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Liliana Lúcia da S. Barbosa 2007.2

Liliana Lúcia da S. Barbosa 2007.2 Nenhum homem é uma ilha. Esta famosa frase do filósofo inglês Thomas Morus, ajuda-nos a compreender que a vida humana

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Liliana Lúcia da S. Barbosa 2007.2

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“Nenhum homem é uma ilha”. Esta famosa frase do filósofo inglês Thomas Morus, ajuda-nos a

compreender que a vida humana é convívio. Para o ser humano viver é conviver. É justamente na

convivência, na vida social e comunitária, que o ser humano se descobre e se realiza enquanto um ser

moral e ético.

É na relação com o outro que surgem os problemas e as indagações morais: o que devo fazer? Como agir em determinada situação? Como comportar-me perante o

outro? Diante da corrupção e das injustiças, o que fazer?

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Historicamente, a idéia de Ética surgiu na

Antiga Grécia, por volta de 500 a 300 a.C., através das observações de Sócrates e seus

discípulos

Sócrates refletiu sobre a natureza do bem moral, na busca de um princípio absoluto

de conduta. Suas formulações mais conhecidas são:

“nada em excesso”

“conheça-te a ti mesmo”

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Sócrates:

“Só sei que nada sei”

“Uma coisa posso afirmar e provar com palavras e atos: é que nos tornamos melhores se cremos que é

nosso dever seguir em busca da verdade desconhecida”

Platão:

Discípulo de Sócrates

Colocava a busca da felicidade (Sumo BEM) como centro das preocupações éticas. O homem só encontra a felicidade na prática das virtudes.

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O ideal buscado pelo homem virtuoso é a imitação de Deus: aderir ao divino.

Virtudes:

Justiça – ordena e harmoniza

Prudência ou Sabedoria – põe ordem em nossos pensamentos

Fortaleza ou Valor – faz com que o prazer se subordine ao dever

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Aristóteles:

Discípulo de Platão, estudou as virtudes e os vícios, concluindo que existem vários bens em concreto

para o homem. O homem, como um ser complexo, precisa de vários bens, tais como: amizade, saúde, e

até riqueza.

O homem tem seu ser no VIVER, no SENTIR e na RAZÃO.

Ele não pode apenas viver, mas viver racionalmente, com a razão. O maior bem? A vida

virtuosa.

A maior virtude: a inteligência.

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A Ética grega fundou-se na busca da felicidade.

Para Aristóteles, o fim do homem é a felicidade, a que é necessária à virtude, e a esta é necessária a razão. Se

a virtude é uma atividade segundo a razão, mais precisamente é ela um hábito, um costume moral,

adquire-se mediante a ação, a prática, o exercício e, uma vez adquirida, estabiliza-se, mecaniza-se, torna-se quase uma segundo a natureza e, logo, torna-se de

fácil execução – como o vício.

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A Ética na Idade Média

Na Idade Média, o pensamento ético passou a ser ligado à religião, à interpretação da bíblia e à

teologia.

Ética e Religião

A religião trás em si uma mensagem ética profunda de liberdade, de amor, de fraternidade

universal.

Estabeleceu muitas regras de conduta, trazendo, sem dúvida, um grande progresso moral.

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A Ética na Idade Moderna

Na Idade Média (1600 -...) encontramos duas tendências:

A busca de ética racional pura subjetividade humana;

Tentativa de unir a ética religiosa às reflexões filosóficas

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Karl Marx – desenvolveu um nova visão do mundo e da história humana, que veio

substituir a da religião – a moral revolucionária.

A moral revolucionária foi muito influenciada pela tradição ética cristã.

O marxismo é uma grande tradição de preocupações éticas, onde persistem elementos do cristianismo. Segundo Marx, “os filósofos limitaram-se até agora a interpretar o mundo de diferentes modos; do que se trata agora é o de transformar”.

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O Mundo Contemporâneo

Temos as idéias de Immanuel Kant, através da teoria da concepção racionalista: é da natureza humana que extraímos as formas corretas da ação moral. Uma ação moral boa é aquela que

pode ser universalizada.

Sua teoria procura basear-se nas leis do pensamento e da vontade

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Mas, afinal, quais os critérios da moralidade?

Agir moralmente significa agir de acordo com a própria consciência.

Quais, então, os ideais éticos?

Para os gregos – a busca do Bem Supremo (Platão) e da felicidade, através de uma vida virtuosa (Aristóteles)

Para os cristãos da Idade Média – o ideal ético é o da vida espiritual, de amor e fraternidade (Santo Agostinho)

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Idade Moderna (Iluminismo)

o ideal seria viver de acordo com a própria liberdade pessoal. Critério

de moralidade é ser racional, autônomo, autodeterminado, agir

segundo a razão e a liberdade (Kant)

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No mundo contemporâneo, os princípios do liberalismo influenciam o conceito de ética, que ganha traços de moral utilitária.

Os indivíduos devem buscar a felicidade e, para isso, fazer as melhores escolhas entre as alternativas existentes.

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A Era dos Extremos: o Breve Século XX (1914-1991)

HOBSBAWM, Eric

São Paulo, Ed. Companhia das Letras, 1995, 600 págs.

"O breve século XX" se subdivide em três partes para Eric Hobsbawm: a era das catástrofes, que se inicia em 1914 com a primeira guerra mundial e se fecha com o fim da segunda guerra mundial; a era de ouro, que vai do imediato pós-segunda guerra até a crise mundial de meados dos anos setenta; e, por fim, a era do desmoronamento, que fecha as cortinas do palco do século XX.

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Qual seria a ética do novo milênio?

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Uma Ética para o Novo MilênioDalai Lama

Editora Sextante

Uma revolução se faz necessária, mas não uma revolução política, ou econômica, ou mesmo

tecnológica. O que proponho é uma revolução espiritual.

Ao pregar uma revolução espiritual, estaria eu afinal defendendo uma solução religiosa para nossos

problemas? Não. Cheguei à conclusão de que não importa muito se uma pessoa tem ou não uma crença religiosa. Muito mais importante é que seja uma boa

pessoa.

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Desafios ético-ecológicos: atitudes novas em face de

uma realidade nova? (Boff, 2005, p.58)

Humanização mínima

Cidadania

Bem-estar humano e ecológico

Respeito às diferenças culturais

Reciprocidade e complementaridade cultural

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“A partir de uma espiritualidade e de uma ética, podem e devem ser redefinidas as

outras instâncias importantes para a vida humana pessoal e social: a economia, a política, a educação e a comunicação”

(Boff, 2005, p.167)

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“Toda ética nasce de uma nova ótica. E toda nova ótica irrompe a partir de um

mergulho profundo na experiência do Ser, de uma nova percepção do todo ligado,

religado em suas partes e conectado com a Fonte originária donde promanam todos

os entes” (Boff, 2003, p.17)

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