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1 LINGUAGEM, CIÊNCIAS HUMANAS E MATEMÁTICA. Texto I 1. Sobre a tirinha: a) O efeito de humor da tirinha está no fato de Mafalda considerar a pergunta de Susanita estúpida; b) O efeito de humor da tirinha está no fato de Susanita usar a agressividade para acusar Mafalda de “querer ser a melhor”; c) O efeito de humor aparece ao Susanita revelar-se mais estúpida que Mafalda; d) O efeito de humor da tirinha está na aparente ingenuidade da pergunta preconceituosa feita por Susanita; e) O efeito de humor da tirinha está no fato de, no segundo quadrinho, Susanita considerar as perguntas de Mafalda sem importância. Texto II Trecho da entrevista do deputado federal Jean Wyllys sobre sua participação no programa Big Brother Brasil, por Marcelo Carota. Sua participação no programa evidenciou a forma típica de preconceito no Brasil, com comentários do tipo “olha, embora gay, ele é inteligente”? Sim, teve muito disso, mas eu acho que, em verdade, uma parte das pessoas, por me conhecer, se chocou mais com a minha presença lá, pela minha história de vida, pelo fato de eu ser um professor acadêmico, um escritor então recém-premiado (Aflitos, Prêmio Copene de Literatura da Fundação Casa de Jorge Amado, em 2001); e, para o grande público eu não podia, ou não adiantaria como não adianta até hoje para muitos dizer que meu objetivo era acadêmico. Além disso, claro, havia a aventura de participar e, afinal, por que não? Questões materiais à parte, você avalia que a experiência lhe trouxe mais benefícios ou prejuízos? Neste último caso, houve algo no sentido de tentativas de desqualificação de sua carreira política? Sim, houve e há essas tentativas de desqualificação, e eu tenho de lidar com isso, mas elas não se sustentam por muito tempo, porque, na maioria das vezes, são derivadas de um elitismo cafona, sem embasamento intelectual e cultural correspondente ao que imaginam ter seus portadores. Assim, o balanço que faço sobre minha participação no programa é de que eu faria tudo de novo (risos). Houve um crescimento pessoal derivado dela, um enriquecimento das questões que me propus pesquisar e experimentar para meus estudos e conheci algumas boas pessoas ali. Repito: eu faria tudo de novo. Revistacult.uol.com.br

LINGUAGEM, CIÊNCIAS HUMANAS E MATEMÁTICA. · Texto I 1. Sobre a tirinha: a) O efeito de humor da tirinha está no fato de Mafalda considerar a pergunta de ... III. O problema desse

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LINGUAGEM, CIÊNCIAS HUMANAS E MATEMÁTICA.

Texto I

1. Sobre a tirinha:

a) O efeito de humor da tirinha está no fato de Mafalda considerar a pergunta de

Susanita estúpida;

b) O efeito de humor da tirinha está no fato de Susanita usar a agressividade para acusar

Mafalda de “querer ser a melhor”;

c) O efeito de humor aparece ao Susanita revelar-se mais estúpida que Mafalda;

d) O efeito de humor da tirinha está na aparente ingenuidade da pergunta

preconceituosa feita por Susanita;

e) O efeito de humor da tirinha está no fato de, no segundo quadrinho, Susanita

considerar as perguntas de Mafalda sem importância.

Texto II

Trecho da entrevista do deputado federal Jean Wyllys sobre sua participação no programa Big

Brother Brasil, por Marcelo Carota.

Sua participação no programa evidenciou a forma típica de preconceito no Brasil, com comentários do tipo “olha, embora gay, ele é inteligente”? Sim, teve muito disso, mas eu acho que, em verdade, uma parte das pessoas, por me conhecer, se chocou mais com a minha presença lá, pela minha história de vida, pelo fato de eu ser um professor acadêmico, um escritor então recém-premiado (Aflitos, Prêmio Copene de Literatura da Fundação Casa de Jorge Amado, em 2001); e, para o grande público eu não podia, ou não adiantaria – como não adianta até hoje para muitos – dizer que meu objetivo era acadêmico. Além disso, claro, havia a aventura de participar – e, afinal, por que não? Questões materiais à parte, você avalia que a experiência lhe trouxe mais benefícios ou prejuízos? Neste último caso, houve algo no sentido de tentativas de desqualificação de sua carreira política? Sim, houve e há essas tentativas de desqualificação, e eu tenho de lidar com isso, mas elas não se sustentam por muito tempo, porque, na maioria das vezes, são derivadas de um elitismo cafona, sem embasamento intelectual e cultural correspondente ao que imaginam ter seus portadores. Assim, o balanço que faço sobre minha participação no programa é de que eu faria tudo de novo (risos). Houve um crescimento pessoal derivado dela, um enriquecimento das questões que me propus pesquisar e experimentar para meus estudos e conheci algumas boas pessoas ali. Repito: eu faria tudo de novo.

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2. Sobre o texto II pode-se dizer:

a) A palavra risos, que aparece entre parênteses, é usada para demonstrar a falta de

seriedade do entrevistado diante das perguntas feitas;

b) Por ser uma entrevista apresenta marcas de oralidade como as palavras: sim e claro;

c) O uso do verbo haver no pretérito e no presente, no início da segunda resposta, passa

para o leitor o sentido de imprecisão quanto ao tempo dos acontecimentos;

d) O uso excessivo da primeira pessoa não faz parte das características do gênero

entrevista que, por sua vez, é estruturada em turnos;

e) A interrogação no final da primeira resposta está deslocada, pois na entrevista quem

faz as perguntas é o entrevistador não o entrevistado.

3. No texto II é correto dizer que o entrevistado:

a) Não respondeu, por completo, a primeira pergunta que se referia a sua orientação

sexual e o preconceito típico a essa questão;

b) Respondeu que seu objetivo ao participar do programa foi acadêmico, afastando-se de

outros interesses;

c) Deixou evidente a existência de preconceito contra as pessoas que participam de

Reality Show;

d) Acusa as pessoas que assistem aos reality shows de um elitismo cafona que gera

preconceitos;

e) Prefere não dizer ao grande público que seu objetivo ao participar do programa era

acadêmico.

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Texto III:

4. Sobre o texto III: I.A imagem do azeite e sua sombra como a silhueta de uma árvore, uma oliveira, configura uma metáfora; II. O texto desse anúncio publicitário é racista ao se referir à profissão de segurança vista como uma servidão de pessoas negras; III. O problema desse texto publicitário poderia ser solucionado se o verbo ser, no segundo período, fosse substituído pelo verbo dar; IV. No texto em questão, a imagem não é coerente com o texto escrito, pois um diz que o azeite é uma árvore e o outro diz que o azeite é um segurança; V. A metáfora é uma figura de linguagem presente em textos escritos, por isso a imagem não pode configurar-se como metafórica. Estão corretas: a) I, II, III; b) I e II; c) I, II, III, IV; d) II, III, V; e) I, II, III, IV, V.

Texto IV

No começo: simples rancho para pernoite das boiadas vindas do sertão bruto – principalmente do Piauí e do Alto Moxotó – em demanda do litoral. Porque as águas abundantes e o verde pasto crescendo nas várzeas do Ipojuca faziam do sítio pouso obrigatório da vaqueirama em trânsito. Havia índios cariris, é verdade; também o insólito mistério da caatinga cinzenta espreitando o silêncio dos carrascais. Mas os pioneiros sabiam arrancar de si mesmos forças para sobreviver. Nascia nos campos o bredo caruru. Verde – ao atingir o crescimento de vinte centímetros – era comer saudável para o gado; seco, porém, virava veneno, que consumia em poucos dias a vida de uma rês. Foi a origem. (…) Mas as chuvas foram abundantes no ano seguinte. O pasto verde voltou a crescer. O rio Ipojuca se esponjou em vazantes de limo fértil. Floresciam os pés de baunilha, jurubeba, sassafrás, velame, jucá, jurema e pau-d´alho. O cheiro da terra molhada amaciava os ares. O inverno era assim: uma solicitação para a vida.

( José Condé. Terra de Caruaru. 6a edição. Pp 25 e 26. Wdimeron Editor. Caruaru. 2011)

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Texto V Fabiano estava de bom humor. Dias antes a enchente havia coberto as marcas postas no fim da terra de aluvião. Alcançava as catingueiras, que deviam estar submersas. Certamente só apareciam as folhas, a espuma subia, lambendo ribanceiras que se desmoronavam. Dentro em pouco o despotismo de água ia acabar, mas Fabiano não pensava no futuro. Por enquanto a inundação crescia, matava bichos, ocupava grotas e várzeas. Tudo muito bem. E Fabiano esfregava as mãos. Não havia o perigo da seca imediata, que aterrorizava a família durante meses. A catinga amarelecera, avermelhava-se, o gado principiara a emagrecer e horríveis visões de pesadelo tinham agitado o sono das pessoas. De repente um traço ligeiro rasgara o céu para os lados da cabeceira do rio, outros surgiram mais claros, o trovão roncara perto, na escuridão da meia-noite rolaram nuvens de sangue.

(Graciliano Ramos. Vidas Secas. 81a Edição. P 65. Record. Rio de Janeiro. 2001

5. Está de acordo com os textos IV e V o que se afirma em:

a) A natureza transforma-se continuamente sem interferir na sobrevivência dos que ali vivem, pois conforme o Texto IV “os pioneiros sabiam arrancar de si mesmos forças para sobreviver.”

b) José Condé e Graciliano distanciam-se pela visão de nordeste: o primeiro enfatiza a força transformadora da natureza; o segundo minimiza a problemática da seca: “Não havia o perigo da seca imediata…”

c) Embora usem uma linguagem descritiva, as marcas de regionalismo encontram-se apenas no texto de José Condé, pois o estilo aprimorado de Graciliano tende para o universal;

d) Há uma forte relação de causa e consequência entre as mudanças percebidas na natureza e a vida das pessoas, já que estas têm seus caminhos e estado de espírito moldados pelos ciclos da natureza;

e) Os autores retratam um nordeste de chuvas abundantes, fugindo assim da realidade apresentada pelos romancistas da Segunda Geração do Modernismo.

6. Após a leitura do livro Terra de Caruaru, é possível afirmar que:

a) O livro apresenta um tom saudosista e uma forte idealização no que diz respeito à construção das personagens e suas ações;

b) O cenário que serve de pano de fundo para as histórias aqui narradas divide-se entre rural e urbano, no entanto, os dois ambientes representam apenas o atraso das cidades do interior;

c) As personagens são apresentadas de forma humorística e caricatural: o prefeito covarde, a solteirona amarga, o marido traído, o jornalista de esquerda, o bêbado, o mulato festeiro e o forasteiro corajoso;

d) A origem da cidade e as mudanças pelas quais passa é cantada em tons de forte heroísmo. Ideia ilustrada através da força da natureza que parece emprestar ao povo seu poder de transformação;

e) As vidas das personagens se cruzam, possibilitando ao leitor uma visão ampla daquela sociedade. Elite e povo são apresentados, com um forte tom crítico e realista, em seus defeitos, lutas e costumes.

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Texto VI Pouco importa venha a velhice, que é a velhice? Teus ombros suportam o mundo e ele não pesa mais que a mão de uma criança. As guerras, as fomes, as discussões dentro dos edifícios provam apenas que a vida prossegue e nem todos se libertaram ainda. Alguns, achando bárbaro o espetáculo, prefeririam (os delicados) morrer. Chegou um tempo em que não adianta morrer. Chegou um tempo em que a vida é uma ordem. A vida apenas, sem mistificação.

(ANDRADE, Carlos Drummond de. Sentimento do Mundo. P 57. Record. Rio de Janeiro. 2001.) Texto VII Pois não estava vendo que ele era de carne e osso? Tinha obrigação de trabalhar para os outros, naturalmente, conhecia o seu lugar. Bem. Nascera com esse destino, ninguém tinha culpa de ele haver nascido com um destino ruim. Que fazer? Podia mudar a sorte? Se lhe dissessem que era possível melhorar de situação, espantar-se-ia. Tinham vindo ao mundo para amansar brabo, curar feridas com rezas, consertar cercas de inverno a verão. Era sina. O pai vivera assim, o avô também. (…) era um desgraçado, era como um cachorro, só recebia ossos. Por que seria que os homens ricos ainda lhe tomavam uma parte dos ossos? Fazia até nojo pessoas importantes se ocuparem com semelhantes porcarias.

(Graciliano Ramos. Vidas Secas. 81a Edição. P 96. Record. Rio de Janeiro. 2001

Texto VIII

O mestiço. 1934. Cândido Portinari

7. As obras das quais fazem parte os dois textos verbais acima, bem como o quadro de Portinari, estão inseridos na Segunda Fase do Modernismo. Pode-se perceber como traço comum entre as três produções artísticas:

a) O regionalismo que coloca em evidência a temática social nordestina; b) A inspiração nas Vanguardas Europeias para tratar de temas cotidianos; c) A escolha de temática que propicia reflexões sobre o homem e a realidade; d) A preocupação em criar obras que rompessem com a tradição acadêmica; e) A tentativa de apresentar o heroísmo do trabalhador brasileiro e suas lutas.

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Observe:

Texto IX

“… não havia uma só vila, ou lugarejo obscuro, em que não contasse adeptos fervorosos, e não lhe devesse a reconstrução de um cemitério, a posse de um templo ou a dádiva providencial de um açude; insurgira-se desde muito, atrevidamente, contra a nova ordem política e pisara, impune, sobre as cinzas dos editais das câmaras de cidades que invadira.”

CUNHA, Euclides da. Os Sertões.1ª edição: Rio de Janeiro, Laemmert, 1902.

Texto X

“O homem era alto e tão magro que parecia sempre de perfil. Sua pele era escura, seus ossos proeminentes e seus olhos ardiam como fogo perpétuo. Calçava sandálias de pastor e a túnica azulão que lhe caía sobre o corpo lembrava o hábito desses missionários que, de quando em quando, visitavam os povoados do sertão batizando multidões de crianças e casando os amancebados. Era impossível saber sua idade, sua procedência, sua história, mas algo havia em seu aspecto tranquilo, em seus costumes frugais, em sua imperturbável seriedade que, mesmo antes de dar conselhos, atraía as pessoas.”

VARGAS LLOSA, Mario. A Guerra do Fim do Mundo. 4ª ed. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1981.

8. O diálogo entre Literatura e História é cada vez mais explorado na análise sobre fatos e

acontecimentos que marcaram a vida dos sujeitos históricos. A propósito, os dois fragmentos

acima, extraídos de dois clássicos da literatura latino americana, nos permitem uma leitura sobre

um dos episódios mais genocidas na segregação social no Brasil, ocorrido durante a República

Velha que envolveu a figura de:

a) Luiz Carlos Prestes na Coluna Prestes, vivenciada entre 1925 e 1927; b) José Maria na Guerra do Contestado, acontecida em Santa Catarina em 1912; c) Osvaldo Cruz na Revolta da Vacina, despertada no Rio de Janeiro em 1904; d) João Cândido na Revolta da Chibata, desencadeada no Rio de Janeiro em 1910; e) Antônio Conselheiro na Guerra de Canudos, ocorrida no sertão da Bahia entre 1893 a 1897.

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9. Observe a imagem abaixo:

A obra de arte faz uma leitura da questão racial no Brasil do século XIX apontando a perspectiva de

que:

a) as elites imperiais exibiam orgulhosamente as características da mestiçagem racial nos meios sociais da Europa confiantes no futuro do país; b) O Brasil Império passava por um processo de branqueamento da população na direção de atingir em poucas gerações o processo civilizatório; c) evidenciava-se no Brasil do Segundo Reinado uma harmonia social com a chegada de imigrantes europeus para o trabalho nas lavouras de café; d) a chegada de imigrantes alemães, suíços e belgas fortaleceu o protestantismo sem gerar conflitos com a maioria católica do país; e) as elites imperiais se sentiam redimidas pelo passado escravocrata e clamavam o reconhecimento do perdão pelo papa.

Redenção de Can, 1895 de

Modesto Brocos y Gómez (1852-

1936). A pintura serviu de

ilustração para o trabalho de um

médico brasileiro num congresso

sobre raças. (Museu Nacional de

Belas Artes / IBRAM / MINC).

Disponível em:

http://www.revistadehistoria.com.br/secao/p

erspectiva/o-futuro-era-branco. Aceso em

11/10/2014.

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10. Observe:

Disponível: http://www.ushmm.org/wlc/ptbr/article.php?ModuleId=10005175. Acesso em 11/10/2014

O contexto histórico no qual essas manifestações se expressaram desencadeou:

a) forte crítica da Igreja Católica à ascensão do fascismo e suas formas de discriminação na Europa; b) as primeiras manifestações antissemíticas de pequena parte da sociedade alemã na década de 30; c) intensa perseguição aos judeus culminando no holocausto durante a segunda Guerra Mundial; d) o repúdio da comunidade internacional através da Organização das Nações Unidas (ONU) criada em 1939; e) a declaração de guerra por parte dos aliados ao fascismo de Adolf Hitler e Benito Mussolini na Alemanha e Itália.

“Os judeus e servidores públicos não

confiáveis politicamente devem ser

despedidos de seus cargos no

governo alemão”.

Lei para a Restauração do Serviço Público

Profissional", de 7 de abril de 1933,

Alemanha.

(Placa proibindo a presença de judeus em lugares

públicos)

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11. Observe as imagens e responda:

Imagem A

Disponível:http://noticiajato.com.br/jihadistas-ameacam-tomar-bagda-eua-oferecem-ajuda-ao-

iraque/Acesso em 11/10/2014.

Imagem B

Cena de vídeo de execução divulgada pelo Estado Islâmico. Fonte:

http://www1.folha.uol.com.br/mundo/2014/08/1505143-reino-unido-identifica-membro-do-ei-que-decapitou-jornalista-diz-

jornal.shtml. Acesso em 11/10/2014.

O surgimento do Estado Islâmico no Oriente Médio está ligado à(ao):

a) onda de revoltas populares que derrubaram governos autoritários e ficaram conhecidas como Primavera Árabe; b) fracasso da intervenção norte americana no Iraque e à eclosão da guerra civil da Síria; c) vitória da Al-Qaeda e do terrorismo radical ao estabelecer um Estado Jihadista em todo Oriente Médio; d) crise dos regimes teocráticos em fase de transição para instituições ocidentais democráticas; e)movimento de migração de jovens recrutas ocidentais para lutarem pela implantação de um Estado Islâmico universal.

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12. Observe a imagem a seguir:

Disponível em: http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=14629

Acesso em: 10-10-2014

A análise dos diálogos e os conhecimentos sobre a temática da identidade social, permitem

concluir que:

a) são afirmações ocorridas em momentos de descontração e não desencadeiam

constrangimentos, nem alimentam segregações que possam causar transtornos sociais;

b) o seu teor não constitui crime perante a legislação vigente no Brasil e por isso circulam

livremente em redes sociais e comunidades virtuais estabelecidas na internet;

c) falas como estas precisam ser respeitadas em nome da liberdade de expressão,

fundamento básico do exercício da cidadania num Estado democrático de direito;

d) não são uma ameaça à sociedade, pois despertam resistências de vários grupos que se

posicionam contrariamente, estimulando o conflito saudável de ideias;

e) apesar do discurso da diversidade e do respeito às diferenças, é comum a circulação de

generalizações grosseiras, que resultam em estereótipos e discriminações.

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13. Considere a temática da charge e o significado de xenofobia, em destaque.

Disponível em: http://integracaocinema.blogspot.com.br/2012/03/xenofobia.html Acesso em: 11-10-2014

A partir do exposto, é possível afirmar que:

a) depois do crescimento econômico acima da média nacional, verificado nos últimos anos, a discriminação aos nordestinos não é um problema que afeta a sua autoestima;

b) a intolerância e o desrespeito são características que acompanham a sociedade brasileira, principalmente na região Nordeste, onde a miscigenação racial foi insignificante;

c) manifestações xenofóbicas são naturais, em sociedades miscigenadas, como a brasileira, que em sua composição integrou elementos inconciliáveis entre si;

d) a identidade nordestina ainda é alvo de preconceitos resultantes de dificuldades de integração dos regionalismos na formação da nacionalidade brasileira;

e) ao Nordeste atribuem-se estigmas, como o de região problema, o que ainda hoje provoca o surgimento de intensos movimentos separatistas.

Segundo o dicionário Aurélio Buarque de Holanda, a palavra xenofobia tem o seguinte significado: aversão a pessoas ou coisas estrangeiras; xenofobismo. O termo é junção do prefixo xen - do grego, que significa estranho, estrangeiro - com o termo fobia - também do grego, phob < phobéomai, temer + ia, que tem duas definições: 1) Designação comum às diversas espécies de medo mórbido; 2) Horror instintivo a alguma coisa, aversão irreprimível. FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda. Novo dicionário Aurélio da língua portuguesa, 4. ed. Curitiba: Ed.

Positivo, 2009, p. 2038.

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14. Observe a sequência gráfica a seguir, representativa da evolução da estrutura etária e sexual do Brasil e considere o seu contexto geohistórico.

Fonte: IBGE Disponível em: http://douranews.com.br/brasil/item/44824-em-50-anos-percentual-de-idosos-mais-que-dobrou-no-brasil

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As oportunidades e os desafios, decorrentes das transformações do padrão demográfico,

impõem mudanças:

a) no planejamento econômico que priorize a inclusão dos jovens no mercado de trabalho, para compor a renda familiar e, em seguida, criar oportunidades de instrução escolar;

b) nos comportamentos sociais, diante de uma significativa elevação da expectativa de vida e, paradoxalmente, uma ampliação do preconceito em relação aos idosos;

c) no sistema tributário, aumentando a arrecadação de impostos, garantindo a redução da idade mínima exigida para a aposentadoria e a extinção do fator previdenciário;

d) na estrutura político partidária, procurando estabelecer condições de igualdade de direitos nas disputas por cargos públicos, entre os gêneros masculino e feminino;

e) nas estratégias voltadas para o combate da elevada taxa de fecundidade, dada a crescente promiscuidade da população feminina, que mantém a explosão demográfica.

15. Observe a imagem atentamente.

Disponível em: http://natrilhadocastelo.blogspot.com.br/2011/10/movimento-dos-trabalhadores-rurais-sem.html

Acesso: 11-10-2015

Analisando a imagem e levando em consideração a estrutura fundiária brasileira, é possível

constatar que:

a) os seculares e persistentes conflitos no campo brasileiro expõem interesses econômicos e sociais divergentes, mediados com imparcialidade pelo poder público;

b) a principal causa do acirramento da violência no campo é a ação de movimentos sociais rurais que desrespeitam o direito à propriedade privada;

c) a grande concentração fundiária que ocorre no Brasil, tem origem no processo de mecanização das atividades agropastoris;

d) em alguns episódios a mídia tem sido utilizada como instrumento de manutenção do interesse dos grandes proprietários rurais;

e) a luta do MST pela propriedade da terra, conta com a simpatia e o apoio de todas as camadas da sociedade brasileira.

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16. É considerada analfabeta funcional a pessoa que, mesmo sabendo ler e escrever um

enunciado simples, como um bilhete, por exemplo, ainda não tem as habilidades de leitura,

escrita e cálculo necessárias para participar da vida social em suas diversas dimensões: no

âmbito comunitário, no universo do trabalho e da política, por exemplo.

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou dados da Pesquisa Nacional por

Amostra de Domicílios (Pnad) que é realizada desde 1967 e traz informações sobre população,

migração, educação, trabalho, rendimento e domicílios para Brasil, grandes regiões, estados e

regiões metropolitanas. Observe o gráfico abaixo:

De acordo com essa pesquisa do IBGE podemos afirmar corretamente que:

a) O nordeste é a região com o maior número de homens analfabetos;

b) A região sul concentra o menor percentual de mulheres analfabetas;

c) A maior população de mulheres e homens analfabetos está no Centro–Oeste;

d) Na região Norte o percentual feminino de analfabetismo é de 45%;

e) No Sudeste o percentual masculino de analfabetismo é de 43,8%.

17. De acordo com o gráfico da questão anterior a razão entre os percentuais de analfabetos

masculinos e femininos da região norte é:

a) 11,7/ 13,3;

b) 11,5/ 23,7;

c) 13,3/11,7 ;

d) 26,6/ 12,4;

e) N.d.r

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18. De acordo com um vídeo feito por um passageiro e divulgado nas redes sociais, o motorista --

cuja identidade não foi revelada- no dia 20-07-2014, no Rio de Janeiro, desligou o ônibus ao

observar que o catador havia ingressado com um saco de latinhas, argumentou que o homem

estava "transportando lixo",

Essa atividade ainda não é reconhecida como uma profissão e as pessoas que a executam

sofrem diversos tipos de discriminação. O catador de materiais recicláveis é "aquele que, de

forma autônoma, ou como associado de cooperativa ou associação, faz a cata, a seleção e o

transporte de material reciclável, nas vias públicas e nos estabelecimentos industriais,

comerciais e de serviços, públicos ou privados, para venda ou uso próprio do material

recolhido”.

Um catador de latinhas, muito organizado, resolveu anotar durante 10 meses as quantidades

vendidas. Observe a tabela abaixo:

1º mês

2º mês

3º mês

4º mês

5º mês

6º mês

7º mês

8º mês

9º mês

10º mês

Nº de latinhas

253 223 182 164 137 136 130 280 280 230

Observando a tabela acima é correto afirmar que a média, a moda e a mediana das quantidades

de latinhas são respectivamente:

a) 280 - 230 - 201,5;

b) 201,5 - 280 – 202,5;

c) 136 - 280- 230;

d) 253,5 – 230 – 201;

e) N.d.r

19. A Constituição de 1988 assegurou em seu texto, especificamente em seu art. 5º, um rol não

taxativo de direitos fundamentais, consagrados de forma nunca antes vista em

outra constituição do país. Contudo, somente no ano de 2013 foi assegurado às pessoas do mesmo

sexo o direito de se unirem pelo casamento civil. Tendo em vista que o princípio da igualdade veda

quaisquer tipos de discriminações, seja por origem, raça, sexo, cor, idade ou quaisquer outras

(artigo 3º, inciso IV da Lei Maior), tem-se por inconstitucional qualquer tipo de afronta ao

dispositivo.

Numa sala de aula de 45 alunos o professor fez uma pesquisa sobre o casamento homoafetivo. Um

quinto desses alunos se disseram a favor e os demais foram contra. O número de alunos dessa

classe que discordam desse tipo de união é:

a) 9;

b) 18;

c) 36;

d) 38;

e) 45.

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20.

É assustador ver as proporções que o preconceito vem alcançando sem que as pessoas se deem

conta, pois está visível em nosso cotidiano. O pior dos preconceitos apresenta-se cruelmente e sem

artifícios: a discriminação social, que é controlada principalmente pelo dinheiro. É justamente essa

forma de conceito formado por antecipação que faz a desigualdade social aumentar cada vez mais.

Muitas vezes somos nós mesmos que nos discriminamos. Um exemplo disso são os garis que na sua

maioria se sentem menos importantes, em relação a outros profissionais mais elitizados.

Após uma festa, um gari como não desejava ser visto pelos amigos, precisou limpar sozinho, uma

área retangular cujas medidas estão indicadas na figura abaixo. A área a ser limpa era:

17 m

34 m

a) 650 m2

b) 600 m2

c) 578 m2

d) 500m2

e) N.d.r.