rei do norte: Jero-boâo II.

Disseminar a iminência do juízo divinosobre Israel e as nações em derredor.

Obadias Cerca de 585 a.C.; Não émencionado rei algum.

Revelar a ira de Deus contra Edom.

Jonas 760 a.C.; rei do norte: Jero-boão II.

Demonstrar a misericórdia divina pelapregação através do arrependimento.

Miqueias 735 - 71 0 a.C.; reis de Judá:Jotão, Acaz e Ezequias

Adverte r a nação sobre a queda de Jerusalém e Samaria como juízo de Deus.

Naum Cerca de 630 - 620 a.C.; os

reis de Judá e do norte nãosão mencionados.

Anunciar a iminente destruição da ím

pia cidade de Nínive.

Habacuque Cerca de 606 a.C.; rei deJudá: Jeoaquim.

Ajud ar o remanescente fiel a com pree nder os caminhos de Deus no tocante àsua nação pecaminosa e a iminência do

 ju ízo div in o.

Sofonias Cerca de 6 30 a.C.; rei deJudá: Josias.

Advertir Judá e Jerusalém do iminente ju ízo de Deus.

Ageu 520 a.C.; primeiras décadasdo pós-exílio.

Exortar o povo jud eu na reedificação doTemplo.

Zacarias 520 - 470 a.C.; período do

pós-exílio.

Fortalecer os judeus quanto à vinda do

Messias.Malaquias

V

Cerca de 43 0 - 42 0 a.C.;período pós-exíl io.

Confrontar os sacerdotes e o povo paraarrependerem-se dos seus pecados.  J 

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os profetas do An tigo Testamentoem anteriores e posteriores, sendo: a) An teriores: Josué, Juizes, 1e 2 Samuel, 1 e 2 Reis; e b) Posteriores:  Isaías, Jeremias, Ezequiele os Doze. A classificação e o

arranjo do cânon hebraico diferemsistematicamente do nosso.Um dado importante é que

todos os profetas, de Isaías a Mala-quias, viveram entre os séculos 8 a5 a.C., tendo alguns deles sido contemporâneos. O período abrangeu odomínio de três potências mundiais:Assíria, Babilônia e Pérsia. Oseias,Isaías, Amósjonas e Miqueias, por

exemplo, viveram antes do exíliobabilônico (Os 1.1; Is 1.1; Am 1.1;2 Rs 14.23-25 cf. Mq 1.1), e outros,como Ageu e Zacarias, no pós-exílio(Ag 1.1; Zc 1.1).

S IN O P SE D O T Ó P I C O ( 1 )

Os escritos dos Profetas Menores têm a mesma autoridadeque os outros l ivros do CânonSagrado.

R E S P O N D A

7. De onde vem o termo “Profetas Menores”?

I I . A M E N S A G E M D O S P R O FETAS MENORES

1. Proc edênc ia (vv. 16-18).O apóstolo Pedro afirma que arevelação ministrada à Igreja erauma mensagem real e abalizadapelo testemunho ocular do colégio apos tólico. À semelhança dosapóstolos, os profetas, inspiradospelo Espírito Santo, re fletiram fie lmente a von tade e a soberania di

[aquias. Essa estrutura vem daBíblia Hebraica e, poste riorm ente,da Vulgata Latina. A Septuaginta(antiga versão grega do AntigoTestamento) apresenta nos seisprimeiros livros uma disposição

diferente da Hebraica, dispondoos l ivros assim: Oseias, Amós,Miqueias, Joel, Obadias e Jonas.

É importante ressaltar que ovalor e a autoridade dos escritosdos Profetas Menores em nadadiferem dos Profetas Maiores. Talclassificação é puramente pedagógica, visando tão somente facilita racompreensão da presença de uma

estrutura literária nos livros pro féticos do Antigo Testamento. Não obstante, ambas as coleções são uma sóEscritura e têm a mesma autoridadeOr 26.18cf. Mq 3.1 2; Rm 9.25-27 cf.Os 1.10; 2.23; Is 10.22, 23).

2 . O r i g e m d o t e r m o . A ן expressão “ Profetas M enores”! advém da Igreja Latina por causa

do volume do texto ser menor emcomparação aos de Isaías,Jeremiase Ezequiel. Assim explica Agostinhode Hipona (345-430 d.C.) em suaobra  A cidade de Deus.  O termo éde origem cristã, pois, na literatura

 judaica, essa coleção é classificadacomo Os Doze  ou Os Doze Profetas.  Essa informação é confirmada

desde o ano 132 a.C., qwandoda produção do livro apócrifo deEclesiástico (49.10 ). É tam bé mcorroborada pelo Talmude (antigaliteratura rel.giosa dos judeus) eratificada peta obra Contra Apion do historiador judeu Flávio Josefo(37-100 d.C.).

3 . C â n o n e c e n á r i o d o s  Doze. O cânon judaico classifica

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I

i

de Jesus de Nazaré (Jo 1.45; Lc24.27). A mensagem dos profetasfoi entregue às gerações futuras,preparando-as para o tempo doEvangelho (1 Pe 1.12). Por isso,não devemos abdicar de seusensinamentos, pois a autoridade

desses escritos é perfeitamenteválida para hoje.

S IN O PS E D O T Ó P I C O ( 2 )

A mensagem dos Profetas éde procedê ncia divina. Jamais po rinspiração humana.

R E S P O N D A

2. Qual a procedência da “pa lav ra  dos profetas”?3. Desde quando os profetas de Deus existem?4. Como estariamos sem a pa lav ra  dos profetas?

I l l , A I N S P I R A Ç Ã O D I V I N A  D O S P R O FE T A S

1 . A En i c i a t i v a d i v i na . Oapósto lo Pedro retoma o queafirmou nos versículos 16 a 18.A mensagem dos profetas não seresume a uma retórica baseadaem imaginação humana, nem éalgo ar t i f ic ia lmente const ruído.Nenhuma parte dessa revelação

“é de par t icu lar in terpretação”(v.20). As experiências dos profetas, como as do próprio Pedro nomonte da transf iguração, provama iniciativa divina em comunicarseus oráculos à humanidade.

2 . A i n s p i r a ç ã o d o s p r o f e t a s . Está escrito que “toda aEscritura é inspirada por Deus” (2Tm 3.16 - ARA). O term o g rego

vina acerca da redenção de Israel,em particular, e da humanidade,em geral.

A mensagem dos profetasé de procedência divina e tem,como cenário, as ocorrências dodia a dia. O casamento de Oseias

(Os 1.2-5; 3.1-5) e a visita deAmós a Samaria (Am 7.1 0-1 7) sãoapenas alguns dos exemplos quederam ocasião aos oráculos divinos. Semelhantemente aconteceuacs apóstolos na transfiguraçãode Jesus no Monte das Oliveiras(Mt 17.5,6; Mc 9.7; Lc 9.34-36).

2 . “ A p a l a v r a d o s p r o f e

tas ” (v . 19a) . Convém ressaltarque a exp ressã o “os pro fe ta s” ,nessa passagem, não se restringeaos literários e nem mesmo aosDoze. Porque Deus levantou profetas desde o princípio do mundo(Lc 1.70; 11 .50,5 1). O m in istér ioe os escritos proféticos eram tãoimportantes que, algumas vezes,

o termo é usado para se referir aoAntigo Testamento (At 26.27). Entre os seus escritos, encontramosmensagens da vinda do Messias,orientações para a vida humana,para a nação de Israel e até parao mundo. Há também mensagensque se aplicam à Igreja de Cristo(1 Tm 3.1 6).

3. “Com o a um a lu z qu e alu - m i a em l ug a r es c u r o ” (v . 19b ) . Os profetas pregaram tudo o quediz respeito à vida e à piedade. Ostemas eram diversos: Deus, o serhumano e a criação. Estaríamos àderiva no mundo sem as palavrasdos profetas, pois elas nos levamà luz de Cristo (SI 119.1 05). A Leie os Profetas anunciaram a vinda

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autoridade. Logo, devemos dara mesma atenção e credibilidadeaos escritos dos Profetas Menores<2 Pe 19.

ו

).

S IN O PS E D O T Ó P I C O ( 3 )

Os livros dos Profetas Menores têm autoridade divina esão genu inamente insp i radospor Deus.

R E S P O N D A

5. Por que devemos dar aos Profetas Menores à mesma atenção  dispensada aos demais livros da 

Bíblia?C O N C L U S Ã O

Diante do exposto, os Profetas Menores, como parte integrante das Escrituras inspiradas, nãodevem ficar em segundo plano.Por isso, recomendamos que, jáno início do trimestre, seja feita

uma leitura dos Doze Profetas.Esta faciiitará a compreensão damensagem desses despenseirosde Deus. Convém ressaltar queo enfoque de cada lição, aqui,raramente coincide com o assuntopredominante de cada livro, poisa escolha desses temas baseou-se nas necessidades do mundo

de hoje.

theopneustos  para as expressões“inspirada por Deus” e “divinam ente inspirada” vem das palavrasTheos,  “Deus”, e pneo,  “respirar,soprar”. Isso significa que os profetas foram “movidos pelo EspíritoSanto” (2 Pe 1.21 - ARA).

O caráter especial e único da“palavra dos profetas” a torna sui generis.  Ela pode fazer qualquerpessoa sábia para a salvação emCris to Jesus e é prov eito sa paraens inar , rep reender , co r r ig i r ,redargu i r e ins t ru i r em just iça(2 Tm 3.1 5,1 6). Nenhuma literatura no mundo tem essa mesma

prerrogativa.3 . A a u to r i d a d e d o s P r o

f e t a s M e n o r e s . A Igreja sub-mete

 

se inquestionavelmente àautoridade dos apóstolos, e essaé a vontade de Deus. Pois, osEvangelhos de Mateus e Lucas,ou pelo menos um deles, sãocolocados no mesmo nível do

Antigo Testamento (1 Tm 5.18;Dt 25.4; Mt 10.10; Lc 10.7). Omesmo acontece com as epísto-Ias paulinas (2 Pe 3.15,16). Essaé uma forma de se reconhecerdef in i t ivamente o Novo Testamento como Escritura inspiradapor Deus. Depreende-se, então,que todos os livros da Bíblia têm

o mesmo grau de inspiração e

8 L iç õ e s  B íb l ic a s

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VOCABULÁRIO

 A p ó c r i fo : Livro que, eT ibora reivindique autoridade divina, nãofoi reconhecido como inspiradopor Deus.

C o r r o b o r a r : Ratificar e confirmar algo.

O r á c u l o : A Palavra de Deus e deseus profetas.

Retór ica : Arte do bem dizer, dofalar com eloqüência.

 A UXÍL IO BIBLIOGRÁFICO I

Subsíd io Lexográf ico

“ P r o f e t i s m oMovimento que, surg ido no

século VIII a.C., em Israel, tinha por

objetivo restaurar o monoteísm o he-breu, com bater a idolatria, denunciaras injustiças sociais, proclamar o Diado Senhor e reacender a esperançamessiânica num povo que já nãopodia esperar contra a esperança.

Tendo sido iniciado por Amós,foi encerrado por Malaquias. JoãoBatista é visto como o último re

p r e s e n t a n t e d e s t e m o v i m e n t o ”(ANDRADE, Claudionor Corrêa. Dic i o n á r i o T e o l ó g i c o . 8 ed. Rio deJaneiro: CPAD, 1999, p.244).

O O f í c i o P r o fé t i c oO termo hebraico naby  define

em si o profeta como porta-vozde Deus. Enquanto pregava paraa própria geração, o profeta também prediz ia eventos no futuro.O aspecto duplo do ministério doprofeta incluía declarar a mensagem de Deus e predizer as açõesde Deus. Assim, o profeta tambémera cham ado de Vide nte’ (hb.: roeh), porque podia ver eventos antes deestes acontecerem.

A Bíblia relata o profeta como

alguém que era aceito nas câmarasdo conse lho d iv ino, onde Deus‘revela o seu segredo’” (Am 3.7)(LAHAYE, Tim. Enc i c l opéd ia Popu l a r de P ro fec ia B íb l i ca . 1 ed. Riode Janeiro: CPAD, 2008, p.383).

B IB L IO G R A F IA S U G E R ID A

SOARES, Esequias. O M i n i s t é r i o P ro fé t i co na B íb l i a :  A vozde Deus na Terra.  1.ed. Rio deJaneiro: CPAD, 2010.SOARES, Esequias. V i s ã o P a n o r â m i c a d o A n t i g o T e s t a m e n t o . Rio de Janeiro: CPAD, 2003.ZUCK, Roy B (Ed.). T e o l o g i a d o  

 A n t ig o T es tam en to . 1.ed. Riode Janeiro: CPAD, 2009.

SAIBA MAISRevista Ensinador Cristão

CPAD, n° 52. p.36.

RESPOSTAS DOS EXERCÍCIOS

ו . a

2 .

expressão “Profetas Menores”advém da Igreja Latina.

A mensagem dos profetas é deprocedência divina.

3. Desde o prin cípio do mundo .4. Estaríamos à deriva no mundo.

5. Porque todos os l ivros da Bíbl iatêm o mesmo grau de inspiração

e autor idade.V.

Liçõ es Bíbi ic a s   9

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 A UXÍL IO B IB L IOGRÁ FICO II

Subs íd io Teo lóg ico  

O s P ro f e t a s M e n o re s“05 livros dos Profetas Menores são chamados assim por causa

da brevidade relativa em comparação a Isaías, Jeremias e Ezequiel,e não porque sejam menos teologicamente importantes. Os dozelivros que compõem os Profetas Menores variam em data entre osséculos VIII e V. a.C.:

Século VI I I a.C Século VI I a.C Século Vl-V a.C D a ta Inc e r t a

Oseias Naum Joel Jonas

Amós Habacuque Obadias

Miqueias Sofonias Ageu

ZacariasMalaquias

Embora os acontecimentos registrados em Jonas tenham ocorrido no século VIII, a data da autoria do livro é incerta.

[...] Diversos temas teológicos se sobrepõem a maioria destesprofetas, especialmente nos mesmos períodos cronológicos acimaesboçados.

Os profetas não falaram sobre Deus em termos abstratos de

filosofia ou teologia. Falaram dEle como alguém ativamente envoi-vido no mundo que Ele criou e intimamente interessado no povo doconcerto (ZUCK, Roy B. T e o l o g i a d o A n t i g o T e s t a m e n t o . 1.ed.Rio de Janeiro: CPAD. 2009, pp.429-30).

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O s e ia s   — A F i d e l i d a d e  n o  R e l a c i o n a m e n t o   c o m  D e u s

TEXTO AUREO

"Porque estou zeloso de vós com zelo de Deus; porque vos tenho preparado 

para vos apresen tar como uma virgem pura a um marido, a saber ,a Cristo” (2 Co 11.2).

VERDADE PRÁTICA

O casamento de Ose<as ilustra a inridelidade de Israel e mostra a sublimidadedo amor de Deus

H IN O S S U G E R ID O S 100, 254, 295

LEITURA DIÁ RIA

 

.··.·•י

^='·...

Q u in ta - SI 45 .9 -1 1O resplendor do casamento real iiustraa beleza e a pureza da Igreja

Sexta - H b 1 3.4O casamento deve ser honrado por

todosS áb a d o - A p 1 9 .7O encontro de Cristo com a Igreja écomparado a um casamento

Segunda - Is 54 .5Deus se apresenta a Israel como ummarido

Terça - J r 2 .2A união de marido e mulher é uma figurado relacionamento entre Deus e Israel

Q u a r ta - M t 2 5.1O Senhor Jesus compara o cortejonupcial a sua vinda

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O casamento de Oseias denota uma  divers idade de sent imentos humanos que desabrocham numa história  trágica entre Deus e seu povo. Sim! Tristezas e frustrações fazem pa rte da 

vida pessoal do profeta. Mas também  é verdade que renovadas esperanças estão implícitas na mensagem dra m ática desse profeta. Como marido, ele esperava a reconciliação piena com  sua esposa Comer. Tal retrato reflete  o amor, a beleza e a intimidade que o verdadeiro casamento pode proporcionar. No caso de Israel, o Altíssimo  

almeja que a nação deixe o caminho  do adultério espir i tual e retorne ao amor inefável do esposo aue, acima  de tudo. a ama.

INTERAÇÃO

OBJETIVOS

Após esta aula, o aluno deverá estarapto a:

C onhec e r a estrutura do livro deOseias.

C o m p r e e n d e r a linguagem simbólica usada no livro.

Consc ien t i za r -se de que Deus estápronto a nos reconciliar e acolher.

ΛORIENTAÇÃ O PEDAGÓGICA

Reproduza o esquema da página seguinteno quadro de giz. Util ize-o na introdução

do primeiro tópico da l ição.O esquema facilitará a compreensão dosalunos a respeito da estrutura do livro deOseias. Explique que os assuntos principais do livro são: a apostasia de Israel; ogrande amor de Deus; o juízo divino e aspromessas de restauração. O objetivo dolivro é mostrar quão grande e abenegado

é o amor de Deus por seu po^o.

Oseias 1-1.2; 2.14-17, 19,20

Ose ias 11 - Pa lavra do SENHOR que fo i dita a Oseias, filho de Beeri, nos dias de Uzias, Jotão, Acaz, Ezequias, reis de Judá, e nos dias de Jeroboão, f ilho de Joás, rei de Israel.

2 - 0 p rin cíp io da p a la vra  do SENHOR por Oseias; disse, pois , o SENHOR a Oseias: Vai, toma uma m ulher de p ros t itui

ções e filhos de prostituição;  porque a terra se prostituiu,  desviando-se do SENHOR.

O s e i a s 21 4 - Portanto, eis que eu a a t r a i r e i , e a levarei para o deserto, e lhe falarei ao coração.

15 - E lhe da rei as suas vinhas

Ida li e o vale de Acor, po r porta  de esperança; e ali cantará,  como nos dias da sua m ocida de e como no dia em que subiu  da terra do Egito.

16 - E acontecerá naquele dia, diz o SENHOR, que me cha-  marás: Meu marido e não me chamarás mais: Meu Baal.

17 - E da sua boca tirarei os nomes de baalins, e os seus  nomes não v i rão mais em  memór ia ,

19 - E desposar-te-ei comigo para sempre; desposar-te-ei comigo em jus tiça , e em juízo , e em benignidade, e em misericórdias.

2 0 - E desposar-te-ei comigo 

LEITURA BÍBLICAEM CLASSE

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min is té r io en t re 793-753 a .C.Jeroboão II, reinou 41 anos numperíodo de prosperidade econômica, mas também de apostasiageneralizada (2 Rs 14.23-29).

2. Es t ru tura . A revelação foientregue ao profeta pela palavra

“dita a Oseias” (1.1a). A segundadeclaração: “O princípio da palavra

do Senhor por Oseias”(1.2a), reitera a formade comunicação do versículo anterior. Tambémesclarece que a ordempara Oseias se casarc o m “ u m a m u l h e r de

prostituições” aconteceuno começo do seu ministério, comofica claro na ARA e na TB (1.2b).

O livro pode ser dividido emduas partes principais. A primeiraé uma biografia profética escritaem prosa que descreve a crise dorelacionamento de Oseias com suaesposa inf iel , ao mesmo tempo

que compara essa crise conjugalcom a infidelidade e a apostasiado seu povo (1—3). A segundaparte é escrita em forma poéticae se constitui de profecias proferidas durante um longo intervalode tem po (4— 14).

3 . M e n s a g e m . O assuntodo livro é a apostasia de Israel eo grande amor de Deus revelado,que compreende adve r tênc ia ,

 ju ízo d iv ino e promessas de res-

PALAVRA-CHAVE

M a t r i m ô n i o :União voluntária  

entre um homem e uma mulher,

INTRODUÇÃO

A mensagem de Oseias começa a partir de sua vida pessoal.O seu casamento com Gomer e

o dif íc i l relacionamento famil iarocupam os três primeiros capítulosdo livro que leva o seunome. Deus tinha umamensagem para o povo,pois a esposa e os filhosde Oseias, assim comoo abandono e a prostituição dela, e o seu

sof r imento e perdão,são sinais e profecias sobre Israele Judá ao longo dos séculos.

I . O L I VR O D E OSEI AS

1 . C o n t e x t o h i s t ó r i c o . Oministério de Oseias deu-se noperíodo da supremacia política emi lita r da Assíria. Ele profet izou em

Samaria, capital do Reino do Norte,durante os “dias de Uzias, Jotão,Acaz, Ezequias, reis de Judá, e nosdias de Jeroboão, filho de Joás, reide Israel” (1.1). A soma desses anosdeve ser reduzida significativamente porque Jotão foi corregente comseu pai, Uzias, e da mesma formaEzequias reinou com Acabe, seu pai(2 Rs 15.5; 18.1,2, 9, 10, 13).

Esses dados fornecidos peloprofeta nos permitem datar o seu

E S B O Ç O D O L I V R O D E O S E I A S

Esposa do pr ofe ta Oseia s................................................................................................ (Os 1 — 3).

O povo de Ose ias...............................................................................................................(Os 4 — 14).

Me ns ag em de ju lg a m e n to .............................................................................................. (Os 4 — 10).

Men sa gem de A m o r ......................................................................................................(Os 11 — 14).

Texio extraído da obra, “Quero entender a Bíblia'', editada pela CPAD.

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cidade que o casamento proporcio-nafazem dele o símbolo da união edo relacionamento entre Cristo e asua Igreja (2 Co 11.2; Ef 5.31 -33; Ap1 9.7). Essa figura é notada desde oAntigo Testamento.

3. A o rd em d i v i n a pa ra o 

casam en to de Os e ias . Considerando a santidade do casamentoconfirmada em toda a Bíblia, aordem divina parece contradizertudo o que as Escrituras falam sobre o ma trimôn io. Temos dificuldade em aceitá-la, mas qualquer interpretação contra o caráter literaldo texto é forçada. Quando Jeová

deu a ordem, acrescentou: “ porquea terra se prostituiu, desviando-sedo SENHOR” (1.2b). Isso era literal. A infidelidade a Deus é em simesma um adultério espiritual Or3.1,2; Tg 4.4), ainda mais quandose trata do culto a Baal, que envoi-via a chamada prostituição sagrada(4.13 ,14; Jz 8.33).

S IN O P SE D O T Ó P I C O ( 2 )

O m at rim ôn io de Oseias comComer sim bo lizaa infidelidade dopovo em relação a Deus.

R E S P O N D A

2. O que faz do casamento um símbolo do relacionamento entre

 Cristo e a igreja?

I II . A L I N G U A G E M  D A R E C O N C I L I A Ç Ã O

1. O c a s a m e n t o r e s t a u r a d o . O amor é o tema centralde Oseias. Com ele, Israel seráatraído porjeová (1 1.4; Jr 31.3). Odeserto foi o lugar do julga m en to(2.3) e nele Israel achou graça,tal qual a noiva perante o noivo(Êx 5.1; Jr 2.2). A expressão “e

tauração fu tu ra (8.1 1— 14; 11.1 -9;14.4-9). Mesmo num contexto dedecadência moral, o oráculo descreve o amor de Deus de maneirabela e surpreendente (2.14-16;6.1-4; 11.1-4; 14.4-8). Seus oráculos são cheios de metáforas e

símbolos dirigidos aos con tem porâneos. Sua mensagem denuncia0 pecado do povo e a corrupçãodas instituições sociais, políticas ereligiosas das dez tribos do norte(5.1). Oseias é citado no NovoT e s t a m e n t o (1.10; 2.23 cp. Rm9.25,26; 6.6 cp. Mt 9.13; 12.7;1 1.1 cp. Mt 2.1 5).

S I N O P S E D O T Ó P I C O ( 1 )

O liv ro do profeta Oseias érepleto de metáforas e símbolos.Sua mensagem denuncia o pecadoe a corrupção do povo.

R E S P O N D A

1. Q ua l o as su nto do l ivro de Oseias?

I I . O M A T R IM Ô N IO

1 . E t i m o l o g i a . Os termos“casamento” e “matrimônio” sãoequivalentes e ambos usados paratrad uzir o grego gamos, que indicatambém “bodas” 00 2.1,2) e “leito”

conjugal (Hb 13.4). Trata-se deuma instituição estabelecida peloCriador desde a criação, na qualum homem e uma mulherse unemem relação legai, social, espirituale de caráter indissolúve l (Gn 2 .2024; Mt 19.5,6). É no casamento queacontece o processo legítimo deprocriação (Gn 1.27,28), gerandoa oportunidade para a felicidadehumana e o companheirismo.

2. S imbo l i smo . A intimidade,o amor, a beleza, o gozo e a recipro

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são um jog o de palavras m u ito ^signif icativo.

a) Significados.  A palavra ish Isignifica “homem, marido” (Gn 2.24; I3.6); e baal,  ou baalim,  no píural, Iquer dizer “dono, marido” (Êx 21.29; I

2 Sm 11.26). O termo também é |aplicado metaforicamente a Deus, Icomo marido: “Porque o teu Criador Ié o teu marido” (Is 54.5). A palavra I“baal”, como “dono, proprietário”, Iaparece 84 vezes no Antigo Testa-gmento, sendo 15 delas como esposo |de uma mulher, portanto “marido”, j

b) Divindade dos cananeus. ®Como nome da divindade nacionaldos fenícios com a qual Israel eJudá estavam envolvidos naquelaépoca, aparece 58 vezes, sendo |1 8 delas no plural. Essa palavra se |corrompeu por causa da idolatria Êe po r isso Jeová não será mais |chamado de “meu Baal” , mas de |“meu marido” (2.1 6).

2 . O f im do b aa l i sm o . Os

ídolos desaparecerão da terraGr 10.1 1). Isso inclui os baalins,cuja memória será execrada para jj|sempre, uma vez que a palavra!profética anuncia o f im definit ivo Ido baalismo: “os seus nomes não 8vi rão mais em m em ór ia ” (2.1 7). 1Apesar de a promessa divina ser Iesca to lóg ica , esses deuses são gt

hoje repulsa nacional em Israel. |g

S IN O P SE D O T Ó P I C O ( 4 ) 8

O baalismo foi de finitivam ente extinguido em Israel. Isso pode |ser confirmado até hoje.

R E S P O N D A I

4. Que pala vra se corrom peu po r &  causa da idolatria?5. O que os deuses são hoje e m *Israel?    ______________________ M

lhe falarei ao coração” (2.14) é alinguagem de um esposo falandoamorosamente à esposa (4.1 3,1 4;Gn 34.3; Jz 19.3). Nós fomos atraídos e alvejados pelo amor de Deus(Rm 5.6-8).

2. O va le de Acor e a por t a de esperança . Há aqui umamenção do monumento erguidono vale de Acor, onde Acã pagoupelos seus crimes e foi executadocom toda a sua casa (js 7.2-26). Apromessa é que esse vale não serámais lembrado como lugar de castigo. Será transformado em lugarde restauração (Is 65.10), cujasvinhas serão dadas “por porta deesperança” (2.1 5).

3 . A reconc i l i ação . A sentença de divórcio (2.2) será anulada: “desposar-te-ei comigo parasempre” (2.1 9). O baalismo generalizado (2.13) virá a ser transformado em conversão nacionale genuína. Todo o povo serviráa Jeová em fidelidade, e cada umvol tará a ter conhec imento doDeus verdadeiro (2.20).

S IN O P S E D O T Ó P IC O <S)

A linguagem da reconciliaçãono livro de Oseias é apresentadaatravés do amor, tema principa l do

oráculo divino neste livro.R E S P O N D A

3. Que linguagem a expressão “e lhe falarei ao coração” lembra?

IV. O B A N IM E N T O  D A I D O L A T R I A E M I S R A E L

1. Meu m ar id o , e não meu  

Baal. A fórmula “naquele dia” (2.6,1 8, 21) é escato lógica (Jl 3.1 8). Asexpressões “meu marido” e “meuBaal”, em hebraico ishi  e baali,

L iç õ es  B íb l ic a s   1 

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desses recu rsos l it e rá r i os . Οcasamento é o símbolo perfeitopara compreendermos o re lacionamento de Deus com o seupovo, e do Senhor Jesus Cristocom o cristão.

VOCABULÁRIO

Cor regen te : Pessoa que governa com outra.

 ARA: Versão Almeida Revista eAtualizada.

TB: Versão da Tradução Brasileira.

Metáfora: Consiste natransferên-cia da palavra para outro âmbitosemântico; fundamenta-se numarelação de semelhança entre osentido próprio e o figurado.

Execrada: Abominável.

BIBLIOGRAFIA SUGERIDA

BOYER, Orlando. Pequena En- 

c i dopéd i a B í b l i c a . 2.ed. Riode Janeiro: CPAD, 2008.SOARES, Esequias. Oseias:  A res- taumção dos filhos de Deus.  1.ed.Rio de Janeiro: CPAD, 2002.

SAIBA MAIS

Revista Ensinador Cristão CPAD,n° 52. p 37

w Λ

RESPOSTAS DOS EXERCÍCIOS

1. O assunto do livro é a apostasiade Israel e o grande amor de Deus

revelado.2. A intimidade, o amor, a beleza, o

gozo e a reciprocidade.3. A linguagem de um esposo falan

do amorosamente à esposa.

4. A Palavra “baal”.5. Uma repulsa nacional.

C O N C L U S Ã O

O em pre go das coisas dodia a dia como ilustração facilitaa compreensão da mensagemdivina, e a Bíblia está repleta

 A U X ÍL IO B IB L IO G R Á FIC O I

Subsíd io Bib l io ióg ico

“ L i v r o de Os e ias[...] Quando Oseias iniciou seu

ministério, Israel estava desfrutando o zênite da sua prosperidade epoder sob o reinado de Jeroboão

II. Para entender melhor o livro deOseias, leia 2 Reis 14.23 a 15.31.Oseias dis ting uia as dez tribo s pelonome de Israel , ou de Samar ia , sua capital, ou de Ef ra im, a triboprincipal. Oseias não morreu antesde ver o cumprimento de suas profecias. / / O autor : Oseias, 1.1 / /

 A c h av e: A d u l t é r io e s p i r i t u a l , 4.12. A idolatria com toda espéciede vício, permeava todas as classessociais. Oseias por mais ou menos60 anos condenava do modo maisveemente o procedimento do povo,qualificando-o de adultério. Continuava seus avisos sem resultados,0 que é um tocante exemplo deperseverança no meio dos maioresdesânimos. / /  As d iv is õ es : I. Is

rael, a esposa infiel de Deus, caps.1 a 3. II. Israel pecaminoso, 4.1. a1 3.8 / / III. Israel restaurado, 13.9 a14.9.” (BOYER, Orlando. Pequena Encic lopédia Bíb l ica. 2.ed. Rio deJaneiro: CPAD, 2008, p.394).

16 Lições Bíbl icas

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 A UXÍL IO B I3L IOGRÁ FICO II׳־/

Subsíd io Teo lóg ic o

“Diante de tudo que temos estudado podemos compreender queo homem tem sido ingrato e rebelde e mesmo assim Deus trabalhapara a redenção humana. Primeiro levantou um povo na antiguidadepara a glória de seu nome: Israel. Esse povo fracassou, mas aindaserá restaurado. Quando Israel fracassou, rejeitando o seu Messias,Deus levantou outro povo, a Igreja.

É comum encontrar no livro do profeta Oseias as promessas debênçãos após as advertências de juízos, isso revela o grande amorde Deus por seu povo e isso é confirmado no Novo Testamento pelaexpressão: ‘Se formos infiéis, ele permanece fiel; não pode negar-sea si mesm o’ (2 Tm 2 . 3

ו

).Depois de anunciar o fim da casa de Israel, ‘farei cessar o reino

da casa de Israel’ (1.4), e de afirmar que Israel não é mais seu povo,‘porque vós não sois meu povo, nem eu serei vosso Deus’ (1 .9),logo em seguida afirma que os filhos de Israel são povo de Deus etambém chama de filhos de Deus. Não há nisso contradição alguma,pois essa promessa é escatológica, vem depois dos juízos anunciadosnesse capítulo, em outros lugares do livro de Oseias.

Vemos que no Velho Testamentojeo vá se utilizo u da experiênciade seu povo para se revelar a si mesmo de maneira progressiva, culminando com a manifestação de sua plen itude na Pessoa de seu Filho

Jesus Cristo (Cl 2.9). Agora, em Oseias, começa-se a vislum brar o amorde Jeová pelo seu povo e por tod a a humanidade, amor manifes tadono calvário (Jo 3.1 6)” (SOARES, Esequias. Oseias:  A re sta ura ção dos filhos de Deus.  1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2002 , p .53).

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 J o e l  — O D e r r a m a m e n t o  d o  Es p í r i t o  S a n t o

Segunda - Is 44.3O derramamento do Espírito Santo

Terça - Mt 3.11Jesus batiza com o Espírito Santo

Qu ar ta - Jo 14.16O Consolador está sempre conosco

Qu inta - Jo 14.26O Espírito Santo ensina a Igreja

Sexta - A t 2.4As línguas e o batismo com o EspíritoSanto

S á b a d o -A t 1 1 .1 5,1 6Os gentios e o batismo com o EspíritoSanto

18 L iç õ es  B íb l ic a s

TEXTO ÁUREO

VERDADE PRÁTICA

O Espírito Santo não veio ao mundocumprir uma missão temporária, masguiar a Igreja até a vindà do Senhor.

HINOS SUGERIDOS 700. 290, 491

LEITURA DIÁRIA

"E nos últimos dias acontecerá, diz Deus, que do meu Espírito derramarei 

sobre toda a carne; e os  ι/ossos filhos e as vossas filhas profetizarão, os vossos  jovens terão visões, e os vossos velhos 

sonharão sonhos” (At 2.1 7).

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INTERAÇÃOLEITURA BÍBLICAEM CLASSE

I

Quando o Espírito Santo foi derram ado  sobre a Igreja, em Jerusalém, muitas pessoas ficaram atônitas com o fenômeno, pois viram gente simples falando línguas totalmente desconhecidas 

deles. Outros, no entanto, zombavam, afirm an do que essas pessoas estavam “cheias de mostos" ou “embriagadas  ״Nessa ocasião, o apóstolo Pedro se levantou, junto dos demais apóstolos (At 2.14) e expôs sistematicamente os pontos centrais da revelação de Deus através de Jesus Cristo. Ele evocou a profec ia de Joel a respeito do derram amento do Espírito Santo (At 2.15-21), e conclamou-os: “Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo para perdão dos pecados, e recebereis o dom do Espírito Santo. Porque a promessa vos diz respeito a vós, a vossos filhos e a todos os que estão longe: a tantos quantos Deus, nosso Senhor, chamar” (At 2.38,39).

OBJETIVOS j

Após esta aula, o aluno deverá estar jjapto a:

Expl icar o con tex to histórico, a estru- ftura e a mensagem do livro de Joel.

Joel 1.1; 2.28-32

C o m p r e e n d e r que o Espírito Santoé uma pessoa divina.

Saber que o livro de Joel é escato-lógico.

ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA

Professor, uti l ize o quadro da páginaseguinte para introduzir a aula e expli

car que o livro de Joel pode ser d ivid idoem duas partes. A primeira descreve a

devastação de Judá ocasionada po r uma

grande praga de gafanhotos e a comunidade. E a segunda, a resposta de Deus a

Israel e às nações.

Joel 1

1 - Palavra do SENHOR que foi 

dirig ida a Joel, filho de Petuel.

Joel 2

28   - E há de ser que, depois, derramarei o meu Espírito sobre toda a carne, e vossos filhos e vossas filhas profetizarão, os vossos veíhos terão sonhos, os vossos jovens terão visões.

2 9   - E também sobre os servos e sobre as servas, naqueles dias, derramarei o meu Espírito.

30   - E m ostrarei prodígios no p céu e na terra, sangue, e fogo,

e colunas de fumaça.

31 - O sol se converterá em tre

vas, e a lua, em sangue, antes que venha o grande e terrível dia do SENHOR.

32 - E há de ser que todo aquele que invocar o nome do SENHOR será salvo; porque no monte  Sião e em Jerusalém haverá  livramento, assim como o SENHOR tem dito, e nos restantes 

que o SENHOR chamar.

v

L i ç õ f  .s B íb l ic a s   19

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de Joiada durante a infância deJoás (2 Cr 23. ] 6-2 1). Isso explicaa influência e a presença slgnifi-cativa dos sacerdotes no governode Jucá CJI 1.9,1 3; 2.1 7). O temploestava em pleno funcionamento (Jl1.9,1 3,14).

2. Posição de Joel no Câ- n o n S a g r a t i o . A o rdem dos

Profetas Menores emnossas ve rsões daBíbtia é a mesma doCânon Judaico e daVulgata Latina, masnão é c rono lóg ica .Joel é o segundo livro,

situado entre Oseias e Amós, masna Septuaginta há uma diferença na ordem dos primeiros seislivros: Oseias, Amós, Miqueias,Joel, Obadias, Jonas.

3. E s t r u tu r a e m e n s a g e m .O oráculo foi entregue ao profetapor meio da palavra (1.1). Sãotrês capítulos, mas a sua divisão

na Bíblia Hebraica é diferente: látemos quatro capítulos, pois otrecho 2.28-32 eqüivale ao capítulo três, com cinco versículos, eo conteúdo do capítulo quatro éexatamente o mesmo do nossocapítulo três. São dois os temaspr incipais: a praga da locusta(1.1—2.27) e os eventos do fimdos tempos (2.28—3.21). O assunto do livro é escatológica, comameaças e promessas.

INTRODUÇÃO

O Mov imen to Pentecostal, noinício do século 20, colocou o livrode Joel em evidência, fazendo comque ele fosse conhecido comoo “profeta pentecostal” . Apesardisso, o anúncio dadescida do Espír i toSanto não é o temapredominante de seusoráculos. A ma ior par-

te de suas profeciasfala da praga da Io-

custa e do jul ga m en to das naçõesno fim dos tempos.

I. O L IV R O DE J O E L  N O CÂ N O N S A G R A D O

1. Con tex to h i s té r i c o . Pou-

Ϊ co ou quase nada se conhecesobre Joel e a sua época. As escassas informações baseiam-se

em alguns lampejos extraídos deseu livro. Era profeta de Judá eseu pai se chamava Petueí (1.1).Isso é tudo o que sabemos de suavida pessoal. Nenhum rei é mencionado em seu livro, dificultandoa contextualização histórica. Eleé anterior a todos os profetasliterários, pois tem-se como certoque escreveu suas profecias em835 a.C. Trata-se da época emque Judá estava sob a regência

PALAVRA-CHAVE

D e r r a m a m e n t o :ato ou efeito de der- ram ar; derram ação.

 

L I V R O D E J O E Lr 

S E G U N D A P A R T EP R I M E I R A P A R T E

 A r es p o s t a d o Sen h o r a Is r ael e às  nações (2 ,18—3.21) .

■ Compaixão pela comunidade (2. 18-27).

■ Bênçãos para a comunidade (2.28-32).■ Julgamento das nações (3.1-1 7).

■ Presença de Deus em Jerusalém (3.18-21).

 A p r ag a d o s g a f an h o t o s e a comun idade (1 .1—2.1 7 ) .

■ A praga de gafanhotos (1.1 -4).

■ Chamado à lamentação (1.5-20).■ Grande alarme (2.1-1 1).

Chamado ao arrependimento (2.1 2-1 7), V ,

20 L i ç õ f  .s B íb l ic a s

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REFLEXÃO

“Atualmente, o Espírito Santo  é derramado, 

de forma efusiva, sobre qualquer pessoa que venha 

a Deus em busca de sua salvação."Bíblia de Estudo

Aplicação Pessoal

ção. Após o Concilio de Niceia,surg i ram os p n e u m a t o m a c h o i (“opositores do Espírito”) que, liderados por Eustáquio de Sebaste

(300-380), não aceitavam a divindade do Espírito Santo.

4 . L i n g u a g e m m e t a f ó r i c a .O “derramamento” do Espírito Santo é a expressão que a Bíblia usapara descrever o revestimento dealguém com o poder do mesmoEspírito. Trata-se de uma metáfora,figu ra que "consiste na transferên

cia de um termo para uma esferade significação que não é a sua, emvirtude de uma comparação imp lícita” (Gramática Rocha Lima).

S imbol izado pe la água, oEspíri to Santo lava, puri f ica erefr igera como ref lexo de suasmúltiplas operações (Is 44.3; Jo7.37-39; Tt 3.5).

S IN O PS E D O T Ó P I C O ( 2 )

O Espírito Santo é uma pessoa e não uma mera influência.

R E S P O N D A

2. Em que parte da Bíblia o Espírito Santo é textualmente chamado  de Deus?

S I N O P S E D O T Ó P I C O ( 1 )

O liv ro de Joel é uma ob raescatológica que contém advertências e promessas divinas.

R E S P O N D A

1. Qual o assunto do livro de Joel?

I I . A PESSOA DO  E S P ÍR IT O S A N T O

1 . S u a p e rs o n a l i d a d e . OEspírito está presente em toda aBíblia, que o mostra claramentecomo uma pessoa e não comouma mera influência. Ele é inte

ligente (Rm 8.27), tem emoções(Ef 4.30) e vontade (At 16.6-11; 1Co 12.11). Há abundantes provasbíblicas de sua personalidade.

2. Sua d iv in d ad e. O EspíritoSanto é chamado textua lmen te de“Deus de Israel” (2 Sm 23.2,3). Eleé igual ao Pai e ao Filho em poder,glória e majestade. Na declaração

batismal, somos batizados também em seu nome (Mt 28.19; Ef 4.4-6). Isso sign ifica que o EspíritoSanto é objeto da nossa fé e danossa adoração. Ele é tudo o queDeus é (1 Co 2.1 0,1 1).

3 . Como u m a pessoa pode  s e r d e r r a m a d a ? Esta é uma dasperguntas que a lguns g ruposreligiosos fazem frequentementecom a finalidade de “provar” queo Espírito Santo não é Deus nemuma pessoa. Aqu i, p or duas vezesa palavra profética afirma “derramarei o meu Espírito” (2.28,29), oque é ratificado em o Novo Testamento (At 2.17,18). Ao longo dahistória, a divindade do EspíritoSanto sempre encontrou oposi-

.iç õ e s  B íb l ic a s   21

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a edificação individual, e não podemser usados para fundamentar doutrinas. ABíbliaSagradaéanossa únicaregra de fé e prática.

S I N O P S E D O T Ó P I C O ( 3 )

A efusão do Espírito Santocomeçou com os apóstolos e continua em nossos dias até a voltade Jesus.

IV , O F IM DOS TEMPOS

1. Sinais. A profecia de Joelfala ainda sobre aparição de sinaisem cima no céu e embaixo na ter

ra, de sangue, fogo e colunas defumaça, do sol convertendo-se emtrevas e da lua tornando-se sangue(2.30,31). São manifestações teo-fânicas de Jeová para revelar a simesmo e também para executar

 juízo sobre o pecado (Êx 19.1 8; Ap8.7). Tudo isso o apóstolo Pedrocitou integralmente em sua pre

gação (At 2.19,20). É de se notarque tais manifestações não foramvistas por ocasião do Pentecostes.A explicação é que se trata do começo dos “últimos dias”.

2. Elap as. O primeiro advento de Cristo e o derramamentodo Espír i to Santo são eventosintrodutórios dos “últ imos dias”

(At 2.17). Os smais cósmicosacompanhados de fogo, coiunade fumaça etc., ausentes no diade Pentecostes, dizem respeitoà Grande Tribulação, no epílogoda história, “antes que venha ogrande e terrível dia do Senhor”(jl 2.31; At 2.20).

3 . R e s u l t a d o . A vinda do

Espírito Santo, além de revestir os

REFLEXÃO  

“Nossa esperançavem do Senhor .;״Bíblia de Estudo

LAplicação Pessoal

3. Qual o nome do líder que apóso Concilio de Niceia não aceitava a divindade do Espírito Santo?4. Qual o signif icad o do de rram amento do Espírito Santo?

I I I . H O R I Z O N T E S  D A P R O M E S S A

1. Ponto d e par t id a . A profecia do derramamento do EspíritoSanto começou a ser cum prid a nodia de Pentecostes, que marcou ainauguração da Igreja (At 2.16).O apóstolo Pedro empregou apropr iadamente a expressão “nosúltimos dias” (At 2.17) no lugar 

 ד de “depois” (Jl 2.28a).

Não faz sent ido algum, porconseguinte, af irmar que a efu-são do Espírito Santo foi apenaspara a Era Apostól ica; antes,pelo contrário, começou com osapóstolos e cont inua em nossosdias. Era o ponto de partida, enão de chegada.

2 . C o m u n i c a ç ã o d i v i n a .  

Deus disponibilizou recursos espirituais para manter a comunicaçãocom o seu povo por meio de sonhos,visões e profecias, independentemente de idade, sexo e posiçãosocial (2.28b,29). Todavia, cabe-nosressaltar que somente a Bíblia é aautoridade divina e definitiva naterra. Quanto aos sonhos, visões e

profecias, são-nos concedidos para

2 2 L iç õ es  B íb l ic a s

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part ir do derramamento do Espírito Santo nos últ imos dias.

R E S P O N D A

5. Quais sãos os eventos introdutórios dos “últimos dias

 

?

C O N C L U S Ã O

O derramamento do EspíritoSanto inaugura a dispensação daIgreja, que, acompanhado de grandes sinais, faz do cristianismo umareligião sui generis. A Igreja continuarecebendo o poder do alto e prossegue anunciando a salvação a todos

os povos. Nisso, vemos a múltiplaoperação do Espírito Santo, revestindo de poder os crentes em Jesuse convencendo o pecador de seuspecados (At 1.8; Jo 16.7-1 1).

crentes em Jesus, resulta tambémem salvação a todos os que desejamencontrar a vida eterna. O apóstoloPedro termina a citação de Joel comestas palavras: “Todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo”(At 2.21). O nome “SENHOR”, comletras maiúsculas, indica na BíbliaHebraica a presença do tetragramaYHWH (as quatro consoantes donome divino “Yahweh, Javé, Yeho-vah Jeová ”). O apósto lo Paulo citouessa passagem referindo-se ajesus,e afirmando que o Meigo Nazarenoé o mesmo grande Deus Jeová deIsrael (Rm 10.1 3).

S I N O P S E D O T Ó P I C O ( 4 )

O l ivro de jo e l é esca tológi-co. Ele fala do f im dos tempos a

REFLEXÃO

Os crentes devem to m a r cuidado com o tratam en to  

que dispensam ao próximo, pois Deus os chamará  a pre sta r contas no dia do ju ízo caso não procedam  

com am or e misericórdia. ”Bíblia de Estudo Pentecostal

L1çõr:s B íb l i c as 23

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BIBL1QCRAF3A SUG ERIDA

HARRISON, R. K. Tem p o s d o   A n t i g o T e s t a m e n t o : UmContex to Soc ia l , Po l í t i co e 

Cultural .  1.ed. Rio de Janeiro:  CPAD, 2010.MERRIL, Eugene H. H is tó r ia de Is rae l no A n t ig o Tes tamento :O reino de sacerdotes que Deus colocou entre as nações.  6.ed. Rio de janeiro: CPAD, 2007.

SAIBA MAISRevista Ensinador Cristão  

CPAD, n° 52, p.37.

Λ

 

RESPOSTAS DOS EXERCÍCIOS

1. O assunto do livro é escatológico,com ameaças e promessas.

2.  O Espírito Santo é chamado tex

tualmente de “Deus de Israel” em 2Samuel 23.2, 3 e Atos 5.3, 4.

3. Eustãquio de Sebaste.4.  O “derra ma mento ” do Espírito Santo é a expressão que a Bíblia usa paradescrever o revestimento de alguém

com o poder do mesmo Espírito.5. O primeiro advento de Cristo e oderramamento do Espírito Santo sãoeventos introdutórios dos “úl t imos

dias” (At 2.17).

a u x í l i o   b i b l i o g r á f i c o

Subs íd io H is tó r ico

“Joás , re i de Judá[...] O verdadeiro descendente 

de Davi assentou-se no trono, e reinou du rant e quarenta anos (83 5796). Visto que ele tinha apenas sete anos quando 5e tornou rei, f icou  sob a tutela de Jeoiada, o sumo  sacerdote, cuja autoridade sobreo jovem monarca estendia-se ao  ponto de escolher suas esposas (2 Cr 24.3). Os anos de apostasia sob  

 Atál ia at ing iram a vida rel igiosa da nação. Particularmente grave era o fato de o templo e os serviços sagrados haverem sido abandonados. Joás, já no princípio de seu reinado, decidiu reformar e restaurar a casa de Yahweh (2 Rs 12.2,5). Portanto, inc umb iu os sacerdotes e levitas de saírem a todas as cidades e vil arejos  de seu reino a fim de obter as ofertas para a manutenção do templo.

Embora o apefo resultasse no acúmulo de fundos, a obra tardou  por alguma razão, e até o vigésimo  terceiro ano de Joás (cerca de 814)  não havia qualquer indício da obra.O rei Joás então ordenou ao sumo  sacerdote Jeoiada que providenciasse a construção de um gazofilácio  ao lado do grande altar, onde os 

sacerdotes depositariam as ofertas do povo. Um apelo foi feito po r todoo reino para que trouxessem suas ofertas ao templo; e com alegriao povo ofertou (MERRIL, EugeneH. H is tó r i a d e Is r ae l no A n t igo  T es t am en t o : O reino de sacerdotes que Deus colocou entre as nações.6.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2007, 

pp.384,86).

24 Lições B íb l i c a s

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Lição 428 de Outubro de 2012

A m ó s  — A Ju s t i ç a  S o c i a l  c o m o   Pa r t e  d a  A d o r a ç ã o

TEXTO ÁUREO

“Porque vos digo que, se a vossa  jus tiç a não exceder a dos escribas e 

fariseus, de modo nenhum entrareis  no Reino dos céus״ (Mt 5.20).

VERDADE PRÁTICA

Justiça e retidão são elementos necessários e imprescindíveis à vercfa-deira adoração a Deus.

HINOS SUGERIDOS 124, 131, 143

LEITURA DIARIA

Segu nda - Pv 14 .34A justiça social exalta as nações

Terça - Pv 19.1 7Quem ajuda o pobre empresta a Deus

Qu ar ta - Is 1 .13 -15O sacrifício e o estado espiritual doadorador 

Q u in ta - Rm 1 5 .26 ,27A espiritualidade do trabalho social

Sexta - 2 Co 9.8 ,9Deus abençoa quem socorre os pobres

Sábado - T g 1 .27Socorrer os necessitados é parte daadoração

V r 

L i ç õ h s  B t r u c a s   2 5

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O nome  Amós qu er dize r “fa rd o ” e Tecoa significa “soa r o ch ifre do carneiro". Estas signif icações denotam a mensagem de destruição ecoada no Reino do Norte. O profeta não exitara em denunciar a corrupção do sistema político, juríd ico , social 

e religioso de Israel. Amós ainda teve de  enfrentar uma franca oposição rel igiosa  do sacerdote Am azias. Este era alinha do à üo lítica de Jeroboão it. Em Amós aprend emos o quanto pode ser nefasta a mistura  da política com a religião. Ali, tínhamos um sacerdote, 1‘rep res en tan te de Deus" dizendo sim para tudo o que o rei fazia.  Mas lá, o profeta “boieiro" dizia não! Era  o Soberano dizendo “não” para aquela  espúria relação de voder.

 _____ INTERAÇÃO

OBJETIVOS

Após esta aula, o aluno deverá estarapto a:

D is s e rt a r a respeito da vida pessoalde Amós e a estrutura do livro.

Sa be r que a jus tiça social é um em

preendimento bíblico.

Apontar a política e a justiça socialcomo elementos de adoração a Deus.

ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA

Prezado professor, vivemos num tempo

de grandes injustiças sociais e corrupção política. Pessoas sem temor deDeus e amor ao próximo buscam inten

samente os seus próprios interesses.Por isso, sugerimos que, ao introduziros tóp ico s IJ e IIE da lição , pe rgun te aosalunos o que eles pensam sobre essequadro de corrupção e injustiça social

instalados em nossa sociedade. Emseguida, com o auxíl io do esquema da

página seguinte expliqu e os termos

“política” e “justiça social”. Diga que, àluz da mensagem de Amós, tais práticas

fazem parte da adoração a Deus.

Amós 1.1; 2.6 8; 5.21 23

LEITURA BÍBLICAEM CLASSE

A m ó s 11 - 4 5 palavras de Amós, que 

estava entre os pastores de Tecoa, o que ele viu a respeito  de Israel, nos dias de Uzias, rei de Judá, e nos dias de Jeroboão, filho de Joás, rei de Israel, dois anos antes do terremoto.

A m ó s 26 -  Assim diz o SENHOR: Por  três transgressões de Israel 

e por quatro, não retirarei o cas tigor porqu e vendem o jus to  por dinheiro e o necessitado  por um par de sapatos.7 - Suspirando pelo pó da te rra sobre a cabeça dos pobres, eles pervertem o caminho dos mansos; e um homem e seu pai entram à mesma moça, para profanarem o meu santo  nome. *8 - E se deitam jun to a qua lquer a l tar sobre roupas empenhadas e na casa de seus deuses bebem o vinho dos que t inham multado.

A m ó s 521 -  Aborreço, desprezo as vossas festas, e as vossas as- sembleias solenes não me dão  nenhum prazer  2 2 - E, ainda que me ofereçais  holocaustos e ofertas de man

 ja re s , não me agradare i delas, nem aten tarei para as ofertas  pacíf icas de vossos animais  gordos.2 3 -  A fasta de m im o estrépito  

dos teus cânticos; porque não ouvirei as melodias dos teus  instrumentos.

26 L i ções B íb l ic a s

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sicômoros” (7.14) e de não fazerparte da escola dos profetas, foien v5ado po r Deus a pro fe tizar emBetei, centro religioso do Reinodo Norte (4.4). Ali, Amós enfrentou forte oposição do sacerdoteAmazias, alinhado polit icamenteao rei Jeroboão II (7.10-16).

Todo o sistema político, religioso, social e jurídico do Reinode Israel estava contaminado. Foiesse o quadro que Amós encon

trou nas dez tribos doNorte. O profeta tornou pública a indignação de Jeová contra os

abusos dos ricos, queesmagavam os pobres.Ele levantou-se também contra as injusti

ças sociais e contra toda a sortede desonestidade que pervertia odireito das viúvas, dos órfãos edos necessitados (2.6-8; 5.1 0-1 2;8.4-6). No cardápio da iniqüidade,

estavam incluídos ainda o luxoextravagante, a prostitu.ção e aidolatria (2.7; 5.12; 6.1-3).

3. E s t r u tu r a e m e n s a g e m .O livro se divide em duas partesprincipais. A primeira consiste nosoráculos que vieram pela palavra(1— 6) e a segunda , nas visões(7—9). O discurso de Amós é um

ataque direto às instituições deIsrael, confrontando os males queassolavam os fundamentos sociais, morais e espirituais da nação.

PALAVR/    1 

     X   s  m

 A d o r .

Rendiçãi em todas

ação:

0  a Deus as esferas ' ida.

INTRODUÇÃO

0 l ivro de Amós permaneceatuai e abrange diversos aspectosda vida social, política e religiosa do povo de Deus. O profetacombateu a idolatria, denunciouas injustiças sociais, condenoua violência, profetizou o castigopara os pecadores contumazese também fa lou sobre o futuro glor iosode Israel. Amós é conhecido como o l ivro

da ju s tiç a de Deus emostra aos religiososa necessidade de se incluir na adoração doiselementos importantes e há muitoesquecidos: justiça e retidão.

1. O L IVR O DE A M Ó S

1 . C o n t e x t o h i s t ó r i c o .

Amós era or iginário de Tecoa,aldeia situada a 17 qu ilôm etros aosul de Jerusalém e exerceu o seuministér io durante os re inadosde Uzias, rei de Judá, e de Jero-boão II, filho de Joás, rei de Israel(1.1; 7.1 0). Foi, de acordo com atradição judaico-cr istã, contemporâneo de Oseias, Jonas, Isaías e

Miqueias, no período assírio.2 . V i d a p e s s o a l . Apesarde ser apenas um camponês deJudá, “bo ie i ro e cu l t ivador de

ΛPOLÍTICA E JUSTIÇA SOCIAL EM AMÓS

POLÍTICA JUSTIÇA SOCIAL

Queremos dizer sobre polít ica “o con ju n to de prát icas re la ti vo a uma socie

dade”. Pois as relações humanas numasociedade são estabelecidas de acordocom decisões polít icas tomadas por representantes dela (Am 7.10-14).

Justiça social é o conjunto de açõessociais, destinado a suprimir as Tnjus-

tiças de todos os níveis, reduzindo adesigualdad e e a pobreza, erradica ndoo analfabetismo e o desemprego, etc(Am 8.4-8).V

L iç õ e s  B íb l ic a s   2 7

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3. O pec ado . A expressão:“Por três t ransgressões de Israel epor quatro, não retirarei o castigo”(2.6) refere-se não à numeraçãomatemática, mas é máxima comum na literatura semítica (vejafraseologia similar em Jó 5.19;

33.29; Ec 11.2; Mq 5.5,6). Nessetexto, significa que a medida dainiqüidade está cheia e não hácomo suspender a ira divina.

S IN O PS E D O T Ó P I C O ( 2 )

O senso de ju s t iç a cr istãexpressa o pensamento da lei e

dos profetas que, por sua vez, éparte do grande mandamento deJesus Cristo.

R E S P O N D A

2. Qual a nossa responsabilidade  pessoal?3. O que significa a expressão “po r  três transgressões de Israel e por  

qu atro, não retira re i o castigo"?I I I . IN J U S T IÇ A S S O C IA IS

1. Decadência socia l (2.6) .Amós condena o preconceito e aindiferença dos mais abastadosno trato aos carentes do povo, queveem seus direitos serem violados(2.7; 4.1; 5.1 1; 8.4,6). Vender os

próprios irmãos pobres por um parde sandálias é algo chocante. Talato, que atenta contra a dignidadehumana, demonstra a situação dedesprezo dos poderosos em relação aos menos favorecidos. Umavez que as autoridades e os poderosos aceitavam subornos paratorce r a jus tiça contra os pobres, oprofeta denuncia esse pecado maisde uma vez (8.4-6).

íO assunto do livro é a just iça deIDeus. O discurso fundamenta-seIem denúncias e ameaças de casti-I go, term inando com a restauraçãoI futura de Israel (9.11-15). Ele éIcitado em o Novo Testamento (Am

5.25,26 cp. At 7.42,43; 9.1 1,1 2 cp.

I At 15.16-18).

I S IN O PS E D O T Ó P IC O ( 1 )

I O livro do profeta Amós podeI ser div idido em duas partes princi-I pais: oráculos provenientes pela pa

I lavra (1— 6) e pelas visões (7— 9).

I R ES PO N DA1 1. Qual o discurso do l ivro deI  Amós?

I I I . P O L ÍT IC AE J U S T IÇ A S O C I A L

1. Mau go ver n o. Infelizmente,Ialguns líderes, como Saul eJeroboãoI I, filho de Nebate, causaram a ruína

I d o povo escolhido (1 Cr 10.13,14;1 Rs 13.33,34). Amós encontrou umIdesses maus políticos no Reino do

I Norte (7.10-14). Oseias, seu colegaIde ministério, também denunciouIesses males com tenacidade e vee-

I mência (Os 5.1; 7.5-7).2 . A j u s t i ç a so c ia l . É nossa

I responsab i lidade pessoal lu tar

| por uma sociedade mais justa . Talsenso de justiça expressa o pen-sarnento da lei e dos profetas e éparte do grande mandamento dafé cristã (Mt 22.35-40). Amós foio único profeta do Reino do Nortea bradar energicamente contra asinjustiças sociais, ao passo que,em Judá, mensagem de igual teoraparece por intermédio de Isaías,Miqueias e Sofonias.

2 8 L i ç õ e s  B íb l ic a s

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Jeová sem refletir e com as m ã o s ^sujas de injustiças. Comportando-1se assim, tanto Israel como Judá, Ireproduziam o pensamento pagão,Isegundo o qual sacrifícios e liba- Ições são suficientes para aplacar |a ira dos deuses. Entretanto, Deus

declara não ter prazer algum nasfestas religiosas que os israelitasprom oviam (5.21; Jr 6.20).

2. O s ign i f icado dos sacr i f í c i os . Expressar a consagraçãodo ofertante a Deus era uma dasmarcas dos sacrifícios. E Amós m enciona dois: “ofertas de manjares” e“ofertas pacíficas” (5.22). As ofertas jJ

de manjares não eram sacrifícios |de animais. Tratava-se de algo diferente, que incluía flo r de farinha, ^pães asmos e espigas tostadas,representando a consagração dosfrutos dos labores humanos a Deus(Lv 2.14-16). Já as ofertas pacíficas ^eram completamente voluntárias e ntinham uma marca distintiva, pois οI 

próprio ofertante podia comer parte Ido animal sacrificado (Lv 7.1 1-21).3.  Os cân t i cos . Os cânticos I

faz iam par te das assemble ias Isolenes (5.23). No entan to, eles jperdem o valor espiri tual quando ■não há arrepe ndim ento sincero. A Iverdadeira adoração, porém, não Iconsiste em rituais externos ou I

em cerimônias forma is. O genuíno Isacrifício para Deus é o espírito Iquebrantado e o coração contr i to I(SI 51.17). Há um nú mero m ui to Igrande e variado de palavras he-1braicas e gregas para descrever a Iadoração e o ato de adorar. C o n -1tudo, a ideia principal de todas Ié de devoção reverente, serviço I

sagrado e honra a Deus, tanto de |maneira públ ica como indiv idual .^· Χ ϋ Μ · · · ^ Η Η ϋ · Η · · ϋ Κ

2 . D e c a d ê n c i a m o r a l . Aprostituição cultuai era outra prática chocante de Israel e mostra adecadência moral e espiritual danação: “Um homem e seu pai coabi-tam com a mesma jovem e, assim,profanam o meu santo nome” (2.7

-ARA). O pior é que tal prostituição era financiada com o dinheirosujo da opressão que os maioraisinfligiam ao povo (2.7,8).

3 . D e c a d ê n c i a r e l i g i o s a .O profeta denuncia a v io laçãoda le i do penhor que ninguémmais respeitava (Êx 22.26,27; Dt24.6,17). A acusação não se res

tringe à crueldade e à apropriaçãoindébita, mas também a práticado culto pagão, visto que a expressão “qualquer altar” (2.8) nãopode ser no temp lo dejeová , e simno de um ídolo. Amós encerra adenúncia a essa série de pecados,condenando a idolatria, a cobrançaindevida de taxas e a malversação

dos impostos no culto pagão e nosbanquetes em honra aos deuses.

S I N O P S E D O T Ó P I C O ( 3 )

As injustiças sociais no livrode Amós são representadas pe-Ias decadências social, moral ereligiosa.

R E S P O N D A

4. Quais as três decadências nos dias de Am ós?

I V . A V E R D A D E I R A   A D O R A Ç Ã O

1. Ad o r aç ão s em c o nv e r s ão . A despei to de sua baixa

condição moral e espiritual, o povocont inua va a oferecer o seu culto a

L i ç õ e s  B íb l ic a s   2 9

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CONCLUSÃO

A adoração ao verdadeiroDeus, nas suas várias formas, requersantidade e coração puro. Trata-sede uma comunhão vertical comDeus, e horizontal, com o próximo

(Mc 12.28-33). Essa mensagemalerta-nos sobre o dever cristão denão nos esquecermos dos pobrese necessitados e também sobre aresponsabilidade de combatermosas injustiças, como fizeram Amóse os demais profetas.

BIBLIOGRAFIA SUGERIDA

HARRISON, R. K. Tem p o s d o A n t i g o T es ta m e n to : Um Contexto Social, Político e Cultural.  1.ed.Rio de Janeiro: CPAD, 2010.SOARES, Esequias. O Min is té- r i o P ro fé t i co na B íb l i a :  A voz de Deus na Terra.  l.ed. Rio deJaneiro: CPAD, 2010.ZUCK, Roy B (Ed.). T e o l o g i a do   A n t ig o T es tam en to , l.ed. Riode Janeiro: CQAD. 2009 .

SAIBA MAIS

Revista Ensinador CristãoCPAD, n° 52, d .38

ΛRESPOSTAS DOS EXERCÍCIOS

1. Um ataque direro às instituiçõesde Israel, confrontando os males queassolavam os fundamentos sociais,

morais e espirituais da nação.2. É nossa responsabilidade pessoallutar por uma sociedade mais justa.

3. Significa que a medida da ini-quidade está cheia e não há como

suspender a ira divina.

4. Social, moral e religiosa.5. É o espírito quebrantado e o co

ração con trito.

Em suma, Deus exige de seu povoverdadeira adoração.

SINOPSE DO TÓPICO (4)

A verdadeira adoração nãoconsiste em rituais externos ou

em cer imônias l i túrg icas, masno espírito quebrantado e numcoração contrito.

RESPONDA

5. Qual o verdadeiro sacrifício  p a r a D e u s ?

 A UXÍL IO BIB LIOGRÁFICO I

Subsíd io B ib l io ióg ico

“ O Q u a r t e to d o P e río d o Á u reo da P ro fec ia Heb ra i ca

O pro feta Amós exerceu o seumin is té rio ‘nos d 1as de Uzias, rei deJudá, e nos dias de Jeroboão, filhode Joás, rei Israel’ (1.1). Isso mostraque ele viveu na mesma época de

Oseias e Isaías. Ele era de Tecoa,na Judeia, mas Deus o enviou paraprofetizar em Samaria, no reino doNorte. Miqueias é também dessaépoca, mas começou suas atividadesum pouco depois dos três p rimeiros,pois Uzias não é mencionado: ‘nosdias de Jotão, Acaz e Ezequias, reisde Judá’ (1.1).

Os profetas Isaías, Miqueias,Amós e Oseias foram contemporâneos, o ministério de cada umdeles começou entre 760   e 735  a.C.[...] Ambos eram do Reino do Sul,capital Jerusalém. Oseias e Amósexerceram seu ministério no reinodo Norte, em Samaria” (SOARES,Esequias. O M i n i s t é r i o P r o f é t i c o  

na Bíb l ia :  A voz de Deus na Terra.l.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2010 , 

P.16 .(ו

3 0 L i ç õ e s  B íb l ic a s

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 A UXÍL IO B IB L IOGRÁ FICO II

Subsíd io Teo lóg ico

“ DEUS E AS NAÇÕES[...] Amós e Miqueias têm muito mais a dizer sobre a relação

das nações com Israel e o seu Deus. Desde o início, ambos os livros deixam claro que a soberania do Senhor não está limitada aIsrael, mas se estende a todas as nações. Amós começa com umasérie de falas de julgamento contra as nações vizinhas de Israel(Am 1.3—2.3). Miqueias inicia com um retrato vivido da descidateofânica do Senhor para julgar as nações (Mq 1.2-4). Para estesprofetas, o Deus de Israel é ‘Senhor de toda a terra1(cf. Mq 4.13),que controla a história e o destino das nações (Am 9.7). De acordocom Amós 9.1 2, as nações ‘são chamadas' pelo ‘nome’ do Senhor.A expressão aponta a propriedade e autoridade do Senhor sobre asnações como deixa claro o uso constante em outros textos bíblicos

(cf. 2 Sm 12.28; Is 4.1).A palavra usada nos oráculos de Amós 1 e 2 para caracterizar

os pecados das nações diz respeito ao ato de rebelião contra aautoridade soberana. Em outros textos bíblicos, o termo é usadopara referir-se a uma nação que se rebela contra a autoridade deoutra (cf. 2 Reis 1.1; 2 Reis 3.5,7). Judá (Am 2.4,5) e Israel (Am 2.616) quebraram o concerto mosaico. Entretanto, por qual arranjo asnações estrangeiras eram responsáveis diante de Deus? Entre oscrimes alistados incluem-se atrocidades em tempo de guerra, tráfico

de escravos, quebra de tratados e profanação de túmulos. Todosestes considerados juntos, pelo menos em princípio, são violaçõesdo mandato de Deus dado para Noé ser frutífero, multiplicar-se emostrar respeito pelos membros da raça humana como portadoresda imagem d ivin a (cf. Gn 9.1-7). É possível que Amós tivesse vis toeste mandamento noético no plano de fundo de um tratado entresuserano e vassalo, comparando o mandato às exigências ou estipu-lações de tratado. De modo semelhante, Isaías interpretou o crimede carnificina cometido pelas nações (Is 26.21) como violação da

‘aliança eterna’ (Is 24.5; cf. Gn 9.1 6) que ocasionaria uma maldiçãona terra inteira (cf. Is 24.6-1 3). A seca, um tema comum nas bíblicase antigas listas de maldição mundial (cf. Is 24.4,7-9). No título dasua série de oráculos de julgamento, Amós também disse que o

 ju lgam ento do Senhor ocasionaria seca (Am 1.2). Pelo visto, a secacom pendiava as maldições que vinham sobre as nações po r rebeliãocontra o Suserano” (ZUCK, Roy B. T e o l o g i a d o A n t i g o T e s t am e n t o .1 .ed. Rio de Janeiro: CPAD. 2009, p.446) .

L iç õ e s  B íb l ic a s   31

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O b a d i a s   — O P r i n c í p i o  d a  R e t r i b u i ç ã o

“Porque o dia do SENHOR está perto, sobre todas as nações; como tu fizeste, 

assim se fa rá contigo; a tua maldade  cairá sobre a tua cabeça” (Ob 1.15).

VERDADE PRATICA

Obadias mostra que a íei da semeadura e o principio da retr ibuiçãoconsti tuem uma real idade da qualninguém escapara

HI NO S S UG E RIDO S 106, 227, 262

LEITURA DIÁ RIA

S eg u n d a - Gn 2 5 . 2 2 , 2 3A inimizade desde a gestação

Terça - SI 13 7 .7O clamor pela punição de Edom

Q u a r t a - O s 8 .7Quem semeia vento colhe tempestade

Q u i n t a - Na 1 .3Deus não terá o culpado por inocente

Sex ta - Gl 6 .7A lei da semeadura e o princípio daretribuição

S áb a d o - Hb 2 . 2A desobediência receberá justaretr ibuição

3 2 L iç õ e s  B íb l ic a s

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Soberania de Deus e livre-arbítrio são temas que geram conflitos e levam muitos a tomadas de posições extremadas. Por conceder o lrvre-αrbítrio ao homem, Deus deixa de ser soberano? De maneira  nenhuma! Isso só denota o seu poder em criar uma pessoa que, sendo imagem e semelhança de Deus, decide seguir ou não o caminho da jus tiça . Mas é bem verdade que, nalgumas circunstâncias, o Eterno intervém sem respe itar o arb ítrio  humano (Ml 1.2,3 cf. Rm 9.14-16). Há contradição nisso? De forma alguma! O homem continua livre em seu arbítrio e Deus eternamente soberano. Nas Sagra

das Escrituras, o livre arb ítrio e soberania divina são essencialmente dialogais.

INTERAÇÃO

 ___________ OBJETIVOS____________ 

Após esta aula, o aluno deverá estarapto a:-------------------------------------------------------------------------a

C o n c e i t u a r soberania divina e l ivrearbítr io.

E l e n c a r os elementos contextuaisdo livro de Obadias.

S a b e r o pr incíp io da re t r ibu içãodivina.

ΛORIENTAÇÃ O PEDAGÓGICA/ 

Professor, reproduza o esquema da páginaseguinte no quadro de giz. Util ize-o naintrodução da auta. Explique que o livro

de Obadias é constituído apenas de umcapítulo (1) e vinte e um versículos (21).Podemos dividi-lo em duas partes prin-

cipíJs. A primeira parte fala respeito dosoráculos contra Edom; e a segunda dosoráculos sobre o Dia do Senhor. Expli

que que o propósito principal do livro émostrar aos israelitas a ira divina contraos edomitas. Em seguida pergunte aos

alunos: “Por que Deus estava irado com os

edomitas?” Ouça os alunos com atenção eexplique que o Senhor estava aborrecidopelo fato de eles terem se alegrado diante

da dor e do sofrimento de Judá.

Obad ias 1 .1 -4 ,15 -18

1 - Visão de Obadias: Assim  diz o Se nho r JEOVÁ a respe i

to de Edom: Temos ouvido a pregação do SENHOR, e foi  enviado às nações um embaixador, dizendo: Levantai-vos, e levantemo-nos con tra ela pa ra  a guerra.2 - Eis que te f iz pequeno  entre as nações; tu és mui  desprezado.3 - A soberba do teu coração  te enganou, como o que ha bita  nas fendas das rochas, na sua  alta morada, que diz no seu  coração: Quem me derr ibará  em terra?4 - Se te elevares como águia  e puseres o teu ninh o entre as estrelas, da li te de rriba rei, diz0 SENHOR.

1 5 - Porque o dia do SENHOR está per to , sobre todas as nações; como tu fizeste, assim  se fará contigo; a tua maldade  cairá sobre a tua cabeça.1 6 - Porque, como vós be- bestes no monte da minha  santidade, assim beberão de con t ínuo todas as nações ; beberão, e engolirão, e serão  

como se nunca tivessem sido.1 7 - Mas, no monte Sião, haverá l ivramento; e ele será  santo; e os da casa de Jacó  possuirão as suas herdades.18 - E a casa de Jacó será  fogo; e a casa de José, cham a; e a casa de Esaú, palha; e se acenderão contra eles e os 

consumirão; e n inguém mais  restará da casa de Esaú, porque o SENHOR o disse.

LEITURA BÍBLICAEM CLASSE

L iç õ e s  B íb l ic a s   33

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soberania divina, existe uma auto-l imitação suficiente para permitiro livre-arbítrio humano.

2 . L i v r e - a r b í t r i o . A vontade de Deus é que todos sejamsalvos (Ez ]8 .2 3 ,3 2 ; Jo 3.16;

ו

 Tm 2.4; 2 Pe 3.9). Entretanto, não

são poucos os que seperderão. Tal acontece

 ju s ta m e n te pelo fa tode sermos livres, auto-conscientes e, por isso,responsáveis diante deDeus por nossos atos (Eci 2.1 3,14). Isso se e

ca pelo livre-arbítrio, e não significa

negar a soberania divina. Trata-se daliberdade humana. Deus é soberanoem todo o Universo e, po r seu amore poder, preserva sua criação até aconsumação de todas as coisas (Ne9.6; Hb 1.2,3).

S IN O P S E D O T Ó P IC O <1 >

O livre-arbítrio não nega a

soberania divina; pelo contrário,a confirma.

R E S P O N D A

/. O que é a soberania divina?

I I . O L I V R O D E O B A D I A S

1. Con texto h is tór ico . A vida

pessoal de Obadias é desconheci-

PALAVRA-CHAVE

Soberan ia :Qualidade ou condição de soberano.

INTRODUÇÃO

A soberania div ina é um temaimportante e atual, porque lembra-nos que Deus está no controle de

tudo e que toda açãohumana está expostadiante de seus olhos. Alei natural da semeadu-ra ilustra o princípio da

| re t ribu ição no campo| espiritual, e éjustame n-' te essa a mensagem

que encontramos no livro do pro

feta Obadias, em seus oráculoscontra Edom.

I . A S O B E R A N IA D E D E U S

1 . C o n c e i t o . A soberaniadiv ina é o d i re i to absoluto deDeus governar totalmente as suascriaturas segundo a sua vontade(SI 115.3; Is 46.1 0). Calvinistas e

arminianos concordam com esseconceito. A diferença entre ambosacerca da soberania está apenasno exercício desta.

Segundo os calvinistas, nãohá limite para o exercício dessegoverno, de modo que a vontade divina não pode ser anulada.Os arminianos, por outro lado,

admitem que, no exercíc io da

ΛE S B O Ç O D O L I V R O D E O B A D I A S

Par te I: Orác u l os co nt ra Edom (vv . 1 -14.1 5b)

w . 1-9 ............................................... Orgulho e destruição de Edom

w . 1 0 - 1 4 .............*...........................Traição de Edom contra Judá

v. 15b.................................................Condenação de Edom

Par te I I: Orác u l os so br e o D ia do Senho r (w . 1 5a. 16-21)

w . l 5a., 16 ......................................J u lgam en to das naçõesw . 17 ,18 ...........................................Vol ta e restauração de Israel

w . ] 9-2 1 ...........................................Apêndice: Volta e restauração de Israe

3 4 i .iç õ l s  B íb l ic a s

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REFLEXÃO

Ά soüerania divina é o direito absoluto de Deus go ve rna r  

totalmente as suas criatu ras  szgundo a sua vontade.” 

Esequias Soares

Profetas um só livro, a citação deObadias, em o Novo Testamento,é apenas indireta.

S IN O PS E D O T Ó P I C O ( 2 )

Com apenas vinte e um versículos, Obadias é o livro mais curtodo Antigo Testamento.

R E S P O N D A

2. Qual o tema do livro de Oba- dias?

I I I . E D O M , O P R O F A N O

1. O r i g e m . Os edomi tas

eram descendentes de Esaú. Porcausa do guisado que Jacó usoupara co mprar de Esaú a sua prim o-genitura, o nome da tribo passoua ser “Edom” que, em hebraico,significa “ve rm elh o” (Gn 2 5.30).

Eles povoaram o monte Seir(Gn 33.16; 36.8,9,21) e, rapidamente, transformaram-se em uma

poderosa nação (Gn 36.1-43; Êx15.15; Nm 20.14). Seu rei negoupassagem a Israel por seu território,quando os filhos de Jacó saíram doEgito e peregrinavam no deserto acaminho da Terra Prometida. Mesmo assim, Deus ordenou aos israelitas que tratassem 05 edomitascomo a irmãos (Dt 23.7). Contudo,

o ódio de Edom contra Israel cresceu e atravessou séculos.2 . O Deus sobe rano . “As

sim diz o Senhor JEOVÁ a respeito

da. O profeta apresenta-se apenascom o seu nome, sem oferecernenhuma in formação ad ic iona l(família e reinado sob o qual viveue profetizou). Ele simplesmente diz:"Visão de Obadias” (v. 1).

A data em que exerceu o seu

ministério é uma das mais disputadas entre os estudiosos: vai de848 a 460 a.C. Tudo indica queos versículos 10 a 14 refiram-seà destruição de Jerusalém por Na-bucodonosor, rei de Babilônia, em587 a.C. Portan to, qualq ue r data,nesse período, como 585 a.C. porexemplo, é aceitável.

2 . E s t r u t u r a e m e n s a g e m . Com apenas 21 versículos,Obadias é o livro mais curto doAntigo Testamento. Excetuando-se a introdução, o seu estilo époético. O te xto divide-se em trêspartes principais: a destruição deEdom (vv. 1-2); a sua maldade (vv.10-14) e o dia do Senhor sobre

Edom, Israel e as demais nações(vv. 15-21).

O tema do l ivro é o julg am ento divino contra Edom. Obadias,porém, não é o único profetaincumb ido de anunc ia r a condenação dos filhos de Esaú (Is21.1 1,1 2; Jr 49.7-22; Ez 2 5.1 2-1 4;Am 1.1 1,1 2; Ml 1.2-5).

3. Pos i ção no Cânon . Emnossa Bíblia, Obadias situa-se entre Amós e Jonas. O critério paraa ordem desses livros é ainda desconhecido. Sabe-se, todavia, quenão foi baseado na cronologia. Háquem justif ique tal posição peloslogan  “o dia do SENHOR” (v.l 5;Am 5.20) e pela afirmação de que

a casa de Jacó possuirá a herdadede Edom (v.l 7; cp. Am 9.1 2).Devido ao Cânon Juda ico

considerar a coleção dos Doze

L iç õ e s  B íb l ic a s   3 5

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pois Deus reduzirá (como defato, reduziu) Edom a um povoinsignificante e desprezível entreas nações, até que este veio adesaparecer (v.2b).

5. O o rg u lh o leva à ru ín a . Por viverem nas cavernas montanhosas de Seir (v.3), os edomitasconfiavam na segurança que lhesproporcionava a top og rafia de seuterr i tór io - uma fortaleza naturalmente inexpugnável. Edom nãosabia que aqu ilo que é inacessívelao homem é acessível a Deus (v.4).A arrogância humana é insuportável, mas a soberba espiritual é

repugnante; os que assim agemestão destinados ao fracasso (Pv16.18; 1 Pe 5.5).

S IN O PS E D O T Ó P I C O ( 3 )

A arrogância humana e asoberba espir i tual levaram osedomitas à ruína.

R E S P O N D A

3. Quem é o pai dos edomitas?4. O que significa o uso do "perfeito pro fético”?

I V . A R E T R I B U I Ç Ã O D I V I N A

1. O p r i n c íp i o d a r e t r i b u i ção. Retribuição significa “pagar

na mesma moeda". Tal princípioacha-se na Lei de Moisés (Êx21.23-25; Lv 24.1 6-22; Dt 19.21).Segundo Charles L. Feinberg, apassagem compreendida entreos versículos 10 até 14 podeser chamada de o “b ole tim deocorrênc ia” dos crimes cometidospelos edomitas contra os judeus.O acerto de contas aproxima-se,e Deus fará com os edomitas o

REFLEXÃO

Deus ju lg a rá e pu nirá  com rigor a todos os que  maltratarem seu povo.” 

Bíblia de Estudo

Aplicação Pessoal

de Edom” (v. 1). Esta chancela destaca a soberan ia de Deus sobre ospovos e reis da terra. Apesar deEdom não ser reconhecido comopovo de Deus, o Eterno tinha legítima autoridade sobre ele.

3. Prepara t i vo s do ass éd io a Edom (v . l c ) . A expressão: “te

mos oi'vido a pregação” parece indicar que Obadias falava em nomede outros profetas 0r 49.14). Eleouviu o oráculo divino e soube deum em baixad or que fora enviadoaos povos vizinhos para ajuntá-los em guerra contra Edom. Talembaixador não era profeta, masum diplomata de alguma naçãoinimiga dos edomitas.

4 . O r e b a i x a m e n t o d e  Edom. No Antigo Testamento hebraico, existe um recurso retóricoque consiste em um acontecimento futuro, que é descrito como se

 já tivesse sido cumprido. Por isso,o profeta emprega o verbo nopassado: “Eis que te fiz pequenoentre as nações” (v.2a).

Esse recurso é conhecidocomo perfei to profético   (não setrata de um perfeito gramaticalespecial) . Seu emprego, aqui,ind ica o cumpr imento cer te i roda ameaça quanto à sucessãodos dias e das noites. Ou seja, o

Lfato é descrito como já realizado,

3 6 L iç õ e s  B íb l ic a s

    m    m

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que consumirá a casa de Esaúindica a destruição total de Edom.O orgulho e o ódio dos edomitascontra os seus irmãos judeus oslevaram à ruína definitiva.

S I N O P S E D O T Ó P I C O ( 4 )

O pr inc íp io da ret r ibu içãoacha-se na lei de Moisés e se confirma no princípio da semeaduraem o Novo Testamento.

R E S P O N D A

5. Como Charles L. Feinberg cias- sifica os versículos 10 a 14 de 

Obadias?C O N C L U S Ã O

Assim como ninguém podedesafiar as leis naturais sem asdevidas conseqüências, não épossível ignora r as leis espirituaise sair ileso. A retribuição é inevitável, pois “tudo o que o homem

semear, isso também ceifará” (Gl6.7). Só o arrependimento e a féem Jesus podem levar o homema experimen tar o amor e a misericórdia de Deus (2 Co 5.1 7).

psaen·v.. 

כ   ··: , . *

mesmo que eles f izeram ajudá.Nessa profecia, Edom serve deparadigma para outras nações(e até pessoas) que igualmenteprocedem (v. I 5).

2. O cast igo de Edot r . Os edomitas beberam e alegraram-se

com a desgraça de seus irmãos.Mas, agora, chegou a hora de elesreceberem a sua paga na mesmamoeda. Os descendentes de Esaúprovarão do cálice da ira divinapara sempre (v. 16). É bom lembrarque esse princípio vale tambémpara indivíduos (jz 1.6,7; Hb 2.2).É o princ íp io da semeadura (Os

8.7; Cl 6.7).3. Esaú e Jacó (v. 18). Os

nomes “Sião” e “Jacó” (v. 17) indicam Jerusalém e Judá, respectivamente. E “José”, o Reino doNorte formad o pelas dez tribos e,muitas vezes, identificado como'1Israel” e “Ef raim” (Os 7.1). José,como pai de Efraim (Gn 41.50

52), é usado para identificar osirmãos do Norte. Assim, a profecia fala sobre a reunificação deJudá e Israet (Os 1.1; Ez 37.19).A metáfora de Israel como fogo

REFLEXÃO ___________ 

“Assim como o povo de Edom foi destruído p or causa do seu orgu lho , 

todos os que desafiam a Deus também serão aniquilados." 

Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal

L i ç õ e s  B íb l ic a s   3 7

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BIBLIOGRAFIA SUGERIDA

HARRISON, R. K. Tem pos do An - t ígo Tes tam ento : Um Contexto Social, Político e Cultural.  1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2010.MENZ1ES, W i l l i am W; HCR-  TON, Stan ley M. Dout r inas  Bíb l i cas : Os Fundamentos da  Nossa Fé. 5.ed. Rio de Janeiro:

SAIBA MAIS

Revista Ensinador Cris tão CPAD, n° 52, p. 38.

  A UXÍL IO BIBLIOGRÁFICO

ΛRESPOSTAS DOS EXERCÍCIOS

1. É o direito absoluto de Deus governar totalmente as suas criaturas

segundo a sua vontade.2. O julgamento divino contra Edom.

3. Esaú.

4 .  Um recurso retórico que consiste em um acontec imento fu turo ,que é descri to como se já t ivesse

s ido cumpr ido.5 . “Bo le t im de ocor rênc ia ” doscrimes cometidos pelos edomitas

contra os judeus.

Subsídio Geográf ico

“ O JuEgamento de Edom A ter ra de Edom se es tendia 

ao longo das encostas da cadeia de 

mon tanhas rochosas do monte Seir, em di reção do golfo de Ágaba e chegava quase ao mar Morto. O terrí- tório variava de regiões férteis, que p r o d u z i a m t r i g o , u va s, f ig o , r o m ã e azeitona, a altos picos montanhosos  separados por desfiladeiros pro fun dos. A meio caminho na principal  cadeia montanhosa, elevava-se o monte Hor, alto e sombrio acima do terreno circunvizinho e a curta distância da capital Sela ou Petra, que se situava em um profundo  vale cercado por 60 metros de precipício, acessível somente por uma abertura estreita de uns 3,5 metros  de largura.

 Assim, os edomitas hab itavam  l i tera lmente nas fendas das ro

chas (3), cuja a posição era praticamente impenetrável e inconquis- tável. Por muitas gerações tinham  viv ido seguros. Nenhum inimigo  conseguira entrar pelos caminhos  es t re i tos dos des f i lade i ros que conduziam às principais cidades  talhadas nas paredes rochosas das montanhas.

[A despeito de todos esses recursos] Os julgamentos de Deus tinham de ser severos. [...] A nação ser ia to ta lmente devastada. Os descendentes de Esaú, seriam reduz ido a nada” (Comentár io Bíbl ico  Beac on . Vol. 5. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2005, pp. 131-32).

3 8 L i ç õ e s  B íb l ic a s

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Lição 677 de Novembro de 2012

 J0NAS —  A M i s e r i c ó r d i a   D i v i n a

TEXTO ÁUREO

“E Deus viu as obras deles, como se converteram do seu mau caminho; e 

Deus se arrependeu do mal que tinha  dito lhes faria e não o fez” (Jn 3 .1 0).

VERDADE PRÁTICA

O relato de jonas ensina-nos o qua nto Deus ama e está pronto a perdoaros que se arrependem.

" H IN O S S U GE RID O S 396 , 406, 414

LEITURA DIÁRIA

Segun da - SI 85 .10Justiça e amor no Calvário

Terça - J r 31.3

A grandeza do amor de Deus

Qu ar t a - Lm 3 . 22As misericórdias de Deus

Q u i n t a - M t 1 2 .3 9 ,4 0O pro feta Jonas com o figura de Cristo

Sexta - Lc 11.32O exemplo dos ninivitas

Sáb ado - Lc 1 5.28 30A “justiça” dc irmão do f i lho pródigo

L i ç õ k s  B íb l ic a s   39

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Nínive era absolutamente odiada pe- fos jude us . Como capita l do império  assírio, ela representava a maldade, a crueldade, a impiedade e agudeza  de um im pé rio perverso. Mas oA ltíssi-  

mo, cheio de graç a e am or, volta seu o lha r pa ra aquela cidade impenitente e decide enviar-lhe o profeta Jonas. O profeta, sabedor de toda maldade  praticada pelos ninivítas, resistiu ao cham ado divino. En tretanto, Deus estava no con trole e não dem orou pa ra  que o p rofe ta fosse até N ínive leva r a mensagem de salvação.

Jonas aprendeu uma extraordinária  l ição a respeito do grande amor e misericórdia de Deus. Não podemos nos esquecer que a mensagem da sa lvação é para toda a humanidade.

INTERAÇÃO

OBJETIVOS

Após esia aula, o aluno deverá esiarapto a:

Expl icar o contex to histórico, a estrutura e a mensagem do livro de Jonas.

Conhece r o atributo da misericórdiadivina.

Consc ien t i za r - se da perenidade damisericórdia Deus.

י

\ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA

Professor, para introduzir o primeiro tópico da lição, reproduza o esquema dapágina seguinte. Explique para a turm a

que o livro de Jonas destaca as duasprincipais chamadas de Deus na vida doprofeta. Na primeira, ele desobedece e

sofre as conseqüências. Na segunda, eleouve ao Senhor e lhe obedece.

Jo nas 1.1-3,1 5,17; 3.8-10;  

4 .1 ,2 __________________________ 

Jonas 11 - E veio a palavra do SENHOR a 

Jonas, filho de Amitai, dizendo:2  - Levanta-te, vai à grande cidade 

de Nínive e clama contra ela, porque  

a sua malícia subiu até m im.3 - E Jonas se levantou p ara fu g ir  de diante da face do SENHOR para  

Társis; e, descendo a Jope, achou  

um navio que ia para Társ is ;  pagou, pois, a sua passagem e 

desceu para dentro dele, para ir  com eles para Társis, de diante da  

face do SENHOR.15 - E levantaram Jonas e 0  lançaram ao mar; e cessou o mar da 

sua fúria .1 7 - Deparou, pois, o SENHOR um  

grande peixe, para que tragasse a 

Jonas; e esteve Jonas três dias e três 

noites nas entranhas do peixe. Jonas 38 - Mas os homens e os animais  

estarão cobertos de panos de saco, e clam arão fortem ente a Deus, e se 

converterão , cada um do seu mau 

caminho e da violência que há nas 

suas mãos.9 - Quem sabe se se voltará Deus, e se arrependerá, e se apartará do 

furor da sua ira, de sorte que não 

pereçamos?10 - £ Deus viu as obras deles, como se converteram do seu mau  

caminho; e Deus se arrependeu  do mal que tinha dito lhes faria e 

não o fez.Jonas 41 - Mas desgostou-se Jonas extremamente disso e f icou todo  

ressentido.2 - E orou ao SENHOR e disse: Ah! SENHOR! Não foi isso o que eu disse, estando ainda na minha terra?  

Por isso, me preveni, fugindo para  

Társis, pois sabia que és Deus piedoso e misericordioso, longânimo  

e grande em benignidade e que te 

arrependes do mal.

LEITURA BÍBLICAEM CLASSE

40 L i ç õ e s  B íb l ic a s

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2 . V ida pessoa l . Jonas seapresenta apenas como filho deAm itai (1.1). Ele é men cionado emoutras narrativas bíblicas e, poressa razão, sabe-se que era profeta do Reino do Norte, natural deGate-Hefer, tendo vivido na época

de Je ro boão II (2 Rs14.23-25). Gate-Heferlocal izava-se na terrade Zebulom Cs 19.13),nas prox imidades deNazaré da Galileia.

Jonas, que deveriair para Nínive clamarcontra esta cidade, deso

bedeceu à ordem divina,procurando fu gir para Társis. É oúnico profeta bíblico, do qual setem notícia, que tentou resistir aoSenhor. Ele seguiu em direção oposta. Társis, segundo Herodoto, é amesma Tartessos, na orla ocidentaldo Mediterrâneo, a sudoeste da Espanha, ideia aceita pela maioria dos

pesquisadores bíblicos. Será queJonas não conhecia a onipresençade Deus? (SI 139.7-10)

3 . Es t ru tu ra e mensagem. O livro contém 48 versículos distri-

PALAVRA-CHAVE

M i s e r i c ó r d i a :Sentimento de 

solidariedade com relação a a lguém que sofre uma tragédia ;compaixão, piedade.

INTRODUÇÃOA história de Jonas, que fas

cina crianças e adultos, é maisconhecida por narrar a experiência do profeta no ventre do grande peixe. No entanto, g esse acontec imento nãodeve ofuscar o milagremaior: a conversão deuma cidade pagã. Osdo is m i lag res f o rammencionados pelo Senhor Jesus e cont inuama impressionar ao longo י  da história.

I . O L I V R C D E J O N A S

1 . C o n t e x t o h i s t ó r i c o .Salta aos olhos de qualquer leitorque Jonas é da época do impérioassírio, cuja capital era Nínive.O nome do rei ninivi ta impac-tado com a pregação de Jonas,

segundo se diz, é Adade-NirariIII, falecido em 783 a.C. Nessaépoca, Jeroboão II, filho de Joás,reinava em Samaria, sobre as deztribos do Norte.

Λ A C H A M A D A DE J O N A S

P r i m e i r a c h a m a d a ( 1 . 2 . 1 0 —ן

)■ 1.] ,2 Cham ada de Jonas: ״ vai à Nínive”.

■ v.3 Desobediência de Jonas.■ w . 4 7

ו

  Conseqüências da desob ediência de Jonas: para osou tro s (4-1 1);para si mesmo (1 2-1 7).

■ 2.1 -9 A oração de Jonas no meio da calam idade.

■ v. 10 O livra me nto de jona s.

S eg u n d a c h a m a d a (3.1 — 4.11)■ 3. 1, 2 A cham ada de Jonas: "vai à Nínive".

■ vv .3 ,4 A missão obed iente de Jonas.

■ w. 5- 1 0 Resultados da obediê ncia de Jonas: os niniv itas searrependem(w.5-9);os ninivitas po upad os do juíz o d ivino (v.10).

■ 4.1 -3 A qu eix a de Jonas.

 יי^\ vv.4-1 1 A repreensão e a lição de Jonas.

Tex t o ada p t ado da “Bi b i ta de Es t udo Pen t e co s t a l ", ed i t a d a pd a CPAO.

L iç õ e s  B íb l i c a s   41

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que atravessou séculos. As Escrituras Hebraicas empregam dag gadol,  “grande peixe”, uma vez(1.17 ;2.1), e simplesmente dag, “peixe”, três vezes (1.17; 2.1,10).A Septuaginta traduz ketei megalo por “grande monstro marinho”, eketos  por “monstro marinho”, amesma palavra usada no NovoTestamento grego (Mt 12.40).

2. In terpretação. Não há indício algum no texto para que elepossa ser interpretado como alegoria, ficção didática, mito, lendaetc. Rejeitamos todas essas linhasde pensamento, pois o oráculo foientregue a Jonas no mesmo estilodos outros profetas (1.1; Jr 33.1;Zc 1.1). Além disso, o Senhor JesusCristo, a maior autoridade no céu ena terra, interpretou o livro comohistórico, assim como históricos foram o ministério e a ressurreição doMestre. O Novo Testamento é a palavra final, e isso encerra qualquer

questão (Mt 12.39-41; 16.4).

S IN O PS E D O T Ó P I C O ( 2 )

Em relação ao texto de Jonasque fala sobre o “grande peixe”,não há indício algum para uma interpretação alegórica, mitológicaou lendária.

R E S P O N D A

2. De onde veio a pa lav ra “ba leia" do relato de Jonas?

I I I . A M I SER I C ÓR D I A  D I V I N A

1. A con versão dos n i 1t ; v i - tas (3 .8,9). O curto relato do livro

dejo nas serve como prenuncio da

buídos em quatro breves capítulos.Apesar de começar com estruturaprofét ica (1.1), a mensagem éapresentada em estilo biográfico.Não deixa, contudo, de ser umaprofecia da história de Israel, aomesmo tempo em que anunciam oministério, a ressurreição e a obramissionária de Cristo (Mt 12.39-41;16.4). O tema principal do livro é ainf ini ta misericórdia de Deus e a suasoberania sobre todas as nações.

S I N O P S E D O T Ó P I C O ( 1 )

O tema principal do livro deJonas é a inefável misericórdiade Deus e a sua soberania sobreas nações.

R E S P O N D A

/. Qual o tema do livro de Jonas?

I I. O GR A NDE PEIXE

1. Baleia ou g ran d e peixe?Na Bíblia Hebraica e na Septua-ginta, o versículo 17 é deslocadopara o capítulo seguinte (2.1). Alíngua hebraica não dispõe determo técnico para “baleia”. Essapalavra é usada como resultado

de uma interpretação tradicional

REFLEXÃO

“Em nossa vida, como Jonas, muitas vezes precisamos fazer  

coisas que não gostamos a ponto de querer recuar e fugir. 

Mas é melho r obedecer a Deus do que desafiá-lo ou fugir." 

Bíblia de EstudoAplicação Pessoal

1

42 L iç õ e s  B íb l ic a s

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I

I

Bíblia de Estudo Palavras-Chave  Hebraico e Grego  (CPAD).

S I N O P S E D O T Ó P I C O ( 3 )

A misericórdia divina alcançou os ninivitas segundo a graçado Deus Altíssimo.

R E S P O N D A

3. Qual a explicação quando a Bíblia afirm a que “Deus se arrependeu"?

IV. A J U S T IÇ A H U M A N A

1 . D e s c o n t e n t a m e n t o d e  

J o n a s ( 4 .1 ) . Jonas foi bem-sucedido em sua missão. Qualquerprofeta de Israel, ou mesmo algum pregador de hoje, sem dúvi- \da alguma ficaria satisfeito com oresultado do trabalho . A Bíblia nãorevela a razão do descontentamento de Jonas, senão o que o elemesmo afirma, ao dizer que sabia

que Deus é “piedoso e misericordioso, longânimo e grande embenignidade e que te arrependes[niham]  do mal” (4.2b).

2. Jonas esperava v ingança? O império assírio foi um dosmais cruéis da história e tinha domínio sobre todo o Oriente Médio.Será que Jonas esperava uma vingança como retaliação por terem os

REFLEXÃO

"Não podemos nos esquecer  que o Deus a quem servimos  é piedoso e misericordioso, 

longânimo e grande em 

benignidade. ” Esequias Soares

graça salvadora para todas as nações (Tt 2.1 1). Os ninivitas foramsalvos pela graça, pois “creramem Deus” (3.5) e “se converteramdo seu mau raminho” (3.10). Asobras foram conseqüência da suafé no Deus de Israel.

2. O “ a r r e p e n d i m e n t o ” d e  Deus. O arrependimento humanoé mudança de mente e de coração,de pior para melhor. Quando aBíblia fala que “Deus se arrependeu” (3.10), parece confundir-nosum pouco, pois Deus é perfeito eimutável, não pode mudar, nemalterar a sua mente (Ml 3.6). A

explicação para uma declaraçãocomo essa é a linguagem antro-popática, um modo de falar emtermos humanos, ou se trata deuma questão de ordem exegética,que é o nosso caso aqui. Quemmudou, na verdade, foi o povo,e nesse caso o perdão é parte doplano divino Qr 18.7,8).

3. Exp l icação exegét ica . O texto sagrado declara que “Deusviu as obras deles, como se converteram do seu mau caminho”(3.10a). O verbo hebraico aquié shuv,  l i teralmente: “voltar-se,retornar”, frequentemente usadopara ind icar o ar rependimentohumano. A respeito do “arrepen

d im ento ” de Deus, que vem na se-quência (3.1 0b), o verbo é outro,naham,  “ter pena, arrepender-se,lamentar, consolar, ser conso lado”(Gn 6.6; 1 Sm 15.1 1; Jr 8.1 8). Essasnuanças l ingüísticas podem serconfirma das por qualqu er pessoa,ainda que não conheça uma únicaletra do alfabeto dessas línguas,

com o auxíl io, por exemplo, da

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5. Qual a razão do descontentamento de Jonas segundo ele próprio?

C O N C L U S Ã O

Jonas t ransm i te -nos umaimportante lição prática. O relatoem si mostra a diferença abissalentre a bondade divina e a justiça humana. Aos ninivitas Deusfalou por in term éd io de Jonas.Hoje, Ele fala através de Jesus,que continua a salvar, a curar ea batizar com o Espírito Santo (Jo14.1 6; At 4.] 2). Ele mesmo disse:“ E eis que es tá aqu i quem é maio rdo que Jonas” (Mt 12.41- ARA).

O Mestre operou sinais, prodígios e maravilhas como nenhumoutro antes ou depois dele, edeu oportunidade de salvação atodos (At 10.38). Mesmo assim,foi rejeitado pela sua geraçãoGo 1.11). Por isso, lançou emrosto a incredulidade dos seuscontemporâneos e elogiou a fé

dos ninivitas por haverem ouvidoa pregação do profeta e arrependido de seus pecados.

f  assírios massacrado o seu povo? Ocerto é que, ainda hoje, há crentesque se incomodam com o retorno àIgreja dos que se acham afastadosdo rebanho. Quem não se lembra doirmão mais velho do filho pródigo?(Lc 15.25-32). Às vezes, a bondadedivina incomoda alguns (Mt 20.1 5).

3. Com preendendo a m ise r i c ó r d i a d i v i n a . A misericórdiadivina é um dos atributos que revela a natureza de Deus (Êx 34.6;Jr 3 1.3). O Senhor poupou Níniveda destruição, prorrogou a suaruína, e perdoou os seus moradores. O próp rio Jonas, na qua lidade

de desertor, também foi alvo dainfinita bondade de Deus.

S IN O PS E D O T Ó P I C O ( 4 )

A jus t iça humana é rápidapara julgar, mas a divina é longâ-mma em perdoar.

R E S P O N D A

4. O que o atributo da misericórdia divina revela?

REFLEXÃO ____________________ 

"A mensagem divina de amor e perdão não se destinava apenas aos judeu s. Deus ama a todos os 

povos do mundo. Os assírios não mereciam esse amor,

mas Deus os poupou quando se arrepe nd era m .”Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal

4 4 L iç õ l s  B íb l ic a s

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VOCABULÁRIO Antropopat ism o: LDo gr. antropos, homem; do gr. pathos,  sentimentos]Atr ibuição de sent imentos humanosa Deus. Figurativamente, encontram osvárias expres sões com o esta: a ira deDeus, o arrependimento de Deus, etc.Tais expressões foram usadas paraque o ser humano viesse a entendera ação divina na história sagrada. Éuma forma de os autores sagradosdizerem que o Criador do Universo nãoé indiferente ao que acontece nestemundo; EEe age e reage de acordo coma sua justiça e santidade. Deus não éum ser destituído de sentimentos. Sóque, nEle, todos os sentimentos são

inf initamente perfeitos.

 A UXÍL IO BIB LIOGRÁFICO

S u b s í d io T eo l ó g i c o“ J o n a sO livro de Jonas é dif er en te

dos outros l ivros dos Profetas Menores. Trata-se de uma narrativa

bib l iográf ica das exper iências do |profeta, e não de uma coletâneade mensagens profét icas. O temaprior i tár io do l ivro é a graça soberana de Deus pelos pecadores,i lustrada na sua decisão de retero ju lg am en to sobre os cu lpados,mas a r repend idos n in iv i tas . Hát a m b é m u m a l i ç ã o t e o l ó g i c a

impor tan te a se r ap rend ida observando as respostas de Jonasa Deus. O re t ra to do autor deJonas é a l tamente deprec ia t ivo .Os padrões du plos de Jonas f iz eram com que as suas ações lhecon t rad i ssessem os c redos detom esp i r i tua l . Pe lo exemplo neg ativ o de Jonas, o lei to r aprende

a não resist i r à vontade e decisões soberanas de Deus” (ZUCK,

, Roy B (Ed.). T e o l o g i a d o A n t i g o  T e s t a m e n t o . 1.ed. Rio de Janeiro:

I CPAD. 20 09 , p.46 7).

B IB L IO G R A F IA S U G E R ID A

ZUCK, Roy B (Ed.). T e o l o g i a d o   A n t ig o T e s t am e n to . I.ed. Riode Janeiro: CPAD. 2009.SOARES, Esequias. O M i n i s t é r io  P r o f é t i c o n a B í b l i a :  A voz de 

Deus na Terra. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2010.

SAIBA MAIS

Revista Ens inador CristãoCPAD, n°52. p.39.

RESPOSTAS DOS EXERCÍCIOS

1. O tema do livro é a infinita misericórdia de Deus e a sua soberania sobre

todas as nações.2. Do resultado de uma interpretação

tradicional que atravessou séculos.3. A expl icação para uma declaraçãocomo essa é a l i nguagem an t ropo-pát ica, um modo de falar em termos

humanos.

4 . Revela a natureza de Deus.5. Que Deus é “piedoso e misericordioso,longânimo e grande em benignidade e

que te arrependes do mal”.V

L i ç õ f  .s B íb l ic a s   4 b

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@Lição 7

/ 8 de Novembro de 2012

M i q u e ia s  — A Im p o r -t â n c i a  d a  O b e d i ê n c i a

“[...] Tem, porventura, o SENHOR tanto  prazer em holocaustos e sacrifícios como 

em que se obedeça à palavra do SENHOR?Eis que o obedecer é melhor do que o 

sacrificar; e o atender melhor é do que a gordura de carneiros” (1 Sm 15.22).

LEITURA DIAR9A

Segunda - D t 10 .2 ,13A rejeição do sacrifício formal

T e r ç a - I s 1 - 1 5 - 1 7

Ritos sem piedade nada valem

Q u a r ta - M t 1 2.7A piedade é maior que sacrifícios

Qu in ta - M t 21.28-31Prática e teoria da obediência

Sexta - Mt 23.23O dízimo não substitui a piedade

Sábado - Lc 1 8.10-14A lição do fariseu e do publicano

itensssmmm4 6 L i ç õ e s  B íb l ic a s

HINOS SUGERIDOS 285, 398. 422

A mensagem de Miqueias leva-nos apensar seriamente acerca do tipo decristianismo que estamos vivendo.

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INTERAÇÃO

Professor, para aguçar a curiosidade de seus alunos, questione-os sobre o significado da palavra "rito". Explique que rito é “o conjunto de cerimônias e prática litúr- gicas que cumpre a função de simbolizar  

o fenômeno da fé ”. Enfatize que no tempo do profeta Miqueias o povo realizava  muito bem todo o ritual levitico. Porém, o Senhor não se agradava de suas reuniões solenes e sacrifícios, pois os rituais se tornaram algo mecânico, sem vida, uma simples obrigação religiosa. Cumpriam  a liturgia, mas não amavam verdadeiramente a Deus nem ao próximo. Que nunca venhamos a nos esquecer que Deus não 

está preocupado com nossas cerimônias religiosas, mas o que Ele espera é que seu povo o “adore em espírito e em verdade”, que o ame acima de todas as coisas e ao próximo, pois toda a lei se resume nessa verdade (Mc J2.29-31).

OBJETIVOS

I

Após a aula, o aluno deverá estar

apto a:Expl icar a estrutura da mensagemde Miqueias.

Definir a obediência bíblica.

Conscient izar-se de que o ritual religioso não proporciona relacionamentoíntimo com Deus e nem salvação.

 \ 

ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA

Para introduzir a lição, reproduza de acordo com suas possibilidades, o quadro dapágina seguinte. É importante que os aiu-nos tenham uma visão geral da estrutura

do livro. Explique que a estrutura utilizadapelo profeta Miqueias é bem simples deentender, pois a sua divisão está baseada numa dupla seqüência de ameaças e

promessas. Ao lermos Miqueias deparamo-nos com o juízo de Deus; a mensagem de

esperança; juízos e misericórdia do Eterno.

L E I T U R A B Í B L I C A  EM CLASSE  

Miqueias 1.1-5; 6.6-8

M i q u e i a s 1

1 - Palavra do SEIJHOR que veio a Miqueias, morastita, nos dias de Jotão, Acaz e Ezequias, reis de Judá, a qual ele viu sobre Samaria e Jerusalém.

2 - Ouvi, todos os povos, presta atenção, ó terra, em tua plenitude, e seja o Senhor JEOVÁ testemunha contra vós, o Senhor, desde o templo da sua santidade.

3 - Porque eis que o SENHOR sai 

do seu lugar, e descerá, e andará sobre as alturas da terra.

4 - E os montes debaixo dele se derreterão, e os vales se fenderão, como a cera diante do fogo, como as águas que se precipitam \ em um abismo.

5 - Tudo isso por causa da prevaricação de Jacó e dos pecados da casa de Israel; qual é a trans- g res são de Jacó? Não é Samaria? E quais os altos de Judá? Não é Jerusalém?

Miqueias 66 - Com que me apresentarei ao SENHOR e me inclinarei ante o Deus Altíssimo? Virei perante ele com holocaustos, com bezerros de um ano?

7 -  Agradar-se-á o SENHOR de milhares de carneiros? De dez mil ribeiros de azeite? Darei o meu primogênito pela minha transgressão? O fruto do meu ventre, pelo pecado da minha alma?

8 - Ele te declarou, ó homem, o que é bom; e que é o que o SENHOR pede de ti, senão que pratiques a jus tiça , e ames a beneficência, e andes humildemente com o teu Deus?

r L / ( f V í. P W .-r    a  X 

L iç õ e s  B íb l ic a s   4 7

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Miqueias, assim como os demaisprofetas de Judá, não cita reis do Reino do Norle na introdução de seusoráculos. Seu ministério, porém,aconteceu no período dos reinados“de Jotão, Acaz e Ezequias, reis de

Judá” (1.1). Essas datas estão entre750 e 686 a.C., mas a soma dessesanos deve ser reduzida significati-

vãmente por causa dascorregências.

O profe ta Jeaf i rma que a mensagem de Miqueias foient regue no re inadode Ezeq uias (26.1 8).

Considerando os últimos anos deAcaz e os primeiros de Ezequias,Miqueias deve ter profet izadoentre 735 a.C. e 71 0 a.C.

2. Es t ru tu ra e m ensagem. Trata-se de uma coleção de brevesoráculos agrupados em sete capítulos divididos em três partes princi-

PALAVRa -CHAVE

Obed iênc ia :O ato   ou efeito  

de obedecer.

O proble ma do povo a quemMiqueias diri giu a sua mensagem

não era falta de liturgia, mas deuma correta motivação para seadorar ao Senhor. Embora cometesse toda a sorte deinjustiças sociais, a geração contemporâneado p ro fe ta Mique iasoferecia sacr i f íc ios aDeus, praticando todosos rituais levíticos, masnão sabia o verdadeiro signif icadodo amor a Deus e ao próximo.

I . O L I V R O D E M I Q U E I A S

1. Con tex to h is tó r i co . Mi-queiaseradeMoresete-Gate(l .1,14;Jr 26.18), cidade localizada a 32qui lômetros a sudeste de Jerusalém.

I N T R O D U Ç Ã O

E S B O Ç O D O L I V R O D E M I Q U E I A S

C ap ít u l o s 1 — 3

Uma série de ju íz o cont ra Israel eju dá :Introdução (1.1).Destruição de Samaria (1.2-7).Destruição de Judá (1.8-1 6).Pecados específicos do povo (2.1 -1 1): cobiça e orgulho (2.1 -5); falsos profetas (2.6-1 1).Vislumbre de um livramento (2.12,13).Pecados dos líderes da nação (3.1-12).

Capí tu los 4 — 5Mensagem de esperança:Promessa do reino vindouro (4.1 -5).A derrota dos inimigos de Israel (4.6-13).O Rei virá de Belém (5.1-8).O novo reino (5.9-1 5).

Capí tu lo s 6 — 7

Juízo de Deus contra Israel e sua misericórdia final:Deus contra o seu povo (6.1 -8).Culpa de Israel e o castigo divino (6.9-16).O lamento do profeta (7.1-6).A esperança do profeta (7.7).Israel será restabelec ido ( 7 . 8 3 1

 

).\Bènçãos finais de Deus para seu povo (7.14-20).

Te x t o a d a p t a d o d a    “B íb l i a d e E s t u d o P e n t e c o s t a l * , e d i t a d a p e la C PA D .

4 8 L iç õ es  B íb l ic a s

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A mesm a ideia é vista nos ensinos de Jesus (Mt 11.15; 13.43). |Por conseguinte , a obediênc iadeve ser precedida pela compre - Iensão e pelo amoroso acatamentoda mensagem divina (Mt 7.24,26).Nesse sentido, ela pode ser definida como a prova su prem a da fée do nosso amor a Deus.

2 . A d e s o b e d i ê n c i a cCas n a ç õ e s . O Senhor não é umadivindade tr ibal , que habita emquatro paredes. Ele é o Deus detoda a terra e o Soberano de todoo Universo. Justamente por isso,Ele apresenta-se como juiz e tes

temunha não apenas contra seupovo, Israel e Judá (1.2,5), mastambém contra todas as naçõesda terra (1.2).

3 . A i r a d e D e u s s o b r eo p e c a d o ( 1 . 3 - 5 ) . O pro fe tad e s c r e v e d e f o r m a p i t o r e s c aa reação d iv ina cont ra o seupovo. Numa l inguagem ant ropo-

mórfica, o Senhor desce de seusanto tem plo, o céu, para ju lg arSamaria, capital de Israel e, damesma form a, Jerusalém, capitalde Judá, cujo pecado inf luenciatodo o país. O auadro da suamajes tosa e te r r í ve l p resençalembra a ação dos terremotos edos vulcões Qz 5.4; SI 18.7-10;

Is 64.1-3; Hc 3.6,7).S I N O P S E D O T Ó P I C O < 2 )

A obediência deve ser precedida de compreensão e amorosoacatamento da mensagem divina.

R E S P O N D A

2. Qual a definição de obediência?

pais (1,2; 3—5; 6,7). Cada uma daspartes marca o imperativo: O u v i”(1.2; 3.1; 6.1), que é fraseologiasimilar a de Isaías (4.1-5; Is 2.2-4).

O as sun to do l ivro é a iradivina em relação aos pecados deSamaria e de Jerusalém. Miqueiasdirigiu seu discurso contra a idolatria, censurou com veemência aopressão aos pobres e denunciouo co lapso da jus t i ça nac iona l(1.5; 2.1,2; 3.9-11). Além disso,anunciou, de antemão, o local donascimento do Messias, em Belém(5.2 cp. Mt 2.1,4-6). O profetachegou a ser citado pelo Senhor

Jesus (7.6 cp. Mt 10.35,36).

S IN O P SE D O T Ó P I C O ( 1 )

O l i v ro de M ique ias t emcomo assunto principal a i ra divina sobre os pecados de Samariae Judá.

R E S P O N D A

1. Qual o assunto do l ivro de  Miqueias?

I I . A O B E D I Ê N C IA A D E US

1. O con cei to bíbl ico de o bediência. O verbo hebraico shemá:“ouvir, escutar, prestar atenção, obedecer” , não signi fica apenas receber

uma comunicação ou informação. Oseu real sentido é mais fort e e imperioso: obedecer é acatar ordens deautoridade religiosa, civil ou familiar.O referido verbo é empregado noAntigo Testamento para “obedecer”em 1 Samuel 15.22 eJeremias 42.6.É usado, também, em seis das novevezes em que shemá  aparece emMiqueias (1.2; 3.1,9; 6.1,2,9).

L ições B íb l ic a s   4 9

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2 .2 7.1  ;5 1,ו

).  O probl ema de Judánão era a falta de rituais e sacrif ícios, mas de uma verdadeiraconversão a Deus.

3. Sacr i f íc io hu m sn o (6 .7) . Oferecer o primog ênit o pela transgressão e o fruto do ventre pelopecado era sinal de completodesatino do povo. A lei de Moiséscondena tal prática sob pena demorte (Lv 18.21; 20.2-5) e emtodo o Israel era repulsa nacional(2 Rs 3.27). Esse tipo de sacrifíciosó foi praticado por aqueles que,em todo Israel eJudá, apostataram-se da fé (2 Rs 16.3; 21.6; Jr 19.5;

32.35). Todos estavam dispostosa oferecer até mesmo o que Deusnunca exigiu deles, menos o essencial: sincero arrependimento emudança de vida.

S IN O PS E D O T Ó P I C O ( 3 )

O ritual rel igioso não substí-

tui o relacionamento intenso comDeus e, muito menos, proporciona salvação.

R E S P O N D A

3. Qual o significado da palavra  “rit o ” e qua is são os dois ritu a is do  cristianismo?

IV . O G R A N D E  M A N D A M E N T O

1. A v o n tad e de Deus. Oestilo de vida que agrada a Deusfoi comunicado ao povo desdeMoisés. Portanto, toda a naçãotinha o dever de conhecê-lo (Dt10.12,13). Daí o porquê da indagação do profeta (6.8). Mas

ninguém estava interessado nis-

I I II . O R IT U A L R E L I G IO S O

1. O r i t o l ev í t i co . Basica-I mente, o rito é um conjunto deI cerimônias e práticas l i túrgicasI que cumpre a função de simbo-Il izar o fenômeno da fé. O termo

I vem do latim ritus,  que significaI “cer imônia re l ig iosa, uso, cosI tume, hábito, forma, processo,Imodo”. O Antigo Testamento usaIa palavra para os sacrifícios (LvI 9.1 6; Ed 6.9) e para as festivida-I des religiosas (Ne 8.18), tais comoIa Páscoa (Nm 9.14; 2 Cr 3 5.1 3) eIa Festa dos Tabernáculos (Ed 3.4)." A própria circuncisão é também

um ritual (At 15.1). Contudo, emse tratando do Cristianismo, a li-tu rg iaé simples, contendo apenasdois rituais: o batismo e a ceiado Senhor (Mt 3.15; 26.26-30).Esses cerimonialismos, contudo,não substituem o relacionamentosincero com Deus, nem proporcionam salvação (1 Sm 15.22; SI

40.6-8; 51.16,17; 1 Co 1.14-17;I 1.28,29).

2. O d iá logo de Deus como po vo (6 .6 ) . O Senhor, atravésdo profeta, convida o seu povopara uma controvérsia. O queDeus fez de mal para Israel rejeitá-Io? (6.1-3). Em seguida, o Eternotraz à memória da nação os seus

benef íc ios desde o pr incíp io ,quando remiu a Israel do Egitoe protegeu seu povo no desertocontra os inimigos (6.4,5). Emuma pergunta retórica, o próprioDeus antecipa a resposta da nação. A lei estabelecia sacrifíciosde animais como provisão pelopecado (Lv 9.3) e o azeite para

certas ofertas de libação (Lv 1.3,4;

5 0 L iç õ es  B íb l ic a s

    w     t    m .

  ·

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REFLEXÃO

,‘Deus odeia a maldade, a idolatria, a injustiça e os rituais vazios — e esse 

ódio permanece até hoje.”Bíblia de Estudo

Aplicação Pessoal

S IN O PS E D O T Ó P I C O (4 )

O g r a n d e m a n d a m e n t o éeste: amar a Deus acim a de tod asas coisas e ao próximo como asi mesmo.

R E S P O N D A4. Desde quando o estilo de vida  que agrad a a Deus foi comunicado  ao povo?5. Q ual é a m a ior declaração do 

 A n tig o Testa m ento ?

C O N C L U S Ã O

A lição para todos nós é esta:

O que importa para Deus não éo que faz em os na Igreja, mas a |nossa vivência com a família, oque fazemos no trabalho e como Irelacionamo-nos com a sociedade. ISem o verdadeiro a rrepe ndim ento Ie um prof und o compro misso com IDeus, todas as práticas religiosasnão passam de rituais vazios e

comp le tamente desprov idos devalor espiri tual.

so. O povo preferia tirar proveitoda prática das injustiças sociais,esperando que o mero ritual dosacr i f íc io fosse suf ic iente paraautojusticar-se diante de Deus. Es-tavam enganados, pois Deus nãose deleita em sacrifícios n2m em

rituais exteriores (SI 51.17,18).2 . O s u m á r i o d e t o d a a l ei  

( 6 .8b ) . Os três preceitos — praticar a just iça, amar a beneficênciae andar humildemente com Deus

 — são considerados pela tradição juda ica, desde o século 1 a.C., oresumo dos 61 3 preceitos depreendidos da lei de Moisés. Essa é

vista por mui tos como a maiordeclaração do An tigo Testamento.Os dois prime iros preceitos falam ,do compromisso hor izonta l como nosso próx im o; e o terceiro, decompromisso vert ical com Deus.Isso vale para todos os seres humanos e é paralelo ao ensino deJesus: amar a Deus acima de todas

as coisas e ao pr óx im o c om o a nósmesmos (Mt 22.37-40).

L iç õ e s  B íb l ic a s   51

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VOCABULÁRIO

P i t o r e s c a : Diver t ido , recreativo.

 A n tro p o m ó r f ic a: Conceito quevisualiza Deus como possuindo

forma humana.C o n t r o v é r s i a : Dispu ta , polêmica.

R e t ó r i c a : Pergunta que nãoexige resposta.

L i b a ç ã o : Líquido ou misturade líquídos derramados soiire aoferta como parte do sacrifício.

BIBL IOGRAFIA SUGERIDA

ZUCK, Roy B (Ed.). T e o l o g i a d o   A n t ig o Tes tam en to , ).ed. Riode Janeiro: CPAD. 2009.SOARES, Esequias. O M i n i s t é r i o P ro fé t i co na B íb l ia:  A voz de Deus na Terra.  l.ed. Rio de

Janeiro: CPAD, 2010.

SAIBAMAIS

Revista Ensinador CristãoCPAD. n° 52, d .39.

RESPOSTAS DOS EXERCÍCIOS

1. O assunto do livro é a ira divinaem relação aos pecados de Samaria

e de Jerusalém.2. É acatar ordens de auto rida de

religiosa, civil ou familiar.3. Cerimônia religiosa, uso, costume,hábito, forma, processo, modo. Eosdois r i tuais do cr ist ianismo são o

batismo e a ceia do Senhor.4. Desde

5. Os três preceitos — praticar a justiça, amar a beneficência e andar

humildemente com Deus.

■ Su b s id io Teo l ó g ic o

“Os profetas Isaías, Miqueias,I Amós e Oseias foram contempo- ן râneos, o ministério de cada um

I deles começou entre 760 e 735I a.C. Eles viveram no período doI esplendor profético dos hebreus.I Isaías era profeta da corte e con-I selheiro da casa real, ao passo queI Miqueias era profeta do campo.I Ambos eram do Reino do Su l ,I capital Jerusalém. Oseias e AmósI exerceram seu ministério no reino

™ do Norte, em Samaria.O tí tu lo de cada livro profético

nem sempre quer dizer ser ele oseu redator ou mesmo o orad or quepronunciou tais oráculos. A profeciaescatológica sobre Sião, em Isaías2.3, reaparece em Miqueias. Ambosforam contemporâneos e profetizaram em Judá, sendo que Isaíasera profeta da corte, na capital, e

seu companheiro do campo, mas édifícil saber a fonte literária original”(SOARES, Esequias. O M i n i s t é r i o  Pro fé t i c o na B íb l ia :  A voz de Deus na Terra. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD,

52 L.iç õ es  B íb l ic a s

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 ______________________m₪₪ÊÊ₪Ê₪₪₪₪mm₪₪₪a₪etm

 A UXÍL IO BIB LIOGRÁFICO II/ 

Subs id io Teo lóg i co

“[...] Miqueias prev iu urria segunda vinda de Davi (cf. Jr 30.9 ; Ez

34.23,24; 37.24,25). Ao que parece, este é o significado da famosa

profecia regi strada em Miqueias 5.2: tu, Belém Efrata, posto que

pequena entre milhares de Judá, de ti me sairá o que será Senhor em

Israel, e cujas origens são desde os tempos antigos, desde os dias

da eternidade’. A associação do futuro rei com Belém e a referência

às suas origens estarem nos tempos antigos dão a entender que a

reaparição do próprio Davi está em vista. Claro que esta é uma pre-

dição messiânica. Outros profetas (por exemplo, Isaías em Is 9.6,7;

1 1.0 1, ) e a revelação bíbli ca subsequente deixam claro que estas

referências a Davi se cumpriram no Messias que, como o Filho de

Davi, reinará no espírito e poder do seu ilustre antepassado.

Em Miqueias 5.2, a atenção é dada à insignificância relativa de

Belém entre os clãs dejudá. Ironicamente, o rei escolhido do Senhor

surgi ria desta pequena cidade. Este padrão de Deus elevar o pequeno

e insignificante ocorre em outros textos do Antigo Testamento (Gn

2 5.23; 4 8 . 4 ; Jz 6.1 5; 1ו Sm 9.21).

Este rei, que surge de tais origens humildes, protegerá o povo

como um pasto r (o mesmo foi d ito acerca de Davi; 2 Sm 5.2; SI

78.71,72). Reinando pelo poder do Senhor, a sua fama alcançará

proporções universais (Mq 5.4). Ele e o vice-regente evitarão que o

mais poderoso dos in imigos de Israel (s imbo lizad o aqui pela Assíria,

o inimigo tradicional de Israel) invada a terra (Mq 5.5,6).Junto com a restauração do rei davídico, Miqueias também

pro feti zou uma reversão na sorte de Jerusalém. Miqueias advert iu

que esta cidade, escolhida por Davi como capital e local do templo

do Senhor, seria sujeita ao sítio (Mq 5.1) e reduzida a entulhos (Mq

3.12). Ele personificou a cidade em sua humilhação como uma

mulher em trabalho de parto, estorcendo-se em agonia para dar à

luz (Mq 4.9,10). Da perspectiva do exílio, Jerusalém per sonificada

reconhece a just iça do castigo de Deus e prevê o dia da jus tif ica ção

e restauração (Mq 7.8-1 2). Utilizando a imagem de Miqueias 4.9,1 0,o profeta comparou a vo lta do povo exilado em Sião a dar à luz (Mq

5.3). No futu ro , o Senhor livraria Jerusalém dos que a atacavam (Mq

4.1 1-13)” (ZUCK, Roy B (Ed.). T e o l o g i a d o A n t i g o T e s t a m e n t o ,l. ed. Rio de Janeiro: CPAD. 2009, p.444).

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Lição 825 de Novembro de 2012

N a u m  — O L i m i t e  d a  T o l e r â n c i a  D i v i n a

TEXTO ÁUREO

“Disse mais: Ora, não se ire o Senhor que ainda só mais esta vez falo: se, porventura, 

se acharem ali dez? E disse: Não a destruirei, por am or dos dez” (Gn 18.32).

VERDADE PRÁTICA

ן

  No tempo estabelecido por Deus,: cada nação, e cada indi ví duo em

part icu lar , pcssará pelo cr ivo da, justiça divina.... Λ

HINO S SUGERIDOS 204, 372, 458

-yvr  *

Segu nd a - Gn 1 8 .2 0O pecado de Sodoma e Comorra

Terça - SI 18 .25 ,26Deus faz justiça aos justos e ímpios

Q u ar ta - Is 1 .9O exemplo do juí zo divino

Q u in ta - Ez 14.1 3O juízo divino à nação pecadora

Sex ta - M t 11 .23 ,24A ruína de uma cidade orgulhosa

Sábado - Rm 11 .22A bondade e a severidade de Deus

5 4 L ic õ e s  B íb l ic a s

LEITURADIÁRIA

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SBBS^SnS9W^CM0i

INTERAÇÃO

Nínive na vi a p rova do da graç a e aa  misericórdia do Senhor, No tempo de Jonas, o povo nin iv i ta arrependeu- se dos seus pecados e prostou-se  perante o Eterno, confessando a sua  

ignomínia. Assim, o povo recebeu  de Deus o perdão dos seus pecados. 

 Aquela nação fo i salva do ju íz o d iv ino! Mas o tempo passou e depois de aproximadamente um século e meio, a nova geração de Nínive esqueceu- se do passado de quebrantamento  ao Senhor . Ela vol tou pecar contra  Deus com requintes de crueldade, perversidade e malignidade. Por isso

 o pro feta Naum vocifera: “A i da cidade ensangü entada ! Ela está toda cheia de mentiras e de rapina! Não se aparta  dela o roubo". Ag ora o juíz o divino  sobre Nínive seria irreversível.

OBJETIVOS-----------------------------------------------------------ן

Após a aula, o aluno deverá estar

apto a:Exp l i ca r o con tex to h is tó r i co dolivro de Naum.

Apontar os l imi tes entre to lerânciae vindicação.

Consc ient izar -se da ex is tênc ia do ju ízo div ino.

ΛORSENTAÇÃO PEDAGÓGICA

Professor, reproduza o quadro da página seguinte. Uti l ize-o na introdução dalição. Explique que o livro de Naum é

const i tuído por t rês capí tulos. O pr imeiro descreve a natureza de Deus. O se

gundo proc lama o ju ízo im inente sobrea cidade de Nínive. E o terceiro alista ospecados de Nínive, terminando com umquadro de ju lgam ento d iv ino já execu tado. Conclua enfat izando que no tempode Deus, cada nação, e cada indivíduo,

passará pelo cr ivo da jus t iça divina.

L E I T U R A B Í B L I C AEM CLASSE

Naum 1.1-3 ,9-14

I - Peso de Nínive. Livro da  visão de Naum, o elcosita.2 - 0 SENHOR é um Deus zeloso e que toma vingança;0 SENHOR toma vingança e é cheio de fu ro r; o SENHOR tom a  vingança con tra os seus adversários e gua rda a ira c ontra os seus inimigos.3 - 0 SENHOR é tardio em irar-  se, mas grande em força e ao culpado não tem p or inocente; o 

SENHOR tem o seu caminho na  tormenta e na tempestade, e as nuvens são o pó dos seus pés.9 - Que pensais vós contra o SENHOR? Ele mesmo vos consum irá de todo; não se levan tará  por duas vezes a angústia.10 - Porque, ainda que eles se entrelacem como os espinhos 

e se saturem de vinho como  bêbados, serão inteiramente  consumidos como palha seca.I I - De ti saiu um que pensa mal contra o SENHOR, um conselheiro de Belial.1 2 -  Assim d iz o SENHOR: Por  mais seguros que estejam e por  mais numerosos que sejam, 

ainda assim serão exterminados, e ele passará; eu te afligi ,mas não te afligirei mais.1 3 - Mas, agora, quebrarei o seu ju g o de cima de ti e rom perei os teus laços.1 4 - Contra ti, porém, o Senhor  

. deu ordem , que ma is ninguém  do teu nome seja semeado; da

1casa do teu deus exterminarei as imagens de escultura e de fundição; ali farei o teu sepul-

Lcro, porque és vil.

L iç õ e s  B íb l ic a s   5 5

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de que dispomos ainda não sãoconclusivas. As opiniões dos eruditos são divergentes. Elas variamentre o assédio de Jerusalém, em701 a.C., por Senaqueribe, rei daAssíria (2 Rs 18.13) até as reformas rel ig iosas protagonizadaspor Josias, rei de Judá, em 621a.C. (cf. 2 Rs 22.1—23.37; 2 Cr 34.1—35.27).

a) Or igem do profeta.  A lguns estudiosos acreditam que

“elcosita” (v.lc) refere-se a uma cidade daAssíria, s i tuada a 38quilômetros de Nínive,

em Al-kush, ao nortedo atual Mossul, Iraque.Tal informação é a menos provável, visto que,

desde a antiguidade, a cidade deCafarnaum — na Galileia, casa deJesus (Mt 9.1; Mc 2.1), cujo nomesignifica “aldeia de Naum” — éapontada como local de nascimen

to do profeta.b) Período aceitável.  Em 612a.C. a cidade de Nínive foi destru-ida. A profecia menciona tambémo desmoronamento de Nô-Amon

PALAVRA-CHAVE

To le rânc ia :

 A to ou efe ito de tolerar; indulgência ,condescendência.

Quando Naum anunciou oseu oráculo contra Nínive, já faziaum século e meio que Deus haviadispensado a sua misericórdia àgrande, poderosa e perversa cidade. No tempo de Jonas, o Senhorcompadecera-se dos nin iv i tas,poupando-os de iminente dest ru ição. In fe l izmente,o tempo passou e elesvieram a se esquecer doperdão divino, voltando

a pecar contra Deus. Porisso, o profeta Naumproclama a ruína inevitável de Nínive. Agora,o juízo divino é irreversível!

INT RO DUÇÃ O

I . O L I V R O D E N A U M

1. C o n t e x t o h i s t ó r i c o .Naum, à semelhança de outros

profetas menores, não possuia biografia. Ele apresenta-se apenasH como o “elcosita”. O reinado no- qu a1profet izou não é mencionado

f (v. i b). As escassas informaçõesI  ___________________________________________ 

 

.E S B O Ç O D O L I V R O D E N A U M  

TÍTU L O (1-1 ) — PESO DE NÍNIVE

I . A Natureza de Deus e do Seu Juízo (1 .2-1 5) .

Características da Administração da Justiça de Deus (1.2-7) A Ruína Iminente de Nínive (1.8-11.14).Consolo parajudá (1 .1 2,1 3,1 5)

II . Va t i c ín io a Resp e i to d a Qu eda d e Nín i ve (2 .1 -1 3 )

Introdução (2.1,2).O Combate Armado (2.3-5).A Cidade é Invadida e Devastada (2.6-1 2).A Voz do Senhor (2.1 3).

I II . Razões d a Qu ed a de N ín i ve (3 .1-1 9)

Os Pecados da Crueldade de Nínive (3.1 -4).A Justa Recompensa da Parte de Deus (3.5-19).

Texlc adaptado da  B í b l ia d e E s tu d o P e n t e c o s i a i 

, editada pela CPAD.

56 Licãss Bíbl icas

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   3  •

 

  v ,  :

   1

 

  a

  »

 

   *

 j p roclama o início de sua ruína.O s u b s t a n t i v o h e b r a ic o p ara i“peso” é massá   que s i gn i f i ca“carga, fa rdo, so f r imento” (Êx23.5; Nm 11.11,17) bem como“sentença pesada, oráculo, pronunciamento, profecia” (Hc 1.1;

Zc 9.1; 12.1). Ela aponta para aproclamação de um desastre (Is14.28; 23.1; 30.6).

S IN O P S E D O T Ó P I C O < 1)

O tema do livro de Naum é a“queda de Nínive”. Ele descreve o

 ju ízo de uma cidade que del ibera

damente rebelou-se contra Deus.R E S P O N D A

/. Qual cidade é apontada como local do nascimento de Naum?2. Qu a/ o as su nto do l ivr o de i Naum?

I I . T O L E R Â N C I A  E V IN D IC A Ç Ã O

1 . V i n g a n ç a ( v . 2 ) . A mensagem de Naum é o ju íz o d iv ino |sobre Nínive. Aqui , sobressaemos a t r i bu tos d i v i nos pe r t i nentes ao tema. O verbo hebraicon a q a m ,  “ v ingar -se , tomar v in -

11 . λ f 

gança , aparece tres vezes soneste vers ícu lo e prec isa ser

d e v i d a m e n t e c o m p r e e n d i d o .V ingança é o cas t igo impos topor dano ou ofensa; d iz respeito a in f ra tores contumazes dale i d iv ina. Visto que a v ingançapertence a Deus (SI 94.1), contraeles está o justo “Juiz de toda aterra" (Gn 18.25).

2 . L o n g a n i m i d a d e . Deusé compassivo e “tardio em irar-se” (v.3a), pois a longanimidade

como fa to comprovado h is to r icamente (3.8-10). O rei assírio,Assurbanipal, destruiu a cidadeegípcia de Nô em 663 a.C. Deacordo com essas informações,podemos considerar 663 a 612a.C. como um período histórico

s ign i f i ca t i vo para s i tua rmos oministér io profético de Naum.

c) Nínive (v .l).   Nínive era aantiga capital do imp ério assír io.Suas ruínas estão localizadas aonor te do Iraque. É uma das cid ades pós-di luvianas fundada porNinrode, descendente de Cuxe(Gn 10.8-1 1), por volta de 4500

a.C. — tornando-se proeminenteantes de 2000 a.C. O rei assírio,Senaquenbe (705 - 681 a.C.) ,fo r t i f i cou a c idade, garant indoassim o apogeu da capital assíria.0 Senhor rcfere-se a ela como a“grande cidade” (Jn 1.2; 3.2). Acrueldade do povo n in iv i ta eraindescri t ível e essa foi a fama

que os acompanhou durante todaa história.2 . E s t r u t u r a . O “Livro da

visão de Naum” (v.l b) consiste emtrês breves capítulos. O capítulo1 divide-se em duas partes pr incipais: a pr imei ra   é um salmo delouvor a Jeová (vv. 2-8); a segunda,  num esti lo poético, anuncia

o castigo dos seus inimigos (vv.9-14), sendo que o versículo 15é parte do capítulo 2 na BíbliaHebra ica . O segundo capí tu loanuncia o assédio e a destruiçãode Nínive. E o terce iro o “ bo let imde ocorrência” dos mot ivos desua queda.

3 . M e n s a g e m . O tema dol ivro é a “queda de Nínive”. Aexpr essã o “ peso de Níniv e” (v. 1a)

L iç õ e s  B íb l ic a s   5 7

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I I I . O C A S T I G O  D O S I N I M I G O S

1. Q u e m s ão o s “ i n i m i g o s ” ? Os assírios eram os “inimigos” e a expressão “peso de Nínive”(v. 1) — referindo-se à capi tal da

Assíria — o confirma. A ausênciada indicação desse povo (w. 9-1 4)também ensina as nações, ao longoda história, que sentenças similaresàs da Assíria são aplicáveis a qualquer povo que se levantar contraDeus. Por essa razão a queda dosassírios foi definitiva (v.9).

2 . O e s t i l o d e N a u m . O 

livro do profeta Naum é rico emmetáforas. O exército assírio écomparado a um emaranhado deespinhos e aos bêbados em briagados com vinho (v. 10), s ignif icandoque Deus enfraqueceu o poderde Nínive e que os ninivitas sãouma “presa fácil”. Por esse mesmomotivo, Nabopolassar, rei de Babi

lônia e pai do rei Nabucodonosor,entrou na cidade em 61 2 a.C. semresistência alguma dos assírios.

3. R em i n is c ê n c i as h i s t ó r i cas? Alguns expositores bíblicospensam que o “conselheiro deBelial” (w . Ί 1,1 2) é uma referênciaa Senaqueribe (2 Rs 18.1 3). É verossímil que o versículo 14 pareça

aplicar-se a ele (2 Rs 18.36,37),pois a reminiscência histórica écomum em mui tas mensagensproféticas. Entretanto, não é o queparece aqui, pois provavelmentea expressão “mais ninguém doteu nom e seja seme ad o” (v. 14),aluda à falta de herdeiro no trono,denotando o fim do império. Tal

sentença indica o caráter defi nit ivo do castigo divino.

d iv ina espera o arrependimentodo pecador (Rm 2.4-6). Todavia,isso não é s inônimo de impunidade, pois a ju st iça do Eternonão permite t om ar o culpado porinocente. Uma vez que Nínivepersist iu em sua maldade e aAssír ia construiu o seu impériopela violência e desrespeito aosdire i tos humanos, massacrandomuitos povos, dentre eles o deJudá e o de Israel, agora essasmesmas nações se a leg ra rãocom a queda e a humilhação dacidade maléfica (3.5-7).

3 . O p o d e r d e D e u s . As

descrições poéticas dos atributosdivinos estão ligadas ao poder ea majestade de Deus (1.3-8). Oprofeta declara que o Senhor “temo seu caminho na tormenta e natempestade" (v.3). Em linguagemmetafórica, o poder, a grandeza e amajestade do Senhor são descritosalravés da força da natureza. Essas

descrições mostram que a esperado Eterno em puni r os ninivitas nãose deu por falta de poder, mas porcausa de sua longanimidade.

S IN O PS E D O T Ó P I C O ( 2 )

Deus é to lerante, compassivo, pois espera o arrependimento do pecado. Todavia , asua just iça não permite tomar oculpado per inocente.

R E S P O N D A

3. O que é vingança e qual a necessidade de sua aplicação?4 . O que m os t ra a de scr ição  p o é t i c a d o s a t r i b u to s d i v i n o s  

l igados ao seu poder e à sua  majestade?

5 8 L iç õ e s  B íb l ic a s

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R E S P O N D A

5. Quem são os “ in im ig o s ” em Naum?

C O N C L U S Ã O

Assim como o ju íz o d iv ino

! puniu a capita l da perversa Assír ia, assim também acontecerár.o dia da ira de Deus, quandoEle punirá a todos, indivíduos enações, que, rejeitando a sua misericordiosa graça, perseveraramna prática do mal.

Nesse dia, todos prestarãocontas de seus atos diante dEle.

É o que adve rte o pró pri o Senhoratravés de seus profetas. Contudo, a porta da graça está aberta,oferecendo gratuitam ente, a todaas nações, ampla opo rtu nidade dearrependimento e salvação através de Jesus Cristo (2 Pe 3.9).

4 . A con so lação de Jud á .Assim como a profecia de Obadiasera con tra Edom, mas a mensagemera para Judá, seme lhante ment eocorre aqui, confo rme a declaraçãoprofética: “serão exterminados, eele passará; eu te afligi, mas não te

afligirei mais” (v.l 2). Essa abruptamudança da terceira para a segunda pessoa indica a mensagem deesperança para Judá. O castigo deJudá é corretivo. O povo ainda achará o fav or div ino (v.l 3). Mas o ju íz odos assírios é final, por haveremeles rejeitado a misericórdia que oDeus de Israel, gratuitamente, lhes

havia oferecido através de Jonas.

S IN O P SE D O T Ó P I C O ( 3 ) .

O castigo divi no contra os in imigos de Judá trouxe-lhe consolaçãoe o favor divino de misericórdia.

‘Qualquer pessoa que permaneça  arrogante e resista à autoridade  

de Deus enfrentará sua ira."  Bíblía de Estudo

Aplicação Pessoal

l..içõiuS B í b l i c a s 5 9

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VOCABULÁRIO

1$3 «09א  : História da vida de

uma pessoa.

E r u d i t o : Aque le que sabemuito.

Pro tagon iza r : Ocupar o primeiro lugar err. um acontecimento.

Metá fo ra : Uso figurado de umapalavra. Consiste na transferên-c a da palavra para outro âmbitosemântico; fundamenta-se numarelação de semelhança entre osentido próprio e o figurado.

 — 

BIBL IOGRAFIA SUGERIDA

KAISER JR., Walter C. P r e g a n d o  e E n s i n an d o a p a r t i r d o A n t i g o T es t a m e n t o : Um guia p ara  a igreja.  1.ed. Rio de Janei ro:CPAD, 2010.EDWARDSJonathan. Pecadores  nas Mãos de um Deus I r ado :e outros Sermões,  l.ed. Rio deJaneiro: CPAD, 2005.D i c i o n á r i o B í b l i c o W y c l i f f e .1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2009.

SAIBAMAIS

Revista Ensinador CristãoCPAD, n° 52, p.40.

ΛRESPOSTAS DOS EXERCÍCIOS

1. A cidade de Cafarnaum.2. A queda de Nínive.

3. Vingança é o castigo imposto pordano ou ofensa; diz respe ito a infra

tores contumazes da lei divina.4 .  Que a espera do Eterno em puniros ninivitas não se deu por faltade poder, mas por causa de sua

longanimidade.5. Os assírios.

 A UXIL IO B IB L IO GRÁ FICO

Subs id io b ib l lo lóg ico

“ A n a l i s a n d o as P a la v r as d e  J u íz o d o s P r o fe tas

Se desejarmos ouvir as pala

vras dos profetas de uma maneiraque seja fiel ao seu contexto originale, ao mesmo tempo, de util idadecontemporânea para nós, devemosantes de mais nada determinar otema ou propósito básico de cadalivro profético que desejamos pregar. Também será útil mostrar seo propósito do livro se encaixa notema global e unificador do AntigoTestamento e no tema ou planocentral de toda a Bíblia.

Depois de definirmos o propósito do livro, devemos, então, assinalar as principais seções literáriasque consti tuem a estru tura do livro.Normalmente, existem mecanismosde retórica que assinalam onde teminício uma nova seção no livro. No

entanto, quando tais mecanismosnão estão presentes é prec isoobservar outros marcadores. Umamudança de assunto, uma mudançade pronomes, ou uma mudança emaspectos de ação verbal, tudo issopode ser um sinal revelador de queteve início uma nova seção” (KAISERJR., Walter C. Pregando e Ens in an

d o a p a r t i r do A n t ig c T e s t a m e n to : Um guia pa ra a Igreja   1.ed. Riode Janeiro: CPAD, 201 0, p. 121).

 

60 L1çõr:s Bíb l icas

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H a b a c u q u e  — A So b e r a NiA D i v i n a  s o b r e  a s  N a ç õ e s

“Tu és tão puro de olhos, que não podes ver o m al e a vexação não podes con

tem plar; p or que, pois, olhas para os que procedem aleivosamente e te calas 

quando o ímpio devora aquele que é mais  ju s to do que ele?” (Hc 1.13).

VERDADE PRÁTICA

A f im de cumpri r os seus planosDeus age soberanamente na vida detodas as nações da terra.

a?-.י

HINOS SUG ERIDOS 288. 330 , 364

LEITURA DIÁRIA

S eg u n d a - 2 Rs 1 7 .2 3Deus usou a Assíria contra Israel

Terç a - Sf 2.1 3

O castigo contra a Assíria

Q u a r t a - J r 2 5 .9Deus usou a Babilônia contrajudá

Q u i n t a - J r 2 5 .1 2O castigo contra a Babilônia

Sex ta - J r 2 7 .5 -7* As nações sob a autorid ade divina

^ Sáb ad o - Hc 2 . 2 0Perante o Senhor a Terra se cala

 j c õ e s  B íb l ic a s   61

Lição 92 de Dezembro de 2012

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“O ju s io viverá pe la fé". Esta sentença tornou-se uma das mais importantes temáticas do Novo Testamento. Foi um dos /emas da Reforma Protestante. O apóstolo Paulo é um dos que descrevem a graça  

de Deus de maneira mais intensa e be/a: “Porque pe/a graça sois salvos, por meio da fé; e isso não vem de vós; é dom de Deus” (Ef 2.8). Tal perspectiva da graça  de Deus foi precedida pelo pro feta Haba- cuque, quando ele declarou: “O jus to, pela sua fé, viverá” (2.4).

INTERAÇÃO

 ___________ OBJETIVOS ___________ 

Após a aula, o aluno deverá estar

apto a:

E x p l i c a r o contexto h is tór ico , aestrutura e a mensagem do livro deHabacuque.

C o m p r e e n d e r a situação do país naépoca de Habacuque.

M e n c i o n a r a reposta de Deus ministrada ao profeta.

^ ORIENTAÇ ÃO PEDAGÓGICA Λ

Professor, providencie cópias do quadroda página seguinte para os alunos. Iniciea aula com a seguinte indagação: “Qual o

propósito do livro de Habacuque?” Incentivea participação da classe e ouça todos com

atenção. Depois, explique que o objetivo doprofeta era mostrar ao Reino do Sul Qudá)que Deus estava no controle do mundo,

embora o mal parecesse triunfa r em algunsmomentos. Habacuque foi um profeta jnqui-ridor. Em seguida distribua as cópias com oesquema da página seguinte e explique quevários temas estão presentes na profecia deHabacuque. Podemos destacar, por exem-pio, "a confiabilidade absoluta de Deus”, “odomínio divino do universo”, “a incapaci

dade humana de entender adequadamenteos caminhos misericordiosos de Deus”, "as

lutas colossais da natureza e da política”e a “predisposição divina de não tolerar aviolência derivada do org ulho” . Faça um

resumo do livro u tilizando o quadro.

L E I T U R A B ÍB L IC A  EM CLASSE  

Habacuque 1.1-6; 2.1-4

H a b a c u q u e 1

1 - 0 peso que viu o profeta  Habacuque.2   - Até quando, SENHOR, cia- ma re i eu, e tu não me escuta- rás? Gritarei: Violência! E não salvarãs?3  - Por que razão me fazes ver  a iniqüidade e ver a vexação? Porque a destruição e a vio- léncia estão diante de mim; há também quem suscite a contenda e o litígio.

4 - Por esta causa, a lei se afrouxa, e a sentença nunca sai; porque o ímpio cerca o jus to , e sai o juíz o pervertido.5 - Vede entre as nações, e olhai, e maravilhai-vos, e admirai-vos; porque realizo, em vossos dias, uma obra, que vós não crereis, quando vos for contada.6 - Porque eis que suscito os cal- 

deus, nação amarga e apressada, que marcha sobre a largura  da terra, para possuir moradas não suas.Habacuque 21 - Sobre a minha guarda  estarei, e sobre a fortaleza me apresentarei, e vigiarei, para  ver o que fala comigo e o que eu responderei, quando eu for  

arguido.2  - Então, o SENHOR me respondeu e disse: Escreve a visão e torna-a bem legível sobre  tábuas, para que a possa ler o que correndo passa.3 - Porque a visão é ainda para o tempo determ inado, e até ao fim  falará, e não mentirá; se tardar, espera-o, porque certamente  

virá, não tardará.4 - Eis que a sua alma se incha, não é reta nele; mas o justo , pela sua fé, viverá.

6 2 L iç õ es  B íb l ic a s

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fato, 0 5 caldeus tornaram-se um ^império pujante. Isso mostra queo profeta era contemporâneo de %Jeremias e Sofonias Or 1. 1; Sf 1.1). IEle menciona ainda a opressão dos Iímpios sobre os pobres e o colapso jda jus tiç a nacional (1.2-4) e descre- I

ve também o cenário do reinado 'tirânico de jeoa quim, reide Judá, entre 605 e 598 |a.C. Gr 22.3,1 3-18).

2 . V i d a p eNão há in formações, ^dentro ou fora do livro, Ssobre a vida pessoalde Habacuque. Apenas I 

temos a declaração de Ique ele é profeta (1.1), detalhe jeste tam bém encon trado em Ageu 8  e Zacarias (Ag 1.1; Zc 1.1). A partir Idessas poucas informações e pela f  f inal ização de seu l ivro (3.19), |muitos estudiosos entendem que SHabacuque era um profeta bem [ace ito pela s oc ied ad e e — há &

quem a firme — oriu ndo de famíl ia ' jsacerdotal . A l i teratura rabínica f  apoia essa ideia.

3. E s t r u t u r a e m e n s a g e m .  No estudo passado, aprendemosque o termo “peso” indica uma“sentença pesada e profecia”. A

I

PALAVRA-CHAVE

Sobe7a71ia:Qualidade ou 

condição de um  soberano ; autoridade ;

domínio; poder.

No diálogo entre Habacuquee o Senhor, presenciamos uma sin-guiar beleza teológica e l i terária.

Ao longo do l ivro de Habacuque,deparamo-nos com umadas mais notáveis declarações doutrinárias:“O jus to , pela sua fé, v iver á” (2.4). Este oráculofez-se tão notório, quese tornou uma das maisimportantes temát icas

em o Novo Testamento(Rm 1.1 7 cf. Cl 3.8). Séculos maistarde, inspirou Martinho Lutero adeflagrara Reforma Protestante.

I . O L I V R O D E  H A B A C U Q U E

1. Contex to h i s tó r i co . Ha-bacuque exerceu o seu ministério

quando os caldeus marchavamvitoriosamente pelo Oriente Médio(1.6). Tal marcha iniciou-se em627 a.C. e foi concluída com avitória sobre Faraó Neco, do Egito,na Batalha de Carquêmis, em 605a.C. Qr 46.2). Tempo em que, de

I N T R O D U Ç Ã O

IV

E S B O Ç O D O L I V R O  

O I n t e r r o g a t ó r i o d e H a b a c u q u e a D e u s ( 1 . 2 — 2 . 2 0 )

Questão: C o m o D eu s p e r m i t e q u e a ím p i a J u d á f i q u e s e m c a s t i g o ( 1 .2 - 4) .Resposta:  Mas Deus usaráaBabilôniaparacastigar Judá(1.5-1 1).Questão: C o m o D eu s p o d e u s a r u m a n aç ão m a is í m p i a q u e J u d á c o m o i n s t r u m e n t o  

d e j u í z o ( 1 .1 2 — 2 . 1 ).Resposta:  Deus tambémjulgará Babilônia(2.2-20).

O C â n t i c o d e H a b a c u q u e ( 3 . 1 -1 9 )

Oraçâu de Habacuque por misericórdia divina (3.1 ,2).O poder do Senhor (3.1,2).

Os atos salvíficos do Senhor (3.3-7).A fé inabalável de Habacuque (3.16-19).

Texto adap tado da Bíbl ia d e E s t u d o Pe n t e c o s t a l ' , editada pela CPAD.

L j ç õ t s B íb l ic a s   6 3

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REFLEXÃO

‘1Deus quer que venhamos  à sua presença com nossas 

lutas e dúvidas. Porém, suas respostas podem não ser o que esperamos.” 

Bíblia de EstudoAplicação Pessoal

 f.   ״·· . ' . ■',Li■àK IrtiM . ■

que é justo e santo tolerar tamanhamaldade? O profeta expressa suaperplexidade na forma de lamentos: “Até quando, SENHOR[...]?”(1.2; SI 13.1,2); “Por que [...]?” (1.3;SI 22.1). Essas perguntas indicamque, há tempos, Habacuque orava

a Deus em busca de solução.2. A descr ição do pecado. 

Assim, o profeta resume o quadrodesolado■   do seu povo: iniqüidadee vexação; destruição e violência;contenda e litígio (1.3). A Bíblia ARA(Almeida Revista e Atualizada) emprega o termo “opressão”. A BíbliaTB (Tradução Brasileira) usa “per

versidade” no lugar de “vexação”.A estrutura poética nessa descriçãorevela a falência da justiça e o abuso opressor das autoridades emrelação aos pobres.

3. O c o l ap s o d a j u s t i ç a  nac iona l . A frouxidão da lei eraconseqüência da corrupção generalizada. Na esfera judiciária,

a sentença não era pronunciada,ou quando dado o veredicto, estesempre beneficiava os poderosos(1.4). A sociedade sequer lembrava-se da lei. Esta era o podercoercitivo para manter a ordempública, garantir a segurança eos direitos do cidadão (Dt 4.8;1 7.1 8,1 9; 33.4; Js 1.8). Mas a in

fluência das autoridades piedosasnão foi suficiente para mudar oestado das coisas. Somente o Senhor onipotente de Israel é quempode fazer plena justiça.

S I N O P S E D O T Ó P I C O ( 2 )

0 caos estabelecido em Judáera decorrente da corrupção gene

exemplo do livro de Naum, esseoráculo foi revelado à Habacuquena forma de visão (1.1). A profecia divide-se em três capítulos.O primeiro denuncia a corrupçãogeneralizada da nação e a conse-quente resposta divina (1.2-1 7); osegundo, outra resposta do Eterno(2.1 20  ); e a terceira, a oração deHabacuque (3.1-19). O oráculodivino, que possui a mesma estrutura dos Salmos, tem comoprincipal ênfase a fé.

S I N O P S E D O T Ó P I C O ( 1 )

O livro de Habacuque denuncia,1 a corrupção generalizada da nação,* descreve as respostas divinas e

apresenta a oração de Habacuque.

R E S P O N D A

1. Qual a p rin c ipa l ênfase do livro  

‘ de Habacuque?

II . H A B A C U Q U E E  A S IT U A Ç Ã O D O PA ÍS

1. O c lam or de Habacu qu e. j O que ocor ria em Judá ia de encon-I tro ao conhecimento que Habacu-| que possuía a respeito do Deus dev, Israel. Mas como é possível Aquele

6 4 L í ç õ e s  B íb l ic a s

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REFLEXÃO

“Nossa espe rança  vem do Senhor.” Bíblia de Estudo  

 Ap licaç ão Pessoal

o Senhor os fi lhos de Judá comoos animais? (1.14). Perrr.i t ir ia àBabilônia fazer o que desejassecom o povo? (1.1 5-1 7).

S IN O P SE D O T Ó P I C O ׳ 3 )

A pr imei ra resposta d iv ina

era o agigantamento dos caldeusa caminho de Jerusalém para invadir a província de Judá.

R E S P O N D A

3. Que obra, p rom etida p or Deus, n inguém acred i ta rá quando fo r   contada (J .5)7

IV . D E U S R E S P O N D EP EL A S E G U N D A V E Z

V>Ç.

1 . A e s p e r a d e H a b a c u q u e(2 .1 ) . Sabedor de que Deus lhe Iresponderá, o profeta prepara-se 1para ser arguido por Deus. Ele sepos ic iona como uma sen t ine la

 — f g u r a comumente empregadapara descrever os profetas bíblicos. Sua função era ficar alertapara escutar a palavra de Deuse transmiti-la ao povo (Is 2 1.8; Jr 6.1 7; Ez 3.1 7).

2 . A v i s ã o . A resposta divin aveio ao profeta através de umavisão transmit ida com agi l idade Ie niti dez , disp ens and o a neces- Isidade de que a lguém lesse e a |

interpretasse (2.2), pois se tratava

i

ralizada e denunciada pelo profetaHabacuque.

R E S P O N D A

2. O que reveía a estrutura poética da descrição dos pecados em 

Habacuque 1.3?I II . A R E SP O ST A 3 Í V I N A

1. O j u íz o d i v i n o é a n u n c iado . Antes de Habacuque perceber a gravidade da situação, Deus,que está no controle de todas ascoisas, apenas aguardava o tem pooportuno para agir e r rostrar a

razão de sua intervenção. Tuooestava nos planos do Senhor. Oprofeta e to do o povo de Judá precisavam prestar mais atenção aosacontecimentos mundiais, pois oEterno realizaria, naqueles dias,uma obra que eles não creriam,quando lhes fosse contada (1.5).Essa obra era um novo impérioque Deus estava levantando nomundo. Não obstante, esse oráculo também diz respeito à vindado Messias (At 13.40,41).

2 . O s c a l d e u s e a q u e s t ã o é t i c a ( 1 . 6 ) . O império doscaldeus crescia e agigantava-sesob a liderança do rei Nabucodo-nosor. Ele estava a caminho deJerusalém para inva dir a provínciade Judá. No ent an to, Habacuqueficou desapontado com essa resposta. Como um povo idólatra,sem ética e respeito aos direitoshumanos, poderia castigar o povode Deus? Ele pergunta: “por que,pois, olhas para os que procedemaleivosamente e te calas quandoo ímp io de vora aquele que é mais

 ju s to do que ele?” (1.1 3). Trataria

L iç õ e s  B íb l ic a s   6 5

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Evangelho e é justificado pela féem Jesus.

S I N O P S E D O T Ó P I C O ( 4 )

A segunda reposta de Deusera que a Babilônia desapareceria

para sempre. Mas Judá, apesar depassar por um castigo doloroso,sobreviveria.

R E S P O N D A

4. Quem são, respectivamente, “a alma que se incha" e o "justo” em  Habacuque 2.4?5. O ju s to deve v ive r pelo quê?

C O N C L U S Ã O

A Palavra de Deus é suficientepara corrigir o caminho tortuosode qualquer pessoa. Apesar de aresposta divina nem sempre ser o que esperamos, ela é sempre amelhor. Quem não se lembra dofato ocorr ido na vida de Naamã? (2

Rs 5.1 0-i 4). Isso acontece porqueos caminhos e os pensamentos deDeus são infinitamente mais elevados que os nossos (Is 55.8,9).Vivamos, pois, pela fé!

 

de uma mensagem que, apesar deI futur ísti ca, era claríssima: A Babi-I lônia desaparecerá da terra para

sempre! No entanto, Judá, apesardo castigo, sobreviverá Gr 30. ] 1).O desafio era crer na mensage.n!Ainda que seu cumprimento tar

dasse, Deus é fiel para cumprir asua palavra (2.3; Jr 1.1 2). Assimcomo naquele tempo, o mundopermanece no pecado por causada increaulidade e por isso nãocrê na pregação do Evangelho 009.41; 15.22; 16.9; 2 Co 4.4).

3. O j u s t o v i v e r á d a f é . A expressão “alma que se incha”

(2.4) refere-se ao orgulho doscaldeus (1.10; Is 13.19). O ju st oé aquele que crê no julgamentode Deus sobre a Babilônia (2.8).Ele sobreviverá à devastação deJudá pelo exérci to de Nabuco-donosor: “o justo, pela sua fé,viverá” (2.4b). Mas ao mesmotempo é uma mensagem de pro

fundo significado para a fé cristã(Rm 1.1 7; Cl 3.8; Hb 10.38). Emo Novo Testamento, o “justo” équem, proveniente de todas asnações, acolhe a mensagem do

> 1 Ι Ι Ι · · · Ι Ι Ι . ^

fi

REFLEXAC

“Nenhuma adversidade, por mais intensa  

e intransigente que seja, é eficiente para  de se stru tura r a vida daquele que vive pela fé.

Se a vida do crente tem por fundamento qualquer  coisa que não seja a verdadeira fé, 

ela desmorona já na pr im eira intem pér ie.” Silas Daniel

6 6 L iç õ e s  B íb l ic a s

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VOCABULÁRIO

Pu jan te : Que tem grande força.

O r i u n d o : Descendente de.

L i t í g io : Pleito, demanda.

Coercitivo: Que reprime, força.

 A rg u id o : Que foi repreendido,censurado.

B IB L IO G R A F IA S U G E R ID A

ץ

AUXIL1CBIBLIOGRÁFICO

S u b s i d i o T eo l ó g i c o“ O s i g n i f i c a d o d a f é e m  

H a b a c u q u eAlém de es tar d izendo c ia-

ram ente que os ju st os de Judá,

apesar do sof r imento pelo qualpassarão no ataque caldeu, serãopoupados (como aconteceu comJeremias, Daniel e tanto outros), oSenhor mostra ao profeta que suacompreensão concernente à v idaesp i r i t ua l a inda era super f i c ia l .Ainda faltava a Habacuque considerar alguns aspectos essenciais

da vida com Deus. Sua Teologiaainda ignorava nuanças vitais, eque agora são s intet izadas parao profeta em uma única f rase: Ό

 ju s to v iverá pela sua fé’ .O ju st o não viv e pelo que vê,

sente, percebe, imagina ou pensa,mas pela fé. ‘Porque andamos porfé e não por vista’ (2 Co 5.7). Não

que essas coisas não sirvam, vezpor outra, para alimentar a nossafé, mas não podem ser considerados fundamentos para ela. Nossafé está fundamentada no própr ioDeus, em sua Palavra. O jusio estábaseado nela” (DANIEL, Silas. Ha-  bac uque :  A v itó ria da fé em meio  ao caos.  1.ed. Rio de Janeiro: CPAD,

2005, p.90).

DANIEL, Silas. H a b a c u q u e :  A vitória da fé em meio ao caos.1.ed. Rio de Janeiro: CPAD,2005.

ZUCK, Roy B (Ed.). T e o l o g i a d o   A n t ig o Tes tam en to . 1.ed. Riode Janeiro: CPAD. 2009.

SAIBAMAIS

Revista Ensinador CristãoCPAD, n°52, p.40.

RESPOSTAS DOS EXERCÍCIOS/ 

1. A fé.2. Revela a falência da justiça e oabuso opressor das autoridades em

relação aos pobres.3. Essa obra era um novo império queDeus estava levantando no mundo.

4 .  Os caldeus e aquele que crê no ju l-gamento de Deus sobre a Babilônia.

5. Pela fé em Jesus Cristo.V

L iç õ e s  B íb l ic a s   6 7

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Lição 109 de Dezembro de 2012 

Dia da Bíblia

S0F0NIAS — O JUÍZOV1NDOURO

TEXTO ÁUREO

,‘Porque surgirão falsos cristos e falsos  profetas e farão tão grandes sinais e prodígios, que, se possível fora, 

enganariam até os escolhidos’’(Mt 24.24) .

VERDADE PRÁTICA

No juí zo vindou ro, Deus há de jul ga rtodos os moradores da terra, deacordo com as obras de cada um.

HiN OS SUGERIDOS 275, 300, 371

LEITURADIARIA

Segunda - J r 30 -7Um tem po de angúst ia para Jacó

Terç a - D 1*1 2

Daniel profetizou o tempo de angústia

Q u a r ta - Lc 2 1 .2 5 ,2 6p   Uma convulsão gerai na sociedade

Qu in ta - 2 Pe 3 .10Os céus passarão com grande estrondo

Sexta - 1 Ts 5.2 ,3Um tempo de destruição

S áb a d o - M t 2 5 .3 1 ,4 6O juí zo finai

6 8 L iç õ e s  B íb l ic a s

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INTERAÇÃO

Se Deus e bom, por que Ele castigará  algumas pessoas eternamente? Esta é a indagação de muitos. Nas Escrituras, Deus é descrito como o justo juiz. No 

 Antigo Testamento Ele pronunciou ju ízos 

co ntra Israel e ou tras nações. Em o Novo Testamento o Altíssimo julgou Ananias e Safira (At 5.1 -1 1). E no fim dessa erao Eterno, através de seu Filho, julgará  todos os homens da terra, de acordo  com as obras de cada um. Esses fatos demonstram um Deus que ama o bem e odeia o mal. Isso mesmo! A jus tiç a de Deus é uma resposta retumbante contrao mal criado pelo Diabo e praticado pelos homens. O Dia do Senhor vem!

OBJETIVOS

Após esta aula, o aluno deverá estarapto a:

Exp l i ca r a estrutura e a mensagemdo livro de Sofonias.

C o m p r e e n d e r a linguagem predo

minante no livro de Sofonias.Saber que Juízo de Deus é uma doutrina bíblica irrevogável.

ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA

Professor, para a aula de hojesugerimos que você reproduza, de

acordo com as suas possibilidades, oesquema da página seguinte. Utilize-ologo na introdução para explicar que olivro de Sofonias é predominantementepoético. Ele pode ser dividido em trêspartes: a primeira, o juízo contra asnações, incluindo Judá; a segunda, adescrição dos povos vítimas do juízodiv ino e a terceira o ju ízo de Jerusalém

e a restauração do remanescente fiel.Explique que o tema “Dia do Senhor” é oassunto central do profeta Sofonias.

S o fo n i a s 1.1-10

1 - Palavra do SENHOR vinda a Sofonias, filho de Cusi, filho de Ceda/ias, filho de Amarias, filho de 

Ezequias, nos dias de josias, filho  de Amom, rei de Judá.2 - Inteiramente consumirei tudo sobre a face do terra, diz o SENHOR.3 -  Arrebatarei os homens e os animais, consumirei as aves do céu, e os peixes do mar, e os tropeços com os ímpios; e exterminarei os homens de cima da terra, disse

o SENHOR.4 - £ estenderei a minha mão contra Judá e contra todos os habitantes de Jerusalém e exterminarei deste lugar o resto de Baal e o nome dos quemarins com os sacerdotes;5 - e os que sobre os telhados se curvam ao exército do céu; e os que se inclinam jurando ao SENHOR e 

 ju ram por Malcã;6 - e os que deixam de andar em seguimento do SENHOR, e os que não buscam ao SENHOR, nem perguntam por ele.7 - Cala-te diante do Senhor JEOVÁ, porque o dia do SENHOR está perto, porque o SENHOR preparouo sacrifício e santificou os seus convidados.8 - E acontecerá que, no dia do sacrifício do SENHOR, hei de castigar os príncipes, e os filhos do rei, e todos os que se vestem de vestidura estranha.9 - Castigarei também, naquele dia, todos aqueles que saltam  sobre o umbral, que enchem de violência e engano a casa dos seus senhores.10 - E, naquele dia, diz o SENHOR, 

far-se-á ouvir uma voz de clamor  desde a Porta do Peixe, e um uivo desde a segunda parte, e grande

íauebranto desde os outeiros.

LEITURA B ÍBL ICAEM CLASSE

-K.-ÕES B íb l ic a s   6 9

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chamado deu-se “no décimo terceiroano do [...] reinado” deJosias (Jr 1.2).Esse período corresponde a 627 a.C.É possível que, na reforma, o reifora encorajado por esses profetas.Evidências internas apontam paraum tempo de pré-reforma em Judá,

denunciando os desmandos dos reis Manassés eAmom (2 Rs 21.1 6-24).

2 . Geneacomum a menção donome paterno nos livrosdos profetas. Isaías, Jeremias, Ezequiel, Oseias,

Joel e Jonas, trazem essa informa

ção. Sofonias, porém, descreve asua genealogia: “Sofonias, f i lhode Cusi, filho de Gedalias, filho deAmarias, filho de Ezequias” (v. 1). Acitação do nome do pa   estabeleciao direito tanto à herança quantoà posição social ou aquisição depoder. A ausência de paternidadedemonstra que ta l profeta não

adveio de famíiia tradicional. So-fonias era trineto de Ezequias, quetambém fora rei de Judá. Isso lhe

PALAVRAS-CHAVE

Ju ízo : A to, processo ou efeito de ju lg a r;  

 ju lg am e n to .

Nesta l ição, estudaremos ooráculo de Sofonias. Ele se destacapela intrepidez do juízo divino con-

trajudá e os gentios. O  ________profeta anuncia o ju lg amento universal descritocomo a reação de Deusaos pecados cometidospelos moradores de todaater ra. Sofonias, porém,aborda o juLgamento divino numa perspectiva escatológica

de restauração.

INTRODUÇÃO

1. O L IVRO DE SOFONIAS

1. Con tex to h i s tó r i co . Sofo-nias exerceu o seu ministério “nosdias de Josias, filho de Amom, rei

| de Judá” (v. 1). Josias reinou entreI 640 e 609 a.C. A reforma religiosa

do rer de Judá aconteceu em 621a.C., “no ano décimo oitavo” do seu

I reinado (2 Rs 22.3). Quando ocorreu! a reforma, Jeremias exercia o ofícioi d e profeta há cinco anos. O seu

ESBOÇO DO LIVRO DE SOFONIAS/ 

Introdução.................................................................................................................................... ....... (1.1)

Silêncio! O Temível Dia do Senhor..................................................................................(1.2 — 2.3)O julgamento do Se nh or ..............................................   .....................................................(1.2,3)O ju lg a me nto contra J u d á ....................................................................................................... (1.4-1 8)

A C ha mad a para o A r re p e n d im e n to ........................................................................................( 2.1-3)

Profecias contra as Nações.........................................................................................................(2.4-1 5)Os fi l is te u s ....................................................................................................................................... (v v.4-7)Os amoni tas e mo ab i ta s ............................................................................................................ ( w . 8

 

l 1)Os e t ío p e s ............................................................................................................................................ (v .l 2)Os ass ír ios ................................................................................................................................ (vv. 13,15 )

Julgamento d e j e r u s a lé m ..............................................................................................................(3 .1-S)Os pe cados d e je r u s a lé m ............................................................................................................(w .1-4 )A ju s ti ça di v in a con tra Je rusa lém ......................................................................................... (vv. 5-7)Julgamento de t oda t e r r a ..................................................................................................................(v.8)Salvação e o Dia do Senhor.......................................................................................................(3.9-20)O remanescente restaurado e Jerusalém pu ri f ic ad a ...................................................... ( w . 9-1 3)A aleg ria do povo com D e u s ................................................................................................(vv. 14-1 7)Promessas a respeito da restauração final......................................................................(vv. 18-20)

7 0 L iç õ e s  B íb l ic a s

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REFLEXÃO

‘,Quando as pessoas estão indiferentes em relação a 

Deus, tendem a pensar que Ele está indiferente em relação  

a elas e sejs pecados." Bíblia ae EstudoAplicação Pessoal

1 6.8). A declaração “ inteiramente gconsumirei tudo sobre a face d a lterra” (v.2) refere-se à tragédia!global refer ida em 3.6-8. Noteque a expressão “face da terra” é É

igualmente usada no anúncio da ■tragédia do dilúvio (Gn 6.7; 7.4).2 . A l in g u a g e m d e S o f ο - 1 

n i a s . A hipérbole é uma f iguraide l ing ua gem que consiste em "dar à sua signific ação uma ênfase |exagerada. Ela, porém, aparecena Bíblia e, por isso, alguns ex- j,pos i to res vetero testamentár ios r

defendem o uso de uma linguagem hiperb ólica para o l ivro de j|Sofonias. Eles co nsid eram fort e Idemais a descrição do aniqui la-1me nto natural de aves, peixes, Ianimais , seres humanos , nações Ie cidades (1.3; 3.6).

3. D e s c r i ç ã o d e ta l h a d a . É I  verd ade que na Bíblia há o e m - 1prego de h ipérbo le (Mt 123. ;ו \  Jo 12.19 etc.). Mas não é o caso,aqui, em Sofonias! A descrição"os homens e os animais, con-:sum ire i as aves do céu, e o s *peixes do mar” (v.3) representao revers o da criação regi stra da Pem Gênesis (1.20-26). Ela cor- I responde à destruição universal Ie l i teral da criação (Ap 16 . 1- I   I). I

O di lúvio, por exemplo, foi l i teral 1

I

garantia livre acesso no governoreal bem como noutros segmentosda sociedade.

3 . E s t r u t u r a e m e n s a g e m .Os meios de comunicação dosorácu los d iv inos aos p ro fe taseram a palavra  e a visão. 05  porta-vozes do Eterno deixam isso clarono prólogo de seus livros (v.l a). Oesti lo poético predomina em todoo l ivro de Sofonias. O oráculo estáorganizado em três partes principais: a primeira anuncia o juízocontra as nações da terra, incluindo Judá (1.1—2.3). A segundaespecifica os povos nesse julga

mento global — Filístia, Moabe,Amom, Etiópia e Assíria (2.4-1 5).E a terceira parte t rat a do castigode Jerusa lém e da restaura çãodos remanescentes fiéis (3.1-20).O tema do “Dia do Senhor” ocupatodo o oráculo divino.

S I N O P S E D O T Ó P I C O ( 1 )

O livro de Sofonias apresenta ju ízo d iv ino contra as nações eJudá; o ju lg am en to global; o castigo de Jerusalém e a restauraçãodo remanescente fiel.

R E S P O N D A

/. Qual o tema do l ivro de So- f on ias?

I I . O J U ÍZ O V IN D O U R O

1. T o d a a f a c e d a t e r r a  s e r á c o n s u m i d a ( v . 2 ) . Após odilúvio, Deus prometeu não maisdestru i r a terra com água (Gn9.11-16). Desde então, a palavrapro fé t ica anunciou o ju ízo v indouro pela destruição através do

fogo (1.18; 3.8; Jl 2.3; 2 Pe 3.7; Ap

Lições Bíbi. ícas 71

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(v.5). Isso exempl:fica a realidadedo ritual sincrético no meio dopovo escolhido.

3. O m od ism o do povo e a v io lênc ia dos pr ínc ipes . Nãohavia nada de errado em alguémvestir a roupa do estrangeiro. O

problema da “vestidura estranha”(v.8) era o compromisso religiosode tal indumentária com o paganismo (2 Rs 10.22). Os príncipesde Judá, provavelmente filhos deManassés ou Amom (pois Josiasera bem novo par at er fil ho s nessaidade), serão duramente castigados por causa da violência e do

engano (v.9). O objetivo do castigodivino é exterminar o baalismo, osincretismo, as práticas divinatórias e as injustiças sociais.

S IN O PS E D O T Ó P I C O ( 3 )

O ob je tiv o do livro de Sofo-nias é anunciar o juízo de Deussobre as nações e as mazelassociais e religiosas praticadas pelahumanidade.

R E S P O N D A

4. Qual o objet ivo do cast igo  divino?

I V . “ O D I A D O S E N H O R ”

1 . S i g n ^ c a d o b í b l i c o . Otermo hebraico para “dia” é yom, que pode ser “dia” no sent idol i teral (Jó 3.3) ou período detempo (Gn 2.4). Assim, “o dia doSENHOR” (v.7) ou as fraseologiassimilares “dia da ira do SENHOR”(2.2,3) e “naquele dia” (1.10),indicam o período reservado por

Deus para o acerto de contascom todos os moradores da terra

e global , mas a famí lia de Noé fo i isalva (1 Pe 3.20), assim como osfi lhos de Israel foram poupadosdas pragas do Egito (Êx 9.4;10.23; Nm 3.1 3).

S I N O P S E D O T Ó P I C O ( 2 )

A proclamação do juízo vindouro é o anúncio da tragédia global descrita em Sofonias 3.6-8.

R E S P O N D A

2. De que trata a declaração: “Inteiramente consumirei tudo sobre a face da terra” (v. 2)?

3. O que é hipérbole?

I I I . O B J E T I V O D O L I V R O

1. S inc re t i sm o dos sacer do t es . A expressão “quemarinscom os sacerdotes” (v.4) apontapara o sincretismo da religião deIsrael com o paganismo. “Quema-rins” é o plural do hebraico komer  

usado para “sacerdote pagão”e aparece apenas três vezes noAn tigo Testamento (2 Rs 23.5; Os10.5). Aoesar da origem levítica,os sacerdotes estavam envolvidosno sincretismo religioso pagão.

1

2 . S i n c r e t i s m o d o p o v o . Sabeísmo é a prática pagã dossabeus; o povo da rainha de

Sabá. Seu culto resumia-se na* prática de adivinhação e na as-I trol ogi a. Judá envolveu-se nesse

tipo de paganismo (2 Rs 23.5;i Jr 8.2; 19.13). Malcã ou Milcomί (ARA e TB), ou ainda Moloque0 (NVI), era o deus nacional dos1 amonitas (1 Rs 11.5-7). Sofonias8 denunciou o povo por adorar a

ן

  Jeová numa cer imônia comumILcom essa asquerosa divindade

7 2 L iç õ e s  B íb l ic a s

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REFLEXÃO

“Um dia v irá qua ndo Deus, como Juiz, ca stiga rá  severamente todas as nações. Mas depois do Juízo, 

Ele mostrará misericórdia a todos aqueles que lhe foram fiéis.”

Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal

acerto de contas entre Deus etodos os moradores da terra. Esseperíodo é chamado também deGrande Tribulação.

R E S P O N D A

5. O que indica a forma metafórica da palavra "sacrifício" no versículo sete?

C O N C L U S Ã O

(Is 13.6,9; Ez 13.5; Jl 1.15; 2.1).Esse período também é chamadode Grande Tribulação (Ap 7.1 4). O

 ju lgamento de Judá e das naçõesvizinhas é o prenúncio do juízovindouro.

2. O s ac r i f í c io e seus co n

v i d a d o s . A profecia afirma queJeová “preparou o sacrifício e san-tificou os seus convidados” (v.7).Aqui, essa sentença é chamada de“sacrifício”, uma metáfora usadapelos profetas para indicar o juí zo(Is 34.6; Jr 46.1 0; Ez 39.1 7-20). Overbo hebraico para ',santificar”é qadash,  cuja ideia básica con

siste em “separar, retirar do usocomum” (Lv 10.10). Assim, osbabilônios foram separados porDeus para a execução da ira div inasobre o povo de Judá (v.10).

S IN O P SE D O T Ó P I C O <4)

A expressão o “Dia do Senhor” ind ica 0  per íodo para 0

O juí zo vin do uro não é ass u n t o d e s c a r t á v e l . Os p r o f etas t ra ta ram de le , bem comoo Sen hor Jesus Cr is to e seusapóstolos. Fica aqui um alertapara os promotores da teologiada prosper idade (Fp 3.19-21).Infel izmente, entre muitos cr istãos, os assuntos escatológicossão motivos de chacotas e risos.No entanto, Deus não se deixaescarnecer. O seu juízo é certo everdadeiro e virá sobre todos osque praticam a iniqüidade.

L i ç õ e s  B íb l ic a s   7 3

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BIBLOGRAFIASUGERIDA

D i c i oná r i o B í b l i c o W y d i f f e .1.ed. Rio de Jan eiro: CPAD,2009.

MACARTHUR JR., John. A Segunda V inda. 1 .ed . R io de Janeiro: CPAD, 2008.SOARES, Esequias. O M in i s té r io P ro fé t i co na Bíb l ia:  A voz de Deus na Terra,  1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2010.

ף

SAIBAMAISRevista Ensinador Cristão 

CPAD, n°52, p.41

ץ

AUXÍLIOBIBLIOGRÁFICO

Λ

y

RESPOSTAS DOS EXERCÍCIOS

1. O tema é o “Dia do Senhor”.2 . Da t rag éd ia g lob a l re fer ida

em 3.6-8.

3. É uma figura de linguagem queconsiste em dar à sua significação

uma ênfase exagera&a.4 .  É exterminar o baalismo, o sin-cretismo, as práticas divinatórias e

as injustiças sociais.5. Ojuízo.

Subs í d io T eo l óg i c o“ [O Ju ízo F ina l ]Não há ninguém na Escritura 

que possa dizer mais sobre isso do que o Senhor Jesus. Ele advertiu  

repetidamente a respeito do iminente julgamento dos que não se arrependem (Lc 13.3,5). Ele falou  muito mais sobre o inferno do que sobre o céu, usando sempre os termos mais nítidos e perturbadores. A maior parte do que sabemos sobreo destino eterno dos pecadores veio  dos lábios do Salvador. E nenhuma 

das descrições bíblicas do juízo é mais severa ou mais intensa do que aquelas feitas por Jesus.

No entanto, Ele sempre falou  sobre essas coisas usando os tons  mais ternos e compassivos. Ele sempre insiste para que os pecadores abandonem os seus pecados, reconciliem-se com Deus, e se refu

giem nEle para que não entrem em  ju lgam en to. Melhor do que qualquer  outro, Cristo conhecia o elevado  preço do pecado e a severidade da cólera divina contra o pecador, pois iria supor tar tod a a força dessa cólera em benefício daqueles que redimiu. Portanto, ao falar sobre essas coisas, Ele sempre usou a maior  

empat ia e a menor host i l idade” (MACARTHURJR. J oh n . A Seg u nd a  Vin d a. l .ed . Rio de Janeiro: CPAD,2008, p. 180).

7 4 L iç õ e s  B íb l ic a s

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 A g e u  — O C o m p r o m i s s o  d o  Povo d a  A l i a n ç a

TEXTO AUREO

,‘Mas buscai primeiro o Reino de Deus, e a sua jus tiça, e todas essas coisas vos 

serão acrescentadas” (Mt 6 .33) .

VERDADE PRATICA

A verdadeira profecia l iberta opovo da indiferença e do comodismo espiritual.

1 l l f 394 , 406

LEITURADIARIA

> f   tO *V<V _r ·  kT]É1 .  s-.

•4»v- vi '

‘ νΛ

Segu nda - 2 Cr 36 .23O rei da Pérsia e o Templo

Terça - Ed 3 .10

Lançam-se os alicerces do Templo

S Q u a r t a - Ed 4 .3A edificação do Templo

Q u i n ta - E d 4 .2 3 ,2 4O embargo da construção

Sexta - Ed 5.1,2Reinicia-se a construção do Templo

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Sábado - Ed 6 .14A nação prospera pela profecia

ü t õ es  B í b l ic a s   7 5

76 de Dezembro de 2012

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O Templo era o símb olo visível da a liança  de Deus com o seu povo. Nesse contexto  é que aparece Ageu, o prim eiro p rofe ta a exerce r o m inisté rio no período pós-exílio. Sua mensagem central não poderia ser  outra: "Israel, reconstrua o Templo para  0 S enhor!" Os jud eu s estavam indiferentes em relação à o bra de Deus, porém através  do minis tér io de Ageu e Zacarias, o Templo foi reconstruído, e conforme a pala vra do Senhor, “a glória da segunda Casa será  m aior que a da p rim e ira”. Como servos do Altíssimo precisamos estar atentos, pois como os israelitas, também podemos  negligenciar a obra de Deus e o cuidado  com a Casa do Senhor. Que sejamos servos  compromissados com o Reino, trabalhando para o seu crescimento aqui na Terra.  Coloque suas prioridade s °m ordem corre ta, segundo as Escrituras Sagradas.

INTERAÇÃO

OBJETIVOS

Após esta aula, o aluno deverá estarapto a:

Conhece r o contexto histórico davida de Ageu.

E l e n c a r os principais problemasencon trado pelos jud eu s para reconstruir o Templo.

Saber que temos responsabilidadediante de Deus e dos homens.

ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICAReproduza o esboço da página seguin

te conforme as suas possibil idades.Uti l ize-0  para introduzir a l ição. Explique que o livro do profeta Ageu pode

ser divido em duas partes principais: aprimeira, “a reconstrução do Templo”; asegunda, “o esplendor futuro do Tem-pfo”. Dê ênfase à palavra-chave, pois aprofecia de Ageu gira em torno deste

tema. Conclua dizendo que devemos encarar a nossa responsabitidade na obra

de Deus não como um fardo pesado,mas como um grande privi légio.

Γ L E IT U R A B ÍB L IC A  ; EM CLASSE  | Ageu 1.1-9

" 1 - No ano segundo do re i Da rio, ? no sexto mês, no prim eiro dia do ן   mês, veio a palavra do SENHOR, 

pelo ministé rio do pro feta Ageu,& a Zorobabel, filho de Sealtiel, η príncipe de Judá, e a Josué, filho  í de Jozadaque, 0  sumo sacerdo-I te, dizendo:

| 2 -  Assim fa la o SENHOR dos■ Exércitos, dizendo: Este povo diz: 

Não veio ainda o tempo, o tempoI em que o Casa do SENHOR deve

S ser edificada.I 3 - Veio, pois, a palavra do SE-

INHOR, pelo min istério do profe ta   Ageu, dizendo:

4 - É para vós tempo de habitar- ט  des nas vossas casas estucadas, £ e esta casa há de ficar deserta?

S

5 - Ora, pois, assim diz o SE

NHOR dos Exércitos: Aplicai

o vosso co ração aos vossos Hcaminhos.w 6 - Semeais muito e recolheisI pouco; come is, mas não vos fa r-1 tais; bebe/s, mas não vos saciais;i l- ■ * k vestis-vos, mas ninguém se aque-* ce; e o que recebe salário recebe y salário num saquitel furado.7  ן -  Assim diz o SENHOR dos ■  Exércitos: Ap licai o vosso coração ~ aos vossos caminhos.

| 8 -S ub i o monte, e traze i ma dei- ^ ra, e edificai a casa; e dela me 

ag radare i e eu serei glorificado, $ diz o SENHOR.5 9 - Olhastes para muito, masi eis que alcançastes pouco; e esseI pouco, quando o trouxestes para  [ casa, eu lhe assoprei. Por quê? fe— disse o SENHOR dos Exércitos.I Por causa da minha casa, queI está deserta, e cada um de vós \c o rr e à sua própria casa./ 6 L iç õ e s  B íb l ic a s

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- az  e s í    amB  u s m e s  ar  mwx r  m

m t   r  *  

\£^*TG fm m m asa^₪ aaumCambises, identificado na Bíbliacomo Ar taxerxes (Ed 4 .7 -23) ,reinou em seu lugar até 522 a.C.Este, por dar ouvidos a uma de- $núncia dos vizinhos invejosos ehostis a judá, decidiu embargar aconstrução da Casa de Deus em

Jerusalém (Ed 4.23).b) D ario Histaspes.  Após a

morte de Cambises, Dario Histas-pes assumiu o t ronoda Pérsia (reinando até486 a.C.), e autorizoua continuação da obrado Templo. Ele é citadonas Escrituras Sagradas

s i m p l e s m e n t e c o m o“Dario” (Ed 6.1,1 2,1 3).

2 . V id a pe ss oa l . Não há,além do profeta, outro Ageu noAntigo Testamento. O seu nomeaparece nove vezes na profecia eduas no livro de Esdras (Ed 5.1;6.14). Ageu foi o primeiro profetaa atuar no pós-exílio. Seu chama

do ocorreu cerca de dois mesesantes de Zacarias receber o primeiro oráculo: “no ano segundodo rei Dario” em 520 a.C. (1.1; Zc1.1). O fato de Ageu apresentar-se com o “ pr o f e t a” (vv . 1 ,3 ,12;2.1,10) demonstra que os contemporâneos reconheciam-lhe oofício sagrado. Além dele, apenas

Habacuque e Zacarias mencionam o ofício profético em suas .apresen tações (He 1.1; Zc 1.1). £

v-mw  vvnv

De joe l até Ageu passaram-semais de 300 anos. A hegemoniapolítica e militar, nessa fase da

história mundial, estava com ospersas, pois os assírios e babilônios não existiam mais comoimpér ios . Quan to aopecado de Judá, estenão era a idolatria, poiso cat ive i ro erradicarade vez essa prática. Oproblema agora, igual

mente grave, era a ind iferença, a mornidão e ocomo dismo espir i tual dos judeusem relação à obra de Deus.

I. O L IV R O D E A G E U

1. Co n tex to h i s tó r i co . Nolivro de Esdras, encontra-se orelato das primeiras décadas do

período pós-exíl io. Por isso, éfundamental ler os seis primeiroscapítulos do referido livro, paracompr eende rmos o profeta Ageu.O rei Ciro, da Pérsia, baixou odecreto que pôs fim ao cativeirodejudá em 539 a.C. Pouco tempodepois, a primeira leva dos he-breus partiu da 3abilõnia de volta

para Judá.a) Cambises.  Ciro reinou até530 a.C., ano em que faleceu.

I N T R O D U Ç Ã O

E S B O Ç O D O L I V R O D E A G E U

PA l AVRA-CHAVE

T e m p l o :Espaço ou edifício  destinado a culto  

religioso.

Par te I - Recons t rução do Temp lo (1 .1 -15 )

(1.1)........................................Introdução.(1.2-1 1 ) .................................Primeiro oráculo: exortação para a reconstrução do Templo.(1.1 2-1 5 ) ...............................Segundo o rác ulo : respos ta e comp ro mi ss o.

P ar t e II - E s p l e n d o r F u t u r o d o T e m p l o ( 2 .1 - 23 )(2.1-9)....................................Terceiro oráculo: compromisso e promessas.(2.1 0 -2 3 ) ..............................Quarto oráculo: decisões e bênçãos futuras.

'V____________________________________________________________________________________________ 

L iç õ es  B íb l ic a s   7 7

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ta e oito versículos, dez falam daCasa de Deus em Jerusalém.

R E S P O N D A

1. Quem embargou a construção  do Templo de Jerusalém, e quem  

depois vetou esse embargo?2. Quem liderou os remanescentes de Judá no retorno de Babilônia pa ra Jerusalém?3. Qual o tema do livro de Ageu?

I I . R E S P O N S A B IL I D A D E  E OB R IGA Ç ÕES

1 . A d e s c u l p a d o p o v o .

Ageu inicia a mensagem com afórmula profética que aponta paraa autoridade divina (v.2). O povo,em débito que estava com o Eterno (v.2b), em vez de reivindicar o decreto de Ciro para continuara construção do Templo, usou adesculpa de que não era tempode construir. Por isso, o Senhorevita chamar Judá de “meu po vo” ,referindo-se a eles como “estepovo”. Em outras palavras, Deusnão gostou da desculpa da nação(Jr 14.10,1 1).

2 . I n v e r s ã o d e p r i o r i d a des (vv .3 ,4) . O oráculo volta adizer que a Palavra de Deus veio aAgeu (v.3). Ênfase que demonstraser o discurso do profeta umamensagem advinda diretamentedo Senhor que, inclusive, tro ux era Judá de vo lta a Jerusalém paraconstruir a sua Casa. Mas o povopreocupou-se mais em mora r nascasas for radas, enquanto queo Templo, cujo embargo haviaocorrido há 15 anos, continuavaem total abandono (v.4). Era uma

opção insensata. Os jude us negli

S I N O P S E D O T Ó P I C O ( 1 )

O tema do liv ro de Ageu é a

reconstrução do Templo. Dos trin-

ρ 3 ι^ « * α · · κ !« · η ■3. Zorobabe l . A profecia de

Ageu foi dir igida “a Zorobabel,| fil ho de Sealtiel, prí ncipe de Judá,§ e a Josué, fi!ho de Jozadaque, o| sumo sacerdote” (v. l). Sob a suaן   liderança e a do sacerdote Josué,ζ ou Jesua, filho de Jozadaque, os

| remanescentes judeus retornaram$1 da Babilônia para Jerusalém (Ed1 2.2; Ne 7.6, 7; 12.1). A promessa| divina dirigida a Zorobabe l é mes-ן   siânica(2.21-23), sendo que a pró-k pria linhagem messiânica passaI por ele (Mt 1.12; Lc 3.27). Dessa

forma, Jesus é o “Filho de Davi",^ mas também de Zorobabel.

4 . Es t ru tu ra e mensagem. ך   O livro consiste de quatro curtosI oráculos. Oprime'ro foi entregueI “no sexto mês, no primeiro dia doI mês” (v.l) [mês hebraico de elul,·j 29 de agosto]; o segundo, “no« sétimo mês, ao vigésimo primeiro j do mês” (2.1) [mês de tisrei , 17! de outubro]; o terceiro e o quarto

! oráculos vieram no mesmo dia, o* “vigésimo quarto dia do mês nono”* (2.10,20) [mês de qufsleu, 18 deI dezembro]. A revelação foi dada di- jj retamente por Deus (w. 1,3). Apes nas Ageu apresenta com tama nha5 precisão as datas do recebimento| dos oráculos. O tem a do li vro éן   a reconstrução do Templo. Dos

| 38 versículos divididos em doisg capítulos, dez falam da Casa de§ Deus, em Jerusalém (vv.2,4,8,9,14;I 2.3,7,9,15,18). Em o Novo Testa- ן mento, Ageu é citado uma única

vez (2.6; Hb 12.26,27).

7 8 L i ç õ e s  B íb l ic a s

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tinha a bênção de Deus (v. 6).Tudo isso “por causa da minhacasa, que está deserta, e cadaum ae vós corre à sua própriacasa” (v. 9). Era o castigo pelad e s o b e d i ê n c i a ( D t 2 8 . 3 8 - 4 0 ) .Era o resultado da ingratidão do

povo. Por isso, o profeta convidaa todos a refletir (v.7).

2 . A s o l u ç ã o . Nem tudoes tava pe rd ido ! Deus env iouAgeu para apresentar uma saídaao povo. O Profeta deveria levarad iante o compromisso assumido com Deus: subir ao monte,cor tar madeira e co ns tru ir a Casa

de Deus. Fazendo isso, o Senhorse agradaria de Israel e o nomedo Eterno seria glorif icado (v.8).Não era comum o povo e as autoridades acatarem a mensagemdos profetas naqueles tempos.Oseias e Jeremias são exemplosclássicos disso, mas aqui foi diferente. O Espírito Santo atuou

de maneira tão maravi lhosa , queocor reu um verdade i ro av iva -me nto e a con struçã o do Temploprosseguiu sob a l iderança deZorobabel e do sumo sacerdoteJosué (v. 14).

3 . O S e g u n d o T e m p l o .  Enquanto isso, na Pérsia, o novorei Dario Histaspes pôs fim ao

embargo. Ele colheu ofertas paraa construção e deu ordens paranão faltar nada durante o andamento da obra. Ele ainda pediuoração ao povo de Deus em seufavor (Ed 6.7-10). Finalmente, oTemplo foi inaugurado em 516а .C., “no sexto ano de Dario” (Edб .1 5). Esse é o segundo e o ú lt im o

Templo de Jerusalém na história

genciaram uma responsabi l idadeque, através do rei Ciro, o Altíssimo lhes atribuíra (Ed 1.8-11;5.14-16). O desprezo pela Casado Altíssimo representa o gestode ingratidão do povo jud eu (vejao reverso em Davi : 2 Sm 7.2).

3 . U m c o n v i t e à r e f l e x ã o .  No versículo c inco, vemos umapelo à consciência e ao bomsenso, pois é o próprio Deusquem fala. Tal exemplo mostraque devemos parar e re f le t i r ,ava l iando a s i tuação à nossavolta, percebendo, inclusive, oagir do Senhor.

S IN O P SE D O T Ó P I C O ( 2 )

A responsab i l i dade e asobrigações devem ser precedidaspor uma reflexão cujo bom senso e a consciência permite-nosconhecer o agir do Senhor emnossa volta.

R E S P O N D A

4. O que representa o gesto de desprezo peta Casa de Deus?

I I I . A E X O R T A Ç Ã O D I V I N A

1. C r i s e e c o n ô m i c a . Oprofeta fala sobre o trabalhar, ocomer, o beber e o vestir como

necessidades básicas, pois garantem a dignidad e do ser humano. Mas temos aqui um quadrodeplorável da economia do país.A abundante semeadura produzia mui to pouco. A quant idadede v íveres não era suf ic ientepara saciar a fome de todos. Abebida era escassa, a roupa de

baixa qualidade e o salário não

L ições B íb l i c a s   7 9

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C O N C L U S Ã O

A lição de Ageu tem muito aensinar-nos. Não devemos encarara nossa responsabilidade e compromisso como fardos pesados, masrecebê-los como algo subl ime. É

honra e privilégio fazer parte do pro jeto e do plano divinos, mesmo emsituação adversa (At 5.41). Assim,somos encorajados por Jesus a atuarna seara do Mestre a fim de que anossa luz brilhe diante dos homense Deus seja glorificado (Mt 5.16).

* d o s judeus . E assim, a presença| de Deus no Templo fez da glóriaן

  da segunda Casa maior que a daprimeira (2.9).

$ _______________________________________ 

| S IN O PS E D O T Ó P I C O ( 3 )

A presença de Deus no Tem-pio fez a glória da segunda Casamaior que a da primeira.

R E S P O N D A

5 .0 que fez a glória da segunda Casa maior do que a da primeira?

8 0 I -içõii.s B íb l ic a s

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VOCABULÁRIO

H e g e m o n i a : Supremacia, superioridade.

E m b a r g o : Impedimento, obstáculo.

S o b r e p u j a r : Exceder, ul trapassar.

I n ó s p i t o : Lugar em que não sepode viver.

AUXÍLIOBIBLIOGRÁFICO

Subs íd io Teo lóg i co

“ A g e u [ ״ .]Ageu censurou os judeus por

sua indiferença, e os repreendeupor construírem as suas própriascasas enquanto a casa de Deus eranegligenciada. Ele assegurou aoshabi tantes de Jerusalém que asadversidades que vinham sofrendo eram castigos por sua apatia.Zorobabel foi estimulado a dar asupervisão apropriada à obra quetinham em mãos, e quando pareciaque as revoltas na Babilônia podiam

ainda ser bem sucedidas , ele pareceter sido considerado como o homemdivinamente ungido, que dever iaco nd uzi r Judá à independência.

[...] O livro de Esdras passa emsilêncio pelo per íodo de cinqüenta esete anos que se seguiram à conclusão do segundo Templo. No impéri opersa, a morte de Dario I, em 486

a.C., foi seguida pela ascensão deseu filho Xerxes (486 - 465 a.C.).

[ . . . ] Durante este período, acomunidade judaica lutou, com coragem, para sobrepujar a pobrezacom que a terra fora assaltada, eesforçou-se duramente para arrancar alguma prosperidade do soloinóspito. Em outro tempo, porém,

a orgulh osa capital ainda carregavaos sinais de sua humilhação, e embora o Templo estivesse concluído,a c idade ainda permanecia semmuros” (HARRISON, R. K. Temposd o A n t i g o T e s t a m e n t o : Um Contexto Socia l , Pol í t ico e Cul tura l .I.ed . Rio de Janeiro: CPAD, 2 010 ,pp.285-86).

B IB L I O G R A F IA S U G E R ID A

HARRISON, R. K. T e m p o s d o   A n t ig o T es tam en to : Um Con

texto Social, Político e Cultural .1 .ed. Rio de Janeiro: CPAD,2010 .

MERRIL, Eugene H. H i s t ó r i a  d e Is r a e l n o A n t i g o T e s t a m e n t o : O reino de sacerdotes  que Deus co locou en t re as nações.  6.ed. Rio de Janeiro:CPAD, 2007.

SAIBAMAIS

Revista Ensinador CristãoCPAD. n° 52, p.41.

RESPOSTAS DOS EXERCÍCIOS

1. Cambises, identif icado na Bíbliacomo Artaxerxes (Ed 4.7-23).

2.  Zorobabel e Josué, filho de Jo-zadaque.

3. A reconstrução do Templo.4. Representa o gesto de ingratidão

do povo judeu.5. A presença de Deus.

v

L iç õ ê s  B íb l ic a s   81

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Lição 1223 de Dezembro de 2012

O R e i n a d o

M e s s i â n i c o

HINOS SUGERIDOS 84. 258, 406

Q u a r ta - J r 2 3 .5 ,6Haverá completa segurança na terra

Qu in ta - Zc 14.1 1Jerusalém habitará segura

Sexta - A t 3 .20,21A restauração de todas as coisas

Sábado - 2 Pe 3.13Esperamos novos céus e nova terra

LEITURADIARIA

Segun da - Is 2 .2-4A guerra não mais existirá

Terça - Is 11.6-9

A plenitude da paz universal

VERDADE PRÁTICA

Jesus é tanto o Salvador do mundo,como Rei do Universo.

“Eis que vêm dias, diz o SENHOR, em que levantarei a Davi um Renovo ju s to ; sendo 

rei, reinará, e prosperará, e praticará o  ju ízo e a justiç a na te rra ” (Jr 23.5).

82 L iç õ es  B íb l ic a s

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INTERAÇÃO

Zacarias foi contemporâneo do profeta Ageu. Ele teve uma série de visões durante os dois pr imeiros anos das  obras de reconstrução do Templo. Essas visões objetivavam in c ita r no povo ân i

mo para o exercício do trab alho intenso  na restau ração do Templo. Os jud eu s  estavam livres do exílio, mas o Templo não estava acabado. A reconstrução  do Temple traria uma nova esperança  para os jude us , pois a nação, no futu ro,  também ser ia restaurada esp i r i tua l mente. A primeira e a segunda vinda  de Jesus Cristo são, focalizadas pelas profecias de Zacarias, como cumprimento da esperança juda ica.

OBJETIVOS

Após esta aula, o aluno deverá estarapto a:

Compreender a es t ru tu ra e a mensagem do livro de Zacarias.

E x pl ic ar a promessa de restauraçãoda nação.

Saber que o re ino messiân ico éreal.

ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA

Prezado professor, para qje os alunoscompreendam com mais faci l idade o

conteúdo da l ição, ut i l ize o esquema dapágina seguinte. Reproduza  o conformeas suas possibi l idades. Explique aos alunos que podemos destacar ao longo da

profecia de Zacarias dois propósitos principais: Os capítulos 1 — 8 foram escritospara encorajar o remanescente judeu nacons trução do Temp lo, em Judá. Enquan

to que nos capítulos 9 — 14 0  profeta t rata de Israel e do Messias. O tema do livroé o Messias de Israel, todavia, Jerusalém

também ocupa um espaço especial.

Zaca r i as 1 .1 ; 8 .1 -3 ,20 -23

Zacar ias 11 - No oitavo mês do segundo  

ano de Dario, veio a pa lav ra do  SENHOR ao profeta Zacarias, filho de Baraqu ias, filho de Ido, dizendo:

Zacar ias 81 - Depois, veio a mim a palavra do SENHOR dos Exércitos, dizendo:2 -  Assim d iz o SENHOR dos 

Exércitos: Zelei por Sião com  grande zelo e com grande indignação zelei p o r ela.3 -  Assim diz o SENHOR: Voltarei para Sião e habitarei no

k meio de Jerusalém ; e Jerusa lém  chamar-se-á a cidade de ve rda de, e o monte do SENHOR dos Exércitos, m onte de santidade.2 0 -  Assim d iz o SENHOR dos 

Exércitos: Ainda sucederá que virão povos e habitantes de muitas cidades;21 - e os habitantes de uma  cidade irão à outra, dizendo: Vamos depressa sup l i ca r o favor do SENHOR e buscar o SENHOR dos Exércitos; eu ta m bém irei.

22 - Assim, virão m uitos povos e poderosas nações buscar, em Jerusalém, o SENHOR dos Exércitos e suplicar a bênção

 j do SENHOR.| 2 3 -  Assim diz o SENHOR dosI Exércitos: Naquele dia, sucede* rá que pegarão dez homens,

I

de todas as línguas das nações, pegarão, sim, na orla da veste 

de um jud eu , dizendo: Iremos ; convosco, porque temos ouvido  que Deus está convosco.

LE ITURA B ÍBL ICAEM CLASSE

L iç õ e s  B íb l i c a s   83

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giosa e o avanço do secularismocolocavam Deus em último plano.Por isso, tal como a história dosantepassados dos judeus, o Senhor estava desgostoso daquelageração (1.2,3).

2 . V ida pessoa l . Zacar iasera de uma família sacerdotal, assim comoJeremias (Jr 1.1) e Eze-quiel (Ez 1.3). Seu avô,Ido (1.1), era sacerdotee veio do exílio à Jerusalém no grupo l iderado por Zorobabel, f i lhode Sealt iel , e Josué,

filho de Jozadaque (Ne12.1-4). Parece que “Baraquias”,seu pai, faleceu quando o profetaainda era criança. Assim, Zacariasfora então criado por seu avô.Isso pode just i f icar a omissãodo seu nome em Esdras, que ochama apenas de “filho de Ido”(Ed 5.1). O ministério profético

de Zacarias foi mais extenso queo de Ageu, pois ele mencionaos oráculos entregues dois anosapós o seu chamaao (7.1).

PALAVRA-CHAVE

M e s s i a sPessoa na qual 

se con cretizavam  as aspirações 

de salvação ou redenção.

Nessa l ição, veremos queo l ivro de Zacar ias apresentaos eventos do porv i r como oe p í l o g o d a h i s t ó r i a .O oráculo do profetanão fala a respeito deacon tec imentos en igmáticos, mas de fatosr e a i s e c o m p r e e n s íveis. Qualquer observador atento à épocaatual verif icará que as

demandas do nossotempo apontam para um desfecho div inamente escato lógico.

I . O L I V R O D E Z A C A R I A S

1. Con tex to h is tó r i co (1 .1 ) .Zacarias e Ageu receberam os oráculos divinos no segundo ano doreinado de Dario, rei da Pérsia,

em 520 a.C. Conforme estudadoanteriormente, a situação espirit ual de Judá é a mesma descrita nolivro de Ageu. A indiferença reli-

I N T R O D U Ç Ã O

E S B O Ç O D O L I V R O D E Z A C A R I A S

PRIMEIRA PARTEP a l av r a s p r o f é t i c a s e a r e ed i f i c a ç ã o d o T e m p l o ( ]  .1 — 8.2 3)

■ Introdução (1.1 -6).■ Série de oito visões: [a] dos cavaleiros entre as murtas; [b] dos quatro chifres e quatros ferreir os; [c] dum hom em med ind o Jerusalém; [d] da purifi cação de Josué, o sum osacerdote; [e] do castiçal de ouro e duas oliveiras; [f] do rolo voante; [g] da mulher numefa; [h] dos quatros carros (1.7 — 6.8).

■ A coroação de Josué como sum o sacerdote e o seu sign ifi cad o pr ofé tic o (6.9-1 5).

■ Duas mensag ens: O je ju m e a ju st iç a social; a restauração de Sião. (7.1— 8.23) .

SEGUNDA PARTE A p a l av r a p r o f é t i c a a r es p e i t o de Is r ael e d o M es s ias (9 .1 — 1 4 .2 1 )

■ Primeira profecia do Senhor: a intervenção triunf al do Senhor; a salvação messiânica;

a rejeição do Messias (9.1 — 11.17).- Segunda profeci a do Senhor: lu to e conver são de Israel; a ent ron iza ção do Rei Messias

^(1 2.1 — 14.2 1). y

Texto a daptado c ia “Bíbl ia de Estudo Pentecostal", editad a pela CPAD.

8 4 L iç õ e s  B íb l ic a s

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do Novo Testamento reconhecema presença de Cristo e sua obra nahistória da redenção (Jr 31.1 5 cf. Mt2.16,1 7; Os 11.1 cf. Mt2.15). Nessecaso, a citação de Zacarias 11.13seria dos dois profetas. Entretanto,somente Jeremias é mencionado,porque ele é o profeta mais antigoe importante. Desse modo, temosa unidade literária.

b) Co letânea de pro fecias . A outra explicação é apenas hipotética. Seria uma coleção deorác ulos entreg ues a Jeremiasapós a conclusão de seu l ivro.Eles teriam sido preservados pelo

povo e, mais tarde, incluídos porZacarias na segunda parte dosseus oráculos.

S IN O P SE D O T Ó P I C O ( 1 ) *

Os oráculos do livro de Zacarias são apocalípticos. O assuntocentral é o surgim ent o do Messiasde Israel.

R E S P O N D A

/ . Qual o assunto do l iv ro de Zacarias?2. Cite três profecias de Zacarias  cu m prida s em Jesus.

I I . P R O M E S S A  D E R E S T A U R A Ç Ã O

1. Sião. Zacar ias introduzo oráculo com a usual fórmulaprofética (8.1). O discurso começa com a chancela de autoridaded iv ina: “Ass im d iz o SENHORdos Exércitos” (8.2-4,6,7). Siãoera or iginalm ente a fortaleza que {Davi conquista ra dos jebuseus, |

tornando-se, a partir daí, a sua *

3 . E s t r u t u r a e m e n s a g em .Os orácu los de Zacarias são apocalípticos. Eles foram entregues porvisão (capítulos 1—6) e palavra(7— 14). O ass unto do liv ro é oMessias de Israel. Mas Jerusalémtambém ocupa espaço s ign í f i -cativo na profecia. Há diversasreferências diretas e indiretas aZacarias em o Novo Testamento(Zc 9.9 cf. Mt 2 1.5; Zc 11.13 cf. Mt27.9,1 0; Zc 12.10; Ap 1. 7) .A vind ado Messias e os demais eventosesca to lóg i cos p redominam oscapítulos 9— 14.

4 . U n i d a d e l i t e r á r i a . A

respeito da unidade l i terária deZacarias, as opiniões mais populares estão divididas em três gruposprincipais: os que defendem a un idade literária; os que consideramos capítulos 9— 14 provenientesdo período pré-exíl io babilônico;e os que apontam para o períodopós-exílio (os liberais). Esta última

ideia é descartada pelos críticosconservadores.

A d i fe rença de est i lo l i terário é natural. Um autor podemudar seu esti lo com o tempo ecom o assunto a ser tratado. Emrelação à passagem de Zacarias1 1 . 1 3 — o n d e o e v a n g e l i s t aMateus a t r ibu i autor ia do seu

conteúdo ao profe ta jere mia s (cf.Mt 27.9) — há pelos menos duasexpl icações:

a) Combinação profé tica. Jeremias comprou um campo (Jr 32.6-9)e visitou a casa do oleiro Or 18.2).O Antigo Testamento é rico emdetalhes para narrar a obra redentora. Ele não se restringe apenas

às profecias diretas. Os escritores

LidJõEs B í b l i c a s 85

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I I I . O R E I N O M E S S I Â N I C O

1 . Λ p e r g u n t a p e l a p a z .Quando de um atentado terroristano Iraque, que matou um diplomatabrasileiro, o então secretário geraldas Nações Unidas, Koff Annam,

declarou: “Já não existe mais lugarseguro no mundo”. Diante disso,pode mos pergu ntar: “É possívelvive r num mu ndo de justiça , paz esegurança?” A Bíblia assevera quesim! O profeta Zacarias, mostrandoa trajetória da humanidade, descreve a história espiritual de Israele o futuro glorioso deje rusa lém noMilênio (14.1 7 6,1 1, .(ו

2 . A p a z u n i v e r s a l . AsEscrituras Sagradas falam de umperíodo conhecido como ReinoMessiânico (ou Milênio), em queo pr ópr io Senhor Jesus Cristo reinará por mil anos. Tribos, cidades,povos e nações achegar-se-ão aDeus pelo anúncio do evangelho.O contexto bíbl ico permite-nos

dizer que essa profecia (8.20-22)é escatológica e aponta para a restauração dejerusalém no Milênio(2.1 1: 3.1 0: Is 2.2-4: Mq 4.1-4).Nessa época, Israel estará plenamente restaurado tanto nacionalquanto espir i tualmente.

3 . A o r l a da ves te de um   j u d e u (8 .2 3 ). A expressão “ra-

quele dia” é escatológica (2.11; ן Os 2.1 6; Jl 3.1 8). Aqui , ela refere-| se ao Milê nio . O nú m er o dez

indica quantidade indefinida (Nm14.22; 1 Sm 1.8; Ne 4.1 2). O te rmo “ju d e u ” no An tigo Testamentoa p a r e c e f r e q u e n t e m e n t e n o slivros de Esdras e Neemias. Foradeles, só aparece em Ester e tam

bém em Jeremias. A vestimenta

p ■   .................   —   ..............

cidade (2 Sm 5.6-9). Com o passardo tempo, veio a ser um nome alternativo deje rusalém semelhanteà descrição de Zacarias 8.3.

2 . O ze l o d o S e n h o r ( 8 .2 ) . Jeová declara a si mesmo comoDeus “zeloso” (Êx 20.5), e este éum dos seus nomes (Êx 34.14).Tal zelo diz respeito à sua santidade, cuja violação não podeficar impune Qs 24.19). O zelodo Senhor ainda é manifestadocomo indignação quando o seupovo é t ruc idado por estrangeiros. Aos opressores, Deus há deaçoi tar (1.14,15).

3 . Res tau ração de Je rusa l ém. A palavra profética anuncia:“Voltarei para Sião e habitarei nomeio de Jerusalém” (8.3b). Após alição dos 70 anos de cativeiro, o

' Senhor se volta com zelo ao seupovo. Mas a promessa é para ofuturo, quando Jerusalém tornar-se uma “cidade de verdade [...]

monte de santidade” (8.3b). Temos aqui, uma reiteração do quedisseram Zacarias (1.16; 2.10) eos demais profetas antes dos cativeiros assírio e babilônico (Is 1.16;Ez 36.35-38; Sf 3.13-1 7).

S IN O P SE D O T Ó P I C O ( 2 )

A restauração dejerusalém éuma promessa futura, pois quando ela tornar-se uma “cidade deverdade [...] monte de santidade”,a promessa será cumprida.

R E S P O N D A

£ 3. Como o zelo de Jeová por Sião e Jerusalém é mani fes tado em

I Zacarias 8.3?

8 6 L iç õ e s  B íb l ic a s

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REFLEXÃO

R E S P O N D A

4. Como se cham a o reino de Cristo de m il anos?5. O que significa pegar na veste  de um jud e u em Zacarias 8.23?

C O N C L U S Ã O

Diante do exposto, podemosconcluir: se todas as profecias sobre os impér ios passados e acercada p r ime i ra v inda do Mess iascumpriram-se f ielmente, as profecias escatológicas igualmentese cumprirão. Os acontecimentosatuais por si só começam a confir

mar essa realidade.

do jud eu era de fácil identif icação(Nm 15.38; D t 22.1 2). E “agar rar -se à orla de sua veste” indicao desejo e o anseio do mundogentio em desfrutar as bênçãos eos privi légios de Israel. Portanto,se a queda de Israel representou

a r iqueza do mundo, qual nãoserá a glória dos gentios na suaplenitude? (Rm 11.11-14).

S IN O P SE D O T Ó P I C O ( 3 ) .

O Re ino M es s iâ n i c o é op e r í o d o o n d e t o d o o m u n d odesfrutará da verdadeira paz doMessias de Israel.

“O Messias veio como um servo pa ra m o rre r por nós. Ele voltará como um Rei vitorioso. Submeta- 

se à sua lide ran ça ag ora , a fim de que você esteja pron to para o retorno tr iun fan te do Rei.’’ 

Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal

״ *>♦

L iç õ e s  B íb l ic a s   8 7

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VOCABULÁRIO

Enigmático: Di f íc i l de compreender ou interpretar.

SecuJaris mo : Doutrina que ignora os princípios espirituais na con

dução dos negócios humanos. O secularismo, ou materialismo, temo homem, e somente o homem, como medida de todas as coisas.

Hipotét ico: Duvidoso, incerto.

Trucidado: Morto com crueldade.

Reiteração: Repetição.

B IBL IOGRAFIA SUGERIDAHARRISON, R. K. Tem p o s d o   A n t ig o Tes tam en to : Um Con-texto Social, Político e Cultural. l .e d . Rio de Jan eiro: CPAD,2 0 1 0 .

SOARES, Esequias. O M in i s t é r i o P ro fé t i co na B íb l i a :  A voz

de Deus na Terra.  1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2010.ZUCK, Roy B (Ed.). Teo lo g ia d o  

 A n t ig o T es tam en to . 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD. 2009.

SAIBAMAIS

Revista Ensinador Cristão  

CPAD, n°52, p.42r   \

RESPOSTAS DOS EXERCÍCIOS

1. O Messias de Israel.2.  Zc 9.9 cf. Mt 21.1 5; 11.13 cf. Mt

27 .9,1 0; 12.10 cf. Jo 10.37.3.  “Voltarei para Sião e habitarei no

meio de Jerusalém ” (8.3a).4. Reino Messiânico ou Milênio.

5. Indica o desejo e o anseio do mundo gentio em desfrutar as bênçãos

e os privilégios de Israel.

AUXÍLIOBIBLIOGRÁFICOI''

Subsíd io Socio lóg ico

“Zacarias, que profetizou perto do fim de outono de 520  a.C., também aguardava ansiosamente pela libertação da nação do domínio  estrangeiro, e com confiança esperava que um povo renovado fosse governado por um descendente da casa de Davi. Ele deu continuidade  ao trabalho de Ageu ao apressar a conclusão do segundo Templo; e em 515  a.C, cerca de setenta anos após a destruição da primeira construção, o seu sucessor foi consa

grado. Embora os persas tivessem designado Tatenai com o o govern ador mi li tar de Judá (Ed 6.1 3), incentiv aram o estado a fun cio nar como  uma comunidade religiosa em vez 

S| de polít ica, com o sumo-sacerdo te  Josias em seu comando. Quanto a Zorobabel, não se sabe se morreu  ou se foi destituído do cargo pelos  

persas, como medida preventiva. Em todo caso, a situação política em Judá parece ter sido estabil izada pelo estabelecimento de um sistema teocrát ico apoiado pelo governo persa” (HARRISON, R. K. T em p o s d o A n t i g o T es t am e n t o :  Um Contexto Social, Político e Cut- tural .   l.ed. Rio de Janeiro: CPAD,

8 8 L i ç Oes  B íb l ic a s

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r AUXÍLIOBIBLIOGRÁFICOII

Subs íd io Teo lóg i co

“ O f u t u r o p r o g r a m a d e D eu s p a ra o p o v oZacarias teve uma visão escatológica muito mais detalhada e

completa que os outros profetas menores dos séculos VI e V. [...]

Embora o tom global permaneça otimista, o profeta previu que aliderança do Senhor seria rejeitada, o que necessitaria julgamentopurificador. O Senhor, porém, intervirá a favor do povo em umabatalha culminante. Isto levará ao arrependimento o povo e à concessão das bênçãos divinas.

A restauração de Jerusalém é central aos capítulos 1 a 8. Aodeclarar a profunda l igação emocional com a cidade, o Senhorpromete restaurar-lhe a prosperidade (Zc 2.10,11; 8.1-5). Tomaráresidência uma vez mais em Sião (Zc 2.1 0,1 1;8.3) e sobrenaturalmen te a prot egerá (Zc 2.5). O foco da cidade restau rada será ahabitação de Deus, o Templo reconstruído (Zc 1.17). Esses residentes da cidade que ainda estão no exílio voltarão em grandes levas(Zc 2.4,6,7; 8.7,8). Sinais das bênçãos divinas serão visíveis nasruas da cidade, onde os que chegarem a uma idade madura verãocrianças brincando contentemente (Zc 8.4,5). Embora muitos semaravilhem com esta reversão na situação de Sião, o Senhor todoTodo-Poderoso não comparti lhará desse assombro, pois nada estáacima do seu poder (v.6).

[...] Os capí tulos de 1 a 8 de Zacarias tam bé m f oca a liderançada jer us alé m restaurada. Sacerdotes e rei desem penha m papéis proeminentes nestes capítulos. Na quarta visão noturna do profeta (Zc3.1 -1 0), ele te st em un ho u a puri fica ção de Josué, o sum o sacerdotena comu nid ade pós-exí lica daquela época. As Vestes sujas’ de Josué,símbolo do pecado, foram trocadas por ‘vestes novas’ e uma mitralimpa lhe foi colocada na cabeça (Zc 3.3-5). O Senhor encarregouJosué de obedecer aos mandamentos e prometeu recompensar-lhea obediência, dando-lhe autoridade sobre o serviço do Temploe acesso ao conselho de Deus (vv. 6,7). Claro que a mensagem

se aplica à nação inteira, porque Josué, como sumo sacerdote,representava o povo. O fato de ter sido l impo simbolizava o restabelecimento da nação como um todo e, mais part icularmente, dossacerdotes que faziam mediação entre Deus e o povo” (ZUCK, RoyB (Ed.). T e o l o g i a d o A n t i g o T e s t a m e n t o . 1.ed. Rio de Janeiro:CPAD. 2009, pp.457-58).

V

Lições Bíblicas 8 9

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Lição 1330 de Dezembro de 2012

M a l a q u i a s   — A Sa c r a l i - d a d e  d a  Fa m í l i a

TEXTO ÁUREO

“Portanto, deixará o varão o seu pai e a sua mãe e apegar-se-á à sua mulher, e

i serão ambos uma carne” (Gn 2.24).

HINOS SUG ERIDOS 581, 596, 597

LEITURADIARIA

Segunda-SI 128*3,4O modelo da família

Sexta-SI 133.1A comunhão no âmbito familiar 

Sábado - T t 2.2-6A família que agrada a Deus

VERDADE PRÁTICA

É da vontade expressa de Deus quelevemos a sério o nosso relacionamento com Ele, com a família e coma sociedade.

Qu arta - Ef 5.25-28Amor sacrifical na família

Qu inta - Ef 6.1-3Obediência na família

Terça - Ef 5.22-24Submissão na família

9 0 L ic õ e s  Bíb l icas

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Comumente isolamos um assunto de determinado contexto l i terário ignorando o tema central daquela obra. O l ivro de Malaquias é o exemplo  perfeito disso. Quando falamos nele, 

pensamos logo em “dízimo". É como se “Malaquias” e “dízimo Jfossem termos amalgamados. No entanto, veremos que o assunto predom inante do pro feta  Malaquias não é o dízimo (este apenas é tratado num contexto de corrupção  sacerdotal e da nação), mas contrariamente, é o relacionamento famiiia^ e civil entre o povo judeu que cons tituem  o seu tema principal

L-A

INTERAÇÃO

&

OBJETIVOS

Após esta aula, o aluno deverá estarapto a:

Exp li ca r o contexto social, a estruturae a mensagem do livro de Malaquias.

Reconhecer quais são as impl icações de um péssimo relacionamento famil iar.

Conscient izar-se que é vontade deDeus vivermos um bom relacionamento na família e na sociedade.

ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA

Prezado professor, chegamos a últimalição desse trimestre. Estudamos os

doze l ivros dos Profetas Menores. Sugerimos que você inicie a aula dessa semana fazendo uma recapitulação dos pro

fetas estudados anteriormente. Pergunteaos alunos qual o profeta que eles mais

gos taram e o porquê. Você tam bémpode relembrar o período histórico dosprofetas e o propósito dos l ivros. Paraauxil iar na recapitulação, uti l ize o es

quema da Orientação Didática da Lição

1. E para in tr od uz ir a lição de hoje, useo esquema da página seguinte, mostrando aos alunos um panorama geral do

livro de Malaquias.

L E I T U R A B Í B L I C A  EM CLASSE  Malaquias 3.1; 2.10-16

Malaquias 1I - Peso da palavra do SENHOR contra Israel, pelo ministério de 

Malaquias.Malaquias 210 - Não temos nós todos um mesmo Pai? Não nos criou um mesmo Deus? Por que seremos desleais uns para com os outros, profanando o concerto de nossos pais?I I -Judá fo i desleal, e abomina- ção se cometeu em Israel e em Je

rusalém; porque Judá profanou  a santidade do SENHOR, a qual ele ama, e se casou com a filha  de deus estranho.1 2 - 0 SENHOR extirpará das tendas de Jacó o homem que fizer isso, o que vela, e o que responde, e o que oferece dons ao SENHOR dos Exércitos.1 3 -  Ainda fazeis isto: cobris o altar do SENHOR de lágrimas,

 de choros e de gemidos; de sorte que ele não olha mais para  a oferta, nem a aceitará com prazer da vossa mão.14 - E dizeis: Por quê? Porque o SENHOR foi testemunha entre ti e a mulher da tua mocidade, com a qual tu foste desleal, sendo ela a tua companheira e a mulher do teu concerto.

1 5 - £ não fez ele somente um, sobejando-lhe espírito? E por que somente um? Ele buscava uma semente de piedosos; portanto, guardai-vos em vosso espírito, e ninguém seja desleal para com a mulher da sua mocidade.1 6 - Porque o SENHOR, Deus de Israel, diz que aborrece o repúdio e aquele que encobre a 

violência com a sua veste, diz o SENHOR dos Exércitos; portanto,  guardai-vos em vosso espírito e 

,não seja is desleais.

L i cõ e s B í b l ic a s 913

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político, religioso e social do livroem apreço.

a) O governador de Judá. Jerusalém era governada por umpehah, palavra de origem acádicatraduzida por “príncipe” na ARC(Almeida Revista e Corrigida), ou

“governador”, na ARA eTB (1.8). O te rm o indicaum g ove rna do r persa eé aplicado a Neemias(Ne 5.14). O seu equivalente na língua persaé t i rshata   (“tirsata, governador”, cf. Ed 2.63;Ne 7.65; 8.9; 10.1). A

profecia mostra que otemp lo de Jerusalém já havia sidoreconstruído e a prática dos sacrifícios, retomada (1.7-1 0).

b) A indiferença religiosa. Asprincipais denúncias de Malaquiassão contra a lassidão e o afrouxamento moral dos levitas (1.6); odivórcio e o casamento com mu

lheres estrangeiras (2.1 0-1 6); e odescuido com os dízimos (3.7-1 2).Tudo isso aponta para o períodoem que Neemias ausentou-se deJerusalém (Ne 13.4-13,23-28). Oprimeiro período de seu governo

No presente estudo, veremosque a mensagem de Malaquiasenfoca a sacralidade do relacionamento com o Altíssimoe com a família. Durante o exílio na Babilônia,a idolatria de Judá foradefini t ivamente erradicada. A questão agoraera outra: o relacionamento do povo comDeus e com a família.

E tais rela cionamentosprecisavam ser encarados commais piedade e temor.

I . O L I V R O D E M A L A Q U I A S

1 . C o n t e x t o h i s t ó r i c o . Ol ivro não menciona diretamente

\  o reinado em que Malaquias exer- ן ceu seu ministério. Também não

informa o nome do seu pai, nemo seu local de nascimento. Isso éobservável também nos livros deObadias e Habacuque. Não obs-

ί tante, há evidências internas queL permite m identi f icar o contexto

I N T R O D U Ç Ã O

PALAVRAS CHAVE

Famí l ia :Pessoas aparentadas, que vivem, em geral, 

na mesma casa, particularmente o 

pai, a mãe e os filhos.

E S B O Ç O D O L I V R O D E M A L A Q U I A S

Int ro d u ç ão (1 -1 )

Par te I : A Mensagem do Senhor (1 ,2 — 3.18)

Primeiro oráculo: o amor de Deus por Israel ...................,................................................(1.2-5)

Segundo oráculo: pecados dos sacerdotes...............................................................(1 .6 — 2.9)

Terceiro oráculo: pecados da comunidade ..................................................................... (2 .1 0-16 )

Qua rto orácu lo : a ju sti ça d i v i n a ................................................................................ (2.1 7 — 3.5)

Qu in to oráculo: ofensas r i t ua is ............................................................................................ (3 .6-12)

Sexto oráculo: os servos de Deus......................................................................................(3.13-18)

Parte I I : O Dia do Senhor (4.1-6)

Para o ar ro gant e e mal fe i tor ......................................................................................................... (v . l )

Um di a de t r iunfo para os ju s to s .............................................................................................(v.2,3)

Restauração dos relacionamentos entrepais e filhos e entre o Povo de Deus ....... (v.4-6)

92 LrçOss B íb l i c a s

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REFLEXÃO

Malaquias nos dá diretrizes  práticas sobre nosso 

compromisso com Deus:o Senhor merece o melhor  

que tivermos a oferecer. ” Bíblia de EstudoAplicação Pessoal

/

  escribas e o desper tamento da ■! nação de Judá. I

R E S P O N D A I

/. Por que entendemos que Mala-m  quias é o nome do profeta?   I2. Qual o assunto do livro de Ma-m  laquias?   I

I I. O J U G O D E S IG U A Li

1. A p a te rn idad e de Deus  (2.10). A ideia de que Deus é o iPai de todos os seres humanosé biblicamente válida. O AntigoTestamento expressa que essapaternidade refere-se a Israel (Êx4.22,23; Jr 31.9; Os 11.1), A criação divina dá base para isso, embora não garanta uma relação pes-soai com Ele (At 17.28,29). Jesus,porém, fez-nos filhos de Deus poradoção. Por isso, temos liberdadee direito de chamar ao Senhor de

Pai (Mt 6.9; Jo 1.12; Gl 4.6).3. A d es lea ldad e . O termo

“desleal” aparece cinco vezes nessa seção (2.1 0,1 1,14-1 6). Trata-sedo verbo hebraico bagad, que signif ica “agir traiçoeiramente, agircom inf idel idade”. Não profanar 'o concerto dos pais — estabele-cido no Sinai (2.10) que proíbe a /

união matr imonia l com cônjuges!

deu-se entre os anos 20 e 32 dorei Artaxerxes (Ne 5.1 4) e eqüivalea 445-433 a.C.

2 . V ida pessoa l de Ma la - q u i a s . A expressão “pelo ministério de Malaquias” (1.1) é tudoo que sabemos sobre sua vida

pessoal. A forma hebraica do seunome é m a l ’achi,  que signif ica“meu mensageiro”. A Septuagin-ta t raduz por angelo sou   (“seumensageiro, seu anjo”). O termoé ambíguo, pois pode referir-se aum nome próprio ou a um título(3.1) . No entanto, entendemosque Malaquias é o nome do pro

feta, uma vez que nenhum livrodos doze pro fe tas menores éanônimo. Por que com Malaquiasseria diferente?

3. E s t r u t u r a e m e n s a g e m . A profecia começa com a palavrahebraica massá   — “peso, sentença pesada, oráculo, pronunciamento, profecia” (1.1; Hc 1.1;

Zc 9.1; 12.1). O discurso é umsermão contínuo com perguntasre tór icas que formam uma sóunidade literária. São três os seuscapítulos na Bíblia Hebraica, poisseis versículos do capítulo quatroforam deslocados para o final docapítulo três. O assunto do livroé a denúncia contra a formalidade

re l ig iosa: prá t ica genera l izadacom os fariseus e escribas naépoca do ministér io terreno deJesus (Mt 23.2-7).

S IN O PS E D O T Ó P I C O ( 1 )

O tem a do livro de Malaquiasé a denúncia contra a formalidadereligiosa, a prática da corrupção

generalizada entre os fariseus e

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REFLEXÃO

"Jesus nos fez f ilhos de Deus por adoção. Por isso, podemos 

ch am ar Deus de nosso Pai." Esequias Soares

[...] se casou com a filha de deusestranho” (2.11b). A expressãoindica mulher pagã e idólatra.E mais adiante inclui também odivórcio (2.1 3-1 6).

S I N O P S E D O T Ó P I C O ( 2 )

O ju go desigual ou casamento misto, é a união matrimonialde um homem ou uma mulhercom alguém descrente. O profetachama isso de abominação ouprofanação.

R E S P O N D A

3. Quais pecados são colocados  no mesmo pa tam ar do casamento misLü  e do divórcio?

I I I . DE US O DE I A  O D I V Ó R C I O

1. O re l a c i o n a m e n t o c o n  j u g a l (2 .1 1 -1 3 ). Malaquias é oúnico livro da Bíblia que descreveo efeito devasta dor do divórcio nafamília, na Igreja e na sociedade.As lágrimas, os choros e os gemidos descritos aqui são das esposas judias repudiadas. Elas eramsantas e piedosas, mas foraminjustiçadas ao serem substituídaspor mulheres idólatras e profanas.As israelitas não tinham a quem

recorrer. Nada podiam fazer senãoderramar a alma diante de Deus.Por essa razão, o Eterno não maisaceitou as ofertas de Judá (2.1 3).Isso vale para os nossos dias.Deus não ouve a oração daquelesque tratam injustamente o seucônjuge (1 Pe 3.7). O marido deveamar a sua esposa como Cristo

ama a Igreja (Ef 5.25-29).

estrangeiros (Dt 7.1-4) — é umainstrução rat i f icada em o NovoTestamento (2 Co 6.14-16,18). Oprofeta retoma essa questão emseguida.

4 . O c a s a m e n t o m i s t o  (2.1 1). É a união ma tr imon ia l deum homem ou uma mu lher com alguém descrente. O profeta chamaisso de abominação e profanação.Os envolvidos são ameaçados deextermínio juntamente com todaa sua família (2.1 2).

a) Abominação.  O termo hebraico para “abominação” é toevah

1 e diz respeito a alguma coisa ou

Í prática repulsiva, detestável e ofen

siva. A Bíblia aplica-o à idolatria, aosacrifício de crianças, às práticashomossexuais, etc. (Dt 7.25; 12.31;Lv 18.22; 20.13). Trata-se de umtermo muito forte, mas o profetacoloca todos esses pecados nomesmo patamar (2.1 1).

b) P ro fanação .  Profano éaquele que trata o sagrado como

se fosse comum (Lv 10.10; Hb12.16). A “santidade do SENHOR” ,que Judá p rofan ou (2 .11) , d iz

^ respeito ao Segundo Templo, poisΙ em seguida o oráculo explica: “a1 qual ele ama ” . A violação do altar

ι já fo ra denun ciada antes (1.7-1 0).\ Mas aqui Malaquias considera

o casamento misto como trans-

l  gressão da Lei de Moisés: “Judá

94 L i ções B íb l i ca s

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cio ( 2 . 6 ). Ele ordena que “ninguémןseja desleal para com a mulher dasua mocidade” (2.1 5).

S I N O P S E D O T Ó P I C O ( 3 )

A po l i gamia e o d i vó rc io

são obstácu los aos propósi tosdivinos.

R E S P O N D A

4. Por que todos nós devemos  leva r a sério o casam ento?5. Por que Deus aborrece o divórcio?

C O N C L U S Ã O

A sacralidade do relacionamento familiar deve ser levada emconsideração por todos os cristãos.Todos devem levar isso a sério, poiso casamento é de origem divina eindissolúvel, devendo, portanto,ser honrado e venerado.

2 . O c o m p r o m i s s o d o c a - s a r n e n t o . Os votos solenes defidelidade mútua entre os noivosnuma cer imônia de casamentonão são um acordo transi tór iocom data de validade, mas “umcontrato jurí dic o de união espir i

tual” (Myer Pearlman). O próprioDeus coloca-se como te ste mun hadesse contrato. Por isso, a rupturade um casamento é deslealdade etra ição (2.1 4). A reação div ina contra tal perfídia é contundente.

3 . A v o n ta d e d e D e u s . Aconstrução gramatical hebraica doversículo 15 é difícil. Mas muitos

entendem o seu significado comodefesa da monogamia. Deus criouapenas uma só mu lher  para Adão,tendo em vista a formação de umadescendência piedosa (2.15). Apoligamia e o divórcio são obstáculos aos propósi tos div inos. É umadesgraça para a família! Por isso, oAltíssimo aborrece e odeia o divór

“Deus não ouve a oraçãodaqueles que tratam t *À 

* *mkinjustamente o seu cônjuge." Am  **

Esequias Soares· ■r.

L iç õ e s  B íb l i c a s   9 5

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VOCABULÁRIO

L as s id ão : Prostação de forças, cansaço.

Purgar: Tornar puro, puri f icar. 

Perfídia: Deslealdade, traição.

BIBLIOGRAFIASUGERIDA

HARRISON, R. K. Te m p o s d o A n t i g o T e s tam e n to : Um Contexto Social, Político e Cultural,  ] .ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2010. MERRIL, Eugene H. H is t ó r ia d e  Is r a el n o A n t i g o T e s ta m e n to :

O reino de sacerdotes que Deus colocou entre as nações.  6.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2007. SOARES, Esequias. O M in i s t é r i o P r o fé t i c o n a B íb l i a:  A voz âe Deus na Terra.  1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2010.ZUCK, Roy B (Ed.). Te o lo g ia d o   A n t ig o T es tam en to . 1.ed . Rio de  Janeiro: CPAD. 20 09. ,

SAIBAMAIS

Revista Ensinador Cristão CPAD n°52. p.42.

J

RESPOSTAS DOS EXERCÍCIOS

1. Porque nenhum l ivro dos dozeprofetas menores é anônimo.2. O assunto do livro é a denúnciacontra a formalidade rel igiosa: prát ica general izada com os far iseuse escribas na época do ministério

terreno de Jesus (Mt 23.2-7).3. A idolatria, ao sacrifício de crianças, às práticas homossexuais, etc.

4 .  Porque o casamento é de origemdivina e indissolúvel.

5. Porque é uma desgraça para afamília.

_̂AUXÍLIOBIBLIOGRÁFICOΊ

Subsíd io Teo lóg ico

“ M a l aq u i as , o p r o f e t a[...] Deus sempre amou seu  

povo, dizia Malaquias, mas este j nunca havia assimilado a profundidade deste amor, e na verdade  retribuía-0  com desonra e desobediência (Ml 1.6-1 4). Tudo isto pode ser  visto na própria indiferença do povo  para com as ofertas, pois enquanto  se empenhavam em impo r ta r o melhor para suas próprias casas, os sacrifícios eram da pior espécie, com animais cegos e doentes. Os 

próprios sacerdotes se voltavam  contra Deus, violando abertamente o compromisso de levitas (Ml 2.8). 

 A lém disso, muitos judeus t inham  se divorciado de suas mulheres, sinalizand o assim seu descaso para com os ensinamentos das Escrituras (Ml 2.1 0). Como resultado, o Senhor  enviar ia seu mensageiro messiâ

nico para purgar o mal enraizado  no coração do povo e purificar um remanescente que andaria diante da presença do Senhor em verdade” 

j (MERRIL, Eugene H. H is t ó r ia d e  ; Is r a e l n o A n t i g o T e s ta m e n to : O 

reino de sacerdotes que Deus colo cou entre as nações.  6.ed. Rio de laneiro: CPAD, 2007, pp.548-49).

^ — 1'

9 6 L i ç õ e s  B íb i .i c a s

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Vincent - Estudo no Vocabulário 

Grego do Novo Testamento

A obra de Marvin R. Vincent reúne um

comentário exegético e um estudo léxico-gramatical conduzindo o leitor para maisperto do ponto de vista de um estudioso dalíngua grega.

Publicado pela primeira vez nos EUA,no final do século XIX, este livro continuasendo uma referência obrigatória paratodos aqueles que querem conhecer a idéiaoriginal dos vocábulos neotestamentários

Fsti ido no Vocabu lário

G reg o do No vo I e s t a m e n t o