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Este folheto contém trechos sagrados, favor tratá-lo com o devido respeito dade; leis relativas a vigilantes e tomadores de empréstimo; a mits- vá de mostrar sensibilidade ao pobre e de oferecer-lhe emprésti- mos sem juros; e leis relativas à concessão honesta de justiça. Após mencionar as mitsvot de Shabat e Shemitá, a porção contin- ua com uma breve exposição das três festas de peregrinação: Pês- sach, Sucot e Shavuot - e a reno- vada promessa de D'us de levar o povo judeu à Terra de Israel. A Torá então retorna à revelação no Monte Sinai. O povo judeu declara seu compromisso de fazer tudo aquilo que o Criador ordenar, e a porção conclui com Moshê subin- do a montanha, onde permanecerá por quarenta dias e quarenta noites para receber o restante da Torá. Mishpatim, seguindo logo após os Dez Mandamentos, trata principal- mente da Lei Civil. A justaposição do ritual com o mundano fornece uma percepção esclarecedora do Judaísmo. Vista pela perspectiva da Torá, não há distinção entre as atividades cerimoniais e mundanas da vida - ambas devem estar per- meadas de santidade e ambas devem ser cumpridas por comple- to e com diligência. Incluídas entre as leis civis discuti- das na Porção da Torá estão as leis relativas ao servo judeu e sua liberdade; penalidades por causar ferimentos corporais em outra pessoa e por danificar sua proprie- Resumo da Parashá - Mishpatim בס דParashá: Mishpatim, 24 de shevat 5775 - 13 de fevereiro de 2015 VELAS DE SHABAT Acenda as velas somente antes do horário indicado. Após acender as velas, cubra os olhos com as mãos e recite a seguinte bênção: BARUCH ATÁ A-DO-NAI E-LO-HÊ-NU MÊLECH HAOLAM, ASHER KIDESHÁNU BEMITSVOTAV VETSIVÁNU, LEHADLIC NER SHEL SHABAT CÔDESH. Nesta edição: Resumo da Parashá 1 Mensagem da Parashá 2 História Chassídica 3 Redenção e Mashiach 3 Especial: As 7 Leis Universais 4 Horário das velas:* 19:29 Término do Shabat:* 20:24 PALAVRAS DE TORÁ PARA INSPIRAR SUA SEMANA Nº 14, edição 2 *Horários de S. Paulo. Para uma lista completa acesse www.pt.chabad.org L S

Likrat Shabat - Mishpatim

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Likrat Shabat - Mishpatim

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  • Este folheto contm trechos

    sagrados, favor trat-lo

    com o devido respeito

    dade; leis relativas a vigilantes e

    tomadores de emprstimo; a mits-

    v de mostrar sensibilidade ao

    pobre e de oferecer-lhe emprsti-

    mos sem juros; e leis relativas

    concesso honesta de justia.

    Aps mencionar as mitsvot de

    Shabat e Shemit, a poro contin-

    ua com uma breve exposio das

    trs festas de peregrinao: Ps-

    sach, Sucot e Shavuot - e a reno-

    vada promessa de D'us de levar o

    povo judeu Terra de Israel. A

    Tor ento retorna revelao no

    Monte Sinai. O povo judeu declara

    seu compromisso de fazer tudo

    aquilo que o Criador ordenar, e a

    poro conclui com Mosh subin-

    do a montanha, onde permanecer

    por quarenta dias e quarenta

    noites para receber o restante da

    Tor.

    Mishpatim, seguindo logo aps os

    Dez Mandamentos, trata principal-

    mente da Lei Civil. A justaposio

    do ritual com o mundano fornece

    uma percepo esclarecedora do

    Judasmo. Vista pela perspectiva da

    Tor, no h distino entre as

    atividades cerimoniais e mundanas

    da vida - ambas devem estar per-

    meadas de santidade e ambas

    devem ser cumpridas por comple-

    to e com diligncia.

    Includas entre as leis civis discuti-

    das na Poro da Tor esto as

    leis relativas ao servo judeu e sua

    liberdade; penalidades por causar

    ferimentos corporais em outra

    pessoa e por danificar sua proprie-

    Resumo da Parash - Mishpatim

    Parash: Mishpatim, 24 de shevat 5775 - 13 de fevereiro de 2015 VELAS DE SHABAT

    Acenda as velas somente antes do horrio indicado.

    Aps acender as velas, cubra os olhos com as mos e recite a seguinte bno:

    B A R U C H A T A - D O - N A I

    E-LO-H-NU MLECH HAOLAM,

    A S H E R K I D E S H N U

    BEMITSVOTAV VETSIVNU,

    LEHADLIC NER SHEL SHABAT

    CDESH.

    Nesta edio:

    Resumo da Parash 1

    Mensagem da Parash 2

    Histria Chassdica 3

    Redeno e Mashiach 3

    Especial:

    As 7 Leis Universais 4

    Horrio das velas:*

    19:29

    Trmino do Shabat:*

    20:24

    PALAVRAS DE TOR PARA INSPIRAR SUA SEMANA

    N 14, edio 2

    *Horrios de S. Paulo.

    Para uma lista completa

    acesse www.pt.chabad.org

    L S

  • Mensagem da Parash

    A flecha a imagem

    blica. Ao contrrio, o

    boi simboliza a

    agricultura e paz.

    LIKRAT SHABAT l PGINA 2

    singular na discusso no Talmud) como

    o responsvel pelo sustento. Arando o

    campo, ele produz abundncia. Em nos-

    sas prprias vidas, isto expresso pelos

    cuidados que dedicamos aos nossos

    entes queridos, suportando suas neces-

    sidades fsicas. A manuteno destes

    cuidados ao longo do tempo um

    produto do fogo do amor que temos

    pelos nossos entes amados.

    As Flechas do Amor e Sabedoria

    As imagens positivas das flechas

    (referidas no plural na discusso no Tal-

    mud; duas no mnimo) so de amor e

    insight.

    No nvel emocional, esta a flecha do

    amor, disparada a partir do corao do

    atirador at o corao de seu/sua amado/

    amada. Metaforicamente, quanto mais

    profundo o atirador puxa o arco em

    direo ao seu prprio corao, maior a

    fora com a qual a flecha ter que pene-

    trar nas profundezas do corao de seu/

    sua amado/amada. Esta a expresso

    mais profunda do fogo do amor que im-

    pregna o corao.

    No nvel intelectual, a flecha representa

    o claro (fogo) iluminador do insight. As

    flechas de Dus so descritas na Tor

    como clares de iluminao. A Cabal

    explica que chochm (sabedoria) ex-

    pressa como o claro iluminador do in-

    sight.

    Interessantemente, Amor por Isra-

    el (ahavat Yisrael) tem o valor numrico

    de 949, que 13 (ahav amor) vezes

    73 (chochma sabedoria). O amor

    est no nvel emocional, enquanto

    Israel (Yisrael) o acrnimo para li

    rosh, que significa eu tenho uma cabea

    (intelecto).

    Meditando-se sobre todas as facetas da

    imagem do fogo nos nveis fsico, emo-

    cional e intelectual, poderemos transfor-

    mar seu potencial para danificar a chama

    eterna que une duas almas.

    A poro da Tor desta semana, Mishpa-

    tim, fala sobre vrias leis, incluindo as leis

    sobre prejuzos.

    Uma das quatro categorias de prejuzos

    o fogo. No Talmud, h uma diferena

    de opinio entre Rabi Yochanan e o Re-

    ish Lakish sobre visualizaes do fogo e

    suas consequncias legais.

    Rabi Yochanan diz que o fogo consid-

    erado como uma flecha, e quem causa o

    dano responsvel tanto pelo dano

    primairio quanto o secundario.

    J Reish Lakish o compara com o boi, e a

    pessoa s responsvel por parte dos

    danos primaries.

    Como sabemos, sempre que dois

    grandes sbios do Talmud diferem em

    suas opinies, ambos esto dizendo a

    verdade, cada um em sua prpria di-

    menso. (Mesmo que, ao pronunciarmos

    a halacha -- lei judaica -- somente uma

    opinio possa realmente ser aceita).

    Portanto, para que meditemos sobre o

    fogo, precisamos identificar ambas as

    dimenses do fogo (flecha e boi) e

    incorporar suas verdades inerentes e

    positivas em nossas vidas.

    Flechas e Boi: Guerra e Paz

    A flecha a imagem blica. Ao contrrio,

    o boi simboliza a agricultura e paz, como

    no versculo em Isaas: E eles transfor-

    maro suas espadas em arados.

    Entretanto, num caso onde o fogo tenha

    sado de controle, especificamente a

    imagem de paz que mais prejudicial.

    a pessoa que acendeu o fogo que

    visualizada como flechas e responsvel

    por todo o prejuzo causado por ele.

    Entretanto, o prejuzo causado pela im-

    agem pacfica do fogo no plenamente

    coberto, fazendo a vtima arcar com a

    responsabilidade de parte da destruio.

    O Boi do Sustento

    A imagem positiva do boi (referido no L S

  • Histria Chassdica

    Redeno e Mashiach

    Rabi Schneur

    Zalman recusou-se

    a cumprir a mitsv

    tirando proveito de

    algo que no fossem

    os meios naturais.

    LIKRAT SHABAT l PGINA 3

    pletamente. O barqueiro no conseguia

    faz-lo avanar de forma alguma. O Rebe

    ficou de p no barco e recitou os

    primeiros versculos do Salmo 148, que

    inicia a bno da lua.

    Mas Rabi Schneur Zalman recusou-se a

    cumprir a mitsv tirando proveito de algo

    que no fossem os meios naturais. Por

    isso libertou o barco, permitindo que

    continuasse seu caminho. Uma vez mais,

    pediu ao oficial que parasse o barco.

    Somente aps seu pedido ser atendido e

    o barco parado naturalmente, ele iniciou

    o cumprimento desta mitsv, preceito.

    "Faro para Mim um Santurio,

    e habitarei no meio deles." Versculo

    25:8

    "D'us desejou uma morada no mundo

    inferior." Midrash Tanchuma

    Sobre o Rio Neva

    Durante seu aprisionamento pelo regime

    czarista, Rabi Schneur Zalman de Liadi

    ficou detido na Fortaleza de Pedro e Pau-

    lo, numa ilha no Rio Neva em S. Peters-

    burgo. A investigao sobre seus

    '"crimes" estava sendo conduzida pela

    organizao de inteligncia do czar, que

    se localizava em um prdio em terra

    firme. Portanto, Rabi Schneur Zalman era

    freqentemente levado de balsa para ser

    interrogado do outro lado do rio.

    Certa noite, quando a pequena balsa cru-

    zava o Rio Neva, o cu clareou e um

    quarto da lua iluminava os cus. Rabi

    Schneur Zalman, desejando a oportuni-

    dade de santificar a lua nova (Kidush

    Levan), pediu ao oficial encarregado que

    parasse o barco, ao que este recusou.

    De repente, a embarcao parou com-

    L S

    dever de cada um ansiar pela chegada de Mashiach.

    Se soubessemos quo perto estamos da redeno, acordaramos de manhe e nos

    perguntaramos por que ele ainda no chegou.

    Estamos fazendo uma misso de Dus, e por isso podemos contar com a sua ajuda nes-

    ta tarefa to importante. L S

  • Especial - A Shechit

    Apoio:

    LIKRAT SHABAT l PGINA 4

    PARA RECEBER O LIKRAT SHABAT POR E-MAIL, MANDE UM PEDIDO PARA: [email protected]

    O Likrat Shabat uma

    publicao semanal da

    Yeshiv Tomchei Tmimim

    R. dos Bandeirantes, 376

    S. Paulo, Brasil

    3313-7771

    [email protected]

    www.yeshivalubavitch.org

    Contedo extrado de

    www.pt.chabad.org

    A EQUIPE L IKRAT

    SHABAT LHE DESEJA

    U M SHABAT S HALOM !

    Hatalmidim

    Hashluchim

    uma exigncia para que se evite a cruel-

    dade desumana aos animais.

    Para o judeu existem ainda outras re-

    stries com regras adicionais que se

    aplicam a ns. Somente certos animais

    podem ser comidos: os animais casher

    (casher significa saudvel, adequado).

    As regras para os animais, aves e peixes

    casher so dadas na Tor. Se o animal

    no estiver saudvel, novamente ele

    proibido. A palavra treif (que ns usa-

    mos para algo no-casher) literalmente

    significa rasgado, despedaado: um

    animal que tenha sido rasgado interna-

    mente e est doente no pode ser

    comido. A Tor tambm nos fala que o

    sangue no pode ser ingerido, e a carne

    e o lei devem ser mantidos separados.

    Ainda tem mais. Para o Povo Judeu na

    poca de Mosh, a carne s podia ser

    consumida quando fizesse parte de um

    sacrifcio trazido ao Santurio. De certo

    modo, a carne era considerada sagrada.

    Ento, logo antes de entrarem na Terra

    de Israel, foi dito ao Povo Judeu que

    eles poderiam comer carne, mas

    somente se eles abatessem os animais

    de uma forma especial. Este mtodo foi

    revelado a Mosh no Sinai. Era o modo

    de abate usado no Santurio e no Tem-

    plo, e ainda usado por aquele que faz

    o abate (shochet) nos dias de hoje.

    Todo alimento, incluindo plantas e ani-

    mais, tem dentro dele uma fora vital

    espiritual. Os ensinamentos chassdicos

    nos dizem que quando um judeu come

    alimentos permitidos e serve a D'us

    com a energia que ele lhe proporciona,

    um ciclo espiritual crucial com-

    pletado, ajudando a aperfeioar o uni-

    verso. Esta a nossa misso global. As

    leis detalhadas e a prtica da shechit

    nos ajudam a execut-la, para o benefi-

    cio mximo de toda a humanidade.

    Por que to importante proteger o

    nosso direito de praticar a shechit,

    mesmo com vrios grupos fazendo pre-

    o para ela ser abolida?

    A shechit praticamente indolor para

    o animal. A faca especial de shechit

    afiada como uma navalha: se ela cor-

    tasse o dedo de algum, este no sen-

    tiria. O ato da shechit geralmente cor-

    ta as artrias cartidas, causando a in-

    terrupo imediata do suprimento san-

    guneo ao crebro. Esse procedimento

    tem um efeito atordoante efetivo,

    rpido e indolor.

    Em termos de vida na sociedade

    moderna, existe ainda outra questo: a

    tolerncia religiosa. Ns vivemos em

    uma sociedade pluralista em que a

    liberdade para a prtica religiosa pode

    ser reivindicada desde que no cause

    prejuzo a outros seres humanos.

    Como seres humanos maduros do

    sculo 21, podemos exigir a aceitao

    da shechit como um direito humano.

    Alm disso, os ataques shechit so

    geralmente uma forma disfarada de

    antissemitismo: durante a Segunda

    Guerra Mundial, a shechit foi banida

    em todos os pases que estavam sob o

    controle dos nazistas.

    A verdadeira questo, entretanto, a

    questo espiritual. A Tor ordena ao

    judeu que use o mtodo da shechit

    para que possa comer carne.

    A Tor no considera comer carne

    como algo a ser tomado como natural.

    Antes de No, os seres humanos no

    podiam comer carne. Ento, em uma lei

    dada por D'us a No depois do Dilvio,

    comer carne se tornou permitido

    desde que o animal seja morto antes.

    Ns geralmente entendemos esta lei,

    aplicando-a a toda a humanidade, como L S