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Liesa eSambódromofestejam 20carnavais
Informativo da Liesa Ano VIII – Nº 11 – setembro 2003
Adriana Perett desfila em 14
Escolas eentra para o
Guinness Brasil
Em nome da alegriaAilton Guimarães Jorge
Chegou a hora de reconquistar a alegria que sempre caracte-rizou a maior festa popular do país e do mundo. O momento, aliás, não poderia ser melhor. Ano que vem, o Sambódromo e a Liga Independente estarão comemorando juntos o seu 20º aniversário.No último desfile, encontrei na pista com José Bonifácio Sobrinho, o Boni, um apaixonado pelo carnaval. Comen-tou que estava sentindo a ausência de alegria nos enredos. Temos a mesma opinião, também apoiada por sambis-tas, cronistas e outras pessoas preocu-padas com o destino dos desfiles. Além de apresentar criatividade e ousadia, torçamos para que as Escolas também façam o público sorrir.Gostei muito dos enredos para 2004. Todos, sem exceção, são bons ou muito bons. Nossa expectativa é de que, em breve, possamos criar um Banco de Enredos para subsidiar as Escolas com temas ricos em conteúdo. Em abril, apresentamos uma proposta às agremiações. Por se tratar de um desfile especial, sugerimos que as escolas recor-ressem aos grandes sambas-de-enredo do passado. Nossa intenção, além de fazer uma deliciosa viagem por antigos
carnavais, seria motivar a participação do público, revivendo sambas que são cantados até hoje. As três agremiações de Madureira (Portela, Império Serrano e Tradição) fizeram essa opção. A maioria, porém, argumentou que precisava recorrer
a patrocinadores para manter um car-naval com a mesma grandiosidade. A Liesa não exerce qualquer tipo de inge-rência sobre as suas filiadas. É parceira e, ao mesmo tempo, representante de todas. Como tal, deve respeitar a vontade de cada uma.Não pensamos apenas no nivelamento artístico do desfile. Consideramos, também, os preços dos ingressos. De-cidimos manter os valores dos bilhetes populares e reajustar os dos demais setores da Passarela, adequando-os ao mercado. É a forma ideal para que a Liesa e a Riotur possam arcar com suas responsabilidades na estrutura do espe-táculo, mostrando que o Rio de Janeiro está preparado para organizar eventos
de projeção mundial em clima de muita paz e segurança.
Ailton Guimarães Jorge é presidente da Liesa - Liga Independente das Escolas de Samba do Rio de Janeiro
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Passado, Presente e FuturoOs enredos para os desfiles de 2004
O espaço mais disputado do RioComeça a reserva para camarotes efrisas do Sambódromo
Ranking: Beija-Flor encosta na ImperatrizRegulamento: Pontinhos preciosos
As emoções ainda estão vivasUm flash-back do último desfile
Os premiados de 2003As notas que deram o título à Beija-Flor
Vem aí a Cidade do Samba!Conheça o mega-projeto e saiba como funcionarão as Fábricas de Carnaval
Carnaval é uma ciênciaSurge o Centro de Memória da Liesa
Jamelão: ao mestre, com carinho
Com o pé no mercadoTroca-Troca
O recorde de Adriana Perett
Aprendizes do FundãoSe liga na Liga
LiesaNet: notícias que dão samba
ENSAIO GERALInformativo da Liesa – Ano VIII – Nº 11
Setembro de 2003
EDITORCláudio VieiraDESIGN GRÁFICORicardo PereiraINFOGRAFIA E ILUSTRAÇÕES3R STUDIOTEXTOSCláudio Vieira FOTOGRAFIAHenrique Matos e Peter IllicievREVISÃOMarta QueirozCOLABORAÇÃOAdail, Bruno Santos, Elaine Mattos, Fabiana Figueiredo, Guilherme Guimarães, Henrique Carvalho, Heron Schneider, Hiram Araújo, Janey Costa Silva, Janice Teixeira, Kryscila Mattos, Mauro dos Santos, Patrícia Braga, Roque Pretto, Tiago Cambará, Vicente Dattoli e Vítor WanderleyPUBLICIDADEHélio Costa da Motta e Marta QueirozTRATAMENTO DE IMAGENSAliomar Gandra e José FerreiraIMPRESSÃOEdiouro Gráfica e Editora SA – Rio de JaneiroFOTOLITOSAce DigitalTIRAGEM40 mil exemplares – Distribuição Gratuita
Linha direta com o editor: [email protected]
ENSAIO GERALé criado e produzido pela
LIGA INDEPENDENTE DASESCOLAS DE SAMBA DO RIO DE JANEIRO
PRESIDENTEAilton Guimarães JorgeVICE-PRESIDENTEJorge Luiz Castanheira AlexandreTESOUREIRO Américo Siqueira FilhoSECRETÁRIOWagner Tavares de AraújoDIRETOR DE CARNAVALElmo José dos SantosDIRETOR COMERCIALHélio Costa da MottaDIRETOR JURÍDICONelson de AlmeidaDIRETOR DE PATRIMÔNIOZacarias Siqueira de OliveiraDIRETOR CULTURALHiram AraújoDIRETOR SOCIALJorge PerlingeiroASSESSOR DE IMPRENSAVicente Dattoli
Visite a LiesaNet: www.liesa.com.br
LIESA – Av. Rio Branco, 4 – 17º e 18º andares – Centro – Rio de Janeiro – CEP 20090-000 – Tel.: (21) 2253-7676 – Fax: (21) 2253-7409
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ÍNDICE
ONDE ENCONTRAR ENSAIO GERALO informativo oficial da Liesa é distribuído nas quadras das Escolas de Samba do Grupo Especial; nas agências do Unibanco, o Banco Oficial do Carnaval Carioca; nos principais hotéis do Rio de Janeiro (Leme, Copacabana, Ipanema, Leblon, São Conrado, Barra da Tijuca, Centro e próximo aos aeroportos); agências de viagem, através da ABAV-RJ; escritórios da Riotur e Embratur; no Maracanã; nos táxis da Coopertramo e Coopatur; nas grandes empresas envolvidas com os desfiles das Escolas de Samba, como Supermercados Guanabara, Golden Cross, Loterj, Caçula, Sanitas, Brahma, Coca-Cola, Brascan (Rio-Sul); nas ações da campanha Só A Alegria Vai Contagiar, do Ministério da Saúde e da Uerj, e do Projeto Dançando Com Um Pé No Futuro, da Associação de Mulheres Empresárias do Brasil (Amebras); e na sede da Liesa. O conteúdo de ENSAIO GERAL também está disponível na LiesaNet: www.liesa.com.br
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Passado, presente e futuroO Carnaval dos 20 Anos apresentará uma deliciosa variedade de temas, que prometem agradar a todos. Os que têm saudades da época dos grandes sambas-de-enredo, que predominavam até em bailes da cidade, poderão se deliciar com os desfiles das três agremiações de Madureira. O Império Serrano reviverá a obra-prima de Silas de Oliveira, dando novas cores à Aquarela Brasileira, pintada em 1964. A Tradição, nascida do ventre da Águia, fará uma homenagem à Portela, reeditando Contos de Areia, de 1984 – o primeiro desfile realizado no Sambódromo. O enredo exalta três figuras lendárias da história portelense: Paulo da Portela, Clara Nunes e Natalino José do Nascimento, o Natal, pai do presidente Nézio Nascimento, da Tradição. A Portela reviverá um de seus maiores desfiles de todos os tempos: Lendas e Mistérios da Amazônia, com o qual conquistou o título em 1970.Por falar em Amazonas, é para lá que a Beija-Flor direciona as esperanças do bicampeonato, ao apresentar o místico Ma-nôa, Manaus, Amazônia, Terra Santa... Que alimenta o corpo, equilibra a alma e transmite a paz. Já a Viradouro viajará para o vizinho Pará, reproduzindo a maior manifestação de fé do povo brasileiro: Pediu pra Pará parou... Com a Viradouro eu vou pro Círio de Nazaré!A única homenagem pessoal será prestada pela Caprichosos, que exaltará a musa dos baixinhos: Xuxa e seu Reino Encantado no Carnaval da Imaginação. A Mocidade continuará na linha de enredos-campanha, agora focalizando os perigos no asfalto: Não corra, não mate, não morra. Pegue carona com a Mocidade!
Educação no trânsito.Os que preferem enredos de época terão três chances para voltar ao passado. A Estação Primeira lembrará o transporte do ouro, que saía das Minas Gerais e era transportado para o Rio de Janeiro, de onde seguia para Lisboa: Mangueira redescobre a Estrada Real... e deste Eldorado faz seu carnaval. A Imperatriz irá mais longe ainda, revivendo a passagem do navegante Américo Vespúcio pelas terras de Cabo Frio, no século XVI, quando os europeus começavam a devastar as florestas de pau-brasil. O enredo chama-se Breazail. A São Clemente revisitará a esfuziante Recife de Nassau, construin-do um trampolim para brincar com a realidade brasileira: Boi voador sobre o Recife. O cordel da galhofa nacional.Duas agremiações embarcarão no túnel do tempo, fazendo uma ligação entre passado, presente e futuro. O Salgueiro exal-tará as propriedades do álcool extraído da cana-de-açúcar: A cana que aqui se planta tudo dá, até energia... Álcool, o combustível do futuro. A Porto da Pedra recordará a história da comunicação, desde os tempos mais remotos aos avanços proporcionados pela tecnologia: Sou Tigre, sou Porto – da Pedra à Internet, men-sageiro da história da vida do leva-e-traz.A Unidos da Tijuca apostará suas fichas na inventiva, descrevendo o misterioso mundo de cientistas e inventores, pessoas que dedi-cam sua existência buscando novos caminhos para a humanidade: O sonho da criação e a criação do sonho: a arte da ciência no tempo do impossível. A Grande Rio também pisará na Avenida em ritmo de campanha, alertando para o perigo que está escondido nos
Os enredos de 2004 desfilam diversos momentos da vida brasileira, mostrando que o
samba diverte, mas também ensina a nossa História
Domingo, 22 de fevereiro
DESFILE
Às 21 horas
Entre 22h05 e 22h20
Entre 23h10 e 23h40
Entre 0h15 e 1 hora
Entre 1h20 e 2h20
Entre 2h25 e 3h40
Entre 3h30 e 5 horas
ESCOLAS
São Clemente
Caprichosos
Unidos da Tijuca
Salgueiro
Grande Rio
Mangueira
Portela
ENREDOS
Boi voador sobre o Recife:O cordel da galhofa nacional
Xuxa e seu Reino Encantado no Carnaval da Imaginação
O sonho da criação e a criação do sonho:A arte da ciência no tempo do impossível.
A cana que aqui se planta tudo dá, até energia...Álcool, o combustível do futuro.
Vamos vestir a camisinha, meu amor!
Mangueira redescobre a Estrada Real...E deste Eldorado faz seu carnaval.
Lendas e mistérios da Amazônia
CARNAVALESCOS
Milton Cunha
Cahe Rodrigues
Paulo Barros
Renato Lage eMárcia Lávia
Joãosinho Trinta
Max Lopes
Jorge de Freitas
Segunda-feira, 23 de fevereiroDESFILE
Às 21 horas
Entre 22h05 e 22h20
Entre 23h10 e 23h40
Entre 0h15 e 1 hora
Entre 1h20 e 2h20
Entre 2h25 e 3h40
Entre 3h30 e 5 horas
ESCOLAS
Tradição
Porto da Pedra
Imperatriz
Império Serrano
Beija-Flor
Viradouro
Mocidade
ENREDOS
Contos de Areia
Sou Tigre, Sou Porto, da Pedra à Internet - Mensageiro da história da vida do leva-e-traz
Breazail
Aquarela Brasileira
Manôa - Manaus - Amazônia - Terra Santa...Que alimenta o corpo, equilibra a alma e transmite a paz
Pediu pra Pará, parou...Com a Viradouro eu vou pro Círio de Nazaré!
Não corra, não mate, não morra, pegue carona com a Mocidade! Educação no trânsito
CARNAVALESCOS
Orlando Júnior
Alexandre Louzada
Rosa Magalhães
Ilvamar Magalhães
Laíla, Cid, Shangai,Ubiratan e Fran Sérgio
Mauro Quintaes
Chico Spinosa
20 anosde curiosidadesGenitália desnuda INo Carnaval de 1989, quando a União da Ilha apresentou o enredo Festa Profana, a modelo Enoli Lara surpreen-deu a opinião pública quando apareceu completamente despida, no carro Roma Pagã. Estava apenas com um véu branco nos braços.Um repórter aproximou-se para conferir e perguntou:- Você está nua mesmo?!Enoli deu uma gargalhada e respondeu:- Não, estou de botas. Ou você não está vendo?Se era para chocar, o episódio chocou de vez e causou polêmica. No ano seguinte, pela primeira vez, a Liesa inseriu entre outras proibições previstas pelo Regula-mento, a da “genitália desnuda”.
Genitália desnuda IIA proibição do nu provocou a reação
do carnavalesco Joãosinho Trinta, que criou para a Beija-Flor o enredo Todo mundo nasceu nu. No carro alegórico
que representava um vulcão, o ator Jor-ge Lafond vinha completamente despido, apenas com um esparadrapo cobrindo a genitália. No meio do desfile, o esparadra-po desprendeu-se com o suor.
Um ano depois, devido ao que se viu, o dis-positivo foi alterado, estendendo a proibição
para a genitália “à mostra, decorada e/ ou pintada".
BaianoUm componente da Unidos da Ti-juca resolveu ousar mais do que devia, no Carnaval de 90. Exibin-do um farto bigode, desfilou na
a l a das baianas, transformando-se num dos destaques do enredo E o Borel descobriu... Navegar é preciso. A direção da Liesa achou um desrespeito ao público e, principalmente, às senhoras que integravam a ala. No ano seguinte, a proibição de marmanjos na Ala das Baianas foi expressa no Regulamento.
Parecia realA dramatização nos carros alegóricos vem de longe. Em 1994, a Caprichosos de Pilares levou para a Avenida o enredo Estou amando loucamente uma coroa de quase 90 anos. Para ilustrá-lo, havia um carro alegórico represen-tando o complicado cenário político da época. Havia 30 figurantes fantasiados de operários, que rodeavam uma cela onde estavam os sósias de PC Farias, Collor de Mello e o anão João Alves. Ficou combinado que, durante o desfile, os políticos “fu-giriam” da jaula e os operários partiriam em seu encalço, para “prendê-los”.Estava engraçado, até que, irado com os políticos, o público pôs-se a atiçar:- Pega ele! Pega ele!Os “operários” se empolgaram e começaram a bater com mais força nos colegas. Da metade do desfile em diante, PC, Collor e João desistiram da fuga.
AclamaçãoA alegoria A Guerra do Paraguai, uma das mais bonitas que a Imperatriz apresentou no enredo Liberdade! Liberdade!, em 1989, era gigantesca. Na hora h, o figurante que re-presentaria o Duque de Caxias não teve coragem para ficar lá no topo, a 8 metros do chão. Para que o lugar não ficasse vazio, o destaque Zacarias de Oxossi prontificou-se a ser o novo Caxias.Quando o carro alegórico chegou à torre de TV, houve um suspense geral, pois todos temiam que, devido ao seu tama-nho, não conseguisse passar. A alegoria passou raspando e Zacarias ganhou a sua maior aclamação na Passarela.
(Episódios extraídos do livro Carnaval, seismilênios de História, de Hiram Araújo)
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Setor Filas Unidades/Fila Lugares Domingo Segunda SábadoFRISAS DE SEIS LUGARES
AB - C - D
AB - C- D
ParaplégicosA
B - C - DA
B - C - DAA
B - C - D
01 a 4701 a 5001 a 3701 a 40
01 a 4901 a 5001 a 4801 a 5001 a 4701 a 3601 a 38
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22/02/043.600,002.800,002.800,002.300,00400,00
4.000,003.200,004.400,003.600,005.000,003.800,003.300,00
23/02/043.600,002.800,002.800,002.300,00400,00
4.000,003.200,004.400,003.600,005.000,003.800,003.300,00
28/02/041.800,001.400,001.400,001.150,00200,00
2.000,001.600,002.200,001.800,002.500,001.900,001.650,00
Setor turístico9 B - C - D 01 a 50 4.500,00 4.500,00 2.250,00
FRISAS DE QUATRO LUGARES6 A 01 a 40 800,00 800,00 400,0013 A 01 a 28 800,00 800,00 400,00
De 12 lugaresCAMAROTES
2-A2-B2-C
34579
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17.500,0018.200,0012.800,0016.500,0011.800,0028.500,0031.500,0033.000,00
27.000,0029.700,0020.500,0018.500,0013.800,0029.500,0032.500,0035.000,00
Setor Valor mínimo Valor máximo
De 18 lugares32,000.00
5-B7-B
31.500,0034.000,00
De 20 lugares3-A5-A7-A
37.000,0043.000,0047.000,00
O espaço mais disputadodo Rio
Se você pretende assistir os desfiles comemorativos aos 20 anos do Sambódromo e da Liesa, não perca tempo. Principalmente, se deseja comprar camarote ou frisa. Nos últimos anos a procura tem aumentado tanto que já registra a média de quatro compradores para cada camarote e três para cada frisa. Os interessa-dos terão cinco dias úteis para enviar as solicitações de reservas através de fax dirigido à Central Liesa-Unibanco de Atendimento e Vendas. Os pedidos para reservas de camarotes serão feitos na primeira quinzena de outubro; os de frisas, na primeira quinzena de novembro - consulte as tabelas de preços.Como ainda não se encontrou uma fórmula para aumentar o espaço físico do Sambódromo, a solução é fazer uma reengenharia da área interna. Foi assim que a Liesa e a Riotur conseguiram criar mais 68 frisas de quatro lugares, nos setores
6 e 13, na Apoteose. Abrigarão mais 272 foliões.A reserva de camarotes será feita como nos anos anteriores e estabelece o contrato de ajustamento entre a Liesa e o Ministério Público. As solicitações serão cadastradas na ordem de recebimento do fax. Os compradores serão notificados que te-rão cinco dias úteis para se diririgir à Central de Vendas a fim de confirmar a reserva, pagando a primeira parcela de 40%. Trinta e sessenta dias depois, quitarão as segunda e terceira parcelas, de 30% cada uma.O mesmo sistema será verificado para a reserva de frisas. O pagamento, no entanto, será em duas parcelas: 50% no ato da confirmação e a outra metade 30 dias depois.
Arquibancadas: novo sistema de vendasA Liesa e a Riotur decidiram acabar com os profissionais de fila que se insta-lavam nas portas das agências do Unibanco com o objetivo de vender senhas aos interessados na compra de ingressos para os desfiles do Grupo Especial. Estudam mudanças no processo de venda de arquibancadas e cadeiras indivi-duais, e testam um sistema eletrônico que, certamente, dificultará a ação dos cambistas. “Além de maior conforto e mais segurança na compra do bilhete, o público não será mais importunado” - garante o controler de venda de ingressos da Liesa, Heron Schneider.Heron anuncia que a venda das arquibancadas e das cadeiras individuais - setores 6 e 13 - acontecerá na segunda quinzena de dezembro. Destaca duas novidades: pela primeira vez, o público das arquibancadas usará cartão magnético que pos-sibilitará o acesso à área interna do Sambódromo, onde ficam os quiosques e as lanchonetes; já as cadeiras individuais da Apoteose serão muito mais confortáveis do que as antigas.O controler da Liesa destaca também que os ingressos das arquibancadas do setor 1, na área de armação, voltaram para as agremiações, que farão a distribuição gratuita-mente aos torcedores de suas comunidades. As arquibancadas populares dos setores 6 e 13 serão vendidas na semana que antecede o Carnaval, no posto do Unibanco montado no setor 11. Os preços do ano passado foram mantidos: R$ 10,00.
Procura por camarotes, frisas e arquibancadas faz o Sambódromo ficar pequeno para tantos foliões. Em 2003,a venda atingiu 99,78% dos ingressos
CENTRAL LIESA / UNIBANCO
Telefone - 2292-3177
Heron Schneider
RANK
ING
Pontinhos preciososSe o carnaval pode ser definido por apenas um décimo, qualquer deslize é fatal. Mais do que nunca, é bom ficar atento aos principais itens do Regulamento dos Desfiles do Grupo Especial - 2004.
Concentração – As agremiações de ordem ímpar ficarão no lado dos Correios; as de ordem par no lado do Balança Mas Não Cai. As que não posicionarem as alegorias no horário estipulado pagarão multa de R$ 45 mil – a mesma aplicada às que não retirarem os carros alegóricos da área de dispersão, duas horas e meia após iniciado o seu desfile.
Tempo de desfile – Cada Escola poderá se exibir entre 65 e 80 minutos. Cada minuto que faltar para completar o limite mínimo, ou exceder o limite máximo, implicará na perda de 0,2 (dois décimos).
Alegorias – Serão entre cinco e oito por Escola. As que des-respeitarem esses limites perderão um ponto.
Obrigatoriedades – Cada Escola deverá apresentar, pelo menos, 200 ritmistas reunidos na bateria e ala com o mínimo de 100 baianas. Caso contrário, perderá 0,5 (meio) ponto.
Propaganda – O merchandising continua proibido, com ex-ceção dos uniformes dos empurradores, dos prospectos do samba-de-enredo e do couro dos instrumentos da bateria, desde que seja a marca do fabricante. O resto dá em punição pesada: 2 pontos para cada ocorrência.
Julgadores – Serão quatro por quesito, num total de 40. Darão notas de 7 a 10, fracionadas em 0,1 (um décimo). Todas as notas serão validadas.
Campeãs – As seis primeiras colocadas do Grupo Especial voltarão à Passarela para o desfile do Sábado das Campeãs. A última será rebaixada para o Grupo de Aceso A.
RANK
ING
Beija-Flor encosta na ImperatrizAlém de maior vencedora da Era Sambódromo, com seis títulos conquistados nos 20 anos da Passarela, a Imperatriz lidera o Ranking Liesa desde 1995. Logo atrás, vem a Beija-Flor, com apenas dois pontos de diferença. Mangueira, Viradouro e Mocidade ocupam a terceira, a quarta e a quinta posições, respectivamente. O Ranking pontua as dez primeiras classificadas de cada desfile, computando o somatório dos cinco últimos carnavais, da seguinte forma: campeã – 20 pontos; vice - 15; 3º lugar- 12; 4º - 10; 5º - 8; 6º - 6; 7º - 4; 8º - 3; 9º - 2: e 10º - 1.
1ª2ª3ª4ª5ª6ª7ª8ª9ª10ª11ª
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Imperatriz Beija-FlorMangueiraViradouroMocidadeSalgueiro Grande RioUnidos da TijucaPortela União da Ilha Caprichosos Tradição Império Serrano Un. de Vila Isabel Porto da Pedra Paraíso do Tuiuti São Clemente Santa Cruz
Col1º2º7º3º4º5º6º
-8º
10º9º
12º13º11º
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14º-
Pts2015
41210
86-312000--0-
Col1º2º7º3º4º6º9º5º
10º8º
11º12º
-13º14º
---
Pts2015
41210
6281300-00---
Col1º2º3º5º7º4º6º9º
10º13º12º
8º11º
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14º--
Pts201512
84
106210030--0--
Col3º2º1º5º4º6º7º
10º8º
-12º13º
9º-
11º-
14º-
Pts121520
810
6413-002-0-0-
Col4º1º2º6º5º7º3º9º8º
-10º13º12º
-11º
--
14º
Pts102015
684
1223-100-0--0
828055464234301311
433200000
1999 2000 2001 2002 2003ESCOLAS TOTAL
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Vitória da garra!A Beija-Flor reencontra o caminho da glória, depois de outra disputa
palmo a palmo com a Mangueira. Vale a pena ver de novo.
Selminha Sorriso, símbolo da raça nilopolitana. Riscou o chão de poesia e saiu com o grito de
Foi, acima de tudo, uma vitória da garra e da determinação. Depois de colecionar quatro vice-campeonatos consecutivos, a Beija-Flor conquis-tou o seu segundo título na história do Sambódromo – o outro foi em 1998, juntamente com a Mangueira. Mordida com a derrota para a Verde e Rosa, no ano anterior, por apenas um décimo, a azul e branca deu o troco com um ponto de diferença: 399,6 a 398,6.
Para alcançar a glória, a Beija-Flor percorreu os caminhos tortuosos da vida brasileira. O enredo O povo con-ta a sua História: “Saco vazio não pára em pé. A mão que faz a guerra faz a paz!” mostrou com arte e ousadia os contrastes do Brasil. De um lado, as delícias dos que têm muito; do outro, o desespero dos que nada têm.
O diretor geral de carnaval, Luiz Fernando Ribeiro do Carmo, Laíla, promete que a escola de Nilópolis será muito mais alegre em 2004. Não abandonará, porém, o espírito crítico que a tem caracterizado nos últimos desfiles. Para falar da Amazônia, não esquecerá que grande parte de nossas ervas medicinais virou monopólio de laboratórios estrangeiros.
“Os componentes entrarão na Avenida muito mais descontraídos, sem aquela obrigação de ganhar. Com um enredo leve e envolvente e, tomara, um grande samba, nosso rendimento poderá ser melhor ain-da.“ – comenta Laíla.
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Apesar do segundo lugar, a diretoria da Mangueira concluiu que a Escola fez um de seus melhores desfiles de todos os tempos. O enredo Os Dez Mandamentos: o samba da paz canta a saga da liberdade foi preparado com requintes de uma superpro-dução, desde os ensaios que apri-moravam a coreografia de todo o elenco, às monumentais alegorias que passaram pela Avenida. Foi um carnaval faraônico.
O presidente Álvaro Luiz Caetano, Alvinho, parabeniza a Beija-Flor pela vitória, confessa que ainda não dige-riu algumas notas, mas reage com humildade e sabedoria: “Mesmo não concordando com as justificativas de alguns julgadores, redobramos nos-sas atenções com a bateria, com os casais de mestres-sala e porta-ban-deiras e comissão-de-frente, a mais criativa do carnaval.” – afirma.
Para 2004, a Estação Primeira con-centra suas expectativas em duas frentes: na força do enredo que vem das Minas Gerais e no desafio de sa-grar-se campeã no domingo – feito conseguido apenas por Mocidade e Imperatriz nos últimos 20 carnavais. Alvinho chegou a montar uma equa-ção baseada em argumentos mate-máticos, mostrando que as chances são iguais entre as desfilantes de domingo e segunda-feira.
Mas o “x“ da questão só poderá ser resolvido na hora. O destino é uma incógnita.
Samba dez,Fome zero
O samba desceao Vale dos Reis
As emoções ai nda estão vivasDirigentes analisam o desfile de 2003 e pr ometem uma disputa bastante acirrada
A beleza da comissão-de-frente contrastava com a fome e a violência retratada em alas e alegorias
A sabedoria de Moisés, a
imponência das pirâmides e a saga dos que
lutavam pela fé construíram o samba da paz
CAMPEÃ VICE-CAMPEÃ
O esforço da diretoria da Escola de Duque de Caxias não foi em vão. Depois de várias tentativas, sempre rondando as primeiras classifica-ções, a Grande Rio acabou fazendo a melhor apresentação de toda a sua história, ficando na terceira posição. Pela primeira vez, a tricolor partici-pou do Desfile das Campeãs. E com todo o merecimento. O enredo O Brasil Que Vale, que exaltava as riquezas minerais do país, foi um show de criatividade com a marca de Joãosinho Trinta. Para o pró-ximo carnaval, mais um desafio: falar da camisinha, preservando a irreverência.
Deixar boa impressão e a certeza de que vai brigar pelo título é uma obrigação da Imperatriz – afirma o presidente Wagner Araújo, que evita comentar as virtudes. Segun-do ele, o enredo Nem todo pirata tem a perna de pau, o olho de vidro e a cara de mau... proporcionou um desfile muito alegre, encerrando o Carnaval 2003 com chave de ouro. A Escola de Ramos entrou empolgada, promovendo um verdadeiro baile de carnaval no Sambódromo. No próximo ano, a carnavalesca Rosa Magalhães retomará o caminho histórico para falar dos 500 anos de Cabo Frio.
Melhor do que o resultado na Passa-rela foi saber que, depois do desfile da Mocidade, as entidades responsáveis pela coleta de órgãos humanos tive-ram uma procura de doadores 20% maior do que o habitual. O enredo Para sempre no seu coração – Carnaval da Doação foi além do esperado, transformando-se numa campanha nacional. “Ninguém apostava no sucesso da idéia. Nem mesmo os componentes. Eles só acreditaram na concentração. Foi quando houve um estalo geral, gerando uma apre-sentação belíssima”- conta o carna-valesco Chico Spinosa. Ele se prepara para engajar a comunidade de Padre Miguel em outra campanha. Agora, contra a violência no trânsito.
Os olhos exigentes de Dejahyr dos Santos, diretor de carnaval da Vira-douro, ficaram satisfeitos. O desfile da Escola de Niterói foi bem melhor do que no ano anterior, desde o entrosamento dos componentes à plasticidade do enredo que home-nageava o talento de Bibi Ferreira. O desfile foi empolgante. Para acertar pequenos detalhes, o presidente José Carlos Monassa Bessil investiu na contratação de um ensaiador para o primeiro casal de mestre-sala e porta-bandeira; e da coreógrafa Débora Colker, prometendo mais criatividade na comissão de frente. O resto é depositar esperanças na emoção que vem do Círio de Nazaré.
5ª Colocada
O enredo quevirou campanha
6ª Colocada
3ª Colocada
4ª Colocada
Um desfilede afirmação
Investindona emoção
Fazer bonitovirou um hábito
7ª Colocada 8ª Colocada 9ª Colocada 10ª Colocada 11ª Colocada 12ª Colocada 13ª Colocada
Salgueiro Portela Unidosda Tijuca
Caprichosos Porto da Pedra Império Serrano Tradição14ª Colocada
Santa Cruz
O Carnaval é uma mistura de sorrisos anônimos, que fazem da alegria uma
linguagem universal.
Há 20 anos, o Sambódromo e a Liesa festejam a chance de mostrar ao mundo
que a paz é possível.E que o Rio de Janeiro será sempre
a capital da esperança!
20
Depois de quatro vice-campeonatos, a festa da vitória. O presidente de honra Anísio estoura o champanhe e o presidente executivo Farid Abrahão David ergue o troféu
TAMBORIM DE OURO(O DIA, Rádio FM O DIA e
O DIA Online)
ESCOLA DA ALEGRIAMangueira
SAMBA DO ANOSalgueiro
BATUQUE DO POVOMocidade
BELEZA DE MENSAGEMMocidade
SHOW DE ABERTURAMangueira
CASAL NOTA 10Claudinho e Selminha Sorriso (Beija-Flor)
RODA, BAIANAImperatriz Leopoldinense
GERAÇÃO 2003Porto da Pedra
A VOZ DA AVENIDADominguinhos do Estácio
EU SOU O SAMBAJamelão
MUSA 2003Tathiana Pagung
CAMPEÃ DO GRUPO ASão Clemente
AGITO DO SAMBAGrande Rio
ESPECIALAilton Guimarães Jorge,presidente da Liesa
ESTANDARTE DE OURO(O Globo)
ESCOLASalgueiro
ENREDOUnidos da Tijuca
SAMBA-ENREDOUnidos da Tijuca
BATERIASalgueiro
COMISSÃO DE FRENTESalgueiro
MESTRE-SALARonaldinho (Salgueiro)
PORTA-BANDEIRALucinha (Unidos da Tijuca)
PERSONALIDADEDjalma Sabiá (Salgueiro)
PUXADORNeguinho da Beija-Flor
REVELAÇÃODiego (mestre-sala mirim da Beija-Flor)
ALA“Sou nega, sim, e maluca com muitoorgulho” (Beija-Flor)
PASSISTA FEMININOJuliana Clara (Mangueira)
PASSISTA MASCULINOMarcelo Abreu (Porto da Pedra)
ALA DAS BAIANASImperatriz Leopoldinense
SAMBA DO GRUPO AVila Isabel
Os grandes vencedores do desfile saem do resultado oficial. Estes sim, são os que entram para a história. Isso, no entanto, não impede que outras pre-miações também movimentem o mundo no samba. Depois do Sábado das Campeãs, os foliões têm mais uma semana para festejar com a entrega dos troféus Estandarte de Ouro, do jornal O Globo, e do Tamborim de Ouro, do jornal O Dia e da Rádio FM-O Dia. Para que você mantenha em dia a Galeria dos Campeões – oficiais e extra-oficiais – aqui estão as relações dos vencedores dos dois troféus e o mapa de apuração do Carnaval 2003.
Os premiados
de 2003Be
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371.0390.5396.6393.3378.9385.0390.4376.8398.6399.6389.8383.5394.3395.8
14º7º3º6º
12º10º
8º13º
2º1º9º
11º5º4º
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AÇÃO
AS NOTAS QUE DECIDIRAM O DESFILE DE 2003
* A Escola perdeu 0,8 (oito décimos) pontos porque estourou o tempo limite em quatro minutos.
22
Prefeitura investe R$ 85 milhões ao construir instalações definitivas para as Escolas do Grupo Especial ecria uma nova atração turística no Rio
Como acontece no Carnaval, o que era sonho vai virar realidade. Graças ao empenho do prefeito Cesar Maia, a Cidade do Samba será construída nos próximos nove meses, em área de 78 mil m2, na Zona Portuária. As obras já começaram. Estão a cargo do con-sórcio Delta-Oriente, e são gerenciadas pela Riourbe, empresa da Secretaria de Obras do município.
A Cidade do Samba ficará instalada no coração da Gamboa, en-tre o Morro do Pinto e a Av. Rodrigues Alves, proximidades dos Armazéns 10 e 11. Parte integrante do projeto de recuperação e revitalização do Cais do Porto, o terreno de 130 mil m2 adquirido da Rede Ferroviária Federal foi desmembrado em três partes: a faixa central será ocupada pela Cidade do Samba; a área sul, pró-
23
Vem aí a Cidade do Samba!xima ao Cais, será transformada em núcleo residencial; e a área norte, localizada junto à comunidade da Gamboa, sediará uma vila olímpica. O traçado das novas ruas e a instalação de equipamentos urbanos foram aprovados pelo Instituto Pereira Passos.Estima-se que as obras estejam concluídas até maio do ano que vem, permitindo que as 14 Escolas de Samba do Grupo Especial desocupem os barracões adaptados nos armazéns desativados da Companhia Docas e se instalem nas moderníssimas Fábricas de Carnaval (leia a reportagem da página 24). Todos os trabalhos de confecção de alegorias, adereços e fantasias para os desfiles de 2005 serão desenvolvidos nas novas unidades.A Cidade do Samba é resultado de um estudo minucioso que vem sendo desenvolvido por engenheiros e arquitetos há mais de cinco anos, objetivando fazer do complexo industrial e de entreteni-mento um novo pólo de atração turística para o Rio de Janeiro. Os visitantes terão acesso a uma passarela metálica que circundará as 14 fábricas. Dali poderão ver, através de vidraças, a construção dos carros alegóricos.
Haverá uma pista de desfiles com dimensões proporcionais às do Sambódromo, onde as Escolas poderão realizar ensaios técnicos e eventos em qualquer época do ano. Na parte central haverá uma grande praça arborizada e ajardinada. Haverá, também, duas áreas cobertas com lonas, destinadas à realização de shows e exposi-ções, além de quiosques para a venda de diversos produtos. Serão instaladas quatro lanchonetes de 100 m2, com cinco sanitários (um para deficientes físicos). Além deles, haverá dois módulos de sanitários públicos com 15 boxes em cada um.O estacionamento será amplo, com áreas exclusivas para auto-móveis e ônibus de turismo. Serão construídas, ainda, baias para as linhas de ônibus que atenderão o local.O trajeto que os carros alegóricos farão da Cidade do Samba ao Sambódromo é bem parecido com o que é feito, atualmente, usando a Av. Rodrigues Alves como principal via de escoamento. Os portões monumentais das Fábricas de Carnaval (com 12 m de largura por 8 m de altura) e as dimensões das vias internas, facilita-rão consideravelmente a manobra de retirada das alegorias.
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A partir da Cidade do Samba, a palavra “barracão” cairá em desuso. Pela primeira vez na história do samba, as Escolas pro-duzirão alegorias, adereços e fantasias em unidades criadas, es-pecificamente, para esta finalidade. Os barracões eram o sím-bolo da improvisação que vem desde a década de 40, quando as agremiações construíam seus carros alegóricos em galpões nos subúrbios. Depois, passaram a dividir o espaço interno do Pavilhão de São Cristóvão; e, ultimamente, adaptaram-se nos armazéns da Companhia Docas, no Cais do Porto. Agora, os barracões serão substituídos por Fábricas de Carnaval. Para a concepção do projeto, engenheiros e arquitetos visi-
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Campeã será a primeira a escolherA classificação das Escolas no desfile de 2004 definirá a ocupação das Fábricas de Carnaval. A campeã será a primeira a fazer a esco-lha; depois, a vice, e assim, sucessivamente, até a 13ª. A vencedo-ra do Grupo A ficará com a 14ª unidade. O contrato de ocupação será renovado a cada ano, entre a Liesa e suas filiadas.No interior de cada fábrica haverá um prédio administrativo de quatro andares, equipado com elevadores de carga e so-cial. No térreo, funcionarão recepção, butique, almoxarifado, marcenaria, serralheria, ferramentaria, departamentos de vendas e de eletricidade. No segundo andar ficarão a cozinha, refeitório, vestiários e sanitários, equipados com boxes para o
atendimento de até 500 trabalhadores, durante o pique das ati-vidades. No terceiro pavimento serão instalados os escritórios do presidente, diretor de carnaval, carnavalesco, assessoria de imprensa e sala de reuniões, todos com varandões para a parte interna da fábrica – de onde será acompanhada a montagem das alegorias. O quarto andar servirá para guardar fantasias, adereços e estoque de material.O segundo pavimento da fábrica, montado sobre uma laje de 3.000 m2 , abrigará os ateliês de adereçaria, costura, chapelaria e sapataria, além dos departamentos de moldagem em fibra de vidro, esculturas em isopor e empastelação.
taram os atuais barracões, ouvindo profissionais de todos os segmentos. Foi assim que montaram uma linha de produção dentro dos mais modernos conceitos de normas técnicas e segurança no trabalho.Cada fábrica de carnaval terá uma área de 7.200 m2, quase o dobro do espaço dos armazéns das Docas. Haverá espaço suficiente para a construção de até 12 carros alegóricos como os que hoje vão para a Avenida. E o mais importante: em tamanho natural, pois a laje de cobertura fica a 12 m de altura. Finalmente, os carnavales-cos poderão ver os carros em tamanho real e não mais desmon-tados, pois não há limites de altura, como nos armazéns.
Nascem 14 Fábricas de Carnaval
11,0
14,0
vidraçaria
marcenaria
almoxarifado
12m
O vão de 12 metros de altura permitirá a montagem total dos carrosalegóricos no interior da Fábrica de Carnaval. Em cada prédio,poderão ser montados até 12 carros de uma vez
Um elevador de carga que atende aos quatro pavimentosfacilitará a produção, integrando a montagem às oficinasque funcionam no edifício
De uma passarelaexterna, os visitantespoderão acompanhara montagem doscarros através degrandes vidraças
Numa área de 600 m2,haverá escritórios, salas
para funcionários,cozinha, refeitório e
butique
No último piso, em 3 mil m2, funcionarão os ateliês decostura, chapelaria e adereços e oficinas de moldagemde fibra de vidro e escultura, além do acervo e estoqueda escola de samba
A INDÚSTRIA DO SONHOO complexo que será construído na Gamboa para abrigar osbarracões das escolas de samba também promete ser um grandepólo de atração na Zona Portuária
Os carros sairão da fábricajá montados pelos grandesportões do edifício
Rua Barãoda Gamboa Rua Rivadávia Corrêa
Rua Gamboa
Estacionamento
Barracões
Museu do Carnaval
Área para shows
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26
Carnaval é uma ciênciaLiesa constrói núcleo de pesquisas e quer levar oestudo da maior manifestação popular do paíspara os bancos das universidades
27
Aprendemos que a primeira Escola de Samba a surgir no Rio de Janeiro foi a Deixa Falar, fundada por Ismael Silva, no Estácio, em 1926. A Portela, porém, afirma que a sua fundação deu-se em 11 de abril de 1923 – o que a trans-formaria na mais antiga agremiação do samba carioca. Afinal, qual das duas é a pioneira?
Humberto Tziolas, jornalista
A primeira organização carnavalesca com estrutura de Escola de Samba nasceu em Oswaldo Cruz, o verdadeiro berço do samba, e se chamou Conjunto de Oswaldo Cruz, fundado em 11 de abril de 1923, no quintal da casa do Sr. Napoleão José do Nascimento, pai de Natal, estando presentes: Antônio Caetano, Antônio Rufino, Paulo Benjamim de Oliveira e Na-talino José do Nascimento. Em 1931, o Conjunto de Oswaldo Cruz passou a se chamar Quem Nos Faz é o Capricho ; depois, Vai Como Pode, e finalmente, Portela, em 1935. Reconheço que o criador do termo Escola de Samba foi Ismael Silva da Deixa Falar, fundada, oficialmente, em 12 de agosto de 1928.Somente em 1935 todas as organizações carnavalescas que surgiram dos Blocos Carnavalescos ganharam a de-nominação de Grêmio Recreativo Escola de Samba.
Se você quiser saber mais sobre a história do samba e do car-naval carioca, envie suas dúvidas para o pesquisador Hiram Araújo, através do e-mail: [email protected]
Pergunteao Hiram
1 - Hall Elevadores2 - Recepção3 - Lobby4 - Sala de Projeções5 - Banheiro6 - Arquivo7 - Depósito8 - Dep. Cultural9 - Dep. Cultural10 - Dep. Cultural11 - Banheiro12 - Banheiro13 - Circulação14 - Circulação15 - Ingressos16 - Gravadora17 - Office-boy18 - Banheiro19 - Arquivo20 - Cozinha
Estudantes do primeiro grau ao nível superior e estudiosos da cultura popular ganharão, a partir de janeiro, um centro de pesquisas único no Rio de Janeiro e em todo o Brasil: o Centro de Memória do Carnaval, organizado e mantido pela Liesa. Funciona-rá no segundo andar da Av. Rio Branco nº 4, próximo à Praça Mauá. Estará aberto ao público de segunda a sexta-feira, na parte da tarde. Também atenderá a turistas nacionais e estrangeiros que careçam de informações mais detalhadas sobre as Escolas de Samba e as diversas manifestações de carnaval.Com o funcionamento do Centro de Memória e a propagação de pesquisas e teses de mestrado defendidas em diversas faculdades, o pesquisador
Hiram Araújo, diretor Cultural da Liesa, espera atingir o seu maior objetivo: ver o Carnaval transformar-se numa cadeira nas universidades e ser estudado de forma científica, como outras disciplinas do ramo das Ciências Humanas.Uma média de quatro ou cinco estudantes procuram a Liga Independente, diariamente, para fazer pesquisas escolares. De vez em quando, são universitários em busca de dados para organizar suas teses. É Hiram quem os atende: “Nas universidades ainda há preconceitos em relação ao assunto. Professores mandam os alunos pesquisarem, mas não sabem orientá-los. Eles acabam nos procurando. Chegou a hora de tratar o Carnaval com maior seriedade, pois ele é um dos prin-cipais responsáveis pelo fluxo de turistas na cidade, no estado e no país.” – comenta.
Acervo reúnerelíquias do sambaAssim como o Sambódromo e a Liesa, que festejarão 20 anos em 2004, a idéia da construção de um centro de referência para o Carnaval carioca também está completando duas décadas. A proposta inicial foi do professor Darcy Ribeiro, que sonhava em construir um museu virtual para arquivar imagens digitalizadas de alegorias, desfiles, recortes de jornais e outros documentos que perpetuassem os desfiles das Escolas de Samba. O Museu do Carnaval, na Praça da Apoteose, foi projetado com este fim. No entanto, a falta de recursos para a compra de equipamentos desvirtuou o projeto. Em 1987, o presidente da Riotur, Alfredo Laufer, convidou Hiram para dirigir o Museu. Sem meios para tocar o trabalho, o pesquisador apelou para doações de fotos, livros e objetos, conseguindo montar um pequeno acervo. Com o passar do tempo, o Museu foi desativado e este acervo, futuramente, poderá ser objeto de convênio entre a Prefeitura e a Liesa. Entre outras relí-quias, há uma coleção de fotos cedidas pelo jornal O Globo, um dos primeiros patrocinadores dos desfiles, documentando os carnavais de 1932 a 1987.Os visitantes também poderão recorrer ao acervo do próprio Hiram – que in-corpora o acervo deixado por Amaury Jório, ex-presidente da Associação das Escolas de Samba e pioneiro na defesa cultural do samba carioca. Dele fazem parte, por exemplo, dez rolos de fitas gravadas durante o Simpósio Nacional do Samba, em 1969, que daria origem à criação do Dia Nacional do Samba.
Como funcionaráNem só de samba se alimentará o acervo do Centro de Memória da Liesa. A proposta é servir de fonte de consulta a tudo que se relacione com o Carnaval no Brasil e no mundo, desde a sua origem, há mais de seis milênios. Para isso, a Liga Independente recorreu à idéia inicial, do antropólogo Darcy Ribeiro, para instalar um centro de banco de dados totalmente informatizado. Funcionará numa área de 230 m2, que contará com recepção e um lobby de 65 m2, onde grupos de estudantes e turistas assistirão cenas de desfiles que serão mostradas ininterruptamente, num telão; o mesmo espaço abrigará as galerias de troféus da Liesa. Comportará, ainda, uma sala de projeção com capacidade para 34 pessoas; duas salas do Departamento Cultural para os arquivos e um Núcleo de Informática para consulta e organização do banco de dados. No mesmo andar serão instalados o escritório e os arquivos da GravaSamba.O Centro de Memória não terá espaço físico para expor peças como fanta-sias, adereços, etc. Porém, aceitará doações de documentos (fotos, recortes, vídeos, etc.) que poderão ser copiados e incorporados ao acervo, ficando sob a responsabilidade da Liesa enquanto forem utilizados.
Foto
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Com 20 campeonatos, a Portela é a maior colecionadora de títulos do Carnaval carioca
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Ao Mestre, com carinhoCláudio Vieira
Como ele não gosta de homenagens, façamos de conta que este artigo é uma mera lembrança. Se nem os mais chegados conseguiram convencê-lo a aceitar a idéia de tornar-se enredo da sua querida Estação Primeira, não seremos nós que iremos contrariá-lo. Com o descompromisso de quem brinca com elásticos coloridos por entre os dedos, vamos apenas falar de um senhor de 90 anos e que, há mais de meio século, é a voz oficial da Mangueira. E, por que não dizer, do samba?Não existe um cantor de Escola de Samba que deixe de cur-var-se diante da figura de José Bispo Clementino dos Santos e chamá-lo de “mestre”. Os mais experientes, como Neguinho da Beija-Flor e Dominguinhos do Estácio são os primeiros a reverenciá-lo. Não faz muito tempo eram chamados de “pu-xadores de samba”. Até que a figura emblemática de Jamelão resolveu quebrar o silêncio e falar em nome de todos: “Puxador é ladrão de carro. Nós somos cantores, intérpretes.” – desde então, não há mais quem se atreva a fazer tal confusão. José Bispo traz o dom do berço. Nasceu no bairro imperial de São Cristóvão, em 12 de maio de 1913 – 25 anos depois da Princesa Isabel assinar a Lei Áurea. “Ganhei meu primeiro cavaquinho aos 10 anos e foi aí que comecei a cantar” – recorda. Fácil, não? Ainda menino, tra-balhou como jornaleiro. Na adolescência, aprendeu o caminho de Mangueira. Lá, conheceu bambas da estirpe de Cartola, Carlos Cachaça e Nelson Cavaquinho – que, ao lado de Dona Neuma, Seu Tingüinha, Neide, Pe-lado, Mestre Waldemiro, Mocinha e Dona Zica, integram a Ala das Estrelas do Céu Verde e Rosa. Como eles, Jamelão também foi elevado à categoria de baluarte, integrando o Grande Conselho Mangueirense. Atualmente, é o presidente de honra da Escola.As canjas que dava nas gafieiras espalhadas pela cidade abriram-lhe as portas do rádio e, depois, a principal delas, de crooner da Orquestra Tabajara. Cantando sucessos de Lupicínio Rodrigues e Ary Barroso, seu vozeirão espalhou-se pelo Brasil, construindo uma legião de fãs. O timbre avelu-dado e seguro traçou-lhe um espaço que seria eterno, apesar do sucesso de outros vozeirões das décadas de 50 e 60, como Nélson Gonçal-ves, Orlando Silva e Sílvio Caldas. As gravações de discos, participações em programas de auditório, filmes, viagens e shows pelo mundo a fora jamais fizeram com que abandonasse o seu maior com-promisso: defender a Estação Primeira na Avenida. É um ato de fé. O diabetes e complicações com uma úlcera varicosa nas pernas têm-lhe pri-vado de várias homenagens pelas 90 primaveras e os 75 anos da Mangueira. Esteve internado durante três meses em São Paulo. Recebeu os últimos troféus num apartamento do Instituto Dante Pesanese. Agora, está em casa se recuperando, brincando com elásti-cos e, certamente, torcendo para o carnaval chegar. Saúde, Mestre!
Jarso / Divulgação M
angueira
A coleção Bee, sucesso em todo o
país desde 1987
O recorde de Adriana,
a 14-BisForam necessários seis meses de treinamento físico, ensaios, alimentação especial e um planejamento perfeito. O resultado não poderia ser melhor: a modelo publicitária Adriana Perett, 25 anos, conseguiu desfilar nas 14 Escolas de Samba do Grupo Especial e entrou para o Rank Brasil, o livro dos recordes bra-sileiros. Agora, faz a sua 15ª participação, desfilando na capa do informativo ENSAIO GERAL.O feito foi registrado como um dos destaques da categoria “superação humana” e materializa um sonho que Adriana ali-menta desde a infância. Sonho que se desenhou quase impos-sível logo no primeiro contato com o plenário da Liesa, pois a modelo não conseguiu convencer que atingiria o seu ideal. Não se deu por vencida. Foi para casa e montou uma planilha detalhando toda a logística do projeto. Mesmo assim, alguns presidentes ainda ficaram reticentes, temendo que Adriana pudesse sofrer um esgotamento ou não chegasse a tempo de ocupar o seu lugar no alto do carro-alegórico, prejudicando a entrada da Escola.Para sair de uma agremiação e entrar em outra, seria neces-sário desfilar até o quarto carro alegórico, no máximo. Ou seja: chegaria à Apoteose quando a Escola estivesse comple-tando entre 30 e 40 minutos de apresentação, desceria do carro e teria mais 40 minutos para retornar à concentração, trocar de fantasia e assumir a sua posição na próxima Escola. Finalmente, obteve a aprovação do plenário e passou à fase de execução do projeto.Visitou todos os barracões, tirou as medidas das fantasias - to-dos os figurinos eram diferentes, dos pés à cabeça - e passou a freqüentar os ensaios técnicos, de quadra e de rua. Aprendeu todos os sambas. Fez uma dieta rigorosíssima, dobrou os exer-cícios de musculação - de três a quatro horas, diariamente - e se poupou ao máximo, concentrando resistência para os dois
dias de desfiles.Na Avenida, Adriana contou com a ajuda
de uma equipe de dez pessoas trei-nadas para atendê-la nos mí-
nimos detalhes. Conseguiu um camarim exclusivo, num contêiner montado sob as arquibancadas do setor 1. Era ali que as sete fantasias da noite ficavam armazenadas. Terminada uma apresentação, a mo-delo saía pela roleta do
setor 13, onde era apanha-da por um motoboy e transportada de volta
ao camarim, onde trocava de roupa, retocava a maquiagem, o penteado e partia para a concentração, na direção da próxima Escola. Repetiu essa operação 14 vezes, em ações cronome-tradas e controladas através de radiotransmissores.O objetivo da modelo, agora, é enviar a mesma documentação para os editores do Guinness, tentando registrar o seu feito no livro mundial dos recordes.
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Mais de 2.500 pessoas foram encaminhadas ao mercado de trabalho na implantação do Projeto Sambando Com o Pé No Futuro, desenvolvido entre julho e dezembro do ano passado, em 20 diferentes oficinas profissionalizantes instaladas nas 14 Escolas de Samba do Grupo Especial e em seis dos Grupos de Acesso, no Rio de Janeiro. Este número representa um aproveitamento de 70% do universo de 3.600 alunos inscritos.O resultado da iniciativa entre a Associação de Mulheres Empresárias do Brasil (Amebras) e a Liesa foi tão bom que ganhou novas dimensões. O projeto foi encampado pelo Governo Federal, através do Ministério de Assistência Social. A pedido do presidente Luís Inácio Lula da Silva, sofreu alteração no nome. Lula considerou que seria melhor “Dançando” do que “Sambando”, para não ficar restrito às comunidades do samba. Além do Rio, o projeto passará a atuar em outros cinco Estados: São Paulo, Minas Gerais, Brasília, Mato Grosso do Sul e Maranhão.Segundo a coordenadora nacional do projeto, a empresária Célia Regina Domingues, a meta para a temporada 2003/2004 é habilitar 45 mil pessoas nos seis Estados. Desse total, 26 mil alunos serão
capacitados em 26 Escolas de Samba do Rio de Janeiro, além de convênios isolados com três prefeituras municipais. Célia explica que nesta segunda etapa, o Dançan-do Com o Pé no Futuro está melhor estruturado e disporá de uma verba mensal de até R$ 30 mil por Escola de Samba, para subsidiar compra de equipamento e material de aprendizado. A deter-minação da ministra Benedita da Silva é de que o projeto seja disseminado em todo o país a partir do ano que vem.As inscrições para a segunda turma dos cursos profissionalizantes já estão abertas. Há um fun-cionário do projeto na secretaria de cada Escola de Samba para atender os interessados, de se-gunda a sexta-feira, no horário comercial. Basta levar documento de identidade, comprovante de residência e certificado de escolaridade. Os cursos são inteiramente gratuitos, distribuídos nas seguintes áreas: Carnaval (Fantasias/ Adereços), Garçom, Inglês, Espanhol, Teatro, Telemarketing, Cartonagem, Biskuit, Pátina, Cabeleireiro, Esté-tica, Acompanhamento de Idosos, Balé, Dança de Salão, Bijuteria, Macramê, Velas Decorativas, Violão, Cavaquinho e Pintura de Tecido.
Com o Péno Mercado
Os 3.600 formandos lotaram o Portelão no encerramento da primeira etapa do projeto
CarnavalescosSeis Escolas de Samba mudaram seus car-navalescos: Alexandre Louzada foi para a Porto da Pedra; Cahe Rodrigues, para a Caprichosos; Milton Cunha, para a São Clemente; Ilvamar
Magalhães, reaparece no Império Serrano, e Jorge Freitas, na Portela; Paulo Barros, ex-Tuiuti, estréia na Unidos da Tijuca. Ubiratan Silva e Fran Sérgio reintegram a comissão de carnaval da Beija-Flor, ao lado de Laíla, Xangai e Cid Carvalho.
RainhasLuma de Oliveira é a nova rainha de bateria da Mocidade Independente. Já a Grande Rio trocou Luciana Gimenez por três substitutas, uma para cada cor da agremiação: Danielle Winitz, Débora Secco e Mônica Carvalho.
CoreógrafosNa dança dos coreógrafos de comissão-de-frente, três novidades: a Viradouro anuncia a vinda de Débora Colker; a Porto da Pedra contará com Jayme Arôxa; e o Império Serra-no, com Jussara Pádua.
BateriaDuas baterias renovam o comando: Jonas, irmão de Mestre Jorjão – ex-Mocidade e Viradouro – estréia na bateria do Salgueiro, substituindo Mestre Louro; na Mangueira, Marrom entra no lugar de Mestre Russo.
HarmoniaVárias mudanças, tam-bém, na direção de des-file. Jorginho Harmonia reassumiu o comando de carnaval da Porto da Pedra. Guilherme Nóbrega é o novo diretor geral de harmonia do Salgueiro, que não terá mais um diretor de carnaval. Agora, as decisões passa-rão por um colegiado. O mesmo acontecerá com a direção de harmonia do Império. Já na Grande Rio, Luís Eduardo Lima, o Dudu, é o novo diretor de harmonia.
IntérpretesDuas agremiações tro-caram seus intérpretes. Nego passa a ser a voz oficial do Império Ser-rano; e Wantuir, a da Unidos da Tijuca.
TROCATROCA
Guilherme
Nego no Império
Cahe Rodrigues
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Correspondências devem ser enviadas a ENSAIO GERAL, seção Se liga na Liga: Av. Rio Branco, 4 - 17º e 18º andares - Centro, Rio de Janeiro, RJ - 20090-000 - Fax: (21) 2253-7409 – E-mail para o editor: [email protected]
Um mexicano cariocaSou de Veracruz, o porto comer-cial mais importante do México e onde acontece um dos melhores e mais tradicionais carnavais de meu país – embora não se compa-re ao desta Cidade Maravilhosa, o Rio de Janeiro. Trabalho no setor de turismo e foi através de con-tato com coreógrafos brasileiros que me animei para ver de perto o magnífico desfile das Escolas de Samba, no Sambódromo. Em 2002, tive a chance não apenas de assistir, mas também de par-ticipar do espetáculo, desfilando pelo Império Serrano.Gostei tanto que retornei para o Carnaval de 2003, acompanhado por três amigos. Desfilamos pela Acadêmicos de Santa Cruz. Ao voltar para o meu país, contei so-bre a beleza do Carnaval carioca e como fomos muito bem tratados. Estamos nos organizando para participar do Carnaval de 2004, da festa de aniversário da Liesa e do Sambódromo. Iremos num grupo de dez pessoas.Envio minha foto e os agradeci-mentos às diretorias do Império Serrano e da Santa Cruz por terem me proporcionado esta grande alegria. À diretoria da Liesa, o meu reconhecimento, pelo belo trabalho de organização dessa festa inesquecível.Humberto Cruz MontanoAv. Xicotencatl, Veracruz, México
LIGA Percussionista
Sou professora de percussão brasileira, ensinando em Paris. Todos os anos costumo viajar ao Rio para assistir o desfile das Es-colas de Samba. Na volta, trago a ENSAIO GERAL na bagagem. Ela me ajuda muito no trabalho com os meus alunos. Infelizmente, este ano não pude ir. Gostaria de saber se vocês podem me enviar a revista pelo correio.Françoise SeguyRue Saint-Pierre, Chartres, França
NR – Os exemplares das edições 9 e 10 já estão a caminho. Es-peramos que você venha para o Carnaval 2004 e aqui receba as edições 11 e 12.
Gaúcho sambistaObrigado pela revista do Carnaval 2003, que recebi no Sambódro-
mo. Gostaria de saber informa-ções sobre a venda de ingressos para o próximo desfile. Parabéns à Liga Independente pelos 20 anos, desejando muito sucesso na orga-nização do próximo desfile. Muita paz, amor e saúde na Cidade Ma-ravilhosa! Se Deus quiser, estarei mais uma vez aí no Sambódromo, prestigiando o Maior Espetáculo da Terra. Sou um gaúcho cada vez mais apaixonado pelo samba.José Luiz AthangriaRua Coronel Fernando Machado, Porto Alegre, Rio Grande do Sul
NR – As informações que você que-ria estão nesta edição. Até lá!
UniversitáriosSomos estudantes da PUC – São Paulo e cumprimentamos a todos vocês pelo maravilhoso trabalho no Carnaval carioca. Já estamos curiosos para saber o que vai rolar no próximo desfile. Por favor, en-viem pra gente alguns exemplares da ENSAIO GERAL.Delmira LanzuoloRua Monte Alegre, São Paulo, capital
NR – As revistas já estão a caminho. Vocês também po-dem saber de mais detalhes do desfile acessando a LiesaNet: www.liesa.com.br. Façam uma visita virtual ao Centro de Memó-ria do Carnaval.
Se liga na
Vinte e oito alunos da EBA-Escola de Belas Artes, da Universidade Federal do Rio de Janeiro, foram selecionados para fazer estágio nos barracões das Escolas do Grupo Especial. A iniciativa reati-va o convênio de colaboração técnica e artística firmado, em 1996, entre a EBA e a Liesa, obje-tivando promover o intercâmbio entre as duas entidades. Dos bancos da Belas Artes surgiram nomes consagrados no Carnaval carioca, como os de Fernando Pamplona, Maria Augusta Rodrigues e Rosa Magalhães, entre outros.Na primeira seleção, foram escolhidos projetos de adereçaria e figurinos de 43 alunos das oficinas
de Cenografia e Indumen-tária, Desenho Industrial, Escultura e Pintura. Na fase decisiva, uma banca exami-nadora indicou os 28 melhores - cujos autores serão contemplados com o estágio remunerado (cada estudante receberá um salário-mínimo mensal por sua colaboração). A coordenadora do projeto, professora Helenise Guimarães, explica que serão sorteados dois estagiários para cada agremiação. Inicialmente, participarão de palestras com os carnavalescos, no auditório da Liesa. Durante o período de
aprendizado nos barracões, os estudantes serão acompanhados de perto pela coordenadora e pelo professor Samuel Abrantes, também da EBA. No encerramento do estágio, os alunos se reunirão para confeccionar um enredo, do roteiro aos croquis de alegorias e fantasias. Este projeto integrará o Banco de Enredos da Liesa e poderá ser disponibilizado por uma agremiação, já no Carnaval de 2005.
Aprendizesdo Fundão
Helenise Guimarães supervisionará o aprendizado dos alunos nos barracões
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.brVisite a LiesaNet, o site da Liga Independente, e fique
Projeto Nota 10A estatística da primeira fase do Projeto Dançando Com o Pé no Futuro surpreendeu a coordenadora do Projeto, Célia Regina Domingues. Dos 2.520 alunos habilitados nas oficinas instaladas nas Escolas de Samba e reintegrados ao mercado de trabalho, 18% - 450, aproximadamente – eram de nível superior. Chamou a atenção, também, o grande número de pessoas com mais de
45 anos e que estavam afastadas do mercado. Entre as parcerias que mais absorveram a mão-de-obra destacam-se a Rede Habbib’s, Leite de Rosas, Valma-ri Dermocosméticos, Panthera’s e a Prefeitura do Rio. Produtos confeccionados nas oficinas de artesanato podem ser adquiridos no Shopping Cultural (Praça Ti-radentes, 37, Centro), no Norte Shopping e no recém-inaugura-do posto de venda no setor 2 do Sambódromo, que funciona diariamente das 9h às 18h.
A terceira opçãoPara a construção das modernas Fábri-cas de Carnaval, na Cidade do Samba, engenheiros e arquitetos visitaram os atuais barracões, onde conversaram bastante com técnicos e operários das Escolas de Samba, para que cada sugestão fosse estudada nos mínimos detalhes. Uma delas foi curiosa. Partiu de um entrevistado, que pedia a constru-ção do “terceiro” banheiro. E confessava a sua angústia:- Não me sinto bem no banheiro das mulheres. No dos homens, então, muito menos.
N. do E. - Quando criamos a coluna Passarela do Samba, em O Dia, em 1995, havia uma seção que precisava ser batizada. Como não encontrava um bom nome, pedi a ajuda do companheiro que sentava a meu lado: Tim Lopes. Criativo e sabedor das coisas do samba, Tim mandou na hora: “Bati-cumbum”. Tomamos a liberdade de usar o mesmo nome para batizar este cantinho de página que se propõe a preservar os “causos” do samba. E a memória de Tim. (Claudio Vieira)
A LiesaNet está com novo visual e conte-údo recheado de informações sobre o Carna-val 2004. O site será atualizado semanalmente, trazendo novidades dos preparativos para os desfi-les do Grupo Especial.Você já pode ler, na íntegra, as sinopses dos enredos e as fichas técnicas das Esco-las de Samba. Saberá de mais detalhes so-bre reservas de ingressos e Regulamento do Desfile. E aprofundará seus conheci-mentos sobre o Maior Espetáculo da Terra, navegando em sua história.
EquilíbrioPara que houvesse maior equilíbrio entre as desfilantes de domingo e segunda-feira, o presidente da Liesa, Ailton Guimarães Jorge, fez uma ver-dadeira equação de critérios. Em primeiro lugar, criou pa-res reunindo agremiações de grande potencial técnico e de bilheteria, segundo o Ranking da Liga; depois, as que possuíam as mesmas cores; o terceiro filtro focalizava o estilo de carnavalescos. Por fim, o sorteio as separou em dias diferentes. O resulta-do foi perfeito.
Guimarães: na mosca
Humberto desfilou na Santa Cruz
Célia: reintegrando profissionais
BATICUM BUM
Nasce a CidadeAs obras da Cidade do Samba já começaram e, segundo a previ-são dos engenheiros Almir Per-cínio e Eduardo Orsini, do con-sórcio Delta-Oriente, estarão concluídas em maio - um mês antes do prazo estipulado pela Prefeitura. O início oficial dos trabalhos foi no dia 25 de agos-to, com a limpeza e preparação do terreno para a montagem do canteiro de obras. Os trabalhos de fundações se estenderão até dezembro, quando as Fábricas de Carnaval serão levantadas.
